dos presocraticos a aristóteles

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Dos Pré-Socráticos aos Medievais

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Page 1: Dos presocraticos a aristóteles

Dos

Pré-Socráticos

aos Medievais

Page 2: Dos presocraticos a aristóteles

"É sábio o homem que pôs em si tudo que leva à felicidade ou

dela se aproxima"

Page 3: Dos presocraticos a aristóteles

EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO...??

• O Mito pretende narrar como as coisas eram ou tinham sido no passadoimemorial, longínquo e fabuloso, voltando-se para o que era antes quetudo existisse tal como existe no presente.

• O Mito aceita contradições e mesmo assim, era tido como

verdadeiro.

• A Filosofia, ao contrário, se preocupa em explicar como e por que, nopassado, no presente e no futuro (isto é, na totalidade do tempo), ascoisas são como são; Não admite contradições – exige explicação

coerente e racional.

• A Ciência Moderna não mostra a verdade das coisas em si mesmas; aciência apresenta apenas modelos teóricos provisórios que tentamexplicar a realidade. Essas ‘verdades’ que a ciência apresenta duramenquanto não surgirem outros modelos teóricos melhores

Page 4: Dos presocraticos a aristóteles

Os Pré-socráticos

Page 5: Dos presocraticos a aristóteles

Os primeiros Filósofos/Cientistas: Filósofos da Natureza. Cerca de 550 a.C..

Interesse:

Desvendar os fenômenos da natureza, as transformações da natureza.

Estudar o Cosmos e o surgimento da vida.

Tales de Mileto,

Pitágoras de Samos,

Anaximandro de Mileto

Anaxímenes de Mileto

Heráclito de Éfeso

Parmênides

Demócrito

Page 6: Dos presocraticos a aristóteles

> Investigação cosmológicas (racionais)

>Investigavam a natureza e os processos naturais

>perceberam o dinamismo das mudanças queocorrem na physis - realidade primeira, origináriae fundamental (natureza).

>procuravam uma substância básica, umprincípio primordial (arché) causa de todas astransformações da natureza

OS PRÉ-SOCRÁTICOS FILÓSOFOS DA NATUREZA

(NATURALISTAS) OU FISICISTAS

Page 7: Dos presocraticos a aristóteles

• Encontraram respostas diversas.

• Não queriam recorrer ao mito.

• Os primeiros a dar um passo na formacientífica de pensar.

Page 8: Dos presocraticos a aristóteles

• A palavra grega Physis pode ser traduzida por natureza, mas seu significado é mais amplo. Refere-se também à realidade, não aquela pronta e acabada, mas a que se encontra em movimento e transformação, a que nasce e se desenvolve, o fundo eterno, perene, imortal e imperecível de onde tudo brota e para onde tudo retorna.

Page 9: Dos presocraticos a aristóteles

• Para os filósofos pré-socráticos, a arché ou arqué (ἀρχή; origem), seria um princípio que deveria estar presente em todos os momentos da existência de todas as coisas; no início, no desenvolvimento e no fim de tudo. Princípio pelo qual tudo vem a ser.

Page 10: Dos presocraticos a aristóteles

Os três primeiros

filósofos que

surgiram foram da

cidade de Mileto

Page 11: Dos presocraticos a aristóteles

Tales de Mileto (624 – 546 a.C)

Queria descobrir um elemento físico que

fosse constante em todas as coisas.

Page 12: Dos presocraticos a aristóteles

Água

• Observando a vida animal e vegetal concluiuque a água, ou o úmido, é o princípio detodas as coisas.

• somente a água permanece basicamente amesma, em todas as transformações doscorpos, apesar de assumir diferentesestados.

Page 13: Dos presocraticos a aristóteles

Anaximandro de Mileto(610-547 a.C.)

Page 14: Dos presocraticos a aristóteles

• Introduziu o conceito de arché para designar oprimum, a realidade primeira e última das coisas.

• A arché para ele é algo que transcende os limitesdo observável.

• Denominou-o apeíron, termo grego que significa“indeterminado”, “o infinito”

• O ápeiron seria a “massa geradora” dos seres,contendo em si todos os elementos contrários.

Page 15: Dos presocraticos a aristóteles

Anaxímenes de Mileto(588-524 a.C)

Page 16: Dos presocraticos a aristóteles

• Admitia que a origem é indeterminada, mas nãoacreditava em seu caráter oculto.

• Tentou uma possível conciliação entre asconcepções de Tales e as de Anaximandro.

• concluiu ser o ar o princípio de todas as coisas.

Page 17: Dos presocraticos a aristóteles

O Ar

• o ar é a própria vida, a força vital, a divindadeque “anima” o mundo, aquilo que dátestemunho à respiração.

Page 18: Dos presocraticos a aristóteles

Heráclito de Éfeso544-484 a.C

• Concebia a realidade domundo como algo dinâmico,em permanentetransformação.

• A vida era impulsionadapela luta das forçascontrárias.

• É pela luta dessas forçasque o mundo se modifica eevolui.

Page 19: Dos presocraticos a aristóteles

Origem do Cosmos:

• FOGO

• O fogo é um elemento natural que gera transformações nos seres, nesse sentido, o fogo está presente em todo o cosmos pois tudo está em constante transformação.

Page 20: Dos presocraticos a aristóteles

O SER É e NÃO É

• Tudo está numa infinita transformação. Por isso, não podemos entrar em um rio duas vezes, o rio muda no passar de um segundo, assim como nós mesmos.

• O ser é e não é.

• Devir: Eterna Transformação.

Page 21: Dos presocraticos a aristóteles

“Devir” - vir a ser

• “Nunca nos banhamos duas vezes no mesmorio”, pois na segunda vez não somos osmesmo, e também o rio mudou.

Page 22: Dos presocraticos a aristóteles

Luta dos contrários• Belo e feio Alegria e a tristeza

• Bem e mal

Page 23: Dos presocraticos a aristóteles

• só a mudança e o movimento são reais

• identidade das coisas iguais a si mesmas é ilusória

• Nessa dualidade, que é uma guerra, no fundo éharmonia entre os contrários

• O que mantém o fluxo do movimento é a luta doscontrários, pois “a guerra é pai de todos, rei de todos”

Page 24: Dos presocraticos a aristóteles

Doutrina dos contrários

• O ser é múltiplo, por estar constituído deoposições internas.

• a forma do ser é devir pelo qual todas as coisassão sujeitas ao tempo e à sua relativatransformação

• Heráclito chamou seu princípio de logos, quesignifica regra segunda a qual todas as coisas serealizam e lei comum que a todos governa –incluiu racionalidade e inteligência.

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Escola itálica

• Pitágoras de Samos

• Filolau

• Arquitas de Tarento.

Page 26: Dos presocraticos a aristóteles

Pitágoras de Samos(570-490 a.C.)

• Fundador de poderosasociedade de caráter religiosoe filosófico - Sociedadepitagórica

• As contribuições da escolapitagórica são encontradasmatemática, música eastronomia.

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Πυθαγόρας

Page 28: Dos presocraticos a aristóteles

Número• a essência de todas as

coisas reside nos números, os quais representam a simetria ordem, harmonia, limitado e ilimitado.

Page 29: Dos presocraticos a aristóteles

Fundamento de tudo é o NÚMERO !!!

# não abstrato,

# elemento essencial da realidade,

# dimensão espacial,

# par, ímpar e par-ímpar,

# harmonia.

Page 30: Dos presocraticos a aristóteles

• Acreditava na divindade do número.

• O um é o ponto, o dois determina a linha, o três gera a superfície e o quatro produz o volume.

• Os números constituem a essência de todas as coisas segundo sua doutrina, e são a verdade eterna.

Page 31: Dos presocraticos a aristóteles

Filolau

• Discípulo de Pitágoras, segue a doutrina pitagórica.

Page 32: Dos presocraticos a aristóteles

Arquitas de Tarento

• Representante da escolapitagórica de grande destaque

• um dos responsáveis pormudanças fundamentais namatemática do quinto séculoantes de Cristo.

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Escola Eleata

• Parmênides de Eléia

• Zenão.

Page 34: Dos presocraticos a aristóteles

Parmênides de Eléia: o ser é imóvel(540-470 a.C.)

• o principal expoente dachamada escola eleática.

• critica a filosofiaheraclitiana.

• ao “tudo flui”, contrapõea imobilidade do ser.

• Arché- “o ser é”

Page 35: Dos presocraticos a aristóteles

Defendia a existência de dois caminhos para acompreensão da realidade – expressou essepensamento no poema Sobre a Natureza.

• caminho da razão, que permite encontrar aVerdade, imutável e perfeita (épistêmê)

• o dos sentidos, ou da Opinião (doxa) que sónos permite conhecer as aparências dascoisas, confusas e contraditórias

Page 36: Dos presocraticos a aristóteles

O ser e o não ser

O caminho da verdade nos leva acompreender que:

• “o ser é” - e o “não ser não é” - o não ser nãopode ser conhecido.

• O ser, portanto, é e deve ser afirmado, o não-ser não é e deve ser negado, e esta é averdade

• o ser é a única coisa pensável e exprimível

• o ser é único, imutável, incriado e eterno.

Page 37: Dos presocraticos a aristóteles

Mundo sensível e mundo inteligível

• o movimento existe apenas no mundosensível, e a percepção pelos sentidos éilusória.

• Só o mundo inteligível é verdadeiro, pois estásubmetido ao princípio que hoje chamamosde identidade e de não-contradição.

Page 38: Dos presocraticos a aristóteles

• Uma das conseqüências dessa teoria é a identidade entre o ser e o pensar:

o que não conseguir pensar não pode ser na realidade.

Penso, logo sou!

Descartes

Page 39: Dos presocraticos a aristóteles

Adendo• Pode-se também pensar que a filosofia de Parmênides, isto é, a do

imobilismo universal ou teoria do repouso absoluto, foi usada pelas tradições religiosas (principalmente a cristã) para descrever Deus e o

céu. Notem que, em geral, os mortos são enterrados com máximas que dizem: “Aqui jaz (repousa) fulano...”. Deus seria esse princípio Uno e Todo sem partes divididas ou vazias que deveria ser compreendido, através do pensamento, como princípio de todo o conhecimento. É

também interessante notar como a identidade entre SER e PENSAMENTO e LINGUAGEM, de Parmênides também associa-se com a

tradição do Antigo Testamento. Neste, Deus se revela como o VERBO. Em grego, o verbo é o LÓGOS, é palavra, discurso e razão. E se para

Parmênides o lógos é também o pensar e o ser, então é a divindade que fala e que fornece a base para conhecermos, isto é, a via da verdade é a

razão, o lógosdivino. Por isso, Parmênides concebe o ser de forma circular, pois é, entre os gregos, a forma da perfeição.

Page 40: Dos presocraticos a aristóteles

Zenão

• o que se move sempre está nomesmo agora

• Tenta demonstrar que a próprianoção de movimento era inviávele contraditória

• paradoxo de Zenão, que se refereà corrida de Aquiles com umatartaruga

Page 41: Dos presocraticos a aristóteles

Aquiles e a tartaruga• Zenão sabia que Aquiles

pode alcançar a tartaruga ele pretendia demonstrar as conseqüências paradoxais de encarar o tempo e o espaço como constituídos por uma sucessão infinita de pontos e instantes individuais consecutivos

Page 42: Dos presocraticos a aristóteles

Isso demonstram as dificuldades por quepassou o pensamento racional paracompreender conceitos como :

• movimento, espaço, tempo e infinito

Page 43: Dos presocraticos a aristóteles

Escola pluralista

• Empédoclis de Agrigento: água, fogo, ar e terra.

• Anaxágoras de Clazómena

• Leucipo de Abdera

• Demócrito de Abdera

Page 44: Dos presocraticos a aristóteles

Empédoclis de Agrigento

• arché: água, fogo, ar e terra.

• elementos são movidos emisturados de diferentesmaneiras em função de doisprincípios universais opostos

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• Amor (philia, em grego) – responsável pelaforça de atração e união e pelo movimento decrescente harmonização das coisas;

• ódio (neikos, em grego) – responsável pelaforça de repulsão e desagregação e pelomovimento de decadência, dissolução eseparação das coisas.

Page 46: Dos presocraticos a aristóteles

• Aceitava de Parmênides a racionalidade queafirma a existência e permanência do ser

• procurava encontrar uma maneira de tornarracional os dados captados por nossossentidos.

Page 47: Dos presocraticos a aristóteles

Anaxágoras de Clazómena

• propôs, um princípio queatendesse tanto às exigênciasteóricas do "ser" imutável, quantoà contestação da existência dasmúltiplas manifestações darealidade.

• faz da multiplicidade o principalobjeto do seu pensamento,

• manifestando-se acerca danatureza do múltiplo:

Page 48: Dos presocraticos a aristóteles

Arché: nous

• Nous:a força motriz que formou o mundo a partir do caos original, iniciando o desenvolvimento do cosmo.

é ilimitado, autônomo e não misturado com nada mais, age sobre as homeomerias (sementes) ordenando-as e

constituindo o mundo sensível

• Homeomerias: sementes que dão origem a realidadena pluralidade de manifestações

Page 49: Dos presocraticos a aristóteles

Leucipo de Abdera

• Primeiro professor daescola atomista.

• Não se tem muitoinformação sobre ele.

Page 50: Dos presocraticos a aristóteles

Demócrito de Abdera(430-370)

• Responsável pelo desenvolvimentodo atomismo

• todas as coisas que formam arealidade são constituídas porpartículas invisíveis e indivisíveis

(Δημόκριτος)

Page 51: Dos presocraticos a aristóteles

"Tudo que existe no universo é fruto do acaso e da necessidade"

Tudo o que existe é composto por

elementos indivisíveis chamados Átomos

Demócrito avançou também com o conceito de um

Universo Infinito, onde existem muito outros mundos

como o nosso.

Uma coisa nasce quando se produz um

certo agrupamento de átomos; desaparece

quando esse grupo se desfaz, muda

quando muda a situação ou a disposição

desse grupo ou quando uma parte é

substituída por outra. Cresce quando Ihe

são acrescentados novos átomos. Toda

ação de uma coisa sobre outra se produz

pelo choque dos átomos.

Page 52: Dos presocraticos a aristóteles

• Para ele, o átomo seria o equivalente aoconceito de ser em Parmênides.

• Tudo tem uma causa. E os átomos são a causaúltima do mundo.

Page 53: Dos presocraticos a aristóteles

Os SOFISTASOs mestres da argumentação

Page 54: Dos presocraticos a aristóteles

• NOVA FASE FILOSÓFICA

caracterizada pelo interesse no próprio homem e nas relações políticas do homem com a

sociedade.

Page 55: Dos presocraticos a aristóteles

• Eram professores viajantes que, por

determinado preço, vendiam ensinamentos práticos de filosofia.

Page 56: Dos presocraticos a aristóteles

• Levando em consideração os interesses dosalunos, ensinavam:

ELOQÜÊNCIA E SAGACIDADE MENTAL, HABILIDADE RETÓRICA..

Ensinavam conhecimentos

úteis para o sucesso nos negócios públicos e privados.

Page 57: Dos presocraticos a aristóteles

Objetivo:

desenvolvimento da argumentação,

da habilidade retórica,

Page 58: Dos presocraticos a aristóteles

• Era uma época de lutas políticas e intenso conflito de opiniões nas assembleias

democráticas. Por isso, os cidadãos mais ambiciosos sentiam necessidade de aprender

a arte de argumentar em público para conseguir persuadir em assembleias e, muitas

vezes, fazer prevalecer seus interesses individuais e de classe.

Page 59: Dos presocraticos a aristóteles

mundodafilosofia.com

Page 60: Dos presocraticos a aristóteles

Protágoras de Abdera: o homem como medida de todas as coisas;

• Aprofundou o subjetivismo relativista de Protágoras a ponto de defender o ceticismo absoluto.

• Ensinou por muito tempo em Atenas, tendo como principio básico de sua doutrina a idéia de que o homem é a medida de tudo que existe.

Page 61: Dos presocraticos a aristóteles

• Todas as , coisas são relativas aos homem, isto é, o mundo é o que o homem constrói e destrói.

• Por isso não haveria verdades absolutas. A verdade seria relativa a determinada pessoa, grupo ou cultura.

Page 63: Dos presocraticos a aristóteles

Górgias de Leontini: o grande Orador

• Aprofundou o subjetivismo relativista de Protágoras a ponto de defender o ceticismo absoluto.

• Afirma que: a) nada existe;b) se existisse, não poderia ser conhecido; c) mesmo que fosse conhecido, não poderia ser comunicado a ninguém.

Page 64: Dos presocraticos a aristóteles

• Essas características dos ensinamentos dos sofistasfavoreceram o surgimento de concepções filosóficasrelativistas sobre as coisas.

• o relativismo de suas teses fundamenta-se numaconcepção flexível sobre os homens, a sociedade e acompreensão do real.

• Para os sofistas, as opiniões humanas são infindáveis,diversas e não podem ser reduzidas a uma única verdade.Assim, não existiriam valores ou verdades absolutas.

Page 65: Dos presocraticos a aristóteles

• o termo sofista significa “sábio”. Entretanto, com o decorrer do tempo,

ganhou o sentido de “impostor”, devido às críticas de Platão.

Page 66: Dos presocraticos a aristóteles

• Considerou-se a sofística - a arte dos sofistas - apenas uma atitude viciosa do

espírito, uma arte de manipular raciocínios, de produzir o falso, de iludir

os ouvintes, sem qualquer amor pela verdade.

Page 67: Dos presocraticos a aristóteles

•A verdade, em grego – aletheia - amanifestação daquilo que é, o não-oculto, seopõe a pseudos que significa o falso, aquiloque se esconde, que ilude.

Os sofistas parecem não buscar a aletheia, se contentam com pseudos. Tanto assim, que se usa a palavra sofisma, derivada de sofista, para designar um raciocínio aparentemente correio,

mas que na verdade é falso ou inconclusivo, geralmente formulado com o objetivo de

enganar alguém.

Page 68: Dos presocraticos a aristóteles

Quem foi Sócrates?

• Local:Atenas.

• Nascimento:470 a.C.

• Falecimento:339 a.C.

• Escola/tradição:Filosofia Grega.

• Principais interesses:Ética, Epistemologia, Virtude.

Sócrates

Page 69: Dos presocraticos a aristóteles

Quem foi Sócrates?

• Idéias notáveis:Ironia, Método Socrático.

• Influências:Anaxágoras, Parmênides, Pródigo.

• Influenciados:Platão, Aristóteles, Aristipode Cirene, Antístenes, Filosofia Ocidental.

Page 70: Dos presocraticos a aristóteles

Método Socrático

• Sócrates é considerado o “Pai da Filosofia” por procurar atingir a verdade a partir da prática filosófica do diálogo.

• Para ele a busca pelo conhecimento verdadeiro passava pelas questões humanas, pela reflexão sobre o Homem.

• Diferencia-se dos filósofos anteriores que procuravam refletir sobre a natureza ou praticar a retórica.

Page 71: Dos presocraticos a aristóteles

Método Socrático

Diálogo Teeteto de Platão:

Filósofo como sendo uma parteira: seu objetivo era dar à luz Idéias!

MAIÊUTICA:

A verdade é acessível a todos e o filósofo (como a parteira) auxilia o encontro com a verdade, por meio

das perguntas, do diálogo!

Page 72: Dos presocraticos a aristóteles

Sócrates e a Maiêutica

• Quando se diz que a maiêutica é a

arte de dar à luz as idéias, está se

subentendendo que o conhecimento

está dentro da pessoa e por meio

maiêutica ela vai “parir” o

conhecimento.

Page 73: Dos presocraticos a aristóteles

Método SocráticoO primeiro passo para se chegar a verdade era reconhecer a própria

ignorância!

Só sei que nada sei!

Conhece-te a ti mesmo!

Usava a Ironia nos diálogos para abalar as crenças e expor a fragilidade das argumentações.

Page 74: Dos presocraticos a aristóteles

Sócrates e a Maiêutica

• Maiêutica: método para chegar ao conhecimento.

• Para Sócrates o papel do filósofo fazer com que as

pessoas chegassem ao conhecimento e para isso criou

a maiêutica.

• Sócrates tinha um método de diálogo para levar o seu

interlocutor (pessoas com quem estava debatendo) a

perceber por si só sua própria ignorância sobre os

assuntos tratados.

Page 75: Dos presocraticos a aristóteles

Sócrates

• Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem sobre a

essência da natureza da alma humana.

Page 76: Dos presocraticos a aristóteles

Sócrates

• Para viver bem (de acordo com a virtude) é preciso ser sábio.

• Como atingir a sabedoria?

• Para Sócrates a sabedoria é fruto de muita investigação que começa pelo conhecimento de si mesmo.

• Segundo ele, deve-se seguir a inscrição do templo de Apolo: conhece-te a ti mesmo.

• À medida que o homem se conhece bem, ele chega à conclusão de que não sabe nada.

• Para ser sábio, é preciso confessar, com humildade, a própria ignorância. Só sei que nada sei, repetia sempre Sócrates.

Page 77: Dos presocraticos a aristóteles

• Por meio da ironia, fazendo perguntas e

respondendo as perguntas com outras

perguntas, levava o interlocutor a cair em

contradição, Sócrates o conduzia a

confessar a própria ignorância.

• Uma vez confessada a ignorância, o

interlocutor estaria disposto a percorrer o

caminho da verdade.

Page 78: Dos presocraticos a aristóteles

• A ironia pode ter um significado depreciativo, sarcástico ou de zombaria,

mas no grego, quer dizer “interrogação”, e Sócrates fazia isso e no decorrer do

dialogo

Page 79: Dos presocraticos a aristóteles

O Destino de Sócrates

• A maior arte de Sócrates era a

investigação, feita com o auxílio de

seus interlocutores. Aquele que

investiga, questiona. Aquele que

questiona, perturba a ordem

estabelecida. Isso faz surgir muitos

inimigos de Sócrates.

Page 80: Dos presocraticos a aristóteles

• Sócrates é acusado de corromper a

juventude e de desprezar os deuses da

cidade. Com base nessas acusações

ele é condenado a beber cicuta (veneno

extraído de uma planta do mesmo

nome). Segundo testemunho de Platão

em Apologia de Sócrates, ele ficou

imperturbável durante o julgamento e,

no final, ao se despedir de seus

discípulos, ele diz:

Já é hora de irmos; eu para a morte, vós para

viverdes. Quanto a quem vai para um lugar

melhor, só deus sabe.

Page 81: Dos presocraticos a aristóteles

Platão

Page 82: Dos presocraticos a aristóteles

Platão

• É filho de uma nobre família ateniense e seu nome

verdadeiro é Arístocles. Seu apelido de Platão é devido à

sua constituição física e significa “ombros largos”. Ele

foi discípulo de Sócrates e após a sua morte, fez muitas

viagens, ampliando sua cultura e suas reflexões.

• Por volta de 387 a.C., Platão fundou sua própria escola

de filosofia, nos jardins construídos pelo seu amigo

Academus, o que deu à escola o nome de Academia. É

uma das primeiras instituições de ensino superior do

mundo ocidental.

Page 83: Dos presocraticos a aristóteles

• Platão, diferentemente se Sócrates, tinha o hábito de

escrever sobre suas idéias. Foi ele quem resgatou boa

parte do pensamento de seu mestre Sócrates.

• Platão não andava promovendo debates pelos locais

públicos como seu mestre, mas ao contrário, fundou uma

academia de filosofia.

• Devido a isso, Platão era mais restrito, pois para chegar a

ele somente quem pudesse entrar na academia, ou seja,

os filhos dos aristocratas da época.

Page 84: Dos presocraticos a aristóteles

Platão

• Do mundo sensível das opiniões ao mundo inteligível das idéias.

• Segundo Platão, os sentidos só podem nos fornecer o conhecimento das sombras da verdadeira realidade, e através deles só

conseguimos ter opiniões.

• O conhecimento verdadeiro se consegue através da dialética, que é a arte de colocar à prova todo

conhecimento adquirido, purificando-o de toda imperfeição para atingir a verdade.

Page 85: Dos presocraticos a aristóteles

Platão e a

Teoria das ideias

• Ele procura explicar como se desenvolve o conhecimento humano. O processo de

conhecimento se desenvolve por meio da passagem progressiva do mundo das sombras

e aparências para o mundo das idéias e essências.

Page 86: Dos presocraticos a aristóteles

• Para atingir esse mundo, o homem não pode ter apenas “amor às opiniões”, precisa

possuir um “amor ao saber”.

Page 87: Dos presocraticos a aristóteles

• Platão, assim como seu mestre Sócrates, acreditava que o conhecimento era inato ao ser humano, ou seja, todo o conhecimento estava na pessoa, bastava exercitar ou refletir para “relembrar” as respostas dos questionamentos.

Page 88: Dos presocraticos a aristóteles

Mito da Caverna

Page 89: Dos presocraticos a aristóteles

Mito da CavernaExplicação:

• As sombras que os homens enxergam no fundo da caverna representam as aparências da realidade e não a realidade em si. Mas aqueles homens que foram, desde a infância, acostumados a crer que as sombras eram a realidade, não podiam imaginar que a realidade verdadeira estava lá fora.

• Quando um desses homens consegue escapar da caverna e tem contato com o mundo verdadeiro, ele percebe que as projeções na parede nada mais são do que uma ilusão, pois a realidade das coisas era outra. O homem cai em si e entende que sempre foi enganado pelas sombras.

Page 90: Dos presocraticos a aristóteles

O mito da caverna representa as etapas da educação de um filósofo, ao sair do mundo das sombras (das aparências) para alcançar o conhecimento verdadeiro.

Após essa experiência ele deve voltar à caverna e para orientar os demais e assumir o governo

da cidade.

Page 91: Dos presocraticos a aristóteles

Dois pontos de vista a analise da caverna:

• O político: com retorno do filósofo-político que conhece a arte de governar;

• Epistemológico: quando o filósofo volta para despertar nos outros o verdadeiro.

Page 92: Dos presocraticos a aristóteles
Page 93: Dos presocraticos a aristóteles
Page 94: Dos presocraticos a aristóteles
Page 95: Dos presocraticos a aristóteles
Page 96: Dos presocraticos a aristóteles

Platão distingue dois tipos de conhecimento:

O sensível e o inteligível.

• Na ilustração da caverna vemos:

1. As sombras: a aparência sensível das coisas;

2. As marionetes: a representação de animais, plantas...;

3. O exterior da cave;rna: a realidade das ideias;

4. O Sol: suprema ideia do bem.

Page 97: Dos presocraticos a aristóteles

O muro representa a separação de

dois tipos de conhecimento:

O sensível

As duas primeiras realidades

O inteligível

As duas últimas

Page 98: Dos presocraticos a aristóteles

Platão e o Mundo das Ideias- Idealismo

• Explicou o mundo das idéias através do Mito da Caverna contido em A República.

Mundo dos Idéias

Mundo Sensível

Real; supra-sensível; causa o

mundo sensível; contém idéias,

o verdadeiro ser das coisas;

possui hierarquia; a idéia de

Bem e Uno ocupa o ápice.

Part

icip

a d

o

Não se explica a si mesmo; cópia

imperfeita do mundo das idéias;

existe por participação.Cf. Mito da Caverna.

Page 99: Dos presocraticos a aristóteles

Platão e a Alma

A alma é composta de 3 partes;

*Vegetativa ou apetitiva: desejo de prazer sensível.

*Irascível: superação do prazer sensível para obter o bem árduo.

*Racional: corresponde ao cérebro: superior deve subjugar todas as outras.

Page 100: Dos presocraticos a aristóteles

Platão: Sociedade, Política e Arte

Constrói um modelo de sociedade Justa.

Conceito de justiça para Platão: “a cada um faça o que lhe compete fazer”

A justiça só existe exteriormente se existir antes interiormente na alma.

O Estado deve ser governado por Filósofos, que seriam as pessoas mais prudentes e honestas para

alcançar o bem da cidade.

Page 101: Dos presocraticos a aristóteles

Platão: Sociedade, Política e Arte

Modelo da Sociedade Justa, onde cada um deveria desempenhar

uma função social.

Filósofos: mente do Estado. Deveriam possuir a

virtude da sabedoria.

Guerreiros : o peito, o coração da sociedade;

encarregados da defesa; não teriam direitos

políticos. Deveriam possuir a virtude da

fortaleza

Trabalhadores ou operários: encarregados

da subsistência, não teriam nenhum direito

político. Exercitariam a virtude da

temperança.

Page 102: Dos presocraticos a aristóteles

Aristóteles

Page 104: Dos presocraticos a aristóteles

“Aristóteles representa o apogeu do pensamento filosófico grego, e o mesmo se pode dizer para a filosofia do direito.

Após sua morte, durante toda a Antiguidade e a Idade Média, suas reflexões jusfilosóficasforam tidas como o mais alto patamar de ideias sobre o direito e o justo já construídas”.

Page 105: Dos presocraticos a aristóteles

ALUNO DE PLATÃO.

Page 106: Dos presocraticos a aristóteles

A acentuada tendência platônica a uma construção filosófica ideal passa a ser amenizada no pensamento de Aristóteles, na medida em que a experiência é elemento fundamental de sua reflexão.

Filho de médico, desde a infância em contato com a empiria nos casos clínicos, Aristóteles construiu sua filosofia tendo por base as realidade que se apresentavam ao seu estudo”.

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Professor de Alexandre – o Grande.

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Foi ao mesmo tempo......

- Filósofo;

- Físico;

- Biólogo;

- Músico;

- Professor;

- Político;

Page 109: Dos presocraticos a aristóteles

CONHECIMENTO

• Aristóteles discorda de Platão e procura uma outra forma de definir o conhecimento.

• Antes de qualquer coisa, ele rejeita a proposta de que existem dois mundos, o sensível e o inteligível.

• Para ele podemos obter o conhecimento através de observações concretas, feitas no mundo real.

Page 110: Dos presocraticos a aristóteles

Para Aristóteles, o verdadeiro conhecimento é o conhecimento das causas, que pode superar o engano e explicar as mutações que ocorrem no mundo.

Ele utiliza a noção de substância como o suporte de todos os atributos, como “aquilo que é em si mesmo”.

Page 111: Dos presocraticos a aristóteles

O SER E A SUBSTÂNCIA

O conceito de ser não pode ser reduzido a um gênero, menos ainda a uma espécie.

As várias coisas que são ditas exprimem significados diversos do ser, mas, ao mesmo tempo, todas elas implicam a referência a algo uno, que é a substância.

Portanto, o centro unificador dos significados do ser é a substância (ousía). A substância, é o princípio em relação ao qual todos os outros significados

subsistem.

Page 112: Dos presocraticos a aristóteles

Dentre os atributos que compõem uma substância, podemos destacar:

a) aquilo que é ESSENCIAL;

b) aquilo que é ACIDENTAL.

Se tomarmos o homem como exemplo, veremos que ele tem propriedades que são acidentais, isto é, que podem variar (altura, peso, idade, aparência) e uma propriedade que não varia, ou seja, que é essencial: o homem é um ser racional.

Page 113: Dos presocraticos a aristóteles

Ainda para explicar a questão do movimento, Aristóteles propõe os conceitos de

ATO e POTÊNCIA.

Potência significa ausência de perfeição, a capacidade de se tornar alguma coisa.

Por exemplo: - A semente de laranja lançada na terra tem a potência de tornar-se uma laranjeira.- O filhote de gato guarda em si a capacidade de tornar-se adulto e procriar.

Page 114: Dos presocraticos a aristóteles

Os ciclos que compõem a vida de cada ser vão se atualizando, isto é, a potência dentro deles

vai se realizando.

O que Aristóteles chama de ATO constitui cada uma das etapas pelas quais a potência vai se

atualizando.

Todo ser tende a tornar atual a forma que tem em si mesmo como potência.

Portanto, o movimento é a passagem da potência para o ato.

Page 115: Dos presocraticos a aristóteles

• As Quatro Causas

• Segundo Aristóteles, há quatro causas implicadas na existência de algo:

• - Causa material: daquilo que a coisa é feita como, por exemplo, o ferro.

• - Causa formal: é a coisa em si como, por exemplo, uma faca de ferro.

• - Causa eficiente: aquilo que dá origem a coisa feita como, por exemplo, as mãos de um ferreiro.

• - Causa final: seria a função para a qual a coisa foi feita como, por exemplo, cortar carne.

Page 116: Dos presocraticos a aristóteles

• Exemplo 1: A ESTÁTUA

- A causa material é o mármore (isto é, do que a coisa é feita);

- A causa eficiente é o próprio escultor (aquilo com que a coisa é feita);

- A causa formal é a forma da estátua, seus contornos, sua aparência (aquilo que a coisa vai ser)

- A causa final envolve a finalidade da estátua (aquilo para o qual a coisa é feita)

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Page 118: Dos presocraticos a aristóteles

• Formas de governo, retórica

(argumentação), etc.

• Em suma, ele organizou ou sistematizou

praticamente todo conhecimento

acumulado até então.

Page 119: Dos presocraticos a aristóteles

• Principais obras de Aristóteles:• - Ética e Nicômano

• - Política

• - Órganon

• - Retórica das Paixões

• - A poética clássica

• - Metafísica

• - De anima (Da alma)

• - O homem de gênio e a melancolia

• - Magna Moralia (Grande Moral)

• - Ética a Eudemo

• - Física

• - Sobre o Céu

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Afinal O que é Filosofia

FILOSOFIA

Philo / Philia

Sophia

grego

= amizade,

amor fraterno

= sabedoria

Page 121: Dos presocraticos a aristóteles

O que é Filosofia

FILOSOFIAAmizade pela sabedoria

Amor e respeito pelo saber

Indica um estado de espírito

Pessoa que ama, deseja o conhecimento

Page 122: Dos presocraticos a aristóteles

O que é Filosofia

FILÓSOFO

Aquele que ama a

sabedoria

Tem amizade pelo saber

Deseja saber

Page 123: Dos presocraticos a aristóteles

O nascimento da Filosofia

• Pitágoras = filósofo grego (séc.V a.C.)

– responsável pela invenção da palavra “Filosofia”

– Sabedoria plena e completa pertence aos deuses

– Homens podem desejá-la ou amá-la, tornando-se filósofos.

Page 124: Dos presocraticos a aristóteles

Pitágoras

JOGOS OLÍMPICOS

Comerciante

Atletas

Artistas

Público

Satisfação da

própria cobiça

Sem interesse

pelas disputas

Assistir os jogos e torneios

Avaliar o desempenho e julgar

o valor dos que competiam

Page 125: Dos presocraticos a aristóteles

O Filósofo

• Não é movido por interesses comerciais ou financeiros;

• Não coloca o saber como propriedade sua;

• Não é movido pelo desejo de competir;

• Não faz das idéias e dos conhecimentos uma habilidade para vencer competidores;

Page 126: Dos presocraticos a aristóteles

O Filósofo

• É movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar a vida;

• É movido pelo desejo de saber.

Page 127: Dos presocraticos a aristóteles

A Verdade

• Não pertence a ninguém;

• Não é um prêmio conquistado por competição;

• Está diante de todos nós;

• É algo a ser procurado;

• É encontrada por todos aqueles que a desejarem, que tiverem olhos para vê-la e coragem para buscá-la.

Page 128: Dos presocraticos a aristóteles

O surgimento da Filosofia

• Gregos– Começaram a fazer perguntas e buscar respostas

para a realidade;

Mundo

Natureza

Ser humano

Podem ser conhecidos pela razão humana

Page 129: Dos presocraticos a aristóteles

O surgimento da Filosofia

• Pensadores gregos:

– Verdade do mundo e dos humanos não era algo secreto e misterioso;

– Verdade podia ser conhecida por todos por meio das operações mentais de raciocínio;

– Linguagem respeita as exigências do pensamento;

– Conhecimentos verdadeiros podem ser transmitidos e ensinados a todos.

Page 130: Dos presocraticos a aristóteles

Características

• Tendência à racionalidade

• Recusa de explicações preestabelecidas

• Tendência à argumentação

• Capacidade de generalização

• Capacidade de diferenciação = análise

Page 131: Dos presocraticos a aristóteles

Legado filosófico grego

• Conhecimento = leis e princípios universais

– Verdade = provas ou argumentos racionais

– Conhecimento não se impõe aos outros

– Conhecimento deve ser compreendido por todos

– Capacidade de pensar e conhecer é a mesma em todos os seres humanos

– Conhecimento só é verdadeiro quando explica racionalmente seus objetos

Page 132: Dos presocraticos a aristóteles

Legado filosófico grego

• Natureza segue uma ordem necessária

– Opera obedecendo a leis e princípios necessários e universais;

– Essas leis podem ser plenamente conhecidas pelo nosso pensamento.

• Surgimento da cosmologia

• Surgimento da física

Page 133: Dos presocraticos a aristóteles

Legado filosófico grego

• A razão (ou o nosso pensamento) também opera obedecendo a princípios, leis, regras e normas universais e necessários.

– Podemos distinguir o que é verdadeiro do falso;

– Razão obedece à lei da identidade, da diferença, da contradição e da alternativa.

Page 134: Dos presocraticos a aristóteles

Legado filosófico grego

• O agir humano exprime a conduta de um ser racional dotado de vontade e de liberdade

– As práticas humanas não se realizam por imposições misteriosas e incompreensíveis (forças secretas, invisíveis, divinas e impossíveis de serem conhecidas)

Page 135: Dos presocraticos a aristóteles

Legado filosófico grego

• Seres humanos naturalmente aspiram:

– Ao conhecimento verdadeiro (pois são seres racionais)

– À justiça (pois são seres dotados de vontade livre)

– À felicidade (pois são seres dotados de emoções e desejos)

Os seres humanos instituem valores pelos quais dão sentido às suas

vidas e às suas ações.

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Períodos da História da Filosofia

Filosofia Medieval Escolástica

Patrística

Renascimento

Período: queda do Império Romano (sec. V) ao sec. XV.

Guerras, a fome e as grandes epidemias.

O cristianismo propaga-se por diversos povos. Crenças e

superstições.

A filosofia clássica sobrevive, confinada nos mosteiros religiosos .

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Aspectos gerais

Correntes da filosofia medieval e principais representantes: Patrística(séc. II-V), com Agostinho de Hipona, e Escolástica(séc. IX-XV), com Tomás de Aquino.

A herança da filosofia antiga pagã foi adaptada à tradição cristã pelos teólogos da patrística, os chamados Padres da Igreja.

Os textos antigos foram preservados pelos monges medievais.

CRIS

TIA

NO

PALAZZIN

I/SH

UTTERSTO

CK

Castelo medieval de Cascassone, na França, em 2011

Page 139: Dos presocraticos a aristóteles

Patrística

Os apologistas adaptaram os textos platônicos, mais adequados à nova fé.

Principais temas: a natureza de Deus e da alma, a vida futura, o confronto entre o bem e o mal, a noção de pecado e de salvação, a questão do tempo.

Agostinho de Hipona redigiu: Confissões, De magistro, A cidade de Deus, Sobre a trindade, entre outras obras.

Santo Agostinho, quadro de Piero della Francesca, século XV

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•Período: do século I até o século VII•a criação do mundo por Deus,•pecado original,•Deus e a trindade una,•encarnação e morte de Deus, juízo final, ressurreição,•origem do mal, já que tudo foi criado por Deus.

Filósofos:Santo Ireneu, Tertúliano, Justino, Clemente de Alexandria,

Orígenes, Gregório de Nazianzo, Basílio Magno, Gregório de Nissa

Destaque: Santo Agostinho.

Page 141: Dos presocraticos a aristóteles

Agostinho foi o primeiro a usar o conceito de livre-arbítrio, como faculdade da razão e da vontade.

Para ele, o mal não tem uma existência real, mas é uma carência, a ausência do Bem.

Desenvolveu a teoria da iluminação, segundo a qual possuímos as verdades eternas porque as recebemos de Deus.

O tempo é percebido pela nossa consciência, na qual o passado existe como memória e o futuro, como expectativa.

Ao discutir sobre as relações entre política e religião, refere-se às duas cidades, a “cidade de Deus” e a “cidade terrestre”.

Agostinho de Hipona

Page 142: Dos presocraticos a aristóteles

Escolástica

A escolástica sofreu influência decisiva do aristotelismo.

Principal representante da escolástica: Tomás de Aquino, século XIII, auge da escolástica.

As universidades foram importantes como foco de fermentação intelectual.

Principais temas: prova da existência de Deus, criação do mundo, verdade, ética, imortalidade da alma, política.

São Tomás de Aquino, pintura de Adam Elsheimer, século XVI

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Page 143: Dos presocraticos a aristóteles

•Período:do século XIII ao século XIV

•a questão da razão e da fé, da filosofia e da teologia. •As investigações científicas e filosóficas não poderiam contrariar as verdades estabelecidas pela fé católica •a prova da existência de Deus e da imortalidade da alma, ou seja, a prova racional da existência do criador e do espírito imortal

Filósofos:Boaventura. Alberto Magno. Mestre Eckhart. Nicolau de Cusa. Santo

Anselmo. Pedro Abelardo

Destaque: Santo Tomás de Aquino

Page 144: Dos presocraticos a aristóteles

A questão dos universais

O universal é o conceito, a ideia, a essência comum a todas as coisas.

A questão era: os universais seriam realidades, ideias ou apenas palavras?

Principais respostas: realismo (Anselmo), realismo moderado (Tomás de Aquino), nominalismo (Guilherme de Ockham) e conceptualismo (Pedro Abelardo).

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Tomás de Aquino

A grande síntese aristotélico-tomista expressa-se na obra Suma Teológica.

Aquino prioriza a fé, mas valoriza a importância da razão.

Na teoria do conhecimento, reconhece a participação dos sentidos e do intelecto.

Diferentemente de Aristóteles, destaca a imortalidade da alma.

Aquino segue de perto a ética aristotélica, mas, segundo ele, pela revelação e pela fé, pode-se alcançar uma felicidade mais alta.

Page 146: Dos presocraticos a aristóteles

Provas da existência de Deus

As “cinco vias” são baseadas nas provas aristotélicas sobre a causa primeira, o Primeiro Motor Imóvel.

São elas: o movimento, a causa eficiente, a contingência, os graus de perfeição, a causa final.