fraturas periprotéticas e por estresse

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Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo Departamento de Ortopedia e Traumatologia Servio Prof. Dr. Edie Benedito Caetano

Dr. Dennis Sansanovicz R3 em Ortopedia e Traumatologia Maro, 2012

Um dos primeiros relatos sobre fratura por estresse foi atribudo : Breithaupt (1855): Mdico militar prussiano que descreveu casos de soldados com dor persistente nos calcanhares, aps treinamento militar exagerado. Essa leso ficou conhecida com Fratura do Marchador ou Deutschalanders fracture. * Obs: no mesmo livro (Cohen) em outro captulo, h descrio da Fratura da Marcha como sendo dos Metatarsos dos ps de soldados, tambm descrita por Breithaupt em 1855.

Devas (1958-60): diagnosticou fraturas na patela de corredores, utilizando-se apenas de radiografias simples, sendo o primeiro a descrever fraturas por estresse em atletas.

Prtica Esportiva X Alto rendimentoltimas dcadas: valorizao da atividade fsica e do alto rendimento esportivo

nmero de leses decorrentes do treinamento excessivo ou inadequado (Leses por Overuse)

Estgio final das Leses por Overuse = Fratura por Estresse

Definio: As fraturas por estresse so leses comuns na prtica esportiva, estando relacionadas : - Sobrecargas cclicas e repetitivas. - Excessivos treinamentos de resistncia (Endurance). - Mudanas na regularidade e na intensidade dos treinamentos. Podem acometer ossos com resistncia elstica normal, aumentada ou diminuda (osteoporticos):OSSOS SUBMETIDOS FORAS DE TENSES SUBMXIMAS FRATURAS POR FADIGA OU INSUFICINCIA

Epidemiologia 1,1 3,7% das leses esportivas. Taxa de incidncia varia com o mtodo diagnstico utilizado. Estudos realizados em atletas obtiveram incidncias de Fx por Estresse que variaram de 0,7% at os impressionantes 15,6%. Taxa de recorrncia, segundo Boden, pode chegar 16%.

Epidemiologia Maratonistas: 20,4 at 51,5% Bailarinos: 22 at 45% Acomete mais mulheres e caucasianos. O Risco relativo de mulheres desenvolveram fraturas por estresse 3,8 a 12 vezes maior do que em homens A incidncia aumenta diretamente com o tempo de treinamento dirio. Bennell: Observou nos praticantes de atletismo 0,7 leses por 1000 h de treinamento.

Epidemiologia O Voleibol se destaca, principalmente em jovens no incio da carreira. Nardelli, observou no voleibol masculino profissional o comprometimento da coluna lombar em 0,9 a 2,1% dos casos e na tbia 1,5% dos casos. Voleibol feminino: as leses so mais frequentes, principalmente quando se associam osteoporose, distrbios menstruais e alimentares.

Epidemiologia Incidncia maior nos ossos que suportam carga (coluna, anel plvico, fmur, tbia, fbula e ossos do p) e varia com o esporte:

1)Maratonistas: tbia(60%), MTTs(28%), fbula (15 %), fmur ( 5%) e navicular (3%). 2)Arremessadores: mero. 3)Golfe: costelas. 4)Esqui aqutico e remo: coluna lombar. 5)Ginastas Olmpicas: tbia.

Fisiopatologia As Fxs por Estresse so Leses decorrentes da ao repetitiva de sobrecargas de intensidade submxima, resultando em um desequilbrio entre a produo e a reabsoro ssea. Resistncia ssea: combinao de rigidez e elasticidade (que so diretamente relacionados densidade, composio e estrutura da matriz ssea).

Fisiopatologia Resistncia Compresso : Hidroxiapatita Resistncia tenso: Colgeno. Ossos so estruturas dinmicas: - Quando submetidos sobrecarga mecnica se adaptam morfologicamente. - Lei de Wolff: 1) Foras de compresso: levam formao ssea. 2) Foras de tenso: levam reabsoro ssea. # Mas porque isto ocorre?

Fisiopatologia Lei de Wolff: a teoria mais aceita se baseia ao efeito pizoeltrico gerado pelas foras de compresso e tenso geradas no osso: 1) Foras de compresso geram um potencial eletronegativo, estimulando atividade osteoblstica (formao ssea). 2) Foras de tenso geram um potencial eletropositivo, estimulando atividade osteocltica (reabsoro ssea).

Mas porque isto importante nas Fraturas por Estresse?

Fisiopatologia Na presena repetitiva de sobrecargas de intensidade submxima, na regio de tenso, haver reabsoro do osso lamelar cortical na regio subperiosteal, resultando na formao de pequenas cavidades corticas (crack) responsveis pela fragilidade local e subsequente fratura. Logo, as Fraturas por Estresse ocorrero, na sua grande maioria, nas reas de trao(tenso).

FisiopatologiaAbrupto de Intensidade, durao e frequncia dos treinamentos, sem perodos de adaptao ou descanso. Reabsoro ssea nas reas de tenso Processo de remodelao ssea para compensar a perda ssea

No entanto, o processo de remodelao ssea demanda tempo e a reparao ssea apenas ocorrer com a retirada do estmulo inicial pelo tempo necessrio para ocorrer produo ssea adequada. No havendo tempo disponvel, a reabsoro ssea predominar, levando ao aparecimento de microfraturas que se propagaro at o surgimento da fratura propriamente dita.

Fisiopatologia Envolvimento muscular:1) Fadiga Muscular: os msculos trabalham em conjunto com os ossos, formando alavancas musculo-esquelticas para absoro do impacto. A fadiga muscular leva perda desse mecanismo, aumentando a sobrecarga ssea.

2) Fora muscular excessiva: podem ser transmitidas estrutura ssea, tambm aumentando a sobrecarga ssea.

Fatores de Risco 1) Divididos em: Fatores Intrnsecos: Idade, sexo, raa. Densidade e estrutura ssea Fatores sistmicos: desequilbrios hormonais, menstruais, metablicos Alteraes do ritmo do sono Doenas do colgeno.

2) Fatores Extrnsecos: - Tipo e ritmo do treinamento - Uso de calados e equipamentos esportivos - Condicionamento fsico (aerbico) - Local do treinamento - Temperatura Ambiente

Aspectos Anatomofisiolgicos Ps Cavos: mais rgidos, absorvem menos impacto favorecendo Fxs de calcneo. Ps Planos: mais flcidos, absorvem mais impacto favorecendo fraturas de MTTs. Discrepncia de MMIIs entre 1 e 1,3 cm so consideradas relevantes na gnese de Fxs por estresse, tanto no membro mais curto quanto no mais comprido. Instabilidades em joelhos e TNZs tambm limitam a absoro de impacto favorecendo Fxs por estresse

Aspectos Anatomofisiolgicos Mulheres: o hipoestrogenismo e a presena de bacia mais larga favorecem Fxs por estresse no anel plvico e MMIIs. Trade da Mulher Atleta: Distrbios Alimentares (baixa ingesto de clcio e anorexia) Distrbios menstruais (menarca tardia, oligomenorrria ou amenorria) Baixa densidade ssea (osteoporose)

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Aspectos AnatomofisiolgicosMulheres: elevado grau de rotao externa passiva do colo femoral (>60), a anteverso do colo femoral e a toro externa da tbia proximal levam hiperpronao compensatria dos ps, favorecendo Fxs por estresse nos MMII e ps. Homens: Fxs por estresse esto relacionadas baixas taxas de hormnios sexuais, principalmente testosterona. (Os nveis de testosterona podem 25% aps 2 dias consecutivos de treinamento de alta intensidade). Crianas e Adolescentes: fazem menos Fxs por estresse devido ao elevado potencial de regenerao do tecido sseo do esqueleto imaturo.

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Diagnstico ANAMNESE:1) DOR: de incio insidioso, sem histria de trauma, com piora progressiva e relacionada atividade fsica repetitiva. Surge geralmente ao final dos exerccios e se intensifica ao longo das semanas, podendo ocorrer durante atividade e ser constante deambulao, no melhorando aps o repouso de alguns dias. A instalao do quadro doloroso ocorre entre 2 e 5 semanas do incio da modificao ou intensificao do treinamento. A instalao em menos de 24 hs rara e associada leso de osso esponjoso. 2) Incio ou mudana abrupta do volume de treinamento com pouco tempo de adaptao ou repouso.

3) Presena de fatores de risco extrnsecos e/ou intrnsecos.

Diagnstico Exame Fsico:rea dolorosa palpao, com ou sem edema. Na tbia deve ser fazer o diagnstico diferencial com a Sndrome do Estresse Tibial Medial (Periostite Tibial / Canelite): inflamao do peristeo e do osso subcondral devido foras de trao e compresso. Nesta sndrome a dor tem uma longa rea de extenso no 1/3 distal da face medial da tbia, sem sinais de fratura.

Diagnstico Exames Auxiliares:

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Radiografia Simples Cintilografia ssea Trifsica TC de Emisso de Ftons Isolados (SPECT) RNM

Radiografia Simples Incio da investigao Baixa Sensibilidade S demonstra sinais de Fxs por Estresse , em mdia, na 6 semana. As alteraes radiogrficas podem ocorrer at 3 meses do nicio dos sintomas (quando observamos formao de osso subperiosteal) Alguns autores recomendam radiografias seriadas com intervalos entre 1 e 4 semanas.

Fratura de Jones (Fratura por Estresse do 5 MTT)

Cintilografia ssea Trifsica

Traado com metilenodifosfonato (MDP) e marcado com tecncio-99m (MDP-99mTc).

- Realizada em 3 fases: angiogrfica, de captao precoce e a de captao tardia. - Vantagens: Alta sensibilidade (porm h relatos de falsos negativos), avalia diversos pontos do esqueleto, fornece informaes fisiolgicas, tm baixo custo e detecta fraturas em menos de 24 hs de evoluo. - Desvantagens: Baixa especificidade (falsos positivos), positividade prolongada aps resoluo da fratura, invasiva, pode-se apresentar reaes alrgicas ao marcador e um exame demorado.

Fratura por Estresse de Arcos Costais (Golfe)

Diagnstico Diferencial Cintilogrfico Fxs por Estresse X Periostite TibialFx por Estresse Positividade nas fases Intensidade Pode ser + em qualquer fase Periostite Tibial + somente na fase tardia

1+ a 4+ 1+ a 2+ Localizada, Arredondada ou Linear e Vertical Fusiforme Qualquer ponto da tbia Tbia pstero-medial

Localizao medial

Classificao Cintilogrfica das Fraturas por Estresse na Tbia (Swas 1987)IMAGEM CINTILOGRFICA GRAU I II III IV Pequena rea cortical com aumento discreto de atividade rea cortical bem definida com aumento moderado de atividade rea cortical e medular larga ou fusiforme, com grande aumento de atividade rea transcortical de atividade intensamente aumentada

Comparao entre o padro de captao cintilogrfico e alteraes no Rx de Fxs por Estresse na Tbia (Jones 1989)Grau 0 I II III IV Leso Remodelao normal Reao discreta ao estresse Reao moderada ao estresse Reao intensa ao estresse Fratura por Estresse Sintoma Nenhum Dor durante a atividade Sem dor palpao Dor durante a palpao- Dor discreta palpao - Massa palpvel - Dor em repouso

Cintilografia + + + + +

Raio X + + +

Tomografia Computadorizada No um exame de rotina para diagnstico de fratura por estresse, com as seguintes excees: Fx Calcneo (diagn. dif = Deformidade de Haglund (alterao ssea no calcneo) que faz parte da Sndrome de Haglund (Trade: bursite retrocalcaneana superficial e profunda e tendinopatia crnica insercional do calcneo) Fx Navicular Fx Vrtebra Lombar

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TC em corte axial mostrando fratura por estresse do Navicular

Fx por Estresse da pars articulares esquerda de L5

SPECT (TC por Emisso de Ftons Isolados) Associao da Tomografia com a Cintilografia ssea. (semelhante ao PET-CT, porm emite, ao invs de psitrons, ftons quando um eltron e um psitron se chocam forma-se 2 ftons). Importante para diagnstico de Fx por estresse na pelve e na coluna lombar.Encfalo

Ressonncia Nuclear Magntica Alta sensibilidade ( ou = cintilo) Maior especificidade No invasiva Avalia toda a extenso da leso e a intensidade do processo inflamatrio local. Auxilia no diagnstico diferencial e no estadiamento (prognstico e tempo de recuperao). No expe paciente radiao ionizante. mais rpida realizao do que a cintilo. As imagens em T2 e a tcnica de supresso de gordura permitem a deteco precoce do trao de fratura e do edema medular e periosteal.

Imagem em T2 mostrando Fratura por Estresse do Malolo Medial Tibial

RNM x CINTILOGRAFIA

Fratura por Estresse na Tbia Dvida? A clnica soberana

Tratamento Conservador Primeiro identifica-se os fatores de risco intrnsecos e extrnsecos , corrigindo-os a fim de permitir que o processo de reparao tecidual exceda ao de formao de leses. Controle lgico realizado com AINES e analgsicos, cinesioterapia, limitao da atividade fsica e retirada dos fatores predisponentes da dor. Na sequncia damos incio a medidas de suporte para o condicionamento fsico e o reequilbrio muscular.

Tratamento1) Fraturas de Estresse de Baixo Risco: - So decorrentes de sobrecarga na rea de compresso e apresentam grande tendncia consolidao, apenas com a mudana do treinamento.- So diagnosticadas com base na histria clnica e no exame fsico, no necessitando de mtodos diagnsticos mais elaborados. - O tratamento baseia-se no repouso, uso de medicamentos e retiradas dos fatores desencadeantes da dor, por um perodo que varia de 3 a 6 semanas. Com o controle da dor, o paciente inicia seu retorno pratica esportiva, com atividades para manuteno cardiovascular (bicicleta e natao) e exerccios de baixo impacto.

Tratamento2) Fraturas de Estresse de Alto Riso: - Ocorrem nas reas de tenso. - Elevada probabilidade de falha no tratamento conservador e progresso da fratura, podendo evoluir para fraturas completas, fraturas com retardo de consolidao ou ento pseudoartroses, necessitando de tratamento mais agressivo (tratadas como agudas) *Exemplos de Fratura de Alto Riso: 1) Poro Spero-lateral do Colo Femoral 2) Patela 3) Cortical Anterior da Tbia 4) Malolo Medial 5) Tlus 6) Navicular 7) Fratura de Jones (base do 5 MTT) 8) Sesamides.Fx por Estresse da Cortical Anterior da Tbia tratada com HIB

Algoritmo de Tratamento de Spindler para Fx por Estresse dos MMII

Tratamento Observaes Segundo Spindler, as Fraturas +s na cintilografia e negativas no Rx simples, so tratadas com repouso e pela retirada de carga do membro acometido. J as fraturas tambm visveis no Rx simples, o tratamento deve ser reavaliado e individualizado.

Tratamento Observaes A correo de alteraes hormonais, menstruais e metablicos deve se iniciar precocemente. Em mulheres amenorricas uma suplementao de clcio de 1000 a 1500 mg/dia diminui a incidncia de fratura por estresse. Alguns autores optam tambm pelo uso de bifosfonatos e controle pela densidometria ssea.

Atletas de alto rendimento com Fx de alto risco, que necessitam de retorno rpido prtica esportiva devem ser tratados cirurgicamente.

Fratura por Estresse no Colo Femoral Fraturas na rea de compresso, podem ser tratadas clinicamente. Fraturas na rea de tenso (Spero-lateral) do colo necessitam de fixao interna rgida para evitar necrose avascular da cabea femoral.

RNM de Fratura por Estresse do Colo Femoral (Compresso)

Preveno Uma vez identificado os fatores de risco para presena de fraturas por estresse, a informao e orientao so as melhores formas de preveno. Atletas profissionais devem ser orientados dos seus erros e limites, a fim de evitar o surgimento de complicaes que podem lev-lo ao abandono do esporte, como, p. ex., Ronaldo Fenmeno.

Dvidas?

IncidnciaNmero de ATQ (principalmente em mais jovens, devido o durabilidade das prteses)

Fraturas Periprotticas do Quadril

Expectativa de vida

Fraturas podem ser do fmur ou do acetbulo. Tanto as fraturas periprotticas do fmur como do acetbulo podem ocorrer no intraoperatrio, como no ps-operatrio. A taxa de Fxs Intra-operatrias tanto do Fmur como do Acetbulo maior quando se utilizam componentes no cimentados, devido a necessidade de impaco dos componentes.

Classificao de Fraturas Acetabulares Periprotticas Peterson e LewallenComponente acetabular clinicamente e radiograficamente estvel Componente acetabular clinicamente e radiograficamente instveis

Fraturas do tipo I (Teoricamente para trat. Conservador)Fraturas do tipo II (Tratamento Cirrgico)

* Embora os autores tivessem tratado sem cirurgia todas as fraturas do tipo I, metade destas apresentou afrouxamento do componente acetabular posteriormente, exigindo reviso.

Classificaes das Fraturas Femorais PeriprotticasClassificao de Johansson et al. (1981)Tipo I: Proximal extremidade da Prtese, sem que a haste escape do canal medular. Tipo II: O trao de fratura ultrapassa a parte distal da prtese e a haste escapa do canal medular. Tipo III: O trao de fratura inteiramente distal extremidade da prtese.

Baseada em ATQ cimentada

Classificaes das Fraturas Femorais PeriprotticasClassificao de Bethea et al. (1982)Tipo A: Fratura ocorre sobre a extremidade distal do componente. Tipo B: Fratura assume uma forma de espiral envolvendo o componente. Tipo C: Fratura cominuda em volta da haste.

Classificao da AAOS (1990)

3 nveis 6 TiposNvel I: definido como sendo fmur proximal, at o nvel do trocnter menor. Nvel II: abrange 10 cm distal ao limite do trocnter menor. Nvel III: O restante do fmur distal ao limite do nivel II.

Classificaes das Fraturas Femorais Periprotticas

Classificao da AAOS (1990) 6 Tipos: Tipo I: Fraturas proximais linha intertrocantrica (Nvel I) Tipo II: Fendas verticais ou em espiral que no ultrapassam a extremidade inferior do trocnter menor (Nvel I). Tipo III: Fendas verticais ou em espiral que ultrapassam a extremidade inferior do trocnter menor, ms no vo alm do nvel II.

Classificaes das Fraturas Femorais Periprotticas

Classificao da AAOS (1990)Tipo IV: Fraturas cruzam ou limitam-se rea da extremidade da difise correspondente ao nvel III. Tipo IVA: Fratura em espiral ao redor da extremidade. Tipo IVB: Fratura transversal ou oblqua, semelhante ao Tipo A de Bethea e ao Tipo II de Johansson.

Classificaes das Fraturas Femorais Periprotticas

Classificao da AAOS (1990)Tipo V: Fraturas gravemente cominudas ao redor da haste no nvel III. Tipo VI: Fraturas distais extremidade da haste, tambm no nvel III

Classificaes das Fraturas Femorais Periprotticas Sistema de Classificao de Vancouver (1995) Hoje a classificao mais utilizada (Rockwood 6 Ed. S menciona esta classificao). Recurso indispensvel para seleo do procedimento de reconstruo mais adequado. Incorpora 3 fatores importantes a serem considerados:

1) Local da Fratura (A, B ou C) 2) Estabilidade do Implante 3) Avaliao do estoque e/ou quantidade material sseo adjacente

Classificaes das Fraturas Femorais PeriprotticasSistema de Classificao de Vancouver (1995)

1) Local da Fratura: as fraturas se dividem em A, B e C: Vancouver A: fraturas proximais em relao prtese, subdividindo-se em: - Fraturas Trocantricas AG (Trocnter Maior) - Fraturas Trocantricas AL (Trocnter Menor) Vancouver B: fraturas ao redor ou pouco abaixo da haste. Vancouver C: fraturas localizadas bem abaixo da extremidade distal da prtese.

Classificaes das Fraturas Femorais PeriprotticasSistema de Classificao de Vancouver (1995)

2) Estabilidade do Implante: - As fraturas tipo A se subdividem em estveis e instveis, conforme a necessidade de uma estabilizao cirrgica. - Fraturas B1: componente femoral continua bem fixado. - Fraturas B2: componente femoral se afrouxou. - Em relao s fraturas do tipo C, a estabilidade do implante analisada independentemente do tratamento aplicado fratura.

Classificaes das Fraturas Femorais PeriprotticasSistema de Classificao de Vancouver (1995)

3) Estoque e/ou Quantidade do Material sseo Adjacente: - As fraturas do tipo B ainda se subdividem conforme qualidade do material sseo subajcente: - A classificao de uma fratura como sendo B1 ou B2 pressupe que o material sseo adjacente adequado. - O Tipo B3 inclui as fraturas em que o componente se apresenta frouxo e que houve grave perda substancial ssea (causada por: osteopenia, ostelise ou cominuio)

Fraturas Femorais Periprotticas Ps-operatrias - VancouverLocal da Fratura Trocnter Menor ALClassificao Fixao da Haste

Trocnter Maior AG B1

Sobre a Haste

Distal Haste B3 CIgnore a prtese e revise aps a osteossntese s/n

B2

Boa

Boa

Boa

Perda

Perda

Estoque sseo Opes de Tratamento

BomTratamento sintomtico, exceto no envolvimento substancial da cortical medial

BomTratamento sintomtico. Intervir apenas para tratar dor, hipotrofias musculares ou instabilidade.

Bom

Bom

Pobre

-------Fixar a fratura e depois avaliar estabilidade da prtese

Cerclagem, enxertos corticais de cadver e placas

Artroplastia de reviso com hastes longas

Artroplastia de reviso com enxerto sseo

Caso Ilustrativo

A: Fratura Periprottica Vancouver B1 B: Fixao com placa Dall-Miles (Placa associada cabos multifilamentares) C: Sistema de fixao do cabo multifilamentado placa.

Classificaes Fraturas Periprotticas do Joelho Fraturas Periprotticas do Ombro Fraturas Periprotticas do Cotovelo

Fraturas Periprotticas do JoelhoClassificao de Lewis and Rorabeck para fratura do fmur

Tipo I : Fraturas minimamente desviadas com integridade da fixao do componente femoral. Tipo II : Fraturas desviadas , porm com manuteno da fixao do componente femoral. Tipo III: Fraturas desviadas ou no, porm houve soltura do componente femoral.

Fraturas Periprotticas do JoelhoClassificao de Lewis et al. para Fratura da Tbia Baseia-se em 3 fatores 1) Localizao da fratura - Tipo I : fraturas do planalto tibial - Tipo II : fraturas so adjacentes haste - Tipo III : fraturas so distal prtese - Tipo IV envolvem o tubrculo. 2) Estabilidade do implante - Subtipo A: componente tibial fixo. - Subtipo B: componente tibial solto. 3) Se a fratura ocorreu no intra-operatrio ou no psoperatrio - Subtipo C: a fratura ocorreu no intra-operatrio

Fraturas Periprotticas do JoelhoClassificao de Goldberg et al . para Fratura da PatelaTipo I0 - Fratura marginal - Mecanismo extensor intacto - Componente patelar fixo ao osso - Rompimento do mecanismo extensor ou - Sotura do componente patelar - Fratura do plo inferior da patela com o rompimento do mecanismo extensor - Componente Patelar fixo - Fratura-luxao da patela.

Tipo II

Tipo III

Tipo IV

Fraturas Periprotticas do OmbroClassificao de Wright e Cofield As Fraturas so classificadas em relao sua localizao e em relao extremidade distal da prtese. Tipo A: so fraturas na extremidade distal da prtese que podem se estender proximalmente . Tipo B: so as fraturas na extremidade distal prtese sem extenso ou com mnima de extenso proximal e uma quantidade varivel de extenso distal prtese. Tipo C: so fraturas distais prtese.

Fraturas Periprotticas do OmbroClassificao de Wright e Cofield Tipo A: so fraturas na extremidade distal da prtese que podem se estender proximalmente .

Fraturas Periprotticas do OmbroClassificao de Wright e Cofield Tipo B: so as fraturas na extremidade distal prtese sem extenso ou com mnima de extenso proximal e uma quantidade varivel de extenso distal prtese.

Fraturas Periprotticas do OmbroClassificao de Wright e Cofield Tipo C: so fraturas distais prtese.

Fraturas Periprotticas do CotoveloClassificao da Clnica Mayo Classificao de acordo com a regio anatmica da fratura tanto do mero quanto da ulna. - Tipo I: Fraturas metafisrias - Tipo II: Fraturas na altura da haste - Tipo III: Fraturas distais haste

Conforme o sistema de Vancouver, a fratura ainda caracterizada como estando associada - Subtipo A: sem soltura da prtese - Subtipo B: com soltura da prtese

15 questes 8 questes

Taro 1998 a 2011

9) Na sndrome do estresse tibial medial ou shin splint, a dor localiza-se na regio: a) do tero proximal na face lateral da tbia b) do tero proximal na face medial da tbia c) do tero distal na face lateral da tbia d) do tero distal na face medial da tbia

d) do tero distal na face medial da tbia

A Sndrome do estresse tibial medial um processo inflamatrio do peristeo e do osso subperiosteal, resultado da ao de foras de trao e compresso que agem sobre a perna. A dor localiza-se em uma rea de longa extenso no tero distal da face medial da tbia, no havendo sinais de fratura.

313) Das fraturas por estresse descritas a seguir, considerada de alto riso: a) tbia regio proximal/anterior b) tbia regio do tero mdio para distal c) colo femoral cortical inferior d) sacro

a) tbia regio proximal/anterior As Fxs por estresse podem ser classificadas em alto e baixo risco, quanto s caractersticas da histria natural, das dificuldades de tratamento e do risco de complicaes. Ocorrem nas reas de tenso.

*Exemplos de Fratura de Alto Riso:Poro Spero-lateral do Colo Femoral Patela Cortical Anterior da Tbia Malolo Medial Tlus Navicular Fratura de Jones (base do 5 MTT) Sesamides.

314) A diferena entre a sndrome do estresse tibial medial e a fratura por estresse que: a) a fratura por estresse da tbia ocorre nos pacientes mais idosos b) a sndrome do estresse tibial medial tem um melhor prognstico em termos de retorno ao esporte c) os pacientes com fratura por estresse tem maior incidncia de p plano valgo que os pacientes com sndrome do estresse tibial medial

d) fratura por estresse da tbia em atletas profissionais de tratamento cirrgico, ao passo que a sndrome do estresse tibial medial no

b) a sndrome do estresse tibial medial tem um melhor prognstico em termos de retorno ao esporte

347) So considerados diagnsticos diferenciais da fratura por estresse da perna no esportista: a) sndrome compartimental crnica b) leso muscular c) tumor sseo d) todas as alternativas anteriores

d) todas as alternativas anteriores

348) O melhor exame para avaliao inicial de um atleta com suspeita de fratura por estresse : a) ressonncia magntica b) cintilografia ssea com tecncio c) radiografia simples digitalizada d) tomografia computadorizada

a) ressonncia magntica

Hoje existe um consenso de que o melhor exame para diagnosticar uma Fx por estresse a RNM. Apesar de alguns trabalhos citarem a TC nos casos iniciais, quando a RNM pode estar negativa. Porm, via de regra, a leso mais bem visualizada e classificada no exame de RNM.

354) Assinale a alternativa incorreta:

a) o entorse de tornozelo uma leso frequente no atletab) degeneraes de disco vertebral so raras em atletas c) fraturas por estresse podem ser tratadas na sua forma crnica com fixao interna por meio de hastes intramedulares d) espondillises bilaterais podem evoluir para listeses vertebrais em esportistas de salto

b) degeneraes de disco vertebral so raras em atletas

As degeneraes discais so muito frequentes em, esportistas e pode-se observar at mesmo protuses discais em alguns atletas.

482) A trade do atleta feminina a associao de:

a) desordem alimentar, irregularidade menstrual ou amenorria e osteoporoseb) balano adequado alimentar, ciclo menstrual normal e atividade ssea normal c) balano alimentar inadequado, ciclo menstrual normal e atividade ssea normal d) balano adequado osteoporose alimentar, amenorria e

a) desordem alimentar, irregularidade menstrual ou amenorria e osteoporose Trade da Mulher Atleta: - Distrbios Alimentares (baixa ingesto de clcio e anorexia) - Distrbios menstruais (menarca tardia, oligomenorrria ou amenorria) - Baixa densidade ssea (osteoporose)

610) De acordo com a classificao de Vancouver para as fraturas do fmur aps ATQ, pode-se afirmar em relao as fraturas do tipo B que: a) ocorrem bem abaixo da haste femoral b) so as mais raras, porm mais problemticas c) nas fraturas tipo B1, a haste femoral permanece bem fixada d) na fratura tipo B3, a melhor indicao realizar reduo e osteossntese da fratura, mantendo-se a haste femoral in situ

c) nas fraturas tipo B1, a haste femoral permanece bem fixada

759) H correlao inadequada quanto fratura por estresse nos membros superiores na prtica de: a) Beisebol, mero difise proximal em adolescentes b) Tnis, metacarpo c) Natao, avulso de olcrano d) Musculao, acrmio-clavicular

c) Natao, avulso de olcrano

As fraturas por estresse do membro superior esto relacionadas com abduo e rotao lateral e musculao.* Obs: Explicao no respondeu a pergunta.

761) Na trade da mulher atleta, quais so os efeitos da amenorria no metabolismo sseo? a) perda ssea prematura b) mineralizao pobre do osteide c) boa resposta s mudanas de atividade d) todas esto corretas

d) todas esto corretas

Na trade da mulher atleta, a amenorria est relacionada a perda ssea prematura, mineralizao pobre do osteide e maior suscetibilidade a fraturas por estresse.

905) Na fratura periprottica do quadril, do tipo B2 de Vancouver, a reviso cirrgica deve envolver a a) enxertia ssea estrutural b) cimentao proximal da haste c) osteossntese com manuteno da prtese d) substituio do componente femoral por haste longa

d) substituio do componente femoral por haste longa

925) Sobre a fratura por estresse da tbia, assinale a verdadeira: a) a maioria composta por leses pstero-laterais e ocorre nos dois teros proximais b) quando uma fratura acontece, geralmente de trao oblquo c) as fraturas da regio anterior, no tero mdio, so mais sujeitas pseudoartrose

d) geralmente so assintomticas

c) as fraturas da regio anterior, no tero mdio, so mais sujeitas pseudoartrose As fraturas do tero mdio anterior, na face de tenso da tbia, frequentemente progridem para pseudoartrose. Fraturas completas tambm so relatadas.

956) considerado fator de risco para fratura de estresse em atletas: a) a diminuio da densidade ssea em homens b) o aumento do ndice de massa corprea em mulheres c) a diminuio da taxa de testosterona em homens d) o distrbio alimentar em mulheres

d) o distrbio alimentar em mulheres Trade da Mulher Atleta: - Distrbios Alimentares (baixa ingesto de clcio e anorexia) - Distrbios menstruais (menarca tardia, oligomenorrria ou amenorria) - Baixa densidade ssea (osteoporose)

Taro 201182 - Na evoluo da fratura de estresse do colo do segundo metatarsal, a dor e o edema so, respectivamente,

A) aguda e difusa; ausente.B) tardia e difusa; ausente. C) tardia e localizada; presente. D) aguda e localizada; presente.

Taro 2011C) tardia e localizada; presente.

Patients often note the gradual onset of pain directly over the second metatarsal neck region 2 to 4 weeks after beginning a running or aerobic program. Swelling over the area are usually noted.

82. Canale S. T. Campbell's operative orthopaedics. St. Louis: Mosby. 11th ed., p. 4885

Taro 20097. Na fratura periprottica do quadril, do tipo B2 de VANCOUVER, a reviso cirrgica deve envolver a

A) enxertia ssea estrutural.B) cimentao proximal da haste. C) osteossntese com manuteno da prtese. D) substituio do componente femoral por haste longa.

Taro 2009D) substituio do componente femoral por haste longa.

Taro 200938. considerado fator de risco para fratura de estresse em atletas A) a diminuio da densidade ssea em homens. B) o aumento do ndice de massa corprea em mulheres. C) a diminuio da taxa de testosterona em homens. D) o distrbio alimentar em mulheres.

Taro 2009D) o distrbio alimentar em mulheres.

Trade da Mulher Atleta: 1) Distrbios Alimentares (baixa ingesto de clcio e anorexia) 2) Distrbios menstruais (menarca tardia, oligomenorrria ou amenorria) 3) Baixa densidade ssea (osteoporose)

Taro 2007Nas fraturas por estresse do colo do fmur, a classificao de FULLERTON e SNOWDY estabelece que no tipo por

a) tenso, o trao de fratura medial e estvel.b) tenso, o trao de fratura lateral e instvel. c) compresso, o trao de fratura lateral e estvel. d) compresso, o trao de fratura medial e instvel.

Taro 2007Nas fraturas por estresse do colo do fmur, a classificao de FULLERTON e SNOWDY estabelece que no tipo por

a) tenso, o trao de fratura medial e estvel.b) tenso, o trao de fratura lateral e instvel. c) compresso, o trao de fratura lateral e estvel. d) compresso, o trao de fratura medial e instvel.

Fraturas na rea de tenso (Spero-lateral) do colo necessitam de fixao interna rgida para evitar necrose avascular da cabea femoral. As fraturas por estresse de compresso so localizadas infer0medialmente e so de tratamento conservador.

Taro 200676. A fratura de estresse do navicular apresenta trao usualmente com orientao sagital.

( ) Certo ( ) Errado ( ) No sei

Taro 200676. A fratura de estresse do navicular apresenta trao usualmente com orientao sagital.

(X ) Certo ( ) Errado ( ) No seiThe stress fracture occurs in the sagittal plane in the relatively avascular central third of the bone, originating at the proximal dorsal articular surface and extending in a plantar distal direction (104,118).

76. Rockwood CA et al. Fractures. Philadelphia: Lippincott. 3 edio, p. 2099.

Taro 2004167. As fraturas por estresse da tbia no apresentam alteraes radiogrficas nas primeiras duas semanas.

( ) Certo ( ) Errado ( ) No sei

Taro 2004167. As fraturas por estresse da tbia no apresentam alteraes radiogrficas nas primeiras duas semanas.

( ) Certo ( ) Errado (X) No sei

Alm de no possuirmos o Rockwood 2 Ed. , no 6 Ed o tempo de consolidao e tipo do tratamento vo variar conforme o local da fratura, o que no est especificado (rea de tenso ou compresso?).

167. Rockwood and Green - Fractures in Adults. 2 ed., p. 1630

Taro 2003160. A fratura femoral periprottica do quadril, com desvio, exige tratamento cirrgico independente do nvel.

( ) Certo ( ) Errado ( ) No sei

Taro 2003160. A fratura femoral periprottica do quadril, com desvio, exige tratamento cirrgico independente do nvel.

( ) Certo (X) Errado ( ) No sei

160. Campbells Operative Orthopaedics. Arthroplasty of Hip. James W. Harkess. Vol. 1, Cap. 7, p. 397. Ninth edition, 1998.

Taro 2003236. As fraturas por stress da tbia so mais freqentes no tero mdio e acometem principalmente a cortical anterior.

( ) Certo ( ) Errado ( ) No sei

Taro 2003236. As fraturas por stress da tbia so mais freqentes no tero mdio e acometem principalmente a cortical anterior.

(X) Certo ( ) Errado ( ) No sei

236. Fracture in Adults Rockwood C.A. 4 edio, Lippincott-Raven, p. 2192