jornal da vila n18 - março de 2007

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Jornal da Vila Tibério, bairro da zona oeste de Ribeirão Preto, tiragem de 10 mil exemplares com circulação também na Vila Amélia, Jardim Santa Luzia, Jardim Antártica, e parte do Sumarezinho e do Monte Alegre

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  • 2 Maro de 2007 Valorize o que seu. Compre no comrcio da VilaOpiniO

    Informativo mensal com circulao na Vila Tibrio

    Tiragem: 5 mil [email protected]

    Braga & Falleiros Editora Ltda. MERua Dr. Ary Mariano da Silva, 200

    CNPJ 39.039.649/0001-51

    Fone: 3011-1321Jornalista responsvel: Fernando

    Braga - MTb 11.575Impresso na FullGraphics

    Ribeiro Preto

    O exemplo de Dona Fica

    O Jornal da Vila traz nesta edio uma pequena homenagem grande mulher que foi Dona Fica.

    Seus filhos sabem a importncia que teve o seu gesto de adoo e que nenhuma homenagem mais significativa do que as lgrimas sinceras de uma famlia que perdeu seu maior esteio.

    O JV continua a tratar da Pedrei-ra Santa Luzia, e verificamos o que emperra a implantao do parque que j tem um belssimo lago e po-deria se tornar um novo Curupira. A rea est dividida em trs partes, uma delas pertentente USP, outra Prefeitura Municipal e uma terceira parte est nas mos de particulares.

    Em 2004, Prefeitura, Campus da USP e Promotoria Pblica fizeram um acordo para implantao do par-que. Nenhuma das partes envolvidas quer assumir sua parcela de culpa, achando que a outra parte que no cumpre o prometido. Ns, a outra parte, ficamos a ver navios.

    O JV conta a histria da famlia Pezzuto, a do barbeiro Ernesto Pa-gliaro e do novo radialista da Vila, Guilherme Augusto.

    Mostra a situo de abandono de nossas praas e da rea chamada de parque Maurlio Biagi.

    E conta que os times que fazem sucesso nos campeonatos do Rega-tas so da Vila Tibrio.

    Participe do JV, escrevendo para ns.

    Nem de longe pretendo plagiar Noel Rosa, Mas tenho que dizer: Modstia parte, meus senhores, eu sou da Vila.

    No da Vila Izabel que inspirou Noel outrora e ainda hoje inspira seus filhos poetas, como Martinho da Vila e outros. Mas da minha Vila, da nossa Vila Tibrio que, situada neste espao privilegiado da amada Ribeiro, tambm aco-lhe e inspira seus filhos poetas, seus filhos jornalistas, seus filhos simplesmente filhos que amide se utilizam do Jornal da Vila para prestar-lhe homenagem.

    Ah! Minha Vila amada! Eu me coloco entre esses filhos que tanto te amam!

    Lembro-me de ti quando ainda nem tinhas asfalto nas tuas ruas. Quando paraleleppedos cobriam as ruas Castro Alves e Gonalves Dias e, as outras ruas eram de terra batida. Terra batida mesmo, com poeira e tudo, mas nem por isso menos amada.

    Lembro-me de ti, minha Vila, desde os tempos de criana, quando caminhes da prefeitura passavam molhando as ruas para baixar a poeira durante a estiagem e aquilo, para ns, era uma festa.

    Lembro-me de ti, Vila Tibrio, do tempo em que freqentei o 3 Grupo Escolar, hoje Sinh Jun-queira. Como aquela escadaria me fascinava! E mais tarde quando vim a lecionar na amada escola.

    Lembro-me de ti, minha Vila, de tudo o que aqui vivi, de to-dos os passos dados a percor-rer tuas ruas, a rezar em tua igreja, a pas-sear pela pra-cinha Corao de Maria que

    Modstia parte...possua um coreto onde havia ban-das de msica aos sbados noite. Ah! Os primeiros namoricos!.

    Como seria possvel no me lembrar de ti sempre, sempre se aqui finquei os meus ps um dia e at hoje afirmo:

    - Este o meu lugar, aqui hei de ficar at o final dos meus dias.

    Elvira Gaioli RossiProfessora aposentada

    Quando, no alto dos morros do Rio de Janeiro, pisamos as pedras daquele lugar, uma emoo forte se apodera de ns.

    Quem, do avio, v So Paulo que se avizinha, perde a respirao ao perceber-se perto de centenas de torres de concreto e luzes da cida-de. Esta estranha sensao anuncia do seu entorno a Vila Tibrio. Que fenmeno esse capaz de se fazer sentir o corpo de quem dela se aproxima?

    O viajante de muitos tempos e lugares reconhece em seu caminho os vestgios da proximidade com o bairro onde nasceu e viveu. Sobre morros, rios e pedras da natureza primeira se implanta uma segunda natureza, manufaturada, feita de milhares de plas geomtricas. Fruto da imaginao e do trabalho articulado de muitos homens, o bairro uma obra coletiva que desafia a natureza.

    Ele nasce com o processo de sedentarizao e seu aparecimento delimita uma nova relao homem/natureza: para fixar-se em um ponto preciso plantar, preciso garantir o domnio permanente do territrio.

    Imbricada portanto com a natureza mesmo do bairro est a organizao da vida social e con-

    A Vila por si democrtica. A Vila livre

    seqentemente a necessidade de gesto da produo coletiva.

    Os viles (do lat.vulg. villanu, habitante de vila ou casa de cam-po) dos bairros, possuem a possi-bilidade de gesto de vida coletiva e esse continente de experincias humanas torna o bairro um registro, uma escrita, materializao de sua prpria histria atravs de uma natureza fabricada, e na perenidade de seus materiais tem esse dom de durar, permanecer, legar ao tempo os vestgios de sua existncia.

    O prprio bairro se encarrega de contar sua histria. Um bairro no se faz de quimeras. Ele feito de botequim, de padaria, de arma-zm. Eu saio do trabalho e posso tomar uma cerveja num bar. O bairro por si democrtico. O bair-ro livre. Ele um aparecimento do desejo dos homens de estarem juntos. A idia de bairro amenizar a aflio. A Vila nos proporciona tudo isso.

    A Vila um bairro impressio-nante, que te comove e pouco a pouco voc descobre porque voc est bem l. A graa desse bairro provavelmente est justamente no fato de que ele existiu antes de ser construdo.

    Carlos A. Noccioli [email protected]

  • 3Maro de 2007Valorize o que seu. Compre no comrcio da Vila ambiente

    Nossas praas e parquesCanteiros sem flores, mato alto, sujeira de pombos e um ar de abandono

    A Vila Tibrio tem um grande dficit de reas verdes e as poucas praas que diminuem um pouco o impacto do calor no so mais mo-tivo de orgulho. O Jornal da Vila fez um levantamento das principais praas do bairro, do parque Maurlio Biagi e do Parque da Pedreira Santa Luzia, que nem saiu do papel. Veja o que vimos:

    Jos Mortari a praa que apresenta menos

    problemas: corte do mato, que est alto, falta de canteiros com flores, conserto de bancos e alguns pontos das caladas. Livre da infestao de pombos, bastante frequentada pelos moradores.

    O PIC - Programa de Integrao Comunitria o mais tradicional da cidade, e realizado desde 1993, trs vezes por semana, na praa.

    Corao de Maria

    Os pombos silvestres que infestam as rvores afastaram os moradores da praa que j foi o grande ponto de encontro

    da Vila Tibrio. Os principais proble-

    mas, alm de grande parte da praa ficar bombar-deada com guano, so os canteiros sem flores, o mato alto, bancos quebra-dos e no repostos.

    A praa tem um ar de abandono.

    Parque Maurlio BiagiDe parque s tem o nome. Projeto do vereador Capela, vetado pela

    administrao municipal, previa o cercamento com telas e a construo de infra-estrutura bsica como sanitrios, pistas para caminhadas, ilu-minao, alm de um posto da Guarda Municipal. Na rea esto obras do artista Bassano Vaccarini. Muitos painis esto quebrados e alguns servem de casa para pessoas dormirem ou guardar pertences. Uma pena Ribeiro Preto no cuidar de um patrimnio cultural deste porte.

    Francisco Schmidt, a aconchegante praa do pronto-socorroA Schmidt uma praa gostosa

    e aconchegante, com rvores fron-dosas, que divide a Vila Tibrio do Centro da Cidade. Nela est a

    UBDS Central, o popular pronto-socorro e ao lado fica a Estao Rodoviria. Tem uma velha loco-motiva, uma maria-fumaa, para

    lembrar que l ficava a Estao Ribeiro Preto, da Cia. Mogiana.

    A praa tem srio problema de segurana. Ela abrigo para

    moradores de rua e jovens que usam crack e cola de sapateiro. As pessoas tm medo dos assaltos.

    O monumento a Francisco Sch-midt teve a herma e os discos late-rais de bronze roubados. O mato e a ausncia de canteiros com flores so aspectos menores, diante da total falta de

    segurana do local.

    A velha maria fumaa marca o local da antiga estao. O monumento a Francisco Schmidt teve os discos e a herma de bronze roubados. O morador dorme sem nenhuma culpa

  • 4 Maro de 2007 Valorize o que seu. Compre no comrcio da VilaHistria

    A empreendedora famlia Pezzuto

    Moradores da Vila Tibrio falecidos de 01/03 a 15/3/2007 atendidos pela Organizao

    de Luto Baldocci

    Luiza Camara Abduch(Dona Nininha)

    * 21/09/1921 + 11/03/2007Rua Santos Dumont

    O pioneirismo da famlia co-meou quando o velho Jos Fiori Pezzuto alugou a oficina de car-roas, charretes, semi-troles que funcionava na esquina da Luiz da Cunha com a Conselheiro Saraiva, em 1937. Ele dinamizou tanto os negcios que comprou a oficina que j exportava tecnologia para todo regio.

    Quando morreu em 1952, dei-xou larga experincia para seus quatro filhos que herdaram tambm o dinamismo do pai.

    So quatro irmos, todos An-tnio: Dorival, Arnaldo, Joo e Slvio. Reunidos, eles formaram a firma irmos Pezzuto. Coman-davam uma importante oficina de ferragem, o grande Armazm So Jos e loja de presentes A Queridinha.

    Quando meu pai veio para c - lembra Slvio, o mais velho dos irmos Antnio - s existia no bairro a fbrica de sabo do Roque Nacarato, a fbrica de potes Lamas, a Antrtica, a algodoeira Meirelles, onde hoje o Cine Marrocos e a indstria qumica de Detroit.

    Joo o mais jovem dos quatro, lembra a luta de seu pai e outros comerciantes para a colocao de calamento naquele quarteiro.

    Quando os filhos de Jos Fiori assumiram a direo da empresa, impulsionaram tanto os negcios

    deixados pelo pai, que no tive-ram outra opo a escolher: Era necessrio ampliar seu ramo de negcios. Assim, em 1959 abriam as portas do armazm So Jos e posteriormente uma nova amplia-o. Desta feita, bem ao lado do ar-mazm, ergueram A Queridinha, uma loja especializada em artigos para presentes, roupas, tecidos e armarinhos. Foi novamente um grande sucesso.

    Aos poucos, a Vila Tibrio

    Os irmos Pezzuto: Antonio Arnaldo, Joo, Dorival e SlvioLeonor, Maria Aparecida, Carmen Terezinha, Alzira e Cleofe

    vai se firmando como um bairro independente, sempre surgindo novas lojas. No podemos esque-cer deste povo sincero e amigo, afirma Joo.

    O armazm mudou o nome para Mercearia Pezzuto e A Queridi-nha fechou. Com a morte de Joo, em 2003, aos 62 anos, sua esposa Vilma passou a administrar a mer-cearia, que ainda guarda o esprito dos velhos armazns, vendendo quase de tudo. Rosemeire, a filha do casal, ajuda a me no armazm e o filho Ronaldo gerente de vendas no Rio de Janeiro.

    A oficina que, pelo fato de no existir mais trao animal, aban-donou a fabricao e conserto de carroas e passou a prestar servios empresas publicas e privadas, fabricando ferramentas especficas, funcionou at o ano passado, com a morte de Dorival, aos 78 anos. Dorival era casado com Dalva e tiveram dois filhos, Dauri e Dalva Aparecida, da empresa de telefonia Pezzuto & Ubialli.

    Tonico era casado com Aracy e tiveram dois filhos: Jos, falecido e Luiz Antnio.

    Slvio era casado com Adlia e deixaram um filho, Aparecido, que advogado cvel, trabalhista e previdencirio. um especialista em aposentadorias.

    Eles representam o esprito de luta da Vila Tibrio: que o sucesso fruto do trabalho.

    Dorival Pezzuto faleceu em 2006

    Vilma e sua filha Rosemeire comandam a

    Mercearia Pezzuto

  • 5Maro de 2007Valorize o que seu. Compre no comrcio da Vila Gente

    Dona Fica, a me smbolo da Vila TibrioA Vila Tibrio est mais orf.

    Morreu aquela que pode ser con-siderada uma das grandes mes de Ribeiro Preto.

    Dona Fica, ou Ezem Ramos de Oliveira, como foi registrada, morreu no dia 21 de maro, aos 88 anos de idade. Ela foi casada com o ex-vereador Jos Rosrio Caminiti.

    Ela, que foi me de 31 filhos, 26 deles adotados e um tutelado, foi homenageada at no programa Do-mingo Total, de Blota Jr. , em So Paulo, pelo seu exemplo de Vida.

    Tudo comeou em 1961, quan-do dona Fica ficou sabendo da morte de uma mulher no parto na Santa Casa e resolveu adotar o beb. A partir da, o casal passou a adotar outras crianas, dando a todos a mesma condio de seus filhos legtimos.

    Sem ajuda oficial, mas con-tando sempre com a colaborao de vizinhos, empresas e todos que ficavam sabendo da sua luta, dona Fica conseguiu educar e enca-minhar todos os filhos e, pelo seu exemplo de doao, foi escolhida a Me Paulista, em 1973. Recebeu tambm diversas homenagens por diversas entidades de Ribeiro Preto e regio.

    Sobre as adoes costumava dizer que isso no era notcia.

    - Todos temos defeitos. Eu tenho muitos, mas tenho uma quali-dade: gosto muito de crianas, dizia ela, de bem com a vida.

    Dona Fica e os filhos, em 1973, quando ganharam viagem a Santos

    Alguns dos irmos Caminiti, hoje

    Irmos Caminiti

    (Por ordem alfabtica)

    Alcides Lcio (Tico)AntnioAutaEdmiaEduardo RobertoEleniseEleuza SilvanaElianaEliana CristinaEloseEster MariaGeraldoJos RamosJos RobertoMaria AparecidaPaulo CamiloPaulo Henrique (Caminiti)Rodrigo Luiz (Caminiti)SandraSilvana

    FalecidosCarlos Ablio, Eli Maria, Elo Silvana, rica, Nelson, Nilson e Roseli

    Dona Fica, em foto recente e recebendo homenagem no programa de Blota Jnior

    CarretinhoSegurana e rapidez

    Preo esPecial Para TransPorTadoras Ligue: Cel: 8111-7234

    Trav. n. s. da Penha, 106 - c. 3 sumarezinho - ribeiro Preto

    Sem ela no sei se estaria aqui hoje

    Auta

    Era boa, sin-cera, maravi-

    lhosaEduardo

    Era o smbolo da unio

    Ester

    O JOrNAl DA VIlA dedica esta edio a Dona Fica, pelo seu

    exemplo de abnegao

  • 6 Maro de 2007 Valorize o que seu. Compre no comrcio da Vila6 Maro de 2007 Valorize o que seu. Compre no comrcio da Vilaambiente

    PArQUE DA PEDrEIrA SANTA lUZIA PODE CONTINUAr NO PAPElPrefeitura alega falta de verba e no demonstra interesse em fazer uma implantao progressiva

    Apesar da pompa da solenidade com que o projeto do Parque Mu-nicipal da Pedreira Santa Luzia, foi apresentado em 2004, tendo a presena do ento reitor da USP, Adolpho Jos Melfi, da ex-prefeita do campus, Emlia Campos de Car-valho, do ex-prefeito de Ribeiro Preto, Gilberto Maggioni e do pro-motor pblico do Meio Ambiente, Marcelo Goulart, a rea do parque continua como sempre esteve.

    Hoje, as condies pioraram, pois comum pessoas jogarem restos de mveis e eletrodomsti-cos, alm de lixo domstico pelas encostas da rua Albert Einstein ou

    pela Via do Caf e na parte per-tencente a particulares j existem obras em andamento, diminuindo a possvel rea do parque.

    Pelo projeto desenvolvido pela arquiteta Rita Maria de Martin, da Secretaria Municipal de Planeja-mento e Gesto Ambiental, o novo parque abrigaria trilhas para cami-nhadas, quadras poliesportivas, lago e um complexo de prdios para fins didticos, culturais, de lazer e ainda uma sede para o Ministrio Pblico e uma nova Promotoria Regional da Bacia do Pardo.

    - O custo para a construo do parque muito alto e a prefeitura

    no tem recursos para a constru-o, no d para ir fazendo aos poucos, pois quando comearmos a executar uma segunda etapa, a primeira vai precisar ser refeita. Existe um compromisso com a USP e o Ministrio Pblico, mas no adianta somente a prefeitura fazer sua parte, explica a arquiteta Rita Maria que acrescenta que existe inteno de construir o par-que, mas que o projeto invivel para todos.

    O promotor do Meio Ambien-te Marcelo Goulart acredita que a prefeitura poderia fazer, pelo menos, a revegetalizao da rea.

    Ele diz que foi tentada a captao de recursos com a Petrobras e com outros possveis parceiros para viabilizao do parque, que teria como ponto alto o curso de Estudos Ambientais da USP, mas que isso no se concretizou.

    - Uma comisso da prefeitura do campus fez um projeto de arborizao, com plantas nativas, para ser implantado. Isto j poderia estar acontecendo, afirma Marcelo Goulart.

    Para o prefeito do campus da USP/Ribeiro Preto, professor Jos Aparecido da Silva, o custo da obra muito alto e sem parcerias com

    a iniciativa privada, fica invivel a implantao do parque.

    ParqueA pedreira ocupa uma rea

    pblica pertencente USP e ao municpio e tem uma rea de 140 mil metros quadrados.

    Est localizada entre as aveni-das do Caf e Luigi Rosiello, ao lado da Faculdade de Odontologia, e a rua Alberto Einstein, no Jardim Antrtica.

    O lugar, mesmo em estado de abandono, belssimo. Um grande lago natural d um toque especial a sua extensa rea verde.

    Prefeitura vai construir parque no SumarDe acordo com a arquiteta da

    prefeitura Rita Maria de Martin, se o Parque da Pedreira da USP est emperrado, um outro projeto deve ter incio ainda este ano. Iro-nicamente, o local fica exatamente ao lado da avenida Santa Luzia, continuao da Nove de Julho,

    mas o nome do local ser Parque Roberto Genaro.

    - O projeto j est em processo de licitao do Executivo e sua implantao deve ter incio este ano, garante a arquiteta.

    Rita Maria explica que o custo

    para a construo do Parque Ro-berto Genaro bem mais baixo do que o do Jardim Antrtica, at pelo tamanho da rea.

    - Ali chega no mximo uns dez mil metros quadrados, contabiliza a arquiteta, tambm autora do

    projeto. O novo local vai seguir os padres do Curupira, outro parque localizado em rea nobre de Ribeiro Preto.

    O Parque Roberto Genaro ter bicicletrio, ciclovia, pista para caminhada e reas para exerccios,

    descanso e at shows ao ar livre.- Alm de um grande espelho

    dgua para manter a umidade do lugar, conclui Rita.

    O texto do Parque do Sumar foi extrado do jornal A Cidade

    O Parque da Pedreira Santa luzia traria nova dinmica para toda zona oeste da cidade

  • 7Maro de 2007Valorize o que seu. Compre no comrcio da Vila Maro de 2007 7Valorize o que seu. Compre no comrcio da Vila Maro de 2007ambiente

    Devoo na gruta de

    Santa luzia vem sendo

    abandonadaPequeno altar e

    imagem danificada, acolhem fiis a mais tempo que a igreja

    de Santa luzia

    PArQUE DA PEDrEIrA SANTA lUZIA PODE CONTINUAr NO PAPElPrefeitura alega falta de verba e no demonstra interesse em fazer uma implantao progressiva

    Dona Regina Ciccilini de Monte fez uma promessa h mais de vinte anos para Santa Luzia. Seu neto, Wellington Zamara de Monte, estava ten-do dificuldade para enxergar e ela prometeu ir at a gruta, p, todo dia 13 de dezembro, dia de Santa Luzia.

    Hoje, Wellington continua cumprindo a promessa da av, que j faleceu. Vai at a gruta,

    Como chegar gruta de Santa luziaSeguindo pela Via do Caf em direo USP, na rotatria Fritz Koberle

    seguir direita e ao entrar na rua Luigi Rosiello tem uma entrada com uma pista simples, asfaltada, que vai para a antiga fbrica de asfalto da prefeitura. A uns 80 metros do porto tem um caminho de terra que margeia a pista pelo lado direito, em local bem arborizado. A gruta fica na parte debaixo da pista, escondida pela vegetao que cobre quase toda a sua entrada. Toda de pedra rejuntada com cimento, tem um altar com uma imagem da santa, j bem danificada e uma placa: proibido fazer macumba.

    Bem cuidada, seguramente atrairia devotos de Ribeiro e at mesmo de outras cidades, constituindo-se em uma nova atra-o turstica e religiosa.

    anualmente, acende velas e faz oraes agradecendo o suces-so da sua cirurgia. Lembra-se que at um tempo atrs, mo-rava um caseiro que cuidava da rea:

    - D pena ver como ficou este local, que era muito boni-to, tinha uma fonte que brotava das pedras onde as pessoas lavavam os olhos. Quebraram at a santa, lamenta.

    local da gruta

    lago em forma de corao

  • 8 Maro de 2007 Valorize o que seu. Compre no comrcio da Vila

    Franklin Winston

    Meu pai Jorge, me Maria Alves, meus irmos Maria Martha, Maria Heloisa, George Sidnei, Srgio.

    Chegamos na Vila Tibrio no incio do ano de 1956. O caminho parou no nmero 740 da rua Dr. Loyola, entre as Conselheiros Dantas e Saraiva. Logo fomos observados por um menino que morava do outro lado da rua, como se tivesse nos dando boas vindas. No do-mingo seguinte ele me convidou para ir at a PRA7 participar do programa A Hora da Criana com Wilson Gasparini e Maria Carolina. Era o Srgio Rocha.

    O incio do ano requeria duas ati-tudes importantes: fazer matrcula no Grupo Escolar Dona Sinh Junqueira e no Catecismo da Igreja Nossa Senhora do Rosrio. Quanto ao trabalho, eu limpava as mquinas de Linotipo, re-tirando o chumbo que caia da caldeira, e entregava jornais nas principais ruas do centro.

    Na esquina da Conselheiro Saraiva morava uma famlia grande, cujo chefe era o conhecido 21, o dono do Bar era o sr. Antnio Chiconeli e a dona Bela, morava do lado oposto. A dona Bela tinha uma irm chamada Generosa, me dos mdicos Maurcio e Luiz Carlos e dona Jupira era casada com o sr. Alaor Junqueira.

    Ali tambm morava a famlia do sr. Joo Cmara. A dona Maria Cmara, trabalhava com roupas e tinha uma fbrica de flores de pano do fundo do quintal de sua casa e era auxiliada por sua filha e ajudantes.

    Passava as frias no stio e o trans-porte era feito com carroa e o cavalo se chamava mascote. tarde eu o leva-va para a cocheira na rua Conselheiro Saraiva depois da rua Monte Alverne.

    O sr. Rochinha era afinador de pianos, pai do amigo Srgio Rocha. Na outra casa morava o Pitta radialista. Duas quadras abaixo morava a famlia do vereador Jos Veloni, com os filhos

    Walter e Valrio. Na esquina debaixo, o Bar do Pacincia o Armazm do Del Lama. E subindo em direo ao cam-po Luiz Pereira, a famlia Zamarioli, destacando o Jairo alfaiate, com quem tive a oportunidade de trabalhar. Outro nosso vizinho na rua Jos Bonifcio era o tambm alfaiate tiberense Manoel Duarte Ortigoso. Subindo a Conselhei-ro Saraiva, a famlia do amigo Bolivar Ribeiro. Na Bartolomeu de Gusmo a famlia do sr. Oscar Moura de Oliveira, dona Fica os filhos Oscar Lcio e Evangelina. O famoso Bar Bocha do Pitiguara, na Conselheiro Dantas.

    Bem ao lado do campo do Bota a lenhadora do pai do Cludio. Subamos na pilha de lenha com cuidado at al-canar as arquibancadas atrs da trave dos fundos do Luiz Pereira para assistir aos jogos do fogo.

    Conhecemos a famlia de nossa colega Joana Darc que nos levou para nadar no Parque infantil j com o nome de Anita Procpio. Fui aluno da professora Albina Redigolo Severa e do exigente diretor Alcides Correa. Participamos do canto orfenico com o prof. Dorival ou Lourival Rodrigues

    e cantamos o Hino de Ribeiro Preto no dia 19 de junho 1956, dia do 1 Centenrio, na PRA 7. Mame ouviu pelo rdio e chorou de emoo. Par-ticipamos da elaborao do jornal O Porvir e teve uma poca que todo aluno do Grupo Escolar deveria vender uma cartela com 20 tijolos para a construo da Igreja Maria Goretti da Vila Virg-nia. No dia 9 de Julho, Dona Albina me pedia para declamar uma poesia de autoria do poeta Jorge Teixeira de Andrade, meu pai, ex-combatente da epopia de 1932, falecido em 1974. Na poca o prefeito Costbile Romano, o capito Deonardelli, Oswaldo Lopes de Brito, o jornalista Antonio Machado Santana, dom Arnaldo Padovani e dom Aparcio sempre eram convidados para as comemoraes.

    O Srgio Rocha e o seu irmo Adilson, o jovem George Sidney e outros fazamos teatro em prol do Lar Santana com um conjunto improvisa-do, apresentando nmeros musicais e peas teatrais de 2 atos. Com 11 anos eu j cantava Cuore Ingrato, Catari e Gioconda do Vicente Celestino, sob a rgia da irm Maurina.

    Depois mudamos para a rua Jo-aquim Nabuco onde ficamos por um ano. Nossa casa era parede meia com o famoso buraco quente, onde conhe-cemos a famlia numerosa do cacique e do Matagalo. L aconteciam ensaios da escola de samba. Eram nossos vizi-nhos o Z Japons, relojoeiro famoso e competente, estabelecido at hoje na rua So Paulo com a rua Minas, nos Campos Elseos, o sr. Ingrcio e dona Catarina, um casal de ucranianos j falecidos. Morava o comerciante de rdios, vitrolas mquinas de costura sr. Rubens Teixeira de Andrade com a famlia, a loja era na rua Jos Bonifcio em frente ao Bazar 19 e Casa Rubins-tein. Ele fazia a regio de Pitangueiras com uma perua Autounio parecida com a Kombi. No corredor ao lado moravam a famlia do Zinho que foi Dono do Barquinho Lanches ao lado

    do INSS da Amador, a famlia do sr. lvaro Benezi, funcionrio da IPAB, com seu irmo Edward e as irms e o sr. Fani Stheophane T. de Andrade e esposa dona Vilma Funk, irm do sr. Eduardo Funk Toms, um dos donos da Casa Edson na Duque de Caxias.

    Subindo a Rodrigues Alves em direo Luiz da Cunha eu parava para ouvir a prof. Neta tocar piano todas as tardes. No porto de cima a famlia do amigo, j falecido, Condiciriano - o Condinho, que atuou como delegado de polcia na cidade de Trs Lagoas, no Mato Grosso do Sul.

    Soube na poca pela minha me, que nossa prima Filhinha Tanga, que era dona da padaria da esquina mas que estava vendendo para uma famlia de Porangaba. Foi onde conheci a famlia Crispim Tavares. O velho Crispim que gostava de jogar bocha no Bar Botafo-go, onde hoje o Banco Banespa, e os filhos Toninho, Pedrinho, Zeca, Joa-quim, Tatinha, Carlinhos, Geraldinho, a Nice e a matriarca que me pedia para passar melado nas roscas e jogar coco ralado por cima. Uma grande famlia.

    Conheci o Alan e famlia que morava ao lado da fbrica de vidro na Martinico Prado o seu Ranulfo Tanga, que era tcnico ferramenteiro e fabricava de tudo. Dona Linda era irm do Baixe, o homem mais forte dos Campos Elseos. Na esquina da Igreja estava a Farmcia do sr. Chiquinho. a famlia, Alves Pereira, a dona Jeronima Bessa, viva e seus filhos, Geraldo Bel-miro Jos, Isaura, Sebastio e Oswaldo Alves. Pereira, o nico vivo e morador da rua 2 de Julho.

    A vila Tibrio marcou grande parte da minha adolescncia: o passeio na Praa Corao de Maria, o primeiro terno de casimira azul marinho para a primeira comunho no consegui jogar no Batman porque a grana era curta, eu disfarava e a conversar com o sr. Leonardo Valente na casa do Go-verno. Conheci o vereador, meu xar Arthur Franklin de Almeida, Chanaan

    Pedro Alm e toda a famlia. Estudei com o Olinto Rotta, Cicilini, Tolini, Z Parpinelli, Sanso Fernandes Lamas, da fbrica de potes, Djalma Cano.

    Nos anos 60 fui apresentado ao jo-vem Wilson Toni, magrinho, cabeludo, que sempre me tratou com respeito o carinho e me tornou conhecido em mais de 80 cidades atravs do progra-ma Clube Verdade (que Deus o tenha na sua bondade infinita) e posso afir-mar que o Natal de 2005 no dia 1 de dezembro quando me sentei na cadeira do Papai Noel para atender a primeira criana, eu levantei a cabea e vi a re-prter do Clube Verdade, uma morena de olhos puxados, a mais bonita da equipe, com o microfone na mo e atrs dela como se ali estava querendo ver o papai Noel e acompanhar de perto a reportagem natalina, o Toni, se despe-dindo do Papai Noel, e da festa que ele gostava de fazer. Meu cabelo arrepiou dentro da touca vermelha, fui tomado pela emoo e por pouco eu no gritei, olhe o Toni ali... s voltei a mim com a voz da criana me chamando: - Papai Noel, Papai Noel. Segurando as lgri-mas iniciei meu trabalho, olha, eu disse ao menino, quando voc ouvir blem blem blem o sino do Papai Noel e voc vai ouvir Feliz Natal, H H H...

    Desta vez, Papai Noel quem manda carta. Aqui, ele diz que j morou na Vila, estudou no 3 Grupo e hoje trabalha como bom velhinho

    Vila Tibrio em minha vida

    Franklin Winston, de 62 anos, Papai Noel da ACI , com sua me, Dona Maria, de 87 anos

    Franklin Winston quando garoto, nos tempos do 3 Grupo

    Gente da Vila

    F.: 3011-1321

    anuncie no Jornal da Vila

    o jornal que contaa histria da gente

  • 9Maro de 2007Valorize o que seu. Compre no comrcio da Vila

    O campeonato de master, pro-movida pelo Departamento de Es-portes do Clube de Regatas, uma competio para associados com idade acima de 38 anos. A disputa de 2006 teve incio no dia maio com a participao de 18 equipes. A deciso aconteceu no final do ano passado entre as equipes do Vila Tibrio e a do Tupy, ambas tendo como base moradores de nosso bair-ro. O Vila Tibrio venceu a final por 4 a 1 e seus jogadores Paulo Srgio foi artilheiro com 24 gols e Glauco, o destaque do campeonato; a melhor defesa com 17 gols sofri-dos e o melhor ataque com 80 gols marcados, tambm foram do Vila.

    O Vila Tibrio comandado por Arnaldo Regula e o Tupy diri-gido pelo Zinga.

    O Tupy foi o campeo do Campeonato Vov (acima de 45 anos) deste ano, foi dirigido pelo ex-jogador do Botafogo, Marinho.

    Cintra, Marquinho Ja, Guto, Marquinho, Waldo, Pigo, Paulinho, Wagner, Valder, Paca e Charles. Agachados: Arnaldo, Gil, Rgis,

    Tonjone, Sandro, Glauco, Leandro e o Mascote.

    A equipe do Tupy recebeu

    o trofu de vice atravs

    do diretor Jos Canavaci e do vice presidente Antnio Cese

    Vila Tibrio foi campe do regatas Master 2006

    Guilherme AugustoPromessa da Vila no ar

    espOrte

    PIC no estacionamento do Supermarcado Santo AntonioExerccios fsicos regulares so importantes para a ter uma sade estvel, manter a alta estima e se

    sentir uma pessoa ativa dentro da sociedade. Sabendo disso, a direo do Supermercado Santo Antnio est apoiando esta iniciativa. Agora possvel fazer o PIC no estacionamento do supermercado, sob coordenao da professora de Educao Fsica Elisngela Silva, toda tera e quinta-feira, das 7 s 8 horas da manh.

    O jovem Guilherme Augusto de Carvalho, de 23 anos, estudante de jornalismo e j est trabalhan-do na Rdio 79, fazendo planto esportivo e um dos integrantes do Futebol Mania.

    Guilherme, que ainda trabalha na rea administrativa na Pedro PVC, que pertence ao seu pai, diz que sempre gostou de rdio e que procura inspirao em profissionais que tm estilo prprio.

    Na 79, trabalha com Antnio de Barros, o Totinha, e Joo Gil-berto Bola Branca, na equipe comandada por Wilson Rocha, o Rochinha, e afirma que esta sua verdadeira escola.

    Faz parte de uma importante experincia jornalstica no rdio esportivo ribeiropretano: o pro-grama Futebol Mania, feito por jovens, que aborda com humor e muita informao, o que acontece com os nossos times: Botafogo e Comercial.

    Atuam no programa, transmiti-do todo sbado, das 15 s 18 horas, alm de Guilherme Augusto, os tambm estudantes de jornalismo, Rafael Terser, Rafael Martinez e Corra Jnior.

    Guilherme Augusto pretende continuar no jornalismo esportivo, mas como reprter de campo.

    - Vai ser difcil ficar em Ribei-ro Preto, com nossos times jogan-do como esto. Porm quero ficar sempre no rdio, que a minha paixo, afirma Guilherme.

    Guilherme Augusto na rdio 79

    Clnica de TodosInaugurao dia 26 de maro.O proprietrio o sr. Vilar, que

    vereador em Ipatinga (MG) e a clnica ser administrada pelos seus filhos caro e Tales.

    O plano que chega a Ribeiro sucesso total em Minas Gerais e est venda na rua XI de Agosto esquina com a Monsenhor Siqueira, com fone 3904-8739.

    Vai atender diversas especialidades, tendo consultas partir de 9,50 e apa-relho ortodntico gratuito.

  • 10 Maro de 2007 Valorize o que seu. Compre no comrcio da VilaGente/pOesia

    As scias proprietrias da ALFA BETA PAPELARIA Magali e Maria Teresa e as funcionrias Paula e Juliana esto muito contentes com o crescimento do comrcio na Vila Tibrio, bem como esto muito felizes com os clientes e amigos que formaram. A loja possui produtos de papelaria, tabacaria, informtica, escritrio e presentes e est estabelecida h 14 anos na Rua Martinico Prado, 385, com telefone 3625-7331. A equipe da ALFA BETA PAPELARIA parabeniza a Vila Tibrio pela expanso deste centro comercial.

    A esquina de nossos paisDa nossa adolescncia bem vividaTu no s a mais bela da cidadeMas foi a protagonista da nossa amizade

    A esquina do sr. Nicola e de d. AmliaDo sr. Melico e de d. MariquinhaDo sr. Daniel e de d. Maria Do sr. Olavo e de d. Iolanda

    A esquina do sr. Edmundo e de d. MercedesDo sr. Anbal e de d. LourdesDo sr. Moiss e de d. JaciraDo sr. Geraldo e de d. Jandira

    Esquina do sr. Larcio e de d. EmliaDo sr. Rodolfo e de d. IsauraDo sr. Moacir e de d. IzabelDo sr. Lico e de d. Celina

    Esquina do tio Roque, Cenio, Arnaldo e GinA todos que ensinaram a genteComo fazer um mundo diferentes nossas reverncias

    Esquina que fez amigosAte mesmo amor despertouCom o tempo manteve vivoE um dia desabrochou

    Esquina de sonhos e fantasiasQue muitos chamavam de utopiaPorque no conheciam a fora da amizadeDa turma que no teve medo da felicidade

    Molecada do cruzeiro e do carcarMostrou a arte e a beleza de jogarLotou quadra e camposFez ate adversrio elogiar

    A quitanda do JozinhoQue em um bar transformouFoi ponto de encontroDe uma amizade que ficou

    As pescarias em JaguaraQue o ano inteiro sonhvamosamos de Maria FumaaCom economias que juntvamos

    Duas forquilhas e uma cumeeiraQue no mato a gente cortavaUm pedao de lona pretaLampio de carbureto, nosso sonho iluminava

    Sabe aquele papo gostoso de esquinaUma idia aflorou e amadureceuE foi no quintal do sr. EdmundoQue reunimos e tudo aconteceu

    Dezenove de janeiro de 1973O C.E.T.A. clube nasciaDiretoria e departamento constitudosAta de fundao redigida

    Nossas condies financeiras no permitiamO projeto do papel no saiuMas a semente foi plantadaRegada com esperana e perseverana

    Nestas voltas que a vida dPara o caiara fomos todos jogarAmigos de todos os bairros l fomos encontrarAte mesmo alguns do barranco a ns vieram juntar

    A semente que h oito anos foi regadaVeio agora germinarNascia a chcara GregalesPara a nossa amizade continuar

    Em 22 de junho de 1980Nosso sonho comeou a ser construdoPouco dinheiro, muita luta e trabalhoHoje para todos um santurio

    Nome estranho de muito significadoQue entre noites, sbados, domingos e feriadosO pessoal pe a conversa em diaBate uma bola e joga baralho

    Chcara que nos d prazer e alegria uma maneira de manter vivaUma caminhada amigaDe meio sculo de vida

    Hoje homens da terceira idadeCom suas vidas resolvidasFamlias constitudas, filhos criadosMisso cumprida

    E a esquina acabou?Que bobagem, que asneirasEla mudou para as palmeirasDeixou viva a sua herana

    Atravessou fronteirasHoje muito longe daquiNuma terra de serrado e cho de areiaEla vive exuberante e faceira

    Ao norte de Minas GcraisBanhadas pelas guas do Rio UrucuaOnde uma linda cachoeiraMurmureja em versos a sua beleza

    Num ranchinho aconchegante sombra de um abacateiroMorada de um Joo de BarroE um bem-te-vi seu companheiro

    Que ao despertar da madrugadaUma linda sinfonia o canto da passaradaQue toca o corao mais rudeE desperta o cancioneiro que existe em nossa alma

    A noite chega e com ela a lua cheiaNa roda da cervejaPeixe frito na bandejaEla senta mesa, para a nossa histria contar

    Para ns a esquina da Martinico com a Padre FeijE uma estrela que marcou e permaneceu respeito, carinho e amizadeLuz calor e vida

    Esta histria que ns vivemosAlheios no podemos ficarPeamos a Deus em precesQue todos tenham uma esquina para morar.

    A esquinaPoesia escrita por Pedro Augusto de Carvalho, o Pedro PVC, em homenagem a uma esquina muito especial da Vila Tibrio,

    onde um grupo de amigos se reunia quando jovem, com essa ami-zade perdurando at os nossos dias com o Clube da Esquina

    Nosso Clube da Esquina

    Encontro de notveis: o jornalista Jos Fernando Chiavenatto com os ex-deputados Corauci Sobrinho e Antonio Calixto

    Zuleica, Cndida e Sumaira Alm com a matriarca Ilda Alm, que era esposa de Chanaan Pedro Alm. Chanaan foi dentista,

    vereador e depois proprietrio do antigo Bar Botafogo, na esquina da Luiz da Cunha com a Rodrigues Alves

    Bidu e a esposa Dora levaram os filhos para saborear as delcias do Cascatinha Lanches

  • 11Maro de 2007Valorize o que seu. Compre no comrcio da Vila curiOsidade/sade

    Dvidas sobre medicamentos e manipulaes podem ser esclarecidas

    nas seguintes farmcias da Vila Tibrio:

    Orientao Farmacutica

    A vida se baseia no exer-ccio e o esprito na serenida-de. A atividade serena leva prosperidade e a inatividade leva incapacidade. A prtica perseverante da caminhada recupera a vitalidade fisiol-gica, fortalecendo o corpo e retardando a velhice.

    A prtica da caminhada sau-dvel tem algumas dicas:

    1 Antes de iniciar a ca-minhada, indispensvel fazer exerccios de aquecimento e alongamento.

    2 Preste ateno especial sua respirao. So os movimen-tos musculares e a oxigenao que fazem o fluxo sanguneo fluir no organismo.

    3 Descubra os seus limites. Cada pessoa tem um biofsico e deve respeit-lo. Para os inician-tes, muito importante comear percorrendo pequenos percursos e ir aumentando gradativamente.

    4 A caminhada mais que um exerccio fsico. Pode ser mental tambm. Desligue o telefone celular e tente esquecer seus problemas. Esta prtica tem

    Parque da Pedreira: Questo de Sade

    o poder de restaurar seu vigor, seu bom humor e seu bem-estar geral.

    5 Evite caminhar nas pro-ximidades de avenidas, ruas ou praas com trnsito intenso, barulhentas ou muito poludas.

    6 Use roupas que permitam movimentos livres e sincroniza-dos de braos e pernas. Carregue o mnimo de objetos, de prefern-cia nenhum.

    7 Procure no conversar durante a caminhada. A conversa pode distrair e divertir, mas so-brecarrega o corao e dificulta a respirao.

    E nunca se esquea: Longas caminhadas comeam com pe-quenos passos

    As farmcias da Vila Tib-rio, vem reforar a iniciativa da reportagem do Jornal da Vila de transformar a Pedreira numa rea de lazer para darmos mais um passo rumo Sade e Bem Estar. Nos colocamos disposio como pontos de recepo de assinaturas para agilizar este projeto que tudo de bom.

    Camomila e Bem-me-Quer - Fone: (16) 3630-3598 - Rua Martinico Prado, 1.181

    Flor & Erva - Fone: (16) 3636-8623Av. do Caf, 375

    Pharmacos - Fone: (16) 3625-5371Rua Conselheiro Dantas, 1.087

    Doce Vida - Fone: (16) 3625-8172Rua Bartolomeu de Gusmo, 763

    tica - Fone: (16) 3610-6501Rua Luiz da Cunha, 839

    Clia Regina Fvero SilvrioFarmacutica - Flor & Erva

    A Villa di Tiberio, a Villa Jovis, na Ilha de Capri, era muito grande e luxuosa. Construda na ponta oriental da ilha, a uma altura de 300 metros acima do nvel do mar e uma posio quase inacessvel, dominava toda a paisagem.

    Fachada ocidental da

    Villa di Tiberio na Ilha de

    Capri. Pintura de Maurice Boutterin

    (170x455cm)

    A pintura abaixo, feita pelo ar-quiteto francs Maurice Boutterin em 1913, encontra-se na Escola Nacional Superior de Belas Artes de Paris e uma criao, baseada nas runas e documentos da poca da villa do imperador Tibrio.

    O Villa Tiberio um dos res-taurantes italianos mais finos da Espanha. Aberto em 1989 em Mar-bella, na Costa do Sol, por Sandro Morelli (ex-proprietrio de restau-rantes famosos da Inglaterra), onde serve a melhor cozinha italiana e vinhos finos em ambiente sofis-ticado. As paredes e os tetos so decorados com motivos da poca do imprio romano. O Villa Tiberio

    restaurante italiano na Espanha

    Das alturas de Anacapri, uma das cidades da ilha de Capri, os terraos dos bosques descem as encostas at o mar. O hotel Villa Tiberio est em uma rea de jardins luxuriantes, terraos cercados por flores tropicais e tem um piscina circular. Dos terraos possvel apreciar a costa oci-dental e as guas azuis profundas de Capri.

    Construdo em 1950 por um aristocrata alemo, a villa o lugar perfeito para quem procu-ra tranqilidade, com as brisas macias do mar que criam uma atmosfera muito especial. O Villa Tiberio foi reformado recente-mente.

    Fica a 5 minutos da Gruta Azul, a 2,5 km de Anacapri e a 9 de Capri.www.dolcevitavillas.com/Amalfi-Coast-Villas/0005.htm

    Villa Tiberio - hotel

    Capri, a ilha de TibrioLocalizada na provncia de

    Npoles, na regio de Campnia, ao sul da Itlia, em uma rea abun-dante em cultura, lendas, folclore e belezas naturais. A ilha fica a 17 milhas do golfo de Npoles. Com permetro de aproximadamente 17km, a ilha dividida em Anaca-pri a oeste e Capri, a leste.

    Capri oferece ao turista um passeio pela histria do imperador romano Tibrio e sua residncia de vero - a Villa Jovis, que era uma verdadeira fortaleza. Remanescen-tes da construo do sculo 1 a.C, data de edificao da rea, ainda es-to presentes, como muros, paredes e o cho de mosaico e mrmore.

    Provida de belezas naturais como o Arco Naturale, resqucios de uma gruta erodida pelo mar e

    as transformaes ocorridas na Era Paleoltica formaram uma moldura natural no topo da Via Matermania. A poucos metros dessa via pode-se encontrar um Nymphaeum, fonte construda pelos romanos que utiliza adornos como pedras e con-chas nas paredes, transformando o ambiente de encanto natural em culto s ninfas das guas.

    Na regio de Anacapri pode-se desfrutar do cenrio impressionista da Gruta Azul (Grotta Azzurra), onde o cu refletido na gua trans-forma o mar da gruta em um azul especial. As esttuas pags encon-tradas no fundo da gruta apontam para outro Nymphaeum, que foi a fonte particular de Tibrio.

    www.villatiberio.com

    Villa di Tiberio

    Runas da Villa Jovis, a Vila di Tiberio

    Na belssima ilha de Capri encontram-se as runas da villa construda por Tibrio. l, do outro lado da ilha, em Anacapri, tem um hotel com o nome

    de Villa Tiberio. Na Espanha, em Marbella, um famoso restaurante

    fica num grande terrao com jardins tropicais voltado para o Mediterrneo.

  • 12 Maro de 2007 Valorize o que seu. Compre no comrcio da Vilaespecial

    Se essa rua fosse minha...Padre Feij

    Diogo Antnio Feij (1784 - 1843), tambm conhecido como Regente Feij ou Padre Feij, foi um sacerdote catlico e estadis-ta brasileiro. Considerado um dos fundadores do Parti-do Liberal. Pode-se resumir bastante sua vida afirmando que exerceu o sacerdcio na Parnaba, em Guaratinguet e Campinas. Foi pro-fessor de Histria, Geografia e Francs. Estabeleceu-se em Itu, dedicando-se ao

    estudo da Filosofia. Em seu primeiro cargo poltico foi vereador em Itu. Foi depu-tado por So Paulo s Cortes de Lisboa, abandonando a Assemblia antes da apro-vao da Constituio. Era adversrio poltico de outro paulista, Jos Bonifcio de

    Andrada e Silva. Foi deputado geral por So Paulo (1826 e 1830), senador (1833), ministro da Justia (1831-1832) e regente do Imprio (1835-1837).

    Bem no comeo da VilaA Padre Feij comea na rua Luiz da

    Cunha, bem defronte a um porto da antiga Antarctica e termina no encontro da rua Aurora com a via do Caf.

    No incio tnhamos a loja de Wagner Tamburus (Zab), um grande botafoguen-se e da Tudi, sua irm. Ficava tambm a Mveis Tarozo.

    Moravam as famlias de Jos e Ju-arez (diretor do Grupo Sinh Junqueira, do Rolinha e Lelo, de Vando, Edlio (ex-Botafogo) e Arnaldo, que era juiz de futebol, Varalda, Peres (Carlinhos Peres tocava cavaquinho).

    Estavam a Venda do Roque, hoje chaveiro Sr. Jos e o Bar do Piranha (Fa-mlia DAndria) depois Bar do Olavo, hoje Gival Sacarias e Barbantes do amigo Fernando.

    Depois tinha a Loja do seu Gino e dona Dejanira, hoje Eltrica Popular do Jos Carlos (ex-Botafogo).

    Seu Perclio da Quitanda era pai de Antonio Lorenzato, ex-vereador, que tem um programa na CMN aos domingos de manh com a esposa Conceio.

    Moravam os dentistas Larcio de Souza e Alfeu Domeneghete e o mdico dr. Lineu, da famlia de Jos Fernandes.

    As famlias de dona Marclia, do pro-fessor Clodoaldo, de Heitor Fabri, Garcia, Chad, Pedrozo, de dona Paulada Tochini Refrigerao, Gomes Sete.

    Havia o Bar Santos, dos irmos Eu-clides, Nadinho di Santo e do inesquecvel cantor e taxista Antnio ris.

    Estavam as famlias Coleto (hoje Macal Lanches), de Miro e Valentim, do vereador Jos Mortari, do Edson das Mquinas de Escrever, do Paulo japons da Lavanderia do Tomz.

    Moraram as famlias de Lima Duarte

    (hoje Rota), do Roberto (corintiano), do Chaveiro Amigo Devair, do Carlinhos (enfermeiro), do vereador Arlindo Pereira, pai de Vado, Guga, Elza, do Inhaninho, do Luiz Verdureiro, do Man Portugus, do Valtinho Dentista. Ficava a Padaria do Proti.

    Residiam as famlias Spagnol, Jacob, Lima, o Armazm Martinez e o Aougue do Tot.

    Moravam as famlias Pico (do arce-bispo emrito de Santos, dom Davi e suas irms Terezinha e Judite, a dos Aleixo, hoje Clnica Veterinria Amico, o Barbeiro Tat, o Milton Scarparo, hoje Ponto da Eletricidade do Jos Roberto, a Fran.

    Moravam as famlias Montefeltro (ex-presidente do Botafogo), do Lupe, do Silas (jogador de Futebol parente do Tim, do Heitor (hoje Vitrolar).

    O Bar do Tatu (do seu Arquemede Rosa), hoje Cantina Santo Expedito, uma das melhores comida caseira da regio, do seu Luiz.

    Moradores da rua Conselheiro Dan-tas - A famlia Fracasso e a famlia do mecnico de manuteno aposentado Floriano Ribeiro, esposa Maria Apa-recida e os filhos Maurcio, Rogrio e Marcos, que so proprietrios da Moni-tec - que h 18 anos d manuteno de informtica em geral e so especialistas em conserto de monitores.

    Se algum no foi lembrado, favor enviar email [email protected]

    ou ligar para 3011-1321 e falar com Fernando.

    Ernesto BarbeiroEle foi um dos mais tradicioanis da Vila

    Atendendo na Martinico Prado e junto com a esposa Mercedes

    Leonardo Ernesto Pa-gliaro, o Ernesto Barbeiro, como era conhecido, nas-ceu em Brodsqui e com cinco anos de idade veio com a famlia morar na Vila Tibrio. Estudou no 3 grupo Escolar e apren-deu ofcio de barbeiro.

    Montou uma barbearia na Conselheiro Dantas, depois foi para a Luiz da Cunha esquina com a Castro Alves. Depois, em 1936, passou para a Martinico Prado, quase esquina com a Conse-lheiro Dantas, onde ficou at 1994. Na rua Bartolomeu de Gusmo trabalhou at 2004.

    Seus pais, Salvador Pagliaro e Catarina Giordano Pagliaro vieram da Itlia e tiveram seis filhos.

    Ernesto casou-se com Merce-des Colos Pagliaro, tambm de origem italiana, e tiveram trs filhos: Airton, que era dentista e faleceu, Sonia, que solteira e mora com a me e Sueli, que casada com Valdomiro Aparecido Thomaz e tem dois filhos, Ricar-do e Andr.

    Frente da barbearia, na Martinico Prado