revista secovi condomínios 216

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Salão de festas sofisticado Pisos bem-cuidados Internet a serviço do condomínio

Author: secovi-sp

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Revista Secovi Condomínios 216

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  • Salo de festas sofisticado

    Pisos bem-cuidados

    Internet a servio do condomnio

    A REVISTA PARA SNDICOS, CONDMINOS E ADMINISTRADORAS

    ANO 19 No 216 Maio/2011 R$ 8,90

  • Impulsionados principalmente pela mudana de comportamento do consumidor,

    que hoje prefere acessar a internet a gastar tempo e dinheiro se locomovendo

    pela cidade, os portais, e-mails e jornais eletrnicos entraram na ordem do dia

    de condomnios e administradoras paulistas.

    As vantagens so flagrantes. O uso de ferramentas online agiliza a co-

    municao, alm de tornar o relacionamento sndico-condminos e condo-

    mnio-administradora mais objetivo e transparente. Um ganho adicional que,

    com a internet, possvel reduzir os conflitos, to comuns nesse meio.

    Por enquanto, informam as administradoras de condomnios, boa parte dos

    moradores usa a internet para solicitar a segunda via do boleto. Mas aos poucos

    os moradores se acostumam a utilizar os meios digitais para outros fins. Em uma

    administradora de So Paulo, por exemplo, metade dos contatos de sndicos e

    condminos ocorre pela internet, mostra a matria de Capa desta edio.

    Em outra reportagem de destaque, damos dicas ao sndico sobre como con-

    servar, recuperar e o que observar na hora de trocar os pisos das reas comuns

    do condomnio. Trazemos ainda uma matria sobre o Dia da Ao Social dos

    Condomnios, evento gratuito, cheio de atividades de lazer, que o Secovi-SP e o

    Sesc SP realizam na Capital no domingo, dia 5 de junho, no Sesc Pinheiros.

    Boa leitura!Snia Salgueiro

    28ManutenoSaiba como conservar erecuperar os pisos da reascomuns do condomnio

    22CapaSites e e-mails melhoram a relao do condomnio e da administradora com os condminos

    08101214171820

    22272832363839

    bom saber

    Espao do leitor

    Vida de Sndico

    Seu espao

    Dia a dia

    Moeda forte

    Qualificao social

    Capa

    Opinio

    Manuteno

    Sustentabilidade

    Tira-dvidas

    Carta do presidente

    Guia de produtos e servios

    Recado da editoRa

    ndiceMaio/2011

    SECOVI NO INTERIORBauru (14) 3227-2616

    Campinas (19) 3252-8505Grande ABC (11) 4121-5335

    Jundia e regio (11) 4523-0833Santos (13) 3321-3823

    So Jos do Rio Preto (17) 3235-1138Sorocaba (15) 3211-0730

    Vale do Paraba (12) 3942-9975

    CONTATOS SECOVI-SPPABX (11) 5591-1300

    Disque Sndico (11) 5591-1234Eventos (11) 5591-1279

    PQE (11) 5591-1198 / 1250Universidade Secovi

    (11) 5591-1221 / 1172 / 1284Cmara de Mediao

    (11) 5591-1214

    R. Dr. Bacelar, 1.043 CEP 04026-002 So Paulo/SPTel. (11) 5591-1300 Fax (11) 5591-1301

    E-mail: [email protected]: www.secovi.com.br

    DiretoriaPresidente: Joo Crestana

    Vice-presidentes: Baslio Jafet, Caio Portugal, Carlos Alberto C. Camargo, Carlos Borges, Ciro Scopel, Cludio Bernardes,

    Elbio Fernndez Mera, Ely Wertheim, Flavio Amary, Flavio Prando, Hubert Gebara, Ricardo Yazbek

    Conselho editorial: Hubert Gebara, Sergio Mauad, Paulo Andr Jorge Germanos, Ricardo Yazbek e Sergio Ferrador

    proDuo eDitorialAssessoria de Comunicao do Secovi-SP

    reportagem e reDao Redao: [email protected]

    Editora responsvel: Snia Salgueiro (MTb 15.414)

    Reportagem e redao: Andressa Ferrer, Marcos Fernando Queiroz,

    Rosana Pinto e Nanci Moraes

    Fotos: Jos Carlos T. Jorge

    Capa: Wagner Ferreira

    Assistente de redao: Queli Peixoto

    Colaboradores: Luana Garcia, Mrcio Padula, e Paula Ignacio (Fontpress Comunicao)

    Apoio: Catarina Anderos, Maria do Carmo Gregrio, Mariana Dahrug, Shirley Valentin e Silvia Carneiro (Comunicao),

    Carlos Alexandre Cabral, Joo Paulo Rossi Paschoal, Karina Zuanazi Negreli, Maraneide Alves Brock, Marta Cristina

    Pessoa, Rita de Cssia Guimares Bracale (Jurdico), Roberto Akazawa, Edson Kitamura e Fabricio Pereira (Economia)

    proDuo e publicao

    Fontpress Comunicao: E-mail: [email protected] Tel. (11) 5044-2557

    Arte e editorao eletrnica: Wagner Ferreira

    Para anunciar: (11) 5044-2557 / 5041-4715

    ou [email protected]

    Tiragem: 30.000 exemplares

    Impresso: IBEP Grfica

    Os artigos assinados so de exclusiva responsabilidade de seus autores. Reproduo de matrias somente aps expressa autorizao da Redao. Os anncios publicitrios so de inteira responsabilidade

    dos anunciantes.

  • Programe-seO Secovi-SP (Sindicato da Habitao) realiza em junho diversos cursos e eventos voltados a profissionais de administradoras de condomnios, sndicos e zeladores. Um deles o de Manuteno Predial para Edifcios Residenciais. Abaixo seguem algumas informaes bsicas sobre esse curso. A pro-

    gramao completa do ms est disponvel no site www.universidadesecovi.com.br.

    Manuteno Predial para Edifcios Residenciais De 13 a 28/6 Destinado a

    zeladores, supervisores, encarregados de limpeza e demais interessados, o curso

    apresenta a estrutura de uma edificao, como fundaes, acabamento e instala-

    es, sistemas eltricos e eletrnicos, hidrulicos e sanitrios. Tem o objetivo de

    capacitar os participantes a solucionar problemas e emergncias, como falta de

    gua e de luz. As aulas sero das 18h30 s 21h30, na sede da Universidade Secovi

    (Av. Brigadeiro Lus Antonio, 2.344 10 andar). Inscries: (11) 5591-1304 a 1307

    ou e-mail [email protected]

    No ano passado, presena macia

    Prepare-se para o Enacon 2011A note em sua agenda: a edio 2011 do Encontro das Admi- nistradoras de Condomnios (Enacon) acontece nos dias 11 e 12

    de agosto, na sede do Secovi-SP (Rua

    Dr. Bacelar, 1.043 Vila Clementino -

    Capital). Temas da mxima importncia

    para as empresas especializadas em

    administrao de condomnios, como

    a autorregulamentao do setor, esta-

    ro em pauta.

    No ano passado, a iniciativa reuniu

    quase 200 pessoas, entre empresrios

    e profissionais das administradoras. A

    expectativa da vice-presidncia de Ad-

    ministrao Imobiliria e Condomnios

    do Secovi-SP, que promove o evento,

    de que mais profissionais participem

    neste ano. Esse o evento mais im-

    portante para as administradoras de

    So Paulo. Uma oportunidade mpar

    para os profissionais se reciclarem e

    trocarem as mais variadas experincias

    sobre o setor de condomnios, afirma

    Hubert Gebara, vice-presidente do

    Secovi-SP.

    Informaes detalhadas sobre o

    Enacon 2011 podem ser obtidas no

    portal Secovi (www.secovi.com.br).

    8

    Bom saBeR

  • Os casos de dengue comearam a se multiplicar pelo Pas. No Estado de So Paulo, h alta incidncia da doena em vrias cidades do Interior, como So Jos do Rio Preto, e do Litoral. Os condomnios e loteamentos tm papel fundamental no combate ao mosquito transmissor

    da doena, o Aedes Aegypti.

    Como ele se propaga quando h gua parada, a melhor maneira de

    prevenir a doena manter tampados e bem limpos objetos que acumulam

    gua. Por isso, observe alguns cuidados bsicos no seu condomnio:

    Tampe caixas d'gua, filtros, tambores, piscinas, etc. Substitua a gua dos vasos de plantas por terra ou areia. Acondicione o lixo de casa em sacos plsticos fechados ou lixeiras

    com tampa.

    Ao regar bromlias, use gua tratada com gua sanitria a 2,5% (40 gotas por litro de gua), ritual que deve ser repetido duas vezes por

    semana.

    A t 31 de dezembro, todos os condomnios precisaro ter a certificao digital no padro ICP-Brasil. Isso acontece porque o

    acesso ao canal Conectividade Social

    para transmisso dos arquivos do

    FGTS (guias de recolhimento mensal e

    rescisrios e prestao de informaes

    ao FGTS e Previdncia Social) para a

    Caixa Econmica Federal, atualmente

    feito mediante certificao prpria da

    instituio, ter que ocorrer obrigato-

    riamente pelo modelo ICP-Brasil at o

    incio de 2012.

    No final de abril, a Caixa publicou

    no Dirio Oficial da Unio a Circular

    n 547/2011, que traz um cronograma

    de migrao do sistema antigo para

    o ICP-Brasil, a ser observado por

    Certificao digital:uma necessidade

    todos os empregadores, incluindo os

    condomnios. Empregadores com 6

    a 20 funcionrios, por exemplo, tero

    at 1 de julho para se adequarem. J

    o prazo para aqueles que somam at

    5 empregados vai de 4 de julho a 23

    de dezembro, variando conforme o

    nmero do CNPJ.

    "Contudo, a certificao digital

    poder ser obtida antes do prazo fi-

    xado", afirma Maraneide Alves Brock,

    gerente do Departamento Jurdico do

    Secovi-SP (Sindicato da Habitao).

    O condomnio que quiser antecipar

    sua certificao j pode procurar o

    Sindicato. Desde o incio do ano, o

    Secovi-SP conta com uma AR (Autori-

    dade de Registro) devidamente creden-

    ciada e capacitada a emitir certificados

    digitais, instalada em sua sede (Rua

    Doutor Bacelar, 1.043 - Vila Mariana -

    Capital). Alm do atendimento perso-

    nalizado, as condies de pagamento

    so diferenciadas. Mais informaes

    sobre o certificado podem ser obtidas

    pelo telefone (11) 5591-1233, e-mail

    [email protected] e site

    www.secovi.com.br/certificadodigital.

    s casos de dengue comearam a se multiplicar pelo Pas. No Estado

    de So Paulo, h alta incidncia da doena em vrias cidades do

    Interior, como So Jos do Rio Preto, e do Litoral. Os condomnios

    Cuidado com a dengue

    9

  • Agende-seA programao de cursos da Universidade Secovi para o Interior inclui vrias atividades no ms de junho. Anote os dados

    bsicos de duas delas e, precisando

    de mais informaes, contate o es-

    critrio da Regional do Secovi-SP na

    sua regio.

    Tcnicas de Controle de Acesso

    em Portarias, dia 16/6 em Bauru

    Dirigido a zeladores, vigias, porteiros,

    recepcionistas e controladores de

    acesso, o curso prepara o participante

    para mudar e padronizar atitudes no

    tocante a tcnicas de atendimento e

    proteo das portarias do condomnio.

    As aulas ocorrem das 9 s 16 horas.

    Mais informaes pelos telefones (14)

    3227-2616 e 3234-4582 ou e-mail

    [email protected]

    Segurana Predial, dia 21/6

    em Jundia Os participantes tero

    acesso a informaes sobre seguran-

    a patrimonial e aos princpios gerais

    de segurana. A programao inclui

    medidas de emergncia, aplicao

    de conceitos estudados em situaes

    reais e o funcionamento de diversos

    equipamentos de segurana dispon-

    veis no mercado. A programao se

    estende das 9 s 16 horas, na Proempi

    (Rua Ablio Figueiredo, 92 8 andar

    sala 83 Jundia). Reservas: (11) 4523-

    0833 e-mail [email protected]

    10

    esPao do leitoR

    Agende-se

    Bom saBeR

    inteRioR

    Este espao reservado para voc se comunicar conosco. Envie seu comentrio,

    crtica ou sugesto para o e-mail [email protected] Voc tambm

    pode escrever para Revista Secovi-SP Condomnios Rua Dr. Bacelar, 1.043

    CEP 04026-002 So Paulo SP. Os e-mails e cartas podem ser publicados

    resumidamente. Aguardamos seu contato!

    Na edio 213 da Revista Secovi-SP Condomnios, h uma entrevista com a Sra. Nelza Gava de Huerta, sndica do

    Condomnio Edifcio Maison Rhone, em Campo Belo. No s

    achei muito interessante a entrevista, como verifiquei que aquele

    condomnio passou por problemas que hoje deparo no meu. Por

    isso, gostaria de saber se possvel fornecer os contatos dela.Paulo Cezar Rocha Dias, do Condomnio

    Edifcio Maison Gardanne, So Paulo, SP

    Fornecemos ao leitor o telefone e e-mail de Dona Nelza,

    personagem da Vida de Sndico da referida edio.

    Agradeo pela elogiosa citao do nosso condomnio na reportagem de

    Capa da edio 212. Parabns a todos

    da equipe pelo excelente trabalho. O

    condomnio Portal de Itu est sempre

    disposio.Edson Boni, sndico do Condomnio

    Portal de Itu, Itu, SP

    Este espao reservado para voc se comunicar conosco. Envie seu comentrio,

    . Voc tambm

    Revista Secovi-SP Condomnios Rua Dr. Bacelar, 1.043

    . Os e-mails e cartas podem ser publicados

  • Com mais de 30 anos, o Condomnio Edifcio Mlaga & Maiorca, de So Paulo, j foi objeto de vrias obras e reformas, todas conduzidas pela mesma pessoa

    Aurora Rahal Sierra Martines sndica, h sete anos, do Condomnio Edifcio Mlaga & Maiorca, construdo h trs d-cadas. Por causa da idade do em-preendimento, Aurora fez inmeras intervenes no local. Modernizou os elevadores e reformou a piscina, caixa dgua e a fonte luminosa do prdio.

    Que problemas havia no prdio

    quando se mudou para l?

    Mudei para o Mlaga & Maiorca no

    Com cara de novofinal de 1992 e percebi que muita coisa

    precisava ser reformada.

    Um dos problemas eram as goteiras,

    que caam nos carros no subsolo.

    Resolviam esse problema colocando

    plsticos ou bandejas sobre os carros.

    J eram 61 bandejas.

    Como se tornou sndica?

    Logo na primeira eleio aps a minha

    mudana, me candidatei, mas no

    consegui me eleger porque acharam

    que eu tinha muito pouco tempo de

    prdio. S h sete anos me candidatei

    novamente e coloquei vrias suges-

    tes, apresentei minhas ideias. Fui

    eleita por unanimidade.

    Quais suas principais iniciativas

    como sndica nesses sete anos?

    A impermeabilizao e o conserto de

    uma viga de sustentao aparente

    foram minhas primeiras aes. De l

    para c, realizamos vrias outras in-

    tervenes: conserto da rede eltrica;

    colocao de um para-raio, equipa-

    mento inexistente at ento; reforma

    do elevador, da caixa dgua, piscina,

    Aurora: O clima muito bom no condomnio

    Foto

    s: C

    alo

    Jor

    ge

    12

    Por Snia Salgueiro

    Vida de sndico

  • fonte luminosa, dos sales de festas e

    de jogos, da cozinha dos funcionrios.

    Tambm fiz um jardim tropical. Agora

    estamos acabando as obras na parte

    eltrica.

    Isso quer dizer que os sndicos

    anteriores no fizeram nada?

    No isso. Moramos em um prdio

    que tem mais de 30 anos de idade.

    Conforme o tempo vai passando,

    natural que ele v necessitando de

    reparos.

    Os sndicos anteriores tambm execu-

    tavam obras na medida do possvel. O

    que fiz foi acelerar um pouco o ritmo

    dessas obras, visto que tenho mais

    tempo disponvel que eles, pois no

    trabalho fora.

    O sndico deve ter pacincia, pacincia e

    pacincia e estar sempre atualizado, para saber

    o que fazer quando deparar com algum

    problema."

    Quais os reflexos das melhorias

    que empreendeu?

    O condomnio ficou mais vistoso,

    bem-conservado e se valorizou.

    Qual o maior be-

    nefcio de ser sn-

    dica?

    ver a satisfao

    dos condminos

    com as reformas,

    pelo fato de suas

    propriedades te-

    rem se valorizado.

    O pessoal daqui

    maravilhoso. O clima muito bom.

    Quais seus prximos passos?

    Vamos colocar um gerador no con-

    domnio. At j estamos arrecadando

    o dinheiro. No enfrentamos gran-

    des problemas de falta de energia,

    mas temos muitos idosos morando

    no Mlaga & Maiorca, um deles

    inclusive depen-

    dente de balo

    de oxignio.

    Que recomenda-

    o daria para al-

    gum que pensa

    em ser sndico?

    Que tenha pa-

    cincia, pacincia

    e pacincia e que esteja sempre

    atualizado, para saber o que fa-

    zer quando deparar com algum

    problema.

    13

  • Repaginados, sofisticados e cheios de charme, os sales de festas definit ivamente conquistaram espao de honra nos

    condomnios. Aos poucos, as cadei-

    ras e mesas de plstico vo cedendo

    lugar a mveis modernos e arroja-

    dos, combinando cores, acessrios

    decorativos e materiais fashion. Isso

    sem citar a mais nova tendncia: o

    espao gourmet.

    Especial istas acreditam que

    essa mudana pode ser creditada

    a fatores como o aumento do cus-

    to do metro quadrado e as leis de

    ocupao do solo, responsveis

    pela reduo nas metragens dos

    apartamentos. Com a necessidade

    de suprir a demanda por espaos

    privativos maiores, novos projetos

    comearam a contemplar sales de

    reunies, jantares e festas de uso co-

    mum. At a questo da segurana faz

    aumentar a procura por apartamen-

    tos que oferecem esse tipo de rea

    no condomnio, analisa a arquiteta

    Christiane de Angelo, da Angelo e

    Zechetti Arquitetos Associados.

    Para acompanhar a tendncia,

    arquitetos procuram trabalhar com

    ambientes flexveis, que atendam

    bem todos os tipos de reunies

    sociais festas infantis, adultas, co-

    quetis e jantares. Os edifcios mais

    novos j destinam reas distintas

    para comportar diversos tipos de

    evento no condomnio. Por no pos-

    surem na sua planta original locais

    de reunio e eventos de uso comum,

    muitos prdios antigos recorreram a

    espaos sem uso do condomnio.

    Neste caso, o ideal buscar

    um local amplo com flexibilidade e

    praticidade, para que os ambientes

    possam ser adaptados para todas

    as ocasies. A decorao deve ser a

    mais neutra possvel, sem muita inter-

    ferncia de estilos, algo atemporal e

    contemporneo, orienta a arquiteta

    e decoradora Andreia Parreira.

    Um bom artifcio na hora da de-

    corao a aplicao de divisrias

    mveis que permitam uso mltiplo

    de um mesmo espao, se possvel

    Foto

    : Cal

    o J

    orge

    Muito alm do bsico

    Por no se limitarem mais dupla geladeira-microondas, s mesas e cadeiras de plstico, os novos sales de festas impressionam moradores e visitantes

    14

    seu esPaoPor Andressa Ferrer

  • viabilizando reas interna e externa. Essa

    estratgica bastante funcional para as

    crianas na faixa de 10 anos que, muitas

    vezes, exigem a locao de brinquedos e

    equipamentos infantis, esclarece Anna

    Rezende, professora e coordenadora do

    curso tecnlogo em Design de Interiores

    da Universidade Anhembi Morumbi.

    Ela enfatiza que, em ambientes in-

    ternos, o grande segredo da decorao

    atualmente o lighting design, isto , a

    ambientao com base de luz. Segundo

    Anna, esse recurso proporciona requinte,

    conforto e bem-estar. Outra dica tratar

    o espao gourmet como uma grande sala

    de estar. Nada de tijolo aparente na chur-

    rasqueira. possvel disfarar o material

    com revestimento. Tambm no se deve

    isolar o cozinheiro. Sugiro o uso de uma

    mesa comunitria integrada bancada,

    Dicas para reformar o salo de festas

    Monte uma comisso de moradores para apurar qual o interesse e as pretenses

    de todos que vo usufruir do novo

    espao.

    Defina quanto ser utilizado na obra. Converse com um arquiteto para se

    certificar de que o projeto vivel.

    Muitas vezes os condminos tm uma

    ideia de ocupao que pode tornar o

    espao subutilizado ou desagradvel

    para o uso comum. o caso de sales

    muito repartidos, com mobilirios fixos

    e pouca infraestrutura para eventos,

    explica Christiane de Angelo, da Angelo

    e Zechetti Arquitetos Associados.

    Monte uma comisso de moradores para

    explica Christiane de Angelo, da Angelo

    15

  • onde o anfitrio assume a funo

    de ator principal, podendo socializar

    com todos os participantes da festa

    durante o preparo da comida.

    Independncia

    O salo de festas no deve in-

    terferir na vida dos condminos. O

    ideal que ele tenha uma entrada

    independente, distante dos eleva-

    dores e dos apartamentos. Se isso

    no for possvel, recomendvel

    investir em isolamento acstico para

    no criar desconforto e problemas

    futuros de rudo.

    Alm da rea social, onde ocor-

    rem as festas, importante preocu-

    par-se com a rea de apoio, onde

    ficar o pessoal envolvido com a

    realizao do evento. Para tanto,

    fundamental ter uma cozinha bem

    montada, vestirios exclusivos para

    funcionrios, rea de descarga

    dos equipamentos que faro parte

    do evento e toda uma logstica de

    montagem e desmontagem que no

    interfira na rotina do condomnio.

    Foto

    : Cal

    o J

    orge

    Espao gourmet: em alta nos condomnios

    Monte um mtodo prprio e funcional para a reserva antecipada do espao.

    Faa uma lista do patrimnio da rea e exija que o morador que for utilizar

    o salo faa um checklist com o sndico, antes e depois do evento.

    Aps o checklist, pea que o condmino assine um termo de responsabilidade para uso do ambiente. Alguns condomnios exigem um

    cheque-cauo para cobrir eventuais prejuzos. Inclua uma taxa para limpeza e gastos com eletricidade. Crie um regulamento interno para definir a questo de barulho. Sugira que o organizador da festa deixe uma relao com o nome dos

    convidados na portaria. Em vez de comprar utenslios de cozinha, a alternativa deixar que cada

    morador alugue-os quando precisar. Essa medida evita gastos de compra

    e reposio. Alm disso, cada um tem uma demanda exclusiva por quantidade de pratos, copos e talheres. Dependendo do tamanho do condomnio, o ideal que a administrao

    do salo de festas seja dividida entre sndico, zelador e gerente administrativo para reas de lazer.

    Depois de pronto e decorado, comeam as solicitaes para uso do salo de festas. fundamental definir procedimentos administrativos para evitar maiores dores de cabea. Ramiro Alves de Moura, diretor de condomnios da Robotton, d algumas dicas bastante teis para sndicos e condminos.

    Organizao do espao

    16

    seu esPaoPor Andressa Ferrer

  • Dicas e indicadores que facilitam aadministrao do seu condomnio

    per

    total geral pessoal / encargo tarifas manut. de equipamentos conservao e limpeza Diversos

    icoN

    Var. %

    icoN

    Var. %

    icoN

    Var. %

    icoN

    Var. %

    icoN

    Var. %

    icoN

    Var. %

    Ms Ano 12 meses Ms Ano12

    meses Ms Ano12

    meses Ms Ano12

    meses Ms Ano12

    meses Ms Ano12

    meses

    mar/10 179,950 0,21 0,47 4,24 181,397 0,00 0,26 5,85 174,024 0,00 0,00 3,90 189,822 0,94 1,45 0,64 175,126 0,97 1,37 0,24 164,655 0,94 1,45 0,64

    abr/10 180,247 0,17 0,64 4,45 181,397 0,00 0,26 5,85 174,024 0,00 0,00 3,90 191,284 0,77 2,23 1,56 176,188 0,61 1,98 0,89 165,923 0,77 2,23 1,56

    mai/10 180,698 0,25 0,89 4,85 181,397 0,00 0,26 5,85 173,959 -0,04 -0,04 4,58 193,560 1,19 3,44 2,84 177,859 0,95 2,95 1,79 167,898 1,19 3,44 2,84

    jun/10 181,038 0,19 1,08 5,21 181,397 0,00 0,26 5,85 173,959 0,00 -0,04 5,31 195,205 0,85 4,32 3,82 179,150 0,73 3,70 2,65 169,325 0,85 4,32 3,82

    jul/10 181,184 0,08 1,16 4,95 181,397 0,00 0,26 5,85 174,397 0,25 0,21 3,20 195,498 0,15 4,48 4,43 179,387 0,13 3,83 3,19 169,579 0,15 4,48 4,43

    ago/10 181,502 0,18 1,34 5,23 181,397 0,00 0,26 5,85 174,397 0,00 0,21 3,20 197,004 0,77 5,28 5,61 180,696 0,73 4,59 4,45 170,885 0,77 5,28 5,61

    set/10 182,921 0,78 2,13 5,36 181,397 0,00 0,26 5,85 179,297 2,81 3,03 3,03 199,269 1,15 6,50 6,38 182,331 0,90 5,54 5,26 172,850 1,15 6,50 6,38

    out/10 192,001 4,96 7,20 7,16 196,322 8,23 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 201,282 1,01 7,57 7,40 183,880 0,85 6,44 6,23 174,595 1,01 7,57 7,40

    nov/10 192,596 0,31 7,53 7,47 196,322 0,00 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 204,200 1,45 9,13 8,85 186,029 1,17 7,68 7,39 177,127 1,45 9,13 8,85

    dez/10 192,882 0,15 7,69 7,69 196,322 0,00 8,51 8,51 179,297 0,00 3,03 3,03 205,609 0,69 9,88 9,88 187,034 0,54 8,26 8,26 178,349 0,69 9,88 9,88

    jan/11 193,615 0,38 0,38 8,09 197,008 0,35 0,35 8,61 179,297 0,00 0,00 3,03 207,234 0,79 0,79 11,50 188,309 0,68 0,68 9,49 179,758 0,79 0,79 11,50

    fev/11 194,405 0,41 0,79 8,26 197,623 0,31 0,66 8,94 179,297 0,00 0,00 3,03 209,306 1,00 1,80 11,30 190,024 0,91 1,60 9,55 181,556 1,00 1,80 11,30

    mar/11 194,683 0,14 0,93 8,19 197,623 0,00 0,66 8,94 179,297 0,00 0,00 3,03 210,604 0,62 2,43 10,95 191,242 0,64 2,25 9,20 182,681 0,62 2,43 10,95

    Icon Secovi-SP ndice de Custos CondominiaisMS: Maro/2011 ndice Base Dez/01 = 100,000

    IndicadorVariao - em%

    Ms Ano 12 meses

    IGP-DI 0,61 2,57 11,09

    IGP-M 0,62 2,43 10,95

    IPC 0,35 2,10 6,06

    INPC 0,66 2,16 6,31

    IPCA 0,79 2,44 6,30

    INCC-DI 0,43 1,13 7,10

    Pisos Salariais:Verificar a Conveno Coletiva de Trabalho da cidade do condomnio no site www.secovi.com.br

    ACMulO DE CARGO: 20% ADICIONAl NOTuRNO: 20%

    HORAS EXTRAS: Cidade de So Paulo e demais municpios: 50%

    CESTA BSICA: Verificar Conveno Coletiva de Trabalho da cidade do condomnio no site www.secovi.com.br

    FGTS MAIO/2011 (Data de recolhimento at 7/6/11) = 8% sobre o total da remunerao paga ao empregado

    PIS MAIO/2011 (Data de recolhimento at 24/6/11) = 1% sobre o total da folha de pagamento

    INSS MAIO/2011 (Data de recolhimento at 20/6/11)

    *TABElA DE SAlRIO DE CONTRIBuIO (R$) a partir de 1/1/2011:At 1.106,90 = 8,00 %De 1.106,91 a 1.844,83 = 9,00 %De 1.844,84 a 3.689,66 = 11,00 %Acima de 3.689,66 = R$ 405,86

    *SAlRIO-FAMlIA a partir de 1/1/2011Remunerao mensal at R$ 573,58 = R$ 29,41Remunerao mensal acima de R$ 573,58 at R$ 862,11 = R$ 20,73

    * Tabela de salrio de contribuio previdenciria e cotas de salrio-famlia vigentes a partir de 1/1/2011 Portaria Interministerial MPS/MF n 568/2010, publicada no DOU de 3/1/2011.

    FOLHA DE PAGAMENTO NDICESDE PREO(Maro/2011)

    Fontes: FGV, IBGE e Fipe/USP

    Elaborao: Departamento de

    Economia e Estatstica do Secovi-SP

    17

    dia a dia

  • Muitos sndicos desconhecem que o Seguro de Responsa-bilidade Civil do Condomnio tem possibilidade de ser estendido

    ao sndico, evitando muita dor de

    cabea. Por causa de suas inmeras

    atribuies legais, o sndico pode ser

    responsabilizado por danos a terceiros,

    isto , condminos que abrem proces-

    sos em decorrncia de algum acidente

    ou irregularidade diretamente oca-

    sionada pelo sndico. Nessas horas,

    o seguro de Responsabilidade Civil

    do Sndico entra em cena para cobrir

    eventuais indenizaes.

    Segundo William Alzani, diretor de

    Mercado Imobilirio da Vila Velha Se-

    guros, o Seguro de Responsabilidade

    Civil com cobertura adicional para

    sndicos tem 100% de adeso desde

    sua criao, nos anos 90. Existe

    a facilidade de contratar. O seguro

    do condomnio obrigatrio, e o do

    sndico, um adicional. uma garan-

    tia a mais, pois essa funo envolve

    muitas responsabilidades.

    Joo Paulo Rossi Paschoal, asses-

    sor jurdico do Secovi-SP (Sindicato da

    Habitao), explica que as condies

    do seguro obrigatrio (seguradora

    escolhida, durao do contrato, preo,

    etc.) precisam ser avalizadas pelos

    condminos, reunidos em assembleia.

    Isso est previsto no artigo 1.346 do

    Cdigo Civil. Alm do obrigatrio, o

    condomnio pode, se quiser, contratar

    outros tipos de seguros, como a co-

    bertura de responsabilidade civil por

    danos havidos nas reas comuns, res-

    ponsabilidade civil do sndico, roubo,

    quebra de vidros, vendaval, furaco,

    queda de granizo. Tudo depende da

    aprovao dos condminos, escla-

    rece o advogado.

    Processo criminal

    importante que o sndico, ciente

    de suas obrigaes, cumpra todas

    as atribuies de algum com sua

    funo, como cuidar para que sejam

    asseguradas a preservao, seguran-

    a e manuteno de reas comuns

    (elevadores, corredores, piscinas,

    etc.), manter em dia a prestao de

    contas, cobrana aos condminos

    inadimplentes, responsabilidade e

    autorizao para realizao de obras

    e cuidado na contratao de empre-

    sas terceirizadas. No cumprimento

    dessas funes, s vezes um ou

    mais condminos ficam insatisfeitos

    e decidem responsabilizar civilmente

    o sndico. Em geral, a indenizao

    coberta pelo seguro.

    Existem, no entanto, casos em

    que o sndico responsabilizado

    criminalmente e, dependendo da

    situao, isso pode no ser coberto

    pelos seguros. As excluses mais

    comuns so os crimes contra a honra,

    injria e difamao (danos morais),

    apropriao indevida de recursos e

    apropriao indbita previdenciria

    (dos direitos reservados aos funcio-

    nrios do condomnio). Nessas condi-

    es, o seguro certamente no cobrir

    despesas com empresas advocatcias,

    nem indenizaes aos condminos

    ou funcionrios prejudicados, e o sndi-

    co precisar responder criminalmente.

    Blindagem necessriaSaiba por que importante contratar um seguro de responsabilidade civil do sndico

    Alzani: " uma garantia a mais, pois a funo de sndico envolve muitas responsabilidades"

    necessria

    de suas obrigaes, cumpra todas

    as atribuies de algum com sua

    funo, como cuidar para que sejam

    18

    moeda foRtePor Paula Ignacio

  • As garantias e excluses variam muito

    pouco de seguradora para segura-

    dora, mas vale a pena consultar as

    condies da aplice. Ela geralmente

    cobre os danos materiais ou corpo-

    rais causados a terceiros, incluindo

    condminos, erros e omisses prati-

    cados pelo sndico no exerccio restrito

    de suas funes, afirma Alzani.

    Cludio Saba, diretor de Riscos

    Especiais da Martima Seguros, diz

    que esse tipo de seguro barato e ga-

    rante uma proteo muito abrangente,

    incluindo qualquer dano material ou

    corporal causado a terceiros de forma

    involuntria. O seguro deve ser contra-

    tado com limites elevados, pois difcil

    prever a quem ou a que o segurado

    pode causar danos. Pela legislao

    em vigor, o sndico pode responder

    com seu patrimnio pessoal, caso haja

    perdas ou danos aos bens comuns

    do condomnio, se no houver seguro

    para indenizar as perdas, afirma.

    19

  • Shows, palestras, atividades de lazer, sorteio de brindes, entre outras atraes, esto na pro-gramao da segunda edio do Dia

    da Ao Social dos Condomnios, no

    prximo dia 5/6, domingo, das 10 s

    17 horas, no Sesc Pinheiros, regio

    oeste da capital paulista, resultado da

    parceria do Secovi-SP (Sindicato da

    Habitao) e Sesc (Servio Social do

    Comrcio).

    Idealizado pelo Projeto Ampliar,

    rea de responsabilidade social do

    Sindicato, o evento oferecer gratui-

    tamente uma programao voltada

    ao lazer, promoo da sade, cida-

    dania e qualidade de vida a zela-

    dores, porteiros e faxineiros, vigias,

    recepcionistas, mensageiros, entre

    outros funcionrios de condomnios e

    administradoras de So Paulo tudo

    extensivo a seus familiares.

    Haver quermesse com barracas

    de comidas e bebidas tpicas, quadri-

    lha, jogos e brincadeiras, entre outras

    atividades que caracterizam os festejos

    juninos. Tambm sero oferecidas

    intervenes artsticas, atividades

    esportivas e recreativas, alm de pales-

    tras voltadas sade, meio ambiente,

    segurana e qualidade de vida.

    Estamos muito satisfeitos com

    essa parceria. Ano passado, o evento

    no Sesc Itaquera foi um sucesso e, este

    ano, ser melhor ainda, afirma Hubert

    Gebara, vice-presidente de Administra-

    o Imobiliria e Condomnios do Sin-

    dicato, destacando a importncia dos

    funcionrios para a boa administrao

    do condomnio. Nossa tranquilidade

    depende de zeladores, porteiros e

    faxineiros competentes e dedicados.

    Para facilitar o acesso ao local,

    haver transporte gratuito do metr

    Clnicas at o Sesc Pinheiros. Quem

    do Interior pode procurar a unidade do

    Secovi-SP mais prxima da sua regio

    e aderir s caravanas que esto sendo

    formadas para levar os participantes ao

    local. Informaes e inscries anteci-

    padas podem ser feitas pelos telefones

    (11) 5591-1304 a 1308 ou pelo site

    www.secovi.com.br/acaosocial.

    Lazer e diverso o ano todo

    Um dos maiores pblicos do

    Secovi-SP, os funcionrios de con-

    domnios somam mais de 300 mil

    trabalhadores diretos, que atuam em

    cerca de 60 mil condomnios em todo

    o Estado de So Paulo. Todos esses

    profissionais e seus dependentes

    podem se associar gratuitamente ao

    Sesc SP e usufruir toda a infraestrutura,

    programaes e servios oferecidos

    em todo o Brasil.

    No Estado de So Paulo, existem

    vrias unidades e, para se associar, o

    funcionrio do condomnio ou admi-

    nistradora deve apresentar no Sesc

    mais prximo de sua residncia a

    carteira profissional, alm do seu

    documento de identidade e dos de-

    pendentes. A carteirinha fica pronta na

    hora. Para mais informaes, acesse

    o site www.sescsp.org.br.

    Funcionrios de condomnios ou administradoras e seus familiares podero aproveitar um dia inteiro de atividades especialmente preparadas pelo Secovi-SP e Sesc SP

    Domingo de festana

    No ano passado, muitas atividades culturais aconteceram no Sesc Itaquera

    festanafestanafestanaServio

    Quando: Domingo, 5/6Onde: Sesc Pinheiros (Rua Paes Leme, 195 Capital) Horrio: 10 s 17 horasInformaes: (11) 5591-1304 a 1308 ou no site www.secovi.com.br/acaosocial

    20

    Qualificao socialPor Rosana Pinto

  • Portais, e-mails, jornais eletr-nicos... O uso de ferramentas online em condomnios e lo-teamentos no para de crescer. Dois

    fatores, basicamente, explicam esse

    aumento. Um deles: a expanso do

    mercado imobilirio. Antigamente

    era fcil prestar um bom servio por-

    que existiam poucos prdios. Com o

    boom imobilirio, as administradoras

    precisaram encontrar meios de manter

    a qualidade, mas sem elevar custos,

    e passaram a recorrer com mais

    frequncia internet, analisa Emma-

    Navegar preciso

    nuel Dornelas, supervisor de Marketing

    da Group Software, empresa especiali-

    zada no desenvolvimento de sistemas

    para administrao de condomnios.

    A mudana do perfil do morador

    tambm foi fundamental para a proli-

    ferao da internet nos condomnios.

    Hoje as pessoas preferem solicitar

    qualquer coisa pela internet a se lo-

    comover, e isso vale tambm para a

    segunda via de um boleto, explica

    Dornelas. Esse novo comportamento

    s foi possvel devido ao advento do

    computador pessoal, segundo Ira

    Sica de Azevedo, diretor da Campo

    Belo Administradora de Condomnios,

    de So Paulo. Hoje muita gente tem

    um micro em casa. Isso facilita as

    consultas, afinal ningum quer ler ata

    de assembleia de condomnio no tra-

    balho, comenta.

    Boa parte dos clientes da Campo

    Belo usa e-mail para se comunicar com

    a administradora. O diretor estima que

    metade dos contatos de sndicos e

    condminos ocorre por esse meio. Ele

    reconhece, inclusive, que a ferramenta

    acelerou o crescimento de sua empre-

    sa. No fosse a internet, dificilmente

    daramos conta de atender uma cartei-

    ra de 32 prdios e 2.200 condminos.

    Azevedo considera que, apesar

    dos progressos, h muito a evoluir,

    visto que a maioria dos acessos

    ainda para obter a segunda via do

    boleto. Vejo a internet ainda engati-

    nhando tanto no que diz respeito ao

    relacionamento do morador com a

    administradora como em relao aos

    condminos entre si.

    Na Campo Belo, a regra , a cada

    ligao, orientar os moradores sobre

    as consultas e servios que podem

    ser efetuados na web, para que eles se

    acostumem a procurar o que precisam

    na internet. A estratgia j comea a

    surtir efeito. A migrao visvel. Nota-

    mos que as ligaes esto diminuindo

    e os acessos ao site aumentando,

    esclarece o diretor da administradora.

    Uso restrito

    Ainda relativamente pequena

    a utilizao dos meios digitais nos

    condomnios, afirma Juraci Baena

    Garcia, diretor da Vice-presidncia de

    Administrao Imobiliria e Condom-

    nios do Secovi-SP. Ele relata que vrias

    administradoras paulistas disponibili-

    zam servios na internet para sndico

    e condminos, mas confirma que, no

    geral, o uso se restringe emisso

    de segunda via do boleto. O e-mail

    De olho na agilidade e objetividade proporcionadas, cada vez mais condomnios recorrem internet para se comunicar com os condminos e suas administradoras

    preciso

    nuel Dornelas, supervisor de Marketing

    da Group Software, empresa especiali-

    zada no desenvolvimento de sistemas

    para administrao de condomnios.

    A mudana do perfil do morador

    tambm foi fundamental para a proli-

    ferao da internet nos condomnios.

    visto que a maioria dos acessos

    ainda para obter a segunda via do

    boleto. Vejo a internet ainda engati-

    nhando tanto no que diz respeito ao

    De olho na agilidade e objetividade proporcionadas, cada vez mais condomnios recorrem internet para se comunicar com os condminos e suas administradoras

    visto que a maioria dos acessos

    ainda para obter a segunda via do

    PRINCIPAIS

    VANTAGENS

    DA WEB

    - Agilidade

    - Objetividade

    - Transparncia

    - Menos conflitos

    22

    Por Snia Salgueiro

    caPa

  • receber informao relevante na hora

    que precisa.

    Os especialistas acreditam que, no

    futuro, a web se tornar realidade em

    todos os condomnios e administrado-

    ras. Ser o fim do papel. Prestao de

    contas, convocao de assembleia,

    boleto, autorizao de entrada e

    sada... Em dez anos tudo ser digi-

    tal e feito pela internet, aposta Carlos

    Cra, diretor de Desenvolvimento de

    Produtos da Superlgica, empresa

    que oferece solues em tecnologia

    para a administrao de condomnios.

    Sediada em Campinas (SP), a

    tambm bem requisitado quando

    h um problema pontual. Na hora de

    fazer uma reclamao ao sndico ou

    administradora, o morador recorre

    mensagem eletrnica.

    Marcelo Amorim, scio-diretor da

    Viva Condomnios empresa que

    desenvolve e implementa projetos

    de comunicao e programas socio-

    ambientais que integram a vida em

    comunidade , observa uma demanda

    forte para que os sites sejam mais uti-

    lizados. H condomnios que tm um

    timo site, porm muito pouco usado,

    afirma, acrescentando que no basta

    dispor de um portal ou endereo de

    e-mail. preciso uma estratgia inte-

    grada, defende. Esse pblico quer

    Baena Garcia: Na hora de fazer uma reclamao ao sndico ou administradora, o morador recorre mensagem eletrnica

    companhia possui um software que

    permite, entre outras coisas, que o

    condmino acesse o relatrio de pres-

    tao de contas. Esse tipo de servio

    era pouco utilizado, mas hoje em dia

    receber informao relevante na hora tambm bem requisitado quando

    23

  • seu uso macio. Tenho clientes que

    no aceitam mais tirar a segunda via

    de um boleto pela administradora; s

    pela internet, conta Cra. Ele diz que

    h um motivo extra para o condmino

    emitir a segunda via: quando o boleto

    est vencido, s pode ser pago no

    banco emissor. J a emisso online

    inclui a multa do boleto, permitindo

    sua quitao em qualquer instituio

    financeira.

    Assembleias mais curtas

    Ira Azevedo esclarece que ge-

    ralmente os sites dos condomnios

    disponibilizam dados mais bsicos,

    como informaes financeiras (balan-

    cete, extrato, etc.), atas, convenes

    e regulamentos. Ns oferecemos f-

    runs de discusso, mas por enquanto

    nenhum dos nossos clientes utiliza.

    Isso, na interpretao do diretor,

    ocorre porque quem mora em condo-

    mnios acha que o corpo diretivo que

    tem de se preocupar com o empreen-

    dimento, no ele. Com o rpido avan-

    o das redes sociais, porm, Azevedo

    antev os condminos usando mais

    os meios digitais, incluindo os fruns

    de discusso.

    briga e muita confuso com o anfi-

    trio do evento. Por e-mail ele deixa

    registrada a sua insatisfao, para o

    sndico ou para todos os moradores,

    mas de modo mais ponderado, uma

    vez que todo mundo costuma pensar

    duas vezes antes de escrever, algo que

    nem sempre acontece quando se fala.

    Para Giovana, o e-mail tambm

    sinnimo de comodidade. Em vez

    de ligar meia-noite para a casa do

    sndico, o morador envia um e-mail,

    que ser lido provavelmente no dia

    seguinte. Isso melhor do que sair

    porta ou conversar pelo interfone no

    meio da noite, ilustra.

    A inteno de aderir s ferra-

    mentas digitais surgiu em maro de

    2010, logo que Giovana se tornou

    subsndica seis meses depois, aps

    Quem embarcou na onda da tec-

    nologia digital garante que a prtica

    trouxe mais agilidade e transparncia

    e melhorou as relaes condminos-

    -sndico-administradora. A internet co-

    labora para um melhor relacionamento

    entre os condminos e evita dores

    de cabea, opina Giovana Baradelli,

    sndica do Residencial dos Pinheiros,

    condomnio com 27 sobrados situado

    em So Bernardo do Campo, na Gran-

    de So Paulo. Num empreendimento

    que no possui site ou sistema de

    envio de mensagem para os morado-

    res, um condmino incomodado com

    o barulho de uma festa pode gerar

    Dornelas: Hoje as pessoas preferem solicitar qualquer coisa pela internet a se locomover

    Foto

    : Div

    ulga

    o

    Foto

    : Div

    ulga

    o

    24

    Por Snia Salgueiro

    caPa

  • 1 hora e meia.

    Democratizando a informao

    H dois anos, quando assumimos

    a associao, sentimos a necessidade

    de nos comunicar, diz Fabola Martho,

    presidente da Associao Bosque dos

    Jatobs, loteamento de 371 lotes loca-

    lizado em Jundia. Com esse intuito,

    a diretoria lanou um jornal interno

    com notcias da associao, que era

    disseminado, no incio, via fotocpias

    tiradas pelo zelador.

    Chegamos, entretanto, con-

    cluso de que as informaes no

    poderiam ficar restritas ao loteamento,

    porque temos muitos investidores.

    Surgiu, ento, a ideia do site (www.

    bosquedosjatobas.com.br), que entrou

    no ar no primeiro semestre de 2010,

    conta. L h informaes sobre o

    loteamento, assembleias, eventos

    (incluindo palestras promovidas pelo

    Secovi-SP em Jundia e na Capital),

    fotos de festas, programao das

    obras, andamento das melhorias, etc.

    Tambm h uma rea denominada Fale

    com o presidente, por meio da qual

    o proprietrio pode enviar sugestes,

    crticas ou reportar problemas.

    As informaes gerais e fotos

    do Bosque dos Jatobs podem ser

    acessados por qualquer visitante. J

    para ter acesso aos demais assuntos,

    a renncia do antigo sndico, ela virou

    sndica. Vi que todos os moradores

    tinham e-mail e achei que o contato

    por mensagem eletrnica simplificaria

    a vida de todo mundo, porque 80%

    dos moradores trabalham em So

    Paulo e s chegam ao condomnio

    aps as 19 horas. Ela tambm abriu

    um e-mail ([email protected]) para o

    condomnio. Optei por um endere-

    o genrico, em vez de usar o meu

    nome, para que os prximos sndicos

    possam us-lo.

    A sndica passou ainda a fazer

    fruns informais por e-mail, reco-

    lhendo a opinio dos condminos

    sobre vrios assuntos, incluindo obras.

    Agora vamos para a assembleia com

    o assunto previamente discutido,

    conta, explicando que os oramentos,

    que s eram conhecidos na reunio,

    ficam disponveis na web. Com isso

    as reunies encurtaram. J tivemos

    assembleias de 4 horas para discutir

    dois temas. Agora, elas duram 1 hora,

    Fabola: O site facilitou muito a comunicao no empreendimento

    Foto

    : Div

    ulga

    o

    1 hora e meia.

    a renncia do antigo sndico, ela virou

    sndica. Vi que todos os moradores

    e achei que o contato

    por mensagem eletrnica simplificaria

    a vida de todo mundo, porque 80%

    dos moradores trabalham em So

    Paulo e s chegam ao condomnio

    aps as 19 horas. Ela tambm abriu

    ([email protected]) para o

    condomnio. Optei por um endere-

    o genrico, em vez de usar o meu

    do Bosque dos Jatobs podem ser

    acessados por qualquer visitante. J

    para ter acesso aos demais assuntos,

    25

  • preciso login e senha.

    O site, segundo Fabola, possui o

    mrito de permitir que os proprietrios

    saibam o que est ocorrendo. Tudo

    acontece muito rpido e no h tempo

    de escrever, xerocar e distribuir para

    todos os interessados, especialmente

    para os que no esto aqui. Por isso o

    site facilitou muito a comunicao no

    empreendimento, esclarece. O con-

    domnio tambm possui um e-mail, que

    recebe mensagens de proprietrios e

    fornecedores, entre outros. So cerca

    de 50 mensagens por dia, contabiliza

    Fabola.

    Treinamento online

    A internet vital para a BRC Gesto

    de Propriedades e Servios, brao da

    Cyrela Brasil Realty responsvel pelas

    marcas Facilities e Classic Home

    nos empreendimentos residenciais,

    comerciais e resorts do grupo. Con-

    seguimos ter um preo competitivo

    graas internet, ressalta a diretora

    Vnia Reis. Administramos condo-

    mnios que nem hotis conseguem

    competir, comenta, informando que

    um empreendimento localizado no Rio

    de Janeiro soma 72 itens de lazer. Ela

    informa que, via internet, os moradores

    pedem de tudo desde a reserva de

    um espao at o servio de buffet ou

    a decorao do salo de festas. Alm

    do bsico do condomnio, como o

    caso da limpeza, os moradores tm

    um servio pay per use.

    At a formao dos nossos funcio-

    nrios acontece via internet, utilizando

    o Skype, pois damos treinamento

    simultneo ao pessoal de quatro ou

    cinco empreendimentos, relata V-

    nia. Os pagamentos a prestadores de

    servio dentro de Facilities tambm

    so feitos via computador. A auditoria

    de patrimnio (nmero de lmpadas

    trocadas, quanto se comprou de ma-

    terial de limpeza, etc.) tambm est

    disponvel online.

    A executiva conta que, apesar de

    tudo poder ser feito pela internet, as

    solicitaes tambm so realizadas

    por outros meios. H pessoas de

    mais idade que no esto plugadas,

    esclarece. Existe um computador 24

    horas na recepo e esses moradores

    s precisam colocar sua senha no

    equipamento e passar as outras instru-

    es para o concierge, que completa

    o processo. A internet, bem utilizada,

    fundamental para o bem da coleti-

    vidade, conclui a diretora da BRC.

    Vnia: At a formao dos nossos funcionrios acontece via internet

    Azevedo: As ligaes esto diminuindo e os acessos ao site aumentando

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    orge

    Preste ateno na escolha da ferramenta que vai utilizar e lembre-se que toda informao tem de estar disponvel em um nico canal.

    O contedo tem de ser relevante e a linguagem clara, sob medida para o pblico a que se destina. Cuide para que algumas informaes s circulem entre os interessados. Para tanto, proteja os dados com

    senha, seja em um blog, site ou outra ferramenta virtual.

    CONSElHOS TEIS NA WEB

    Fonte: Group Software

    26

    Por Snia Salgueiro

    caPa

  • Quando se fala em desperdcio de gua, o foco sempre no consumidor final. A nfase fica na falta de conscientizao desse usurio que desperdia gua no chuveiro,

    na pia, nos jardins e na calada. Essa nfase est

    correta. O beneficirio do sistema que paga

    por ele realmente joga fora o que deveria ser

    preservado como um bem finito num mundo cujo

    futuro desconhecemos.

    Mas as empresas estatais que lidam com a

    gua tambm do mau exemplo. Estima-se que

    o Brasil desperdice at 60% da sua gua doce.

    O elenco da perda inclui falhas nas redes de

    captao e distribuio, rachaduras na tubulao

    e defeitos nas vlvulas e bombas. H tambm

    um cenrio de desperdcio a cu aberto com os

    vazamentos visveis que demoram muito a ser

    reparados. Em muitos casos o reparo feito em

    decorrncia da presso do consumidor e esse

    consumidor final que reclama uma raridade.

    Seja como for, no estamos enxergando a

    economia em longo prazo. O prximo Dia Mundial

    da gua, em 22 de maro de 2012, ter que ser

    celebrado de forma mais objetiva. Vamos ter que

    dar um fim propaganda romntica. Deveramos

    agregar data itens concretos de economia.

    Deveramos falar do hidrmetro de medio de

    gua individualizada e tambm da valorizao

    do imvel que conta com esse equipamento.

    um valor de mercado, no apenas um valor

    social. No podemos culpar sempre a falta de

    conscientizao das pessoas. A culpa tambm

    corporativa. Ela pertence a quem recebe e a quem

    propaga opinio. As peas de propaganda pre-

    cisam ser vigiadas por quem as encomenda. O

    foco tem de ser nos verdadeiros pontos de venda.

    Sustentabilidade uma palavra que se incor-

    pora definitivamente nossa cultura. A economia

    de gua est vinculada a itens como energia solar,

    coleta seletiva de leo de cozinha, etc. A constru-

    o de imveis tem um custo ambiental que precisa

    ser definido desde a prancheta. Custo ambiental

    um item sobre o qual sabemos pouqussimo.

    Perdendo apenas para Estados Unidos, Emi-

    rados rabes, China e Canad, o Brasil estaria

    no quinto lugar do ranking de construes sus-

    tentveis, segundo o site www.gbcbrasil.org.br.

    Alguns critrios de medio da sustentabilidade

    envolvem uma economia de gua que pode che-

    gar a 50%. A economia de energia eltrica pode

    chegar a 30%. Para a emisso de CO2, 35%. A

    economia da gerao de resduos tem peso de

    at 90%. Esses nmeros do ideia do tamanho do

    desperdcio oculto. De quem a culpa?

    Hubert Gebara vice-presidente de Administrao Imobiliria e Condomnios do Secovi-SP

    (Sindicato da Habitao)

    De quem a culpa?

    27

    Por Hubert Gebara

    oPinio

  • Saiba como escolher e manter os pisos das reas comuns do condomnio bem conservados e que precaues tomar na hora de troc-los

    Pisos tinindo de novos

    Pisos de reas comuns exigem mais cuidados e ateno do que normalmente recebem. Por isso importante ficar atento a

    algumas dicas dadas por engenheiros

    e especialistas sobre utilizao correta,

    manuteno e troca dos revestimentos.

    A utilizao de determinados tipos

    de pisos depende do que esperado

    em termos de beleza, manuteno,

    segurana, conforto e, principalmente,

    do local onde ser colocado. Mrmo-

    re, granito, cimentados, cermica,

    madeira ou granilite so materiais

    bastante utilizados em reas comuns

    de condomnios. Em reas externas,

    por exemplo, tm boa aceitao os

    revestimentos de pedras.

    De acordo com o engenheiro

    Ricardo Gonalves, integrante da

    Vice-presidncia de Administra-

    o Imobiliria e Condomnios do

    Secovi-SP (Sindicato da Habitao)

    segurana e conforto so premissas,

    opina o engenheiro.

    Limpeza e manuteno

    A manuteno correta dos pisos

    comea com a limpeza. primeira

    vista, lavadoras de presso a jato

    mostram-se muito eficientes. S que

    preciso cuidado com a maneira e

    frequncia com que so utilizadas.

    Lavadoras de presso a jato podem

    atacar o rejuntamento e criar infiltra-

    es ou, mais raramente, danificar a

    impermeabilizao. O que normalmen-

    te acontece a associao dessas

    lavadoras e o emprego de cido muri-

    tico para limpar as pedras. Com a fora

    da gua, o cido acaba penetrando

    na camada de impermeabilizao,

    danificando-a irremediavelmente.

    Pode tambm provocar percolao

    da gua atravs do concreto e dani-

    ficar a armadura das lajes, justifica

    Ricardo Bunemer, diretor de Qualidade

    e Tecnologia do Secovi-SP.

    Eduardo Antunes, da JC Servios,

    sugere que se evite a utilizao de

    produtos abrasivos. Tambm impor-

    tante verificar a condio dos rejuntes

    e a existncia de peas trincadas, que

    podem acarretar infiltraes e a poste-

    rior necessidade de uma manuteno

    mais extensa, acrescenta.

    Uma publicao que pode ser

    muito til para os sndicos o Ma-

    com experincia na rea de inspeo

    predial, os revestimentos precisam

    reunir caractersticas especficas para

    cada tipo de uso. Numa rea comum

    de trfego intenso e exposto s intem-

    pries, no devem ser utilizados pisos

    que escorregam, para evitar acidentes.

    No caso de uma rampa para garagem,

    so empregados pisos que propiciam

    atrito com os pneus dos veculos, vi-

    sando impedir o deslizamento.

    Quando o assunto revestimento

    de piscinas, a preocupao com a

    segurana dos usurios maior em

    relao s bordas e ao entorno. Em

    ambos geralmente so colocados

    pedras naturais ou decks em madeira,

    materiais que possuem conforto tctil.

    Porm, como a incidncia de gua

    inevitvel, todo cuidado pouco contra

    os escorreges, ressalta Gonalves.

    Nos novos empreendimentos, o

    uso de pisos emborrachados est

    cada vez mais em voga nas reas

    externas destinadas a playgrounds.

    Mas, embora seja apropriado para

    amortecimento de pequenos tombos,

    ele se torna perigoso quando molhado.

    O aconselhamento tcnico de pro-

    fissional qualificado imprescindvel

    na indicao do revestimento mais

    apropriado. Nas reas comuns, que

    pertencem a todos os condminos,

    Bunemer: preciso ateno para no danificar as lajes.

    o Imobiliria e Condomnios do

    Secovi-SP (Sindicato da Habitao)

    Nos novos empreendimentos, o

    uso de pisos emborrachados est

    cada vez mais em voga nas reas

    externas destinadas a

    Mas, embora seja apropriado para

    amortecimento de pequenos tombos,

    ele se torna perigoso quando molhado.

    O aconselhamento tcnico de pro-

    fissional qualificado imprescindvel

    na indicao do revestimento mais

    apropriado. Nas reas comuns, que

    pertencem a todos os condminos,

    Bunemer: preciso ateno para no danificar as lajes.

    Foto

    : Cal

    o J

    orge

    28

    manutenoPor Paula Ignacio

  • nual de reas Comuns, criado pelo

    Secovi-SP e SindusCon-SP. Ele traz

    recomendaes sobre limpeza e

    conservao dos pisos dessas reas.

    O ideal, porm, que cada con-

    domnio tenha o seu prprio ma-

    nual, elaborado por engenheiros e

    arquitetos, que analisaro o local

    e o material empregado, a fim de

    indicar os cuidados.

    De acordo com o engenheiro

    Gabriel Rodrigues, scio da Katec

    Engenharia, so poucos os con-

    domnios que dispem de manual

    personalizado, embora seja possvel

    contratar empresas de engenharia

    para realizarem o servio. Na concep-

    o do empresrio, com o manual

    difcil cometer erros por desconhecer

    os cuidados que devem ser dispensa-

    dos a certos materiais. Infelizmente,

    erro que acontece com frequncia, Fique atento s maneiras como so realizadas a limpeza e conservao dos pisos em reas comuns

    Foto

    : JC

    Edu

    ardo

    29

  • ocasionando a necessidade de subs-

    tituio e reformas, complementa.

    Existem maneiras simples e eficien-

    tes de conservar os pisos. Por exem-

    plo: como areia e terra so abrasivos,

    um capacho na entrada das reas in-

    ternas ajuda na conservao. Ricardo

    Bunemer alerta para a economia que

    pode ser feita e d algumas sugestes:

    Granito, mrmore, granilite e mosaico

    romano tm de ser polidos, ficando

    com a aparncia de novos. Pisos de

    madeira devem ser lixados e depois

    protegidos com produtos especficos,

    enquanto os carpetes podem ser

    lavados. Entretanto, no caso de esta-

    rem bem danificados, no h soluo

    mgica; precisaro ser trocados.

    A hora da troca

    Bunemer explica que, antes de

    substituir o piso, recomendvel

    uma avaliao da situao e do local

    e atentar para alguns detalhes. No

    caso da rea externa, a remoo no

    pode estragar a impermeabilizao.

    necessrio ateno para no danificar

    as lajes. Para reas internas, como hall

    de servio e escadarias, devemos ter

    todo o cuidado para que as obras no

    danifiquem a estrutura e os condutos

    eltricos, telefnicos, CATV, circuitos

    de segurana, de automao ou mes-

    mo hidrulicos.

    Rodrigues, da Katec, diz ser impor-

    tante pensar na impermeabilizao das

    garagens, uma vez que o piso precisa

    suportar o atrito e o peso dos auto-

    mveis. Nas garagens normalmente

    so aplicadas vrias camadas de di-

    ferentes tipos de revestimentos, como

    cimentados, cilindrados e juntas de

    dilatao cerradas. So as camadas

    de sacrifcio, diz.

    Ele aconselha ateno na hora de

    contratar uma empresa para execu-

    o da troca dos pisos. Companhias

    srias, segundo o empresrio, ofe-

    recem garantias legais de qualidade

    do servio e, ao realizarem as trocas,

    cuidam da parte de impermeabili-

    zao. importante para o sndico

    exigir esse tipo de garantia, uma vez

    que o trabalho pode colocar em risco

    Gonalves: Nas reas comuns, segurana e conforto so premissas

    a segurana dos condminos.

    As substituies de piso tm de

    ser bem planejadas. Ao escolher o

    material, alm do fator esttico,

    aconselhvel considerar os aspectos

    de manuteno e segurana. Hoje,

    felizmente, existem pisos muito bonitos

    que oferecem mais segurana. o

    caso do porcelanato que j vem com

    antiderrapante. O mercado de pisos

    tem oferecido material de qualidade,

    explica Rodrigues. Ele lembra que

    cada material traz especificaes de

    conservao, que, se forem seguidas,

    aumentaro a durabilidade do piso.

    fundamental dar treinamento

    adequado aos funcionrios respon-

    sveis pela limpeza e conservao

    das reas comuns, para que, inclu-

    sive, consumam menos gua. H

    tambm a possibilidade de utilizao

    de produtos de limpeza biodegrad-

    veis, hoje fceis de encontrar e que

    no prejudicam o meio ambiente e a

    resistncia dos pisos.

    As substituies de pisos devem ser bem planejadas

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    30

    manutenoPor Paula Ignacio

  • Em prol do planetaO Dia Mundial do Meio Ambiente comemorado em 5 de junho. Apesar de todos os progressos, os condomnios e a sociedade ainda tm muito o que avanar

    Em 5 de junho prximo, o Mxico sediar as comemoraes do Dia Mundial do Meio Ambiente, com o tema Seu Planeta Precisa de

    Voc: Unidos Contra as Mudanas

    Climticas. Segundo os organizadores

    do evento, a proposta refletir o enga-

    jamento dos pases da Amrica Latina

    e Caribe na luta contra as mudanas

    climticas e na transio para uma

    sociedade de baixo carbono.

    Muito se fala que o Brasil tem uma

    posio de liderana em termos de po-

    ltica nacional de mudanas climticas,

    de posturas e atitudes em relao ao

    uso dos recursos e da forma de lidar

    com as questes ambientais.

    O especialista da FGV ainda faz

    referncia a uma recente pesquisa

    realizada pelos institutos Akatu e

    Ethos, que mostra alguns resultados

    positivos, como a manuteno do per-

    centual de consumidores conscientes

    em 5%. Considerando-se o aumento

    populacional, isso significa um cresci-

    mento de cerca de 500 mil consumi-

    dores brasileiros aderindo a valores e

    comportamentos mais sustentveis.

    pois agora se estrutura para cumprir

    suas metas de reduo das emisses

    de gases do efeito estufa at 2020.

    Caminhamos bastante, mas o muito

    ainda pouco. preciso conscientiza-

    o em larga escala, analisa Alexan-

    dre Prado, coordenador de Projeto do

    Programa Desenvolvimento Local do

    Centro de Estudos em Sustentabilida-

    de da FGV (Fundao Getlio Vargas).

    Segundo ele, as pessoas precisam

    se reconhecer como agentes ativos do

    desenvolvimento sustentvel, para aju-

    darem na promoo de uma mudana

    32

    Por Marcos Fernando Queiroz

    sustentaBilidade

  • Precisamos voltar os olhos para

    a energia que vem de cima, ilustra,

    fazendo referncia explorao in-

    discriminada do solo e dos recursos

    hidrominerais promovida pelo homem.

    Segundo o coordenador da FGV,

    por abrigar ncleos humanos, o condo-

    mnio apresenta diferenciais positivos

    nessa empreitada. Um grupo com

    um bom planejamento surte mais

    efeito. A economia de gua e energia

    nos edifcios um bom exemplo a ser

    praticado, ilustra.

    Conscientizao expandida

    O Secovi-SP sempre esteve na

    luta pela adoo de medidas sustent-

    veis, diz Geraldo Bernardes, diretor de

    Sustentabilidade da Vice-presidncia

    de Administrao Imobiliria e Con-

    domnios do Sindicato. Queremos

    conduzir os condomnios para essa

    renovao, completa.

    A mudana de postura pode come-

    ar por atitudes simples, segundo Ber-

    nardes. Basicamente, so aes que

    envolvem economia de gua e energia,

    reciclagem de lixo e a criao de reas

    permeveis nos edifcios. Em linhas

    gerais, elas valorizam o condomnio.

    Para o dirigente, as administrado-

    ras tambm precisam esforar-se para

    oferecer ao condomnio aquilo que elas

    prprias elegeram para si como estra-

    tgia de sobrevivncia. Se for uma

    empresa que pensa no meio ambiente,

    essa preocupao deve se traduzir em

    propostas concretas para os condom-

    nios de sua carteira, afirma. Prado: A economia de gua e energia nos edifcios um bom exemplo a ser praticado

    SUSTENTABILIDADE NOS CONDOMNIOS

    Com algumas mudanas, possvel alcanar resultados sustent-

    veis importantes nos condomnios. Abaixo algumas aes que podem

    ser aplicadas:

    A instalao de medio individualizada de consumo de gua re-presenta at 35% de economia na conta de gua. O sndico deve verificar

    se o seu prdio permite tais instalaes. O mesmo vale para o GLP (Gs

    Liquefeito de Petrleo).

    O condomnio pode fazer parceria com alguma empresa ou organiza-o que recicle o leo de fritura usado de origem domstica. Essa iniciativa

    diminui o risco de entupimento dos canos e a contaminao da gua.

    O condomnio poder promover coleta seletiva de lixo reciclvel, acio-nando cooperativas ou prefeituras para recolher esse material. Quando da

    manuteno, pode tambm lanar mo do uso de tintas ecolgicas, com

    cores claras. Isso favorece uma menor contaminao qumica e, simulta-

    neamente, um melhor uso da luminosidade.

    Os moradores ou funcionrios do condomnio podero juntar o mate-rial orgnico do lixo para compostagem, usando-o nos jardins e hortas do

    prdio ou at mesmo vendendo-o.

    O condomnio pode instalar um sistema de captao de gua de chuva para a lavagem de reas comuns, carros, caladas ou mesmo para regar

    jardins. Tambm pode promover a troca ou instalao de equipamentos

    hidrulicos (regulador de vazo, arejadores, controladores de vazo, vasos

    sanitrios, etc.), o que resulta em economia de gua e energia.

    A instalao de luzes com sensores de presena, principalmente em reas de baixa movimentao, como escadas, uma atitude sustentvel.

    Outra alternativa menos comum, porm vivel, a instalao de sistema

    para captao de energia elica no condomnio.

    Caso conte com mais de um elevador, o condomnio pode promover um rodzio no uso do equipamento. possvel instalar programas sofistica-

    dos que controlam de forma inteligente a logstica dos elevadores.

    Comprar alimentos orgnicos ainda sai caro. Mas os condminos podem formar um clube de compras, negociando melhores preos direta-

    mente com as empresas fabricantes.

    Fonte: Diretoria de Sustentabilidade da Vice-presidncia de Administrao Imobiliria e

    Condomnios do Secovi-SP

    33

  • Toda

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    Muitos sndicos e administra-dores tm dvidas sobre o que est sendo proposto para os seus elevadores. Tm dificuldade para interpretar tecnicamente os diferen-tes oramentos que so propostos e avaliar as empresas que os oferecem. Saber o que realmente imprescindvel em termos de se-gurana e aspectos legais.

    Para estas e outras questes o aconselhamento profissional feito por pessoal capacitado e indepen-dente, alm da segurana, um investimento que resulta em eco-nomia para o condomnio ao estar aplicando corretamente os recursos disponveis.

    Os principais servios so: 1) Laudo Tcnico: atravs de

    visita ao edifcio e vistoria nos elevadores feita uma anlise completa, identificando os pontos crticos. Orientando o condomnio em relao aos itens que devem ser substitudos ajustados ou refeitos e quais as partes onde no so necessrios servios. emitido um laudo tcnico embasado inclusive por imagens fotogrficas.

    2) Equalizao de propostas:

    elaborao de um comparativo entre as propostas de servios exis-tentes ou de um memorial descritivo dos itens a serem considerados nas propostas. Anlise das empresas proponentes ou sugesto de em-presas participantes.

    O resultado apresentado atravs de uma planilha de equali-zao tcnica das propostas com orientaes e consideraes finais para a tomada de deciso pelo condomnio.

    3) Acompanhamento das insta-laes: Muitas vezes difcil para os leigos acompanharem se os ser-vios contratados foram realmente realizados conforme contratados. Neste caso realizada a confern-cia e certificao dos equipamentos e uma avaliao final das instala-es, aprovao, testes e liberao final para uso.

    A consultoria do Seciesp reali-zada por engenheiros com mais de 15 anos de experincia no ramo de elevadores e profundo conhecimen-to tcnico e prtico.

    Importante: IMPARCIALIDADE: Os servios oferecidos pelo SE-CIESP so realizados por profis-sionais capacitados que no tm vnculo com nenhuma empresa fabricante ou de manuteno.

    O elevador o bem mais impor-tante de um condomnio vertical, na dvida consulte o SECIESP.

    Seciesp oferece consultoria Independente em elevadores

    DVIDAS COM SEU ELEVADOR??

  • reatrabalhistarita de cassia guimares bracaleoab/Sp 236.180

    Um componente do corpo diretivo pode ser, simultaneamente, advogado do condomnio?

    Concedida a folga semanal, aps quantas horas o empregado poder retornar ao trabalho? Estas e

    outras questes so respondidas pelo Departamento Jurdico do Secovi-SP

    2

    3Qual intervalo dever ser observado na realizao de exames

    peridicos dos trabalhadores em condomnios?

    Regra geral, o exame peridico, que compe o PCMSO (Programa

    de Controle Mdico de Sade Ocupacional), previsto na NR MTE n 7,

    dever ser realizado nos seguintes intervalos mnimos: anualmente, para

    trabalhadores menores de 18 anos e maiores de 45 anos de idade; a

    cada dois anos para trabalhadores entre 18 e 45 anos de idade.

    Deve-se ressaltar, no entanto, que outras circunstncias, como a

    exposio dos trabalhadores a riscos ou situaes de trabalho que

    impliquem o desencadeamento ou agravamento de doena ocupacio-

    nal ou quando portadores de doenas crnicas, podero determinar,

    a critrio do mdico do trabalho, a realizao do exame em intervalos

    menores (item 7.4.3.2, NR-7).

    Concedida a folga semanal, aps quantas horas o empregado

    poder retornar ao trabalho?

    A Constituio Federal assegura a todos os empregados descan-

    so semanal remunerado (folga), que dever corresponder a 24 horas

    consecutivas (art. 67, CLT). Alm disso, deve-se observar que o artigo

    66 da CLT determina que entre o trmino de uma jornada de trabalho

    e incio de outra deve haver um intervalo de, no mnimo, 11 horas con-

    secutivas de descanso, que no deve ser deduzido nem compensado

    do perodo de folga.

    Dessa forma, por ocasio da concesso do repouso semanal re-

    munerado (folga), o incio de nova jornada de trabalho dever ocorrer

    aps, no mnimo, 35 horas consecutivas de descanso (soma das 24

    horas da folga + 11 horas de intervalo entre jornadas).

    1Em caso de dispensa, sem justa causa,

    de empregado que tenha se aposentado

    no curso do contrato de trabalho e saca-

    do o FGTS, qual ser a base de clculo

    da multa rescisria: todos os depsitos

    fundirios efetuados na vigncia do

    contrato ou somente aqueles realizados

    aps a aposentadoria?

    Predomina atualmente o entendimento

    que a multa rescisria devida em razo da

    dispensa imotivada do empregado apo-

    sentado dever ser calculada sobre todos

    os depsitos efetuados na conta vinculada

    do FGTS durante a vigncia do contrato

    de trabalho, atualizados monetariamente

    e acrescidos dos respectivos juros, sem

    deduo dos saques ocorridos por ocasio

    da aposentadoria.

    Nesse sentido dispe a Orientao

    Jurisprudencial SDI-1 n 361 do Tribunal

    Superior do Trabalho:

    361. Aposentadoria Espontnea. Unici-

    dade do Contrato de Trabalho. Multa de 40%

    do FGTS sobre todo o perodo

    A aposentadoria espontnea no cau-

    sa de extino do contrato de trabalho se o

    empregado permanece prestando servios

    ao empregador aps a jubilao. Assim, por

    ocasio da sua dispensa imotivada, o em-

    pregado tem direito multa de 40% do FGTS

    sobre a totalidade dos depsitos efetuados

    no curso do pacto laboral.

    36

    tiRa-dVidas

  • 1Diz o artigo 322 do Cdigo Civil que, quando o pagamento for em quotas

    peridicas, a quitao da ltima estabelece, at prova em contrrio, a

    presuno de estarem solvidas as anteriores. Tal lgica se aplica s

    cotas condominiais?

    No. Entende-se que as cotas condominiais so autnomas, bem como

    fundamentais para a sobrevivncia do condomnio e manuteno dos servios

    e benefcios comuns. O julgado seguinte ilustra o que foi dito:

    Cota. Condomnio. Presuno. Quitao.

    A jurisprudncia das Turmas que compem a Segunda Seo deste Superior

    Tribunal pacificou-se no sentido de que as cotas condominiais so imprescind-

    veis manuteno do condomnio, que sobrevive da contribuio de todos em

    benefcio da propriedade comum de que usufruem. Elas representam os gastos

    efetuados ms a ms, de sorte que gozam de autonomia umas das outras, no

    prevalecendo a presuno contida no art. 322 do CC/2002 (correspondente ao

    art. 943 do CC/1916), de que a mais antiga parcela estaria paga se as subse-

    quentes o estivessem. Diante disso, a Seo deu provimento aos embargos.

    Precedente citado: REsp 852.417-SP, DJ 18/12/2006.

    (STJ - Embargos de divergncia em recurso especial 712.106-DF, Rel. Min.

    Joo Otvio de Noronha, julgado em 9/12/2009).

    2H contradio entre disposio da Conveno que limita a quantidade

    de reeleies do sndico e o texto do artigo 1.347 do Cdigo Civil?

    No. A lei em vigor sobre o tema (artigos 1.331 a 1.358 do Cdigo Civil) no

    estabelece qualquer limitao quanto reeleio do sndico no condomnio

    edilcio ou mesmo dos demais cargos diretivos (subsndico e conselheiros).

    Pelo contrrio, o mandato, ainda que limitado a dois anos no mximo, poder

    se renovar por infinitas e sucessivas reeleies, salvo se o contrrio dispuser

    expressamente a Conveno do Condomnio, como um aprofundamento da

    generalidade presente no artigo 1.347 do Cdigo Civil:

    Art. 1.347. A assembleia escolher um sndico, que poder no ser con-

    dmino, para administrar o condomnio, por prazo no superior a dois anos, o

    qual poder renovar-se.

    3um componente do corpo diretivo

    (sndico, subsndico ou conselheiro)

    pode ser, simultaneamente, advogado

    do condomnio?

    No. A ocorrncia deve ser evitada,

    pois configura desvio tico e discipli-

    nar, bem como ofensa Lei Federal n

    8.906/94 (Estatuto da Advocacia):

    Advogado e ocupante de cargo na ad-

    ministrao de condomnio - Cumulao

    - Captao de causas e clientes - Conflito

    de interesses - Funes inconciliveis

    e incompatveis. Incabvel a cumulao

    do cargo de Subsndico ou membro do

    Conselho Consultivo com a funo de

    Advogado do Condomnio. Flagrante

    inculcao e captao de clientes, o que

    atenta contra a dignidade da profisso.

    Configura conflito de interesses o exer-

    ccio, pelo Advogado, de cargo na admi-

    nistrao do Condomnio que lhe confere

    poderes para a apreciao, aprovao e

    fiscalizao de seu prprio contrato de

    honorrios (Tribunal de tica e Disciplina

    da OAB-SP - Processo n E-3.844/2009 -

    v.u., parecer e ementa do Rel. Dr. Jos

    Antonio Salvador Martho Ementrio da

    528 Sesso realizada em 10/12/2009).

    rea cvelJoo paulo rossi

    paschoaloab 153.841

    Este espao um canal permanente para que sndicos e administradoras esclaream questes relacionadas ao dia a dia da gesto condominial. Envie suas dvidas para

    o e-mail [email protected]

    37

    tiRa-dVidas

  • Conhecimento como forma de defender a atuao do setor imobilirio. Esta a frmula do sucesso. Com base nessa premissa, o Secovi-SP desenvolve pesquisas e cursos para as

    vrias reas da indstria da construo civil e imobi-

    liria, e para a infinidade de profissionais que atuam

    nessa rea, do loteador ao zelador e administrador

    de condomnios.

    O Sindicato tambm foi a primeira entidade pa-

    tronal a desenvolver uma universidade corporativa,

    em maio de 2001. Prestes a completar dez anos

    de atuao, a Universidade Secovi forma somente

    no segmento de condomnios 500 alunos por ano

    e iniciou em abril o MBA em Financiamento e Ne-

    gcios Imobilirios, uma iniciativa conjunta com

    a Abecip (Associao Brasileira das Entidades

    de Crdito Imobilirio e Poupana) e UBS (Unio

    Business School).

    Assim como os empresrios sentem falta de tra-

    balhadores capacitados para os canteiros de obras,

    as instituies financeiras percebem a escassez de

    profissionais que entendam de crdito imobilirio.

    A explicao para esse fenmeno o longo

    perodo de estagnao pelo qual passou o setor imo-

    bilirio nacional, iniciado nos anos 80 com o fim do

    BNH (Banco Nacional de Habitao), poca de falta

    de crdito, de curtos perodos de financiamento (de

    quatro a oito anos) e altos ndices de inflao.

    A partir de 1994, com o fortalecimento da moeda e

    o controle da inflao, teve incio a retomada no Pas

    da instituio do crdito imobilirio. No final de 1999,

    os esqueletos do FCVS (Fundo de Compensao das

    Variaes Salariais), gerados pelo Proer medida

    governamental de auxlio aos bancos nacionais , co-

    mearam a retornar ao mercado. Eram R$ 30 bilhes

    que voltariam em 100 meses, a conta-gotas. Hoje,

    esse montante representa 1/3 do que foi destinado

    pelos agentes financeiros em 2010.

    O economista Srgio Darcy, que no final do go-

    verno FHC era diretor de Normas do Banco Central,

    foi um dos grandes responsveis por essa guinada

    no crdito, junto ao ento presidente do BC, Armnio

    Fraga. Para a volta do crdito, houve efetiva partici-

    pao de empresrios e bancos, ao que permitiu

    crescimento exponencial do setor.

    Agora, o desafio de encontrar novas formas de

    recursos para o financiamento produo e aquisio

    de imveis, em virtude de uma possvel escassez de

    fundos da poupana e do FGTS (Fundo de Garantia

    do Tempo de Servio) daqui a dois anos, depende de

    mais profissionais preparados e conhecedores das

    peculiaridades desse segmento econmico.

    Por essa razo, investiremos cada vez mais

    em educao.

    Joo Crestana presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitao) e da Comisso Nacional da Indstria

    Imobiliria da CBIC (Cmara Brasileira da Indstria da Construo)

    Conhecimento a base do sucesso

    38

    Por Joo Crestana

    caRta do PResidente

  • ACESSRIOSABC Metal ...................................................... pg. 40Advento Comercial ......................................... pg. 41Confiana ....................................................... pg. 41Jetpump ......................................................... pg. 40Travema .......................................................... pg. 40Uruflex ............................................................ pg. 40

    ADMINISTRAO DE ESTACIONAMENTOSDoral Park Estacionamentos .......................... pg. 41

    ADMINISTRADORAADCIP ............................................................. pg. 40Camargo ........................................................ pg. 43Damasco ........................................................ pg. 42Della Torre Condomnios ................................ pg. 41Directa ............................................................ pg. 42F Moraes ........................................................ pg. 41GK .................................................................. pg. 41Grupo Maxx .................................................... pg. 42Nuez Aldin Condomnios ............................. pg. 42Prisma Administrao .................................... pg. 42Sigecon .......................................................... pg. 43Verti ................................................................. pg. 42Winn Administrao ....................................... pg. 42

    AuDITORIAConaudi .......................................................... pg. 43

    BRIGADA DE INCNDIOProtexfire ........................................................ pg. 42Red Fire .......................................................... pg. 43Tecnofire ......................................................... pg. 43

    CONSTRuO3D Contrues ............................................... pg. 60

    CONSulTORIA DE ElEVADORESDr. Elevador .................................................... pg. 43

    CONTROlE DE PRAGASDesintec ......................................................... pg. 44

    DESENTuPIDORADesentupidora Jupiter .................................... pg. 44Real ................................................................ pg. 44

    ElTRICAExclusiva Engenharia ..................................... pg. 44Hengeserv ...................................................... pg. 45

    ElEVADORESAlternativa ....................................................... pg. 45Asselev ........................................................... pg. 46Basic Elevadores............................................ pg. 34CBE ................................................................ pg. 46Convert ........................................................... pg. 34CSM................................................................ pg. 45Delev .............................................................. pg. 47Ewic ................................................................ pg. 47Grambell ......................................................... pg. 34

    Infolev ............................................................. pg. 35Korman ........................................................... pg. 45MDE ................................................................ pg. 47Mega .............................................................. pg. 45Mitson ............................................................. pg. 46Monciel ........................................................... pg. 46New Servs ...................................................... pg. 46Novart ............................................................. pg. 44Paulista ........................................................... pg. 47Primac ............................................................ pg. 34RC................................................................... pg. 47Santista .......................................................... pg. 48Seciesp ........................................................... pg. 34SPL ................................................................. pg. 48Tecnew............................................................ pg. 47Universal ......................................................... pg. 48Zapplift ........................................................... pg. 34

    EQuIPAMENTOS DE GINSTICAJohnson Fitness Store ................................... pg. 15

    FIlTROSFiltrolar ............................................................ pg. 48

    FITNESSMundo Fit ....................................................... pg. 21

    GERADORESGen Control .................................................... pg. 48

    IMPERMEABIlIzAOAmadeu .......................................................... pg. 49Landotek ........................................................ pg. 48Lwart ............................................................... pg. 48Polican ............................................................ pg. 49Primer ............................................................. pg. 49Vedacit (Otto) ................................................. pg. 59

    INDIVIDuAlIzAOAJ Martani ...................................................... pg. 11Sappel do Brasil ............................................. pg. 02

    MVEISMilenio Mveis................................................ pg. 13Silton Flex ....................................................... pg. 49Tidelli In & Out ........................................ pg. 04 e 05

    MVEIS PARA REA DE lAzERSolare ............................................................. pg. 49

    PINTuRAA Freitas ......................................................... pg. 50Agilimp ........................................................... pg. 50Arco ris .......................................................... pg. 50Arthcores ........................................................ pg. 50Colorcryl ......................................................... pg. 51Flaiban ............................................................ pg. 51Galli Servios .................................................. pg. 52PGM Pinturas ................................................. pg. 51Pinturas Habitar .............................................. pg. 52Pinturas Triunfo ............................................... pg. 50

    Repinte ........................................................... pg. 53Restaurar Engenharia .................................... pg. 53Spectro ........................................................... pg. 53TAJ Engenharia .............................................. pg. 53ZS Pinturas ..................................................... pg. 51

    PISOSMister Polish ................................................... pg. 29

    PORTA CONTRA FOGOVital Corp ........................................................ pg. 54

    RADIOCOMuNICAODharmacom ................................................... pg. 54

    REFORMAS EM GERAlFachadex ........................................................ pg. 54Souza Costa ................................................... pg. 54

    SEGuRANABombardi ........................................................ pg. 55Eletroseg ........................................................ pg. 54

    TAPETESNovo Espao .................................................. pg. 54

    TERCEIRIzAOGrupo Alpha ................................................... pg. 57Grupo Fort ...................................................... pg. 55Horus Monitoramento .................................... pg. 58JVS Servios................................................... pg. 56Maxxima ......................................................... pg. 56Natzar ............................................................. pg. 56R.E. Service .................................................... pg. 58Replace .......................................................... pg. 55SS Planejamento ............................................ pg. 55Treze Brasil ..................................................... pg. 57Valmac ............................................................ pg. 58

    TREINAMENTOGabor RH ....................................................... pg. 03Suat ................................................................ pg. 58

    VlVulA REDuTORA DE PRESSOV.R.P Premium ................................................ pg. 31

  • 40

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