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A HISTÓRIA DO GLOBAL STONE CONGRESS Carlos César Peiter; Nuria Fernández Castro; Francisco Wilson Hollanda Vidal Sinopse A primeira edição do Global Stone Congress (GSC), quando era ainda designado International Congress on Dimension Stones (ICDS), foi realizada no Brasil em 2005. Este evento resultou de uma parceria entre o Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Centro Tecnológico do Mármore e Granito (CETEMAG), com apoio da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (ABIROCHAS), e de outras instituições filiadas à Rede Brasileira de Tecnologia e Qualidade em Rochas Ornamentais (RETEQ-ROCHAS). Outras edições do evento foram subsequentemente realizadas na Itália (2008), Espanha (2010), Portugal (2012) e Turquia (2014), adotando-se, a partir da Espanha, a designação formal Global Stone Congress. A próxima edição do GSC retornará ao Brasil, organizada pelo CETEM e a ABIROCHAS, no período de 6 a 9 de maio de 2018, em Ilhéus, estado da Bahia. Este documento objetiva registrar a memória da articulação das instituições brasileiras em prol do setor de rochas ornamentais que deu origem ao Global Stone Congress e retrata, de forma sucinta, as cinco edições do evento acontecidas até hoje. Palavras-chave CIRO, ICDS, Global Stone. Articulação brasileira: como e quando começou A ideia sobre a articulação de uma rede de pesquisa cooperativa no setor mineral foi resultado de uma série de iniciativas tomadas pelo Governo Federal no Brasil entre 1997 e 2000. Coube ao Centro de Tecnologia Mineral (CETEM/MCTIC), sob coordenação do pesquisador Carlos C. Peiter, a montagem de uma rede estadual denominada RETECMIN (Rede Cooperativa de Pesquisa e Uso de Bens Minerais destinados à Construção Civil), em 1997, com recursos do programa de financiamento de Redes Cooperativas de Pesquisa de interesse do setor produtivo - RECOPE (da Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP e Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ). O objeto deste projeto foi o apoio à área de produção de rochas ornamentais de Santo Antônio de Pádua, noroeste do Estado do Rio de Janeiro. Já o primeiro evento científico exclusivamente dedicado às rochas ornamentais e de revestimento, intitulado 1º Seminário de Rochas Ornamentais do Nordeste, foi realizado no período de 9 a 14 de novembro de 1998, em Olinda, no Centro de Convenções de Pernambuco. Organizado pelo NUTEC – Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial (pelos pesquisadores Francisco Wilson Hollanda Vidal, do Centro de Tecnologia Mineral – CETEM e, à época, cedido a esse Centro, e Maria Angélica Batista Lima) e a CPRM, então Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais e hoje Serviço Geológico do Brasil (Eng. Bartolomeu de

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A HISTÓRIA DO GLOBAL STONE CONGRESS

Carlos César Peiter; Nuria Fernández Castro; Francisco Wilson Hollanda Vidal

Sinopse

A primeira edição do Global Stone Congress (GSC), quando era ainda designado International Congress on Dimension Stones (ICDS), foi realizada no Brasil em 2005. Este evento resultou de uma parceria entre o Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Centro Tecnológico do Mármore e Granito (CETEMAG), com apoio da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais (ABIROCHAS), e de outras instituições filiadas à Rede Brasileira de Tecnologia e Qualidade em Rochas Ornamentais (RETEQ-ROCHAS). Outras edições do evento foram subsequentemente realizadas na Itália (2008), Espanha (2010), Portugal (2012) e Turquia (2014), adotando-se, a partir da Espanha, a designação formal Global Stone Congress. A próxima edição do GSC retornará ao Brasil, organizada pelo CETEM e a ABIROCHAS, no período de 6 a 9 de maio de 2018, em Ilhéus, estado da Bahia. Este documento objetiva registrar a memória da articulação das instituições brasileiras em prol do setor de rochas ornamentais que deu origem ao Global Stone Congress e retrata, de forma sucinta, as cinco edições do evento acontecidas até hoje.

Palavras-chave

CIRO, ICDS, Global Stone.

Articulação brasileira: como e quando começou

A ideia sobre a articulação de uma rede de pesquisa cooperativa no setor mineral foi resultado de uma série de iniciativas tomadas pelo Governo Federal no Brasil entre 1997 e 2000. Coube ao Centro de Tecnologia Mineral (CETEM/MCTIC), sob coordenação do pesquisador Carlos C. Peiter, a montagem de uma rede estadual denominada RETECMIN (Rede

Cooperativa de Pesquisa e Uso de Bens Minerais destinados à Construção Civil), em 1997, com recursos do programa de financiamento de Redes Cooperativas de Pesquisa de interesse do setor produtivo - RECOPE (da Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP e Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ). O objeto deste projeto foi o apoio à área de produção de rochas ornamentais de Santo Antônio de Pádua, noroeste do Estado do Rio de Janeiro.

Já o primeiro evento científico exclusivamente dedicado às rochas ornamentais e de revestimento, intitulado 1º Seminário de Rochas Ornamentais do Nordeste, foi realizado no período de 9 a 14 de novembro de 1998, em Olinda, no Centro de Convenções de Pernambuco. Organizado pelo NUTEC – Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial (pelos pesquisadores Francisco Wilson Hollanda Vidal, do Centro de Tecnologia Mineral – CETEM e, à época, cedido a esse Centro, e Maria Angélica Batista Lima) e a CPRM, então Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais e hoje Serviço Geológico do Brasil (Eng. Bartolomeu de

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Albuquerque Franco), contou com o decisivo apoio da Fundação Coordenação de Pessoal de Nível Superior - CAPES, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE, e de outras instituições públicas e privadas. Dentre elas, representando o setor produtivo: ABIROCHAS, SINDIPEDRA (Sindicato dos trabalhadores da indústria de extração de

mármores, calcários, granitos e pedreiras do estado da Bahia), SIMAGRAN-CE (Sindicato das

Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará ) e SINDUSCON-PE (Sindicato da Indústria da

Construção Civil no Estado de Pernambuco). A realização desse evento foi, particularmente, favorecida pela realização simultânea, no mesmo local, de dois outros eventos, ligados à construção, o 69º ENIC – Encontro Nacional da Construção e a FICONS’98 - Feira Internacional de Materiais e Equipamentos e Serviços da Construção.

Embora considerado de caráter nacional, o seminário já contou com a participação dos especialistas europeus, Luis Antônio Aires Barros (Portugal), Raimondo Ciccu e Cesare Ferrari (Itália) e diversos representantes do Ministério de Minas e Energia - MME, que apresentou o Programa Brasileiro para o Desenvolvimento do Setor de Rochas Ornamentais, criado entre 1997 e 1998, e do Departamento Nacional da Produção Mineral - DNPM, CPRM e CETEM que deram contribuições de cunho técnico abrangendo pesquisa mineral, lavra e meio ambiente. Pode-se considerar este evento, denominado de Simpósio de Rochas Ornamentais do Nordeste a partir da sua terceira edição em 2002, como o embrião do nosso atual Congresso Internacional, pois foi naquele momento que começou a articulação de órgãos públicos, instituições de pesquisa nacionais e internacionais e empresários do setor de rochas ornamentais visando ao desenvolvimento científico-tecnológico.

Desde então, já foram realizados nove simpósios de rochas ornamentais do Nordeste, quatro congressos brasileiros de rochas ornamentais e os cinco congressos internacionais assunto desta matéria. Em novembro de 2012, foram realizados o IV Congresso Brasileiro de Rochas Ornamentais e o VIII Simpósio de Rochas Ornamentais do Nordeste, em Campina Grande, no estado da Paraíba e, em abril de 2016 o IX Simpósio de Rochas Ornamentais do Nordeste, concomitantemente com o IV Simpósio de Minerais Industriais do Nordeste. Deve se destacar que todos os eventos citados foram promovidos por instituições governamentais, principalmente pelo CETEM/MCTIC e que todos contaram, em maior ou menor medida, com apoio das associações empresariais. No entanto, o CETEM e outras instituições do governo desenvolveram muitas outras ações em prol do setor durante estes anos, que permitiram a consolidação da colaboração entre centros tecnológicos, universidades e outras instituições de pesquisa, órgãos de governo federais, estaduais e municipais, empresários e a revista Rochas de Qualidade.

Em 1999, a então Coordenação de Estudos e Desenvolvimento do CETEM, um grupo de pesquisa mais devotado a estudos sobre economia mineral e prospecção tecnológica, percebeu que dentro do cenário da mineração brasileira a grande novidade dos anos 1990 era o expressivo crescimento do setor de produção de rochas ornamentais em vários estados do Brasil. Embora algumas unidades da federação já houvessem dado partida a projetos de fomento junto aos produtores regionais, como os dos Catálogos de Rochas Ornamentais dos Estados de São Paulo (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo - IPT, 1990) e da Bahia (SGRM - Superintendência de Geologia e Recursos Minerais/Governo do Estado da Bahia, 1994), nitidamente havia falta de uma ação articulada nacional que pudesse revelar melhor a real situação do setor, bem como inexistia uma proposta de estratégia industrial,

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tecnológica e comercial clara para o setor de rochas ornamentais. Ao tomar ciência deste vazio, o grupo de pesquisa do CETEM, já naquele momento reforçado pela entrada de dois novos componentes com grande conhecimento do setor; o retorno de Francisco W. Hollanda Vidal e o ingresso de Adriano Caranassios (in memoriam) organizou uma reunião aberta, convidando para apresentação e para um debate preliminar representantes de todas áreas envolvidas em rochas ornamentais no Brasil. Esta reunião ocorreu no dia 6 de outubro de 1999.

Ficou evidente naquele momento, a necessidade de articulação de uma rede cooperativa de pesquisa no nível nacional porque, embora já houvesse capacitação disponível em algumas instituições públicas em termos de recursos humanos e laboratoriais, a demanda por informação e apoio certamente era muito maior do que se previa até então. Foi formada nessa reunião a Rede Brasileira de Tecnologia e Qualidade em Rochas Ornamentais – RETEQ-ROCHAS, por sugestão do pesquisador do CETEM, que depois viria ser diretor do centro, Gildo Sá Cavalcanti de Albuquerque (in memoriam). A rede procuraria fazer o trabalho de articulação nacional entre a demanda por informações, pesquisa e desenvolvimento do setor industrial de rochas e os grupos de pesquisa e instituições universitárias e centros de pesquisa tecnológica interessados em dela participar.

Aderiram à ideia no primeiro momento as seguintes organizações tecnológicas: CETEM, IPT, NUTEC, SENAI-ES, SENAI-SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, nos estados do

Espírito Santo e São Paulo, respectivamente), INT (Instituto Nacional de Tecnologia) e o CETEMAG. Do lado do setor industrial demonstraram interesse a ABIROCHAS, a MAQROCHAS (Associação dos fabricantes de máquinas e equipamentos para o setor de rochas ornamentais do

estado do Espirito Santo), a ABIMAQ (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos), o SIMAGRAN-SP e o SIMAGRAN-RJ (Sindicatos da Indústria de Mármores e Granitos dos Estados de

São Paulo e do Rio de Janeiro, respectivamente). Demonstraram desejo de contribuir também empresas públicas como a CBPM (Companhia Baiana de Pesquisa Mineral), a CPRM e o DRM-RJ (Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro).

O grupo do CETEM, promotor da ideia e coordenado por Carlos C. Peiter, passou então a buscar a efetiva articulação com os representantes do setor industrial e dessa aproximação surgiu o primeiro trabalho. Foi o estudo “Rochas Ornamentais no Século XXI: Uma estratégia para o Desenvolvimento Sustentado do Setor”, realizado pelo CETEM com apoio de consultores especialistas, como Cid Chiodi, e encomendado pela ABIROCHAS. Nesse estudo revelou-se, em números e projeções bem traçados, a real situação do setor e o que dele se podia esperar.

Ficou evidente que o crescimento do setor de rochas ornamentais, continuaria muito importante, em especial o voltado às exportações, e que seria fundamental o apoio tecnológico para embasar este crescimento. Daí surgiu a ideia de se propor ao CT Mineral (Fundo setorial mineral), logo em seu primeiro Edital de 2001, um projeto bastante amplo para atender a uma série de deficiências diagnosticadas pelo estudo do CETEM/ABIROCHAS.

A proposta original ao Fundo Setorial CT Mineral não foi aprovada em sua totalidade orçamentária, mas os recursos disponibilizados permitiram realizar projetos e tarefas que julgamos terem sido de importância central. Sempre procurando trabalhar de forma cooperativa ou consorciada, e respeitando os parceiros locais e regionais, a RETEQ-ROCHAS,

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coordenada por Carlos C. Peiter, do CETEM e à qual aderiram mais de 80 pesquisadores de todas as regiões do país e as principais instituições ligadas ao setor de rochas ornamentais, liderou ou participou de uma série de atividades e projetos, dentre os que destacamos:

Na atividade Estudos e Pesquisas Temáticas

Curso de Especialização em Valorização e Tecnologia de Rochas Ornamentais, no Rio de Janeiro e Espírito Santo, hoje pós-graduação Latu-sensu, na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.

Formação de parceria laboratorial de ensaios de caracterização de rochas ornamentais visando o Catálogo Brasileiro.

Em projetos específicos

Primeira fase do Projeto de Pedreira Escola, BA.

Arte com resíduos de rochas ornamentais.

Projeto de Fábrica de Argamassa com aproveitamento de finos de serrarias de rochas.

Em informação e divulgação

Catálogo das Rochas Ornamentais do Brasil.

Página de RETEQ-ROCHAS na Internet.

Organização do III e IV Simpósios de Rochas Ornamentais do Nordeste (2002 e 2003).

Organização do Mini Fórum IBEROEKA de Mármores e Granitos, BA, com apoio do Programa Ibero-americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento - CYTED.

Em apoio a Redes Regionais

Apoio à RETECMIN – RJ.

Apoio à Rede Rochas (Programa para o Desenvolvimento em Rede do setor de Rochas

Ornamentais do Espírito Santo).

Liderança para organização do Arranjo Produtivo Local de calcário do Cariri – APL CARIRI/CE.

Sem dúvida, foi a consolidação da RETEQ-ROCHAS, a que permitiu a continuidade dos eventos científicos nacionais e a criação dos internacionais, além da realização, posteriormente, de muitas outras atividades em prol do setor de rochas ornamentais, principalmente o Apoio a Arranjos Produtivos Locais.

Sendo muitos os profissionais e as instituições que contribuíram com o sucesso dessa rede, não citaremos todos eles aqui, mas sim gostaríamos de destacar a participação mais efetiva, além do CETEM, das seguintes instituições parceiras: ABIROCHAS, CBPM, IPT-SP, INT, SENAI-SP, DRM-RJ, CETEMAG, Departamento Geologia da Universidade do Estado de São Paulo - UNESP – Rio Claro, Departamento de Geologia da UFRJ, Departamento de Geologia da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, NUTEC, CPRM e Sindicatos de Produtores de Rochas Ornamentais e de Marmorarias de vários estados.

A liderança do CETEM, em quase todas as ações aqui relatadas, culminou com instalação de seu Núcleo Regional do Espírito Santo – NR-ES, em Cachoeiro de Itapemirim.

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Primeiro Congresso Internacional de Rochas Ornamentais (I CIRO), Brasil, 2005

Denominado “First Internacional Congress on Dimension Stones” (ICDS), a ideia de criar este encontro internacional partiu do Brasil, em 2003, e foi desenvolvida em parceria pelo CETEMAG e o CETEM, entre 2003 e 2005, contando com o apoio da ABIROCHAS e as instituições de pesquisa integrantes da RETEQ-ROCHAS. O Congresso foi realizado nas instalações do SESC (Serviço Social do Comércio), em Guarapari (ES), de 20 a 23 de fevereiro de 2005, coincidindo parcialmente com a Feira do Mármore e Granito de Vitória, de forma a ter uma maior participação dos empresários (Fig. 1).

Fig. 1 – Logomarca do I ICDS (2005). Foto: CETEM-MCTIC

Participaram da abertura em torno de 500 pessoas e durante o congresso mais de 300. Foram apresentados 93 trabalhos técnicos durante o evento e 8 palestras por especialistas de renome internacional (Fig. 2).

Fig. 2 – Mesa de abertura do I ICDS (2005). Foto: CETEM-MCTIC

Também foram realizadas 3 mesas redondas, com participação de instituições de governo, instituições de pesquisa e representantes empresariais que geraram excelentes discussões sobre mercado, uso e aplicação das rochas e desenvolvimento sustentável (Fig. 3).

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Fig. 3 – Participantes do I ICDS (2005). Fotos: CETEM-MCTIC

O congresso reuniu especialistas do Brasil, Itália, Espanha, Estados Unidos, Israel, Portugal e Alemanha (Fig. 4). Os anais do evento foram publicados no CD: I Congresso Internacional de Rochas Ornamentais. Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2005 e estão disponíveis no website do CETEM.

Fig. 4 – Mesa redonda com Cid Chiodi, Miguel Nery, José Mendo e Raimondo Ciccu (esquerda) e Adriano

Carranassios apresentando em sessão técnica (direita) no I ICDS: (2005). Fotos: CETEM-MCTIC

O encerramento do congresso foi realizado em uma pedreira desativada que funciona como local de esporte de aventura e de eventos (Fig.5).

Fig. 5 – Festa de abertura (esquerda) e local de encerramento (direita) do I ICDS (2005). Fotos: CETEM-MCTIC

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Segundo Congresso Internacional – II ICDS, Itália, 2008

Três anos depois e com a efetiva participação na organização do evento da ABIROCHAS e do CETEM, foi realizado pela Internazionale Marmi e Macchine – IMM e a Università degli Studi di Siena - Centro di Geotecnologie, o II Congresso Internacional de Rochas Ornamentais (II International Congress on Dimension Stones), em Carrara, Itália, de 29 a 31 de maio de 2008 (Fig.6 and 7).

Fig. 7 – Paola Biasi, Paris Mazzanti (IMM Carrara) e Carlos Peiter (CETEM), na abertura do II ICDS (2008).

Foto: CETEM-MCTIC

O Congresso, intitulado “Dimension Stones: XXI Century Challenges”, foi realizado simultaneamente à 29ª Feira Internacional do Mármore de Carrara – Carrara Marmotec, tradicional feira do setor que, nesse ano, foi visitada por quase 20.000 profissionais, 14% dos quais eram brasileiros. De fato, a grande representação do Brasil, deveu-se ao esforço da ABIROCHAS que, além de organizar o II Congresso Internacional, estabeleceu um protocolo de entendimentos com o Ministério de Minas e Energia, por meio da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM), do DNPM e CPRM, e seis estados produtores, com o objetivo de ampliar a participação brasileira na Feira de Carrara.

A delegação governamental, que participou também da abertura do Congresso, junto o Sr. Carlos Queiróz, representando à ABIROCHAS, esteve composta pelo Secretário Adjunto da SGM, Carlos Nogueira Junior, o Diretor-Presidente da CPRM, Agamenon Dantas e Ivan Sérgio

Fig. 6 – Logomarca do II ICDS (2008). Foto: CETEM-MCTIC

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de Cavalcante Mello, gerente da Divisão de Minerais e Rochas Industriais; pelo Diretor Geral do DNPM, Miguel Antônio Cedraz Nery, e pelo assessor Paulo Ribeiro de Santana (Fig.8).

Fig. 8 – Delegação brasileira, na abertura do II ICDS (2008). Foto: CETEM-MCTIC

Acompanharam o grupo, o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração -IBRAM, Paulo Camillo Vargas Penna, e delegações dos seis estados produtores: Bahia, Rio de Janeiro, Piauí, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. No comitê científico, o Brasil esteve representado pelos pesquisadores Carlos César Peiter e Nuria Castro (CETEM), Maria Heloísa Barros de Oliveira Frascá (IPT) e Eleno de Paula Rodrigues (SENAI-SP) (Fig. 9).

Fig. 9 – Maria Heloísa B.O. Frascá e Nuria Castro no II ICDS (2008). Foto: CETEM-MCTIC

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Considerado, à época, pelos meios de comunicação internacionais, como o mais importante evento científico do setor, contou com a participação de cerca de 150 profissionais, pesquisadores e tecnologistas de Itália, Portugal, Espanha, Bélgica, Noruega, Suécia, Finlândia, Croácia, Turquia, Eslovênia, Eslováquia, Colômbia, USA, Brasil e Irã, que aprofundaram em dezenas de temas de cunho tecnológico e geológico, bem como discutiram o cenário futuro do setor, os problemas da produção de rochas ornamentais, do impacto ambiental e do comércio mundial (Fig. 10).

Fig. 10 – Painel de apresentações no II ICDS (2008). Foto: CETEM-MCTIC

Dos 92 trabalhos previstos na programação, todos apresentados em inglês, 35 eram de pesquisadores brasileiros e apenas sete não foram apresentados. O fato lamentável ficou por conta da ausência de qualquer apoio ao evento ou aos pesquisadores por parte das agências de fomento à pesquisa federais, bem como estaduais. Essa falta impediu, por exemplo, que seis pesquisadores do Estado do Espírito Santo, o maior produtor do país, participassem apresentando seus trabalhos e pôsteres aceitos pelo congresso. Por outro lado, merece destaque e louvor a presença de mais de 20 pesquisadores do Brasil que não pouparam esforços e lograram estar presentes usando seus recursos próprios ou parte oriundos de seus projetos ou de pequenas contribuições feitas pelas suas universidades/ instituições.

Os anais do evento foram publicados no livro: Proceedings of the Second International Congress on Dimension Stones, 2008, Carrara. Dimension Stones ICDS: XXI Century Challenges. Pisa, Pacini Editore, 2008.

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Terceiro Congresso Internacional, Global Stone 2010, Espanha

O terceiro congresso internacional, exclusivamente organizado e patrocinado pela AIDICO – Instituto Tecnologico de la Construcción, da Comunidade de Valencia, Espanha, mudou o nome para o atual Global Stone, de modo a ser mais abrangente e evitar problemas terminológicos entre diversos idiomas (Fig. 11). AIDICO possuia vários laboratórios acreditados e expertise em materiais de construção, inclusive da pedra natural ou ornamental, na região autônoma de Valencia.

O evento ocorreu na cidade de Alicante, de 2 a 5 de março de 2010, no Hotel Meliá, com cerca de 100 partipantes e contou com cinco sessões temáticas e 59 trabalhos assim distribuídos : exploração e explotação (7 trabalhos) , elaboração e processamento (19) , meio ambiente (10), pedra natural na arquitetura (11) e caracterização e novos produtos (12). Também houve cinco conferencias plenárias abrindo as sessões técnicas. Participaram, representando o Brasil, os pesquisadores Dr. Carlos C. Peiter do CETEM, a Dra. Heloisa Frascá e o Dr. Fabiano Cabañas do IPT (Figs. 12 e 13). O Dr. Peiter apresentou a conferência “Indicadores del desarrollo sostenible para el desarrollo de la piedra: lo que realmente interesa” na abertura da sessão de Meio Ambiente.

Fig. 12 – Painel de apresentações no Global Stone 2010. Foto: Maria Heloísa B.O. Frascá

Fig.11 – Logomarca do Global Stone Congress2010. Fonte: AIDICO

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Fig. 13 – Fabiano Cabañas e Carlos C. Peiter no Global Stone 2010. Foto: Maria Heloísa B.O. Frascá

Os anais do evento foram distribuídos apenas em meio digital, mas os trabalhos podem ser solicitados à própria AIDICO e o CETEM também possui cópias para divulgação.

Quarto Congresso Internacional, Global Stone 2012, Portugal

A quarta edição do Global Stone Congress, intitulado: “Towards Innovation” terminou no dia 20 de julho, no CEVALOR, em Borba, distrito de Évora, após cinco dias em que reuniu os principais atores do setor da pedra natural, oriundos de mais de uma dezena de países, como Alemanha, Austrália, Brasil, Croácia, Egito, Eslovénia, Espanha, Finlândia, Grécia, Hungria, Itália, Japão, Reino Unido, Roménia, Turquia e Portugal (Fig. 14).

Com cerca de 200 participantes, profissionais e especialistas do setor, o congresso decorreu, de 16 a 20 de julho, de forma itinerante nos “concelhos” da Zona dos Mármores, Borba, Estremoz e Vila Viçosa, e foi organizado pela Associação Valor Pedra, com a colaboração de diversas entidades, empresas e autarquias, destacando-se a

organização científica do Instituto Superior Técnico, a Universidade de Évora e a Universidade Nova de Lisboa.

Fig. 14 - Logomarca do Global Stone 2012. Foto: CEVALOR

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A organização foi excelente, apesar das dificuldades logísticas de se fazer um evento itinerante. A sessão de abertura foi presidida pelo Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, que se deslocou a Borba acompanhado pelo Ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira (Fig. 15).

Fig. 15 – Autoridades e organizadores portugueses, na abertura do Global Stone 2012. Foto: ABIROCHAS

A ABIROCHAS, representada no evento pelo seu presidente Reinaldo Dantas Sampaio e pelo Geólogo Cid Chiodi Filho, e o CETEM, com os pesquisadores Carlos C. Peiter e Nuria F. Castro, fizeram parte do Comitê Organizador e Antônio Gilberto Costa (UFMG), Francisco W. H. Vidal (CETEM) e Maria Heloísa Barros de Oliveira Frascá (IPT) do comitê de aconselhamento cientifico. Em total, mais de 20 brasileiros participaram do congresso (Figs. 16 e 17).

Fig. 16 – Reinaldo Dantas Sampaio, presidente da ABIROCHAS, no Global Stone 2012. Foto: Luis Lopes

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Fig. 17 – Alguns integrantes dos comitês organizador e científico e participantes do Global Stone 2012.

Foto: CETEM-MCTIC

No mêrito científico, deve se ressaltar que foram apresentados diversos e excelentes trabalhos focados no desenvolvimento tecnológico da produção e beneficiamento das rochas ornamentais; novos materiais, equipamentos e tecnologias, o que mostra claramente a evolução do setor. Outros interessantes trabalhos apresentados foram sobre pesquisa geológica, desenvolvimento sustentável, conservação do patrimônio pétreo e qualidade e durabilidade de produtos finais (Fig. 18).

Fig. 18 – Zenaide Carvalho, apresentando no Global Stone 2012. Foto: Luis Lopes

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À par das sessões técnicas, o congresso integrou atividades culturais, que incluiram emocionantes apresentações musicais em locais históricos e até em uma pedreira desativada, e destinou um dia para visitas técnicas a outras zonas do país (Figs. 19 e 20). Os Anais do evento, em inglês, foram distribuídos em meio digital e trabalhos selecionados foram publicados na revista digital Key Engeneering Materials e em um livro.

Fig. 19 – Apresentação musical no Global Stone 2012. Foto: Luis Lopes

Fig. 20 – Apresentação musical em pedreira de Vila Viçosa no Global Stone 2012. Foto: Luis Lopes

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Quinto Congresso Internacional, Global Stone 2014, Turquia

A organização do congresso esteve a cargo de instituições do país sede através da Câmara de Engenharia Geológica, da Câmara de Engenharia de Minas e da Associação de Produtores de Rochas Ornamentais e Máquinas. As universidades de Hacttepe e de Istambul, representadas pelos Professores Seyfi Kulaksız and Atiye Tuğrul, coordenaram o Comitê Cientifico bem como a programação do congresso (Figs. 21 e 22).

Fig. 21 – Logomarca do Global Stone 2014. Foto: Mehmet Akif Ersoy University

(http://mermer.mehmetakif.edu.tr/?page=duyuruDetay&dataID=8; acessado em 07/03/2017)

Fig. 22 – Integrantes do Comitê Organizador na abertura do Global Stone 2014. Foto: Câmara de Engenheiros

Geólogos (http://www.jmo.org.tr/; acessado em 07/03/2017)

Foram selecionados para o Congresso 67 resumos (abstracts), para apresentação oral, e 44 para apresentação em pôster, do total de 186 recebidos pelo Comitê Cientifico, provenientes de 15 países diferentes: Alemanha, Itália, Portugal, Brasil, Egito, Grécia, França, Índia, Noruega, Suécia, Croácia, Finlândia, Colômbia, Irã e Reino Unido (Fig. 23).

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Os anais do evento estão dsiponíveis no link (acessado em 02/04/2017):

http://arber.com.tr/globalstone2014/files/tammetinglobalstone.pdf.

Fig. 23 – Luis Lopes (Portugal) e Javier Eduardo Becerra (Colômbia) no Global Stone 2014. Foto: Câmara de

Engenheiros Geólogos da Turquia (http://www.jmo.org.tr/; acessado em 07/03/2017)

Pesquisadores e profissionais brasileiros com interesse no setor de rochas ornamentais tiveram 15 artigos selecionados representando as seguintes instituições: CETEM, IPT, UFMG, Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), CPRM, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade federal de Alfenas (UNIFAL) e Universidade Estadual de Maringá (UEM).

A contribuição da ABIROCHAS ao V Global Stone viabilizou a participação do CETEM com sete trabalhos, tendo favorecido a presença do pesquisador Carlos Cesar Peiter, membro do Comitê Cientifico, e ainda a viagem dos bolsistas do CETEM, engenheira química Amanda Menezes Ricardo e o estudante de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Daniel Silva Barbutti, este último premiado pela ABIROCHAS por seu estudo desenvolvido e apresentado na Jornada de Iniciação Científica do CETEM de 2014 (“Estudo da Interação de Protetivos e Minerais no Restauro de Monumentos Pétreos”). Carlos Peiter e Daniel Barbutti também colaboraram participando de mesas coordenadoras de duas sessões técnicas.

Agradecimentos

Agradecemos a colaboração de Denize Chiodi e Maria Heloísa Barros de Oliveira Frascá na formatação do texto e complementação de informações.

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Lista de Insituições e Abreviaturas

ABIMAQ - Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos

ABIROCHAS - Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais

AIDICO – Instituto Tecnológico da Construção (Instituto Tecnológico de la Construcción, Espanha)

APL CARIRI/CE – Arranjo Produtivo Local de calcário do Cariri cearense (Brasil).

Associação de Produtores de Rochas Ornamentais e Máquinas (Türkiye Mermer Doğaltaş ve Makinaları Üreticileri Birliği, Turquia)

Câmara de Engenheiros de Minas (TMMOB Maden Mühendisleri Odası, Turquia)

Câmara de Engenheiros Géologos (TMMOB Jeoloji Mühendisleri Odası, Turquia)

CAPES – Fundação Coordenação de Pessoal de Nível Superior (MEC, Brasil)

CBPM - Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (Brasil)

CETEM - Centro de Tecnologia Mineral (MCTIC, Brasil)

CETEMAG - Centro Tecnológico do Mármore e Granito (Brasil)

CEVALOR - Centro tecnológico para o aproveitamento e valorização das rochas ornamentais e industriais (Portugal)

CPRM - Serviço Geológico do Brasil (MME, Brasil)

CT Mineral – Fundo setorial mineral (FINEP, Brasil)

CYTED – Programa Ibero-americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento

DNPM – Departamento Nacional da Produção Mineral (MME, Brasil)

DRM-RJ - Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (Brasil)

FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Brasil)

FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos (MCTIC, Brasil)

IBRAM - Instituto Brasileiro de Mineração

ICDS – Congresso Internacional de Rochas Ornamentais

IMM – Associação de rochas ornamentais e máquinas (Internazionale Marmi e Macchine - Itália)

INT - Instituto Nacional de Tecnologia (MCTIC, Brasil)

IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (Brasil)

IST - Instituto Superior Técnico (Portugal)

MAQROCHAS - Associação dos fabricantes de máquinas e equipamentos para o setor de rochas ornamentais do estado do Espirito Santo (Brasil)

MCTIC - Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (Brasil)

MEC – Ministério da Educação (Brasil)

MME – Ministério de Minas e Energia (Brasil)

NR-ES – Núcleo Regional do Espírito Santo (CETEM/MCTIC, Brasil)

NUTEC – Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Estado do Ceará (Brasil)

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RECOPE – Programa de financiamento de Redes Cooperativas de Pesquisa de interesse do setor produtivo (FINEP/FAPERJ, Brasil)

Rede Rochas do ES - Programa para o Desenvolvimento em Rede do setor de Rochas Ornamentais do Espírito Santo (Brasil)

RETECMIN - Rede Cooperativa de Pesquisa e Uso de Bens Minerais destinados à Construção Civil (Brasil)

RETEQ-ROCHAS - Rede Brasileira de Tecnologia e Qualidade em Rochas Ornamentais

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Brasil)

SESC - Serviço Social do Comércio (Brasil)

SGM - Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (MME, Brasil)

SGRM - Superintendência de Geologia e Recursos Minerais/Governo do Estado da Bahia (Brasil)

SIMAGRAN-CE - Sindicato das Indústrias de Mármores e Granitos do Estado do Ceará (Brasil)

SIMAGRAN-RJ - Sindicato da Indústria de Mármores e Granitos do Estado do Rio de Janeiro (Brasil)

SIMAGRAN-SP - Sindicato da Indústria de Mármores e Granitos do Estado de São Paulo (Brasil)

SINDIPEDRA - Sindicato dos trabalhadores da indústria de extração de mármores, calcários, granitos e pedreiras do estado da Bahia (Brasil)

SINDUSCON-PE - Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Brasil)

UEM - Universidade Estadual de Maringá (Brasil)

UENF - Universidade Estadual do Norte Fluminense (Brasil)

UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil)

UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro (Brasil)

UFSCar - Universidade Federal de São Carlos (Brasil)

UNESP – Universidade do Estado de São Paulo (Brasil)

UNIFAL - Universidade federal de Alfenas (Brasil)

UniSi – Universidade de Siena (Università degli Studi di Siena – Itália)

Universidade de Évora (Portugal)

Universidade de Hacttepe (Hacttepe Üniversitesi, Turquia)

Universidade de Istambul (Ístambul Üniversitesi, Turquia)

UNL - Universidade Nova de Lisboa (Portugal)

VALOR PEDRA - Cluster da Pedra Natural (Portugal)

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Sobre os autores

CARLOS CÉSAR PEITER, Eng. Metalúrgico, PhD. Tecnologista Sênior do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) Av. Pedro Calmon, 900 – Cidade Universitária – 21941-908 Rio de Janeiro – RJ (Brasil) Currículo Lattes | [email protected] | +55 21 38657294

NURIA FERNÁNDEZ CASTRO, Enga. de Minas, MSc. Tecnologista Sênior do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) Av. Pedro Calmon, 900 – Cidade Universitária – 21941-908 Rio de Janeiro – RJ (Brasil) Currículo Lattes | [email protected] | +55 21 38657336

Graduação em Engenharia de Minas - Universidade Politécnica de Madri, Espanha (1994), especialização em Geologia pela Universidade Federal de Ouro Preto (1995), especialização em Tecnologia e Valorização de Rochas Ornamentais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006) e mestrado em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2009). Atualmente é Tecnologista Pleno do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM/MCTIC) e Chefe do Núcleo Regional do Espírito Santo, em Cachoeiro do Itapemirim (CETEM-ES). Tem experiência na área de Engenharia de Minas, com ênfase em Aplicações dos Recursos Minerais, atuando principalmente nos seguintes temas: rochas ornamentais, arranjos produtivos locais - APL, mineração,

desenvolvimento sustentável e divulgação científica.

FRANCISCO WILSON HOLLANDA VIDAL, Eng. de Minas, PhD. Tecnologista Sênior do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM) Av. Pedro Calmon, 900 – Cidade Universitária – 21941-908 Rio de Janeiro – RJ (Brasil) Currículo Lattes | [email protected] | +55 21 38657220

Possui graduação em Engenharia de Minas pela Universidade Federal de Pernambuco (1975), mestrado em Engenharia Mineral pela Universidade de São Paulo (1995) e doutorado em Engenharia Mineral pela Universidade de São Paulo (1999), com tese de doutoramento desenvolvida na Universidade de Cagliari - Sardenha - Italia (1997), por meio de intercâmbio entre estas universidades. Atualmente é Tecnologista Sênior do Centro de Tecnologia Mineral-CETEM. Tem experiência na área de Engenharia de Minas, com ênfase em pesquisa tecnológica para industrias de extração e processamento de minérios, atuando principalmente nos seguintes temas: lavra e beneficiamento de rochas ornamentais e de minerais industriais, caracterização tecnológica de minérios, rochas ornamentais e tratamento de minérios. De 1976 a 1978, trabalhou na CPRM, lotado na divisão de tecnologia mineral, Rio de Janeiro. Em 1978 passou a fazer parte do CETEM,

onde foi chefe da divisão de engenharia de processos, de 1983 a 1986 e chefe da divisão de tratamento de minérios, de 1986 a 1988. Em 1989, foi cedido ao governo do Estado do Ceará para atuar na Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará - NUTEC, onde foi diretor de operações, de 1991 a 1994 e diretor da divisão de tecnologia mineral, de 1994 a 1999. Em 1999 retornou ao CETEM, com sua experiência em rochas ornamentais, onde continua até o presente participando do grupo de pesquisa em tecnologia mineral em rochas e minerais industriais, sendo Coordenador de Rochas Ornamentais e Minerais Industriais. Coordena também a Rede de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral. Ao longo de sua carreira coordenou e executou mais de 70 projetos técnicos e é autor ou organizador de 11 livros, 31 capítulos de livro, centenas de publicações técnico-científicas nas de áreas geociências e tecnologia mineral em diversos periódicos, revistas e anais de eventos científicos, organizador de 19 congressos e palestrante em inúmeros eventos especializados.