farmacocinÉtica clÍnicaadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf ·...

52
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO - FAVENI FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO

Upload: others

Post on 14-Oct-2020

11 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO - FAVENI

FARMACOCINÉTICA

CLÍNICA

ESPÍRITO SANTO

Page 2: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

FARMACOCINÉTICA

A farmacocinética estuda o caminho percorrido pelo medicamento no

organismo, desde a sua administração até a sua eliminação. Pode ser definida,

de forma mais exata, como o estudo quantitativo dos processos de absorção,

distribuição, biotransformação e eliminação dos fármacos ou dos seus

metabólitos.

O fármaco não cria ações no organismo, ele atua aumentando ou

diminuindo o metabolismo em determinada situação. Existem conceitos básicos

na farmacocinética cuja compreensão é fundamental para a utilização dos

medicamentos.

https://encrypted-

tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTHXTdBz_ECWOpEw6pynEOkjfMlkkVTkx2NjEFdCohBKPEpTVY5Bw

O primeiro deles refere-se ao que é chamado de biodisponibilidade: a

quantidade de uma substância que, introduzida no organismo, ganha a

circulação e, portanto, torna-se disponível para exercer sua atuação terapêutica.

Com a via intravenosa a biodisponibilidade é de 100%, pois toda

substância alcança a corrente circulatória.

Page 3: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Mas no caso da via oral (ou outra via que não a intravenosa), a absorção

nunca é total e, portanto, a substância não ficará 100% disponível, pois é certo

que parte não conseguirá chegar à corrente sanguínea. ⇒ Biodisponibilidade:

http://www.portalesmedicos.com/images/publicaciones/1007administracion_farmacos/concentracion_plasm

atica.jpg

É a fração da droga não alterada que atinge seu local de ação após a

administração por qualquer via.

A concentração máxima (Cmax) que a substância atinge no plasma e o

tempo máximo (Tmax) para aquela concentração ser atingida, são aspectos do

comportamento das drogas dentro do organismo utilizados como parâmetros

que definem as doses terapêuticas, as reações adversas e as intoxicações com

medicamentos.

Bioequivalência é o aspecto no qual comparamos a biodisponibilidade

de dois medicamentos, isto é, como ambos se comportam no organismo em

termos de disponibilidade para exercer sua ação terapêutica.

Caso ambos tenham Cmax e Tmax semelhantes, ou seja, AUC

equiparáveis, são considerados bioequivalentes. Assim tem-se um medicamento

genérico, caso tenha passado pela prova da bioequivalência, sendo sua

biodisponibilidade semelhante àquela do medicamento padrão ou de referência.

Para ilustrar, usaremos um paciente que toma um comprimido de

diclofenaco (Cataflam®):

Page 4: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS6C4uS-

gnQKR1xbND_crP9qVMROuNtGhxJVuXR_Xyf5YscxqaHvQ

Cinética:

Ele é desintegrado pelo estômago, absorvido pelo intestino vai para a

corrente sanguínea onde é transportado até o local da inflamação.

Dinâmica:

Lá o diclofenaco atua inibindo a atividade da ciclooxigenase e

consequentemente diminui a produção de prostaglandinas as quais, por serem

vasodilatadores potentes, aumentam a permeabilidade vascular e causam as

reações inflamatórias, ou seja, o diclofenaco diminui a produção de

prostaglandinas e a inflamação.

Cinética:

Depois de exercer sua função o diclofenaco é metabolizado pelo fígado

e depois eliminado pelos rins.

Page 5: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

RESOLUÇÃO Nº 585 DE 29 DE AGOSTO DE 2013

Ementa: Regulamenta as atribuições clínicas do

farmacêutico e dá outras providências.

PREÂMBULO

Esta resolução regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico que,

por definição, constituem os direitos e responsabilidades desse profissional no

que concerne a sua área de atuação.

É necessário diferenciar o significado de “atribuições”, escopo desta

resolução, de “atividades” e de “serviços”. As atividades correspondem às ações

do processo de trabalho.

https://encrypted-

tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRq_PFrBtUqUrcFmSNGAZhFmCQpQzRQD20inh95fx6UQeR3xeaD

O conjunto de atividades será identificado no plano institucional, pelo

paciente ou pela sociedade como “serviços”.

Os diferentes serviços clínicos farmacêuticos, por exemplo, o

acompanhamento farmacoterapêutico, a conciliação terapêutica ou a revisão da

Page 6: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

farmacoterapia caracterizam-se por um conjunto de atividades específicas de

natureza técnica.

A realização dessas atividades encontra embasamento legal na

definição de atribuições clínicas do farmacêutico. Assim, uma lista de atribuições

não corresponde, por definição, a uma lista de serviços.

https://i.ytimg.com/vi/a63R8Ztnn9M/hqdefault.jpg

A Farmácia Clínica, que teve início no âmbito hospitalar, nos Estados

Unidos, a partir da década de sessenta, atualmente incorpora a filosofia do

Pharmaceutical Care e, como tal, expandese a todos os níveis de atenção à

saúde. Esta prática pode ser desenvolvida em hospitais, ambulatórios, unidades

de atenção primária à saúde, farmácias comunitárias, instituições de longa

permanência e domicílios de pacientes, entre outros.

A expansão das atividades clínicas do farmacêutico ocorreu, em parte,

como resposta ao fenômeno da transição demográfica e epidemiológica

observado na sociedade.

Page 7: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

A crescente morbimortalidade relativa às doenças e agravos não

transmissíveis e à farmacoterapia repercutiu nos sistemas de saúde e exigiu um

novo perfil do farmacêutico.

Nesse contexto, o farmacêutico contemporâneo atua no cuidado direto

ao paciente, promove o uso racional de medicamentos e de outras tecnologias

em saúde, redefinindo sua prática a partir das necessidades dos pacientes,

família, cuidadores e sociedade.

https://encrypted-

tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRgNBycs5Hwm_FBj6X_nWg5YQDENTr5Y5vwRWjAwdzyKr7Ns8Tj

Por fim, é preciso reconhecer que a prática clínica do farmacêutico em

nosso país avançou nas últimas décadas. Isso se deve ao esforço visionário

daqueles que criaram os primeiros serviços de Farmácia Clínica no Brasil, assim

como às ações lideradas por entidades profissionais, instituições acadêmicas,

organismos internacionais e iniciativas governamentais.

As distintas realidades e as necessidades singulares de saúde da

população brasileira exigem bastante trabalho e união de todos. O êxito das

atribuições descritas nesta resolução deverá ser medido pela efetividade das

Page 8: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

ações propostas e pelo reconhecimento por parte da sociedade do papel do

farmacêutico no contexto da saúde.

O Conselho Federal de Farmácia (CFF), no uso de suas atribuições

legais e regimentais previstas na Lei nº 3.820, de 11 de novembro 1960, e

Considerando o disposto no artigo 5º, inciso XIII, da Constituição

Federal, que outorga liberdade de exercício, trabalho ou profissão, desde que

atendidas as qualificações que a lei estabelecer;

https://encrypted-

tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTTvRfXX_LsVYWXRl_FLublBLc5pBoSY4_k1TxeDAcZyINA_IPcig

Considerando que o CFF, no âmbito de sua área específica de atuação

e, como entidade de profissão regulamentada, exerce atividade típica de Estado,

nos termos do artigo 5º, inciso XIII; artigo 21, inciso XXIV e artigo 22, inciso XVI,

todos da Constituição Federal;

Considerando a outorga legal ao CFF de zelar pela saúde pública,

promovendo ações de assistência farmacêutica em todos os níveis de atenção

à saúde, de acordo com a alínea "p", do artigo 6º da Lei Federal nº 3.820, de 11

Page 9: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

de novembro de 1960, com as alterações da Lei Federal nº 9.120, de 26 de

outubro de 1995;

Considerando que é atribuição do CFF expedir resoluções para eficácia

da Lei Federal nº 3.820, de 11 de novembro de 1960 e, ainda, compete-lhe o

múnus de definir ou modificar a competência dos profissionais de Farmácia em

seu âmbito, conforme o artigo 6º, alíneas “g” e “m”;

Considerando o disposto na Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro de

1990, que estabelece o Código de Defesa do Consumidor; considerando que a

Lei Federal no 8.080, de 19 de setembro de 1990, em seu artigo 6º, alínea “d”,

inclui no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) a assistência

terapêutica integral, inclusive farmacêutica;

https://encrypted-

tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTmJoIMvWpjCy1WYRLToK758L9Dl034P7X7jWEWWljxdEv_NDjrDA

Considerando as disposições do Decreto Federal nº 20.377, de 8 de

setembro de 1931, que aprova a regulamentação do exercício da profissão

farmacêutica no Brasil;

Page 10: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Considerando as disposições do Decreto Federal nº 85.878, de 7 de abril

de 1981, que estabelece normas para execução da Lei Federal nº 3.820, de 11

de novembro de 1960, que dispõe sobre o exercício da profissão farmacêutica,

e dá outras providências;

Considerando a Portaria MS/SNVS nº 272, de 08 de abril de 1998, que

aprova o regulamento técnico dos requisitos mínimos para terapia de nutrição

parenteral;

https://encrypted-

tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTHEDLzh8j4SjquazggM0x3am7i0Eb8FO7ENnmKaujGW57ySF3O-Q

Considerando a Portaria MS/GM nº 2.616, de 12 de maio de 1998, que

institui as diretrizes e normas para a prevenção e o controle das infecções

hospitalares;

Considerando a Portaria MS/GM nº 3.916, de 30 de outubro de 1998,

que aprova a Política Nacional de Medicamentos;

Considerando a Portaria MS/GM nº 687, de 30 de março de 2006, que

aprova a Política de Promoção da Saúde;

Considerando a Portaria MS/GM nº 4.283, de 30 de dezembro de 2010,

que aprova as diretrizes e estratégias para organização, fortalecimento e

aprimoramento das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais, com

destaque para o capítulo 4.2, alínea “d”;

Page 11: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Considerando a Portaria MS/GM nº 3.124, de 28 de dezembro de 2012,

que redefine os parâmetros de vinculação dos Núcleos de Apoio à Saúde da

Família (NASF) Modalidades 1 e 2 às Equipes Saúde da Família e/ou Equipes

de Atenção Básica para populações específicas, cria a Modalidade NASF 3, e

dá outras providências;

Considerando a Portaria MS/GM nº 529, de 1º de abril de 2013, que

institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP); considerando a

Resolução MS/CNS nº 338, de 6 de maio de 2004, que aprova a Política Nacional

de Assistência Farmacêutica;

https://encrypted-

tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTznjqrW_Q29cs5fbTWXKbU4HdV8SF5wBjDloBLhnmQnlkXSmVYFw

Considerando o disposto na Resolução nº 2, de 19 de fevereiro de 2002,

do Conselho Nacional de Educação, que institui as Diretrizes Curriculares

Nacionais do Curso de Graduação em Farmácia;

Considerando a Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nº

397, de 9 de outubro de 2002, que institui a Classificação Brasileira de

Ocupações – CBO (atualizada em 31 de janeiro de 2013), que trata da

identificação das ocupações no mercado de trabalho, para fins classificatórios

junto aos registros administrativos e domiciliares;

Page 12: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Considerando a Resolução/CFF nº 160, de 23 de abril de 1982, que

dispõe sobre o exercício profissional farmacêutico;

Considerando a Resolução/CFF nº 357, de 20 de abril de 2001, que

aprova o regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia;

Considerando a Resolução/CFF nº 386, de 12 de novembro de 2002,

que dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito da assistência

domiciliar em equipes multidisciplinares;

https://encrypted-

tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQIRK1yzMjpteu01iv34T75AHQmKNHNhWGizpmrjFZYbRyKDoPi

Considerando a Resolução/CFF nº 486, de 23 de setembro de 2008, que

dispõe sobre as atribuições do farmacêutico na área de radio farmácia e dá

outras providências;

Page 13: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Considerando a Resolução/CFF nº 492, de 26 de novembro de 2008,

que regulamenta o exercício profissional nos serviços de atendimento pré-

hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, de natureza

pública ou privada, alterada pela Resolução/CFF nº 568, de 6 de dezembro de

2012;

Considerando a Resolução/CFF nº 499, de 17 de dezembro de 2008,

que dispõe sobre a prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e

drogarias, e dá outras providências, alterada pela Resolução/CFF nº 505, de 23

de junho de 2009;

https://encrypted-

tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQGDl3LPyhMzRLJ7Sj59Y2Niulhg3yNA9EBAq5GUST22gMXBPk_

Considerando a Resolução/CFF nº 500, de 19 de janeiro de 2009, que

dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito dos serviços de diálise,

de natureza pública ou privada;

Considerando a Resolução/CFF nº 509, de 29 de julho de 2009, que

regula a atuação do farmacêutico em centros de pesquisa clínica, organizações

representativas de pesquisa clínica, indústria ou outras instituições que realizem

pesquisa clínica;

Page 14: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Considerando a Resolução/CFF nº 546 de 21 de julho de 2011, que

dispõe sobre a indicação farmacêutica de plantas medicinais e fitoterápicos

isentos de prescrição, e o seu registro;

Considerando a Resolução/CFF nº 555, de 30 de novembro de 2011,

que regulamenta o registro, a guarda e o manuseio de informações resultantes

da prática da assistência farmacêutica nos serviços de saúde;

https://encrypted-

tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQygmvJhH6tYRvAJqPOwBNUdMAuIK2FEbHY3QGwcmKccnk9OHtK

Considerando a RDC Anvisa n° 220, de 21 de setembro de 2004, que

regulamenta o funcionamento dos serviços de terapia antineoplásica e institui

que a equipe multidisciplinar em terapia antineoplásica (EMTA) deve ter

obrigatoriamente em sua composição um farmacêutico;

Considerando a RDC Anvisa nº 7, de 24 de fevereiro de 2010, que na

seção IV, artigo 18, estabelece a necessidade da assistência farmacêutica à

beira do leito na Unidade de Terapia Intensiva e, em seu artigo 23, dispõe que a

assistência farmacêutica deve integrar a equipe multidisciplinar, RESOLVE:

Art. 1º - Regulamentar as atribuições clínicas do farmacêutico nos

termos desta resolução.

Page 15: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Parágrafo único – As atribuições clínicas regulamentadas pela presente

resolução constituem prerrogativa do farmacêutico legalmente habilitado e

registrado no Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição.

Art. 2º - As atribuições clínicas do farmacêutico visam à promoção,

proteção e recuperação da saúde, além da prevenção de doenças e de outros

problemas de saúde. Parágrafo único - As atribuições clínicas do farmacêutico

visam proporcionar cuidado ao paciente, família e comunidade, de forma a

promover o uso racional de medicamentos e otimizar a farmacoterapia, com o

propósito de alcançar resultados definidos que melhorem a qualidade de vida do

paciente.

https://encrypted-

tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTypKvzU2mBxO4o50UB4XcPbP_OuYPQitIGgwJwgamX-okw3nu7

Art. 3º - No âmbito de suas atribuições, o farmacêutico presta cuidados

à saúde, em todos os lugares e níveis de atenção, em serviços públicos ou

privados.

Art. 4º - O farmacêutico exerce sua atividade com autonomia, baseado

em princípios e valores bioéticos e profissionais, por meio de processos de

trabalho, com padrões estabelecidos e modelos de gestão da prática.

Page 16: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Art. 5º - As atribuições clínicas do farmacêutico estabelecidas nesta

resolução visam atender às necessidades de saúde do paciente, da família, dos

cuidadores e da sociedade, e são exercidas em conformidade com as políticas

de saúde, com as normas sanitárias e da instituição à qual esteja vinculado.

Art. 6º - O farmacêutico, no exercício das atribuições clínicas, tem o

dever de contribuir para a geração, difusão e aplicação de novos conhecimentos

que promovam a saúde e o bem-estar do paciente, da família e da comunidade.

https://encrypted-

tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQUjQS8vkvdsuuUHYAw7ETjUJ7aQieq52NVoUjBJG8FqPEISsg9_g

CAPÍTULO I – DAS ATRIBUIÇÕES CLÍNICAS DO FARMACÊUTICO

Art. 7º - São atribuições clínicas do farmacêutico relativas ao cuidado à

saúde, nos âmbitos individual e coletivo:

I – Estabelecer e conduzir uma relação de cuidado centrada no paciente;

II - Desenvolver, em colaboração com os demais membros da equipe de

saúde, ações para a promoção, proteção e recuperação da saúde, e a prevenção

de doenças e de outros problemas de saúde;

III - Participar do planejamento e da avaliação da farmacoterapia, para

que o paciente utilize de forma segura os medicamentos de que necessita, nas

doses, frequência, horários, vias de administração e duração adequados,

Page 17: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

contribuindo para que o mesmo tenha condições de realizar o tratamento e

alcançar os objetivos terapêuticos;

IV – Analisar a prescrição de medicamentos quanto aos aspectos legais

e técnicos;

V – Realizar intervenções farmacêuticas e emitir parecer farmacêutico a

outros membros da equipe de saúde, com o propósito de auxiliar na seleção,

adição, substituição, ajuste ou interrupção da farmacoterapia do paciente;

https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQp7yaJG-zCWQKhACYLBq2M-

0QS5bYj0TC68e2AVey60VoxpceA

VI – Participar e promover discussões de casos clínicos de forma

integrada com os demais membros da equipe de saúde;

VII - Prover a consulta farmacêutica em consultório farmacêutico ou em

outro ambiente adequado, que garanta a privacidade do atendimento;

VIII - Fazer a anamnese farmacêutica, bem como verificar sinais e

sintomas, com o propósito de prover cuidado ao paciente;

Page 18: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

IX - Acessar e conhecer as informações constantes no prontuário do

paciente;

X - Organizar, interpretar e, se necessário, resumir os dados do paciente,

a fim de proceder à avaliação farmacêutica;

XI - Solicitar exames laboratoriais, no âmbito de sua competência

profissional, com a finalidade de monitorar os resultados da farmacoterapia;

XII - Avaliar resultados de exames clínico-laboratoriais do paciente,

como instrumento para individualização da farmacoterapia;

XIII - Monitorar níveis terapêuticos de medicamentos, por meio de dados

de farmacocinética clínica;

https://encrypted-

tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQWTvvpfckCAfwb5RLy_UOhD9PkhYXp8SNvIiGYWEMJplq3yr_jWQ

XIV - Determinar parâmetros bioquímicos e fisiológicos do paciente, para

fins de acompanhamento da farmacoterapia e rastreamento em saúde;

XV - Prevenir, identificar, avaliar e intervir nos incidentes relacionados

aos medicamentos e a outros problemas relacionados à farmacoterapia;

Page 19: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

XVI - Identificar, avaliar e intervir nas interações medicamentosas

indesejadas e clinicamente significantes;

XVII - Elaborar o plano de cuidado farmacêutico do paciente;

XVIII - Pactuar com o paciente e, se necessário, com outros profissionais

da saúde, as ações de seu plano de cuidado;

XIX - Realizar e registrar as intervenções farmacêuticas junto ao

paciente, família, cuidadores e sociedade;

XX - Avaliar, periodicamente, os resultados das intervenções

farmacêuticas realizadas, construindo indicadores de qualidade dos serviços

clínicos prestados;

https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR3qbWnS-1POeEP78zavXP-

q5atEHC2q9_vRMi4H3Hyqg9xjdQdqg

XXI - Realizar, no âmbito de sua competência profissional, administração

de medicamentos ao paciente;

Page 20: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

XXII - Orientar e auxiliar pacientes, cuidadores e equipe de saúde quanto

à administração de formas farmacêuticas, fazendo o registro destas ações,

quando couber;

XXIII - Fazer a evolução farmacêutica e registrar no prontuário do

paciente;

XXIV - Elaborar uma lista atualizada e conciliada de medicamentos em

uso pelo paciente durante os processos de admissão, transferência e alta entre

os serviços e níveis de atenção à saúde;

XXV - Dar suporte ao paciente, aos cuidadores, à família e à comunidade

com vistas ao processo de autocuidado, incluindo o manejo de problemas de

saúde autolimitados;

XXVI - Prescrever, conforme legislação específica, no âmbito de sua

competência profissional;

XXVII - Avaliar e acompanhar a adesão dos pacientes ao tratamento, e

realizar ações para a sua promoção;

https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSDmfDFEYS7YkQKKrC-v1QchgbwftugtzJK-

BprWM4_vlkhcWSlsw

XXVIII - Realizar ações de rastreamento em saúde, baseadas em

evidências técnicocientíficas e em consonância com as políticas de saúde

vigentes.

Page 21: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Art. 8º - São atribuições do farmacêutico relacionadas à comunicação e

educação em saúde:

I - Estabelecer processo adequado de comunicação com pacientes,

cuidadores, família, equipe de saúde e sociedade, incluindo a utilização dos

meios de comunicação de massa;

II - Fornecer informação sobre medicamentos à equipe de saúde;

III - Informar, orientar e educar os pacientes, a família, os cuidadores e

a sociedade sobre temas relacionados à saúde, ao uso racional de

medicamentos e a outras tecnologias em saúde;

IV - Desenvolver e participar de programas educativos para grupos de

pacientes;

V - Elaborar materiais educativos destinados à promoção, proteção e

recuperação da saúde e prevenção de doenças e de outros problemas

relacionados;

https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRIJkHNTydA-

rk3whuRrnsNoWeEBmKBsWyvU1TQfYrIO8WgTm0Rdg

VI - Atuar no processo de formação e desenvolvimento profissional de

farmacêuticos;

VII - Desenvolver e participar de programas de treinamento e educação

continuada de recursos humanos na área da saúde.

Page 22: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Art. 9º - São atribuições do farmacêutico relacionadas à gestão da

prática, produção e aplicação do conhecimento: I - Participar da coordenação,

supervisão, auditoria, acreditação e certificação de ações e serviços no âmbito

das atividades clínicas do farmacêutico;

II - Realizar a gestão de processos e projetos, por meio de ferramentas

e indicadores de qualidade dos serviços clínicos prestados;

III - Buscar, selecionar, organizar, interpretar e divulgar informações que

orientem a tomada de decisões baseadas em evidência, no processo de cuidado

à saúde;

IV - Interpretar e integrar dados obtidos de diferentes fontes de

informação no processo de avaliação de tecnologias de saúde;

V - Participar da elaboração, aplicação e atualização de formulários

terapêuticos e protocolos clínicos para a utilização de medicamentos e outras

tecnologias em saúde;

https://encrypted-

tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSIjU2JqnN2eCqOzokHiUwsdBPcisU4lz5J2ugHsdwopx7-3SUoug

VI - Participar da elaboração de protocolos de serviços e demais

normativas que envolvam as atividades clínicas;

Page 23: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

VII - Desenvolver ações para prevenção, identificação e notificação de

incidentes e queixas técnicas relacionados aos medicamentos e a outras

tecnologias em saúde;

VIII - Participar de comissões e comitês no âmbito das instituições e

serviços de saúde, voltados para a promoção do uso racional de medicamentos

e da segurança do paciente;

IX - Participar do planejamento, coordenação e execução de estudos

epidemiológicos e demais investigações de caráter técnico-científico na área da

saúde;

X - Integrar comitês de ética em pesquisa;

XI - Documentar todo o processo de trabalho do farmacêutico.

CAPÍTULO II – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 10 - As atribuições dispostas nesta resolução correspondem aos

direitos, responsabilidades e competências do farmacêutico no desenvolvimento

das atividades clínicas e na provisão de serviços farmacêuticos.

Art. 11 - Consideram-se, para os fins desta resolução, as definições de

termos (glossário) e referências contidas no Anexo.

Art. 12 - Esta resolução entra em vigor nesta data, revogando-se as

disposições em contrário.

WALTER DA SILVA JORGE JOÃO Presidente – CFF

ANEXO GLOSSÁRIO

Anamnese farmacêutica: procedimento de coleta de dados sobre o paciente,

realizada pelo farmacêutico por meio de entrevista, com a finalidade de conhecer

sua história de saúde, elaborar o perfil farmacoterapêutico e identificar suas

necessidades relacionadas à saúde.

Page 24: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Bioética: ética aplicada especificamente ao campo das ciências médicas e

biológicas. Representa o estudo sistemático da conduta humana na atenção à

saúde à luz de valores e princípios morais. Abrange dilemas éticos e

deontológicos relacionados à ética médica e farmacêutica, incluindo assistência

à saúde, as investigações biomédicas em seres humanos e as questões

humanísticas e sociais como o acesso e o direito à saúde, recursos e políticas

públicas de atenção à saúde. A bioética se fundamenta em princípios, valores e

virtudes tais como a justiça, a beneficência, a não maleficência, a equidade, a

autonomia, o que pressupõe nas relações humanas a responsabilidade, o livre-

arbítrio, a consciência, a decisão moral e o respeito à dignidade do ser humano

na assistência, pesquisa e convívio social.

Consulta farmacêutica: atendimento realizado pelo farmacêutico ao paciente,

respeitando os princípios éticos e profissionais, com a finalidade de obter os

melhores resultados com a farmacoterapia e promover o uso racional de

medicamentos e de outras tecnologias em saúde.

Consultório farmacêutico: lugar de trabalho do farmacêutico para atendimento

de pacientes, familiares e cuidadores, onde se realiza com privacidade a

consulta farmacêutica. Pode funcionar de modo autônomo ou como dependência

de hospitais, ambulatórios, farmácias comunitárias, unidades multiprofissionais

de atenção à saúde, instituições de longa permanência e demais serviços de

saúde, no âmbito público e privado.

Cuidado centrado no paciente: relação humanizada que envolve o respeito às

crenças, expectativas, experiências, atitudes e preocupações do paciente ou

cuidadores quanto às suas condições de saúde e ao uso de medicamentos, na

qual farmacêutico e paciente compartilham a tomada de decisão e a

responsabilidade pelos resultados em saúde alcançados.

Cuidador: pessoa que exerce a função de cuidar de pacientes com dependência

numa relação de proximidade física e afetiva. O cuidador pode ser um parente,

que assume o papel a partir de relações familiares, ou um profissional,

especialmente treinado para tal fim.

Page 25: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Evolução farmacêutica: registros efetuados pelo farmacêutico no prontuário do

paciente, com a finalidade de documentar o cuidado em saúde prestado,

propiciando a comunicação entre os diversos membros da equipe de saúde.

Farmácia clínica: área da farmácia voltada à ciência e prática do uso racional

de medicamentos, na qual os farmacêuticos prestam cuidado ao paciente, de

forma a otimizar a farmacoterapia, promover saúde e bem-estar, e prevenir

doenças. Farmacoterapia: tratamento de doenças e de outras condições de

saúde, por meio do uso de medicamentos. Incidente: evento ou circunstância

que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário ao paciente.

Intervenção farmacêutica: ato profissional planejado, documentado e realizado

pelo farmacêutico, com a finalidade de otimização da farmacoterapia, promoção,

proteção e da recuperação da saúde, prevenção de doenças e de outros

problemas de saúde.

Lista de medicamentos do paciente: relação completa e atualizada dos

medicamentos em uso pelo paciente, incluindo os prescritos e os não prescritos,

as plantas medicinais, os suplementos e os demais produtos com finalidade

terapêutica.

Otimização da farmacoterapia: processo pelo qual se obtém os melhores

resultados possíveis da farmacoterapia do paciente, considerando suas

necessidades individuais, expectativas, condições de saúde, contexto cultural e

determinantes de saúde.

Paciente: pessoa que solicita, recebe ou contrata orientação, aconselhamento

ou prestação de outros serviços de um profissional da saúde.

Parecer farmacêutico: documento emitido e assinado pelo farmacêutico, que

contém manifestação técnica fundamentada e resumida sobre questões

específicas no âmbito de sua atuação. O parecer pode ser elaborado como

resposta a uma consulta, ou por iniciativa do farmacêutico, ao identificar

problemas relativos ao seu âmbito de atuação.

Page 26: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Plano de cuidado: planejamento documentado para a gestão clínica das

doenças, de outros problemas de saúde e da terapia do paciente, delineado para

atingir os objetivos do tratamento. Inclui as responsabilidades e atividades

pactuadas entre o paciente e o farmacêutico, a definição das metas terapêuticas,

as intervenções farmacêuticas, as ações a serem realizadas pelo paciente e o

agendamento para retorno e acompanhamento.

Prescrição: conjunto de ações documentadas relativas ao cuidado à saúde,

visando à promoção, proteção e recuperação da saúde, e à prevenção de

doenças.

Prescrição de medicamentos: ato pelo qual o prescritor seleciona, inicia,

adiciona, substitui, ajusta, repete ou interrompe a farmacoterapia do paciente e

documenta essas ações, visando à promoção, proteção e recuperação da

saúde, e a prevenção de doenças e de outros problemas de saúde.

Prescrição farmacêutica: ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta

terapias farmacológicas e não farmacológicas, e outras intervenções relativas ao

cuidado à saúde do paciente, visando à promoção, proteção e recuperação da

saúde, e à prevenção de doenças e de outros problemas de saúde.

Problema de saúde autolimitado: enfermidade aguda de baixa gravidade, de

breve período de latência, que desencadeia uma reação orgânica a qual tende

a cursar sem danos para o paciente e que pode ser tratada de forma eficaz e

segura com medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja

dispensação não exija prescrição médica, incluindo medicamentos

industrializados e preparações magistrais - alopáticos ou dinamizados -, plantas

medicinais, drogas vegetais ou com medidas não farmacológicas.

Queixa técnica: notificação feita pelo profissional de saúde quando observado

um afastamento dos parâmetros de qualidade exigidos para a comercialização

ou aprovação no processo de registro de um produto farmacêutico.

Rastreamento em saúde: identificação provável de doença ou condição de

saúde não identificada, pela aplicação de testes, exames ou outros

procedimentos que possam ser realizados rapidamente, com subsequente

Page 27: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

orientação e encaminhamento do paciente a outro profissional ou serviço de

saúde para diagnóstico e tratamento.

Saúde baseada em evidência: é uma abordagem que utiliza as ferramentas da

epidemiologia clínica, da estatística, da metodologia científica e da informática

para trabalhar a pesquisa, o conhecimento e a atuação em saúde, com o objetivo

de oferecer a melhor informação disponível para a tomada de decisão nesse

campo.

Serviços de saúde: serviços que lidam com o diagnóstico e o tratamento de

doenças ou com a promoção, manutenção e recuperação da saúde. Incluem os

consultórios, clínicas, hospitais, entre outros, públicos e privados.

Tecnologias em saúde: medicamentos, equipamentos e procedimentos

técnicos, sistemas organizacionais, informacionais, educacionais e de suporte,

e programas e protocolos assistenciais, por meio dos quais a atenção e os

cuidados com a saúde são prestados à população.

Uso racional de medicamentos: processo pelo qual os pacientes recebem

medicamentos apropriados para suas necessidades clínicas, em doses

adequadas às suas características individuais, pelo período de tempo adequado

e ao menor custo possível, para si e para a sociedade.

Uso seguro de medicamentos: inexistência de injúria acidental ou evitável

durante o uso dos medicamentos. O uso seguro engloba atividades de

prevenção e minimização dos danos provocados por eventos adversos, que

resultam do processo de uso dos medicamentos.

ABSORÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DAS DROGAS

A absorção é definida como a passagem de um fármaco de seu local de

administração para o plasma. A absorção deve ser considerada para todas as

vias de administração exceto para a endovenosa.

Page 28: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Há casos, como a inalação de um aerossol, ou para aplicação tópica, em

que a absorção não é necessária para a ação do fármaco, mas para grande

maioria, só ocorre ação farmacológica se houver absorção.

Dessa forma, a via de administração é um fator importante na ação

terapêutica do fármaco.

Vias de Administração de Fármacos:

A-) Administração sublingual

É necessária uma resposta rápida, uma vez que a região sublingual é

extremamente irrigada e conectada aos vasos de bom calibre, especialmente se

o fármaco é instável ao pH gástrico ou é metabolizado rapidamente pelo fígado.

http://www.portalesmedicos.com/images/publicaciones/1107_farmacocinetica/farmacocinetica_25.jpg

B-) Administração oral

Na grande maioria, os fármacos são tomados pela boca e engolidos. Via

de regra cerca de 75% de um fármaco oralmente administrado são absorvidos

em 1-3 h.

Page 29: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Deve-se considerar a motilidade gastrintestinal, o fluxo sanguíneo

esplâncnico, o tamanho das partículas, a formulação e fatores físico-químicos.

As formas de administração por via oral, como comprimidos, drágeas,

cápsulas, xaropes são simples e práticos, conferindo comodidade ao usuário.

Devido às necessidades terapêuticas, as preparações farmacêuticas

são formuladas normalmente de modo a produzir as características de absorção

desejadas.

Assim, as cápsulas podem ser elaboradas de modo a permanecerem

intactas por algumas horas após a ingestão, para retardar sua absorção ou os

comprimidos podem ter um revestimento resistente com a mesma finalidade.

Pode-se ter incluído numa cápsula uma mistura de partículas de

liberação lenta e rápida, para produzir absorção prolongada.

Essas preparações podem reduzir a frequência de administração

necessária, e diminuir os efeitos adversos relacionados com elevadas

concentrações plasmáticas logo após a administração.

C-) Administração retal

A administração retal é utilizada para fármacos que têm,

necessariamente, produzir um efeito local, ou para a produção de efeitos

sistêmicos.

A absorção por via retal muitas vezes não é confiável, mas esta via pode

ser útil em pacientes incapazes de tomar medicações pela boca (apresentando

vômitos, crianças, idosos, portadores de transtornos psiquiátricos ou em estado

de coma).

D-) Administração cutânea

Esta é utilizada principalmente quando se quer um efeito local sobre a

pele. A absorção é considerável, podendo levar aos efeitos sistêmicos.

Page 30: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Muitas drogas são mal absorvidas pela pele devido à baixa solubilidade

das mesmas.

Tem-se aumentado o uso de formas de administração transdérmica, em

que o fármaco é incorporado a uma embalagem presa com fita adesiva a uma

área de pele fina.

Essas embalagens adesivas produzem um estado de equilíbrio estável

e têm diversas vantagens, especialmente a facilidade de retirada no caso de

efeitos indesejáveis.

Contudo, o método só é adequado para certos fármacos relativamente

lipossolúveis, e essas preparações são caras. Muitos fármacos podem ser

aplicados como gotas oculares, baseando-se na produção de seus efeitos pela

absorção através do epitélio do saco conjuntival.

https://encrypted-

tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcR5lgaVAYdvXCLlQyXckOvqxEPq7kA941TX57vcw7bIISuMVVlwXg

E-) Administração por inalação

A inalação é a via usada para anestésicos voláteis e gasosos. Para

esses agentes o pulmão serve como via de administração e eliminação, e as

trocas rápidas que são possíveis em consequência da grande área de superfície

Page 31: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

e do grande fluxo sanguíneo permitem a obtenção de ajustes rápidos na

concentração plasmática.

F-) Administração por injeção

A injeção endovenosa é a via mais rápida e mais precisa para

administração de um fármaco. A concentração máxima eficaz que chega aos

tecidos depende fundamentalmente da rapidez da injeção.

https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSW3mrB85gYam_DMLRT9aq-

WS5y6qXaOeNAtJLryEyU8ieBvH-K

Na administração endovenosa não ocorre absorção, apenas

distribuição. A injeção subcutânea ou intramuscular de fármacos produz

geralmente um efeito mais rápido que a administração oral, mas a taxa de

absorção depende muito do local de injeção e de fatores fisiológicos,

especialmente do fluxo sanguíneo local.

Os fatores que limitam a velocidade na absorção a partir do local de

injeção são: difusão através do tecido, remoção pelo fluxo sanguíneo local,

formação de complexos entre fármacos (ex: insulina + protamina,

benzilpenicilina) ou injeções oleosas (para hormônios).

Page 32: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

As drogas comumente utilizadas apresentam um tamanho molecular

pequeno e portanto essas drogas deixam facilmente a circulação por filtração

capilar, embora isso possa ser modificado pela extensão de ligação da droga às

proteínas plasmáticas como a albumina.

Em presença de ligação às proteínas, a concentração de droga livre é

menor, a atividade farmacológica diminui, e a depuração da droga por filtração

glomerular e por processos ativos também está diminuída.

A proteína ligada serve como reservatório de fármaco. Uma droga

extensamente ligada às proteínas plasmáticas pode ser deslocada de forma

competitiva por outra droga que também apresente ligação extensa.

Após absorção o fármaco se distribui nos líquidos corporais podendo ser

armazenado nos tecidos, metabolizado ou excretado diretamente. O volume de

distribuição é um volume aparente, pois a distribuição não se dá de forma

homogênea nos líquidos corporais, e este parâmetro é definido como o volume

de líquido necessário para conter a quantidade total do fármaco no corpo na

mesma concentração presente no plasma.

https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSgFDf63wHdqNcPz5isifyDKy-

mDr_KH0hTimFsiYXE7iYN0DKF

Page 33: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Fatores que influenciam na absorção e distribuição das drogas

Existem propriedades químicas do fármaco e variações fisiológicas do

organismo que interferem na sua absorção. Sabe-se que as drogas são

absorvidas na sua forma íntegra, não ionizada, uma vez que as membranas

celulares são essencialmente bicamadas lipídicas contendo várias moléculas

proteicas que regulam a homeostasia celular.

Dessa forma o pH do local no qual a droga desintegra-se e dissolve-se,

determina a fração da mesma na forma não ionizada que pode se difundir

através das membranas celulares.

Um conceito útil é o de que as substâncias tendem a existir na forma

ionizada quando expostos a ambientes que apresentam pH oposto ao seu.

Portanto as drogas ácidas são crescentemente ionizadas com o

aumento do pH, ou seja, em locais básicos; enquanto as drogas básicas tornam-

se crescentemente ionizadas com a diminuição do pH, em locais ácidos.

O coeficiente de partição, pode exercer papel importante na absorção da

droga, pois reflete a solubilidade da molécula em um solvente lipídico em relação

à sua solubilidade em água ou em um tampão fisiológico.

Outros fatores devem ser considerados:

Natureza química da molécula

Peso molecular

Motilidade gástrica

Área da superfície de absorção

Fluxo sanguíneo

Eliminação pré-sistêmica

Ingestão com ou sem alimentos

Page 34: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

TRANSPORTE DE FÁRMACOS ATRAVÉS DAS

MEMBRANAS

A absorção, a distribuição, a biotransformação e a eliminação de uma

substância envolvem a sua passagem através das membranas celulares.

Por conseguinte, é essencial conhecer os mecanismos pelos quais os

fármacos atravessam as membranas e as propriedades físico-químicas das

moléculas e das membranas que influenciam esta transferência.

http://www.wikinoticia.com/images/embarazo10/embarazo10.com.wp-content.uploads.pregdrug_thumb.jpg

Page 35: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

A capacidade da droga em atravessar as paredes capilares, membranas

celulares e outras barreiras, para circular livremente, depende em grande parte

do tamanho e forma moleculares e da sua solubilidade em meios aquosos e

lipídicos.

Os seguintes mecanismos de transporte através de membranas são

relevantes para o transporte das drogas.

Difusão passiva de drogas hidrossolúveis: Depende, em grande parte,

do tamanho molecular da droga. Isto se deve ao fato de canais aquosos da

membrana celular ter em aproximadamente 8 Å e restringirem a passagem de

qualquer molécula maior do que as que possuem peso molecular de 150. Esses

canais da membrana celular consistem em vias através das proteínas. Não é o

principal mecanismo de transporte de drogas.

Difusão passiva das drogas lipossolúveis:

Principal mecanismo de transporte dos fármacos.

A velocidade de difusão depende dos seguintes fatores:

Concentração da droga

Coeficiente de partição óleo/água

Concentração de prótons (pH)

Área para difusão da droga

Transporte Ativo:

Ocorre entre membranas neuronais, células tubulares renais e

hepatócitos.

As características do transporte ativo:

Seletividade Inibição competitiva

Demanda de energia

Page 36: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Saturabilidade

Movimento contra um gradiente eletroquímico

Pinocitose e Fagocitose:

A pinocitose envolve a invaginação de uma parte da membrana celular

e o encerramento, no interior da célula, de uma pequena vesícula contendo

componentes extracelulares.

O conteúdo da vesícula pode então ser liberado na célula ou expulso

pelo outro lado desta. Este mecanismo parece ser importante no transporte de

algumas macromoléculas, mas não há nenhuma evidência de que contribua de

modo apreciável para o movimento de moléculas pequenas.

https://encrypted-

tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQniJA8zAZkhAXvmKag5EyZqsBVHDNqFxrwhLOZTUzXq-E40NLhVg

Difusão Facilitada:

Transporte mediado por transportadores, no qual não existe demanda

de energia e o movimento da substância é a favor do gradiente eletroquímico. A

difusão facilitada ocorre principalmente para substâncias endógenas, que têm

baixa velocidade de difusão simples pelas membranas.

Page 37: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Passagem através de lacunas intercelulares:

Nos capilares o fluxo maciço através dos poros intercelulares é o

principal mecanismo de passagem de fármacos, com exceção do Sistema

Nervoso Central.

Estas lacunas intercelulares são suficientemente grandes para que a

difusão através da maioria dos capilares seja limitada pelo fluxo sanguíneo e não

pela lipossolubilidade ou pH (não precisa ocorrer passagem pelas membranas).

Isto é um fator importante na filtração pelos glomérulos nos rins e na

absorção de drogas administradas por via IM e SC.

BIOTRANSFORMAÇÃO DE FÁRMACOS

A maioria das drogas é metabolizada antes da catabolização no

organismo. Após as reações de metabolização, todos os compostos formados

tendem a ser mais hidrossolúveis e com menor atividade biológica.

As reações de metabolização das drogas foram classificadas em duas

categorias com processos de fases 1 e 2.

Os processos de fase 1 envolvem oxidação, redução, e hidrólise. Essas

reações fornecem um grupo funcional que aumenta a polaridade da droga, e um

sítio que é utilizado em reações para o metabolismo de fase 2. Nessa fase ocorre

conversão do fármaco original em um metabólito mais polar através de oxidação,

redução ou hidrólise.

O metabólito resultante pode ser farmacologicamente inativo, menos

ativo ou, às vezes, mais ativo que a molécula original.

Quando o próprio metabólito é a forma ativa, o composto original é

denominado pró-droga (p. ex. enalapril).

Page 38: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Assim, as pró-drogas são compostos químicos convertidos em

substâncias farmacologicamente ativas após a biotransformação.

Os processos de fase 2 envolvem a conjugação ou reações sintéticas

em que um grupamento químico grande é ligado à molécula. Isto também

aumenta a solubilidade em água e facilita a excreção do metabólito.

Deve-se ressaltar que um mesmo fármaco pode sofrer várias vias de

metabolização no organismo, e que não necessariamente ambas as fases ou na

ordem que elas se apresentam.

https://encrypted-

tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRBhBvJx47gJ_gAvzPu27nAFR0CPMhBsoAd9gwesESpAZCdOpuv

As enzimas que metabolizam as drogas apresentam uma multiplicidade

de formas e diferenças interindividuais na expressão genética que podem

contribuir para as diferenças interindividuais no metabolismo das mesmas.

A síntese enzimática elevada como resultado da presença de um

composto químico exógeno é referida como indução, e pode ser decorrente de

alterações nos ácidos nucléicos, ou nos processos pós-tradução, por exemplo.

Page 39: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Esta estimulação pode ser produzida por certas drogas e constituintes

alimentares, álcool e tabagismo. Embora o fígado seja considerado o órgão

máximo de metabolização das drogas, a maioria dos tecidos é capaz de

metabolizar drogas específicas, isso vai depender da expressão genética da

enzima no tecido.

Metabolismo de fase 1

Oxidação: Grande parte do metabolismo oxidativo das drogas é

catalisada pelos citocromos P-450, que constituem uma superfamília de

isoformas enzimáticas das proteínas.

As enzimas do citocromo são susceptíveis à indução enzimática. Os

fármacos são catalisados por um grupo importante de enzimas oxidativas que

fazem N- e O- desalquilação, hidroxilação de cadeia lateral e de anel aromático,

formação de sulfóxido, N- oxidação, N- hidroxilação, desaminação de aminas

primárias e secundárias e substituição de um átomo de enxofre por um de

oxigênio (dessulfuração).

A maioria das reações oxidativas é realizada por um grupo de

hemoproteínas estreitamente relacionadas denominadas de Citocromo P-450

que são encontradas principalmente no retículo endoplasmático hepático, porém

podem ocorrer também no córtex adrenal, nos rins, na mucosa intestinal, os

quais são locais de metabolização de droga.

Outras enzimas oxidativas incluem a Monoaminooxidase (MAO) e a

Diaminooxidase (DAO) que são mitocondriais e desaminam oxidativamente

aminas primárias e aldeídos.

A MAO está envolvida no metabolismo das catecolaminas e alguns

antidepressivos são seus inibidores e podendo interferir no metabolismo de

outras drogas.A DAO metaboliza histamina.

Page 40: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Redução:

As reações de redução são muito mais raras que as de oxidação, mas

algumas delas são importantes, por exemplo as que envolvem a conversão de

um grupo cetona em hidroxila.

Os glicocorticóides são administrados como cetonas que devem ser

reduzidas a compostos hidroxilados correspondentes.

Existem reações de redução que também envolvem enzimas

microssômicas. O fármaco warfarina é inativado por conversão de um grupo

cetônico em um grupo hidroxila.

https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRVs-

BJ0151qnLO910QIeEyVFJoBbo1XQYmw6Mqu1zYB0uD5qna3w

Page 41: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

Hidrólise:

As reações hidrolíticas podem envolver enzimas microssômicas

hepáticas, ou ocorrerem no plasma e em muitos tecidos. Tanto ligações éster,

como amida são susceptíveis à hidrólise, as primeiras mais facilmente que as

últimas.

As proteases hidrolisam os polipeptídeos e proteínas e têm grande

importância na aplicação terapêutica.

Metabolismo de fase 2

Conjugação:

Se houver um sítio adequado, que pode decorrer da fase 1 ou que ela já

pode possuir naturalmente, a molécula do fármaco é susceptível à conjugação,

isto é, a fixação de um grupo substitutivo.

Os grupos mais frequentes envolvidos na formação de conjugados são:

glicuronil, sulfato, metil, acetil, glicil, e glutamil.

Exemplo do ácido acetilsalicílico que por hidrólise é metabolizado a ácido

salicílico (que ainda possui atividade farmacológica) e depois é conjugado ao

ácido glicurônico ou a glicina, gerando, portanto, dois metabólitos diferentes, que

já não apresentam atividade e são mais hidrossolúveis, sendo facilmente

excretados pelos rins.

Page 42: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAAbWoAC-3.jpg

EXCREÇÃO DAS DROGAS

As drogas podem ser excretadas por vias incluindo os rins(urina), o trato

gastrintestinal (bile e fezes), os pulmões (ar exalado), glândula mamária e suor,

sendo as mais comuns a via renal e fecal.

A pele e o cabelo não são órgãos de excreção, mas servem de depósito

para algumas substâncias.

Excreção renal

Os produtos do metabolismo de fase 1 e de fase 2, são quase sempre

eliminados mais rapidamente que o composto original.

Há três processos responsáveis por essas grandes diferenças na

excreção renal: ƒ

Filtração glomerular ƒ

Reabsorção ou secreção tubular ativa ƒ

Difusão passiva através do epitélio tubular

Page 43: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

PH compatível com o da urina: a influência do pH na excreção de drogas

é notória.

O pH final da urina, entretanto, pode variar de 4,5 a 8 de acordo com a

acidez ou alcalinidade da urina. Se esta estiver ácida, teremos reabsorção de

ácidos fracos (salicílico, barbitúrico, sulfonamidas.); se estiver básica, teremos a

reabsorção de bases fracas (anfetamina.).

A presença de nefropatias pode prejudicar a excreção de algumas

drogas. As interações entre drogas podem alterar a velocidade de eliminação

das drogas por qualquer uma das vias excretoras (por exemplo fezes, bile, suor,

lágrimas e pulmões).

Todavia, as únicas interações desse tipo que foram alvo de estudos

cuidadosos são as que envolvem a excreção renal. As unidades anatômicas

funcionais do rim são os néfrons.

O sangue arterial passa em primeiro lugar pelos glomérulos, que filtram

parte da água plasmática e seu conteúdo. Muitas substâncias também são

excretadas nos túbulos proximais.

A maior parte da água é reabsorvida ao longo do néfron,

sequencialmente pelos túbulos proximais distais e coletores. Numerosas

substâncias também podem ser reabsorvidas pelo epitélio tubular e liberadas no

líquido intersticial renal e, a seguir, no plasma.

Consequentemente, a excreção renal de drogas resulta de três

processos:

Filtração glomerular,

Secreção tubular e

Reabsorção tubular.

Page 44: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

https://encrypted-

tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQDgWHMu2ctUNcNFlQkiid4qhhX9k4X_Eaflxng6IrZuZ8J4jU0Vw

FILTRAÇÃO GLOMERULAR

A filtração glomerular é limitada pelo tamanho dos poros no endotélio

capilar e pela membrana de ultrafiltração (400 – 600 A°). Desse modo, somente

as pequenas moléculas são filtradas pelos glomérulos no líquido tubular. As

macromoléculas, inclusive a maioria das proteínas, não podem atravessar o

filtro.

Assim somente as drogas livres que não estão ligadas às proteínas

plasmáticas podem ser filtradas. O processo de filtração é passivo e

relativamente lento, é limitado pela velocidade de difusão através do filtro e fluxo

sanguíneo.

Page 45: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

SECREÇÃO TUBULAR

As células dos túbulos contornados proximais transportam ativamente

certas substâncias do plasma para a urina tubular. Neste local, a transferência

das drogas ocorre contra o gradiente de concentração pois as drogas tornam-se

relativamente concentradas no interior da luz tubular.

O processo de transporte ativo caracteriza-se por:

Necessidade de energia

Cinética de saturação, ou seja, uma droga precisa de um transportador

(proteína da membrana celular) para atravessar as membranas, portanto se

duas drogas utilizarem o mesmo transportador elas competirão entre si.

A secreção tubular ativa é um processo relativamente rápido, que depura

rapidamente toda a droga do sangue.

Existe pelo menos dois mecanismos de transporte, um para substâncias

ácidas e outra para substâncias básicas. Os ácidos orgânicos (como a penicilina)

e metabólitos (como os glicuronídeos são transportados pelo sistema que

secreta substâncias endógenas (como por exemplo o ácido úrico).

Bases orgânicas, como o tetraetilamônio, são transportadas por um

sistema separado que secreta colina, histamina e outras bases endógenas.

REABSORÇÃO TUBULAR

Pode ocorrer via transporte ativo principalmente para substâncias

endógenas como a glicose e ácido úrico. A maioria dos fármacos são

reabsorvidos pelo processo passivo.

Page 46: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

https://encrypted-

tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQZqOFRsRFsm5tx7V6TvGyOjgmkGuDQDdyZBuwSxyvX2VYvYqQUNA

Essas substâncias deixam o filtrado para penetrar nas células tubulares

e devem ser capazes de sair novamente da célula para circular no sangue.

Desse modo, devem atravessar pelo menos duas membranas lipídicas.

Como devemos lembrar as substâncias lipossolúveis são capazes de

atravessar as membranas celulares e, por tal motivo, sofrem reabsorção passiva.

Em geral, as moléculas com cargas não têm capacidade de atravessar

as membranas das células epiteliais tubulares e, por isto, são excretadas na

urina.

Foram observados os seguintes tipos principais de interações ao nível

de excreção:

A filtração glomerular de drogas aumenta em consequência de

seu deslocamento da albumina.

A secreção tubular de drogas é diminuída por competição pelos

sistemas de transporte ativo (por exemplo, a probenecida

bloqueia a secreção de penicilinas), com conseqüente

prolongamento de sua meia-vida no organismo.

Page 47: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

A reabsorção tubular das drogas é diminuída em alguns casos por

diuréticos.

As drogas ácidas (salicilatos, barbitúricos) têm sua reabsorção diminuída

por alcalinizantes da urina como NaHCO3, acetazolamina, etc.

As drogas de caráter básico (anfetaminas, metadona, quinidina e

procainamida) têm sua reabsorção diminuída por acidificantes da urina como por

exemplo, ácido ascórbico, NH4Cl.

Esses processos decorrem de alterações na ionização da droga,

modificando consequentemente a sua lipossolubilidade e a sua capacidade de

ser reabsorvida no sangue a partir dos túbulos renais aumentado assim a

depuração renal da droga.

A alteração significativa da eliminação do fármaco por causa de

mudança do pH urinário depende da magnitude e da persistência dessa

mudança.

Em alguns casos a alcalinização da urina pode produzir uma elevação

de quatro a seis vezes na excreção de uma droga ácida como o salicilato,

enquanto a cimetidina e amiodarona podem inibir a excreção de drogas básicas

como a procainamida.

Um exemplo da exploração deste tipo de interação é a utilização de

bicarbonato como alcalinizante da urina para aumentar a eliminação de

barbitúricos em casos de intoxicação.

A determinação da velocidade de excreção de certas drogas pelos rins

serve como valioso subsídio no diagnóstico da função renal.

Pode ser obtido pelo método de depuração ou Clearance, que consiste

em medir a quantidade absoluta de uma substância excretada pelos rins em um

minuto, relacionando-a com sua concentração plasmática.

Page 48: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

DEPURAÇÃO OU CLEARANÇE

Quantidade de fármaco removida do organismo/ unidade de

tempo.

CL=VD.Kel

Constante de eliminação:é a fração da droga eliminada do corpo,

em qualquer período de tempo.

Kel = 0.69

T1/2

Volume de distribuição: é o volume aparente de distribuição.

. VD = dose.

Co

Page 49: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

AMERICAN COLLEGE OF CLINICAL PHARMACY. The definition of clinical

pharmacy. Pharmacotherapy, v. 28, n. 6, p. 816-7, 2008.

AMERICAN PHARMACIST ASSOCIATION; NATIONAL ASSOCIATION OF

CHAIN DRUG STORES FOUNDATION. Medication therapy management in

pharmacy practice: core elements of an MTM service model (version 2.0). Journal

of the American Pharmacists Association, v. 48, n. 3, p. 341-53, 2008.

AMERICAN PHARMACIST ASSOCIATION. Medication Therapy Management

Services. Developing a practice as an independent MTM Pharmacist. Fort Myers:

APhA, 2008. 8 p.

AMERICAN SOCIETY OF HEALTHY-SYSTEM PHARMACISTS. ASHP

guidelines on documenting pharmaceutical care in patient medical records.

American journal of health-system pharmacy, v. 60, n. 7, p. 705-7, 2003.

BENTZEN N. (Ed). Wonca Dictionary of General/Family Practice. Wonca

International Classification Committee: Copenhagen, 2003. BISSON, MP.

Farmácia Clínica & Atenção Farmacêutica. 2ed. Barueri - SP: Editora Manole,

2007. 371 p.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria MS/GM nº. 2.488, de 21 de outubro

de 2011, que aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a

revisão de diretrizes e normas para a organização da atenção básica, para a

Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de

Saúde (PACS). Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. DIRETRIZES DO NASF: Núcleo de Apoio a

Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 152 p.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE.

DEPARTAMENTO DE SISTEMAS E REDES ASSISTENCIAIS. Protocolos

Clínicos e Diretrizes Terapêuticas: medicamentos excepcionais. Brasília:

Ministério da Saúde, 2002. 604 p.

Page 50: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE.

DEPARTAMENTO DE ANÁLISE DE SITUAÇÃO DE SAÚDE. Guia metodológico

de avaliação e definição de indicadores doenças crônicas não transmissíveis e

rede Carmen. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 233 p.

BURKE, J. M. et al. Clinical pharmacist competencies. Pharmacotherapy, v. 28,

n. 6, p. 806-15, 2008. CORRER, C. J.; OTUKI, M. A prática farmacêutica na

farmácia comunitária. Porto Alegre: Artmed; 2013. 434 p.

DIPIRO, J.; TALBERT, R. L.; YEE, G. et al. Pharmacotherapy: A

Pathophysiologic Approach, 8ed. New York: McGraw-Hill Medical, 2011. 2700 p.

EUROPEAN SOCIETY OF CLINICAL PHARMACY. What is clinical pharmacy?

Disponível em: acessado em 14/05/2013. GOMES, C. A. P.; FONSECA, A. L.;

SANTOS, J. P. et al. A assistência farmacêutica na atenção à saúde. 2ed. Belo

Horizonte:

FUNED, 2010. p. 144. GRUNDY, P. The Patient-Centered Medical Home:

Integrating Comprehensive Medication Management to Optimize Patient

Outcomes. 2ed. Washington DC: Patient-Centered Primary Care Collaborative,

2012. 28 p.

HEPLER, C. D. Clinical pharmacy, pharmaceutical care, and the quality of drug

therapy. Pharmacotherapy, v. 24, n. 11, p. 1491-98, 2004.

LYRA JUNIOR, D. P.; MARQUES, T. C. As bases da dispensação racional de

medicamentos para farmacêuticos. 1ed. São Paulo: Pharmabooks Editora, 2012.

300 p.

MENDES, E. V. As redes de atenção à saúde. 2ed. Brasília: Organização Pan-

Americana da Saúde, 2011. p. 554.

MENDES, E. V. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde:

o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília:

Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. p. 512.

Page 51: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

NOVAES MRCG, Lolas F, Quezada A. Ética y Farmacia. Una Perspectiva

Latinoamericana. Monografías de Acta Bioethica n° 02. Programa de Bioética da

OPS/OMS, 2009.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Guía Servicios Farmacéuticos

en la Atención Primaria de Salud. Washington, 2010 (in press).

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Inovando o papel da atenção

primária nas redes de atenção à saúde: resultados do laboratório de inovação

em quatro capitais brasileiras. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde,

2011. p. 137.

PARMLEY, W.W. OTC or not OTC – that is the question. Journal of the American

College of Cardiology, v. 36, n. 4, p. 1426-7, 2000.

PHARMACEUTICAL SOCIETY OF AUSTRALIA. Professional practice

standards - version 4 - 2010. Sidney: PSA, 2011. 104 p.

PHARMACEUTICAL SOCIETY OF AUSTRALIA. Standard and guidelines for

pharmacists performing clinical interventions. Sidney:

PSA, 2011. 32 p. SCHLAIFER, M.; ROUSE, M. J. Scope of contemporary

pharmacy practice: roles, responsibilities, and functions of pharmacists and

pharmacy technicians. Journal of managed care pharmacy , v. 16, n. 7, p. 507-8,

2010.

SHPA COMMITTEE. SHPA Standards of practice for clinical pharmacy. Journal

of Pharmacy Practice and Research, v. 35, n. 2, p. 122-46, 2005. SOARES, M.

A. Medicamentos Não Prescritos. Aconselhamento Farmacêutico (2ª ed.).

Volume I e II. Lisboa: Associação Nacional de Farmácias, 2002.

STORPIRTIS, S.; MORI, A. L. P. M.; YOCHIY, A.; RIBEIRO, E.; PORTA, V.

Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2008, 492p.

STEWART, M.; BRONW, J. B.; WESTON, W. W. et al. Patient-centered

Medicine: transforming the Clinical Method, 2ed., Radcliff Medical Press, UK,

2003.

Page 52: FARMACOCINÉTICA CLÍNICAadmin.institutoalfa.com.br/_materialaluno/matdidatico66670.pdf · FARMACOCINÉTICA CLÍNICA ESPÍRITO SANTO . FARMACOCINÉTICA A farmacocinética estuda o

THE SOCIETY OF HOSPITAL PHARMACISTS OF AUSTRALIA. Standards of

practice for clinical pharmacy. 2004. Disponível em Acessado em 14/05/2013.

UNITED KINGDOM CLINICAL PHARMACY ASSOCIATION. The UKCPA

statement on pharmaceutical care. 1996. Disponível em: Acessado em

14/05/2013.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Annex 8: Joint FIP/WHO guidelines

on good pharmacy practice: standards for quality of pharmacy services. The

Hague: World Health Organization, 2011. 20 p.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Developing pharmacy practice - A focus on

patient care. Geneva: Who, 2006. 97 p.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. The role of the pharmacist in self-care and

self-medication. Report of the 4th WHO Consultive Group on the role of the

pharmacist. Hague: WHO, 1998.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Promoting rational use of medicines: core

components. Disponível em: Acessado em 14/05/2013.