fraturas de 13 médio da face
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE)
DISCIPLINA DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL II
Prof. Cláudio do Nascimento Fleig
• A humanidade está caminhando cada
vez mais rápido para um lugar que não
sabemos onde. Esta velocidade pode
transformar as pessoas em “pacientes”
ou “clientes” dos hospitais.
FRONTAL
NASAL
MAXILA
ZIGOMÁTICO
TEMPORAL
CORNETO
MANDIBULA
LACRIMAL
VÔMER
ETMÓIDE
PARIETAL
ESFENÓIDE
• A arquitetura dos ossos faciais está
adaptada às exigências mecânicas de tração
e pressão.
• Regiões mais sujeitas às forças mecânicas
respondem produzindo uma cortical mais
espessa ou esponjosa mais densa.
• A força mastigatória é a que mais induz
forças no esqueleto facial.
• Sendo assim, a face possui em sua arquitetura zonas
de resistência horizontais (pilares horizontais) e
verticais (pilares verticais), assim como zonas de
fragilidade
• O esqueleto do terço médio da face consiste de um
sistema de suportes horizontais e verticais (pilares)
que se combinam para formar uma estrutura
entrelaçada que mantém as dimensões horizontais e
verticais, protege as órbitas, seios paranasais,
cavidades oral e nasal.
• É possível deduzir que, devido à união e a
proximidade de estruturas ósseas, raramente
temos uma fratura clássica envolvendo só
um determinado osso.
• Também devido a proximidade com
estruturas frágeis e nobres, temos um grande
potencial de letalidade.
• As fraturas de 1/3 médio da face tem como
principais fatores etiológicos:
– Acidente com veículos automotores.
– Acidentes esportivos.
– Agressões.
– Quedas.
– FAF.
• A segurança automotiva tem aumentado
vertiginosamente com a introdução de
equipamentos como cinto de segurança, air
bag, barras de proteção, células de
sobrevivência, etc.
• Porém a velocidade destes veículos também
aumentou.
• A consequência imediata são traumas
de grande intensidade envolvendo
várias estruturas do organismo, com
uma maior morbidade.
• Graças as técnicas de resgate e
manutenção de vida ,pacientes acabam
chegando com vida nas mãos das
equipes cirúrgicas hospitalares.
• A prioridade máxima sempre é a vida
do paciente.
• O paciente com trauma no terço médio
da face sempre devem passar por uma
profunda avaliação médica antes de
procedermos nossa intervenção.
• Geralmente apresentam o envolvimento
de outras lesões que podem ser graves.
• Tais lesões devem receber atendimentoemergencial pois podem levar ao óbito,devido a proximidade com estruturasvitais.
– Edemas, hemorragias intensas e outrasobstruções das vias aéreas superiores.
• Estes tipos de fraturas podem adquiriraspectos dantescos.
• Planigrafias.
– Incidência de Waters
– Incidência de Hirtz (Axial).
– Incidência para seios frontais (Caldwell).
– Incidência para ossos próprios do nariz
(perfil).
• Tomografia computadorizada.
• São causadas por impactos graves,
diretos e rombos no terço médio da
face.
• Deslocamento ósseo geralmente se dá
devido a direção da força traumática.
• Podem ser as mais letais.
• Retrusão do terço médio da face.
• Má-oclusão, mordida aberta comcontato prematuro dos molares edeslocamento posterior da maxila.
• Laceração dos tecidos moles dovestíbulo ou do palato.
• Epistaxe, hematoma periorbitário,equimose subconjuntival.
• Dish-face: fraturas com deslocamento onde a
face fica côncava e o terço médio alongado.
• Extravasamento do líquido cefalorraquidiano
(também denominado como fluído
cerebroespinhal) pelo nariz (rinoliquorréia) ou
ouvidos (otoliquorréia).
– Fratura basilar de crânio.
• Palpação bilateral simultânea das
margens orbitárias, processos nasais,
proeminências zigomáticas, crista
zigomática e rebordo alveolar superior.
• Fratura Dentoalveolar.
• Le Fort I (Transversal).
• Le Fort II (Piramidal).
• Le Fort III (Disjunção Crânio-Facial).
• Fratura Mediana (Lannelongue)
• Fraturas Complexas.
• É uma fratura que classicamente tangencia a
margem inferior da abertura piriforme e se
dirige horizontalmente através da parede
anterior do seio maxilar, bilateralmente, até a
tuberosidade, com disjunção pterigomaxilar.
• Características clínicas:
– Mobilidade da porção alveolar da maxila, edema,
equimose periorbital, dor, mudança na oclusão
por intrusão ou giroversão da maxila.
• Caracterizada por linhas de fratura que se
iniciam na região nasofrontal, é
consequência de impacto anterior muitas
vezes comprometendo as estruturas do nariz
e septo nasal.
• Características clínicas:
– Mobilidade da maxila, incluindo a pirâmide nasal,
edema e equimose periorbital, dor, rinorréia.
• Nestes casos a linha de fratura se estendeatravés da sutura naso-frontal às paredesmediais e assoalho da órbita alcançandoas suturas zigomático-frontais e arcozigomático.
• Dá ao paciente um aspecto de facealongada (cara de cavalo).
• São fraturas que recebem tratamento
pelo CTBMF e pelo CP.
• Traumas de grande frequência que
geralmente apresentam fácil resolução.
• Tratamento muitas vezes ambulatorial
sob anestesia local.
• Redução + Estabilização.
• Epistaxe.
• Desvio nasal.
• Obstrução nasal.
• Hemossinus.
CNF 49
CNF 51
• Fraturas comuns em trauma de face,
envolvendo ossos nasais, etmoidais e
ossos que compõem a órbita.
• Hematomas, equimoses, telecanto
traumático, perturbações visuais,
diplopias, alterações nos movimentos
oculares, alterações sensitivas no nervo
infra-orbitário, comprometimento das
vias lacrimais, irregularidades ou
relevos ósseos, perda de olfato,
rinorréia.
• Classificação de Markowitz.
Zigomático
• Dissipador e transmissor das forçasmastigatórias.
• Proteção ao globo ocular.
Arco zigomático
• Osso linear, alargando-se na porção zigomática.
• Pode fraturar-se sob a ação de traumas depequena intensidade, devido a sua estruturafrágil e sua posição.
• Relaciona-se com maxila, frontal, temporal,esfenóide, seio maxilar, parede lateral eassoalho de órbita, nervo infraorbitário,zigomaticofacial, fissura orbital superior einferior, processo coronóide, músculostemporal, masséter, zigomático maior emenor, reto inferior.
• É um osso par e irregular.
• Forma parte da parede lateral e soalho daórbita constituindo, também, o teto do seiomaxilar.
• Apresenta as seguintes estruturas: facesmalar, orbital, temporal; processos frontal,temporal e maxilar e quatro bordas.
Faces
• Face Malar: convexa (forame zigomaticofacial).
• Face Temporal: côncava.
• Face Orbital: forma parte do soalho e paredelateral da órbita.
Arco Zigomático
• Processo Temporal do Osso Zigomático
• Processo Zigomático do Osso Temporal
Órbita
Teto: asa menor do esfenóide e osso frontal
Parede lateral: asa maior do esfenóide e o
zigomático
Parede medial: maxilar, lacrimal, esfenóide e
etmóide
Assoalho: zigomático, maxilar e palatino
• História do trauma– Tipo
– Intensidade
– Tempo decorrido
– Queixas
• Exame físico
• Exames de imagem
A) Palpação intra e extra oral da mandíbula
B) Palpação do bordo inferior da mandíbula
C) Verificação da estabilidade da mandíbula
D)Palpação intraoral para verificar irregularidadeszigomáticomaxilares
E) Palpação das margens infraorbitárias
F) Palpação sobre os arcos zigomáticos
G) Palpação externa dos ossos nasais
H) Inspeção da oclusão dentária
– Parestesia– Epistaxe– Alteração oclusal– Limitações de abertura bucal (bloqueio do
processo coronóide pelos fragmentos do arco,pela compressão do músculo temporal, que seinsere no processo coronóide e de suaaponeurose, que se insere no zigoma e no arcozigomático ou por lesões de fibras do músculotemporal)
– Diplopia– Alteração da acuidade visual
– Afundamento da projeção zigomática
– Degrau na infra-órbita, processo zigomático do osso frontal e pilar zigomático
– Equimose subconjuntival
– Blefaroedema
– Hematomas e equimoses periorbitários
– Hematomas retrobulbares
– Enoftalmo
– Ptose palpebral superior
– Proptose
– Oftalmoplegia
– Distopia
– Alterações de reação pupilar
• São fraturas resultantes de impactos com
grande energia.
• Apresentam aspecto
clínico agressivo.
• Alto custo financeiro
de retorno do
paciente ao convívio
social.
• Alto índice de
sequelas
• São tratamentos
complexos.
• Muitas vezes
exigem diversas
cirurgias.
• Grande morbidade.
CNF 94
1 semana PO 1 ano PO
• Não beba.
• Se não for possível, nãodirija
• Se beber, entregue adireção para outro que nãotenha bebido
– Até é uma maneira decantar alguém
– Ou busque o carro nooutro dia.
• Use o cinto de segurança,capacete, camisinha.
• Sobreviva a esta fase.