odonto magazine 19 - agosto 2012

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www.odontomagazine.com.br Ano 2 - N° 19 - Agosto de 2012 772179 879602 9 19 ISSN 2179-8796 Odontohebiatria: o adolescente em foco Reportagem O uso da laserterapia de baixa intensidade na prática ortodôntica Odontologia Cosmética Caso clínico Entrevista

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Apresenta ao profissional de saúde bucal, informações atualizadas, casos clínicos de qualidade, novas tecnologias em produtos e serviços, reportagens sobre os temas em destaque na classe odontológica, coberturas jornalísticas das mais importantes feiras e eventos do setor, além de orientações para gestores de clínicas.

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Odontohebiatria: o adolescente em foco

Reportagem

O uso da laserterapia de baixa intensidade na prática

ortodôntica

Odontologia Cosmética

O uso da laserterapia de O uso da laserterapia de O uso da laserterapia de O uso da laserterapia de Caso clínico

Entrevista

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4 agosto de 2012

A importância da educação continuada

Presidência & CEOVictor Hugo Piiroja

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7501

Gerência GeralMarcela Petty

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7502

MarketingIronete Soares

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7500

FinanceiroRodrigo Oliveira

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7761

Designers GráficosDébora Becker

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7509

Bob Nogueirae. [email protected]

t. + 55 (11) 4197.7521

Web DesignerRobson Moulin

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7509

SistemasWander Martins

e. [email protected]. +55 (11) 4197.7762

Editora e Jornalista ResponsávelVanessa Navarro (MTb: 53385)

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7506

Publicidade - Gerente de ContasVivian Ceribelli Pacca

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7769

Conselho CientíficoAlice Granthon de Souza, Augusto Roque Neto, Danielle Costa Palacio, Débora Ferrarini, Diego Michelini, Éber Feltrim, Fernanda Nahás Pires Corrêa, Francisco Simões, Henrique da Cruz Pereira, Helenice Biancalana, Jayro Guimarães Junior, José Reynaldo Figueiredo, José Luiz Lage Mar-ques, Júlio Cesar Bassi, Lusiane Borges, Maria Salete Nahás Pires Corrêa, Marina Montenegro Rojas, Pablo Ozorio Garcia Batista, Regina Brizolara, Reginaldo Migliorança, Rodolfo Candia Alba Jr., Sandra Duarte, Sandra Kallil Bussadori, Shirlei Devesa, Tatiana Pegoretti Pintarelli, Vanessa Ca-milo, Wanderley de Almeida Cesar Jr. e William Torre.

A RevistaA Odonto Magazine apresenta ao profissional de saúde bucal infor-mações atualizadas, casos clínicos de qualidade, novas tecnologias em produtos e serviços, reportagens sobre os temas em destaque na classe odontológica, coberturas jornalísticas das mais importan-tes feiras comerciais e eventos do setor, além de orientações para gestores de clínicas.É uma publicação da VP Group voltada para profissionais de odontologia das mais diversificadas especialidades. Conta com a distribuição gratuita e dirigida em todo território nacional, em clínicas, consultórios, universidades, associações e demais insti-tuições do setor.

Odonto Magazine Onlines. www.odontomagazine.com.br

Tiragem: 37.000 exemplaresImpressão: HR Gráfica

Alameda Amazonas, 686, G1 - Alphaville Industrial06454-070 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500

www.vpgroup.com.br

Edição: Ano 2 • N° 19• Agosto de 2012

Editorial

A educação continuada em saúde tem uma grande importância no que diz respeito à aquisição e renovação de conhecimentos pro�ssionais.Isso não engloba somente os atuantes da área, mas também toda a população e

comunidade que, no geral, acabam sendo bene�ciadas com a melhoria do atendimento e com a otimização dos cuidados prestados.A educação continuada deve proporcionar uma nova visão. Deve estimular a observação e a re�exão sobre o meio social em que estamos inseridos. Não pode ser somente uma troca de informações, onde um indivíduo detém o saber e os demais somente ouvem ou lêem.É importante entender que a educação continuada tem a �nalidade de promover o cresci-mento pro�ssional, sendo as demais atribuições compreendidas como meios para alcan-çar objetivos especí�cos, tais como:

» Participar dos processos de mudança, compreendendo o processo de trabalho.» Incentivar a equipe de trabalho ao autodesenvolvimento.» Analisar e desenvolver competências individuais e coletivas.» Coordenar programas de treinamento e desenvolvimento pro�ssional.» Capacitar tecnicamente para determinada função.» Atualizar o pro�ssional continuamente.

Temos participado de inúmeros processos de educação continuada e, nos últimos tempos, percebemos que não é somente a presença do pro�ssional em uma sala de aula real ou virtual que é capaz de tal processo. A leitura de textos técnicos de qualidade, bem como de periódicos sérios contribui, de fato, para a educação continuada do pro�ssional atual.Nosso objetivo é, mais uma vez, proporcionar o conhecimento cientí�co aos nossos leito-res, incentivando-os a buscar cada vez mais a atualização e a educação continuada.Boa leitura!

Lusiane BorgesMembro do Conselho Científico

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Reportagem Odontohebiatria: cuidado especí co com o adolescente

EntrevistaOdontologia cosméticaJansen Ozaki

Espaço EquipePré-natal odontológico: qualidade de vida da gestante e do bebêDanielle Palacio e Danielle Machado Lopes

RelacionamentoDental Caliari: compromisso com a qualidade

Ponto de vistaA importância dos dentes de leiteAnna Carolina Volpi Mello-Moura

ColunistasOdontologia do TrabalhoMarcos Renato dos SantosGestãoVictor Hugo V. Piiroja

Casos ClínicosFacetas laminadas de porcelanaEduardo Miyashita, Valéria Giannini Oliveira e Humberto Zanetti

Diminuição de tempo clínico na utilização do contra-ângulo oscilatório 16:1FXR160 Dent�ex no preparo dos canais radicularesLeandro Nunes Tolentino

O uso da laserterapia de baixa intensi-dade na prática ortodôntica Diego Portes

Normas para publicação

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Editorial

Programe-se

Notícias

Odontologia Segura

Produtos e Serviços

SumárioAgosto de 2012 • Edição: 19

6 agosto de 2012

Os artigos e as entrevistas são de inteira responsabilidade do autor e/ou entrevistado, e não re�etem, obrigatoriamente, a opinião do periódico.

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8 agosto de 2012

Programe-se

Agosto4° Congresso Internacional da So-ciedade Brasileira de Endodontia - SBENDO

02 a 04 de agostoAs inscrições já estão abertas e a programa-ção da grade cientí�ca já pode ser consulta-da. No dia 01 de agosto de 2012 irá acontecer uma reunião para discussão sobre Gradua-ção e Pós-graduação do Brasil. 

Salvador – BAwww.sbendobahia.com.br

***

47ª Reunião da Associação Brasileira de Ensino Odontológico

22 a 25 de agosto de 2012Esta edição debate presente e perspecti-vas das diretrizes curriculares.

Campinas – SPwww.abeno.org.br

***12º Congresso de Odontologia do Rio Grande do Norte

23 a 26 de agosto de 2012Com o tema “Impacto da Tecnologia na Prática Odontológica” rompem-se as fronteiras entre campos científicos, buscando necessidades de reorientação da atenção à saúde através da am-pliação da promoção e prevenção.

Natal – RNwww.aborn.org.br

***

FDI Annual World Dental Congress

29 de agosto a 01 de setembro de 2012A programação aborda os principais temas e preocupações dos cirurgiões-dentistas. Al-guns dos mais renomados pro�ssionais de saúde bucal do mundo estarão reunidos du-rante o congresso.

Hong Kong – Chinawww.fdicongress.org

***

Setembro VII Congresso Alagoano de Odontologia

06 a 08 de setembro de 2012O evento visa diversi�car a Odontologia através do marketing.

Maceió - ALwww.aboal.org.br

Programe-se

IV Congresso Internacional de Odontologia de Fortaleza - Ceará

12 a 15 de setembro de 2012 A comissão cientí�ca está se esmerando na montagem da grade com temas inovadores e palestrantes de renome. Serão cursos nacionais e internacionais das diversas especialidades focados no tema central. Os eventos contarão também com fóruns, módulos, workshops, con-ferências, temas livres e a novidade dos e-pôste-res, todos abertos aos congressistas.

Fortaleza – CEwww.abo-ce.org.br

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Congresso Internacional de Implantologia

13 a 15 de setembro de 2012O terceiro evento é organizado pela Faculda-de de Odontologia, Faculdade de Odontolo-gia de Bauru e Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, todas da USP.

Bauru – SPwww.fob.usp.br

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1º Congresso Brasileiro de Halitose

14 e 15 de setembro de 2012Pela primeira vez os grandes de nomes da Halitose reunidos em um só Congresso. O evento é promovido pela ABHA.

Fortaleza – CEwww.abha.org.br

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3º Congresso Internacional de Odon-tologia do Mato Grosso do Sul

18 a 21 de setembro de 2012A 3° edição do Congresso Internacional de Odontologia de Mato Grosso do Sul promo-vido pela ABO – Associação Brasileira de Odontologia -, integra, desde a primeira edi-ção, o calendário o�cial dos mais importan-tes eventos Odontológicos do País.

Campo Grande - MSwww.aboms.org.br

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18º Congresso Brasileiro de Ortodontia

27 a 29 de setembro de 2012Desde 1970, com 17 edições já realizadas, o Congresso Brasileiro de Ortodontia da SPO con-gregou mais de 27 mil participantes, somados cerca de 600 empresas expositoras e milhares de visitantes ao longo desses mais de 40 anos de existência.

São Paulo - SPwww.ortociencia.com.br/orto2012

19º Congresso Internacional de Ponta Grossa

27 a 29 de setembro de 2012O evento contará com cursos nacionais e internacionais ministrados pelos mais reno-mados pro�ssionais de saúde bucal.

Ponta Grossa – PRwww.abopg.com.br

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Outubro4° Congresso Brasileiro de Fissuras Labiopalatinas

19 e 20 de outubro de 2012O evento contará com a presença de pro-�ssionais que discutirão com maestria as �ssuras labiopalatais e as deformidades craniomaxilofaciais.

Salvador - BA(71) 9204-1719 ou (71) 3358-8138

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16º Congresso Internacional de Odontologia da Bahia

27 a 30 de outubro de 2012Renomados professores nacionais e estrangei-ros farão parte do conclave, sem descuidar da parte referente à indústria e comércio especia-lizados, mostrando a tecnologia de ponta.

Salvador - BAwww.cioba2012.com.br

***

NovembroII Congresso Internacional de Auxiliares e Técnicos em Saúde Bucal

03 e 04 de novembro de 2012O evento é totalmente dedicado à equipe auxiliar.

São Paulo – SPwww.ciatesb.com.br

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IV Congresso Brasileiro de Odontologia do Trabalho de Pernambuco

15 a 17 de novembro de 2012Com o tema “Saúde, Qualidade de Vida e Sus-tentabilidade”, o evento interdisciplinar conta-rá com presença de grandes nomes nacionais da área de Saúde e Segurança do Trabalhador.

Recife – [email protected]

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10 agosto de 2012

Notícias

Um dos maiores encontros cientí�cos e educacionais da Odon-tologia na América Latina, o CORIG – Congresso Odontológico Rio-Grandense, aconteceu entre os dias 11 e 14 de julho, em Por-to Alegre. O evento contou com mais de 5.000 inscritos e oportu-nizou a atualização de pro�ssionais e acadêmicos, bem como a confraternização entre os cirurgiões-dentistas.Como o tema “Odontologia para todos”, o congresso teve como objetivo contemplar as técnicas mais complexas, desenvolvidas através de pesquisas cientí�cas e, ao mesmo tempo, chamar a atenção para a necessidade de uma simpli�cação, baseada no co-nhecimento cientí�co, para levar saúde às comunidades que mais dela necessitam.Foram dois anos de trabalho árduo, de planejamento e organiza-ção que se mostraram e�cazes. A qualidade da programação cientí�ca e da exposição comercial foi elogiada pelos congressistas, que lotaram os auditórios e os corredores da Feira Comercial. 

Entre os principais acontecimentos e novidades do CORIG 2012, destacam-se» A exposição dos 160 pôsteres digitais durante o segundo dia do evento tornou a apresentação dinâmica, moderna e mais atrativa aos congressistas.» A presença de protéticos, de TSB’s e ASB’s que participaram de programação exclusiva.» Reuniões das ABO’s Nacionais e das UniABO’s, bem como do CORE - Conselho das Regionais.» O CFO - Conselho Regional de Odontologia con�rmou, o�cial-mente, durante o Congresso, a vitória da Chapa 1 para a Diretoria do CRO-RS, que tem como presidente o colega Flávio Borela. 

Odontologia para todos

Presidente do 19° CORIG, João Batista Burzlaff, falou para autoridades e congressistas na abertura do evento

Programação Cientí�ca

A qualidade da Programação Cientí�ca foi um dos grandes  desta-ques do CORIG 2012.“A Programação Cientí�ca foi composta por um elenco renovado de professores, buscando atingir todas as áreas do conhecimento odontológico, através de atividades com diferentes formatações”, ressaltou o presidente do evento, Dr. João Batista Burzlaff.Através de simpósios, fóruns, cursos teóricos e práticos demons-trativos, os mais de 120 ministrantes, vindos de diferentes locali-dades, apresentaram pesquisas, estudos e casos clínicos nas mais diferentes especialidades da Odontologia.As atividades foram iniciadas com o curso “Dentística Restauradora com Evidência”, ministrado pelo Dr. Jorge Perdigão; e encerradas com o Dr. Luiz Narciso Baratieri que palestrou brilhantemente so-bre o tema “Odontologia Restauradora”. 

Auditórios lotados marcaram o CORIG 2012

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12 agosto de 2012

Notícias

Feira Comercial

A diversidade dos produtos e dos serviços apresentados na Expo-sição Comercial contribui para que os corredores da Feira estives-sem sempre lotados durante os dias do Congresso.As empresas expositoras não �zeram somente bons negócios, mas também potencializaram as suas relações com antigos e no-vos clientes.De acordo com a estimativa, em torno de 7.500 visitantes percorre-ram a Feira Comercial nos quatro dias de evento.

Prevenção em foco

A Praça da Prevenção teve atividades lúdicas e de conscientização acerca da Saúde Bucal durante todos os dias do Congresso. Cen-tenas de crianças da rede pública escolar participaram das ações.No último dia do evento houve programação exclusiva para os �-lhos dos cirurgiões-dentistas.www.corig.com.br

Movimentação intensa na Feira Comercial 

Crianças na Praça da Prevenção

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Pinças, brocas, curetas, alicates, seringas e agulhas. À pri-meira vista esses instrumentos e materiais odontológicos são fundamentais para que um dentista possa fazer seu tra-balho. Ocorre que, hoje, os avanços da tecnologia também chegaram ao consultório e prometem revolucionar os trata-mentos odontológicos. A grande aposta da área são os no-vos equipamentos em 3D de Microdontologia.O principal atrativo da tecnologia de ponta minimamente in-vasiva são os resultados terapêuticos para o paciente e para o próprio dentista, como forma de aumentar a precisão dos procedimentos. Esse é o motivo para que a utilização do mé-todo venha ganhando adeptos em todo o mundo, inclusive em Porto Alegre.O cirurgião-dentista gaúcho Marcelo Munhoz, especialista em cirurgia  e traumatologia Bucomaxilofacial,  mestre em microcirurgia odontológica e membro da Associação Mun-dial de Microscopia Odontológica (AMED), sediada na Cali-fórnia, nos Estados Unidos, informa que o microscópio ci-rúrgico em 3D é promissor por suas propriedades ópticas e ergonômicas. “A tecnologia comporta uma visualização mais apurada do campo cirúrgico, trazendo conforto para o paciente e profissional, além de melhorar significamente a previsibilidade dos resultados”, diz Munhoz, acrescentando que o tratamento elimina 95% dos possíveis erros causados pela visualização a olho nu.A Microscopia Odontológica também permite que o pa-ciente compreenda seu tratamento com a visualização das estruturas que estão sendo trabalhadas simultaneamente.

Tecnologia odontológica inédita no Brasil

“Quando esta ferramenta é utilizada, ela aumenta a visua-lização em até 20 vezes devido à iluminação, que é cinco vezes acima da convencional”, diz Munhoz. Além disso, os tratamentos dentários são minimamente invasivos e o dano é menor, podendo evitar a anestesia em muitos casos, o que proporciona um melhor pós-operatório.www.microdontologia.com.br

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14 agosto de 2012

Onde circula o perigo

A clínica odontológica é, a princípio, um ambiente de promo-ção de saúde, mas poucos imaginam que pode ser também um lugar de propagação de doenças.

Materiais esterilizados incorretamente, equipe de trabalho sem o de-vido equipamento de proteção e procedimentos clínicos inadequa-dos podem contribuir para que infecções sejam transmitidas do pa-ciente para o dentista e deste para outro paciente, ou até de um pa-ciente para outro por meio de instrumental e objetos contaminados.Esses ambientes são muito suscetíveis às infecções cruzadas, que ocorrem quando micro-organismos patogênicos trazidos pelos pa-cientes contaminam os instrumentos e o ar do consultório, e são, posteriormente, transmitidos aos outros clientes. Infelizmente, ain-da não há uma conscientização efetiva sobre os riscos de doenças, como as hepatites B e C, tuberculose, pneumonia e até a Aids, que podem ser disseminadas quando procedimentos mínimos de bios-segurança não são adotados em serviços odontológicos.Destacam-se, entre eles, medidas simples que costumam ser igno-radas pela falta de informação de muitos dos pro�ssionais. Para que os consultórios se tornem mais seguros para os dentistas, equipe auxiliar e para os próprios pacientes, é necessária a correta desinfec-ção de superfícies contaminadas e a utilização de barreiras, além da e�ciente esterilização dos instrumentos após cada troca de paciente. Um exemplo é a aplicação de películas de PVC (barreiras) na prote-ção de superfícies de difícil esterilização e alto grau de contaminação. A cuspideira é um exemplo de local altamente contaminado, que ne-cessita de desinfecção especí�ca e de alto grau para minimizar os riscos de infecção cruzada.Outra medida de segurança importante é a aplicação do bochecho prévio ao atendimento, já que a contaminação gerada pelo aeros-

Lusiane BorgesBiomedicina - UNISA / UNIFESP - Escola Paulista de Medicina, São Paulo. Odontologia – UMESP, São Bernardo, SP. Especialização em Microbiologia – Faculdade Oswaldo Cruz, São Paulo. Especialista em Controle de Infecção em Saúde – UNIFESP, São Paulo. Pós-Graduanda em  Prevenção e Controle de Infecção em Saúde – UNIFESP, São Paulo. Coordenadora de Cursos de ASB/TSB desde 2000 (sete Regionais APCD, ABO São Paulo e Santos e ALAPOS). Membro do Conselho Cientí�co da Odonto Magazine, São Paulo. Autora-coordenadora do livro “AST e TSB – Formação e Prática da Equipe Auxiliar”, 2012. Consultora em Biossegurança em Saúde – Biológica, São Paulo, SP. Coordenadora Cientí�ca – ALAPOS (Associação Latino-americana de Pesquisas em Odontologia e Saúde), SP. Consultora Cientí�ca da Oral-B, Fórmula & Ação, Sercon/Steris e outros. Representante do Brasil na OSAP (Organization for Safety, Asepsis and Prevention), EUA.

sol é grande e dispersada em um raio de dois metros ao redor do paciente. Isso é muito comum nos consultórios e responsável pela proliferação e transmissão de micro-organismo pela via aérea. Com essa medida simples, a contaminação pode ser reduzida em até 95% durante a primeira hora de atendimento.Para �nalizar, não podemos nos esquecer do direcionamento ade-quado dos resíduos que, em muitas clínicas, não são classi�cados como tal e acabam chegando como doença à população por ser descartado como resíduos comuns. Deve-se separar os resíduos de acordo com uma classi�cação simples:

» Comuns: tudo que é gerado na cozinha, sanitários, escritório (saco plástico preto).» Contaminado: tudo que é gerado na sala clínica (saco plásti-co branco e identi�cado como infectante).» Perfurocortante: coletores amarelos e identi�cados como in-fectante.» Resíduos químicos: revelador, �xador e amálgama (empresas especí�cas).

A promoção de saúde é o princípio básico de todo pro�ssional de saúde, e na Odontologia não pode ser diferente.Poucos sabem, mas, lamentavelmente, a Odontologia é a área que mais dissemina doenças, tamanha a diversidade de procedimentos clínicos que dispõe e materiais reutilizados ou não passíveis de des-carte e esterilização.É necessário que o pro�ssional da Odontologia se conscientize da necessidade de educação continuada também na área de Controle de Infecção, tanto para si mesmo quanto para sua equipe auxiliar, que é peça fundamental para praticar protocolos seguros.Vale pensar um pouco a respeito.

Odontologia Segura

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16 agosto de 2012

Produtos e Serviços

Os produtos da linha 3D White promovem um avançado sistema branqueador que abrange toda a superfície de cada dente, proporcionando um sorriso muito mais branco.O creme dental Brilliant Fresh que remove até 80% das manchas super�ciais em 14 dias. Suas micropartículas branqueadoras patenteadas eliminam as manchas super�ciais e dão polimento em todos os lados do dente. Sua espuma de ação delicada limpa as áreas de difícil acesso, ajudando a fortalecer o esmalte do dente.Os dentes são formados por três camadas: esmalte, dentina e polpa. O esmalte dental é geralmente coberto por uma película �na, derivada de proteínas da saliva que contém depósitos de comida, bebida e tabaco. Essa película forma um �lme orgânico desestruturado e manchado que envolve os dentes. O creme dental 3D White Brilliant Fresh age retirando essas manchas.Presentes no 3D White Brilliant Fresh, o surfactante Lauril Sulfato de Sódio suspende as partículas de alimentos, evitando seu acúmulo, e a sílica, que tem ação polidora, retira os resíduos sem agredir o esmalte dentário. Por isso, o uso regular do produto leva à diminuição do acúmulo dessas substâncias que provocam o amarelamento dos dentes.Outra causa importante do escurecimento visível dos dentes é a placa bacteriana, que, quando não tratada, pode levar ao tártaro. O creme dental 3D White Brilliant Fresh contém Pirofosfato de Sódio, um ingrediente que auxilia no combate ao problema, inibindo a proliferação de micro-organismos e a produção de ácidos. Além disso, a substância adere à superfície da película de proteínas de saliva, impedindo que alimentos, bebidas e tabaco se alojem nos dentes.Novidade no mercado brasileiro, 3D Whitestrips é resultado do

Oral-B apresenta 3D White

investimento em pesquisa e tecnologia da Oral-B. O produto age como um gel branqueador que alcança as manchas dos dentes, deixando-os visivelmente mais brancos.3D Whitestrips contém peróxido, a mesma substância utilizada por dentistas para tratamentos de branqueamento, que age sobre as manchas intrínsecas. O produto vem com �tas �nas e �exíveis cobertas por um gel desenvolvido exclusivamente para se adaptar ao contorno dos dentes. O peróxido, que vem num �lme de polietileno, em contato com os dentes, promove o clareamento sem causar dano ao esmalte. O produto deve ser usado duas vezes ao dia durante 30 minutos. A segurança e a e�cácia de 3D Whitestrips foram avaliadas em estudo clínico, que também comprovou que o produto deixa os dentes mais brancos em apenas três dias, oferecendo o resultado completo em uma semana de uso.Além do creme dental 3D White Brilliant Fresh e do 3D White Whitestrips, Oral-B também traz ao Brasil as escovas de dente Oral-B 3D White, que ajudam na remoção das manchas da superfície dos dentes, proporcionando um sorriso naturalmente mais branco.A escova Oral-B Advantage 3D White possui cerdas com bordas de polimento que mantêm o creme dental no lugar onde ele pode ser mais e�ciente, maximizando suas propriedades de branqueamento.Oral-B 3D White Brilliant ajuda a limpar toda a boca, inclusive os lugares mais difíceis de alcançar, devido ao design de sua haste, que limpa e elimina as manchas da superfície dos dentes. Além disso, suas cerdas formam dois pequenos “copos” que retêm o creme dental por mais tempo na escova, ajudando a distribuir o produto mais uniformemente por todos os dentes.www.oralb.com.br

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18 agosto de 2012

Produtos e Serviços

Tratamento de cáries sem dor Icon oferece uma nova abordagem para atacar as cáries incipientes no início, sem sacri�car o tecido duro saudável – em somente uma sessão, simples e sem perfurações ou anestesia.Movida por forças capilares, in�ltrante, uma resina altamente �uida penetra no esmalte e bloqueia as passagens de difusão dos ácidos cariogênicos, promovendo o ataque às cáries em áreas proximais difíceis de alcançar e em superfícies lisas. Sem perfurações.Icon elimina a distância entre as terapias preventivas e as restaurações corretivas.www.dmgdobrasil.com.br

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A Dabi Atlante passou a contar em junho com novidades na sua linha de compressores a ar. Com mais opções de equipamentos, a empresa iniciou a comercialização em toda sua ampla rede de distribuição de compressores silenciosos e a seco e também de bombas de sucção que não utilizam água.A empresa agrega valor à sua linha própria de compressores e oferece ao dentista cada vez mais opções para a montagem e atualização de seus consultórios. A Dabi fechou parceria com a AirZap, a única empresa brasileira a fornecer ao mercado nacional o compressor de ar com o menor nível de ruído do setor, completa

linha de compressores silenciosos, isentos de óleo e também sistema exclusivo de sucção (DryZap) que não utiliza água.

“Temos uma grande rede de distribuição, vendas e assistência técnica em todo o Brasil e, cada vez mais, estamos ampliando a abrangência do nosso portfólio para oferecer aos dentistas opções que atendam a todas as suas necessidades”, a�rma Luiz Claudio Sardinha Martins, Gerente de Produtos da Dabi Atlante.Além dos compressores da marca Dabi Atlante – o Dabi 170/15 e o Dabi 180/24, a empresa passa a comercializar os equipamentos da AirZap: o compressor Top Silence (com ruído mínimo e ideal para utilização dentro dos consultórios), o compressor Dental Air (isento de óleo) e toda a linha de

bombas de vácuo Dryzap.www.dabiatlante.com.br

“Sorrir faz Bem” alerta sobre a responsabilidade que cada um deve que ter com a própria boca.Desde pequenos somos instruídos por nossos pais a sempre escovar os dentes depois das refeições, para não criar cáries e outros problemas bucais. Isso porque a boca é a maior cavidade do corpo em contato com o mundo exterior, e por suas características e funções, é também um ninho de bactérias. No intuito de conscientizar a população brasileira e esclarecer dúvidas sobre o que é bom ou ruim para os dentes, a Editora Novo Século lança “Sorrir Faz Bem”, do Dr. Aonio Vieira, odontologista de currículo admirável.Esta é uma obra educadora e com um propósito nobre, pois através dela, as causas de problemas bucais, que ainda são muito presentes na maior parte da população brasileira, podem ser repensadas e buscar uma solução informativa.“Infelizmente, os dados sobre saúde bucal no Brasil são preocupantes: 97% de nossa população têm cárie, e 47% da população com mais de 50 anos já perdeu os dentes. Até os 30 anos, a perda dos dentes é atribuída à carie; após essa idade, é devido a problemas das gengivas.”O livro aborda, com uma linguagem fácil e acessível, os temas mais importantes relacionados ao sorriso e à saúde bucal. A�nal, prevenir é melhor que remediar.www.novoseculo.com.br

Dabi amplia sua linha de compressores de ar

Sorriso bonito e bem cuidado

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Produtos e Serviços

A Kerr traz ao Brasil o Super Tray, uma solução inovadora para confecção, acabamento e polimento de restaurações diretas. O Super Tray é um kit introdutório do sistema Hawe que possui todos os acessórios necessários para realização de restaura-ções complexas de forma simples.Os materiais vêm organizados em uma bandeja, com tamanho correto para ser alojado em uma gaveta de consultório odon-tológico.O carro chefe desse kit é o SuperMat, instrumento de colo-cação de matriz de poliéster, titânio e inox para restaurações classe II. Há também o sistema de matriz cervical transparente com aplicador para confecção de restauração classe V em den-tes anteriores e posteriores. Para confecção de classe III, o kit apresenta o StopStrip, um sistema de matriz de poliéster com uma trava para ser alojada no ponto de contato,  permitindo o trabalho sem o deslocamento da matriz.As cunhas Hawe são apresentadas em dois materiais: madeira e plástico. As de madeira são de plátano, não apresentado re-sina ou rebarbas. Já as de plástico, as Luciwedges, permitem a passagem de luz e apresentam um solado acolchoado compri-mindo os tecidos moles, evitando sangramento gengival.Os discos de acabamento OptiDisc apresentam mandril em dois tamanhos diferentes, um convencional e outro 10mm menor, com quatro tipos de abrasividade e três diâmetros. O encaixe do disco ao mandril é de plástico, permitindo o uso de todo o disco.As escovas de acabamento contém carbeto de silício, apresen-tando três tamanhos (Occlubrush), ou de tamanho único com

Confecção, acabamento e polimento de restaurações diretas

Novidade da Curaprox Cresce a família das escovas dentais com mais de 5460 cerdas.Ter uma escova de dente de qualidade e com cerdas ultramacias que realizam a higienização oral sem agredir o esmalte dos dentes é o desejo de qualquer pessoa que aprecia um sorriso saudável. Por esta razão é que a Curaprox 5460 cerdas, por exemplo, é um dos produtos mais indicados pelos pro�ssionais do setor por atender a todos os requisitos de qualidade e e�ciência, é o que con�rma o Professor, Mestre e Doutor em Odontologia da Anhanguera UNIBAN, Dr. Hugo Lewgoy. “A escova ultramacia e com grande quantidade de cerdas tem papel extremamente relevante para obter maior efetividade na escovação, sem agredir o esmalte dos dentes e a gengiva”, informa.Segundo historiadores, escovar os dentes é tão antigo quanto à própria espécie humana, pois o homem primitivo utilizava os próprios dedos, folhas e gravetos para fazer a limpeza de seus dentes. Hoje em dia, porém, ninguém precisa recorrer a esses métodos primários e ainda pode usufruir de outras vantagens, quer dizer, além da disponibilidade no mercado de escovas altamente quali�cadas, o consumidor pode até escolher a cor que mais agrada com seu gosto pessoal. A própria Curaprox, que já possui no mercado 36 opções diferentes fashion, agora lança a versão preta e branca para aumentar o leque de variedades.“Assim como os outros modelos, a nova escova possui o cabo com design sextavado, que possibilita naturalmente a utilização na angulação correta durante o ato da escovação, onde a escova deve �car inclinada em um ângulo de 45° (metade das cerdas apoiada sobre a coroa dental e metade apoiada sobre a margem gengival)”, diz Lewgoy.www.curaprox.com

interior biselado (OptiShine).O kit ainda apresenta três pastas de pro�laxia e polimento. A pasta CleanPolish tem base de pedra pomes, sendo mais indi-cada para pro�laxia. A pasta SuperPolish tem base de óxido de alumínio, sendo mais indicada para polimento de restaurações. Já a pasta Cleanic tem como base a perlita, uma lava vulcânica que tem como característica a mudança de sua abrasividade, conforme a fricção da escova ou da taça de borracha.www.kerrdental.com.br

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Reportagem

Odontohebiatria: cuidado especí co com o adolescenteSegundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência acontece dos 10 aos 19 anos, 11 meses e 29 dias, e totaliza

aproximadamente 34 milhões da população brasileira. Essa é a fase englobada pela Odontohebiatria.

Por: Célia Gennari

Dra. Lúcia Coutinho*, especialista em Odontopediatria, Odontologia para bebês e Ortodontia Preventiva, comenta que a Odontologia Curativa de Massa esgotou-se, especial-

mente devido à transição epidemiológica sofrida com a introdu-ção dos �uoretos na água e por outros meios nos anos 1980, que impactaram fortemente na diminuição da prevalência de cárie. Com isso a demanda por tratamentos restauradores complexos reduziram-se drasticamente. Aliado a isso, a disponibilidade à in-formação se alastrou e com isso o acesso à atenção preventiva. Conforme reporta Zanetti (1999), foram lançadas as bases primá-rias para a estruturação do novo paradigma de prestação de ser-viços odontológicos na esfera privada: a Odontologia de Mercado Segmentado. Com isso, o mercado passa a ser segmentado, he-terogêneo, diferenciado, personalizado, sem padrões �xos ou úni-cos, �exível e especializado. No entanto, a sociedade se ressente da segmentação excessiva na saúde, volta-se, então, a valorizar a inserção da especialidade ao todo. A Odontohebiatria, com seu caráter preventivo e com seu enfoque voltado para características peculiares da adolescência, mas sempre em função do ser inte-gral, caminha a favor deste movimento. Embora a prevalência de cárie tenha caído bastante, o fato de nes-te período da vida ocorrer modi�cações em padrões de dieta e hi-giene oral e pelo fato dos responsáveis terem menos controle so-bre estes fatores, torna-se imperativo reforçar o enfoque preven-tivo, orientando dieta e medidas de remoção de bio�lme dental.O risco de aparecimento de cárie se deve, principalmente a: dieta acentuadamente cariogênica, má higiene oral, maior número de superfícies dentais erupcionando, imaturidade dental e o uso de aparelhos ortodônticos. Tendo em vista os fatores de risco associado à fase, seria de se esperar uma alta prevalência de cáries, mas o uso do �úor no abastecimento de água e dentifrícios levou a uma grande melho-ra dos índices. No Brasil, como no mundo, os índices de CPO-D estão caindo. O Ministério da Saúde, em levantamento nacio-nal em 2010, mostrou uma média de CPO-D aos 12 anos de 2,1. No município de São Paulo avaliou-se 4.249 adolescentes de 12 anos e o CPO-D foi 1,32 e 2.858 adolescentes de 15 a 19 anos e o CPO-D foi de 2,41.Com a redução da prevalência de cárie, a erosão dentária passou a chamar a atenção. As causas de origem intrínseca estão associa-das à xerostomia, pelo maior tempo de exposição da substância erosiva sobre o elemento dental e a doenças que provocam re-

gurgitação, como re�uxo, bulimia nervosa e anorexia, pelo con-tato constante do ácido gástrico com o meio bucal. As causas de origem extrínsecas estão associadas, por exemplo, ao excesso de ingestão de bebidas ácidas. O traumatismo também é muito prevalente entre os jovens, especialmente os atletas, que devem ser incentivados a usar protetores bucais. A literatura mostra que a prevalência de gengivite em adolescentes varia de 59% a 70%. O processo de transição que marca a passagem da infância para a vida adulta é repleto de particularidades, no que diz respeito a características biológicas, psicológicas e sociais. Para que o ado-lescente tenha maior aderência aos cuidados preventivos é neces-sário o enfoque naquilo que o afeta prontamente. Ou seja, chamar a atenção para a halitose, devido à in�amação gengival, para o aspecto estético na erosão, cárie ou traumatismo.

Preparação pro�ssionalA Odontohebiatria é uma clínica geral voltada ao paciente adoles-cente, e a Odontopediatria é voltada à criança. A anamnese usada deve ser a mesma da pediatria, acrescida de algumas questões sobre: fumo, álcool, drogas, vida sexual e data da menarca. Quan-do se trabalha em equipe multipro�ssional, o odontopediatra tem acesso ao estágio pubertário ou estágio de Tanner, informação muitas vezes importante para se planejar tratamentos ortodôn-ticos e ortopédicos, que apresentam resultados mais rápidos do início da adolescência ao �nal do estirão pubertário. Muitas vezes, devido à periodicidade do tratamento, o dentista tem mais contato com o adolescente do que outros pro�ssionais de saúde. Devido a isso, é necessário que o odontohebiatra esteja atento a alguns comportamentos de risco, uso de drogas lícitas ou ilícitas e distúrbios alimentares. Da mesma forma que na odontopediatria pede-se um diário ali-mentar, é importante pedir também no caso do adolescente. Em relação aos distúrbios alimentares, alguns sinais precisam ser observados, nos casos de anorexia: a utilização de roupas largas continuamente, evitar situações sociais que implicam em se ali-mentar e comportamentos obsessivos; já nos casos de bulimia é mais difícil identi�car comportamento, no entanto, os sinais de erosão dental, devido aos constantes episódios de vômito força-do, são bem evidentes.A despeito da moda, a saúde deve ser priorizada. No caso do cla-reamento dental, os adolescentes mais jovens apresentam dentes com esmalte imaturo e mais poroso, portanto, mais sujeitos a hi-

*Lúcia Coutinho é especialista em Odontopediatria pela Universidade Camilo Castelo Branco – São Paulo. Professora do Grupo de Estudo ATRAMI - Atenção Transdisciplinar Materno Infantil – USP. Coordenadora do Grupo de Saúde Oral da Sociedade de Pediatria de São Paulo.** Rosa Maria Eid Weiler é especialista em Odontopediatria pela FOUSP. Mestre e Doutora em Ciências Aplicadas à Pediatria pela UNIFESP. Coordenadora da Área de Odontologia do Setor de Medicina do Adolescente da UNIFESP.

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persensibilidade. Neste caso, a decisão de se fazer o clareamento precisa levar em conta o fator idade e saúde geral. Alguns proble-mas sistêmicos podem, se não forem resolvidos, contraindicar o clareamento dental, tais como: asma, respiração bucal, hipersen-sibilidade a compostos de hidrogênio, desordens respiratórias e digestivas, xerostomia, bruxismo, entre outros.No caso do uso de piercings orais, as complicações locais in-cluem: hemorragia, in�amação local, aumento do �uxo salivar, reação alérgica ao metal e trauma ao osso e dentes adjacentes, resultando em reabsorção e fraturas, respectivamente. Sistemi-camente, o piercing oral tem sido identi�cado como vetor na transmissão de vírus, tais como: HIV, hepatite (B, C, D e G), herpes simplex, entre outros.A pergunta sobre início da vida sexual e uso de proteção tem implicações no aparecimento de doenças sexualmente trans-missíveis. O uso de drogas e sexualidade são assuntos delica-dos. Portanto, é preciso criar um vínculo de con�ança, sempre explicando as implicações que estas questões poderiam ter no tratamento. Entre elas:

O termo Hebiatria é uma referência à deusa grega da ju-ventude, Hebe, �lha de Zeus e Hera, que tinha o privilégio da eterna juventude. Do grego, “hêbé” (juventude, ado-lescência) e “iatrós” (médico), a hebiatria é uma área de atuação da pediatria. Portanto, Hebiatria = Medicina do Adolescente. A Odontologia, seguindo a mesma linha da Medicina, criou a Odontohebiatria. “Odonto” é um radical de origem grega que signi�ca dente, mais apropriada-mente substituído por boca. Portanto, Odontohebiatria = Medicina Bucal do Adolescente.A adolescência, como fase do desenvolvimento, data do �nal do século XIX. O conceito da adolescência foi de-senvolvido no decorrer do século XX. Na Idade Média, a criança era considerada um adulto pequeno e o jovem [15 ou 16 anos] era o adulto. O interesse na saúde desta faixa etária surgiu em 1888. Em 1918 foi publicada a primeira referência sobre uma clí-nica médica para adolescentes: “O trabalho da clínica de adolescência da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford”. Em 1968 foi criada, nos Estados Unidos, a Sociedade de Medicina do Adolescente.No Brasil, essa preocupação iniciou-se na década de 1970 na Universidade de São Paulo, na Santa Casa de São Pau-lo e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Em 1989, o Ministério da Saúde divulgou o Programa de Saú-de do Adolescente e, em maio de 2002, a adolescência passou a fazer parte, como curso obrigatório, da área de atuação de Pediatria, reconhecida pela ABM, CFM e pela comissão de residência médica. Ao mesmo tempo, den-tro das entidades odontológicas (ABO, CFO), começa a ser reconhecida a Odontohebiatria, que não é formalizada como uma especialidade, mas reúne conhecimentos que, num primeiro momento, fazem parte da área de atuação da Odontopediatria (como na Medicina), mas que buscam fundamentar especi�cidades clínicas e de abordagem voltadas para o público adolescente. A Odontohebiatria é uma capacitação dentro da atuação da Odontopediatria.

Histórico

» A maconha tem um efeito cancerígeno na mucosa oral e pode provocar imunossupressão. O atendimento não deve ser realizado durante o efeito da droga, pois o uso de adrenalina/epinefrina no tubete de anestésico pode potencializar o efeito da maconha, induzindo a taquicardia.» O uso da cocaína pode causar recessão gengival, cárie de raiz, GUNA, bruxismo. A cocaína aumenta a sensibilidade car-díaca à adrenalina que é usada na maioria dos tubetes anes-tésicos dos dentistas e pode levar a uma “combinação fatal”, principalmente se a droga tiver sido usada até oito horas antes da consulta. Pacientes que fazem uso combinado da cocaína e álcool tendem a ter uma soma destes sintomas e causar condi-ções mais severas.» Os que fazem uso do “ecstasy” têm uma maior tendência a ter bruxismo, assim como trincas, recessões gengivais e xeros-tomia. Indivíduos que fazem uso da droga devem informar ao dentista, principalmente de um a dois dias após o uso, quando irão receber anestesia local ou se forem realizar alguma cirur-gia, pois sua pressão pode estar alterada.

“A higiene bucal nesta fase é muitas vezes comprometida, pela falta de regularidade nas alimentações, o tempo fora de casa, o excesso de atividades e o menor controle dos pais”, explica Dra. Rosa Maria Eid Weiler**, mestre e Doutora em Ciências Aplicadas à Pediatria pela UNIFESP. No estudo realizado por Santos (2010), foi avaliada a existência de relação entre doença gengival em 80 adolescentes em relação aos estágios de Tanner (controlando o índice de placa) para identi-�car se o aumento de circulação de hormônios sexuais durante o estirão poderia aumentar a prevalência de doença gengival. Não encontrou relação estatisticamente signi�cante, porém a preva-lência de doença gengival nos adolescentes foi muito alta. 60% apresentaram sangramento à sondagem e 13,75% apresentaram cálculo. Além disso, não encontrou diferença estatisticamente sig-ni�cante entre o índice de placa entre meninos e meninas, que nos dois casos foi elevada. Para detectar se o adolescente está ou não em comportamento de risco, ao pro�ssional cabe exercitar a escuta sem preconceitos e com acolhimento, �car atento aos fatores protetores: estrutura familiar, escolaridade, o grupo a que pertence, projeto de vida e histórico infantil. Uma abordagem inicial errada pode di�cultar o relacionamento.O protocolo de atendimento para o adolescente utilizado no Se-

Na Odontopediatria, como na Odontohebiatria, agimos também como educadores para ajudá-los a serem competentes em se manter saudáveis.

Dra. Lúcia Coutinho

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Reportagem

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A Consolidação das Normas para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia – Resolução CFO - 63/2005 estabelece em seu artigo 71 que “Odontopediatria é a especialidade que tem como objetivo o diagnóstico, a prevenção, o tratamento e o controle dos problemas de saúde bucal do bebê, da criança e do adolescente; a educação para a saúde bucal e a integração desses procedimentos com os dos outros pro�ssionais da área da saúde”. A área de atuação de um odontopediatra, que atua em Odontohebiatria, engloba: promoção de saúde, prevenção em todos os níveis de atenção, devendo o espe-cialista atuar sobre os problemas relativos à cárie dentária, à doença periodontal, às maloclusões, às má formações congênitas e às neoplasias, diagnóstico das alterações que afetam o sistema estomatognático, tratamento das lesões dos te-cidos moles, dos dentes, dos arcos dentários e das estruturas ósseas adjacentes, decorrentes de cáries, traumatismos, alterações na odontogênese, maloclusões e má formações congênitas; e, condução psicológica do adolescente para a aten-ção odontológica.

Legislação

tor de Medicina do Adolescente do Departamento de Pediatria da UNIFESP tem a parte de anamnese mais voltada para o histórico odontológico e a de exame físico, abordando um odontograma contendo código para 30 alterações dentais de todo o tipo. Além disso, é apli-cado um questionário que funciona como uma triagem de DTM. Caso alguma das respostas seja positiva, é feito um exame dos músculos mastigatórios, abertura bucal, protrusão, late-ralidade, desvios na abertura etc., para um exame mais completo da condição da articulação têmporomandibular. “Como temos um serviço multipro�ssional e temos acesso ao prontuário médico, nutricional, de fonoaudiologia e dos demais pro�ssionais, as perguntas sobre o uso de drogas, sexualidade, a parte nutricional, entre outras, não são repetidas, pois seria extre-mamente cansativo”, comenta Rosa Weiler, coordenadora da Área de Odontologia do Setor de Medicina do Adolescente da UNIFESP. “Na clínica privada, é preciso que seja incluída na �cha clínica as questões médicas, nutricionais, fonoaudiológicas, portanto, será mais extensa”.No Setor tem médicos hebiatras, nutricionistas, psicólogas, psicopedagogas, educadores fí-sicos e dentistas. Os objetivos são a assistência integral à saúde do adolescente, em seus aspectos orgânicos, psicoemocionais e sociais para que possa atingir a vida adulta com saúde e prazer de viver. Procura-se, por meio da prevenção, tratamento de doenças e atenuação de seus males, atuar na pessoa, na família, na escola, nas entidades públicas e privadas para motivar o adolescente, a família e a comunidade a favor de sua saúde, e constituir o núcleo da UNIFESP-EPM como centro de referência para assistência, formação de pessoal e pesquisa na área. Alguns projetos originados neste serviço tiveram publicação internacional, tais como:

» “Determinação de maturidade dental para crianças e adolescentes brasileiros usando o método de Demirjian”. (Assesment of dental maturity of Brazilian children aged 6 to 14 years using Demirjian’s method. Eid RMR, Simi R, Friggi MNP, Fisberg M. International Journal of Pae-diatric Dentistry 2002;12:423-28).» “Comparação dos parâmetros salivares entre adolescentes respiradores orais e respiradores na-sais” (A study of the in�uence of mouth-breathing in some parameters of unstimulated and stimulated whole saliva of adolescents. Weiler RME, Fisberg M, Barroso A, Nicolau J, Simi R, Siqueira Jr W. International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology 2006; 70:799-805).» “Avaliação dos sinais e sintomas de DTM em atletas do sexo masculino” (Prevalence of signs and symptoms of temporomandibular dysfunction in male adolescent athletes and non-athletes. Weiler RME, Vitalle, MSS, Mori, M, Kulik, MA, Ide, L, Pardini, SRSV, Santos FM. International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology 2010;74:896 – 900).

Este último projeto foi realizado recentemente com adolescentes atletas do sexo feminino, tendo sido enviado para publicação.O Setor possui um curso anual de Especialização em Adolescência para Equipe Multipro�ssio-nal certi�cado pelo MEC e voltado aos pro�ssionais da área da saúde que querem conhecer o adolescente de forma integral e com uma abordagem transdisciplinar. Existem outros núcleos de Medicina do Adolescente na Faculdade de Medicina da USP, Faculdade de Medicina do ABC e da Santa Casa, que possuem dentistas. A Faculdade de Odontologia da USP também possui um curso de Odontohebiatria.

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Entrevista

Jansen OzakiMestre e Especialista em Dentística pela FOP/UNICAMP. Coordenador de Especialização e Aperfeiçoamento EAP - APCD São José dos Campos. Coordenador de Especialização em Dentística da Universidade Hispano Guarani – Asuncion - PY.  Professor de Dentística e Clínica Integrada da Universidade Metodista de São Paulo – UMESP.  Professor de Dentística da Universidade Nove de Julho – UNINOVE/SP.www.jansen.ozaki.com.br

Entrevista

Por: Vanessa Navarro

Odontologia CosméticaPesquisas apontam que a grande maioria da comunicação humana é não verbal, e o sorriso representa muito dessa comunicação. Dentes brancos e bem cuidados são os grandes responsáveis por manter a autoconfiança em dia.

Odonto Magazine - Quando os pro�ssionais de saúde bucal passaram a introduzir no dia a dia a Odontologia Cosmética como nova terminologia para a Odontologia Estética? Jansen Ozaki - A terminologia Odontologia Cosmética foi in-troduzida no início dos anos 1990 após o início da prática clínica dos procedimentos de clareamento externo com um precursor do peróxido de hidrogênio. O peróxido de carbamida, utilizado com moldeiras de acetato com o paciente, promove dentes mais brancos com a supervisão de um cirurgião-dentista. O resultado de um tratamento minimamente invasivo, que visava somente estética em dentes vitais hígidos, iniciou o que chamamos hoje de Odontologia Cosmética.

Odonto Magazine - Quais seriam as diferenças entre Odonto-logia Estética e Odontologia Cosmética? Jansen Ozaki - Podemos dizer que ambos buscam como re-sultado a estética, entretanto, a Odontologia Estética atinge resultados atuando em dentes que não se encontram mais to-talmente hígidos, restabelecendo dentes e ou também os te-cidos moles através dos procedimentos restauradores, sejam com restaurações diretas, indiretas ou cirurgias periodontais. A Odontologia Cosmética se baseia na premissa de procedi-mentos minimamente invasivos, aliada a toda a concepção da harmonia do sorriso com a forma da face, inclusive com con-ceitos de visagismo, que une todos os elementos estéticos da face, como dentes, sorriso, pele, cabelos e maquiagem aliados a imagem da pessoa.

Odonto Magazine - Quais situações odontológicas requerem o uso da Odontologia Cosmética? Jansen Ozaki - Os procedimentos da Odontologia Cosmética podem ser:

» Clareamento dental de um elemento ou de toda a arcada.» Ortodônticos - pequenas movimentações para alinhamento dos dentes.» Fechamento de diastemas com restaurações diretas ou indiretas.» Reconstruções morfológicas de dentes conóides.» Recontorno Estético (ameloplastia) para alterar a forma dos dentes.» Cirurgias plásticas periodontais para criar harmonia da porção gengival com os dentes e o sorriso do paciente.» E o mais recente dos tratamentos: a aplicação de toxina botulínica para correção de sorrisos gengivais.

Odonto Magazine - Como e quando o paciente passou a se preocupar mais com o embelezamento dental? Jansen Ozaki - Acredito que o paciente sempre se preocu-pou com o embelezamento dos dentes, entretanto, as limita-ções da Odontologia �zeram com que as exigências fossem menores também. O desenvolvimento dos materiais restaura-dores e o aumento das possibilidades reabilitadoras �zeram com que a restauração �nal de um dente fosse atingida em sua excelência. Outro exemplo seria a eliminação do metal em restaurações estéticas, possibilitando um sorriso com pró-teses livre de metal. Outro fator signi�cativo, que caminhou junto a esses fatores, foi a exposição em massa da mídia des-ses novos padrões de estética e possibilidades de tratamento em excelência, que fez com os pacientes almejassem ter um sorriso como das revistas e atrizes. Não podemos esquecer também que o crescimento econômico do país fez com que o acesso a esses tratamentos também fossem alcançados pela nova classe média do Brasil.

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Entrevista

Odonto Magazine - Como é possível escolher o produto certo para agradar o dentista e ao paciente durante procedi-mentos cosméticos? Jansen Ozaki - Não acredito que exista somente um produto perfeito para cada procedimento. Existem diversas opções no mercado odontológico que o cirurgião dentista pode escolher para o seu paciente. As variáveis são grandes, e agradar o den-tista realmente não é uma tarefa fácil, pois para isso existem muitas variáveis, como custo, a�nidade por marca, acesso a in-formações, novos produtos, etc. Para agradar o paciente, as vari-áveis são muito menores. A obtenção do sucesso do tratamento aliada a ausência de sensibilidade dolorosa e durabilidade do tratamento já podem satisfazer plenamente o paciente.

Odonto Magazine - Quais são os tratamentos cosméticos odontológicos mais procurados pelos pacientes? Jansen Ozaki - Como dentes brancos denotam saúde e be-leza, o clareamento dental externo tem sido o mais procurado e, como consequência dele, a substituição das restaurações antigas que não sofrem branqueamento com o tratamento cla-reador. Depois podemos citar a ortodontia, o fechamento de diastemas e a reconstrução morfológica de dentes conóides com resina composta. Os laminados ou as facetas de cerâmica também são muito frequentes para um especialista em Odon-tologia Estética e Cosmética.

Odonto Magazine - O que o senhor tem a dizer sobre Odonto-logia Cosmética como um conceito de tratamento?Jansen Ozaki - A Odontologia Cosmética fez com que os tra-tamentos seguissem uma direção minimamente invasiva o que é excelente para a manutenção dos tecidos dentais. Transfor-mar um sorriso com mínimo de desgaste dos dentes só trouxe

benefícios para a Odontologia. O planejamento restaurador do tratamento Cosmético obriga o dentista a ter um conhecimen-to multidisciplinar, como materiais dentários, técnicas operató-rias, periodontia, prótese e psicologia para atender plenamen-te as exigências do paciente. Por muitos anos a Odontologia se tornou extremamente especializada e isolada, hoje, com a interação multidisciplinar, a Odontologia está mais completa, previsível e com maior durabilidade.

Odonto Magazine - Muitos se enganam quando pensam em Odontologia Cosmética como algo supér�uo. Qual é a relação deste segmento da Odontologia com a saúde bucal? Jansen Ozaki - A relação é direta, pois qualquer tratamento odontológico, cosmético ou não, deve seguir as premissas de promoção da saúde bucal, ou seja, os procedimentos só de-vem ser executados após a promoção e obtenção da saúde bu-cal. Não existe estética ou cosmética sobre cáries e gengivites em plena atividade na cavidade oral.

Odonto Magazine - Como a Odontologia Cosmética pode in-�uenciar na qualidade de vida dos pacientes? Jansen Ozaki - Tudo depende de quanto a necessidade cosmética afetou o paciente. Tenho acompanhado muitos casos em que o comprometimento afeta diretamente a au-toestima dos pacientes, pois não poder sorrir ou receber algum comentário negativo continuamente sobre a falta de estética dos dentes resulta em uma pessoa que tem dificul-dade de sorrir, e até muitas vezes, de se relacionar social-mente. Algumas vezes o comprometimento dental pode ser maior e gerar dificuldade de mastigação, isso aliado à falta de autoestima pode comprometer seriamente a qualidade de vida do paciente.

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Muitas vezes, aqui nessa coluna, foi citada a importân-cia do pro�ssional em ter um olhar integral, onde o indivíduo é considerado como um todo, inserido em

um contexto maior de família e comunidade.Neste sentido, destacamos a importância da integração entre a saúde bucal e a saúde da mulher. Você sabia que as gestan-tes também devem realizar o pré-natal odontológico?Para ajudar a responder essa questão, convidei para um tra-balho a “quatro mãos” uma enfermeira de saúde da mulher, habituada a esse olhar integral e que ajuda muitos pro�ssio-nais de saúde bucal que atuam na Estratégia Saúde da Família (ESF) a imergirem nas questões femininas.Segue abaixo o que disse a Dra. Danielle Machado:“Atualmente vivemos em um mundo globalizado e informatizado em que as notícias chegam muito rápidas e fragmentadas. Infeliz-mente, tendenciamos trabalhar apenas com nossa especialidade (um dente, um rim), esquecendo do todo, da pessoa inserida em certo contexto familiar, que trabalha em determinado emprego cujo risco pode agravar sua saúde.Sabem, também tenho minha parcela de culpa, trabalhei como enfermeira obstétrica em alguns hospitais (públicos e particula-res) cuidando apenas das ‘barrigas’ e, no máximo, do bebê após o nascimento.Posso confessar que ‘acordei’ quando comecei a trabalhar na Saú-de Pública, pois, em muitos casos, os problemas sociais estão acima de qualquer patologia instalada.Diante desta singela introdução, o que tenho para contar para vo-cês, pro�ssionais da Saúde Bucal, é que precisamos dividir as in-formações, a �m de melhorar o tratamento do cliente. O pré-natal odontológico tem por objetivo priorizar o atendimento

Espaço Equipe

da gestante e acompanhamento do recém-nascido. Os pro�ssio-nais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde, como Equipe de Saúde Bucal - ESB - (auxiliares, técnicos e cirurgiões-dentistas) devem realizar a triagem odontológica e oferecer o tratamento em saúde bucal pertinente ao risco apresentado por essa futura ma-mãe. Educação em saúde bucal também faz parte dessa oferta a um pré-natal mais completo e com maior garantia de gestação e bebê saudáveis. A ESB possui a responsabilidade de veri�car o cartão pré-natal da gestante, a �m de se interar de sua condição sistêmica e poder auxiliar as outras equipes (Saúde da Família e NASF) com informações que porventura venham a descobrir du-rante o atendimento.Vocês devem estar se perguntando como os pro�ssionais da bucal conseguem tempo para olhar o cartão da gestante e ainda realizar orientações, não é? Pois é, caros colegas, eles foram reciclados e atualizados sobre todos os exames, retornos de consultas, vacinas e cuidados com o recém-nascido. “Tal abordagem é geralmente realizada no momento em que a gestante está sentada na cadeira como ‘bate papo inicial’ e, acreditem, elas passam informações que nem os médicos e nem os enfermeiros das equipes sabiam.”Como pro�ssionais de saúde, sugerimos que todos da saúde bucal perguntem sobre o pré-natal e, caso percebam alguma mudança ou mesmo algum risco para esta gestante, façam uma carta ou relatório ao médico que a acompanha (e-mail ou telefone) sobre sua percepção. O resultado será, com certeza, um elo entre dois pro�ssionais que, até então, cuidavam da mesma cliente, porém, sob perspectivas diferentes.Façam o teste, estudem outras especialidades e se integrem com os outros colegas para colaborar com uma saúde de maior qualidade.

Danielle PalacioCirurgiã-Dentista. Interlocutora de Saúde Bucal do Instituto Israelita de Responsabilidade Social da Sociedade Bene�cente Israelita Brasileira Albert Einstein. Especialista em Saúde Coletiva. Mestranda em Saúde Coletiva. Coordenadora do módulo de Saúde Bucal da Especialização em Saúde da Família e Comunidade do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein. Docente da Equipe Biológica.

Danielle Machado LopesEnfermeira dos Programas Governamentais SBIB Albert Einstein - Interlocução de Saúde da Mulher. Mestre em Enfermagem. Especialista em Obstetrícia.

Pré-natal odontológico: qualidade de vida da gestante e do bebê

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Relacionamento

Nádia Caliari Supervisora de Marketing. Formada em Ciências Química pela Faculdade de São Bernardo do Campo. MBA em Gestão de Marketing pela FGV.

Odonto Magazine - Como e quando surgiu a Dental Caliari?Nádia Caliari - A Dental Caliari foi fundada em 2005 por pro�ssio-nais com mais de 25 anos de experiência no mercado. A empresa foi fundada com o intuito de proporcionar aos nossos clientes o melhor atendimento com ótimos produtos, criar um novo concei-to de Dental e ajudar os pro�ssionais de Odontologia que têm o objetivo de montar seu consultório. A Dental Caliari acredita na Odontologia acima de qualquer coisa. Amamos o que fazemos e, é por isso, que dá tão certo.

Odonto Magazine - Sabe-se que a Dental Caliari é uma empresa familiar que busca sempre a e�cácia e a e�ciência no atendimen-to ao cliente. Qual é a principal missão da empresa? Nádia Caliari - A principal missão da empresa é criar relaciona-mentos, fazer amizades, como chamamos aqui, antes mesmo de qualquer venda. Acreditamos que atender as necessidades de nossos clientes com honestidade, pronta entrega, qualidade no atendimento gera, por consequência, total satisfação. Montar seu consultório, clínica é muitas vezes um sonho para o pro�ssional que acabou de se formar ou mesmo para aqueles que eram fun-cionários e agora desejam montar seu próprio negócio. Temos muito orgulho em poder fazer parte desse processo, e da melhor forma possível. A proximidade com nossos clientes é fundamen-tal para saber das necessidades e desejos de nosso público. Vejo pro�ssionais que vão até a empresa para conhecer, tirar dú-vidas e até conversar, porque estavam “ali perto”, eles nem sem-pre vão comprar algum produto. Essa proximidade faz realmente a diferença.

Odonto Magazine - Qual é a importância da Dental para o pro�s-sional de saúde bucal? Nádia Caliari - A Dental Caliari é uma das poucas empresas que proporciona, hoje, no mercado, a facilidade de comprar produtos com pronta entrega, ótimo atendimento com um preço realmente justo. Hoje um pro�ssional da área odontológica encontra todos os equipamentos necessários para abrir seu consultório na Den-

Há sete anos no mercado, a Dental Caliari visa atender com excelência a todos os clientes, proporcionando parcerias e não somente vendas.

Por: Vanessa Navarro

Compromisso com a qualidade

tal Caliari. Com sete anos de mercado, con�ança e honestidade, temos clientes �éis, que montam suas clinicas com nossa linha de produtos com total facilidade. Trabalhamos com produtos para Odontologia, prótese e também produtos para a área de estética. É interessante a con�ança na empresa. Vejo muitos clientes que compraram já há muito tempo conosco e continuam comprando produtos e montando outros consultórios com nossos produtos. Nossa parceria com fornecedores é bem restrita, para garantir exa-tamente a qualidade merecida para cada um de nossos clientes.

Odonto Magazine - Quais são as estratégias adotadas em relação às compras de equipamentos e entregas? Nádia Caliari - Acreditamos no diferencial e na proximidade, e unimos essas qualidades à pronta entrega. A Dental Caliari se pre-ocupa em agradar antes de cobrar. Criamos relacionamentos an-tes de fechar “negócios” temos muitos clientes que viraram ami-gos, clientes que nos ajudam. Trabalhamos com a pronta entrega porque sabemos da necessidade de nossos clientes. Fazemos de tudo para que a compra seja a melhor experiência possível, desde valores menores até valores de consultórios completos.

Odonto Magazine - Quais são as medidas utilizadas para determi-nar a prioridade de das ações de vendas?Nádia Caliari - A nossa preocupação é sempre atender nosso cliente da melhor forma possível. Se ele estiver satisfeito também estaremos. Realizamos parcerias com fornecedores que também acreditam neste pensamento. É preciso se colocar no lugar do cliente para entender suas reais expectativas e necessidades. Acreditar na pro�ssão também faz a diferença. Um dentista, em seu atendimento, não pensa somente em uma “boca” e sim na qualidade do atendimento, conforto do paciente, satisfação, e co-nosco não é diferente. A cada dia não fechamos simplesmente uma venda, entendemos o que o cliente quer e fazemos o possí-vel para atender da melhor forma possível. Para nós, o mais im-portante é o cliente estar satisfeito. E se for possível participar da sua nova aquisição, então será isso que faremos.

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Odonto Magazine - Qual é a importância do atendimento huma-nizado neste segmento? Nádia Caliari - Tudo mudou muito com a vinda da internet, facili-dade e praticidade. Acontece que, com essas mudanças, muitas pessoas acabaram se distanciando de seus clientes. Utilizamos a internet e todos os meios possíveis de comunicação para facilitar a vida de nossos clientes, e isso não signi�ca que nos distancia-mos. Cada pedido é tratado com suas particularidades, e nossos vendedores são treinados para dar a melhor atenção e atendi-mento: entrar em contato com o cliente para esclarecer dúvidas, passar mais informações e só depois �nalizar o pedido. O vínculo criado neste primeiro contato é mantido nas demais etapas até a �nalização da compra. A Dental Caliari se preocupa também em garantir que a compra realizada em nossa empresa gerou uma satisfação posterior e de que o produto comprado é realmente o que o cliente desejava e precisava. Nosso pós-venda é treinado e direcionado para concluir com satisfação este processo. Já vi muitos casos internos onde o cliente foi sincero o su�ciente com nossa equipe em se equivocar ou desistir da compra. Nossa pre-ocupação tornou-se entender qual a di�culdade por trás da desis-tência e tentar ajudar de outra forma. Nunca vi outras empresas do mesmo ramo fazerem isso.

Odonto Magazine - Quais são os diferencias apresentados pela Dental Caliari? Nádia Caliari - A opção de pronta entrega é um bene�cio muito difícil de encontrar nas empresas, muitos somente compram o produto quando precisam atender seus clientes. A Dental Caliari se programa para atender todas as possibilidades. O preço justo é indiscutível. Além disso, a honestidade, a transparência e a con-�ança em nossa empresa garantem nosso posicionamento hoje no mercado. Mas, para nós, o mais importante é o relacionamen-

to com nossos clientes, a parceria. Se colocar no lugar do cliente é mais do que importante, é essencial.

Odonto Magazine - A Dental Caliari recebeu recentemente o prê-mio “Top of Quality”, instituído anualmente pela O.P.B. – Ordem dos Parlamentares do Brasil. Qual é a importância desse prêmio para a empresa? Nádia Caliari - Ganhar o prêmio “Top of Quality” foi a mate-rialização e concretização de nosso trabalho árduo. Todos nós �camos muito felizes com o prêmio e com todos os elogios que vieram juntamente com ele. Poucas empresas conseguem se destacar em um mercado tão competitivo como o de Odon-tologia, a grati�cação por conseguir este feito é imensa. Não tenho dúvidas que seja resultado do trabalho de nossa equipe, que trabalha sempre unida e com o mesmo objetivo “agradar nosso cliente”.

Odonto Magazine - A ANVISA determinou uma série de normas de segurança no que diz respeito à venda, armazenamento e transporte de equipamentos. Como a Dental Caliari se porta me-diante aos princípios estipulados? Nádia Caliari - As mudanças estipuladas pela ANVISA são re-almente muito bem vindas. É importante que se tenha neste mercado um cuidado especial, pois se trata da área da saúde. A adequação e adaptação de todas as empresas serão gradativas e demoradas, mas muito importante para que todas as empresas possam falar de igual para igual. Existem empresas no mercado que não irão suportar tamanha modi�cação, o que nos forti�cará ainda mais. Acredito que a con�ança nas empresas também au-mentará, pois a maioria dos dentistas também deverá se adaptar às novas regras. Não será fácil continuar no mercado se não hou-ver iniciativa para as mudanças.

Odonto Magazine -Odonto Magazine - Qual é a importância do atendimento huma to com nossos clientes, a parceria. Se colocar no lugar do cliente

Relacionamento

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Ponto de Vista

A importância dos dentes de leite

Anna Carolina Volpi Mello-MouraEspecialista em Odontopediatria pela Fundecto - USP. Mestre e Doutora em Odontopediatria pela FOUSP. Professora da Disciplina de Odontopediatria da UNIP. Professora Coordenadora da Especialização em Odontopediatria da [email protected]

Os dentes decíduos, popularmente chamados de dentes de leite, podem estar presen-tes na vida da criança a partir dos seis meses de idade. Estes possuem um ciclo biológico curto, permanecendo na cavidade bucal por volta de 10 anos. Ou seja, com-

parando com um dente permanente, o decíduo está presente na boca por um tempo muito menor. Além disso, se não houver nenhuma anomalia de desenvolvimento, o dente decíduo deverá ser o sucedido por um permanente.Considerando esses pontos, frequentemente ouve-se o seguinte questionamento em rela-ção aos dentes decíduos por parte de pro�ssionais da área da Odontologia, pacientes e fa-miliares: “Como os dentes decíduos permanecem pouco tempo na boca e são substituídos pelos permanentes, por que devemos preservá-los e tratá-los?” O ideal seria que essa per-gunta fosse respondida da seguinte maneira: “Embora os dentes decíduos tenham o ciclo biológico curto, devem permanecer na cavidade bucal para desempenhar funções, como estética, fonética, deglutição, mastigação e oclusão”. Por exemplo, uma criança com três anos e perda precoce dos incisivos centrais superiores apresentará grande prejuízo para sua estética e pode ter alterações comportamentais decorrentes desse comprometimento. Além disso, terá di�culdades para mastigar devido à falta desses elementos. A língua poderá passar a ocupar um posicionamento inadequado, alterando a oclusão e a fonética. Outro caso muito frequente ocorre quando há perda precoce dos segundos molares decíduos. Com isso, o primeiro molar permanente mesialisa, ocupando o espa-ço que será sucedido pelo segundo pré-molar permanente. Ou seja, o desenvolvimento do sistema estomatognático e a qualidade de vida da criança �cam comprometidos. Fica claro, portanto, que a manutenção dos dentes decíduos no arco dentário até a época mais próxima da esfoliação é de extrema importância para o desenvolvimento geral e da cavi-dade bucal da criança.Entretanto, muitas vezes alguns pro�ssionais da área de Odontologia e familiares da crian-ça têm di�culdade de entender essa importância. Por isso, cabe ao dentista que atende crianças, principalmente ao Odontopediatra, a conscientização da importância dos dentes decíduos, para poder orientar, da melhor forma, os seus colegas e a família do paciente. Desde a prevenção até tratamentos endodônticos poderão e deverão ser realizados para que o ciclo biológico do dente decíduo se complete. Caso seja inevitável a exodontia, um mantenedor de espaço estético e funcional deverá ser indicado. Não se pode esquecer que não tratar dentes de leite cariados ou com comprometimento endodôntico também afeta e, até mesmo, interrompe o desenvolvimento do sucessor permanente.A Odontopediatria é a especialidade que cuida do bebê até a adolescência, ou seja, acom-panha todo o desenvolvimento da cavidade bucal da criança e preza pela integridade dos dentes decíduos. Dessa forma, deve partir dos Odontopediatras a valorização dos dentes decíduos dentro da Odontologia. Esses pro�ssionais são responsáveis por educar sobre a importância em preservar esses dentes e fazer com que a criança tenha um desenvol-vimento saudável da cavidade bucal.

Referências1. Guedes-Pinto AC. Odontopediatria: São Paulo: Editora Santos, 2010, 8a edição.

2. Correa MSNP. Odontopediatria na primeira infância. Editora Santos, 2011, 3a edição.

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Coluna - Odontologia do Trabalho

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Coluna - Odontologia do Trabalho

Desmisti�cando a Odontologia do Trabalho

Marcos Renato dos SantosEspecialista em Odontologia do Trabalho. Presidente da Associação Brasileira de Odontologia do Trabalho, seccional Mato Grosso - ABO-MT e um dos Conferencistas do IV CBOT – Congresso Brasileiro de Odontologia do Trabalho – Recife – PE. [email protected]

Para entender melhor a Odontologia do Trabalho, julga-mos importante fazer um breve histórico, conceituar, citar rapidamente parte da legislação, bem como as

atribuições do cirurgião-dentista do trabalho, para que possa-mos, a partir daí, discorrer sobre o assunto.Odontologia do Trabalho é a especialidade da Odontologia que tem por objetivo a melhoria da saúde oral, seus efeitos e in�u-ência sobre a produtividade no trabalho, o diagnóstico precoce de manifestações orais de doenças ocupacionais, além da manu-tenção da saúde oral dos trabalhadores no ambiente de trabalho.A função do dentista do trabalho é de levar a saúde ao traba-lhador e detectar sinais precoces de doença ocupacional, evi-tando prejuízos maiores ao trabalhador e à própria empresa. Os danos à saúde e os prejuízos diretos e indiretos podem ser minimizados quando a prevenção tem um destaque especial em qualquer programa de saúde do trabalhador e, obviamen-te, na saúde bucal do trabalhador.A Odontologia do Trabalho é uma especialidade reconheci-da pelo CFO (Conselho Federal de Odontologia) pela  Resolu-ção CFO - 22/2001 http://cfo.org.br/servicos-e-consultas/ato--normativo/?id=378, que tem como objetivo a busca permanente da compatibilidade entre a atividade laboral e a preservação da saúde bucal do trabalhador.No Congresso, o PL 422/2007 http://www.camara.gov.br/proposi-coesWeb/�chadetramitacao?idProposicao=344690, de autoria do Dep. Federal Flaviano Melo (AC), encontra-se em fase �nal de tra-mitação na Comissão de Constituição Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, o  Projeto de Lei, que altera a NR 4 do MTE http://portal.mte.gov.br/data/�les/8A7C812D308E21660130D26E7A5C0B97/nr_04.pdf, e inclui o Dentista do Trabalho no SESMT, juntamente com o Médico, Engenheiro, Técnico de Segu-rança e Enfermeiro do Trabalho, em empresas com mais de 100 colaboradores, ainda precisa passar pelo crivo do Senado Federal e sanção Presidencial.São atribuições do Dentista do Trabalho, segundo o Art. 3°da Resolução CFO 25/2002 http://cfo.org.br/servicos-e-consultas/ato-normativo/?id=375:

» Identi�cação, avaliação e vigilância dos fatores ambientais que possam constituir risco à saúde bucal no local de trabalho, em qualquer das fases do processo de produção.

» Assessoramento técnico e atenção em matéria de saúde, de segurança, de ergonomia e de higiene no trabalho, assim como em matéria de equipamentos de proteção individual, entendendo-se inserido na equipe interdisciplinar de saúde do trabalho operante.» Planejamento e implantação de campanhas e programas de duração permanente para educação dos trabalhadores quanto aos acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e educação em saúde.» Organizar estatística de morbidade e mortalidade com cau-sa bucal e investigar suas possíveis relações com as ativida-des laborais.» Realização de exames odontológicos para �ns trabalhistas.

A Odontologia do Trabalho é uma especialidade da Odon-tologia cuja função principal é a de promover e preservar a saúde bucal do trabalhador, assim como acontece com a Medicina do Trabalho.O que precisamos deixar bem claro é que a Odontologia do Trabalho não tem cunho assistencialista. Visa, tão somente, diagnosticar e prevenir as doenças do complexo estomatogná-tico do trabalhador por meio da promoção da saúde bucal no ambiente laboral.No ato do exame ocupacional odontológico, o cirurgião-dentis-ta do trabalho, quando necessário, encaminhará o colaborador para atendimento em clínicas conveniadas ou mesmo ao SUS, para que as possíveis patologias detectadas durante o exame sejam de pronto atendidas.Em um segundo momento, o trabalhador será examinado no-vamente pelo CD do trabalho, e observando-se que as neces-sidades de tratamento que identi�cadas anteriormente e pode-riam interferir na atividade laboral foram sanadas, de pronto emitirá o ASO (Atestado de Saúde Ocupacional) odontológico, considerando o trabalhador apto para exercer a função em um posto pré-determinado por ocasião do exame ocupacional odontológico.Não deixe de acompanhar esta coluna. Nas próximas edições você �cará sabendo mais detalhes com relação à Especialidade, dentre elas os benefícios que a Odontologia do Trabalho pode trazer para os trabalhadores, para os empresários, para os cirur-giões-dentistas e para toda a sociedade.

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Coluna - Gestão

Atendimento com excelência: a experiência do paciente em um consultório com foco no cliente

Victor Hugo V. PiirojaPresidente e CEO da VP Group Comunicação Integrada. Coach. Bacharel em Marketing. Especialista em comunicação. Mestre em Gestão Estratégica Empresarial. 

Tecnicamente, o Brasil tem a melhor Odontologia do mun-do no que tange a qualidade do atendimento. Entretanto, existem muitas oportunidades para melhorias que dife-

renciam muito o dentista, e são responsáveis por solidi�car o relacionamento entre o paciente e o pro�ssional de saúde bucal.Desde o momento em que o paciente marca a consulta, o atendi-mento deve ser claro e objetivo. A recepcionista precisa estar mo-tivada para atender de maneira simpática. Um sorriso quando se fala ao telefone faz toda a diferença na qualidade do atendimento.Quando o paciente chega ao consultório, ele precisa ser bem recebido pela recepcionista, ela precisa estar bem vestida, tra-jes formais. Nesta hora, a pro�ssional deve con�rmar o horário em que o paciente será atendido. Possíveis atrasos devem ser monitorados e comunicados com antecedência ao paciente. É inadmissível deixar o cliente esperando sem uma informação precisa de em quanto tempo será atendido. O tempo de todos é valioso e deve ser respeitado.No consultório, o paciente precisa encontrar um ambiente aco-lhedor. A sala deve estar limpa e bem iluminada. O dentista deve investir em plantas e decoração. Além disso, este ambien-te deve ter revistas atualizadas, pois revistas velhas são o equi-valente a iogurte vencido, não tem utilidade.

No banheiro é fundamental ter amostras de escovas de den-tes, creme dental, �o e enxague bucal. São detalhes que fa-zem toda a diferença.O dentista precisa estar sempre bem vestido, avental impecá-vel e ter muita atenção com os temas da conversa. É importan-te demonstrar sempre interesse pelo paciente, explicar o pro-cedimento com atenção e aproveitar esta oportunidade para criar relacionamento. Um aspecto fundamental é sempre estar com luvas e máscara, itens que não devem ser ignorados. A sala de tratamento deve apresentar equipamentos em excelen-te estado de uso e conservação.A parte �nanceira deve ser objetiva. É recomendável que o pró-prio dentista apresente a proposta de valores. Alguns pro�ssio-nais deixam esta parte para assistentes ou recepcionistas, mas por se tratar de um tema sensível para o paciente, o dentista é sempre a pessoa mais indicada para esta interação, já que é o pro-�ssional de saúde bucal que tem toda a argumentação necessária para justi�car os valores.Todos os dias, pacientes entram e saem de consultórios odon-tológicos. Seguindo este roteiro, a experiência do paciente será muito mais agradável e, certamente, resultará em retornos e indicações futuras.

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Caso Clínico

Eduardo MiyashitaProfessor Titular da Disciplina de Prótese Dentária do Departamento de Odontologia do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Paulista – UNIP - São Paulo. Doutor em Odontologia Restauradora - Prótese - Universidade Estadual Paulista – UNESP - São José dos Campos.

Facetas laminadas de porcelana

Facetas laminadas promovem uma alternativa conserva-dora em relação aos preparos de coroas totais, evitan-do a agressividade destes preparos dentais, mantendo a

estrutura dental sadia. Inicialmente os laminados eram rea-lizados sobre a superfície dental sem preparos, entretanto a busca de melhores resultados estéticos e a substituição de restaurações de�cientes em dentes amplamente restaurados e/ou descoloridos levou a realização de preparos mais exten-sos com redução incisal e proximal de forma semelhante às coroas totais1. As facetas cerâmicas são consideradas mais duráveis do que as facetas diretas de resina composta, com propriedades su-periores com relação à estética e resistência.Devido ao seu alto apelo estético, bem pela sua comprovada biocompatibilidade e previsibilidade em longo prazo, as fa-cetas laminadas de porcelana se tornaram um procedimento restaurador de rotina para tratamento estético, e têm ganhado crescente popularidade, sendo consideradas um procedimen-to restaurador durável e conservador com excelente estética. Elas representam alternativa terapêutica para grande número de pacientes, geralmente destinados a satisfazer a necessida-de estética da população e, em outras situações, podem ser usadas em conjunto com outras formas de tratamento2,3. Uma ótima higiene oral por parte do paciente, margens bem polidas e um correto contorno do laminado são fato-res essenciais para manter a saúde periodontal ao redor do dente restaurado.

As indicações dos preparos para facetas laminadas são:» Anomalias de cor, restrita a um ou vários dentes.» Anomalias de forma.» Textura super�cial anormal.» Problemas de alinhamento dental.» Fechamento de diastemas.

» Para restabelecer a guia anterior; na face vestibular quan-do há desgastes múltiplos; na palatina, criando função ca-nina ou guia anterior parcial.

As contraindicações para as facetas laminadas são: estrutura de esmalte insu�ciente ao redor da coroa; grandes perdas de estrutura dental, segundo Rufenacht4 deve permanecer meta-de da coroa clínica quando há indicações para restaurações com resinas compostas; quando há parafunção ou trespasse vertical acentuado.Os preparos para facetas laminadas podem ser minimamente invasivos, envolvendo apenas a face em questão; podem re-cobrir a face incisal ou se aproximar de uma coroa ¾. O plane-jamento depende de alguns fatores:

» O tipo de oclusão do paciente.» A extensão das anomalias de forma ou de estrutura do esmalte.» A altura da coroa clínica ou o remanescente após cáries ou fraturas.» Necessidade de fechamento de diastemas.

O preparo tradicional preconiza um desgaste de 0,5 mm no corpo na face vestibular do dente e um pouco mais �no na região de gengiva marginal, devido à espessura do esmalte ser mais delicada nesta área. Normalmente, o término é sub-gengival, no entanto, ele também pode ser supragengival, desde que haja continuidade da cor do remanescente dental e da faceta laminada. A incisal pode ser preparada, removendo 1,5mm do esmalte. Este tipo de preparo deu origem a outros tipos, que variam de acordo com a indicação em cada caso5,6.Alguns dos fatores que irão determinar o tipo de preparo e a quantidade de desgaste necessário são, por exemplo, tipo de oclusão do paciente, quantidade de espaço a ser fechado nos casos de diastemas, posicionamento dental; nos casos de pig-mentação, a profundidade dessas manchas, e os trespasses vertical e horizontal5,7.

Valéria Giannini OliveiraProfessora Titular da Disciplina de Prótese Dentária do Departamento de Odontologia do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Paulista – FOUNIP - São Paulo. Doutora em Odontologia Restauradora - Prótese - Universidade Estadual Paulista – UNESP - São José dos Campos. Coordenadora do Curso de Especialização em Prótese Dentária da Universidade Paulista – FOUNIP - São Paulo.

Humberto ZanettiProfessor do Curso de Especialização em Prótese Dentária da Universidade Paulista – FOUNIP - São Paulo. Mestre em Odontologia pela Universidade Paulista – FOUNIP - São Paulo.

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Caso Clínico

Figura 1Vista inicial do caso. Paciente em máxima intercuspidação.

Figura 2Vista inicial do caso. Paciente com descoloração dental e amplas restaurações em resina compostas de�cientes.

Figura 3Pintura da superfície dentária para facilitar a visualização da quantidade de desgaste dentário.

Figura 4Desgaste vestibular com ponta montada diamantada 4142 (KG Sorensen) limitadora de profundidade em 0,5mm.

Figura 5Sulcos de orientação para redução incisal em 1,0mm, pois será realizado um acréscimo incisal de 0,5mm no comprimento incisal da faceta.

Figura 6Preparos para laminados realizados com redução incisal e proximal.

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Caso Clínico

Figura 7Laminados cerâmicos E-Max Ceram (Ivoclar / Vivadent).

Figura 10Condicionamento ácido da superfície interna da faceta com ácido �uorídrico a 10% durante 20 segundos.

Figura 8Cimento resinoso fotopolimerízável com diferentes cores (Variolink Venner - Ivoclar / Vivadent).

Figura 11Condicionamento da superfície dentária com ácido fosfórico a 37% por 15 a 20 segundos.

Figura 9Uso de pasta Try In para prova da cor do cimento resinoso (Variolink Venner - Ivoclar / Vivadent).

Figura 12Silanização da superfície interna da faceta durante 60 segundos (Monobond S - Ivoclar / Vivadent).

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Caso Clínico

Quando da necessidade do envolvimento da face palatina, a profundidade deve ser em torno de 0,5 a 0,7mm, com o término localizado fora da área de contato oclusal. Nesses casos, a redução da superfície incisal deve ter espessura de 1,5mm. As vantagens do recobrimento da borda incisal são de restringir fraturas de ângulos, possibilitar o ajuste da oclusão, facilitar a colocação do término fora da área de estresse oclusal e favorecer a obtenção da estética. O preparo incisal reto apresenta um melhor assentamento da faceta e, em casos de pacientes com desgastes incisais severos, este tipo de preparo é preferível, não sendo re-comendado estender o chanfro na concavidade palatina.A dinâmica de uma situação clínica existente pode influen-ciar amplamente na indicação do tipo de preparo para fa-ceta. Os fatores determinantes geralmente são requisitos para o melhor resultado estético, como a confecção de uma borda incisal altamente translúcido. Dependendo da condição pré-existente da borda incisal, o tipo de exten-

Preparos para facetas laminadasA espessura do preparo, propriamente dita, depende do grau de descoloração dental: em média de 0,5mm. Segun-do Touati8, na face vestibular a redução vai de 0,2 a 0,4mm na região cervical, aumentando para 0,3 a 0,5mm no terço médio da coroa. Quando a descoloração é mais acentuada, a redução deve estar em torno de 0,7 a 0,8mm para preser-var parte da estrutura de esmalte.Para melhor controle do desgaste existem pontas diaman-tadas que calibram a profundidade do desgaste através de sulcos de orientação. Inicialmente, faz-se o desgaste na face vestibular com dupla inclinação, para preservar a forma anatômica do dente. Após esta etapa, deve ser fei-ta a regularização da superfície com pontas diamantadas em forma de chanfro para o término arredondado, a qual deve ser direcionada às faces proximais para um melhor resultado estético da faceta, porém, sem romper o ponto de contato proximal.

Figura 14Vista �nal do sorriso do paciente.

Figura 13Vista imediata após a colagem das facetas laminadas.

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Caso Clínico

são da restauração a ser confeccionada, baseado tanto no substrato dentário remanescente como numa melhor dis-tribuição harmónica da relação altura e largura dos dentes, além da avaliação funcional da oclusão e consequente dis-tribuição de tensões esperado na interface dente faceta. Além disso, os defeitos mais graves na dentição anterior exigem um preparo mais extenso e, em casos de descolo-rações grave, fratura de ângulos incisais, cáries proximais ou restaurações pré-existentes que precisam ser substitu-ídas, um projeto de preparação alternativo deve ser reali-zada geralmente uma maior extensão proximal e palatina é necessária para melhorar a função e a estética dos den-tes com laminados.Para o sucesso do tratamento com facetas laminadas, os seguintes fatores devem ser avaliados9:

» Planejamento de tratamento clínico integrado.» Avaliação da qualidade de remanescente dental.» Análise do biótipo gengival.» Análise do sorriso: biótipo facial, angulação do corre-dor bucal e estética do plano oclusal.» Análise funcional da oclusão, principalmente a pre-sença de trespasse e apertamento dental.» Enceramento diagnóstico, mock-up e fotografias que ajudam na boa comunicação com o técnico laboratorial.» Expectativas realistas do paciente.

Ao realizar o plano de tratamento, necessitamos analisar com cautela a oclusão e a dinâmica do sorriso do paciente, pois existe uma modificação do relacionamento dentofa-cial a medida que a posição e forma dentárias são modi-ficadas, sendo necessário um tratamento clínico integra-do multidisciplinar para modificações de posicionamento dentário e localização das margens gengivais. Para uma melhor previsibilidade do resultado final, a realização de uma simulação clínica (mock up) permite facilitar o esta-belecimento de parâmetros à equipe multidisciplinar. Em Odontologia o mock up é um projeto, uma simulação clíni-ca com material não definitivo10. Esta simulação pode ser realizada diretamente na boca com resinas compostas, sem a realização de condicionamento da superfície dentá-ria, ou a partir de um enceramento de diagnóstico em mo-delos de estudo e sua duplicação com silicones e uso de resinas bisacrílicas autopolimerizáveis, permitindo uma avaliação estética, fonética e funcional das modificações proporcionadas pelo uso de laminados sem a realização de procedimentos irreversíveis, verificando se o tratamen-to proposto irá atingir as expectativas estéticas almejadas

pelo paciente. Para realizar um trabalho com facetas lami-nadas, além de um planejamento minucioso, é necessária uma excelente comunicação dentista, protético e paciente. As restaurações provisórias apresentam um papel impor-tante e devem ser utilizadas por um curto período de tem-po - enquanto as restaurações finais são confeccionadas. Desta forma, os pacientes têm a oportunidade de avaliar a estética, função e fonética, não só por si, mas também com seu círculo imediato da família ou amigos.Avaliação das expectativas em relação às mudanças de cor desejada, a cor da faceta de porcelana nem sempre é capaz de superar a expectativa do paciente, e esta insatis-fação pode levar ao insucesso do caso clínico. Somente podemos optar pelo tipo de preparo a ser uti-lizado depois de determinar o posicionamento final dos dentes e compará-lo ao posicionamento almejado pelo pa-ciente. Desta forma, podemos, então, determinar o siste-ma cerâmico mais indicado e informar ao paciente sobre opções e implicações do tratamento a ser escolhido.A pouca quantidade de estrutura dental remanescente é um fator limitante para a técnica. A adesão em substrato, representado em maior parte por dentina e a cimentação dos laminados cerâmicos em preenchimentos de resina composta, aumenta significativamente os riscos de falha.Os estudos de longevidade clínica da facetas laminadas demonstram em sua maioria um alto nível de longevidade, alguns estudos avaliaram por um longo período o desem-penho dessas restaurações. Layton (2007)11 acompanhou facetas laminadas durante um período de 16 anos, essas restaurações apresentaram uma ótima longevidade clínica (91%). Pós 12 a 13 anos, no entanto, ocorreu uma queda significativa nesse índice poucos anos após, entre 15 e 16 anos (73%). Elevada taxa de sucesso clínico para este tipo de restauração também foi relatada por Smales e Etemadi (2004)12, os quais mostraram um índice de sucesso acima de 85% aos sete anos de uso clínico para facetas sem co-bertura incisal e de 95,8% para as facetas com cobertura incisal. Entretanto, Peumans et al (2004)13 observaram que facetas analisadas acompanhadas durante um período de 10 anos apresentaram uma queda significativa entre as ta-xas de sucesso clínico após cinco anos (92%) e 10 anos (64%). Baixa taxa de sucesso também foi relatada por Burke (2009)14, o qual observou que apenas 53% das face-tas laminadas sobreviveram após um período de 10 anos, quando realizadas em serviço público.Com relação às falhas relatadas pelos estudos, destacam-se: fratura da cerâmica, cáries secundárias, descolamen-to da restauração e fratura do elemento dentário. Em um estudo de 20 anos de avaliação de facetas laminadas de porcelana, Beier et al (2012)15 mostra que, apesar do alto índice de probabilidade de sobrevivência de 93,5% após 10 anos, os maiores aumentos de falhas foram associados com o bruxismo e dentes não vitais; e a descoloração mar-ginal foi pior em pacientes fumantes. Desta forma, para evitar a fratura destas restaurações, o uso de placas inte-roclusais é recomendado para prevenir as fraturas e trin-cas da cerâmica em pacientes com bruxismo do sono, tal como a utilização de um correto protocolo de cimentação e a manutenção de um rigoroso programa de higienização são fatores de grande relevância clínica para determina-ção da longevidade dos laminados cerâmicos.

Facetas laminadas promovem uma alternativa conservadora em relação aos preparos de coroas totais, evitando a agressivi dade destes preparos

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Caso Clínico

Referências 1. Shetty A, Kaiwar A, Shubhashini N, Ashwini P, Naveen D, Adar-sha M, Shetty M, Meena N. Survival rates of porcelain laminate res-toration based on different incisal preparation designs: An analysis. J Conserv Dent. 2011 Jan;14(1):10-5. doi: 10.4103/0972-0707.80723

2. Granell-Ruiz M, Fons-Font A, Labaig-Rueda C, Martínez-Gonzá-lez A, Román-Rodríguez JL, Solá-Ruiz MF. A clinical longitudinal study 323 porcelain laminate veneers. Period of study from 3 to 11 years. Med Oral Patol Oral Cir Bucal 2010; 15(3): 531-537.

3. Dumfahrt H. Porcelain laminate veneers. A retrospective evalu-ation after 1 to 10 years of service : part I – clinical procedure. Int J Prosthodont 1999; 12(6): 505-513.

4. Rufenacht, C. Fundamentals of Esthetics, Quintessence Pu-blishing Co., 1st edition, 1990.

5. Radz, GM. Minimum thickness anterior porcelain restorations. Dent Clin North Am. 2011 apr.; 55(2):353-370.

6. LeSage B. Revisiting the design of minimal and no-preparation veneers: a step-by-step technique. J Calif Dent Assoc. 2010 aug; 38(8):561-569.

7. Javaheri D. Considerations for planning esthetic treatment with veneers involving no or minimal preparation. J Am Dent Assoc. 2007 mar; 138(3):331-7.

8. Touati B et al. Odontologia Estética e Restaurações Cerâmicas, 1ed., Editora Santos, 2000.

9. Gürel G. Porcelain laminate veneers: minimal tooth preparation by design. Dent Clin North Am. 2007 apr; 51(2):419-31.

10. Mendes WB et al. Odontologia estética não invasive e minima-mente invasive In: Mendes WB, Miyashita E, Oliveira, GG. Reabili-tação oral previsisbilidade e longevidade. 1 ed. Nova Odessa, Ed. Napoleão, 2011 p.82-111

11. Layton, D.; Walton, T. An up to 16-year prospective study of 304 porcelain venners. Int. J. Prosthodont., v.20, p.389-396, 2007;

12. Smales, R.J.; Etemadi, S. Long-term survival of porcelain lami-nate veneers using two preparation designs: a retrospective stu-dy. Int. J. Prosthodont., v.17, n.3, p.323-6, May 2004;

13. Peumans, M. et al. A prospective ten-year clinical trial of porce-lain veneers. J. Adhes. Dent., v.6, n.1, p.65-76, 2004;

14. Burke, F.J.C.; Lucarotti, P.S.K. Ten-year outcome of porce-lain laminate veneers placed within the general dental services in England and Wales. Journal of Dentistry, v.37, p.31-38, 2009

15. Beier, US, Kapferer I, Burtscher D, Dumfahrt H. Clinical per-formance of porcelain laminate veneers for up to 20 years. Int J Prosthodont. 2012 Jan-Feb;25(1):79-85.

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Caso Clínico

Leandro Nunes Tolentino Mestre em Endodontia. Professor Titular de Biossegurança e Semiologia Odontológica do curso Saúde Bucal – [email protected]

Diminuição de tempo clínico na utilização do contra-ângulo oscilatório 16:1FXR160 Dent�ex no preparo dos canais radiculares

As agressões de natureza microbiana constituem a maior parte dos fatores relacionados à etiopatogenia das alterações pulpares e periapicais, que levam à ne-

cessidade de terapia endodôntica com o intuito de devolver função ao dente. Todavia, em determinadas situações, a res-posta ao tratamento endodôntico pode não ser favorável. A maioria dos casos de insucesso no tratamento ocorre devido à persistência da infecção no sistema de canais radiculares1,2, decorrente da falta de controle asséptico durante o procedi-mento, acesso incorreto à cavidade pulpar, canais não detec-tados, falhas na instrumentação, obturações inadequadas e restaurações coronárias insatisfatórias ou ausentes após o término do tratamento endodôntico3.O conhecimento preciso da morfologia do sistema de canais radiculares é um pré-requisito fundamental para obter, além do preparo biomecânico adequado, a completa remoção do tecido pulpar, de dentina infectada e de micro-organismos4.Ao longo dos anos foram desenvolvidos vários dispositivos automatizados para o preparo dos canais radiculares, tendo o objetivo em melhorar a modelagem e limpeza dos canais radi-culares e reduzir o tempo de trabalho e a fadiga do operador e do paciente5.Um dos primeiros sistemas desenvolvidos foi o oscilatório, também denominado de alternado, que proporciona aos ins-trumentos, variação de amplitude horária e anti-horária de 30° a 45°, sendo os que mais se aproximam quando executados os movimentos manualmente. Os oscilatórios são contra-ân-gulos que possuem redutores de velocidade, que podem ser acoplados a um motor elétrico ou então ao micromotor. Os

contra-ângulos usados atualmente são versões melhoradas de equipamentos da década de 1970, que têm como vanta-gens: serem utilizados com limas manuais, tanto em níquel--titânio (NiTi) quanto em aço inoxidável, assim não sendo ne-cessário limas especiais; diminuir o tempo clínico e permitir uma maior ampliação dos canais; e proporcionar um canal cirúrgico mais centralizado6.Os sistemas oscilatórios disponíveis fabricados no Brasil são: Contra-ângulo 16:1 FXR 160 e Contra-ângulo 4:1 FXR 410 (Den-t�ex, Ribeirão Preto, SP, Brasil).As limas manuais de aço inoxidável, como as limas Flexo�le, são essenciais à pré-curvatura e manutenção destas duran-te o preparo, de acordo com a direção da curvatura do canal radicular. Para dentes que apresentam curvatura dos canais muito acentuadas, podem ser utilizadas as limas manuais de NiTi com características de efeito memória de forma, super �exibilidade.É fundamental o processo de alargamento cervical prévio para que os instrumentos façam sua atuação em todas as paredes dos canais radiculares, contribuindo para a determinação do diâmetro anatômico7 e visando um efetivo debridamento da porção apical do canal4,8.Este trabalho teve como o objetivo avaliar a redução de tempo de execução da técnica de instrumentação simpli�cada com auxílio de instrumento oscilatório (Dent�ex, Ribeirão Preto, SP, Brasil).

Caso clínicoPaciente do sexo feminino procurou o consultório relatando

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Caso Clínico

Figura 1Imagem radiográ�ca do primeiro molar superior esquerdo permanente.

Figura 4Instrumentação com Lima Tipo K #15

Figura 5Instrumentação com Lima Tipo K #20.

Figura 3Contra-ângulo 16:1 FXR 160(Dent�ex, Ribeirão Preto, SP, Brasil).

Figura 2Broca LA Axxes #20.

dor na região dos molares, na parte superior esquerda, duran-te a mastigação. Ao realizar a tomada radiográ�ca, notou-se dente impactado tendo como sugestiva o segundo pré-molar esquerdo permanente superior e imagem radiolucida, tendo como sugestiva de cárie no primeiro molar superior permanen-te esquerdo (�gura 1). Ao realizar a remoção da dentina caria-da houve exposição pulpar onde a paciente foi encaminhada para tratamento endodôntico do primeiro molar superior per-manente esquerdo. Após os procedimentos iniciais de aneste-sia, isolamento absoluto do campo operatório e da cirurgia de acesso, foi realizado o preparo do terço cervical com brocas LA Axxes D1 #20 (amarela) (SybronEndo, Orange, CA, EUA) (�gura 2) até a porção reta dos canais. Antes, porém, a exploração dos canais foi realizada com limas tipo K #10 e Flexo-�le #15.Então, procedeu-se a odontometria com �lme radiográ�co AGFA DENTUS M2 (AGFA, Mortsel, Belgica). Em seguida, foi selecionada a primeira lima, de acordo com o diâmetro dos canais no terço cervical, que acoplada ao contra-ângulo 16:1 FXR 160 (Dent�ex, Ribeirão Preto, SP, Brasil) (�gura 3) iniciou o preparo dos canais radiculares pela técnica simpli-�cada. Após o uso da lima Flexo-�le os canais vestibulares do molar superior foram, então, alargados até o instrumento #40 (�guras de 4 a 9). O canal palatino foi alargado até o instrumento

#45 também no comprimento de trabalho e, então, foi realizado um preparo ápice-coroa com os instrumentos #45,#50, #55 e #60 para os canais vestibulares e #50, #55, #60 e #70 para o canal palatino (�gura 10). Durante todo o procedimento foi utilizada a solução de hipoclorito de sódio 2,5% (Cloro Rio, Rioquimica, São José do Rio Preto, SP, Brasil) para a irrigação dos canais radicu-lares. Os canais radiculares foram obturados com cimento AH Plus (Dentsply DeTrey, Konstanz, Alemanha) (�gura 11), levado ao interior do conduto com auxílio de lentulo (Maillefer, Ballai-gues, Suíça). Após a inserção do cone principal de guta-percha (Dentsply-Maillefer, Petrópolis, RJ, Brasil) (�gura 12), foram uti-lizados cones acessórios XF (Dentsply-Maillefer, Petrópolis, RJ, Brasil) (�guras 13 e 14) pela técnica da compactação lateral. Os cones foram cortados com instrumento aquecido e compac-tados com uso de compactador (Maillefer, Ballaigues, Suíça), sendo o excesso de cimento removido com algodão (Roeko, Langenau, Alemanha). Após a obturação dos canais radiculares, o dente foi selado com material restaurador provisório (Cavit, Premier, Norristown, PA, EUA), e radiografado.O tempo total de trabalho entre o diagnóstico até a restaura-ção �nal foi em torno de 1h20. Neste caso, ainda como atra-tivo, o custo operacional é bem inferior se comparado ao das limas de NiTi9.

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Caso Clínico

Figura 6Instrumentação com Lima Tipo K #25.

Figura 8Instrumentação com Lima Tipo K #35.

Figura 10Instrumentação com Lima Tipo K #45 a #70 para preparo ápice coroa.

Figura 7Instrumentação com Lima Tipo K #30.

Figura 9Instrumentação com Lima Tipo K #40.

Figura 11Cimento resinoso AH Plus (Dentsply DeTrey, Konstanz, Alemanha).

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Caso Clínico

6. Sydney, G. B.; Batista, A.; Melo, L. L.; Matos, N. H. R. Siste-mas de rotação alternada em endodontia. J. Bras. Endod., n. 3, p. 59-64, 2000.

7. Vanni J. R., Santos, R., Limongi O., Guerisoli D. M. Z., Capelli A., Pecora J. D. Influence of cervical prefla-ring on determination of apical f ile size in maxillary molars: SEM analysis. Braz. Dent. J., v. 16, n. 3, p. 181-186, 2005.

8. Pécora, J. D.; Capelli, A. Shock of paradigms on the instru-mentation of curved root canals. Braz. Endod. J., v. 17, n. 1, p. 3-5, 2006.

9. Wagner, M. H.; Barletta, F. B.; Reis, M. S. NSK reciprocating handpiece: in vitro comparative analysis of dentinal removal during root canal preparation by different operators. Braz. Dent. J., vol. 17, n. 1, p. 10-14, 2006.

Referências 1. Nair, P. N.; Sjögren, U.; Figdor, D.; Sundqvist, G. Persistent periapical radiolucencies of root-�lled human teeth, failed en-dodontic treatments, and periapical scars. Oral Surg. Oral Med. Oral Pathol. Oral Radiol. Endod., v. 87, n. 5, p. 617-627, 1999.

2. Nair, P.N. On the causes of persistent apical periodontitis: a review. Int. Endod. J., v. 39, n. 4, p. 249–281, 2006.

3. Cheung, G.S. Endodontic failures - changing the approach. Int. Dent. J., v. 46, n. 3, p. 131-138, 1996.

4. Siqueira-Junior, J. F. Reaction of periradicular tissues to root canal treatment: bene�ts and drawbacks. E. Topics, v. 10, n. 1, p. 123-147, 2005.

5. Short, J. A.; Morgan, L. A.; Baumgartner, J. C. A comparison of canal centering ability of four instrumentation techniques. J. Endod., v. 23, n. 8, p. 503-507, 1997.

Figura 12Cone principal de Guta Percha (Dentsply-Maillefer, Petrópolis, RJ, Brasil).

Figura 14Canais obturados - Cimento AH Plus e cones de guta-percha principal e acessórios.

Figura 15Radiogra�a após tratamento endodôntico �nalizado.

Figura 13Cone acessório XF (Dentsply-Maillefer, Petrópolis, RJ, Brasil).

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Diego PortesFormado pela Universidade Metodista de São Paulo. Pós- graduado em Ortodontia pela Universidade São Marcos. Pós-graduado em Cirurgia Bucomaxilofacial pela Universidade São Marcos. Mestrando em Laser pelo CEPOF/UFScar/ IFSC-USP. Proprietário da Clínica Odontológica Odontoportes.

O uso da laserterapia de baixa intensidade na prática ortodôntica

A laserterapia de baixa intensidade como ação terapêuti-ca tem sido utilizada como método inovador em muitas situações clínicas e, hoje, é bastante conhecida e divul-

gada, tanto na literatura nacional como na internacional. Existem inúmeras modalidades terapêuticas utilizando lasers, e tem sido consenso que os melhores resultados são atingidos com os comprimentos de onda na região do vermelho (660nm) e infravermelho (808nm).O laser de baixa intensidade promove efeito biológico bené�co por meio de um fenômeno de bioestimulação. A radiação - emi-tida pelo laser terapêutico - afeta os processos metabólicos das células-alvo, produzindo efeitos bioestimulantes que resultam na ocorrência de eventos celulares e vasculares. Con�rmada a viabilidade de tal benefício, o laser de baixa in-tensidade pode ser utilizado em diversas situações clínicas, como no alívio da dor após movimentação ortodôntica.

Caso clínicoPaciente masculino, 19 anos, foi até a clínica Odontoportes

para realização de tratamento ortodôntico (�gura 1), procuran-do alinhamento, nivelamento e oclusão de Classe I de molar com um perfeito engrenamento de seus dentes.Não foi possível a realização da montagem do aparelho em ar-cada inferior, pois o paciente ainda estava realizando tratamen-to em elementos inferiores. Após três meses de movimenta-ção, o paciente relatou sensibilidade dolorosa após ativação de �o ortodôntico em elementos 12 e 22 (�guras 2, 3 e 4). Utilizou-se o laser portátil de baixa intensidade da empresa MM Optics, que apresenta os dois comprimentos de onda vermelho 660nm e infravermelho 808 nm na mesma caneta (�gura 5).Neste caso especí�co, o comprimento de onda escolhido foi o infravermelho 808nm, que atua em uma região espectral mais profunda, onde a luz é capaz de penetrar em tecido nervos, cau-sando um efeito analgésico e anti-in�amatório (�guras 6 e 7).É importante salientar que o sucesso na aplicação do laser tera-pêutico depende do preparo do pro�ssional e da colaboração do paciente, sendo de extrema importância a utilização dos óculos de proteção para biossegurança (�gura 8).

Figura 1Imagens iniciais do paciente.

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Caso Clínico

Figura 2 Imagem inicial do paciente sem o �o ortodôntico.

Figura 4 Análise intrabucal do paciente.

Figura 7Aplicação pontual do laser em elemento 22 para alívio da dor.

Figura 6Aplicação pontual do laser em elemento 12 para alívio da dor após movimentação.

Figura 3Imagem inicial do paciente com �o ortodôntico.

Figura 5 Laser DUO da empresa MM Optics utilizado no caso clínico em questão.

A laserterapia de baixa intensidade como ação terapêutica tem sido utilizada como método inovador em muitas situações clínicas

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Caso Clínico

A seção CASO CLÍNICO da ODONTO MAGAZINE tem como objetivo a divulgação de trabalhos técnico-científicos produzidos por clínico-gerais e/ou especialistas de diferentes áreas odontológicas.Gostaríamos de poder contar com trabalhos originais brasileiros, produzidos por cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e médicos, para divulgar esse material em nível nacional por meio da revista impressa e pelo site: www.odontomagazine.com.br

Os trabalhos devem atender as seguintes normas:

1) Ser enviados acompanhados obrigatoriamente de uma autorização para publicação na ODONTO MAGAZINE, assinada por todos os autores do artigo. No caso de trabalho em grupo, pelo menos um dos autores deverá ser cirurgião-dentista.Essa autorização deve também dar permissão ao editor da ODONTO MAGAZINE para adaptar o artigo às exigências gráficas da revista ou às normas jornalísticas em vigor.

2) O texto e a devida autorização devem ser enviados para o e-mail: [email protected]. As imagens precisam ser encaminhadas separadas do texto, em formato jpg e em alta-resolução. Solicitamos, se possível, que o artigo comporte no mínimo três imagens e no máximo 30. As legendas das imagens devem estar indicadas no final do texto em word. É necessário o envio da foto do autor principal do trabalho.

3) O texto deve seguir a seguinte formatação: espaço entre linhas simples; fonte arial ou times news roman, tamanho 12. As possíveis tabelas e/ou gráficos devem apresentar título e citação no texto. As referências bibliográficas, quando existente, devem estar no estilo Vancouver.

4) Se for necessário o uso de siglas e abreviaturas, as mesmas devem estar precedidas, na primeira vez, do nome próprio.

5) No trabalho deve constar: o nome(s), endereço(s), telefone(s) e funções que exerce(m), instituição a que pertence(m), títulos e formação profissional do autor ou autores. Se o trabalho se refere a uma apresentação pública, deve ser mencionado o nome, data e local do evento.

6) É de exclusiva competência do Conselho Científico a aprovação para publicação ou edição do texto na revista ou no site.

7) Os trabalhos enviados e não publicados serão devolvidos aos autores, com justificativa do Conselho Científico.

8) O conteúdo dos artigos é de exclusiva responsabilidade do(s) autor (res). Os trabalhos publicados terão os seus direitos autorais guardados e só poderão ser reproduzidos com autorização da VP GROUP/Odonto Magazine.

9) Cada autor do artigo receberá exemplar da revista em que seu trabalho foi publicado.

10) Os trabalhos, bem como qualquer correspondência devem ser enviados para:Vanessa Navarro ou Vivian Pacca – ODONTO MAGAZINEAlameda Amazonas, 686 – sala G1Alphaville Industrial – Barueri-SPCEP 06454-070

11) Ao final do artigo, acrescentar os contatos de todos os autores: nome completo, endereço, bairro, cidade, estado, CEP, telefones e e-mail.

12) Informações:

Editora e Jornalista ResponsávelVanessa Navarro (MTb: 53385)e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7506

Publicidade - Gerente de ContasVivian Ceribelli Paccae. [email protected]. + 55 (11) 4197.7769

NORMAS PARA PUBLICAÇÂO

Figura 9Pontos de aplicação do laser de baixa intensidade utilizado para alívio da dor.

DiscussãoQuando o paciente tem alta exigência estética, faz-se necessária a utilização de técnicas adicionais e diferenciadas, como no caso do uso da laserterapia de baixa intensidade, agregando valor ao seu tratamento ortodôntico, proporcionando resultados estéticos e menos dolorosos ao paciente.O protocolo clínico utilizado para promover o alívio da sensibilidade dolorosa, logo após ativação de dispositivo ortodôntico, foi a utilização de doses altas em torno de 35J/cm² por ponto com potência em torno de 60mW e tempo de 18 segundos (�gura 9).Deve-se evitar o tecido ósseo que está sendo envolvido pelo tratamento ortodôntico, pois se trata de uma dose que pode retardar a movimentação dental.A aplicação para o alívio da dor deve ser, no máximo, repetida apenas uma vez, ou seja, uma segunda sessão após 24 horas de ativação.A �gura 7 mostra os pontos de aplicação do laser, ao longo da porção radicular de cada elemento envolvido.

ConclusãoApós uma sessão de aplicação do laser, o paciente relatou signi�cante melhora e di-minuição total da sensibilidade após ativação do dispositivo ortodôntico, não sendo necessária a realização de mais uma sessão de aplicação.Ficou então con�rmada a viabilidade do benefício do uso do laser de baixa intensidade na movimentação ortodôntica. Isto trará uma opção a mais ao ortodontista para dimi-nuição da dor em tratamentos ortodônticos.

Referências 1. Almeida-Lopes, L. Laserterapia na Odontologia. Biodonto, Bauru, v. I. n. I, março-abril, 2004.

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3. Goulart,C.S. Avaliação do laser de baixa intensidade na retração de pré-molares: tra-balho experimental em cães. Dissertação de mestrado. Campinas: centro de Pesquisa Odontológicas São Leopoldo Mandic, 2004. 104p.il.

4. Goulart, C.S.; Noue R, P.R.A.; Martins, L.M .; Celoria.A; Lizarelli, R.F.Z. Photoradiation and orthodontic movement: experimental study with canines. Photomedicine and Laser Surgery, v. 24, n.2, p. 192-196, 2006.

5. Bagnato, V.S Novas técnicas ópticas para áreas da saúde. São paulo: Livraria da Físi-ca,2008. 239p.II.

6. Lizarelli, R.F.Z Protocolos clínicos odontológicos- Laserterapia de baixa intensidade. São Carlos: Bom Negócios 2012.

Figura 8 Óculos de proteção utilizados para biossegurança.

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