odonto magazine nº 27 - abril/2013

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www.odontomagazine.com.br Ano 3 - N° 27 - Abril de 2013 772179 879602 9 27 ISSN 2179-8796 Bactérias cromogênicas Coluna Odontopediatria Ética na prática odontológica Tratamento odontológico ao paciente com Mal de Alzheimer Reportagem Entrevista

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Apresenta ao profissional de saúde bucal, informações atualizadas, casos clínicos de qualidade, novas tecnologias em produtos e serviços, reportagens sobre os temas em destaque na classe odontológica, coberturas jornalísticas das mais importantes feiras e eventos do setor, além de orientações para gestores de clínicas.

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Bactérias cromogênicasColuna Odontopediatria

Ética na prática odontológica

Tratamento odontológico ao paciente com Mal de Alzheimer

Reportagem

Entrevista

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Rua Tereza de Souza, 171

Pq. Indl. Kiugo Takata

CEP 86042-390 - Londrina-PR

[email protected]

43 3378-8300

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Compartilhe conhecimento, participe do Coletivo Indusbello. Envie seus artigos e dicas de saúde e tenha sua contribuição compartilhada em nosso site. A cada dica enviada você estará colaborando para a instrução de milhares de pacientes e profissionais, promovendo uma melhor qualidade de vida a todos.

O gesto de um fazendo a diferença para todos.

inovação para uma vida saudável

ISO9001:2008

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BPF

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3Abril de 2013

Editorial

Você vai morrer!Começar um editorial com uma chamada assim certamente é chocante, mas quem me deu essa inspiração foi o Dr. Plínio Tomaz em seu editorial da Odonto Magazine de Feve-

reiro passado. Lá ele comenta que existe um grupo de dentistas, às vezes de mal com a vida, que além de não se atualizar, raramente leem um editorial. E eu gostaria que você ao menos lesse o meu editorial e ficasse com a “pulga atrás da orelha”.Na verdade todos nós vamos morrer, por mais trágico que isso possa parecer. Mesmo queren-do tapar o sol com a peneira, essa talvez seja a única certeza que temos, aquela que aprende-mos nos primeiros segundos da vida e que perdura até o suspiro final. Bem, já que sabemos disso, por que não usufruir dela, da melhor maneira, com a melhor qualidade de vida possível? Não há um consenso sobre a definição de qualidade de vida, porém, a Organização Mundial da Saúde desenvolveu um instrumento, o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL) que foi em busca dessa definição e concluiu “qualidade de vida” como sendo “a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. É um conceito amplo e complexo que inter-relaciona o meio ambiente com aspectos físicos, psicológicos, nível de independência, relações sociais e crenças pessoais.Você deve estar se perguntando: “E eu com isso”? Bem, se você faz parte do primeiro grupo de profissionais dos quais o Dr. Plínio comentou, aquele que não se atualiza, não investe em sua profissão, não dá um passo pra frente, a pergunta é essa mesma: “E eu com isso”? Po-rém, se você pertence ao grupo que pensa no desenvolvimento pessoal, como se esquecer da qualidade de vida? Um estudo realizado em 2010 pelo Ministério da Saúde mostra que mais de 85% das pessoas adultas no Brasil é sedentária, a amostragem deve ser bem semelhante para o profissional de Odontologia. Vamos lá! Responda a você mesmo: quando foi sua última corridinha no parque, sua última visita à academia, seu último passeio de bicicleta ou seu último joguinho de bola com os amigos? E você, minha amiga dentista, caminhar só no shopping, e de salto alto? Não esqueça que o diabo veste Prada, mas também entope veias e artérias. Ah, você não gosta de atividades físicas! Tudo bem, mas me diga qual foi seu último filme as-sistido no cinema? Titanic, ET ou A Noviça Rebelde? Não vale aquele que você viu no ‘sofazão’ de casa e que te deixou com a lombar em ‘frangalhos’ no dia seguinte. Bem, meus questionamentos podem ser ofensivos, porque a qualidade de vida tem a ver com a forma como as pessoas vivem, sentem e compreendem o seu cotidiano e são diferentes para cada pessoa e para cada situação, pois há grande diversidade de condições sociais, de níveis de vida, de estados psíquicos e físicos e de crenças e, já bem dizia Descartes: “Eu sou eu e minhas circunstâncias”.A expressão qualidade de vida foi utilizada pela primeira vez associada à economia por Lyndon Johnson, em 1964, presidente dos EUA, ao afirmar que os objetivos da economia não podiam ser medidos por meio do balanço dos bancos, mas através da qualidade de vida que proporcionam às pessoas. Podemos reajustá-la para nossos dias, afinal, de que adianta uma conta no banco superavitária, uma agenda do consultório recheada, trabalhar alucinadamente - só pensando nos pacientes, se não podemos usufruir disso em nosso benefício próprio ou de nossa família?Hoje, o principal marcador de qualidade de vida é a interação social, o convívio com outras pes-soas. A solidão, o estresse, a preguiça e a depressão estão entre os grandes males que mais prejudicam a sua vida. Corra, literalmente, deles! Não se preocupe! Espero, sinceramente, que vivamos bem, muito e com qualidade de vida, seja ela a qual você se encaixa. Sucesso e saúde!

Qualidade e quantidade de vida

José Reynaldo FigueiredoMembro do Conselho Científico

Presidência & CEOVictor Hugo Piiroja

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7501

Gerência GeralMarcela Petty

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7502

FinanceiroRodrigo Oliveira

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7761

Assistente AdministrativoMichelle Visval

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7765

MarketingIronete Soares

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7500

Designers GráficosDébora Becker

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7509

Bob Nogueirae. [email protected]

t. + 55 (11) 4197.7521

MobileCláudia Mardegan

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7520

Analista de SistemasFernanda Perdigão

e. [email protected]. +55 (11) 4197.7507

SistemasWander Martins

e. [email protected]. +55 (11) 4197.7762

Editora Vanessa Navarro (MTb: 53385)

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7506

Publicidade - Gerente ComercialChristian Visval

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7760

Publicidade - Gerente de ContasVictorio Rosa

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7768

Conselho CientíficoAlice Granthon de Souza, Augusto Roque Neto, Danielle Costa Palacio, Débora Ferrarini, Diego Michelini, Éber Feltrim, Fernanda Nahás Pires Corrêa, Francisco Simões, Henrique da Cruz Pereira, Helenice Biancalana, Jayro Guimarães Junior, José Reynaldo Figueiredo, José Luiz Lage Marques, Júlio Cesar Bassi, Lusiane Borges, Maria Salete Nahás Pires Corrêa, Marina Montenegro Rojas, Pablo Ozorio Garcia Batista, Regina Brizolara, Reginaldo Migliorança, Sandra Duarte, Sandra Kallil Bussadori, Shirlei Devesa, Tatiana Pegoretti Pintarelli, Vanessa Camilo, Wanderley de Almeida Cesar Jr. e William Torre.

A RevistaA Odonto Magazine apresenta ao profissional de saúde bucal infor-mações atualizadas, casos clínicos de qualidade, novas tecnologias em produtos e serviços, reportagens sobre os temas em destaque na classe odontológica, coberturas jornalísticas das mais importantes feiras comer-ciais e eventos do setor, além de orientações para gestores de clínicas. É uma publicação da VP Group voltada para profissionais de Odonto-logia das mais diversificadas especialidades. Conta com a distribuição gratuita e dirigida em todo território nacional, em clínicas, consultórios, universidades, associações e demais instituições do setor.

Odonto Magazine Onlines. www.odontomagazine.com.br

Tiragem: 37.000 exemplaresImpressão: HR Gráfica

Alameda Amazonas, 686, G1 - Alphaville Industrial06454-070 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500

www.vpgroup.com.br

Edição: Ano 3 • N° 27 • Abril de 2013

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Reportagem Ética na prática odontológica

EntrevistaTratamento odontológico ao pacien-te com Mal de AlzheimerDenise Tiberio

Espaço EquipeRelacionamento humano: um eterno desafioMarina Montenegro Rojas

RelacionamentoDabi Atlante: tradição e inovação na Odontologia

Ponto de vistaCirurgião-dentista e a QuiropraxiaFabio Corsini Motta

ColunistasOdontopediatria Amanda Caroline Porto, Carolina Carvalho Bortoletto, Carolina Cardoso Guedes e Sandra Kalil BussadoriMínima intervenção Julio Cesar BassiGestãoFelipe Chibás Ortiz e Claudia Firmino de Freitas

Casos ClínicosControle da DTM em OdontopediatriaJosé C.P. Imparato, Adriana Lira Ortega, Monica Liliana Cárdenas e Rafaelli Cezar

Recursos auxiliares no planejamento cirúrgico-protético da Implantodontia moderna Mario Harumitsu Ota, Ana Cláudia Carbone, Marcelo Sabbag Abla, Mario Takashi Kawagoe e Alessandra Kiyanitza Dantas

O uso da terapia fotodinâmica no tra-tamento de doença periodontal com uso do laser de baixa intensidadeDiego Portes

Normas para publicação

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Editorial

Programe-se

Notícias

Odontologia Segura

Produtos e Serviços

SumárioAbril de 2013 • Edição: 27

4 Abril de 2013

Os artigos e as entrevistas são de inteira responsabilidade do autor e/ou entrevistado, e não refletem, obrigatoriamente, a opinião do periódico.

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6 Abril de 2013

Programe-se

AbrilOdonto Management Brazil 15 e 16 de abril de 2013Com um conceito e um formato inovador, a Odonto Management Brazil chega ao mer-cado de Odontologia para debater e tratar sobre um assunto de grande importância para o crescimento e fortalecimento deste mercado: práticas de gestão empresarial.Com o objetivo de equipar, informar e capacitar dentistas e administradores de clínicas, esta conferência abordará temas voltados para: planejamento estratégico, tributário, financeiro, estratégias de ma-rketing e comunicação com aplicação de benchmarks, casos práticos, apresenta-ção de soluções e discussões de dilemas e desafios do dentista no papel de admi-nistrador com renomados especialistas.

São Paulo - SPwww.odontomanagementbrazil.com.br

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Maio16º Congresso Internacional de Odonto-logia do Litoral Paulista – CIOLP23 a 25 de maio de 2013O evento conta com simpósios, cursos teóri-cos e workshops com procedimentos e cirur-gias ao vivo e com transmissão simultânea.

Santos – SPwww.ciolp.com.br

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Encontro Internacional de Ortodontia23 a 25 de maio de 2013O 1º Meeting Internacional de Ortodontia, que acontece no Rio de Janeiro, é um even-to científico que reunirá os maiores nomes da Ortodontia mundial. Baseados em no-vas tecnologias e avanços da ciência os professores apresentarão o que há de mais moderno e eficiente na Ortodontia.

Rio de Janeiro – RJwww.meetingortodontiaiom.com.br.

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Junho3rd Neodent International Congress13 a 15 de junho de 2013Com o tema central “História, Ciência e Inova-ção”, o congresso faz parte da programação alusiva aos 20 anos de fundação da Neodent.

Curitiba – PRwww.neodentcongress.com.br

Programe-se

XXI Congresso Internacional de Odontologia do Pará27 a 29 de junho de 2013Renomados profissionais discutem sobre o futuro da Odontologia no Brasil e no mundo.

Belém – PAwww.abopa.org.br

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Julho21º Congresso Internacional de Odon-tologia do Rio de Janeiro - CIORJ10 a 13 de julho de 2013O CIORJ- Congresso Internacional de Odon-tologia do Rio de Janeiro é o ponto de en-contro dos dentistas e profissionais da saúde bucal no Rio de janeiro. O evento traz os últi-mos trabalhos de pesquisa, novidades tec-nológicas e produtos para cuidados com a saúde bucal, ortodontia e estética.

Rio de Janeiro - RJwww.ciorj.org.br

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I Encontro Carioca de Odontologia para Pacientes Especiais 12 de julho de 2013O encontro, que acontece no Congresso Inter-nacional de Odontologia Rio de Janeiro (CIORJ), abordará temas atuais, como o uso da toxina botulínica. Outro assunto de grande interesse, como a palestra sobre sedação oral, será abor-dado pelo Professor Eduardo Dias de Andrade.O evento contará com a presença do ilus-tre presidente da Associação Brasileira de Odontologia para Pacientes Especiais, Dr. João Ferreira.

Rio de Janeiro – RJwww.ciorj.org.br

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XXI Congresso Brasileiro de Estomatologia e Patologia17 a 20 de julho de 2013Em julho de 2013, a SOBEP realizará seu con-gresso anual na acolhedora cidade de Salva-dor. Com sua característica itinerante, pas-sando por todas as regiões do país, o evento anual acontecerá, desta vez, na capital do es-tado da Bahia, conhecida por sua importância histórica e cultural. A tradição de elevada qua-lidade acadêmica associada ao clima agra-dável e profícuo das discussões científicas e à descontração nos momentos de confrater-nização, característicos dos eventos da nossa sociedade, farão parte do XXI Congresso Bra-sileiro de Estomatologia e Patologia Oral. 

Salvador – BAwww.estomatologiabahia.com.br

AgostoJornada Odontológica Sul Rio-grandense – JOS16 a 18 de agosto de 2013Um número muito grande de associados e de colegas manifestou-se favoravelmente a nova fórmula para a Jornada. Grande tam-bém é a satisfação das autoridades da Serra Gaúcha com a realização do evento.  Estão sendo programadas  reuniões paralelas tra-tando do Ensino e da Pesquisa no nosso País.

Serra Gaúcha – RSwww.abors.org.br

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XXII Congresso Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – COBRAC20 a 24 de agosto de 2013O evento contará com renomados cirurgiões brasileiros e estrangeiros, de riquíssima con-tribuição científica mundial, discutindo sobre o que há de mais novo na especialidade.Serão abordados os temas: cirurgia den-toalveolar, trauma maxilofacial, enxertos ósseos, distracção osteogênica, cirurgia ortognática e estética facial, patologia oral e maxilofacial, ronco e apneia do sono, cirurgia da ATM, cirurgia endoscó-pica, navegação e novas tecnologias. Ainda será oferecido um pré-congresso com o objetivo de treinar cirurgiões interessados nos mais recentes avanços da especialidade.

Rio de Janeiro – RJwww.cobrac2013rio.com.br

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SetembroXII Congresso Internacional de Odontologia do Paraná – CIOPAR19 a 21 de setembro de 2013O evento contará com palestras nacionais e internacionais ministradas pelos mais renomados profissionais de saúde bucal.

Curitiba - PRwww.ciopar.com.br

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IN - Latin American Osseointegration Congress 25 a 28 de setembro de 2013Sob a presidência de honra de Per Ingvar Brå-nemark, o IN 2013 deverá reunir cerca de 5.000 especialistas de todo o Brasil e dos demais paí ses latino-americanos.

São Paulo – SP(11) 3566-6205

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8 Abril de 2013

Notícias

O XVIII Congresso da Associação Brasileira de Odontologia de Promoção de Saúde (Aboprev) acontece entre os dias 11 e 13 de abril, em Bauru, interior de São Paulo.O objetivo é promover a interação entre os participantes, com debates sobre os avanços e as perspectivas da saúde bucal.O tema central deste ano “Equidade, inclusão social e promoção da saúde: grandes desafios” busca ampliar o olhar sobre as necessi-dades de saúde da pessoa com deficiência e a refletir sobre as iniquidades em saúde, como informa a professora Nilce Tomita, presidente da entidade.Os trabalhos podem ser apresentados em duas categorias: Ex-periências exitosas em saúde coletiva e pesquisa em promoção de saúde bucal. O evento é destinado aos pesquisadores e tra-balhadores dos serviços de saúde.A Aboprev, segundo sua presidente, tem se posicionado a favor dos movimentos e políticas públicas que resultaram na mudan-ça do quadro epidemiológico de saúde bucal da população bra-sileira, com destaque para o declínio da cárie dentária.O evento acontece na Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (FOB-USP). Mais informações podem ser obtidas por meio do site http://congresso.aboprev.org.br.Fonte: Assessoria de Imprensa

Avanços e as perspectivas da saúde bucal

Odontopediatria brasileira

A International Association of Paediatric Dentistry (IAPD) realizará nos dias 25 e 26 de abril de 2013 o IAPD Regional Meeting no Brasil, que tem por objetivo aproximar esta enti-dade dos Odontopediatras brasileiros.Palestrantes internacionais e nacionais de excelência em prática clínica e evidência científica participarão do evento que, pela primeira vez, será sediado no Brasil.Segundo o presidente do evento, Dr. Marcelo Bönecker, São Paulo foi escolhida para sediar este evento por ser a maior capital e metrópole brasileira, berço de importantíssimos movimentos políticos, sociais e artísticos.“Visamos desenvolver a troca de conhecimento através de palestras e debates entre grandes autoridades nacionais e internacionais e clínicos da Odontopediatria, para atualiza-ção profissional. Nosso escopo é a excelência da prática da Odontopediatria seguindo a filosofia da clínica baseada em evidência científica. Haverá quatro módulos centrais abor-dando os seguintes temas: a ortodontia na dentição decí-dua, traumatismo dentário, cariologia e promoção da saúde oral”, explica o Dr. Marcelo Bönecker, que é professor Titular de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Univer-sidade de São Paulo.http://iapdmeetingbrazil.com.br/index.php

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10 Abril de 2013

A importância da Biossegurança para o profissional de saúde

Lusiane BorgesBiomedicina - UNISA / UNIFESP. Odontologia – UMESP. Especialização em Microbiologia – Faculdade Oswaldo Cruz. Especialista em Controle de Infecção em Saúde – UNIFESP. MBA em Esterilização - FAMESP. Pós-Graduanda em  Prevenção e Controle de Infecção em Saúde – UNIFESP, São Paulo. Coordenadora de Cursos de ASB/TSB desde 2000. Membro do Conselho Científico da Odonto Magazine, São Paulo. Autora-coordenadora do livro “AST e TSB – Formação e Prática da Equipe Auxiliar”. Consultora em Biossegurança em Saúde – Biológica. Consultora Científica da Oral-B, Fórmula & Ação, Sercon/Steris e outros. Representante do Brasil na OSAP (Organization for Safety, Asepsis and Prevention), EUA. Responsável pelo site www.portalbiologica.com.br.

Odontologia Segura

É indiscutível a necessidade de zelar pela própria saúde, e a cada momento a preocupação torna-se uma alternativa de preservação da vida, diante das inúmeras moléstias infec-

ciosas em circulação no mundo.Temos trabalhado no sentido de conscientizar não só os den-tistas, mas também os usuários dos serviços de Odontologia, da importância de frequentar ambientes onde a biosseguran-ça - caracterizada por um conjunto de normas e procedimentos considerados seguros e adequados à manutenção da saúde em atividades de risco - seja uma realidade. O assunto ocupa todas as classes médicas e serviços de saúde de qualidade, e é preciso estar atento ao alto risco de contaminação a que estão expostos profissionais de todas as áreas.No mundo já foram notificados mais de 170 milhões de infecta-dos pelo vírus da Hepatite C e meio bilhão pelo vírus da Hepatite B, sendo que 350 milhões são portadores crônicos. No Brasil, cerca de 5 milhões de pessoas são portadoras da Hepatite tipo C, considerada a doença do terceiro milênio, cuja vacina até ago-ra não se descobriu, em função da complexidade imunológica. Somam-se a estes números, os casos de contaminações por HIV, uma realidade desde a década de 1980, época em que os cirurgiões-dentistas começaram a refletir mais sobre os riscos de contaminação em serviço. Mas, a preocupação, hoje, não se restringe apenas aos profissionais. Os próprios pacientes já pré-selecionam os consultórios e serviços médicos a partir das con-dições de higiene e limpeza.É comum os pacientes comentarem que não dariam continuidade a um tratamento odontológico se não estivessem completamen-te cientes da qualidade e da aplicabilidade dos cuidados básicos para evitar a contaminação por meio de equipamentos ou mesmo

do próprio profissional. É importante ressaltar que a atividade do cirurgião-dentista expõe seus pacientes, sua equipe, ele próprio e seus familiares a um universo microbiano altamente agressi-vo. Apesar de expor essas pessoas a sérios riscos de contágio de doenças graves, grande parte dos profissionais ainda se mostra resistente à adoção de medidas de controle de infecção.Pesquisas recentes apontam o desconhecimento das medidas bá-sicas de biossegurança. Uma extensa pesquisa foi realizada na área odontológica sobre o grau de conhecimento e aplicação da biossegurança pelo cirurgião-dentista. Os resultados apresenta-dos preocupam, já que a grande maioria mostrou desconheci-mento sobre a abrangência de medidas de controle dos riscos biológicos a que são submetidos diariamente. Em países desen-volvidos, o cirurgião-dentista é tão respeitado quanto o médico. Ele é considerado o “médico da boca”, assim como o pediatra é o médico da criança e o cardiologista do coração. Ele segue sua carreira sempre se especializando e desenvolvendo técnicas para prestar serviços cada vez melhor. Porém, nunca deve se esquecer da saúde de seu paciente como um todo, dos riscos de contami-nação e infecção, aos quais o mesmo pode estar submetido.Está comprovado que o paciente atendido em condições de pro-teção biológica, conscientizado pelo profissional dos riscos de contaminação e infecção, jamais se submeterá a um atendimen-to diferente. Ele se tornará um paciente fiel, que trará outros para o consultório. Biossegurança é um caminho sem volta e depende de uma mudan-ça de atitude profissional que beneficia a todos: paciente, equipe odontológica e, principalmente, o cirurgião-dentista, que além de se proteger biologicamente dá um diferencial à sua clínica.Vale refletir!

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12 Abril de 2013

Produtos e Serviços

Clínica odontológica de alto padrão mostra, por meio de cases de sucesso, como são construí­dos os sorrisos de seus pacientes.Com mais de 22 anos de história, um time de profissionais qualificados, espaço sofisticado e discreto e laboratório próprio, o Ateliê Oral lançou recentemente o livro “A Arquitetura do Sor-riso”, uma publicação da editora Quintessence. Com imagens de Flávia Alessandra, Malvino Salvador, Reynaldo Gianechinni e Regina Duarte e outros pacientes feitas pelo fotógrafo An­dré Schilliró, o livro traça um paralelo entre o trabalho de um arquiteto ao criar seu projeto e a atuação de um dentista ao desenhar um sorriso. “São dois processos de criação que deman­dam tempo e dedicação para se tornarem únicos e harmoniosos”, afirma o cirurgião­dentista especializado em estética oral Marcelo Kyrillos, que comanda o espaço ao lado dos sócios Marcelo Moreira e Luís Eduardo Calicchio.A obra foi desenvolvida em cima de três eixos centrais: multidisciplinaridade, fragmentos e lentes de contato de porcelana e longevidade.www.atelieoral.com.br

A Bitufo, marca de higiene bucal presente no mercado há mais de 25 anos, acaba de lançar a escova dental Woman. O produto é o primeiro do mercado voltado exclusivamente para o público feminino e foi desenvolvido para atender as diferentes necessidades e características físicas das mulheres.A escova dental Woman possui cabeça pequena, ideal para a cavidade bucal das mulheres e vem acompanhada de um protetor de cerdas. Seu cabo anatômico com empunhadura foi projetado para encaixar nas mãos femininas, dando maior firmeza e conforto durante a escovação. Já suas cerdas de pontas arredondadas auxiliam na remoção da placa bac­teriana sem agredir o esmalte dos dentes e a gengiva. Além disso, a escova possui um design diferenciado e traz detalhes delicados em seu cabo.Mais informações podem ser obtidas por meio do telefone 0800 011 11 45.

A arquitetura do sorriso

Só para mulheres

A Biodinâmica começa o ano com muitas novidades. A primeira delas é a mudança na embalagem do Qualitygel – Tutti­Frutti, tornando­a mais estética e marcando uma nova etapa na vida do produto. Pensando no conforto e bem­estar de seus clientes, a Biodinâmica desenvolveu o Qualitygel, um material de moldagem a base de Alginato que apresenta uma excelente plasticidade,

alta compatibilidade com gesso e contém clorexidina em sua composição, o que reduz os riscos de infecção cruzada.O Qualitygel é indicado para moldagens totais ou parciais de tecidos mole ou duro; em trabalhos de próteses totais ou parciais removíveis; na confecção de modelos de estudos para trabalhos de ortodontia e também em moldagens para confecção de restaurações, preparos de coroas e pontes fixas.Outra característica importante do produto é o fato de ser cromático, nas cores pink (tutti­

frutti) e roxo (uva). Os dois adquirem a cor branca após o tempo de presa, proporcionando ao operador uma margem de segurança para a obtenção exata do produto final.Devido ao baixo escoamento e ação rápida – cerca de 60 segundos, o Qualitygel proporciona uma moldagem de alta qualidade e precisão, evitando, assim, o desconforto do paciente durante a moldagem. www.biodinamica.com.br

Qualidade e precisão

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14 Abril de 2013

Produtos e Serviços

Células-tronco na OdontologiaPublicação de pesquisadores da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic é pioneira na América Latina na metodologia de células­tronco nos enxertos de reposição de perda óssea.Uma técnica inédita na utilização de células­tronco para enriquecer enxertos e corrigir falhas ósseas virou livro: “Células-Tronco em Implantodontia” (da Editora Napoleão), que acaba de ser lançado pelos professores­doutores da Faculdade São Leopoldo Mandic André Antonio Pelegrine, Antônio Carlos Aloise e Carlos Eduardo Sorgi da Costa.A técnica inova no que refere ao uso de enxerto de osso do próprio paciente (autógeno). Foram quatro anos de pesquisas da equipe com inúmeras publicações internacionais nesta área. Tradicionalmente, o osso pode ser removido de algumas partes da boca (como o mento), da calota craniana ou do ilíaco, que fica na bacia. A nova técnica consiste na aspiração da medula óssea do quadril do paciente por um médico especializado e posterior centrifugação. Em seguida, os cirurgiões­dentistas isolam uma fração repleta de células­tronco, que é impregnada no enxerto de material cerâmico, de osso bovino ou de banco de ossos, e colocada no paciente. “Com isso, acaba­se utilizando um biomaterial ósseo comercialmente disponível, porém, repleto de celularidade”, explica o professor Pelegrine.Fonte: Assessoria de Imprensa – São Leopoldo Mandic

Autoclave Vitale

A empresa apresenta sua mais nova solução, o CS 8100. Mistura de simplicidade e sofisticação, o CS 8100 realmente redefine as imagens panorâmicas. Desenvolvido para ser mais intuitivo, o sistema possui diversas ferramentas que facilitam o

posicionamento, oferecem uma aquisição de imagem mais rápida (apenas 10 segundos) e uma imagem de maior qualidade e mais acessível.

Ultracompacto, a unidade se encaixa em espaços apertados e seu corpo de alumínio a torna leve e robusta. Seu gerador de raios­X compacto é de alta frequência e possui design horizontal.

O equipamento é de fácil integração, podendo ser conectado com a rede diretamente via Ethernet, e o software de imagem pode ser utilizado como um programa independente,

ou integrado com o programa de gerenciamento de consultório já existente.O CS 8100 foi desenvolvido para tornar o posicionamento dos pacientes mais rápido e

simples, com acesso fácil para pacientes em pé, sentados ou em cadeiras de rodas. Três programas anatômicos se adaptam a morfologia do maxilar do paciente intuitivamente. Movimentos motorizados fornecem ajustes de altura precisos e sem esforço.

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Simplicidade e sofisticação

A Cristófoli Equipamentos de Biossegurança apresenta a Nova Vitale, autoclave campeã em vendas, agora com painel digital com novo design, iluminado e membrana diferenciada. O equipamento possui sensor que cruza as informações de pressão e temperatura que são transferidos para os indicadores por meio de leds no painel, oferecendo maior precisão na leitura destes parâmetros. A Nova Vitale apresenta sistema de rastreabilidade, que se enquadra dentro das normas de qualidade e possibilita o relacionamento entre cliente e indústria. Secagem com porta entre aberta. Capacidade de 12 e 21 litros, com câmera em alumínio anodizado e inox. Garantia de dois anos.www.cristofoli.com

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16 Abril de 2013

Produtos e Serviços

Novos produtos KaVo

Imaginologia e Radiologia Odontológica

A KaVo do Brasil acaba de lançar três novos produtos: o sensor Intra­oral Snapshot da Instrumentarium, a KaVo Autoclave 21 litros e o Jato de Bicarbonato ULTRAjet Flex.O sensor intraoral digital Snapshot da Instrumentarium é a ferramenta perfeita para a radiografia dental. O novo e sofisticado design do sensor proporciona uma visibilidade para diagnósticos sem riscos e uma qualida­de de imagem insuperável.Biossegurança é um assunto sério tanto para o profissional quanto para o paciente. Para auxiliar nesse processo é necessário um mecanismo in­teligente que garanta segurança durante todo o ciclo de autoclavagem. Pensando nisso, a KaVo lançou a Autoclave 21 litros que, além de passar maior confiabilidade de uso, tem espaço de sobra para os seus instrumen­tos e ainda conta com seis programas de esterilização.O Jato de Bicarbonato ULTRAjet Flex possibilita uma limpeza excelente mes­mo em áreas de difícil acesso. O instrumento de profilaxia faz sucesso pela alta performance e confiabilidade, tornando os procedimentos mais rápidos e fáceis e gerando resultados perfeitos.www.kavo.com.br

O livro “Imaginologia e Radiologia Odontológica”, 1ª edição, de Plauto Wa­tanabe e Emiko Arita, pretende ser referência no estudo do diagnósti­co por imagem em Odontologia. Com inúmeras ilustrações em cada abordagem, o objetivo da obra é proporcionar uma leitura dinâmica de modo que o estudante de Cursos de Odontologia possa consultar rapidamente o material no seu dia a dia. O livro didático acadêmico traz a radiologia básica (mais técnica) e também a radiologia diagnóstica (interpretação radiográfica). A proposta dos autores é direcionar, primeiramente, o conteúdo para o perfil recomendado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), contribuindo para uma formação generalista, humanista, crítica e reflexiva. Esse cirurgião­dentista deve ser capaz de atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor técnico e científico, sempre ciente que, no ensino, a teoria é indissociável da prática.Para oferecer um material atualizado, a obra foi elaborada de acordo com a Portaria 453 do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que criou o Regulamento Técnico estabelecendo as diretrizes básicas de proteção radiológica em ra­diodiagnóstico médico e odontológico, além de dispor sobre o uso dos raios­X em todo território nacional.www.elsevier.com.br

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18 Abril de 2013

Produtos e Serviços

Saúde bucal e diversãoA Sanifill renovou recentemente a sua linha de produtos voltada para crianças maiores de seis anos, com personagens do filme A Era do Gelo 4, sucesso nas bilheterias brasileiras. As escovas dentais, gel dental, antisséptico e fio dental contam com emba­lagens decoradas com toda a turma do desenho animado: o di­vertido Sid, o desastrado Scrat, Manny e Diego, e auxiliam, de forma divertida, na higienização bucal, saúde e bem­estar.Uma boa higiene bucal, especialmente em crianças e adolescen­tes, é uma das medidas mais importantes para manter a saúde dos dentes e gengivas em dia. Os cuidados diários preventivos, como uma boa escovação e o uso correto do fio dental, ajudam a evitar que os problemas dentários se tornem mais graves na fase adulta. Além disso, é recomendado levar as crianças ao dentista a partir dos seis meses de idade ou quando os primeiros dentes de leite começarem a nascer.Escova dental Kids: cabo pequeno desenvolvido especialmen­te para as mãos das crianças. Facilita a escovação e ajuda no manuseio da escova. Possui cerdas macias e higienizador de língua e bochechas para a higienização completa.Escova dental Kids com ventosa: cabo pequeno, ajuda no manu­seio da escova. Para uma melhor proteção da boca da criança, sua cabeça é pequena e emborrachada. Conta com cerdas ma­cias e o cabo possui ventosa para grudar em superfícies lisas.Gel dental: gel dental com flúor e fórmula desenvolvida para crianças maiores de seis anos.Antisséptico bucal: fórmula exclusiva com flúor e sem álcool,

ideal para crianças maiores de seis anos. Auxilia no combate à placa bacteriana, cárie e mau hálito.Fio dental: dupla camada de cera que facilita a inserção entre os dentes, promovendo uma sensação agradável e confortável. O sabor é de tutti­frutti.www.sanifill.com.br/aeradogelo4

Schuster apresenta novidades no mercado odontológicoA empresa lança dois novos equipamentos: o Vibramat Capsular Speed e o Jet Laxis Sonic BP II.O Vibramat Capsular Speed é um amalgamador para cápsulas pré­dosificadas de amál­gama e ionômeros de vidro. A novidade do equipamento é o temporizador eletrô­nico digital, que tem escala de 0 a 99 segundos e a opção de duas velocidades do garfo: 4200 e 5000 oscilações/minuto.O Jet Laxis Sonic BP II é um jato de bicarbonato e ultras­som piezoelétrico integrados. Ele traz como diferencial das versões anteriores o segundo reservatório, exclusivo para líquidos antissépticos, utilizado especialmente em trata­mentos endodônticos e cirúrgicos, contribuindo significati­vamente na redução de riscos de contaminação cruzada. A escolha de qual reservatório a ser utilizado é de forma simples, sendo que a tecnologia empregada neste equipamento é uma exclusividade Schuster no mercado nacional.www.schuster.ind.br

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20 Abril de 2013

Reportagem

Ética na prática odontológica

A ética visa equilibrar os conceitos sociais em busca de uma sociedade mais saudável, produtiva, justa e equi-librada nas relações entre os homens e o Estado. Toda

sociedade constrói a sua ética decorrente de uma base de va-lores históricos e culturais, de percepções e valores que vão sendo lapidados e conduzidos para uma linha construtiva. “Ética é o resultado da construção dos diversos saberes, opi-niões e atitudes”, disse Michael Bedros Arsenian*, professor adjunto da Universidade Paulista – UNIP, campus São Paulo.A Ética envolve princípios que conduzem ao bom funciona-mento social e a Odontologia – como uma Ciência de acolhi-mento e humanização no seu sentido mais amplo, inserido em sociedades tão peculiares e distintas – estabelece regras de conduta, de proteção ao bem-estar e qualidade de vida pautada em princípios éticos. “Todos os profissionais que seguem a Odontologia, sem exceção, gostam do ser huma-no e buscam uma sociedade mais justa e harmoniosa. Nes-se sentido, a ética irá nortear o papel das Equipes de Saúde Bucal com valores de promoção de saúde, desenvolvimento ambiental e seguridade social”, explicou o Mestre em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo.E é, principalmente, no momento da formação e do juramento que alguns princípios básicos são firmados. O papel principal do juramento na Odontologia é o novo profissional ratificar em palavras, na frente de todos e para si, o valor da profissão escolhida. É o momento da verdade, quando se fala em alto e bom som o que a profissão, de fato, representa que a primeira etapa foi vencida e que o graduado está disposto a servir ao próximo e ao mundo. São destacados os valores mais dignos do ser humano e a missão escolhida. “Nas várias oportuni-dades que pude presenciar nossos novos colegas fazendo o juramento, percebi que se trata de um momento de grande emoção. Nós, profissionais de saúde, consagramos nossas vidas a serviço da humanidade”, disse. A Regulamentação da Odontologia no Brasil está inserida na própria evolução da Saúde Pública no país e também é parte fundamental de todo processo ético odontológico desenvol-vido de acordo com as necessidades dos dias atuais. O Prof. Michael Arsenian fez questão de destacar alguns fatos dessa evolução: na 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986), o eixo temático da Odontologia trouxe os subsídios necessários para a construção de um modelo de saúde universal, igualitário e com controle social que foram apresentados e aprovados em

Assembleia Constituinte; as Leis Orgânicas da Saúde: a nº 8.080/90 definiu os papéis de gestores e técnicos em saúde, a nº 8.142/90 institui a participação social através de Conselhos e Conferências de Saúde, a Portaria nº 1.444/00 estabeleceu a presença das Equipes de Saúde Bucal no Programa de Saúde da Família – PSF; as diretrizes da Política Nacional de Saúde Bu-cal apoiaram a criação da estratégia Brasil Sorridente (2004) e a viabilização dos centros de especialidade odontológica como garantia de atendimento nos níveis de maior complexidade.E do ponto de vista epidemiológico, resumidamente, citou a evolução da Política de Fluoretação no Brasil, do Ministério da Saúde, desde a Lei nº 6.050/74 que determinou os parâmetros para essa viabilização à Portaria nº 22/GM (1989) que assegura a qualidade e a eficácia dos dentifrícios e enxaguatórios pro-duzidos no Brasil; a Portaria nº 518/GM (2004) que reforçou a qualidade da água consumida e fortaleceu o papel da Vigilân-cia Epidemiológica; o Manual de Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde (2ª Edição, Mi-nistério da Saúde, 1994, Portaria nº 1.598); a Portaria GM/MS n° 2.616/98, que cuida do Controle de Infecção Hospitalar; a Resolução CONAMA nº 358/2005 que cuida do Gerenciamento

Por: Célia Gennari

A ética é uma ciência filosófica que apresenta valores morais e princípios que direcionam a conduta humana na sociedade em que estamos inseridos.

* Michael Bedros Arsenian é graduado em Odontologia pela Universidade Paulista – UNIP (1992), Especialista em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (1996), Mestre em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Paulista – UNIP, campus São Paulo (vinculado desde 1994). Tem experiência na área de Odontologia com ênfase em Saúde Coletiva. Coordena o Curso de Especialização em Saúde Pública na Universidade Paulista desde 2008. Coordena os Cursos de Aperfeiçoamento da Organização ABITEP – Centro Preparatório para Concursos de Odontologia.

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21Abril de 2013

Reportagem

de Resíduos e, por fim, e com destaque, referiu-se ao atual Código de Ética, aprovado pela Resolução CFO nº 118/12.O Código de Ética aprovado e com vigência desde 1º de ja-neiro de 2013, foi fruto de várias discussões, encontros e reuniões com representatividade profissional, social e de entidades públicas e privadas, além do Conselho Federal, Conselhos Regionais, Associações de Classe e outros mem-bros do terceiro setor. Para o Prof. Michael Arsenian é muito saudável que as novas necessidades da classe odontológica sejam frequentemente revistas, que novas discussões ocor-ram e que o permanente controle social não se deixe coaptar pela falta de interesse ou de participação. “Considero vários aspectos importantes desse novo Código, pois eles funda-mentam os anseios da classe odontológica e da sociedade brasileira”, comentou. Segundo Michael Arsenian, os aspectos sociais do novo Có-digo de Ética são de maior relevância, haja vista a dificulda-de que ainda há no acesso aos serviços de saúde bucal pela população brasileira. Por outro lado, opinou que apesar dos avanços nas condições sociais e do país, ainda persiste uma visão esteriotipada de uma profissão liberal regida exclusiva-mente por leis mercantilistas. O Código de Ética avança nas questões de caráter público governamental que incluem as necessidades das Equipes de Saúde Bucal dentro dos parâmetros de vigilância epidemio-

lógica, setor público e direitos garantidos. Ele vê a Odon-tologia e os profissionais que estão entrando no mercado cada vez mais realistas, atentos às oportunidades no setor público e com senso crítico e humano extremamente apura-dos. “Com isso ganham os dentistas, os serviços de atendi-mento, os brasileiros e o nosso país. Sempre considerei que a evolução de assistência no país direcionado à abordagem epidemiológica e social é relevante e dentro da conduta éti-ca e moral, as políticas públicas e a inclusão dos dentistas nas Equipes de Saúde Bucal e Estratégias de Saúde, como o Brasil Sorridente têm provado isso, principalmente no aco-lhimento e humanização da profissão”.Os parâmetros do que o profissional deve seguir estão dentro desse documento, mas para Michael Arsenian é importante destacar alguns detalhes que não devem ser esquecidos no dia a dia da Odontologia e que se encontram dentro dos Direi-tos Fundamentais expressos no Artigo 5º do Código de Ética. A saber: os profissionais de saúde bucal possuem o direito de guardar sigilo a respeito das informações adquiridas no desempenho de suas funções; contratar serviços de outros profissionais da Odontologia, por escrito, de acordo com os preceitos do Código e demais legislações em vigor; recusar-se a exercer a profissão em âmbito público ou privado onde as condições de trabalho não sejam dignas, seguras e salubres; renunciar ao atendimento do paciente, durante o tratamento, quando da constatação de fatos que, a critério do profissional, prejudiquem o bom relacionamento com o paciente ou o ple-no desempenho profissional. Nestes casos, tem o profissional o dever de comunicar previamente, por escrito, ao paciente ou seu responsável legal, fornecendo ao cirurgião-dentista que lhe suceder todas as informações necessárias para a con-tinuidade do tratamento; entre outros.Em relação aos deveres, os profissionais de saúde bucal, de-vem: cumprir e fazer cumprir os preceitos éticos e legais da profissão, e com discrição e fundamento, comunicar ao Con-selho Regional fatos de que tenham conhecimento e caracte-rizem possível infringência do presente Código e das normas que regulam o exercício da Odontologia; zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e pelo prestígio e bom conceito da profissão; assegurar as condições ade-quadas para o desempenho ético-profissional da Odontolo-gia, quando investido em função de direção ou responsável técnico; manter atualizados os conhecimentos profissionais, técnico-científicos e culturais, necessários ao pleno desempe-nho do exercício profissional; zelar pela saúde e pela digni-dade do paciente; resguardar o sigilo profissional; elaborar e manter atualizados os prontuários na forma das normas em vigor, incluindo os prontuários digitais; resguardar sempre a privacidade do paciente; irregular ou inidônea; entre outros.Sobre a questão do sigilo, constitui infração ética, segundo o Código de Ética, revelar, sem justa causa, fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão do exercício de sua profissão; negligenciar na orientação de seus colaboradores quanto ao sigilo profissional; e fazer referência a casos clínicos identi-ficáveis, exibir paciente, sua imagem ou qualquer outro ele-mento que o identifique, em qualquer meio de comunicação ou sob qualquer pretexto, salvo se o cirurgião-dentista estiver no exercício da docência ou em publicações científicas, nos quais, a autorização por escrito do paciente ou seu respon-sável legal, lhe permite a exibição da imagem ou prontuários com finalidade didático-acadêmicas.

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22 Abril de 2013

Reportagem

Não somente com pacientes do sexo feminino, mas com to-dos os pacientes a Equipe de Saúde bucal, a relação deve ser zelosa e disciplinada. O Código de Ética é muito claro quando estabelece que “constitui infração ética discriminar o ser humano de qualquer forma ou sob qualquer pretexto; aproveitar-se de situações decorrentes da relação profissional / paciente para obter vantagem física, emocional, financeira ou política; desrespeitar ou permitir que seja desrespeitado o paciente, membros da Equipe ou qualquer pessoa”.Do ponto de vista ético, é preciso pautar as decisões respei-tando os pacientes, os colegas de profissão e a Odontologia. A Equipe de Saúde Bucal deve saber ouvir mais do que falar, ouvir também o colega de profissão e não se precipitar em julgamentos pré-concebidos. Não se pode opor-se a prestar esclarecimentos e/ou fornecer relatórios sobre diagnósticos e terapêuticas realizados no paciente, quando solicitados por ele, por seu representante legal ou nas formas previstas em lei, mas sempre garantindo o caráter estritamente técnico.O Código de Ética aborda a relação com os pacientes e diz que constitui infração ética deixar de esclarecer adequada-mente os propósitos, riscos, custos e alternativas do tra-tamento; executar ou propor tratamento desnecessário ou para o qual não esteja capacitado. Por isso, tudo deve es-tar escrito minuciosamente, compreendido e assinado, pelo profissional, seu paciente ou responsável legal. Prof. Michael Arsenian lembrou também que os profissionais da Odonto-logia deverão manter no prontuário os dados clínicos ne-cessários para a boa condução do caso, sendo preenchido, em cada avaliação, em ordem cronológica com data, hora, nome, assinatura e número de registro do cirurgião dentista no Conselho Regional de Odontologia.Toda equipe de saúde bucal deve zelar para que se respeite a obrigatoriedade e a elaboração e a manutenção de forma legí-vel e atualizada de prontuário e a sua conservação em arquivo próprio seja de forma física ou digital.

Publicidade: aspectos éticos e legaisEsse é um dos aspectos mais importantes no que concerne a co-municação entre os profissionais de saúde e a sociedade. Apesar dos avanços e facilidades de comunicação, quando abordamos o tema saúde, não podemos tratá-lo como um produto, em que as leis de mercado permitem o seu comércio a qualquer custo. Direito à saúde é um princípio, um valor assegurado para toda a sociedade e garantido pela Constituição. O Código de Ética em vigor apresenta avanços importantes na pauta quando estabele-ce nos Artigos de 41 a 46 o que é permitido dentro desse tema, bem como o que constitui as infrações éticas. Os anúncios, a propaganda e a publicidade poderão ser feitos em qualquer meio de comunicação, desde que obedecidos os preceitos do Código, que podem ser observados na página eletrônica do Conselho Federal de Odontologia. Vale lembrar que na comunicação e divulgação é obrigatório constar o nome e o número de inscrição da pessoa física ou jurídica, bem como o nome representativo da profissão de cirurgião- dentista e também das demais profissões auxiliares regula-mentadas. No caso de pessoas jurídicas, também o nome e o número de inscrição do responsável técnico. Pela publicidade e propaganda em desacordo com as normas estabelecidas no Código respondem solidariamente os pro-prietários, responsável técnico e demais profissionais que te-nham concorrido na infração, na medida de sua culpabilidade.

“Ética é o resultado da construção dos diversos saberes, opiniões e atitudes”

Michael Bedros Arsenian

Pesquisas científicasNas Universidades e comunidade científica nada mais é apro-vado sem que haja a anuência dos Comitês de Ética. Isso re-presenta um passo importante na qualidade e aceitação de pesquisas feitas no país. Existem várias linhas científicas sendo produzidas pelas universidades no Brasil que só ob-têm ampla divulgação quando todos os cuidados éticos e de preservação são respeitados. “Há um avanço no país nesse sentido”, segundo Prof. Michael Arsenian. O Código de Ética é claro quando estabelece que constitui in-fração ética na publicação científica quando: aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu nome na coautoria de obra científica; apresentar como seu, no todo ou em parte, material didático ou obra científica de outrem, ainda que não publicada; publicar, sem autorização por escrito, elemento que identifique o paciente preservando o a sua privacidade; utilizar--se, sem referência ao autor ou sem sua autorização expressa, de dados, informações ou opiniões coletadas em partes publi-cadas ou não de sua obra; divulgar, fora do meio científico, processo de tratamento ou descoberta cujo valor ainda não es-teja expressamente reconhecido cientificamente; falsear dados estatísticos ou deturpar sua interpretação; e, publicar pesquisa em animais e seres humanos sem submetê-la à avaliação pré-via do comitê de ética e pesquisa em seres humanos e do comi-tê de ética e pesquisa em animais. Além disso, nas pesquisas científicas também podem ocorrer infrações éticas. Todo o profissional de saúde deve tomar várias precauções que evidenciarão uma conduta protocolar mais transparente, clara e organizada.

Fixação de honorários

O Artigo 19 do Código de Ética estabelece que na fixação dos honorários profissionais, serão considerados: condição so-cioeconômica do paciente e da comunidade; o conceito do profissional; o costume do lugar; a complexidade do caso; o tempo utilizado no atendimento; o caráter de permanência, temporariedade ou eventualidade do trabalho; circunstância em que tenha sido prestado o tratamento; a cooperação do paciente durante o tratamento; o custo operacional; a liber-dade para arbitrar seus honorários, sendo vedado o avilta-mento profissional. Em destaque temos que “o profissional deve arbitrar o valor da consulta e dos procedimentos odon-tológicos, respeitando as disposições deste Código e comu-nicando previamente ao paciente os custos dos honorários profissionais”. Mas, é importante também que o profissional tome conhecimento do que constitui as infrações éticas.

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24 Abril de 2013

Entrevista

Denise TiberioEspecialista em Periodontia e Odontogeriatria. Mestre em Ciências da Saúde pela UNIFESP. Doutora em Saúde Pública pela UNIFESP.

Por: Vanessa Navarro

Tratamento odontológico ao paciente com Mal de AlzheimerSegundo a Associação Internacional da Doença de Alzheimer - ADI, 35,6 milhões de pessoas convivem com a patologia em todo o mundo. No Brasil, pode-se estimar que 1,2 milhões de pacientes sofram com a doença, com cerca de 100 mil novos casos por ano.

Odonto Magazine – O que o cirurgião-dentista precisa saber sobre essa doença neurodegenerativa, progressiva e irrever-sível que acomete mais de 1,2 milhões de pessoas no Brasil? Denise Tiberio - O Brasil está vivendo uma transição epide-miológica. Há décadas éramos considerados um país jovem, agora estamos vislumbrando o envelhecimento destes jovens e nos tornando um país grisalho.O Mal de Alzheimer é uma doença que começa de mansinho. Às vezes os sinais são confundidos com as alterações próprias do envelhecimento.O Odontogeriatra possui, em sua formação, embasamento que sugere o idoso ser portador da doença, assim poderá ter abor-dagem, planejamento e os procedimentos odontológicos dire-cionados e específicos para esta patologia, já que esta doença é progressiva.

Odonto Magazine – Como o Mal Alzheimer pode interferir na saúde bucal?Denise Tiberio - Principalmente no que diz respeito à higiene bucal. No início da doença, o idoso faz a higiene sozinho, nem sempre com qualidade. À medida que a doença evolui, esta higiene se torna dificultada pela não cooperação do paciente.Há 10 anos trabalho com portadores do Mal de Alzheimer em meu consultório fixo e em ambiente domiciliar. Os portadores não são iguais, uns são agressivos, outros dóceis, uns falantes, outros ca-lados, ou seja, não existe um estereótipo de portador no que tan-ge a evolução da doença. Também não há regras, o que dificulta a elaboração de protocolos de atendimento e de prevenção.

Odonto Magazine – Como o dentista pode orientar o paciente e a família na questão da prevenção das doenças bucais? Denise Tiberio - Antes de tudo, enquanto o portador é coope-rativo, deve-se providenciar uma radiografia panorâmica para nortear os procedimentos odontológicos futuros, seja em do-micílio ou mesmo hospitalar.

Quando o portador se torna dependente e é cooperativo, é indi-cado higienizar a cavidade bucal após cada refeição. A escova precisa ter as cerdas macias e a cabeça emborrachada, para evitar traumas, principalmente na região do trígono retromo-lar. Se for possível, utilizar o fio dental.Caso o portador seja dependente, o cuidador deve se posicio-nar atrás do portador para melhor empunhar a escova dental. Se for possível usar fio dental.O enxaguatório é de grande valia. No mercado existe uma gama de enxaguatórios, porém, deve-se ter o cuidado do por-tador aspirar, assim pode ser feito um boneco pra utilizar o en-xaguatório. O colutório deve ser usado com cuidado, pois pode causar resistência bacteriana.A língua deve ser higienizada com delicadeza, pois o epitélio do idoso é mais friável. Hoje, no comércio, existem escovas para isso. O raspador de língua pode ser usado quando a língua apre-sentar saburra, o bom senso indicará qual é o melhor acessório.

Odonto Magazine – Existe algum tipo de capacitação e/ou trei-namento para o cirurgião-dentista responsável pelo tratamento bucal de pessoas portadoras da doença? Denise Tiberio - Existem cursos de especialização em Odonto-geriatria, que capacita os dentistas para abordar esta patologia e todas as patologias que incidam nesta faixa etária. Estes cursos devem preencher os critérios determinados pelo CFO e CRO.Certamente, os Conselhos Regional e Federal se preocupam com esse assunto, a ponto de aprovarem a especialização desde 2002. Ainda é uma especialidade nova. Existem poucos especialistas nos país, e estes poderão ser encontrados no site do CRO.Acho importante que os familiares, ao buscarem profissionais, busquem especialistas que, certamente, estarão capacitados para cuidar da saúde bucal do portador do Mal de Alzheimer.

Odonto Magazine – Existe um protocolo de atendimento odontológico para esses pacientes?

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25Abril de 2013

Entrevista

profissional que queira trabalhar com idoso, proporcionando qua-lidade de vida, deve se capacitar, aprender a trocar conhecimento.Aprender como os outros profissionais atuam, o que fazem, e mostrar a eles como o Odontogeriatra atua, o que é comum, normal e possível fazer.Essa troca é de extrema importância para não criar uma expecta-tiva de prognósticos que não serão atingidos.

Odonto Magazine – Como o cirurgião-dentista deve proce-der caso haja a necessidades de uma intervenção odontológica mais invasiva? Denise Tiberio - O profissional deve realizar uma avaliação nos medicamentos, tentar - em sessões curtas - obter a con-fiança do paciente. Porém, se o objetivo não é alcançado, faz-se necessária uma intervenção com sedação.É importante salientar que a sedação consciente depende da coo-peração do paciente. Muitas vezes isso não é possível com o por-tador de Mal de Alzheimer, assim, pode ser indicado internação, um day care para procedimentos invasivos, em hospital.

Odonto Magazine – Como o profissional de saúde bucal deve agir para auxiliar na qualidade de vida do paciente portador do Mal de Alzheimer?Denise Tiberio - O Odontogeriatra deve orientar os familiares para estabelecer ao portador da doença uma dieta não cario-gênica. As medicações devem ser oferecidas com sucos sem açúcar. É necessário diminuir a ingesta de refrigerantes.A família e/ou o cuidador precisa observar fatores, como a recusa de alimentos quentes, mudança nos hábitos alimen-tares, alteração do sono, que poderão ser sinais de uma possível dor de dente.O profissional de saúde bucal deve ensinar aos familiares e aos cuidadores as técnicas para proporcionar a higienização dos dentes e o manuseamento das próteses dos pacientes por-tadores da patologia.

Denise Tiberio - Posso dizer que eu tenho o meu protocolo. Como disse anteriormente, a diversidade dos portadores não permitiu que eu pensasse em protocolos.Posso falar sobre a minha pesquisa de doutorado no Centro de Estudos do Envelhecimento, na Escola Paulista de Medicina – UNIFESP. Tivemos um paciente portador de Alzheimer, diag-nosticado por geriatras renomados, conseguimos motivar e ensinar uma maneira de escovação. Isso parece inédito.Neste momento, penso que o Odontogeriatra deve acompanhar mais de perto o paciente que é portador e, à medida que a doença for evoluindo, o profissional deve ir adequando o planejamento.Tenho uma paciente portadora que não evoluiu em oito anos, ou seja, não podemos ser radicais, pois temos muito que aprender sobre esta doença. Sabemos, sim, que ela compro-mete a fala, memória, comportamento, mas em velocidade di-ferente para cada idoso, sendo que a grande maioria se torna totalmente dependente, em posição fetal, dificultando muito a abordagem, higiene e procedimento dentário. Daí, a importân-cia de uma visita mais periódica a este portador, seja em con-sultório fixo ou em ambiente domiciliar.

Odonto Magazine – Como o cirurgião-dentista pode auxiliar nas questões psicológicas apresentadas pelos pacientes com Mal de Alzheimer? Denise Tiberio - O bom senso, a espiritualidade, a segurança e o conhecimento ajudam qualquer profissional a atuar em cir-cunstâncias diversas. O dentista não está habilitado para ques-tões psicológicas, porém, a interdisciplinaridade permite que o profissional de saúde bucal perceba a necessidade de indicar um colega de outra área específica.

Odonto Magazine – Quais são os passos a serem seguidos pelo cirurgião-dentista para realizar um atendimento de qualida-de junto aos outros profissionais de saúde? Denise Tiberio - Temos que pensar em capacitação. Qualquer

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Relacionamento humano: um eterno desafio

Marina Montenegro RojasCirurgiã-dentista. Membro da Diretoria da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD Pinheiros) e da Coordenação do Projeto Odontocomunidade – CIOSP. Cirurgiã-dentista do Programa Saúde da Família da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Docente da Equipe Biológica nos Cursos para Auxiliares - APCD e ABO. Consultora em Odontopediatria do site “multiplos.com.br”.

[email protected]

Somos diferentes em nossas histórias, crenças, valores, princípios e devemos entender qualquer relação como uma constante troca de saberes, costumes, que nos ensina e agrega, causando mudanças positivas para alguns e nega-tivas para outros.No mundo moderno imediatista e competitivo, as relações po-dem se tornar vulneráveis, pois as pessoas tendem a se voltar para si mesmas, favorecendo a individualidade e dificultando o respeito e compreensão ao outro e a opinião alheia.É importante saber lidar com as diferenças e saber que não se pode mudar muitos fatos e acontecimentos, mas sim, nossa maneira de pensar e de se comportar.Expor sempre seu ponto de vista, mas não se esquecer que “nosso espaço, nossa liber-dade vai até o limite onde começa a do outro”.Como é que seremos respeitados se não nos damos o valor e muito menos respeitamos o próximo? Por que só nós esta-mos corretos? Por que só é válida a nossa opinião? Sabemos que há, por exemplo, uma hierarquia dentro de uma empresa, clínica ou consultório, e é bem comum presenciar-mos situações cotidianas de desentendimentos, pois muitas vezes convivemos mais tempo com colegas de trabalho do que com nossos próprios familiares.É fundamental separarmos a situações e ter a consciência de que uma equipe de trabalho é um time, com diversos jogado-res, cada qual em sua posição, com sua função determinada, mas que todos estão juntos por um objetivo: vencer.No nosso caso, buscamos crescimento profissional e excelên-cia no atendimento, reconhecimento profissional.Nós, dentistas, temos uma tendência a pensar em nós mes-mos, considerar nossas ideias mais importantes, mas por que não ouvir o que nossos auxiliares e nossa equipe têm a dizer?

Mais um ano que começa e nos deparamos com pesso-as extremamente otimistas, outras apreensivas com seus planos, outras estressadas com diversas situa-

ções, algumas perdidas sem objetivos claros, outras preocu-padas com vários problemas ou outras descansadas, voltan-do de férias.O ser humano é muito complexo em todos os aspectos: físi-cos, fisiológicos, emocionais, psicológicos, sociais; e nossos relacionamentos familiares, profissionais, amorosos, sociais ou qualquer outro tipo são baseados em experiências e vi-vências anteriores, boas ou ruins, em crenças e costumes, em características individuais de cada um pensar e agir, em per-sonalidades diferentes.Somos seres sociais, vivemos em grupos, em comunidades que se inter-relacionam, por isso, independentemente do nos-so jeito de ser, pensar ou agir nossa “sobrevivência” em uma sociedade depende do cumprimento das regras e normas do bom relacionamento, do respeito ao próximo, do bom senso.Aceitar opiniões opostas, posições totalmente contrárias e princípios diferentes dos nossos é muito difícil. Grandes tra-gédias, guerras ou pequenos conflitos são causados, muitas vezes, pela intolerância, pela não aceitação da oposição.Para um bom relacionamento é preciso aceitar as diferenças, saber lidar com as diversidades, comunicação clara e objetiva entre as partes. O respeito é a chave primária: perceber que o outro tem o mesmo valor, que é tão igual quanto você, que tem suas próprias histórias, opiniões e experiências de vida.Saber se comunicar é estar aberto a ouvir e compreender o outro, sem pré-julgamentos, acusações, intolerância; ter em-patia, saber se colocar no lugar de alguém é fundamental em qualquer relação.

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Espaço Equipe

Muitas vezes apresentam ideias ou soluções fantásticas que não havíamos pensado antes ou, simplesmente, ignoramos. Assim, a equipe auxiliar precisa realmente vestir a camisa, envolver-se mais, saber que é peça importante no jogo e par-ticipar mais dos planos de ação no consultório.

Alguns pontos importantes para melhorias pessoais e profissionais

» Esclareça suas dúvidas, mas repasse seus conhecimentos. » Assuma suas ideias e atitudes, inclusive as erradas.» Ajude sempre, mas procure ajuda também.» Seja humilde, paciente, coerente.» Tenha bom senso, autoconfiança, responsabilidade, pro-atividade, empatia.» Respeite o outro, seja flexível, acompanhe as mudanças. » Renove-se, recicle-se sempre. » Faça tudo com carinho e dedicação. Tenha orgulho de suas atitudes, seja exemplo para os outros.» Pense na equipe e não só em você.» Não subestime os outros, cultive bons amigos.

Com certeza parece difícil seguir todas essas condutas, mas, frequentemente, realizamos muitas delas sem perceber. Nossas relações dependem de nossas atitudes e de nosso comportamento. As portas para o sucesso se abrem ou fe-cham como consequência do que somos, de como somos. Por isso, vamos interagir sabiamente com o mundo, ensinar e aprender para crescer!

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Relacionamento

Tradição e inovação na Odontologia

A Dabi Atlante completa 67 anos de atividades e conquis-tas em 2013, e vem se consolidando no mercado odon-tológico como a empresa mais completa do segmento:

é a única que fornece uma variada linha de consultórios, peri-féricos, peças de mão, diagnóstico por imagem e implantes. A empresa proporciona o que existe de mais atual e moderno no instrumental voltado ao trabalho do cirurgião-dentista, o pro-fissional que representa a razão de ser da nossa marca.A empresa vive hoje um excelente momento de sua traje-tória em diferentes segmentos da Odontologia, como o de equipamentos e consultórios, onde construímos nossa repu-tação de qualidade e credibilidade; o segmento de diagnós-tico por imagem, através do qual nos inserimos na indústria de ponta capaz de fabricar produtos de classe mundial; e o de implantes, com a marca PROSS, em rápida expansão en-tre os implantodontistas.A nossa recente participação no CIOSP 2013, em São Paulo, o principal evento do segmento odontológico brasileiro, demos-tra que estamos no caminho certo, oferecendo aos cirurgiões-dentistas um modelo de relacionamento mais próximo e es-pontâneo, que traz em seu cerne atributos, como qualidade, compromisso com a satisfação do cliente e tecnologia de pon-ta. Este é um pensamento que buscamos colocar em prática em nosso dia a dia, sem tréguas.A Dabi se orgulha de seu passado, o que aumenta ainda mais a responsabilidade atual de nossas equipes e gestores. Al-guns exemplos confirmam esta história empreendedora: nos anos 1970, quando incorporamos a Atlante e inauguramos o nosso atual parque fabril às margens da Rodovia Anhanguera, na entrada de Ribeirão Preto (SP), lançamos o primeiro con-sultório no qual o dentista podia trabalhar sentado; nos anos 1980, trouxemos para o dia a dia do consultório o Profi, um caso de sucesso rapidamente transformado em sinônimo de equipamento de profilaxia. Novos lançamentos se sucederam a novas demandas da Odon-

Em 2013, a Dabi Atlante se consolida como a única empresa do segmento odontológico a oferecer ao cirurgião-dentista a linha completa de consultórios, periféricos, peças de mão, diagnóstico por imagem e implantes.

tologia. Dezenas de países, principalmente da América Latina, mas também dos outros continentes, passaram a comprar nos-sos produtos, e a Dabi construiu a principal rede de vendas, atendimento e assistência técnica do segmento no Brasil. Ao todo, reunimos mais de 430 técnicos e 300 vendedores na rede, treinados para trabalhar como consultores.Nosso trabalho foi recompensado pela presença que consegui-mos alcançar nas instituições de ensino da profissão no Brasil (hoje 80% das faculdades de Odontologia estão equipadas com nossos produtos) e nas clínicas odontológicas brasileiras, nas quais possuímos aproximadamente 80 mil consultórios Dabi instalados e em operação.Atualmente, com 581 colaboradores diretos, a Dabi Atlante é uma empresa genuinamente brasileira, com investimentos constantes em P&D. Temos cerca de 30 profissionais traba-lhando exclusivamente no desenvolvimento de novos produ-tos e que, constantemente, viajam pelo Brasil e exterior visi-tando clientes, fornecedores, institutos de pesquisa e feiras odontológicas.

EquipamentosA Dabi Atlante é a marca líder em consultórios odontológicos e aparelhos de profilaxia no país, mas queremos mais. Traba-lhamos para ser também a número um nas linhas de autocla-ves, fotopolimerizadores e peças de mão – alta rotação, bai-xa rotação, contra-ângulo e micro motor. Juntos, todos estes equipamentos respondem por cerca de 50% do faturamento total da empresa. O dentista que pretende montar seu primeiro consultório e o experiente profissional, que busca atualização, encontram um amplo portfólio na Dabi, além de tecnologias e materiais exclusivos. São diversas opções nas linhas de consultório Croma e Galla, que conferem maior ergonomia e produtivi-dade ao trabalho do cirurgião-dentista, entre outras caracte-rísticas e diferenciais.

Caetano Biagi Diretor Superintendente da Dabi Atlante

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Relacionamento

Tomógrafo Eagle 3D

Na categoria de equipamentos 3 em 1 (panorâmico, tele e to-mógrafo em um mesmo aparelho), o Eagle 3D apresenta al-guns diferenciais significativos. Em primeiro, a alta qualida-de de imagem e FOV de 12x7,5cm, que permite a imagem da arcada inteira em uma única tomada. Destacamos também a facilidade para o posicionamento do paciente, 24 meses de ga-rantia e uma equipe técnica e de suporte altamente qualificada e conectada ao cliente, o Eagle Team.Ainda na área de diagnóstico por imagem, a Dabi trouxe para o mercado, este ano, um novo sensor digital intraoral, o New Ida; e um software de imagem, o Atlante. Este último permite o cadastro de pacientes, dentistas e convênios, importação, cap-tação, tratamento e impressão de imagens, além de permitir ao usuário a criação de templates customizados para impressão, sem custos adicionais. Acreditamos que a área de diagnósti-co por imagem, importante pilar de crescimento, até 2015, já responda por mais de 30% do nosso faturamento, produzindo imagens cada vez mais nítidas na radiografia odontológica.

ImplantesO mercado de implantes vem crescendo a taxas de 12% ao ano e representa hoje um campo formidável dentro da Odontologia ao experimentar um grande desenvolvimento. Há alguns anos, avaliamos que a Dabi detinha um grande diferencial: mais de 30 anos de experiência em microusinagem, um conhecimento que poucas indústrias possuem, somado a uma grande exper-tise e penetração na realidade odontológica brasileira. Resolvemos, então, entrar no concorrido mercado de implan-tes e lançamos a marca PROSS, em 2010. Hoje, é representativa a aceitação do produto. Cada vez mais implantodontistas estão mudando para o PROSS. Temos uma linha bastante completa, índices de osseointegração comparados às mais tradicionais marcas do setor, trouxemos profissionais experientes para nossa equipe e dispomos de uma grande vantagem, oferecida apenas pela Dabi: usando nosso implante, o dentista consegue equipar ou atualizar toda a clínica com equipamentos Dabi por meio de promoções e programas de milhagem.

Todos os equipamentos da Dabi Atlante contam com a tec-nologia B-SAFE, inovação exclusiva da empresa. O B-SAFE é a camada protetiva bactericida e fungicida que reveste os consultórios, aparelhos de profilaxia e peças de mão, garan-tindo a biossegurança com o uso da nanotecnologia de pra-ta. Oferecido somente pela Dabi em benefício de dentistas e pacientes, torna o ambiente da clínica mais seguro e com menos infecções cruzadas.

Consultório Galla Hasteflex 2221

Nossa tradição e liderança neste segmento acabam de ganhar um reforço de peso. Lançamos, neste ano, os consultórios New Croma e New Galla, que se destacam pelo design envolvente e pela robustez. São os únicos do mercado que apresentam base com regulagem de nível construída em vigas de aço e revesti-das em integral skin, conferindo melhor acabamento e maior estabilidade ao consultório, estofamentos com visco elástico e a tecnologia B-Safe. São 39 diferentes configurações de consul-tórios, em 20 diferentes cores.

Diagnóstico por imagemOutro segmento, hoje de suma importância para a prática da Odontologia, vem permitindo à Dabi alçar voos mais distantes: a área de diagnóstico por imagem. Já nos anos 1970, de forma pioneira, demos início à produção e comercialização dos apa-relhos de Raios-X periapicais. Saltamos para os panorâmicos analógicos e, em 2009, com o lançamento da família Eagle, para os panorâmicos digitais e agora, em dezembro de 2012, lançamos o tomógrafo Eagle 3D. A Dabi é a única empresa em todo o hemisfério sul a deter esta tecnologia e a fabricar es-tes equipamentos, com a mesma qualidade dos melhores do mundo, motivo de considerável orgulho junto à comunidade odontológica brasileira. Com a família Eagle, a Dabi se tornou líder de vendas em panorâmicos nos últimos dois anos. O projeto do Eagle, desenvolvido com recursos da FINEP, contou em sua concepção com a participação de engenheiros, técnicos e institutos do Brasil e da Finlândia. Possui quatro diferentes mo-delos: filme, digital, digital mais tele e o 3D. Através da parceria com a empresa PANCORP (Panoramic Corporation), a Dabi já ex-portou ao mercado americano centenas de unidades do Eagle. É um caso raro de equipamento brasileiro com tecnologia de ponta agregada vendido em mercados exigentes, como Estados Unidos e Europa, principalmente na área de saúde.

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Relacionamento

Neste mês comemoramos 140 mil implantes vendidos. Este nú-mero comprova o sucesso do PROSS e que estamos crescendo muito rápido neste segmento, que deve representar cerca de 20% da receita da Dabi até 2015. Cada vez mais, cursos de implantes estão adotando nossa linha e temos profissionais renomados nos apoiando cientificamente, liderados pelo Dr. Wellington Bonache-la. E nossas pesquisas e inovações continuam: em 2013, lançamos o implante Cone Morse Indexado e o Hexágono Externo Cônico, além de ampliarmos os componentes protéticos.A empresa iniciou, em 2012, um forte trabalho de relaciona-mento com a comunidade odontológica, investindo na promo-ção de dezenas de encontros por todo o Brasil batizados de Ciclos ou Coquetéis de Implantodontia PROSS, nos quais es-pecialistas e implantodontistas discutem avanços e tendências do segmento. Centenas de cirurgiões-dentistas prestigiaram e continuam conferindo estes eventos de difusão do conheci-mento e dos diferenciais do PROSS.Oferecemos ainda os atrativos do ELLO, armário instalado no consultório do profissional e equipado com sistema de radio-frequência. Exclusiva e patenteada, esta solução logística envia uma mensagem para a Dabi indicando a retirada da peça pelo implantodontista, trazendo, assim, mais facilidade e rapidez no processo de reposição de peças de implantes por consignação.

D700O segmento de preços competitivos no mercado odontológico cresceu nos últimos anos com o desafio de proporcionar o me-lhor equilíbrio entre o investimento e retorno ou entre custo e be-nefício. Assim, em 2007, a Dabi Atlante apresentou ao mercado a marca D700, focada no mercado de baixo custo. Os equipamen-tos – consultórios, peças de mão e periféricos são produzidos na fábrica da Dabi, em Ribeirão Preto, e conquistaram, em poucos anos, considerável participação no Brasil e nas exportações. Com projetos inteligentes e funcionais, os produtos D700 ofere-cem qualidade a preços competitivos para parte do segmento odontológico. Cirurgiões-dentistas recém-formados, estudantes, planos de saúde, clínicas nas quais o mesmo equipamento é uti-lizado por diferentes profissionais e licitações públicas nos âmbi-tos de governos municipais, estaduais e federal representam os mercados de maior penetração da marca. Em 2013, a D700 lançou

Atualmente, com 581 colaboradores diretos, a Dabi Atlante é uma empresa genuinamente brasileira, com investimentos constantes em P&D

no CIOSP a alta rotação (turbina), baixa rotação, contra-ângulo e peça-reta nas cores rosa e azul, além do sensor intraoral.

De olho no futuroEsta é a Dabi Atlante, uma empresa 100% nacional, mais do que nunca comprometida com os anseios do cirurgião-dentista e com a prática da Odontologia moderna, no Brasil, na América Latina e em todo o planeta. Estamos crescendo de forma sustentável, trabalhando e inovando hoje para antecipar as novidades no con-sultório de amanhã. Nossas marcas carregam tradição, inovação e compromisso com nossos clientes, atributos que continuarão a fazer parte de nossa jornada nas próximas décadas.

Implante Pross Cone Morse Indexado

Peças de Mão de Alta Rotação D700

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Cirurgião-dentista e a Quiropraxia

Fabio Corsini Motta Doutor em Quiropraxia. Quiropraxista no Instituto Paulista de Quiropraxia - IPQ. “Quiropraxia Clínica – Escolha Quiropraxia e Viva bem”.

http://quiropraxiaclinica.wordpress.com

Cirurgiões-dentistas são susceptíveis ao desenvolvimento de problemas de saúde. Hábitos desfavoráveis durante o trabalho, tarefas repetitivas e posturas desconfortáveis

podem contribuir para lesões musculoesqueléticas (LME), es-tresse e perda de produtividade1.A Odontologia se destaca por ser uma das três profissões mais procuradas da área da saúde mundialmente, essa grande de-manda impõe ao seu praticante uma série de fatores predis-ponentes a alterações sociopsicofisiológicas, organizacionais e ergonômicas em seu trabalho2.Alguns estudos apontam que a região lombar é uma das mais atingidas nestes profissionais. Isso se deve ao fato de os dis-cos intervertebrais da região lombar dos dentistas serem viti-mados por excesso de carga compressiva e rotatória agregado aos componentes ergonômicos próprios dessa prática clínica3.Um estudo feito na Polônia na década de 1980 verificou que mais de 92% dos dentistas pesquisados experimentaram lesões mus-culoesqueléticas, especialmente no pescoço (47%) e parte infe-rior das costas (35%). Mais de 29% dos dentistas experimentaram problemas com os dedos, com 23% do quadril, enquanto 20% apresentaram problemas na parte média das costas, e também nos ombros (20%). Dor nos pulsos foi relatada por 18,3%, e dores nos joelhos, pés ou cotovelos por 15-16% dos entrevistados1.A Quiropraxia é uma profissão na área da saúde que lida com o diagnóstico, o tratamento e a prevenção das desordens do sistema neuromusculoesquelético e dos efeitos destas desor-dens na saúde em geral. Há uma ênfase em técnicas manuais, incluindo o ajuste e/ou manipulação articular, com um enfoque particular nas subluxações. O exercício da Quiropraxia enfatiza o tratamento conservador do sistema neuromusculoesqueléti-co, sem o uso de medicamentos e procedimentos cirúrgicos4.Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Complexo de Su-bluxação Vertebral (CSV) se refere a um modelo descritivo de uma disfunção motora segmentar, o qual incorpora a interação de alterações patológicas em tecidos nervosos, musculares, li-gamentosos, vasculares e conectivos5.Os sintomas de perturbações musculoesqueléticas aumenta-ram com o número de anos de prática1.A Quiropraxia, por meio da anamnese, que consiste em: coleta da

história, perguntas e respostas, avaliação física, avaliação postu-ral, leitura de exame de imagem (caso tenha ou precise), palpação muscular, testes ortopédicos e neurológicos, palpação articular, fechamento do quadro clínico, ajuste e/ou manipulação articular do quiropraxista, orientações de atividades, entre outros, trata de diversas alterações, sendo algumas:

» Dor nas costas.» Dor no pescoço.» Dor de cabeça.» Dor nos ombros.» Cefaleia tensional.» Tensão e estresse.» Hérnia de Disco.» Ciatalgia (ciático).» Adormecimentos no braço e/ou perna.» Escoliose.» Quadril, joelho e tornozelo.» Ombro, cotovelo e punho.» Contraturas musculares.» Artrite e Artrose.» Problemas de postura, alteração postural.» Tonturas.» Síndrome do túnel do carpo.» Tendinites e Bursites.» LER / DORT.» Fibromialgia.» Entre outras.

Removendo-se a subluxação articular e devolvendo o bom fun-cionamento e uma congruência ideal para articulação, há um alívio dos sintomas e remissão da dor.A manipulação quiroprática na coluna vertebral é eficaz no tratamento da lombalgia do tipo mecânica e inflamatória em

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Ponto de Vista

cirurgiões-dentistas, em curto espaço de tempo e com poucas intervenções, conseguindo bons resultados na redução dos sintomas álgicos nessa classe de profissionais6.

Referências1. Work-related musculoskeletal disorders among dentists - a questionnaire survey; http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pub-med/21736272.

2. Loges, Klaus; AMARAL, Fernando G. Fatores de risco associa-dos à saúde dos dentistas – Uma abordagem epidemiológica . Revista Produção Online, Florianopolis, v. 5, n. 4, 8p. Ano: 2005.

3. Genovese, Walter J.; Lopes, Attilio. Doenças Profissionais do Cirurgião-Dentista. São Paulo: Pancast Editorial, 1991.

4. Organização Mundial da Saúde. Diretrizes Da Oms para a Educação e Segurança em Quiropraxia/ Organização Mundial de Saúde. Novo Hamburgo: Editora Feevale, 2005.

5. Alexopoulos, Evangelos C; Stathi, Ioanna-Christina; Chariza-ni, Fotini. Prevalence of musculoskeletal disorders in dentists. BMC Musculoskelet Disord. 2004.

6. Eficácia da Terapia de Manipulação Articular Quiroprática em Cirurgiões-Dentistas Portadores de Lombalgia Mecânica / Julia Massako Fukushima Tsuchida, Rubens Massaki Watanabe. – 2010.

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Coluna - Odontopediatria

Bactérias cromogênicas

É comum a observação clínica de crianças portadoras de manchas extrínsecas negras, principalmente durante a dentição decídua e mista.

Apesar da queixa principal ser o desconforto estético que essas manchas causam, o que chama a atenção dos profis-sionais mais atentos é o fato de que as crianças portadoras dessas pigmentações negras apresentam baixa prevalên-cia de cárie dentária e pouco ou nenhum acúmulo de placa bacteriana. As manchas são depósitos causados por agentes extrínsecos que se acumulam nos defeitos do esmalte ou aderem a ele sem alterar sua superfície. Estes agentes podem ser resídu-os alimentares, substâncias medicamentosas e bactérias¹. Podem apresentar a coloração preta, marrom, verde, laran-ja e amarela. Alguns autores demonstraram que a presença destas manchas, principalmente as de coloração negra, está associada à baixa prevalência de cárie, quando comparada com crianças que não apresentam manchas ou apresentam manchas de outras colorações1-5.Embora pareça ser consenso entre os autores que as man-chas negras estão entre as menos prevalentes, é justamente sua associação à baixa prevalência de cárie que tem atraído à atenção de alguns pesquisadores e profissionais clínicos mais atentos, porém, ainda é um assunto pouco encontrado na literatura.As manchas negras aparecem na cervical do esmalte dental, tanto na face lingual como na vestibular, seguindo o con-torno da gengiva, caracterizando uma linha formada pela

Sandra Kalil BussadoriEspecialista em Odontopediatria. Mestre em Materiais Dentários. Doutora em Odontopediatria. Pós-Doutora em Ciências. Professora dos Cursos de Mestrado e Doutorado em Ciências da Reabilitação da UNINOVE. Professora da UNIMES. Professora Coordenadora dos cursos de especialização em Odontopediatria da Associação Paulista dos Cirurgiões-Dentistas (APCD) Central e da Associação Brasileira dos Cirurgiões-Dentistas (ABCD), em São Paulo.

Amanda Caroline PortoGraduada em Odontologia e Especialista em Odontopediatria.

coalescência de máculas negras a amarronzadas, de claro a escuro, de 0,5 a 1 mm de espessura, ocorrendo em maior di-âmetro em locais de menor função mastigatórias e muscular, são de difícil remoção e recidivantes1,6. Podem estar presen-tes em qualquer idade, tanto em dentição decídua como em dentição permanente7.Mesmo essas informações sendo de grande importância den-tro do contexto de promoção de saúde, o assunto ainda é pouco abordado, principalmente na área de Odontopediatria, onde o tema deveria ser aprofundado, já que a maior preva-lência e particularidades dessas manchas ocorrem em crian-ças em fase de dentição decídua.Até o momento, não há nenhuma explicação adequada de como alguns indivíduos adquirem as manchas negras, enquan-to isso não ocorre na maioria das pessoas. Encontra-se na lite-ratura uma hipótese razoável para este fato, que pode ser ex-plicada pelo nível de diferença na microflora da placa, devido à presença de bactérias cromogênicas com ênfase à Prevotella Melaninogênica8. Os depósitos da mancha escura diferem da placa bacteriana, tendo a presença de uma maior variabilidade na composição bacteriana e de um maior conteúdo de cálcio e fósforo, que além de causar uma mineralização da matriz inter-microbiana, poderia reduzir a dissolução do esmalte no proces-so DES-RE e aumentar a capacidade tampão, o que acarretaria um pH mais estável que o da placa cariogênica, podendo ser esta, talvez, a causa do pouco aparecimento de lesões de cárie nestes indivíduos com manchas negras9-11.Apesar de alguns autores sugerirem que a origem do pigmen-

Carolina Carvalho Bortoletto, Especialista em Odontopediatria. Mestre em Ciências da Reabilitação e Doutoranda em Ciências da Reabilitação. Colaboradora nos Cursos de especialização em Odontopediatria da Associação Paulista dos Cirurgiões-Dentistas (APCD) e da Associação Brasileira dos Cirurgiões-Dentistas, EAP Humaitá (ABCD).

Carolina Cardoso GuedesEspecialista em Odontopediatria. Mestre em Ciências. Professora da Sociedade Civil de Educação Braz Cubas (UBC-Universidade Braz Cubas) e dos Cursos de Especialização em Odontopediatria da Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas (ABCD- EAP) e Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD-Central).

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to é bacteriana, ainda são necessários estudos para compro-var sua etiologia.Quanto à remoção da mancha negra, os autores são unâni-mes ao fato de que elas devem ser removidas, já que qual-quer material pigmentado pode ser irritante à margem gengi-val livre ou à superfície dentária. Segundo relatos, algumas espécies de bactérias, entre elas a Prevotella Melaninogênica, produzem endotoxinas que podem lesar os tecidos gengivais, e esta espécie é potencialmente prejudicial à saúde oral pela sua atividade colagenolítica8. A causa do pigmento escuro ainda não foi descoberta. Há sugestões que responsabilizam desde Actinomyces até espé-cies de fungos. É importante a remoção destas manchas, pois qualquer material pigmentado pode ser irritante à margem gengival ou à superfície dentária, além de que se a estética do paciente estiver comprometida pode causar danos psico-lógicos e sociais. A remoção pode ser realizada por meio da raspagem dental e a profilaxia com pastas abrasivas ou jato de bicarbonato de sódio. Para diminuir a recorrência destas manchas, a orientação quanto aos cuidados com a higieniza-ção é de extrema importância.

Referências1. Mc Donald RE, Avery DR. Odontopediatria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995. p 338-339.

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5. Finn, S. Clinical Pedodontics. Philadelphia: Saunders,1973, p. 301-302.

6. Glikman A, Carranza FA. Periodontia Clínica. Rio de Janei-ro: Guanabara Koogan, 1992. p. 300-301.

7. Shourie KL. Mesenteric line or pigmented plaque: A sign of comparative freedon from caries. J Am Dent Assoc.1947, 35: 805-807.

8. Coury E, Bandeira SMM. Manchas Dentárias extrínsecas pre-tas – revisão de literatura. Revista Robrac 1998, 7(24): 26-27.

9. Slots J. The microflora of black stain on human primary tee-th. Scand J Dent Res 1970, 82(7): 484-490.

10. Bibby G. A study of a pigmented dental plaque, J Dent Res 1931, 11: 855-872.

11. Theilade J, Slots J, Fejerskov O. The ultrastructure of black stain on human primary teeth. Scand. J Dent Res.1973, 81: 528-532.

Coluna - Odontopediatria

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36 Abril de 2013

Coluna - Mínima Intervenção

Odontologia baseada em mínima intervenção: tratamento restaurador atraumático

Mínima intervenção (MI) é uma filosofia de cuidado profissional baseada na detecção precoce da doença cárie e na possibilidade de tratamento em níveis mi-

cromoleculares, com a chance de reparo da sequela da doença de forma menos invasiva. O significado de MI está no respeito sistemático pelo tecido original do dente e, com isso, objetiva delegar ao paciente (através da educação: informação, treina-mento e motivação) a responsabilidade sobre sua própria saú-de bucal, para que este requeira o mínimo de intervenção do cirurgião-dentista.Esta filosofia baseia-se em uma grande variedade de inovações tecnológicas e de métodos de tratamento que se incorporam a uma cultura humanista. Deste modo, deparamo-nos com a prevenção, o tratamento e o controle das doenças bucais mais prevalentes, atuando no modelo de promoção de saúde, que propõe práticas odontológicas inovadoras com fundamentos básicos centrados na compreensão do fenômeno saúde-doen-ça como elemento dinâmico, onde interações de natureza bio-lógica e social são determinantes neste processo. O Tratamento Restaurador Atraumático (ART) está dentro dos princípios de Mínima Intervenção (MI).O tratamento restaurador atraumático (ART) foi desenvolvi-do por Frencken e Holmgren em meados dos anos 1980, den-tro de um programa de atenção à saúde bucal, implantado na Tanzânia. Esse tratamento consiste, basicamente, em um programa de base educativo-preventiva seguido de uma eta-pa restauradora, que compreende a remoção de uma dentina amolecida infectada com auxilio de instrumentos cortantes

Julio Cesar BassiDoutorando em Odontopediatria. Mestre e Especialista em Odontopediatria. Professor Assistente da Disciplina de Odontopediatria da Universidade Santa Cecília (Unisanta). Coordenador da Clínica de Bebês da Universidade Santa Cecília (Unisanta). Professor Assistente das Disciplinas de Cariologia e Saúde Coletiva da Universidade Santa Cecília (Unisanta). Coordenador do Curso de Especialização em Odontopediatria da Associação dos Cirurgiões-Dentistas da Baixada Santista (Acdbs). Professor Assistente do Curso de Especialização em Odontopediatria da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD Central). Professor dos Cursos de Capacitação de Auxiliar em Saúde Bucal da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD) e da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). Membro Diretor da Associação Paulista de Odontopediatria (APO).

manuais (curetas), seguida de restauração com cimento de ionômero de vidro (CIV).O termo atraumático refere-se à técnica restauradora empre-gada em lesões dentinárias, que dispensa o uso de anestesia, isolamento absoluto e instrumentos rotatórios. Apenas instru-mentos manuais são utilizados para a remoção da maior parte do tecido alterado (amolecido, desmineralizado e irreversivel-mente lesado) pela doença cárie. É uma abordagem de mínima intervenção que procura preservar o máximo de estrutura den-tária e emprega materiais adesivos nas restaurações, rotineia-mente os cimentos ionoméricos.As propriedades anticariogênicas do CIV, devido à liberação de flúor e o bom vedamento marginal, aliados à educação em saúde bucal, reduzem a probabilidade da progressão da lesão de cárie. Desde 1994, o ART é preconizado e adotado pela Organiza-ção Mundial de Saúde (OMS) para o tratamento da doença cárie dentária em comunidades menos favorecidas que, até então, não recebiam atendimento odontológico, ou este era representado apenas por exodontias, tendo caráter extrema-mente mutilador.

Frencken e Homgren enumeraram as vantagens da utilização do ART:» Uso de instrumentos relativamente baratos e facilmente adquiridos.» A abordagem resulta em cavidades relativamente pequenas.» Conservação das estruturas dentárias remanescentes.» Limitação da dor, minimizando a necessidade de anestesia.

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» Não há necessidade de cortar tecido sadio para retenção do material restaurador.» Liberação de fluoretos pelo cimento de ionômero de vidro.» Baixo custo.

A maior vantagem é, seguramente, o fato de essa técnica po-der alcançar pessoas que jamais receberiam qualquer outro tipo de atenção odontológica.No Brasil, país em que mais de 80% da população não pode frequentar consultórios particulares, a técnica torna-se uma al-ternativa viável dentro da promoção da saúde, por ter um custo financeiro muito baixo quando comparada a qualquer técnica restauradora convencional. Além disso, enquadra-se, perfeita-mente, no conceito atual do tratamento odontológico, que se baseia na prevenção e interceptação precoce do processo de cárie através do uso do fluoreto nas suas diferentes formas, e, quando necessário, em uma intervenção o mais conservadora possível, preservando mais estrutura dentária sadia.O ART, por vezes, é confundido com adequação do meio bucal, porém, são duas técnicas distintas e, por isso, faz-se necessá-ria uma breve comparação entre ambas. Enquanto que o ART é um tratamento restaurador definitivo, a adequação do meio bucal pode ser definida como um conjunto de medidas que leva ao controle da doença cárie. A adequação do meio bucal é, portanto, uma fase intermediária entre o estado da cavidade bucal (como se apresenta no ato da consulta) e o estado final de controle da doença cárie. É uma fase de preparo da cavida-de bucal para receber o tratamento definitivo.Durante o ART o potencial de dor e desconforto na limpeza da

cavidade é reduzido ao mínimo e a necessidade de anestesia é geralmente eliminada. O procedimento evita o medo em crianças ou até mesmo adultos que nunca se submeteram a um tratamen-to odontológico. Estudos têm mostrado a sua importância para a adaptação comportamental. Por dispensar o uso de anestesia e instrumentos rotatórios, a técnica do ART aumenta a possibilida-de de mais cooperação obtida pelo paciente, reduzindo o tempo operatório, evitando as fobias relacionadas a punções, ruídos e vibrações e, consequentemente, gerando menos ansiedade.

Referências1. Raggio DP, Imparato JCP, Politano GT, Echeverria SR, Uemu-ra ST, Ferreira SEM. Tratamento restaurador atraumático. RGO 2004; 52(5): 355-58.

2. Frencken JE, Holmgren CJ. Tratamento restaurador atraumá-tico para a cárie dentária. São Paulo: Santos, 2001. 106 p.

3. Baía K, Salgueiro M. Promoção de saúde bucal através de um programa educativo-preventivo-curativo utilizando a Técnica Restauradora Atraumática (ART). Rev ABO Nac 2000; 8(2): 98-107.

4. Monico M, Tostes M. Tratamento Restaurador Simplificado para atendimento infantil (ART). J Bras Odontoped e Odontol Bebê 1998; 1(4): 9-16.

5. Ericson, D. The concept of minimally invasive dentistry. Dent. Update. ,2007; 34(1):9-10,12-14,17-18.

Coluna - Mínima Intervenção

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38 Abril de 2013

Coluna - Gestão

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39Abril de 2013

Coluna - Gestão

Você tem funcionários ou colaboradores?

Se você deseja realmente crescer como equipe de alta performance precisa, antes de tudo, mudar sua postura e tratar as pessoas da equipe como colaboradores e não

como meros funcionários. Analisemos abaixo o conjunto de diferenças entre ambas as formas de tratar os integrantes da sua equipe.O paradigma ou metáfora que predomina quando usamos o ter-mo “funcionário” é o da máquina. Estamos subconscientemente comparando-o ou sugerindo que o integrante da equipe é uma peça ou recurso inanimado, algo que funciona, como não se tra-tasse de um ser ou organismo vivo, como fica claro quando usa-mos o termo “colaborador”. A palavra “funcionário” sugere que o integrante da equipe apenas “funciona” e não que é alguém que coopera ou colabora com a clínica ou empresa de saúde, como sugere o termo colaborador. Os verbos principais associados ao enfoque do integrante da equipe como um funcionário são os de funcionar e servir, entre outros. Enquanto isso, os verbos associados ao termo “colabora-dor” são colaborar, cooperar, apoiar, contribuir. Como demonstram as próprias palavras, estamos falando de verbos que indicam uma postura mais presente e proativa do in-tegrante da equipe. Trata-se de uma perspectiva que atribuiu hu-manidade e integridade aos integrantes da equipe, e não que os qualifica como um recurso ou objeto de uso. Assim, um colaborador agrega sua inteligência e sua criatividade para a equipe, enquanto que um funcionário agrega apenas sua força de trabalho. E, como se vê, a própria denominação limita o aporte do indivíduo, adotando uma conotação mais braçal.O objetivo do grupo de funcionários é o de cumprir com o soli-citado pelo chefe, ou seja, finalizar a tarefa. O objetivo da equipe de colaboradores é o de vencer um desafio, fazer com qualidade, criar novas oportunidades. Daremos um caso típico para ilustrar essa diferença: um funcionário sendo solicitado citar para consulta 15 pacientes antigos e considerando que ele não teria consegui-do falar com nenhum deles, depois de finalizadas as 15 ligações (mesmo sem ter conseguido falar com ninguém), iria se sentar e esperar que o líder passasse para ele novas tarefas. E quando o chefe lhe perguntasse o que fora feito, ele certamente responderia: “já cumpri com o solicitado, já liguei para todos”. Por sua vez, o co-

Felipe Chibás OrtizDiretor da Consultoria Perfectu. Psicólogo. Mestre e Doutor pela USP em temas de Gestão e Comunicação Organizacional. Especialista em Marketing Direto pela Universidade Alcalá de Henares, Espanha. Autor de 11 livros publicados em vários países.

Claudia Firmino de FreitasDiretora da Perfectu. Odontóloga. Especialista em Ortodontia e em Atendimento e Fidelização ao Cliente pela Universidade Politécnica de Madrid, Espanha.

laborador procederia da seguinte maneira na mesma situação: não conseguindo contatar nenhum dos 15 pacientes da primeira vez, certamente continuaria tentando e, depois de obter êxito nesses contatos, continuaria fazendo outras tarefas. E, quando o líder lhe perguntasse se conseguira marcar esses pacientes, ele informaria com quantos conseguira falar e com quantos conseguira marcar a nova consulta, que era o verdadeiro propósito da ligação.Entre o funcionário e o líder existe uma enorme distância social. Quase sempre, quem decide e pensa é o líder, enquanto que o funcionário “funciona”, cumpre com o solicitado, faz a tarefa orientada. Mas no caso do colaborador, a distância entre ele o lí-der é menor, pois ele também aporta ideias, iniciativas e soluções. A perspectiva de um funcionário é a de que seu salário seja in-crementado pelo chefe, independentemente de seu rendimento e do crescimento da organização. A perspectiva do colaborador é a de crescer em todos os aspectos (financeiro, de conhecimentos, informação e etc.) junto com a equipe, com a organização. Ele percebe que esse crescimento também depende de seu esforço.Finalmente, o necessário processo de aprendizado e ensino que é realizado em toda organização ou clínica é concebido a partir de treinamentos, no caso de funcionários. Porém, quando enxerga-mos o integrante da equipe como um colaborador, pensamos em um plano de carreira para ele, pensamos em desenvolvimento de suas competências e habilidades, pensamos em seu crescimento como ser humano íntegro: é uma concepção macro e não micro de seu progresso; é o seu todo e não apenas o treinamento de suas habilidades isoladas.Em resumo, pensar os integrantes das equipes como colabora-dores implica em ter um olhar mais humano e respeitoso de cada um, considerando suas diferenças e semelhanças, enquanto que o enfoque de funcionário implica em se aproveitar dele como de um recurso qualquer. É importante definir os termos a utilizar no dia a dia, porque as palavras carregam seu significado e são portadoras de uma forma de pensar. Há formas de pensar que potencializam a equipe e outras que a limitam. E o mais importante: estes olha-res, posturas e diversas formas de enxergar sobre os integran-tes das equipes determinam também as diferenças em nosso comportamento e ação.

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40 Abril de 2013

Caso Clínico

Controle da DTM em Odontopediatria

José C.P. ImparatoCoordenador de Especialização em Odontopediatria-mensal ffo-fundecto/fousp.

Adriana Lira OrtegaProfessora do Curso de Especialização em Odontopediatria-mensal ffo-fundecto/fousp.

Sintomas de dor e sinais clínicos de Disfunção Tempo-romandibular (DTM) não são tão raros entre crianças e adolescentes. Estudos epidemiológicos apontam au-

mento da frequência destes1. DTM é um termo empregado para designar alterações da normalidade, que inclui a funcio-nalidade da articulação temporomandibular, dos músculos da mastigação e das estruturas associadas. Essas alterações afetam o sistema estomatognático como um todo e se mani-festam por meio de sinais e sintomas, representados por dor, som articular e desvio na função mandibular, que limitam ou incapacitam as atividades fisiológicas do paciente1.Apesar de a DTM não apresentar etiologia definida, acredita--se que fatores funcionais, estruturais e psicológicos estejam reunidos, conferindo multifatoriedade à origem dessa condi-ção clínica. O importante é saber que esses fatores podem estar presentes na infância, o que torna aconselhável que a avaliação de sinais e sintomas da disfunção da ATM em crian-ças seja adotada como rotina durante o exame minucioso fí-sico e clínico Odontopediatrico. Deve-se avaliar a frequência de sinais e sintomas da disfunção por meio da anamnese com questionários com perguntas que sejam relacionadas com a DTM. Ainda é necessário a investigação de hábitos orais pa-rafuncionais, percepção de limitações de movimentos mandi-bulares, dor e cansaço muscular durante a mastigação, dores de cabeça, nuca e pescoço, dores de ouvido ou na região das articulações, presença ou não de ruídos nas ATM2.No exame físico extraoral, o odontopediatra precisa de ex-pertise no momento da palpação muscular do temporal, masseter e da ATM, pois é de difícil execução, devido à idade precoce dos pacientes, o que pode levar a uma er-rônea interpretação de seu significado subjetivo e de per-cepção da dor3. No exame clínico intrabucal, pode-se ava-liar a abertura da boca, considerando um valor menor de 35 mm um indício de limitação em uma criança, desvios

no movimento de abertura da boca, dor nos movimentos mandibulares, ruídos articulares1. Algumas escalas especí-ficas podem usadas como metodologia para avaliar a dor em crianças, como as escalas métricas Faces Scale-Revised (FPS-R), onde o paciente apresenta um autorrelato baseado em escores de 0 a 10. Escrever ou desenhar para expressar a dor também são recursos válidos, respeitando o desen-volvimento cognitivo da criança3.O objetivo deste trabalho é apresentar um caso de manejo de DTM em uma criança de sete anos de idade, gênero femi-nino que compareceu na Clinica de Especialização em Odon-topediatria da fundecto, queixando-se de dor de cabeça ao acordar, quase diariamente, e que se prolongava durante o dia todo, há alguns meses. Na anamnese a mãe relatou que a criança tem boa saúde geral, no entanto, encontra-se em acompanhamento com geneticista para investigação de diag-nóstico da síndrome de Ehlers Danlos. Em relação aos hábitos orais parafuncionais, a criança apresentava bruxismo do sono e mordia o lábio inferior frequentemente. A cuidadora descre-veu o perfil psicológico da criança como ansiosa, estressada, tímida e introvertida. Na escola ela se mostra como uma me-nina quieta, o que foi constatado durante a entrevista com as dentistas. No exame físico foi constatada presença de denti-ção mista, oclusão classe I de canino. A criança apresentou dor na palpação na região parotídea massetérica e temporal, sem referir dor no polo lateral das articulações temporoman-dibulares. Foi percebida ausência de desvio e limitação do movimento mandibular, bem como ausência de som durante os movimentos de abertura e fechamento. O planejamento do tratamento constou da orientação do abandono do hábito de morder o lábio e a instalação e ajuste oclusal da placa de bruxismo. A placa tem como vantagem não interferir no processo de crescimento das arcadas dentá-rias infantis ou alterar as suas características físicas, além de

Monica Liliana CárdenasAluna do Curso de Especialização em Odontopediatria-mensal ffo-fundecto/fousp.

Rafaelli CezarAluna do Curso de Especialização em Odontopediatria-mensal ffo-fundecto/fousp.

Caso clínico realizado durante o curso de especialização em Odontopediatria - mensal, que acontece na ffo-fundecto, instituição conveniada à Faculdade de Odontologia da USP. (www.fundecto.org.br)

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Caso Clínico

ser um tratamento reversível, de boa aceitação pelas crianças e eficaz, com vistas a evitar desgaste dentário e diminuição da dor muscular. Após uma semana de uso da placa, a criança já relatou melhoras do quadro álgico. No terceiro mês de acom-panhamento foram realizados alívios no acrílico para irrupção adequada dos dentes 11, 21. A paciente segue em acompa-nhamento e desgastes no interior da placa ou mesmo a troca serão feitos quando necessários.Finalmente, em relação à abordagem de DTM em crianças, devemos ter atenção no paciente que apresente predisposi-ção para o desenvolvimento do quadro. O controle dos fato-res causadores conhecidos deverá ser tentado, com vistas à promoção de saúde. Além disso, tendo em vista o caráter etiológico biopsicossocial destas disfunções, é importante encaminhar ao paciente pediátrico, se for necessário, para avaliação e discussão multidisciplinar4.

Referências 1. Vierola A, Suominen AL, Ikavalko T, et al. Clinical signs of temporomandibular disorders and various pain conditions among children 6 to 8 years of age: the PANIC study. J Orofac Pain. 2012;26(1):17-25.

2. Toscano P, Defabianis P. Clinical evaluation of temporo-mandibular disorders in children and adolescents: a review of the literature. Eur J Paediatr Dent. 2009;10(4):188-92.

3. Tomlinson D, von Baeyer CL, Stinson JN, Sung L. A syste-matic review of faces scales for the self-report of pain intensi-ty in children. Pediatrics. 2010;126(5):e1168-98.

4. Liljeström M-R, Le Bell Y, Anttila P et al. Headache children with temporomandibular disorders have several types of pain and other symptoms. Cephalalgia 2005; 25:1054–1060.

Figura 1Instalação da placa.

Figura 2Placa.

Figura 3Alívio no acrílico para irrupção adequada dos dentes 11 e 21.

Sintomas de dor e sinais clínicos de DTM não são tão raros entre crianças e adolescentes

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Caso Clínico

Recursos auxiliares no planejamento cirúrgico-protético da Implantodontia moderna

Mario Harumitsu OtaCirurgião-dentista. Aluno do curso de especialização de Implantodontia – CETAO. [email protected]

Ana Cláudia CarboneCirurgião-dentista. Aluno do curso de especialização de Implantodontia – CETAO.

Nas reabilitações orais com implantes é muito frequen-te depararmos com reabsorções do rebordo que, de-pendendo do tipo e grau de severidade, levam a dife-

rentes abordagens, tanto cirúrgica quanto protética. No processo de diagnóstico, deve-se proceder a avaliação clínica e radiográfica da área edêntula, assim como a dos re-manescentes dentários. Fatores periodontais, oclusais, endo-dônticos, ortodônticos e ósseos, entre outros, poderão limitar e direcionar as opções de tratamento1.Para avaliar as mudanças relativas à reabsorção óssea é ne-cessário estimar a distância entre a linha óssea e a posição ideal das coroas clínicas. Para a reabilitação com uma pró-tese fixa, a coroa clínica deve terminar no nível do tecido mole do rebordo alveolar. Nessa situação, deve ter ocorrido somente uma reabsorção mínima do tecido ósseo alveolar e deve-se ter uma ótima relação entre o lábio e os dentes. Quando, por outro lado, existe uma grande distância verti-cal entre a posição dos dentes artificiais e a linha do tecido mole, uma reabsorção óssea moderada ou severa da maxila deve ter ocorrido. Fazer uma prótese total fixa nessa situa-ção pode resultar em dentes com excessivo comprimento e inclinação vestibular com espaços interproximais grandes ou pilares intermediários visíveis. Como o suporte labial não pode ser estabelecido adequadamente, a fala pode ficar pre-judicada e a estética também. Mesmo com o uso de porcela-na rosa para esconder a distância vertical, ela pode não ser suficiente para dar suporte labial, que deve ser dado pela parte vestibular de uma prótese removível. É consenso que a maioria dos pacientes prefere a reabilitação com prótese fixa ou quer deixar de usar suas próteses removíveis. Portanto, é importante avaliar previamente a possibilidade de corres-ponder à expectativa dos pacientes2.Considerando que o processo alveolar é um tecido depen-dente da presença dentária, a perda de dentes resulta em mudanças tanto horizontais como verticais das dimensões de tecidos duros e moles. Os três principais métodos de

medição das alterações dimensionais dos tecidos duros e moles do rebordo alveolar utilizados são: sondagem clíni-co-cirúrgica, medições por imaginologia; e medições em modelos de estudo3.Estudos mostram que a taxa de reabsorção óssea por vesti-bular pode chegar a 56%, enquanto que a reabsorção óssea lingual pode atingir 30% em áreas de implantes com superfí-cies tratadas, colocados imediatamente após extrações. Não se observaram, entretanto, áreas de superfícies dos implan-tes desprovidas de cobertura óssea após um período de 12 meses de observação, sugerindo que ocorre formação óssea dentro do alvéolo e reabsorção na parte externa das paredes vestibular e lingual4. Geralmente, o padrão de reabsorção da parede vestibular se apresenta mais severo que a lingual. A reabsorção observada nos tecidos duros na avaliação horizontal (vestíbulo-palatino) pode variar de 29 a 63% comparado à vertical (inciso-cervi-cal), que pode variar de 11 a 22%, em um período de observa-ção de três a sete meses. Acredita-se que essa diferença de porcentagem ocorre devido à presença de dentes proximais à área avaliada5.Portanto, para um bom planejamento e previsibilidade no tra-tamento, é necessário determinar as condições e o comporta-mento do rebordo ósseo e gengival nas áreas que receberão tratamentos reabilitadores com implantes.

ProposiçãoO objetivo deste trabalho foi demonstrar alguns recursos atu-ais utilizados para a realização de um correto diagnóstico e planejamento protético-cirúrgico.

Caso clínicoPaciente do gênero feminino, 51 anos, em bom estado geral de saúde, compareceu ao curso de especialização em implantes, mostrando-se insatisfeita com a condição geral de sua boca.O protocolo de atendimento incluiu anamnese, no intuito de

Marcelo Sabbag AblaProfessor Doutor Coordenador do curso de especialização de Implantodontia – CETAO.

Mario Takashi KawagoeProfessor do curso de especialização de Implantodontia – CETAO.

Alessandra Kiyanitza Dantas Professora Doutora do curso de especialização de Implantodontia- CETAO.

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Caso Clínico

avaliar a resposta biológica do paciente; radiografia panorâ-mica inicial (figura 1); documentação fotográfica (figura 2); confecção de JIG e tomada de relação maxilomandibular.Com os modelos de estudo montados em articulador, o ence-ramento diagnóstico foi realizado.Nessa fase, foram analisados o contorno do lábio, o corredor bucal, a dimensão vertical de oclusão e o posicionamento das incisais dos dentes anteriores superiores, utilizando-se da ré-gua de proporções Áureas e compasso de Willis. As dimensões mostraram-se adequadas e foram mantidas na reabilitação.Áreas com infecção foram tratadas previamente. Com isso conseguiu-se condição biológica mais favorável para futu-ras intervenções. O enceramento diagnóstico é um recurso que auxilia a devo-lução de todas as características pretendidas a um sorriso. Nesse caso clínico, o biotipo dental da paciente encontrava -se satisfatório, considerando o formato do rosto.Um mock-up foi realizado para que a paciente visualizasse melhor o tratamento proposto (figuras 3 e 4).O enceramento diagnóstico (figuras 5 e 6) permitiu analisar o grau de reabsorção dos rebordos tanto vertical como ho-rizontal. Na área dos dentes anteriores observou-se a pos-sibilidade de propor a confecção de próteses fixas sobre implantes, devido à preservação dos rebordos. Nas áreas posteriores, devido às reabsorções dos rebordos tanto hori-zontais como verticais mais acentuadas, esclareceu-se sobre a necessidade de compensação com resina/porcelana rosa ou a opção de dentes mais longos, que foi a escolha da pa-ciente após esclarecimento da maior atenção quanto à higie-nização da área cervical.Uma vez obtida a aprovação da paciente, que optou pelas pró-teses fixas sem compensações, intervenções, foram realiza-das, para viabilizar a obtenção de próteses provisórias, guias cirúrgicos e guias tomográficos com contraste. Além dos dentes 42 e 41, que já haviam sido extraídos devido à presença de infecções endoperio, os dentes 25 impactado, o 46 e o 36 também foram extraídos.Os dentes 15, 14, 13, 11, 21, 22, 23 e 24 na maxila e os dentes 45, 44, 43, 33, 34 e 35 receberam preparos protéticos com o

primeiro jogo de provisórios (figura 7). A partir do enceramento, confeccionou-se um segundo jogo de próteses fixas superiores e inferiores provisórios em labo-ratório sobre os dentes preparados (figuras 8a e 8b). Com a duplicação dessa prótese fixa provisória em resina acrílica, obteve-se um guia que serviu como guia tomográfico e cirúrgico (figura 9). Nos guias tomográficos foram confeccionados preparos em meia lua na face vestibular dos dentes com broca car-bide nº 4, os quais foram preenchidos com uma mistura de sulfato de bário e resina acrílica na proporção de 1:3 respectivamente. Durante a fase de planejamento, é preciso considerar o comportamento biológico dos tecidos adjacentes aos im-plantes, permitindo estabilidade na formação das fibras do epitélio gengival e prevenindo peri-implantites. Implantes com conexão do tipo cone Morse foram escolhidos por con-ferirem maior estabilidade à união pilar-implante. Como consequência, em longo prazo, há menor perda da crista marginal ao redor do implante, quando comparado com ou-tros sistemas de conexão6.Utilizando os dados obtidos pela tomografia e guia cirúrgico (fi-guras 11 a 15), foi escolhida a técnica cirúrgica a ser utilizada, a distribuição e o posicionamento dos implantes, levando-se em conta as áreas mais favoráveis do ponto de vista da qualidade/quantidade óssea e tecido gengival, utilizando-se da técnica de aquisição das imagens tomográficas com afastamento dos lá-bios e retração da língua para o fundo da cavidade oral7.Na avaliação tomográfica foi observado que a preservação de osso alveolar permitia o planejamento de próteses fixas sobre implantes e, dependendo da estabilidade primária, a coloca-ção de próteses imediatas.As áreas escolhidas para os implantes foram:

» Na maxila regiões do 16, 14, 13, 11, 21, 23, 24 e 26 com possibilidade de confecção de próteses fixas segmenta-das ou uma única extensa.» Na mandíbula regiões do 46, 44, 43, 33, 34 e 36, sendo planejadas três próteses fixas segmentadas do 46 ao 44, do 43 ao 33 e do 34 ao 36, o que previne uma possível falha mecânica e problemas biológicos relacionados à deflexão mandibular medial, quando do uso de próteses extensas com conexão rígida bilateral em implantes pos-teriores ao forâmen mentual8.

Figura 1Radiografia inicial.

Figura 2Avaliação do tecido mole.

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Caso Clínico

Figura 3Mock-up 1.

Figura 5Enceramento. Vista do lado esquerdo.

Figura 7Primeiro jogo de provisórios.

Figura 4Mock-up 2.

Figura 6Enceramento. Vista do lado direito.

Figura 8aSegundo jogo de provisórios. Vista esquerda.

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Caso Clínico

Figura 10Paciente posicionada para a aquisição da tomografia.

Figura 12Relação da face vestibular com o rebordo ósseo, espessura das mucosas vestibular e palatina e longo eixo do implante.

Figura 11Pontos de referência nítidos devido ao uso do sulfato de bário. Os círculos indicam os pontos das localizações ideais dos implantes e facilitam as análises nos cortes tomográficos.

Figura 13Face vestibular região de molar, com a face vestibular do dente perfeita-mente visível em relação ao rebordo ósseo.

Figura 8bSegundo jogo de provisórios. Vista direita.

Figura 9Guias tomográficos com sulfato de bário.

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Caso Clínico

com a resina acrílica da cor dos dentes do paciente, levado à boca sobre os dentes não preparados. A seguir, são rea-lizados os alívios necessários e o acabamento. Após a con-clusão, o resultado obtido é avaliado pelo paciente e pelo profissional12.O guia cirúrgico é outro artifício auxiliar que deve ser uti-lizado para estabelecer as bases estéticas e funcionais de uma prótese implantossuportada, transferindo as informa-ções tanto protéticas quanto radiográficas para a boca do paciente durante o procedimento cirúrgico13.A aplicação de sulfato de bário em pontos estratégicos na confecção do guia cirúrgico é um auxiliar importante, pois permite visualizar, por exemplo, a posição da cabeça dos implantes e da face vestibular da coroa. Esse material é am-plamente utilizado na radiologia moderna como material de contraste, devido à nitidez que proporciona na imagem ra-diográfica, ao baixo custo, facilidade de manipulação e por não gerar artefatos14.No caso clínico apresentado, a visualização da posição pla-nejada das coroas, no guia cirúrgico com sulfato de bário, mostrou que o volume de tecido ósseo e gengival era ade-quado para a instalação dos implantes em posições corre-

Discussão O diagnóstico é uma das fases mais importantes do plano de tratamento, pois permite escolher quais as opções de tra-tamento e as expectativas do paciente. O planejamento e diagnóstico corretos tornam possível um prognóstico favo-rável para a reabilitação oral envolvendo implantes dentá-rios. O planejamento protético deve preceder o cirúrgico em todos os casos de reabilitação oral implantossuportada. São os conceitos inerentes ao diagnóstico e plano de tra-tamentos implementados que permitem uma antecipação do resultado final e com as limitações técnicas/biológicas inerente a especificidade do paciente9.Para um correto diagnóstico, o planejamento reverso é um recurso fundamental na implantodontia, pois a idealização da reabilitação protética final permite entender a necessi-dade do número e da disposição dos implantes osseointe-gráveis para a sustentação do conjunto10. Em casos em que o paciente tem dificuldade de visualizar o enceramento e tem dúvidas quanto ao resultado proposto, uma solução seria a execução de um ensaio diagnóstico in-traoral ou um mock-up11.O mock-up é confeccionado a partir da moldagem do ence-ramento diagnóstico com silicone. O molde é preenchido

Figura 14Região anterior inferior.

Figura 15Região posterior inferior.

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Caso Clínico

tas para a posterior confecção das próteses.A avaliação do tecido mole é fundamental, dado que a po-sição do tecido mole peri-implantar influencia o tamanho da coroa sobre o implante. Em situações em que se visa à colocação dos pilares imediatamente após a instalação dos implantes, conhecer a espessura do tecido gengival é essencial para a escolha correta do tamanho dos pilares15.Neste contexto, a fase de provisórios é de excepcional importância, pois permite validar ou corrigir a informa-ção inicial, testando e aperfeiçoando forma e função de modo a permitir a existência de um projeto de reabilita-ção que apenas varia no tipo de material em relação à reabilitação final16.Uma sequência de tratamento bem estabelecida é importan-te para tornar a reabilitação oral previsível, possibilitando atingir benefícios mecânicos e funcionais, estética, facilida-de de higienização, conforto e adaptabilidade ao paciente17.

ConclusãoO diagnóstico e o planejamento criterioso são imprescin-díveis na idealização da reabilitação protética final e a utili-zação de todos os recursos disponíveis torna-se essencial para alcançar o resultado almejado.

Referências1. Bottino MA, Faria R, de Lima EG. Tratamento multidisci-plinar no planejamento de estética e função. ImplantNews; 2012;9(3): 403-414.

2. Chaccur D, Lopes ML, Nakame AEM, Frigerio MLMA, Tor-tamano Neto P, Laganá DC. Análise crítica das construções protéticas, fixas removíveis, sobre implantes em pacientes edentados. Rev Odontol UNICID 2010;22(3): 240-46.

3. Rodd HD, Malhotra R, O´Brien CH, Elcock C, David-son LE, North S. Change in supporting tissue following loss of a permanent maxillary incisor. Dent Traumatol 2007;23:328-32.

4. Botticelli D, Berglundh T, Tord Berglundh, Botticelli JL et al. Hard-tissue alterations following immediate im-plant placement in extraction sites. J Clin Periodontol 2004; 31: 820–28.

5. Tan WL, Wg TLon, Wong MC, Lang NP. A systematic review of post-extractional alveolar hard and soft tissue dimensional changes in humans. Clin Oral Implants Res. 2012;23(5):1-21.

6. Lima A, Kiyanitza AA, Moreto C, Tsukumo S, Abla M. Pre-

visibilidade com implantes osseointegrados. In: Sallum AW, Cicareli AJ, Querido MRM, Bastos Neto FVR. Periodontia e Implantodontia. Nova Odessa: Napoleão; 2010. p. 403-20.

7. Januário AL, Barriviera M, Duarte WR. Soft tissue cone--bean computed tomography: A novel method for the mea-surement of gingival tissue and the dimensions of the den-togingival unit. Journal Compilation 2008; 20(6): 366-374.

8. Manzano R, Manzi MR, Pimentel AC. Deflexão mandibu-lar medial relacionada às falhas biomecânicas da prótese fixa implantossuportada. ImplantNews 2011; 8(5):639-644.

9. Greco GD, Greco JMGG, Greco WCDL, Greco ACDL. A importância do planejamento protético em implantodontia. ImplantNews 2010;7(4): 533-38.

10. Teixeira SEQ, Sartori IAM, Vieira RA, Bernardes SR. Reabilitação de maxila: importância do diagnóstico e da aplicabilidade dos recursos tecnológicos. Implant News 2011;8(4): 485-492.

11. Higashi C, Gomes JC, Kina S, Andrade OS, Hirata R. Pla-nejamento estético em dentes anteriores. In: Odontologia Estética: planejamento e técnica.1ª ed. São Paulo: Artes Mé-dicas Brasil; 2006. p. 54-139.

12. Silva TB, Lopes LV, Oliveira MBRG, Takano AE, Cardoso PC. Rev Assoc Paul Cir Dent 2010;64(1): 43-9.

13. Martins Filho CM, Campos L. Avaliação da posição do implante osseointegrado através do guia cirúrgico na fase de instalação do pilar protético. Rev Bras Implantodont Pro-tese Implant 2003;10:57-61.

14. Nigro F, Chilvarquer I, Ximenez MEL. Um novo método para avaliação da espessura gengival por meio de tomo-grafia computadorizada helicoidal. ImplantNews 2006;3(4): 385-391.

15. Chang M, Odman PA, Wennström JL, Andersson B. Int J Prosthodont. 1999;12(4):335-41.

16. Redinha L. Conceitos clínicos em reabilitação oral. Re-vista ImplantNews 2011;8(3A):48.

17. Teixeira SEQ, Sartori IAM, Vieira RA, Bernarde SR. Reabilitação de maxila: importância do diagnóstico e da aplicação dos recursos tecnológicos. ImplantNews 2011;8(4):485-92.

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Caso Clínico

O uso da terapia fotodinâmica no tratamento de doença periodontal com uso do laser de baixa intensidade

Alaserterapia de baixa intensidade, como ação terapêu-tica, tem sido utilizada como método inovador em mui-tas situações clínicas e, hoje, é bastante conhecida e

divulgada, tanto na literatura nacional como internacional. Existem inúmeras modalidades terapêuticas utilizando lasers, e tem sido consenso que os melhores resultados são verifi-cados com os comprimentos de onda na região do vermelho (660nm) e infravermelhos (808nm).A doença periodontal é uma manifestação inflamatória que afeta os tecidos de suporte dental, é induzida pelo acúmulo de bactérias em forma de biofilme sobre a superfície dental. A inflamação do tecido gengival segue seu curso e a falta de tratamento causa a formação de bolsas periodontais e perda óssea progressiva, causando falta de inserção do dente nos tecidos de suporte e destruição do osso alveolar, levando à perda do elemento dental.O laser de baixa intensidade, utilizado juntamente com um agente fotossensibilizador azul de metileno, na presença de bactérias no interior do tecido gengival e a presença de bol-sas periodontais irá promove efeito bactericida e com isso a desinfecção completa.

Caso clínicoPaciente de 41 anos procurou a clínica odontológica relatando incômodo e dor ao falar. Relatou a presença de sangramento contínuo durante a escovação dos dentes. Foi diagnosticado com periodontite crônica e com presença de exsudato nos elementos 41, 42, 31 e 32 e a profundidade de sondagem de 7mm nos elementos 45, 46, 35, 36.Utilizou-se o equipamento Laser DUO portátil de baixa inten-sidade da empresa MM Optics, que apresenta os dois com-primentos de onda vermelho 660nm e infravermelho 808nm na mesma caneta. Neste caso, utilizou-se o comprimento de onda 660 nm juntamente com o fotossensibilizador azul de metileno na concentração de 0, 005%, sendo aplicado no in-terior das bolsas periodontais e sulcos gengivais com seringa

e agulhas apropriadas, deixando-o agir por cinco minutos an-tes da aplicação da luz laser vermelha (comprimento de onda 660nm). A ação conjunta do fotossensibilizador e laser verme-lho 660nm causa uma ação bactericida e, com isso, a desin-fecção completa. Pode-se utilizar o kit de fibras da empresa MM Optics para melhor concentração da luz laser vermelha 660nm no interior das bolsas, apresentando uma maior efeti-vidade desta terapia. Utilizou-se o laser portátil de baixa intensidade da MM Op-tics, que apresenta os dois comprimentos de onda vermelho 660nm e infravermelho 808 nm na mesma caneta. Neste caso específico, o comprimento de onda escolhido foi vermelho 660nm que atua juntamente com o agente fotossen-sibilizador azul de metileno a 0, 005% para ação bactericida e completa desinfecção.É importante salientar que, o sucesso na aplicação da terapia fotodinâmica com o laser de baixa intensidade depende do preparo do profissional e da colaboração do paciente, sendo de extrema importância a utilização dos óculos de proteção para biossegurança.

DiscussãoQuando o paciente se apresenta com um problema periodontal em estágio avançado, relatando dor, mau hálito e dificuldade ao falar, faz-se necessária a utilização de técnicas adicionais e dife-renciadas, como no caso do uso da terapia fotodinâmica com o uso do laserterapia de baixa intensidade, agregando valor ao seu tratamento no caso da periodontia com resultados rápidos, menos dolorosos e em menos tempo para os pacientes.O protocolo clínico para PDT no tratamento periodontal se apre-senta com a utilização do laser de baixa intensidade + kit de fi-bras (acessório), que deve ser acoplado no equipamento e o azul de metileno a 0,005%, deixando-o agir por cinco minutos uma dose de 90J/cm², 90 segundos, energia de 1J por ponto com a utilização da fibra, acarretando em uma maior concentração da luz na bolsa periodontal.

Diego PortesFormado pela Universidade Metodista de São Paulo. Pós- graduado em Ortodontia pela Universidade São Marcos. Pós-graduado em Cirurgia Bucomaxilofacial pela Universidade São Marcos. Mestrando em Laser pelo CEPOF/UFScar/ IFSC-USP. Proprietário da Clínica Odontológica Odontoportes.

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49Abril de 2013

Caso Clínico

Figura 1Foto inicial do paciente.

Figura 3Laser DUO da empresa MM Optics de São Carlos, utilizado no caso clínico em questão.

Figura 2Foto do paciente com azul de metileno a 0,005% aplicado no interior do tecido gengival e bolsas periodontais.

Figura 4Metileno a 0,005% utilizado no caso clínico.

Figura 5Óculos de proteção utilizados para biossegurança do profissional.

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50 Abril de 2013

Caso Clínico

ConclusãoConfirmada a viabilidade do benefício da terapia fotodinâmica com o uso do laser de baixa intensidade na periodontia. Isto trará uma opção a mais ao clínico geral e ao periodontista para tratamento de doenças periodontais.

Referências1. Almeida-Lopes, L. Laserterapia na odontologia. Biodonto, Bauru, v. I. n. I, março--abril, 2004.

2. Almeida-Lopes, L.;Figueiredo, A.Cr.; Lopes, A. O uso do laser terapêutico no tra-tamento da inflamação nas clínicas odontológicas, através de drenagem linfática. Revista da APCD, v. 56, supl., p. 27, julho 2002.

3. Goulart,C.S. Avaliação do laser de baixa intensidade na retração de pré-molares: trabalho experimental em cães. Dissertação de mestrado. Campinas: centro de Pes-quisa Odontológicas São Leopoldo Mandic, 2004. 104p.il.

4. Goulart, C.S.; Nouer, P.R.A.; Martins, L.M .; Celoriaa.A;Lizarelli,R.F.Z Photoradia-tion and orthodontic movement: experimental study with canines. Photomedicine and Laser Surgery, v. 24, n.2, p. 192-196, 2006.

5. Bagnato, V.S Novas técnicas ópticas para áreas da saúde. São paulo: Livraria da Física,2008. 239p.II.

6. Lizarelli,R.F.Z Protocolos clínicos odontológicos- Laserterapia de baixa intensida-de. São Carlos:Bom Negócios 2012.

A seção CASO CLÍNICO da ODONTO MAGAZINE tem como objetivo a divulgação de trabalhos técnico-científicos produzidos por clínico-gerais e/ou especialistas de diferentes áreas odontológicas.Gostaríamos de poder contar com trabalhos originais brasileiros, produzidos por cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e médicos, para divulgar esse material em nível nacional por meio da revista impressa e pelo site: www.odontomagazine.com.br

Os trabalhos devem atender as seguintes normas:

1) Ser enviados acompanhados obrigatoriamente de uma autorização para publicação na ODONTO MAGAZINE, assinada por todos os autores do artigo. No caso de trabalho em grupo, pelo menos um dos autores deverá ser cirurgião-dentista.Essa autorização deve também dar permissão ao editor da ODONTO MAGAZINE para adaptar o artigo às exigências gráficas da revista ou às normas jornalísticas em vigor.

2) O texto e a devida autorização devem ser enviados para o e-mail: [email protected]. As imagens precisam ser encaminhadas separadas do texto, em formato jpg e em alta-resolução. Solicitamos, se possível, que o artigo comporte no mínimo três imagens e no máximo 30. As legendas das imagens devem estar indicadas no final do texto em word. É necessário o envio da foto do autor principal do trabalho.

3) O texto deve seguir a seguinte formatação: espaço entre linhas simples; fonte arial ou times news roman, tamanho 12. As possíveis tabelas e/ou gráficos devem apresentar título e citação no texto. As referências bibliográficas, quando existente, devem estar no estilo Vancouver.

4) Se for necessário o uso de siglas e abreviaturas, as mesmas devem estar precedidas, na primeira vez, do nome próprio.

5) No trabalho deve constar: o nome(s), endereço(s), telefone(s) e funções que exerce(m), instituição a que pertence(m), títulos e formação profissional do autor ou autores. Se o trabalho se refere a uma apresentação pública, deve ser mencionado o nome, data e local do evento.

6) É de exclusiva competência do Conselho Científico a aprovação para publicação ou edição do texto na revista ou no site.

7) Os trabalhos enviados e não publicados serão devolvidos aos autores, com justificativa do Conselho Científico.

8) O conteúdo dos artigos é de exclusiva responsabilidade do(s) autor (res). Os trabalhos publicados terão os seus direitos autorais guardados e só poderão ser reproduzidos com autorização da VP GROUP/Odonto Magazine.

9) Cada autor do artigo receberá exemplar da revista em que seu trabalho foi publicado.

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11) Ao final do artigo, acrescentar os contatos de todos os autores: nome completo, endereço, bairro, cidade, estado, CEP, telefones e e-mail.

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NORMAS PARA PUBLICAÇÂO

Figura 6Aplicação pontual do laser nos elementos dentários envolvidos.

Figura 7Aplicação pontual do laser nos elementos dentários envolvidos.

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