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Nov 2007

Teoria do ConhecimentoProf Johannes Hessen 1925 Traduo de Dr. Antnio Correia

Professora: Snia Afonso Alunas: Carolina Rocha Carvalho Maria Rosa Tesser Lima

01/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

INTRODUO

Essncia da FilosofiaO que filosofia?

- Amor pela sabedoria, desejo de saber (do grego) - Cincia pura e simples (Plato e Aristteles) - Uma aspirao virtude ou felicidade (esticos e epicuristas) - Cincia dos princpios (Cristian Wolff)

Qual o mtodo que devemos utilizar para definir a essncia da filosofia? Devemos extrair do contedo histrico?

02/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

INTRODUO

Viso histrica da filosofia

Scrates procura fazer de toda ao humana um saber. (Conscincia Filosfica) Plato a reflexo filosfica estende-se ao contedo total da conscincia humana. Auto-reflexo do Esprito. (Concepo do Eu) Aristteles Filosofia primeira, ou metafsica O SER. (Concepo do Universo) Descartes, Espinosa e Leibnitz Concepo do Universo Kant Concepo do Eu (modelo platnico). Reflexo universal do esprito sobre si mesmo.

03/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

INTRODUO

Viso histrica da filosofia

Schelling e Hegel ressurge o modelo aristotlico e uma renovao do tipo kantiano, o neokantismo. (sec. XIX) Assim, a filosofia adquiriu um carter puramente formal e metodolgico.

Concepo do EU X Concepo do UNIVERSOA histria apresenta, em suma, um movimento pendular entre estes dois elementos, mas a filosofia simultaneamente as duas concepes.A filosofia uma auto-reflexo do esprito sobre o seu comportamento de valor terico e prtico e uma aspirao ao conhecimento das ultimas conexes entre as coisas, a uma concepo racional do universo. (HESSEN, 1925, pg 15)

04/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

INTRODUO

Posio da teoria do conhecimento no sistema filosficoFormal Teoria da Cincia Material Valores ticos Teoria dos Valores Valores estticos Valores religiosos Teoria da Concepo do Universo Metafsica Concepo do Universo

Lgica Teoria do Conhecimento

Natureza Esprito

05/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

INTRODUO

Posio da teoria do conhecimento no sistema filosficoFormal Teoria da Cincia Material

Lgica Teoria do Conhecimento

A lgica pergunta pela correo formal do pensamento, isto , pela concordncia consigo mesmo, pelas suas prprias formas e leis. TEORIA DO PENSAMENTO CORRETO A teoria do conhecimento pergunta pela verdade do pensamento, isto , pela sua concordncia com o objeto. TEORIA DO PENSAMENTO VERDADEIRO

06/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

INTRODUO

Histria da teoria do conhecimento

John Locke fundador (1690) Idade Moderna Como verdadeiro fundador da teoria do conhecimento dentro da filosofia continental apresenta-se Manuel Kant. (1781) Kant d uma fundamentao crtica do conhecimento cientfico da natureza (mtodo transcendental) Filosofia de Kant transcendentalismo ou criticismo Fichte apresenta como teoria da cincia. Manifesta a confuso entre a teoria do conhecimento e a metafsica. Neokantismo esforou-se por traar uma separao entre os problemas epistemolgicos e metafsicos. [197?] Hoje nos encontramos perante uma multido de direes epistemolgicas em conexo sistemtica.

07/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

TEORIA GERAL DO CONHECIMENT O

Investigao fenomenolgica preliminar

O FENMENO DO CONHECIMENTO E OS PROBLEMAS NELE CONTIDOS Teoria do conhecimento uma explicao ou interpretao filosfica do conhecimento humano. Primeiro devemos examinar escrupulosamente o objeto. necessrio observar com rigor e descrever com exatido aquilo a que chamamos de conhecimento, esse peculiar fenmeno de conscincia (mtodo fenomenolgico). ImagemO sujeito modificado pelo objeto, no conhecimento. O objeto modificado pelo sujeito, na ao.

Sujeito

Objeto

08/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

TEORIA GERAL DO CONHECIMENT O

Investigao fenomenolgica preliminar

O FENMENO DO CONHECIMENTO E OS PROBLEMAS NELE CONTIDOS O conceito de verdade relaciona-se com a essncia do conhecimento. Mas, em que consiste a verdade? Na concordncia da imagem com o objeto. Mas, no basta ser verdadeiro, precisamos ter certeza de que verdadeiro. Esta comprovao se encontra alm do alcance do problema fenomenolgico. Principais problemas Possibilidade do conhecimento Origem do conhecimento Essncia do conhecimento Formas do conhecimento O critrio de verdade

09/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO

O Dogmatismo

Dogmatismo doutrina fixada Onde no existe ainda o problema do conhecimento. O dogmatismo cr que os objetos do conhecimento nos so dados absolutamente e no meramente por obra da funo intermediria do conhecimento. O dogmatismo o proceder dogmtico da razo pura, sem a crtica do seu prprio poder. (HESSEN, 1925, pg 39)Dogmatismo Terico tico Religioso Conhecimento terico Conhecimento de valores (moral) Conhecimento de valores (religioso)

10/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO

O Cepticismo

Cepticismo enganar, examinar. Como o sujeito no pode apreender o objeto, no devemos formular qualquer juzo. O cepticismo no v o objeto. A sua ateno fixa-se to exclusivamente no sujeito, na funo do conhecimento, que ignora completamente a significao do objeto. (HESSEN, 1925, pg 40)

11/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO

O Cepticismo

O cepticismo se anula a si prprio. Afirma que o conhecimento impossvel, mas com isto exprime um conhecimento. O cepticismo apresenta-se como antpoda do dogmatismo.No h conhecimento! (Pirrn) Absteno de todo juzo impossvel um saber rigoroso, apenas probabilidades Sustenta a probabilidade de chegar a uma opinio provvel Segue modelo Pirrnico

Antigo Cepticismo Acadmico Intermedirio Posterior

12/47Nov 2007

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO

O Subjetivismo e o Relativismo

H uma verdade, mas esta tem uma validade limitada. O subjetivismo (...) limita a validade ao sujeito que conhece e julga. (HESSEN, 1925, pg 46) (subj. individual ou geral) O relativismo diz que toda a verdade relativa, apenas tem uma validade limitada. Subjetivismo depende de fatores que residem no sujeito cognoscente. Relativismo depende de fatores externos. Assim com o cepticismo, contraditria. Uma verdade que no seja universalmente vlida representa um contra-senso. (HESSEN, 1925, pg 48) A verdade significa a concordncia do juzo com a realidade objetiva. Se verdade, no tem sentido limit-la.

13/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO

O Pragmatismo

Pragmatismo ao Segundo o pragmatismo, verdadeiro significa til, valioso, fomentador de vida. O homem no essencialmente um ser terico ou pensante, mas sim um ser prtico, um ser de vontade e de ao. O homem , antes de tudo, um ser ativo. O intelecto no lhe foi dado para conhecer a verdade, mas sim para atuar.(Vaihinger)

So verdadeiras aquelas representaes que resultaram em motivos de ao adequadas e vital. (Simmel) O erro fundamental do pragmatismo consiste em no ver a esfera lgica, em desconhecer o valor prprio, a autonomia do pensamento humano. (HESSEN, 1925, pg 53)

14/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO

O CriticismoCriticismo examinarSubjetivismo, Relativismo, Pragmatismo Cepticismo Criticismo anttese

Dogmatismo

O criticismo est convencido de que possvel o conhecimento, de que h uma verdade. (HESSEN, 1925, pg 54) O criticismo examina todas as afirmaes da razo humana e no aceita nada despreocupadamente. (HESSEN, 1925, pg 55) O seu comportamento reflexivo e crtico. a nica posio justa do conhecimento.

15/47Nov 2007

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A ORIGEM DO CONHECIMENTO

O Racionalismo

Racionalismo razo Segundo Plato todo o verdadeiro saber se distingue pelas notas da necessidade lgica e validade universal.(HESSEN, 1925, pg 62)

Os sentidos no podem nunca conduzir-nos a um verdadeiro saber. E que o mundo da experincia encontra-se em contnua alterao e mudana. (Plato) Da possibilidade do conhecimento existe, alm do mundo sensvel, o supra-sensvel o mundo das idias. Plato diz que o conhecimento uma reminiscncia, que a alma contemplou as idias numa existncia pr-terrena. teoria da contemplao de idias, racionalismo transcendente.

16/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A ORIGEM DO CONHECIMENTO

O Racionalismo

Plotino coloca o mundo das idias no Nus csmico, ou seja, Esprito do universo. (Iluminao) Santo Agostinho As verdades e os conceitos so irradiados por Deus para o nosso esprito. (Iluminao divina) Gioberti conhecemos as coisas contemplando o absoluto na nossa atividade criadora. (ontologismo) Malebranche a teoria da intuio racional do absoluto como fonte nica, ou pelo menos principal, do conhecimento humano. (teognosticismo) Descartes e Leibnitz a teoria das idias inatas. Que existem em ns em grmen. Estas formas confundem o problema psicolgico e o lgico.

17/47Nov 2007

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A ORIGEM DO CONHECIMENTO

O Racionalismo

O pensamento continua sendo a nica fonte do conhecimento. O mrito do racionalismo consiste em ter visto e feito sobressair com energia o significado do fator racional do conhecimento humano. (HESSEN, 1925, pg 67) exclusivista ao fazer do pensamento a nica fonte do conhecimento. Outro defeito, consiste em respirar o esprito do dogmatismo.

18/47Nov 2007

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A ORIGEM DO CONHECIMENTO

O Empirismo

Empirismo experincia A nica fonte de conhecimento humano a experincia. (HESSEN, 1925, pg 68) O esprito humano est por natureza, vazio. (HESSEN, 1925, pg 68) O empirismo parte dos fatos concretos e o pensamento limitase a unir diferentes dados da experincia.

Tipos de experincia: Interna percepo de si prprio reflexo Externa percepo dos sentidos sensao (sensualismo)

19/47Nov 2007

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A ORIGEM DO CONHECIMENTO

O Empirismo

Esticos alma uma tbua de escrever Locke a alma um papel em branco. [16--?] Hume divide idias em impresses (vivas sensaes) e idias (representadas por memrias e fantasias). [17--] Todas as idias procedem das impresses e no so nada mais do que cpias destas. (Hume) Locke e Hume reconhecem a esfera da matemtica como um conhecimento vlido. Condillac s existe uma fonte de conhecimento, a sensao [17--] Mill at as leis lgicas do pensamento tem a base na sua validade na experincia. [18--] Empiristas tendem para um cepticismo metafsico

20/47Nov 2007

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A ORIGEM DO CONHECIMENTO

O Intelectualismo

Intelectualismo ler no interior A experincia e o pensamento fazem parte do conhecimento. Aristteles coloca o mundo platnico das idias (racionalista) dentro da realidade emprica. Se as idias j se encontram includas nas coisas empricas, j no tem razo de ser uma contemplao pr-terrena daquelas, no sentido platnico . A experincia alcana, pelo contrrio, uma importncia fundamental. (HESSEN, 1925, pg 76) Pensamento receptivo e passivo.

21/47Nov 2007

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria RosaExtrai imagens essenciais gerais

A ORIGEM DO CONHECIMENTO

O IntelectualismoCoisas concretas Imagens sensveis

Recebe em si e julga

CONHECIMENTO

emprico

racional

O fator racional deriva do emprico

22/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A ORIGEM DO CONHECIMENTO

O Apriorismo

Segunda tentativa de mediao entre o racionalismo e o empirismo. O conhecimento apresenta elementos a priori, independentes da experincia. O fator a priori recebe o seu contedo do pensamento, da razo. Os conceitos sem as intuies so vazios, as intuies sem s conhecimentos so cegas. (HESSEN, 1925, pg78) Pensamento espontneo e ativo. Kant a matria do conhecimento procede da experincia e a forma procede do pensamento. Intelectualismo empirismo Apriorismo racionalismo

23/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A ORIGEM DO CONHECIMENTO

Crtica e Posio Prpria

Precisamos separar o problema lgico e psicolgico. A psicologia moderna mostra que na gnese dos nossos conceitos tem lugar, no s o pensamento, mas tambm a experincia. (origem psicolgica) O conhecimento um cruzamento de contedos intuitivos e no intuitivos. No racionalismo e empirismo a origem lgica apresenta duas solues com resultados semelhantes. Racionalismo cincia ideal (no precisamos perguntar nada a experincia para conhecer sua verdade) verdades de razo. Empirismo cincia natural (baseia-se na experincia) verdades de fato.

24/47Nov 2007

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A ORIGEM DO CONHECIMENTO

Crtica e Posio Prpria

As duas posies intermedirias, na origem psicolgica, possuem um fator racional e um emprico. Problema lgico, as duas possuem necessidade lgica e validade universal, ento, esto de acordo com o racionalismo, mas o fundamento distinto. O intelectualismo baseia-se no empirismo e apresenta uma hiptese metafsica (supe que a realidade apresenta uma estrutura racional). No se apia nos dados psicolgicos. O apriorismo evita esta dificuldades. Sem dvida que poderemos dar j razo ao apriorismo no sentido de que tambm o conhecimento prprio das cincias reais apresenta fatores a priori. (HESSEN, 1925, pg 84)

25/47Nov 2007

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A ESSNCIA DO CONHECIMENTO

Solues Pr-MetafsicasO Objetivismo

O Objeto determina o sujeito

Conhecimento relao entre sujeito e objeto

Segundo Plato, os objetos so algo dado, algo que representa uma estrutura totalmente definida, estrutura que reconstruda, digamos assim, pela conscincia cognoscente. (HESSEN, 1925, pg 89)

26/47Nov 2007

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A ESSNCIA DO CONHECIMENTO

Solues Pr-MetafsicasO Subjetivismo

Fundamenta o conhecimento Humano no Sujeito Santo Agostinho Seguindo o precedente de PLOTINO, colocou o mundo flutuante das idias Platnicas no Esprito divino, fazendo das Essncias ideais, existentes por si, contedos lgicos da razo divina, Pensamento de Deus. A Escola de Maburgo O Sujeito no um sujeito metafsico, mas puramente lgico

27/47Nov 2007

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A ESSNCIA DO CONHECIMENTO

Solues MetafsicasO Realismo

H coisas reais independentes da conscinciaRealismo Ingnuo As coisas so exatamente tais como as percebemos Os objetos correspondem exatamente aos contedos da percepo Todas as propriedades ou qualidades das coisas que apreendemos s por um sentido, como as cores, sons, odores, sabores, etc., existem unicamente na nossa conscincia

Realismo Natural

Realismo Crtico

28/47Nov 2007

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A ESSNCIA DO CONHECIMENTO

Solues MetafsicasO Idealismo

Sentidos da Palavra

Metafsico

A Realidade tem por fundamento foras espirituais, potncias ideais. Subjetivo ou Psicolgico Objetivo ou Lgico

Epistemolgico

29/47Nov 2007

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A ESSNCIA DO CONHECIMENTO

Solues MetafsicasO Fenomenalismo

Teoria segundo a qual no conhecemos as coisas como so em si, mas como se nos apresentam. Kant O espao e o tempo so unicamente formas da nossa intuio, funes da nossa sensibilidade , que dispes as sensaes numa justaposio e numa sucesso, ou as ordenam no espao e no tempo de uma forma inconsciente e involuntria. Mundo Fenomnico : O Mundo tal como nos aparece devido organizao a priori da conscincia.

30/47Nov 2007

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A ESSNCIA DO CONHECIMENTO

Solues MetafsicasCrtica e Posio Prpria

Nem o realismo nem o idealismo pode podem provar-se ou refutar-se por meios puramente racionais. Pois o idealismo no consegue demonstrar que a posio realista contraditria, e tambm o realismo tambm no consegue abater definitivamente o seu adversrio.

31/47Nov 2007

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A ESSNCIA DO CONHECIMENTO

Solues Teolgicas

Para a Soluo do Sujeito e do Objeto deve remontar-se ao ltimo princpio da realidade, o absoluto, e tratar de resolver o problema partindo dele. O absoluto como imanente ou transcendente ao mundo, chega a uma soluo monista e pantesta ou a uma soluo dualista e testa.

32/47Nov 2007

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A ESSNCIA DO CONHECIMENTO

Solues TeolgicasA Soluo Monista e Pantesta

Trata de absorver sujeito e objeto numa ltima unidade. O sujeito e o objeto, o pensamento e o ser, a conscincia e as coisas, s aparentemente so uma dualidade; realmente so uma unidade. Spinoza A ordem e a conexo das idias o mesmo que a ordem e a conexo das coisas. Schelling define o absoluto como a unidade da Natureza e do Esprito, do objeto e do sujeito.

33/47Nov 2007

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

A ESSNCIA DO CONHECIMENTO

Solues TeolgicasA Soluo Dualista e Testa

O sujeito e o objeto, o pensamente e o ser, vo parar finalmente a um ltimo princpio comum. Este reside na Divindade, que a fonte comum do ideal e da realidade, do pensamento e do ser. Plato e Aristteles origens Plotino em substncia Santo Agostino e So Toms de Aquino principais representantes. Descartes encontra-se neste terreno Leibnitz resolve o problema da conexo das coisas mediante a idia da harmonia pr-estabelecida.

34/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

AS ESPCIES DO CONHECIMENTO

O problema da intuio e sua histria

A conscincia cognoscente necessita, de dar voltas em torno do seu objeto, para o apreender realmente. Pe o seu objeto em relao com os outros, compara-o com os outros, e tira concluses. Assim procede o especialista quando quer definir o seu objeto debaixo de todos os pontos de vista; assim faz tambm o metafsico quando quer conhecer, por exemplo, a essncia da alma. (Hessen, 1925, pg 121)Intuio Racional Intuio Emocional Intuio Volitiva Razo Emoo Vontade

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

AS ESPCIES DO CONHECIMENTO

Razo e Sem Razo do IntuicionismoO

admitir ou no admitir um conhecimento intuitivo paralelamente ao discursivo-racional, depende antes de tudo do que se pense sobre a essncia do homem. (Hessen,1925, pg 135)

Homem = Ser Terico

Pensamento

Conhecimento Racional

Homem = Ser Emocional

Aspectos da Realidade

Pluralidade das Funes Cognitivas

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria RosaConceito Transcendente Imanente Critrio AUSNCIA DE CONTRADIOA essncia da Verdade reside dentro do prprio pensamento Consiste na produo correta Conforme as leis do objeto, isto , O pensamento concorda com suas prprias leis.

O CRITRIO DA VERDADE

Cincias Formais Cincias Ideais Objetos Reais

Objetos Ideais

PRESENA OU REALIDADE IMEDIATA

EVIDNCIA

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

TEORIA ESPECIAL DO CONHECIMENTO

Seu problema

T.G.C Investiga as relaes do nosso pensamento com os objetos em geral. T.E.C Investiga os conceitos bsicos mais gerais, por meio dos quais procuramos definir os objetos. Teoria das Categorias Encontra-se na mais estreita relao com a metafsica geral ou ontologia. Pois esta, como teoria do ser, investiga os conceitos mais gerais que se referem ao ser. Origem lgica - A teoria das categorias investiga como brotam os conceitos das leis essenciais do pensamento em concorrncia com o carter do que dado empiricamente. Origem metafsica quer chegar a conhecer a estrutura essencial do universo, os princpios de toda a realidade,

38/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

TEORIA ESPECIAL DO CONHECIMENTO

A essncia das categorias

Aristteles as categorias representam propriedades gerais dos objetos, qualidades objetivas do ser. Kant as categorias so puras determinaes do pensamento, formas e funes a priori da conscincia.Categorias Formas do ser FormasRealista e objetivista Idealista e apriorista

Propriedades dos objetos Determinaes do pensamento

39/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

TEORIA ESPECIAL DO CONHECIMENTO

A essncia das categoriasConcepo objetivista das categorias Fenomenologia Teoria do objeto Realismo crtico

Categorias formais ou lgicas Categorias materiais ou regionais

O idealismo no consegue tornar compreensvel para a natureza do pensamento, nem a diversidade das prprias formas das categorias, nem a diversidade das suas esferas de validade.

40/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

TEORIA ESPECIAL DO CONHECIMENTO

O sistema das categoriasAristteles (Classes de afirmaes do ser)1- Substncia ou essncia 2- Quantidade 3- Qualidade 4- Relao 5- Lugar 6- Tempo 7- Posio 8- Estado 9- Ao 10- Paixo

Kant (Classes de juzos)1- Categorias da quantidade 2- Categorias da qualidade 3- Categorias da relao substncia-acidente, causa-efeito, ao recproca 4- Categorias da modalidade

Hartmann (Categorias)1- Categorias da sensibilidade (sensao e intuio) 2- Categorias do pensamento (reflexivo e especulativo)

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

TEORIA ESPECIAL DO CONHECIMENTO

O sistema das categoriasWindelband (Mtodo lgico transcendental)

1- Categoria reflexiva (a diferena e a igualdade) 2- Categoria construtiva (espcies fundamentais so a objetividade e a causalidade)

O mtodo de Windelband considerado mais pobre, falta considerar o espao e o tempo e revela-se idealista e apriorista. Apesar dos defeitos devemos considerar a sua idia fundamental correta. Ser considerado a teoria das categorias. Como as categorias construtivas so as mais importantes dedicaremos um exame mais pormenorizado. Mas limitaremos s duas categorias fundamentais da substancialidade e da causalidade.

42/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

TEORIA ESPECIAL DO CONHECIMENTO

A substancialidade

As propriedades do objeto esto aderentes a ele. E se chamam tambm de acidentes (cair sobre outra coisa, ligar-se). Chama-se ao prprio objeto substncia. No conceito de substncia h duas caractersticas: a independncia e a permanncia (estvel). Nessa categoria aplicamos o princpio de identidade. A substancialidade, ou mais exatamente, a relao de inerncia e de subsistncia, no um dado da experincia, mas um produto do pensamento que intervm na experincia. (HESSEN, 1925, pg 179)

43/47Nov 2007

Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

TEORIA ESPECIAL DO CONHECIMENTO

A causalidadeO conceito de causalidade

Assim como a substancialidade, a causalidade no um dado da experincia. Na categoria de causalidade o princpio da razo suficiente nos guia. No tomamos da experincia a causalidade, mas a criamos para satisfazer as exigncias do nosso pensamento. A criamos para a aplicar experincia. A experincia interna nos serve de modelo tanto para a formao do conceito de substncia como para a formao do conceito de causa. (HESSEN, 1925, pg 181)

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Prof Johannes Hessen - 1925

Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

TEORIA ESPECIAL DO CONHECIMENTO

A causalidadeO princpio da causalidade

O princpio de causalidade refere-se esfera de validade. Toda a mudana, todo um processo tem uma causa. No h efeito sem causa. (correlativos) A possibilidade de compreender o universo depende logicamente da categoria da causalidade. Geyser, 1909 apud HESSEN, 1925, pg 191) Devemos conceber o princpio de causalidade como um pressuposto necessrio a todo o conhecimento cientfico da realidade. Esse princpio vlido independente da experincia.

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

CONCLUSO

A F e o SaberA relao entre a f e o saber pode ser definida de muitas maneiras. O autor identificou quatro (04) maneiras principais: Duas de IDENTIDADE essencial Duas de DIFERENA essencialSistema Gnstico da Identidade Sistema Tradicionalista de identidade

Religio (-) ReligioPg.193 201

Filosofia Filosofia (-)

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

CONCLUSO

A F e o SaberTeologia NaturalEscolstica Filosofia da Ilustrao

Identidade ParcialTeologia Racional

Identidade Dualista

Pg.193 201

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Teoria do ConhecimentoCarolina e Maria Rosa

BIBLIOGRAFIA

ORIGINALHESSEN, Johannes, Erkenntnistheorie, Ferd. Dmmiers Verlag 1925, 125 pgs. (in Leitfden der Philosophie vol 2.)

TRADUOHESSEN, Johannes. Teoria do Conhecimento. Traduo de Antnio Correia. Coimbra, Portugal: Armnio Amado, 7. ed, 1980. 206 p.