jornal da vila - n11 - agosto de 2006

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Ribeirão Preto, agosto de 2006 - ano I - nº 11

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Jornal da Vila Tibério, bairro da zona oeste de Ribeirão Preto, tiragem de 10 mil exemplares com circulação também na Vila Amélia, Jardim Santa Luzia, Jardim Antártica, e parte do Sumarezinho e do Monte Alegre

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Ribeirão Preto, agosto de 2006 - ano I - nº 11

Page 2: Jornal da Vila - n11 - agosto de 2006

2 Agosto de 2006 Valorize o que é seu. Compre no comércio da VilaOpiniãO

Informativo mensal com circulação na Vila Tibério

Tiragem: 5 mil [email protected]

Editora Braga & Falleiros Ltda.

Fone: 3610-4890Jornalista responsável: Fernando

Braga - MTb 11.575

Impresso na Gráfica Verdade Editora Ltda.- Rua Coronel Camisão, 1184 -

Ribeirão Preto

O Parto, nascendo para a felicidadeExcerto do livro

“O Parto, nascendo para a felicidade”, publicado em 1998 pela Editora Ottoni (esgotado)

“Aos 9 anos. de idade, vindo da roça, perto de Aramina, chegamos à Vila Tibério, onde minha família alugou uma casa na Álvares de Azevedo com Barão de Cotegipe, de onde sairia casado, em 1977...

Os primeiros anos nada trou-xeram de relevante, já que as brin-cadeiras simplesmente trocaram as matas pelo asfalto, o que não implicou em dificuldades, uma vez que, primeiro, moleques se adaptam facilmente a mudanças, segundo, porque, naquela época, o bairro ainda era calmo, e os veícu-los, os poucos que existiam quase ninguém os possuía por ali.

Podia-se, então, jogar bola o dia todo pelas ruas, que se tornavam excelentes quadras de futebol, sem falar que havia grande quantidade de campos de várzea não muito longe de casa, já que, naquele tempo, os bairros tinham fim, di-ferentemente de hoje, quando as cidades praticamente se emendam umas às outras.

E todo ano, igualmente, assim como se sucedem as estações, sucediam -se, também, de modo invariável, aquilo que a gente chamava de temporadas, ora de soltar pipas, ora de jogar bolinhas de gude, ora de rodar pião.

Interessante é que havia brinca-deiras, como jogar futebol, brincar

de pique-esconde, caçar passa-rinhos com estilingue, que não tinham temporada, todo dia era dia, como dia de índio, antigamente.

Contudo, aquelas temporadas eram maravilhosamente cíclicas, chegavam assim, sorrateiramente, como quem não quer nada, como a primeira brisa de inverno, e, de repente, toda criança, todo o bairro, toda a cidade ficava com os céus coloridos, enfeitados pelo enxame de pipas, de todas as cores e formas; assim como chegavam, também se iam, como se um ma-estro invisível as dirigisse, nessa coreografia celeste, começando e terminando; para dar lugar à nova modalidade, à nova temporada, e, assim, sucessiva e eternamente.

Eu não era, em absoluto, um moleque tímido, tolo, tanto que adorava ficar na rua, participando das brincadeiras; no entanto, não era muito fã de soltar pipas, tam-pouco me interessava em fazê-las, nem jogar bolinhas de gude, ou mesmo rodar pião; também tinha péssima pontaria no estilingue, talvez jamais tenha acertado um único passarinho, não, na época, por qualquer altruísmo ou espí-rito ecológico precoce, apenas não gostava, embora gostasse de acompanhar meu irmão mais ve-lho, o Toninho, ou “Boca” em suas caçadas, gostava de ir recolhendo as rolinhas, as pombinhas, os fogo-apagou, que ele, genial atirador, ia abatendo às dezenas; na roça, principalmente nos milharais e arrozais, havia-os aos milhares, de

todas as espécies.Ele, entretanto, basicamente só

atirava nos passarinhos tidos como comestíveis, embora, vez por outra, também não poupasse qualquer outro; naquela época, ainda, o affair ecológico e a extinção de animais ainda não haviam vindo à baila, embora certamente isso jamais viria a fazer parte de suas preocupações; nessa habilidade, também, ele se saíra ao meu pai, que adquirira fama na região por exímio caçador, constando que, certa vez, matara nove inhambus, além de uma pomba voando, estória essa que não cansávamos de repetir.

Na temporada das bolinhas de gude, ele era imbatível, tinha um modo peculiar de jogar, colocando a bolinha entre a ponta do indicador e o primeiro nó externo do polegar, e era praticamente infalível; ele invariavelmente terminava a tem-porada com uma ou duas latas de vinte litros cheias pela boca, e que seriam usadas, no decorrer do ano, em suas caçadas, projétil perfeito; até que terminassem, e se iniciasse nova temporada.

Pescador igualmente brilhante, foi, sem dúvida, o moleque mais extraordinário que eu jamais co-nheceria; era realmente admirável.

Como eu já disse, eu não era um moleque tolo, porém, aquilo de que eu gostava mesmo, e era também tido como muito bom, eram espor-tes físicos, como correr, brigar, e, principalmente, jogar futebol; há até quem tenha dito que eu era o

A velha e querida Vila

Nasci e cresci na Vila Ti-bério onde tinha avó, tios e primos, além de um grande número de amizades. Hoje moro no Sumarezinho, mas meu prazer é vir do centro a pé, e quando passo a Jerôni-mo Gonçalves e entro na Vila Tibério já me sinto em casa.

Todas as ruas são minhas velhas conhecidas. A praça, a Igreja, o Grupo, onde co-mecei a estudar. Às vezes me pego sorrindo e enganando a mim mesma, que o tempo não passou...

Hoje, no meio da lembran-ça, de quando aos domingos, íamos todos visitar meu tio Arthur Neves e sua esposa, a tia Ana, em sua casa na rua Aurora, que tinha um pequeno pomar nos fundos, com uvas, jabuticabas, tangerinas e tantas outras frutas. Lembro-me do café muito doce e fraquinho que era servido em pequenas xícaras de porcelana antiga e colorida, tão leves e quase transparentes de tão finas.

Tinha meus 12 anos e acha-va tudo uma festa. Esta felici-dade pertence a um passado “mágico”, inesquecível.

Muitos dos meus parentes já se foram, mas essa velha e querida Vila ficou, para a gente poder sonhar, de vez em quan-do, com o tempo que éramos felizes e não sabíamos.

Doroti Neves da Silva

melhor dos irmãos, naquele tempo.Porém, meu irmão mais velho,

esse moleque singular, ímpar nos jogos individuais, não admitia, em nenhuma hipótese, perder nos esportes coletivos; ficava extrema-mente irritado, quando seu time estava perdendo, e nos xingava, principalmente a mim e ao outro irmão menor, de todos os nomes possíveis e imagináveis, culpando-nos pela derrota.

Juntávamos dez ou doze mo-leques, e, absolutamente, incansá-veis, éramos capazes de jogar uma tarde inteira, até escurecer; sepa-ravam-se os dois jogadores mais velhos, ou melhores, geralmente meu irmão mais velho e outro, que tiravam par ou ímpar, e cada um ia escolhendo o seu time; se uma equipe começasse a perder de muita diferença, e, principalmente, se fosse a do meu irmão, encerrava-se aquela partida, e escolhiam-se outros dois times, com os mesmos moleques disponíveis; às vezes, já nem se enxergava mais nada, pois a noite já caíra, e o jogo prosseguia, até que o meu irmão vencesse; algumas vezes, até gols contra a gente marcava para o time dele, no afã de terminar o jogo”.

Para quem se interessar com o início e o fim do livro,

queira acessar http://ociclogesta-toriodeumhomem.blog.terra.com.br garan-

to-lhes que vale a pena.

Albino Bonomi, médico e escritor

Nesta edição, artigos do médico e escritor Albino Bonomi, da leitora Doroti Neves da Silva, e do advogado tiberense, radicado em Jundiaí, Fernando Marques Ferreira e

matéria sobre chá verde na prevenção do Mal de Alzheimer do farmacêutico Carlos Madurro.

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3Agosto de 2006Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila Cidade

Projeto de lei do vereador Capela que prevê benfeitorias no Parque Ecológico Maurílio Biagi foi aprovado na Câmara, depois vetado pelo Executivo e agora, o Legislativo derruba o veto e pro-mulga a lei. Presidente da Câmara propõe destinar verba excedente para execução das obras mas, Pre-feitura não aceita.

O vereador Antônio Carlos Ca-pela Novas apresentou, na sessão de 28 de abril de 2005, o Projeto de Lei 151/05, que dispõe sobre ben-feitorias na área verde do Parque Ecológico Maurílio Biagi.

Capela justifica sua propositura considerando que o parque se en-contra em estado de abandono, sen-do “habitado” por moradores de rua e desocupados, e que a propositura visa oferecer à população um local de lazer, cultura e para a prática de esportes, com segurança.

O projeto prevê o fechamento com alambrado de todo o contorno do parque; a construção de pista

pavimentada, apropriada para a prática de caminhadas, cooper, ciclismo e atividades congêneres; a construção de sanitários públicos e a regulamentação de horários de funcionamento.

No dia 28 de junho de 2006, o prefeito Welson Gasparini vetou o projeto, alegando a inconstitucio-nalidade do mesmo.

Câmara rejeita veto do prefeito e promulga lei do parque ecológico

O presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Pre-to, vereador Sílvio Martins, propôs uma alternativa para a execução da lei de reforma do parque, que foi ve-tada pelo prefeito e promulgada pela Câmara.

Segundo o vere-ador, com o superá-vit de arrecadação do município, a parte do orçamento destinada à Câmara é mais do que suficiente para sua manutenção e o excedente, que normalmente é devolvido ao Executivo, poderia ser aplicado na construção de uma cerca e de benfeitorias no parque,

como a recupera-ção da parte elé-trica, que foi toda roubada, a constru-ção de sanitários, além da instalação de portais monu-mentais, que va-lorizariam a área. Sílvio Martins quer reformar também o estacionamento da Câmara, que hoje está muito aca-nhado para todo o

movimento. O ideal seria destinar vagas para idosos, gestantes e um maior número para visitantes em geral, afirma.

Para o vereador, o Executivo não quer saber do parque e ainda quer repassar R$ 1,3 milhão de

Presidente da Câmara também quer a reforma do Parque Maurílio Biagi

Repelentes para pombos na Praça da Catedral pode piorar situação da Coração de MariaO Grupo de Controle e Monitora-

mento, que vai testar um repelente à base de sementes de uva para afugentar os pombos na Praça da Catedral, sabe que as aves devem migrar para outras praças da cidade e a Coração de Maria, pode ser o destino de boa parte delas.

Segundo o vereador Gilberto Abreu, que coordena o grupo de con-trole, a partir de setembro, quando será feito o teste na Praça da Catedral, a praça Coração de Maria receberá uma atenção especial

O repelente a base de sementes de uva foi utilizado com sucesso no ano passado, em Sertãozinho.

VIlA TIBérIo - Os taxistas, comerciantes e moradores, do entorno da praça Coração de Maria, temem que o sucesso do repelente na Praça da Catedral possa piorar ainda mais a situação em que se encontra a praça da Vila Tibério.

O taxista Vicente Paulo Carvalho Nazário, de 53 anos, afirma que a si-tuação vem piorando nos últimos me-ses. A Prefeitura lava a praça uma vez por semana e nós lavamos a calçada do ponto a cada três dias. mesmo assim já não está dando. É muita sujeira, diz ele.

Antônio Marcos Liotti, o “Fiapo”, taxista há 30 anos na praça, acredita que se fizerem a aplicação lá na Cate-dral e não fizerem nada aqui, vai ficar insuportável.

Para Hyuzo Kunimatzu, no ponto há mais de dez anos, nem toda praça tem este problema e que as pombas devem ter alguma preferência por tipo de árvore ou iluminação, sugeriu que as aves gostam de praça com igreja por serem religiosas, brincou ele.

Vicente: a situação vem piorando

Fiapo e Hyuzo: vai ficar insuportável

Capela: acima das questões políticas, está o bem-estar da população

Sílvio Martins propôs alternativa

No dia 30 de junho de 2006, a Câmara promulgou a Lei 10.837, rejeitando o veto do prefeito Gas-parini.

Para o vereador Capela, acima das questões políticas, está o bem-estar da população. Ele acredita que o Parque dará uma nova opção de lazer e esportes, melhorando a qualidade de vida dos moradores.

contas do Daerp e da CPFL para o Legislativo. Em toda a sua história a Câmara nunca pagou estas contas. Se existe um devedor, é a Fazenda do Município quem deve pagar. Os contratos estão em nome da Prefeitura, afirma Sílvio Martins, que teme assumir a dívida e no futuro, se não houver superávit de arrecadação, isto venha com-prometer a administração da própria Câmara Municipal.

AnuncIe no JoRnAl dA VIlA F.: 3610-4890

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4 Agosto de 2006 Valorize o que é seu. Compre no comércio da VilaMúsiCa

Os anos dourados do New BoysO sucesso do New Boys pode

ser medido pelo tempo que encer-rou suas atividades e pela lembran-ça que evoca em grande número de pessoas.

Os irmãos tiberenses William e Wagner de Paula Ferreira já to-cavam violão quando resolveram formar um conjunto no início dos efervescentes anos 60.

Tudo começou em 1963, quan-do Valdemar Gonçalves, que es-tudava na Escola Santos Dumont e que tocava acordeão e bateria, juntamente com os irmãos Ferreira, contratou os rapazes para tocar em Brodowski. Além de Wagner e William, foi também o Pedro Dias, que tocava saxofone. Depois disso o conjunto New Boys foi formado, tendo também a participação de José Luiz Ubida. Era a época do hully gully e do twist, o rock che-gou logo depois com Bill Halley e seus Cometas, lembra Wagner de Paula Ferreira, hoje um cirurgião vascular de renome.

- Nessa época não conhecíamos contrabaixo elétrico e fizemos um, usando a forma de uma guitarra sem os trastes no braço, conta Wagner Ferreira que, junto com o pessoal do conjunto, “criou” ins-trumento usando um captador de guitarras comprado em São Paulo. Depois viram que já existiam contrabaixos elétricos no mercado norte-americano.

Em 64, o New Boys começou a usar uniformes das Confecções

Pedro e com a entrada de Devanir Gelfuso no teclado e saxofone, a de Washington no trombone e no trompete e o aparecimento de banda de Sérgio Mendes com o antológico Brasil 66 (disco que foi o seu passaporte para o mercado norte-americano onde ele faz su-cesso até hoje) o conjunto passou a buscar novos sons e a tocar bossa nova.

- Aí contratamos Olésia, que hoje canta em Los Angeles, diz Wagner Ferreira.

Nessa época compraram um ór-gão eletrônico portátil. O único que havia na cidade era um Hammond que o Viviani tocava no Bosque.

Em 68, o New Boys embalava os bailes e brincadeiras dos centros acadêmicos e das faculdades de Ribeirão Preto e região.

Paralelo ao baile de formatura da Faculdade de Medicina de Ri-beirão Preto, o laboratório Carlo

Erba promovia um baile para os formandos da FMRP e contratou o conjunto para tocar.

- Fizemos um jingle para cada um dos brindes que o laboratório presenteou os formandos e como um diretor da empresa estava pre-sente e achou tudo aquilo muito bom, nos contratou para todos bailes patrocinados pelo laborató-rio em Faculdades de Medicina do Centro-Sul do país”, sorri satisfeito o dr. Wagner ao relatar a satisfação dos integrantes do grupo.

Com isso, o New Boys con-seguia pegar também as festas de colação das faculdades.

Em 69, além dos bailes, toca-vam às quintas, sextas e domingos no Rocha Lima, Carneiro Leão e Laudo de Camargo, centros aca-dêmicos da cidade.

Em 70 passaram a priorizar mais o vocal com Devanir como tenor, além de Bosco no teclado (tempos depois ele foi tocar com Tim Maia) e de Washington no trompete.

Depois a formação foi nova-mente alterada com a saída de Wal-demar, que se formou, e a entrada

de Eudes Gato e de Armandinho no contrabaixo, liberando Wagner para cantar juntamente com a Majô, além da presença marcante de William na guitarra e nos solos vocais.

- Tínhamos dinheiro para com-prar uma Kombi, que era uma necessidade para transportar os instrumentos, mas o anúncio de que o Foguinho, dos The Clevers (depois Incríveis), estava venden-do uma câmara de eco Binson era irresistível e o pessoal achou que era loucura comprar. Mas logo depois estouraram duas músicas que usavam câmara de eco: Stella e o tema do filme Aeroporto, lembra Wagner Ferreira, que cansou de dar bis com as músicas com eco.

Em 71, uma fatalidade. William morreu em um acidente automobi-lístico. Entram Peri na guitarra e Bi-dinho no sax barítono e no trompete (hoje ele toca no Rio de Janeiro).

Formação inicial: Pedro Dias, Valdemar, Zé Ubida, William e Wagner

New Boys: William - guitarra, José Luiz - guitarra, saxtenor, flauta e vocal, Joaõzinho - trombone, Washington - piston,

Wagner - contrabaixo e Valdemar - bateria

Wagner Ferreira da Silva é ci-rurgião vascular. Filho do “seu” Wilson, proprietário do Bar do Wilson, que posteriormente vi-ria se tornar a Toca da Pantera, e da cantina do Colégio Santos Dumont.

Foi orador do grêmio que, segundo ele, era para se chamar Carlos Drummond de Andrade, mas o escolhido como patrono foi Machado de Assis.

Wagner lembra das competi-ções para ver quem falava as fórmulas mais rápido, promovi-das pelo Clube de Matemática, sob o comando do professor Oswaldo e das saudosas orien-tações do professor Vicente - o Vicentão, incentivando em to-dos o hábito da leitura.

Em 72, Wagner vendeu o con-junto para os músicos, que conti-nuaram a tocar até 1974.

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5Agosto de 2006Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila exClusivO

Lima Duarte começou a representar em Ribeirão

Vera, filha de Theodoro José Papa do líder espírita, diz que Lima Duarte vinha quase todos os anos, por ocasião do carnaval, para visitar o seu pai. Papa foi presidente por diversos anos da Unificação Kardecista de Ribeirão Pre-to e autor de diversas peças que eram encenadas pelo Grupo Experimental Eurípedes Barsanulfo.

Afirmando que seu pai ajudou muito o jovem Ariclenes em Ribeirão Preto,Vera Papa faz questão de lembrar que ele nunca esqueceu de seu pai e que sempre demonstrou gratidão.

O jovem Ariclenes Martins, que mais tarde iria adotar o nome de Lima Duarte, iniciou sua carreira nos palcos de Ribeirão Preto.

Wanda Clasen, hoje com 81 anos, conta que na montagem da peça “Onde canta o sabiá”, o diretor artístico do Grupo de Teatro Amador, Vitaliano Mauro estava com dificuldade de encontrar um ator para o papel de motorista. Depois de muitos testes com diversos rapazes, alguém perguntou porque não experimentar o filho de dona Pequena.

- Aí a gente viu que ele já tinha jeito pra coisa, afirma dona Wanda.

O jovem “Teninho”, como era cha-mado Ariclenes, sempre acompanhava os ensaios e apresentações de sua mãe, dona América Martins, a Dona Pequena, que era uma das principais atrizes do grupo.

- O Teninho tinha 16 anos e usava um pa-letozão bem maior que ele. Eles moravam no “Barranco”, no começo da Dr. Loyola e eram bem humildes, lembra dona Wanda.

Wanda Clasen mo-rou na rua Luiz da Cunha com a Paraíso, depois mudou para a Rodrigues Alves, onde ficou por 35 anos, pagando aluguel, até ser sorteada no conjunto Manoel Penna, onde está há 12 anos.

Também faziam parte do Grupo de Teatro Amador: Ca-naan Pedro Além, Ludovico Labate, Ângelo Lino Vazoin, Gilda Ladeira, Irene Clasen, Iselita Simão e outros.

Vera Papa: Lima é uma pessoa maravilhosa

Wanda com o retrato quando jovem

Cartaz anunciando peça do sr. Theodoro José Papa,

para ser apresentada em 5 de dezembro de 1946

no Teatro Carlos Gomes.Acima, o elenco com o

nome de Ariclenes Martins e de sua mãe,

América Martins.

O radialista e ex-vereador Sebas-tião Xavier afirma que o sr. Theodoro José Papa lhe contou que Ariclenes Martins (Lima Duarte) estudou no Cônego Barros e que trabalhava como entregador nas Casas Glória, que ficava na Duque de Caxias.

Papa escrevia peças teatrais, que eram apresentadas na própria Unifica-

ção Kardecista. Dona Pequena, a mãe de Ariclenes, era atriz em muitas delas e, em certa ocasião, quando faltou um ator, Lima Duarte entrou e representou tão bem que ficou com o papel.

- O seu Papa falava que a mãe dele (Dona Pequena), além de ser uma óti-ma atriz, tinha uma mediunidade muito grande, afirma Xavier.

Sebastião Xavier fala de Papa

Vera com cartazes de 1946

- Durante a enfermidade de papai o Lima Duarte veio nos visitar e sentou-se ao lado da cama e declamou um poema. Foi um gesto de carinho e gratidão, afirma Vera Papa.

Mesmo agora, depois da morte do líder espírita, Lima Duarte sempre mantém contato, faz visitas e até con-vidou a família Papa para visitar sua casa em um sítio perto de Indaiatuba.

- Fomos recebidos muito bem, ele foi muito expontâneo, fala Vera Papa reafirmando que só tem coisas boas para falar de Lima Duarte.

Dia 1º de outubro você tem um compro-misso com a verdade. é o momento de dar um basta à política da mentira, da promessa, do assistencialismo barato, e mostrar com seu voto toda a indignação há tanto sufocada.

Nesse encontro com a verdade, Silvana resende estará presente. Jornalista e vereadora, Silvana pauta seu trabalho pela ética e espírito público. Implacável na fiscalização, fez inúmeras de-núncias contra o governo do PT, muitas delas fundamentais para desmascarar a ‘república de ri-beirão’ chefiada por Antônio Paloc-ci. O fim da história você já sabe... A verdade sempre aparece.

Silvana também lutou contra o aumento do IPTU e está à frente da campanha “Uma dose de vida”, que arreca-da remédios para a rede de saúde.

Agora ela encara um novo desafio: lutar pelo nosso Esta-do como deputada. Portanto, na hora do voto, vote de

verdade.

CN

PJ: 39.039.649/0001-51

Page 6: Jornal da Vila - n11 - agosto de 2006

6 Agosto de 2006 Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila

Acabo de receber a edição do número 10 do Jornal de Vila, sem-pre encaminhado pelo meu querido e estimado amigo e irmão Arthur Tamburus, onde vejo estampada a seguinte manchete: lIMA DUAr-TE NASCEU E CRESCEU NA VIlA TIBérIo.

Nas páginas internas, as irre-futáveis provas da afirmativa na manchete: fac símile do registro de nascimento, depoimentos que comprovam que o ator ali nasceu e viveu até os quinze anos, e até mesmo uma desculpa para o seu indesculpável comportamento e declarações sobre o seu nas-

cimento, pois o ator, declara de forma mentirosa ter nascido na cidade de Desemboque em Minas Gerais.

Diz uma das entrevistadas pelo jornal: “acredita que ele, jovem ainda e com imaginação fértil, fantasiou seu passado e que depois ficou difícil voltar atrás”. Somente uma pessoa dotada de extraordiná-rio dote de bondade poderia ofertar declaração de tal dimensão! Por mais boa vontade que eu tenha, ou ainda resquícios de bondade como desta bondosa senhora, não poderei concordar nem me conformar com tal atitude.

Como afirmei em artigo intitu-lado Saudade da Vila, demonstrei todo o meu amor pelo lugar onde nasci, e portanto, não poderei com-pactuar com al-guém que renega ter nascido num lugar tão maravi-lhoso como Vila Tibério, e mais, que também rene-ga o nascimento na cidade de Ribeirão Preto.

Pior. Não sa-tisfeito, ainda nega sua ex i s tênc ia neste maravilhoso bairro e cidade, desde o seu nas-cimento até sua

adolescência, e por via de regra, renuncia e renega todos os seus amigos, parentes, conterrâneos! Que cidadão é este? Se é que pode ser chamado de cidadão.

O jornal, com o comprome-timento de oferecer espaços para possíveis explicações, procurou o ator, e este por meio de sua assesso-ria, pois alegou estar enlouquecido com o final da novela, continuou renegando o lugar onde nasceu, apesar das irrefutáveis provas, concordando, apenas ter lá vivido dos 7 aos 15 anos.

Porque alguém renega sua história?

Será que o próprio ator ou seus familiares têm alguma dívida para o bairro ou a cidade?

Por mais bondade ou compre-ensão que se tenha no coração, não consigo encontrar nenhuma plausível justificação.

Acho que a sociedade ribeirão-pretana e tiberense, deve tomar al-guma providência. Se para aqueles que não nasceram em nossa cidade, e por seus trabalhos e declarações merecem os títulos de cidadãos ribeirãopretanos, na mesma pro-porção, pessoas como este ator que renega o lugar onde nasceu e viveu até sua adolescência, deve ser declarado pessoa não grata, de forma oficial, em nossa querida Ribeirão Preto!

Senhor Ariclenes Martins, o senhor não merece o privilégio de ter nascido em Ribeirão Preto, e principalmente na nossa querida VILA!

Fernando Marques FerreiraAdvogado, residente em Jundiaí.

Ribeirãopretano e tiberense de coração e nascimento

– graças a Deus!!!

Lima Duarte – pessoa não grata

Depois da publicação da maté-ria sobre Lima Duarte, no Jornal da Vila, edição nº 10, de julho pas-sado, podemos chegar a algumas conclusões.

Não temos dúvida do talento de Lima Duarte, nem de que ele é um dos maiores atores do Brasil.

Sobre se ele nasceu ou não na Vila Tibério, temos alguns dados que são verdadeiros:

DADOS iNCONTESTá-vEiS - Existe uma certidão de nascimento registrada no cartório do 1º Subdistrito - Ribeirão Preto, às folhas 033-V do livro A nº 132 de Registro de Nascimento sob nº de ordem 612, na qual consta que Ariclenes Martins (nome verda-deiro de Lima Duarte) nasceu em 29 de março de 1930, na rua Padre Feijó, nº 24, cujo registro foi feito no mesmo dia de seu nascimento, com nome da mãe e do pai coinci-dindo com todos os depoimentos.

No mesmo ano de 1930, no dia 12 de julho (3 meses depois) um grupo de pessoas que se reunia, semanalmente, na residência dos pais de Ariclenes, o casal Antô-nio José Martins (seu Tonico) e América Gonçalves Martins (dona Pequena), fundou o Centro Espírita Batuíra e o seu Tonico foi eleito o primeiro presidente da entidade que teve sua sede inicial na rua Martinico Prado, nº 3, conforme consta na ata de fundação do Cen-tro Espírita Batuíra.

TESTEmUNhOS - Existem testemunhos sobre a infância de Lima Duarte na Vilta Tibério. O depoimento de Dona Olga (página 7) afirma que ele vivia aqui quando tinha dois anos.

Mesmo o reconhecimento, por

Considerações sobre Lima Duarte

parte de sua assessoria, de que ele viveu até os 15 anos em Ribeirão, pode ser questionado: Dona Wanda afirma que trabalhou com Aricle-nes quando ele tinha 16 anos e existem cartazes de apresentações teatrais com o nome de Ariclenes Martins, datados de dezembro de 1946. Nesta época ele tinha 16, indo para os 17 anos.

CONClUSõES - Podemos concluir que os pais de Ariclenes já residiam na cidade antes do seu nascimento pois, para ser presiden-te de uma entidade, o escolhido, normalmente, deve ser uma pessoa de confiança e para isso é necessá-rio que todos tenham conhecimento prévio do caráter e da integridade desta pessoa.

Sobre o “esquecimento” de Ri-beirão Preto como sua cidade natal, muita coisa pode ter acontecido, e sem termos dados concretos, somente podemos ficar no campo das hipóteses.

A primeira hipótese é a de que o garoto Lima Duarte misturou sua história com a de seu pai (que, segundo a certidão de nascimento de Ariclenes, era mineiro, de Sacra-mento) ou a de seu avô, ou ainda, por ser uma pessoa altamente criativa, o mundo real era muito pouco para seu inegável talento e que depois ficou complicado voltar à história verdadeira.

A segunda hipótese é que, aqui em Ribeirão Preto, ele tenha sofri-do alguma desfeita ou decepção que feriu profundamente sua alma juvenil (segundo depoimento de dona Wilma na página 5, a família de Ariclenes era bem humilde).

Pode ser também uma mistura dessas hipóteses.

Portanto, não nos cabe aqui jul-gar porque ele renega suas origens. O fato de Lima Duarte ter nascido e crescido na Vila Tibério é motivo de orgulho para nós.

E, acima de tudo, temos que respeitar a decisão dele, como artis-ta e como ser humano, pois, afinal, cada um tem o direito de buscar seu destino e criar sua própria história.

Fernando BragaEditor do Jornal da Vila

OpiniãO

Page 7: Jornal da Vila - n11 - agosto de 2006

7Agosto de 2006Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila exClusivO

A Cidade repercute matéria do Jornal da Vila

O jornal A Cidade publicou em sua edição de 20 de julho, na capa do Caderno C, matéria intitulada “O enigma de lima Du-arte”, com o seguinte subtítulo: A vida imita a novela. Um jornal de bairro revela que um dos maiores atores do Brasil é paulista de ribeirão Preto e não mineiro de Desemboque.

Abaixo, republicamos o texto do jornal A Cidade:

“Eternizado por atuações memo-ráveis na TV e no cinema, a vida do ator Lima Duarte parece se confundir com as histórias mirabolantes de seus personagens. Nascido Ariclenes Mar-tins há 76 anos, Lima sempre jurou de pés juntos que era natural do povoado de Desemboque, nos cafundós de Sacramento, Minas Gerais.

Mas “A Cidade” teve acesso à certidão de nascimento que compro-va que o filho do mineiro Antônio José Marques e da paulista América Gonçalves Martins nasceu em Ri-beirão Preto, no tradicional bairro da Vila Tibério.

Só tem um detalhe: na certidão registrada em Ribeirão Preto, o nome de Lima não tem o Venâncio que consta de sua biografia oficial, divul-gada pelos sites da Internet. É apenas Ariclenes Martins. Mas o resto bate.

mUlhER miSTERiOSA - O caso foi descoberto e manchete do “Jornal da Vila”, publicação mensal direcionada aos moradores do bairro, escrito e editado pelo jornalista, fotó-grafo e diagramador Fernando Braga.

Braga conta que estava fazendo uma matéria sobre o Centro Espírita Batuíra quando uma pessoa, que não quis ser identificada, mencionou o fato de que Lima nasceu e viveu até os 15 anos em Ribeirão Preto.

- Sempre soube que ele nasceu em Desemboque, mas a mulher, an-tiga moradora do bairro, me garantiu que foi amiga de infância de Lima e que ele nasceu na Vila Tibério, conta Braga.

De acordo com a certidão de nascimento registrada no cartório do 1º Subdistrito de Ribeirão Preto,

Ariclenes Martins nasceu em 29 de março de 1930, às doze horas, na casa da Rua Padre Feijó, número 24. Exatamente o mesmo dia, mês e ano da biografia oficial do ator. Se não for um fato, é, no mínimo, uma inacreditável coinci-dência de nomes e datas.

“TENiNhO” - Bra-ga conta que nos arquivos do Grupo Escolar Sinhá Junqueira consta que Ariclenes Martins foi matriculado em 1937, no primeiro ano, com a professora Edina Exel Cavalcanti.

E de acordo com outro filho his-tórico da Vila Tibério, o ex-ator e ex-vereador José Velloni, o jovem Ariclenes, conhecido como “Teninho”, já participava de grupos de teatro da cidade.

O adolescente atuava no grupo de teatro da Unificação Kardecista, sob o comando de Theodoro José Papa e do Teatro Escola de Ribeirão Preto, junto à mãe, conhecida como “Dona Pequena”.

- Era uma ótima atriz, revela Vello-ni, que trabalhou com “Teninho” em duas peças: “A patroa tinha razão” e “O médico dos pobres”.

CAmiNhãO COm mANgAS - José Velloni diz com absoluta certeza que o ator saiu de Ribeirão Preto aos 15 anos para São Paulo, onde começou como técnico na Rádio Tupi.

Em várias entrevistas, Lima Duarte disse que foi colocado pelo pai em cima de um caminhão carregado de mangas de Jardinópolis, em direção à capital, coisa que Velloni não pode confirmar.

- Não sei como ele chegou lá, diz. Lima Duarte também sempre fez ques-tão de dizer que chegando a São Paulo,

dormiu as primeiras noites embaixo do caminhão de mangas.

Ficou durante alguns meses carregando caminhões e morando no próprio mercado municipal.

Até que conheceu uma mulher, dona de uma casa de prostituição, que o ajudou a conseguir emprego na Rádio Tupi.

ASSESSORiA NãO SAbE - A empresa D’Antino Agentes, que faz assessoria a Lima Duarte em São Paulo, não confirma a informação de que o ator nasceu em Ribeirão Preto. A reportagem de A Cidade falou com uma das funcionárias da assessoria chamada Keyla. Ela se disse surpresa e afirmou que tentaria descobrir mais informações sobre o assunto.

Até o fechamento desta edição, Keyla não conseguiu falar com o ator que, segundo ela, está gravando um longa-metragem no interior de São Paulo. O mistério continua.

Para Fernando Braga, uma ou-tra funcionária da assessoria, que se identificou como Márcia, disse que ele confirmou a ela apenas que morou na Vila Tibério entre os sete e os quinze anos de idade, nada mais, nada menos. Em e-mail, a moça diz textualmente: “conversei rapida-mente com o Lima hoje e o que ele passou para mim é que ele morou na Vila Tibério dos 7 aos 15 anos, onde freqüentou a primeira escola e teve seu primeiro emprego. Depois da Guerra, ele se mudou. Desculpe por não poder te ajudar mais, mas é que a vida do Lima, no momento, está uma loucura”.”

Dona Olga conheceu Lima Duarte criança

Dona Olga nunca poderia imaginar que um daqueles dois meninos, sempre muito bem arrumados com camisas brancas e calças curtas, viria a se tornar um dos maiores atores do Brasil.

Eram Geraldinho e Ariclenes Martins (Lima Duarte), filhos de seu Tonico (Antônio) e de Dona Pequena (América) que ministravam catecismo no Centro Espírita Batuíra, que além da iniciação Espírita também alfabetiza-vam as crianças.

Dona Olga Massaro Pinheiro, hoje com 82 anos, morava em uma chácara nos arredores da via do Café e começou seus estudos ali, em uma ampla casa no início da rua Martinico Prado, onde estava instalado o Batuíra e nos fundos ficava a residência dos pais de Aricle-nes, que tinha dois anos naquela época. Ela estava com oito anos de idade.

Dona Olga lembra bem dos pais de Ariclenes: “Dona Pequena, ensinava a gente a ler e escrever e sempre pedia para seu Tonico, que era um senhor muito bom, para tomar conta dos me-ninos que ficavam correndo, subindo e descendo a escada”. Ela se recorda também dos avós de Ariclenes, o seu Rolo e dona Sianinha, que moravam na Padre Feijó, bem próximo ao Batuíra, onde sempre se encontravam.

Dona Olga nasceu em 1924 e era filha de Roque Massaro, chacareiro e verdureiro e de dona Maria Alexandre

Alunos do Catecismo do Centro Espírita Batuíra. Os irmãos Geraldo e Ariclenes Martins podem ser um dos garotos na primeira fila à direita

Dona Olga: “Eu lembro do Lima Duartepequenino, aqui na Vila Tibério”

Massaro. Casou-se com o ferroviário Alberto Abrantes Pinheiro, já falecido, de quem ela lembra, emocionada, suas palavras: “prefiro morrer pobre, mas com que é meu”. Teve cinco filhos: João Carlos (da Coca-Cola), que hoje está em Carmo do Rio Claro, Gilberto (policial militar falecido), Izilda e Maria de Lourdes (Nenê), ambas do Centro Espírita Amor e Caridade, e Sueli, esposa do Cicilini. Tem 19 ne-tos e 19 bisnetos. Mora há 63 anos na Conselheiro Saraiva.

Ela lembra bem da casa da Marti-nico Prado onde funcionava o Centro Espírita (foto abaixo).

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8 Agosto de 2006 Valorize o que é seu. Compre no comércio da VilaCuriOsidade

álvares de Azevedo - Manuel Antonio Álvares de Azevedo, nasceu em 12 de setembro de 1831, na cidade de São Paulo. Poeta, bacharel em Le-tras pelo Colégio Pedro II. Morreu no Rio de Janeiro a 25 de abril de 1852, quando cursava o 5º ano da Faculdade de Direito. Apesar da morte prematura, deixou grande produção literária. É um dos grandes poetas brasileiros.

Antônio e helena Zerrenner - Antônio Frederico Zerrenner era ale-mão, importador de cerveja, comprou uma grande área na Água Branca para instalar ali a Companhia Antártica Paulista. Em 1911 a Companhia inau-gurou a fábrica de Ribeirão Preto. Antonio e sua esposa Helena Matilde Ida Ema Zerrenner doaram seus bens para a formação da Fundação Antônio e Helena Zerrenner.

Antônio guimarães – jornalistaAntônio Parpinelli - José Antô-

nio Parpinelli, foi empresário an Vila Tibério.

Augusto Severo - Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, malogrado inventor brasileiro, morreu tragica-mente em Paris, a 2 de maio de 1892, quando fazia experiência com o balão “PAX”. Seu filho, o Dr. Mário Pinheiro de Albuquerque Maranhão, foi promo-tor público de Ribeirão Preto.

Aurora - Denominação poética. É a palavra latina para amanhecer. Antiga deusa romana equivalente a Eos, a deusa grega do amanhecer. Renovava-se toda manhã voando pelo céu anun-ciando a chegada do novo dia. Tinha um irmão, o Sol, e uma irmã, a Lua.

barão de Cotegipe - João Maurí-cio Wanderley, baiano, nasceu na vila da Barra, em 1815 e morreu em 1889. Bacharel em Direito pela Faculdade de Recife. Ocupou os cargos de juiz. Foi chefe de polícia e presidente da Bahia, distinguindo-se na repressão do tráfico de escravos. Deputado provincial, deputado geral, ministro da Marinha (1853), ministro da Fazenda (1856), senador do Império. Novamente mi-nistro da Marinha (1853). E interino do Exterior (1870), presidente do Gabinete e ministro do Exterior.

bartolomeu de gusmão - Barto-lomeu Lourenço de Gusmão, nasceu em 1865 em Santos. Inventor do balão aerostato.

Café, via do – Principal saída da Fazenda Monte Alegre, a maior plantação de café da época. Semente do cafeeiro; infusão preparada com essa semente.

Capitão Pereira lago – Antônio Florêncio Pereira Lago, capixaba, nasceu em 1825 e morreu em 1892. Engenheiro militar, fez parte da glo-riosa Coluna da Retirada da Laguna, na guerra do Paraguai. Desempenhou vários cargos públicos e comissões. Foi presidente da Junta Republicana do Amazonas (1889-1892).

Castro Alves - Antônio de Castro Alves, baiano, nasceu a 14 de março de 1847 e morreu a 6 de julho de 1871. Poeta, freqüentou as faculdades de Direito de Recife e de São Paulo, não chegando a concluir o curso. O poema “Espumas Flutuantes” é considerado entre os melhores do Brasil.

Origem do nome das principais ruas da Vila TibérioRUAS DA vilA TibéRiO, lObATO E AméliAPesquisa realizada em livros de Plínio Travassos dos Santos,

de Rubem Cione, enciclopédias e internet. Colaborou com a pesquisa a Secretaria legislativa da Câmara municipal de Ribeirão Preto.

Conselheiro Dantas - Manuel Pinto de Souza Dantas, baiano, nasceu em 1831. Político de grande prestígio, foi deputado, senador, presidente de províncias. Presidente do Conselho, Ministro da Agricultura, da Justiça, do Exterior e da Fazenda, ocupava o cargo de Presidente do Banco do Brasil quando morreu, em 1894.

Conselheiro Saraiva - José Antô-nio Saraiva, baiano, nasceu em 1823 e morreu em 1895. Notável parlamentar, foi senador do Império e Presidente do Conselho. Autor da lei eleitoral que tomou o seu nome.

Constituição - Homenagem à Carta Magna da República de 1889, promulgada a 24 de fevereiro de 1891.

Coração de maria - Praça. Home-nagem à Virgem Maria.

Dois de Julho - 2 de julho de 1823, data em que foram expulsas as últimas tropas portuguesas da Bahia, onde a data é considerada como a verdadeira Independência do Brasil.

Dr. loyola - Dr. Augusto Ribeiro de Loyola, mineiro, nasceu na cidade de Caldas e morreu em Ribeirão Preto a 12 de novembro de 1914. Diplomado em Direito, foi advogado e juiz municipal em Casa Branca, mudando-se depois para Campinas. Deixou a magistratura, foi advogado em Mogi-Mirim, de onde se transferiu para Ribeirão Preto. Foi vereador, dirigiu a formação do primeiro jardim da Praça 15 de Novembro. Possuiu uma chácara na Vila Tibério, por ele formada, com jardim franqueado ao público aos dias santos, feriados e domingos. Morreu quando ocupava o cargo de secretário do Ginásio do Estado.

Eduardo Prado - Eduardo Paulo da Silva Prado, nasceu na cidade de São Paulo em 27 de fevereiro de 1860 e morreu em 30 de agosto de 1901. Bacharel em Direito, foi sócio do Ins-tituto Histórico e Geográfico de São Paulo, membro da Academia Brasileira de Letras, dirigiu o “Comércio de S. Paulo”. Possuiu uma das mais notáveis bibliotecas particulares de S. Paulo, a qual era franqueada aos estudiosos.

Elpídio gomes - Cel. Elpídio Gomes, lavrador, deputado estadual e chefe político em Ribeirão Preto.

Epitácio Pessoa - Dr. Epitácio da Silva Pessoa paraibano, nasceu a 23 de maio de 1865 e morreu em 1942. Bacharel em Direito pela Faculdade de Recife. Foi advogado, magistrado e político. Deputado, professor de Direito, Ministro da Justiça e Ministro do Supremo Tribunal Federal em cujo cargo foi aposentado. Eleito presidente da República na vaga deixada pelo fa-lecimento de Rodrigues Alves. Quan-do presidente da República, Epitácio Pessoa visitou Ribeirão Preto, tendo sido o patrono da Usina da Companhia Eletro Metalúrgica Brasileira, a qual tomou o seu nome.

gonçalves Dias - Antônio Gon-çalves Dias, maranhense, nasceu na cidade de Caxias a 2 de agosto de 1824 e morreu em 1864, no auge de sua car-reira de poeta. Conhecedor profundo da língua e da História, foi professor do Colégio Pedro II, lecionando His-tória do Brasil. Morreu tragicamente num naufrágio, quando de regresso ao Brasil, depois de estadia na Europa coligindo documentos históricos.

guia lopes - José Francisco Lo-pes, o heróico caboclo mineiro, Guia da Retirada da Laguna, feito glorioso dos brasileiros na guerra do Paraguai, imor-talizado na “A Retirada da Laguna”, obra prima do Visconde de Taunay.

guilherme Schmidt - Guilher-me Schmidt, lavrador, político, filho do grande fazendeiro cel. Francisco Schmidt, ex-proprietário da “Fazenda Monte Alegre”, hoje campus da USP”. Foi prefeito de Sertãozinho.

isaías graci – Nasceu em Forli, na Itália. Veio para Ribeirão Preto no final do século XIX. Empresário, foi proprietário de uma pedreira.

Joaquim Nabuco - Joaquim Auré-lio Nabuco de Araújo, pernambucano, nasceu a 19 de agosto de 1849 e mor-reu em Washington a 17 de janeiro de 1910. Bacharel em Direito pela Faculdade de Recife, foi diplomata e um dos mais ardorosos paladinos da libertação dos escravos.

Jorge lobato - dr. Jorge Lobato Marcondes Machado, nasceu em Taubaté em 1876. Engenheiro Civil pela Politécnica do Rio de Janeiro. Foi engenheiro da Mogiana, sendo o construtor dos ramais de Igarapava e Pontal. Em 1905 fixou residência em Ribeirão Preto. Foi banqueiro, vereador e Presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Preto em várias legislaturas. Foi membro do Partido Republicano Paulista, professor aposentado do Ginásio do Estado, industrial e lavrador.

José Mortari – (Praça) Nasceu em 1907 em Conquista, MG. Comerciante, foi vereador em Ribeirão Preto por cinco legislaturas, de 1952 a 1969.

José Vivanco Solano - Foi soldado expedicionário no 6º Regimento de Infantaria. Também é nome do Museu do Expedicionário de Ribeirão Preto.

José Spanó - Nasceu em Ribeirão Preto em 1917. Funcionário do Banco do Brasil. Foi vereador de 1956 a 1959.

luiz da Cunha - Cel. Luiz da Cunha Diniz Junqueira, grande fazen-deiro, um dos pioneiros da lavoura cafeeira e chefe político de grande prestígio. Foi o fundador da “Fazenda Pau Alto”, em Bonfim Paulista.

Machado de Assis - José Maria Machado de Assis, carioca, nasceu a 21 de junho de 1839 e morreu a 29 de setembro de 1909. De procedência mo-desta, pelo esforço próprio, sem cursar ginásios c academias, tornou-se num dos maiores escritores brasileiros, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, da qual foi presidente até o dia de sua morte. Deixou grande obra literária, destacando-se: Iaiá Garcia, Memoriais Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó, Memorial de Aires, A Mão e a Luva, etc. Jornalista, autor de crônicas e trabalhos de crítica literária. Foi também poeta.

mário Spanó – Nasceu em Ri-beirão Preto em 1920. Comerciante. Foi vereador por três legislaturas, de 1964 a 1977.

marques da Cruz - João Batista Marques da Cruz, fluminense, nasceu em 1843. Oficial do Exército, em 1865 estava incorporado ao Primeiro Batalhão, em Taiú-Cué. Morreu no Combate de Humaitá, em 1866.

Martinico Prado - Dr. Martinho da Silva Prado Júnior, paulista, nasceu em 1842 e morreu a 24 de maio de 1906. Bacharel em Direito. Repu-blicano. Lavrador, foi o fundador da “Fazenda Guatapará”.

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9Agosto de 2006Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila CuriOsidade

Desde o dia 19 de junho passado, data do aniversário de Ribeirão Preto, a cidade ganhou de volta o som da sirene da antiga Cervejaria Paulista, na avenida Jerônimo Gonçalves.

Com isso, Ribeirão recupera um pouco da sua história. A sirene foi importada da Alemanha em 1928 e era uma referência. Estava desativada desde o fechamento da fábrica da Antartica.

A sirene é acionada todos os dias às 12 e às 18 horas. Antes de ser desa-tivada tocava também às 6 da manhã.

No local, atualmente funcionam os Estúdios Kaiser de Cinema e segundo Edgard Castro, idealizadores da volta da sirene e diretor dos estúdios, “Es-tamos resgatando um pedacinho da nossa história e dando um presente para Ribeirão nos seus 150 anos”.

Moradores da cidade acertavam seus relógios com a sirene, que mar-cava horário para entrada e saída de muitas empresas e também eram refe-rência para acordar, almoçar e muitas outras atividades.

Principais ruas da Vila Tibério A sirene está de volta

Árvores e plantasAlgodão – filamento sedoso que envolve as sementes do algodoeiro; tecido feito desse filamento.Aroeira - Madeira dura e pesada. Seu cerne e praticamente imputrescível. Suporta cerca de três vezes mais peso do que o concreto. Cânhamo – planta têxtil cujos filamentos servem para fabri-co de tecidos, cordas, etc.; óleo extraído de suas sementes; tecido de cânhamo.Jacarandá - Madeira pesada e resistente, utilizada em cons-truções, marcenaria, entalhes, móveis, cabos de ferramentas entre outros usos. É usada em paisagismo.Jequitibá - Árvore de grande porte. Em tupi-guarani significa gigante da floresta.linho – planta linácea; tecido fabricado com essa planta.Papiro – planta que, preparada, era utilizada pelos egípcios na escrita; manuscrito antigo feito sobre papiro.rami – planta têxtil asiática da família das urticáceas, em-pregada no fabrico do papel.Sisal – nome de duas plantas de fibra têxtil.Perobal – Árvores brasileiras utilizadas em construções.Pinheiro – Coníferas de folhas aciculares; pinho.

Bandeirantes

SantoSanto André, Santo Amaro, São Pedro e Santana.

Times de futebolAlamedas Botafogo e Tupi – homenagem aos dois times que tiveram sua origem na Vila Tibério.

borba gato - Manuel de Borba Gato. Bandeirante paulista. Nasceu em 1649. Iniciou as suas atividades com o sogro, Fernão Dias Pais. Fa-leceu em 1718 com quase 90 anos em Sabará.

Jorge Velho - Domingos Jorge Velho, bandeirante, nasceu provavel-mente em 1641, na vila de Parnaíba na Capitania de São Paulo e morreu em Piancó na Paraíba, por volta de 1703. Foi responsável pela campanha contra o Quilombo dos Palmares que só foi finalizada em 1695, com a morte de Zumbi.

moreira Cabral - Pascoal Moreira Cabral foi um bandeirante paulista do século XVIII que, na busca de índios pela região mais central da América do Sul acabou por encontrar ouro na região onde hoje é Cuiabá.

Estâncias hidromineraisPrata e lindóia – Estâncias do Estado de São Paulo.Caxambu e lambari – Estâncias do Estado de Minas.

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Se você conhece algum fato ou pessoa importante na história da Vila Tibério, entre em contato.

O Jornal da Vila é seu!Fone 3610-4890 ou pelo e-mail: [email protected]

maurício Camargo - Jornalista.Monte Alverne - Frei Francisco

de Monte Alverne (Francisco José de Carvalho), carioca, nasceu a 9 de agos-to de 1774 e morreu em Niterói a 2 de dezembro de 1858. Eminente prelado, orador notável, professor completo. Pela Sociedade de Ensaio Literário foi proclamado “representante genuí-no da filosofia do espírito humano no Brasil”. Cego desde 1836, pregou pela última vez na Igreja da Glória, do Rio de Janeiro.

Municipal - Homenagem ao Mu-nicípio de Ribeirão Preto.

Padre Anchieta - Padre José de Anchieta, nasceu em Laguna, na Ilha de Tenerife, em 19 de março de 1534 e morreu a 9 de junho de 1597. Foi o Fundador de São Paulo. Em 1980 foi beatificado pelo Papa João Paulo II. É o primeiro poeta e dramaturgo do Brasil.

Padre Feijó - Padre Antônio Diogo Feijó, nasceu na cidade de São Paulo em agosto de 1774 e morreu a 9 de novembro de 1843. Foi estadista no-tável. Ministro e Regente do Império.

Paraíso - Lugar descrito por dife-rentes religiões onde há abundância de alimentos e recursos e não há guerras, doenças ou morte. A vida no paraíso seria a recompensa após a morte para as almas dos que seguem corretamente os preceitos de cada religião.

Piratininga - Planalto onde foi edificada a capital do Estado e como foi chamada inicialmente: São Paulo de Piratininga.

ramiro Pimentel – Fundador de A Lucta, 1º jornal de Ribeirão Preto.

rodrigues Alves – Conselheiro Francisco de Paula Rodrigues Alves, nasceu em Guaratinguetá em 1848 e morreu no Rio de Janeiro em 1918. Bacharel em Direito, foi grande es-tadista. Foi deputado provincial, duas vezes presidente de S. Paulo e presidente da República. Foi no seu governo que Osvaldo Cruz extinguiu a febre-amarela do Rio de Janeiro e que Pereira remodelou a capital do Brasil. Eleito pela segunda vez presidente da República, morreu sem tomar posse.

roque Naccarato – Nasceu na Calábria, Itália. Veio para Ribeirão Preto no começo do século 20 e se es-tabeleceu na Vila Tibério, onde instalou uma fábrica de sabão.

Santos Dumont - Alberto dos Santos Dumont, mineiro, nasceu a 20 de julho de 1873 e morreu em 22 de julho de 1932, em Santos. Foi o des-cobridor da dirigibilidade dos balões e inventor do aeroplano. Na juventude residiu na Fazenda Dumont (na época município de Ribeirão Preto), que pertencia a seu pai Henrique Dumont, que era o então o Rei do Café.

Sinimbu - Visconde de Sinimbu, João Lins Vieira Cansansão, nasceu em 1810 e morreu em 1906. foi presidente da província da Bahia de 1856 a 1858.

Tenente Catão Roxo - Catão Augusto dos Santos Roxo, gaúcho, engenheiro militar. Fez a campanha do Paraguai. Foi um dos componentes da coluna brasileira da épica Retirada da Laguna. Morreu mais ou menos em 1904, como general reformado e deixando grande fortuna.

Vinte e Um de Abril - 21 de abril de 1792, data da morte de Tiradentes, o herói e mártir da “Inconfidência Mineira”.

Visconde de Taunay - Alfredo Maria Adriano D’Escragnolle Taunay, carioca, nasceu a 22 de fevereiro de 1843 e morreu a 25 de janeiro de 1899. Engenheiro militar, é um dos vultos mais destacados da nossa História. Político, estadista, militar, escritor, e em todos esses setores o seu espírito teve atuação de grande destaque. Es-creveu a sua obra imortal - “A Retirada da Laguna”.

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10 Agosto de 2006 Valorize o que é seu. Compre no comércio da VilaGente

MELO INSTITuTE OF BEAuTy

Marli Melo inaugura moderníssimo salãoA Vila Tibério ganhou um salão

de beleza que não fica nada a dever para as grandes casas da cidade. Procurando melhorar ainda mais o atendimento, Marli Melo, que já atende há 15 anos no bairro, inau-gurou no dia 24 de junho o Melo Institute of Beauty. Um moderno salão, com amplas instalações para o atendimento com cabelei-reiros, manicures e depiladoras de alta qualidade, além de salas para tratamento com estética facial e corporal, aparelho para bronzea-mento artificial e uma área especial para noivas com direito a banheira de hidromassagem, podendo ser usada com óleos especiais e flores, relaxando e reduzindo o stress.

Marli Melo com a filha, a sobrinha e sua mãe, desatando

a fita inaugural

Adilson Resende de Oliveira discursa, desejando

sucesso ao empreendimento A equipe brinda à nova casa

O Melo Institute of Beauty fica na rua Rodrigues Alves, 670, e atende pelos telefones 3635-4033 e 3635-4134.

Ernesto Ferreira da Rocha e Rosa Gelfuso da Rocha se fixaram na Vila Tibério pelos anos de 1932, na rua Dr. Loyola, 735.

Ele marceneiro e ela doméstica tiveram oito filhos – cinco mulheres e três homens – que foram chegando nesta ordem: Celso, Célia, Creuza, Celene, Sérgio, Sidnei, Cecília e Sueli. Todos nascidos nas mãos habilidosas da par-teira-amiga da família D. Adelaidinha.

Família Gelfuso da RochaA vida não proporcionava as fa-

cilidades de hoje, mas seo Ernesto e dona Rosa souberam encaminhar os filhos com honradez e para que, no momento certo, cada um escolhesse o seu caminho na vida profissional.

De marceneiro para técnico de pianos, “Seo Rochinha”, como era cha-mado, teve Celso como companheiro no trabalho. Celso especializou-se na afinação de pianos, atividade que man-

tém até hoje. Célia é empresária em São Bernardo do Campo; Creuza é dona de casa; Celene é encadernadora (Carlos-Maris encadernação); Sérgio é jorna-lista; Sidnei é representante comercial; Cecília é bancária; e Sueli encaminhou se no mesmo trabalho de Celene.

Todos vivos, saudáveis, com filhos (menos a Sueli que é solteira) e netos, os irmãos tem, na lembrança dos pais que já se foram, o exemplo da digni-dade e da bondade.

Este é o retrato de uma família típica da Vila Tibério. Pessoas que viveram os tempos das boiadas passando pelas ruas, do chão de terra que reunia a meninada para as peladinhas de rua, da época em que na escola se aprendia de verdade, das novelas e programas da Rádio Nacional, e do porco e galinha criados no quintal e que o destino não era outro senão a panela no fogão de lenha. No Natal?... boneca de pano e caminhãozinho de madeira. Na mesa, macarronada, bife à milanesa e guaraná. Era ali que morava a felicidade. De verdade!

Dicas para o Jornal da Vila pelo e-mail: [email protected]

Page 11: Jornal da Vila - n11 - agosto de 2006

11Agosto de 2006Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila livrOs/saúde

O chá verde usado pelos orientais após as refeições para auxiliar a digestão, pos-sue várias outras funções tais como, diminuição da taxa de colesterol, queima de gordura e auxiliar na ativação do sis-tema imunológico.

Estudos recentes sugerem que o chá verde ajuda a pro-teger os neurônios do avanço do mal de Alzheimer, enfer-midade que leva à demên-cia. A pesquisa com animais mostrou que um composto presente na bebida retarda a progressão da doença.

Já, outro trabalho afirma que pessoas de meia idade que fazem exercícios por meia hora, pelo menos duas vezes por semana, podem reduzir pela metade o risco de desenvolver o mal de Alzhei-mer. Cientistas envolvidos na pesquisa afirmam que há

Chá verde e exercícios na prevenção do

Mal de Alzheimer

muitas razões que explicam a influência de exercícios so-bre a mente e o corpo. Além de manter pequenos vasos sangüíneos do cérebro sau-dáveis, eles protegem contra a pressão alta e diabetes. A atividade física também pode reduzir a quantidade da prote-ína amilóide, que se acumula no cérebro das pessoas com Alzheimer.

Carlos henrique madurroFarmacêutico-bioquímico

Dúvidas sobre medicamentos e manipulações podemser esclarecidas nas seguintes farmácias da Vila Tibério:

A noite, por Sérgio Rocha

Texto enviado pelos pais de marcos Rogério Cardinali

Era uma vez...... e faz tão pouco tempo!...

um lindo e forte Príncipe Guer-reiro que aprendeu de outro Príncipe: “Tu te tornas eterna-mente responsável por aquilo que cativas.”

Então, esse Grande Prín-cipe saiu pelo mundo afora colecionando amigos. Era sua especialidade: cativar. Come-çou pela Mãe, pelo Pai, seus Irmão e mais aqueles que foram chegando; também os amigos de infância, de adolescência, de juventude; seus tios, seus primos. E a primeira e única namoradinha, a Princesa Renata e a enorme família dela. E a princesinha Laura e o principe-zinho chegando! E o grupo mais próximo, de casais amigos! E os colegas de trabalho, de fute-bol, da cervejinha!

Um dia, os seus amigos se reuniram e fizeram juntos uma única prece (Como o seu cora-ção era multiuso, seus nomes eram múltiplos: Ro, Me, Limão, Marcos, Rogério, Cardinali, Nonino).

A prece: “Amigão, aí de cima, olhe pelos seus amigos que, aqui embaixo tiveram a alegria de terem sido cativados por você! Amém!”.

CNC

Rita Lee, por Henrique, do Grupo Nós

O tiberense Sérgio Rocha, no livro “Astros e Estrelas da Noite da Minha Vida”, conta a história de Ribeirão pela ótica da gastronomia e da vida noturna.

Jornalista especializado na cober-tura da vida social e noturna da cidade, Sérgio Rocha já foi colunista do jornal O Diário, nos bons tempos e hoje tem um programa na TV Clube.

No livro, Serginho começa con-tando como subiu a General Osório, e nu-ma panorâmica, passa por todos os bairros da cidade. Da época do centenário da cidade até chegar nos 150 anos. Vale também pelos tiberenses citados: Caparelli, Armandinho, Carlos Armando Paschoalim, Melenques, New Boys, Bueno e outros...

O livro está à venda na Paraler ou pelo fone 3904-9916.

Depois de cinco anos de batalha, Hen-rique Bartsch, 55, te-cladista e guitarrista do Grupo Nós - uma das bandas mais tradicio-nais de Ribeirão, com 28 anos de carreira - lançou seu primeiro livro: “Rita Lee mora ao lado – Uma biogra-fia alucinada da Rainha do Rock”. Mistura de ficção e realidade sobre a vida da cantora.

Inicialmente, Henrique pensou em fazer uma biografia tradicional, mas a própria Rita o convenceu a mudar de idéia. “Ela falava que biografia era coisa de quem já tinha morrido”, conta.

Então Henrique criou um persona-gem fictício, Bárbara Farniente, uma vizinha de Rita que não mede esforços para contar detalhes pessoais e profis-sionais da vida da roqueira.

Henrique se correspondia com Rita Lee por e-mail. Sempre enviava os tex-tos para que ela confirmasse os fatos.

“Muitas vezes ela apimentava ainda mais as histórias. Rita sempre foi muita aberta. Isto é da personalidade dela”, diz Henrique.

Rita escancara sua vida como a sua expul-são dos Mutantes, suas depressões, overdoses e o alcoolismo que quase a deixou na sarjeta.

O livro trata também do lado espiritual e a relação que Rita tem com

o mundo e com os animais, revela Henrique.

“Rita Lee mora ao lado” se divide em duas partes. “O Velho Testamento”, que fala sobre o período em que Rita estava nos Mutantes, e o “Novo Tes-tamento”, sobre sua fase com o Tutti Frutti e finalmente com o marido e parceiro Roberto de Carvalho.

“Rita Lee mora ao lado - Uma bio-grafia alucinada da Rainha do Rock” está à venda nas principais livrarias de Ribeirão Preto.

Camomila e Bem-me-Quer - Fone: (16) 3630-3598 - Rua Martinico Prado, 1.181

Flor & Erva - Fone: (16) 3636-8623Av. do Café, 375

Pharmacos - Fone: (16) 3625-5371Rua Conselheiro Dantas, 1.087

Doce Vida - Fone: (16) 3625-8172Rua Bartolomeu de Gusmão, 763

Ética - Fone: (16) 3610-6501Rua Luiz da Cunha, 839

Page 12: Jornal da Vila - n11 - agosto de 2006

12 Agosto de 2006 Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila

Se essa rua fosse minha...Dr. Loyola

espeCial

Augusto Ribeiro de Loyola. nasceu em Caldas, MG, filho de José Bernardes e de Ana Augusta de Loyola, formou-se em Direito, foi juiz em Casa Branca. Mudou-se para Campinas, deixou a magistratura e advogou em Mogi-Mirim, de onde se transferiu para Ribeirão Preto. Aqui, entrou para a história ao reformar a praça, uma vasta área descampada, de chão batido, que era chamada de Largo da Matriz (denominação oficial a partir de 1874), e depois da Proclamação da República (1889), passou a ser a Praça XV de Novembro. Ali existiam algu-mas poucas árvores, dispersas.

Em 1900, com autorização da Câ-mara Municipal, Dr. Loyola se encar-regou de ajardinar o local. Ele bancou as despesas iniciais e, na medida que

A rua Dr. Loyola começa no lugar que antigamente era chamado de “Barranco”, por estar na parte alta, atrás das linhas da Estação da Mogiana.

O início é na rua Augusto Severo.Residiam as famílias do comer-

ciante Romeu Tahan, de Pavanelli, funcionário da Cerâmica São Luiz, de Sanches, proprietário de empresa de transporte, de Itamar Ganzine, de Antô-nio Lopes, que era encanador, de Loure-to que tinha uma cromadora, de Moacir Bíscaro, que empalhava cadeiras. O Bar do Zinho hoje é uma lanchonete, na esquina com a Gonçalves Dias.

O 2º Cartório de Registro Civil e o Círculo Operário são as maiores referências.

Moravam também as famílias Pela, Barense, Pepe, Faim, Bronhara.

Nela, o eterno vereador José Velloni viu crescer seus filhos, Valter (falecido), Valério, Vitor, Cecília, Vagner e Valdir.

Tinha o Bar do seu Barbosa e a Lanchonete Tabari.

Mora até hoje o músico e professor Armando Bento de Araújo, autor de

os canteiros e jardins se expan-diam, outras pessoas ofereciam melhorias, como um coreto, um chafariz e os bancos.

A iniciativa do Dr. Loyola, que mantinha em sua chácara da Vila Tibério um jardim aberto ao público aos domingos, não deixou de ser reverenciada pelo povo.

No ano seguinte ao da inau-guração do “Jardim do Dr. Loyola”, ele foi eleito vereador para a 10ª Legisla-tura (1902-1905) e reeleito para a 11ª Legislatura (1905-1908) e chegou a ocupar o posto de prefeito interino, em 1906. Posteriormente Augusto Ribeiro de Loyola foi inspetor escolar munici-pal e secretário do Ginásio do Estado.

Faleceu em 12 de novembro de 1914 e foi homenageado pela Câmara Municipal, que deu seu nome à rua da Vila Tibério.

muitas músicas de sucesso nos anos de ouro da PRA7, como “Gentil Senhori-ta”. É pai do músico Armandinho, que está atualmente em Macau, ex-colônia portuguesa, próxima de Hong Kong.

A família do afinador de pianos Ernesto e Rosa Gelfuso da Rocha, pais do jornalista Sérgio Rocha, fixou residência por volta de 1932.

Residiam as famílias de Ângelo Vístuli, de Renato Prado, de Victório Bianchini que fabricava calçados, de Vicente Cano e famílias Gatto, Spe-randio, Leme.

No local onde Júlio Wiermann tinha um estúdio de fotografia hoje fun-ciona a fábrica de brinquedos Gepeto.

Benedito Gir, que é recordista brasileiro em registro na carteira, 66 anos trabalhando para o Antigo Banco Construtor, mora quase na esquina com a Epitácio Pessoa, onde a Dr. Loyola é interrompida pelo Polies-portivo, recomençando após a Paraíso.

O sr. Ângelo Minto e família ali residiram por muitos anos.

No trecho final moram as famílias Cardinali, Usso, Granfille, Griffo, Montanari, Cicilini, entre outras...

Círculo Operário da Vila TibérioUm grupo de associados quer reativar a entidade que já reuniu centenas de famílias tiberenses

Equipe de bocha do Círculo Operário no começo dos anos 80.Em pé: Canhoto, Bereta, Lau*, Seu Zé Canhoto, Pucinatto* e Pitiguara.

Agachados: Perón, Zaparolli*, Barizon, Aparício e Zé Peruchi*. (* falecidos)

Semi-fechado há quase quatro anos, o Círculo Operário de Vila Tibério sobrevive na memória de grande parte da população ti-berense e na presença constante de heróicos senhores, jogadores de bocha. São eles que mantêm acesa a chama que um grupo de associados quer reativar.

Segundo Reinaldo Berluzzi, o Pitiguara, de 78 anos, o Círculo co-meçou a funcionar no final de 1944 ou no começo de 1945, como parte do Círculo Operário de Ribeirão Preto (Campos Elíseos).

Ganhou independência e esta-tuto próprio em 27 de novembro de 1960, tendo José Domingos Ribeiro como presidente, José Be-nedicto de Oliveira, 1º secretário e Oswaldo Arcêncio, 1º tesoureiro.

Oferecendo assistência jurídi-ca, médica, odontológica, farma-cêutica, cursos, filmes, grupo de teatro e muitas opções de lazer, com destaque para as duas canchas de bocha, sempre trabalhando pela paz, justiça, pela doutrina e moral do Evangelho de Cristo, conforme o estatuto de fundação.

Mas, com os tempos modernos, houve um certo desinteresse pelo Círculo, que foi sendo desativado até chegar à situação em que se encontra hoje: ali somente as can-chas de bocha estão em perfeitas condições.

Pensando nos ideais humani-tários de suas finalidades e prin-cipalmente na parte da população tiberense que necessita de maior atenção, que é constituída pelas pes-soas da terceira idade, um

Pitiguara

Luiz Carlos Peruchi

grupo de moradores quer resgatar o Círculo Operário da Vila Tibério.

Segundo um dos repre-sentantes do grupo, Luiz Carlos Peruchi, bancário aposentado, de 58 anos, a idéia é trazer de volta os moradores para que eles passem a usufruir de cursos

profissionalizantes, de informática, de alfabetização.

Na verdade, o grupo que está levantando a situação jurídica e financeira do Círculo é ligado à Paróquia Nossa Senhora do Rosá-rio, e já fez várias reuniões com o vigário, Padre Júlio César Miranda.

No estatuto, consta a figura do assistente eclesiástico, exercida pelo vigário da Paróquia de Vila Tibério, que atua como “fiel da balança” e é quem dá o voto de de-sempate nas questões de impasse.

Está previsto a mudança de nome: Círculo dos Trabalhadores

Cristãos de Vila Tibério, para atender às normas atuais, e a idéia é oferecer também alguns serviços que já existem na Paróquia, como atendimento médico e odonto-lógico, assistência social, tendo sempre como foco o pessoal da terceira idade sem esquecer que também é preciso oferecer opções de entretenimento e lazer às crian-ças e aos jovens.

Dr. Loyola – a Rua