jornal do vila união março de 2013

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1 1 INFORMATIVO DO VILA UNIÃO ANO I Nº 01 • MARÇO DE 2013 Breve História do Vila União Fundado pela Prefeitura de Fortaleza em 23 de agosto de 1940. Antes de ser chamado Vila União, o bairro restringia-se a latifúndios, propriedade da Sra. Maria da Conceição Jacinto, que em 1938 vendeu-as para o Dr. Manuel Sátiro, que logo loteou as terras. PÁG. 04 História das Ruas A Avenida que homenageia o aniversário de Fortaleza S e perguntarmos aos moradores do nosso bairro qual de nossas ruas que homenageia o aniversário de Fortaleza, com certeza a resposta será a mesma da dona de casa Maria José Rodrigues de 66 anos, “Não sei, não tenho a mínima ideia”. O que ela nem imagina é que mora justamente na avenida que recebeu o nome da data de fundação da nossa cidade. Ao ser indagado sobre o motivo da rua onde mora se chamar 13 de Abril, dona Maria José conta que Antes se chamava Padre Ambrósio Machado e depois chegou a correspondência com o nome de 13 de Abril. PÁG. 02 Esportes Campeonato Society A Liga Desportiva do Vila União vem falar com muito entusiasmo das competições de futebol amador. PÁG. 03 Espiritualidade O bairro concentra um grande número de cristãos. A maior parte é católica, mas abriga também diversas de- nominações religiosas, como os evangélicos, umband- istas, testemunhas de Jeová, mórmons, espiritas, etc. PÁG. 08 Vila União, um bairro com diversidade religiosa Tudo aqui começou Com um bom loteamento Terras que foram compradas Para um investimento E aqui surgiram familias Vendo assim o crescimento O comprador dessas terras Veio lá de “união” Hoje é jaguaruana A cidade do sertão Foi assim que nosso bairro Se chamou vila união A lagoa já existia Só com o nome de “paia” Devido a um morador antigo Que semprea vigiava Só tomava banho nela Quem o homem autoriza A praça do nosso bairro Ela foi inaugurada No dia oito de dezembro Ao povo foi consagrada No ano se sessenta e oito E sempre foi reformada A maçonaria teve Papel na educação Ajudando os moradores Na alfabetização Criando a primeira escola No bairro vila união O transporte era difícil Se usava camionetas E o ônibus do montese Vinham em horas incertas Até que uma empresa Veio com planos e metas Um problema muito antigo Sempre foi a segurança Um posto policial Era nossa confi ança Que atendia o povo Com bastante esperança No bairro vila união Moradores eram lembrados Zé do buzo o informador de ruas João birro era muito engraçado Jair morais e o beto gaudêncio São artistas destacados Perto da rodoviária Tem áreas de lazer Próximos do aeroporto Várias pra você escolher Este é um bairro central Muito bom pra se viver Em vinte e três de agosto La no ano de quarenta (1940) Foi fundado este bairro Que cresceu de forma lenta Parabéns vila união Que passaste dos setenta. Vila União em Cordel Autor: José Iran da Silva (filho do Zé do Buzo)

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Page 1: Jornal do vila união Março de 2013

JORNAL DO VILA UNIÃO 1Fortaleza, Março de 2013 JORNAL DO JARDIM AMÉRICAFortaleza, Setembro de 2011 1

INFORMATIVO DO VILA UNIÃO • ANO I • Nº 01 • MARÇO DE 2013

Breve História do Vila União

Fundado pela Prefeitura de Fortaleza em 23 de agosto de 1940. Antes de ser chamado Vila União, o bairro restringia-se a latifúndios, propriedade da Sra. Maria da Conceição Jacinto, que em 1938 vendeu-as para o Dr. Manuel Sátiro, que logo loteou as terras.

PÁG. 04

História das Ruas

A Avenida que homenageia o

aniversário de Fortaleza

Se perguntarmos aos moradores do nosso bairro qual de nossas ruas que homenageia o aniversário de Fortaleza, com certeza a resposta será a mesma

da dona de casa Maria José Rodrigues de 66 anos, “Não sei, não tenho a mínima ideia”. O que ela nem imagina é que mora justamente na avenida que recebeu o nome da data de fundação da nossa cidade. Ao ser indagado sobre o motivo da rua onde mora se chamar 13 de Abril, dona Maria José conta que Antes se chamava Padre Ambrósio Machado e depois chegou a correspondência com o nome de 13 de Abril.

PÁG. 02

Esportes

Campeonato Society

A Liga Desportiva do Vila União vem falar com muito entusiasmo das competições de futebol amador.

PÁG. 03

Espiritualidade

O bairro concentra um grande número de cristãos. A maior parte é católica, mas abriga também diversas de-nominações religiosas, como os evangélicos, umband-istas, testemunhas de Jeová, mórmons, espiritas, etc.

PÁG. 08

Vila União, um bairro comdiversidade religiosa

Tudo aqui começouCom um bom loteamentoTerras que foram compradasPara um investimentoE aqui surgiram familiasVendo assim o crescimentoO comprador dessas terrasVeio lá de “união”Hoje é jaguaruanaA cidade do sertãoFoi assim que nosso bairroSe chamou vila uniãoA lagoa já existiaSó com o nome de “paia”Devido a um morador antigo

Que semprea vigiavaSó tomava banho nelaQuem o homem autorizaA praça do nosso bairroEla foi inauguradaNo dia oito de dezembroAo povo foi consagradaNo ano se sessenta e oitoE sempre foi reformadaA maçonaria tevePapel na educaçãoAjudando os moradoresNa alfabetizaçãoCriando a primeira escolaNo bairro vila união

O transporte era difícilSe usava camionetasE o ônibus do monteseVinham em horas incertasAté que uma empresaVeio com planos e metasUm problema muito antigoSempre foi a segurançaUm posto policialEra nossa confi ançaQue atendia o povoCom bastante esperançaNo bairro vila uniãoMoradores eram lembradosZé do buzo o informador de ruas

João birro era muito engraçadoJair morais e o beto gaudêncioSão artistas destacadosPerto da rodoviáriaTem áreas de lazerPróximos do aeroportoVárias pra você escolherEste é um bairro centralMuito bom pra se viverEm vinte e três de agostoLa no ano de quarenta (1940)Foi fundado este bairroQue cresceu de forma lentaParabéns vila uniãoQue passaste dos setenta.

Vila União em Cordel Autor: José Iran da Silva (filho do Zé do Buzo)

Page 2: Jornal do vila união Março de 2013

JORNAL DO VILA UNIÃO Fortaleza, Março de 20132

Editorial

Um Projeto ousado e benéfico mudará para melhor, o hábito da leitura e ação de nossos mo-

radores: O JORNAL DO VILA UN-IÃO. Projetado por meio de convicção e necessidade, promovido entre mora-dores interessados no bem estar da co-munidade, representa uma ferramenta de comunicação envolvendo todos os seguimentos de nosso bairro. A falta de comunicação entre moradores causou, nos últimos anos, grandes percas sociais na nossa comunidade e para acompan-har o ritmo acelerado do crescimento que ora acontece por aqui, devemos ter noção do grande potencial que temos e traduzir melhor o grande empreendi-mento que se tornou o belíssimo Vila União. Após suprirmos algumas defi-ciências de estrutura urbana, mediante a ocupação de vários aparelhos públicos e da implantação de grandes empresas pri-vadas para exploração de atividades co-merciais, nos colocamos como uma das grandes fontes de emprego e renda da cidade. Este novo esforço para mostrar o que o Vila União tem de potencialidade e atrativo, em termos sócio-cultural e ambiental, prevê a transformação de ideias em projetos arrojados e voltados para nosso progresso e benefício glob-al. A intenção inicial dos idealizadores deste projeto é de valorizar nosso bairro perante a grande família de moradores e clamar por apoio em defesa de nosso maior bem e patrimônio natural, a lagoa do Opaia. Esta comunidade deve ser colocada entre os grandes projetos de execução para melhorias merecidas e há muito reclamadas e ignoradas pelo poder público desta cidade.

A Educação Homofóbica e

Machista da nossa sociedade

D ia desses encontrei por acaso com um HSH (lê se homens que fazem sexo com homens)

e ele me contou um breve instante da sua vida. Disse-me que na sua ado-lescência um cabeleireiro gay gostou

dele e começou a assediá-lo. Ao contar as investidas para a mãe, o rapaz foi orientado pela mesma, para que recebesse tudo que o cabeleireiro pudesse dar, mas sem satisfazer a vontade

sexual deste último. Neste pequeno exemplo prático, da vida cotidiana, eu pude constatar como a nossa so-ciedade ainda é extremamente machista e homofóbica. Ao ponto de uma mãe, mandar o seu filho usurpar tudo que ele puder de um homossexual, muitas vezes carente de amor, para obter vantagem em cima disso. Ainda assim, com milhares de exemplos desses Brasil afora, parlamentares fundamentalistas como Jair Bolsonaro (PP), tentam alienar a mente das pessoas afirmando que o Ministério da Educação quer transformar as crian-ças de 6 a 8 anos em homossexuais. É o que convenho chamar de Síndrome de Bolsonaro. O deputado parece que subestima a inteligência do nosso povo. O tal do “kit” que Bolsonaro tanto bradava contra, é apenas um material didático com vídeos e panfletos que orientam professores do ensino médio, sobre como reagir em ca-sos de bulling homofóbico nas escolas que solicitassem o material. Entretanto, a manobra política falou mais alta e alguns políticos evangélicos e católicos se utilizaram da chantagem para pressionar a presidente Dilma para boicotar o “kit”. Vemos aí o quanto eles são inescrupu-losos. Que cristianismo não?!?

Uma educação valorativa e positiva em relação à diver-sidade sexual para crianças a partir dos sete anos é uma determinação da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) que coin-cidentemente aprovou o kit anti-homofobia. A educação é o único meio em longo prazo, capaz de desconstruir o preconceito e combater a discriminação. Portanto, um instrumento extremamente potente para extinguir com a violência aos homossexuais. É fato que leis são im-portantes, e os países desenvolvidos são a prova de que elas são eficazes quando bem aplicadas. Mas só surtiram efeito porque nestes mesmos países a educação sempre esteve em primeiro lugar, inclusive a educação para obe-decê-las. Para alguns, a melhor maneira de tratar os ho-mossexuais é não fazê-los mal, ou mesmo fingir que eles não existem, como se isso também, não fosse uma forma de violência. O melhor seria não ignorá-los, pois eles ex-istem e isso é fato, tratá-los com respeito e agir normal-mente. O que temos principalmente que compreender é que a homossexualidade não é doença! Desde 1992, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou dos seus quadros o CID (Classificação Internacional de Doenças) 302.0 que considerava o homossexualismo uma doença. Também não é anormal! O Conselho Federal de Psico-logia do Brasil proibiu qualquer tentativa de tratamento a homossexuais. E Não é pecado! Jesus Cristo jamais pregou contra.

Inácio SousaAtivista LGBTT do Ceará eEstudante de JornalismoFaculdades Nordestee-mail: [email protected]

Para alguns, a melhor maneira de tratar os homossexuais é não

fazê-los mal, ou mesmo fingir que eles não existem, como se isso também, não fosse uma

forma de violência.

O Jornal do Vila União é uma publicação do grupo UVU (União Vila União) com sede no bairro Vila União. Direção Geral: Ed-nardo Lima(Ezão); Edição de Texto: Inácio Sousa; Diretora Comercial: Erika França; Diagramação: Anderson Castelo; Report-agens: Erika França, Geraldinho, Inácio Sousa, Daniel Honorato e Abigail Pontes; Tiragem: 3.000 exemplares. Distribuição: Gratuita; Contato: UVU – Rua Almirante Rufi no, 105 A - Vila União - CEP: 60420-070 Fortaleza/ CE. Fones: Produção de matérias: 88220524/ Anú cios: 88836620 / Outras Informações: 87039974 e [email protected].

Expediente

Se perguntarmos aos moradores do nosso bairro qual de nos-

sas ruas que homenageia o aniversário de Fortaleza, com certeza a resposta será a mesma da dona de casa Maria José Rodrigues de 66 anos, “Não sei, não tenho a mínima ideia”. O que ela nem imagina é que mora justamente na avenida que recebeu o nome da data de fundação da nossa cidade. Ao ser indagado sobre o motivo da rua onde mora se chamar 13 de Abril, dona Maria José conta que An-tes se chamava Padre Am-brósio Machado e depois chegou a correspondência com o nome de 13 de Abril. Segundo a Secretaria de Infraestrutura de Fortaleza (Seinf), a Avenida 13 de Abril ou “baixada” como costumam chamar alguns moradores, foi fundada oficialmente comoavenida por meio da lei municipal 3.729, de 1969. Ela foi cria-da a partir de trechos da Rua Professor Costa Mendes, Padre Ambrósio Machado, Santa Luzia e Santa Qui-téria. O sentido da avenida era Leste-Oeste. Quando foi criada, compreendia trechos dos bairrosVila União e Bom Futuro, entre o ramal férreo Parang-

aba/Mucuripe e Avenida Gonçalves Dias. No mapa da cidade, datado de 1973, a Avenida 13 de abril fi cava entre a Rua Padre Pia-marta e a Avenida Luciano Carneiro. Hoje, porém, a avenida perdeu a denomina-ção e voltaram as denomi-nações dos trechos antigos: Rua Santa Luzia, Ambrósio Machado e Santa Quitéria. Ainda segundo o Jornal “O POVO”, a 13 de Abril gan-hou esse nome porque, em algum momento da breve história da capital cearense, o prefeito Juraci Magalhães (1932-2009) resolveu hom-enagear a cidade. No sentido norte a sul duasruas Moacir Machado e Gonçalo Souto fi ndam na 13 de Abril, duas cortam transversalmente Jorge Acú cio e Alberto Montezuma, quatro iniciam no sentido sul a norte Edgar Pinto Filho, João Araripe, Moreira Gomes e Artur de Carvalho, fi ndando na Avenida Luciano Carneiro. Ainda na Avenida 13 de Abril, se localizam o Sindi-cato dos Policiais Federais do Ceará, a fábrica de con-fecção Amarelô e dois eq-uipamentos municipais: a escola e creche Papa João XXIII.

A Avenida que homenageia o aniversário de Fortaleza

História das Ruas

Por Inácio Sousa

Page 3: Jornal do vila união Março de 2013

JORNAL DO VILA UNIÃO 3Fortaleza, Março de 2013

A LIGA DESPORTIVA DO VILA UNIÃO vem falar com muito entusiasmo das

competições de futebol amador. Esta é a 23ª edição das competições realizadas pela nossa entidade junto à comunidade local e adjacências, envolvendo mais de 1.200 atletas. Elas estão assim distribuídas:• CAMPEONATO DE VETERANOS (10 EQUIPES)(Sem Nome, Vila Velha, Real Madri, Rasguinha, Swing, Cebolão, Paissandú, Ajax, Barcelona, L.G.).• CAMPEONATO DA 2ª DIVISÃO (12 EQUIPES)(Vila Real, União, Revoltados, Carrerinha, Julio Verne, J.B, Trepidantes, CTB, Os Plays, Piriquitos, Lineu Juca e Saturados).• CAMPEONATO OFICIAL NOVOS (16 EQUIPES)

(Galácticos, PSG, Swing, Prova de Fogo, Mont Hell, L.G, Peulinha, C.T, Maluquinho, Novo Ideal, Sport Boys, T.B, Papão, I.B, 3 de Agosto e Camaradas). O grande objetivo desta realização é a inclusão social através do esporte, não podemos deixar de ressaltar o compromisso com a integração, diversão, participação, disciplina, educação, aplicação de valores e geração de renda.

Bola da VezPor Ezão

Um Grande Trabalho

Costumamos dizer que um grande trabalho acontece quando tem um verdadeiro

compromisso com o projeto em missão. Com grandes dificuldades e envolvidos totalmente em pro-mover lazer a criançada e tirá-las da ociosidade, realizamos treinos com escolinhas infantis com crianças de varias idades, promovendo uma das mais belas ações de solidariedade.

Queremos homenagear e aplaudir os grandes realizadores e treina-dores das categorias de base ama-doras do Vila União. Citamos aqui em destaque o excelente trabalho do Raimundo auxiliado pelo Cristiano e Claudinho, bem como a guerreira Helena. Valeu!

A nossa entidade em parceria com a Escola Jenny Gomes, na Borges de Melo, contempla a comunidade com um campeonato de futsal com ado-lescentes de idades entre 14 e 17 anos. Os jogos acontecem aos sábados e domingos à tarde, num total de 10 equipes e tendo como premiação: Troféus e medalhas.

Futsal

Idealizado para crianças de 10 a 15 anos, acontece na escola Haroldo Jorge Brawn Vieira (Lagoa do Opaia) o campeonato de futsal infantil em duas cat-egorias com a coordenação do ‘Amiguinho’. Apoio - Grupo UVU, Escola Haroldo Jorge Brawn Vieira, Comercial Catarina e Marcos Aurélio.

Futsal Infantil

Recordando

Retiramos do baú da Liga, uma foto rara do Vila União Atlético Clube em 1982, no antigo campo próximo a Jacira. A partir da esquerda para a direita em pé (Bel, Airton, Ezão, das Chagas, Almeida, Gervazio, Raimundinho), na

mesma ordem agachados (Alberto, Raimundinho II, Marquinhos, Josa, Dindo, Pelé, Jabote e Pinto).

A direção da Liga Desportiva do Vila União vem através deste jornal, agradecer o total apoio recebido pelas equipes filiadas que participam de todos os nossos eventos.

Page 4: Jornal do vila união Março de 2013

JORNAL DO VILA UNIÃO Fortaleza, Março de 20134

Vila União é um bairro que possui suas particu-laridades e uma dinâmica própria. Apresenta reflexos das conquistas de décadas passadas.

Para a construção histórica do bairro quase não se tem arquivos oficiais, assim as informações colhidas foram obtidas a partir de escritos registrados, visita ao bairro e com auxílio da internet. Fundado pela Prefeitura de Fortaleza em 23 de ag-osto de 1940. Antes de ser chamado Vila União, o bairro restringia-se a latifúndios, propriedade da Sra. Maria da Conceição Jacinto, que em 1938 vendeu-as para o Dr. Manuel Sátiro, que logo loteou as terras. Vindo ele da cidade de União, hoje chamada Jaguaruana, nomeou o loteamento de Vila União, daí a origem do nome do bair-ro. Com a venda dos lotes, vieram as primeiras famílias: a família do Sr. Frutuoso, a família de um senhor conhe-cido como Pacoti, a família do Sr. Antônio Cambista, a família Gadelha, a família do Parreão, a família Pajeú, a família Nobrega, etc. A primeira escola do bairro era in-tegralmente financiada pela maçonaria, pois o corretor responsável pela venda dos lotes era maçom. A escola funcionava na residência do Sr. José Ramos Gadelha e sua filha foi a primeira professora do bairro. O Parreão, bairro vizinho e totalmente separado do Vila União, já possuía sua escola. Hoje os dois bairros estão interliga-dos e o Vila União o absorveu. Em 1942 foi construída a estrada de ferro que passa pelo Vila União até hoje, ligando a Parangaba ao Mucuripe. O progresso do bairro veio de forma lenta, a energia só chegou em 1957 e a água usada era de cacimba. Tam-bém havia a lagoa que abastecia o bairro que na época não era poluída e era chamada de Lagoa do paia, só de-pois passou a ser chamada de Lagoa do Opaia. Segundo moradores, antes, no local que hoje é a lagoa havia muito barro preto e as pessoas tiravam o barro para fazer tijo-los e telhas artesanais. O Senhor Opaia tirava em muitas quantidades, e assim foi formando cacimbas e poços até compor-se a Lagoa, que recebeu o seu nome, pois este teve grande participação na formação da lagoa. O trans-porte não existia e quem fosse ao centro da cidade, tinha que ir até o Benfica ou Aerolândia. Por um tempo algu-mas camionetas de particulares faziam a linha. Depois o tenente César, que fazia a linha do Montese, colocou ônibus para servir o bairro. Mas segundo o morador Jair, os “ônibus eram muito velhos e quase sempre davam prego, um sacrifício!”. Só algum tempo depois veio a empresa Nossa Senhora de Fátima, que tinha qualidade e capacidade de atender o bairro. Ainda sem uma escola pública, uma comissão formada por famílias do bairro, da qual fazia parte um candidato da prefeitura de For-taleza, o general Cordeiro Neto, pressionou autoridades para a implantação de uma escola no Vila União. Com a vitória do general, a escola foi inaugurada em 1964 com o nome de General Cordeiro Neto. Quanto à construção do Aeroporto Pinto Martins, moradores se dividem so-bre as vantagens que trouxe para o bairro, uns disseram que trouxe prestígio e que muitos pequenos comerci-antes se estabeleceram ao redor do aeroporto, e que quando foi construído o Aeroporto Internacional Pinto Martins do outro lado, muita gente ficou desempregada. Outros moradores acreditam que o aeroporto trouxe de-senvolvimento, mas também muito barulho e confusão no bairro, pois houve muitos conflitos entre a Infraero e a comunidade, devido à luta pela permanência das ca-sas e até mesmo a possibilidade de soterrar a lagoa, em detrimento da construção do aeroporto, mas esse acon-tecimento vai ser mais detalhado na explanação da As-sociação dos Moradores, que teve um papel undamental na mobilização da comunidade. A pracinha do bairro foi inaugurada em 8 de dezembro de 1968, dia da Consag-ração de Nossa Senhora da Conceição. O primeiro time de futebol do bairro tinha o nome de ABC e jogava no campo onde hoje a pracinha se localiza. É nesta pracin-ha que hoje está a igreja do bairro: Jesus, Maria, José. Zé do Buzo, apelido que José Maria da Silva ganhou na

infância, chegou no Vila União aos dez anos de idade. Passaram-se mais de sessenta anos e ele continuava mo-rando no mesmo local, onde criou os seis filhos. Por ser morador muito antigo, ele tinha conhecimento de todas as ruas e travessas do Vila União e tornou-se o “infor-mador de ruas” oficial do bairro. Houve mudanças no nome das ruas do bairro, que antes eram nome de santos e depois com a pavimentação do bairro, muitas pessoas se perdiam então Zé do Buzo decorou tudo para ajudar as pessoas. Seu Zé do Buzo faleceu em 2007, mas seu filho continuou o comércio que serve caldos famosos à comunidade e tem na fachada o letreiro: Zé do Buzo – Informador de ruas.A Feira do Troca-Troca, mais conhecida como “Feira dos cacarecos”, acontece no local desde 1971 e passou a ser referência no Vila União. Vende-se tudo, de animais a bicicletas, aparelhos domésticos, sapatos e roupas. Di-zia Zé do Buzo: “Só tem coisa velha”.Durante muito tempo, vários moradores do bairro viviam em situação de risco ao redor da lagoa, mas recentemente, em 2004, foi construído um conjunto habitacional, chamado Planalto Universo, onde moram 648 famílias, provenientes tanto do Vila União quanto de bairros vizinhos. Foi realizado um trabalho de Ação Social pela PEC-POLAR, no qual trouxe melhorias na convivência comunitária. O Planalto Universo possui as-sociação comunitária própria, creche e atividades como: ginástica com idosos, feito pelos bombeiros, entrega de “sopão” toda semana, iniciativa de uma representante comunitária em parceria com a CAGECE e trabalho com reciclagem, que é uma parceria com a COELCE.

Breve História do Vila UniãoEveliny de Oliveira Eleutério e Juan Nádson Marques Melo

Page 5: Jornal do vila união Março de 2013

JORNAL DO VILA UNIÃO 5Fortaleza, Março de 2013

Perfil da Comunidade

De acordo com o Censo de 2010 do IBGE, o número to-tal de habitantes do bairro

Vila União é de 15.378 pessoas, das quais 7.090 são homens e 8.288 são mulheres. O bairro está situado entre o Aeroporto, a Base Aérea, Montese e Estação Ro-doviária, tendo, portanto, a abrangên-cia da Secretaria Executiva Regional IV. Possui três meios de transporte: o aéreo, referenciado pelo Aeroporto

Pinto Martins; ferroviário, presença de um trecho da estrada de ferro que liga Parangaba ao Mucuripe e rodoviário, que apresenta trânsito dos ônibus: Vila União, Lagoa do Opaia, Albert Sabin e Antônio Bezerra. Identificamos uma predominância religiosa na comuni-dade e, também nos espaços públicos. Observamos que essa religiosidade é principalmente Católica. Entretanto, cresce com muita velocidade as de-nominações chamadas, pentecostais.

Alguns moradores são conhecidos fora do bairro, por feitos próprios:

• Zé do Buzo “Informador de Ruas”;• João Birro “Contador de Mentiras”; •J air Moraes pelo jeito “Folclórico Cantador”; • Beto Gaudêncio “Artista Plástico”;• O Grupo de Quadrilha Zé Testinha, que é referência no Nordeste Brasileiro.

Talentos Artísticos

Problematização Algumas são as dificul-dades enfrentadas pela comunidade. A falta de

saneamento básico, abasteci-mento de água e energia na per-iferia do bairro, mostrando, em parte, um descaso da Cagece, que tem sua sede no bairro e em frente ao prédio corre um es-goto a céu aberto; poluição so-nora, proveniente do Aeroporto, que fica praticamente vizinho às casas; do barulho do trem, que passa entre as casas, como também de sons vindo de bares e carros, principalmente nas proximidades da praça, segundo moradores, chega a causar certo desconforto para eles além de prejudicar a celebração das mis-sas que acontecem nesse local. É observado um forte índice de poluição ambiental, tanto no que concerne a Lagoa do Opaia, pois há concentração de lixo ao redor e na própria lagoa, como também nas ruas. No bairro há uma certa aglutinação entre ambientes ur-banos e rurais, características própria de periferias, justificada, pelo arquiteto contratado da pre-feitura como sendo consequên-cia da vinda de pessoas do in-terior para o bairro. A saúde da

população, dessa forma, fica em risco, uma vez que há ausência de infraestrutura básica.Dentro do próprio bairro existe uma separação, porque a co-munidade não reconhece o Vila União como um todo, mas sim fragmentado, constituído de três unidades de realidades het-erogêneas: o Planalto Universo, um lado da Lagoa do Opaia (conhecido por Vila União) e o outro lado da lagoa. Esse pode-ria ser um dos motivos que tem dificultado a articulação comu-nitária do bairro. A ausência de ordenamento urbano, na perife-ria do bairro, mostra total des-caso, comparado ao bairro como um todo.É ressaltamos a falta de articula-ção comunitária e o pouco inter-câmbio entre os equipamentos sociais existentes na comunidade, pois muitos moradores descon-hecem e/ou não se apropriam de espaços importantes na comuni-dade, como também os próprios equipamentos sociais não sabem da existência um do outro e as-sim pouco se articulam no senti-do de estabelecer parcerias para o desenvolvimento de ações conjuntas.

Equipamentos Sociais

Dentre os vários Equipamentos Sociais existentes no bairro, temos exemplos de alguns deles. Apreendemos o trabalho realizado nesses espaços, bem como identi-

ficamos os limites e as potencialidades de cada um.

São eles:

• Centro de Referência de Assistência Social (CRAS);• Casa Brasil;• Associação dos Moradores;• Lar da Criança;• Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi);• Centro de Saúde da Família Turbay Barreira• Centro Juvenil Dom Bosco• Hospital Infantil Albert Sabin• Centro Pediátrico do Câncer• Pro-Médio• Escola Papa João XXIII• Escola Haroldo Jorge Braun Vieira• Escola Aurélio Câmara• Escola Cordeiro Neto• EtuFor• Associação Peter Pan

Page 6: Jornal do vila união Março de 2013

JORNAL DO VILA UNIÃO Fortaleza, Março de 20136

Em um belo dia ensolarado de domingo por volta de seis horas da manhã, moradores do Pinheirinho (São José dos Campos, SP) são surpreendidos por mais de

1.800 homens da polícia militar, com cães, helicópteros e blindados. A população é expulsa de suas casas pelos ho-mens da “segurança” com truculência, gás lacrimogênio, ba-las de borracha e cassetetes. Crianças, velhos, defi cientes, mulheres grávidas saem correndo sem direção (muitos ain-da estavam dormindo quando a polícia chegou). Tudo isso para desocupar um terreno de uma empresa do picareta Naji Nahas que deve milhões de reais em impostos ao governo. Caso semelhante pode acontecer nas 12 cidades que serão sub-sedes da Copa do Mundo. Para viabilizar tal evento, os governos estaduais pretendem construir avenidas, ferrovias e outros empreendimentos. Para essas obras, terão que ser removidas milhares de famílias que estão no caminho das futuras construções. Aqui em Fortaleza, o Governo do Esta-do irá construir o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), espécie de metrô de superfície. Os trilhos a serem construídos, pas-sarão por cima de 2.700 casas. Nesse sentido o governador baixou um decreto no ano passado, tornando toda a extensão como área de interesse público, não ouvindo os principais personagens dessa história: os moradores que perderão suas casas. Várias leis nas esferas federal, estadual e municipal protegem a moradia, inclusive a lei orgânica do município (Art. 149) propõe que “Em caso de remoção, todo o pro-cesso deve ter a participação popular em todos os níveis e mediante consulta obrigatória e acordo de pelo menos 2/3 da população atingida”. O governador não quer saber de nada disso, querendo dar uma indenização irrisória juntamente com a promessa de construção de apartamentos a de 14 km de distância de algumas comunidades. Essa distância tam-bém é contra a lei, que obriga o reassentamento no próprio bairro. O governador tem maioria na Assembleia Legisla-tiva e conta com a simpatia do poder judiciário, que se faz de surdo frente às necessidades da população. No dia 21 de Janeiro último, a juíza Joriza Magalhães Pinheiro negou a suspensão da obra que havia sido pedida pela Defensoria Pública. A Defensoria considera que o empreendimento não foi sufi cientemente debatido com a população local e não houve negociação sobre o lugar onde serão reassent das as mesmas. Podemos notar que assim como aconteceu no Pinheirinho, onde outra juíza autorizou a desocupação, tam-bém pode estar se delineando mais uma injustiça contra os mais humildes. Segundo a assessoria do Metrofor, depois da pressão popular, alguns trechos entre eles a AV. Lauro Vieira Chaves, foram cedidos pelo Governo do Estado. O traçado original da obra foi modifi cado, avançando assim o terreno do aeroporto, livrando grande parte da comunidade. Das 203 casas, agora apenas 20 serão removidas. Em todo o trecho que ligará o bairro de Parangaba ao Mucuripe 2.700 famílias iam ser atingidas, agora apenas 1900. Diante das denúncias de autoritarismo pelo Governo do Estado, a relatora da ONU (Organizações das Nações Unidas) para a moradia adequada no Brasil Raquel Rolnik, visitou dia 15 de junho a comuni-dade da Lauro Vieira Chaves no Vila União. A relatora par-ticipou em Fortaleza de palestras e audiências públicas para debater exclus vamente a questão das remoções do VLT pelo Governo do Estado. A troco de quê existe essa perversidade? Tudo em nome de um desenvolvimento que privilegia os agentes econômicos (empreiteiros, construtores, industriais, grandes comerciantes, etc.) Será que nós, povo trabalhador, não temos direito a cidade? Querem jogar os pobres para longe, pois casas feias próximas as suas propriedades as des-valorizam. Aqui fi ca outra pergunta: o que vale mais, desen-volvimento ou direitos humanos? Para eles o primeiro vale muito mais e a nós só a resistência. A resistência que é capaz de barrartal maldade. Como diz Honoré de Balzac: “As leis são teias de aranha, em que as moscas grandes passam e as pequenas fi cam presas”.

O Vila União nocaminho do VLT

Por Claudio Evanias(Um dos atingidos pelo VLT)Adaptado para o Jornal do Vila União

Vila União em Imagens

DESCASO - Até quando a Prefeitura de Fortaleza desprezará a Rua Otoni Lopes de Oliveira, a via esta toda esburacada devido a inúmeras obras da CAGECE e necessita urgentemente de recapeamento.

SÃO JOSÉ DE RIbAMAR FEChA AS PORTAS - No último mês de Julho a empresa de transporte coletivo deixou de operar no Vila União. O motivo e que a São José de Ribamar não teria participado da licitação da Prefeitura de Fortaleza.

A gestão de Rober-to Cláudio ini-ciou e a Secretar-

ia do CPP Jade Romero, começou sua caminhada em busca de conhecer projetos em andamento e imprimir sua marca na nova pasta. Recém criada pelo Prefeito de Fortaleza Roberto Cláu-dio, a Coordenadoria de Participação Popular (CPP) comandada por Jade Romero teve um

mês de janeiro de intensas atividades. A secretária Jade Romero compareceu a duas posses impor-tantes. Uma delas foi à do presidente da OAB-CE, Valdetário Monteiro. A outra foi à posse do con-selheiro Francisco Aguiar, que irá presidir o Tribu-nal de Contas dos Municípios pelos próximos dois anos. Ainda houve um encontro com a mesa dire-tora do Conselho Municipal de Saúde, com intuito de debater a melhoria da saúde de Fortaleza. No Conjunto Palmeiras, Jade Romero visitou o Banco Palmas para conhecer o Laboratório de Inovação e Pesquisa em Finanças Solidárias, que tem como ob-

jetivo principal capacitar jovens da comunidade na utilização de software livre. O projeto tem parceria técnica da ONG Mahiti Infotech (Índia) e com a colaboração da Univers dade de Columbia (Nova York). Como forma de incentivar a população a doar sangue, a Secretária de Participação Popular, Jade Romero e sua equipe, estiveram na tarde de quarta 06 de fevereiro no Hemoce, dando um ex-emplo de solidariedade ao próximo, com a doação de sangue. Além dessas ativ dades Jade Romero, esteve acompanhando as demandas do Orçamento Participativo (OP), onde vis tou praças na Regional I e lideranças no Jacarecanga e Floresta, onde deba-teu a melhoria das praças. A secretária acredita ser a praça um importante local de encontro da popu-lação.O OP é um espaço, onde a população escolhe obras e serviços, e pode eleger delegados (as) que acom-panham o andamento das demandas da cidade For-taleza.OP no bairro Vila UniãoO bairro conta com um representante, o Senhor Abelardo, eleito na Assembleia decisiva que ocor-reu no mês de dezembro de 2012. Sendo o mais votado para delegado territorial. Representa a Liga Desportiva do bairro Vila União e o Grupo União Vila União (UVU).

Atividades da Secretaria de Participação Popular no mês de janeiro

Carlos Emanuel Bezerra Alves é estudante jornalismo da Fanor, autor do blog: http://carlosemanu-eljornalista.blogspot.com.br/ email: [email protected]

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JORNAL DO VILA UNIÃO 7Fortaleza, Março de 2013

Desde o tempo de Cristo que o comércio infor-mal faz parte da econo-

mia das pessoas mais humildes e que geralmente não tinham condições de estabelecer seu negócio numa loja estruturada. Naquela época os comerciantes montavam suas barracas impro-visadas, abasteciam a cidade e logo partiam para outra locali-dade.

Atualmente, o comércio e serviço informal estão em todos os lugares. E se faz presente na economia das cidades pequenas e grandes fazendo parte da rotina dos bairros. Os motivos que fazem as pessoas opta-rem por esse tipo de trabalho são diversos, como: o desemprego, a falta de qualificação para o mercado de trabalho que está cada vez mais exigente. Não ter com

quem deixar os filhos pequenos, (mães colocam suas bancas nas portas de suas casas), dentre outros moti-vos.O comércio e serviço informal movem parte da eco-nomia. Muitos pais sustentam suas famílias com esses serviços, como: manicures, lavadeiras, engomadeiras, costureiras, bordadeiras, jardineiros, serventes, eletri-cistas, bombeiros, mecânicos que nunca tiveram suas carteiras de trabalho assinadas.É comum no nosso bairro Vila União ouvir diversas ladainhas, que para a nossa comodidade vendem de porta em porta, produtos de limpeza, móveis, roupas, redes e até medicamentos naturais que prometem emagrecer. Por outro lado, ouvem-se também outras ladainhas mais insistentes que nos abrem o apetite ao amanhecer:- Tapioca com leite de coco!- Tapioca com queijo, leite moça e manteiga!- Olha o queijo! Olha o doce! Queijo e doce, doce e

queijo!- Peixe! Peixe!- Camarão. Camarão fresco!E as vísceras vendidas de porta em porta? Onde um homem empurrando seu “maverick” (carro de mão feito de geladeira e pneus velhos) diz com sua voz cansada:- Olha o miúdo, fígado, tripa e passarinha.- Olha o milho verde!Entre outras iguarias oferecidas nas esquinas todos os dias ao anoitecer, temos: pratinhos, caldos, bolos, en-ergéticos, espetinhos e muitas guloseimas. É com toda disposição que essas pessoas tocam a vida trabalhando com honestidade para o sustento de suas famílias.Este espaço esntá aberto para você que trabalha na informalidade, Conte-nos sua História. Você é nosso convidado para participar deste espaço.

O Trabalho informal é humilde e digno

Por Abigail Pontes [email protected]

Foi num clima de bastante alegria e descontração que os cerca de 30 convi-dados deram parabéns ao lindo Pedro Ricardo na sua festinha de 1 ano. O evento ocorreu no Vila União Atlético Clube, que foi alugado exclusiva-

mente para o aniversário e teve como tema o desenho animado “Looney Tunes”. Pedro Ricardo é filho de Sara Jéssica e Francisco José “O China”, como é conhe-cido o coroinha da Paróquia Jesus, Maria e José.

Vila VipPor Inácio Sousa Feliz Aniversário ao pequeno

“Pedro Ricardo”

Canto das Artes e da Cultura

São tantas as teorias das artes e maneiras de fazê-las! Mas o seu talento é especial. A arte sin-

tetiza as emoções, a beleza e a estética. A arte é uma habilidade humana e está ligada ao emocional. O artista busca inspiração em algo que mexe com seus sentimentos, seja no amor, na revolta, na harmonia, no equilíbrio, na beleza, no exótico. Enfim, o artista aplica suas técnicas, no belo? No que é diferente? No feio, que transforma em bonito? A arte simplesmente sai da imaginação do artista e muitas vezes nos envolvem. As manifestações artísticas, sociais, culturais, linguísticas e comportamen-tais fazem parte da cultura de um povo, cada com suas particularidades. Uma das capacidades que diferencia o ser humano dos animais é a capacidade da produção cultural. Conceituar cultura é bastante complexo, pois a cultura varia de lugar para lugar. A cultura pode ser

originada em uma determinada socie-dade, como também pode ser adquiri-da e ganhar uma nova roupagem, isto é, ser modificada e passar a fazer parte da rotina de outras civilizações. Nossa cultura é bastante diversificada basta observarmos a vida o dia-a-dia através do lazer, do trabalho, das brincadei-ras, da religiosidade, dos costumes, da pintura, do artesanato, das cantigas, da dança, enfim, arte é toda essa diversi-dade cultural que vêm de muito tempo atrás e das novas que estão surgindo.Este espaço é gratuito e se destina aos artistas do bairro vila união. Aqueles que realizam atividades artísticas e culturais, tais como: artes visuais, dan-ças, música, teatro, folclore, cinema, literatura, invenções, pensamentos, dentre outras. Mostre seus trabalhos e conte-nos sua história.Você é nosso convidado para partici-par deste espaço.

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JORNAL DO VILA UNIÃO Fortaleza, Março de 20138

Vila União, um bairro comdiversidade religiosa

EspiritualidadePor Inácio Sousa

A religião no Brasil é muito di-versificada e caracteriza-se pelo sincretismo. A Constitu-

ição prevê a liberdade de culto, e Igre-ja e Estado estão oficialmente separa-dos, sendo o Brasil um Estado Laico. A maioria dos brasileiros é cristã, sen-do sua maior parte católica. No Vila União, não é diferente. O bairro con-centra um grande número de cristãos. A maior parte é católica, mas abriga também diversas denominações reli-giosas, como os evangélicos, umband-istas, testemunhas de Jeová, mórmons, espiritas, etc. Entre essas, as congrega-ções evangélicas são as que apresen-tam um crescimento mais expressivo. Um grande número de fiéis abandonou os preceitos da Igreja Católica em bus-ca de uma nova doutrina nas últimas décadas. No Vila União, dentre as denominações religiosas podemos citar: Paróquia Jesus, Maria e José, Capela de Santa Luzia, Comunidade do Vinde a Mim, ORA – Obra Rainha do Anjos, Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja

Batista, Igreja do Evangelho Quad-rangular, Assembleia de Deus, Pente-costal Vida em Cristo, Adventista do Sétimo Dia, Igreja dos Mórmons, Tes-temunhas de Jeová e a Igreja Betuel. Sem deixar de falar nos terreiros in-omináveis dos nossos irmãos umband-istas. Em reverência a essa tolerância religiosa, o Jornal do Vila União dedi-cará um espaço em cada edição para que todos os líderes religiosos escre-vam sobre os mais variados temas. Re-speitando claro, questões igualmente ligadas à diversidade religiosa, sexual, étnica e racial. Aguardem!!!

Somos da Paróquia Jesus, Maria e José do Vila União e estamos aqui desde fevereiro de 2006, ou seja, há

pouco mais de 6 anos. A Igreja matriz da Paróquia está sempre aberta pela manhã e a tarde. Durante à noite, celebramos a Santa Missa, às 19h, de terça a sábado. O propósito da Igreja ficar aberta é para facilitar que os fiéis tenham um espaço de oração e adoração ao Santíssimo Sac-ramento. Este fica exposto para adoração da comunidade ao longo do dia desde no-vembro de 2010. A principal intenção da exposição da Hóstia Consagrada é para a proteção dos embriões, dos fetos, das crianças e para que estes possam crescer, desenvolver-se com o apoio dos seus pais e de toda sociedade. Após a exposição do Santíssimo Sacra-mento somos testemunhas de muitas gra-ças recebidas, entre elas a jardinagem e a manutenção da praça feitas pela Igreja. Na praça do Vila União existe a energia da oração e da adoração feitas a Deus Nosso Senhor. Posso dizer, com muito orgulho também, que a oração dos fetos a Deus suplicando proteção, modificou a nossa praça. A mudança é algo público e notório

para quem conhecia a praça antes da in-tervenção que lá fizemos. Por isso mesmo, quando você ver a praça bem cuidada com o seu verde, pode lembrar-se: A praça te convida a ter cuidado e responsabilidade pelos embriões, fetos e crianças do mundo inteiro. A alegria de ter uma Igreja sempre aberta é que Ela tornouse de fato um local de ora-ção, continuamente recebendo pessoas que vão conversar com Deus e adorá-lo. Como disse Jesus: “A casa de Deus é casa de ora-ção para todos os povos”(Mc 11,17), é esta a palavra que vivenciamos todos os dias no Vila União. E como é importante ter este espaço para oração, colocar em Deus nossas necessidades e falar das nossas di-ficuldades, bem como agradecer também, pelas alegrias e vitórias que alcançamos na vida. Queremos então fazer-lhe um convite. Venha orar conosco, adorar o Cristo no Santíssimo Sacramento do Altar e renovar sua vida neste encontro com o Senhor Vivo e Ressuscitado! Obrigado ao Jornal pelo espaço de comunicação com os moradores do bairro! Deus abençoe a todos e a Vir-gem Maria os guarde!

Uma Igreja sempre abertaPe. Marcos Mendes de Oliveira

C.S.F Turbay Barreira: Trabalho Humano e Eficaz

Localizado na Rua: Gonçalo Souto, 420, no Bairro Vila União,

próximo a Lagoa do Opaia, o C.S.F Maria José Turbay Barreira é uma referência no atendimento médico. Com uma equipe de 69 profis-sionais, sendo 33 terceiriza-dos, divididos em recepção, preparo, farmácia e serviços gerais, além do Programa Saúde da Família (PSF) di-vidido em três equipes mul-tiprofissionais, com médico, enfermeira, agente de saúde e dentista, o posto atende em média nove mil pessoas ao mês.São atendimentos de clínico geral, odontologia, pediatria, neurologia, ginecologia, en-fermagem, serviço social, farmacêutico, psicólogo e Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF). O pro-grama NASF, vinculado ao PSF, trabalha na prevenção de doenças com palestras

educativas. Por isso não há um atendimento especifico individual, mas sim coletivo tratando a comunidade como um todo. No Turbay Bar-reira ainda tem verificação de Pressão Arterial (P.A), retirada de pontos, glice-mia, hiperdia e curativo. Os pacientes que tem diabete tipo um são cadastrados e re-cebem todos os meses o Kit com seringa, lanceta e gli-cosimetro. Outros pacientes que recebem seu material são os que têm problema com

lesão medular. Além dos pa-cientes de Tuberculose (TB), que recebem a sexta básica. As consultas do posto de saúde são agendadas de se-gunda a sexta sempre às 08 horas da manhã. O paciente sai da consulta do médico e já marca o retorno para o

outro atendimento futuro e assim evita ter de acordar cedo correndo todo tipo de perigo. O funcionamento do posto é de 07 da manhã às 21 horas. Quem trabalha e não tem tempo de ir durante o dia, a unidade ainda tem o terceiro turno, que funciona a partir das 17 horas e tem dois médicos e uma enfer-meira de plantão a serviço da comunidade. Atualmente em reforma há mais de um ano, o posto está provisoriamente localizado na Rua: Teodor-

ico Barroso, 50. Segundo o Vice-Prefeito Gaudêncio Lucena em torno de 60 dias o novo posto estará entregue a população do Bairro Vila União. A reforma do posto é uma demanda do Orçamento Participativo (OP) 2005.

Carlos Emanuel Bezerra Alves é estudante jornalismo da Fanor, autor do blog: http://carlosemanu-eljornalista.blogspot.com.br/ email: [email protected]