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1 PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO Acesso RS-129 km 45+080 Colinas - RS Marques de Souza/RS, novembro de 2019

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PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO

Acesso RS-129 km 45+080

Colinas - RS

Marques de Souza/RS, novembro de 2019

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Sumário 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................... 3

2. PREMISSAS DE PROJETO ............................................................................ 3

3. ANALISE GEOTÉCNICA ................................................................................. 4

4. TERRAPLENAGEM ......................................................................................... 5

a) PROJETO ........................................................................................................ 5

b) ESCAVAÇÃO, CARGA E TRANSPORTE DE MATERIAL............................... 5

c) EXECUÇÃO DE ATERRO COM MATERIAL PROVENIENTE DE CORTE ..... 5

5. PAVIMENTAÇÃO ............................................................................................. 6

a) DIMENSIONAMENTO...................................................................................... 6

a. REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO ............................................................... 11

b. CAMADA DE SUB-BASE ............................................................................... 11

c. CAMADA DE BASE ....................................................................................... 12

d. IMPRIMAÇÃO ................................................................................................ 12

e. PINTURA DE LIGAÇÃO................................................................................. 13

f. CONCRETO BETUMINOSO USINADA À QUENTE – CBUQ........................... 13

b) Materiais a serem utilizados: .......................................................................... 14

a. Agregados ...................................................................................................... 14

b. Composição da mistura:................................................................................. 14

c) Equipamentos ................................................................................................ 15

a. Equipamento para compactação .................................................................... 15

d) Execução do CBUQ ....................................................................................... 16

e) Considerações Técnicas ................................................................................ 18

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MEMORIAL DESCRITIVO

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O presente Memorial Descritivo tem por finalidade expor de maneira detalhada as

normas técnicas, materiais e acabamentos que irão definir os serviços de terraplenagem e

pavimentação, e foi orientado visando atender às exigências legais e técnicas do órgão

aprovador.

O projeto apresentado é referente à pavimentação de Acesso na RS-129 km45+080

no município de Colinas / RS.

2. PREMISSAS DE PROJETO

As premissas básicas a serem adotadas no projeto de pavimentação são descritas

a seguir:

Classe da Rodovia: ClasseIV

Veículo de Projeto adotado: C 13

Estimativa do parâmetro de tráfego utilizado no método de dimensionamento

empregado (Número "N" de repetições de carga);

Definição da capacidade de suporte mínima dos materiais que deverão

constituir a camada de fundação (subleito) das vias, com base em Estudos

Geotécnicos disponíveis (sondagens e ensaios);

Seleção dos materiais a serem empregados nas camadas granulares (base e

reforço do subleito) do pavimento, com base nas fontes de materiais

disponíveis e mais usuais na região.

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3. ANALISE GEOTÉCNICA

Tendo como base os o tipo de solo encontrado no local, que trata-se de Basalto

decomposto (Material de segunda categoria) que por definição apresenta CBR superior a

10%, foi adotado a favor da segurança CBR de 9% como base para os cálculos da estrutura

do referido pavimento.

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4. TERRAPLENAGEM

a) PROJETO

O projeto de terraplenagem foi desenvolvido com base no levantamento topográfico

feito no local, levando-se em consideração as altimetrias da rodovia bem como a do

empreendimento a ser, acessado visando minimizar as interferência no local da interseção.

b) ESCAVAÇÃO, CARGA E TRANSPORTE DE MATERIAL

Cortes são segmentos cuja implantação requer escavação do terreno natural, ao

longo do eixo e no interior dos limites das seções do projeto, que definem o corpo do

acesso, e configuram a retirada mecanizada de material.

As operações de corte compreendem:

Escavação dos materiais constituintes do terreno natural até o greide de

terraplenagem indicado no projeto;

Carga e transporte dos materiais para aterros ou bota-foras.

Serão empregados equipamentos, tais como: escavadeira hidráulica e

transportadores diversos. A operação incluirá, complementarmente, a utilização de tratores

e moto niveladoras, para escarificação, manutenção de caminhos de serviço e áreas de

trabalho, além de tratores esteira.

c) EXECUÇÃO DE ATERRO COM MATERIAL PROVENIENTE DE CORTE

Esta especificação se aplica ao aterro do subleito com material do próprio corte,

sendo este de boa qualidade, nas áreas onde há necessidade para a conformação do

subleito a execução destes serviços deverá seguir a orientação da topografia.

São indicados os seguintes tipos de equipamentos para execução do reaterro:

motoniveladora com escarificador, carro tanque distribuidor de água, rolos compactadores

tipo pé-de-carneiro, compactadores por percussão, etc.

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5. PAVIMENTAÇÃO

a) DIMENSIONAMENTO

Para o dimensionamento das camadas de sub-base e base foi utilizado o Método de

Projeto de Pavimentos Flexíveis do DAER.

Este método visa calcular as espessuras das camadas do pavimento adotando

coeficientes de equivalência estrutural, baseados na Pista Experimental da AASHTO, com

algumas modificações (AASHTO, 2006). O presente método toma como ponto de partida o

valor do suporte do subleito para o cálculo da espessura total do pavimento.

Os parâmetros utilizados neste método são N (Número de Repetições de carga),

obtido a partir de cálculo baseado na contagem feita no posto de pedágio mais próximo

cujo o fluxo direciona-se ao trecho em questão, e o resultado obtido no ensaio de ISC

(Índice de Suporte Califórnia). Tais valores foram aplicados no “Ábaco para

dimensionamento de pavimentos flexíveis” (DNER/1981). Os valores obtidos no ábaco

levam a uma “Espessura Equivalente”, que é aplicada nas inequações apresentadas em

planilha de dimensionamento abaixo:

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a. REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO

É a operação destinada a conformar o subleito, compreendendo em sua execução

cortes ou aterros até 20 cm de espessura.

O subleito deverá ser escarificado, regularizado, substituído ou misturado com solo

mais nobre e compactado nas condições ótimas da energia do Proctor Normal.

Nos segmentos em corte que, por ventura, ao nível do greide de terraplenagem se

constatar a presença de solos com capacidade de suporte menor que 4,0%, estes deverão

ser substituídos ou misturados por outros solos selecionados que atendam os seguintes

requisitos: ISC 4,0% e Expansão < 2%. Ressalta-se que em todos locais com a presença

de siltes, mesmo os que não foram indicados para as substituições na terraplenagem,

deverão também ser substituídos por solos selecionados na mesma espessura.

As camadas finais dos aterros deverão ser executadas com utilização de solos

selecionados (acabamento de terraplenagem), com espessura total de 60 cm, subdivididas

em 3 (três) camadas de 20 cm.

b. CAMADA DE SUB-BASE

Consiste numa camada de Macadame Seco

Este material será utilizado como sub-base numa camada mínima de 20 cm

devidamente compactada.

São indicados os seguintes equipamentos para execução deste serviço:

Rolo compactador vibratório liso

Carro tanque distribuidor de água

Motoniveladora

A camada de sub-base está prevista com capacidade de suporte mínima de 20%.

Sua execução se dá por meio de serviços de espalhamento, umedecimento ou secagem,

compactação e acabamento dos materiais, a fim de atingir a espessura projetada.

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c. CAMADA DE BASE

Camada destinada a resistir e distribuir a sub-base e ao sub-leito, os esforços

oriundos do tráfego e sobre a qual se construirá o revestimento.

Esta especificação aplica-se à execução de base de brita.

Os serviços serão iniciados após a conclusão dos serviços de sub-base. Deverá ser

executada isoladamente da construção das outras camadas do pavimento.

Será executado em conformidade com as seções transversais tipo do projeto com

espessura mínima de 20cm em estado compactado, e compreenderá as seguintes

operações:

Fornecimento, transporte, mistura, espalhamento, compactação e acabamento.

Os serviços de construção da camada de base deverão ser executados

mecanicamente, constando os equipamentos: motoniveladora com escarificador, carro

tanque distribuidor de água, rolo compactador vibratório liso, e carregadeira ou usina

misturadora de materiais.

d. IMPRIMAÇÃO

Imprimação é uma aplicação de película de material betuminoso, CM-30, aplicado

sobre a superfície da base granular concluída, antes da execução de um revestimento

betuminoso, objetivando conferir coesão superficial, impermeabilizar e permitir condições

de aderência entre a camada existente e o revestimento a ser executado.

Primeiramente deverá ser procedida a limpeza adequada da base através de

varredura e, logo após, executado o espalhamento do ligante asfáltico (CM-30) com

equipamento adequado.

Aplicasse o ligante betuminoso, sendo a taxa a ser utilizada deverá variar entre 0,8

a 1,6 l/m².

Para varredura serão usadas vassouras mecânicas e manuais.

O espalhamento do ligante asfáltico deverá ser feito por meio de carros equipados

com bomba reguladora de pressão e sistema completo de aquecimento, capazes de

realizar uma aplicação uniforme do material, sem atomização, nas taxas e limites de

temperatura especificados. Devem dispor de tacômetro, calibradores e termômetros, em

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locais de fácil observação, e ainda de espargidor manual para tratamento de pequenas

superfícies e correções localizadas.

O depósito de ligante asfáltico, quando necessário, deve ser equipado com

dispositivo que permita o aquecimento adequado e uniforme do conteúdo do recipiente. O

depósito deve ter uma capacidade tal que possa armazenar a quantidade de material

asfáltico a ser aplicado em, pelo menos, um dia de trabalho.

e. PINTURA DE LIGAÇÃO

Refere-se à aplicação de película de material betuminoso sobre a superfície da

camada de brita graduada pronta e liberada, sendo esta com imprimação aplicada, visando

promover a aderência entre esta camada e o revestimento a ser executado.

Para a varredura da superfície a receber pintura de ligação utilizam-se, de

preferência, vassouras mecânicas.

A taxa a ser utilizada deverá variar entre 0,4 a 0,6 l/m², que será verificado pelo

menos uma taxa de aplicação através de ensaio adequado “bandeja”.

A distribuição do ligante deve ser feita por carros equipados com bomba

reguladora de pressão e sistema completo de aquecimento, que permitam a aplicação do

material betuminoso em quantidade uniforme.

As barras de distribuição deverão ser do tipo de circulação plena, com

dispositivo que possibilite ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento de

ligante.

Os carros distribuidores deverão dispor de termômetros, em locais de fácil

observação, e, ainda, um espargidor manual para tratamento de pequenas superfícies e

correções localizadas.

O depósito de material betuminoso, quando necessário, deve ser equipado com

dispositivo que permita o aquecimento adequado e uniforme do conteúdo do recipiente. O

depósito deve ter capacidade tal que possa armazenar a quantidade de material

betuminoso a ser aplicado em pelo menos, um dia de trabalho.

A pintura de ligação será medida através da área executada, em m².

f. CONCRETO BETUMINOSO USINADA À QUENTE – CBUQ

O concreto betuminoso é o revestimento flexível resultante da mistura a quente, em

usina apropriada, de agregado mineral graduado, material de enchimento e material

betuminoso, espalhada de modo a apresentar, quando comprimida, a espessura de projeto

(5cm).

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b) Materiais a serem utilizados:

a. Agregados

O agregado graúdo será britado nas especificações complementares.

O agregado graúdo deve ser constituído de fragmentos sãos, duráveis,

livres de torrões de argila e substancias nocivas.

O projeto básico de agregado miúdo será de pó-de-pedra. Podendo,

em outras circunstâncias, ser a mistura de areia e pó-de-pedras. Suas

partículas individuais deverão ser resistentes, apresentar moderada

angulosidade, livre de torrões de argila e a substâncias nocivas.

b. Composição da mistura:

As espessuras das camadas do revestimento devem satisfazer cada uma, a

condição de terem no mínimo 1,5 vezes o diâmetro máximo do agregado da faixa

escolhida.

O projeto da mistura betuminosa e a respectiva fórmula de usina composta

em proporções tais que satisfaça os requisitos das faixas granulométricas abaixo:

O teor de asfalto deverá se situar entre 4,5 a 7,0% sendo o teor definido no

projeto da mistura.

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Deverá ser adotado o Método Marshall para a verificação das condições de

vazios, estabilidade e fluência da mistura betuminosa. Segundo os valores

seguintes:

c) Equipamentos

Os equipamentos necessários para a execução são os seguintes:

Usinas para misturas asfálticas:

A usina deverá dispor de misturador capaz de produzir uma mistura

uniforme. Um termômetro com proteção metálica e escala de 90ºC a

210ºC, deve ser fixado no dosador de ligante ou na linha de

alimentação do asfalto, em local adequado, próximo a descarga do

misturador. Silos para agregados.

Equipamento para distribuição e acabamento:

O equipamento de espalhamento e acabamento deve constituir-se de vibro-

acabadoras, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas

e abaulamento definidos no projeto. A vibro-acabadora deve estar equipada

com alisadores (mesa) e dispositivos para o aquecimento á temperatura

requerida para a colocação da mistura sem irregularidade.

a. Equipamento para compactação

O equipamento para a compactação deve constituir-se por rolo pneumático com

regulagem de pressão e rolo metálico listo, tipo tandem. O rolo pneumático deve

ser dotado de dispositivos que permitam a calibragem de variação da pressão

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dos pneus. O rolo metálico tipo tandem deve ter massa compatível com a

espessura da camada. O emprego dos rolos lisos vibratórios pode ser admitido

desde que a frequência e a amplitude de vibração sejam ajustadas ás

necessidades do serviço.

d) Execução do CBUQ

Não é permitida a execução dos serviços em dias de chuva. O concreto asfáltico

somente deve ser fabricado, transportado e aplicado quando a temperatura ambiente for

superior a 10ºC.

Preparo da Superfície:

A superfície deverá estar limpa, isenta de pó ou outras substancias

prejudiciais. Eventuais defeitos existentes devem ser adequadamente

reparados, previamente á aplicação da mistura.

Distribuição da mistura:

A distribuição da mistura do concreto asfáltico deve ser feita por

equipamentos adequados.

Deve ser assegurado, previamente ao inicio dos trabalhos, o

aquecimento conveniente da mesa alisadora da acabadora á

temperatura compatível com a da massa a ser distribuída. Deve-se

observar que o sistema de aquecimento destina-se exclusivamente

ao aquecimento da mesa alisadora e nunca da massa asfáltica que

eventualmente tenha esfriado em demasia. Caso ocorram

irregularidades na superfície da camada acabada estas devem ser

corrigidas de imediato pela adição manual da mistura, seu

espalhamento deve ser efetuado por meio de rolos metálicos. Esta

alternativa deve ser minimizada, já que o excesso de reparo manual é

nocivo á qualidade do serviço. A mistura deve apresentar textura

uniforme sem pontos de segregação. Na descarga, o caminhão deve

ser empurrado pela acabadora, não se permitindo choques ou

travamento dos pneus durante a operação.

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Compactação da mistura:

A rolagem tem início logo após a distribuição do concreto asfáltico.

Como regra geral, a temperatura de rolagem deve ser mais elevada

que a mistura asfáltica pode suportar – temperatura a qual deve ser

fixada experimentalmente para cada caso, considerando-se o

intervalo de trabalhabilidade da mistura e tomando-se a devida

precaução quanto a espessura da camada, distancia de transporte,

condições do meio ambiente e temperatura de compactação. A

prática mais frequente de compactação de mistura asfáltica densas

usinada a quente contempla o emprego combinado de rolos

pneumáticos de pressão regulável e rolo metálico liso tipo tandem.

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No rolo pneumático liso, se for utilizada água, esta deve ser

pulverizada não se permitindo que escorra pelo tandem e acumule na

superfície da camada.

Os revestimentos recém acabados deverão ser mantidos sem

transito, até o completo resfriamento.

e) Considerações Técnicas

Todos os serviços de pavimentação deverão seguir as especificações técnicas do

DAER-RS

Marques de Souza, novembro de 2019

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