trabalho de fraturas

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CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DO AMAZONAS CURSO TECNICO EM IMOBILIZAÇÃO ORTOPEDICA TIPOS DE FRATURAS Trabalho apresentado ao curso de imobilização ortopédica como requisito parcial de aprovação no modulo I

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Page 1: Trabalho de Fraturas

CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DO AMAZONAS

CURSO TECNICO EM IMOBILIZAÇÃO ORTOPEDICA

TIPOS DE FRATURAS

MANAUS-AM

2011

Trabalho apresentado ao

curso de imobilização ortopédica

como requisito parcial de

aprovação no modulo I na

disciplina de Primeiros Socorros.

Page 2: Trabalho de Fraturas

CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLOGICA DO AMAZONAS

CURSO TECNICO EM IMOBILIZAÇÃO ORTOPEDICA

TIPOS DE FRATURAS

PROFESSORA: Cynthia Coelho

ALUNOS: Débora

Cristina

Francimebe

Irileidiana

Dayana

Mileide

MANAUS-AM

2011

Page 3: Trabalho de Fraturas

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

1. Fraturas patológicas

2. Fraturas traumáticas

3. Fraturas com complicações

4. Fraturas sem complicações.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Page 4: Trabalho de Fraturas

INTRODUÇÃO

Uma  fratura óssea é uma situação em que há perda da continuidade óssea, geralmente com separação de um osso em dois ou mais fragmentos após um traumatismo.

A sua gravidade pode variar bastante; algumas fraturas resolvem-se espontâneamente sem chegarem a ser diagnosticadas, enquanto outras acarretam risco de morte e são emergências médicas.

As queixas habituais são dores, incapacidade de mexer o membro e deformidade, embora possa variar consoante o tipo e localização da fratura. É uma situação frequente, havendo uma incidência aumentada em alguns grupos de risco tal como em mulheres após a menopausa, devido à diminuição da densidade do osso por osteoporose.

As fraturas surgem com o aparecimento de esqueletos rígidos na Natureza. Na espécie humana as primeiras tentativas de tratamento conhecidas datam de há mais de 5000 anos, embora possam ter surgido espontaneamente há ainda mais tempo.

Estes primeiros tratamentos consistiam na utilização de pedaços de madeira ou casca de palmeira amarrados em torno do membro fraturado com linho, e foram descobertas em escavações realizadas no Egito. Este método ainda é utilizado atualmente, variando os materiais utilizados.

Quadro de Repin (1888), representando uma cirurgia ortopédica.

A primeira referência à utilização de materiais semelhantes ao gesso atual data de 900 d.C. por Rhazes Athuriscus, um médico árabe que descreveu a preparação de tiras de linho embebidas numa mistura de cal e clara de ovo, que adquiria bastante resistência. No mundo ocidental, o interesse pelo gesso parece ter-se desenvolvido após um diplomata inglês no Império Otomano, Eaton, ter descrito em 1793 a utilização deste material no tratamento de uma fratura. As ligaduras gessadas utilizadas hoje em dia foram descritas pela primeira vez em 1854 por Antonius Mathysen, um cirurgião naval holandês.

Antes do advento dos antibióticos uma fratura exposta (quando a pele e os músculos são perfurados pelo osso) estava associada a uma mortalidade extremamente elevada, devido a infecções da ferida e do osso (osteomielite). A única terapêutica nestas situações consistia na amputação precoce do membro, embora a amputação fosse em si um método com elevada mortalidade, devido a hemorragia ou a gangrena infecciosa.

A fixação cirúrgica das fraturas aparece mencionada pela primeira vez cerca de 1760 em Toulouse, quando surge numa carta entre dois cirurgiões referência à "fixação de fraturas usando arame no tratamento".

Page 5: Trabalho de Fraturas

1. Fraturas patológicas

Definição: Uma fratura patológica ocorre quando uma quebra de ossos em uma área que está enfraquecido por um outro processo da doença. Causas de osso enfraquecido incluem tumores, infecções e certos distúrbios ósseos herdada. Existem dezenas de doenças e condições que podem levar a uma fratura patológica.

Por que as fraturas patológicas ocorrem? A fratura patológica ocorre normalmente com as atividades normais - os pacientes podem estar fazendo atividades muito de rotina quando seus ossos de repente fraturas. A razão é que o processo subjacente da doença enfraquece os ossos até o ponto onde o osso é incapaz de desempenhar a sua função normal.

Por exemplo, um cisto ósseo pode crescer a uma dimensão significativa, onde o tumor efetivamente corrói uma parte significativa do osso normal. Esta área do osso é agora muito mais fraco e propenso a fraturas patológicas.Quando um osso quebrado ocorre através da área enfraquecida é chamado de fratura patológica.

Qual é o tratamento de uma fratura patológica? Esta é uma pergunta muito complicada, mas a resposta simples é que ambas as fraturas, e os processos subjacentes devem ser considerados para que o tratamento seja seguro e eficaz. Algumas fraturas patológicas exigir o mesmo tratamento de uma fratura normal, enquanto outros podem exigir cuidados altamente especializados.

Você pode ver um caso de um paciente com uma fratura patológica na figura seguinte:

O câncer de mama em osso

Neste paciente com câncer de mama metastático, o câncer se espalhou para os ossos.Você pode ver o osso na parte superior do fêmur (osso da coxa) do lado esquerdo da imagem parece mais fino do que no lado direito da imagem. A causa do osso enfraquecido é o câncer de mama invadindo o osso.Muitas vezes, nesta fase, um cirurgião irá operar no paciente para ajudar a suportar o osso com uma haste de metal. Neste paciente, no entanto, ela não teve a cirurgia.Continue para ver o que aconteceu ...

Page 6: Trabalho de Fraturas

Patológica fratura de quadril

Por causa do osso enfraquecido visto no anterior raio-x, o paciente sofreu uma fratura patológica do fêmur (osso da coxa), logo abaixo da articulação do quadril. Após o câncer tinha se enfraquecido o osso neste paciente, o peso de seu corpo acabou por ser demais para suportar. Agora, os ossos foram fraturados, ea cirurgia deve ser realizada.A fratura patológica ocorre quando o osso está enfraquecido por alguma condição (infecção, câncer e osteoporose são algumas causas de fratura patológica). Veja como este paciente é tratado na próxima figura ...Tratamento das fraturas patológicas

Page 7: Trabalho de Fraturas

Este paciente com câncer de mama com metástases ósseas teve uma fratura patológica do fêmur superior (osso da coxa). Por causa do osso enfraquecido e fratura, a cirurgia é necessária para alinhar e manter os ossos na posição correta.Uma barra de metal e parafusos são usados para segurar o osso termina na posição correta. Isso permitirá que o paciente começar a se mover novamente logo após o procedimento cirúrgico.

2. Fraturas traumáticas

Definição:

A traumatologia é a parte da medicina que estuda e trata o conjunto de perturbações do organismo, provocadas por agentes contundentes. O traumatismo pode ser direto ou indireto. Ele é direto quando o agente contundente se choca diretamente contra um segmento corporal e indireto quando a lesão é produzida à distância.

Mecanismo de produção da fratura

Traumatismo indireto. O agente contundente produz indiretamente a fratura. O trauma se localiza em um ponto e a lesão ocorre em outro local. O traumatismo indireto pode ocorrer por:

• Compressão. Ocorre principalmente nos ossos esponjosos, a exemplo da coluna e calcâneo, nas quedas de altura (desnível).

• Flexão. Ocorre nos ossos longos quando estes são forçados no sentido da flexão.

• Torção. Quando o mecanismo indireto é a torção, em ossos longos, produzindo as fraturas com traço helicoidal. Durante a deambulação, na fase monopodálica, a torção interna ou externa do corpo, estando o pé fixo ao solo, é o exemplo mais típico deste tipo de fratura.

Traumatismo direto. O agente contundente choca-se diretamente com o segmento corporal, determinando a fratura.

Quanto à presença de fator predisponente da fratura patológica é diferente de traumática!

Patológica. Em decorrência do enfraquecimento da estrutura óssea, por uma doença preexistente, tal como tumor, infecção, etc.

Traumática. Produzida por agente contundente que atua por trauma direto ou indireto.

Page 8: Trabalho de Fraturas

Traumatismo indiretoTorção por má deambulação

Entorse do tornozelo Entorse em inversão(varo).

Traumatismo direto Fratura de patela

Enfaixamento ao contrário, forçando a eversão (valgo).

Golpe direto na patela Fratura da patela

Page 9: Trabalho de Fraturas

3. Fraturas com complicações

PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DAS FRATURAS

Osteomielite (infecção no osso) – Pode ocorrer em fraturas expostas ou tratadas cirurgicamente. Nas fraturas expostas quanto maior o tempo de exposição do foco de fratura maior o risco de osteomielite.

Retardo de consolidação – ocorre quando uma fratura demora um tempo maior que o esperado para consolidar. Pode ser provocada por vários fatores como: interposição de partes moles, infecções, desvios excessivos, má nutrição e até mesmo por causa desconhecida.

Pseudoartrose (não consolidação) – Os fatores causadores da pseudoartrose geralmente são os mesmos que provocam o retardo de consolidação. A pseudoartrose ocorre quando o calo ósseo não evolui em um período de 3 meses ou quando a fratura não consolida após 9 meses. Existem dois tipos de pseudoartrose: atrófica e hipertrófica. Na pseudoartrose atrófica há diminuição do volume ósseo no local da fratura, sendo geralmente provocada por infecções. Já na pseudoartrode hipertrófica há aumento do volume ósseo no local da fratura, sendo geralmente provocada por desvios excessivos ou interposição de partes moles.

Pseudoartrose hipertrófica Pseudoartrose atrófica

Consolidação viciosa – ocorre quando o osso consolida de forma “errada”.

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Consolidação viciosa

Necrose avascular – ocorre quando parte de um osso necrosa por rupturas de vasos. Este tipo de complicação é mais comum na cabeça do fêmur, escafóide e tálus.

Necrose da cabeça do fêmur

Aderências intra e periarticulares – é provocada por excesso de tecido fibroso nas regiões articulares, ocorre em fraturas intrarticulares ou próximas das articulações.

Distrofia simpática reflexa (atrofia de Sudek) – ë uma disfunção do sistema simpático de causa desconhecida. O seu quadro clínico quase sempre é caracterizado por: dor intensa, edema, hiperemia e hiperestesia. A DSR é mais freqüente em mulheres, e o tipo de personalidade do paciente parece ter uma forte influência na instalação dos sintomas. Estes pacientes com freqüência são inseguros, instáveis, hiperqueixosos e desconfiados. Esta disfunção acomete predominantemente a extremidade dos membros superiores, principalmente fraturas distais de rádio. Muitas vezes a radiografia mostra um osteopenia.

Síndrome compartimental – ocorre quando fluidos intra ou extracelulares (geralmente sangue) se acumulam em compartimentos fechados musculofasciais. O maior risco da síndrome compartimental é a compressão vascular e nervosa.

Page 11: Trabalho de Fraturas

Lesão vascular – ocorre quando um fragmento ósseo lesiona uma artéria ou veia importante.

Lesão tendinosa – ocorre quando um fragmento ósseo lesiona um tendão.1) Lesão nervosa – Pode ser de 3 tipos:2) Neuropraxia – lesão microscópica sem importância clínica, geralmente

ocorre uma diminuição da condução nervosa transitória.3) Axoniotmese – é uma secção parcial do nervo.4) Neurotimese-é uma secção total do nervo. Neste tipo de lesão o

procedimento cirúrgico de neurorrafia é indispensável.

Os 3 tipos de lesão anátomo patológica de nervos periféricos.

        1                           2                            3

Neuropraxia          Axonotmesis            Neurotmesis

Artrose precoce – é um processo degenerativo da cartilagem articular que ocorre precocemente. Na maioria das vezes é decorrente de fraturas intrarticulares graves.

Page 12: Trabalho de Fraturas

4. Fraturas sem complicações.

Descrição A reparação da fratura é realizado por meio de aplicação de tração,

cirurgia e a imobilização dos ossos afetados. Os fragmentos ósseos são alinhados tanto quanto possível à sua posição normal, sem ferir a pele. fios metálicos ou parafusos podem ser necessários para alinhar pequenos fragmentos ósseos. Uma vez que as extremidades quebradas do osso são definidas, a área afetada é imobilizado por várias semanas com um estilingue, gesso, a cinta, ou tala.

Diagnóstico / Preparação Um raio x é utilizada para confirmar o diagnóstico. Precauções para o

reparo de fratura incluem todos os fatores relevantes na patologia do indivíduo e da história. Estas incluem reações alérgicas à anestesia e à presença de distúrbios hemorrágicos que podem complicar a cirurgia. Preparação muitas vezes começa com talas de emergência para imobilizar a parte do corpo ou partes envolvidas. 

Neste paciente, uma queda que resultou em fraturas nos ossos do cotovelo (B). Para reparar a fratura, é feita uma incisão na região do cotovelo (C), e os ossos são fixados com parafusos para auxiliar a cicatrização adequada (D). 

Page 13: Trabalho de Fraturas

Após o reparo

O raio x pode ser realizada antes da aplicação da tala. Excesso de pressão sobre o local da cirurgia também deve ser evitado até a cura completa . A região lesada deve ser elevada ou apoiado sempre que possível para reduzir a possibilidade de inchaço.

Riscos

Riscos da cirurgia de reparo de fratura é maior em pessoas com mais de 60 anos de idade, porque os ossos muitas vezes exigem mais tempo para curar corretamente. Obesidade pode provocar stress extra no local da fratura, afetando a cura e, possivelmente aumentando o risco de re-fraturando o osso mesmo. O processo de cicatrização após o reparo de fratura também pode ser retardado pelo tabagismo, bem como pela má nutrição, alcoolismo e doenças crônicas. Alguns medicamentos podem afectar o local da fratura, fazendo com que a união pobres, esses medicamentos incluem anti-hipertensivos e esteróides como a cortisona.

As possíveis complicações após o reparo de fratura incluem o sangramento excessivo, ajuste impróprio de se juntou extremidades do osso, a pressão sobre os nervos próximos, retardo na cicatrização, e uma cura permanente incompleto (união) da fratura. Se houver um suprimento sangüíneo pobre para o site e fraturou uma das partes do osso quebrado não é adequadamente suprido de sangue, a parte óssea pode morrer e cicatrização da fratura não ocorrerá. Esta complicação é chamada necrose asséptica. Pobre imobilização da fratura da fundição abusiva que permite o movimento entre as partes ósseas podem impedir a regeneração e reparação do osso, e resultar em deformidade possível. A infecção pode interferir com a reparação óssea. Este risco é maior no caso de uma fratura exposta (uma fratura óssea envolvendo uma parte do osso que rompe a superfície da pele). sites fraturas compostas oferecem condições ideais para infecções graves por Staphylococcus e Streptococcus bactérias. Ocasionalmente, os ossos fraturados no idoso nunca pode eventualmente curar corretamente. O risco é maior quando a alimentação é pobre.

Os resultados normais

Uma vez que o processo de reparo de fratura é concluída, o corpo começa a produzir novo tecido para cobrir o local da fratura e juntar os cacos.  Em primeiro lugar, este tecido (chamado de calo) é macio e facilmente ferido. Mais tarde, os depósitos de minerais nos ossos do corpo (principalmente compostos contendo cálcio) até o calo se torna uma peça sólida do osso. Normalmente leva cerca de seis semanas para as peças de um osso quebrado curar juntos. O tempo exato necessário para a cura depende do tipo de fratura e da extensão do dano. Antes da utilização de raios x, o reparo de fratura nem sempre foi preciso e freqüentemente resultaram em deformidades incapacitantes. Com a tecnologia de raio X modernos, os médicos podem ver a extensão da fratura, verifique a configuração após a reparação, e ter a certeza após o procedimento que os ossos não se moveram de seu alinhamento pretendido. ossos das crianças costumam curar mais rapidamente do que os ossos dos adultos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Podemos constatar nesse trabalho que são inúmeros os casos de traumatismos e fraturas patologicas, e como que essas fraturas podem evoluir de um quadro sem complicações para outro com complicações se não tomarmos eventuais cuidados. Vimos também que tanto no caso dos membros superiores quanto dos inferiores, o repouso da região acometida, com ou sem imobilização, embora na maioria das vezes necessário para a cura do processo, tem os seguintes inconvenientes: acometimento da função muscular, rigidez e osteoporose localizada. Por isso, o bloqueio articular deve ser restrito ao tempo necessário e os exercícios iniciados o mais rapidamente possível. Eles têm o objetivo de impedir as alterações da função muscular, a rigidez articular e propiciar, ainda, a adequada circulação na área acometida, a fim de que a consolidação da fratura, bem como sua cura, se processem com o mínimo de efeitos colaterais.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ortopedia e Traumatologia: temas fundamentais e a reabilitação / Antonio Francisco Ruaro . -- Umuarama : Ed. do Autor, 2004.