2 Abril de 2007 Valorize o que é seu. Compre no comércio da VilaOpiniãO

Informativo mensal com circulação na Vila Tibério

Tiragem: 5 mil exemplaresjornaldavila@gmail.com

Braga & Falleiros Editora Ltda. MERua Dr. Ary Mariano da Silva, 200

CNPJ 39.039.649/0001-51

Fone: 3011-1321Jornalista responsável: Fernando

Braga - MTb 11.575Impresso na FullGraphics

Ribeirão Preto

Dona Fiúca, uma grande mulher

Em defesa do Parque da Pedreira Santa LuziaCom o desejo de provocar uma re-

flexão que desperte na sociedade ribei-rãopretana a necessidade de conhecer os valores presentes na natureza, tomamos a liberdade de falar sobre o assunto.

Da relação em diferentes épocas e lugares dos seres humanos entre sí e com o meio físico-natural emerge o que se de-nomina meio ambiente. O meio ambiente precisa do trabalho dos seres humanos para ser construído e reconstruído e, portanto, para ter existência concreta.

A Pedreira Santa Luzia é um patri-mônio do povo ribeirãopretano. Como patrimônio, não poder ser reduzida apenas ao aspecto econômico, uma vez que agrega uma série de outros valores, como o paisagístico, o ecológico, o simbólico e o social.

Atualmente existe uma preocupa-ção mundial com a natureza, o meio ambiente e a qualidade de vida das pes-soas, portanto, espaços como parques precisam ser criados constantemente.

Que existe uma lentidão e até mes-

mo um descaso no desenvolvimento de projetos dessa natureza já sabemos, porém, se o custo para a construção do parque é alto, com certeza isto poderia ser feito através de uma implantação progressiva.

Quando da construção de Brasília perguntaram ao arquiteto Lúcio Costa se ele não faria vias de acesso no gramado da cidades ligando as principais vias públicas. Ele respondeu que não. Ao longo dos anos a própria comunidade local abriria suas trilhas de acordo com suas necessidades e interesses.

Com certeza, com a conscienti-zação e mobilização da comunidade local e da sociedade ribeirãopretana, das muitas Escolas do Bairro, das diversas Universidades que possuem cursos específicos sobre Urbanização, Arquitetura, Gestão Ambiental, da ação da Promotoria do Meio Ambiente, da Câmara Municipal, da Secretaria do Meio Ambiente, seria possível iniciar esse projeto através de ações concretas.

Carta

Família Picão agradece e

complementaTivemos a oportunidade de

conhecer seu jornal, que muito nos interessou, pois as raízes de nossa família estão firmadas na Vila Tibério, conforme publica-do no Jornal da Vila.

Gostaria de acrescentar que a família Picão, que nasceu e cresceu na rua Padre Feijó, era constituída por meus avós, Joaquim Ramos Picão e Maria da Piedade Escaroupa Picão, de nossos tios Dom David Picão, Therezinha e Judith Picão, todos citados na reportagem; porém não foram citados os outros quatro filhos do casal, sendo eles: José, Maria de Lourdes, Maria Apparecida e Arminda.

Quero agradecer a honrosa referência ao meu tio e padrinho Dom David Picão, que tanto contribuiu para o crescimento da Igreja Católica em nossa cidade, e em tantas outras por onde passou. Filho desta terra, porém por muitos já esquecido. Orgulho de meus avós, tios, mãe e de todos nós seus sobrinhos.

Grata pela atenção. Margarida Maria

Picão Emm

É um convite para que toda a sociedade ribeirãopretana repense, a partir da realidade do bairro, o modelo de desenvolvimento que se quer para a cidade como um todo, e busque cons-truir uma sempre renovada relação de acolhimento, respeito e cuidado com todas as pessoas e com a natureza, lutando, com firmeza, contra todas as formas de morte, em defesa da vida, sobretudo a dos mais fracos.

Como disse Jacques Yves Cous-teau, “cada geração ao compartilhar o patrimônio e a herança da Terra, tem o dever como curadora das futuras gerações, de prevenir danos irrever-síveis ou irreparáveis à vida na Terra, e à liberdade e à dignidade humana.”

Carlos A. Noccioli canlli@uol.com.br

Acho que conheço Dona Fiúca Caminiti desde quando nasci.

Minha mãe, Sila Calil Dib, sempre contava que seu pai exigia que as mu-lheres tinham que aprender a costurar e a cozinhar para se casar. Ela aprendeu o ofício com a irmã de Fiúca, Zilá, em uma sala no Casarão da família Rassi, na rua Saldanha Marinho. Contava e ainda conta sobre a famosa costureira de Jardinópolis, e de sua família, prin-cipalmente da irmã Fiúca, que morava na Vila Tibério e criava um monte de filhos adotivos. Eu tinha uns 15 anos e não sei por onde encontramos, e tivemos um amor à primeira vista, se assim pode se dizer.

Era uma criatura amável, de fala mansa, fina, educada, mas acima de tudo,

uma mulher despreendida e generosa, a qualidade que mais admiro no “Ser Humano”. Ficamos amigos e ela sempre mandava talões dos “binguinhos” que fazia no salão que ficava no fundo de sua casa. Meu prazer era vender tudo. E íamos aos sábados comer um franguinho a passarinho, tomar uma cerveja gelada e apostar na sorte. Quase tudo que ga-nhávamos era revertido novamente. Me lembro como se fosse hoje sentados na mesma mesa: Nadir e Cida Aguiar, Anor, Branca e Quita Velludo, Nair Dutra de Carvalho, Nair Marzola e minha mãe. Na segunda, ela ligava agradecendo e já marcava o próximo.

Um dia me chamou para conhecer seus filhos. Eram vários com vida vegetativa e ela tinha um amor admi-

rável. Com isso, cada vez queria cada vez mais buscar recursos para aquela criatura admirável.

Cursei faculdade, mudei de Ribei-rão e não nos falamos mais. Depois tinha notícias pelo seu filho que traba-lhava no jornal Verdade. Tempos atrás, liguei e batemos um papo. Prometi que ia visitar. Com esta vida atribulada não cumpri.

Fiquei mais triste em não saber de sua despedida. Dona Fiúca, fica aqui registrado que a senhora foi uma pessoa que me influenciou muito, e me ensinou o que é amar, e o que é se doar. Obrigado por tudo!

Com lágrimas nos olhos, até um dia!

Amir Calil

Boas novasA novidade desta edição é a

adoção do Parque Maurílio Biagi por uma escola particular que quer envolver seus alunos no processo de revitalização daquela área.

Paralelamente, uma Ong também preocupada com o destino do Par-que, vai promover um evento para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de se preservar nossas áreas verdes.

Resta-nos agora trabalhar para a instalação do Parque da Pedreira Santa Luzia. Foi marcada uma reu-nião na Distrital Sudeste da ACI, aqui na Vila Tibério, para que pos-samos unir os esforços e que nossa voz repercuta. É uma reunião aberta a todos os interessados. Compare-çam no dia 12 de maio, sábado, às 16 horas. Só temos a ganhar.

Nesta edição, tratamos ainda de uma questão que hoje ocorre na Vila Tibério e amanhã pode acontecer na cidade toda:

Pessoas idosas cuidando de pes-soas com mais idade ainda.

O envelhecimento da população precisa ser encarado de forma posi-tiva e é preciso pensar em políticas públicas específicas para este fato, buscando soluções agora para que no futuro saibamos quais as melho-res alternativas.

Ainda nesta edição a história do Grupo de Escoteiros Aimorés e quem são os tiberenses que traba-lham na Paixão de Cristão.

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3Abril de 2007Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila CiDADE

No domingo, 29 de abril, das 9 às 21 horas, a Ong Mais Cidada-nia vai promover um dia de lazer, música, esportes e de atividades coletivas culturais, para despertar na comunidade o verdadeiro sen-tido de espaço público e dar início a um processo de revitalização do Parque Maurílio Biagi.

A partir da verificação da ca-rência da população de espaços públicos que correspondam às necessidades de lazer, esportes e cultura na cidade de Ribeirão Preto e com o propósito de incentivar parcerias entre a sociedade civil e o poder público para o desenvol-vimento de projetos sociais, a Ong Mais Cidadania organizou este dia de lazer no Parque Maurílio Biagi, ao lado da Câmara Municipal, con-vidando toda a população do bairro.

Esta é uma boa oportunidade de levar os filhos e se divertir no par-que que já deveria estar oferecendo diariamente esta oportunidade a todos os moradores das áreas cir-cunvizinhas.

Quem quiser entrar em contato com os organizadores do evento pode ligar no fone 3610-6555, ra-mal 32 e ou 3021-4233 com Tânia.

Dia Mais Cidadania

Domingo, dia 29, tem

festa no Parque Biagi

Colégio quer revitalizar Parque Biagi Câmara quer alterar lei do Plano Viário

O vereador Cícero Gomes da Silva (PMDB), presidente da Comissão de Justiça da Câmara dos Vereadores, pediu à Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Ambiental que altere a lei com-plementar do Plano Viário.

O motivo é o fato de a lei prever uma possível desapropriação de imóveis em algumas ruas que formam o chamado Anel Viário Interno, considerado um dos pontos principais do Plano Viário.

As áreas afetadas na Vila Tibério seriam as ruas Rodrigues Alves, Bartolo-meu de Gusmão e Roque Naccarato, que passariam por um futuro alargamento.

- Se a prefeitura só vai conseguir fazer isso daqui 20 ou 25 anos, para que colocar na lei. Só desvaloriza os imóveis, disse o vereador.

ANEl VIárIo - O anel viário interno nasceria na rotatória Amim Calil, cortaria a Vila Tibério, atravessaria a avenida Bandeirantes e pegaria a Mon-teiro Lobato, seguindo até a Pio XII, na Vila Virgínia. Pela Fiúza chegaria até as avenidas Presidente Vargas e Antônio Diederichsen, e depois faria a ligação com a avenida Maria de Jesus Condeixa, passando pela Clóvis Bevilacqua, che-gando na avenida do córrego Tanquinho, voltando à Via Norte, retornando ao ponto de origem, a rotatória Amim Calil.

aCI SudoesteA Distrital Sudoeste da Asso-

ciação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto, que abrange área da Vila Tibério e Monte Alegre, amplia sua atuação e passa também a orientar as empresas da Vila Vir-gínia e do Parque Ribeirão.

Mais trabalho para o superin-tendente Marinho Muraca.

Vamos lutar pelo Parque da PedreiraParticipe da reunião para

podermos trabalhar coletiva-mente pela construção do Par-que da Pedreira Santa luzia. Dia 12 de maio, às 16 horas, na ACI Sudoeste, rua Conselheiro Saraiva, 436, Vila Tibério.

No dia 14 abril passado, alunos do Colégio Me-todista limparam as esculturas de Bassano Vaccarini e pintaram os painéis que foram alvo das pichações, além de plantar novas mudas de flores e gramíneas, para revitalizar o paisagismo do Parque Ecológico Maurílio Biagi. Participaram também professores e funcionários da instituição.

Inaugurado há pouco mais de 10 anos, o parque abriga quatro painéis criados pelo mestre Bassano Vaccarini, falecido em 2002. O artista plástico, que nasceu na Itália e se mudou para Ribeirão Preto em 1956, declarou que as obras do parque eram um sonho antigo, pois levavam seu trabalho para um local onde ribeirão-pretanos pudessem apreciá-lo.

Sem receber a devida manutenção, o parque se tornou um exemplo da falta de preservação do patrimônio público. Parte das obras de Vaccarini foi depredada e também desgastada pela ação do tempo. O espaço também carece de limpeza e preservação de sua área verde.

“Meu desejo é que a população se sensibilize e comece a ajudar. Dessa forma o parque voltará a ser um espaço de lazer para todos”, comenta Babete Nassif, diretora pedagógica do Colégio Metodista.

Babete, que já conseguiu 15 bancos com pés de ferro e assento de madeira com a família Biagi, bus-ca apoiadores junto à iniciativa privada, pois deseja garantir a instalação de banheiros públicos e de um pequeno palco para eventos artísticos no parque.

- A revitalização do Parque Maurílio Biagi é o pon-to de partida para a nossa Caminhada Ecológica, que será realizada no próximo dia 2 de junho, diz Babete.

A caminhada do Colégio Metodista que tem iní-cio na frente da escola, tinha como destino o Parque Curupira. A partir deste ano, a meta é o Parque Mau-rílio Biagi, onde os alunos poderão por em prática lições de cidadania aprendidas em sala de aula.

Esculturas foram lavadas, a grama foi podada eos canteiros receberam tratamento paisagístico

Palestra sobre Psicologia Social e Comunitária

A Amovita (Associação dos Moradores da Vila Tibério e Adja-cências), vai promover palestra com o Prof. Dr. Sérgio Kodato, da USP-RP, dia 26 de abril, às 20h, no Salão Paroquial da Igreja N.S. do Rosário (entrada pela Conselheiro Dantas).

A Associação também vai apre-sentar suas atividades.

4 Abril de 2007 Valorize o que é seu. Compre no comércio da VilaHistóriA

O Grupo Escoteiro Aimorés foi fundado em 19 de setembro de 1947 pelo professor Lourival Rodrigues, no então 3º Grupo Escolar (hoje Sinhá Junqueira), que teve o apoio de muitos professores.

Os primeiros participantes eram os alunos da própria escola, e várias campanhas de incentivo e financeira foram realizadas para o organização do mesmo. Entre os colaboradores constam os Irmãos Oranges, Arthur Franklin de Almeida, Carmem de O.P. Arruda, Matilde Xavier da Costa, Gló-ria Santos Moreira, Domingos Faro, Luís Spadaro Júnior, Antônio Buischi, Mariinha Ramos, Hilda Ramos Rocha, Ilce Ramos Barbosa e outros.

A partir de 1960, os grupos exis-tentes na cidade foram se dispersan-do, pois os alunos não demonstraram interesse e, entre todos, só os Aimo-rés permaneceram em atividade até o ano de 1974, sob a chefia de José Be-nedito Campos Leite e seu assistente, Adhemar Pedro de Souza. Campos Leite idealizou as cores, o lenço e conduziu o grupo até 1974, quando já doente, os Aimorés encerraram as atividades.

Após este período, Ribeirão Preto permaneceu cerca de 13 anos sem qualquer atividade escotista.

Em 1987, o prof. Lourival Rodri-gues retorna à escola e reativa o grupo Aimorés, juntamente com a diretora sra. Fini Golmia e diversas pessoas do bairro, entre elas Aurélio E. Martins,

O Grupo de Escoteiros aimorés vai comemorar 60 anos de atividades

Sílvio Augusto Malvestio e a sra. Aparecida Campos Leite.

O grupo manteve atividade na es-cola Dona “Sinhá Junqueira”, porém, em 1990, problemas de saúde afasta-ram o chefe Lourival do movimento escoteiro e os Aimorés tiveram que mudar do local.

Com o auxílio de Sérgio Pires, o grupo transferiu-se para um espaço no Bosque Municipal, onde ficou até 1996 e finalmente foi para o Horto Municipal, onde desenvolve as suas atividades até os dias de hoje. É composto por 250 pessoas e está entre os cinco maiores grupos do Estado de São Paulo.

Seus atuais dirigentes são: Sílvio Augusto Gaspar Malvestio (diretor presidente) Jader Aluízio Marques (diretor e vice-presidente).

O grupo está aberto à participação de todos os interessados.

Meninos e meninas, com idade su-perior a sete anos podem fazer parte do grupo, com a idade se estendendo até os 21 anos. A partir desta idade é pos-sível participar como adulto voluntário.

Horário de atividades: aos sábados das 14 as 17h30. local: a sede fica na avenida Manoel Antonio Dias s/n, no Horto Municipal.

G.E. aimorés

O chefe escoteiro José Benedito Campos Leite, em foto de 1964, e

abaixo, seu neto, Fabrício Campos Burn, filho do também escotista

José Antônio Campos Leite

GE Aimorés, em frente ao Sinhá Junqueira, em 1964

O inglês Robert Stephenson Smyth Baden-Powell foi o fundador do Escotismo.

Quando terminou os estudos secundá-rios, Baden-Powell ingressou no exército. Como oficial de carreira viajou muito; conheceu tribos de guerreiros da África, va-queiros americanos e conviveu com índios da América do Norte; estes conhecimentos tiveram grande influência na criação do Es-cotismo. Escreveu um livro para explorado-res do exército que continha ensinamentos de sobrevivência em regiões selvagens. Em 1907 realizou um acampamento na Ilha Bro-wsea (Canal da Mancha), com 20 rapazes de 12 a 16 anos, onde ensinou noções de primeiros socorros, observação, técnicas de segurança, etc.

Centenário do escotismo mundialDepois Baden-Powell escreveu o livro

Escotismo para rapazes, que foi publicado em fascículos quinzenais e vendido nas bancas de jornais.

Os jovens ingleses se entusiasmaram com o livro, e Baden-Powell organizou e fundou o Movimento Escoteiro.

Rapidamente o Escotismo espalhou-se por vários países do mundo. No Brasil o Escotismo foi fundado em 1910 na cidade do Rio de Janeiro.

No primeiro acampamento interna-cional que os Escoteiros chamaram de “JAMBOREE”, realizado na Inglaterra, Baden-Powell foi aclamado como Escoteiro Chefe Mundial, pelos mais de vinte mil jovens presentes.

Os Aimorés, na Esplanada do Theatro Pedro II, em 1956

Já fui aimoré, com muito orgulhoSanção Fernandes

Lamas Filho (foto) entrou para o Grupo Escoteiro Aimorés em 1953 e ficou até o ano de 1956, que foi muito marcante para todo o grupo, quando Ribeirão Pre-to comemorava seu centenário de fundação. Além de todas as festividades, com intensa participação da banda dos Aimorés, o então presidente da República, Juscelino Kubitschek, visitou a cidade.

- Foi o presidente mais demo-crático do país, afirma Sanção.

A banda era composta por uma fila de surdos, uma de re-piques e três com caixinhas de

guerra, que tinha cordas de violão embaixo.

Os principais instru-tores daquela época eram o prof. Lourival, como coordenador, a profa. Salvina, que cuidava das Bandeirantes e o João Amâncio, dos Lobinhos.

- O professor Louri-val também era músico e acabou se casando com a profa. Salvina, lembra Sanção.

Fizeram parte deste grupo os colegas Luiz de Castro, os irmãos Valter e Valério Veloni, Sérgio Rocha, Gilberto Cabral e os irmãos Ivan e Irineu Rossi.

- Uma época que deixou mui-to orgulho, diz Sanção Lamas Filho.

5Abril de 2007Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila GEntE

a sobrinha que é filha, mãe e irmã e cuida de

dona aparecida

as centenárias da Vila e seus cuidadores

Ribeirão Preto ainda é uma cidade jovem. Pelo censo do IBGE de 2000, Ribeirão tinha 6,31% de sua população com mais de 65 anos, enquanto a Vila Tibério tinha um índice de 14,13%. A capital brasileira com o maior índice de longevos é o Rio de Janeiro, com 12,8% com mais de 60 anos.

População com mais de 65 anos em rP

População com mais de 65 anos na Vila

Censo IBGE - 2000

Os habitantes da Vila Tibério re-presentavam apenas 3,89% do total da população da cidade, mas os morado-res da Vila, com idade superior aos 80 anos, chegavam a 9,54% da população da mesma faixa etária do município.

Estes números exigem políticas públicas específicas, com programas

a longeva Vila tibérionas áreas de saúde, esporte, cultura, lazer e principalmente um trabalho de assistência social.

Na matéria abaixo, exemplos de fa-mílias que se dedicam aos seus idosos. Tarefa que exige tempo, dedicação, uma força de vontade dignas de elogios e que também é feita por idosos. Censo IBGE - 2000

a centenária albertina com seus filhosAlbertina Maria de Jesus

nasceu em 20 de janeiro de 1907, no distrito de Sertãozinho e depois de trabalhar em diver-sas fazendas veio para Ribeirão Preto em 1969. Ficou viúva nova, com nove filhos.

Até os 92 anos cozinhava, cuidava da horta e fazia de tudo. Um acidente com fratura de fêmur obrigou dona Albertina a parar.

Hoje ela depende dos filhos

para comer, tomar banho e se locomover.

De seus seis filhos vivos, cinco moram com ela: Maria José (60 anos), Zulmira (62), Luíza (73), Alcides (77) e Edu-ardo (80). Quase todos aposen-tados, o que facilita a atenção que é dispensada à mãe.

- Cada um faz um pouco, diz Eduardo.

Ela tem 9 netos, 8 bisnetos e uma tataraneta a caminho.

Maria Aparecida Parreira, com 65 anos, cuida de sua tia e mãe adotiva, Aparecida Rodrigues Pimenta, com 83 anos, que sofre do mal de Alzheimer já há uns sete anos, além de diabetes e pressão alta.

a centenária Nella e a irmã aparecida adélia com a filha Wilma e a neta CidaAdélia Virgínia Polesel Du-

arte nasceu em 25 de janeiro de 1908, em Ribeirão Preto.

Foi casada com o ferroviário Antônio Duarte, de cuja união nasceram os filhos Herminda, que se casou com José Cana-vacci; Alice, que faleceu ainda criança; Pedro, que se casou com Alice Missão; e Wilma, que cuida da mãe até hoje.

Dona Adélia cozinhava até uns anos atrás, mas duas pneu-

monias deixaram-na abatida.Wilma, com 65 anos, apo-

sentada de A Modelar, dedica-se 24 horas e cuida da alimenta-ção, do banho e das roupas de dona Adélia.

Aparecida Conceição Cana-vacci, neta de dona Adélia, diz que é preciso deixar a avó fazer alguma atividade física para se sentir útil, além de fazer.

Dona Adélia tem 10 netos e 16 bisnetos.

Nella Paschoalim nasceu em 2 de novembro de 1906, na fazenda Monte Alegre e veio com a família para a Vila Tibério em 1940. Junto com a mãe costuravam para fora. Nella é solteira.

Aparecida Paschoalim Moreira, com quase 80 anos, cuida da irmã, Nella, e do filho Álvaro, com 55 anos, que é especial e estuda na APAE.

Aparecida, muito disposta, cuida da casa e ainda dirige. Diz que Nella não enxerga cem por cento, tem um pouco de surdez e precisa controlar a pressão, mas quase não dá trabalho.

- Ela toma banho sozinha pedindo ajuda apenas para se trocar, afirma dona Aparecida.

- Gosto de cozinhar, mas ela não deixa, reclama Nella.

Maria Aparecida, que é promotora de vendas aposentada, cuida totalmente da tia e conta com a ajuda de uma senhora somente para o banho. A tia tem poucos momentos de lucidez.

- Só peço a Deus muita saúde, para poder cuidar dela, afirma Maria Aparecida.

6 Abril de 2007 Valorize o que é seu. Compre no comércio da VilasOCiEDADE

Em noite do colar de pérolas e broches de brilhantes que reuniu a família Approbatto: Luceli, Rita, Nancy,

Maria Cecília, Inês e Andréia

Olga Novas comemorou seus 80 anos com uma festa organizada pelos filhos Neusa Cabrera, Capela Novas e Bete Pepe

No casamento cinematográfico de Andressa e Erick

Frateschi, no Vitória Hill:

Clever de Souza, Roberto Approbatto Júnior e Fernando César Approbatto

aniversariantes

Jair Fernandes Cabrini e seu sobrinho Daniel Brunelli Cabrini são aniversariantes de abril. Jair, que é sócio da Regional Materiais Elétricos, comemorou no dia 15 e Daniel, que é vendedor da empresa, no dia 14.

Moradores da Vila Tibério falecidos de 16/3 a 18/4/2007 atendidos pela Organização

de Luto Baldocci

osvaldo Ferreira da Silva(Wadinho) rua Santos Dumont

* 2/2/1936 + 181/4/2007

Francielli Minelli Ditadi faz 16 anos dia 23. É estudante do 2° colegial, gosta de ler livros e adoro mexer no computador! Pretende cursar Biologia.

É evangélica, faz parte da equipe de louvor de jovens da igreja apostó-lica Fonte da Vida e também do coral Salvasoul. Afirma que seu objetivo é resgatar almas para Jesus e que sua maior paixão é louvar ao Senhor!

a DigitalAilton Pereira é o proprietário

de A Digital , que está há 15 anos na Padre Feijó, onde presta servi-ços de assistência técnica e vende calculadoras, fax e impressoras fiscais.

Mudas frutíferas e ornamentaisSabendo que a Vila Tibério

tem menos árvores do que precisa, nas ruas e nos quintais, Marcão Zorzetto resolveu apostar no ramo de atividade que ele considera da maior impotância para os moradores.

Além do proble-ma local do bairro ser um dos mais quentes de Ribeirão, também o efeito estufa, em escala mundial chama a atenção para a ne-cessidade de termos muitas árvores.

Assim, quem quiser investir no futuro do planeta deve procurar a loja do Marcão, na esquina da rua Dr. Loyolla com a Gonçalves Dias.

7Abril de 2007Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila sAúDE

Dúvidas sobre medicamentos e manipulações podem ser esclarecidas

nas seguintes farmácias da Vila tibério:

Orientação Farmacêutica

O crescimento da popu-lação idosa é uma realidade mundial. No Brasil iniciou-se na década de 70 e trouxe consigo diversas transfor-mações que significaram um cuidado melhor com este grupo. Estudos realizados com pessoas acima de 60 anos demonstram que a maior preocupação de quem se vê envelhecendo é chegar à terceira idade (ou Me-lhor Idade, como também é conhecida) sem ter uma doença que comprometa sua capacidade funcional, que limite seu dia a dia e que a torne dependente de outras pessoas. Ou seja, a maioria ainda considera a saúde como o bem de maior valor. Que bom!

Entre muitos outros cui-dados notamos a crescente necessidade da fotoprote-ção já que o sol é o maior

Cuidados na terceira idade

responsável pela depleção cutânea (foto envelheci-mento). A exposição ao sol de toda uma vida tem efeito cumulativo e os danos se manifestam em idades avançadas como queratoses, manchas e fissuras da pele-pêlo ressecamento natural da idade - sendo o pior dos danos, o câncer de pele.

O idoso deve preocupar-se em cuidar da pele o quan-to antes, usando hidratantes pós banho e fotoprotetores (filtro solar) adequados o seu tipo de pele diariamente para manter a boa funcio-nalidade cutânea e assim, não apenas tratando mas, principalmente, prevenin-do doenças e problemas decorrentes da exposição ao sol e da própria idade, contribuindo assim com a melhora da qualidade de vida

Ana Maria Pavanelli BezzonFarmacêutica - Pharmacos

Camomila e Bem-me-Quer - Fone: (16) 3630-3598 - Rua Martinico Prado, 1.181

Flor & Erva - Fone: (16) 3636-8623Av. do Café, 375

Pharmacos - Fone: (16) 3625-5371Rua Conselheiro Dantas, 1.087

Doce Vida - Fone: (16) 3625-8172Rua Bartolomeu de Gusmão, 763

Ética - Fone: (16) 3610-6501Rua Luiz da Cunha, 839

Secretaria da Saúde alerta contra furtosNo início do mês de abril, uma

mulher de cabelos pretos, longos, vestindo jaleco branco, furtou três residências na Vila Tibério.

Ela se apresentava como agente da Saúde, pedia para verificar os documentos para recadastramento e se o idoso a deixava entrar, ela se oferecia para “ajudar” a procurar os documentos e furtava cartões de banco.

Foram acionadas as polícias Civil e Militar e, a partir daí, não houve mais nenhuma ocorrência.

O secretário da Saúde dr. Oswaldo Cruz Franco falou para o Jornal da Vila recomendando que se o morador não conhecer o agente de saúde ou desconfiar de alguma coisa deve ligar para para o Disk-Dengue, 3626-9535, CSE - 3931-3525 ou UBS da Vilta Tibério - 3630-6964.

O secretário da Saúde dr. Oswaldo Cruz Franco

DesApAreciDA Está desaparecida uma cachorri-

nha vira-lata com pintcher, cor preta com patas cor de caramelo. Criança ficou doente. Paga-se recompensa. Fone (16) 3633-0355 ou Rua Paraíso 1.022 - V. Tibério

Dr. Franco relatou que estes fa-tos coincidiram com a implantação de um projeto piloto com o objetivo de diminuir a infestação de roedo-res em Ribeirão Preto. O trabalho, feito em conjunto pelas secretarias da Saúde e Infra-estrutura, além do Daerp, Fiscalização Geral e Guarda Civil Municipal começaram pela

Vila Tibério, conta com a partici-pação de 35 funcionários. A área abrangida pelo projeto tem quatro mil imóveis e uma população de 15 mil pessoas.

A intenção é realizar a limpeza de bocas-de-lobo, poços-de-visita, desobstrução de galerias de águas pluviais, coleta de galhos e entulhos, operação tapa-buraco, roçada e lim-peza de terrenos e praças, ao lado de visitas casa-a-casa, por funcionários do Daerp e agentes de Vetores, para identificação de situações de risco, orientação à população para preve-nir a presença de roedores e busca de possíveis doentes na área, que, se existentes, serão encaminhados para as Unidades de Saúde.

F.: 3011-1321

Anuncie no JoRnAL dA VILAO jornal que contaa história da gente

8 Abril de 2007 Valorize o que é seu. Compre no comércio da Vila

A rua Constituição começa na rua Martinico Prado e termina na via do Café.

No início moram as famílias Al-meida, Borges, Primo, Matthes, Simões, Nóbrega, Próspero, Pereira, Centorbi, Ruzene, Biaggio, Rodri-gues, Villela, Trombela, Galardino-wait, Bernardi e Innocente.

Estão os Villas Boas, Martins, Campos, Osuna, Pugas, Santos, Fonzar, Miranda, Nemoto, Portella, Navas, Guarnieri, Kato, Calvo, Mon-teiro e Dovigues.

Depois os Bianchini, Oliveira, Pagano, Cunha, Novaes, Barbosa, Oliveira, Storch, Castro, Guimarães, Rachel, Cândido e Rocha.

Moram as famílias Ferreira, Fi-gueiredo, Ferreira, Braidoti, Dias, Martins, Cândido, Trochinski, Souza, Laurindo, Calcavara.

Estão os Coutinho, Abramo, Ci-cillini, Dassie, Girardi, Pecego, San-tos, Rocha, Saffo, Anselmo, Figuei-redo, Zuquerato, Perboni e Coelho.

Moram as famílias Plácido, Perici-ni, Roberto, Costa, Paulelli, Batista, Satzinger, Fritoli, Baptistão, Lopes, Simões, Cézar, Donane, Sampaio, Shimoki, Menegon, Rodrigues, Felí-cio, Martelli e Ferreira.

Estão os Capeli, Nero, Pinatti, Pit-ta, Neves, Soares, Franco, Palaretti, Breda, Gobbo, Fernandes, Lepera, Assis, Lebera, Bíscaro, Carvalho, Fukushima, Zapolla, Minchio e Magnani.

EspECiAL

Se essa rua fosse minha...Constituição

Homenagem à Carta Magna da República de 1889, promulgada a 24 de fevereiro de 1891. Foi a primeira Constituição republicana.

Após o início da República havia a necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ain-da seguia os ideais da monarquia. A Constituição de 1891, garantiu alguns

Uma das ruas tradicionais da Vila

ruA PADrE FEIJó - a Sorveteria Passeto, de propriedade do Sr. João Passeto e D. Lúcia e seu filho João-zinho, onde hoje é a sacaria Gival, na Padre Feijó com a Martinico Prado, funcionou de 1968 até 1980, rece-bendo os moradores para saborear os deliciosos sorvetes e picolés, que eram feitos à vista do cliente.

Se alguém não foi lembrado, favor enviar email parajornaldavila@gmail.com

ou ligar para 3011-1321 e falar com Fernando.

avanços políticos, mas com algumas limitações, pois representava os inte-resses das elites agrárias do país.

A nova constituição implantou o voto universal para os cidadãos (as mulheres, os analfabetos e os militares de baixa patente ainda ficaram de fora). A constituição instituiu o presidencia-lismo e o voto aberto.

tiberenses na Paixão de Cristo

Maria é representada pela tiberense Luzinete Soares Albernaz

A Caminhada do Calvário, que há 25 anos atrai fiéis em Ribeirão Preto, reuniu cerca de 3 mil pessoas na sexta-feira da Paixão, durante seu trajeto com saída da Esplanada do Theatro Pedro II e chegada no Alto do São Bento.

A caminhada contou com a parti-

cipação de 160 atores, caracterizados com figurinos de época. O espetáculo encena o aniversário do Rei Herodes, cerimônia do Lava Pés, Santa Ceia, trajeto da Via-Crúcis, crucificação, morte e ressurreição de Jesus.

O projeto é realizado anualmente em Ribeirão Preto, sob direção do professor Osmani Antônio de Oliveira.

Entre os muitos atores destacamos o tiberense José Luís Fernandes, da Toco Locação de Mesas, que repre-senta há três anos Herodes e há seis Barrabás. No presépio vivo Toco se apresenta como pastor. Estão presentes também sua filha Alana e a afilhada Syara, como princesas.

Destacamos Luzinete Soares Al-bernaz, da Disk Vacinas, que representa Maria há cinco anos, mas está na Pai-xão desde o início. Seus filhos Herbert

José Luís Fernandes, o Toco, representa Herodes e Barrabás

faz um assaltante e Sthefani é uma das meninas roubadas.

Também fazem parte do elenco Idel-ma Goulart dos Santos, que faz o papel de uma das leprosas e Carlos Eduardo (Kadu), que é um dos soldados.

No dia 29 de abril, às 16h30, haverá uma apresentação do filme da Caminhada do Calvário 2007 no Cine-clube Cauim, Rua São Sebastião, 920.

Residem as famílias Monteschi, Clemêncio, Vittori, Arosti, Gutierre, Abdalla, Santos, Benevides, Nasci-mento, Daniel, Hernandes, Maciel e Sordi.

No comércio temos a Tapeçaria Portugal, na esquina com a Martinico Prado, a Oximaster Gases Hospitala-res, a Disk Doces, onde funcionaou por muitos anos a famosa Jowal, a Tipografia Silva, a empresa de Ca-çambas Alemão, a Auto Mecânica Dinho, a House PC Informática, a Ar Condicionado Sandrini, a Lufa Papelaria, a Clínica de Psicologia e Escola de Reforço Ápice, a Escola Infantil Estrelinha do Saber, o Glutu’s Salgados, A Perfeisom, o Som & Ilu-minação Big Explosion, o Adesivos Serigraf, a Padaria Nossa Senhora Aparecida e o Eletromed Comerciais.

F.: 3011-1321

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