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A revista Direcional Escolas tem 9 anos e é dirigida a diretores e compradores de instituições de ensino particulares e públicas de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. É a única publicação que tem selo de auditoria de tiragem, comprovando os 20.000 exemplares mensais. Apenas as edições de junho/julho e dezembro/janeiro são bimestrais.

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EDITORIAL

Caro leitor,As escolas privadas vêm se surpreendendo há algum tempo com a

demanda das famílias pela adoção do período integral, especialmente na Educação Infantil e Ensino Fundamental I. Agora, com a aprovação da Emenda Constitucional 66, chamada de “PEC das Domésticas”, os pais estariam avaliando a possibilidade de trocar o apoio de suas auxiliares pela ampliação do horário escolar das crianças, segundo notícias publicadas pela mídia. Na relação entre custo e benefício, as instituições de ensino estariam levando vantagem.

O que preocupa, como bem levantou o educador e contador de histórias Paulo Fernandes, em mensagem publicada na página da Direcional Escolas no Facebook, é a tendência de alguns familiares em transferir a terceiros, em definitivo, grande parte de suas responsabilidades na formação de valores e de hábitos básicos de convivência, alimentação e higiene entre as crianças.

Para a diretora Kátia Martinho Rabelo, do Colégio Magister, de fato as escolas devem ampliar seu papel, mas em entrevista à seção Conversa com o Gestor, ela destaca a necessidade de se empreender uma ação mais educativa em relação à própria família. A ideia é subsidiá-la para que se crie em casa um ambiente propício à leitura e à aprendizagem. Por meio de oficinas e de encontros de formação, as escolas podem ajudar os pais a compreender melhor o trabalho que realizam, bem como as mudanças que estão ocorrendo na área educacional.

E por falar em mudanças, esta edição de maio apresenta ao leitor outras matérias importantes sobre inovações em curso na área, como no currículo escolar, no ambiente organizacional e na modernização da infraestrutura disponibilizada aos alunos e professores (de pisos de playground à montagem de salas multimídia e projeções de vídeos didáticos em 3D).

Uma boa leitura a todos,

Rosali FigueiredoEditora

CONTATE-NOS VIA TWITTER E FACEBOOK OU DEIXE SEUS COMENTÁRIOS NO ENDEREÇO DE EMAIL [email protected]

DIRETORESSônia InakakeAlmir C. Almeida

EDITORARosali Figueiredo

PÚBLICO LEITOR DIRIGIDODiretores e Compradores

PERIODICIDADE MENSALexceto Junho / JulhoDezembro / Janeiro cujaperiodicidade é bimestral

TIRAGEM20.000 exemplares

JORNALISTA RESPONSÁVELRosali FigueiredoMTB 17722/[email protected]

REPORTAGEMRaquel Zardetto

CIRCULAÇÃOEstado de São Paulo, Rio de Janeiro,Paraná, Minas Gerais

DIREÇÃO DE ARTEJonas Coronado

ASSISTENTE DE ARTESergio WillianCristiane Lima

GERENTE COMERCIALAlex [email protected]

DEPARTAMENTO COMERCIALAlexandre MendesPaula De Pierro

ATENDIMENTO AO CLIENTEClaudiney FernandesEmilly TabuçoJoão Marconi

IMPRESSÃOProl Gráfica

Conheça também a Direcional Condomíniose Direcional Educador

www.direcionalcondominios.com.brwww.direcionaleducador.com.br

Para anunciar, ligue:(11) 5573-8110

Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias, sujeitando os infratores às penalidades legais.

As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista Direcional Escolas.

A revista Direcional Escolas não se res ponsabiliza por serviços, produtos e imagens publicados pelos anun ciantes.

Rua Vergueiro, 2.556 - 7ª andar cj. 73CEP 04102-000 - São Paulo-SPTel.: (11) 5573-8110 - Fax: (11) 5084-3807faleconosco@direcionalescolas.com.brwww.direcionalescolas.com.br

Tiragem de 20.000 exemplares auditada pela Fundação Vanzolini, cujo atestado de tiragem está à disposição dos interessados.

Filiada à

Tiragem auditada por

CONFIRA AINDA

04. Coluna:..........................................................................Gestão de Impacto

06. Conversa com o Gestor:............Kátia Martinho Rabelo - Colégio Magister

12. Gestão:...........................................Como Organizar o Currículo na escola

14. Dica: ............................................................................Playground - Pisos

18. Dica: ...................................................................... Terceirização - Limpeza

22. Fique de Olho:.............................Auditório Recursos Multimídia, 3D etc.

24. Vitrine: .......................................................................Produtos Serviços

26. Dica: ..............................................................Alimentação - Fornecedores

Sumário

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MERITOCRACIA VERSUS CONTRA- CULTURAS QUE ATRAPALHAM AS ESCOLAS

Por Christian Rocha Coelho

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COLUNA: GESTÃO DE IMPACTO

artindo do princípio que meri-tocracia é um sistema de reco-nhecimento através do mérito,

podemos dizer que o Brasil utiliza esses princípios em algumas ocasiões, como em concursos públicos, no pagamento de co-missões de vendas e em muitas empresas multinacionais. A área educacional tam-bém emprega estes princípios quando um aluno faz prova, presta vestibular ou é avaliado em instrumentos como a Prova Brasil, o IDEB e o ENEM.

Porém, o Brasil não utiliza a ideolo-gia meritocrática de forma mais ampla e profunda, entendida como a análise do desempenho e, por consequência, o re-conhecimento público através da capa-cidade e do esforço de cada indivíduo ou equipe, com o objetivo de estimulá-lo a continuar a evoluir, e assim criar protóti-pos, isto é, modelos que sirvam de exem-plo para outros colaboradores.

O importante não é apresentar ape-nas tabelas de comissões e premiações, e sim utilizar a ideologia meritocrática para contrabalancear as várias contraculturas que atrapalham o dia a dia das escolas, como a procrastinação, infantilização das atitudes dos funcionários, a falta de mo-ral, de responsabilidade, de esforço e de comprometimento. Enfim, que seja uma ferramenta que auxilie as instituições de

ensino a melhorarem a sua qualidade peda-gógica e seu atendimento.

Nosso foco é especialmente aquele fun-cionário reativo, acomodado, despreocupado de onde vem o seu salário e que espera sempre a ação do Estado, da Sociedade e da Empresa para a solução de seus problemas. Este tipo de colaborador representa a antítese do persona-gem que deve ser um professor de vanguar-da: autônomo, competitivo, empreendedor, criativo, proativo, esforçado, tendo o trabalho como um dos valores centrais de sua existên-cia, justamente por ser um educador.

A ideologia meritocrática tem que colo-car em seus ombros a responsabilidade pelo sucesso ou fracasso de sua vida, ignorando as outras variáveis para que estas não atuem como bodes expiatórios. Não à toa, a meri-tocracia é tão bem acolhida no meio empre-sarial que se baseia na empregabilidade e no autodesenvolvimento.

Diferente de algumas décadas atrás, quando ter um professor na família gera-va orgulho, hoje em dia lecionar tornou-se sinônimo de ganhar mal e aguentar alunos agressivos, mal educados e mimados. O nú-mero de professores formados vem caindo ano a ano e os jovens, com melhor recurso socioeconômico e consequentemente me-lhor base educacional, pouco se interessam pela área pedagógica. A grande parcela dos professores que fica está despreparada e

exigindo um trabalho de formação por con-ta da coordenação. O que acontece, então, é uma sobrecarga de trabalho e de estresse para esse gestor.

Na verdade, a coordenação tem que preencher esta lacuna educacional que o próprio sistema criou para transformar o professor em um educador qualificado. A dificuldade é grande porque a escola é uma organização que demanda muita energia, amor e concentração. “É como ensinar um piloto a dirigir um carro a 150 km por hora.”

Ao longo deste ano de 2013, aborda-mos justamente a maneira como as escolas podem fazer a gestão desses processos (Os artigos anteriores estão disponíveis em mi-nha coluna no site da Direcional Escolas, em www.direcionalescolas.com.br). E na próxi-ma edição, do mês de junho/julho, iremos tratar sobre como transformar as escolas nesse ambiente qualificado, sem privilégios nem corporativismos, onde prevaleça a ide-ologia meritocrática.

Christian Rocha Coelho é especialista em andragogia e diretor de planejamento da maior empresa de gestão, pesquisa e comu-nicação pedagógica do Brasil, a Rabbit Part-nership. Mais informações: (11) 3862.2905

www.rabbitmkt.com.br [email protected]

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COLÉGIO MAGISTER – CONVERSA COM O GESTOR/PARCERIA COM A FAMÍLIA

A AÇÃO EDUCATIVA EXTENSIVA AOS PAIS, AVÓS E COMUNIDADE

Instituição criada há mais de quatro décadas na zona Sul de São Paulo, o Colégio Magister vem intro-duzindo uma série de inovações desde 2009, com destaque para as ações com a família e a adoção de processos de gestão na área pedagógica. Resultam daí, por exemplo, a criação da figura do professor tutor e a divulgação aos pais de seu plano diretor anual. Confira na entrevista a seguir com a diretora Kátia Martinho Rabelo.

Por Rosali Figueiredo

Kátia Martinho Rabelo: “Quando a gente traz a família para se formar na escola, é também para que tenhamos resulta-dos na aprendizagem do aluno. É importante que o contexto familiar seja favorável, não que a gente vá dar responsabi-lidade para a família, mas é importante que dentro deste ambiente em que o aluno e a criança estão inseridos, haja um contexto de cultura e conhecimento.”

trajetória da diretora Kátia Martinho Rabelo se confunde com a do

próprio Colégio Magister, instituição criada pelos pais Alberto Palos Mar-tinho e Ilka Ferreira Senise Martinho no Jardim Marajoara, zona Sul de São Paulo, há 45 anos. Kátia acompanhou a expansão da escola e hoje é uma das mantenedoras de um negócio que começou como curso de admissão e agora oferece duas unidades que se impõem na paisagem do bairro com ampla infraestrutura, como a brinque-doteca que reproduz uma minicidade, viveiros, hortas, quadras e um parque aquático para os pequeninos.

Graduada em Administração, espe-cialista em Gestão e Recursos Huma-nos, Kátia acaba de se qualificar no mestrado do Programa de Pós-Gradu-ação em Educação, área de Psicologia da Educação, pela PUC de São Paulo.

Segundo ela, “o tema da pesquisa é pensar a atuação de professores especialistas nas diversas áreas do conhecimento, mas que ampliam o olhar cuidadoso aos seus alu-nos para além da especificidade e por meio da atividade de tutoria”, introduzida pelo Colégio em 2009. Os professores tutores trabalham em todas as turmas do Funda-mental II e Ensino Médio, sobre “questões socioafetivas, emocionais, cognitivas” dos estudantes relacionadas às atividades em sala de aula e aos compromissos extra-classe. Os tutores realizam pelo menos um encontro trimestral com o pai e/ou a mãe, visando dar apoio à aprendizagem.

Os pais têm acesso ainda ao plano di-retor anual da escola, a duas reuniões de formação no ano, ao Dia da Família Cultu-ral (agendado, em 2013, para 18 de maio), aos encontros de final de trimestre, além de ações pontuais, como a Tarde das Avós, na Educação Infantil, e os programas Ci-randa Cirandinha e Era Uma Vez (respecti-

vamente, do 1º e 2º ano do Fundamental), entre outros.

Kátia explica que as estratégias in-troduzidas desde 2009 vêm no sentido de criar “um contexto favorável ao letra-mento e às novas abordagens em torno do conhecimento”. É preciso, acrescenta, “formar os pais dentro da escola”, para que compreendam “o quanto a educação tem mudado e o que está sendo ofereci-do para as crianças e jovens”, “um projeto favorecedor do aluno e da família leitora”. Paralelamente, a própria escola trabalha para mudar alguns de seus paradigmas e subsidiar uma nova postura entre os edu-cadores, de forma a conduzir seu Plano de Gestão, que inclui metas até 2017.

Tudo é pensado dentro da perspec-tiva da moderna gestão organizacional, com planejamento, planilhas, previsão de custos e dos materiais necessários, além, é claro, de metas. Os mantenedores contam, inclusive, com consultorias para organizar

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A AÇÃO EDUCATIVA EXTENSIVA

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COLÉGIO MAGISTER – CONVERSA COM O GESTOR/PARCERIA COM A FAMÍLIA

o processo administrativo e viabilizar as necessidades pedagógicas. E entre as mudanças em curso, encontram-se a reestruturação dos parâmetros de avaliação dos estudantes e também dos professores, coordenadores e dire-ção. “O gestor educacional não pode perder de vista o processo educativo e a viabilidades de suas ações”, no caso, voltadas a um projeto pedagógico de recorte humanista (O Magister faz parte de um grupo de escolas brasi-leiras filiadas à Unesco) e à formação integral do aluno.

Direcional Escolas – Qual a pro-posta de educação do Colégio Magis-ter?

Kátia Martinho – O Magister se define como uma escola humanista, no sentido de que valoriza a forma-ção integral. O aluno não é só cog-nição, temos que pensar também no desenvolvimento social, biológico e emocional. Então, o Magister pensa de forma inclusiva e busca estratégias para que todos possam aprender nas suas diversidades, nas suas dimensões todas. Temos documentos que falam das aprendizagens mínimas necessá-rias para cada nível de ensino, com o compromisso interno dos professores.

Direcional Escolas – Quais são es-sas estratégias?

Kátia Martinho – Temos buscado situações práticas de ensino cada vez mais inovadoras, como aproximar a família para que ela compreenda os novos processos educativos, para en-tender o processo de alfabetização e letramento, como se dá o conhecimen-to científico, o aprendizado de Mate-mática etc. As assessoras de Língua Portuguesa e Matemática já estiveram com os pais neste ano falando sobre como é esse novo fazer na área.

Direcional Escolas – Você costuma dizer que se não houver um ambiente

leitor também na família o resultado não acontece. Explique um pouco.

Kátia Martinho – Quando a gente traz a família para se formar na escola, é também para que tenhamos resultados na aprendizagem do aluno. É importante que o contexto familiar seja favorável, não que a gente vá dar responsabilidade para a família, mas é importante que den-tro deste ambiente em que o aluno e a criança estão inseridos, haja um contexto de cultura e conhecimento.

Direcional Escolas – Quando começou esse processo no Magister?

Kátia Martinho – A partir de 2009 co-meçamos a desenvolver processos de ges-tão, e dentro dos trabalhos pedagógicos também. Eles não ficaram circunscritos à organização administrativa da escola. Te-mos ações pensadas até 2017. A família está contemplada neste plano, em como a formação vai chegar a ela para que possa entender esse processo. A gestão auxilia a atividade pedagógica, que é pensada em seus âmbitos conceituais, mas também em como vamos viabilizar, fazer, planejar e projetar essa ação.

Direcional Escolas – Como é o traba-lho do professor tutor?

Kátia Martinho – Estabelecemos que a cada trimestre todos os alunos precisam ser atendidos pelo professor tutor, que convoca o pai e faz o atendimento com a família, quantas vezes forem necessárias. Todos os pais de alunos do Fundamental II e Ensino Médio têm que ser chamados, não apenas daqueles que têm dificuldade. E monitoramos. A ação do tutor auxilia na inserção do aluno, pois muitas vezes este não consegue se organizar em sala de aula e em casa, e não se dá conta disso. Algo que o pai fazia antes e hoje não tem tempo de acompanhar mais. E a gente não pode culpar o pai, esse agora é o papel da escola. Não trouxe material, não fez lição de casa, o que está acontecendo? Esse é o material do professor tutor. Antes tínha-mos orientadores fazendo esse papel, mas

ganhamos muito agora com o olhar favo-recido pelo grupo de professores, afinal, dentro da sala de aula, são os professores que devem atuar. O problema está na sala de aula, está nas ações educativas, então esse debate tem que se dar entre profes-sores. A finalidade do professor tutor é olhar o aluno de forma integral e cuidar das aprendizagens, verificar o que está acontecendo, discutir com a família como está a rotina do aluno, o que está prio-rizando. Vamos cuidar das aprendizagens, esse é o novo foco.

Direcional Escolas – Por que foi insti-tuído o Dia da Família, rompendo a tradi-ção de se comemorar de forma separada o Dia das Mães e Dia dos Pais?

Kátia Martinho – Há quatro anos rom-pemos com o Dia das Mães e o Dia dos Pais. A escola precisa incluir os sujeitos respon-sáveis pela formação da criança e a família tem hoje novas constituições. Mas o Dia da Família traz também a perspectiva educati-va, falamos nesse dia da leitura, com várias oficinas, palestras, feira do livro, dramati-zação. Neste ano a leitura é o nosso convite para a família vir à escola.

Direcional Escolas – Qual o perfil de gestão do Magister?

Kátia Martinho – Para gestar hoje precisa ter muita competência e respon-sabilidade. O princípio é zelar pela trans-parência das relações, pela idoneidade nos seus processos. No Magister tudo é público, adotamos essa premissa. Além disso, viabilizar as situações inovadoras demanda também pensar em como fa-zer. Precisa fazer um orçamento, prever verbas para investir em corpo docente, fazer projetos, pensar carga horária e os materiais necessários etc. Trabalho com diversas planilhas, minha formação ajuda muito nisso. Trazer os processos adminis-trativos para a gestão pedagógica é mui-to importante, pois se não fizermos todo um cronograma de ações, os projetos não vão ser viáveis lá no final.

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COLÉGIO MAGISTER – CONVERSA COM O GESTOR/PARCERIA COM A FAMÍLIA

“Leitura para nós é um eixo norteador forte. Como os pais podem ajudar os filhos a serem bons leitores? O papel da es-cola tem que estar muito claro, é o papel educativo em todos os seus aspectos e ações. São nesses momentos de formação [com os pais] que iremos aproximar novas práticas de ensino. Se eu não tiver em casa um ambiente leitor, o resultado não será o mesmo.” (Kátia Martinho Rabelo)

PERFIL DA ESCOLA / COLÉGIO MAGISTER

Localização: Rua Beijui, 100 (Unida-de I) e Av. Eng. Alberto de Zagottis, 1301 (Unidade II). Jardim Marajoara, zona Sul de São Paulo

Mantenedora: O Conselho Diretivo é formado pelos mantenedores Alberto Pa-los Martinho e Ilka Ferreira Senise Marti-nho e os filhos Kátia Martinho Rabelo (Di-retora Administrativa e Pedagógica), Karin Martinho Nogueira (Diretora Administra-tiva da Unidade II) e Marcos Alberto Mar-tinho (Diretor Administrativo Financeiro).

Ciclos escolares: Do Berçário ao Ensi-no Médio. O Magister oferece ainda opção de Educação Bilíngue.

Regime de aula: Para a Educação In-fantil e Fundamental I, a escola disponibi-liza horário semi e integral. Há opção ain-da de horário estendido aos pequeninos. O Fundamental II e o Ensino Médio ocupam o período matutino, mas este tem ativida-des no horário invertido.

Nº de alunos: 1.100 em 2012

Equipe: A escola emprega 333 cola-boradores em todas as áreas (pedagógica, administrativa e de manutenção). Há 87 professores (18 tutores) e uma equipe de 12 profissionais que fazem a gestão pedagógi-ca (coordenadores e assistentes). O Colégio possui ainda, no setor administrativo, co-ordenadores para eventos e comunicação, informática educacional, esportes, dança e artes marciais, entre outros. E conta com as-sessorias externas para as áreas financeira, fiscal, de gestão pedagógica, Língua Portu-guesa, Matemática e Educação Bilíngue.

Mensalidades em 2013: De: R$845,00 a R$1.240,00

Instalações: As instalações do Magister são modernas e arejadas, dispondo de salas temáticas (Matemática, Artes e Ciências), laboratórios de Informática, Biologia, Física e Química, teatro de arena; quadras po-liesportivas; horta; ampla biblioteca, brin-quedoteca e parque aquático. A Unidade I possui 8.900 m2 e a II, 11.668 m2.

SAIBA MAIS

KÁTIA S. MARTINHO RABELO

www.magister.com.br

[email protected]

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GESTÃO: COMO ORGANIZAR O CURRÍCULO NA ESCOLA

NOVAS COMPETÊNCIAS

E PRÁTICAS, PARA ALÉM

DO CONTEÚDO BÁSICO

O currículo escolar é tema de constantes reflexões entre todos que constituem a escola no Brasil. Cer-cados por vários problemas sociais, os gestores pensam em muitas formas de combater a violência, a intolerância étnico-racial, de gênero e de orientação sexual, e muitos desejariam ter autonomia diante das situações enfrentadas pela sua escola. Os temas transversais vieram para que as instituições permeiem os assuntos juntamente com o currículo existente, mas o que consta como facultativo no processo escolar muitas vezes deixa a desejar, exigindo que uma nova concepção esteja presente entre os profissionais da educação.

Por Márcia Claro

om as transformações ocorridas nos últimos anos, aceleradas pela evo-

lução tecnológica, algumas escolas pas-saram a adicionar, em sua carga horária, disciplinas relevantes para enriquecer o currículo e torná-las um diferencial da instituição. A concepção e organiza-ção curricular para a Educação Básica segue o Parecer n° 07/2010 da Câmara de Educação Básica e Conselho Nacional da Educação, instâncias vinculadas ao Ministério da Educação. A Portaria es-pecifica que o currículo é um conjunto de valores e práticas que proporcionam a produção e a socialização de significados no espaço social, e contribuem intensa-mente para a construção de identidades sociais e culturais.

Assim, certamente muitos espe-cialistas em Educação defendem que temas como empreendedorismo, ética e cidadania, valores, direitos humanos e educação financeira se tornem disci-plinas curriculares. Mas enquanto não

chega essa determinação oficial, cabe aos gestores incorporarem-nas ou não dentro do seu sistema educacional, porque mais do que preparar para o Enem, a escola atual necessita conectar os conteúdos à dinâmica do mundo.

Na verdade, os conteúdos clássicos não precisam ser determinantes ao currí-culo, mas ponto de partida para a explo-ração do saber, preparando os jovens para compreender e transformar a si mesmos. Veja por exemplo a mudança processada sobre o currículo nas escolas de Ensino Fundamental e Médio do Distrito Federal, que as nomeou como Currículo Movimen-to da Educação Básica. A composição se dá, entre outros, da seguinte forma:

I- Bloco Inicial de Alfabetização (BIA)II- Sistema semestral por área de conheci-

mento para Ensino MédioEste, por sua vez, está assim formatado:

Essa é uma tendência em discussão jun-to ao Governo Federal, visando a uma re-estruturação do Ensino Médio. Mas muitos outros problemas e opiniões surgirão. Con-sidero a aprendizagem um processo contí-nuo, focar em cada disciplina é aprofundar conhecimento, porém não está evidente que seja a solução. O novo painel da orga-nização curricular propõe uma articulação interdisciplinar voltada para o desenvol-vimento das competências, saberes, valo-res e práticas. A viabilidade do avanço da qualidade da educação brasileira, lastreado em um currículo consistente, dependerá do compromisso político e profissional, da au-tonomia das instituições sobre o PPP (Proje-to Político Pedagógico), além do respeito às diversidades dos estudantes.

“SUCESSO NA MATEMÁTICA”, BOM EXEMPLO DE INOVAÇÃO

Em sondagem com algumas escolas bra-sileiras, obtive variações de nomenclatura e adaptação na forma como estão organizando seus horários mediante esses novos desafios.

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GESTÃO: COMO ORGANIZAR O CURRÍCULO NA ESCOLA

Em Guaratinguetá, por exemplo, o pro-fessor de uma instituição criou o pro-grama “Sucesso na Matemática”, com o objetivo de melhorar o aprendizado da disciplina e fazer com que os alunos conheçam sua real importância. O pro-cesso é realizado em horário facultativo, mas com muita determinação, ele con-seguiu conquistar o interesse dos alunos.

A iniciativa atinge inclusive o En-sino Fundamental I uma vez por sema-na, em aula de no mínimo 50 minu-tos, onde o professor polivalente, de acordo com o conteúdo de cada ano, utiliza recursos como jogos, equipa-mentos multimídia e de informática para trabalhar eventuais dificuldades dos alunos. No ensino fundamental II, o projeto auxilia nos trabalhos pós--aulas, através de atividades e exercí-cios resolvidos juntos com o mediador, buscando resgatar o interesse dos alu-nos na aprendizagem. A aula é de 50 minutos. E no 8º e 9º anos, o projeto consiste em prepará-los desde cedo para o Enem, através de atividades de raciocínio lógico, também em um en-contro semanal de 50 minutos.

Em outras escolas, temas signifi-cantes têm sido abordados nas aulas de Sociologia e Filosofia do Ensino Médio, para não sobrecarregar a car-ga horária. Mas tem sido frequente ainda a introdução da Filosofia no En-sino Fundamental I, através de dinâ-micas variadas. Também a Educação

para a Paz vem compondo o currícu-lo de algumas instituições brasileiras desde que o Brasil lançou, em 1999, a Convocação Nacional pela Educação para a Paz, programa sensível às dire-trizes da Unesco e transversal a ques-tões como valores, cidadania e ética.

Outro filão é o empreendedorismo, que salta os olhos dos gestores, são mais de 200 escolas que já o adicionaram em seu currículo como disciplina. Eu mesma já o introduzi no Ensino Médio do Colé-gio Ômega de Santos e do Guarujá, a fim de obter alguns ganhos para melhorar a qualidade de vida do aluno, a partir do desenvolvimento da autoestima, comu-nicação, organização pessoal, e, princi-palmente, da construção de seu projeto de vida, traçando a busca da felicidade e o valor da liberdade.

Para lidar com esse acréscimo cur-ricular, a organização de atividades extras após o horário das aulas regula-res tem sido outra opção adotada pe-las escolas. Em geral, no horário inver-tido, são oferecidas aulas relacionadas aos esportes, línguas e informática. Os alunos aderem, pois seus colegas da escola estão juntos nas atividades, facilitando a interação e o prazer. A robótica educacional também ganha espaço, estimulando a criatividade, o desenho e a programação, podendo estar integrada ao cotidiano das pes-soas e alinhada aos conteúdos das dis-ciplinas curriculares.

SAIBA MAIS

MÁRCIA CLARO * [email protected]

* Márcia Claro é graduada em Pedagogia e Letras, possui MBA em Gestão Escolar pela Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. Atualmente cursa especialização em “Ética, Valores e Cidadania na Escola” pelo Programa USP/Univesp. É mantenedora e diretora do Colégio Ômega, de Ensino Infantil, Fun-damental e Médio, localizado em Santos e no Guarujá (Baixada Santista, São Paulo). Atua ainda como palestrante em eventos da área de gestão pedagógica.

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DICA: PLAYGROUND – PISOS

SAIBA COMO ESCOLHERA BASE MAIS SEGURA

PARA OS BRINQUEDOS

mundo da criança é feito de descobertas, portanto, ela deve estar livre para

se movimentar. É dessa maneira que aprendem. A escola, como local pri-vilegiado de aprendizagem, cria es-paços para que todo esse potencial seja desenvolvido, caso do próprio playground. E a base de seus esti-mulantes brinquedos deve atender a quesitos de segurança, especialmen-te de absorção do impacto.

“A importância do piso é igual a do brinquedo, pois é ele que vai ab-sorver o impacto em caso de queda”, afirma a arquiteta Mara Cabral. Se-gundo ela, vários outros aspectos de-vem ser considerados na hora de es-colher o revestimento do playground: efeito lúdico, segurança química dos materiais, resistência à abrasão, du-rabilidade, praticidade e baixa neces-sidade de manutenção.

No que se refere à absorção de im-pacto, a nova norma da ABNT (Asso-ciação Brasileira de Normas Técnicas) para playground, a NBR 16.071/2012, exige teste de atenuação por meio de um equipamento especial, o acelerô-metro. A partir do teste, o laborató-rio vai certificar o piso, conferindo garantia de segurança ao local. “O consumidor deve exigir essa especifi-cação do fabricante, solicitando uma

cópia da certificação”, sugere Cabral. Para o arquiteto responsável pela

coordenação da comissão da ABNT que reviu as normas, Fábio Namiki, se o piso for de areia, é preciso que tenha no mínimo 30 cm de altura para a ab-sorção necessária. Se for de borracha, a questão da segurança química deve orientar a escolha junto ao fabricante. Pisos de grama também são bem-vin-dos, desde que se faça a manutenção de forma sistemática.

Em relação ao quesito segurança química, a norma trata de aspectos relativos não só aos males causados ao usuário, mas também ao meio am-biente. “O piso do playground repre-senta uma área significativa do espa-ço de lazer, portanto, alguns cuidados são fundamentais na hora de escolher o melhor revestimento, devendo estar de acordo no que diz respeito à mi-gração de certos elementos químicos”, adverte a arquiteta Mara Cabral. Entre eles encontram-se corantes carcino-gênicos citados na norma e já proibi-dos por muitos países, afirma.

Mesmo que a aplicação da norma seja voluntária, em caso de acidente sua observância poderá servir de base para a defesa da instituição de ensino. Assim, afirma Namiki, é importante que a escola se preocupe com as cer-tificações, bem como com a manuten-

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DICA: PLAYGROUND – PISOS

ção do playground em geral e do piso em particular. Manter um registro de ocorrências e de inspeções também está entre as recomendações do arquiteto.

OPÇÕES VARIADAS ÀS ESCOLASO mercado oferece grande di-

versidade de pisos, abrindo muitas opções às escolas. Jacqueline Mar-ques, diretora pedagógica da Escola de Educação Infantil Piccolino, lo-calizada no Alto de Pinheiros, zona Oeste de São Paulo, afirma que a instituição possui três espaços re-servados para os brinquedos, um para cada faixa etária e com reves-timentos diferenciados. Para o ber-çário, a opção foi colocar tatame. É um local bem seguro, totalmente coberto, somente para os mais no-vos da escola. Mas o que faz mais sucesso, de acordo com a direto-ra, é o de areia. “Percebo que eles me veneram depois que coloquei o ‘brinquedão’, como é apelidado”, aponta. O brinquedão de madeira está instalado em farta quantidade de areia e, para a diretora, que tem mais de vinte anos de experiência, as quedas nesse tipo de piso são as que menos causam machucados.

Já em seu outro parque, as crian-ças podem se esbaldar nos brinquedos de plástico colorido, que estão insta-lados sobre grama sintética. Crianças de até três anos não podem subir nos brinquedos maiores, e a presença do adulto é uma condição sem a qual não é possível a qualquer criança ficar no

parque. A supervisão dos playgrounds é feita pessoalmente pela diretora. “Toda a equipe está orientada para notificar caso haja qualquer avaria”, afirma.

Para Mara Cabral, a grande ten-dência é o piso emborrachado. “Seja para área interna ou externa, o piso de borracha, devido a sua resistên-cia à abrasão, estabilidade química dos materiais, manutenção e desem-penho na absorção de impacto, sem dúvida se destaca em relação aos outros produtos”, opina Mara. Além disso, são também antiderrapantes e, por sua composição, não agridem o usuário, tampouco o meio ambiente, acrescenta a arquiteta.

INSTALAÇÃOAlém da variação em suas funcio-

nalidades, os pisos para playgrounds pedem também diferentes procedi-mentos de instalação. No caso do em-borrachado, é preciso construir covas para colocação de pedra brita e areia antes da sua instalação. Caso a ma-nutenção seja correta, o produto po-derá durar até trinta anos, de acordo com os fabricantes.

Outro aspecto importante é verifi-car continuamente eventuais armadi-lhas que possam colocar em risco a se-gurança das crianças, tais como raízes de árvores, tocos de troncos, bordas de concreto e mudanças bruscas de nível do piso. São detalhes que pare-cem sem importância, mas que defi-nem de fato a segurança da garotada. (Por Raquel Zardetto)

SAIBA MAIS

FÁBIO NAMIKI [email protected]

JACQUELINE MARQUES [email protected]

MARA CABRAL [email protected]

NA PRÓXIMA EDIÇÃO: CONSULTORIA PEDAGÓGICA

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DICA: TERCEIRIZAÇÃO – LIMPEZA

GANHO DE TEMPO,

JUNTO AOS PAIS

uando as famílias estão à procura de escolas para seus filhos, o de-

vido asseio pode contar pontos na sua decisão final, pois limpeza tem a ver com saúde e boa gestão. “A limpeza é fundamental no ambiente escolar. É um dos pontos essenciais na captação e manutenção da clien-tela”, acredita Paulo Rabelo Corrêa, diretor administrativo do Colégio Nova Era, localizado na zona Norte da Capital paulista. Muitas escolas têm optado por terceirizar o serviço, tendência global que apresenta uma série de vantagens.

Mas é primordial que a escola analise bem suas reais necessidades e procure fazer cotações sempre com mais de um fornecedor, verificando, além do custo, seu histórico, clientes atendidos, a saúde financeira, a infra-estrutura material e os recursos hu-manos. Corrêa recomenda que se soli-cite uma avaliação prévia dos serviços que podem ser prestados pela tercei-rizada, a fim de observar seu nível de competência, bem como examinar detalhadamente o contrato proposto.

As escolas devem ficar atentas, pois percorrer os critérios deman-

dam tempo e estrutura de trabalho. Certamente o gestor procura custos menores, mas ele deve desconfiar de propostas que pareçam tentadoras, mas que podem trazer dor de cabe-ça num futuro bem próximo. “A ân-sia para fechar contratos leva alguns prestadores de serviços a praticarem preços inexequíveis ante os custos mí-nimos que suas atividades requerem”, adverte Osmar Viviane, consultor espe-cializado no segmento de limpeza. Para Viviane, a prestadora de serviços deve se preocupar em obter ganhos sufi-cientes para cobrir custos operacionais e lhe permitir investimentos em novas tecnologias e treinamento de funcio-nários. Sem essa perspectiva, o serviço ficará comprometido, diz Viviane.

Outro aspecto importantíssimo é averiguar se a empresa está em dia com impostos e encargos trabalhistas. “Solicitar mensalmente a apresenta-ção de cópias dos recolhimentos dos tributos sociais e trabalhistas e dos pagamentos efetuados aos traba-lhadores garante a transparência na relação entre contratante e contrata-da”, assevera o consutor. “Responde-mos subsidiariamente por obrigações dessa natureza. Assim, deve-se exigir

EFICIÊNCIA E DE ‘PONTOS’

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DICA: TERCEIRIZAÇÃO – LIMPEZA

cópia da folha de pagamento e do comprovante de recolhimento men-sal do FGTS e da contribuição para o INSS dos empregados que prestam serviços na escola”, recomenda, por sua vez, o diretor do Nova Era, que há 15 anos terceiriza o serviço.

RESPONSABILIDADES COMPARTILHADAS

Mas não é só a empresa terceiriza-da que tem obrigações. É interessante que a escola propicie condições mí-nimas de trabalho, favorecendo uma integração entre terceirizados e seus próprios funcionários e alunos. O rela-cionamento cordial deve estar entre as premissas da contratante, estimu-lando atitudes respeitosas para com os terceirizados. De outro modo, “a escola não supervisiona o serviço, apenas audita resultados, o que pro-picia desburocratização, aliviando a estrutura organizacional”, pondera o consultor Viviane. É um modelo de gestão que promove, segundo ele, maior agilidade decisória e adminis-trativa, o que reverte, em última aná-lise, em qualidade educacional.

Do lado das empresas contrata-das, ocorre maior especialização e busca por excelência na prestação de serviços, em processo que alia qualidade, transparência e parceria. “Nossos colaboradores passam por treinamentos, que visam à integra-ção e ao conhecimento técnico para o desenvolvimento do trabalho na escola”, afirma Renato Botelho Braz

Alves, diretor comercial de uma em-presa paulista especializada em limpe-za. Além disso, todo o cronograma de trabalho fica por conta da contratada, bem como o monitoramento dos fun-cionários e compra de produtos e de equipamentos. A diminuição dos cus-tos não se dá à toa, pois a terceirizada deve se preocupar com a economia de recursos, como equipamentos, produ-tos de limpeza e água, sem prejudicar a qualidade. “Normalmente as tercei-rizadas possuem em sua equipe um lí-der que distribui os serviços e estabe-lece as rotinas com mais competência do que a escola”, finaliza Corrêa.

MUTIRÃO DE ALUNOSCom o intuito de trazer a impor-

tância da limpeza para a sala de aula, a equipe pedagógica do Colégio Si-darta, localizado em Cotia, na Grande São Paulo, resolveu adotar uma prática inusitada. Uma vez por mês os alunos realizam a limpeza na escola em esque-ma de mutirão. A preocupação da dire-ção é tanta, que a limpeza virou ação pedagógica. Intitulado “Quem limpa a sua sala?”, o trabalho visa à conscienti-zação dos alunos, que são estimulados a respeitar os funcionários da limpe-za. Segundo a diretora administrativa Maria Aparecida Schleier, são pessoas que, se não houver atenção por parte da comunidade, se tornam “invisíveis”. “Colocamos uma foto do funcionário na sala de aula, assim todos podem vê--lo, passando a respeitar seu trabalho.” (Por Raquel Zardetto)

SAIBA MAIS

MARIA APARECIDA [email protected]

OSMAR VIVIAN [email protected]

PAULO RABELO CORRÊA [email protected]

RENATO BOTELHO BRAZ [email protected]

NA PRÓXIMA EDIÇÃO: BEBEDOUROS

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FIQUE DE OLHO: AUDITÓRIOS & RECURSOS MULTIMÍDIA, 3D ETC.

A ESCOLA EM SINTONIA COM O MUNDO CONTEMPORÂNEO

Aulas expositivas à base de lousa e giz compõem um cenário muito distante da realidade dos estu-dantes, hoje aparelhados com celulares e/ou tablets e integrados ao mundo digital. Confira neste Fique de Olho de que maneira o gestor escolar pode incrementar os processos de aprendizagem dos alunos.

Por Rosali Figueiredo

Empresa com atuação no México, Espanha e Argentina, a Cine 3D Educativo chegou ao Brasil em 2008 oferecendo vídeos que aplicam conteúdo didático ao formato 3D. Segundo o diretor comercial Jonas Godoi Martim, a

própria Cine 3D desenvolve o material para os alunos do Ensino Fundamental. Atualmente, a empresa comercializa os vídeos “Uma Viagem Fantástica pelo Corpo Humano” e “Mágica em 3D - A Geo-metria nos Rodeia”, e pretende lançar “Intergaláctica - Uma Viagem Virtual ao Sistema Solar”, todos com versões para o EF I e EFII. É uma espécie de “cinema itinerante”, que leva “conhecimento, tec-nologia e entretenimento” aos alunos, diz. Os vídeos possuem entre 30 e 40 minutos e a empresa leva toda infraestrutura necessária às exibições, que podem acontecer em salas de aulas, quadras espor-tivas cobertas, auditórios etc. Para este mês de maio, Jonas Martim anuncia descontos especiais.

Fale com o Cine 3D Educativo:11 [email protected]

Gestores interessados em equipar au-ditórios, laboratórios e salas de aula com recursos multimídia podem contar com a expertise da Show de Imagem, empre-sa com 20 anos de mercado. Do amplo

portfólio de equipamentos de primeira linha, o empresário Fernando Gonçalves Xavier destaca o recente lançamento da sala multimídia completa, solução que vem atendendo “às expectativas dos mante-nedores e está sendo grande sucesso de vendas”. A sala multimídia conta com um plano próprio e especial de parcelamento, feito em oito vezes, sem juros, informa o empresário. Fernando explica ain-da que o pagamento é feito “sempre após o serviço realizado, com o cliente dando o aceite”. Com a Show de Imagem, o gestor tem a garantia de fazer negócio com empresa idônea, que trabalha com preços imbatíveis e produtos de qualidade, completa Fernando.

Fale com a Show de Imagem:11 2946-2668 [email protected]

O município de São Paulo flexibilizou a lei de ampliação e reforma das escolas e deu boa oportunidade às instituições para implantar ou modernizar teatros e auditórios. A Vero Enge-

nharia especializou-se na área e oferece ao gestor desde uma análise prévia da edificação para a construção do espaço, até sua finalização, com instalação de poltronas, sistema de som, iluminação, vídeos, cor-tinas etc. Segundo a empresária e engenheira civil Elaine Venturini, a Vero atua há cinco anos no segmento. “Deixamos o teatro pronto”, diz Elaine, destacando que trabalha com uma equipe técnica especializa-da e equipamentos de primeira linha. Entre as obras recém-concluídas pela empresa, Elaine destaca o teatro do Colégio Emilie de Villeneuve, na zona Sul de São Paulo. “Fizemos desde a obra física com elevação do piso, palco etc., até instalação final de som, iluminação e cortinas”, enu-mera a engenheira, lembrando que os trabalhos levaram sete meses e presentearam os alunos com um teatro de 500 lugares.

Fale com a Vero engenharia:11 2083-2595 [email protected]

Vendas de projetores multi-mídia, interativos e 3D, todos da marca NEC, além de projetos e ins-

talação de recursos audiovisuais, estão entre os destaques dos ser-viços que a Videocorp apresenta aos gestores escolares. É o caso do Projetor NEC VE282B, que está sendo comercializado a R$ 1.299,00, promoção válida até o dia 30 de maio, anuncia o gerente de vendas, Walter Falleiros Jr. A empresa oferece ainda projetores com expec-tativa de vida útil de lâmpada de até dez mil horas, e o sistema Wireless Image Utility (WIU), que envia imagens diretamente de um iPad para o projetor, acrescenta Walter. Representante exclu-siva da NEC Display Solutions em toda América Latina, a Videocorp tem 30 anos de mercado, matriz no Chile e se estabeleceu há sete anos no Brasil. Seus equipamentos apresentam “alta conectividade, facilidade de uso e recursos de rede” e contam com serviço de pós--venda e assistência técnica permanente de cobertura nacional.

Fale com a Videocorp:11 2924-2910 / 2924-2911 / [email protected]

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VITRINE

PRODUTOS & SERVIÇOS

A Flammarion Energia e Siste-mas é uma empresa especializada em instalações elétricas e realiza há 15 anos serviços de ampliação de carga (entrada de energia); regularização de quadros elétricos; adequação dos sis-temas de iluminação de acordo com as normas vigentes no País; instalação de Sistemas de SPDA (de Proteção de Descargas Atmosféricas); além de ilu-minação de emergência. A Flammarion oferece às escolas uma boa oportuni-dade de adequarem sua infraestrutura aos novos aparatos tecnológicos que estão sendo introduzidos nas áreas pedagógicas e administrativa.

Mais informações:11 2084-8644

[email protected]

De olho na recente flexibili-zação da lei pau-listana relativa à

construção e reformas das escolas, bem como na expansão do mercado educa-cional privado, os mantenedores podem contar com o Grupo Tec-Civil para obras de ampliação, construção, reformas, restaurações, revestimentos, pinturas interna e externa, além de recuperação de superfícies. A empresa trabalha com profissionais capacitados, devidamente registrados e segurados. Os pagamentos podem ser parcelados em até doze vezes e os serviços têm cinco anos de garantia.

Mais informações:11 5595-8590

[email protected]

A segurança é item essencial às escolas, que podem contar com a experiência, profis-sionalismo e tradição da Haganá para aten-der às expectativas de pais, professores e da comunidade em geral por uma maior prote-ção contra as ameaças urbanas. Referência no mercado, a Haganá oferece ao segmento educacional serviços de segurança, portaria, recepção e limpeza. A empresa combina tec-nologia com a dedicação de profissionais al-tamente treinados e capacitados para cuidar do maior patrimônio de todos: a vida.

Mais informações:11 3393-1717

www.hagana.com.br [email protected]

Empresa com dez anos de mercado, a LBM Pinturas está atenta às necessidades dos gestores escolares, oferecendo um tra-balho especializado em tratamentos de fa-chadas e reparos de trincas. Seus profissio-nais são altamente treinados e qualificados, atuando com os melhores produtos e forne-cedores. A LBM assegura total qualidade, se-gurança e oferece garantia aos seus clientes.

Mais informações:115621-2910

[email protected]

Receitas exclusivas e 100% naturais, sem adição de produtos químicos, desen-volvidas pela chef de Cozinha Leilóka, re-presentam os diferenciais da fornecedora de Pão de Queijo Leilóka. É uma boa pedida às cantinas e refeitórios escolares, pois seus produtos aliam o sabor típico do pão de queijo caseiro, com uma tabela nutricional balanceada. A empresa se notabilizou neste ano por fornecer o produto ao Camarote da Brahma do Carnaval de São Paulo.

Mais informações:11-5641-2930

[email protected]

A SAE+C Informática é destaque no cenário nacional, fornecendo soluções em software para o setor educacional. Em co-memoração aos seus 20 anos de atuação, a empresa estará lançando na Educar 2013 (entre os dias 22 e 25 de maio, em São Paulo), a versão 6.0 de seu software (ago-ra com opção de “computação na nuvem”/cloud computing). Seus produtos permitem aos professores planejar aulas, lançar notas, além de registrar conteúdos lecionados, fre-quência e diário de classe eletrônico.

Mais informações:0800 605 1818

[email protected]

FLAMMARION ENERGIA E SISTEMAS

GRUPO TEC-CIVIL

HAGANÁ

LBM PINTURAS

PÃO DE QUEIJO LEILÓKA

SAE+C

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DICA: ALIMENTAÇÃO – FORNECEDORES

DO CARDÁPIO

UM APOIO ESSENCIAL

s escolas têm in-vestido e assumi-do cada vez mais a

responsabilidade de proporcionar uma alimentação de qualidade aos seus alunos e funcionários, espe-cialmente aquelas que oferecem período integral. Elas devem se estruturar não apenas para pro-porcionar um bom serviço, mas, em alguns casos, atender a alunos com restrição alimentar. Não raro, a alimentação vem se constituin-do em fator condicionante para a matrícula dos alunos.

Desta maneira, entram em cena fornecedores e profissionais que se tornaram peças-chaves para organizar e comandar toda a infraestrutura que envolve a alimentação escolar, desde abas-tecer as instituições de produtos, como comandar equipes e até su-pervisionar a produção das hortas cuidadas por alunos e professo-res. A Escola Castanheiras, por exemplo, instituição localizada na região de Tamboré, na Grande São Paulo, contratou em 2010 a empresa de assessoria da nutri-cionista Camila Podete Luiz para estruturar o setor, que hoje ofere-ce em média 450 refeições diárias.

Ainda é Camila quem elabora criteriosamente todo o cardápio,

tanto do lanche como do almoço, e tudo que entra no Castanheiras passa por sua aprovação. “Temos um fornecedor de produtos orgâ-nicos que vem toda semana, realiza uma pequena feira e os pais tam-bém podem adquirir produtos de qualidade”, afirma. Tudo isso com o rigor que a padronização da Vigi-lância Sanitária exige.

TERCEIRIZAÇÃOJá no Colégio Sidarta, localiza-

do em Cotia, também na Grande São Paulo, a solução para cumprir as exigências, tanto da escola como das famílias, foi terceirizar todo o processo, na cantina e no refeitó-rio. “Nossa linha de conduta é uma alimentação saudável sem extre-mismos, seguindo uma tendência atual”, afirma a diretora adminis-trativa Maria Aparecida Schleier. Assim, frituras e refrigerantes estão vetados. A partir da seleção dos ali-mentos que compõem o cardápio, feita pela escola, o preço da refei-ção é fechado e toda a compra de produtos é de responsabilidade da empresa terceirizada, bem como a gestão da mão de obra. “Servimos em média 400 refeições por dia e não seria possível gerir todo essa estrutura de outra forma”, analisa Schleier. Vale destacar que as re-

À EDUCAÇÃO ALIMENTAR,

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DICA: ALIMENTAÇÃO – FORNECEDORES

feições são produzidas na escola, que fornece todos os equipamentos de uma cozinha industrial. Outro aspecto importante é a segurança alimentar. Em 15 anos de parceria, “nunca tivemos casos de intoxica-ção. A empresa tem o procedimento de guardar amostras dos alimentos consumidos, que podem ser manda-dos para análise caso haja alguma suspeita”, observa a diretora.

No entanto, ela afirma que o fato de terceirizar não exime a ins-tituição de algumas responsabilida-des. “Quando há algum problema, sentamos para dialogar e chegar a uma solução. Não se trata de con-tratar para extrair o máximo”, diz. Dentro da perspectiva de parceria, a nutricionista, que também é con-tratada pela empresa terceirizada, passa pela aprovação do Sidarta. “Participamos do processo de se-leção final e isso traz segurança”. Também aqui é a nutricionista a responsável por atender às famílias caso haja restrição alimentar.

Conferir a idoneidade da em-presa é importante. “Somos solidá-rias contratualmente em casos de ações trabalhistas. Assim, é funda-mental checar o histórico da em-presa e acompanhar mensalmente o pagamento de salários e o reco-lhimento dos impostos dos funcio-nários”, alerta a diretora. Todos es-ses detalhes podem e devem estar previstos em contrato. Desconfiar de preços baixos é outra dica que a diretora fornece. “Tem que ser fac-tível. Se for muito abaixo da prática de mercado, algo está errado”.

PEDAGOGIA DO ALIMENTOTransformar o alimento em um

instrumento pedagógico e transpor os limites do ato alimentar pode ser um ponto de partida para novas descobertas no ambiente escolar, sugere a nutricio-nista Mariana Imbelloni, que presta ser-viço em escolas de Santos, litoral pau-lista. Este é outro tipo de parceria que as escolas podem fazer, introduzindo a educação alimentar em sua grade curri-cular. “É na infância que o ato alimentar pode ser vastamente explorado, pois é uma fase de curiosidade extremamente aguçada, em que os preconceitos ainda não foram adquiridos e surge a possibi-lidade de formação de um senso crítico mais amplo”, afirma a nutricionista. As atividades de sua assessoria pedagógi-ca envolvem horta, pirâmide alimentar, aula de culinária e teatro. Em todas elas, o tema da educação alimentar permeia os diversos conteúdos e faz conexão com outras questões, como meio am-biente, ciências e arte. Por se tratar de educação infantil, o lúdico tem papel de destaque nos trabalhos.

Na Escola Castanheiras, a alimen-tação saudável também está unida ao pedagógico. Por exemplo, em parceria com a disciplina de Educação Física, os alunos do 3o ano do Fundamental, devidamente paramentados com tou-quinha na cabeça, fazem um passeio pela cozinha, onde a nutricionista mostra como os alimentos são pre-parados. “Eles conhecem todo o pro-cesso, como higienização, preparo e elaboração do cardápio. Isso traz mo-tivação para o consumo consciente. O passeio virou uma febre entre eles”, festeja Camila. (Por Raquel Zardetto)

SAIBA MAIS

CAMILA PODETE [email protected]

MARIA APARECIDA SCHLEIER [email protected]

PMARIANA IMBELLONI [email protected]

NA PRÓXIMA EDIÇÃO: ALIMENTAÇÃO - NUTRICIONISTAS

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ACESSÓRIOS (E.V.A), ALIMENTAÇÃO, BRINDES, BEBEDOUROS, CAIXA D’ÁGUA (LIMPEZA), CENOTECNIA (TEATRO), CORTIÇA (QUADROS)

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ACESSÓRIOS (E.V.A), ALIMENTAÇÃO, BRINDES, BEBEDOUROS, CAIXA D’ÁGUA (LIMPEZA), CENOTECNIA (TEATRO), CORTIÇA (QUADROS) EVENTOS (TEATRO), LABORATÓRIOS, LOUSAS, MANUTENÇÃO PREDIAL, MOLAS PARA PORTAS

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MATERIAL DE LIMPEZA, MÓVEIS, PERSIANAS, SINALIZAÇÃO DIGITAL

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PLAYGROUNDS

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PLAYGROUNDS, QUADRAS

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PISOS, TERCEIRIZAÇÃO, TOLDOS (COBERTURAS)

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