secovi-sp condomínios
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Edição 198 da "Secovi-SP Condomínios". A revista para síndicos, condôminos e administradoras.TRANSCRIPT
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4ndice
30 ManutenoIndependente da estao do ano, importante atentar manuteno do telhado, porque ele que protege a estrutura do edifcio
14 Vida de SndicoMaria Ceclia Fonseca Genevcius restaurou o Condomnio Edifcio Residencial City Park e zerou a inadimplncia do prdio
20 CapaDisponibilidade de terrenos, qualidade de vida e facilidade de acesso levam consumidor a voltar os olhos para o Interior
06 bom saber08 Lazer12 Sade e bem-estar14 Vida de sndico20 Capa
30 Manuteno34 Especial38 Dia a dia41 Opinio
46 Tira-dvidas52 Coluna54 Carta do presidente55 Guia de produtos e servios
Setembro 2009
12Sade & bem-estarApesar do aumento no nmero de casos da Influenza A, os mdicos garantem que no h razo para pnico
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5interior paulista, tema de capa desta edio,
se destaca no cenrio nacional como uma
das mais prsperas regies do Pas. Com um
Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 140 bilhes, atrai
investimentos produtivos nacionais e internacionais e
mltiplos empreendimentos imobilirios.
A lgica simples: empresas que se instalaram no
Interior comearam a atrair mo-de-obra especializada
das reas urbanas. Esse pblico passou a demandar
novas opes de servios, lazer e tambm de moradia.
Incorporadoras e construtoras responderam altura,
com empreendimentos modernos e ricos em servios.
Estima-se que a regio j conte com aproximadamente
8 mil condomnios.
Qualidade de vida tambm tem atrado muita gente
para a regio. Segundo Flavio Amary, vice-presidente
interino do Interior do Secovi-SP e dirigente da unidade
regional em Sorocaba, quase um tero dos clientes
que compram imveis no Interior est em busca de
tranquilidade e lazer. A proximidade com a Capital
tambm conta pontos para vrios municpios, visto
que a malha rodoviria do Estado figura entre as
melhores do Pas.
A expectativa de que novos negcios imobilirios
surgiro nos prximos meses no Interior, na esteira do
programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Nas
cidades do Vale do Paraba, Litoral Norte e Serra da
Mantiqueira, cerca de 14 mil novas unidades devem
ser produzidas dentro do programa.
Nesta edio, a Revista Secovi-SP Condom-
nios publica ainda uma matria sobre Manuteno
de Telhados.
Snia SalgueiroCONTATOS SECOVI-SPPABX (11) 5591-1300Disque Sndico (11) 5591-1234Eventos (11) 5591-1279PQE (11) 5591-1250 / 1339Universidade Secovi (11) 5591-1284Cmara de Mediao (11) 5591-1214
SECOVI NO INTERIORBauru (14) 3227-2616Campinas (19) 3252-8505Grande ABC (11) 4523-0833Jundia e regio (11) 4523-0833Santos (13) 3232-6086So Jos do Rio Preto (17) 3235-1138Sorocaba (15) 3211-0730Vale do Paraba (12) 3942-9975
Recado da editora
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Joo CrestanaVice-presidentes
Cludio Bernardes, Lair Krhenbhl (licenciado), Ricardo Yazbek, Milton Bigucci, Hubert Gebara, Alberto Du Plessis Filho, Caio
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Ricardo Yazbek e Sergio Ferrador
REPORTAGEM E REDAORedao
[email protected] Editora responsvel
Snia Salgueiro (MTb 15.414)Reportagem e redao
Cristina Pupo, Marcos Fernando Queiroz, Maria do Carmo Gregrio, Nanci Moraes, Rosana Pinto, Shirley Valentin e Silvia Carneiro
Fotos Jos Carlos T. Jorge
Assistentes de redao Elaine Feitosa e Queli Peixoto
Colaboradores Luana Garcia e Rafael Argemon (Fontpress Comunicao), Carlos Alexandre Cabral, Joo Paulo Rossi Paschoal, Karina
Zuanazi Negreli, Maraneide Alves Brock, Marta Cristina Pessoa, Rita de Cssia Guimares Bracale (Jurdico), Roberto Akazawa,
Edson Kitamura, Fabricio Pereira e Daniella Magnani (Economia), Marcelo Bruna (Financeiro), Simone de Souza Rocha (Suprimentos)
e Laerte J. T. Temple (Universidade Secovi e Internacional)
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O
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6 bom saber
Abaixo os arrastesO
O
s roubos e furtos a condomnios agora sero
investigados por uma delegacia especializada.
A 4 Delegacia da Diviso de Crimes Contra o
Patrimnio, que conta atualmente com 35 policiais civis,
passou a centralizar todas as ocorrncias com prises e
demais investigaes sobre os crimes em condomnios
residenciais. Nas ocorrncias sem
prises em flagrante, a delegacia
responsvel pelo registro geralmente
a mais prxima do local da ocorrncia
dever repassar as informaes
unidade especializada do Deic, que
realizar investigaes paralelas s
da polcia territorial.
A implantao dessa delegacia a
primeira medida de um novo Grupo de
Trabalho, composto por representantes
do Secovi-SP (Sindicato da Habitao)
e da Secretaria de Segurana Pblica
(SSP). Criado em junho, sua meta ba-
lizar as iniciativas para reduo, preven-
o e represso aos roubos e assaltos em condomnios.
Essa providncia vem ao encontro de uma antiga
solicitao do Sindicato e o primeiro passo de uma
srie de medidas que sero tomadas em conjunto pelo
Secovi-SP e as polcias Civil e Militar, inclusive com a
colaborao dos Consegs, diz Hubert Gebara, vice-
presidente de Administrao Imobi-
liria e Condomnios do Sindicato. O
principal objetivo ajudar a combater
uma das maiores preocupaes da-
queles que moram ou trabalham em
condomnios, que so os assaltos e
arrastes.
Segundo a SSP, este ano foram re-
gistrados 32 assaltos em condomnios
residenciais no Estado, seis deles j
solucionados. Segundo Antonio Ferrei-
ra Pinto, secretrio de Segurana P-
blica, o atendimento especializado foi
determinado justamente para aumentar
esse ndice de esclarecimento.
Programe-seSecovi-SP realiza, nas prximas semanas, vrios eventos para administradoras de condomnios, sndicos e ze-
ladores. Abaixo voc tem as informaes bsicas sobre alguns. Mais informaes e reservas nos telefones (11)
5591-1304 a 1308 ou pelo e-mail [email protected]
O Condomnio Explicado para
os Sndicos, dias 5/10 e 7/10 As
aulas acontecem das 19 s 22 horas
e prepararo os participantes para o
exerccio das diferentes funes con-
dominiais de forma moderna, correta e
fundamentada. Entre os tpicos abor-
dados na programao esto conceitos
de administrao e gesto, estrutura ad-
ministrativa do condomnio, assembleia
geral, inadimplncia, garagem, controle
disciplinar no condomnio, reas comuns
e despesas condominiais.
A Entrega e Implantao do Con-
domnio, nos dias 13, 14, 20 e 21/10
O curso, que acontece s teras e quar-
tas-feiras, das 18 s 22 horas, destinado
a profissionais das reas de pr-entrega,
entrega e ps-entrega de empreendimento
que atuam em construtoras; incorpora-
doras e administradoras de condomnio,
como engenheiros, funcionrios dos
departamentos de assistncia tcnica,
jurdico e de atendimento ao cliente; alm
de profissionais da rea de cobrana,
gerentes e supervisores de condomnios.
Matemtica Financeira
Aplicada ao Mercado Imo-
bilirio, de 19 a 29/10 Com
aulas nas noites de segunda
a quinta-feira, o curso focar
os conceitos fundamentais da
matemtica financeira, falar
sobre o funcionamento das
calculadoras financeiras e
mostrar como elas podem
ser utilizadas para solucionar
problemas tpicos do mercado
imobilirio.
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7 bom saber
espao do Leitor
U
Sou sndico do Condomnio Edi-
fcio Spazio, em Guaratinguet (SP).
Lendo o artigo Vida de Sndico da
Revista Secovi Condomnios n 191,
deparei com a entrevista da sndica
Laura e queria contat-la para saber
como ela conseguiu reduzir as horas
extras. Hugo da Cruz Pires
O telefone e o e-mail da sndica Laura Castellani foram
encaminhados ao leitor.
Notamos as interessantes repor-
tagens da Revista. Somos a maior
indstria de especialidades qumicas
para manuteno industrial e predial
e acreditamos que uma reportagem
sobre nossos produtos seria de gran-
de interesse para seus leitores. Jan
Strebinger, da Tapmatic do Brasil
Agradecemos sua disponibilidade para eventual matria.
Entraremos em contato, oportunamente.
Este espao reservado para voc se comunicar conosco. Envie seu comentrio, crtica ou sugesto para o e-mail [email protected] Voc tambm pode escrever para Revista Secovi-SP Condomnios Rua Doutor bacelar, 1.043 CEP 04026-002 So Paulo SP.
Aguardamos seu contato!
Gostaria de obter a repor-
tagem completa sobre Segu-
rana em Condomnios publi-
cada na edio 195 da Revista
Secovi-SP Condomnios. A
ideia divulg-la no condo-
mnio onde moro, o Tarum,
de Santana do Parnaba (SP).
Alessandra Nbrega Dias
A reportagem em questo
foi enviada leitora.
m motivo a mais para o paulistano
descartar adequadamente o leo de
cozinha: muitas padarias da cidade de
So Paulo, que j vinham reciclando seu prprio
leo, funcionam, desde meados de julho, como
pontos de coleta do produto. A iniciativa faz
parte de um programa maior de responsabi-
lidade socioambiental, iniciado em 2008 com
o lanamento da nossa sacola retornvel, diz
Antero Jos Pereira, presidente do Sindicato da
Indstria de Panificao e Confeitaria de So
Paulo (Sindipan) e da Associao dos Indus-
triais de Panificao e Confeitaria de So Paulo (Aipan), que
promovem a ao.
Um ms aps o lanamento oficial da campanha, cerca
de 70 padarias j tinham aderido ideia. Pereira acredita
que esse nmero crescer rapidamente. Em
torno de 80% das 2.300 padarias associadas
ao Sindipan e Aipan j reciclam seu leo
e tendem a transformar-se em postos de
coleta.
A mecnica da campanha simples. O
consumidor adquire, na prpria padaria, um
pote plstico ida-e-volta para colocar o leo
o recipiente, de 1,5 litro, possui boca larga,
suporta altas temperaturas e vendido por
R$ 1,50. Se preferir, o cliente pode colocar
o produto em invlucros PET. O leo levado
padaria pelo cliente despejado em bombonas, que so
recolhidas por duas empresas recicladoras.
A lista atualizada das padarias que recebem o leo est
disponvel no site www.sindipan.org.br.
proibido jogar leo no ralo
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8LazerPor Rafael Argemon
A Holanda fica aqui pertinhoInstitudo em 2008, o Caminho das Flores e Frutas, no Distrito de Campos de Holambra, em Paranapanema (SP), traz as maravilhas dos campos holandeses para bem perto da cidade de So Paulo
Tamancos gigantes de madeira, moinhos de vento, casas de tijolos,
campos floridos, aroma dos pssegos no ar... Essa a descrio
de uma vila holandesa, situada, porm, no corao do Estado
de So Paulo, mais precisamente no Distrito de Campos de Holambra,
em Paranapanema a apenas 250 km da capital paulista. l que se
encontra o Caminho das Flores e Frutas.
Idealizado pela estncia de turismo de Paranapanema, o roteiro
voltado para caminhadas, pelas quais o turista observar canteiros, es-
tufas e plantaes. So sete caminhos diferentes, com diversos nveis
de dificuldade e extenso. Variam de 4 a 14 quilmetros e podem ser
combinados, passando por campos de flores ou por dentro de estufas
de violetas, informa Petrus Wagemaker, da Saty Turismo, uma das em-
presas participantes do projeto.
Opes de roteirosCaminho Primavera e Cabanha Passa
por produo de flores a cu aberto e cria-
o de ovelhas e cavalos, com percurso
de aproximadamente 10 quilmetros.
Caminho das Azaleias Com cerca de
9 quilmetros, o atrativo principal so as
azaleias.
Caminho Fruti-Flor Visita plantao
de frutas de clima temperado: pssegos,
ameixas, nectarinas e mas. O caminho
(com distncia de 7 quilmetros) tambm
atravessa a produo de grberas de
corte.
Caminho de Quay O forte so as fru-
tas: caqui, goiaba, pssego, nectarina,
alm das instalaes de classificao e
embalagem de frutas. Esse roteiro uma
continuao do Caminho Fruti-Flor e do
Caminho das Violetas.
Caminho Serra da Prata Flores, cereais,
algodo, frutas como lixia e goiaba. Tem
aproximadamente 14 quilmetros.
Caminho Sap Produo de frutas e
flores. Pode ser feito em continuao aos
Caminhos Fruti-Flor e das Violetas.
Caminho das Violetas Passa por produ-
o de flores com cerca de 80 mil metros
quadrados de rea coberta (estufas) e
outros tantos de produo a cu aberto.
Percurso de 12 quilmetros.
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Por Rafael ArgemonLazer
Calendrio das floresA Expoflora, principal evento
de flores e plantas ornamentais
da Amrica Latina, ter sua 28
edio realizada entre os dias
3 e 27 de setembro, de quinta a
domingo, em Holambra, interior
de So Paulo. O municpio tem
apenas 10 mil habitantes, mas
responde por 40% do comrcio
brasileiro de flores e plantas
ornamentais e cerca de 80% das
exportaes do Pas.
Durante a feira, o pblico ter
oportunidade de conhecer os
famosos campos de flores de Ho-
lambra. Estagirios do curso de
turismo da PUC de Campinas so
especialmente preparados para
monitorar os passeios, contando
a histria do municpio e da Coo-
perativa Holambra. Eles tambm
transmitiro aos visitantes noes
sobre o cultivo de flores e plantas
em uma das fazendas.
Mais informaes: www.caminhodasfloresefrutas.com.br
www.expoflora.com.br
O visitante pode realizar apenas um
caminho, se estiver s de passagem,
ou estender o prazo por alguns dias,
j que o roteiro oferece estrutura de
hotis e permite acampamento. Alm
das trilhas, destacam-se o sotaque e
a hospitalidade dos imigrantes holan-
deses e seus descendentes, que se
deslocaram para a regio logo aps a
Segunda Guerra Mundial.
Alm da variedade de flores que os
visitantes podem ver e comprar em uma
enorme estufa de 90 mil metros qua-
drados, os pssegos so saboreados
direto do p, conta Wagemaker, para
completar: Entre as espcies poss-
veis de serem colhidas pelos turistas,
destaco as violetas, grberas, azaleias,
begnias e crisntemos.
possvel percorrer os caminhos
a p, de bicicleta (novidade lanada
neste ano), com carro particular ou
nibus de excurso.
H trs maneiras de chegar a
Paranapanema, partindo da capital
paulista. Pela Rodovia Raposo Tavares,
quilmetro 245, interligando a Rodovia
Municipal Fernando Lima de Oliveira;
pela Rodovia Castello Branco, qui-
lmetro 216 (Itatinga), interligando a
Rodovia Municipal, que d acesso
balsa; ou pela Rodovia Mrio Covas
(Itapeva), que d acesso Rodovia
Raposo Tavares.
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12
Por Rafael Argemonsade e bem-estar
D etectado pela primeira vez em abril de 2009, o vrus causador da Influenza A (H1N1) popu-larmente conhecida como gripe suna
vem causando alarde na populao
brasileira. No Pas, o primeiro caso foi
descoberto em maio. S em So Paulo,
um dos estados mais atingidos pela
doena, eram 223 mortes confirmadas
no fechamento desta edio. Em todo
o Brasil, elas totalizavam 557.
Mesmo que estejamos passando
por um perodo em que o novo vrus age
com frequncia, a letalidade da Influenza
A a mesma que a da gripe comum.
Portanto, temos sim de enfrentar esse
novo problema, mas conscientes do
que ele realmente representa, afirma
o mdico David Uip, diretor do Instituto
de Infectologia Emlio Ribas, na capital
paulista.
A nova gripe contrada por via
area, de pessoa para pessoa, princi-
palmente por meio de tosse ou espirro e
de contato com secrees respiratrias
de pessoas infectadas, e em locais
fechados. Por isso, muita gente adiou
comemoraes no salo de festas do
condomnio. Em alguns prdios, como o
Conjunto Nacional, na Avenida Paulista,
foram providenciados dispensers com
soluo antissptica para as mos.
O Secovi-SP, alm de seguir essa
orientao, internamente, e instalar re-
cipientes com lcool gel nas portas de
entrada, emitiu circular para os sndicos
sobre os cuidados bsicos para prevenir-
se contra a doena. Nos condomnios, o
sndico deve reforar, com os moradores,
as recomendaes do Ministrio da Sa-
de, diz Hubert Gebara, vice-presidente
de Administrao Imobiliria e Condom-
nios do Sindicato.
Os sintomas da nova gripe so
similares aos da tradicional, porm
mais agudos. Segundo o Ministrio da
Sade, comum o paciente apresentar
uma febre repentina acima de 38 graus,
acompanhada de problemas como tos-
se, dor de cabea, dor nos msculos e
nas articulaes, alm de dificuldade
de respirao. Os sintomas podem ter
incio no perodo de trs a sete dias aps
contato com o vrus Influenza A.
PnicoCom as mortes causadas pelo novo
vrus, um certo estado de pnico se
instaurou, a ponto de as aulas da rede
pblica e privada terem sido suspensas.
Porm, especialistas como David Uip
discordam dessa ao. Isso (suspenso
das aulas) deveria ser bem discutido. H
um aumento de transmissibilidade, mas
preciso estudar bem quais as faixas
mais envolvidas e avaliar os tipos de
medida a tomar, sem exageros, explica.
Temos de ter cuidado em traar o que
possvel e necessrio em uma situao
como a que enfrentamos hoje.
O falecimento de mulheres grvidas
outro fator que preocupa. Elas tm um
grau de defesa um pouco menos com-
petente que uma mulher que no est
grvida. Por isso, maiores chances de
pegar o vrus. Mas falar em fator de risco
no tem nada a ver com fator exclusivo
de doena, que muito diferente.
Um dos artifcios mais utilizados pela
populao para se defender da doena
so as mscaras cirrgicas. Entretanto,
segundo Uip, essa proteo ineficaz.
Condomnios na luta contra a nova gripe Evitar ambientes fechados com alta concentrao de pessoas, como o salo de festas, pode ser uma boa sada. Alguns condomnios aderiam ao lcool gel
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Elas tm uma sobrevida mdia de duas horas, porque as
pessoas espirram, tossem e falam, o que umidifica as ms-
caras. No h sentido em utiliz-las, a no ser que a situao
se agrave muito. Agora, no h por que a populao usar.
A procura pelo Tamiflu medicamento antiviral que contm
oseltamivir, substncia j usada contra a gripe aviria
tambm crescente. Indicado pela Organizao Mundial
de Sade (OMS), ele est disponvel na rede pblica. Deve
ser ministrado apenas sob orientao mdica, seguindo
protocolo definido pelo Ministrio da Sade.
O rgo oficial, por sua vez, controla o remdio cujo
estoque afirma ser suficiente para o Pas para evitar a auto-
medicao. De acordo com o Ministrio, a prtica levaria ao
mascaramento de sintomas, ao retardamento do diagnstico
e at vitria do vrus.
Por isso, simples cuidados, como higienizar as mos
com frequncia e evitar aglomeraes, so atitudes mais
acertadas no combate ao vrus. Temos de colocar os pingos
nos is. Precisamos nos preocupar, sim, com a doena, mas
sem pnico, conclui Uip.
Cuidados importantes4 Cubra sempre o nariz e a boca
quando espirrar
ou tossir. Utilize
lenos descart-
veis;
4 No leve as mos boca ou
aos olhos;
4 Se ficar doente, evite sair de casa por pelo menos sete dias. Mantenha
os locais de uso comum arejados e limpos;
4 Evite o contato com pessoas infectadas;4 Lave as mos aps tossir, espirrar ou limpar o nariz;4 Higienize com lcool gel as mos, mesas, cadeiras, brinquedos e demais objetos.
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Por Cristina Pupo
Vida de sndico
Dedicao integralMaria Ceclia Fonseca Genevcius restaurou e zerou a inadimplncia do Condomnio Edifcio Residencial City Park. Tambm nomeou sndicos mirins para ajud-la a gerenciar o prdio
Maria Ceclia: Hoje no existe mais a figura do sndico de fim de semana
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deteriorao do prdio onde mora h 28 anos incomodava profundamente a moradora Maria Ceclia Fonseca Genevcius. Mas sua atividade como assessora da construtora do marido, as aulas particulares que minis-trava, somadas s tarefas domsticas e os cuidados com a famlia, tomavam-lhe muito tempo para pensar
em zelar, tambm, pelos quatro blocos do condomnio. Afinal, seriam mais 400 pessoas de 144 apartamentos. Os filhos cresceram, mudaram de casa e o marido passou a viajar frequentemente para o interior paulista por
causa dos negcios. Era o momento certo para enveredar rumo transformao do seu local de residncia. Co-meava ali a modificao da sua vida e de todos os moradores do edifcio.
Maria Ceclia j tinha ocupado os cargos de subsndica, conselheira e participado das comisses de Disciplina e Limpeza. Em junho de 2006, assumiu pela primeira vez como sndica do Condomnio Edifcio Residencial City Park, na Vila Mariana, e atualmente, cumpre o segundo mandato. Nesses trs anos, imprimiu uma nova identidade ao prdio, antes uma vergonhosa referncia do bairro.
Demorou um tempo para que os transeuntes reconhecessem o novo edifcio, diz a sndica. Como nas histrias em quadrinhos, o patinho feio se transformou no bonito do pedao. A sndica, que virou modelo de gerencia-mento eficaz, d conselhos e presta consultoria informal aos colegas dos prdios vizinhos.
A
Qual era a situao do edifcio quando a senhora assumiu
como sndica?
No conhecia nada de Administrao Condominial e me vi
diante de um caos. Eram 26 inadimplentes, alguns h mais de
dez anos, e um dinheiro em caixa que nem dava para pagar
as contas ordinrias. Alm disso, tinha um prdio de 30 anos
completamente degradado.
Diante de um edifcio com tantos problemas, quais foram as
suas primeiras providncias ao assumir como sndica?
Minha primeira providncia foi comprar o livro Revolucionando
o Condomnio, da Roseli Benevides, e fazer o curso que ela
administrava nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU).
Pensei: para revolucionar? Ento o que farei. Tambm li
toda a literatura recomendada para sndicos principiantes,
desde o Manual de Sndicos do Secovi-SP at o Novo C-
digo Civil.
E como comeou a transformao?
Renegociei todos os contratos dos fornecedores e prestadores
de servios (elevadores, administradora, limpeza, segurana),
o que gerou uma economia de mais de R$ 30 mil por ano.
Reduzi o quadro de funcionrios e cortei todos os extras. Baixei
a multa da inadimplncia de 20% para 2%, como prev a lei,
e estabelecemos, por meio de assembleia, o enquadramento
do devedor contumaz. A partir disso, condomnios em atraso
foram regularizados. Hoje a inadimplncia zero.
Qual o passo seguinte?
Com a melhora do fluxo de caixa e reviso dos contratos de
prestao de servios, foi possvel investir nas reformas. Mo-
dificamos todos os acessos ao condomnio (entradas social,
de servio e garagem) e reformamos a guarita para aumentar
a segurana. Tambm construmos muros, lixeira, praa de
leitura e fonte. Alm disso, ampliamos os halls dos quatro
blocos que ganharam mobilirio novo , construmos cinco
sales no andar trreo, sendo um para ginstica, outro para
jogos e um terceiro virou brinquedoteca. Dos dois restantes,
um abrigar o home-theater e o outro ser transformado em
espao de leitura e convivncia para a terceira idade.
A sua administrao parece contemplar todas as faixas
etrias. Alm dessas obras, quais as demais realizadas?
As crianas tambm foram beneficiadas, com a reforma da
quadra de esportes, a criao de dois bicicletrios e dois quar-
tos de depsito. Temos ainda dois sndicos mirins escolhidos
pela nossa administrao. Eles nos ajudam a fiscalizar todo
o condomnio e evitar atos de vandalismo.
Rever ou negociar preos dos servios traz uma boa
economia, no?
Sim, isso viabilizou o congelamento da taxa condominial por
quatro anos. A reforma geral est sendo feita em cinco etapas
e as obras valorizaram tanto os imveis que hoje eles valem
R$ 100 mil mais.
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Por Cristina Pupo
Vida de sndico
Alm de todas as reformas, do que mais
a senhora se orgulha em relao ao seu
mandato?
Implantamos a coleta seletiva e a Eco
Urb retira 12 contineres de lixo reciclado
limpo, por semana, pronto para ser sepa-
rado. Instalamos cmeras de mediao
interna, nas quais conseguimos resolver
80% dos conflitos entre os moradores.
Regularizamos todas as NBRs e estamos
prestes a tirar o Auto de Vistoria do Corpo
de Bombeiros (AVCB). Mas, certamente, a
atualizao profissional dos funcionrios,
por meio de cursos, palestras e sabatinas
sobre o Regulamento Interno e a Conveno, foi minha maior
conquista. Mais preparados, todos so mais respeitados
pelos moradores.
A senhora gosta de ser sndica?
Sou perfeccionista e como tal fao o melhor. Gosto de ser
sndica e fico imaginando a hora de sair. Espero que o prximo
sndico faa ainda mais, pois ser difcil
assistir de fora algum estragar todo o
nosso trabalho.
Qual sua meta at o final do man-
dato?
cumprir absolutamente tudo que ficou
decidido em assembleia, porque a
vontade dos condminos.
Algum recado ou recomendao para
quem pretende se tornar sndico?
Ter lisura, seriedade, transparncia e
muita dedicao. Hoje no existe mais
a figura do sndico de fim de semana.
Todos os condminos possuem meus telefones e estou
sempre disposio, incluindo nas emergncias. preciso
levar o trabalho a srio, seno voc pode ser enquadrado civil
e criminalmente no Cdigo Civil por algum ato inadequado.
Alm disso, importante ser amigo dos condminos e es-
timular a participao nas reunies e assembleias. Sempre
fao uma festa temtica nos encontros.
Maria Ceclia com Fernando Grando de Nadai, um dos sndicos mirins: Eles nos ajudam a fiscalizar todo o condomnio e evitar atos de vandalismo
Devo muito do meu conhecimento ao Secovi-SP, porque boa parte do meu
aprendizado veio dos cursos, do contato
com os profissionais do Sindicato e das
experincias trocadas com os colegas
sndicos
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Por Marcos Fernando Queiroz
capa
A hora e a vez do interior paulistaReconhecendo no imvel um negcio seguro, consumidor volta os olhos para municpios paulistas com espao, valorizao e qualidade de vida. O setor condominial responde altura, com produtos e servios de alto nvel
J no de hoje que o mercado imobilirio do interior paulista ganha destaque, inclusive em mbito nacional. Cidades prximas s rodovias Anhanguera, Bandeiran-tes, Raposo Tavares e Castelo Branco, alm de municpios
que margeiam a Dutra, no Vale do Paraba como So Jos
dos Campos , se incorporam rapidamente ao aglomerado
urbano do Estado, que j registra um Produto Interno Bruto
(PIB) prximo dos US$ 140 bilhes, valor superior ao de
pases como o Chile.
As diretorias regionais do Secovi-SP revelam que as
condies oferecidas nessas localidades so bastante
similares, pois, na ltima dcada, passaram por um intenso
processo de industrializao. Vrias empresas nacionais e
multinacionais mudaram-se para o Interior. Alm disso, os
centros educacionais e universitrios que ali se multiplicaram
propiciam a permanncia dos cidados em suas cidades.
Isso ajudou a fortalecer o desenvolvimento da regio, que
passou a ter infraestrutura mais robusta, com identidade pr-
pria, afirma Flavio Amary, vice-presidente interino do Interior
do Sindicato e dirigente da unidade regional em Sorocaba.
Esse desenvolvimento veio acompanhado de um cres-
cimento demogrfico expressivo, at superior ao da Capital.
Aqui em Sorocaba registramos em mdia um morador novo
por hora. grande a quantidade de pessoas e mo de obra
especializada que migram para c atradas pelas novas
empresas, diz Amary.
Sorocaba j contabiliza quase trs dezenas de loteamen-
tos fechados, cadastrados, autorizados e regularizados pela
Prefeitura. A cidade conta com cerca de 1,2 mil unidades
condominiais, entre edificaes verticais e horizontais, e
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dispe de preos competitivos e padres
variados de casas e apartamentos, fator
que amplia a oferta para todas as clas-
ses, na concepo do diretor.
Qualidade de vidaQuase um tero dos clientes que
compram imveis no Interior de So
Paulo est em busca de tranquilidade e
lazer, de acordo com Amary. O interior
paulista bem servido de vias expressas
e rodovias, que permitem per-
correr a distncia at a Capital
levando em mdia 50 minutos,
ilustra. Tambm a provvel im-
plantao da linha ferroviria
para o trem-bala, o Trem de
Alta Velocidade (TAV) que ligar
So Paulo com o Rio de Janeiro,
deve aumentar o interesse por
morar fora da Capital.
A exemplo de Campinas,
cidades como Itu, Vinhedo,
Valinhos, Indaiatuba, Itatiba
e Bragana Paulista paulatinamente
transformaram-se em verdadeiras ilhas
de investimento do setor imobilirio.
Essa rota atrai grandes projetos de
condomnios residenciais de alto pa-
dro, informa Kelma Camargo, diretora
do Sindicato em Campinas. Nessas
regies, a maior oferta de condomnios
horizontais de mdio e alto padro, com
preos entre R$ 300 mil e R$ 1,5 milho,
em terrenos com uma mdia de 400
metros quadrados, e casas de at 250
metros quadrados.
Esse progresso j alcana munic-
pios menos aquecidos como Paulnia,
Itupeva, Hortolndia e Sumar, cidades
com localizao estratgica e que tm
recebido empreendimentos residenciais
por oferecerem grandes espaos por
preos inferiores aos de Campinas, de
acordo com Kelma.
Tanto crescimento no anulou as
caractersticas originais do In-
terior: a velha e boa qualidade
de vida, com preos menores,
menos trnsito e rudo, mais
segurana e possibilidade de
contato com a natureza. A
qualidade de vida somou-se
a uma estrutura bem servida
em termos de comrcio e
servios, esclarece Clia
Benassi, diretora da Associa-
o das Empresas e Profis-
sionais do Setor Imobilirio Amary, Kelma, Cesar e Bigucci: boa parte dos clientes que compram imveis no Interior est em busca de tranquilidade e lazer
Bauru: cidade foi a primeira do Interior a ter um conselho de sndico
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22
capaPor Marcos Fernando Queiroz
de Jundia e Regio (Proempi), representante do Secovi-SP
na localidade.
Jundia est entre as primeiras do Pas em ndices sociais
e educacionais, e um dos nomes mais convidativos no
Estado, assegura Clia. A falta de terrenos adequados para
a construo de novos empreendimentos na Capital tornou
a macrorregio de Jundia um ponto de referncia para mo-
radores de grandes centros urbanos e at de investidores
internacionais. Aqui, o crescimento imobilirio deve se dar por
meio das cidades circunvizinhas e a partir dos planos diretores,
que estabelecem as devidas diretrizes para um crescimento
ordenado, completa.
Rodoanel como aliadoO mercado imobilirio do Grande ABC mantm resultados
significativos, e parece no ter sofrido muito com a crise do
ltimo trimestre de 2008, de acordo com informaes da As-
sociao das Construtoras, Imobilirias e Administradoras do
Grande ABC (Acigabc), representante regional do Sindicato.
Segundo o presidente da entidade, Milton Bigucci, esse
cenrio dever manter-se equilibrado, pois a regio ainda tem
capacidade para receber muitos investimentos. O prprio
advento do Rodoanel funciona como um facilitador para atrair
clientes da Capital, Interior e litoral regio, considera.
Essa situao se reflete nos municpios de Diadema e
Mau, cujos lanamentos mantm certa proporcionalidade. J
Ribeiro Pires e Rio Grande da Serra, por estarem inseridas na
Lei de Proteo dos Mananciais, seguem regras especficas de
uso e ocupao do solo. A obrigatoriedade de preservao dos
mananciais e as peculiaridades dos dois municpios propiciam
o surgimento de condomnios fechados, alguns s margens
da Represa Billings.
Mltiplas opes no litoral Alm de dispor de um parque
industrial privilegiado (Cubato) e do
Porto de Santos, a Baixada Santista se
destaca pelo turismo e pelos comr-
cios atacadista, varejista e de expor-
tao, entre outros, que resultam na
gerao de uma fatia de 3,7% do PIB
do Estado. Hoje, a rea abriga imveis
para todos os oramentos.
Segundo a Associao dos Em-
presrios da Construo Civil da Bai-
xada Santista (Assecob), parceira do
Secovi-SP na localidade, a tendncia
na regio aponta para a construo
Said, Clia, Ribeiro e Oliveira: regio tem infraestrutura privilegiada e identidade prpria
Grande ABC: Rodoanel ajudar a atrair clientes da Capital, Interior e litoral
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24
capaPor Marcos Fernando Queiroz
de imveis na faixa de R$ 200 mil, condomnios fechados e
condomnios-clube, esta ltima modalidade mais especifica-
mente no Guaruj. Em Santos, h alguns anos os projetos
concentravam-se no alto padro. Agora, alm dos imveis acima
de R$ 1 milho, tambm existem unidades de at R$ 150 mil e
tambm entre R$ 200 mil e R$ 350 mil.
Para o diretor geral do Sindicato na Baixada Santista, Do-
mingos Augusto Nini de Oliveira, o setor aumentou o ritmo de
negcios em maio e junho, dando sinais de que o pnico que
paralisou o mercado em outubro do ano passado j est sendo
superado. Com um filo considervel de receita advindo do
turismo e comrcio, o municpio de So Vicente acompanha de
perto os nmeros de Santos, e se prepara para receber cerca
de 50 empreendimentos at o final de 2009. Na sua maioria
com o perfil de pequenos edifcios comerciais particulares,
conclui Nini de Oliveira.
Aproximar-se cada vez mais das unidades regionais. Esta
uma das grandes misses do momento do Secovi-SP, entidade
com mais de seis dcadas de existncia e que tem um produto
pronto no s para o segmento dos condomnios, mas para
todos os elos da cadeia imobiliria.
So cursos, eventos, palestras, workshops, material edito-
rial, convnios, enfim, tudo para atender o setor com o melhor
nvel de informao e qualidade, diz Joo Crestana, presidente
reeleito da entidade, que continua a defender o atendimento da
demanda nacional por habitao popular. O programa Minha
Casa, Minha Vida, do governo federal, ser um polo gerador e
desencadeador de produtos e servios para todas as classes.
Teremos mais sndicos que atuaro em condomnios populares
espalhados pelo Estado. E tambm uma seara enorme para
a administrao e gesto condominial comprometida e profis-
sional, analisa.
Em So Jos do Rio Preto, Noroeste paulista, o diretor
geral da unidade do Sindicato, Joaquim Ribeiro, confirma a
tese de Crestana, declarando que atualmente a procura maior
na cidade por imveis de at R$ 80 mil, fator que tende a
garantir novos lanamentos nessa faixa de preo at o final do
ano. Essa dinmica dever atender proposta do Minha Casa,
Minha Vida e tambm aquecer o mercado local, inclusive com
reflexos em outras faixas de preo, analisa Ribeiro.
As empresas do setor espalhadas pelo Estado de So
Paulo tero de criar novas, geis e permanentes estruturas de
profissionais competentes para atender demanda gerada
pelos cidados com renda de at 10 salrios mnimos, e isso
tambm envolve a categoria de sndicos e administradoras,
enfatiza o diretor do Sindicato no Vale do Paraba, Frederico
Marcondes Cesar. Nas cidades do Vale, Litoral Norte e Serra
da Mantiqueira, cerca de 14 mil novas unidades devem ser
produzidas dentro do programa governamental, gerando mi-
lhares de novos empregos diretos e indiretos, inclusive no setor
condominial, como destaca Marcondes Cesar.
Em So Jos dos Campos um dos mais importantes
municpios da regio , o mercado continua bastante aquecido
em funo principalmente dos investimentos em imveis de alto
padro. Segundo dados da Associao das Construtoras do
Taubat: cidade deve gerar muitos empregos diretos e indiretos, na esteira do programa Minha Casa, Minha Vida
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O desafio para o mercado de condomnios
Loteamentos so numerosos no interior paulista
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26
capaPor Marcos Fernando Queiroz
Vale do Paraba (Aconvap), entidade parceira do Sindicato
no Vale, a cidade registrou um movimento de R$ 2,9 bilhes
em novos empreendimentos somente nos primeiros quatro
meses do ano, o que representa quase 12 mil unidades
habitacionais e comerciais.
Conselhos de Sndicos Bauru foi a pioneira e Sorocaba veio em seguida, mas
a idia expandir os conselhos de sndicos por toda a rea
de representatividade do Secovi-SP. A presena dos Con-
selhos importante para a categoria. Defendo, at mesmo,
a participao fracionada de seus membros conforme a
peculiaridade de cada regio nos dissdios coletivos e nas
alianas firmadas entre Secovi e polcias (Consegs) para via-
bilizar a segurana nos condomnios, afirma Hubert Gebara,
vice-presidente de Administrao Imobiliria e Condomnios
do Secovi-SP. funo dos conselhos transmitir ao Secovi-
SP todas as dificuldades e deficincias que vivenciam na
busca de uma soluo comum, completa.
Em Bauru, a palavra de ordem a segurana nos condo-
mnios, segundo Leilane Strongren, diretora que representa
o setor na cidade. Queremos combater essa investida dos
arrastes, e isso se dar tambm por meio do Conselho de
Sndicos, afirma. Alm da segurana, outra meta do Con-
selho de Sndicos de Bauru promover reunies, palestras
e cursos de capacitao para os sndicos locais.
Segundo Riad Elia Said, diretor regional do Sindicato
na cidade, o atendimento s necessidades do setor de
condomnios comea j na concepo da planta do em-
preendimento. Deve haver um trabalho conjunto e uma
sintonia entre sndicos, administradoras e o arquiteto, para
que todos os sistemas construtivos e conceituais da obra
correspondam s expectativas do setor, e, consequente-
mente, dos moradores.
A unidade regional do Secovi-SP em Sorocaba tambm
j instituiu seu Conselho de Sndicos, foro importante para
conduzir e viabilizar idias do setor no mbito do Sindicato,
segundo Cleusa Maria Bersi, diretora regional de Condom-
nios da entidade no municpio. J realizamos uma primeira
reunio, na qual tratamos de questes importantes, como
segurana e manuteno predial. Tambm apresentamos
e distribumos o Manual do Sndico e o folder Condomnio
Vivo, explica.
Outro importante objetivo do Conselho de Sndicos de
Sorocaba agrupar informaes de empresas que prestam
servios para o segmento que oferecem condies de se
tornar referncia no atendimento dos condomnios locais, de
acordo com Cleusa. Temos reunies agendadas para analisar
a Lei Antifumo e outras recentes orientaes jurdicas.
Levar conhecimento ao Interior. Essa uma das priori-
dades do Sindicato atualmente, segundo seu diretor Laerte
Temple, responsvel pela Universidade Secovi. Ele informa
que a entidade viabiliza 18 convenes coletivas anuais
no Estado, envolvendo algo em torno de 240 mil trabalha-
dores. Temple tambm aponta a atuao da Universidade
Secovi como elemento aglutinador dessa misso do setor
condominial no Estado: ser um centro de formao e
informao que j atende distncia. Esperamos contar
no s com a categoria condominial, mas com todas os
setores atuantes no mercado, para atividades da prxima
Semana Imobiliria, diz.
Semana Imobiliria 2009 rene grandes eventos do setor
Oportunidade nica, com grande diversificao de
produtos e servios para o mercado imobilirio nacional.
Assim ser a Semana Imobiliria 2009, um evento de
roupagem nova e de rica programao de palestras que
acontece entre os dias 24 e 27/9, no Parque Anhembi (zona
Norte de So Paulo).
A iniciativa engloba quatro grandes aes: o Prmio
Master, que abre a Semana na noite do dia 23/9 no Clube
Monte Lbano (zona Sul da Capital); o Salo Imobilirio So
Paulo (Sisp); a Conveno Secovi; a Expo Sndico Secovi
Condomnio e a FiaFlora ExpoGarden. Outras informaes
no portal do Sindicato: www.secovi.com.br).
Mercado imobilirio do Interior, posiode destaque na economia do Pas
O interior de So Paulo hoje uma das principais rotas
de riqueza do mundo, onde a qualidade de vida somou-
se a uma estrutura bem servida em termos de comrcio e
servios. H tempos a regio imprime personalidade, dita
tendncias e cresce a partir de suas prprias referncias e
necessidades. nesse contexto que o mercado imobilirio
do Interior participa e extrai conhecimento e informaes
de todas as iniciativas da Semana Imobiliria Detalhes em
www.convencaosecovi.com.br.
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uita gente s lembra que existe telhado quando
chega a poca das chuvas e os estragos apare-
cem. Mas, independente da estao do ano,
fundamental estar atento manuteno do telhado, afinal
ele que protege a estrutura do edifcio.
O principal risco de telhados mal conservados so
as infiltraes. Elas estragam paredes e comprometem a
construo, alm de prejudicar o aspecto visual do prdio.
A manuteno peridica fundamental. So pequenos de-
talhes que, por falta de conservao, podem se transformar
em grandes dores de cabea, afirma Sergio Meira, diretor
de Condomnios do Secovi-SP.
Um grande perigo pode ocorrer tambm nas estruturas
de apoio de telhado, j que na maioria dos casos o forro no
facilmente visualizado. Com isso, a falta de manuteno
resulta em consequncias graves, como um colapso da
estrutura. Indico que, se possvel, as estruturas fiquem apa-
rentes, diz Marcos Velletri, diretor de Insumos e Tecnologia
da vice-presidncia de Tecnologia e Relaes de Mercado
do Secovi e tambm conselheiro da Associao Brasileira
de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece).
O sndico deve ter em mente que quanto antes puser a
mo na massa, melhor. medida que o tempo passa, vai
ficando mais caro consertar um telhado em mau estado.
De acordo com o engenheiro Juvenal Rolim, diretor da TC
Shingle do Brasil, o reparo pode sair at cinco vezes mais
caro que a manuteno. A madeira apodrece com as infil-
traes e necessrio troc-la, explica.
Por Rafael Argemon
manuteno
M
Tudo em cimaCuidados bsicos com telhados e coberturas podem evitar um dos grandes pesadelos dos condomnios residenciais: a infiltrao
Velletri: Falta de manuteno pode resultar em consequncias graves
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As telhas podem ser quebradas por profissionais que
pisam sobre elas ao fazerem algum tipo de limpeza ou
manuteno. Porm, ao contrrio do que se pensa, esse
no o problema mais comum inclusive porque d para
resolv-lo facilmente, com telhas mais grossas, de 6 a 8
milmetros , mas sim a inclinao delas. Essa questo
importantssima e deve ser verificada. Dependendo do
vento, a gua chega at a subir as telhas, diz Meira.
Alm das telhas, recomendvel verificar o estado das
calhas e rufos. O diretor do Secovi-SP lembra que, apesar
de serem galvanizados, o que pressupe maior resistncia,
pode haver desgaste. Com isso aparecem ferrugens, que
furam as emendas e favorecem os vazamentos. Tambm
preciso deixar as calhas sempre limpas, para impedir
que o acmulo de sujeira entupa e
prejudique a vazo da gua.
LajesNos prdios com cobertura, onde
h lajes, as ocorrncias so um pou-
co mais complexas. Tudo comea
com uma boa impermeabilizao,
crucial para que no haja problemas
no futuro. Se a base do trabalho no
for bem feita, no h manuteno
que d jeito, avisa Rolim, da TC
Shingle.
Outro cuidado muito importante
a utilizao de uma boa proteo
mecnica, uma cobertura de cimento e areia que protege
a manta de impermeabilizao (chamada betuminosa),
expandindo e contraindo de acordo com a temperatura
do ambiente.
Para evitar problema de infiltrao, o sndico precisa
atentar para a instalao de antenas e para-raios, que deve
ser feita em blocos de concreto e nunca diretamente na
laje. Este um ponto delicado, porque as antenas podem
at ser de uso individual, mas o bem coletivo tem de ser
preservado.
Nesse ponto, alis, os para-raios exercem papel fun-
damental, pois descargas atmosfricas causam grandes
problemas. Tudo deve ser interligado aos para-raios e com-
plementado por uma gaiola de Faraday (tela de metal em
formato cilndrico), onde as estruturas
metlicas ficam interligadas, explica
Sergio Meira.
O telhado to importante quan-
to o alicerce: quando mal conserva-
do, ele tem a capacidade de demolir
uma edificao de cima para baixo,
danificando apartamentos e gerando
gastos indenizatrios, deteriorao
da estrutura, rebocos e pintura.
Manter o telhado em dia agrega
valor aos imveis, d segurana aos
moradores, evita acidentes, gastos
maiores e valoriza a vida e o bem-
estar de todos.
DICAS4 Vazamentos so geralmente causados por telhas quebradas ou que no tm a inclinao necessria, alm de calhas entupidas;
4 A superposio lateral de telhas onduladas deve seguir a posio predominante do vento;4 As subcoberturas evitam vazamentos e auxiliam na proteo trmica e acstica da cobertura;4 Mantas de PVC preservam o telhado e tm garantia mdia de 20 anos;4 Calhas precisam de limpeza peridica para que folhas e fuligem no entupam a passagem da gua;4 A impermeabilizao de calhas deve ser refeita a cada dois anos; 4 Para melhorar o desempenho trmico, o beiral do telhado pode ser projetado de modo a provocar sombras nas paredes.
Por Rafael Argemon
manuteno
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34
Por Shirley Valentin
especiaL
a noite de 28 de setembro de 2007, Joo Crestana
anunciou em seu discurso de posse frente da pre-
sidncia do Secovi-SP que enfrentaria, com compro-
metimento, a misso de presidir um dos mais expressivos
sindicatos patronais do Pas. No bastasse a grandeza do
Sindicato, cabe-me a tarefa de substituir Romeu Chap Chap,
ressaltou poca.
Passados dois anos, Crestana no s cumpriu esse e
outros compromissos assumidos publicamente como foi
reeleito para mais dois anos binio 2009-2011 frente da
presidncia do Sindicato, em 5 de agosto. O ndice de apro-
vao foi um dos mais expressivos j registrados na histria
da entidade: 98,8% dos votos vlidos dos associados.
Para o futuro, o dirigente j traou novos desafios e metas,
como colaborar intensamente no aperfeioamento do progra-
ma Minha Casa, Minha Vida, para que ele tenha seus entraves
corrigidos e seja transformado em uma poltica perene de
Estado de habitao.
Quatro vertentesPara atingir a meta audaciosa do governo de construir
1 milho de novas moradias at 2011, Crestana fala da
importncia de se estabelecer um acordo consensual entre
bancos, administradores pblicos, urbanistas, legisladores,
empresrios, acadmicos e movimentos populares. O desafio
debelar o dficit habitacional de 8 milhes de moradias e,
Novos desafios para o futuroCom uma das mais expressivas votaes dos ltimos anos, Joo Crestana foi reconduzido presidncia do Secovi-SP, binio 2009-2011
Joo Crestana (ao centro) e os empresrios que fazem o mercado imobilirio paulista
N
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35
concomitantemente, produzir formalmente um adicional de 1,5
milho de unidades por ano para atender demanda vegetativa,
composta por pessoas que saem da casa dos pais, casam-se,
separam, envivam, esclarece.
Defensor de planos de longo prazo, o dirigente prope o
debate de quatro aspectos fundamentais para se estabelecer
essa poltica nacional de habitao, desatrelada de qualquer
governo. O primeiro deles se refere aos recursos financeiros,
subsdios ou financiamentos. O Oramento Geral da Unio e
o Fundo de Garantia do Tempo de Servio (FGTS) sero sufi-
cientes para destinar, em 15 anos, em torno de R$ 400 bilhes,
ou R$ 27 bilhes por ano, para sanar o dficit habitacional?,
questiona Crestana, acrescentando que a segunda vertente
trata da atuao das empresas construtoras e dos bancos.
Por um lado precisamos de tecnologia moderna e econmica,
maior qualidade dos produtos e solidez empresarial. Por outro,
diminuio da burocracia e estmulo concorrncia entre ban-
cos pblicos e privados.
Legislao urbanstica, procedimentos car-
torrios e rotinas de aprovao de projetos nas
prefeituras e em rgos ambientais devem ser
aperfeioados de forma paradigmtica. Este
o terceiro aspecto e sua importncia est em
garantir segurana jurdica aos projetos aprova-
dos, enfatiza Crestana.
Por fim, as caractersticas urbansticas, arqui-
tetnicas e de sustentabilidade dos conjuntos habitacionais e
das cidades devem ser desenvolvidas por tcnicos multidisci-
plinares, defende o presidente do Secovi-SP. A infraestrutura
precisa acompanhar a implantao dos projetos, aproximando
moradia do local de trabalho e de servios como hospitais,
escolas e centros comerciais.
Secovi do futuro No sentido de estabelecer objetivos de longo prazo, que
modernizem a atividade sindical e acompanhem as mudanas
globais, Crestana fala da importncia de reinventar a atividade
imobiliria. Precisamos inovar produtos, marketing e financia-
mento. O segmento gera empregos e renda e mais do que pro-
duzir moradias, vender e administrar imveis, somos capazes
de prevenir e auxiliar o Brasil na dinmica macroeconmica.
O setor representa 11,3% do Produto Interno Bruto (PIB),
mas ainda concorre diretamente com os mercados de telefonia
mvel e automobilstico, de acordo com o vice-presidente de
Comercializao e Marketing do Sindicato, Elbio Fernndez Mera.
Queremos esclarecer esse novo consumidor das classes C e D
que, com os mesmos valores gastos no uso do celular e no finan-
ciamento de um carro, possvel comprar um imvel, enfatiza.
A regio metropolitana de So Paulo ter de produzir 83
mil unidades para atender demanda por imveis das famlias
enquadradas no Minha Casa, Minha Vida. Esse nmero sobe
para 183 mil unidades, se considerarmos as necessidades do
Estado de So Paulo. Essa nova onda do mercado ir requerer
empresas preparadas e profissionalizadas.
Maior aproximaoPara Hubert Gebara, vice-presidente de Administrao
Imobiliria e Condomnios do Secovi-SP, o ideal que as
administradoras participem da vida do edifcio desde o mo-
mento do projeto. H muitas inovaes construtivas, como
sistemas de reuso de gua e individualizao de hidrmetros,
que vo interferir futuramente na vida dos moradores. As
aes entre as empresas tm de ser simultneas e voltadas
ao cliente, afirma.
Para essa nova gesto, Gebara quer
aproximar ainda mais os sndicos da entida-
de. Gerenciar condomnio uma tarefa dif-
cil, pois compreende o acompanhamento de
aes complexas, como controle do fluxo de
caixa, at as aparentemente simples, como
problemas de vaga de garagem, animais e
crianas. Tem ainda a questo dos prdios
verdes. Mas h os edifcios nos quais podemos introduzir alguns
itens de sustentabilidade.
O Sindicato est inserido em inmeras frentes de trabalho e
a mais nova delas o grupo Novos Empreendedores (NE), que
rene 160 jovens representantes do setor. A entidade tambm
pretende atuar ainda com mais fora no Interior. Alm de ampliar
a participao dos jovens empreendedores nas cidades do
interior de So Paulo, h inteno de levar mais cursos, even-
tos, palestras, workshops, material editorial, convnios, enfim,
subsdios para atender o setor imobilirio com muita presteza
e qualidade nessa regio.
Chapa eleita para gesto 2009-2011
teve 98,8% dos votos vlidos
dos associados
Anote A solenidade de posse da nova diretoria ser dia 24 de
setembro, antes da abertura da Semana Imobiliria,
que vai at 27 de setembro e compreende a
realizao do 4 Salo Imobilirio So Paulo,
no Parque Anhembi, da 6 Conveno Secovi
e da Expo Sndico Secovi Condomnio.
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37
PINTAR CONDOMNIOS J FOI MENOS COMPLICADO, COM A HABITAR CONTINUA SENDO.
3,1785$6,17(51$6
(;7(51$6
/$9$*(0'()$&+$'$6
7UDWDPHQWRGHWULQFDV/LPSH]DGHSDVWLOKDVHUHMXQWDPHQWR
3287-1273
3253-5377
H 28 anos
no mercado
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dia a dia
Dicas e indicadores que facilitam aadministrao do seu condomnio
PER
Total Geral Pessoal / Encargo Tarifas Manut. de Equipamentos Conservao e Limpeza Diversos
ICON
Var. %
ICON
Var. %
ICON
Var. %
ICON
Var. %
ICON
Var. %
ICON
Var. %
Ms Ano 12 meses Ms Ano12
meses Ms Ano12
meses Ms Ano12
meses Ms Ano12
meses Ms Ano12
meses
jul/08 163,643 0,68 2,67 7,83 157,880 0,00 0,30 5,87 161,945 1,34 2,65 5,52 188,454 1,76 8,70 15,11 173,805 1,69 7,93 13,03 163,649 1,76 8,70 15,11
ago/08 163,527 -0,07 2,60 7,51 157,880 0,00 0,30 5,87 161,945 0,00 2,65 5,52 187,851 -0,32 8,35 13,63 173,495 -0,18 7,74 11,75 163,125 -0,32 8,35 13,63
set/08 164,639 0,68 3,30 7,34 157,880 0,00 0,30 5,87 167,491 3,43 6,17 6,17 188,058 0,11 8,47 12,31 173,495 0,00 7,74 10,61 163,125 0,00 8,35 12,18
out/08 172,679 4,88 8,34 8,92 171,048 8,34 8,67 8,67 167,491 0,00 6,17 6,17 189,901 0,98 9,53 12,23 175,195 0,98 8,79 10,82 164,724 0,98 9,41 12,11
nov/08 172,833 0,09 8,44 8,86 171,048 0,00 8,67 8,67 167,491 0,00 6,17 6,17 190,623 0,38 9,95 11,88 175,861 0,38 9,21 10,79 165,350 0,38 9,83 11,76
dez/08 172,780 -0,03 8,40 8,40 171,048 0,00 8,67 8,67 167,491 0,00 6,17 6,17 190,375 -0,13 9,81 9,81 175,632 -0,13 9,07 9,07 165,135 -0,13 9,68 9,68
jan/09 172,618 -0,09 -0,09 8,04 171,048 0,00 0,00 8,67 167,491 0,00 0,00 6,17 189,537 -0,44 -0,44 8,14 175,197 -0,25 -0,25 7,86 164,408 -0,44 -0,44 8,02
fev/09 172,898 0,16 0,07 7,91 171,365 0,19 0,19 8,54 167,491 0,00 0,00 6,17 190,030 0,26 -0,18 7,85 175,474 0,16 -0,09 7,65 164,835 0,26 -0,18 7,73
mar/09 172,626 -0,16 -0,09 7,55 171,365 0,00 0,19 8,54 167,491 0,00 0,00 6,17 188,624 -0,74 -0,92 6,27 174,705 -0,44 -0,53 6,40 163,616 -0,74 -0,92 6,15
abr/09 172,575 -0,03 -0,12 7,34 171,365 0,00 0,19 8,54 167,491 0,00 0,00 6,17 188,341 -0,15 -1,07 5,38 174,629 -0,04 -0,57 5,61 163,370 -0,15 -1,07 5,27
mai/09 172,332 -0,14 -0,26 6,78 171,365 0,00 0,19 8,54 166,333 -0,69 -0,69 5,43 188,209 -0,07 -1,14 3,64 174,728 0,06 -0,51 4,01 163,256 -0,07 -1,14 3,53
jun/09 172,066 -0,15 -0,41 5,86 171,365 0,00 0,19 8,54 165,192 -0,69 -1,37 3,37 188,021 -0,10 -1,24 1,53 174,524 -0,12 -0,63 2,11 163,093 -0,10 -1,24 1,41
jul/09 172,641 0,33 -0,08 5,50 171,365 0,00 0,19 8,54 168,994 2,30 0,90 4,35 187,212 -0,43 -1,66 -0,66 173,841 -0,39 -1,02 0,02 162,391 -0,43 -1,66 -0,77
Icon Secovi-SP ndice de Custos Condominiais MS: Julho / 2009 ndice Base Dez/01 = 100,000
IndicadorVariao - em%
Ms Ano 12 meses
IGP-DI (0,64) (1,68) (1,00)
IGP-M (0,43) (1,67) (0,67)
IPC/FIPE 0,33 2,26 4,12
INPC 0,26 2,69 6,40
IPCA 0,24 2,81 4,50
INCC-DI 0,26 2,69 6,40
Pisos Salariais: Verificar a Conveno Coletiva de Trabalho da cidade do condomnio no site www.secovi.com.br
ACMuLO DE CARGO: 20% ADICIONAL NOTuRNO: 20%
HORAS EXTRAS: Cidade de So Paulo e demais municpios: 50%
CESTA bSICA: Verificar Conveno Coletiva de Trabalho da cidade do condomnio no site www.secovi.com.br
FGTS SETEMbRO/2009 (Data de recolhimento at 7/10/09): 8% sobre o total da remunerao recebida pelo empregado
PIS SETEMbRO/2009 (Data de recolhimento at 23/10/09): 1% sobre o total da folha de pagamento
INSS SETEMbRO/2009 (Data de recolhimento at 20/10/09) * SALRIO DE CONTRIbuIO (R$) ALQuOTAS: At 965,67 = 8,00 % De 965,68 a 1.609,45 = 9,00 % De 1.609,46 a 3.218,90 = 11,00 % Acima de 3.218,90 = R$ 354,07
SALRIO-FAMLIA SETEMbRO/2009: Remunerao mensal at R$ 500,40 = R$ 25,66 Remunerao mensal acima de R$ 500,41 at R$ 752,12 = R$ 18,08
* Esses valores correspondem ao ms de setembro/2009 e podero sofrer
alteraes at a data do vencimento, conforme publicao no Dirio Oficial da Unio.
FOLHA DE PAGAMENTO NDICES DE PREO
Ateno: INSS
Contribuio Riscos Ambientais
do Trabalho - a partir da
competncia junho/2007: 3%
(Julho/2009)
Fontes: FGV, IBGE e Fipe/USP
Elaborao: Departamento de
Economia e Estatstica do Secovi-SP
-
39
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40
Modelo Europeu -Recomendaes para Manuteno de Elevadores e Escadas Rolantes (parte I)
Sede prpria: Rua Major Sertrio, 349 - 3 andar - C3 V. Buarque - So Paulo - SP - CEP 01222-001
Tel./Fax: (11)3214-0201 / 3214-0352 E-mail: [email protected] das Empresas de Conservao, Manuteno e Instalao de Elevadores do Estado de So Paulo
Os elevadores do Brasil seguem a tendncia
europias, que o continente onde esto insta-
lados cerca de 60% dos elevadores do mundo.
At mesmos as norma tcnicas brasileiras e do
mercosul so inspiradas nas equivalentes do
velho continente.
Verificando as recomendaes utilizadas na
Unio Europia, vemos o cuidado que tm com
a manuteno dos equipamentos de transporte
vertical, especialmente quando comparamos a
situao brasileira, onde muitas vezes prevalece o
descaso de autoridades e o desprezo de sndicos
e administradores com os servios de conservao
e manuteno.
12 Recomendaes para Manuteno de
Elevadores e Escadas Rolantes, publicado
pela Associao Europia de Elevadores (EEA),
abrange os aspectos essenciais de manuteno
de elevadores e escadas rolantes, permitindo
assegurar que tais equipamentos mantenham a
forma mais segura de transporte pblico, com
o mais alto nvel de disponibilidade possvel aos
usurios. Esta viso apoiada por vrios comits
consultores europeus.
1. Todos os elevadores e escadas rolantes devem ser conservados.
obrigatrio para o cliente - proprietrio ter os
elevadores e escadas rolantes sob manuteno.
Esta manuteno precisa ser realizada por pesso-
as competentes de empresa qualificada operando
dentro das orientaes do estatuto da EEA.
2. O proprietrio reconhece a necessidade de atualizar o equipamento.
Esta uma obrigao do cliente proprietrio
aceitar, no devido tempo, a atualizao progres-
siva de elevadores e escadas rolantes, para
cumprir com os requisitos essenciais de sade,
segurana e meio ambiente, conforme definido
nas recentes e importantes normas e diretivas da
Unio Europia.
Em cada caso, equipamento com mais de
15 anos deve ser verificado por autoridades
credenciadas pelo menos a cada 5 anos, para
assegurar o cumprimento com as exigncias de
segurana.
3. Todas as chamadas de emergncia pre-cisam ser transmitidas imediatamente.
A organizao de qualquer edifcio precisa ser
capaz de efetivamente responder a uma situao de
emergncia o tempo todo. Esta capacidade pode
ser atingida pelo uso do sistema de comunicao
automtica em elevadores e escadas rolantes.
Explicao vital ser capaz de falar com
uma pessoa presa em um elevador. As cabinas de
elevadores devem ser providas com um meio de
comunicao, permitindo contato permanente com
um servio de resgate de emergncia 24 horas.
Algum dentro do edifcio deveria ser treinado para
responder a qualquer incidente sobre segurana
em elevador e escada rolante.
4. Todos os defeitos e falhas precisam ser comunicados.
Um representante do cliente proprietrio ou
usurios devem comunicar empresa de manu-
teno qualquer defeito ou falhas no elevador ou
escada rolante. Parte desta verificao pode ser
feita por monitoramento remoto, que aumenta
segurana atravs da melhoria de qualidade de
manuteno.
Explicao Garantir a correta operao do
elevador ou escada rolante responsabilidade de
todos. Qualquer mau funcionamento da unidade,
em qualquer tempo, deve ser comunicado em-
presa de manuteno, atravs de uma pessoa
responsvel.
Monitoramento remoto um sistema de co-
municao automtico que capaz de registrar
ocorrncias ou defeitos.
5. A empresa de manuteno deve apre-sentar slidas credenciais.
A empresa de manuteno deve:
ser legalmente registrada; fornecer seguro adequado cobrindo riscos do
pblico, servios e produtos (incluindo ferimen-
tos e estrago de material); e
ter procedimentos que atendam a requisitos eu-ropeus de sade, segurana e meio ambiente.
Segue na prxima edio as demais recomen-
daes. (ou acesse texto integral em nosso site)
-
41
Por Hubert Gebaraopinio
egurana, sustentabilidade, novas tecnologias e uma viso global do universo
dos condomnios no Brasil e no exterior. a oportunidade de reciclagem,
prospeco de clientes, formao de parcerias, de fazer novos e retomar
velhos contatos. tudo o que se relaciona com o setor, que movimenta R$ 8 bilhes
anualmente e responsvel por 240 mil empregos diretos, alm de 1 milho de
indiretos, apenas no Estado de So Paulo.
Estamos falando da Expo Sndico Secovi Condomnio, que acontece de 24 a 27
de setembro no Parque Anhembi. Em sua 15 edio, o evento vai, mais uma vez,
agitar o mercado, que espera h 12 meses por sua chegada. Para quem mora, tra-
balha e exerce atividades ligadas aos condomnios, vai ser o evento mais importante
do calendrio anual de atividades no segmento.
A vice-presidncia de Administrao Imobiliria e Condomnios do Secovi-SP
aguarda a visita de 20 mil pessoas no recinto de 15 mil metros quadrados da mos-
tra. Embora numeroso, um pblico altamente qualificado que vai conferir desde
tendncias de gesto condominial at novas tecnologias de segurana e produtos
em lanamento. Esse pblico tem interesse em saber tudo o que se passa nos con-
domnios, desde rotinas administrativas at itens de lazer, arquitetura e decorao.
Parece muito, mas a Expo Sndico Secovi Condomnio muito mais. Realizada
dentro da Semana Imobiliria, a afirmao do setor como grande prioridade da
sociedade brasileira. A mostra se realiza no exato momento em que a economia,
puxada por esse mercado, retoma os nveis de expanso dos ltimos anos. Tudo
no mesmo local e na hora certa, podemos dizer da exposio.
Embora seja o ltimo elo da cadeia desse mercado que se torna novamente
pujante, os condomnios esto no corao do sistema. No temos medo de repetir
que condomnios so uma mquina a servio da economia do Pas.
Tudo no mesmolocal, na
hora certa
Hubert Gebara vice-presidente de Administrao Imobiliria e Condomnios do Secovi-SP
S
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42
-
43
Por Flvio Prando
opinio
ntre 24 e 27 de setembro
ocorre na capital paulista o
4 Salo Imobilirio de So
Paulo (Sisp). Neste ano, o evento se
reveste de dupla importncia. Ser
a primeira vez que o setor apresen-
tar, conjuntamente, no Pavilho
de Exposies do Anhembi, as
melhores oportunidades de lana-
mentos imobilirios da Grande So
Paulo e do Interior, lado a lado com
as melhores solues para os con-
domnios residenciais e comerciais
j implantados, presentes na Expo
Sndico Secovi Condomnio.
O setor imobilirio, deixan-
do rapidamente para trs alguns
meses de baixa atividade em fun-
o da crise mundial, retoma seu
crescimento, agora turbinado pelo
Programa Habitacional Minha Casa,
Minha Vida. Dessa forma, inicia um
novo estgio, no qual aos poucos
sua presena na economia atingir
ndices de participao no Produto
Interno Bruto (PIB) compatveis com
os registrados em pases semelhan-
tes ao nosso. Assim, paulatinamen-
te, reduziremos nossa defasagem
na rea habitacional.
O principal instrumento dessa
mudana o crdito imobilirio,
ferramenta j tradicional, mas que
s agora tornou-se vivel para a
grande massa das classes mdia e
mdia-baixa.
Numa estratgia ousada e inte-
ligente do governo federal, a Caixa
passou a oferecer, em 13 de abril
ltimo, financiamentos com juros e
prazos de Primeiro Mundo, aliados
a um polpudo subsdio para quem
ganha at seis salrios mnimos, o
que tem permitido s famlias das
classes C e D finalmente alcan-
arem o legtimo sonho da casa
prpria. A grande diferena est
no simples fato de que o valor da
prestao passou a ser igual ou,
em alguns casos, inferior ao do
respectivo aluguel.
O mercado a ser atendido nas
duas categorias ser imenso, con-
siderando-se que estimativas cor-
rentes indicam que h 12 milhes
de famlias locatrias no Pas, alm
do vergonhoso dficit habitacional
de 8 milhes de moradias. fcil
imaginar o fantstico impacto po-
sitivo que a reduo consistente
desse dficit poder causar na eco-
nomia brasileira, o que realimentar
significativamente o processo de
crescimento, trazendo mais e mais
famlias para a casa prpria.
O Sisp ser, seguramente, a vi-
trine desse futuro que j chegou, no
qual as moradias para o segmento
econmico se tornaro cada vez
mais uma prioridade para as empre-
sas incorporadoras, que, com esse
foco, podero desenvolver sistemas
construtivos mais racionais, econ-
micos e sustentveis.
E o setor de condomnios de-
ver usar toda sua criatividade e
eficincia para proporcionar valores
condominiais acessveis aos futu-
ros moradores, que nesses novos
condomnios encontraro moradia,
lazer e segurana unidos num s
lugar. As administradoras tambm
contribuiro, assim, para viabilizar
o sonho da casa prpria.
Salo imobilirio de So Paulo: a vitrine dos novos tempos
Flvio Prando vice-presidente de Gesto do Secovi-SP
E
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44
Informe Publicitrio
A segurana no controle de acesso primordial para os
condomnios, por isso, so contratados os controladores
de acesso (porteiros) para executarem a triagem de
quem pode ou no adentrar as instalaes.
Com a segurana reforada nos bancos, os meliantes
acabaram migrando para lugares em que a segurana
mais precria e encontram, em alguns condomnios,
essa facilidade. Diante de tal fato os condomnios co-
mearam a instalar sistemas de CFTV com gravao
de imagens, cercas eltricas, boto de pnico, vigia
eletrnico monitorado, dentre outros. Mas, como quem
permite o acesso ao condomnio o porteiro, e por
muitas vezes eles no esto atentos, toda a segurana
fica comprometida.
Diante de tais ocorrncias foram criados alguns
sistemas de controle de acesso, tais como biometria
da voz, da ris, da digital, etc. Porm, muitas vezes no
funcionam, barrando as pessoas autorizadas e gerando
tumulto. Por exemplo: se a pessoa estiver rouca, o sis-
tema de biometria de voz no funciona. J o sistema de
leitura da ris invasivo, se a pessoa anterior estiver com
conjuntivite, o prximo usurio pode ser contaminado.
Na biometria digital, se o usurio tiver suor excessivo,
creme nas mos, corte no dedo e pele ressecada, o
sistema no eficaz.
O nico sistema de controle de acesso no-invasivo
e totalmente seguro o sistema de biometria facial,
que consiste de uma cmera que capta a imagem do
usurio e faz um paralelo com a imagem gravada no
computador.
O sistema to seguro que os aeroportos dos EUA
utilizam para busca e identificao de terroristas e al-
guns rgos governamentais no Brasil j esto fazendo
o mesmo.
A Mundial Service System, ciente que esta tecnologia
revolucionar o sistema de controle de acesso, disponi-
biliza para seus condomnios mais esta ferramenta, cha-
mada V.I.H.U. (verificador e identificador de humanos),
que facilitar o dia-a-dia dos condminos, dando mais
agilidade e segurana no controle de acesso.
Fbio Gonalves da Silva presidente
da Mundial Service System
V.I.H.U. ou Biometria Facial, a nicano-invasiva
-
45
Especialista s confia em especialista.
O Condomnio Dator buscava um fornecedor de Gs LP comprometido em facilitar o dia a dia dos moradores. Por isso, chamou a Ultragaz, que passou a controlar toda a logstica de abastecimento, reduzindo as despesas do edifcio. E a consultoria energtica foi alm: graas ao sistema de conta individual de consumo, o nmero de inadimplentes diminuiu. Se o seu condomnio tambm procura uma soluo energtica inovadora e sob medida, faa como os maiores especialistas do Brasil.
Nereide Fontenelle, moradora e sndica do Edifcio Dator, especialista em administrao de condomnio
Unidade de Apoio ao Cliente: Grande So Paulo (11) 2139 7000 | Santos (13) 3295 5900 | Ribeiro Preto e regio 0800 886 1616 / 4003 1616 | So Jos dos Campos e Vale do Paraba (12) 3946 8000 | Paulnia e regio 0800 886 1616 / 4003 1616 | Belo Horizonte (31) 3521 7000 | Pouso Alegre 0800 886 16164003 1616 | Regio NE, Gois e Distrito Federal 0800 70 10 124 | Rio de Janeiro (21) 2677 7600 | Esprito Santo (27) 3336 5769 | Paran e Santa Catarina (41) 3641 4141 | Rio Grande do Sul (51) 3462 2800
w w w. u l t r a g a z . c o m . b r
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46
2O inquilino pode candidatar-se ao cargo de subsndico?
A Lei n 10.406/02 (novo Cdigo Civil) deixa ao crivo da Conveno de
Condomnio a disposio mais detalhada a respeito do assunto.
Portanto, se a Conveno no proibir expressamente, o inquilino poder
candidatar-se ao cargo de subsndico.
tira-dVidas
1
Marta Cristina PessoaOAB/SP108.073
rea Cvel
Tire suas dvidas
permitida a instalao de cmeras de vdeo nos locais onde os empregados trabalham no condomnio? O inquilino pode candidatar-se ao cargo de subsndico? O condomnio est obrigado a contratar contador para assinar seus balancetes? Estas e outras questes so respondidas pelo Departamento Jurdico do Secovi-SP
O condomnio est obrigado
a contratar contador para as-
sinar seus balancetes?
Ainda que haja necessidade de
um controle dos valores arreca-
dados e administrados em nome
dos condminos, e sua posterior
divulgao, por meio da via escrita
e da realizao de assembleia geral,
no h obrigatoriedade de adoo do
mtodo contbil, de livros contbeis
ou mesmo contratao de um conta-
dor para efetuar tal servio, que poder
ser conduzido pelo prprio sndico ou por
terceiro por ele designado, usualmente uma
empresa prestadora de servios especializada
na administrao condominial (artigo 1.348, 2,
do novo Cdigo Civil).
3Qual o qurum necessrio para aprovao da pintura da fachada?
A mera conservao da fachada com a manuteno da cor primitiva carac-
teriza uma obra necessria, nos termos dos artigos 96, 3, e 1.341, ambos
do novo Cdigo Civil, de modo que seria aprovada mediante votao de
praxe, a saber, maioria simples dos presentes em segunda chamada (artigo
1.353 do novo Cdigo Civil).
-
47
4
5A despesa com a pintura do prdio pode
ser rateada em partes iguais?
O critrio de diviso das despesas eleito pela
Conveno de Condomnio deve ser seguido
e observado por todos, obrigatoriamente, no
importando a natureza do gasto. No h como
ser descumprido ou modificado sem que, para
tanto, seja observado o trmite competente,
isto , a alterao da Conveno Condominial
por assembleia geral, cujo qurum deve ser de
unanimidade dos condminos. ponto de pri-
mordial importncia: o direito de propriedade,
que afeta a todos indistintamente.
No h possibilidade de ser feito rateio diferen-
ciado, sob pena de ser ofendida e descumprida
a Conveno Condominial, circunstncia veda-
da expressamente pelo artigo 1.348, inciso IV,
da Lei n 10.406/02.
O sndico pode ser responsabilizado por atos danosos praticados durante
sua gesto?
A responsabilizao do sndico por atos danosos praticados na administrao do
condomnio possvel, por intermdio de ao de indenizao, conforme dispe o
artigo 186 do novo Cdigo Civil
Quanto administrao contbil efetuada, deve ser verificado se o sndico obteve
a aprovao das contas relativamente gesto questionada, pois, se a conseguiu,
ele possuir uma verdadeira quitao conferida pelos condminos. A aprovao das
contas consubstancia presuno em favor do sndico. Tal presuno s pode ser
revertida se provada que a aprovao das contas foi resultante de vcio que afeta os
atos jurdicos (dolo, erro, simulao, fraude, documentos falsos), obtida em meio a
um processo judicial.
Este espao um canal permanente para que
sndicos e administradoras esclaream questes
relacionadas ao dia a dia da gesto condominial. Envie suas dvidas para o e-mail
-
48
2
tira-dVidas
1
Carlos Alexandre Cabral OAB/SP 97.378
Tire suas dvidasrea Trabalhista
No caso de aviso prvio de 45
dias, o condomnio obrigado a
indenizar os 15 dias excedentes
dos 30?
O aviso prvio especial de 45 dias,
previsto em Conveno Coletiva de
Trabalho, poder ser trabalhado em
sua totalidade (concedendo-se ao
empregado a opo de duas horas
a menos na jornada diria ou faltar
uma semana seguida ao final do aviso)
ou indenizado. No h previso legal de
aviso prvio misto, com parte trabalhado
e parte indenizado
Aps o trabalho noturno, o empregado deve des-
cansar quantas horas antes de iniciar uma nova
jornada?
O intervalo mnimo entre o fim de uma jornada e incio de outra,
no mesmo local de trabalho, de 11 horas, conforme dispem os
artigos 66 e 382 da CLT. A folga semanal de 24 horas consecutivas,
de acordo com os artigos 67 e 385 do mesmo diploma legal, e ter, no
mnimo, 35 horas: 24 horas somadas s 11 horas dos artigos supracitados.
No existe na legislao trabalhista qualquer dispositivo estabelecendo que,
aps a jornada noturna, o empregado deva desfrutar de folga de 35 horas. Por-
tanto, em seguida a essa jornada, basta observar o disposto nos artigos 66 e 382
da CLT, se no houver interesse em conceder a folga semanal na sequncia.
3 permitida a instalao de cmeras de vdeo nos locais onde os empregados
trabalham no condomnio? Existe alguma implicao legal?
O empregador tem o poder de controle, ou poder de fiscalizar o trabalho dos empregados.
Instalar cmaras de circuito interno nos locais onde o empregado exerce seu ofcio (no
em banheiros) est dentro do poder fiscalizador do condomnio. Todavia, tal poder
deve ser exercido com parcimnia, pois excessos podem ensejar uma indenizao
por assdio moral. Por exemplo: se as imagens forem usadas para constranger
ou ridicularizar o empregado de alguma forma.
-
49
rea Trabalhista
5
4
Qual o peso mximo que o empregado pode carregar?
Sobre o assunto, a CLT dispe, em seus artigos 198, 390 e 405:
Art. 198 - de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso mximo que um
empregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposi-
es especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher.
Pargrafo nico - No est compreendida na proibio deste artigo a
remoo de material feita por impulso ou trao de vagonetes sobre
trilhos, carros de mo ou quaisquer outros aparelhos mecnicos,
podendo o Ministrio do Trabalho, em tais casos, fixar limites diver-
sos, que evitem sejam exigidos do empregado servios superiores
s suas foras.
Art. 390 - Ao empregador vedado empregar mulher em
servio que demande emprego de fora muscular superior
a 20 (vinte) quilos, para o trabalho contnuo, ou 25 (vinte e
cinco) quilos, para o trabalho ocasional.
Pargrafo nico - No est compreendida na determi-
nao deste artigo a remoo de material feita por im-
pulso ou trao de vagonetes sobre trilhos, de carros
de mo ou quaisquer aparelhos mecnicos.
Art. 405 - Ao menor no ser permitido o trabalho:
(...)
5 Aplica-se ao menor o disposto no art. 390 e seu
pargrafo nico.
um condmino brigou com o porteiro, agrediu e foi agredido, sendo instaurado um
procedimento penal. Agora o condmino quer que o porteiro seja dispensado por
justa causa. O sndico est obrigado a proceder demisso?
O sndico no est obrigado a demitir de forma motivada o empregado por solicitao de
um condmino, mesmo que exista uma ao penal contra ele, pois at uma demisso por
justa causa s ser vlida no caso de condenao criminal transitada em julgado que im-
plique em privao da liberdade (artigo 482, d, da CLT). Assim, dispensar o funcionrio
por justa causa, ainda na fase de investigao pela polcia, no recomendvel, pois seu
comportamento pode ser atribudo legtima defesa. A resciso simples (imotivada) pode
ser efetuada, a fim de evitar situaes (novas brigas com o morador) que comprometam a
paz condominial. O empregado, por sua vez, pode tomar a iniciativa de rescindir o contrato
com base no art. 483 da CLT (resciso indireta por falta grave do empregador).
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Adalberto Cavalcanti Coelho diretor comercial da Sappel do Brasil
Por Adalberto Cavalcanti Coelho
coLuna
medio individual uma metodologia dese-
jada pela maioria das pessoas que vivem em
condomnios. No entanto, existe o conceito
errneo de que ela s possvel em novos edifcios.
Hoje, desde que se use a tcnica adequada, qual-
quer edifcio pode reformar as instalaes prediais
de gua, adequando-a utilizao de hidrmetros
individuais.
Nossa experincia com adaptao de instalaes
prediais em edifcios antigos comeou em 1991,
e, naquela poca, por no conhecer uma tcnica
adequada, realmente quebrvamos muitas paredes,
causando transtornos aos moradores. Atualmente,
aps dez anos de execuo de reformas, fazemos o
servio com intervenes pontuais, o que representa,
nos casos mais complicados, a quebra de trs ou
quatro azulejos na cozinha e rea de servio e apenas
um ou dois nos banheiros.
Em edifcios mais antigos, cuja vida til da tubu-
lao j expirou, a oportunidade de fazer a subs-
tituio da tubulao, em paralelo com a reforma,
direcionando para medio individual de gua nos
apartamentos.
Partindo da premissa de que os condminos dese-
jam fazer a medio individual de gua, os principais
passos para sua implantao num edifcio so:
a) convocao de assembleia geral, nos termos da
lei do condomnio, especificamente para aprovar
a proposta;
b) seleo da empresa instaladora que executar
a obra;
c) a empresa selecionada apresentar projeto com
a proposta tcnica e o oramento;
d) aprovao em assembleia geral da melhor alter-
nativa;
e) execuo da obra de reforma das instalaes
prediais de gua e instalao dos hidrmetros
nos apartamentos;
f) desenvolvimento do modelo de faturamento das
contas a ser utilizado;
g) cadastramento dos hidrmetros individuais para
o processo de faturamento;
h) negociao de dbitos existentes nos edifcios;
i) elaborao de normas de procedimentos relativos
ao sistema de faturamento e arrecadao;
j) modificao do regulamento de prestao de ser-
vios pela empresa concessionria de gua.
Em So Paulo essa metodologia tem sido exe-
cutada com sucesso por diversas empresas como
Techem, Martani, Metragem e Ista, que utilizam a
tecnologia Sappel, com leitura distncia utilizando
o sistema de radiofrequncia.
A medio individual em edifcios antigos
A
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Por Joo Crestana
carta do presidente
Poltica deEstadopara ahabitao
Joo Crestana presidente do Secovi-SP e da Comisso da Indstria Imobiliria da Cmara Brasileira da Indstria da Construo (CBIC)
P ara estabelecer um programa de Estado perene para a habitao, no basta cons-truir 1 milho de moradias populares em dois anos, como prev o programa Minha Casa,
Minha Vida. Antes, devem ser analisados aspectos
abrangentes e urge definir um acordo consensual
entre bancos, administradores pblicos, urbanistas,
legisladores, empresrios, acadmicos e movimen-
tos populares.
Mais ainda: deve-se pensar no longo prazo. A
falta de metas futuras custa caro e induz a idas e
vindas, redundncias e ciumeiras que no raro se
manifestam pela destruio, por um executivo pbli-
co, daquilo que seu antecessor construiu.
Na busca de um programa de natureza perene,
quatro vertentes devem ser debatidas, conforme
ensinam o arquiteto Nabil Bonduk e o presidente
da Companhia Metropolitana de Habitao de So
Paulo (Cohab), Ricardo Pereira Leite.
A primeira se refere aos recursos financeiros,
subsdios ou financiamentos. O Oramento Geral da
Unio e o Fundo de Garantia do Tempo de Servio
(FGTS) sero suficientes para destinar, em 15 anos,
em torno de R$ 400 bilhes, ou R$ 27 bilhes por
ano, para sanar o dficit habitacional? razovel es-
perar que os fundos de penso, as seguradoras e os
investidores internacionais participem dessa equa-
o? Como vincular os montantes necessrios?
A segunda vertente trata da atuao das empre-
sas construtoras e dos bancos. Tecnologia moderna
e econmica, maior qualidade dos produtos e soli-
dez empresarial so essenciais, assim como diminuir
a burocracia para que mais famlias tenham acesso
moradia e para que haja concorrncia entre agentes
financeiros pblicos e privados.
Em terceiro, instituies como legislao ur-
banstica, procedimentos cartorrios e rotinas de
aprovao de projetos nas prefeituras e em rgos
ambientais devem ser aperfeioados de forma
paradigmtica. imprescindvel garantir segurana
jurdica aos projetos aprovados.
Por fim e com importncia relevante, as caracte-
rsticas urbansticas, arquiteturais e de sustentabilida-
de dos conjuntos habitacionais e das cidades devem
ser desenvolvidas por tcnicos multidisciplinares.
Simultaneamente, a infraestrutura deve acompanhar
a implantao dos projetos, aproximando moradia
do local de trabalho e de servios.
O setor imobilirio no quer mais adiar a discus-
so desse assunto. No podemos permanecer com
a viso mope daqueles que somente enxergam o