jornal de vila meÃ

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Diretor: José Ismael Mendes Edição: 177 Preço: 0,60 € março de 2015 TAXA PAGA 4605 Vila Meã Gerestudo promove iniciativa de incentivo à leitura PÁGINA 8 PÁGINA 4 OPINIÃO Água, um Bem Precioso PÁGINA 5 REPORTAGEM Casa da Ferragem Rede Social de Amarante dinamiza Semana Interescolas REPORTAGEM MARJOCRI “A nossa base de trabalho assenta na qualidade do produto aliada a preços competitivos” Um negócio de sucesso no comércio tradicional de Vila Meã JÁ ABRIU O GABINETE DE APOIO AO EMPREGO INFORME-SE! PÁGINA 2 OPINIÃO Portugal precisa de inovação PÁGINA 3 Lançamento da monografia Rota do Românico PÁGINA 7 PÁGINA 6 PÁGINA 11

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Page 1: JORNAL DE VILA MEÃ

Diretor: José Ismael Mendes Edição: 177 Preço: 0,60 € março de 2015TAXA PAGA4605 Vila Meã

Gerestudo promove iniciativa de incentivo à leituraPÁGINA 8

PÁGINA 4

OPINIÃO

Água, um Bem Precioso

PÁGINA 5

REPORTAGEMCasa da Ferragem

Rede Social de Amarante dinamiza Semana Interescolas

REPORTAGEM

MARJOCRI“A nossa base de trabalho assenta na qualidade do produto aliada a preços competitivos”

Um negócio de sucesso no comércio tradicional de Vila Meã

JÁ ABRIU O GABINETE DE APOIO AO EMPREGO

INFORME-SE!

PÁGINA 2

OPINIÃOP o r t u g a l precisa de inovação

PÁGINA 3

Lançamento da monografiaRota do Românico

PÁGINA 7

PÁGINA 6

PÁGINA 11

Page 2: JORNAL DE VILA MEÃ

Diretor: José Ismael Mendes Colaboradores:Maria do Rosário Meneses, Delfina Carvalho, Centro Veterinário de Vila Meã, António José Queiroz, Clínica Medimeã, AlegreContorno, Ana Catarina Teixeira e Vanessa Babo (imagem gráfica).Jornalista: Bruna SilvaPropriedade: Associação Empresarial de Vila Meã Pessoa Colectiva nº: 504 603 949 Urbanização da Cruz - Real 4605-359 Vila MeãTelef. 255 735 050 Fax 255 735 051 E-mail: [email protected] no ICS: 123326 . Depósito Legal: 139555/99Tiragem média: 1.000 ex. Impressão: Gráfica do Norte (Amarante) Preço de capa: 0,60 euros

OPINIÃOmarço de 2015 - Jornal de Vila Meã2

José Ismael Mendes (*)

Portugal precisa de inovaçãoinovação.

Igualmente se deve deixar claro que investigar não é o mesmo que inovar. É que a inovação tem que

ser rentável! De facto, enquanto se pode descrever o esforço de investigação como um processo de converter dinheiro em conhe-cimento, as actividades de desen-volvimento que lhe seguem são precursoras de um processo de inovação, i.e., um processo atra-vés do qual se converte conheci-mento em dinheiro.

Partindo do ponto de vista das empresas, segundo o qual a inovação tem que ser rentável, o

Inovar é criar valor num con-texto de mudança. Tal mudan-ça pode ser tecnológica, social, de processo, de mercado, ou de qualquer outra natureza. Para os efeitos do presente artigo, con-centrar-nos-emos, sobretudo, na inovação que resulta de mudan-ças tecnológicas por razões a que regressaremos mais à fren-te. Resulta da definição proposta que se não houver criação de valor, não há inovação. Portanto, a inovação não gera, por si só,

processo de inovação assemelha--se a um processo de investimen-to: investe-se em investigação, investe-se de novo em desenvol-

vimento, e obtém-se o retorno através da inovação.

As empresas têm, pois, que se preocupar com o retorno do

capital investido em inovação, do mesmo modo que se preocupam com os equipamentos e sistemas em que investem.

Já os países têm que se preo-cupar com a eficiência e produ-tividade dos seus processos de inovação e com o retorno criado pelos recursos investidos em ino-vação.

A escassez de capital e caduci-dade do modelo de mão-de-obra barata, impelem a inovação para a condição de alavanca de cres-cimento mais apropriada e mais disponível no momento presente

da economia portuguesa.Engenheiro (*)

"Partindo do ponto de vista das empresas, segundo o qual a inovação tem que ser rentável, o processo de inovação assemelha-se a um pro-cesso de investimento: investe-se em investiga-ção, investe-se de novo em desenvolvimento, e obtém-se o retorno através da inovação"

"A escassez de capital e caducidade do modelo de mão-de-obra barata, impelem a inovação para a condição de alavanca de crescimento mais apropriada e mais disponível no momento presente da economia portuguesa"

Page 3: JORNAL DE VILA MEÃ

REGIÃOJornal de Vila Meã - março de 2015 3

Lançamento da monografia Rota do RomânicoO Mosteiro do Salvador de Travanca, em Amarante, acolheu no passado dia 14 de março o lançamento da monografia Rota do Românico.A publicação científica, em dois volumes, dará continuidade à monografia editada em 2008, sob o título Românico do Vale do Sousa. Esta edição assume um papel de relevo na divulgação da história e da arte dos 34 novos monumentos românicos, que integraram a Rota do Românico desde 2010. No entanto, assume também uma função complementar ao disponibilizar novos dados históricos dos concelhos que passaram a integrar o projeto: Amarante, Baião, Celorico de Basto, Cinfães, Marco de Canaveses e Resende.Embora o enfoque seja colocado nos monumentos que resultaram do alarga-mento da Rota do Românico aos conce-lhos do Baixo Tâmega e do Douro Sul, foram também incluídos os três elemen-tos patrimoniais que, embora localizados em concelhos do Vale do Sousa, pela sua importância arquitetónica e histórica, foram também integrados em 2010.A coordenar esta edição esteve, uma vez mais, a Professora Doutora Lúcia Rosas, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Maria Leonor Botelho e Nuno Resende, da mesma instituição, foram os autores dos conteúdos escritos.O lançamento da monografia foi precedi-do por uma missa de dedicação do novo altar da Igreja do Mosteiro de Travanca, presidida pelo Bispo Auxiliar do Porto, D. António Taipa.

Mosteiro do Salvador de TravancaNo sábado, dia 14 de Março, pelas 16h, todos os caminhos iam dar, não a Santiago de Compostela, mas a Travanca. Ia ser celebrada

uma missa de dedicação do Altar da Igreja. Missa que foi presidida pelo Bispo auxiliar do Porto, D. António Taipa e coadjuvado pelo padre Germano.

Em seguida procedeu-se ao lançamento da Monografia da Rota do Românico.Estiveram presentes os coros de Travanca e Mancelos, a comissão fabriqueira, a Rota do Românico, a FLUP, os autarcas e técnicos do

Tâmega e Sousa e muitos populares. A Igreja estava repleta e ninguém arredou pé enquanto não acabaram os discursos. Foram oradores o bispo, o padre Germano, a coordenadora do Românico, dra. Rosário Machado e o presidente da Câmara Municipal de Amarante, dr. José Luís Gaspar. Todos falaram do restauro, da importância da Rota do Românico e do seu alargamento ao Vale do Tâmega. Ficamos sem saber quantos monumentos integram os Vales de Sousa e do Tâmega. Pouco se falou de Travanca.

Travanca que é um lugar de mosteiro não parou no tempo. Importa mergulhar num certo imaginário medievalista sem perder o pé da actualidade. Frescos, pinturas e esculturas.

Que diálogos com o presente se podem estabelecer? O monaquismo será o ponto de partida para uma viagem entre a escuridão e a luz.Dizem que as “paredes falam”. E é verdade que pelas centenárias paredes passaram muitas vidas, muitas histórias e estórias que, como

numa gravura, ficam gravadas, deixando uma memória para quem ouvir e interpretar o que elas dizem. E como disse o padre Germano “um monumento é a história escrita na pedra que se prolonga através de gerações.”

“A arquitectura românica portuguesa, mais do que qualquer outra, tem de ser apreciada in situ”.Só inserida na paisagem e no habitat local, ela é verdadeiramente compreensível e rica de ensinamentos. A expansão da arquitectura

românica, em Portugal, coincide com o reinado de D. Afonso Henriques. Contudo, ignora-se o nome do fundador do Mosteiro de Travanca. As crónicas falam dos “Monizes”. Uma questão algo embrulhada.

1ª Hipótese - D. Garcia Moniz em 1008.2ª Hipótese - D. Gascão Moniz em 10503ª Hipótese - D. Ordonho III de Leão (950-955)E ainda há outras hipóteses mas a que recolhe mais votos é a primeira.É considerado como um dos mais antigos templos do nosso país, sendo anterior à fundação da própria nacionalidade.Mas o mosteiro de Travanca acabou. Resta a Igreja com a sua torre e a casa dos monges conjunto a que ainda se chama mosteiro, mas

já não o é. Legalmente, deixou de o ser em virtude do Decreto de D. Pedro IV, de 28/30 de Maio de 1834, que extinguiu todas as ordens religiosas em Portugal, confiscando seus bens para o Estado. Praticamente, o mosteiro tinha sido abandonado uns dias antes, e da maneira mais triste e desagradável.

Depois da expulsão dos monges, o mosteiro foi vandalizado.A igreja, mercê da admirável solidez da sua estrutura, chegou aos nossos dias sem danos de extrema importância, e foi restaurada na sua

traça original nos anos 90, pelo Estado, a instâncias do pároco, P. Cosme. E como disse o Padre Cosme: “ Muitos passos demos para levar a cabo uma restauração que o fosse de corpo e alma; não o conseguimos. Os primeiros restauros foram feitos entre 1934/39? Desde aí o conjunto tem sido alvo de reparações quando necessárias.

No dia 14 de Março deste ano foi a última intervenção e que incidiu sobretudo no Altar. Este belo templo é um lugar de História e vai naturalmente atrair mais turistas e consequentemente desenvolver mais a nossa região. S.

Salvador guardou não sei que regime de meditação que perpassa por todas as suas obras neste vale profundo, geralmente mantido em nevo-eiros.

Vale a pena visitar o mosteiro onde foi baptizada a nossa escritora Agustina Bessa Luís, nos anos 20 do séc. XX.P.S. Lamento sinceramente que não tenha sido distribuído aos presentes um desdobrável da Rota do Românico para memória futura.

José Ismael Mendes

Page 4: JORNAL DE VILA MEÃ

ATUALIDADEmarço de 2015 - Jornal de Vila Meã4

Voluntariado Jovem decorre de maio a outubroNo âmbito do programa de

Voluntariado Jovem promovi-do pela Câmara Municipal de Amarante foram admitidos 199 jovens oriundos das diversas fre-guesias do concelho. Os jovens, de diferentes áreas de formação, irão prestar serviço voluntário entre os meses de maio e outu-bro.

Esta iniciativa visa estimular nos jovens universitários o espí-

rito de voluntariado, contribuir para a sua formação social e cultural, através da participação em ações e projetos de utilidade social e comunitária, incrementar novos conhecimentos na área de formação e fomentar o sentido de pertença na comunidade e de responsabilidade cívica.

O Município de Amarante garante aos jovens voluntários a coordenação e acompanhamento

Rede Social de Amarante dinamiza Semana Interescolase culturais, designadamente exposi-ções, feiras, palestras e colóquios.

As entidades promotoras são o Município de Amarante, Agrupamento de Escolas de Amarante, Agrupamento de Escolas Amadeo de Souza-Cardoso, Escola Secundária de Amarante, Externato de Vila Meã, Colégio de S. Gonçalo, EPALC, Infantário-Creche “O Miúdo” e o Centro Cultural de Amarante.

As atividades não são apenas desti-nadas à comunidade educativa estando abertas a todos que estejam interessa-dos em envolver-se nesta iniciativa.

A Rede Social de Amarante, pro-movida pelo Município, está a realizar até ao 12 de abril, um encontro interes-colas, subordinado ao tema “Amarante Saúde Natura” com o slogan “À Saúde e ao Ambiente, não deves ficar indiferente! Cuida do teu futuro, Sê inteligente!”

Esta iniciativa que envolve todas as entidades educativas do conce-lho, decorre do plano de ação para o ano de 2015 do grupo da Educação/Empregabilidade. Decorrerão, por todo o território e em vários pontos estraté-gicos, atividades lúdicas, pedagógicas

Universidade Sénior participa em programa (Itália), Latvian Adult Education Association (Letónia), Município de Amarante – Universidade Sénior de Amarante (Portugal) e Inštitut Antona Trstenjaka za gerontologijo in med-generacijsko sožitje (Eslovénia) a fim de trabalhar em conjunto e inter-câmbio de boas práticas relacionadas com a inclusão social de adultos e da aquisição de novas competências culturais e / ou linguagem por meio de metodologias de educação formal e não formal.

Os representantes das organiza-ções parceiras do projeto vão reunir entre os dias 8 e 11 de abril em

Logroño (La Rioja, Espanha), a fim de iniciar o projeto e iniciar ativida-des.

Durante a sua implementação, as organizações parceiras dos paí-ses executarão, em conjunto, diversas atividades, tais como: reuniões de coordenação entre os países parcei-ros do projeto, a fim de conhece-rem as melhores práticas e projetos locais relacionados com a educação intercultural e/ou educação social de adultos; conceção, criação, teste e publicação de diferentes manuais para organização e gestão de projetos locais para adultos e toolkits para

envio e de acolhimento de adultos provenientes de outros países atra-vés da cooperação ou projetos de voluntariado; atividades de aprendi-zagem internacionais para educadores de adultos; atividades transnacionais para alunos adultos para promover a sua mobilidade como uma ferra-menta de aprendizagem e eventos, com grande visibilidade em cada país parceiro, para divulgar os resultados do projeto.

Para mais informações podem ser consultados os seguintes endereços: www.seamproject.eu e https://www.facebook.com/pages/SEAM-project.

O Município de Amarante, através da Universidade Sénior de Amarante, vai participar, como parceiro, num projeto financiado pelo programa Erasmus + da Comissão Europeia, intitulado “SEAM: Educação Social de Adultos pela Mobilidade”.

O “SEAM: Educação Social de Adultos através da mobilidade” é uma parceria estratégica internacional com a duração de dois anos coor-denado pela Asociación Gantalcalá (Espanha) com o apoio da Innovative Community Centres Association (Bulgária), Diecezni charita Brno (República Checa), Passaggi onlus

Cultura brasileira marcou presença em AmaranteNo passado dia 27 de março,

pelas 18 horas, a cultura brasileira, nomeadamente a poesia e a música, estiveram em destaque na Biblio-teca Municipal Albano Sardoeira, em Amarante. Apresentados por António José Queiroz, o poeta Iacyr Anderson Freitas e o cantor, compositor e violinista Luizinho Lopes (que se fez acompanhar pelo percussionista Bré Rosário) deram a conhecer as seus trabalhos mais recentes: o livro “Ar de Arestas” e o DVD “Luizinho Lopes ao Vivo”.

A sessão que contou com a pre-sença de cerca de duas dezenas de participantes atingiu momentos de

grande brilhantismo. A beleza de alguns dos poemas lidos por Iacyr (retirados dos seus livros mais anti-gos) e de algumas canções de Lui-zinho (ao nível do que melhor se faz na chamada música popular brasileira) agradaram os presentes que se mostraram satisfeirtos com a apresentação.

Iacyr Anderson Freitas nasceu em Patrocínio do Muriaé, Minas Gerais, em 1963. Formado em Engenharia Civil pela Universi-dade Federal de Juiz de Fora, este poeta obteve também, pela mesma instituição, o título de mestre em Teoria da Literatura. Publicou

diversos livros de poesia, ensaio literário e prosa de ficção, tendo já recebido vários prémios, no Bra-sil e no estrangeiro. Entre outras publicações portuguesas, colabo-rou nas revistas literárias amaranti-nas “Anto” e “Saudade”.

Luizinho Lopes nasceu em Pira-pora, Minas Gerais, em 7 de junho de 1959. Também com formação académica em engenharia, vive atualmente (tal como Iacyr Ander-son Freitas) em Juiz de Fora. Foi justamente nesta cidade de Minas Gerais que iniciou sua carreira na década de 80. Em 1987, foi para São Paulo, onde, em 1990, gravou

o seu primeiro disco, LP, “Nem tudo que nasce é novo”. Em 2002, lançou o CD “Sertão das Mira-gens”, com participação da cantora Marcela Lobo. “Noiteceu”, lançado em 2008, é o título do último CD deste inspirado compositor.

No passado dia 20 de março foi inaugurado o Centro de Informação Autárquico ao Consumidor (CIAC), um ser-viço gratuito e personaliza-do, que pretende promover a cidadania através da educação dos consumidores, tornando--os mais ativos, exigentes e informados.

Na cerimónia de aber-tura foram assinados proto-colos com Direção Geral do Consumidor e a DECO (Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor) resul-tando numa maior oferta de competências, com vista à informação e defesa dos direi-tos dos consumidores.

O CIAC funciona-rá na Câmara Municipal de Amarante – Casa da Portela, de segunda a sexta, das 9h às 17h.

durante o período de voluntaria-do; seguro de acidentes pessoais; bolsa mensal e certificado de participação.

Município de Amarante já tem Centro de Informação Autárquico ao Consumidor

Page 5: JORNAL DE VILA MEÃ

OPINIÃOJornal de Vila Meã - março de 2015 5

CRIPTORQUIDISMOSAÚDE ANIMAL

Domingos AmaroMédico Veterinário

Centro Veterinário de Vila Meã

do alterações celulares que podem culminar em tumores testiculares. Além disso, ocorre também uma alteração da produção hormonal dos

testículos retidos, o que pode origi-nar diversos problemas comporta-mentais.

Esta situação deteta-se geralmen-

O criptorquidismo é uma patolo-gia reprodutiva dos machos, carac-terizada pela descida incompleta de um ou ambos os testículos para o escroto ou bolsa escrotal.

Numa situação normal, os testí-culos migram da cavidade abdomi-nal e atingem o escroto entre o 10.º e o 40.º dia de idade. Este intervalo de tempo pode ser maior, mas nunca deve ultrapassar os seis meses de idade. No caso de criptorquidismo, o testículo poderá ficar localizado no abdómen ou no anel inguinal, que não é mais do que um canal de migração desde o abdómen até ao escroto.

A função do escroto é manter os testículos numa temperatura ligeira-mente mais baixa do que a do corpo, para otimizar a função reprodutiva. Desta forma, os testículos retidos apresentam uma temperatura mais alta do que a favorável, ocorren-

Água, um Bem PreciosoExiste a falsa ideia de que os recursos

hídricos são infinitos. Realmente a quantidade de água a nível planetário é elevada, contudo apenas menos de 3% é água doce e desta, 2,3% está congelada nas regiões polares em forma de glaciares. A quantidade de água que está à disposição dos seres vivos é reduzida, por isso deve ser utilizada de forma sustentada e responsável.

São simples os gestos que podem fazer a diferença:

- Utilize sempre as máquinas de lavar loiça e roupa com a carga completa;

- Se lavar a loiça à mão não o faça com a água a correr, nem lave peça a peça;

- Substitua o banho de imersão pelos duches. Enquanto se ensaboa não deixe a água a correr;

- Na casa de banho, utilize um autoclismo de dupla descarga ou coloque no seu interior uma garrafa de água com areia, para evitar enchê-lo;

- Use um copo enquanto lava os dentes e feche a torneira enquanto se barbeia;

- Ao lavar o carro, substitua a mangueira por uma esponja e um balde.

- Regue as plantas / jardim ao início ou final do dia, pois nas horas de calor ao evaporar gasta mais água.

O caminho no combate à escassez de água consiste na economia das reservas já existentes, através de uma nova política do uso. Cabe a cada um gerir o consumo de água de forma sustentável, é bom para a carteira e para o ambiente. Água é Vida!

Marlene DiasBióloga

[email protected]

te nas consultas de rotina ou de vacinação, durante o exame físico, verificando-se a ausência de um ou de ambos os testículos no escroto. Por vezes, o testículo localiza-se na região subcutânea dos tecidos circundantes, no entanto podem encontrar-se no interior do abdó-men e só através de uma ecografia abdominal se verifica a posição real do testículo.

Há uma certa predisposição racial para esta patologia, ou seja, existem raças que aparentam ser mais afe-tadas por esta patologia, nomeada-mente os Poodle, Yorkshire, Teckel miniatura, Chihuahua, Boxer, Bulldog inglês e Husky siberiano. Porém, esta patologia ocorre tam-bém em cães de outras raças e cru-zados.

Esta patologia tem uma origem genética e, apesar de se manifes-tar apenas nos machos, as fêmeas

podem ter essa informação genética e transmiti-la à descendência.

A resolução desta patologia é realizada através da cirurgia, para remoção do testículo retido. Uma vez que, como já vimos, o crip-torquidismo tem carácter heredi-tário, geralmente opta-se por fazer a castração total e retirar também o testículo normal, para evitar que as gerações futuras apresentem o mesmo problema.

Para qualquer esclarecimento adicional, não hesite em contactar o seu médico veterinário.

No passado dia 22 de março cele-brou-se o dia Mundial da Água. Dia em que a população mundial discute medidas a serem implementa-das na sustentabilida-de deste “nosso” bem tão precioso.

Apesar dos recorrentes esforços para a consciencialização da população, a sustentabilidade hídrica do nosso planeta está ainda longe de ser alcançada. No mês de fevereiro o Concelho Nacional Água (CNA) voltou a reunir-se no sentido de discutir medidas vitais (políticas de utilização) para que a utilização dos recursos hídricos seja criteriosa, eficiente e sustentável.

É importante salientar que a gestão dos recursos hídricos e a conservação da natureza e da biodiversidade apresentam propósitos semelhantes que valorizam a utilização eficiente da água e a conservação das reservas.

No último século o desenvolvimento tecnológico e o reforço das atividades humanísticas têm sofrido um crescimento exponencial. A indústria, o comércio, a agricultura, a urbanização e a extração de matérias-primas são áreas que pela sua intensificação interferem na conservação dos ecossistemas.

Nesta conjuntura, os recursos hídricos são a base que suporta todo o desenvolvimento humano, pelo que está nas mãos do Homem estabelecer um padrão de desenvolvimento sustentável.

O que é a Psicomotricidade? São inúmeras as vezes que sou confron-

tada com a pergunta, “Mas afinal o que é a psicomotricidade?”. Começo então por res-ponder a essa questão.

A psicomotricidade ocorre na articulação entre o corpo, o movimento e a relação, ou seja, está presente em tudo o que fazemos, desde ações simples a ações mais complexas, traduzindo-se na ligação entre a atividade psíquica e a atividade motora. Tem como objetivo desenvolver as áreas do cérebro atra-vés do movimento. É através do movimento que a criança se expressa, solta as emoções, vivencia as sensações e descobre o que a rodeia. Assim sendo, a psicomotricidade é fundamental para o seu desenvolvimento.

O Terapeuta de Psicomotricidade estuda e compensa condutas motoras inadequadas e inadaptadas, em diversas situações, geralmente ligadas a problemas de comportamento, desenvolvimento, maturação psicomotora, aprendizagem e de âmbito psico- afectivo. O terapeuta pode intervir desde os primeiros anos de vida, realizando um trabalho de prevenção e/ou reabilitação.

Algumas crianças não conseguem desen-volver determinadas áreas psicomotoras sozi-nhas, necessitando de intervenção, realizada pelo Terapeuta de Psicomotricidade. A inter-venção precoce é fundamental, e intervir pre-cocemente é intervir com mais eficácia, com maior probabilidade de obter bons resultados.

Existem alguns sinais de alerta, que nos indicam que o desenvolvimento da criança não está a ocorrer dentro da normalidade. Tenha em atenção o seguinte: se há ausência de tentativa de controlo da cabeça na posição de sentado, se a criança não transfere objetos de uma mão para a outra, não usa gestos sim-ples, tem híper ou hipotonia na posição de pé, as mãos estão persistentemente fechadas, há

uma pobreza de movimentos e se a criança é apática e não reage a sons e não gatinha. Posteriormente se não se põe em pé, não sobe escadas, não pega em nenhum objeto entre o polegar e o indicador, não pega correctamente num lápis, mostra desinteresse pelo jogo ima-ginativo, se não consegue andar numa linha, se não usa frases gramaticamente corretas, mostra desinteresse em brincar com outras crianças ou se não segue ordens simples, sig-nifica que o desenvolvimento da criança não está a decorrer dentro dos parâmetros normais e que deve recorrer a um terapeuta.

Na intervenção psicomotora utilizamos o lúdico, o jogo, para cativar a criança. Através do jogo o terapeuta estabelece um elo de comunicação com a criança, conseguindo trabalhar as suas áreas fracas e potencializar as áreas fortes. Pelo jogo a criança aprende o modo apropriado de se exprimir e é capaz de comunicar uma variedade de emoções, torna-se independente, aprende e adquire as competências, de forma lúdica.

Um bom desenvolvimento psicomotor durante a infância, é a base de uma aprendi-zagem adequada. Além disso, este desenvol-vimento faz-se de forma contínua, durante toda a vida.

Esteja atento ao desenvolvimento psi-comotor do seu filho, tenha em conta os sinais de alerta. Se verificar algum destes comportamentos recorra a um Terapeuta de Psicomotricidade, este saberá como ajudá-lo.

Joana PereiraTerapeuta de Psicomotricidade

Page 6: JORNAL DE VILA MEÃ

REPORTAGEMmarço de 2015 - Jornal de Vila Meã6

Situada na Rua da Capela, em Ataíde, a Casa da Ferragem é uma loja de referência no comércio tra-dicional vilameanense. O mobiliário antigo e a disposição dos artigos revelam a história de um negócio familiar que tem passado de geração em geração.

Francisco Cunha, atual proprietá-rio, com 56 anos, relembra que esta loja começara com o seu avô, tendo passado para o seu pai e desde há 26 anos que é sua.

Ao longo dos anos o negócio tem evoluido, principalmente na oferta de produtos para venda. Hoje, na Casa da Ferragem os clientes não encon-tram apenas ferragens e ferramentas mas também tintas, adubos, pestici-das, artigos de pichelaria e produtos fitofarmacêuticos, entre outros.

Apesar de estar situada em Vila Meã a loja é conhecida nos conce-lhos vizinhos, dos quais vêm vários clientes particulares e empresas fazer as suas compras.

O bom nome da loja, a oferta de produtos de qualidade e os preços acessíveis fazem com que a Casa da Ferragem tenha clientes fidelizados desde o início. “ Temos clientes que vêm cá desde o tempo do meu avô”.

O gosto pelo negócio de famí-lia fez com que a esposa, Virgínia Teixeira e o filho, José Pedro Cunha estejam também a trabalhar na loja, para além de um funcionário, Vítor Vieira, que já faz parte da equipa desde 1999. “ Espero que depois de mim o meu filho continue com o negócio de família”.

Francisco Cunha realça que o negócio tem crescido, apesar da crise ter afetado a construção civil e a procura das empresas da área tenha diminuído. “Tentamos ser inovado-res e estar sempre atualizados em relação à oferta de mercado, para que as pessoas encontrem na nossa casa os artigos que precisam”, remata.

Casa da FerragemUm negócio de sucesso no comércio tradicional de Vila Meã

Page 7: JORNAL DE VILA MEÃ

REPORTAGEMJornal de Vila Meã - março de 2015 7

MARJOCRI“A nossa base de trabalho assenta na qualidade do produto aliada a preços competitivos”

Fundada em 1990 a Marjocri é atualmente uma empresa conceitu-ada na venda de artigos de malha, de homem e senhora, com armazéns sediados em várias zonas do país.

A empresa iniciou o seu trajeto com dois sócios em nome individu-al, Ana Machado e António Vieira, em 1981, na revenda de artigos de malha (homem, senhora e criança) fabricados essencialmente no con-celho do Marco de Canavezes e vendidos em feiras de revenda nas zonas de Viseu, Lamego, Espinho e Paredes.

Hoje em dia a Marjocri é uma empresa familiar especializada em artigos de vestuário para Homem e Senhora, principalmente na venda de camisolas, sweats, t-shirts, car-digans e pullovers. A administração da empresa é constituída por qua-tro gestores: Ana Machado, Sandra Vieira, Ana Vieira e Ricardo Vieira, formados em diferentes áreas e contam com a colaboração de 12 funcionários. “Temos armazéns de revenda nos principais centros grossitas do país, e tentamos sem-pre adaptar-nos às necessidades dos nossos clientes. A nossa base de tra-balho assenta na qualidade do pro-duto aliada a preços competitivos. Para além disso, tentamos sempre criar laços com os nossos clientes conhecendo-os cada vez melhor e servindo-os da forma mais direta e objetiva”.

Com clientes fidelizados desde o início, a Marjocri apoia-se nas asso-ciações da região e tem estabeleci-das várias parcerias com o intuito de desenvolver os seus produtos. “Procuramos sempre criar parcerias com empresas que são mais capazes de dar respostas em tempo útil e com maior qualidade”.

Com uma gama alargada de pro-dutos a empresa lança em cada coleção mais de 150 modelos dis-tintos (cerca de 3/4 modelos novos por semana, sendo que por cada quatro modelos de senhora lança-dos, apenas um é de homem). A equipa aposta num trabalho rigoro-so e minucioso onde cada modelo é estudado e testado para ir de encontro às necessidades do cliente, destacando-se pela sua qualidade tanto de material como de acaba-mentos, sem deixar de parte qual-quer pormenor.

A Marjocri exporta principal-mente para Espanha, mas pretende expandir as suas vendas no mercado internacional pois o “mercado por-

tuguês de vestuário está saturado, em termos de quantidade de lojas e marcas, para todos os preços e para todos os gostos. O mercado inter-nacional tem que ser uma opção se pretendermos continuar a crescer e a consolidar a nossa marca e o nosso produto. Como ainda estamos numa fase inicial do nosso proces-so de internacionalização partici-pamos nos certames internacionais como visitantes em busca de novas tendências, ideias e conhecimen-tos que possamos aplicar na nossa empresa. Em Portugal, participa-mos na Modtissimo, uma feira de moda que se realiza duas vezes por ano na alfândega do Porto”.

Apesar da empresa ter já um mercado competitivo, há algumas apostas que ainda pretendem fazer para diversificar a oferta e cimentar a sua posição na venda de artigos de malha. “Estamos a apostar na criação de uma equipa de comer-

ciais para trabalhar a marca nas ‘zonas vazias’, ou seja, onde ainda não temos qualquer cliente. E sem dúvida que vamos também apostar na internacionalização”.

Atualmente dispõem de duas lojas de venda ao público, uma na Lixa, no Centro Comercial Vila Nova, a ‘Londrina’ e outra em Fafe, a ‘Clo’.

Page 8: JORNAL DE VILA MEÃ

VILA MEÃmarço de 2015 - Jornal de Vila Meã8

No passado dia 28 de março a Academia de Estudos, Gerestudo, situada em Real, Vila Meã, organizou uma iniciativa designada “À conversa com Escritores” que contou com a presença de Nuno Meireles.

O evento, que contou com a parti-cipação de cerca de meia centena de participantes, foi desenvolvido com o objetivo de promover a educação literária das crianças e adultos, criar o gosto pela leitura e escrita, pro-porcionando-lhes um momento enri-quecedor de diálogo com o escritor amarantino. “Ler é um ato valioso para o nosso desenvolvimento pesso-

al e profissional, liga o senso crítico, amplia o nosso conhecimento geral, aumenta o vocabulário, estimula a criatividade e facilita a escrita”, real-ça Geraldino Oliveira, proprietário da academia.

Durante a sessão houve uma gran-de interação entre o autor, os alunos, encarregados de educação, profes-sores e público presente. Os partici-pantes colocaram várias questões a Nuno Meireles sobre o seu percurso literário e académico e este, num estilo coloquial e direto, respondeu a todas as dúvidas.

O escritor deixou como mensa-gem final a importância da leitura e da escrita, que aliadas ao trabalho e esforço, são imprescindíveis para o sucesso pessoal e profissional.

Houve ainda tempo para uma ses-são de autógrafos.

Geraldino Oliveira explica que

com este género de iniciativas pre-tendem desperta/criar o gosto pela leitura, pois este ‘hábito’ ajuda a criar familiaridade com o mundo da escri-ta. “Ler é um hábito poderoso que nos faz conhecer mundos e ideias para todas as idades, quem lê mais escreve melhor”.

“A leitura é um mecanismo para se exercer plenamente a cidadania pois permite ao leitor o raciocínio lógico, a reflexão crítica e a mudan-ça de atitude, uma vez que é uma porta aberta para compreendermos melhor o mundo e a nós mesmos. Dessa forma, teremos subsídios para nos transformarmos e transformamos o mundo à nossa volta. Ler é fun-damental para soltar a imaginação, uma vez que por meio dos livros criamos lugares, personagens, histó-rias… Quem lê desde cedo está muito mais preparado para os estudos, para

o trabalho e para a vida”.A próxima escritora convidada

será Cidália da Conceição Azevedo Fernandes que falará sobre as suas obras no próximo dia 30 maio, pelas 16.30h na academia Gerestudo, em Real.

A autora tem participado em vários festivais infantojuvenis, a nível nacional, nos quais obteve já alguns prémios. No âmbito do incen-tivo à leitura, tem realizado inúme-ras deslocações às escolas (sobretudo nos concelhos de Amarante, Marco de Canavezes, Lousada, Paredes, Penafiel e Porto) divulgando, ao mesmo tempo, os seus livros e esti-mulando o público infantil para o gosto pela leitura e escrita criati-va. Para além disso, tem participado ainda, a convite das escolas, em ati-vidades relacionadas com a literatura em geral (poesia, contos, lendas, etc.)

Gerestudo promove iniciativa de incentivo à leitura

Situada em Real, a Rua Raimundo Magalhães começa no entronca-mento da Rua Comendador Elísio Pereira Magalhães com a Rua de S. Brás e termina no início da Rua 5 de Outubro. Homenageia um ilustre cidadão vilameanense, grande bene-mérito, a quem a nossa terra muito deve. De origens humildes, Raimundo Pereira de Magalhães (assim era o seu nome) nasceu no lugar de Benfica, em Real, no dia 10 de Fevereiro de 1871. Era filho de José Ferreira e Justina de Jesus, neto paterno de António Ferreira e Ana Joaquina e neto materno de Joaquim Pereira de Magalhães e Tomásia Rita.

Ainda muito jovem embarcou para o Brasil (Bahia) onde começou por se dedicar ao comércio. Foi funda-dor da Sá Ferreira & Magalhães, em sociedade com Domingos de Sá Ferreira. Esta firma transformar-se--ia mais tarde na Magalhães & C.ia, a maior empresa do norte e nordes-te brasileiro, e a maior do Brasil na produção e comercialização de açúcar. Em 4 de Fevereiro de 1929, no Rio de Janeiro, onde então resi-dia, Raimundo Magalhães fundou (com alguns familiares) a Sociedade Anónima Irmãos Magalhães, com um capital inicial de 140 contos.A sua extraordinária visão para os negócios proporcionou-lhe a acu-mulação de uma grande fortuna,

que compartilhou em várias obras mecenáticas e de beneficência. A ele se deve a construção da Escola de Real, para a qual os seus herdeiros vilameanenses ficavam obrigados a contribuir com 15 contos anuais, garantindo assim a sua manutenção. Aos pobres da freguesia de Real seriam distribuídas esmolas mensal-mente, bem como um conto de reis em géneros em diversas datas do ano e pela Páscoa, assim como coberto-res durante o Inverno. Para os mais necessitados destinou igualmente um conto de reis na data do aniver-sário da morte de sua esposa. No Natal haveria distribuição de roupas pelos meninos pobres da freguesia. Contribuiu também, significativa-

mente, para a edificação da Igreja Nova de Real. A sua generosidade seria extensiva aos pobres da Bahia, a quem destinou anualmente três contos brasileiros, e assim deveria ser enquanto os seus filhos vives-sem. À Santa Casa da Misericórdia de Amarante deixou o avultado lega-do de 50 contos.Ao Cine-Teatro de Vila Meã, que teve uma forte comparticipação financeira dos seus herdeiros e fami-liares (tal como o Bairro Brasil), foi dado, muito justamente, o seu nome.Raimundo Magalhães faleceu em Lisboa, no dia 21 de Fevereiro de 1934. Está sepultado no cemitério de Real.

António José Queiroz

Toponímia de Vila MeãRua Raimundo Magalhães

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OPINIÃOJornal de Vila Meã - março de 2015 9

A importância da hidratação

A água é essencial para o funcionamen-to adequado do corpo humano. Diariamente perdemos uma grande quantidade de água. Para evitar a desidratação e assegurar o bom funcionamento do nosso organismo, temos de repor essas perdas.

A quantidade de água no corpo humano depende de vários fatores dos quais se desta-cam a idade, o sexo e a quantidade de gordura corporal. No entanto, para um adulto saudável esta quantidade rondará os 50-60%. As fun-ções da água no corpo humano são variadas: encarrega-se do transporte de nutrientes para as células e conduz as substâncias tóxicas para fora do corpo; regula a temperatura corporal, participa em reações enzimáticas, entre outras. Uma boa hidratação melhora o desempenho cognitivo, nomeadamente a capacidade de concentração e de memória. Muitas vezes, a grande responsável pela fadiga mental e falta de atenção é a desidratação. Mas não é só o sistema cognitivo que beneficia da ingestão de água: a desidratação também afeta o funciona-mento adequado dos sistemas renal, respirató-

Qual a quantidade de água que preci-samos?

As necessidades hídricas diárias depen-dem de fatores como a idade, sexo, profissão, tipo de alimentação, temperatura ambien-te, entre outros. No entanto, a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar reco-menda a ingestão de 2,5L de água por dia para homens adultos e 2L para mulheres adultas. Assim, tendo em conta que aproximadamente 80% desse total deve ser proveniente de água e outras bebidas (chás, infusões, sumos) e os 20% restantes estarão presentes nos alimen-tos (fruta, saladas, sopa), os homens deverão ingerir diariamente cerca de 2L de água e as mulheres 1,6L.

Mitos sobre a água: A água à refeição engorda?

Existem pessoas que fazem uma refeição completa sem ingerir água por acreditarem que beber água durante a refeição faz com que engordem. No entanto, o valor calórico da água é sempre o mesmo, não depende do momento em que esta é ingerida: zero calorias! O mesmo não se aplica às “águas de sabores” ou tisanas que encontra no supermercado, que normalmente contêm uma grande quantidade de açúcar associada. Assim, à refeição deve beber água em quantidade necessária para o ajudar a engolir melhor e de forma que a refei-ção lhe saiba bem.

Dicas para aumentar o consumo de água ao longo do dia

A água é adorada por uns e temida por outros. Enquanto muitas pessoas têm muita sede e bebem facilmente uma grande quanti-dade de água, outras têm mais dificuldade em atingir a sua recomendação diária.• Beba pequenas quantidades de cada vez ao longo do dia, antes de sentir sede;

• Para além da água, existem outras alternativas saudáveis para se hidratar: chá, limonada, água aromatizada com frutos, espe-ciarias e ervas aromáticas (laranja, canela, hor-telã, frutos vermelhos, gengibre) sem açúcar;• A sopa, frutos e produtos hortícolas também importantes fontes de água;• Tenha sempre uma garrafa de água por perto, assim vai recordar-se de beber;• Anote o que tem que beber por dia e quanto já bebeu;• Use garrafas com a quantidade que tem que beber ao longo do dia;• Tenha um copo de água na mesa de cabeceira, para que possa beber ao acordar; • Marque momentos do dia para beber água: beba um copo de água no intervalo dos programas de televisão, sempre que beber um café ou sempre que lavar as mãos;• Coloque uma garrafa de água na mochila das crianças.

Ana Catarina TeixeiraDietista Estagiária (CP 1051DE)

[email protected]

rio, digestivo e circulatório. O organismo humano perde água através

da urina, fezes, transpiração e evaporação através da pele e pulmões. O equilíbrio entre a ingestão e a perda de líquidos é fundamental para a manutenção da saúde. O organismo humano dispõe de diversos mecanismos de regulação da água corporal, que funcionam em conjunto para regular a entrada e a saída de água. No entanto, apenas nos apercebemos de um destes mecanismos: a sede. Quando esta surge já poderemos estar a sofrer os efeitos da desidratação. Assim, é importante ter presente que não devemos esperar pela sensação de sede para ingerir líquidos, a água demora entre 30 a 60 minutos a ser distribuída pelo organis-mo, não sendo a hidratação imediata. Existem grupos mais vulneráveis à desidratação, como é o caso dos mais jovens, grávidas e lactantes; idosos ou desportistas, doentes em estado febril, com vómitos ou diarreia. No entanto, todos nós estamos expostos a este risco e deve-mos assegurar a satisfação das necessidades hídricas diárias para que o nosso corpo funcio-ne da melhor forma. Aumentar os níveis de hidratação é uma prioridade.

Hidratar o organismo assegura que os órgãos funcionam corretamente, o que, por sua vez, acelera o metabolismo e contribui para uma melhor manutenção do peso. Ao beber água diariamente está a zelar também pela saúde e juventude da pele, melhorando o seu estado de hidratação.

Viver com a DiabetesA Diabetes Mellitus (DM) configura-se hoje

numa doença crónica cada vez mais frequente na nossa sociedade, sendo que o envelhecimento da população e a adoção de estilos de vida menos saudáveis são os grandes responsáveis pelo aumento da sua incidência e prevalência.

Segundo o Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes – Diabetes Factos e Números – Portugal 2014, estima-se a existência mundial de 382 milhões de pessoas com DM em 2013, valor este, que subirá para 592 milhões em 2035. Em Portugal, a prevalência estimada em 2013 é de 13,0%, isto é, mais de 1 milhão de portugueses com idade compreendida entre os 20 e os 79 anos de idade.

De acordo com o mesmo Relatório, verifica-se uma diferença significativa da prevalência desta doença entre os homens (15,6%) e as mulheres (10,7%), assim como, um aumento da doença relacionada com o aumento da idade, isto é, mais de um quarto das pessoas entre 60-79 anos tem Diabetes.

Começamos então por definir esta tão falada doença. A diabetes caracteriza-se por um aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue (hiperglicemia). Este aumento surge quando o pâncreas deixa de produzir ou diminui a produção de insulina, ou quando esta não é capaz de atuar corretamente no organismo.

O diagnóstico que permite identificar esta patologia será através de exames ao sangue para avaliar os valores do açúcar em jejum. Segundo a DGS poderá se considerar uma pessoa diabética se tiver uma glicemia ocasional de 200 mg/dl* ou superior com sintomas ou se tiver uma glicemia em jejum (8 horas) de 126 mg/dl ou superior em 2 ocasiões separadas de curto espaço de tempo sem sintomas.

São vastos os sinais e sintomas da diabetes,

entre eles destacamos: poliúria (vontade frequente em urinar e em maior quantidade), polidipsia (sede excessiva); polifagia (fome excessiva); fadiga (cansaço crónico); perda de peso; visão turva e atraso na cicatrização.

De acordo com a DGS, podem-se classificar quatro tipos clínicos de diabetes etiologicamente distintos: diabetes tipo 1 (ocorre quando o pâncreas produz muito pouca ou nenhuma insulina, necessitando o doente de tomar insulina como tratamento); diabetes tipo 2 (ocorre por uma combinação de produção insuficiente de insulina e resistência do corpo à mesma, ou seja, neste caso o pâncreas produz menos insulina e esta ainda funciona mal); diabetes gestacional (semelhante à diabetes tipo 2, no entanto surge durante a gravidez e pode ser diagnosticada num exame de glicose em jejum após as 22 semanas de gestação) e outros tipos específicos de diabetes.

Consideram-se grupo de risco acrescido de desenvolvimento de diabetes as pessoas com: excesso de peso (IMC≥25) e obesidade (IMC≥30); idade ≥45 anos; vida sedentária, definida pela prática de atividade física em menos de 30 minutos por dia; história familiar de diabetes, em primeiro grau; diabetes gestacional prévia; hipertensão arterial; tabagismo, entre outros.

Desta forma, torna-se imperioso que o diabético conheça o seu tipo de patologia permitindo lidar frente a frente com esta, de modo a atingir o maior sucesso no seu tratamento. E, como objetivo principal deste tratamento temos o controlo dos níveis de glicemia, pois se estes valores se mantiverem dentro dos parâmetros normais, menor é a probabilidade de sofrer de complicações inerentes à patologia, como por exemplo, ao nível dos olhos, rins, coração, diminuição da sensibilidade em pernas e pés, entre outros.

Embora a Diabetes não tenha cura, um bom controlo da glicemia vai permitir que tenha uma vida perfeitamente normal e saudável. Daí que a prevenção e o controlo da Diabetes baseia-se no cumprimento rigoroso do plano terapêutico prescrito pelo médico assistente (insulina ou anti-diabéticos orais), bem como, na alteração de hábitos alimentares e estilos de vida.

Hoje em dia, a alimentação das pessoas com diabetes não tem que ser restritiva e monótona, aliás esta alimentação deve ser saudável e equilibrada, o que não difere muito da alimentação de qualquer pessoa.

Uma das regras de ouro para melhorar os hábitos alimentares será evitar alimentos com elevada densidade energética, rico em açúcares, gorduras e muitas vezes em sal. Outro aspeto fundamental será fracionar as várias refeições de modo a não estar mais que 3 horas sem comer, ou seja, comer muitas vezes e pouco de cada vez. Com várias refeições (cerca de 6 por dia), nunca se chega ao ponto de sentir muita fome, sendo mais fácil resistir aos alimentos mais calóricos. Estas refeições devem ser variadas, dando preferência aos cozidos, grelhados, estufados sem refogado ou assados simples, evitando o excesso de gorduras (dar preferência ao azeite ou óleo de amendoim) e sal recorrendo ao uso de ervas aromáticas. Os legumes devem fazer parte da sopa (iniciar a refeição principal com este prato) e de metade do prato principal, devendo o restante ser ocupado por carne ou peixe (dar preferência ao peixe e carnes brancas) e batata ou arroz ou massa (não misturar) e/ou leguminosas. O pão deve ser consumido em moderada quantidade, tendo por eleição o de mistura ou integral. Quanto à fruta, deve-se ingerir duas a três peças de fruta por dia, podendo consumir toda a variedade de fruta, mas em certos casos, como os figos,

dióspiros, uvas, bananas e frutos tropicais, por serem mais doces, devem ser consumidos em quantidade mais restrita e sempre depois das refeições ou acompanhada de um hidrato de carbono para retardar a sua absorção, como pão ou bolacha de água e sal ou tipo “Maria”. Se os valores glicémicos estiverem controlados, podem comer moderadamente, em dias de festa, um doce, mas sempre depois das refeições. Deve-se ainda reduzir ou eliminar as bebidas alcoólicas, dando preferência à água (1,5 l por dia).

A atividade física é também uma forma eficaz de prevenir complicações da Diabetes e de controlar os níveis de glicemia. Não é necessário ser um atleta, mas sim optar por vários tipos de exercícios de acordo com a sua idade, gosto e condição física. Pode-se começar por caminhadas diárias de não menos de 30 minutos em piso plano e regular.

Em suma, a diabetes vai provocar mudanças ao nível pessoal e profissional, no entanto os avanços que se têm verificado nos tratamentos da diabetes, a melhor compreensão da doença e abordagem médica multidisciplinar, incluindo a consciencialização de que uma alimentação adequada e a prática de exercício físico fazem parte da terapêutica, tornam possível aos diabéticos usufruírem de uma vida com qualidade, ou seja, aceitar a diabetes e aprender a viver com ela e não para ela.

Enfª Sofia CarvalhoEnfª Susana Penetro

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ATUALIDADEmarço de 2015 - Jornal de Vila Meã10

Bombeiros Voluntários de Vila Meã promoveram Semana da Proteção Civiljovens, bem como, alertar para as medidas de prevenção e autoproteção.

Ao longo da semana decorreram diversas atividades, nomeadamente visualização de vídeos, visita guiada ao quartel, contacto direto com o equi-

pamento dos Bombeiros e demonstra-ção técnica dos procedimentos a ado-tar em variadas situações, de forma a reforçar a informação sobre medidas que garantam a segurança e a respon-sabilidade cívica da população.

Esta iniciativa culminou com uma ação de Mass Training, que teve como principal objetivo dotar a popu-lação com algumas noções em supor-te básico de vida e que contou com o apoio de técnicos do INEM.

Entre os dias 2 e 7 de março os Bombeiros Voluntários de Vila Meã organizaram uma semana de ativida-des relacionadas com a proteção civil. A iniciativa teve como intuito aproxi-mar a população, sensibilizar os mais

Programa da Biblioteca Albano Sardoeira Pólo de Vila Meã- mês de abril

Ana Pais Oliveira apresenta exposição no Museu Amadeo de Souza-Cardoso

Entre os dias 18 de abril e 7 de junho estará patente no Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso (MMASC) uma exposição da artista plástica Ana Pais Oliveira, designada “Pintura fora de si (ou algumas soluções de habitação)”.

Segundo a artista nesta expo-sição todos os trabalhos arru-mam em si mesmos as espe-cificidades da pintura, ou são contaminados por um ser pin-tura, independentemente dos

caminhos que tomam para dar forma a uma ideia. Entre os volumes de pintura que se afas-tam timidamente da parede, as peças tridimensionais que tam-bém não arriscam sair da parede e um único volume tridimensio-nal que ganhou coragem e saltou para o chão, estamos sempre, primordialmente, mediante pin-tura. Claro que a pintura chama, para si, coisas que gosta de ver na escultura ou na arquitetura, como se por momentos as inve-jasse, embora logo de seguida se lembre que estar fora de si é um estado de enorme ansiedade e desconstrução identitária, que mais vale regressar a si mesma e comportar-se com honestida-de. Aí, a pintura fica consciente de si, voltada para os seus pró-prios meios, processos e ques-

tões. Pode parecer não estar bem onde está, pode viajar e procurar pontos de fuga inesperados, mas regressa sempre a si mesma.

Com apenas 33 anos, Ana Pais Oliveira tem já um vasto currículo, com inúmeras exposi-

ções, quer individuais quer cole-tivas, tendo-lhe sido atribuído, em 2013, o prémio Grupo de Amigos do Museu, no âmbito da 9ª edição do Prémio Amadeo de Souza-Cardoso.

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ATUALIDADEJornal de Vila Meã - março de 2015 11

O Centro Columbófilo de Vila Meã conta com 14 concorrentes para esta campanha de 2015.

Os columbófilos estão a par-ticipar para a classificação do Centro Columbófilo de Vila Meã, para o bloco 7 da Associação Columbófila do distrito do Porto

e para o Campeonato Nacional. Até ao momento, já foram realizados 4 concursos: dois de velocidade e dois de meio fundo.

A classificação geral está ordenada da seguinte forma: 1º - Fernando Freitas & Filho 2º - José Fernando (repas)

ATLÉTICO CLUBE VILA MEÃResultados do mês de marçoSeniores- Campeonato de Elite Pro-Nacional 1/3/2015- SC Rio Tinto 1-3 A.C. Vila Meã 8/03/2015- A.C. Vila Meã 2-2 Candal 15/03/2015- Perafita 1-1 A.C. Vila Meã 22/03/2015- Paredes 0-1 A.C. Vila Meã 29/03/2015- A.C. Vila Meã 1–1 Aliados Lordelo Juniores- Campeonato Distrital 1º Divisão A.F. Porto 28/02/2015- A.C. Vila Meã 6-1 Tuías 7/03/2015- Paredes 1-0 A.C. Vila Meã 14/03/2015- Aliados Lordelo 1-1 A.C. Vila Meã 21/03/2015- A.C. Vila Meã 2-1 FC Felgueiras 1932 28/03/2015- AD Marco 09 1-4 A.C. Vila Meã Juvenis- Campeonato Distrital 2º Divisão A.F. Porto 1/03/2015- A.C. Vila Meã 2-6 FC Felgueiras 1932 8/03/2015- Paredes 1-0 A.C. Vila Meã 15/03/2015- A.C. Vila Meã 2-2 Paços de Ferreira B 22/03/2015- S. Lourenço Douro 4-0 A.C. Vila Meã 29/03/2015- A.C. Vila Meã 0-4 Alpendorada

Iniciados- Campeonato Distrital 2º Divisão A.F. Porto 1/03/2015- Tuías 1-4 A.C. Vila Meã 28/03/2015- A.C. Vila Meã – F.C. Alpendorada Infantis- Campeonato Distrital 1º Divisão A.F. Porto 28/02/2015- Gondomar 1-1 A.C. Vila Meã 7/03/2015- A.C. Vila Meã 1-0 Tuias 14/03/2015- Lixa 1-0 A.C. Vila Meã 21/03/2015- A.C. Vila Meã 4-0 Aliados Lordelo 28/03/2015- A.C. Vila Meã 3-0 Raimonda Benjamins Sub. 11- Campeonato Distrital – Sub.11 II Fase 21/03/2015- Calçada 3-4 Vila Meã 28/03/2015- Vila Meã 2-3Trofense Benjamins Sub. 10- Campeonato Distrital - Sub 10 Taça Complementar 21/03/2015- Vila Meã 5-5 Advanced Training SC 28/03/2015- Penamaior 2-3 Vila Meã

Centro Columbófilo de Vila Meã3º - Júlio 4º - Santana 5º - Os Barros 6º - Daniel Carvalho 7º - Silvino Leite 8º - Manuel António 9º - Manuel Bessa 10º - Miguel Lopes

11º - António Batista 12º- Rodrigo Mesquita 13º - Casimiro 14º - Diogo O Centro Columbófilo de Vila Meã agradece à junta de freguesia de Vila Meã todo o apoio que tem prestado.

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PUBLICIDADEmarço de 2015 - Jornal de Vila Meã12