petrobras magazine #60
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Novo projeto gráfico e editorial, novas seções, novos conteúdos. A nova Petrobras Magazine é para você ouvir, baixar, assistir, curtir e compartilhar. Esperamos que vocês curtam!TRANSCRIPT
em discussão
ENERGIAS RENOVÁVEIS
volta ao mundo
PERU, BERÇO DA CULTURA PRÉ-COLOMBIANA
Lixo Extraordinário CINEMA E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
MOBILIDADETRANSPORTES, URBANIZAÇÃO, SUSTENTABILIDADE: UMA ESTRADA, MUITOS DESAFIOS
BRICs em foco: uma conversa em
Londres com
JIM O’NEILLáguas
profundasO PRÉ-SAL E O FUTURO
municipal do Rio OLHARES SOBRE
UM TEATRO CENTENÁRIO
pesquisaOS NOVOS CIENTISTAS BRASILEIROS
#60
| ww
w.petro
bras.com
/magazine
sf:[mobilidade] é o ato de ser móvel.
Estar dentro de um mundo que gira sem parar.
É movimento; volubilidade; inconstância; velocidade.
LEIA_ a versão impressa
ASSISTA_ os vídeos online
ACESSE _conteúdo extra no site
INTERAJA_ com a versão iPad
COMPARTILHE _nas redes sociais
#60 | www.petrobras.com/magazine
em discussão
ENERGIAS RENOVÁVEIS
volta ao mundo
PERU, BERÇO DA CULTURA PRÉ-COLOMBIANA
Lixo Extraordinário CINEMA E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
MOBILIDADETRANSPORTES, URBANIZAÇÃO, SUSTENTABILIDADE: UMA ESTRADA, MUITOS DESAFIOS
BRICs em foco: uma conversa em
Londres com
JIM O’NEILLáguas
profundasO PRÉ-SAL E O FUTURO
municipal do Rio OLHARES SOBRE
UM TEATRO CENTENÁRIO
pesquisaOS NOVOS CIENTISTAS BRASILEIROS
#60
| ww
w.petro
bras.com
/magazine
sf:[mobilidade] é o ato de ser móvel.
Estar dentro de um mundo que gira sem parar.
É movimento; volubilidade; inconstância; velocidade.
LEIA_ a versão impressa
ASSISTA_ os vídeos online
ACESSE _conteúdo extra no site
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#60 | www.petrobras.com/magazine
Making-of: Flagrantes da sessão de fotos que rendeu as imagens da capa e da reportagem principal desta edição
Em Londres: Jim O’Neill (na foto à esquerda) recebe nossa equipe em seu escritório
No Peru: cenas dos bastidores do vídeo que complementa a seção Volta ao Mundo
GERENTE EXECUTIVO DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL_ WILSON SANTAROSA | GERENTE DE COMUNICAÇÃO INTERNACIONAL_ IZEUSSE DIAS BRAGA JUNIOR | GERENTE DE RELACIONAMENTO_
GILBERTO PUIG | GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS_ PATRICIA DE MELLO DIAS | GERENTE DE MULTIMEIOS_ PATRICIA FRAGA DE CASTRO E SILVA | EDITORA E COORDENADORA_ ESTEPHANI
BEILER ZAVARISE | EDITORES_ CLAUDIA GISELE PERES MARTINS, ERIC MOREIRA SILVA, LEONARDO QUEIROZ DE SÁ, VINICIUS BASTIANI, VIVIANE CASTRO DAVICO
conselho editorial
ADRIANO FERREIRA LIMA_ RESPONSABILIDADE SOCIAL | EDUARDO GUTTERRES VILLELA _EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO | JOSE CARLOS COELHO CIDADE_ ÁREA INTERNACIONAL | LINDINOR SÁ
LARANGEIRA_ABASTECIMENTO | LIZA RAMALHO ALBUQUERQUE_ CENTRO DE PESQUISAS MARIO ADRIANO VIEIRA CAMPANILE_ IMAGEM CORPORATIVA E MARCAS | MARIZA PELEGRINETI
LOURENCO GRYNSZPAN_ ENGENHARIA | NILTON MARLUCIO DE ARRUDA_ SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE, EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E SAÚDE | ORLANDO COSTA GONÇALVES JUNIOR_
RELACIONAMENTO COM INVESTIDORES | PATRICIA ALVES DO REGO SILVA_RELACIONAMENTO COM O PÚBLICO INTERNO | PAULA DE OLIVEIRA ALMADA MORAES_IMPRENSA | SANDRA
VASCONCELLOS CHAVES_GÁS E ENERGIA | VALÉRIO TITO GAMA_PETROBRAS BIOCOMBUSTÍVEL
#60 / 2011 - publicação trimestral da Comunicação Institucional da Petrobras
www.petrobras.com/magazine
_MOBILIDADE
_AOS LEITORES Apresentamos a nova Petrobras Magazine. Uma revista especialmente produzida para você, que quer entender
as mudanças e os desafios do mundo atual e a forma como a Petrobras, terceira maior empresa de energia
do mundo*, lida com eles. Desafios que têm impactos no futuro da economia global, na produção da energia necessária para as pessoas, no crescimento dos nossos
negócios e no compromisso que temos com o meio ambiente e com a sociedade.
Queremos que você pense nesses desafios com base em um conteúdo de qualidade, com
profundidade, e aproveitando o prazer de uma boa leitura. Por isso, trabalhamos intensamente no novo projeto
editorial e gráfico da revista. Que privilegia a diversidade de opiniões. Que traz texto e imagens na edição impressa e, de forma complementar, vídeos, áudios, infográficos e outros conteúdos em sua página no novo site global da empresa – www.petrobras.com. Um projeto que também está presente
nas novas mídias, a partir do lançamento do aplicativo da revista para o iPad.
Tudo isso é realizado em um momento especial na história da Petrobras. Este é um ano de ótimas perspectivas.
Recentemente, superamos desafios para explorar a camada pré-sal, no fundo do mar. E o mundo reconheceu o nosso
esforço, investindo maciçamente nas ações da Companhia, consolidando a maior capitalização já realizada por uma
empresa em bolsa de valores.
Sabemos que uma empresa integrada de energia não é apenas aquela que retira o petróleo do fundo do mar e leva energia até você, mas também a que se relaciona com seus
públicos de forma transparente. Por isso, nosso objetivo é fazer da Petrobras Magazine a sua referência sobre o
universo da energia e a nossa atuação. Esperamos que você aprecie a leitura!
Equipe Petrobras Magazine
(*) Ranking PFC Energy 2011
foto
cap
a: M
ax M
oure
/w
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.cas
a13.
com
.br
tr
atam
ento
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em:
Mar
c Re
cco
ag
rade
cim
ento
s: A
sics
, Res
erva
como curtir a revista
A Petrobras Magazine não se esgota no papel. Boxes com esta cor, espalhados pela edição, indicam que há uma extensão do conteúdo da reportagem em questão, seja na internet (no site www.petrobras.com/magazine) ou na versão iPad da revista. Nossa informação vai até você, de forma dinâmica. Nova Petrobras Magazine. Interconectada e integrada. Interativa e atual. Leia. Acesse. Participe. Curta.
ipad_
Interatividade,
vídeos, áudio, fotos e
textos inéditos
web_
www.petrobras.com/
magazine: site oficial
com fotos e textos
inéditos
facebook_
atualizações, novos conteúdos
e comentários: facebook.com/
fanpagepetrobras
revista impressa_
PUBLISHER_ FLAVIO ROZEMBLATT | DIRETORA DE ATENDIMENTO_ PALOMA BRAGANÇA DIRETOR DE OPERAÇÕES_ GUSTAVO GUIMARÃES | DIRETORA DE DESIGN_ CYNTHIA HOMSI
ATENDIMENTO_ JOANA FIGUEIREDO / CLARA BOTELHO | EDITOR _ MARCO ANTONIO BARBOSA REPÓRTERES_VINICIUS MEDEIROS / FERNANDO MIRAGAYA | DESIGNERS_ JOANA PETERSEN /
TATHYANA RAUPP | DIRETOR DE ARTE DIGITAL_ EDUARDO ARAUJO | WEB DESIGNER_ DIOGO ADIALA | DESENVOLVEDOR WEB_ MARCELO PAULA | DIRETORAS E PRODUTORAS DE VÍDEO_ GIZELLA WERNECK / LIARA CASTRO | DIRETOR DE FOTOGRAFIA (VÍDEO)_ STEFAN HESS | COORDENADORA DE PROJETOS_
CARLA UYARA | GERENTE FINANCEIRA_ ROBERTA FERRAZ | REVISÃO_ PENHA DUTRA
A revista Petrobras Magazine não é vendida. Para solicitar assinatura, informações e enviar cartas ou sugestões, contate a redação: Petrobras/Comunicação InternacionalAv. República do Chile, 65, sala 1001 • Rio de Janeiro – RJ | CEP: 20031-912 Brasil
E-mail: [email protected]: www.petrobras.com/magazine
A reprodução parcial ou total dos artigos desta publicação é autorizada mediante menção à fonte.© Copyright 2011 por Petrobras. Afiliada à Associação Brasileira de Comunicação Empresarial
realização
WWW.SELULOID.COM
Angola Rua Pedro Felix Machado, 51/2º andar – Luanda - 2665 ANGOLA | Tel: (244 2) 39 0330Argentina Av. Maipú, 1 - Buenos Aires – C1084ABA - ARGENTINA | Tel: (54 11) 4344-6072
Bolívia Av. Grigota, esquina Los Troncos, casi 4º anillo – casilla 6886 Santa Cruz de la Sierra – BOLIVIA| Tel: (591 3) 358 6030Chile Av. Cerro Colorado, 5240 - piso 14 / Região Metropolitana – Lãs Condes Santiago – CHILE| Tel: (00562) 328 4700
China Level 12th floor, units 21-25 - China World Tower 1 -JianGuoMenWai Avenue, Beijing - 100004 CHINA Tel: (86 10) 650 598 37Cingapura 8 EU Tong Sen Street #22-89, The Central, Singapore 059818 – SINGAPORE | Tel: (65) 6550 50 92
Cuba Centro de Negócios Miramar – Edifício Beijing, Piso Nro.2, Oficina 216 – Avenida 3º, entre 76 e 78, Miramar – Municipio Playa, – Ciudad de La Havana, CUBAColômbia Carretera 7, 71/21 - Edifício Bancafe / torre B - 17º piso – Santa Fé de Bogotá / DC – COLOMBIA | Tel: (57 1) 313 5000
Equador Esquina de Av. Amazonas N 39 123 y José Arízaga, Edificio Amazonas - Plaza, piso 5, Quito – ECUADOR | Tel: (592-2) 2985-300EUA - Houston 10350 Richmond Avenue, Suíte 1400– Houston, TX - 77042 USA | Tel: (1 713) 808-2000
EUA – Nova York 570 Lexington, 43rd floor, New York -10022-6837 USA | Tel: (1 212) 829 1517Holanda Weenapoint, torrent A - Weena 722, 3e. Verdieping – 3014 DA - Rotterdam – THE NETHERLANDS | Tel: (31 010) 206-7000
Irã 1st floor Amini Building - Anahita, nº 5 - Africa, Blvd.– Tehran - 19176433 67 - IRANJapão Tokyo Ginko Bldg. 5th floor, rooms 505/506 - Marunouchi, 1-3-1 – Chiyoda-ku – Tokyo- 100-0005 JAPAN| Tel: (813) 5218-1200
Líbia Al Fateh Tower, 2 - rooms 156 and 157 - Tripoli – LIBYA | Tel: (218 91) 215-0634México AVENIDA Paseo de la Reforma, 115, piso 11, oficina 1101 Colonia Lomas de Chapultepec - México/DF - 11000 MÉXICO| Tel: +52 (55) 30 67 91 00
Nigéria Plot 98, Adeola Odeku Street - 5th Floor, Victoria Island Lagos – NIGERIA | Tel: (+234 1) 462-1300Paraguai Avda. Aviadores del Chaco esq. Cañada., 2806/Edif. Petrobras San Jorge - Asunción – PARAGUAY| Tel: (595 21) 618 1592
Peru Amador Merino Reyna, 285 piso 5 - San Isidro Lima – PERÚ | Tel: (51 1) 222 4455Portugal Lagoas Park, Edifício 11/1º Norte - Porto Salvo – Oeiras - 2740-270 - PORTUGAL | Tel: (351 210) 992 845
Reino Unido 4th floor, 20 North Audley Street, London - W1K 6WL - UK | Tel: (44 0 20) 7535 1100 Tanzânia Off Chole Road, Plot 1403/1A - Masaki Area – Dar Es Salaam - 31391 - TANZANIA | Tel: (255 22) 216 5676
Turquia Iran Caddesi, Karum Is Merkezi, 5.Kat, F Asansoru, 427 / 21 - Kavaklidere Cankya – Ankara - 6680 - TURKEY| Tel: (90 312) 457 6222Uruguai Plaza Independência, 831 - piso 10, CP 11100 – Montevideo - URUGUAY| Tel: (598 2) 500-84-00
Venezuela Av. Venezuela del Rosal, Edificio Torre Lamaletto, piso 8 Caracas – VENEZUELA| Tel: (58 212) 957-7300
[1] max moure_ “Sou muito ligado aos esportes e ao
movimento. Retratar em imagens a questão da mobilidade
urbana foi um trabalho criativo que muito me interessou”. [2] marc recco_ “Manipular e retrabalhar a foto usada
na capa foi algo desafiador, à altura da complexidade do
tema”. [3] gabriel gianordoli_ “Transformar números
em imagens ajuda as pessoas a enxergar seu significado e
revela pontos curiosos das narrativas sobre a mobilidade e
sobre a exploração do pré-sal.” [4] felipe varanda_ “O
Municipal parece nunca ser o mesmo, cada vez que volto
vejo um detalhe que sempre esteve lá e que nunca havia
percebido”. [5] carlos tautz_ “Hoje testemunhamos o
desenvolvimento de uma geração de pesquisadores que vai
contribuir, e muito, para o avanço tecnológico no Brasil”.
_contamos com
[1]
[3] [4] [5]
[2]
Making-of: Flagrantes da sessão de fotos que rendeu as imagens da capa e da reportagem principal desta edição
Em Londres: Jim O’Neill (na foto à esquerda) recebe nossa equipe em seu escritório
No Peru: cenas dos bastidores do vídeo que complementa a seção Volta ao Mundo
GERENTE EXECUTIVO DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL_ WILSON SANTAROSA | GERENTE DE COMUNICAÇÃO INTERNACIONAL_ IZEUSSE DIAS BRAGA JUNIOR | GERENTE DE RELACIONAMENTO_
GILBERTO PUIG | GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS_ PATRICIA DE MELLO DIAS | GERENTE DE MULTIMEIOS_ PATRICIA FRAGA DE CASTRO E SILVA | EDITORA E COORDENADORA_ ESTEPHANI
BEILER ZAVARISE | EDITORES_ CLAUDIA GISELE PERES MARTINS, ERIC MOREIRA SILVA, LEONARDO QUEIROZ DE SÁ, VINICIUS BASTIANI, VIVIANE CASTRO DAVICO
conselho editorial
ADRIANO FERREIRA LIMA_ RESPONSABILIDADE SOCIAL | EDUARDO GUTTERRES VILLELA _EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO | JOSE CARLOS COELHO CIDADE_ ÁREA INTERNACIONAL | LINDINOR SÁ
LARANGEIRA_ABASTECIMENTO | LIZA RAMALHO ALBUQUERQUE_ CENTRO DE PESQUISAS MARIO ADRIANO VIEIRA CAMPANILE_ IMAGEM CORPORATIVA E MARCAS | MARIZA PELEGRINETI
LOURENCO GRYNSZPAN_ ENGENHARIA | NILTON MARLUCIO DE ARRUDA_ SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE, EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E SAÚDE | ORLANDO COSTA GONÇALVES JUNIOR_
RELACIONAMENTO COM INVESTIDORES | PATRICIA ALVES DO REGO SILVA_RELACIONAMENTO COM O PÚBLICO INTERNO | PAULA DE OLIVEIRA ALMADA MORAES_IMPRENSA | SANDRA
VASCONCELLOS CHAVES_GÁS E ENERGIA | VALÉRIO TITO GAMA_PETROBRAS BIOCOMBUSTÍVEL
#60 / 2011 - publicação trimestral da Comunicação Institucional da Petrobras
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_MOBILIDADE
_AOS LEITORES Apresentamos a nova Petrobras Magazine. Uma revista especialmente produzida para você, que quer entender
as mudanças e os desafios do mundo atual e a forma como a Petrobras, terceira maior empresa de energia
do mundo*, lida com eles. Desafios que têm impactos no futuro da economia global, na produção da energia necessária para as pessoas, no crescimento dos nossos
negócios e no compromisso que temos com o meio ambiente e com a sociedade.
Queremos que você pense nesses desafios com base em um conteúdo de qualidade, com
profundidade, e aproveitando o prazer de uma boa leitura. Por isso, trabalhamos intensamente no novo projeto
editorial e gráfico da revista. Que privilegia a diversidade de opiniões. Que traz texto e imagens na edição impressa e, de forma complementar, vídeos, áudios, infográficos e outros conteúdos em sua página no novo site global da empresa – www.petrobras.com. Um projeto que também está presente
nas novas mídias, a partir do lançamento do aplicativo da revista para o iPad.
Tudo isso é realizado em um momento especial na história da Petrobras. Este é um ano de ótimas perspectivas.
Recentemente, superamos desafios para explorar a camada pré-sal, no fundo do mar. E o mundo reconheceu o nosso
esforço, investindo maciçamente nas ações da Companhia, consolidando a maior capitalização já realizada por uma
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Sabemos que uma empresa integrada de energia não é apenas aquela que retira o petróleo do fundo do mar e leva energia até você, mas também a que se relaciona com seus
públicos de forma transparente. Por isso, nosso objetivo é fazer da Petrobras Magazine a sua referência sobre o
universo da energia e a nossa atuação. Esperamos que você aprecie a leitura!
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inéditos
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PUBLISHER_ FLAVIO ROZEMBLATT | DIRETORA DE ATENDIMENTO_ PALOMA BRAGANÇA DIRETOR DE OPERAÇÕES_ GUSTAVO GUIMARÃES | DIRETORA DE DESIGN_ CYNTHIA HOMSI
ATENDIMENTO_ JOANA FIGUEIREDO / CLARA BOTELHO | EDITOR _ MARCO ANTONIO BARBOSA REPÓRTERES_VINICIUS MEDEIROS / FERNANDO MIRAGAYA | DESIGNERS_ JOANA PETERSEN /
TATHYANA RAUPP | DIRETOR DE ARTE DIGITAL_ EDUARDO ARAUJO | WEB DESIGNER_ DIOGO ADIALA | DESENVOLVEDOR WEB_ MARCELO PAULA | DIRETORAS E PRODUTORAS DE VÍDEO_ GIZELLA WERNECK / LIARA CASTRO | DIRETOR DE FOTOGRAFIA (VÍDEO)_ STEFAN HESS | COORDENADORA DE PROJETOS_
CARLA UYARA | GERENTE FINANCEIRA_ ROBERTA FERRAZ | REVISÃO_ PENHA DUTRA
A revista Petrobras Magazine não é vendida. Para solicitar assinatura, informações e enviar cartas ou sugestões, contate a redação: Petrobras/Comunicação InternacionalAv. República do Chile, 65, sala 1001 • Rio de Janeiro – RJ | CEP: 20031-912 Brasil
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A reprodução parcial ou total dos artigos desta publicação é autorizada mediante menção à fonte.© Copyright 2011 por Petrobras. Afiliada à Associação Brasileira de Comunicação Empresarial
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Angola Rua Pedro Felix Machado, 51/2º andar – Luanda - 2665 ANGOLA | Tel: (244 2) 39 0330Argentina Av. Maipú, 1 - Buenos Aires – C1084ABA - ARGENTINA | Tel: (54 11) 4344-6072
Bolívia Av. Grigota, esquina Los Troncos, casi 4º anillo – casilla 6886 Santa Cruz de la Sierra – BOLIVIA| Tel: (591 3) 358 6030Chile Av. Cerro Colorado, 5240 - piso 14 / Região Metropolitana – Lãs Condes Santiago – CHILE| Tel: (00562) 328 4700
China Level 12th floor, units 21-25 - China World Tower 1 -JianGuoMenWai Avenue, Beijing - 100004 CHINA Tel: (86 10) 650 598 37Cingapura 8 EU Tong Sen Street #22-89, The Central, Singapore 059818 – SINGAPORE | Tel: (65) 6550 50 92
Cuba Centro de Negócios Miramar – Edifício Beijing, Piso Nro.2, Oficina 216 – Avenida 3º, entre 76 e 78, Miramar – Municipio Playa, – Ciudad de La Havana, CUBAColômbia Carretera 7, 71/21 - Edifício Bancafe / torre B - 17º piso – Santa Fé de Bogotá / DC – COLOMBIA | Tel: (57 1) 313 5000
Equador Esquina de Av. Amazonas N 39 123 y José Arízaga, Edificio Amazonas - Plaza, piso 5, Quito – ECUADOR | Tel: (592-2) 2985-300EUA - Houston 10350 Richmond Avenue, Suíte 1400– Houston, TX - 77042 USA | Tel: (1 713) 808-2000
EUA – Nova York 570 Lexington, 43rd floor, New York -10022-6837 USA | Tel: (1 212) 829 1517Holanda Weenapoint, torrent A - Weena 722, 3e. Verdieping – 3014 DA - Rotterdam – THE NETHERLANDS | Tel: (31 010) 206-7000
Irã 1st floor Amini Building - Anahita, nº 5 - Africa, Blvd.– Tehran - 19176433 67 - IRANJapão Tokyo Ginko Bldg. 5th floor, rooms 505/506 - Marunouchi, 1-3-1 – Chiyoda-ku – Tokyo- 100-0005 JAPAN| Tel: (813) 5218-1200
Líbia Al Fateh Tower, 2 - rooms 156 and 157 - Tripoli – LIBYA | Tel: (218 91) 215-0634México AVENIDA Paseo de la Reforma, 115, piso 11, oficina 1101 Colonia Lomas de Chapultepec - México/DF - 11000 MÉXICO| Tel: +52 (55) 30 67 91 00
Nigéria Plot 98, Adeola Odeku Street - 5th Floor, Victoria Island Lagos – NIGERIA | Tel: (+234 1) 462-1300Paraguai Avda. Aviadores del Chaco esq. Cañada., 2806/Edif. Petrobras San Jorge - Asunción – PARAGUAY| Tel: (595 21) 618 1592
Peru Amador Merino Reyna, 285 piso 5 - San Isidro Lima – PERÚ | Tel: (51 1) 222 4455Portugal Lagoas Park, Edifício 11/1º Norte - Porto Salvo – Oeiras - 2740-270 - PORTUGAL | Tel: (351 210) 992 845
Reino Unido 4th floor, 20 North Audley Street, London - W1K 6WL - UK | Tel: (44 0 20) 7535 1100 Tanzânia Off Chole Road, Plot 1403/1A - Masaki Area – Dar Es Salaam - 31391 - TANZANIA | Tel: (255 22) 216 5676
Turquia Iran Caddesi, Karum Is Merkezi, 5.Kat, F Asansoru, 427 / 21 - Kavaklidere Cankya – Ankara - 6680 - TURKEY| Tel: (90 312) 457 6222Uruguai Plaza Independência, 831 - piso 10, CP 11100 – Montevideo - URUGUAY| Tel: (598 2) 500-84-00
Venezuela Av. Venezuela del Rosal, Edificio Torre Lamaletto, piso 8 Caracas – VENEZUELA| Tel: (58 212) 957-7300
[1] max moure_ “Sou muito ligado aos esportes e ao
movimento. Retratar em imagens a questão da mobilidade
urbana foi um trabalho criativo que muito me interessou”. [2] marc recco_ “Manipular e retrabalhar a foto usada
na capa foi algo desafiador, à altura da complexidade do
tema”. [3] gabriel gianordoli_ “Transformar números
em imagens ajuda as pessoas a enxergar seu significado e
revela pontos curiosos das narrativas sobre a mobilidade e
sobre a exploração do pré-sal.” [4] felipe varanda_ “O
Municipal parece nunca ser o mesmo, cada vez que volto
vejo um detalhe que sempre esteve lá e que nunca havia
percebido”. [5] carlos tautz_ “Hoje testemunhamos o
desenvolvimento de uma geração de pesquisadores que vai
contribuir, e muito, para o avanço tecnológico no Brasil”.
_contamos com
[1]
[3] [4] [5]
[2]
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ADRIANO FERREIRA LIMA_ RESPONSABILIDADE SOCIAL | EDUARDO GUTTERRES VILLELA _EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO | JOSE CARLOS COELHO CIDADE_ ÁREA INTERNACIONAL | LINDINOR SÁ
LARANGEIRA_ABASTECIMENTO | LIZA RAMALHO ALBUQUERQUE_ CENTRO DE PESQUISAS MARIO ADRIANO VIEIRA CAMPANILE_ IMAGEM CORPORATIVA E MARCAS | MARIZA PELEGRINETI
LOURENCO GRYNSZPAN_ ENGENHARIA | NILTON MARLUCIO DE ARRUDA_ SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE, EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E SAÚDE | ORLANDO COSTA GONÇALVES JUNIOR_
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#60 / 2011 - publicação trimestral da Comunicação Institucional da Petrobras
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_MOBILIDADE
_AOS LEITORES Apresentamos a nova Petrobras Magazine. Uma revista especialmente produzida para você, que quer entender
as mudanças e os desafios do mundo atual e a forma como a Petrobras, terceira maior empresa de energia
do mundo*, lida com eles. Desafios que têm impactos no futuro da economia global, na produção da energia necessária para as pessoas, no crescimento dos nossos
negócios e no compromisso que temos com o meio ambiente e com a sociedade.
Queremos que você pense nesses desafios com base em um conteúdo de qualidade, com
profundidade, e aproveitando o prazer de uma boa leitura. Por isso, trabalhamos intensamente no novo projeto
editorial e gráfico da revista. Que privilegia a diversidade de opiniões. Que traz texto e imagens na edição impressa e, de forma complementar, vídeos, áudios, infográficos e outros conteúdos em sua página no novo site global da empresa – www.petrobras.com. Um projeto que também está presente
nas novas mídias, a partir do lançamento do aplicativo da revista para o iPad.
Tudo isso é realizado em um momento especial na história da Petrobras. Este é um ano de ótimas perspectivas.
Recentemente, superamos desafios para explorar a camada pré-sal, no fundo do mar. E o mundo reconheceu o nosso
esforço, investindo maciçamente nas ações da Companhia, consolidando a maior capitalização já realizada por uma
empresa em bolsa de valores.
Sabemos que uma empresa integrada de energia não é apenas aquela que retira o petróleo do fundo do mar e leva energia até você, mas também a que se relaciona com seus
públicos de forma transparente. Por isso, nosso objetivo é fazer da Petrobras Magazine a sua referência sobre o
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Equipe Petrobras Magazine
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A Petrobras Magazine não se esgota no papel. Boxes com esta cor, espalhados pela edição, indicam que há uma extensão do conteúdo da reportagem em questão, seja na internet (no site www.petrobras.com/magazine) ou na versão iPad da revista. Nossa informação vai até você, de forma dinâmica. Nova Petrobras Magazine. Interconectada e integrada. Interativa e atual. Leia. Acesse. Participe. Curta.
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Venezuela Av. Venezuela del Rosal, Edificio Torre Lamaletto, piso 8 Caracas – VENEZUELA| Tel: (58 212) 957-7300
[1] max moure_ “Sou muito ligado aos esportes e ao
movimento. Retratar em imagens a questão da mobilidade
urbana foi um trabalho criativo que muito me interessou”. [2] marc recco_ “Manipular e retrabalhar a foto usada
na capa foi algo desafiador, à altura da complexidade do
tema”. [3] gabriel gianordoli_ “Transformar números
em imagens ajuda as pessoas a enxergar seu significado e
revela pontos curiosos das narrativas sobre a mobilidade e
sobre a exploração do pré-sal.” [4] felipe varanda_ “O
Municipal parece nunca ser o mesmo, cada vez que volto
vejo um detalhe que sempre esteve lá e que nunca havia
percebido”. [5] carlos tautz_ “Hoje testemunhamos o
desenvolvimento de uma geração de pesquisadores que vai
contribuir, e muito, para o avanço tecnológico no Brasil”.
_contamos com
[1]
[3] [4] [5]
[2]
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42
20
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_ENTREVISTAUma conversa em Londres com o pai dos Brics
_NOTÍCIASAs últimas novidades
sobre a Petrobras
_NEGÓCIOReservas do pré-sal impulsionamcrescimento da Petrobras
_DESAFIO GLOBAL:MOBILIDADE Alternativas para o transporte urbano no século XXI
_EM DISCUSSÃODavid Renné e o futuro das energias renováveis
ILU
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AÇÃO
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_VOLTA AO MUNDO: PERU Onde o legado inca se encontra com a modernidade
_TECNOLOGIAO surgimento, no Brasil, de um avançado polo tecnológico no setor de energia
_ENSAIORenovado, o Theatro
Municipal do Rio de Janeiro se revela à nossa câmera
_VISÃO GERALOnde e como a Petrobras atua pelo mundo
_CULTURALixo Extraordinário:
cinema e transformação social
ÍNDICE#60 _MOBILIDADE
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1
CRIADOR DO TERMO BRIC, o economista inglês conversou
com a Petrobras Magazine em Londres sobre PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO, os desafios para o Brasil e o mercado
mundial de energia
6 petrobras magazine
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áudio_
Ouça trechos da entrevista
em www.petrobras.com/
magazine e na versão ipad
O’Neill contra o horizonte urbano de Hong Kong: prevendo os rumos da economia mundial
Jim O’ NEILLPOR VINICIUS MEDEIROS E ESTEPHANI ZAVARISE FOTOS MIGUEL A. FONTA
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entrevista
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pós criar, em 2001, o conceito BRIC – acrônimo que associa Brasil, Rússia, Índia e China, países em desenvolvimento com traços culturais, políticos e geográficos distintos mas com um grau acelerado de crescimento econômico –, o economista Jim O’Neill foi alçado à condição de oráculo sobre os rumos da economia mundial. E provocou um grande impacto no establishment financeiro ao cunhar um termo que seria adotado por todo o mundo como sinônimo de nações em desenvolvimento com baixo risco para investimento, apontando-as como fundamentais para a economia mundial.
Quem entra na sede do banco de investimentos Goldman Sachs Asset Management, em Londres, tem a impressão de estar em vários lugares ao mesmo tempo. Ali se respiram, simultaneamente, de carona nas variações dos mercados de ações, os ares de Tóquio, Xangai, Hong Kong, Frankfurt, São Paulo e Nova York. Do coração do centro financeiro londrino, O’Neill, chairman do banco especializado em planejamento financeiro e estratégias de investimentos para pessoas físicas e empresas, costuma fazer suas previsões sobre a economia global, sempre com atenção especial aos quatro países que o tornaram reconhecido mundialmente.
Um convite para o tradicional chá da tarde inglês foi o ponto de partida para um animado bate-papo com O’Neill, britânico natural de Manchester, fanático por futebol e pelo clube mais popular da cidade inglesa (o Manchester United, retratado em inúmeras fotos no escritório do economista). Descontraído e à vontade, ele falou à Petrobras Magazine sobre suas novas apostas para a economia global, as perspectivas para o Brasil e o mercado de energia, sem deixar de lado sua paixão pelos esportes.
AMinha aposta continua sendo os BRICs. Se há uma grande história
para a próxima década, está ligada
ao CONSUMO NESSES PAÍSES”
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Após a criação do termo BRIC, em 2001, você e sua equipe
identificaram outros 11 países com grande potencial de
crescimento econômico, chamados “Next Eleven”. Desta vez,
sua aposta se concentra em quatro dessas 11 nações: México,
Indonésia, Coreia do Sul e Turquia. Por que estes países se
destacam frente aos demais?
Jim O’Neill: Identifiquei estes quatro países, ao lado dos BRICs, como nações economicamente fortes o suficiente para não serem mais consideradas emergentes. Hoje, prefiro chamá-las de mercados em crescimento. Muitas similaridades ligam essas oito nações: grandes populações, nível considerável de desenvolvimento, sucesso econômico e seriedade nos negócios, o que as torna bons refúgios para os investidores em busca de liquidez. São essas características que as diferenciam dos demais países emergentes. Todas elas, por exemplo, possuem, individualmente, pelo menos 1% do PIB mundial. Veja, por exemplo, o caso da Coreia do Sul, que possui um dos mais altos índices educacionais e de uso de tecnologia. É quase um insulto considerá-la um país emergente. Ainda assim, todos estes países ainda precisam convencer os investidores a deixarem de tratá-los como tais.
Na década passada, além de criar o termo BRIC, o senhor previu
a queda do dólar frente ao euro e a outras importantes moedas
internacionais. Antes, no meio dos anos 1990, antecipara a
alta do iene nos mercados internacionais. Depois de tantas
previsões certeiras, quais serão as próximas apostas em relação
à economia mundial?
Jim O’Neill: Minha aposta continua sendo os BRICs e, principalmente, seus consumidores. Se há uma grande história para a próxima década, ela está ligada ao consumo nesses países. O certo é que não vivemos mais em um mundo dominado pelos consumidores norte-americanos, mas pelos consumidores dos países dos BRICs. Escutei uma história, recentemente, que confirma isso: a loja da Louis Vuitton, em Paris, impôs um limite de compra por conta da grande presença de turistas chineses. Lojas da Madison Avenue, em Nova York, estão procurando trabalhadores que falem português fluentemente para atender os visitantes brasileiros. Há algumas semanas, estive em South Beach, em Miami (EUA), e fiquei espantado com a grande quantidade de brasileiros. Só se ouvia português em todos os lados... Então, tudo isso prova que estamos entrando em uma nova fase.
Em sua opinião, qual será o papel do Brasil na economia global
nos próximos anos?
Jim O’Neill: Em relação ao Brasil, acho que estamos em um ano interessante. Em sua primeira década como um BRIC, o Brasil passou por dificuldades nos primeiros cinco anos e deu a volta por cima a seguir, indo muito bem economicamente.
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O economista em seu escritório na sede londrina do Goldman Sachs Asset Management: fotos do
Manchester United pelas paredes
Como investidor, acho que se deve observar e esperar. A explicação é simples: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em minha opinião, foi provavelmente o principal líder político do G-20 na década passada, acaba de deixar o governo. E substituí-lo não é uma tarefa simples. A missão é tão dura, quanto suceder Alex Ferguson no cargo de técnico do Manchester United (risos). Mas o Brasil é um país fantástico, abençoado, com bom clima e fontes variadas de energia renovável. Anteriormente, apostava-se na Austrália como um país de futuro, mas o Brasil tem tudo para crescer e se tornar uma potência ainda maior.
Nesse sentido, quais os principais
desafios para a nova presidenta,
Dilma Rousseff?
Jim O’Neill: O maior deles é, aparentemente, o mais simples: manter o sucesso obtido nos últimos anos. O Brasil se tornou um novo país na última década, em particular na tarefa de manter a inflação estabilizada. Certa vez, estive em São Paulo para participar de uma conferência com o economista Paulo Lamy e ele me disse que a inflação projetada para aquele ano seria a mesma de quando ele era jovem. Isso é incrível! Deve-se reconhecer que o bom momento atual se deu em parte por conta da gestão do (ex-presidente da República) Fernando Henrique Cardoso e do meu amigo Armínio Fraga (diretor do Banco Central no governo Fernando Henrique), mas os resultados se transformaram em realidade durante o governo Lula. O maior desafio de Dilma, portanto, é garantir que isso continue, já que o Brasil tem um histórico
4
Captação premiadaConcluída em novembro de 2010, a mais recente capitalização da Petrobras resultou em um aumento de capital de R$ 120,249 bilhões para R$ 373,76 bilhões. A maior oferta pública de ações em escala mundial também garantiu um prêmio internacional à Companhia. No mês de março, a revista jurídica Latin Laywer, importante publicação sobre negócios e direito empresarial na América Latina, concedeu à Petrobras o Latin Lawyer Deal of the Year Award, na categoria “Corporate Finance”. De acordo com a publicação, a oferta foi organizada e executada de forma inédita e gerida com excelência.
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econômico terrível. Outro ponto que merece atenção é o câmbio. Tenho amigos do Rio de Janeiro e de São Paulo que me visitam em Londres e acham que o custo de vida na cidade é baixo. Nenhum cidadão no mundo compartilha dessa opinião. O real está muito fortalecido e isso causa problemas para a indústria brasileira e pode ainda enfraquecer o poder do Banco Central. Ainda assim, o controle da inflação é vital.
Como as recentes descobertas de
grandes reservas de petróleo no
litoral brasileiro poderão influenciar
a economia do País?
Jim O’Neill: Sinceramente, não sei. À primeira vista, parece excitante, mas o Brasil deve ficar atento. As descobertas vão alavancar o País? Pode ser, mas talvez não. Se olharmos os últimos 100 anos, a maioria das economias mundiais bem-sucedidas não tinha suas riquezas atreladas às commodities. Uma das coisas que faço com atenção é acompanhar de perto o desempenho da Petrobras. O que acontecer com a empresa vai ser muito importante (para a economia do Brasil). Acho, falando genericamente, que o governo brasileiro aparenta ser muito sábio ao ajudar a Petrobras com os investimentos, porque, neste mundo complexo, as companhias puramente privadas não vão investir o capital que a Petrobras está investindo. Então, isso me parece um movimento inteligente.
E essas descobertas podem
aumentar a importância do Brasil
na economia global?
Jim O’Neill: Já aumentaram. A Petrobras, recentemente, emitiu ações e investidores de todo o
Como o senhor avalia que a crise
no Oriente Médio vai afetar o
setor de energia no curto, médio
e longo prazos?
Jim O’Neill: (risos) Estou no mercado há 30 anos e já aprendi que algumas das minhas previsões não se concretizarão. Ao mesmo tempo, tenho um Ph.D. em petróleo, mas concluí que tentar fazer projeções sobre a cotação do barril de petróleo beira a insanidade. Hoje, o que realmente influencia o preço do petróleo nos mercados internacionais é a economia chinesa, e não o que acontece no Oriente Médio. Neste momento, muitos analistas escrevem sobre o assunto com grande confiança, mas considero muito grande a possibilidade de que todos estejam errados. Em teoria, no entanto, em função da estabilidade política brasileira, o cenário é promissor, principalmente no curto e no médio prazo. Um artigo recente no Financial Times escrito por um ex-executivo da British Petroleum (BP) aborda o assunto, argumentando que há muitas reservas em regiões instáveis politicamente, o que favorece o Brasil. No longo prazo, tudo vai depender do sucesso da Petrobras. Além disso, a situação pode mudar no Oriente Médio. Estou ansioso para ver o que vai acontecer no Egito (após grande ebulição política,
O BRASIL é um país fantástico, abençoado,
com bom clima e fontes variadas de energia renovável.
Tem tudo para
CRESCER e se tornar
uma POTÊNCIA ainda maior”
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mundo quiseram um pedaço da empresa. Se não me engano, foi a maior emissão já feita no mundo (foi captado um valor recorde de R$ 120 bilhões). Então, as descobertas já estão, de certa forma, alterando a posição do Brasil na avaliação dos investidores globais e também o papel do Brasil na indústria mundial de energia.
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que culminou com a queda de Hosni Mubarak, em fevereiro, depois de 30 anos no poder, o exército egípcio divulgou que o país realizará eleições parlamentares em setembro). No passado, nunca achei que o Oriente Médio e o Norte da África fossem uma boa aposta econômica, mas, se analisarmos que a região possui uma população de 400 milhões de pessoas, o dobro do Brasil, há um grande potencial inexplorado, com chances de vermos um novo BRIC.
O senhor acredita que a pressão, cada vez maior, de parte
da sociedade por um modelo energético mais sustentável
pode provocar grandes mudanças no setor de energia,
especialmente no que tange a questões de segurança?
Jim O’Neill: O caso da BP no Golfo do México e toda a repercussão causada são bons exemplos. Há outros locais em que o risco ambiental para a exploração é grande. Reside aí, portanto, o grande desafio do setor. Por isso, acredito que as empresas privadas não são as organizações ideais para resolver o problema energético mundial. Porque isso exige não somente enormes somas de capital, mas envolve risco humano e ambiental. As companhias privadas deveriam assumir esta responsabilidade (a de resolver o problema energético mundial)? Mais uma vez, acho que se trata de uma boa possibilidade para a Petrobras.
Em se tratando de matrizes energéticas, em que direção
o senhor acha que caminhará o setor?
Jim O’Neill: Vamos prestar atenção, novamente, no plano econômico de cinco anos traçado pela China. O primeiro-ministro Wen Jiabao anunciou meta de crescimento de 7% ao ano (número menor que a média dos últimos anos), e a razão são questões energéticas e ambientais. Visito a China com frequência e vejo a transformação nas cidades, que permanecem poluídas, mesmo fora das grandes metrópoles. Há, no entanto, um movimento de mudança. Percebo os chineses preocupados. O plano de cinco anos também mostra um grande interesse por energias alternativas. Acho que os mercados de energias eólica e solar e, obviamente, de biocombustíveis têm grande potencial de crescimento nesta década. E o Brasil também pode se beneficiar.
Em sua opinião, dentre essas fontes energéticas, quais
possuem mais potencial?
Jim O’Neill: Não sou especialista no assunto, mas acho que todas têm grande potencial. Apesar do retrospecto negativo, a energia nuclear pode ser adequada para alguns
Uma das coisas que faço com atenção é acompanhar de perto o desempenho da
Petrobras. A companhia, recentemente, emitiu ações e investidores de todo o mundo
quiseram um pedaço da empresa.
As DESCOBERTAS (NO PRÉ-SAL) já estão, de certa forma, alterando a posição do
Brasil junto aos investidores globais e também o papel do
País na indústria mundial
de ENERGIA”
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entrevista
Observador arguto da economia mundial, O’Neill brinca com sua suposta clarividência:
“Já aprendi que algumas de minhas previsões não se concretizarão”
países. A hidrelétrica também, como se vê no Brasil. Considero a matriz solar outra boa aposta. A China, por exemplo, investe pesado no setor, construindo grandes usinas perto da Mongólia, bem como no próprio país vizinho. É claro que, hoje, essas fontes energéticas não são baratas, mas a tendência é de que a inovação constante altere esse quadro.
Vamos mudar um pouco o assunto.
O que você pode dizer da próxima
Copa do Mundo, que será no Brasil?
Jim O’Neill: Espero que receba um convite para passar as quatro semanas da Copa do Mundo por lá... De maneira geral, as pessoas pensam que sou um expert em Brasil, mas isso não é verdade.
Só estive no País seis vezes, sempre entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Ainda assim, analisando o legado para a nação e o estágio em que se encontra agora, sinto que a competição é uma ótima oportunidade para o Brasil diminuir seus notórios gargalos de infraestrutura, principalmente nas cidades fora do eixo Rio-São Paulo.
Como fanático por futebol, dá para
sonhar com uma final entre Brasil
e Inglaterra?
Jim O’Neill: (gargalhada) Não, a Inglaterra não tem um bom time. Além disso, se lembrarmos que, nas vezes em que as duas seleções se enfrentaram em Copas do Mundo, o Brasil se tornou campeão, não teremos a menor chance.
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_David S. Renné Nascido nos EUA, Renée é o atual presidente da International Solar Energy Society (Ises), organização voltada à pesquisa e prospecção de fontes de energia renovável, com ênfase na energia solar. Já desenvolveu iniciativas ligadas às energias solar, eólica e hidráulica com a ONU e com o governo dos EUA e integra o National Renewable Energy Laboratory como líder de projetos.
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Estamos vendo uma
significativa TRANSFORMAÇÃO do PAPEL da ENERGIA EM NOSSA
SOCIEDADE. Precisamos estabelecer fontes de energia seguras, econômicas e ambientalmente res-
ponsáveis para o futuro, fontes que se aproveitem de re-cursos ilimitados e renováveis. Muitas indústrias já se beneficiam das oportuni-
dades dessas novas fontes de energia limpa, guiando essa transformação. O Brasil é um país abençoado com uma abundância de fontes de energia renovável. E que usa com sucesso recursos hídricos para gerar
eletricidade, além de empregar biocombustíveis como soluções limpas e renováveis para o transporte.Há, no País, uma grande flexibilidade para ampliação do suprimento de energia limpa, explorando tecnologias no campo eólico, solar e outras fontes. Com políticas adequadas de incentivo e mecanismos de financiamen-to, as indústrias brasileiras e a economia do País como um todo estão preparadas para colher excelentes bene-fícios dessa transformação global. Ao redor do mundo, o potencial técnico e econômico das energias solar, eó-lica, hídrica e outras fontes renováveis ultrapassa, em muito, a demanda energética atual. Agora, é o espectro formado pelas políticas governamentais, pelas descobertas tecnológicas e pelas considerações financeiras que deve ser encarado, para que possamos nos aproveitar plenamente dessas abundantes fontes de energia. Ainda assim, há muitas barreiras cruciais que devem ser ultrapassadas para que possamos expandir esse campo. Por exemplo, a infraestrutura necessária para apoiar esses sistemas, tais como redes nacionais capazes de suportar, a um custo razoável, uma grande penetração de recursos variáveis; uma força de trabalho bem treinada e em expansão; procedimentos adequados de regulação; maior eficiência por parte dos con-sumidores; e uma aceitação mais ampla pelo grande público e pelas empresas. Todos esses fatores
são críticos, na estrada rumo a fontes limpas e renováveis. Tecnologias inovadoras no campo da energia têm tido sucesso no mercado, graças a uma variedade de fatores positivos: o
crescimento das vendas, que reduz custos através de uma “curva de aprendizado” bastan-te favorável (estimada em torno de 20% nas últimas três décadas); contínuos melho-
ramentos na eficiência dos sistemas, o que reduz os custos por KW/h produzi-do; modelos de negócio inovadores que se aproveitam de oportunidades
únicas de financiamentos; e, talvez o mais importante, políticas oficiais favoráveis, que proporcionam um ambiente
empresarial atraente para projetos neste segmento.
em discussão
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energia em transformação
POR DAVID S. RENNÉ FOTO ANDRÉ VALENTIM
16 petrobras magazine
PETROBRAS COMEÇA a atuar em Benin, na África
A Petrobras adquiriu 50% de participação
no Bloco 4 na costa do Benin, país localizado
na região oeste da África. Trata-se de
uma área de aproximadamente 7.400
quilômetros quadrados, em profundidade
de água de 200 a 3 mil metros, a uma
distância média de 60 quilômetros da costa.
A expectativa é encontrar petróleo leve,
conforme o padrão das descobertas
realizadas em atividades exploratórias no
continente africano. A Companhia já atua
em países como Angola, Líbia, Namíbia,
Nigéria e Tanzânia.
A exploração será realizada em
consórcio com a Compagnie Béninoise
des Hydrocarbures (CBH), subsidiária
da Lusitania Petroleum, que detém os
50% restantes dos direitos sobre a área
e é operadora do ativo. Entretanto, a
Petrobras tem o direito de assumir a
operação. A companhia deverá realizar
a aquisição e processamento de 2.250
quilômetros quadrados de sísmica 3D
ainda este ano. Confirmado o potencial
exploratório da área, o consórcio se
comprometerá a perfurar três poços.
Petrobras bate recorde de vendas de GASOLINA, QUEROSENE DE AVIAÇÃO E
ASFALTO
A Petrobras registrou, no mês de
dezembro de 2010, recordes históricos
de vendas de gasolina e querosene
de aviação (QAV) no Brasil. Também
no ano passado, a Companhia bateu
recordes de produção e vendas no
segmento de asfaltos.
O volume de gasolina comercializado no
último mês de 2010 totalizou 1, 966 milhão
m³ (12 milhões 366 mil barris/mês ou 399
mil barris/dia), superando em 50 mil m³
(314 mil barris) o recorde anterior, de
março do mesmo ano. Contribuíram
para o recorde de dezembro a
sazonalidade típica do mês e a alta
nos preços do etanol hidratado desde
meados de junho de 2010, o que tornou
a gasolina o combustível preferido pelos
proprietários de veículos flex-fuel na
maioria dos estados brasileiros. Em 2010,
as vendas de gasolina pela Petrobras
aumentaram 17,8% em relação a 2009.
Já as vendas de QAV pela Petrobras no
mês de dezembro de 2010 totalizaram
o volume de 585.450 m³ (119 mil barris/
dia), o que representa um aumento de
4,9% em relação ao recorde anterior,
registrado em julho de 2010 (557.860
m³, ou 117 mil barris/dia). No ano de
2010, houve um aumento de 16,6% no
mercado brasileiro de QAV em relação
a 2009, reflexo do crescimento da
economia nacional.
No segmento de asfaltos, os bons
resultados em 2010 foram alcançados,
sobretudo, em função da alta
demanda de ligantes asfálticos,
utilizados principalmente em obras de
infraestrutura no Brasil. A produção de
asfaltos em 2010 alcançou a marca de
2,763 milhões de toneladas, superando o
ano de 2009 (2,097 milhões de toneladas)
em 32%. O principal aumento ocorreu
no mercado interno, cujas vendas
atingiram 3 milhões de toneladas, 43% a
mais em relação a 2009.
A Petrobras vende, às distribuidoras e ao
Departamento Nacional de Infraestrutura
de Transportes (DNIT), o Cimento Asfáltico
de Petróleo (CAP) e o Asfalto Diluído
de Petróleo (ADP). Esses produtos são
utilizados diretamente em serviços de
pavimentação rodoviária ou industrializados
nas fábricas das distribuidoras.
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petrobras magazine 17
O caminho para tornar o Brasil autossuficiente em fertilizantes
ficou mais curto em março, quando a Petrobras, a Companhia
Energética de Minas Gerais (Cemig) e o governo do Estado
de Minas Gerais assinaram o Protocolo de Intenções para a
construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN V), no
município de Uberaba.
A unidade, que também irá atender às demandas dos Estados de
Goiás, de Mato Grosso e de parte de São Paulo, terá capacidade de
produzir 519 mil toneladas/ano de amônia e deverá consumir 1.257
mil m3 por dia de gás natural. A obra será iniciada em fevereiro
de 2012, com previsão de conclusão para dezembro de 2014. Será
investido US$ 1,3 bilhão na obra.
Atualmente, o Brasil é o quarto maior importador de fertilizantes
do mundo. Com a implantação da UFN V, o País se tornará
autossuficiente em amônia, matéria-prima para a produção de
mono-amônio-fosfato (MAP), fertilizante binário que contém
fósforo e nitrogênio e é utilizado principalmente nas culturas de
milho, cana-de-açúcar e café, entre outras.
Presente à assinatura do Protocolo de Intenções, a presidenta
do Brasil, Dilma Rousseff, destacou a importância da planta.
“Queremos ser autossuficientes em fertilizantes até 2020, mas,
mais que isso, queremos ser inseridos nesse mercado como
produtores e exportadores.”
Hoje, o Brasil conta com duas fábricas de fertilizantes que produzem
ureia e amônia: a FAFEN-BA, em Camaçari, no Estado da Bahia, e
a FAFEN-SE, em Laranjeiras, no Estado de Sergipe. Juntas, as duas
possuem capacidade de produção de 1.056 toneladas de ureia e
um excedente comercializável de 255 mil toneladas de amônia. A
Petrobras também investe na construção da UFN III, em Três Lagoas,
no Estado do Mato Grosso do Sul, e da UFN IV, em Linhares, no Estado
do Espírito Santo, e na expansão da FAFEN-SE, que, a partir de
janeiro de 2013, produzirá também o fertilizante sulfato de amônio.
PETROBRAS INVESTE em unidades de fertilizantes
notícias
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18 petrobras magazine
Braços de transferência de GNL do Terminal Aquaviário de Pecém
Anunciada implantação de terceiro Terminal de REGASEIFICAÇÃO DE GNL no BRASIL
A Petrobras anunciou, em março,
a implantação do Terminal de
Regaseificação de Gás Natural Liquefeito
da Bahia (TRBA), no Nordeste do Brasil.
As obras do complexo, que será capaz
de regaseificar 14 milhões m³/dia de gás
liquefeito (GNL) por dia, começam em
março de 2012. O terminal deve entrar em
funcionamento em 2013. Os investimentos
serão da ordem de US$ 706 milhões.
O terminal será instalado na Baía de
Todos os Santos, no Estado da Bahia, e
vai ser interligado à malha de gasodutos
em dois pontos. Se necessário, vai
possibilitar inclusive a exportação de gás
para a região Sudeste.
Hoje, o Brasil conta com o terminal
de GNL de Pecém, no Estado do Ceará,
com capacidade de regaseificação
de 7 milhões m³/dia, e o da Baía de
Guanabara, no Rio de Janeiro, com
capacidade de regaseificação de 14
milhões m³/dia. A partir de setembro
de 2013, quando o TRBA deverá entrar
em operação, o Brasil terá capacidade
de regaseificar 35 milhões m³/dia,
volume maior que os 31 milhões m³/dia
de gás natural importados da Bolívia.
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Petrobras Distribuidora amplia fábrica de lubrificantesA subsidiária Petrobras Distribuidora
assinou, em março, contrato de
ampliação e modernização da
fábrica de lubrificantes localizada em
Duque de Caxias, no Estado do Rio de
Janeiro. Maior planta industrial de
lubrificantes em uma única refinaria
na América Latina, a unidade terá
sua capacidade produtiva mensal
aumentada em 70%, passando dos
atuais 25 mil m3 por mês para até
42 mil m3 mensais. As obras, previstas
para terminar até o fim de 2012,
contemplam novos equipamentos
para a fábrica de lubrificantes, uma
nova linha de produção de graxas
e área de armazenagem, bem
como a incorporação de modernos
sistemas de automação e controle,
assegurando maior eficiência e
produtividade à fábrica.
Novo Sistema Multimodal de Logística de Etanol
notícias
A empresa Logum Logística S.A.,
criada para implantar um sistema
logístico multimodal para transporte
e armazenamento de etanol no Brasil,
começa a operar no fim de 2012.
A Petrobras tem participação de 20%
na sociedade anônima, que também é
integrada pela Copersucar S.A., Cosan
S.A. Indústria e Comércio e Odebrecht
Transport Participações S.A., com 20%
cada, e pela Camargo Correa Óleo e Gás
S.A. e Uniduto Logística S.A., com 10% de
participação cada.
A empresa, criada em março, será
a responsável pela construção, pelo
desenvolvimento e pela operação do
sistema (logística, carga, descarga,
movimentação e estocagem, operação
de portos e terminais aquaviários), que
envolverá poliduto, hidrovias, rodovias
e cabotagem.
Com investimentos de R$ 6 bilhões, o
Sistema Multimodal de Logística de
Etanol terá aproximadamente 1.300 km
de extensão e atravessará 45 municípios
brasileiros, ligando as principais regiões
produtoras de etanol nos Estados de São
Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso
à refinaria da Petrobras situada em
Paulínia, no Estado de São Paulo. Quando
concluído, o sistema terá capacidade
de transportar até 21 milhões de m3 do
combustível por ano. Também levará
agilidade ao processo de exportação
do produto. Hoje, a maior parte do
etanol é transportada até os portos
por caminhões.
A Transpetro, subsidiária da Petrobras,
irá construir e operar os comboios
de transporte hidroviário e deverá
também operar os dutos do sistema
a serviço da Logum.
Alberto Guimarães, diretor-presidente da
Logum, afirma que o empreendimento
vai proporcionar uma redução de até 20%
nos custos do transporte do combustível
no Brasil, além de contribuir para a
preservação da malha rodoviária e do
meio ambiente, pois será possível reduzir as
emissões de CO2 em 7 mil toneladas por ano.
Criada empresa de logística para TRANSPORTE DE ETANOL
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Em um mundo aparentemente condenado aos engarrafamentos, QUEM PRECISA REALMENTE SE MOVER? As pessoas ou os automóveis? Transporte sustentável, planejamento urbano, novas fontes de energia, ATITUDES individuais INOVADORAS: maneiras de repensar a mobilidade no século XXI para colocar O HOMEM - e não os veículos - como PRIORIDADEPOR MARCO ANTONIO BARBOSA FOTO MAX MOURE / WWW.CASA13.COM.BR TRATAMENTO DE IMAGEM MARC RECCO
STYLING MARIANA ROSALBA BELEZA RENATA VELUDO
desafio global
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sobre mobilidade em
www.petrobras.com/magazine
e na versão ipad
petrobras magazine 21
22 petrobras magazine
ma metrópole qualquer, hora do rush. Olhe em volta. Você está parado. Não importa onde: dentro de seu carro, de pé num ônibus, esperando o metrô ou um trem na plataforma. Tudo à volta parece estar parado. Engarrafamentos, horários que não são cumpridos, excesso de veículos e de gente. Tudo conspira para que não exista movimento aparente à sua volta. Olhe de novo. Tudo se move, na verdade. Olhe de novo e você verá pessoas andando, bicicletas e motocicletas esgueirando-se por entre os carros e ônibus, aviões e helicópteros no céu. Até a Terra está girando, a uma velocidade de mais de mil km/h em torno do próprio eixo. Esqueça os veículos: o que se move é a vida, as pessoas. Se há vida, há movimento, e não há engarrafamento que desminta isso. E todo esse conjunto complexo de objetos (carros, motos, trens...) e estruturas (ferrovias, rodovias, ciclovias, calçadas...), hoje visto como um dos mais intransponíveis dilemas do mundo moderno, está sendo repensado em favor da vida. A mobilidade precisa trabalhar a nosso favor e não contra nós.
O primeiro ônibus urbano surgiu em 1662, na cidade de Paris. Era uma carruagem puxada por sete cavalos, com capacidade para até oito passageiros. Não deu certo; em 1675,
Ujá estava fora de circulação. Provavelmente nascia ali também o primeiro dos problemas da mobilidade urbana. Hoje a situação se complicou ainda mais, com o aumento contínuo dos congestionamentos nas grandes cidades, os acidentes, a poluição atmosférica e sonora, o consumo ineficiente de energia, tudo isso gerando problemas sociais, econômicos e ambientais. O Conselho Mundial de Energia avisa: os meios de transporte atuais impactam o meio ambiente (são responsáveis por até 25% do consumo energético e das emissões de gases do efeito estufa), desperdiçam tempo e dinheiro. Enquanto isso, nós, as pessoas – que deveríamos ser a razão e o objeto de toda a mobilidade – ficamos... parados.
“Quem precisa de mobilidade são as pessoas, não os veículos”, diagnostica Ronaldo Balassiano, professor e pesquisador de engenharia de transportes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Autor de mais de 100 estudos científicos sobre mobilidade e meios de transporte e uma das referências absolutas brasileiras no tema, Balassiano tem pressa. Dispara dados, críticas, exemplos e sugestões como um trem-bala. E seu discurso sempre prioriza o humano, não o mecânico ou o estrutural. “Imagine que, só em 2010, tivemos 3,5 milhões de novos carros produzidos no Brasil. E que essa produção não é acompanhada por uma política de circulação ou de estacionamento. O resultado? O cara pega o carro até para ir à esquina comprar pão. É claro que vai atrapalhar tudo.”
Carlos Vinicius Massa, coordenador do Progra-ma Tecnológico de Inovação em Combustíveis e Lubrificantes (Inova) da Petrobras, resume: “As soluções para a mobilidade urbana passam por um bom planejamento do sistema viário, pela manutenção das vias e estradas e por
Fórum globalEm sua página na internet (www.worldenergy.org), o Conselho Mundial de Energia, fórum global sobre energia e sustentabilidade, disponibiliza estudos a respeito de transportes e mobilidade.
petrobras magazine 23
Congestionamentos aceitáveisO desenvolvimento da indústria automobilística no pós-guerra teve impacto nas tendências de planejamento de mobilidade urbana na segunda metade do séculoXX. Os países mais ricos apostaram em autoestradas e vias expressas mais amplase extensas - sinônimo de progresso. A engenharia de tráfego concentrou-se em manter “níveis aceitáveis” de congestionamento, investindo pouco em meios não motorizados de transporte.
uma integração eficiente entre os transportes coletivos.” Na verdade, apenas recentemente o foco da questão saiu do planejamento dos meios de transporte e do tráfego para um pensamento mais amplo sobre a mobilida-de. Com o número de veículos motorizados no mundo multiplicando-se por cinco entre 1950 e 1980, a prioridade no pós-Segunda Guerra Mundial era manter os carros circulando bem. “Isso tende a priorizar rodovias de alta velocidade e alta capacidade de veículos. E resulta em sistemas de trans-porte e de ocupação territorial dependentes do automóvel”, explica o engenheiro canadense Todd Alexander Litman, membro do Institute of Transportation Engineers (EUA) e autor do estudo “Measuring Transportation: Traffic, Mobility and Accessibility” (“Mensurando o transporte: tráfego, mobilidade e acessibi-lidade”). “É preciso pensar nos usuários de transporte como pessoas que buscam acesso a lugares, serviços ou bens. E não na mobilidade como um fim em si mesma.”
É nesse caminho que parecem seguir os mais importantes estudos e experiências realizados no campo da mobilidade, um termo que hoje, obrigatoriamente, rima com sustentabilidade. A tônica é a procura por projetos inovadores capa-zes de gerenciar as demandas de movimentação e de acessibilidade cada vez mais altas nas grandes cidades. Estimular o uso de transportes
desafio global
“mais verdes” (meios de transporte públicos ou de baixa emissão de dióxido de carbono e gases tóxicos), repensar o planejamento urbano de modo a diminuir os tempos de deslocamento e incentivar os meios de locomoção não motoriza-dos (reduzindo os impactos ambiental, econômico e social): eis a(s) rota(s).
Entretanto, ônibus e automóveis ainda são (e serão, por vários anos) os principais meios de transporte nas cidades. Tendo isso em mente, soluções paralelas estão sendo pensadas para lidar, da melhor forma possível, com essa realidade. “A Petrobras garante o fornecimento de combustíveis de qualidade – que mantêm os veículos circu-lando em condições ideais de funcionamento e poluem menos a atmosfera”, diz Carlos Massa. “Contribuímos para a mobilidade urbana ao produzir combustíveis perfeitamente adequados às novas tecnologias de motores. Com isso, diminuí-mos o risco de panes nos veículos – o que sempre atrapalha o trânsito. Além disso, já nos preparamos para o futuro, quando os veículos híbridos ou movidos por energias renováveis dividirão mais espaço com os carros movidos a gasolina.”
PedaladasPropostas de veículos movidos a tração humana eram populares na virada do século XX, trafegando na água (acima), no ar (abaixo, à esquerda) ou por terra (abaixo, à direita)
Ficção nada científicaO “veleiro aéreo” concebido por Julio Verne em 1886 (à esq.). A “dynosphere-monowheel” (à dir.) prometia revolucionar os transportes, em 1932
24 petrobras magazine
Sem cavalos!A “carruagem sem cavalos” à esquerda prometia alcançar 186 km/h. Chegou a ser testada na Bélgica, nos anos 20. O Fairey Rotodyne (acima) foi um dos vários conceitos de “giroplanos” que foram produzidos, misturando avião com helicóptero. Os balões puxados por elefantes foram concebidos (mas felizmente não testados) no século XIX
Trem aéreoAcima, protótipo de veículo monotrilho suspenso e movido a hélice, apresentado nos anos 30. O projeto foi engavetado por motivos de segurança
desafio global
Os EUA têm a maior média de veículos automotores (com dois ou mais eixos)para cada mil pessoas, quase 5 vezes maior que a média mundial
O país também tema maior extensão de
estradaspavimentadas
6,4
765
MUNDO
EUA
164
milkm
A IRLANDA é o paíscom maior média deviagens aéreasper capita no mundo:
10,3viagens anuaispor habitante
Já a HOLANDA é o país que tem a
maior densidadeterritorial de veículos:
por km2
196
O JAPÃOé o país que
mais utilizao metrô.
Apenas na áreametropolitana
de Tóquio, osdois principais
sistemas de trenssubterrâneos
transportaram,em 2009,
3,16bilhõesde pessoas
A CHINA domina a operação de
trens de alta velocidade(capazes de atingir 250 km/h ou mais)
de linhas em funcionamentoe outros 15,2 mil km em construção.
4,84milkm
A CHINA e a ÍNDIAdominam o mercadomundial de produção
de BICICLETAS.
CHINA
66%
ÍNDIA
9%
incluindocarros,
ônibus oucaminhões
de vias fluviaise marítimasnavegáveis,o BRASIL é o terceiropaís que mais utiliza aNAVEGAÇÃO comomeio de transporte.
É quase amesma extensãosomada das vias fluviais de todos
os países daUnião Europeia.
Com
50milkm
26 petrobras magazine
desafio global
petrobras magazine 27
“O usuário de automóvel não percebe o custo que impõe ao restante da sociedade por sua decisão de entrar no fluxo de tráfego”, resume Luiz Carlos Ramos Paim, engenheiro mecânico e consultor especializado em transportes da Câmara Legislativa de Brasília. Menos automóveis nas ruas, a mudança da ênfase no transporte individual para o transporte coletivo e soluções que privilegiam o deslocamento não motorizado são ideias que vão impactar toda a coletividade – da qualidade de vida de motoristas e pedestres ao ar que respiramos nas grandes cidades.
A bicicleta e a caminhada devem ser complementares ao transporte público. Por outro lado, os donos de automóveis devem ser convencidos – com o aumento da eficiência do transporte público – a deixar seus carros na garagem. “Teríamos ganhos relevantes em termos econômicos e ambientais, pela retirada de tráfego desses veículos”, acredita Paim. Mas isso tudo deve ser precedido de uma mudança no paradigma sobre o respeito que temos uns pelos outros. “As pessoas que estão submetidas às regras das vias públicas e do espaço público não aprenderam a ser igualitárias”, afirma o antropólogo Roberto da Matta, autor de Fé em Deus e pé na tábua – Como e por que você enlouquece dirigindo no Brasil, estudo sobre o caos no trânsito das grandes cidades brasileiras.
Menos estresse, menos poluiçãoINFOGRÁFICO GABRIEL GIANORDOLI FOTOS THINKSTOCK
Por mais que o transporte não motorizado seja, à primeira vista, ideal – baixo custo, saudável, não poluente, energeticamente eficaz –, a mobilidade urbana baseada em motores de combustão ainda será uma realidade por muito tempo. E há gente pensando em minimizar o impacto dessa realidade para as gerações futuras.
explica Tadeu Cordeiro, consultor sênior da gerência de Desempenho de Produtos em Motores do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes). No Laboratório de Ensaios Veicula-res (LEV), onde Tadeu trabalha, a companhia testa novos produtos que agridam menos o meio ambiente, como a gasolina Podium, que possui menor teor de enxofre, além de aditivos que aumentam a vida útil e a “limpeza” dos motores de combustão interna. O LEV também foi pioneiro no Brasil ao experimentar, ainda em 2002, a primeira geração de carros híbridos (eletricidade e combustão) a chegar ao País.
No Brasil, temos um histórico de
PIONEIRISMO na pesquisa de combustíveis que emitam menos gases poluentes”,
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28 petrobras magazine
Em maio de 1896, o nova-iorquino Henry Wells entrava para a história ao protagonizar o primeiro incidente de trânsito da era do automóvel. Pilotando sua “carruagem sem cavalos”, ele atropelou um ciclista. Pulando 114 anos, em agosto de 2010 testemunhamos o maior engarrafamento de todos os tempos – na província de Hebei, na China, um congestionamento que se estendeu por mais de 100 km durou 11 dias, causado por tráfego excessivo de caminhões e pela realização de obras na rodovia. Será que se pode chamar isso de “evolução”? “O planejamento de transportes convencional usa indicadores como a velocidade do tráfego e o custo operacional dos veículos e ignora outros fatores de acessibilidade. Se pensarmos assim, a única solução prática para o congestionamento do trânsito é a expansão das rodovias”, aponta Todd Litman, do Institute of Transportation Engineers (EUA). Mas, com um total de 28,3 bilhões de quilômetros de autoestradas espalha-das pelo mundo, será mesmo essa a solução?
Na contramão (com trocadilho) desse (planejado) maremoto de concreto armado, surgem, em diversos cantos do mundo, iniciativas que devolvem a mobilidade à humanidade. Estímulo ao uso de um transporte coletivo mais eficiente, o incentivo à locomoção não motorizada, a busca por novas formas de energia e a reestruturação do espaço urbano estão na pauta do dia. Curitiba é a referência nacional em planejamento racional da mobilidade – uma história que começou em 1968 e levou a capital paranaense a ser eleita, em abril do ano passado, como a cidade mais sustentável do mundo (na última Conferência Mundial de Sustentabilidade, em Estocolmo, Suécia). Lá surgiu o modelo brasileiro de bus rapid transit (trânsito rápido de ônibus, ou BRT) que foi exportado e/ou inspirou soluções similares em mais de 100 cidades pelo mundo. O BRT, que preconiza faixas exclusivas para ônibus de alta velocidade, estações de passageiros (que eliminam a necessidade de pagar a passagem depois de embarcar no ônibus) e um serviço
Car SharingDifundido na Europa, o “compartilhamento de carros” permite o aluguel rápido de automóveis por períodos curtos. A ideia é diminuir o número de veículos particulares nas ruas, reduzindo congestionamentos, poluição e demanda por vagas de estacionamento.
Como chegamos até aqui – e para onde vamos agora
desafio global
RiversimpleO Riversimple Urban Car será produzido a partir de 2013 como um ideal de carro econômico e ecologicamente correto. Transportará dois passageiros e terá autonomia de 390 km, garantida por uma célula de energia que converte hidrogênio em eletricidade.
Bus Rapid TransitO termo (também traduzido eventualmente como “veículo leve sobre rodas”) abarca diversas soluções baseadas na otimização no serviço de ônibus urbanos. A média de velocidade dos sistemas mais eficientes pode chegar a 48 km/h (contra 24 km/h dos ônibus convencionais).
petrobras magazine 29
com cobertura territorial ampla, foi a solução encontrada por cidades como Bogotá (Colômbia), Nova York (EUA), Seul (Coreia do Sul) e Xiamen (China). E pode ser a solução para o nó nos transportes que o Brasil precisa desatar, para poder sediar a Copa do Mundo (2014) e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro (2016). “Há 400 km de corredores BRT sendo implantados nas cidades-sede da Copa, como São Paulo, Recife e Rio. Nesse aspecto, estamos seguindo o fluxo mundial”, assegura Luís Antonio Lindau, presidente do Centro de Transporte Sustentável do Brasil (CTS-Brasil).
As soluções sobre rodas não se esgotam nos ônibus rápidos. A integração de meios de transporte foi o caminho encontrado por Estocolmo, na Suécia (onde ônibus, metrô, três linhas de trens e outras três de veículos leves sobre trilhos funcionam em harmonia), e por Paris (que conjuga um dos maiores sistemas de metrô do mundo com seis estações de trens interurbanos e internacionais, além de uma boa estrutura para pedestres). Sistemas inovadores de controle de trânsito estão dando certo em Cingapura (que instituiu pedágios de preços variáveis de acordo com os horários de pique no trânsito). O conceito de land reclamation, utilizado tradicionalmente para definir trechos de mar que são aterrados, tem sido usado em Seul e Nova York para isolar áreas urbanas da circulação de carros particulares, priorizando o transporte coletivo. Em Portland (EUA), olhou-se para o passado, em vez de para o futuro: a revitalizada linha de bondes da cidade melhorou o trânsito e trouxe nova vida para áreas degradadas.
“A ocupação do espaço urbano precisa acompanhar a expansão do transporte”, discursa o especialista em engenharia de trânsito Ronaldo Balassiano. “A chegada da mobilidade a uma área ainda desabitada vai trazer, inevitavelmente, a ocupação humana daquela área. É preciso pensar nisso e transformar os terminais de transporte público em espaços úteis para a população, com serviços, postos de saúde, comércio. Isso diminui a necessidade de grandes deslocamentos até os centros urbanos.” A essa ideia reúnem-se demandas mais amplas de urbanização, como o melhor aproveitamento de áreas em processo de esvaziamento populacional, a melhor distribuição da oferta de empregos e serviços (o que reduz o tempo de viagens) e a implantação dos conceitos do transit oriented development - TOD (desenvolvimento orientado para o trânsito). “Ocupações territoriais que promovem o transporte não motorizado e os veículos elétricos e diminuição dos espaços perdidos para estacionamentos são exemplos de planejamento TOD que já estão em prática na Suécia, na Alemanha e na Austrália”, nota Cathleen Sullivan, do Instituto de Estudos de Transportes da Universidade de Berkeley (EUA).
_robert cerveroO status de Robert Cervero como pensador das questões ligadas à mobilidade é rivalizado por poucos outros pesquisadores no mundo. Diretor do Centro de Transportes da Universidade da Califórnia, Cervero já participou de projetos de urbanização, trânsito e questões correlatas pelos quatro cantos do mundo (inclusive no Brasil, no Estado do Ceará) e é autor de seis livros sobre o tema. Ele falou à PETROBRAS MAGAZINE sobre quem está ganhando e quem está perdendo a batalha da mobilidade.
Quais são os tópicos mais urgentes a serem tratados na questão da mobilidade urbana?A mobilidade nas cidades precisa ser sustentável. Uma mobilidade mais acessível passa por uma urbanização que promova caminhadas e o ciclismo – opções que são mais saudáveis, inclusive. E também por um crescimento urbano que acompanhe a capacidade de transporte, e não o contrário. Quais cidades precisam começar já a pensar nessas questões? Nos EUA, cidades como Houston, Atlanta e Phoenix. Na América Latina, São Paulo e a Cidade do México continuam perdendo a luta contra os engarrafamentos, a poluição e a incessante dominação do automóvel. Que tendências dominarão o futuro da mobilidade?A tecnologia terá papel importante. Poderemos solucionar problemas de meio ambiente e energia com combustíveis mais limpos. E veremos mais vizinhanças e bairros receptivos a um estilo de vida mais baseado em caminhadas, e não nos carros.
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30 petrobras magazine30 petrobras magazine
peruBerço do mais PODEROSO IMPÉRIO da América pré-colombiana, o Peru preserva seu passado – a
tradição inca e a influência dos colonizadores espanhóis.
E, no presente, já se posiciona entre as NAÇÕES EMERGENTES DO CONTINENTE
POR MARCO ANTONIO BARBOSA FOTOS ISTOCK / THINKSTOCK
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rodado em locação no Peru
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petrobras magazine 31petrobras magazine 31
Perú
DADOS HISTÓRICOSA mais antiga civilização das Américas, o povo caral, ocupava o atual território do Peru por volta de 2100 a.C. Em 1542 usou-se pela primeira vez o nome “Peru”, para designar a região que abrigava a sede do império inca. O Vice-Reino do Peru compreendia a maior parte dos domínios espanhóis no continente. O país decretou sua independência em 28 de julho de 1821.
volta ao mundo
COMO CHEGARO Aeroporto Internacional Jorge Chávez, em Lima, é o principal acesso ao país. De lá, há voos regulares para as principais cidades do Peru. A Corporação Peruana dos Aeroportos e Aviação Comercial coloca o telefone (51) 1-574-5829 à disposição dos viajantes para sanar dúvidas. Informações turísticas podem ser consultadas no site www.peru.info/peru.asp
(em espanhol).
PanculturalismoQuarto país mais populoso da América do Sul (cerca de 28,3 milhões de habitantes), o Peru cresceu com a miscigenação entre os habitantes nativos e os colonizadores espanhóis. A nação também recebeu grande influxo de africanos, imigrantes de outros países da Europa (Alemanha, Inglaterra, Itália, França) e do extremo Oriente (Japão e China).
“PPor este lado se va a Panamá, a ser pobres, por este otro al Perú, a ser ricos; escoja el que fuere buen castellano lo que más bien le estuviere”, disse em 1526 o espanhol Francisco Pizarro, ao traçar uma linha no chão com sua espada. De um lado, rumo ao Norte, a incerteza dos tempos duros; seguindo para o Sul, o território que hoje é a República do Peru. O folclórico episódio, registrado pelo historiador José Antonio del Busto em Francisco Pizarro, el Marqués Gobernador (1966), bem pode ser o marco simbólico da nação, berço da civilização inca e que hoje abriga uma população multiétnica, uma grande variedade de riquezas minerais e uma biodiversidade pujante. E onde a confluência de culturas (andina, espanhola, africana) criou uma terra cheia de contrastes interessantes, que vem experimentando notável crescimento econômico neste terceiro milênio.
A força das tradições seculares se reflete na quantidade de sítios arqueológicos do país reconhecidos pela Unesco como Patrimônios Mundiais – são 13 (o Brasil,
cujo território é quase sete vezes mais extenso que o peruano, tem 17). Os centros históricos das duas maiores cidades do país (a capital Lima e Arequipa) estão na lista, assim como as míticas ruínas de Macchu Picchu e as construções incas que restam em Cusco. O legado dos incas espalha-se pelos cerca de cem mil sítios
Passado sempre presente:na foto de cima, a histórica
Plaza de Armas de Cusco. Abaixo, as míticas ruínas
de Machu Picchu
arqueológicos catalogados oficialmente no país. Oitenta por cento dos turistas que chegam ao Peru estão em busca desse legado cultural; nada menos que 11% da população economicamente ativa do país trabalham com o turismo.
O (cordial) embate entre passado colonial e presente global acentua-se em direção ao Sudeste do país, onde se encontra Cusco. A cidade, que já foi chamada de “a Roma das Américas”, é, de acordo com historiadores, o mais antigo aglomerado urbano de todo o continente, tendo servido como capital do império inca a partir do século 13. É, oficialmente, a capital histórica do Peru e o maior destino turístico do país, recebendo mais de um milhão de visitantes por ano. O patrimônio arquitetônico, no qual se misturam construções pré-colombianas e prédios da época colonial, é expressivo. A catedral da cidade, com sua fachada em estilo renascentista, data de 1664. O convento e a igreja de La Merced estão lá desde 1675 (a construção original foi destruída por um terremoto, em 1650). A Plaza de Armas, centro nervoso da cidade atual, concentra em seu redor vários prédios que tiveram suas fachadas e telhados de influência espanhola preservados. É possível chegar lá pela Calle Hatun Rumiyuq, a principal via de pedestres de Cusco, também ladeada por construções com três séculos de história. Como ponto culminante da região, sobressaem as muralhas de Coricancha, ou o que sobrou do maior santuário inca, cujos muros foram usados pelos colonizadores europeus para construir o Convento de Santo Domingo.
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volta ao mundoEsplendor pré-colombianoHá indícios de que a região na qual se ergue hoje a cidade de Cusco já era habitada no ano 3000 a.C. Mas a importância da cidade cresceu quando a sede do governo inca foi instalada lá, tornando Cusco o mais importante centro religioso e administrativo da América Latina. Grande parte da população pertencia à aristocracia inca. Francisco Pizarro nomeou-a “Cuzco, ciudad noble y grande”.
34 petrobras magazine
Na província de Urubamba, arredores de Cusco, encontra-se o mais antológico cartão-postal do país, a Montanha Velha – tradução literal do termo quechua Machu Picchu. Erguida a partir do século 15 na porção oriental da Cordilheira dos Andes, a cidadela de pedra, uma das maiores provas da engenhosidade e dos recursos arquitetônicos dos incas, é hoje considerada uma das sete novas maravilhas do mundo. Espalhadas por uma área total de cerca de 326 km², as ruínas de Machu Picchu são envoltas em uma aura de mistério, de tempo suspenso. É como se pudéssemos capturar um pouco da América original, intocada pelos conquistadores espanhóis. A área “urbana” da cidadela tem 172 edifícios e inclui o Templo do Sol (onde, acredita-se, um dia esteve sepultado o imperador Pachacuti), a residência real inca e a chamada “zona sagrada”, que inclui o Templo Principal, maior espaço religioso da cidade. A idolatria que os antigos habitantes devotavam ao sol está presente na estrutura conhecida como Intihuatana, espécie
primitiva de relógio solar, e também na disposição de vários dos edifícios, orientada pelos solstícios e pelo nascer e o pôr do sol.
A capital, Lima, é uma das maiores metrópoles da América Latina, com seus 7,6 milhões de
habitantes. Em meio ao burburinho urbano, porém, esconde-se uma bem
preservada porção da América colonial espanhola, devidamente reconhecida como Patrimônio Histórico em 1991. Há cerca de 20 anos, Lima vem mantendo um programa de restauração e proteção das construções históricas. O exemplo
mais evidente são os balcones (balcões), espécies de varandas
típicas das construções influenciadas pela arquitetura espanhola e que foram
introduzidas na cidade no século 16. Hoje ainda restam cerca de 1.800 balcones intactos, que são mantidos graças a convênios de patrocínio mantidos pela Prefeitura de Lima junto a grandes empresas. Assim como mantém-se preservada a Plaza Mayor, palco de alguns dos
Lima à noite: economia em ascensão impulsiona a urbanização da capital, a 27a cidade mais populosa do mundo
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Talara, o X da questãoA Petrobras Energía Perú S. A. – nome oficial da empresa do Sistema Petrobras que atua no país vizinho – iniciou suas atividades em 1996. Em 2010, foram investidos US$ 235 milhões em projetos de prospecção e exploração. Hoje, a companhia extrai 15.300 barris de óleo de sua principal operação no Peru: o Lote X da Bacia de Talara, no Noroeste da nação, no qual a Petrobras detém 100% de participação. Sobre o Lote 58, na Bacia Madre de Dios (perto das maiores reservas de gás natural do país, na região oriental da Cordilheira dos Andes), a empresa também tem 100% de controle. Pesquisas sobre os volumes de hidrocarbonetos disponíveis na região vão comprovar a viabilidade da perfuração de um terceiro poço (Taini) na região. A expectativa sobre as explorações a serem realizadas em Madre de Dios é alta, com o desenvolvimento do Proyecto Integrado de Desarrollo de Gas Natural (Projeto Integrado de Desenvolvimento de Gás Natural). No Lote 57, no qual a Petrobras tem participação de 46,16%, resultados favoráveis na avaliação dos recursos encontrados permitiram o planejamento de mais um poço na região de Ucayali (centro-leste do país). Ainda em fase de pré-exploração está o lote 117 (Marañon), onde a Petrobras tem participação de 50%. A empresa ainda desenvolve e apoia, no Peru, diversas iniciativas voltadas à melhoria da infraestrutura, à preservação do meio ambiente, à geração de emprego e à educação. Um exemplo é o apoio ao projeto Agua y Alcantarillado, concebido para melhorar o acesso da população do distrito de El Alto (em Talara) à água potável de qualidade.
Tanques da base de extração da Petrobras em El Alto (a 45
minutos de Talara )
mais significativos acontecimentos da história peruana: foi lá que Pizarro se instalou para fundar a cidade, e foi lá (em 1831) que foi declarada a independência do Peru em relação ao domínio espanhol. A fé católica trazida pelos conquistadores espanhóis se reflete no Convento de San Francisco (primeiro dos prédios coloniais a ser tombado pela Unesco, em 1988) e na Catedral de Lima (datada de 1622). Não longe dali, brilha a Casona de San Marcos – o centro cultural da Universidade de San Marcos, que concentra museus (o Museo de Arte e o Museo de Arqueología y Antropología), a Biblioteca España de las Artes e vários institutos universitários, todos situados em edifícios históricos. Ao mesmo tempo em que busca preservar sua história, Lima exibe um dos mais exuberantes processos de modernização do continente. Fundada em janeiro de 1535, a capital do Peru é a 27a cidade mais densamente povoada do mundo. Sua região metropolitana concentra 57% do parque industrial do país e 46 universidades (incluindo a já citada San Marcos, a mais antiga da América Latina, inaugurada em 1551). Bairros como Miraflores e San Isidro são tão movimentados e cosmopolitas quanto qualquer vizinhança de São Paulo ou de Manhattan.
A predição de Pizarro, que garantia riquezas a quem o acompanhasse rumo ao Peru, parece fazer mais sentido nos últimos anos. Nos quase 180 anos de independência do país, foram várias as turbulências políticas e econômicas enfrentadas: de uma guerra (perdida) com o Chile entre 1879 e 1883 a golpes militares no século 20. Na década de 1980, a nação sofreu com inflação descontrolada e o crescimento do tráfico de drogas. Com a consolidação da redemocratização, a partir da virada do século, o Peru vem experimentando estabilidade econômica (tem uma das inflações mais baixas do mundo) e um crescimento da produção notável: o aumento do PIB em 2008 chegou a 9%, taxa comparável às da China.
volta ao mundo
Os combustíveis de origem fóssil (com destaque
para o óleo diesel) garantem
cerca de 57% da energia
utilizada pelos peruanos. As
fontes renováveis (hídricas,
biocombustíveis e outras)
ocupam 27% da matriz
energética do país. O gás
natural fornece o restante (17%). Um
amplo projeto de exploração e distribuição de gás natural está em curso,
incluindo gasodutos para venda ao mercado
externo.
_Rodolfo Trentin Gonçalves, pesquisador da Universidade de São Paulo
Natural de São Caetano do Sul, no Estado de São
Paulo. Tem 26 anos.
Deixou a casa dos pais há um ano, mas continua
morando em São Caetano.
Solteiro, não tem filhos. Está focado no plano
principal de sua carreira: “Quero tornar-me
professor da Escola Politécnica da Universidade
de São Paulo”, resume. Ele é especializado em
arquitetura naval e engenharia oceânica.
Além das atribuições de pesquisador, tem como
grande paixão o turismo. “Gosto de viajar para
conhecer lugares diferentes e provar comidas que
ainda não conheço”, conta. Sua mais recente jornada
foi à China, onde conheceu as cidades de Xangai
e Pequim. Gosta também de esportes (é praticante
de tênis) e jogos de cartas (costuma reunir-se com
amigos para partidas de pôquer).
Em relação ao desenvolvimento científico, Rodolfo reconhece a importância do trabalho feito
no Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), não
apenas em prol da empresa, mas de todo o Brasil.
“As pesquisas em tecnologia e desenvolvimento
são as raízes que sustentam o crescimento de
uma nação moderna”, acredita.
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Aumento da demanda da indústria de óleo e gás, principalmente em função do
pré-sal, IMPULSIONA a INOVAÇÃO CIENTÍFICA no Brasil e ajuda a criar uma geração de jovens pesquisadores que, em vez de radicar-se no exterior, trabalha em
prol do AVANÇO TECNOLÓGICO do País
POR CARLOS TAUTZ
FOTOS CAROL CARQUEJEIRO / FELIPE VARANDA
STYLING MARIANA ROSALBA
cérebros MADE IN BRAZIL
uando o engenheiro naval Rodolfo Trentin Gonçalves, 25 anos, contava aos amigos que se dedicava a pesquisas na Universidade de São Paulo (USP), sempre ouvia a mesma pergunta: “Mas você não trabalha?”.
Seu colega Joel Sena Sales Júnior, 32, também enfrentou situação semelhante com a família, ao revelar que sua opção profissional seria permanecer nos laboratórios da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Eles achavam que o trabalho de um pesquisador era instável. Mais ou menos como ser artista”, lembra.
volta ao mundotecnologia
Sorte melhor teve o engenheiro civil Fábio Martins Gonçalves Ferreira, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), 31 anos, casado e pai de um menino de poucos meses, pois nunca encarou dúvidas da família ou de amigos sobre seu destino. “Estar envolvido com pesquisas de longo prazo nos dá estabilidade”, avalia. André Alves de Souza, do centro de pesquisas da gigante internacional do setor de óleo e gás Schlumberger no Rio de Janeiro, saiu da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), no interior do Estado de São Paulo. Ele acredita que, com sua contratação, “tudo mudou para melhor. Posso fazer tudo o que sempre quis em termos de pesquisa em uma empresa grande”.
Em comum, Rodolfo, Joel, Fábio e André têm o fato de serem jovens e atuarem, no Brasil, em pesquisas científicas de duração estendida que envolvem as mais avançadas tecnologias de sua área. “O País só agora começa a criar essa cultura. Por isso, ainda é uma novidade para as pessoas saberem que temos muitos cientistas”, explica Joel, que faz seu curso de doutorado em hidrodinâmica no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe/UFRJ).
O maior impulso para que os pesquisadores passassem a ter mais opções de bons trabalhos no Brasil foi o aumento da demanda da indústria de óleo e gás por tecnologias inovadoras, principalmente em função do desafio da exploração das reservas do pré-sal. Somente a Petrobras irá investir US$ 212,3 bilhões no Brasil até 2014, e boa parte deste valor será aplicada em equipamentos de alta complexidade. Para atender a esta demanda, seus fornecedores também estão instalando centros de pesquisas no Brasil, próximos a universidades e também à Petrobras, intensificando a troca de conhecimentos e provocando o surgimento de um dos mais avançados polos de pesquisas do mundo no setor de energia.
O centro deste processo é o Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), localizado na Ilha do Fundão, próximo ao Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes). Seis empresas do setor de óleo e gás estão fincando suas estacas no local. A pioneira foi a Schlumberger, que, em 2010, inaugurou o Centro de Pesquisa em Geoengenharia,
para o qual já contratou 50 pesquisadores brasileiros. Também estão em processo de instalação a Halliburton, a Baker Huges, a FMC Technologies, a Tenaris Confab e a Usiminas. Além disso, o BG Group anunciou, em março, que também investirá perto de US$ 1,5 bilhão no seu Centro Tecnológico Global no Rio de Janeiro até 2021, e a General Electric (GE) já se instala em um terreno contíguo ao Parque Tecnológico. Segundo cálculos do governo do Estado do Rio de Janeiro, essas empresas, em seu conjunto, já teriam investido perto de US$ 303 milhões somente no Parque.
“Quando tomamos a decisão de construir um centro de pesquisa, levamos em conta a proximidade com nossos clientes, os desafios da indústria local, o acesso ao meio acadêmico e ao conhecimento científico e também a qualificação dos profissionais disponíveis, e o Brasil contempla todos estes aspectos”, explica Attilio Pisoni, gerente-geral do Centro da Schlumberger.
Mas não é só nas empresas que está ocorrendo um intenso desenvolvimento de novas tecnologias. As pesquisas no setor de energia também estão sendo estimuladas nas universidades brasileiras, principalmente em função do modelo de redes
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O Brasil só agora começa a criar uma
CULTURA DE INCENTIVO À PESQUISA. Por isso, ainda é uma novidade para as
pessoas saberem que temos muitos cientistas” JOEL SENA SALES JÚNIOR, pesquisador
da Universidade Federal do Rio de Janeiro
volta ao mundo
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tecnologia
_Joel Sena Sales Júniorpesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Hoje com 32 anos, Joel instalou-se há cinco
anos na Ilha do Governador, no município
do Rio de Janeiro, quando saiu de sua
cidade natal, Petrópolis (Estado do Rio de
Janeiro). “Morando aqui, estou mais perto
do Parque Tecnológico e da Universidade
Federal (UFRJ)”, relata.
Sua grande aspiração é tornar-se um
profissional destacado em seu campo de
atuação, a hidrodinâmica experimental.
O pesquisador está completando seu
doutorado na área.
Seus gostos em cinema são, digamos,
tecnológicos. “Gosto de filmes de ficção
científica. Achei Tron 2.0 impressionante”,
diz, revelando também apreciar longas
de temática histórica. Viagens (esteve
recentemente na Itália e na região
Nordeste do Brasil), teatro e literatura
(“romances, entre um livro técnico
e outro”) estão entre seus interesses.
Joel diz que a importância dos trabalhos
realizados no Centro de Pesquisas da
Petrobras (Cenpes) e no Parque Tecnológico
da UFRJ extrapola o mercado de energia.
“As pesquisas que o Cenpes realiza dão
retorno não só na exploração do petróleo,
mas também servem para impulsionar as
outras áreas de tecnologia do Brasil.”
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_André Alves de Souza,pesquisador da Schlumberger
Nasceu em São Bernardo do Campo, no
Estado de São Paulo (SP), há 34 anos.
Hoje divide-se entre Niterói (Rio de
Janeiro) e São Carlos (São Paulo). Formado
pela Universidade Federal de São Carlos
(Ufscar), deixou sua cidade natal há 12 anos.
Há um ano, radicou-se no Estado do Rio
de Janeiro a trabalho. Está terminando
seu doutorado em Ciências e Engenharia
de Materiais no campus São Carlos da
Universidade de São Paulo (USP).
Tem um lado musical. Longe dos tubos
de ensaio, gosta de tocar violão e
contrabaixo. “Curto MPB e rock”, diz.
Também aprecia ir ao teatro e ao cinema.
Em literatura, sua preferência é pelos
romances clássicos. “Machado de Assis é
meu escritor favorito”, conta.
“Aqui, espero adquirir mais conhecimento,
colocando em prática todo o aprendizado
da vida acadêmica”, diz ele. “Com as
pesquisas já em desenvolvimento no novo
centro da Schlumberger, esperamos
fortalecer ainda mais a posição do
Brasil entre os maiores exploradores e
produtores de óleo e gás no mundo.”
temáticas criado em 2006 pela Petrobras. Cada rede reúne laboratórios de diversas universidades e instituições de pesquisa, que atuam de forma integrada e sob coordenação da Petrobras, em temas definidos pela Companhia. Atualmente, existem 50 redes, nas quais mais de 100 instituições de P&D compartilham conhecimento, experiências e infraestrutura. Entre 2008 e 2010, a Petrobras investiu US$ 2,6 bilhões em pesquisas, dos quais 56% foram empregados em colaboração com universidades, empresas do Brasil e do exterior e outros laboratórios.
Entre os laboratórios que fazem parte das redes temáticas está o de Computação Científica e Visualização (LCCV), da UFAL, onde trabalha Fábio. Ele e seus colegas concordam com o fato de que a possibilidade de se dedicarem à investigação científica lhes deu novas perspectivas de vida. Segundo Carlos Tadeu da Costa Fraga, gerente executivo do Cenpes, pelo menos 13 mil profissionais já trabalham em instituições brasileiras de ciência e tecnologia em projetos de pesquisa e desenvolvimento realizados em parceria com a Petrobras.
E talvez o ganho maior da criação desse ambiente propício à pesquisa científica tenha sido mesmo o de inverter o fluxo de exportação de cérebros: antes, os cientistas brasileiros saíam para trabalhar no exterior. Agora, as multinacionais vêm ao Brasil trabalhar com os especialistas do País. André, que estagiou no centro de pesquisas da Schlumberger em Boston (EUA) antes de se fixar no Rio de Janeiro, explica: “O pré-sal está ampliando muito a possibilidade de realizarmos essas pesquisas, inclusive nas empresas. É um período ímpar para o Brasil.”
Enfrentando os desafios dos próximos anosAlém de estimular a produção científica aplicada nas universidades e em outras empresas, a Petrobras também está ampliando o seu próprio centro de pesquisas. O Cenpes, que completa 48 anos em 2011, teve seu espaço duplicado com a inauguração da expansão, em outubro de 2010, passando a ocupar 300 mil m2. Com investimentos de aproximadamente US$ 700 milhões na ampliação, o Cenpes se tornou um dos maiores centros de P&D do Hemisfério Sul. No local, cerca de 1.600 técnicos, engenheiros e pesquisadores atuam em pesquisas focadas no desenvolvimento de tecnologias que têm sido fundamentais para que a Petrobras consiga atingir suas metas de negócios.
O gerente executivo do Cenpes, Carlos Tadeu da Costa Fraga, lembra que, desde 2008, a Petrobras tem investido, em média, cerca de US$ 800 milhões por ano em investigações científicas próprias e em diversas modalidades de parcerias com universidades e empresas fornecedoras. Para Tadeu, a Petrobras tem ampliado sua capacidade de inovação e, ao mesmo tempo, contribuído para que o desenvolvimento tecnológico de seus fornecedores e do próprio Brasil acompanhe esse salto qualitativo.
volta ao mundotecnologia
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O pré-sal está AMPLIANDO muito a possibilidade de realizarmos
PESQUISAS CIENTÍFICAS, inclusive nas empresas. É um período ímpar para o Brasil”
ANDRÉ ALVES DE SOUZA, do centro de pesquisas da Schlumberger no Rio de Janeiro
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Brasil LIDERA ranking mundial das descobertas de novas reservas de petróleo da última década, impulsionado principalmente
pelo SUCESSO da Petrobras na camada pré-sal
profundo futuroPOR VINICIUS MEDEIROS FOTOS BANCO DE IMAGENS PETROBRAS
INFOGRÁFICO GABRIEL GIANORDOLI
O fundo do mar e suas camadas: das profundezas do litoral brasileiro, descobertas que superam as do Oriente Médio
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Qual o potencial do pré-sal?O pré-sal pode permitir ao Brasil se tornar um dos principais produtores mundiais de petróleo e gás natural. Somente a Petrobras tem planos de produzir 3,95 milhões de barris de óleo por dia no Brasil em 2020, sendo 1,078 milhão de barris provenientes do pré-sal.
Onde está o pré-sal?O termo pré-sal refere-se a um conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande parte do litoral brasileiro, com potencial para geração e acúmulo de petróleo. É chamado de pré-sal porque forma um intervalo de rochas que se estende por baixo de uma extensa camada de sal, que em certas áreas da costa atinge espessuras de até 2.000m. A distância entre a superfície do mar e os reservatórios de petróleo abaixo da camada de sal pode chegar a mais de 7 mil metros. As maiores descobertas de petróleo no Brasil foram feitas pela Petrobras na camada pré-sal localizada no litoral entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo, a uma distância de cerca de 300 quilômetros da costa.
negócio
o fundo do mar – mais precisamente, das profundezas da camada pré-sal –, emerge a constatação: o Brasil apresenta-se, na segunda década do século 21, como um dos principais eldorados para os investimentos no setor petrolífero. Entre 2000 e 2010, as reservas provadas de petróleo e gás natural brasileiras avançaram 68,5%, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), passando de 9,854 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) para 16,609 bilhões. Na última década, o Brasil também conquistou a liderança global em descobertas de novas reservas, segundo levantamento da consultoria internacional IHS Cera. Considerando volume e número de poços com mais de 1 bilhão de barris, 11 das 35 maiores descobertas globais se deram no País, que superou inclusive nações do Oriente Médio, tradicionalmente reconhecidas por abrigar as maiores jazidas do planeta.
“O pré-sal é um divisor de águas para o Brasil. Tem potencial para se tornar um grande diferencial em termos de adição de reservas e crescimento da produção futura. Em muitos aspectos, os astros estão se alinhando para o País e, claro, para a Petrobras. Ancorado no sucesso da companhia, o Brasil está pronto para reforçar a sua posição como líder em tecnologia de águas profundas e um importante exportador de petróleo”, acredita
John Robinson West, fundador e atual CEO da renomada consultoria PFC Energy.
Em um contexto em que as principais companhias mundiais enfrentam dificuldades em encontrar novas jazidas, o pré-sal faz o Brasil caminhar na direção contrária. De acordo com os dados da ANP, os indícios de hidrocarbonetos informados pelas petroleiras que atuam no País chegaram a 960 na década passada. Somente entre 2005 e 2010, estes informes dobraram: passaram de 75 para 149 por ano. Embora muitos deles não revelem necessariamente reservas comercializáveis, o ritmo acelerado de novos achados serve como um termômetro do aquecimento do setor.
Embora o Brasil ainda esteja bem longe dos países árabes, tudo leva a crer que deve rapidamente se aproximar das primeiras posições. O otimismo se sustenta ainda mais levando-se em conta que a maior parte das descobertas do pré-sal ainda não foi contabilizada entre as atuais reservas provadas. O volume total estimado só dos campos de Libra e Franco pode chegar a 13 bilhões de barris, de acordo com avaliação da certificadora Gaffney, Cline & Associates, contratada pela ANP para avaliar as acumulações do pré-sal – praticamente o mesmo que a Petrobras descobriu nas áreas já licitadas pela União.
Maior achado petrolífero já encontrado no Brasil, o prospecto de Libra pode conter de 3,7 bilhões a 15 bilhões de barris, sendo mais provável um total de 7,9 bilhões. Outras descobertas ainda em fase de testes pela
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44 petrobras magazine
Aquecimento a reboqueÉ impossível dissociar o aquecimento do setor de energia brasileiro da atuação da Petrobras, que expandiu, de forma significativa, seus investimentos em exploração, produção e desenvolvimento de tecnologias nos últimos anos. Em 2010, a produção de petróleo e gás da empresa cresceu 2,3% em relação a 2009, chegando à marca de 2,583 milhões de barris de óleo equivalente por dia em suas operações no Brasil e no exterior.
O bom resultado ganha mais expressão se associado ao aumento das reservas provadas de óleo, condensado e gás natural da empresa, que atingiram 15,986 bilhões de barris em 2010 (de acordo com o critério SPE), alta de 7,5% frente ao ano anterior – do total, 96% estão localizadas no Brasil. No mesmo período, o Índice de Reposição de Reservas, importante indicador do mercado, aumentou 229%, enquanto a relação reserva/produção fechou o ano em 18,4 anos.
No fim do ano passado, a Petrobras declarou a comercialidade do petróleo de boa qualidade e gás nas áreas de Lula e Cernambi, ambas da reserva do pré-sal da Bacia de Santos. No primeiro, o volume recuperável informado à Agência Nacional de Petróleo foi de 6,5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), com grau 28 de API. Já para o segundo, o volume chegou a 1,8 bilhão de barris, com grau 30 de API.
“Outras áreas tradicionalmente produtoras no País também cresceram. Hoje, poucas empresas têm um nível de reposição de reservas semelhante ao da Petrobras”, destaca Carlos Eugênio da Resurreição, gerente-geral de Reservas e Reservatórios da companhia. “Em 2010, para cada barril de óleo equivalente extraído no Brasil foram apropriados 2,40 barris de óleo equivalente, resultando em um Índice de Reposição de Reservas de 240%. Trabalhamos para incorporar reservas que compensem a produção, o que aumenta o fator de recuperação total, que hoje está em 31%”, argumenta.
Fatih Birol resume: “A Petrobras pode se orgulhar de sua reputação de sofisticação tecnológica em operações de águas profundas, tornando-a líder mundial na área. A empresa já é uma das maiores companhias petrolíferas do mundo, mas é provável que desempenhe um papel ainda maior no futuro.”
volta ao mundonegócio
Evolução da Reserva Provada e da ProduçãoAcumulada da Petrobras no Brasil na 1ª Década do Século XXI (critério SPE)
Projeção de crescimentoda produção da Petrobras
Reserva Provada
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
Produção acumulada(em barris de óleo equivalente por dia)
800 quilômetros
US$ 224 bilhões
2010:milhõesde boe
investimento da Petrobras previsto para até 2014, um dos maiores planos de investimentos da indústria de energia mundial
extensão da área do pré-sal na faixa de litoral que vai do estado do Espírito Santo ao de Santa Catarina
$
2.583.458
2020: 5.382.000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
11
9.648
5131.044 1.630
2.255 2.858
9.67011.009
12.602 13.023 13.232 13.753 13.920 14.093 14.16915.283
3.511 4.2144.930
5.684 6.4547.251
principaisdescobertas
O Brasil registrou 11 das 35 maiores
descobertas globais de petróleo na última década, considerando
volume e número de poços com mais
de 1 bilhão de barris. (fonte: IHS Cera)
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Técnicos em ação na Baciade Santos: a produção de óleo e gás da Petrobras cresceu 2,3% no ano passadoem relação a 2009
O pré-sal é um divisor de águas para o Brasil e tem potencial para
se tornar um GRANDE DIFERENCIAL em termos de adição de reservas e
CRESCIMENTO da produção futura” JOHN ROBINSON WEST, CEO DA CONSULTORIA PFC ENERGY
Petrobras, como as áreas de Lula e Cernambi (reservas estimadas de 5 a 8 bilhões de barris), Iara (estimativa de 3 a 4 bilhões) e Guará (cerca de 1 bilhão a 2 bilhões), bem como outros campos do pré-sal localizados na Bacia de Campos (com estimativas entre 1 e 2 bilhões), tiveram, até agora, apenas uma pequena parcela incluída entre as atuais reservas provadas.
“Acredito que o Brasil desempenhará um papel cada vez mais importante no mercado global de energia. Baseados em nossos números, podemos dizer que será o terceiro país mais importante em termos de crescimento de oferta até 2035, atrás apenas da Arábia Saudita e do Iraque”, diz Fatih Birol, economista-chefe da Agência
Internacional de Energia (AIE), corroborando as palavras de West.
O potencial brasileiro para petróleo e gás natural, no entanto, não se restringe ao pré-sal nas Bacias de Santos e de Campos. Produzido pela ANP, o “Plano Plurianual de Estudos Geológicos e Geofísicos” mostra outras fronteiras exploratórias. “Uma das áreas de maior potencial é a chamada Margem Equatorial, que vai da Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, até a foz do Rio Amazonas, região análoga à costa oeste africana, onde recentemente houve grandes descobertas de petróleo. As bacias brasileiras da margem equatorial podem apresentar potencial similar ou até superior às africanas”, acredita Haroldo Lima, diretor-geral da ANP.
Acredito que o Brasil desempenhará
um papel cada vez mais importante no mercado global de
energia. Baseado em nossos números, será
o TERCEIRO PAÍS mais importante
em termos de
CRESCIMENTO DE OFERTA até 2035”,
FATIH BIROL, ECONOMISTA - CHEFE DA AGÊNCIA
INTERNACIONAL DE ENERGIA
Navios operando na região do pré-sal: reservas da área podem colocar o Brasil entre os maiores produtores mundiais
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negócio
Mais investimentos à frenteNo fim do ano passado, o governo brasileiro sancionou o novo marco regulatório para exploração de petróleo na camada pré-sal, estabelecendo o mecanismo de partilha da produção. A lei aprovada pelo Congresso Nacional também determinou a Petrobras como operadora única dos blocos, com uma participação mínima de 30% nos consórcios formados.
Turbinada pela recente oferta pública de ações, quando realizou a maior operação de aumento de capital na história mundial ao levantar R$ 120 bilhões pela emissão de mais de 4 bilhões de ações, a Petrobras atualmente executa o Plano de Negócios 2010-2014, que prevê investimentos de US$ 224 bilhões.
A operação teve resposta rápida. No início do ano, a Petrobras foi alçada à terceira colocação no ranking “PFC Energy 50”, da consultoria norte-americana de energia PFC Energy, que lista as maiores empresas do setor em valor de mercado. Avaliada em US$ 228,9 bilhões, a companhia ficou atrás apenas da ExxonMobil (EUA) e da PetroChina (China). Em sua análise sobre o ranking, a PFC Energy destaca o crescimento contínuo da empresa brasileira, que pulou da 27ª colocação em 1999, ano da primeira edição, para a posição atual.
“A importância crescente da Petrobras se compara à ascendente influência política e econômica dos países emergentes. Vivemos em um mundo multipolar, onde o papel de países como o Brasil continuará a crescer”, diz West, da PFC Energy. “A empresa certamente vai se colocar entre as principais do setor até 2015. A companhia está dando os passos corretos rumo ao crescimento”, completa.
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DE UM DOS AMBIENTES mais DEGRADADOS
do Brasil - o Aterro Sanitário de Gramacho, no
Estado do Rio de Janeiro - nasceu um TRABALHO ARTÍSTICO que devolveu a dignidade a uma comunidade
de CATADORES DE LIXO. O documentário Lixo Extraordinário conta essa história
udose
transforma
cultura
POR MARCO ANTONIO BARBOSA
ada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” As possibilidades do famoso enunciado do químico Antoine Lavoisier ganham significado frente à realidade de Jardim Gramacho, bairro da cidade de Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro – onde se localiza o maior aterro sanitário da América Latina. De lá, mais de cinco mil pessoas tiram seu sustento diário, procurando, em meio ao lixo, qualquer coisa que possa ser vendida, reutilizada, reciclada. Quem acreditaria que dali poderia se extrair qualquer coisa a não ser miséria?
Os cineastas João Jardim, Karen Harley e Lucy Walker acreditaram quando o artista plástico Vik Muniz lhes disse isso. Antes, o próprio Vik acreditara na capacidade de as pessoas de Gramacho produzirem arte a partir do lixo. Sebastião Carlos
dos Santos, presidente da Associação dos Catadores do Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, também acreditou em Vik. Dessa cadeia de crenças, nasceu o documentário Lixo Extraordinário, que registra o trabalho que o artista desenvolveu com os catadores do Aterro. Ao longo de quase três anos, usando dejetos como matéria-prima, Vik e os moradores de Gramacho recriaram o cotidiano do lixão como arte, em fotografias, pinturas e painéis. No processo, Sebastião, o popular Tião, e seus colegas redescobriram sua dignidade e a própria existência de um mundo além dos limites dos 1,5 milhão de metros quadrados do Aterro. O filme resultante não apenas concorreu ao Oscar de Melhor Documentário em 2011, como levou prêmios concedidos pelo público nos festivais de Sundance (EUA) e Berlim (Alemanha).
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“Eu esperava ver pessoas destruídas, mas eles eram sobreviventes”, afirmou Vik Muniz sobre seu contato com os catadores. Da ideia original (retratar as pessoas que sobrevivem do lixão), o trabalho evoluiu para uma colaboração entre o consagrado artista brasileiro radicado em Nova York e os humildes trabalhadores de Gramacho. Vik colaborou com pessoas cujas famílias estavam há três gerações catando lixo no Aterro. O ápice da narrativa é justamente a venda do quadro no qual o artista colocou Tião para posar numa banheira – evocando a morte do revolucionário Jean-Paul Marat (1743-1793), assassinado na Revolução Francesa, durante o banho. Em Londres, a obra foi vendida por R$ 74 mil, dinheiro revertido para a Associação dos Catadores. Antes da cena da venda, conhecemos as histórias de gente como Zumbi (que montou uma biblioteca com os livros encontrados no lixo) e Irma (que cria pratos com os alimentos aproveitáveis que consegue achar). “O momento
em que uma coisa se transforma em outra é o momento mais bonito. E isso se aplica a tudo”, resumiu Vik.
A Petrobras também acreditou nessa história de transformação. E, por meio de sua Seleção Pública de Difusão, projeto de patrocínio voltado para a distribuição de filmes nacionais, ajudou Lixo Extraordinário a chegar a festivais e ao circuito comercial (o longa estreou em janeiro). “Damos apoio financeiro para a produção de cópias e para campanhas de divulgação”, explica Romildo Nascimento, coordenador de Patrocínio de Cinema da Petrobras. O trabalho desenvolvido por Vik Muniz com os catadores também influiu no aval. “Além da qualidade artística do documentário, a ideia de resgate social promovida pelo filme aborda áreas que são muito caras à Companhia. E a presença de Vik, um grande artista brasileiro de projeção mundial, ajuda a chamar a atenção para o projeto.”
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O momento em que uma
coisa se TRANSFORMA em outra
é o MOMENTO mais bonito”VIK MUNIZ
Coisa de cinemaPor meio do “Programa Petrobras Cultural”, que lança periodicamente editais para produção e difusão de curtas e longas-metragens e para patrocínio de mostras e festivais, a empresa é a maior apoiadora do cinema brasileiro. “Nosso incentivo é abrangente: vai desde o apoio à produção até o patrocínio de restaurações de filmes clássicos, passando pelo fomento de centros de estudo, como a Escola de Cinema Darcy Ribeiro (no Rio de Janeiro) e a Escola de Cinema de Nova Iguaçu (Estado do Rio de Janeiro)”, diz Romildo Nascimento. Desde 1994, ano da chamada retomada do cinema nacional, a Petrobras já contribuiu para a produção de mais de 500 longas, incluindo sucessos como Se Eu Fosse Você (de Daniel Filho, 2006), Tropa de Elite (de José Padilha, 2007) e Meu Nome Não é Johnny (de Mauro Lima, 2008). Entre os próximos lançamentos chancelados pela Companhia estão Bróder (de Jefferson De), Não se Pode Viver Sem Amor (de Jorge Durán) e Não se Preocupe, que Nada Vai Dar Certo (de Hugo Carvana).
cultura
Acima, Tião, o catador queserviu de modelo para VikMuniz (de boné, na foto à direita). Ao lado, Lucy Walker,uma das diretoras do filme
Foto
s: D
ivul
gaçã
o
ensaio
e universal
petrobras magazine 53
Símbolo da MODERNIZAÇÃO URBANA do Rio de Janeiro – e
monumento da BELLE EPÓQUE TROPICAL do começo do século 20 –, o THEATRO MUNICIPAL recupera todo
o ESPLENDOR original, 101 anos depois de sua fundação
FOTOS FELIPE VARANDA
54 petrobras magazine
petrobras magazine 55
Mármore de Carrara para as colunas em estilo coríntio; vitrais
vindos da Alemanha, ilustrados com as musas das artes;
estátuas de bronze representando a poesia e a dança;
pedras preciosas e cristais para as escadarias
petrobras magazine 55
ensaio
56 petrobras magazine56 petrobras magazine
AO LONGO DO SÉCULO 20, ÍCONES
COMO MARIA CALLAS, RUDOLF
NUREYEV, ARTURO TOSCANINI E SARAH
BERNHARDT SE APRESENTARAM NO
MUNICIPAL – A PRIMEIRA INSTITUIÇÃO
CULTURAL DA AMÉRICA LATINA A
TER UM CORPO ARTÍSTICO
TRIPLO (ORQUESTRA, CORO
E BALÉ). O MAESTRO HEITOR
VILLA-LOBOS E A CANTORA LÍRICA
BIDU SAYÃO SÃO EXEMPLOS DE
TALENTOS BRASILEIROS
QUE PASSARAM POR LÁ
56 petrobras magazine
ensaio
petrobras magazine 57petrobras magazine 57petrobras magazine 57
Inaugurado em julho de 1909, o Theatro Municipal do Rio de
Janeiro foi festejado pelo então prefeito, Pereira Passos,
como ponto culminante da revolução urbanística
planejada para a cidade. Foi inspirado no Opéra National de
Paris, fundindo linhas clássicas a uma decoração que mescla o
barroco e o estilo art nouveau
58 petrobras magazine
web_
acesse www.petrobras.com/magazine
e veja mais fotos do ensaio
álbumensaio
AMPLIADA AO LONGO DOS ANOS, A SALA PRINCIPAL DO THEATRO TEVE SUA CAPACIDADE AUMENTADA DE 1.739 PARA OS ATUAIS 2.361 ESPECTADORES. JÁ EM 1996, A CONSTRUÇÃO ORIGINAL GANHOU UM ANEXO, QUE SERVE COMO ESPAÇO PARA ENSAIOS (ANTES REALIZADOS NO PALCO PRINCIPAL) E ATÉ PARA ESPETÁCULOS DE MENOR PORTE
petrobras magazine 59
Em 2008, para comemorar seu centenário, o Theatro iniciou
sua mais extensa reforma. A Petrobras contribuiu para a
restauração desse patrimônio e entregou um novo Municipal
para o Rio. As obras recuperaram características da
construção de 1909, como os tons de dourado da fachada
(à base de folhas de ouro) e ornamentos, painéis e pinturas
originais que há décadas estavam ocultos
60 petrobras magazine
ensaio
petrobras magazine 61
ANGOLA
NAMÍBIA
TANZÂNIA
LÍBIA
HOLANDA
PORTUGAL
REINOUNIDO
TURQUIA
IRÃ ÍNDIA
CHINA
AUSTRÁLIA
NOVAZELÂNDIA
CINGAPURA
JAPÃO
NIGÉRIA
BENIN
BRASIL
PARAGUAI
URUGUAI
ARGENTINA
CHILE
BOLÍVIA
PERU
EQUADOR
COLÔMBIA
VENEZUELA
ESTADOS UNIDOS
MÉXICO
CUBA
VENDA DE PRODUTOS E SERVIÇOS (US$ MILHÕES)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA (US$ MILHÕES)
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (US$ MILHÕES)
PETROBRAS PELO MUNDO
EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO
REFINO
DISTRIBUIÇÃO
PLANTA DE LUBRIFICANTES
ESCRITÓRIO DE REPRESENTAÇÃO
SEDE
PETROQUÍMICA
BIOCOMBUSTÍVEIS
ENERGIA ELÉTRICA
TRANSPORTE POR DUTOS
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93.893
112.425
146.529
115.892
150.852
2006
2007
2008
2009
2010
72.347
87.735
118.257
91.869
120.052
2006
2007
2008
2009
2010
12.826
13.411
17.733
16.823
19.475
2006
2007
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2010
14.643
20.978
29.874
35.134
45.078
2006
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2,297
2,300
2,400
2,525
2,583
2006
2007
2008
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11,457
11,704
11,190
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NAMÍBIA
TANZÂNIA
LÍBIA
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CHINA
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JAPÃO
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VENEZUELA
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MÉXICO
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INVESTIMENTOS (US$ MILHÕES)
PRODUÇÃO DIÁRIA (Milhões de BOe/d)*
RESERVAS TOTAIS PROVADAS (Bilhões de BOe)*
* Média diária de produção de óleo, LGN e de gás natural * critério SEC
visão geral
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112.425
146.529
115.892
150.852
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2007
2008
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2010
72.347
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energia que moveenergia que moveo mundo!o mundo!
A Petrobras se juntou à Lomography, www.lomography.com, para descobrir como as pessoas veem a energia ao seu redor e ao redor do mundo. Fotógrafos de diferentes continentes enviaram milhares de fotografias que juntas formam a maior LomoWall já montada na América Latina e exposta no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, de 28 de abril a 15 de maio de 2011. A exposição marca o lançamento do novo portal global da Petrobras, www.petrobras.com.
Acesse nosso portal e veja através das lentes destes fotógrafos o resultado desta experiência.
www.petrobras.com
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