revista secovi condomínios 216

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Salão de festas sofisticado Pisos bem-cuidados Internet a serviço do condomínio

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Revista Secovi Condomínios 216

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Page 1: Revista Secovi Condomínios 216

Salão de festas sofisticado

Pisos bem-cuidados

Internet a serviço do condomínio

A REVISTA PARA SÍNDICOS, CONDÔMINOS E ADMINISTRADORAS

ANO 19 – No 216 – Maio/2011 – R$ 8,90

Page 2: Revista Secovi Condomínios 216
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Page 7: Revista Secovi Condomínios 216

Impulsionados principalmente pela mudança de comportamento do consumidor,

que hoje prefere acessar a internet a gastar tempo e dinheiro se locomovendo

pela cidade, os portais, e-mails e jornais eletrônicos entraram na ordem do dia

de condomínios e administradoras paulistas.

As vantagens são flagrantes. O uso de ferramentas online agiliza a co-

municação, além de tornar o relacionamento síndico-condôminos e condo-

mínio-administradora mais objetivo e transparente. Um ganho adicional é que,

com a internet, é possível reduzir os conflitos, tão comuns nesse meio.

Por enquanto, informam as administradoras de condomínios, boa parte dos

moradores usa a internet para solicitar a segunda via do boleto. Mas aos poucos

os moradores se acostumam a utilizar os meios digitais para outros fins. Em uma

administradora de São Paulo, por exemplo, metade dos contatos de síndicos e

condôminos ocorre pela internet, mostra a matéria de Capa desta edição.

Em outra reportagem de destaque, damos dicas ao síndico sobre como con-

servar, recuperar e o que observar na hora de trocar os pisos das áreas comuns

do condomínio. Trazemos ainda uma matéria sobre o Dia da Ação Social dos

Condomínios, evento gratuito, cheio de atividades de lazer, que o Secovi-SP e o

Sesc SP realizam na Capital no domingo, dia 5 de junho, no Sesc Pinheiros.

Boa leitura!Sônia Salgueiro

28ManutençãoSaiba como conservar erecuperar os pisos da áreascomuns do condomínio

22CapaSites e e-mails melhoram a relação do condomínio e da administradora com os condôminos

08101214171820

22272832363839

É bom saber

Espaço do leitor

Vida de Síndico

Seu espaço

Dia a dia

Moeda forte

Qualificação social

Capa

Opinião

Manutenção

Sustentabilidade

Tira-dúvidas

Carta do presidente

Guia de produtos e serviços

Recado da editoRa

ÍndiceMaio/2011

SECOVI NO INTERIORBauru (14) 3227-2616

Campinas (19) 3252-8505Grande ABC (11) 4121-5335

Jundiaí e região (11) 4523-0833Santos (13) 3321-3823

São José do Rio Preto (17) 3235-1138Sorocaba (15) 3211-0730

Vale do Paraíba (12) 3942-9975

CONTATOS SECOVI-SPPABX (11) 5591-1300

Disque Síndico (11) 5591-1234Eventos (11) 5591-1279

PQE (11) 5591-1198 / 1250Universidade Secovi

(11) 5591-1221 / 1172 / 1284Câmara de Mediação

(11) 5591-1214

R. Dr. Bacelar, 1.043 – CEP 04026-002 – São Paulo/SPTel. (11) 5591-1300 – Fax (11) 5591-1301

E-mail: [email protected]: www.secovi.com.br

DiretoriaPresidente: João Crestana

Vice-presidentes: Basílio Jafet, Caio Portugal, Carlos Alberto C. Camargo, Carlos Borges, Ciro Scopel, Cláudio Bernardes,

Elbio Fernández Mera, Ely Wertheim, Flavio Amary, Flavio Prando, Hubert Gebara, Ricardo Yazbek

Conselho editorial: Hubert Gebara, Sergio Mauad, Paulo André Jorge Germanos, Ricardo Yazbek e Sergio Ferrador

proDução eDitorialAssessoria de Comunicação do Secovi-SP

reportagem e reDação Redação: [email protected]

Editora responsável: Sônia Salgueiro (MTb 15.414)

Reportagem e redação: Andressa Ferrer, Marcos Fernando Queiroz,

Rosana Pinto e Nanci Moraes

Fotos: José Carlos T. Jorge

Capa: Wagner Ferreira

Assistente de redação: Queli Peixoto

Colaboradores: Luana Garcia, Márcio Padula, e Paula Ignacio (Fontpress Comunicação)

Apoio: Catarina Anderáos, Maria do Carmo Gregório, Mariana Dahrug, Shirley Valentin e Silvia Carneiro (Comunicação),

Carlos Alexandre Cabral, João Paulo Rossi Paschoal, Karina Zuanazi Negreli, Maraneide Alves Brock, Marta Cristina

Pessoa, Rita de Cássia Guimarães Bracale (Jurídico), Roberto Akazawa, Edson Kitamura e Fabricio Pereira (Economia)

proDução e publicação

Fontpress Comunicação: E-mail: [email protected] – Tel. (11) 5044-2557

Arte e editoração eletrônica: Wagner Ferreira

Para anunciar: (11) 5044-2557 / 5041-4715

ou [email protected]

Tiragem: 30.000 exemplares

Impressão: IBEP Gráfica

Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Reprodução de matérias somente após expressa autorização da Redação. Os anúncios publicitários são de inteira responsabilidade

dos anunciantes.

Page 8: Revista Secovi Condomínios 216

Programe-seO Secovi-SP (Sindicato da Habitação) realiza em junho diversos cursos e

eventos voltados a profissionais de administradoras de condomínios,

síndicos e zeladores. Um deles é o de Manutenção Predial para Edifícios

Residenciais. Abaixo seguem algumas informações básicas sobre esse curso. A pro-

gramação completa do mês está disponível no site www.universidadesecovi.com.br.

Manutenção Predial para Edifícios Residenciais – De 13 a 28/6 – Destinado a

zeladores, supervisores, encarregados de limpeza e demais interessados, o curso

apresenta a estrutura de uma edificação, como fundações, acabamento e instala-

ções, sistemas elétricos e eletrônicos, hidráulicos e sanitários. Tem o objetivo de

capacitar os participantes a solucionar problemas e emergências, como falta de

água e de luz. As aulas serão das 18h30 às 21h30, na sede da Universidade Secovi

(Av. Brigadeiro Luís Antonio, 2.344 – 10º andar). Inscrições: (11) 5591-1304 a 1307

ou e-mail [email protected].

No ano passado, presença maciça

Prepare-se para o Enacon 2011A note em sua agenda: a edição

2011 do Encontro das Admi-

nistradoras de Condomínios

(Enacon) acontece nos dias 11 e 12

de agosto, na sede do Secovi-SP (Rua

Dr. Bacelar, 1.043 – Vila Clementino -

Capital). Temas da máxima importância

para as empresas especializadas em

administração de condomínios, como

a autorregulamentação do setor, esta-

rão em pauta.

No ano passado, a iniciativa reuniu

quase 200 pessoas, entre empresários

e profissionais das administradoras. A

expectativa da vice-presidência de Ad-

ministração Imobiliária e Condomínios

do Secovi-SP, que promove o evento,

é de que mais profissionais participem

neste ano. “Esse é o evento mais im-

portante para as administradoras de

São Paulo. Uma oportunidade ímpar

para os profissionais se reciclarem e

trocarem as mais variadas experiências

sobre o setor de condomínios”, afirma

Hubert Gebara, vice-presidente do

Secovi-SP.

Informações detalhadas sobre o

Enacon 2011 podem ser obtidas no

portal Secovi (www.secovi.com.br).

8

é Bom saBeR

Page 9: Revista Secovi Condomínios 216

Os casos de dengue começaram a se multiplicar pelo País. No Estado

de São Paulo, há alta incidência da doença em várias cidades do

Interior, como São José do Rio Preto, e do Litoral. Os condomínios

e loteamentos têm papel fundamental no combate ao mosquito transmissor

da doença, o Aedes Aegypti.

Como ele se propaga quando há água parada, a melhor maneira de

prevenir a doença é manter tampados e bem limpos objetos que acumulam

água. Por isso, observe alguns cuidados básicos no seu condomínio:

Tampe caixas d'água, filtros, tambores, piscinas, etc.

Substitua a água dos vasos de plantas por terra ou areia.

Acondicione o lixo de casa em sacos plásticos fechados ou lixeiras

com tampa.

Ao regar bromélias, use água tratada com água sanitária a 2,5% (40

gotas por litro de água), ritual que deve ser repetido duas vezes por

semana.

A té 31 de dezembro, todos os

condomínios precisarão ter a

certificação digital no padrão

ICP-Brasil. Isso acontece porque o

acesso ao canal Conectividade Social

para transmissão dos arquivos do

FGTS (guias de recolhimento mensal e

rescisórios e prestação de informações

ao FGTS e à Previdência Social) para a

Caixa Econômica Federal, atualmente

feito mediante certificação própria da

instituição, terá que ocorrer obrigato-

riamente pelo modelo ICP-Brasil até o

início de 2012.

No final de abril, a Caixa publicou

no Diário Oficial da União a Circular

n° 547/2011, que traz um cronograma

de migração do sistema antigo para

o ICP-Brasil, a ser observado por

Certificação digital:uma necessidade

todos os empregadores, incluindo os

condomínios. Empregadores com 6

a 20 funcionários, por exemplo, terão

até 1º de julho para se adequarem. Já

o prazo para aqueles que somam até

5 empregados vai de 4 de julho a 23

de dezembro, variando conforme o

número do CNPJ.

"Contudo, a certificação digital

poderá ser obtida antes do prazo fi-

xado", afirma Maraneide Alves Brock,

gerente do Departamento Jurídico do

Secovi-SP (Sindicato da Habitação).

O condomínio que quiser antecipar

sua certificação já pode procurar o

Sindicato. Desde o início do ano, o

Secovi-SP conta com uma AR (Autori-

dade de Registro) devidamente creden-

ciada e capacitada a emitir certificados

digitais, instalada em sua sede (Rua

Doutor Bacelar, 1.043 - Vila Mariana -

Capital). Além do atendimento perso-

nalizado, as condições de pagamento

são diferenciadas. Mais informações

sobre o certificado podem ser obtidas

pelo telefone (11) 5591-1233, e-mail

[email protected] e site

www.secovi.com.br/certificadodigital.

s casos de dengue começaram a se multiplicar pelo País. No Estado

de São Paulo, há alta incidência da doença em várias cidades do

Interior, como São José do Rio Preto, e do Litoral. Os condomínios

Cuidado com a dengue

9

Page 10: Revista Secovi Condomínios 216

Agende-seA programação de cursos da

Universidade Secovi para o

Interior inclui várias atividades

no mês de junho. Anote os dados

básicos de duas delas e, precisando

de mais informações, contate o es-

critório da Regional do Secovi-SP na

sua região.

Técnicas de Controle de Acesso

em Portarias, dia 16/6 em Bauru –

Dirigido a zeladores, vigias, porteiros,

recepcionistas e controladores de

acesso, o curso prepara o participante

para mudar e padronizar atitudes no

tocante a técnicas de atendimento e

proteção das portarias do condomínio.

As aulas ocorrem das 9 às 16 horas.

Mais informações pelos telefones (14)

3227-2616 e 3234-4582 ou e-mail

[email protected]

Segurança Predial, dia 21/6

em Jundiaí – Os participantes terão

acesso a informações sobre seguran-

ça patrimonial e aos princípios gerais

de segurança. A programação inclui

medidas de emergência, aplicação

de conceitos estudados em situações

reais e o funcionamento de diversos

equipamentos de segurança disponí-

veis no mercado. A programação se

estende das 9 às 16 horas, na Proempi

(Rua Abílio Figueiredo, 92 – 8º andar –

sala 83 – Jundiaí). Reservas: (11) 4523-

0833 e-mail [email protected]

10

esPaço do leitoR

Agende-se

é Bom saBeR

inteRioR

Este espaço é reservado para você se comunicar conosco. Envie seu comentário,

crítica ou sugestão para o e-mail [email protected]. Você também

pode escrever para Revista Secovi-SP Condomínios – Rua Dr. Bacelar, 1.043 –

CEP 04026-002 – São Paulo – SP. Os e-mails e cartas podem ser publicados

resumidamente. Aguardamos seu contato!

“Na edição 213 da Revista Secovi-SP Condomínios, há

uma entrevista com a Sra. Nelza Gava de Huerta, síndica do

Condomínio Edifício Maison Rhone, em Campo Belo. Não só

achei muito interessante a entrevista, como verifiquei que aquele

condomínio passou por problemas que hoje deparo no meu. Por

isso, gostaria de saber se é possível fornecer os contatos dela.”Paulo Cezar Rocha Dias, do Condomínio

Edifício Maison Gardanne, São Paulo, SP

Fornecemos ao leitor o telefone e e-mail de Dona Nelza,

personagem da Vida de Síndico da referida edição.

“Agradeço pela elogiosa citação

do nosso condomínio na reportagem de

Capa da edição 212. Parabéns a todos

da equipe pelo excelente trabalho. O

condomínio Portal de Itu está sempre à

disposição.”Edson Boni, síndico do Condomínio

Portal de Itu, Itu, SP

Este espaço é reservado para você se comunicar conosco. Envie seu comentário,

. Você também

Revista Secovi-SP Condomínios – Rua Dr. Bacelar, 1.043 –

. Os e-mails e cartas podem ser publicados

Page 11: Revista Secovi Condomínios 216
Page 12: Revista Secovi Condomínios 216

Com mais de 30 anos, o Condomínio Edifício Málaga & Maiorca, de São Paulo, já foi objeto de várias obras e reformas, todas conduzidas pela mesma pessoa

Aurora Rahal Sierra Martines é síndica, há sete anos, do Condomínio Edifício Málaga

& Maiorca, construído há três dé-cadas. Por causa da idade do em-preendimento, Aurora fez inúmeras intervenções no local. Modernizou os elevadores e reformou a piscina, caixa d’água e a fonte luminosa do prédio.

Que problemas havia no prédio

quando se mudou para lá?

Mudei para o Málaga & Maiorca no

Com cara de novofinal de 1992 e percebi que muita coisa

precisava ser reformada.

Um dos problemas eram as goteiras,

que caíam nos carros no subsolo.

Resolviam esse problema colocando

plásticos ou bandejas sobre os carros.

Já eram 61 bandejas.

Como se tornou síndica?

Logo na primeira eleição após a minha

mudança, me candidatei, mas não

consegui me eleger porque acharam

que eu tinha muito pouco tempo de

prédio. Só há sete anos me candidatei

novamente e coloquei várias suges-

tões, apresentei minhas ideias. Fui

eleita por unanimidade.

Quais suas principais iniciativas

como síndica nesses sete anos?

A impermeabilização e o conserto de

uma viga de sustentação aparente

foram minhas primeiras ações. De lá

para cá, realizamos várias outras in-

tervenções: conserto da rede elétrica;

colocação de um para-raio, equipa-

mento inexistente até então; reforma

do elevador, da caixa d´água, piscina,

Aurora: O clima é muito bom no condomínio

Foto

s: C

alão

Jor

ge

12

Por Sônia Salgueiro

Vida de sÍndico

Page 13: Revista Secovi Condomínios 216

fonte luminosa, dos salões de festas e

de jogos, da cozinha dos funcionários.

Também fiz um jardim tropical. Agora

estamos acabando as obras na parte

elétrica.

Isso quer dizer que os síndicos

anteriores não fizeram nada?

Não é isso. Moramos em um prédio

que tem mais de 30 anos de idade.

Conforme o tempo vai passando, é

natural que ele vá necessitando de

reparos.

Os síndicos anteriores também execu-

tavam obras na medida do possível. O

que fiz foi acelerar um pouco o ritmo

dessas obras, visto que tenho mais

tempo disponível que eles, pois não

trabalho fora.

“O síndico deve ter paciência, paciência e

paciência e estar sempre atualizado, para saber

o que fazer quando deparar com algum

problema."

Quais os reflexos das melhorias

que empreendeu?

O condomínio ficou mais vistoso,

bem-conservado e se valorizou.

Qual o maior be-

nefício de ser sín-

dica?

É ver a satisfação

dos condôminos

com as reformas,

pelo fato de suas

propriedades te-

rem se valorizado.

O pessoal daqui

é maravilhoso. O clima é muito bom.

Quais seus próximos passos?

Vamos colocar um gerador no con-

domínio. Até já estamos arrecadando

o dinheiro. Não enfrentamos gran-

des problemas de falta de energia,

mas temos muitos idosos morando

no Málaga & Maiorca, um deles

inclusive depen-

dente de balão

de oxigênio.

Que recomenda-

ção daria para al-

guém que pensa

em ser síndico?

Que tenha pa-

ciência, paciência

e paciência e que esteja sempre

atualizado, para saber o que fa-

zer quando deparar com algum

problema.

13

Page 14: Revista Secovi Condomínios 216

Repaginados, sofisticados e

cheios de charme, os salões

de festas definit ivamente

conquistaram espaço de honra nos

condomínios. Aos poucos, as cadei-

ras e mesas de plástico vão cedendo

lugar a móveis modernos e arroja-

dos, combinando cores, acessórios

decorativos e materiais fashion. Isso

sem citar a mais nova tendência: o

espaço gourmet.

Especial istas acreditam que

essa mudança pode ser creditada

a fatores como o aumento do cus-

to do metro quadrado e as leis de

ocupação do solo, responsáveis

pela redução nas metragens dos

apartamentos. “Com a necessidade

de suprir a demanda por espaços

privativos maiores, novos projetos

começaram a contemplar salões de

reuniões, jantares e festas de uso co-

mum. Até a questão da segurança faz

aumentar a procura por apartamen-

tos que oferecem esse tipo de área

no condomínio”, analisa a arquiteta

Christiane de Angelo, da Angelo e

Zechetti Arquitetos Associados.

Para acompanhar a tendência,

arquitetos procuram trabalhar com

ambientes flexíveis, que atendam

bem todos os tipos de reuniões

sociais – festas infantis, adultas, co-

quetéis e jantares. Os edifícios mais

novos já destinam áreas distintas

para comportar diversos tipos de

evento no condomínio. Por não pos-

suírem na sua planta original locais

de reunião e eventos de uso comum,

muitos prédios antigos recorreram a

espaços sem uso do condomínio.

“Neste caso, o ideal é buscar

um local amplo com flexibilidade e

praticidade, para que os ambientes

possam ser adaptados para todas

as ocasiões. A decoração deve ser a

mais neutra possível, sem muita inter-

ferência de estilos, algo atemporal e

contemporâneo”, orienta a arquiteta

e decoradora Andreia Parreira.

Um bom artifício na hora da de-

coração é a aplicação de divisórias

móveis que permitam uso múltiplo

de um mesmo espaço, se possível

Foto

: Cal

ão J

orge

Muito além do básico

Por não se limitarem mais à dupla geladeira-microondas, às mesas e cadeiras de plástico, os novos salões de festas impressionam moradores e visitantes

14

seu esPaçoPor Andressa Ferrer

Page 15: Revista Secovi Condomínios 216

viabilizando áreas interna e externa. “Essa

estratégica é bastante funcional para as

crianças na faixa de 10 anos que, muitas

vezes, exigem a locação de brinquedos e

equipamentos infantis”, esclarece Anna

Rezende, professora e coordenadora do

curso tecnólogo em Design de Interiores

da Universidade Anhembi Morumbi.

Ela enfatiza que, em ambientes in-

ternos, o grande segredo da decoração

atualmente é o lighting design, isto é, a

ambientação com base de luz. Segundo

Anna, esse recurso proporciona requinte,

conforto e bem-estar. Outra dica é tratar

o espaço gourmet como uma grande sala

de estar. “Nada de tijolo aparente na chur-

rasqueira. É possível disfarçar o material

com revestimento. Também não se deve

isolar o cozinheiro. Sugiro o uso de uma

mesa comunitária integrada à bancada,

Dicas para reformar o salão de festas

Monte uma comissão de moradores para

apurar qual o interesse e as pretensões

de todos que vão usufruir do novo

espaço.

Defina quanto será utilizado na obra.

Converse com um arquiteto para se

certificar de que o projeto é viável.

“Muitas vezes os condôminos têm uma

ideia de ocupação que pode tornar o

espaço subutilizado ou desagradável

para o uso comum. É o caso de salões

muito repartidos, com mobiliários fixos

e pouca infraestrutura para eventos”,

explica Christiane de Angelo, da Angelo

e Zechetti Arquitetos Associados.

Monte uma comissão de moradores para

explica Christiane de Angelo, da Angelo

15

Page 16: Revista Secovi Condomínios 216

onde o anfitrião assume a função

de ator principal, podendo socializar

com todos os participantes da festa

durante o preparo da comida.”

Independência

O salão de festas não deve in-

terferir na vida dos condôminos. O

ideal é que ele tenha uma entrada

independente, distante dos eleva-

dores e dos apartamentos. Se isso

não for possível, é recomendável

investir em isolamento acústico para

não criar desconforto e problemas

futuros de ruído.

Além da área social, onde ocor-

rem as festas, é importante preocu-

par-se com a área de apoio, onde

ficará o pessoal envolvido com a

realização do evento. Para tanto, é

fundamental ter uma cozinha bem

montada, vestiários exclusivos para

funcionários, área de descarga

dos equipamentos que farão parte

do evento e toda uma logística de

montagem e desmontagem que não

interfira na rotina do condomínio.

Foto

: Cal

ão J

orge

Espaço gourmet: em alta nos condomínios

• Monte um método próprio e funcional para a reserva antecipada do

espaço. • Faça uma lista do patrimônio da área e exija que o morador que for utilizar

o salão faça um checklist com o síndico, antes e depois do evento.

• Após o checklist, peça que o condômino assine um termo de responsabilidade para uso do ambiente. Alguns condomínios exigem um

cheque-caução para cobrir eventuais prejuízos.• Inclua uma taxa para limpeza e gastos com eletricidade.• Crie um regulamento interno para definir a questão de barulho.• Sugira que o organizador da festa deixe uma relação com o nome dos

convidados na portaria. • Em vez de comprar utensílios de cozinha, a alternativa é deixar que cada

morador alugue-os quando precisar. Essa medida evita gastos de compra

e reposição. Além disso, cada um tem uma demanda exclusiva por quantidade de pratos, copos e talheres.• Dependendo do tamanho do condomínio, o ideal é que a administração

do salão de festas seja dividida entre síndico, zelador e gerente administrativo para áreas de lazer.

Depois de pronto e decorado, começam as solicitações para uso do salão de festas. É fundamental definir procedimentos administrativos para evitar maiores dores de cabeça. Ramiro Alves de Moura, diretor de condomínios da Robotton, dá algumas dicas bastante úteis para síndicos e condôminos.

Organização do espaço

16

seu esPaçoPor Andressa Ferrer

Page 17: Revista Secovi Condomínios 216

Dicas e indicadores que facilitam aadministração do seu condomínio

per

total geral pessoal / encargo tarifas manut. de equipamentos conservação e limpeza Diversos

icoN

Var. %

icoN

Var. %

icoN

Var. %

icoN

Var. %

icoN

Var. %

icoN

Var. %

Mês Ano 12 meses Mês Ano 12

meses Mês Ano 12 meses Mês Ano 12

meses Mês Ano 12 meses Mês Ano 12

meses

mar/10 179,950 0,21 0,47 4,24 181,397 0,00 0,26 5,85 174,024 0,00 0,00 3,90 189,822 0,94 1,45 0,64 175,126 0,97 1,37 0,24 164,655 0,94 1,45 0,64

abr/10 180,247 0,17 0,64 4,45 181,397 0,00 0,26 5,85 174,024 0,00 0,00 3,90 191,284 0,77 2,23 1,56 176,188 0,61 1,98 0,89 165,923 0,77 2,23 1,56

mai/10 180,698 0,25 0,89 4,85 181,397 0,00 0,26 5,85 173,959 -0,04 -0,04 4,58 193,560 1,19 3,44 2,84 177,859 0,95 2,95 1,79 167,898 1,19 3,44 2,84

jun/10 181,038 0,19 1,08 5,21 181,397 0,00 0,26 5,85 173,959 0,00 -0,04 5,31 195,205 0,85 4,32 3,82 179,150 0,73 3,70 2,65 169,325 0,85 4,32 3,82

jul/10 181,184 0,08 1,16 4,95 181,397 0,00 0,26 5,85 174,397 0,25 0,21 3,20 195,498 0,15 4,48 4,43 179,387 0,13 3,83 3,19 169,579 0,15 4,48 4,43

ago/10 181,502 0,18 1,34 5,23 181,397 0,00 0,26 5,85 174,397 0,00 0,21 3,20 197,004 0,77 5,28 5,61 180,696 0,73 4,59 4,45 170,885 0,77 5,28 5,61

set/10 182,921 0,78 2,13 5,36 181,397 0,00 0,26 5,85 179,297 2,81 3,03 3,03 199,269 1,15 6,50 6,38 182,331 0,90 5,54 5,26 172,850 1,15 6,50 6,38

out/10 192,001 4,96 7,20 7,16 196,322 8,23 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 201,282 1,01 7,57 7,40 183,880 0,85 6,44 6,23 174,595 1,01 7,57 7,40

nov/10 192,596 0,31 7,53 7,47 196,322 0,00 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 204,200 1,45 9,13 8,85 186,029 1,17 7,68 7,39 177,127 1,45 9,13 8,85

dez/10 192,882 0,15 7,69 7,69 196,322 0,00 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 205,609 0,69 9,88 9,88 187,034 0,54 8,26 8,26 178,349 0,69 9,88 9,88

jan/11 193,615 0,38 0,38 8,09 197,008 0,35 0,35 8,61 179,297 0,00 0,00 3,03 207,234 0,79 0,79 11,50 188,309 0,68 0,68 9,49 179,758 0,79 0,79 11,50

fev/11 194,405 0,41 0,79 8,26 197,623 0,31 0,66 8,94 179,297 0,00 0,00 3,03 209,306 1,00 1,80 11,30 190,024 0,91 1,60 9,55 181,556 1,00 1,80 11,30

mar/11 194,683 0,14 0,93 8,19 197,623 0,00 0,66 8,94 179,297 0,00 0,00 3,03 210,604 0,62 2,43 10,95 191,242 0,64 2,25 9,20 182,681 0,62 2,43 10,95

Icon Secovi-SP – Índice de Custos CondominiaisMÊS: Março/2011 Índice Base Dez/01 = 100,000

IndicadorVariação - em%

Mês Ano 12 meses

IGP-DI 0,61 2,57 11,09

IGP-M 0,62 2,43 10,95

IPC 0,35 2,10 6,06

INPC 0,66 2,16 6,31

IPCA 0,79 2,44 6,30

INCC-DI 0,43 1,13 7,10

Pisos Salariais:Verificar a Convenção Coletiva de Trabalho da cidade do condomínio no site www.secovi.com.br

ACÚMulO DE CARGO: 20% ADICIONAl NOTuRNO: 20%

HORAS EXTRAS: Cidade de São Paulo e demais municípios: 50%

CESTA BáSICA: Verificar Convenção Coletiva de Trabalho da cidade do condomínio no site www.secovi.com.br

FGTS – MAIO/2011 (Data de recolhimento até 7/6/11) = 8% sobre o total da remuneração paga ao empregado

PIS – MAIO/2011 (Data de recolhimento até 24/6/11) = 1% sobre o total da folha de pagamento

INSS – MAIO/2011 (Data de recolhimento até 20/6/11)

*TABElA DE SAláRIO DE CONTRIBuIçãO (R$) – a partir de 1º/1/2011:Até 1.106,90 = 8,00 %De 1.106,91 a 1.844,83 = 9,00 %De 1.844,84 a 3.689,66 = 11,00 %Acima de 3.689,66 = R$ 405,86

*SAláRIO-FAMÍlIA – a partir de 1º/1/2011Remuneração mensal até R$ 573,58 = R$ 29,41Remuneração mensal acima de R$ 573,58 até R$ 862,11 = R$ 20,73

* Tabela de salário de contribuição previdenciária e cotas de salário-família vigentes a partir de 1º/1/2011 – Portaria Interministerial MPS/MF nº 568/2010, publicada no DOU de 3/1/2011.

FOLHA DE PAGAMENTO ÍNDICESDE PREÇO(Março/2011)

Fontes: FGV, IBGE e Fipe/USP

Elaboração: Departamento de

Economia e Estatística do Secovi-SP

17

dia a dia

Page 18: Revista Secovi Condomínios 216

Muitos síndicos desconhecem

que o Seguro de Responsa-

bilidade Civil do Condomínio

tem possibilidade de ser estendido

ao síndico, evitando muita dor de

cabeça. Por causa de suas inúmeras

atribuições legais, o síndico pode ser

responsabilizado por danos a terceiros,

isto é, condôminos que abrem proces-

sos em decorrência de algum acidente

ou irregularidade diretamente oca-

sionada pelo síndico. Nessas horas,

o seguro de Responsabilidade Civil

do Síndico entra em cena para cobrir

eventuais indenizações.

Segundo William Alzani, diretor de

Mercado Imobiliário da Vila Velha Se-

guros, o Seguro de Responsabilidade

Civil com cobertura adicional para

síndicos tem 100% de adesão desde

sua criação, nos anos 90. “Existe

a facilidade de contratar. O seguro

do condomínio é obrigatório, e o do

síndico, um adicional. É uma garan-

tia a mais, pois essa função envolve

muitas responsabilidades.”

João Paulo Rossi Paschoal, asses-

sor jurídico do Secovi-SP (Sindicato da

Habitação), explica que as condições

do seguro obrigatório (seguradora

escolhida, duração do contrato, preço,

etc.) precisam ser avalizadas pelos

condôminos, reunidos em assembleia.

Isso está previsto no artigo 1.346 do

Código Civil. “Além do obrigatório, o

condomínio pode, se quiser, contratar

outros tipos de seguros, como a co-

bertura de responsabilidade civil por

danos havidos nas áreas comuns, res-

ponsabilidade civil do síndico, roubo,

quebra de vidros, vendaval, furacão,

queda de granizo. Tudo depende da

aprovação dos condôminos”, escla-

rece o advogado.

Processo criminal

É importante que o síndico, ciente

de suas obrigações, cumpra todas

as atribuições de alguém com sua

função, como cuidar para que sejam

asseguradas a preservação, seguran-

ça e manutenção de áreas comuns

(elevadores, corredores, piscinas,

etc.), manter em dia a prestação de

contas, cobrança aos condôminos

inadimplentes, responsabilidade e

autorização para realização de obras

e cuidado na contratação de empre-

sas terceirizadas. No cumprimento

dessas funções, às vezes um ou

mais condôminos ficam insatisfeitos

e decidem responsabilizar civilmente

o síndico. Em geral, a indenização é

coberta pelo seguro.

Existem, no entanto, casos em

que o síndico é responsabilizado

criminalmente e, dependendo da

situação, isso pode não ser coberto

pelos seguros. As exclusões mais

comuns são os crimes contra a honra,

injúria e difamação (danos morais),

apropriação indevida de recursos e

apropriação indébita previdenciária

(dos direitos reservados aos funcio-

nários do condomínio). Nessas condi-

ções, o seguro certamente não cobrirá

despesas com empresas advocatícias,

nem indenizações aos condôminos

ou funcionários prejudicados, e o síndi-

co precisará responder criminalmente.

Blindagem necessáriaSaiba por que é importante contratar um seguro de responsabilidade civil do síndico

Alzani: "É uma garantia a mais, pois a função de síndico envolve muitas responsabilidades"

necessária

de suas obrigações, cumpra todas

as atribuições de alguém com sua

função, como cuidar para que sejam

18

moeda foRtePor Paula Ignacio

Page 19: Revista Secovi Condomínios 216

“As garantias e exclusões variam muito

pouco de seguradora para segura-

dora, mas vale a pena consultar as

condições da apólice. Ela geralmente

cobre os danos materiais ou corpo-

rais causados a terceiros, incluindo

condôminos, erros e omissões prati-

cados pelo síndico no exercício restrito

de suas funções”, afirma Alzani.

Cláudio Saba, diretor de Riscos

Especiais da Marítima Seguros, diz

que esse tipo de seguro é barato e ga-

rante uma proteção muito abrangente,

incluindo qualquer dano material ou

corporal causado a terceiros de forma

involuntária. “O seguro deve ser contra-

tado com limites elevados, pois é difícil

prever a quem ou a que o segurado

pode causar danos. Pela legislação

em vigor, o síndico pode responder

com seu patrimônio pessoal, caso haja

perdas ou danos aos bens comuns

do condomínio, se não houver seguro

para indenizar as perdas”, afirma.

19

Page 20: Revista Secovi Condomínios 216

Shows, palestras, atividades de

lazer, sorteio de brindes, entre

outras atrações, estão na pro-

gramação da segunda edição do Dia

da Ação Social dos Condomínios, no

próximo dia 5/6, domingo, das 10 às

17 horas, no Sesc Pinheiros, região

oeste da capital paulista, resultado da

parceria do Secovi-SP (Sindicato da

Habitação) e Sesc (Serviço Social do

Comércio).

Idealizado pelo Projeto Ampliar,

área de responsabilidade social do

Sindicato, o evento oferecerá gratui-

tamente uma programação voltada

ao lazer, promoção da saúde, cida-

dania e qualidade de vida a zela-

dores, porteiros e faxineiros, vigias,

recepcionistas, mensageiros, entre

outros funcionários de condomínios e

administradoras de São Paulo – tudo

extensivo a seus familiares.

Haverá quermesse com barracas

de comidas e bebidas típicas, quadri-

lha, jogos e brincadeiras, entre outras

atividades que caracterizam os festejos

juninos. Também serão oferecidas

intervenções artísticas, atividades

esportivas e recreativas, além de pales-

tras voltadas à saúde, meio ambiente,

segurança e qualidade de vida.

“Estamos muito satisfeitos com

essa parceria. Ano passado, o evento

no Sesc Itaquera foi um sucesso e, este

ano, será melhor ainda”, afirma Hubert

Gebara, vice-presidente de Administra-

ção Imobiliária e Condomínios do Sin-

dicato, destacando a importância dos

funcionários para a boa administração

do condomínio. “Nossa tranquilidade

depende de zeladores, porteiros e

faxineiros competentes e dedicados.”

Para facilitar o acesso ao local,

haverá transporte gratuito do metrô

Clínicas até o Sesc Pinheiros. Quem é

do Interior pode procurar a unidade do

Secovi-SP mais próxima da sua região

e aderir às caravanas que estão sendo

formadas para levar os participantes ao

local. Informações e inscrições anteci-

padas podem ser feitas pelos telefones

(11) 5591-1304 a 1308 ou pelo site

www.secovi.com.br/acaosocial.

Lazer e diversão o ano todo

Um dos maiores públicos do

Secovi-SP, os funcionários de con-

domínios somam mais de 300 mil

trabalhadores diretos, que atuam em

cerca de 60 mil condomínios em todo

o Estado de São Paulo. Todos esses

profissionais – e seus dependentes –

podem se associar gratuitamente ao

Sesc SP e usufruir toda a infraestrutura,

programações e serviços oferecidos

em todo o Brasil.

No Estado de São Paulo, existem

várias unidades e, para se associar, o

funcionário do condomínio ou admi-

nistradora deve apresentar no Sesc

mais próximo de sua residência a

carteira profissional, além do seu

documento de identidade e dos de-

pendentes. A carteirinha fica pronta na

hora. Para mais informações, acesse

o site www.sescsp.org.br.

Funcionários de condomínios ou administradoras e seus familiares poderão aproveitar um dia inteiro de atividades especialmente preparadas pelo Secovi-SP e Sesc SP

Domingo de festança

No ano passado, muitas atividades culturais aconteceram no Sesc Itaquera

festançafestançafestançaServiço

Quando: Domingo, 5/6Onde: Sesc Pinheiros (Rua Paes Leme, 195 – Capital) Horário: 10 às 17 horasInformações: (11) 5591-1304 a 1308 ou no site www.secovi.com.br/acaosocial

20

Qualificação socialPor Rosana Pinto

Page 21: Revista Secovi Condomínios 216
Page 22: Revista Secovi Condomínios 216

Portais, e-mails, jornais eletrô-

nicos... O uso de ferramentas

online em condomínios e lo-

teamentos não para de crescer. Dois

fatores, basicamente, explicam esse

aumento. Um deles: a expansão do

mercado imobiliário. “Antigamente

era fácil prestar um bom serviço por-

que existiam poucos prédios. Com o

boom imobiliário, as administradoras

precisaram encontrar meios de manter

a qualidade, mas sem elevar custos,

e passaram a recorrer com mais

frequência à internet”, analisa Emma-

Navegar é preciso

nuel Dornelas, supervisor de Marketing

da Group Software, empresa especiali-

zada no desenvolvimento de sistemas

para administração de condomínios.

A mudança do perfil do morador

também foi fundamental para a proli-

feração da internet nos condomínios.

“Hoje as pessoas preferem solicitar

qualquer coisa pela internet a se lo-

comover, e isso vale também para a

segunda via de um boleto”, explica

Dornelas. Esse novo comportamento

só foi possível devido ao advento do

computador pessoal, segundo Iraê

Sica de Azevedo, diretor da Campo

Belo Administradora de Condomínios,

de São Paulo. “Hoje muita gente tem

um micro em casa. Isso facilita as

consultas, afinal ninguém quer ler ata

de assembleia de condomínio no tra-

balho”, comenta.

Boa parte dos clientes da Campo

Belo usa e-mail para se comunicar com

a administradora. O diretor estima que

metade dos contatos de síndicos e

condôminos ocorre por esse meio. Ele

reconhece, inclusive, que a ferramenta

acelerou o crescimento de sua empre-

sa. “Não fosse a internet, dificilmente

daríamos conta de atender uma cartei-

ra de 32 prédios e 2.200 condôminos.”

Azevedo considera que, apesar

dos progressos, há muito a evoluir,

visto que a maioria dos acessos

ainda é para obter a segunda via do

boleto. “Vejo a internet ainda engati-

nhando tanto no que diz respeito ao

relacionamento do morador com a

administradora como em relação aos

condôminos entre si.”

Na Campo Belo, a regra é, a cada

ligação, orientar os moradores sobre

as consultas e serviços que podem

ser efetuados na web, para que eles se

acostumem a procurar o que precisam

na internet. A estratégia já começa a

surtir efeito. “A migração é visível. Nota-

mos que as ligações estão diminuindo

e os acessos ao site aumentando”,

esclarece o diretor da administradora.

Uso restrito

“Ainda é relativamente pequena

a utilização dos meios digitais nos

condomínios”, afirma Juraci Baena

Garcia, diretor da Vice-presidência de

Administração Imobiliária e Condomí-

nios do Secovi-SP. Ele relata que várias

administradoras paulistas disponibili-

zam serviços na internet para síndico

e condôminos, mas confirma que, no

geral, o uso se restringe à emissão

de segunda via do boleto. O e-mail

De olho na agilidade e objetividade proporcionadas, cada vez mais condomínios recorrem à internet para se comunicar com os condôminos e suas administradoras

é preciso

nuel Dornelas, supervisor de Marketing

da Group Software, empresa especiali-

zada no desenvolvimento de sistemas

para administração de condomínios.

A mudança do perfil do morador

também foi fundamental para a proli-

feração da internet nos condomínios.

visto que a maioria dos acessos

ainda é para obter a segunda via do

boleto. “Vejo a internet ainda engati-

nhando tanto no que diz respeito ao

De olho na agilidade e objetividade proporcionadas, cada vez mais condomínios recorrem à internet para se comunicar com os condôminos e suas administradoras

visto que a maioria dos acessos

ainda é para obter a segunda via do

PRINCIPAIS

VANTAGENS

DA WEB

- Agilidade

- Objetividade

- Transparência

- Menos conflitos

22

Por Sônia Salgueiro

caPa

Page 23: Revista Secovi Condomínios 216

receber informação relevante na hora

que precisa.”

Os especialistas acreditam que, no

futuro, a web se tornará realidade em

todos os condomínios e administrado-

ras. “Será o fim do papel. Prestação de

contas, convocação de assembleia,

boleto, autorização de entrada e

saída... Em dez anos tudo será digi-

tal e feito pela internet”, aposta Carlos

Cêra, diretor de Desenvolvimento de

Produtos da Superlógica, empresa

que oferece soluções em tecnologia

para a administração de condomínios.

Sediada em Campinas (SP), a

também é bem requisitado quando

há um problema pontual. “Na hora de

fazer uma reclamação ao síndico ou à

administradora, o morador recorre à

mensagem eletrônica.”

Marcelo Amorim, sócio-diretor da

Viva Condomínios – empresa que

desenvolve e implementa projetos

de comunicação e programas socio-

ambientais que integram a vida em

comunidade –, observa uma demanda

forte para que os sites sejam mais uti-

lizados. “Há condomínios que têm um

ótimo site, porém muito pouco usado”,

afirma, acrescentando que não basta

dispor de um portal ou endereço de

e-mail. “É preciso uma estratégia inte-

grada”, defende. “Esse público quer

Baena Garcia: “Na hora de fazer uma reclamação ao síndico ou à administradora, o morador recorre à mensagem eletrônica”

companhia possui um software que

permite, entre outras coisas, que o

condômino acesse o relatório de pres-

tação de contas. “Esse tipo de serviço

era pouco utilizado, mas hoje em dia

receber informação relevante na hora também é bem requisitado quando

23

Page 24: Revista Secovi Condomínios 216

seu uso é maciço. Tenho clientes que

não aceitam mais tirar a segunda via

de um boleto pela administradora; só

pela internet”, conta Cêra. Ele diz que

há um motivo extra para o condômino

emitir a segunda via: quando o boleto

está vencido, só pode ser pago no

banco emissor. Já a emissão online

inclui a multa do boleto, permitindo

sua quitação em qualquer instituição

financeira.

Assembleias mais curtas

Iraê Azevedo esclarece que ge-

ralmente os sites dos condomínios

disponibilizam dados mais básicos,

como informações financeiras (balan-

cete, extrato, etc.), atas, convenções

e regulamentos. “Nós oferecemos fó-

runs de discussão, mas por enquanto

nenhum dos nossos clientes utiliza.”

Isso, na interpretação do diretor,

ocorre porque quem mora em condo-

mínios acha que é o corpo diretivo que

tem de se preocupar com o empreen-

dimento, não ele. Com o rápido avan-

ço das redes sociais, porém, Azevedo

antevê os condôminos usando mais

os meios digitais, incluindo os fóruns

de discussão.

briga e muita confusão com o anfi-

trião do evento. “Por e-mail ele deixa

registrada a sua insatisfação, para o

síndico ou para todos os moradores,

mas de modo mais ponderado, uma

vez que todo mundo costuma pensar

duas vezes antes de escrever, algo que

nem sempre acontece quando se fala.”

Para Giovana, o e-mail também

é sinônimo de comodidade. “Em vez

de ligar à meia-noite para a casa do

síndico, o morador envia um e-mail,

que será lido provavelmente no dia

seguinte. Isso é melhor do que sair à

porta ou conversar pelo interfone no

meio da noite”, ilustra.

A intenção de aderir às ferra-

mentas digitais surgiu em março de

2010, logo que Giovana se tornou

subsíndica – seis meses depois, após

Quem embarcou na onda da tec-

nologia digital garante que a prática

trouxe mais agilidade e transparência

e melhorou as relações condôminos-

-síndico-administradora. “A internet co-

labora para um melhor relacionamento

entre os condôminos e evita dores

de cabeça”, opina Giovana Baradelli,

síndica do Residencial dos Pinheiros,

condomínio com 27 sobrados situado

em São Bernardo do Campo, na Gran-

de São Paulo. Num empreendimento

que não possui site ou sistema de

envio de mensagem para os morado-

res, um condômino incomodado com

o barulho de uma festa pode gerar

Dornelas: “Hoje as pessoas preferem solicitar qualquer coisa pela internet a se locomover”

Foto

: Div

ulga

ção

Foto

: Div

ulga

ção

24

Por Sônia Salgueiro

caPa

Page 25: Revista Secovi Condomínios 216

1 hora e meia.”

Democratizando a informação

“Há dois anos, quando assumimos

a associação, sentimos a necessidade

de nos comunicar”, diz Fabíola Martho,

presidente da Associação Bosque dos

Jatobás, loteamento de 371 lotes loca-

lizado em Jundiaí. Com esse intuito,

a diretoria lançou um jornal interno

com notícias da associação, que era

disseminado, no início, via fotocópias

tiradas pelo zelador.

“Chegamos, entretanto, à con-

clusão de que as informações não

poderiam ficar restritas ao loteamento,

porque temos muitos investidores.

Surgiu, então, a ideia do site (www.

bosquedosjatobas.com.br), que entrou

no ar no primeiro semestre de 2010”,

conta. Lá há informações sobre o

loteamento, assembleias, eventos

(incluindo palestras promovidas pelo

Secovi-SP em Jundiaí e na Capital),

fotos de festas, programação das

obras, andamento das melhorias, etc.

Também há uma área denominada Fale

com o presidente, por meio da qual

o proprietário pode enviar sugestões,

críticas ou reportar problemas.

As informações gerais e fotos

do Bosque dos Jatobás podem ser

acessados por qualquer visitante. Já

para ter acesso aos demais assuntos,

a renúncia do antigo síndico, ela virou

síndica. “Vi que todos os moradores

tinham e-mail e achei que o contato

por mensagem eletrônica simplificaria

a vida de todo mundo, porque 80%

dos moradores trabalham em São

Paulo e só chegam ao condomínio

após as 19 horas.” Ela também abriu

um e-mail (sindico_RP@...) para o

condomínio. “Optei por um endere-

ço genérico, em vez de usar o meu

nome, para que os próximos síndicos

possam usá-lo.”

A síndica passou ainda a fazer

fóruns informais por e-mail, reco-

lhendo a opinião dos condôminos

sobre vários assuntos, incluindo obras.

“Agora vamos para a assembleia com

o assunto previamente discutido”,

conta, explicando que os orçamentos,

que só eram conhecidos na reunião,

ficam disponíveis na web. “Com isso

as reuniões encurtaram. Já tivemos

assembleias de 4 horas para discutir

dois temas. Agora, elas duram 1 hora,

Fabíola: “O site facilitou muito a comunicação no empreendimento”

Foto

: Div

ulga

ção

1 hora e meia.”

a renúncia do antigo síndico, ela virou

síndica. “Vi que todos os moradores

e achei que o contato

por mensagem eletrônica simplificaria

a vida de todo mundo, porque 80%

dos moradores trabalham em São

Paulo e só chegam ao condomínio

após as 19 horas.” Ela também abriu

(sindico_RP@...) para o

condomínio. “Optei por um endere-

ço genérico, em vez de usar o meu

do Bosque dos Jatobás podem ser

acessados por qualquer visitante. Já

para ter acesso aos demais assuntos,

25

Page 26: Revista Secovi Condomínios 216

é preciso login e senha.

O site, segundo Fabíola, possui o

mérito de permitir que os proprietários

saibam o que está ocorrendo. “Tudo

acontece muito rápido e não há tempo

de escrever, xerocar e distribuir para

todos os interessados, especialmente

para os que não estão aqui. Por isso o

site facilitou muito a comunicação no

empreendimento”, esclarece. O con-

domínio também possui um e-mail, que

recebe mensagens de proprietários e

fornecedores, entre outros. “São cerca

de 50 mensagens por dia”, contabiliza

Fabíola.

Treinamento online

A internet é vital para a BRC Gestão

de Propriedades e Serviços, braço da

Cyrela Brasil Realty responsável pelas

marcas Facilities e Classic Home

nos empreendimentos residenciais,

comerciais e resorts do grupo. “Con-

seguimos ter um preço competitivo

graças à internet”, ressalta a diretora

Vânia Reis. “Administramos condo-

mínios que nem hotéis conseguem

competir”, comenta, informando que

um empreendimento localizado no Rio

de Janeiro soma 72 itens de lazer. Ela

informa que, via internet, os moradores

pedem de tudo – desde a reserva de

um espaço até o serviço de buffet ou

a decoração do salão de festas. Além

do básico do condomínio, como é o

caso da limpeza, os moradores têm

um serviço pay per use.

“Até a formação dos nossos funcio-

nários acontece via internet, utilizando

o Skype, pois damos treinamento

simultâneo ao pessoal de quatro ou

cinco empreendimentos”, relata Vâ-

nia. Os pagamentos a prestadores de

serviço dentro de Facilities também

são feitos via computador. A auditoria

de patrimônio (número de lâmpadas

trocadas, quanto se comprou de ma-

terial de limpeza, etc.) também está

disponível online.

A executiva conta que, apesar de

tudo poder ser feito pela internet, as

solicitações também são realizadas

por outros meios. “Há pessoas de

mais idade que não estão plugadas”,

esclarece. Existe um computador 24

horas na recepção e esses moradores

só precisam colocar sua senha no

equipamento e passar as outras instru-

ções para o concierge, que completa

o processo. “A internet, bem utilizada,

é fundamental para o bem da coleti-

vidade”, conclui a diretora da BRC.

Vânia: “Até a formação dos nossos funcionários acontece via internet”

Azevedo: “As ligações estão diminuindo e os acessos ao site aumentando”

Foto

: Div

ulga

ção

Foto

: Cal

ão J

orge

Preste atenção na escolha da ferramenta que vai utilizar e lembre-se que toda informação tem de estar

disponível em um único canal.

O conteúdo tem de ser relevante e a linguagem clara, sob medida para o público a que se destina.

Cuide para que algumas informações só circulem entre os interessados. Para tanto, proteja os dados com

senha, seja em um blog, site ou outra ferramenta virtual.

CONSElHOS ÚTEIS NA WEB

Fonte: Group Software

26

Por Sônia Salgueiro

caPa

Page 27: Revista Secovi Condomínios 216

Quando se fala em desperdício de água,

o foco é sempre no consumidor final. A

ênfase fica na falta de conscientização

desse usuário que desperdiça água no chuveiro,

na pia, nos jardins e na calçada. Essa ênfase está

correta. O beneficiário do sistema – que paga

por ele – realmente joga fora o que deveria ser

preservado como um bem finito num mundo cujo

futuro desconhecemos.

Mas as empresas estatais que lidam com a

água também dão mau exemplo. Estima-se que

o Brasil desperdice até 60% da sua água doce.

O elenco da perda inclui falhas nas redes de

captação e distribuição, rachaduras na tubulação

e defeitos nas válvulas e bombas. Há também

um cenário de desperdício a céu aberto com os

vazamentos visíveis que demoram muito a ser

reparados. Em muitos casos o reparo é feito em

decorrência da pressão do consumidor e esse

consumidor final que reclama é uma raridade.

Seja como for, não estamos enxergando a

economia em longo prazo. O próximo Dia Mundial

da Água, em 22 de março de 2012, terá que ser

celebrado de forma mais objetiva. Vamos ter que

dar um fim à propaganda romântica. Deveríamos

agregar à data itens concretos de economia.

Deveríamos falar do hidrômetro de medição de

água individualizada e também da valorização

do imóvel que conta com esse equipamento.

É um valor de mercado, não apenas um valor

social. Não podemos culpar sempre a falta de

conscientização das pessoas. A culpa é também

corporativa. Ela pertence a quem recebe e a quem

propaga opinião. As peças de propaganda pre-

cisam ser vigiadas por quem as encomenda. O

foco tem de ser nos verdadeiros pontos de venda.

Sustentabilidade é uma palavra que se incor-

pora definitivamente à nossa cultura. A economia

de água está vinculada a itens como energia solar,

coleta seletiva de óleo de cozinha, etc. A constru-

ção de imóveis tem um custo ambiental que precisa

ser definido desde a prancheta. Custo ambiental

é um item sobre o qual sabemos pouquíssimo.

Perdendo apenas para Estados Unidos, Emi-

rados Árabes, China e Canadá, o Brasil estaria

no quinto lugar do ranking de construções sus-

tentáveis, segundo o site www.gbcbrasil.org.br.

Alguns critérios de medição da sustentabilidade

envolvem uma economia de água que pode che-

gar a 50%. A economia de energia elétrica pode

chegar a 30%. Para a emissão de CO2, 35%. A

economia da geração de resíduos tem peso de

até 90%. Esses números dão ideia do tamanho do

desperdício oculto. De quem é a culpa?

Hubert Gebara é vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP

(Sindicato da Habitação)

De quem é a culpa?

27

Por Hubert Gebara

oPinião

Page 28: Revista Secovi Condomínios 216

Saiba como escolher e manter os pisos das áreas comuns do condomínio bem conservados e que precauções tomar na hora de trocá-los

Pisos tinindo de novos

Pisos de áreas comuns exigem

mais cuidados e atenção do

que normalmente recebem.

Por isso é importante ficar atento a

algumas dicas dadas por engenheiros

e especialistas sobre utilização correta,

manutenção e troca dos revestimentos.

A utilização de determinados tipos

de pisos depende do que é esperado

em termos de beleza, manutenção,

segurança, conforto e, principalmente,

do local onde será colocado. Mármo-

re, granito, cimentados, cerâmica,

madeira ou granilite são materiais

bastante utilizados em áreas comuns

de condomínios. Em áreas externas,

por exemplo, têm boa aceitação os

revestimentos de pedras.

De acordo com o engenheiro

Ricardo Gonçalves, integrante da

Vice-presidência de Administra-

ção Imobiliária e Condomínios do

Secovi-SP (Sindicato da Habitação)

segurança e conforto são premissas”,

opina o engenheiro.

Limpeza e manutenção

A manutenção correta dos pisos

começa com a limpeza. À primeira

vista, lavadoras de pressão a jato

mostram-se muito eficientes. Só que

é preciso cuidado com a maneira e

frequência com que são utilizadas.

“Lavadoras de pressão a jato podem

atacar o rejuntamento e criar infiltra-

ções ou, mais raramente, danificar a

impermeabilização. O que normalmen-

te acontece é a associação dessas

lavadoras e o emprego de ácido muriá-

tico para limpar as pedras. Com a força

da água, o ácido acaba penetrando

na camada de impermeabilização,

danificando-a irremediavelmente.

Pode também provocar percolação

da água através do concreto e dani-

ficar a armadura das lajes”, justifica

Ricardo Bunemer, diretor de Qualidade

e Tecnologia do Secovi-SP.

Eduardo Antunes, da JC Serviços,

sugere que se evite a utilização de

produtos abrasivos. “Também é impor-

tante verificar a condição dos rejuntes

e a existência de peças trincadas, que

podem acarretar infiltrações e a poste-

rior necessidade de uma manutenção

mais extensa”, acrescenta.

Uma publicação que pode ser

muito útil para os síndicos é o Ma-

com experiência na área de inspeção

predial, os revestimentos precisam

reunir características específicas para

cada tipo de uso. “Numa área comum

de tráfego intenso e exposto às intem-

péries, não devem ser utilizados pisos

que escorregam, para evitar acidentes.

No caso de uma rampa para garagem,

são empregados pisos que propiciam

atrito com os pneus dos veículos, vi-

sando impedir o deslizamento.”

Quando o assunto é revestimento

de piscinas, a preocupação com a

segurança dos usuários é maior em

relação às bordas e ao entorno. Em

ambos geralmente são colocados

pedras naturais ou decks em madeira,

materiais que possuem conforto táctil.

“Porém, como a incidência de água é

inevitável, todo cuidado é pouco contra

os escorregões”, ressalta Gonçalves.

Nos novos empreendimentos, o

uso de pisos emborrachados está

cada vez mais em voga nas áreas

externas destinadas a playgrounds.

Mas, embora seja apropriado para

amortecimento de pequenos tombos,

ele se torna perigoso quando molhado.

“O aconselhamento técnico de pro-

fissional qualificado é imprescindível

na indicação do revestimento mais

apropriado. Nas áreas comuns, que

pertencem a todos os condôminos,

Bunemer: “É preciso atenção para não danificar as lajes.”

ção Imobiliária e Condomínios do

Secovi-SP (Sindicato da Habitação)

Nos novos empreendimentos, o

uso de pisos emborrachados está

cada vez mais em voga nas áreas

externas destinadas a

Mas, embora seja apropriado para

amortecimento de pequenos tombos,

ele se torna perigoso quando molhado.

“O aconselhamento técnico de pro-

fissional qualificado é imprescindível

na indicação do revestimento mais

apropriado. Nas áreas comuns, que

pertencem a todos os condôminos,

Bunemer: “É preciso atenção para não danificar as lajes.”

Foto

: Cal

ão J

orge

28

manutençãoPor Paula Ignacio

Page 29: Revista Secovi Condomínios 216

nual de Áreas Comuns, criado pelo

Secovi-SP e SindusCon-SP. Ele traz

recomendações sobre limpeza e

conservação dos pisos dessas áreas.

O ideal, porém, é que cada con-

domínio tenha o seu próprio ma-

nual, elaborado por engenheiros e

arquitetos, que analisarão o local

e o material empregado, a fim de

indicar os cuidados.

De acordo com o engenheiro

Gabriel Rodrigues, sócio da Katec

Engenharia, são poucos os con-

domínios que dispõem de manual

personalizado, embora seja possível

contratar empresas de engenharia

para realizarem o serviço. Na concep-

ção do empresário, com o manual é

difícil cometer erros por desconhecer

os cuidados que devem ser dispensa-

dos a certos materiais. “Infelizmente,

erro que acontece com frequência, Fique atento às maneiras como são realizadas a limpeza e conservação dos pisos em áreas comuns

Foto

: JC

Edu

ardo

29

Page 30: Revista Secovi Condomínios 216

ocasionando a necessidade de subs-

tituição e reformas”, complementa.

Existem maneiras simples e eficien-

tes de conservar os pisos. Por exem-

plo: como areia e terra são abrasivos,

um capacho na entrada das áreas in-

ternas ajuda na conservação. Ricardo

Bunemer alerta para a economia que

pode ser feita e dá algumas sugestões:

“Granito, mármore, granilite e mosaico

romano têm de ser polidos, ficando

com a aparência de novos. Pisos de

madeira devem ser lixados e depois

protegidos com produtos específicos,

enquanto os carpetes podem ser

lavados. Entretanto, no caso de esta-

rem bem danificados, não há solução

mágica; precisarão ser trocados”.

A hora da troca

Bunemer explica que, antes de

substituir o piso, é recomendável

uma avaliação da situação e do local

e atentar para alguns detalhes. “No

caso da área externa, a remoção não

pode estragar a impermeabilização. É

necessário atenção para não danificar

as lajes. Para áreas internas, como hall

de serviço e escadarias, devemos ter

todo o cuidado para que as obras não

danifiquem a estrutura e os condutos

elétricos, telefônicos, CATV, circuitos

de segurança, de automação ou mes-

mo hidráulicos.”

Rodrigues, da Katec, diz ser impor-

tante pensar na impermeabilização das

garagens, uma vez que o piso precisa

suportar o atrito e o peso dos auto-

móveis. “Nas garagens normalmente

são aplicadas várias camadas de di-

ferentes tipos de revestimentos, como

cimentados, cilindrados e juntas de

dilatação cerradas. São as camadas

de sacrifício”, diz.

Ele aconselha atenção na hora de

contratar uma empresa para execu-

ção da troca dos pisos. Companhias

sérias, segundo o empresário, ofe-

recem garantias legais de qualidade

do serviço e, ao realizarem as trocas,

cuidam da parte de impermeabili-

zação. “É importante para o síndico

exigir esse tipo de garantia, uma vez

que o trabalho pode colocar em risco

Gonçalves: “Nas áreas comuns, segurança e conforto são premissas”

a segurança dos condôminos.”

As substituições de piso têm de

ser bem planejadas. Ao escolher o

material, além do fator estético, é

aconselhável considerar os aspectos

de manutenção e segurança. “Hoje,

felizmente, existem pisos muito bonitos

que oferecem mais segurança. É o

caso do porcelanato que já vem com

antiderrapante. O mercado de pisos

tem oferecido material de qualidade”,

explica Rodrigues. Ele lembra que

cada material traz especificações de

conservação, que, se forem seguidas,

aumentarão a durabilidade do piso.

É fundamental dar treinamento

adequado aos funcionários respon-

sáveis pela limpeza e conservação

das áreas comuns, para que, inclu-

sive, consumam menos água. Há

também a possibilidade de utilização

de produtos de limpeza biodegradá-

veis, hoje fáceis de encontrar e que

não prejudicam o meio ambiente e a

resistência dos pisos.

As substituições de pisos devem ser bem planejadas

Foto

: JC

Edu

ardo

Foto

: Cal

ão J

orge

30

manutençãoPor Paula Ignacio

Page 31: Revista Secovi Condomínios 216
Page 32: Revista Secovi Condomínios 216

Em prol do planetaO Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em 5 de junho. Apesar de todos os progressos, os condomínios e a sociedade ainda têm muito o que avançar

Em 5 de junho próximo, o México

sediará as comemorações do

Dia Mundial do Meio Ambiente,

com o tema Seu Planeta Precisa de

Você: Unidos Contra as Mudanças

Climáticas. Segundo os organizadores

do evento, a proposta é refletir o enga-

jamento dos países da América Latina

e Caribe na luta contra as mudanças

climáticas e na transição para uma

sociedade de baixo carbono.

Muito se fala que o Brasil tem uma

posição de liderança em termos de po-

lítica nacional de mudanças climáticas,

de posturas e atitudes em relação ao

uso dos recursos e da forma de lidar

com as questões ambientais.

O especialista da FGV ainda faz

referência a uma recente pesquisa

realizada pelos institutos Akatu e

Ethos, que mostra alguns resultados

positivos, como a manutenção do per-

centual de consumidores conscientes

em 5%. Considerando-se o aumento

populacional, isso significa um cresci-

mento de cerca de 500 mil consumi-

dores brasileiros aderindo a valores e

comportamentos mais sustentáveis.

pois agora se estrutura para cumprir

suas metas de redução das emissões

de gases do efeito estufa até 2020.

“Caminhamos bastante, mas o muito

ainda é pouco. É preciso conscientiza-

ção em larga escala”, analisa Alexan-

dre Prado, coordenador de Projeto do

Programa Desenvolvimento Local do

Centro de Estudos em Sustentabilida-

de da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Segundo ele, as pessoas precisam

se reconhecer como agentes ativos do

desenvolvimento sustentável, para aju-

darem na promoção de uma mudança

32

Por Marcos Fernando Queiroz

sustentaBilidade

Page 33: Revista Secovi Condomínios 216

“Precisamos voltar os olhos para

a energia que vem de cima”, ilustra,

fazendo referência à exploração in-

discriminada do solo e dos recursos

hidrominerais promovida pelo homem.

Segundo o coordenador da FGV,

por abrigar núcleos humanos, o condo-

mínio apresenta diferenciais positivos

nessa empreitada. “Um grupo com

um bom planejamento surte mais

efeito. A economia de água e energia

nos edifícios é um bom exemplo a ser

praticado”, ilustra.

Conscientização expandida

“O Secovi-SP sempre esteve na

luta pela adoção de medidas sustentá-

veis”, diz Geraldo Bernardes, diretor de

Sustentabilidade da Vice-presidência

de Administração Imobiliária e Con-

domínios do Sindicato. “Queremos

conduzir os condomínios para essa

renovação”, completa.

A mudança de postura pode come-

çar por atitudes simples, segundo Ber-

nardes. “Basicamente, são ações que

envolvem economia de água e energia,

reciclagem de lixo e a criação de áreas

permeáveis nos edifícios. Em linhas

gerais, elas valorizam o condomínio.”

Para o dirigente, as administrado-

ras também precisam esforçar-se para

oferecer ao condomínio aquilo que elas

próprias elegeram para si como estra-

tégia de sobrevivência. “Se for uma

empresa que pensa no meio ambiente,

essa preocupação deve se traduzir em

propostas concretas para os condomí-

nios de sua carteira”, afirma. Prado: “A economia de água e energia nos edifícios é um bom exemplo a ser praticado”

SUSTENTABILIDADE NOS CONDOMÍNIOS

Com algumas mudanças, é possível alcançar resultados sustentá-

veis importantes nos condomínios. Abaixo algumas ações que podem

ser aplicadas:

A instalação de medição individualizada de consumo de água re-

presenta até 35% de economia na conta de água. O síndico deve verificar

se o seu prédio permite tais instalações. O mesmo vale para o GLP (Gás

Liquefeito de Petróleo).

O condomínio pode fazer parceria com alguma empresa ou organiza-

ção que recicle o óleo de fritura usado de origem doméstica. Essa iniciativa

diminui o risco de entupimento dos canos e a contaminação da água.

O condomínio poderá promover coleta seletiva de lixo reciclável, acio-

nando cooperativas ou prefeituras para recolher esse material. Quando da

manutenção, pode também lançar mão do uso de tintas ecológicas, com

cores claras. Isso favorece uma menor contaminação química e, simulta-

neamente, um melhor uso da luminosidade.

Os moradores ou funcionários do condomínio poderão juntar o mate-

rial orgânico do lixo para compostagem, usando-o nos jardins e hortas do

prédio ou até mesmo vendendo-o.

O condomínio pode instalar um sistema de captação de água de chuva

para a lavagem de áreas comuns, carros, calçadas ou mesmo para regar

jardins. Também pode promover a troca ou instalação de equipamentos

hidráulicos (regulador de vazão, arejadores, controladores de vazão, vasos

sanitários, etc.), o que resulta em economia de água e energia.

A instalação de luzes com sensores de presença, principalmente em

áreas de baixa movimentação, como escadas, é uma atitude sustentável.

Outra alternativa menos comum, porém viável, é a instalação de sistema

para captação de energia eólica no condomínio.

Caso conte com mais de um elevador, o condomínio pode promover

um rodízio no uso do equipamento. É possível instalar programas sofistica-

dos que controlam de forma inteligente a logística dos elevadores.

Comprar alimentos orgânicos ainda sai caro. Mas os condôminos

podem formar um clube de compras, negociando melhores preços direta-

mente com as empresas fabricantes.

Fonte: Diretoria de Sustentabilidade da Vice-presidência de Administração Imobiliária e

Condomínios do Secovi-SP

33

Page 34: Revista Secovi Condomínios 216

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Devido ao grande número de consultas e solicitações que rece-bemos, o SECIESP estará oferecen-do mais este importante serviço: a consultoria em elevadores.

Muitos síndicos e administra-dores têm dúvidas sobre o que está sendo proposto para os seus elevadores. Têm dificuldade para interpretar tecnicamente os diferen-tes orçamentos que são propostos e avaliar as empresas que os oferecem. Saber o que realmente é imprescindível em termos de se-gurança e aspectos legais.

Para estas e outras questões o aconselhamento profissional feito por pessoal capacitado e indepen-dente, além da segurança, é um investimento que resulta em eco-nomia para o condomínio ao estar aplicando corretamente os recursos disponíveis.

Os principais serviços são: 1) Laudo Técnico: através de

visita ao edifício e vistoria nos elevadores é feita uma análise completa, identificando os pontos críticos. Orientando o condomínio em relação aos itens que devem ser substituídos ajustados ou refeitos e quais as partes onde não são necessários serviços. È emitido um laudo técnico embasado inclusive por imagens fotográficas.

2) Equalização de propostas:

elaboração de um comparativo entre as propostas de serviços exis-tentes ou de um memorial descritivo dos itens a serem considerados nas propostas. Análise das empresas proponentes ou sugestão de em-presas participantes.

O resultado é apresentado através de uma planilha de equali-zação técnica das propostas com orientações e considerações finais para a tomada de decisão pelo condomínio.

3) Acompanhamento das insta-lações: Muitas vezes é difícil para os leigos acompanharem se os ser-viços contratados foram realmente realizados conforme contratados. Neste caso é realizada a conferên-cia e certificação dos equipamentos e uma avaliação final das instala-ções, aprovação, testes e liberação final para uso.

A consultoria do Seciesp é reali-zada por engenheiros com mais de 15 anos de experiência no ramo de elevadores e profundo conhecimen-to técnico e prático.

Importante: IMPARCIALIDADE: Os serviços oferecidos pelo SE-CIESP são realizados por profis-sionais capacitados que não têm vínculo com nenhuma empresa fabricante ou de manutenção.

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DÚVIDAS COM SEU ELEVADOR??

Page 35: Revista Secovi Condomínios 216
Page 36: Revista Secovi Condomínios 216

Áreatrabalhistarita de cassia guimarães bracaleoab/Sp 236.180

Um componente do corpo diretivo pode ser, simultaneamente, advogado do condomínio?

Concedida a folga semanal, após quantas horas o empregado poderá retornar ao trabalho? Estas e

outras questões são respondidas pelo Departamento Jurídico do Secovi-SP

2

3Qual intervalo deverá ser observado na realização de exames

periódicos dos trabalhadores em condomínios?

Regra geral, o exame periódico, que compõe o PCMSO (Programa

de Controle Médico de Saúde Ocupacional), previsto na NR MTE nº 7,

deverá ser realizado nos seguintes intervalos mínimos: anualmente, para

trabalhadores menores de 18 anos e maiores de 45 anos de idade; a

cada dois anos para trabalhadores entre 18 e 45 anos de idade.

Deve-se ressaltar, no entanto, que outras circunstâncias, como a

exposição dos trabalhadores a riscos ou situações de trabalho que

impliquem o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacio-

nal ou quando portadores de doenças crônicas, poderão determinar,

a critério do médico do trabalho, a realização do exame em intervalos

menores (item 7.4.3.2, NR-7).

Concedida a folga semanal, após quantas horas o empregado

poderá retornar ao trabalho?

A Constituição Federal assegura a todos os empregados descan-

so semanal remunerado (folga), que deverá corresponder a 24 horas

consecutivas (art. 67, CLT). Além disso, deve-se observar que o artigo

66 da CLT determina que entre o término de uma jornada de trabalho

e início de outra deve haver um intervalo de, no mínimo, 11 horas con-

secutivas de descanso, que não deve ser deduzido nem compensado

do período de folga.

Dessa forma, por ocasião da concessão do repouso semanal re-

munerado (folga), o início de nova jornada de trabalho deverá ocorrer

após, no mínimo, 35 horas consecutivas de descanso (soma das 24

horas da folga + 11 horas de intervalo entre jornadas).

1Em caso de dispensa, sem justa causa,

de empregado que tenha se aposentado

no curso do contrato de trabalho e saca-

do o FGTS, qual será a base de cálculo

da multa rescisória: todos os depósitos

fundiários efetuados na vigência do

contrato ou somente aqueles realizados

após a aposentadoria?

Predomina atualmente o entendimento

que a multa rescisória devida em razão da

dispensa imotivada do empregado apo-

sentado deverá ser calculada sobre todos

os depósitos efetuados na conta vinculada

do FGTS durante a vigência do contrato

de trabalho, atualizados monetariamente

e acrescidos dos respectivos juros, sem

dedução dos saques ocorridos por ocasião

da aposentadoria.

Nesse sentido dispõe a Orientação

Jurisprudencial SDI-1 nº 361 do Tribunal

Superior do Trabalho:

361. Aposentadoria Espontânea. Unici-

dade do Contrato de Trabalho. Multa de 40%

do FGTS sobre todo o período

A aposentadoria espontânea não é cau-

sa de extinção do contrato de trabalho se o

empregado permanece prestando serviços

ao empregador após a jubilação. Assim, por

ocasião da sua dispensa imotivada, o em-

pregado tem direito à multa de 40% do FGTS

sobre a totalidade dos depósitos efetuados

no curso do pacto laboral.

36

tiRa-dÚVidas

Page 37: Revista Secovi Condomínios 216

1Diz o artigo 322 do Código Civil que, “quando o pagamento for em quotas

periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a

presunção de estarem solvidas as anteriores”. Tal lógica se aplica às

cotas condominiais?

Não. Entende-se que as cotas condominiais são autônomas, bem como

fundamentais para a sobrevivência do condomínio e manutenção dos serviços

e benefícios comuns. O julgado seguinte ilustra o que foi dito:

Cota. Condomínio. Presunção. Quitação.

“A jurisprudência das Turmas que compõem a Segunda Seção deste Superior

Tribunal pacificou-se no sentido de que as cotas condominiais são imprescindí-

veis à manutenção do condomínio, que sobrevive da contribuição de todos em

benefício da propriedade comum de que usufruem. Elas representam os gastos

efetuados mês a mês, de sorte que gozam de autonomia umas das outras, não

prevalecendo a presunção contida no art. 322 do CC/2002 (correspondente ao

art. 943 do CC/1916), de que a mais antiga parcela estaria paga se as subse-

quentes o estivessem. Diante disso, a Seção deu provimento aos embargos.

Precedente citado: REsp 852.417-SP, DJ 18/12/2006.

(STJ - Embargos de divergência em recurso especial 712.106-DF, Rel. Min.

João Otávio de Noronha, julgado em 9/12/2009).

2Há contradição entre disposição da Convenção que limita a quantidade

de reeleições do síndico e o texto do artigo 1.347 do Código Civil?

Não. A lei em vigor sobre o tema (artigos 1.331 a 1.358 do Código Civil) não

estabelece qualquer limitação quanto à reeleição do síndico no condomínio

edilício ou mesmo dos demais cargos diretivos (subsíndico e conselheiros).

Pelo contrário, o mandato, ainda que limitado a dois anos no máximo, poderá

se renovar por infinitas e sucessivas reeleições, salvo se o contrário dispuser

expressamente a Convenção do Condomínio, como um aprofundamento da

generalidade presente no artigo 1.347 do Código Civil:

Art. 1.347. A assembleia escolherá um síndico, que poderá não ser con-

dômino, para administrar o condomínio, por prazo não superior a dois anos, o

qual poderá renovar-se.

3um componente do corpo diretivo

(síndico, subsíndico ou conselheiro)

pode ser, simultaneamente, advogado

do condomínio?

Não. A ocorrência deve ser evitada,

pois configura desvio ético e discipli-

nar, bem como ofensa à Lei Federal nº

8.906/94 (Estatuto da Advocacia):

Advogado e ocupante de cargo na ad-

ministração de condomínio - Cumulação

- Captação de causas e clientes - Conflito

de interesses - Funções inconciliáveis

e incompatíveis. Incabível a cumulação

do cargo de Subsíndico ou membro do

Conselho Consultivo com a função de

Advogado do Condomínio. Flagrante

inculcação e captação de clientes, o que

atenta contra a dignidade da profissão.

Configura conflito de interesses o exer-

cício, pelo Advogado, de cargo na admi-

nistração do Condomínio que lhe confere

poderes para a apreciação, aprovação e

fiscalização de seu próprio contrato de

honorários (Tribunal de Ética e Disciplina

da OAB-SP - Processo nº E-3.844/2009 -

v.u., parecer e ementa do Rel. Dr. José

Antonio Salvador Martho – Ementário da

528ª Sessão realizada em 10/12/2009).

Área cívelJoão paulo rossi

paschoaloab 153.841

Este espaço é um canal permanente para que síndicos e administradoras esclareçam questões relacionadas ao dia a dia da gestão condominial. Envie suas dúvidas para

o e-mail [email protected]

37

tiRa-dÚVidas

Page 38: Revista Secovi Condomínios 216

Conhecimento como forma de defender a

atuação do setor imobiliário. Esta é a fórmula

do sucesso. Com base nessa premissa, o

Secovi-SP desenvolve pesquisas e cursos para as

várias áreas da indústria da construção civil e imobi-

liária, e para a infinidade de profissionais que atuam

nessa área, do loteador ao zelador e administrador

de condomínios.

O Sindicato também foi a primeira entidade pa-

tronal a desenvolver uma universidade corporativa,

em maio de 2001. Prestes a completar dez anos

de atuação, a Universidade Secovi forma somente

no segmento de condomínios 500 alunos por ano

e iniciou em abril o MBA em Financiamento e Ne-

gócios Imobiliários, uma iniciativa conjunta com

a Abecip (Associação Brasileira das Entidades

de Crédito Imobiliário e Poupança) e UBS (União

Business School).

Assim como os empresários sentem falta de tra-

balhadores capacitados para os canteiros de obras,

as instituições financeiras percebem a escassez de

profissionais que entendam de crédito imobiliário.

A explicação para esse fenômeno é o longo

período de estagnação pelo qual passou o setor imo-

biliário nacional, iniciado nos anos 80 com o fim do

BNH (Banco Nacional de Habitação), época de falta

de crédito, de curtos períodos de financiamento (de

quatro a oito anos) e altos índices de inflação.

A partir de 1994, com o fortalecimento da moeda e

o controle da inflação, teve início a retomada no País

da instituição do crédito imobiliário. No final de 1999,

os esqueletos do FCVS (Fundo de Compensação das

Variações Salariais), gerados pelo Proer – medida

governamental de auxílio aos bancos nacionais –, co-

meçaram a retornar ao mercado. Eram R$ 30 bilhões

que voltariam em 100 meses, a conta-gotas. Hoje,

esse montante representa 1/3 do que foi destinado

pelos agentes financeiros em 2010.

O economista Sérgio Darcy, que no final do go-

verno FHC era diretor de Normas do Banco Central,

foi um dos grandes responsáveis por essa guinada

no crédito, junto ao então presidente do BC, Armínio

Fraga. Para a volta do crédito, houve efetiva partici-

pação de empresários e bancos, ação que permitiu

crescimento exponencial do setor.

Agora, o desafio de encontrar novas formas de

recursos para o financiamento à produção e aquisição

de imóveis, em virtude de uma possível escassez de

fundos da poupança e do FGTS (Fundo de Garantia

do Tempo de Serviço) daqui a dois anos, depende de

mais profissionais preparados e conhecedores das

peculiaridades desse segmento econômico.

Por essa razão, investiremos cada vez mais

em educação.

João Crestana é presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e da Comissão Nacional da Indústria

Imobiliária da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)

Conhecimento é a base do sucesso

38

Por João Crestana

caRta do PResidente

Page 39: Revista Secovi Condomínios 216

ACESSóRIOSABC Metal ...................................................... pág. 40Advento Comercial ......................................... pág. 41Confiança ....................................................... pág. 41Jetpump ......................................................... pág. 40Travema .......................................................... pág. 40Uruflex ............................................................ pág. 40

ADMINISTRAçãO DE ESTACIONAMENTOSDoral Park Estacionamentos .......................... pág. 41

ADMINISTRADORAADCIP ............................................................. pág. 40Camargo ........................................................ pág. 43Damasco ........................................................ pág. 42Della Torre Condomínios ................................ pág. 41Directa ............................................................ pág. 42F Moraes ........................................................ pág. 41GK .................................................................. pág. 41Grupo Maxx .................................................... pág. 42Nuñez Aldin Condomínios ............................. pág. 42Prisma Administração .................................... pág. 42Sigecon .......................................................... pág. 43Verti ................................................................. pág. 42Winn Administração ....................................... pág. 42

AuDITORIAConaudi .......................................................... pág. 43

BRIGADA DE INCêNDIOProtexfire ........................................................ pág. 42Red Fire .......................................................... pág. 43Tecnofire ......................................................... pág. 43

CONSTRuçãO3D Contruções ............................................... pág. 60

CONSulTORIA DE ElEVADORESDr. Elevador .................................................... pág. 43

CONTROlE DE PRAGASDesintec ......................................................... pág. 44

DESENTuPIDORADesentupidora Jupiter .................................... pág. 44Real ................................................................ pág. 44

ElÉTRICAExclusiva Engenharia ..................................... pág. 44Hengeserv ...................................................... pág. 45

ElEVADORESAlternativa ....................................................... pág. 45Asselev ........................................................... pág. 46Basic Elevadores............................................ pág. 34CBE ................................................................ pág. 46Convert ........................................................... pág. 34CSM................................................................ pág. 45Delev .............................................................. pág. 47Ewic ................................................................ pág. 47Grambell ......................................................... pág. 34

Infolev ............................................................. pág. 35Korman ........................................................... pág. 45MDE ................................................................ pág. 47Mega .............................................................. pág. 45Mitson ............................................................. pág. 46Monciel ........................................................... pág. 46New Servs ...................................................... pág. 46Novart ............................................................. pág. 44Paulista ........................................................... pág. 47Primac ............................................................ pág. 34RC................................................................... pág. 47Santista .......................................................... pág. 48Seciesp ........................................................... pág. 34SPL ................................................................. pág. 48Tecnew............................................................ pág. 47Universal ......................................................... pág. 48Zapplift ........................................................... pág. 34

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FITNESSMundo Fit ....................................................... pág. 21

GERADORESGen Control .................................................... pág. 48

IMPERMEABIlIzAçãOAmadeu .......................................................... pág. 49Landotek ........................................................ pág. 48Lwart ............................................................... pág. 48Polican ............................................................ pág. 49Primer ............................................................. pág. 49Vedacit (Otto) ................................................. pág. 59

INDIVIDuAlIzAçãOAJ Martani ...................................................... pág. 11Sappel do Brasil ............................................. pág. 02

MóVEISMilenio Móveis................................................ pág. 13Silton Flex ....................................................... pág. 49Tidelli In & Out ........................................ pág. 04 e 05

MóVEIS PARA áREA DE lAzERSolare ............................................................. pág. 49

PINTuRAA Freitas ......................................................... pág. 50Agilimp ........................................................... pág. 50Arco Íris .......................................................... pág. 50Arthcores ........................................................ pág. 50Colorcryl ......................................................... pág. 51Flaiban ............................................................ pág. 51Galli Serviços .................................................. pág. 52PGM Pinturas ................................................. pág. 51Pinturas Habitar .............................................. pág. 52Pinturas Triunfo ............................................... pág. 50

Repinte ........................................................... pág. 53Restaurar Engenharia .................................... pág. 53Spectro ........................................................... pág. 53TAJ Engenharia .............................................. pág. 53ZS Pinturas ..................................................... pág. 51

PISOSMister Polish ................................................... pág. 29

PORTA CONTRA FOGOVital Corp ........................................................ pág. 54

RADIOCOMuNICAçãODharmacom ................................................... pág. 54

REFORMAS EM GERAlFachadex ........................................................ pág. 54Souza Costa ................................................... pág. 54

SEGuRANçABombardi ........................................................ pág. 55Eletroseg ........................................................ pág. 54

TAPETESNovo Espaço .................................................. pág. 54

TERCEIRIzAçãOGrupo Alpha ................................................... pág. 57Grupo Fort ...................................................... pág. 55Horus Monitoramento .................................... pág. 58JVS Serviços................................................... pág. 56Maxxima ......................................................... pág. 56Natzar ............................................................. pág. 56R.E. Service .................................................... pág. 58Replace .......................................................... pág. 55SS Planejamento ............................................ pág. 55Treze Brasil ..................................................... pág. 57Valmac ............................................................ pág. 58

TREINAMENTOGabor RH ....................................................... pág. 03Suat ................................................................ pág. 58

VálVulA REDuTORA DE PRESSãOV.R.P Premium ................................................ pág. 31

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Acessórios - AdministrAdorAs

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acessóRios - tRaVema administRadoRa - adciP

Acessórios - AdministrAção de estAcionAmentos - AdministrAdorAs

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acessóRios - confiança

acessóRios - adVento

adm de estacionamentos - doRal PaRk

Acessórios - AdministrAção de estAcionAmentos - AdministrAdorAs

administRadoRa - dellatoRRe

administRadoRa - f. moRaes

administRadoRa - Gk

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administR. - damasco imóVeis administRadoRa - diRecta

administRadoRa - PRisma administRadoRa - VeRti

AdministrAdorAs - BrigAgA de incêndio

administRadoRa - GRuPo maxx

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administRadoRa - camaRGo

AdministrAdorA - AuditoriA - BrigAdA de incêndio - consultoriA em elevAdores

auditoRia - conaldi

BRiGada de incêndio - Red fiRe

BRiGada de incêndio - tecno fiRe

consultoRia em eleVadoRes - dR. eleVadoR

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elevAdores

eleVadoRes - Rc

eleVadoRes - tecneW

eleVadoRes - mde

eleVadoRes - eWic eleVadoRes - deleV

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filtRos - filtRolaR

GeRadoRes - Gen contRol imPeRmeaB. / HidRaul. - landotek

impermeABilizAção - móveis

imPeRmeaBilização - lWaRteleVadoRes - uniVeRsal

eleVadoRes - sPl

eleVadoRes - santista

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imPeRmeaBilização - amadeu

impermeABilizAção - móveis

imPeRmeaBilização - Polican

imPeRmeaBilização - PRimeR

móVeis - silton flex móVeis - solaRe desiGn

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pinturA

PintuRa - tRiunfo

PintuRa - aGilimP

pinturA

PintuRa - aRco-ÍRis

PintuRas - a fReitas

PintuRa - aRtHcoRes

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pinturA

PintuRa - coloRcRyl

PintuRa - flaiBan

PintuRa - PGm PintuRas

PintuRa - zs PintuRas

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pinturA

PintuRa - HaBitaR

PintuRa - Galli seRViços ltda

pinturA

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pinturA

PintuRa - RePinte

pinturA

PintuRa - RestauRaR enGenHaRia

PintuRa - sPectRo PintuRasPintuRa - taJ enGenHaRia

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portA contrA Fogo - rAdiocomunicAção - reFormAs - segurAnçA - tApetes

PoRta contRa foGo - Vital coRP

RefoRmas - souza costa

Radiocomunicação - dHaRmacom

RefoRmas - facHadex seGuRança - eletRoseG

taPetes - noVo esPaço taPetes

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portA contrA Fogo - rAdiocomunicAção - reFormAs - segurAnçA - tApetes

seGuRança - BomBaRdi

segurAnçA - terceirizAção

teRceiRização - ss PoRtaRia

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