odonto magazine #04

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Especial www.odontomagazine.com.br Ano 1 - N° 4 - Maio de 2011 Entrevista A osteoporose na odontologia Reportagem Na era da radiologia digital: economia e praticidade Odontologia estética

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Apresenta ao profissional de saúde bucal, informações atualizadas, casos clínicos de qualidade, novas tecnologias em produtos e serviços, reportagens sobre os temas em destaque na classe odontológica, coberturas jornalísticas das mais importantes feiras e eventos do setor, além de orientações para gestores de clínicas.

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Especial

www.odontomagazine.com.br

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c o m u n i c a ç ã o i n t e g r a d a

EntrevistaA osteoporose na

odontologia

ReportagemNa era da radiologia digital:

economia e praticidade

Odontologia estética

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4 maio de 2011

Tecnologia, ciência e simplicidade em favor

da saúde bucal

Presidência & CEOVictor Hugo Piiroja

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7501

Gerência GeralMarcela Petty

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7502

FinanceiroRodrigo Oliveira

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Atendimento GeralNatalia Piedade

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ArteChristian Visval

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Débora Beckere. [email protected]

t. + 55 (11) 4197.7509Wesley Costa

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7763

Web / ProgramaçãoWander Martins

e. [email protected]. +55 (11) 4197.7762

Editora e Jornalista ResponsávelVanessa Navarro (MTb: 53385)

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7506

Publicidade - Gerente de ContasVivian Ceribelli Pacca

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7507

Diretora CientíficaDra. Lusiane Borges

e. [email protected]

Conselho CientíficoAugusto Roque Neto, Danielle Costa Palacio, Débora Ferrarini, Éber Fel-trim, Fernanda Nahás Pires Corrêa, Francisco Simões, Henrique da Cruz Pereira, Helenice Biancalana, José Reynaldo Figueiredo, José Luiz Lage Marques, Júlio Cesar Bassi, Maria Salete Nahás Pires Corrêa, Marina Montenegro Rojas, Regina Brizolara, Reginaldo Migliorança, Rodolfo Candia Alba Jr., Sandra Duarte, Sandra Kallil Bussadori, Shirlei Devesa, Tatiana Pegoretti Pintarelli, Vanessa Camilo e William Torre.

A RevistaA Odonto Magazine apresenta ao profissional de saúde bucal infor-mações atualizadas, casos clínicos de qualidade, novas tecnologias em produtos e serviços, reportagens sobre os temas em destaque na classe odontológica, coberturas jornalísticas das mais importantes feiras e eventos do setor, além de orientações para gestores de clínicas.

É uma publicação da VP Group voltada para profissionais de odonto-logia das mais diversificadas especialidades. Conta com a distribuição gratuita e dirigida em todo território nacional, em clínicas, consultórios, universidades, associações e demais instituições do setor.

Odonto Magazine Onlines. www.odontomagazine.com.br

Tiragem: 37.000 exemplaresImpressão: HR Gráfica

Alameda Amazonas, 686, G1 - Alphaville Industrial06454-070 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500

www.vpgroup.com.br

Edição: Ano 1 • N° 4 • Maio de 2011

Editorial

Mais uma vez tenho o prazer de apresentar a nova edição da Odonto Magazine. O quarto número está recheado de assuntos interessantes, onde a ciência e a tecnologia se aliam à consciência e simplicidade em prol da saúde bucal.

Em Reportagem, um assunto de última geração: na era da radiologia digital. A Dra. Alessandra Couti-nho e a Dra. Crystiane Amorim abordam fatores essenciais, como a produtividade, economia e pra-ticidade vistos como principais benefícios da tecnologia que chegaram ao mercado da odontologia para melhorar o padrão de atendimento.Na Entrevista temos um assunto muito atual. O Dr. Augusto Roque Neto esclarece uma série de dúvidas que pairam sobre a osteoporose na odontologia e nos coloca a par do assunto de uma maneira muito didática.No Espaço Equipe, a Dra. Marina Montenegro fala da recém-regulamentação das profissões: ASB e TSB, fato histórico para a categoria, que ocorreu em dezembro de 2008. Aborda suas atribuições e funções vedadas ao ASB e TSB.Em Relacionamento contamos com a participação da Dra. Adriana Gledys Zink, dentista responsável pelo projeto social “Vila Maria: um caso de amor”. A renomada profissional de saúde bucal apre-senta a missão do projeto que auxilia na formação da criança, atuando na forma física, psicológica, odontológica e profissional. Em Ponto de Vista temos o Dr. Hugo Roberto Lewgoy esclarecendo a questão da desinfecção de es-covas dentais: uma técnica simples que pode auxiliar na prevenção de muitas doenças.Contamos ainda com três colunas que abordam temas atuais e de extrema relevância:- Patologia Bucal, com os professores doutores Luciano Lauria Dib e Renata Tucci. Os autores discor-rem sobre a queilite actínica e a importância do diagnóstico precoce e da prevenção - Periodontia, com o Dr. Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes, que aborda um assunto polêmico com grande propriedade: dentes ou implantes?- Gestão Odontológica, com os doutores Felipe Chibás Ortiz e Claudia Firmino de Freitas. Os autores falam sobre o desafio de administrar na era das novas tecnologias: a gestão odontológica integral.No Especial Estética temos o Dr. Francisco C. Rehder Neto falando sobre o espaço da odontologia estética. Ele apresenta a questão estética como princípio fundamental para qualquer procedimento, porém com ressalvas acerca da prática sem envolvimento com a saúde.Na seção Casos Clínicos mostramos uma diversidade interessante de assuntos: “A aplicabilidade das ortoses no planejamento diagnóstico e tratamento de pacientes com perda de dimensão vertical: relato de caso clínico”, com Dr. Marcelo Bighetti Toniollo, Dr. Daniel Palhares, Dr. Murillo Sucena Pita, Dra. Daniela Aliprandini Dr. Prado Moro, Dr. Renato José Berro e Dr. Wilson Matsumoto.O tema “Clareamento dental pela técnica combinada: Whiteness HP Blue 35% + White Class7 ½% com cálcio” é apresentado pelos doutores Bruno Lippmann,  Constanza Odebrecht e Letícia Ferri.Já o caso clínico sobre “Reabilitação total bimaxilar restabelecendo a tríade: função, fonética e estética” conta com a autoria dos doutores Murillo Sucena Pita, Rodolfo Bruniera Anchieta, Wir-ley Gonçalves Assunção, Eduardo Passos Rocha, Paulo Henrique dos Santos e Vinicius Pedrazzi.Novamente agradecemos a confiança de nossos patrocinadores e o valioso apoio de nosso corpo científico. Agradecemos também a lista incontável de elogios recebidos de profissionais de todo Brasil. Isso nos motiva ainda mais e nos convida a melhorar a cada dia.Desejamos à todos uma excelente leitura!

Dra. Lusiane BorgesDiretora Científica

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ReportagemNa era da radiologia digital

EntrevistaA osteoporose na odontologia

Espaço EquipeEnfim, a regulamentação das profissões: ASB e TSBMarina Montenegro Rojas

RelacionamentoSaúde bucal para todos

Ponto de VistaDesinfecção de escovas dentais: uma técnica simples que pode auxiliar na prevenção de muitas doençasHugo Roberto Lewgoy ColunistasPatologia Luciano Lauria Dib e Renata Tucci Periodontia Rodrigo Guerreiro Bueno de Moraes

Gestão Felipe Chibás Ortiz e Claudia Firmino de Freitas

Casos ClínicosReabilitação total bimaxilar restabelecendo a tríade: função, fonética e estéticaMurillo Sucena Pita, Rodolfo Bruniera Anchieta, Wirley Gonçalves Assunção, Eduardo Passos Rocha, Paulo Henrique dos Santos e Vinicius Pedrazzi

A aplicabilidade das ortoses no planejamento diagnóstico e trata-mento de pacientes com perda de dimensão verticalMarcelo Bighetti Toniollo, Daniel Palhares, Murillo Sucena Pita, Daniela Aliprandini Prado Moro, Renato José Berro e Wilson Matsumoto

Clareamento dental pela técnica combinada: Whiteness HP Blue 35% + White Class7 ½% com cálcioBruno Lippmann, Constanza Odebrecht e Letícia Ferri

Normas para publicação

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Editorial

Programe-se

Notícias

Produtos e Serviços

Especial Estética

SumárioMaio de 2011 • Edição: 04

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6 maio de 2011

Programe-se

MaioOdontoBrasil 2011

24 a 27 de maio de 2011A 7ª Feira Internacional de Produtos, Equi-pamentos, Serviços e Tecnologia para Odontologia - oferece uma diversificada amostragem do que existe de mais novo em produtos, equipamentos e serviços para clínicas, consultórios odontológicos e laboratórios de prótese. É uma excelente oportunidade para que a indústria fornecedora contate direta-mente os profissionais da área odon-tológica e distribuidores, promovendo negócios e relacionamentos. O evento permite que os profissionais de odon-tologia possam vivenciar novas experi-ências. Juntas, Hospitalar e OdontoBra-sil formam o maior evento de saúde da América Latina.

São Paulo - SPwww.hospitalar.com.br

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XXIV Congresso Brasileiro de Peridontologia

25 a 28 de maio de 2011O evento promovido bianualmente pela SOBRAPE – Sociedade Brasileira de Perio-dontologia contará com especialistas, clí-nicos e estudantes interessados nas áreas de periodontia e implantodontia, e suas relações com as demais áreas da saúde. Trata-se de oportunidade ímpar para a veiculação e discussão da pesquisa mun-dial sobre temas que compõem a literatu-ra científica desta área do conhecimento, asseguradas pelo nível de excelência dos ministradores convidados, nacionais e in-ternacionais. Permite, também, efetuar in-tensa divulgação dos avanços tecnológi-cos do setor, criando oportunidades para que a indústria e o comércio odontológi-cos, do Brasil e exterior, possam mostrar o desenvolvimento de novos produtos e serviços.

Salvador – BAhttp://periodontologia.com.br

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Junho 6º Congresso Odontológico do Mato Grosso

02 a 04 de junho de 2011Com o tema central: “Conhecimento: valo-rização profissional”, o evento contará com uma programação científica especializada,

Programe-se

devidamente preparada e desenvolvida por grandes profissionais das áreas específicas (cursos, palestras e simpósios).

Cuiabá – MTwww.abomt.com.br

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2º Neodent International Congress

16 a 18 de junho de 2011O evento contará com nomes da odonto-logia mundial na área da implantodontia, e será uma grande oportunidade para a troca de informações e experiências entre pales-trantes, congressistas, estudantes, profissio-nais e demais interessados na área. Serão realizadas mais de 150 atividades científicas nacionais e internacionais, entre elas: con-ferências, simpósios, fóruns científicos, pai-néis científicos, mesas-redondas, empresas expositoras, conferências sequenciais, fó-rum de tecnologia aplicada e cursos de imer-são nacionais e internacionais.

Curitiba – PR(45) 3025-2121

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Julho20º Congresso Internacional de Odon-tologia do Rio de Janeiro - CIORJ

20 a 23 de julho de 2011Com um público estimado de 55.000 parti-cipantes, o CIORJ apresentará riquíssimo conteúdo científico, além de grandes opor-tunidades de negócios.

Barra da Tijuca – RJwww.ciorj.org.br

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AgostoCongresso Odontológico da Paraíba

04 a 06 de agosto de 2011O evento contará com conteúdo científico ministrado por renomados profissionais das mais diversas especialidades da odontolo-gia.

João Pessoa – PBwww.abopb.com.br

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V Congresso de Ortopedia da CBOFM

21 a 24 de agosto de 2011 O evento contará com uma programação científica impecável, e será palco da come-moração dos 10 anos da Ortopedia Funcio-nal dos Maxilares como especialidade odon-tológica.

Termas do Rio Quente - GOwww.cbofm.com.br

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Setembro1º Congresso Internacional de Odon-tologia  da ABO-SP – CINOSP

04 a 07 de Setembro de 2011 O congresso contará com 80 dos mais reno-mados professores, clínicos e pesquisadores da odontologia internacional e nacional que apresentarão as mais recentes tendências, técnicas inovadoras e os últimos lançamen-tos em materiais e equipamentos.

São Paulo - SPwww.abosp.org.br/cinosp

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FDI Annual Dental World Congress

14 a 17 de setembro de 2011“Novos Horizontes da Saúde Oral” é o tema do programa científico do congresso. Além do programa científico, a feira comercial pa-ralela ao congresso apresentará centenas de expositores de todo o mundo. A experiência ficará completa com uma visita turística aos inúmeros pontos de interesse do México, a começar pela famosa cozinha e espólio cul-tural.

Cidade do México – Méxicowww.fdi2011.org

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16º Congresso Internacional de Odon-tologia de Goiás - CIOGO

21 a 24 de setembro de 2011Serão mais de 1.000 horas de atividades científicas distribuídas entre cursos interna-cionais, nacionais, integrados, ‘hand’s on’, conferências, videoconferências internacio-nais, fóruns acadêmico, científico e clínico, painéis, simpósios, temas livres e reuniões paralelas.

Goiânia – GOwww.ciogo.com.br

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8 maio de 2011

Notícias

A proporção do número de crianças de 12 anos livres de cáries no Brasil aumentou de 31% para 44% nos últimos sete anos, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Bucal divulgada recentemente pelo Mi-nistério da Saúde. Isso significa que 1,4 milhão de crianças não possuem dentes cariados atualmente. Para manter estes índices, que colocam o Brasil no grupo de países com baixa pre-valência de cáries, é fundamental a pre-venção por meio de uma escovação efi-ciente, de consultas regulares ao dentista, da utilização de produtos que higienizam a boca e de dieta adequada.Segundo o odontopediatra e professor universitário Luis Fernando Medeiros, os cuidados devem começar mesmo antes do nascimento, ainda na gestação. “O desenvolvimento do paladar está ligado à dieta da gestante, por isso, o consumo exagerado de açúcar pela mãe desperta o gosto por alimentos açucarados na crian-ça. Além disso, a alimentação balanceada da mulher durante a gestação com car-nes, frutas, verduras, cereais, leite e seus derivados é importante para o bom de-senvolvimento dos dentes do bebê”.No primeiro ano de vida, a amamentação é primordial, não só pelo aspecto nutri-cional e afetivo, mas também por ser um ato que estimula o desenvolvimento correto da face, prevenindo problemas de oclusão (mordida). Também, nos pri-meiros 12 meses é recomendado o início das visitas ao dentista. “Mesmo antes da chegada dos primeiros dentes, os pais

devem ser orientados sobre todos os as-pectos que envolvem a manutenção da saúde bucal do filho, como métodos de limpeza da boca e dos dentes, controle de açúcar, cuidados com a mamadeira de uso noturna, uso correto de produtos flu-oretados e também sobre hábitos noci-vos ao bom desenvolvimento da arcada dentária, como a sucção do dedo ou da chupeta”, diz o dentista Bruno Lippmann, consultor técnico da FGM Produtos Odontológicos, empresa brasileira que dispõe de uma linha de produtos para odontopediatria, como flúor em espuma, verniz e materiais restauradores.Com o nascimento dos primeiros denti-nhos, é hora de retirar gradativamente a mamadeira e introduzir alimentos sólidos na dieta, que incentivam os movimentos mastigatórios. A mãe deve se habituar a fazer a higiene diária, inicialmente nos dentes anteriores com uma fralda ou

gaze umedecida em água limpa (fervida ou filtrada) ou ainda com uma dedeira de silicone. Caso observe durante o ato da limpeza qualquer alteração, como o apa-recimento de manchas brancas sobre a superfície do dente, por exemplo, deve agendar visita com o odontopediatra.Quando surgem os dentes posteriores, é recomendável o uso de escovas den-tais massageadoras.  “Como o próprio nome diz, elas massageiam e escovam a gengiva e os dentinhos, proporcio-nando uma perfeita higiene bucal e alí-vio ao bebê, pois diminuem a irritação e a coceira comuns nessa fase”, afirma Gerson Grohskopf, coordenador da área de Higiene Bucal da Condor.Em crianças com até cinco anos, o flúor é determinante para impedir lesões de cárie. Ainda nesta fase, a escovação deve ser supervisionada por um adul-to, que deverá colocar uma pequena quantidade de creme dental na escova (proporcional a um grão de arroz) no sentido transversal às cerdas. Outra recomendação é motivar a criança a cuidar da boca e dos dentes. “Trata-se de um processo multiplicador pois o pe-queno dissemina os ensinamentos entre os familiares, o que é muito importante no processo de prevenção”, conclui a dentista Constanza Odebrecht, também consultora técnica da FGM e professora da Faculdade de Odontologia de Joinville (Univille).www.fgm.ind.brwww.condor.ind.br

O terremoto que atingiu a costa do nordeste de Honshu, no Japão, ocorreu às véspe-ras de um dos mais importantes eventos da ciência odontológica internacional, o 89º Congresso da Associação Internacional de Pesquisa Odontológica. Isso fez com que a comunidade acadêmica, associativa e profissional de odontologia do Japão recebesse a solidariedade de cirurgiões-dentistas de todo o mundo. No Japão, várias equipes estão prestando cuidados às vítimas das enchentes. Para conseguir mais ajuda para o país devastado, o site da Associação de Odontologia Ame-ricana, publicou matéria com diversas informações sobre o envolvimento das asso-ciações odontológicas japonesas no enfrentamento das consequências do terremoto.A Federação Dentária Internacional (FDI) também iniciou uma campanha para arreca-dar fundos para auxiliar a Associação Japonesa de Odontologia na recuperação dos serviços odontológicos nas áreas devastadas.Mais informações podem ser obtidas por meio do site www.jda.or.jp/en/index.html. As doações podem ser realizadas pelo página online:www.fdiworlddental.org/content/help-japans-recovery-efforts

Cirurgiões-dentistas de todo o mundo ajudam o Japão

A saúde bucal na infância

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9maio de 2011

Notícias

Os brasileiros passam a ter duas novas opções de tratamento odontológico ofe-recidos pelo Programa Brasil Sorridente: ortodontia e implante dentário. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil 2010), 35% da população brasileira possui alguma dis-função que necessita de tratamento orto-dôntico. “Esses novos tratamentos serão ofertados, na medida em que os serviços forem sendo implantados nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs). As Equipes de Saúde Bucal (ESB) farão a busca e a identificação dos casos prio-ritários, que serão encaminhados aos CEO’s para realizarem os tratamentos indicados”, explica o coordenador de

Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gil-berto Pucca.Somente em 2010, o Programa Brasil Sor-ridente investiu R$ 710 milhões em ações de saúde bucal. Com a inclusão dos novos procedimentos, a previsão de investimen-to total para 2011 é de um acréscimo de R$ 134 milhões. Atualmente, são mais de 20,4 mil ESB presentes em 4.829 municí-pios brasileiros. Depois de avaliados, os pacientes que tiverem necessidade de im-plante ou aparelho ortodôntico serão en-caminhados para algum dos 853 Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) em funcionamento em todos os 26 esta-dos e no Distrito Federal.Por meio dessa ação, o governo federal

ampliará a assistência em saúde bucal para mais 1,15 milhão de brasileiros em 2011. www.saude.gov.br

SUS apresenta novos tratamentos odontológicos

O Instituto Central do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP passou a adotar o atendi-mento odontológico diário nas unidades de terapia intensiva (UTI). A iniciativa tem como objetivo prevenir e remover os focos de infecções bucais ativos que possam comprometer o quadro clínico geral do paciente, especialmente daqueles que estão intubados e em ventilação mecânica.A boca é uma das portas de entrada para infecções, principalmente a respiratória. Se não estiver limpa, facilita a proliferação das bactérias já existentes, além da colonização por outras bactérias, principalmente as que já se encontram no ambiente da UTI.De acordo com a diretora da Divisão de Odontologia, Paula Peres, as visitas são importantes para o diag-nóstico e tratamento de infecções orais agudas e oportunistas, como abscesso dentário (pus na gengiva), traumas na língua e nos lábios, placa bacteriana, herpes, candidíase oral, entre outras patologias.Outra medida foi o treinamento da equipe de enfermagem sobre a importância da higiene oral e de como rea-lizá-la, além da padronização da técnica. Até o momento, 400 profissionais foram treinados pela odontologia.O Centro Odontológico da Divisão de Odontologia do ICHC reúne todas as especialidades no mesmo local: atendimento ao paciente com necessidades especiais, bucomaxilofacial e dor orofacial. Fonte: Agência USP

Um novo tratamento para conter a perda óssea promete revolucionar a odontologia e os enxertos feitos a partir de bancos ós-seos e a extração do próprio paciente. A proteína morfogenética tipo 2 (BMP-2) in-duz a transformação das células-tronco em novas células ósseas. A técnica reduz em 80% o tempo de recuperação dos antigos procedimentos, é menos invasiva e dispen-sa internação. De acordo com o especialista Daniel Vas-concellos, que já utiliza o novo tratamento, as BMPs são fundamentais para a formação óssea e para o desenvolvimento do esque-leto ósseo. Além disso, a proteína pode ser utilizada com segurança e previsibilidade

quando há necessidade de reparação óssea.A solução ainda usada na maioria dos con-sultórios odontológicos é o enxerto ósseo autógeno, feito por meio de materiais arti-ficiais, banco de ossos, que são ossos, teci-dos e órgãos doados por pessoas falecidas, ou com ossos do próprio paciente, obtido de outra região da boca ou o osso da bacia, chamado osso ilíaco. Porém, este procedi-mento requer internação hospitalar, além de causar desconforto durante a remoção e aplicação, aumentando a morbidade da ci-rurgia e o desconforto pós-operatório, que pode durar em torno de seis meses.A perda óssea acontece por inúmeros fa-tores, o mais comum é a falta de higiene

bucal, que leva à inflamação crônica na gengiva e que, dependendo do caso, avan-ça para a raiz. Para resolver este problema, o procedimento mais comum é o enxerto ósseo na região afetada.Fonte: Isaude

Atendimento odontológico diário nas unidades de terapia intensiva

Técnica para conter perda óssea revoluciona a odontologia

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10 maio de 2011

Produtos e Serviços

A Dentsply acaba de lançar o sistema de alinhadores ortodônticos estéticos Essix Clear Aligner, primeiro produto de ortodontia da empresa no Brasil. Diferente dos alinhadores transparentes disponíveis no mercado, esse sistema possibilita que o ortodontista tenha total controle sobre a produção do aparelho, propiciando maior agilidade no tratamento, menores custos, e total estética ao paciente. Além disso, o exclusivo material polimérico de última geração tem total transparência e precisão, aceitando repetidos ajustes realizados com alicates especiais aquecidos. A Dentsply oferece cursos de credenciamento em todo o Brasil para que os profissionais interessados no produto aprendam sobre o sistema.Mais informações sobre a funcionalidade e sobre os cursos podem ser obtidas pelo site:www.dentsply.com.br/hotsite/essix

Nova opção para tratamento ortodôntico estético

Em Distâncias Biológicas Periodontais – princípios para a reconstrução periodontal, estética e protética, o doutor em periodontia, Euloir Passanezi, aborda os componentes estruturais que determinam a manifestação do comportamento fisiológico do sulco gengival.   A obra se destaca por oferecer ao dentista e demais profissionais (cujo campo de atuação exija tais conhecimentos) uma abordagem completa do assunto, baseada na ampla experiência do autor.Passanezi conta com a contribuição de outros especialistas para mostrar como os fatores que representam a saúde das estruturas responsáveis pela preservação dos dentes são afetados por comprometimentos a partir dos dentes ou do próprio periodonto. O texto ainda traz as abordagens que são feitas para mostrar como as implicações desses procedimentos desenvolvidos podem favorecer alguns aspectos da reconstrução por implantes osseointegrados. O tema é completamente original e o único internacionalmente. São 10 capítulos, somando mais de 300 páginas de conteúdo, nas quais as ilustrações se destacam pela técnica e objetividade.www.artesmedicas.com.br

Artes Médicas lança livro sobre distâncias biológicas periodontais

Equipamento de última geração para endodontia

O localizador apical Joypex 5 possui alta precisão com a mais recente tecnologia utilizada para medição de comprimento de canais dentários, e tem a função primordial de fazer a leitura do comprimento real de trabalho

quando da aproximação da zona de constrição apical. A avançada tecnologia do equipamento permite o fornecimento de leituras precisas na presença de hipoclorito de sódio, anestésicos, álcool, EDTA, sangue, pus, bem como na presença de tecido necrótico.

O painel em LCD é retrátil e mostra a posição da lima por meio de gráficos e números ao mesmo tempo.

O localizador apical é distribuído com exclusividade no Brasil pela Endo Smart.www.endosmart.com.br

Page 11: Odonto Magazine #04

11maio de 2011

Produtos e Serviços

Está chegando ao Brasil uma nova técnica na área de odontologia estética, criada pelo dentista nova-iorquino Marc Liechtung há mais de oito anos. O Snap on Smile, produzido nos Estados Unidos, é uma prótese removível desenvolvida a partir de técnicas não invasivas. O paciente não sente dor, não há necessidade de anestesias, nem de motor para desgastar os dentes e nem de longas sessões na cadeira do dentista. Em apenas duas consultas, um novo sorriso pode ser estabelecido. O Snap on Smile é feito de uma resina acetil cristalizada especialmente projetada para ter alta resistência e durabilidade. O produto é uma alternativa para a correção cosmética de sorrisos, seja pelo escurecimento, espaçamento entre dentes ou até mesmo para substituição de elementos dentais perdidos. Além disso, pode ser usado em substituição de próteses parciais removíveis ou provisórias sobre implantes e ainda para o aumento da dimensão vertical, garantindo um rosto mais jovem e amenizando até marcas de expressões existentes no semblante do paciente. Outra vantagem do produto é a possibilidade de acesso aos pacientes que, por problemas de saúde ou falta de tempo, não têm condições de fazer um tratamento mais longo ou mesmo àqueles que têm alergia a substâncias anestésicas, por exemplo. Segundo a empresa Lumident, representante exclusiva no Brasil, o produto já está sendo usado por mais de 20 mil pessoas nos Estados Unidos.As informações sobre o procedimento e sobre a empresa podem ser obtidas por meio do site:www.lumident.com.br

Técnica revolucionária transforma sorrisos de forma indolor

Antes

Depois

Antes

Depois

Novo fotopolimerizador sem fioA Olsen Indústria de Equipamentos Odontomédicos, em parceria com a Schuster, lançou o Fotopolimerizador sem Fio, o único no mercado com duas baterias removíveis, permitindo ações longas e intermitentes. O equipamento pode ser acoplado ao seu consultório odontológico por meio de um exclusivo suporte, permitindo mobilidade e facilitando o procedimento realizado. A ausência de fios e suas ponteiras de fotopolimerização em fibra ótica orientada, autoclavável e com giro de 360º proporcionam mais conforto e ergonomia para os cirurgiões-dentistas. O equipamento possui um timer de cinco, 10, 15 ou 20 segundos, com um bip sonoro no final da operação, o que promove maior controle dos procedimentos. www.olsen.odo.br

O equipamento possui excelente definição de imagem e foco automático, auxilia na aprovação de orçamentos e otimiza o atendimento. Não é necessária a instalação de software e as imagens podem ser salvas diretamente no computador. A câmera da Cristófoli é sem fio e vem acompanhada de  monitor, cartão de memória, adaptador de cartão de memória, leitor de cartão de memória, cabo conector, cabo extensor e carregador de bateria.www.cristofoli.com

Câmera com monitor Cristófoli: intra e extra oral

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12 maio de 2011

ReportagemReportagem

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Reportagem

Produtividade, economia e praticidade são os principais benefícios da tecnologia que chegou ao mercado da Odontologia para melhorar o padrão de atendimento.

Por: Mariana Tinêo

Na era da radiologia digital

A radiologia digital não é propriamente uma novidade. Foi desenvolvida há cerca de 20 anos. Chegou no Brasil na dé-cada de 1990, mas sua comercialização começou a ocorrer

mesmo a partir de 2000. Apenas recentemente, de 2008 para cá, os dentistas brasileiros passaram a apostar nessa tecnologia para incrementar a qualidade do atendimento ao paciente, otimizando a rotina de seus consultórios. Mas por que tanta demora em absorver o sistema de radiologia digi-tal? São duas as explicações: o alto custo dos equipamentos para a nossa realidade e a necessidade de importação, por meio de represen-tantes comerciais, pois nenhuma empresa nacional produz os equipa-mentos informatizados. Hoje o cenário continua praticamente o mesmo: os equipamentos ainda são importados e o preço não mudou muito, gira em torno de R$ 10 mil. Mas, os dentistas descobriram que a relação custo/benefício do investimento é bastante positiva. De acordo com a Dra. Alessandra Coutinho, dentista radiologista, coordenadora do Centro Radiológico da EAP/APCD Central e consultora científica da Scientific Dental - distribuidora da Carestream Dental (anti-ga Kodak), agora a radiologia digital veio mesmo para ficar. “Os principais benefícios do uso do sistema digital são: praticidade no dia-a-dia, aumento da produtividade (economia de tempo), otimi-zação do diagnóstico e a possibilidade de melhor comunicação entre o profissional e seu paciente, e também entre os próprios dentistas, porque fica bem mais fácil enviar as imagens para com-partilhar opiniões e discutir casos.” Além disso, a Dra. Alessandra cita a redução do tempo de expo-sição do paciente à radiação, comparando com o sistema con-vencional. Ela ressalta que com o sistema digital intrabucal a redução do tempo da exposição do paciente à radiação é de até 90%, dependendo do equipamento gerador de raios X. No caso de sistemas extrabucais, a redução fica em torno de 30%. “Se o profissional colocar todo o investimento no papel, verá que o custo não é tão alto. Basta lembrar que não precisará mais de filme, de produtos químicos (revelador, fixador), nem de arqui-vos em papel, e ainda gastará menos tempo no processo. Vale a pena! Já fiz umas contas e vi, que dependendo do volume de radiografias que o dentista faz por dia, só com a economia feita, o investimento se paga em menos de um ano. Lembrando que o profissional também pode, aliás deve, cobrar a radiografia do paciente.”Para a Dra. Crystiane Amorim, endodontista, a tendência é que no

futuro todos os métodos radiográficos se tornem digitais. “Fiquei no dilema, considerando se adquiria ou não o sistema de radiologia digi-tal. Porém, após vários testes e algumas utilizações resolvi abandonar o uso de filmes radiográficos e o processo químico de revelação e fixação e decidi pelo sistema digital. Com ele, além da redução ime-diata de custos durante os procedimentos e a otimização do tempo de trabalho, em comparação com a técnica de radiografia periapical con-vencional, tive uma série de outras vantagens, como a simplicidade operacional, e a consequente rapidez de diagnóstico.”A dentista comenta ainda que com a radiografia digital há melhor vi-sualização dos problemas odontológicos, por meio do aumento das dimensões das estruturas ósseas e das possíveis alterações patoló-gicas. “Com a técnica digital temos menor dose de radiação - compa-rada com a técnica convencional -, mas sem o comprometimento da qualidade da imagem, ou até mesmo com melhora da visualização de detalhes”, acrescenta.Existem dois tipos de sistemas de radiologia digital:

» Sistema digital direto: Há um sensor digital conectado por cabo a um computador. Assim que os raios X são emitidos a ima-gem aparece na tela do computador. O sensor é composto por uma placa captadora cuja tecnologia é o CCD ou CMOS ou Super CMOS, dependendo do fabricante, geralmente protegida por uma fibra ótica, evitando a deterioração da imagem e conferindo uma vida útil ilimitada.» Sistema digital indireto: são utilizadas placas de fósforo fotoati-vadas, sensores finos (como se fosse um filme radiográfico con-vencional), sem cabo, que depois de expostas a radiação são co-locadas em um scanner de leitura a laser, que gera as imagens na tela do computador. É um processamento eletrônico da imagem. Esse sistema é um pouco mais caro que o direto.

No entanto, as radiografias podem ainda ser digitalizadas, ou seja, o filme radiográfico pode ser scaneado e assim digitalizado. O que facilita na hora de arquivar e compartilhar as imagens.“O sistema digital direto é mais indicado para consultórios odontológicos. Já o sistema indireto é melhor aproveitado em clínicas radiológicas e universidades, devido ao grande volume de radiografias. Existem várias marcas comerciais de equipa-mentos digitais no mercado e o profissional deve avaliar bem na hora de optar pela compra”, orienta a Dra. Alessandra.

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Reportagem

Dra. Crystiane Amorim

“Fiquei no dilema, considerando se adquiria ou não o sistema de radiologia digital. Porém, após vários testes e algumas utilizações resolvi abandonar o uso de filmes radiográficos e o processo químico de revelação e fixação e decidi pelo sistema digital”

Dra. Alessandra Coutinho

“Os sistemas digitais são de simples instalação. O próprio dentista pode fazer isso, se quiser. Ou pode pedir suporte e treinamento para a empresa que vendeu o equipamento”

Se você está interessado em adquirir um sistema de radiologia digital preste atenção em alguns detalhes, que segundo a Dra. Alessandra, fazem a diferença na hora da escolha do equipamento e podem ajudar a garantir a satisfação do seu investimento:» Observe o nome da empresa que vende o equipamento, veja se há confiabilidade. Verifique se ela disponibiliza assistência técnica de fácil acesso. Como os sistemas são importados, existem muitos representantes comerciais que desaparecem do mercado e você pode ficar na mão. » O tipo de tecnologia do equipamento é importante: CCD, CMOS ou Super CMOS. Também é fundamental verificar se o sensor digital tem a proteção da fibra óptica. Isso o vendedor não costuma comentar. Então, pergunte! Essa proteção é que vai garantir a vida longa do seu sensor.» O software é outro item a ser avaliado. Precisa ser de interface amigável, ou seja, fácil de mexer.» Pergunte ainda sobre o número de pares de linha, que está diretamente ligado a resolução da imagem (definição da imagem). Quanto maior o número de pares de linha, melhor será a resolução da imagem. Para se ter uma ideia, o filme convencional gira em torno de 14, 16 pares de linha por milímetro. Os sensores diretos de última geração gira em torno de 20 pares de linha por milímetro, até ultrapassam a resolução espacial do filme.» Observe se a imagem do sistema lhe agrada, isto é, se é bem definida ou se é pixelizada (cheia de pontinhos), principal-mente quando é observada com zoom.

Fique atento

» A radiologia convencional existe há mais de 105 anos. Foi descoberta em 1895, pelo físico alemão Wilhem Con-rad Röentgen.» A radiologia digital foi introduzida no meio odontoló-gico em 1987, em Geneve, quando o dentista e inventor francês Francis Moyen demonstrou o primeiro sistema de radiografia digital intraoral.» No Brasil, a tecnologia chegou no início da década de 1990.» Estudos sobre os benefícios da radiologia digital, com-paradas com a radiologia convencional podem ser en-contrados na biblioteca virtual – Bireme: www.bireme.br» O valor jurídico das radiografias digitais ainda é uma questão polêmica, devido a possibilidade de manipula-ção das imagens, porém, já existe a certificação conferin-do autenticidade ao arquivo digital.

Curiosidades

Desvendando a tecnologiaFalar em tecnologia de ponta pode parecer complicado. Mas, na prática, os sistemas de radiologia digital foram desenvolvidos para serem manejados com facilidade por seus usuários. A princípio o dentista não precisa de nenhum curso para poder trabalhar com seu equipamento, embora a empresa que o vende seja responsá-vel por ministrar treinamento. “Os sistemas digitais são de simples instalação. O próprio dentista pode fazer isso, se quiser. Ou pode pedir suporte e treinamento para a empresa que vendeu o equipa-mento”, explica a Dra. Alessandra. Claro que após a instalação do equipamento e as devidas orienta-ções técnicas, existe um período de adaptação do sistema à rotina do consultório. “Toda tecnologia demanda uma fase de aprendiza-gem. Vamos lembrar que o sensor intrabucal direto tem uma es-pessura maior, tem o cabo, ou seja, o dentista precisa aprender a li-dar na rotina. Mas com a prática, isso deixa de ser uma dificuldade e passa até a ajudar no posicionamento”, afirma a Dra. Alessandra.Na opinião da consultora, a informatização do sistema não é uma barreira para os dentistas, nem mesmo para aqueles menos fami-liarizados com questões tecnológicas. A simplicidade do manejo

dos equipamentos facilita a adesão dos profissionais a essa nova realidade. “No último congresso de odontologia que participei, em janeiro, percebi que muitos profissionais estão aderindo ao siste-ma digital de imagens. Alguns até me confessaram que não sabem como viviam sem ele até agora. Realmente, a tecnologia faz dife-rença no nosso dia-a-dia.”Em relação ao investimento, saiba que é possível utilizar o ge-rador de raios X convencional, que você já tem no consultó-rio, com a nova tecnologia digital intrabucal de imagens. Mas atenção: é indicado que seu equipamento tenha menos de 10 anos de uso. O equipamento de raios X convencional precisa ser compatível com o sistema digital. Sendo assim, é preciso ter um bom gerador de raios X (70 kV) para garantir a qualidade das imagens. Interligar um equipamento moderno a um gerador ‘velhinho’ não é uma boa ideia.Se você ficou interessado, não perca tempo. Faça contatos, per-gunte aos colegas, busque informações e peça para fazer testes. Ganhar tempo e praticidade, hoje em dia, vale ouro.

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16 maio de 2011

A osteoporose na odontologia

Dr. Augusto Roque NetoCirurgião-Dentista formado pela FOUSP. Especialista em Dentística Restauradora. Mestre em Clínicas Odontológicas pela FOUSP. Professor Adjunto das disciplinas de Odontogeriatria e Dentistíca Restauradora da Faculdade de Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo. Autor do livro: “Bases Clínicas em Odontogeriatria”, da Editora Santos.

A doença que atinge principalmente as mulheres na fase da pré e pós-menopausa ganhou espaço nas discussões promovidas pelos cirurgiões-dentistas. A entrevista com o Dr. Augusto Roque Neto apresenta a osteoporose no âmbito odontológico.

Por: Vanessa Navarro

Odonto Magazine - Como a osteoporose se manifesta no âm-bito odontológico? Dr. Augusto Roque Neto - A osteoporose é uma doença me-tabólica crônica e progressiva que altera a integridade estrutu-ral do osso, podendo manifestar sintomas no sistema maxilo-mandibular. Ela se caracteriza por uma queda na produção dos hormônios progesterona e estrogênio.Os sinais mais comuns, aos quais o profissional deve es-tar atento, são: a reabsorção óssea do rebordo alveolar e a redução óssea alveolar, sem que haja motivo local para causá-las.Na literatura, basicamente, são citadas dois tipos:

» Tipo I primária: é aquela pós-menopausa e que leva à in-tensa reabsorção óssea.» Tipo II primária: caracteriza-se por uma menor formação óssea.

Odonto Magazine - Qual é a população mais vulnerável à os-teoporose odontológica?Dr. Augusto Roque Neto - A população feminina é mais vulnerável. Estudos mostram que principalmente as mulheres brancas e orientais na fase pré e pós-menopausa são as mais acometidas pela doença. Engana-se quem acha que os homens não possam apresentar osteoporose, ela ocorre em aproxima-damente 18% da população masculina contra quase 60% das mulheres.

Entrevista

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Entrevista

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Entrevista

Conclui-se, então, que a osteoporose se apresenta em ambos sexos, com predominância do sexo feminino a partir da quinta década de vida, quando os sinais e sintomas da menopausa e andropausa começam a se manifestar.             

Odonto Magazine - Como é possível identificar o paciente vítima de osteoporose odontológica?Dr. Augusto Roque Neto - Raramente um paciente terá o diagnóstico de osteoporose odontológica, ela vai ser mais uma manifestação de um quadro geral. Salientamos que, na maioria das vezes, os diagnósticos são feitos quando existe uma fratu-ra, sem motivo relevante.O profissional deve atentar principalmente a idade do pa-ciente e relatos de perdas de elementos dentários. Na lite-ratura existem citações do paciente acusar dor nas gengivas ou mesmo de mobilidades dentárias sem causa aparente, como contatos dentários com sobrecarga ou de doença pe-riodontal presente.Outra causa citada é o uso de corticoides por tempo prolonga-do, o qual pode causar ou desenvolver a osteoporose. O hipertireoidismo também é uma causa frequentemente ci-tada como fator de agravamento da osteoporose, assim como a quimioterapia. Outra forma possível é o da mensuração da densidade óssea.

Odonto Magazine - Que outras patologias bucais podem ser desenvolvidas a partir da osteoporose odontológica?Dr. Augusto Roque Neto - As patologias mais frequentemen-te relatadas são as de agravamento de doenças periodontais e possibilidade de fraturas por deficiência de massa óssea.

Odonto Magazine - Como o profissional de odontologia deve proceder ao iniciar o tratamento de tal doença que afeta tam-bém a saúde bucal do paciente?Dr. Augusto Roque Neto - Deve existir uma mão dupla entre o médico e o cirurgião-dentista. Muitas vezes pela ava-liação de uma radiografia panorâmica somada com outros sinais, como idade e perdas de elementos dentários sem

causa aparente, o cirurgião-dentista pode indicar ao pacien-te a procura de um médico, e este traçar um tratamento mais eficaz ao problema, ficando a critério do profissional indica-do, junto com o paciente, encontrar a terapia mais apropria-da no caso, geralmente um estudo das necessidades de uma reposição hormonal.

Odonto Magazine - Existem estudos científicos para abordar o tema na odontologia?Dr. Augusto Roque Neto - Existem muitos estudos científi-cos abordando o tema osteoporose e a odontologia, principal-mente nas áreas de implantodontia, onde a qualidade óssea é de fundamental importância para o êxito do tratamento, assim como na periodontia e cirurgia.Os grupos de estudo, principalmente os da FOUSP e da FOU-NESP, são grandes fornecedores de trabalhos de pesquisa.A radiologia odontológica, com a melhoria técnica das toma-das panorâmicas, vem sendo de grande auxílio como meio de diagnóstico.

Odonto Magazine -  Qual é a relação direta entre a osteopo-rose, a menopausa e a doença periodontal?Dr. Augusto Roque Neto - Existe uma relação direta entre a osteoporose, menopausa. Não podemos nos esquecer da an-dropausa e da doença periodontal. Com a perda ou diminuição do osso alveolar existe mais quantidade de espaços dentários abertos com consequente acúmulo de placa, muitas vezes de difícil limpeza e contro-le por parte do paciente, estando assim, aberto um foco de desenvolvimento ou agravamento do quadro de doença pe-riodontal.

Odonto Magazine - Como o cirurgião-dentista deve tratar o paciente neste momento de mudanças fisiológicas e psicoló-gicas?Dr. Augusto Roque Neto - Neste momento delicado da vida do paciente, afinal as transformações são mais aparen-tes e muito mais drásticas do que na puberdade, o profissio-nal de saúde deve servir de orientador ao paciente, Tentar, na medida de seu conhecimento, esclarecer as dúvidas. Lem-bre-se que não é demérito para ninguém não saber resolver ou explicar todas as questões. Neste caso, o cirurgião-den-tista deve procurar se orientar com outros profissionais, afi-nal tudo é um grande aprendizado para todos.

Odonto Magazine - Existe algum treinamento específico para o profissional de odontologia interessado em se especializar no tema? Dr. Augusto Roque Neto - O profissional pode participar dos grupos de estudo citados anteriormente, mas não exis-tem cursos de especialização focados estritamente na área da osteoporose. A doença é sempre discutida como tema de fundamental importância, principalmente nas áreas de periodontia, cirurgia e implantodontia, pois os resultados dos tratamentos dependem da qualidade óssea e da orien-tação profissional para manutenção adequada do quadro de osteoporose.

Estudos mostram que as mulheres brancas e orientais na fase pré e pós-menopausa são as mais acometidas pela doençaDr. Augusto Roque Neto

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20 maio de 2011

Espaço Equipe

Enfim, a regulamentação das profissões: ASB e TSB

Como já vimos em outras edições, a atividade odontológi-ca não está restrita somente à consulta ou procedimento realizado pelo cirurgião-dentista. Há uma série de funções

e atribuições da equipe auxiliar que asseguram tratamento ade-quado com biossegurança, organização e otimização do tempo.Em 1952, o antigo Sesp - Serviço Especial de Saúde Pública começou a formar auxiliares de higiene dental (AHDs) nos programas de odontologia escolar em Aimorés (MG) e Baixo Guandu (ES) para cuidarem da educação e prevenção em saú-de bucal, uma vez que os dentistas se sobrecarregavam com o tratamento cirúrgico-restaurador. Além disso, os AHDs os auxiliavam nas atividades clínicas.Em 1966 a Lei Federal 5.081 regulamentou o exercício da odontologia no Brasil. Em 1975, o Conselho Federal de Edu-cação (CFE) aprovou a formação de auxiliares de consultó-rio dentário (ACDs) e técnicos em higiene dental (THDs), mas somente em 1984 é que o Conselho Federal de Odontologia (CFO) aprovou o exercício dessas profissões.Finalmente a Lei 11.889, sancionada em 24 de dezembro de 2008, regulamentou o exercício de Auxiliar em Saúde Bucal (ASB) e de Técnico em Saúde Bucal (TSB), em todo o país.É importante ressaltar as principais funções e atribuições de cada categoria, reduzindo multas, infrações éticas e proces-sos civis, além de organizar o atendimento clínico e ações educativas da melhor maneira possível. Para consultar as leis e resoluções na íntegra, consulte os sites:

» http://cfo.org.br/legislacao/leis-federais» http://www.planalto.gov.br/ccivil_lei11889

Auxiliar de saúde bucal (ASB) - anteriormente denominado ACD Sempre sob supervisão do CD ou do TSB: orientar sobre higiene bucal; marcar consultas; preencher e anotar fichas clínicas; organizar arquivo e fichário; controlar o movimen-to financeiro; revelar e montar radiografias intrabucais; preparar o paciente para o atendimento; auxiliar no aten-dimento ao paciente; instrumentar o CD ou o TSB junto à cadeira operatória; manipular materiais de uso odontológi-co; selecionar moldeiras; confeccionar modelos em gesso; aplicar métodos preventivos para controle da cárie dental e executar limpeza, assepsia, desinfecção e esterilização do instrumental, equipamentos odontológicos e do ambiente de trabalho.

Técnico em saúde bucal (TSB) - anteriormente denominado THD Compete, sempre sob supervisão direta do CD: participar do treinamento do ASB e dos programas educativos de saúde bu-cal; realizar levantamentos e estudos epidemiológicos, como coordenador, monitor e anotador; educar e orientar pacientes sobre prevenção e tratamento de doenças bucais; supervi-sionar, sob delegação, o trabalho dos ASBs; fazer tomada e revelação de radiografias intrabucais; realizar teste de vitali-dade pulpar; remoção de indutos, placas e cálculos supragen-givais; aplicar selante, cariostático e flúor; inserir e condensar materiais restauradores; polir restaurações; realizar limpeza e antissepsia do campo operatório, antes e após os atos ci-rúrgicos; remover suturas; confeccionar modelos e preparar moldeiras. Um CD pode trabalhar com até cinco TSBs.

Cirurgiã-Dentista. Membro da Diretoria da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD Pinheiros) e da Coordenação do Projeto Odontocomunidade – CIOSP. Cirurgiã- Dentista do Programa Saúde da Família da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Docente da Equipe  Biológica nos Cursos para Auxiliares - APCD e ABO. Consultora em Odontopediatria do site “multiplos.com.br”. [email protected]

Marina Montenegro Rojas

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Espaço EquipeEspaço Equipe

Só poderão exercer a profissão os portadores de diplomas ou certificados que atendam às normas do Conselho Fede-ral de Educação. Não poderão exercer suas atividades de forma autônoma ou prestar assistência direta ou indireta-mente sem a supervisão do cirurgião-dentista e, no caso do auxiliar, a supervisão também do técnico. É vedado realizar propaganda de seus serviços, mesmo em revistas, jornais e folhetos especializados da área odontológica. O projeto ainda prevê punição para os cirurgiões-dentistas que permitirem que técnicos e auxiliares em saúde bucal sob sua supervisão e responsabilidade extrapolem suas funções específicas. Nesse caso, o cirurgião responderá pelo erro perante os Conselhos Regionais de Odontologia, conforme a legislação em vigor.Em 11 de novembro de 2010, a resolução do CFO-107/2010 instituiu o “dia do técnico e auxiliar de saúde bucal” na data de 24 de dezembro, marco para a equipe auxiliar pela promulgação da Lei nº 11.889.Uma curiosidade: o dia do dentista é comemorado em 25 de outubro porque nesta data, em 1884, foi criado o primeiro curso de graduação de Odontologia do Brasil (no Rio de Janeiro e na Bahia).A equipe auxiliar - ASB e TSB - é fundamental principal-mente para os serviços públicos de atenção primária em saúde (unidades básicas de saúde, prontos-socorros... além da Estratégia Saúde da Família), nos quais a promoção e educação em saúde são essenciais. A regulamentação da profissão trouxe benefícios ao SUS, inclusive com aumento

de contratações de novas equipes de saúde bucal. Iniciati-vas do governo federal, como o Programa Saúde na Escola, também serão beneficiadas com a atuação das equipes nas escolas, impulsionando a atual e bem-sucedida Política Na-cional de Saúde Bucal. Ainda não se sabe como será o desenvolvimento dessas pro-fissões no Brasil. Mas é muito importante o trabalho em sin-cronia, tanto em ações coletivas quanto ações indivi duais, em consultórios particulares ou em postos de saúde e hospitais.A equipe auxiliar precisa entender o papel e a função de cada um, realizando apenas atividades de sua competência, ainda que em muitos casos sejam induzidos ou “obrigados” a realizar procedimentos não pertinentes à sua categoria, além de condi-ções salariais e de trabalho insatisfatórias. Devem se valorizar para serem valorizados. Por outro lado, é fundamental o respei-to, a colaboração e a compreensão com os dentistas, criando um vínculo realmente de parceria e não de competição e de falta de cooperação. Isso vale também para a relação entre técnicos e auxiliares ou dentistas. Estes, por sua vez, devem respeitar e incentivar cada vez mais seus auxiliares, proporcionando-lhes condições de trabalho para que realizem plenamente seu potencial pro-fissional, trazendo para a atenção básica ou consultório a possibilidade de realização de um amplo conjunto de ativi-dades hoje não realizadas ou simplesmente remetidas para outros níveis de atenção. A regulamentação proporcionará, enfim, a composição de equipes de saúde bucal efetiva-mente integradas às equipes de saúde.

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Saúde bucal para todos

Dra. Adriana Gledys ZinkDocente da Especialização para Pacientes Especiais da APCD. Dentista voluntária do Projeto Social “Vila Maria: um caso de amor”. Mestranda da Unicsul. Possui consultório particular para atendimento aos pacientes especiais.

Odonto Magazine - Quando e como surgiu o projeto social Vila Maria: um caso de amor? Dra. Adriana Gledys Zink - O projeto social Vila Maria: um caso de amor foi criado pela Escola de Samba Unidos de Vila Maria, em 2001. O projeto foi iniciado com a escolinha de futebol para captar, por meio do esporte, o primeiro público-alvo: as crian-ças. A ideia principal era tirar as crianças das ruas e arrumar uma atividade para ocupar o tempo quando não estivessem na escola regular. Em seguida, a clínica de psicologia iniciou um trabalho - também voluntário - com essas crianças, pois muitos fazem parte de famílias sem estrutura, algumas com dificulda-des de aprendizado, de relacionamento e até comportamento. Depois foi criado departamento de fisioterapia, devido às con-tusões que eles tinham em jogos e treinamentos, e, finalmente, a iniciativa de montar um consultório odontológico, em parce-ria com a Associação Brasileira de Odontologia (ABO).As crianças necessitam de atendimento odontológico para me-lhorar o desempenho em todas as outras áreas, pois uma crian-ça com dor de dente ou qualquer outro foco de infecção bucal não tem um bom desempenho no aprendizado e nem nos re-lacionamentos com os colegas. Durante a anamnese também identificamos alguns casos que necessitam de atendimento médico, e encaminhamos essas crianças ao posto de saúde da

Com uma década de existência, o projeto social Vila Maria: um caso de amor foi criado para prestar atendimento gratuito às crianças carentes da região da vila Maria, em São Paulo. A entrevista com a Dra. Adriana Gledys Zink, cirurgiã-dentista voluntária do projeto e especialista em atendimento odontológico para pacientes com necessidades especiais, apresenta o trabalho realizado pelos nove profissionais de saúde bucal que participam voluntariamente do programa.

Por: Vanessa Navarro

região. Muitas nunca haviam aferido a pressão arterial. Cos-tumamos realizar este procedimento periodicamente, encami-nhando alguns pacientes com alterações de P.A. ao posto de saúde para avaliação e acompanhamento médico. Lembro que todas as crianças só são atendidas com autorização assinada pelo responsável legal.O projeto social Vila Maria: um caso de amor já atendeu mais de 30 mil pessoas nos quesitos educação, cultura e saúde.

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Relacionamento

Odonto Magazine - Qual é a missão principal do Vila Maria: um caso de amor?Dra. Adriana Gledys Zink - A missão principal do projeto social é auxiliar na formação da criança, atuando na forma física, psi-cológica, odontológica e profissional.

 Odonto Magazine - Quantos profissionais da área odontológica atuam no projeto? Dra. Adriana Gledys Zink - A equipe é composta por nove cirur-giões-dentistas (abaixo relacionados):

» Marcelo Diniz de Pinho, coordenador do projeto social Vila Maria: um caso de amor, cirurgião bucomaxilofacial e habili-tado em sedação com óxido nitroso, CROSP 43379. » Adriana Gledys Zink, cirurgiã-dentista especialista em pa-cientes com necessidades especiais, CROSP 52600.» Mauro Eduardo Domiciano Carvalho, cirurgião-dentista clíni-co-geral, CROSP 45059.» Ricardo Calabria, periodontista, CROSP 76602.» Marcos Rodrigues G. Barros, cirurgião-dentista clínico-geral, CROSP 14292.» Eduardo Ottavio, cirurgião-dentista clínico-geral, CROSP 90182.» Wagner P. Gabriel, cirurgião-dentista clínico-geral, CROSP 101622.» Vivian Matos de Paula, cirurgiã-dentista clínico-geral, CROSP 92592.» Walter da Silva Junior, cirurgião-dentista clínico-geral, CROSP 41916.

  Odonto Magazine - Segundo dados da prefeitura de São Paulo, a Vila Maria possui mais de 105 mil habitantes. Quais são as es-tratégias utilizadas para oferecer tratamento odontológico para toda a população que reside na região?Dra. Adriana Gledys Zink - O projeto social está direcionado às crianças carentes da região da Vila Maria. As vagas para trata-mento dentário estão sempre abertas. Os pais passam por uma entrevista com uma assistente social e depois as crianças são encaminhadas para nosso setor. Priorizamos os casos em que há dor. Os demais aguardam em uma fila de cadastro e são chamados assim que surge a vaga. Pacientes com necessida-des especiais são atendidos independente da idade, pois con-sideramos a dificuldade de conseguir esse tipo de atendimento na região.As crianças que não se enquadram no perfil socioeconômi-co atendido pelos voluntários do projeto contam com uma grande quantidade de consultórios particulares instalados na região. Nossa intenção é dar tratamento de qualidade às crianças carentes e não desviar pacientes do consultório de colegas da região. 

Odonto Magazine - Existem dados estatísticos que apontam o número de atendimentos e quais foram os principais procedi-mentos realizados desde a criação da modalidade odontológi-ca do projeto?Dra. Adriana Gledys Zink - Já foram realizados mais de 3.000 atendimentos, e os principais procedimentos estão ligados à prevenção, como aplicação tópica de flúor, aplicação de selan-tes, profilaxias, orientação de higiene oral, pequenas cirurgias,

tratamentos endodônticos, orientação sobre dieta rica em car-boidratos, prevenção de câncer de boca, mostrando a impor-tância da prevenção, dos cuidados precoces, desmistificando o medo do dentista e aproximando a população da saúde bucal. 

Odonto Magazine -  Os profissionais de saúde bucal envol-vidos no projeto recebem algum tipo de treinamento e/ou reciclagem?Dra. Adriana Gledys Zink - Periodicamente, sob a coordenação do cirurgião-dentista Marcelo Diniz de Pinho, são emitidos re-latórios de progresso e realizadas as avaliações do trabalho efetivado. Com base nessas informações, medidas específicas são tomadas, sempre visando a melhoria do serviço e o fortale-cimento do papel dos voluntários no projeto social.Recentemente todos os profissionais ganharam um curso de capacitação no sistema Easy, que é o programa utilizado no projeto.

 Odonto Magazine - Como são financiados os gastos com mate-rial, equipamentos, instalações e outros bens necessários para a excelência do atendimento odontológico?Dra. Adriana Gledys Zink - Além de contar com recursos do projeto social Vila Maria: um caso de amor, a clínica odontoló-gica tem o patrocínio da ABO (Associação Brasileira de Odon-tologia), da Edita Comunicação Integrada, da Haydée Móveis Odontológicos, da Dabi Atlante e do Instituto Pedro Martinelli.

 Odonto Magazine - Como devem proceder os cirurgiões-den-tistas interessados em ingressar no quadro de voluntários do projeto?Dra. Adriana Gledys Zink - Os interessados em participar como voluntários podem tratar na secretaria do projeto social por meio do telefone (11) 2939-2067. Todos devem estar inscritos no CRO, ter habilidade com crianças, vontade de trabalhar e muito amor ao próximo. Os currículos podem ser enviados para o e--mail: [email protected].

Ganhando a confiança do paciente para iniciar o tratamento odontológico

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24 maio de 2011

Ponto de VistaPonto de Vista

Desinfecção de escovas den tais: uma técnica simples que pode auxiliar na preven ção de muitas doenças

Hugo Roberto LewgoyEspecialista. Mestre e Doutor pela FOUSP. Professor Titular de Biomateriais da UNIBAN. Professor do Mestrado em Biomateriais da UNIBAN.

24 maio de 2011

A desinfecção das escovas dentais é um tema pouco abordado e discutido pelos profissionais da odontolo-gia. De forma geral, as pessoas não têm nenhum co-

nhecimento sobre a necessidade da realização desta tarefa e, quando a realizam, geralmente a executam de forma incorreta e sem uma padronização. A escova dental é essencial para remoção mecânica da placa bacteriana, contudo, muitos estu-dos comprovam que a escova pode ser contaminada após o seu uso, devido ao contato com a cavidade oral, principalmen-te com o biofilme, mucosas, saliva e/ou sangue. A microbiota natural, boca quando em equilíbrio, não trás qualquer perigo ou risco de doença, porém, quando estes micro-organismos estão presentes na escova dental, podem se proliferar, tornando-se uma fonte para autoinfecções e in-fecções cruzadas pelo contato com outras escovas. Estas in-fecções podem se restringir a cavidade oral, provocando a cá-rie e as doenças gengivais ou ainda doenças sistêmicas mais graves. É fundamental a padronização de um procedimento de de-sinfecções de escovas dentais e inserção desse método no dia-a-dia das pessoas para auxiliar na prevenção de inú-meras doenças orais e sistêmicas. A desinfecção da escova deve ser realizada pelo borrifamento do desinfetante a base de clorexidina entre 0,12% a 0,2% e utilização do protetor de

cabeça acrílico entre as escovações.As escovas dentais normalmente são embaladas e comercia-lizadas após um processo de esterilização por radiação gama, que é capaz de eliminar os micro-organismos de sua superfície, porém, após uma única utilização, as escovas se tornam con-taminadas por bactérias, vírus e/ou fungos que podem estar presentes tanto na cavidade oral quanto no meio ambiente.Estes micro-organismos podem permanecer viáveis na super-fície da escova por um período que varia entre um e sete dias, contribuindo para a autocontaminação e/ou contaminação cru-zada, ou seja, a contaminação entre indivíduos através do com-partilhamento das escovas, ou mesmo por meio do contato entre as escovas, principalmente pelo contato entre as cerdas de diferentes escovas que dividem um mesmo local de armaze-namento. Comprovadamente, os micro-organismos presentes

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25maio de 2011

Ponto de Vista

Desinfecção de escovas den tais: uma técnica simples que pode auxiliar na preven ção de muitas doenças

na boca estão associados às principais doenças orais, ou seja, causam cárie, gengivite e periodontite.No último congresso realizado pela FDI (Fédération Dentaire In-ternationale / World Dental Federation, Salvador / Brasil, 2010) o tema principal foi justamente a discussão dos motivos pelos quais as doenças orais (especialmente da cárie dental) ainda permanecem, nos dias de hoje, como uma verdadeira epidemia, incidindo em cerca de 88% da população mundial, ou seja, cer-ca de 5 bilhões de pessoas estão acometidas com esta doença crônica, considerada a patologia mais comum do planeta Terra.É fato que a microbiota da boca presente no biofilme oral que se deposita sobre os dentes, mucosas, gengivas e língua possui diversos micro-organismos potencialmente patógenos. Porém, não se pode esquecer que esta microbiota também desempe-nha um papel importante na manutenção da saúde da boca e do organismo como um todo, desde que não ocorram perturbações na homeostase corpórea no ecossistema desta microbiota.Estes micro-organismos precisam apenas ser controlados para que não provoquem, além da cárie e as doenças gengivais, ou-tras doenças sistêmicas, como cardiopatias, acidente vascular cerebral (AVC) e diabetes.Com certeza a prevenção das doenças orais com a utilização de escovas eficazes e atraumáticas, escovas interdentais, fio den-tal e higienizadores de língua continua sendo a melhor forma de evitar das doenças orais.Entretanto, a desinfecção das escovas utilizadas para a higie-nização oral poderia desempenhar um papel coadjuvante mui-to importante na prevenção destas e de outras doenças que poderiam ser transmitidas por meio dos micro-organismos presentes na boca, principalmente no biofilme oral, secreções, sangue e saliva. Recentemente a humanidade passou por uma epidemia com a chamada gripe “suína” ou influenza, transmi-tida pelo vírus H1N1.Uma das medidas adotadas para prevenir a transmissão da doença foi justamente a desinfecção rotineira das mãos com um gel alcoólico desinfetante. Não existe nenhuma justificativa para não tornar a desinfecção das escovas dentais um procedi-mento rotineiro e habitual que, seguramente, poderia auxiliar na prevenção de muitas doenças infecciosas.Porém, infelizmente, o hábito desta desinfecção ainda não se tornou parte das condutas regulares e indicada de uma forma massiva pelos profissionais da área odontológica à população.

Protocolo de desinfecção da escova dentalA escovação dental é o meio mecânico individual de mais am-pla utilização para o controle do biofilme oral. A desorganiza-ção da chamada placa bacteriana através das cerdas das esco-vas é fundamental, e é a forma mais simples para a prevenção das doenças orais, pois a placa desorganizada e oxidada não é capaz de provocar qualquer malefício.Porém, após a escovação, as cerdas das escovas se tornam contaminadas sendo importante a realização da desinfecção antes da próxima escovação, justamente para evitar a autoin-fecção e/ou a infecção cruzada. Uma sequência de escovação é apresentada a seguir:1) Antes de iniciar a higiene oral, as mãos e unhas devem ser muito bem lavadas e esfregadas com água e sabão.2) Também um bochecho com água para eliminar resíduos de alimentos deve ser realizado, pois isso diminui a chance da co-mida ficar presa entre as cerdas e sofrer uma decomposição posterior. Se houver restos de alimento presos entre os dentes, também devem ser removidos antes da escovação com o auxí-lio do fio dental e de escovas interdentais do tipo Prime que se adaptam perfeitamente aos espaços interproximais. 3) Após o término da escovação, preferencialmente com uma escova com mais de 5 mil cerdas e de acordo com a técnica recomendada, todas as superfícies da escova devem ser lava-das com água corrente.4) Segue-se o procedimento pela remoção do excesso de água com uma pequena batida da escova sobre a palma da mão ou sobre a borda limpa da pia do banheiro.5) Faz-se então a aplicação do desinfetante através do borrifa-mento do antisséptico oral a base de clorexidina entre 0,12% a 0,2% especialmente na parte das cerdas.6) Coloca-se o protetor de cabeça que deve ter a sua parte interna também embebida pela solução antisséptica.7) Em seguida, a escova pode ser guardada dentro do armá-rio fechado do banheiro. O antisséptico ficará agindo duran-te todo o intervalo entre as escovações, promovendo assim, uma desinfecção eficiente.8) Um ponto fundamental é: antes da próxima escovação, a escova deve ser novamente muito bem lavada e enxaguada em água corrente - da mesma forma descrita inicialmente - para a remoção dos resíduos do produto utilizado e também para a remoção dos micro-organismos eliminados.

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26 maio de 2011

Coluna - Patologia Bucal

Queilite Actínica: importância do diagnóstico precoce e da prevenção

A cavidade bucal é acometida por uma série de lesões das mais diversas origens e que apresentam dife-rentes prognósticos. Um dos principais fatores que

influenciam o prognóstico é o momento em que a lesão é diagnosticada. Quanto mais precocemente as lesões forem diagnosticadas, melhores serão as chances de sucesso no tratamento.Considerando que o cirurgião-dentista é o profissional res-ponsável pelo diagnóstico precoce e prevenção das lesões bucais, atenção especial deve ser dada às lesões chamadas pré-malignas, ou seja, que têm potencial em progredir para o câncer. Falaremos neste artigo sobre uma das lesões pré-malignas, a Queilite Actínica, e a sua relação com o câncer de lábio.O câncer de lábio é mais frequente em indivíduos com a pele clara, e registra maior ocorrência no lábio inferior. Sua causa está diretamente relacionada à exposição excessiva e prolongada aos raios ultravioleta do sol, que causam da-nos permanentes às células epiteliais. Apesar das inúmeras campanhas que estimulam o uso do protetor solar, muitas pessoas ainda ficam expostas ao sol sem a proteção ade-quada. E mesmo quando se protegem, muitas vezes esque-

cem de usar o filtro solar labial, e não se preocupam em utilizar um chapéu de abas largas para proteção da face. A divulgação da importância da relação sol/câncer de lábio deve ficar cada vez mais evidente para a população. Quando falamos sobre câncer de lábio, temos que obrigato-riamente falar também sobre uma lesão denominada Quei-lite Actínica, que é considerada pré-maligna, ou até mesmo já representa formas superficiais do carcinoma de lábio. Essa lesão acomete mais pessoas de pele clara, raramente aparece em indivíduos com menos de 45 anos, afeta o lá-bio (principalmente o inferior), e tem predileção pelo sexo masculino. Seu curso clínico é muito lento, e muitas vezes as pessoas nem se dão conta de seu aparecimento.Inicialmente, as lesões se apresentam com o surgimento de uma superfície labial lisa e áreas mais esbranquiçadas, por vezes ulceradas. Conforme a lesão progride, formam-se áreas mais espessas e esbranquiçadas. Se ainda assim, o paciente continuar se expondo cronicamente ao sol, ulcera-ções aparecem, podendo durar meses. Outro sinal típico é a perda da visualização do limite entre o vermelhão e a porção cutânea do lábio. O endurecimento das bordas das úlceras pode ser um sinal sugestivo de transformação maligna.

Luciano Lauria DibProfessor Titular da graduação e pós-graduação em Estomatologia da Universidade Paulista- UNIP.

Renata Tucci Professora de Patologia da Universidade Paulista - UNIP.

Queilite Actínica: lesão esbranquiçada em lábio inferior com área de ulceração

Page 27: Odonto Magazine #04

Coluna - Patologia Bucal

Quanto mais precocemente as lesões forem diagnostica das, melhores serão as chances de sucesso no tratamento

Se um profissional se deparar com uma lesão labial com as características da Queilite Actínica, uma biópsia incisional é indicada para obtenção do diagnóstico final. Após a con-firmação do diagnóstico, observa-se que lesões iniciais po-dem regredir, desde que o paciente suspenda a exposição aos raios ultravioletas e proteja o lábio com filtro solar. Por sua vez, lesões endurecidas e espessas, com áreas esbran-quiçadas ou ulceradas, e sem indicação de malignidade no laudo, devem ser totalmente removidas, normalmente pela técnica da vermelhectomia. Já nos casos onde o carcinoma de lábio for detectado, o paciente deve ser encaminhado para o tratamento oncológico. Independentemente do estágio em que a lesão é encontra-da no momento do diagnóstico, a proservação deve ser rea-

Referências1. Neville B, Damm DD, Allen CM, Bouquot JE. Patologia Oral e Ma-xilofacial. 3ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2009.

2. Piñera-Marques, K, Lourenço SV, Silva, LFF, Sotto, MN, Carneiro PC. Actinic lesions in fishermen´s lower lip: clinical, cytopathologi-cal and histophatologic analysis. Clinics. 2010; 65(4): 363-7.

3. Wood NH, Khammissa R, Meyerov R, Lemmer J, Feller L. Actinic Cheilitis: a case report and a review of the literature. Eur J Dent. 2011 Jan;5(1):101-6.

4. Instituto Nacional do Câncer- INCA. Disponível em www.inca.gov.br.

lizada por período indeterminado. Considerando o exposto, fica evidente a importância da prevenção para se evitar o aparecimento da Queilite Actí-nica e, consequentemente, do câncer de lábio. Além disso, recomendam-se também consultas periódicas ao cirurgião- dentista para a realização de um exame clínico adequado. Desta forma, os métodos preventivos serão periodicamente alertados e o diagnóstico de lesões, quando for necessário, será feito precocemente.

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28 maio de 2011

Coluna - PeriodontiaColuna - Periodontia

Dentes ou implantes?

Rodrigo Guerreiro Bueno de MoraesCirurgião-Dentista. Mestre em Odontologia pela Universidade Paulista. Membro da Sociedade Brasileira de Periodontia e da American Academy of Periodontology. Consultor Técnico da TePe.

Existe um velho samba de Noel Rosa, cujo refrão exalta a questão: ”com que roupa eu vou”? Sua letra bem-humora-da e o “conflito” proposto na música despertam a memória

dos estudiosos da odontologia para uma questão que ganhou destaque na mídia após episódios polêmicos registrados por al-guns prestadores de serviço do segmento. Diante de dentes comprometidos por doenças bucais - caso das cáries e das doenças mais avançadas das gengivas - é possível afirmar que a substituição dos dentes por implantes é uma al-ternativa para todos os casos? Ou seja, é uma simples questão para optar: vamos de dentes ou implantes? Na realidade a questão é um pouco mais profunda e a decisão deve se basear no que a ciência apresenta como evidência, ou seja, no respaldo científico que sustenta aquela proposta de tra-tamento, da forma mais segura e clara ao paciente.Essa “odontologia baseada em evidências”, justifica o conjunto

de procedimentos possíveis para a cobertura da(s) demanda(s) dos nossos pacientes, à partir do conhecimento científico dis-ponível para cada assunto da odontologia, analisando riscos e perspectivas das opções que atenderiam a solução de um pro-blema bucal.A odontologia baseada em evidências nasce da reunião entre a experiência clínica de cada profissional, as melhores evidências obtidas pelas pesquisas científicas e a percepção dos pacientes sobre as propostas de intervenção (preventivas e/ou curativas).Tive a oportunidade de participar, juntamente de clínicos e es-tudiosos da odontologia mundial, há alguns meses, de um seminário na cidade de Boston – EUA para a discussão sobre diferentes propostas de tratamentos possíveis para um mesmo problema bucal. O conflito se baseava na avaliação das chances de preservação de dentes comprometidos ou na substituição (desses elemen-

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29maio de 2011

Coluna - Periodontia

tos) por implantes dentários. Seis diferentes pesquisadores defenderam os seus diversos pontos de vista sobre as abordagens de tratamento, que enten-diam mais apropriadas, para a solução de um mesmo caso clini-co proposto pela organização do seminário.Foi curioso notar que, diante de um mesmo diagnóstico de do-ença das gengivas, que evoluiu para a perda de um pouco mais da metade do suporte de osso - que sustentava os dentes ante-riores de uma paciente de meia idade - os diferentes apresenta-dores cogitassem, conforme o seu ponto de vista, as seguintes opções terapêuticas:

» a criteriosa descontaminação dentária profissional (raspa-gem dentária ou limpeza profissional) associada aos rigoro-sos métodos de instrução de higiene da boca, seguidas de visitas periódicas ao consultório.» a somatória do primeiro procedimento descrito com

procedimento(s) cirúrgico(s), voltados a tentativa de recons-truir parte dos tecidos perdidos ao redor dos dentes.» a somatória do primeiro procedimento descrito com recur-sos da ortodontia – para a melhora do alinhamento dos den-tes, do acesso a higiene diária e do encaixe da mordida.» e, finalmente, a substituição dos dentes por implantes (devi-damente acompanhados pelos dentistas em visitas de retor-no nas fases futuras).

O fórum também se preocupou em avaliar a opinião da plateia de profissionais da odontologia, através de um recurso digital, para checar a percepção geral sobre os diferentes planejamen-tos propostos pelos apresentadores.Os resultados dessa pesquisa de opinião mostraram que o “des-lumbramento” pela aparente simplicidade gerada com a substi-tuição de dentes por implantes perde força diante da gama cres-cente de recursos disponíveis para a preservação e o reparo das estruturas originais.Isso não significa a exclusão dos valiosos recursos da implanto-dontia da lista de instrumentos para a viabilização de um plano de tratamento baseado em evidências. Serve, tão somente, para alertar que a longevidade dos implantes mostra similaridade com a dos dentes criteriosamente tratados – mesmo que de for-ma complexa – pelas disciplinas de base clínica.O paradigma do implante, como uma espécie de solução mági-ca, capaz de contraindicar propostas terapêuticas e preventivas dos dentes comprometidos, foi derrubado pelos que atuam den-tro do preceito da odontologia baseada em evidências, que exi-ge senso crítico, conhecimento e reciclagem periódica até mes-mo para julgar os verdadeiros limites entre dentes e implantes.Pacientes e os meios de comunicação começaram a se preocu-par com a excessiva proposição de implantes para a solução de casos clínicos ao alcance da periodontia, da endodontia, da orto-dontia, dos restauros e, principalmente, da prevenção.Uma recente matéria cogitou que uma parcela significativa dos implantes executados poderia ser revista a partir de soluções voltadas a prevenção e a reparação dos dentes comprometidos.Esse tipo de “exposição midiática” é um importante contra-ponto as propagandas de rádio e televisão - que vendem os implantes como uma espécie de lanche do Mcdonalds, onde o “cliente” entra, pede, paga, come e se satisfaz - em curtíssimo espaço de tempo.Como professor de odontologia, noto que, apesar do sucesso de público dos cursos de implantes, boa parte dos jovens recém--formados que apostam nessa pós-graduação como o primeiro passo rumo ao “Eldorado da Odontologia”, acabam retornando às bancas de cursos clínicos voltados à prevenção e ao tratamen-to dos dentes ao perceberem os dissabores clínicos da escolha de um caminho, onde os implantes representam o centro dos planos de tratamento e da escolha certa para qualquer ocasião.“Não há outro critério da verdade, senão o crescimento do sentimento de poder”, disse o filósofo Friedrich Nietzsche. Essa citação remete a autolimitação imposta pela aposta na implan-todontia dentária como a solução para toda a nossa atividade profissional. Faça o que sugeriu Nietzsche: torne o seu poder maior, apostando nos dentes com um entusiasmo, na pior das hipóteses, similar aos dos implantes.Voltando a última palestra do curso de Boston, lembro que o co-ordenador do simpósio mostrou, ao final das apresentações, a bela solução que implementou para o caso sugerido aos outros apresentadores. Ganhou quem apostou na preservação, reparo e controle - em longo prazo - dos dentes daquela paciente.

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30 maio de 2011

Coluna - Gestão Odontológica

O desafio de administrar na era das novas tecnologias: a gestão odontológica integral

Na atual conjuntura mundial, muitas pessoas acham que tudo será resolvido de uma forma rápida e geral, quase como magia, por meio das novas tecnologias. Como se

apenas por ter um computador ou lap top e algum software para administrar a clínica ou empresa já se fossem resolver automaticamente todos os problemas e desafios que implica administrar no século XXI. É necessário aprender a utilizar criteriosamente essas novas ferramentas, alimentar e controlar esses sistemas. Mas, ainda hoje, é necessário ter um plano de negócios e um planejamen-to estratégico para inaugurar um empreendimento qualquer.Certamente que as formas de abordar ao cliente ou paciente mudaram: Hoje temos o marketing virtual; marketing de rela-cionamento; marketing mobile (mensagens de celular); dispa-ros de email marketing para segmentos e públicos diferencia-dos, com previa seleção do assunto e uma arte diferenciada dos mesmos, chamados popularmente de spans; lojas virtu-ais que oferecem os diversos produtos, serviços e tratamen-

tos via net; canais de tv na internet; mídias sociais ou web 2, como Orkut, Facebook ou Twitter, etc. Hoje o bom uso dessas mídias sociais reporta muitos novos clientes e pacientes. Isso se deve as pessoas que gostam de ter um relacionamento mais verdadeiro e próximo com a empresa ou clínica, o que muitas vezes não conseguem em um site corporativo ou canal de rádio ou TV, por exemplo.É necessário ter um site corporativo, mas também um blog corporativo. Ambos cumprem funções diferentes. O primeiro, mais formal, deve falar quem somos e quais são os nossos serviços. O segundo deve mostrar um contato mais descon-traído com o cliente ou paciente. Agora, uma regra: é que tan-to o site como o blog e demais mídias sociais devem sempre ter informação nova, ou o internauta deixa de nos visitar.Também mudaram as formas de usar o telefone e atender pre-sencialmente. Hoje se faz telemarketing ativo junto ao cliente para relembrá-lo das novas oportunidades e ofertas, assim como na visitação ou contato pessoal com os clientes, os re-

Felipe Chibás OrtizDiretor da Consultoria Perfec-tu. Psicólogo. Mestre e Doutor pela USP em temas de Gestão e Comunicação Organizacional. Especialista em Marketing Direto pela Universidade Alcalá de Henares, Espanha. Autor de 11 livros publicados em vários países.

Claudia Firmino de FreitasDiretora da Perfectu. Odontólo-ga. Especialista em Ortodontia e em Atendimento e Fidelização ao Cliente pela Universidade Politécnica de Madrid, Espanha.

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Seguindo a tendência mundial de um assentamento de plataforma protética menor que o corpo do implante e, com isso, o uso de componentes protéticos de menor diâmetro. A grande vantagem de se trabalhar com esse tipo de plataforma é que o assentamento do componente protético fica distante da crista óssea, impedindo a presença de bactérias em eventuais micro-gaps, diminuindo a perda do osso alveolar de sustentação ao redor da plataforma protética do implante (reabsorção ao nível da crista óssea).

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Page 31: Odonto Magazine #04

Coluna - Gestão Odontológica

É necessário aprender a utilizar essas novas ferramentas, alimentar e controlar esses sistemas. Mas, ainda hoje, é necessário ter um plano de negócios

presentantes e consultores de vendas, que utilizam o modelo de venda consultiva, deixando o cliente mais a vontade, dado que funcionam não apenas como meros vendedores, e sim como verdadeiros parceiros do cliente, a fim de que ele consi-ga completar sua compra.Mesmo com todas essas mudanças, continua sendo neces-sárias as ferramentas do empreendedorismo, planejamento estratégico, marketing, gestão financeira,  coaching  (aconse-lhamento mais próximo com um consultor experiente para os gestores), negociação, atendimento e fidelização do cliente, entre outras. É preciso também saber motivar e liderar uma equipe e saber se automotivar quando estamos desanimados.Resumindo, podemos dizer que é preciso saber aproveitar es-sas novas tecnologias em função de uma  missão, objetivos e metas claras que nos permitam chegar onde queremos. O foco, hoje, está em ter uma compreensão geral do mercado, o público-alvo e as novas oportunidades que se abrem, partindo da utilização das novas tecnologias e segmentos de público.

Antes, o público de uma empresa ou negócio da saúde estava restrito a quem passava frente a porta ou aos outdoors. Hoje, os clientes potenciais podem estar do outro lado do planeta. Mas utilizar as novas tecnologias com um olhar antigo ou sem o auxílio das ferramentas da administração estratégica não serve de nada.

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Page 32: Odonto Magazine #04

A vez da odontologia estética

Falar em estética é falar sobre um conceito que está relaciona-do com a harmonia, com a beleza e com o equilíbrio. “A histó-ria da humanidade nos mostra que os conceitos estéticos em

odontologia sempre estiveram presentes, tendo estes um apelo cultural extremamente forte. Desde os primórdios da odontologia é possível identificar em crânios e estruturas dentais ostentações, como a presença de pedras preciosas, que em seu tempo foram consideradas estéticas e aceitas pela população como belo”, ex-plica o Dr. Francisco C. Rehder Neto, especialista em odontologia restauradora.A odontologia estética, que antes era tida como algo supérfluo, passou a ser considerada como primordial à saúde bucal. “Hoje é muito difícil desvincular as questões de estética à manutenção de uma saúde bucal. Pensar em estética como algo supérfluo ou superficial é um erro. A harmonia de um sorriso, os concei-tos estéticos - hoje aceitos pela sociedade - podem influenciar, de maneira direta as relações sociais de uma pessoa em diver-sos níveis. A má condição da saúde bucal pode, inclusive, trazer consequências psicoemocionais, portanto, estética tem haver com autoestima, com sentir-se bem”, comenta o Dr. Francisco.A odontologia estética sofre mutações tecnológicas a todo o mo-mento. São inúmeras as opções de tratamentos para os mais diver-sos e complexos casos clínicos. Segundo o Dr. Francisco C. Rehder Neto, a estética na odontologia nunca foi explorada como nos dias de hoje, se no passado isso fora tendência, hoje é uma realidade, onde o profissional cirurgião-dentista tem ao seu dispor um arsenal tecnológico, que quando bem indicado e corretamente aplicado, é capaz de transformar estética em sorrisos e estes em saúde.Entre os tratamentos estéticos mais procurados pelos pacientes, o Dr. Francisco explica que a correção de posicionamento do dente aliado ao clareamento dental é campeã dos pedidos no consultório odontológico. Já o implante, do ponto de vista es-tético, está cada vez mais ganhando mercado e tendo o acesso

O sorriso é, sem dúvida alguma, o nosso cartão de visitas. Dentes bem cuidados, brancos e limpos são peças essenciais para a promoção da saúde bucal.

Por: Vanessa Navarro

Especial Estética

facilitado, prova disso é a inclusão como procedimento junto ao Sistema Único de Saúde - SUS.O sucesso de um tratamento odontológico, seja estético ou não, depende do diagnóstico correto e da aceitação do paciente media-mente tal diagnóstico. “Conhecer as necessidades do paciente e trabalhar educação em saúde são pontos fundamentais na deter-

Dr. Francisco C. Rehder Neto possui graduação em Odontologia pela FORP (USP), é mestre em Odontologia Restauradora pela FORP

(USP) e doutorando em Odontopediatria pela mesma instituição. É supervisor de inteligência de mercado da Gnatus. Possui trabalhos

relacionados à odontologia minimamente invasiva com foco em cariologia, contemplando diagnóstico e tratamento de lesões cario-

sas e não cariosas e integração entre periodontia e dentística em procedimentos estéticos.

32 maio de 2011

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Especial Estética

33maio de 2011

minação das melhores escolhas em termos de produtos, técnicas e planos de cuidados que culminem em tratamentos com resul-tados estéticos satisfatórios para o paciente e para o dentista. O sucesso dos tratamentos estéticos no futuro, e o mais importante, a longevidade destes tratamentos em termos de saúde está na interface entre diferentes profissionais de diferentes especialida-des”, finaliza o especialista em odontologia restauradora.Quem já nasceu com dentes bem distribuídos e um sorriso harmo-nioso é, certamente, uma pessoa de sorte. Mas se o seu paciente não é um dos premiados pelo destino, não desanime! O mercado odontológico conta com um portfólio imenso de equipamentos e produtos que prometem (e cumprem) o sorriso perfeito.

Dr. Francisco C. Rehder Neto

“A estética é parte fundamental de qualquer procedimento odontológico, mas estética em um conceito que não envolva saúde pode ser algo muito prejudicial”

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Especial Estética

34 maio de 2011

Sistema adesivo dentinário altamente seguroO Fusion Duralink, da Angelus, é um sistema adesivo dentinário de quar-ta geração que apresenta comprovação científica de segurança e possui maior adesão ao esmalte e dentina, gerando maior longevidade à res-tauração ou cimentação. É um produto versátil, que pode ser utiliza-do com materiais ativados quimicamente ou por luz, possui solvente à base de água e etanol, o que diminui a sensibilidade pós-operatória.O produto é indicado tanto para restaurações como para cimentações de facetas laminadas, próteses adesivas, inlays, onlays, coroas, pontes fixas, pinos intrarradiculares pré-fabricados em metal, fibra de vidro ou carbono e núcleos metálicos fundidos.www.angelus.ind.br

Proteção clinicamente comprovada por até 12 horas contra placa bacterianaO creme dental Colgate Total 12 foi cientificamente testado e se trans-formou em uma alternativa saudável para o combate de problemas bucais diários.Mais de 60 estudos com mais de 10.000 pacientes do mundo todo ates-taram a eficácia e a segurança de Colgate Total 12. Sua fórmula é com-posta por Triclosan e Copolímero, que ajudam a prevenir a formação da placa (que leva a problemas de gengiva) e a proporcionar 12 horas de proteção completa para uma boca mais saudável. Colgate Total 12 é aprovado pela Associação Brasileira de Odontologia e pela Sociedade Brasileira de Periodontologia. www.colgate.com.br

FotoWireless: praticidade e autonomiaConsiderada a solução inteligente do Grupo Alta Mogiana, a D700 é ideal para profissionais que buscam versatilidade, durabilidade e visual moderno ao al-cance de seus bolsos. Agora traz ao mercado equipamentos mais confortáveis para que você tenha mais eficiência ao utilizá-los.O FotoWireless da D700 oferece aos profissionais mais praticidade e mobilida-de, o que facilita seu trabalho no dia-a-dia. O aparelho sem fio com tecnologia em fotopolimerização de resinas com-postas pela utilização de LED, conta com durabilidade superior à de qualquer lâmpada halógena e é indicado para sessões de clareamento dental. A marca possui ampla rede de assistência técnica em todo o Brasil, com loja online e rapidez na entrega. Qualidade e preço tornam os produtos D700 óti-mas opções de pacotes da categoria.www.d700.com.br

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35maio de 2011

Especial Estética

Clareamento dental fotoassistidoO Whitening Lase II, da DMC Equipamentos, possui as funções de biomodu-lação, clareamento dental e terapia fotodinâmica.Na função biomodulação, o equipamento emite luz laser com comprimen-to de onda de 660 nm  ± 10 nm e de 808 nm  ± 10 nm para bioestimulação das áreas de odontologia, medicina geral e fisioterapia. Este equipamento possui o modo assistido, o qual ilustra algumas patologias com suas doses mínimas e máximas aplicáveis.O equipamento realiza o clareamento dental fotoassistido em todos os den-tes de uma arcada.A terapia fotodinâmica (PDT) consiste na associação de um agente fotossensível a uma determinada fonte de luz, com o objetivo de realizar a redução microbiana.www.dmcgroup.com.br

Creme dental antiplaca com ação branqueadoraO creme dental da edel+white protege a beleza natural dos dentes, proporcionando uma aparência natural. O produto foi desenvolvido com baixa espuma para uso com esco-vas de dentes elétricas e ultrassônicas e escovas de dentes manuais com maior efi-ciência de limpeza (KONEX®). A balanceada fórmula para remoção de placa contém pirofosfato de tetrapotássio, que ajuda a remover as manchas, enquanto minúsculas esferas de sílica delicadamente removem a placa bacteriana dos dentes. O fluoreto de sódio ajuda a proteger os dentes dos ataques ácidos durante o dia.Especialmente recomendada para dentes manchados ou em caso de resíduos e para prolongar o efeito do clareamento profissional ou de outros produtos clareadores.www.edel-white.com

Tecnologia que permite a construção de sorrisos perfeitosA resina Opallis, da FGM Produtos Odontológicos, é adequada para as mais diversas va-riações estéticas, e atende desde casos mais simples até os mais complexos. O produto permite alcançar êxito total em restaurações, oferecendo além de alta resistência mecâ-nica, brilho e textura muito próximos ao dente natural, além de permitir uma estabilidade estética por um longo período.O produto é indicado para restauração de dentes cariados, substituição de restaurações pré-existentes que estejam deficientes, restabelecimento de dentes fraturados, correção de dentes com alteração de forma ou posicionamento ou ainda que tenham defeitos es-truturais, entre outras utilidades.www.fgm.ind.br

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Especial Estética

36 maio de 2011

Novidade em compósito direto O IPS Empress Direct, da Ivoclar Vivadent, oferece a estética de uma cerâmica combinada com a praticidade de um compósito – decorrente da vasta opção de cores, vários níveis de translu-cidez e boas propriedades processamento. O compósito nano - híbrido fotopolimerizável é baseado na tecnologia do último compósito e foi desenvolvido em cooperação com os pesquisadores, dentistas e especialistas em cores. Devido aos tons naturais e de opacidade, um resultado natural e estético pode ser obtido para todas as indicações. O produto, que está disponível em seringas e cavifils, oferece alta estabilidade, fidelidade em sua escala e excelentes propriedades de polimento e na ação de modelar. www.ivoclarvivadent.com.br

Peças de mão em prol da belezaA odontologia estética requer cada vez mais detalhes para a per-feição e para o conforto do paciente e do profissional e para isso, as peças de mão precisam trabalhar com precisão e leveza. Se-guindo como inovadora, a Gnatus não ficou para trás e lançou as peças de mão coloridas no Brasil e na Alemanha. Fabricadas em alumínio, as peças estão mais leves e estão disponíveis em três cores: rosa, azul e verde.Sem abrir mão de características já consagradas das peças de mão Gnatus, como o seu exclusivo tratamento químico aplicado ao encaixe das peças e tam-bém do balanceamento digital de seus rotores, as novas opções de peças de mão em alumínio casam com a neces-sidade de um produto que é imprescindível ao profissional que preza pela qualidade e pelo conforto na realização de seus procedimentos. As peças de mão podem ser adquiridas individualmente e em kits, que são acompanhados de mochilas na cor da peça de mão.www.gnatus.com.br

A impressão que impressionaOs materiais de moldagem do sistema Perfectim Systems, da J. Mo-rita Brasil, são à base de vinilpolisiloxano, oferecem alta estabilidade dimensional de 14 dias, sem distorção, e alta resistência ao rasgamen-to. O material pesado pode ser adquirido em dois potes de 400g cada (putty) ou em cartucho de 50 ml por meio do sistema automistura (BlueVelvet). O material leve possui três opções de viscosidade (Final Wash, FlexiVelvet e SinglePhase), e também é apresentado em sistema automistura. Para mais informações ou aquisição, entre em contato com a J. Morita por meio do telefone 0800-888-5060 ou e-mail [email protected]

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37maio de 2011

Especial Estética

Enxaguatório bucal com efeito clareador A desarmonia da coloração dentária é, geralmente, uma das primeiras altera-ções percebidas na boca. Os dentes amarelados causam desconforto e, mui-tas vezes, efeitos psicológicos negativos nos indivíduos, como a influência na autoestima e a dificuldade de sorrir sem constrangimento. Preocupada com o bem-estar dos consumidores, a Johnson & Johnson traz a solução: o en-xaguatório bucal LISTERINE® Whitening, que mata os germes causadores do mau hálito e atua por meio de bolhas ativas na redução das manchas e no clareamento dos dentes. Você percebe o resultado a partir de seis semanas de uso contínuo. A linha Whitening recebe o reforço do fio CleanPaste, que remo-ve as manchas superficiais interdentais.www.jnjbrasil.com.br

Uma nova realidade para os dentistasA MMO apresenta ao mercado o Twin Flex Evolution, um completo sistema de clareamento dental e laserterapia.Clareamento dental: sistema multifuncional de alta eficiência que utiliza a tec-nologia mais avançada encontrada no mercado, o fotoclareador com LED’s azuis. O equipamento possibilita atingir resultados já nas primeiras sessões.Óptica: sistema exclusivo direciona totalmente o foco emitido pelos LED’s azuis, programações de tempo em até 10 minutos, mais tempo de vida útil - LED’s, acionamento por meio de botão diretamente ligado à estrutura do aplicador e sistema de funcionamento automatizado.Laserterapia/terapia fotodinâmica: indicado para analgesias, inflamações, do-res articulares, alveolites, entre outras. O sistema de laserterapia do Twin Flex Evolution traz inúmeras possibilidades para os profissionais da área odonto-lógica, estética, médica e fisioterápica. www.mmo.com.br

Oral-B Pro Saúde Whitening reúne duas tecnologias clareadorasO sistema de polifluoreto do creme dental Oral-B Pro-Saúde Whitening combina duas tecnologias que branqueiam os dentes pela remoção das manchas de sua superfície. Trata-se da sílica dupla, com propriedades abrasivas distintas e supereficazes na re-moção de manchas superficiais. Sua fórmula contém ainda o hexametafosfato de

sódio, composto por minúsculos cristais que agem quimicamente, dissol-vendo e desprendendo as manchas já existentes e formando uma barreira protetora que ajuda a evitar a formação de novas manchas.A tecnologia do produto permite também que, durante a escovação, o fluo-reto estanoso, um poderoso ingrediente que mata as bactérias causadoras de cáries, placa bacteriana, gengivite e mau hálito, seja liberado na boca. Tra-ta-se da única fonte de fluoreto aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA, o órgão do governo americano que controla alimentos e remédios),

como agente ativo multifuncional. www.oralb.com.br

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38 maio de 2011

Caso Clínico

Reabilitação total bimaxilar restabelecendo a tríade: função, fonética e estética

Murillo Sucena PitaMestre em Prótese Dentária, Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP. Doutorando em Reabilitação Oral, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto-USP, Departamento de Materiais Dentários e Prótese.

Wirley Gonçalves AssunçãoProfessor Adjunto, Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP, Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese.

Rodolfo Bruniera AnchietaMestre e Doutorando em Prótese Dentária, Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP, Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese.

Eduardo Passos RochaProfessor Adjunto, Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP, Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese.

Paulo Henrique dos SantosProfessor Assistente Doutor, Faculdade de Odontologia de Araçatuba-UNESP, Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese.

Vinicius PedrazziProfessor Associado, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP, Departamento de Materiais Dentários e Prótese.

O tratamento de indivíduos totalmente desdentados, desde

os primórdios dos conceitos e fundamentos da reabilita-

ção oral, tem sido um grande desafio para os profissionais

da odontologia, especialmente em relação à retenção, suporte e

estabilidade das próteses totais. Esses pré-requisitos protéticos

estão geralmente deficientes em pacientes que apresentam um

longo período de desdentamento, com grande atrofia e reabsor-

ção dos rebordos alveolares, especialmente no arco mandibular.

Com o advento da implantodontia e com a evolução sequen-

cial dos estudos envolvendo o processo de osseointegração

essa filosofia se tornou otimizada pelas próteses totais fixas

implantossuportadas, denominadas próteses protocolo, repre-

sentando uma modalidade clinicamente previsível no âmbito

da odontologia moderna.

Com base nessa premissa, o objetivo do presente trabalho é

elucidar a sequência clínica de uma reabilitação total bimaxilar,

conjugando-se uma prótese total convencional superior e uma

prótese protocolo inferior.

Caso clínicoA. A. P., sexo masculino, 73 anos, procurou a Clínica de Pós-Graduação

em Prótese Dentária da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP

com o anseio de melhorar sua qualidade de vida, buscando, principalmen-

te uma maior eficiência mastigatória e a segurança ao sorrir.

O paciente apresentava desdentamento total bimaxilar, clinicamente com

um bom volume de rebordo alveolar na maxila e seis implantes (SIN – Sis-

tema de Implantes) de hexágono externo, plataforma regular, instalados

e osseointegrados na mandíbula, sendo quatro posicionados na região

interforaminal e um distalmente a cada forame mentoniano, com os res-

pectivos cicatrizadores (figura 1).

Apesar do uso de próteses provisórias, as mesmas já apresentavam de-

ficiências em suas bases, com deterioração do material reembasador e

odor desagradável, além de instabilidade e alterações significativas na

dimensão vertical de oclusão. Na ausência das mesmas, notam-se as con-

sequências estéticas negativas do desdentamento total, como a eviden-

ciação dos sulcos e linhas de expressão faciais (figura 2), perda de suporte

labial, diminuição do ângulo nasolabial e protrusão do mento (figura 3).

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39maio de 2011

Caso Clínico

Figura 2Sorriso inicial revelando as consequências estéticas negativas do desdenta-mento total, como a evidenciação dos sulcos e linhas de expressão faciais.

Figura 4Radiografia panorâmica pré-reabilitação.

Figura 1Implantes instalados e osseointegrados na mandíbula com seus respectivos cicatrizadores.

Figura 3Na ausência da reabilitação bimaxilar, nota-se a diminuição da dimensão vertical de oclusão, perda de suporte labial, diminuição do ângulo nasolabial e protrusão do mento.

Figura 5Transferentes cônicos posicionados para moldagem preliminar pela técnica da moldeira fechada.

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40 maio de 2011

Caso Clínico

Figura 9Transferentes posicionados e unidos para moldagem de arrasto pela técnica da moldeira aberta.

Figura 11Visão frontal do caso finalizado evidenciando o espaço para a adequada higienização entre o rebordo alveolar mandibular e a base da prótese protocolo.

Figura 8Transferentes quadrados individualizados e sequencialmente numerados no modelo de estudo.

Figura 10Molde mandibular finalizado.

Figura 7Molde maxilar finalizado.

Figura 6Molde dos implantes obtido com silicone de condensação nas consistências leve e pesada.

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41maio de 2011

Caso Clínico

Figura 17Naturalidade de um sorriso belo e rejuvenescido.

Figura 15Suavização das linhas e sulcos de expressões faciais pós-reabilitação bimaxilar.

Figura 16Harmonia do sorriso em visão frontal.

Figura 14Visão de perfil evidenciando a recuperação da dimensão vertical de oclusão e do suporte labial.

Figura 12Visão lateral esquerda do caso finalizado e a eficiente intercuspidação dos dentes posteriores.

Figura 13Visão intraoral lateral direita do caso finalizado.

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42 maio de 2011

Caso Clínico

Relevância clínicaPara o planejamento do caso clínico realizou-se uma radiografia

panorâmica (figura 4) e moldagens preliminares para a confecção

dos modelos de estudo. Nessa etapa, a moldagem de transferência

dos implantes foi realizada pela técnica da moldeira fechada. Fo-

ram então retirados os cicatrizadores e, consecutivamente posicio-

nados os transferentes cônicos de moldagem (figura 5), conferindo

a adaptação dos mesmos por sondagem e exame radiográfico pe-

riapical. Por meio de uma moldeira de estoque preenchida por um

silicone de condensação nas consistências leve e pesada (Perfil –

Vigodent), obteve-se o molde dos implantes (figura 6).

Sobre os modelos de estudo obtidos foram confeccionadas mol-

deiras individuais para a realização das moldagens de trabalho.

A moldeira superior foi recortada dentro dos limites anatômicos

da área chapeável, subextendida em 2 mm para que o material de

moldagem pudesse copiar e proporcionar todo o vedamento peri-

férico, feito com silicone de condensação na consistência pesada

(Perfil – Vigodent). A seguir, para a moldagem do palato e rebordo

alveolar foi utilizada uma pasta zinco-enólica (Lysanda), e poste-

riormente finalizada a técnica com o pincelamento de cera rosa nº7

(Wilson) plastificada na linha de transição entre o palato duro e

mole, caracterizando o travamento palatino posterior (figura 7).

No modelo mandibular, além da confecção da moldeira individual,

foram personalizados os transferentes quadrados para a molda-

gem dos implantes pela técnica da moldeira aberta ou moldagem

de arrasto. Para tanto, esses transferentes foram posicionados nos

respectivos análogos do modelo de estudo e unidos entre si por

um amarrilho feito com fio dental e reforçado por resina acrílica

autopolimerizável (Duralay). Após a completa polimerização da re-

sina, os transferentes foram novamente individualizados através

de secções feitas com disco de carborundum, rompendo-se assim,

as forças acumuladas pela contração de polimerização da resina

acrílica e que podem interferir na fidelidade do molde.

Esses componentes foram então sequencialmente numerados no

modelo de estudo (figura 8) e transferidos para a boca, onde, após

sondagem e exame radiográfico periapical para verificação da

adaptação, foram novamente unidos com uma quantidade mínima

de resina acrílica autopolimerizável (figura 9) para a execução da

moldagem de trabalho feita com material a base poliéter de con-

sistência regular (Impregum – 3M ESPE), obtendo-se o molde final

(figura 10).

Diante dos modelos de trabalho, foram confeccionadas as bases

de prova e os planos de orientação em cera, para a tomada dos

registros intermaxilares de relação central e dimensão vertical de

oclusão para a montagem dos mesmos em articulador semiajustá-

vel. Foram seguidos os parâmetros de individualização dos planos

de orientação, como o paralelismo ao plano de Camper e à linha

bipupilar, suporte labial, corredor bucal, bem como o registro das

linhas de referência para a seleção dos dentes artificiais (Ivoclar –

Vivadent), como a linha média, a linha alta do sorriso e a distância

entre as comissuras labiais.

Para a montagem dos dentes, seguiu-se o conceito da oclusão

bilateral balanceada, preconizado para reabilitações envolvendo

próteses totais, onde deve haver contatos bilaterais harmônicos e

simultâneos entre os arcos antagonistas, tanto no lado de traba-

lho quanto no de balanceio, nas posições cêntricas e excêntricas.

Após a montagem, realizou-se a prova dos dentes, aplicando-se os

testes funcionais e fonéticos com a pronúncia de sons sibilantes,

conferindo os parâmetros estéticos do sorriso.

Finalizada esta etapa, o modelo mandibular com os dentes artifi-

ciais montados foi duplicado em gesso e confeccionado um guia

transparente em acetato para orientar o enceramento da barra den-

tro dos seus limites anatômicos e estruturais. Após a fundição da

barra, a mesma foi provada em boca para verificar a passividade de

sua adaptação, comprovada novamente pela sondagem clínica e

radiografias periapicais. Por fim, foi selecionada a cor gengival com

o auxílio da escala STG (Sistema Thomaz-Gomes), para a caracte-

rização dos pigmentos e processamento final das bases protéticas.

Frente a limitações anatômicas impostas pelo espaço intermaxi-

lar reduzido devido à altura do rebordo alveolar maxilar, e limita-

ções financeiras com o custo adicional de intermediários, foram

selecionados pilares calcináveis tipo UCLA com cinta metálica de

mecanismo rotacional (SIN – Sistema de Implantes) como recurso

terapêutico, seleção esta possibilitada pelo alto grau de paralelis-

mo entre todos os implantes e pelo mesmo nível horizontal de suas

plataformas protéticas.

Concluída a etapa laboratorial de acabamento das próteses, as

mesmas foram instaladas e, na sequência, realizados os ajustes

oclusais, inicialmente em máxima intercuspidação durante a aber-

tura e fechamento, e posteriormente durante os movimentos láte-

ro-protrusivos da mandíbula.

Finalizado o caso, observa-se um espaço para a adequada higie-

nização entre o rebordo alveolar mandibular e a base da prótese

protocolo (figura 11), a eficiente intercuspidação dos dentes pos-

teriores (figuras 12 e 13), a recuperação da dimensão vertical de

oclusão e suporte labial com a consequente suavização das linhas

e sulcos de expressões faciais (figuras 14 e 15), e a naturalidade de

um sorriso belo e rejuvenescido (figuras 16 e 17).

ConclusãoO tratamento desenvolvido e guiado por um correto planejamento,

respeitando os princípios protéticos e biomecânicos de uma reabi-

litação total, possibilitou restabelecer a tríade: função, fonética e

estética, devolvendo a harmonia do sorriso e proporcionando sa-

tisfação e segurança ao paciente.

Referências 1. Pita MS, Assunção WG, Rocha EP, Anchieta RB, Barão VAR. A

oclusão nas próteses totais implantossuportadas mediatas e ime-

diatas. Implant News. 2010; 7(4): 548-552.

2. Pita MS, Anchieta RB, Pita DS, Zuim PRJ, Pellizzer EP. Funda-

mentos de oclusão em implantodontia: orientações clínicas e seus

determinantes protéticos e biomecânicos. Revista Odontológica

de Araçatuba. 2008; 29(1): 53-59.

O tratamento de indivíduos totalmente desdentados, desde os primórdios dos conceitos e fundamentos da reabilitação oral, tem sido um grande desafio para os profissionais da odontologia

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43maio de 2011

Caso Clínico

A aplicabilidade das ortoses no planejamento diagnóstico e tratamento de pacientes com perda de dimensão vertical

Marcelo Bighetti ToniolloEspecialista em Prótese Dentária pela Associação Odontológica de Ribeirão Preto – AORP. Mestrando em Reabilitação Oral pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - FORP (USP), Departamento de Materiais Dentários e Pró[email protected]

Daniel Palhares Especialista em Prótese Dentária. Mestrando em Ciências da Saúde – concentração em Implantodontia no Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos- UNIFEB. Professor coordenador do curso de Habilitação Profissional em Implantes Dentários no GEOPAS/ABO de Passos-MG. Professor do curso de Atualização da Técnica de Implantes em Carga Imediata e Cirurgia Guiada da Associação Odontológica de Ribeirão Preto – AORP.

Murillo Sucena PitaEspecialista em Prótese. Mestre em Prótese Dentária. Doutorando em Reabilitação Oral pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – FORP (USP), Departamento de Materiais Dentários e Prótese.

O bom estado do sistema estomatognático consiste não só na adequada manutenção da questão estética, como também na efetiva funcionabilidade de todo o comple-

xo, sendo capaz de prover ao paciente um satisfatório compor-tamento de todo o sistema envolvido. Para que tal complexo te-nha sua função preservada e que seja de forma fisiológica, um dos fatores indispensáveis é a chamada dimensão vertical (DV).Tal DV é didaticamente dividida em dimensão vertical de oclu-são (DVO) e dimensão vertical de repouso (DVR), sendo que a primeira representa a altura da face estando os dentes em contato e a mandíbula em relação cêntrica (RC); e a segunda é a altura da face, estando os dentes separados e a mandíbula em posição fisiológica de repouso. A diferença entre a DVO e a DVR representa o espaço funcional livre (EFL), que, na média, apresenta-se com 3 mm.Com o desenvolvimento técnico e científico da odontologia, o cirurgião-dentista, no campo da reabilitação oral, vem se tor-nando cada vez mais hábil em amenizar as desarmonias den-to-faciais, mas o restabelecimento da DV ainda se caracteriza como um grande desafio1.O restabelecimento da DV, proporcionado por aparelhos pro-téticos removíveis, resulta na correção do comprimento fisio-

Daniela Aliprandini Prado MoroTécnica em Prótese Dentária.

Renato José BerroMestre e Especialista em Prótese Dentária. Especialista em Implantes pela UNESP - Araraquara. Professor do curso de Especialização em Prótese da Associação Odontológica de Ribeirão Preto – AORP.

Wilson MatsumotoProfessor Doutor do Departamento de Materiais Dentários e Prótese da FORP (USP.) Coordenador do curso de Especialização em Prótese Dentária da Associação Odontológica de Ribeirão Preto – AORP.

lógico das fibras musculares e no restabelecimento da estética facial2. Assim, intervindo de maneira adequada na etiologia do problema, torna-se possível a resolução de casos em que, tan-to a estética como a função estão comprometidas.Mudanças patológicas da oclusão ocorrem quando o suporte posterior dos dentes é reduzido ou perdido. Nesses casos, a mandíbula necessita de novo suporte que, geralmente, é dado pelos dentes anteriores. Tal ocorrência leva a um estado ainda mais crítico de todo o sistema estomatognático, podendo gerar desgastes acentuados também na bateria dos dentes anterio-res, os quais não são designados para suportar certos tipos de cargas2. Consequentemente, tais cargas excessivas podem vir a ser um dos fatores causadores do chamado colapso oclusal3,4.Outros importantes fatores que devem ser observados consis-tem nos hábitos de vida moderna, em que tem destaque o alto índice de pacientes com estresse, acarretando também outras desordens, como o bruxismo e ambiente bucal ácido devido ao refluxo, predispondo os dentes à atrição, erosão e abrasão5.Tratamento de casos, por meio do uso de próteses fixas ou removíveis, que apresentam perda da dentição por desgaste, caracteriza-se por ser complexo e se enquadra entre aqueles com resolubilidade mais difícil. O restabelecimento da DV é de

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Caso Clínico

Figura 1Foto inicial do caso. Insatisfação do paciente com estética desfavorável devido ao acentuado desgaste dos dentes.

Figura 2Radiografia panorâmica inicial do caso.

suma importância, a fim de haver cuidadosa compreensão do plano de tratamento requerido para cada caso6.Para o restabelecimento da DVO e, junto dela, a harmonia es-tética e fisiológica do paciente, pode-se fazer uso de um dis-positivo protético denominado overlay ou ortose. Segundo o Dorland’s Medical Dictionary, trata-se de um aparelho ortopé-dico utilizado para sustentar, alinhar, prevenir e/ou corrigir de-formidades ou melhorar a função de partes móveis do corpo. Nada mais é que uma prótese parcial removível diagnóstica que pode ser confeccionada em resina quimicamente ou ter-micamente ativada, fotopolimerizável, totalmente em metal ou em combinação desses materiais, que é o mais comumente utilizado, podendo ser utilizada com caráter provisório ou de-finitivo.Assim, com esse tipo de tratamento, é possível restaurar o pla-no oclusal e a DVO, devolvendo função e estética ao paciente, por meio de um tratamento que também se caracteriza em ser terapêutico e de diagnóstico, com a possibilidade posterior de se dar prosseguimento ao caso com outros tipos de resolução protética de caráter mais definitivo, uma vez conhecida a DV mais próxima do ideal do paciente, tornando o comportamen-to de seu sistema estomatognático novamente fisiológico. O presente caso clínico exemplifica exatamente esta condição, na qual o paciente passou por um planejamento diagnóstico e de tratamento com ortose superior, e posterior reabilitação supe-rior definitiva completa.

Caso clínicoPaciente do gênero masculino, 53 anos, procurou atendimento odontológico queixando-se da aparência estética de seu sor-riso (figura 1). No exame clínico foi verificado acentuado des-gaste em todos os dentes superiores. Por meio da anamnese e exames médicos complementares concluiu-se que o desgaste fora causado pela somatória de dois problemas: refluxo gas-trointestinal e bruxismo. Na avaliação radiográfica observou-se ausência dos dentes 15 e 24, além de dentes com tratamentos prévios insatisfatórios (figura 2).Testes fonéticos e análise do perfil do paciente permitiram che-gar à conclusão quanto à perda de dimensão vertical (figura 3).Com a finalidade de obter resultado estético e funcional ade-quados, restabelecendo a dimensão vertical perdida, op tou-se pela confecção de ortose, abrangendo todos os dentes supe-riores. Registros oclusais em relação cêntrica foram realizados aumentando-se a dimensão vertical do paciente, por meio de testes fonéticos e análise do perfil facial (figura 4). Procedeu-se, então, moldagem superior e inferior e montagem em articula-dor para confecção do enceramento diagnóstico. Fotografias iniciais foram realizadas para comunicação com o técnico em prótese e determinação do formato final dos dentes a serem confeccionados na ortose.Concluído o enceramento diagnóstico (figura 5), foi realizada uma moldagem do mesmo com silicona de adição, confeccio-nando-se uma muralha de silicona, a fim do correto posiciona-mento dos dentes no momento da montagem da ortose. Com o uso da muralha de silicona, verificou-se que a perda de estrutu-ra dental superior foi tão grande que não houve a necessidade de preparo dos mesmos. Pela perda acentuada de tecido dentá-rio, foi possível confeccionar a overlay com volume suficiente de resina prensada, a fim de lhe conferir resistência adequada. Após o completo planejamento e interação entre clínico, proté-tico e paciente, confeccionou-se a ortose (figura 6).

Foi feito uso da ortose durante seis meses (figuras 7 e 8), jun-tamente do tratamento e cura do refluxo gastrointestinal. Pas-sou-se então à confecção da reabilitação definitiva superior. Devido ao grande desgaste, foi idealizado o tratamento endo-dôntico de todos os dentes superiores para confecção de co-roas metalocerâmicas unitárias nos dentes 17, 13, 12, 11, 21, 22, 26, 27 e próteses fixas de três elementos em 16, 15, 14 e 23, 24, 25. Realizou-se a moldagem do enceramento e confec-ção de um modelo do mesmo para que se confeccionasse uma placa de acetato fina e transparente para servir de guia na cor-reta moldagem dos núcleos metálicos fundidos (figura 9), os quais foram moldados dente a dente, retirando-se a ortose e preparando devidamente o dente. Depois, reposicionava-a re-embasada no local correspondente para que não perdesse a retenção. Todos os núcleos foram fundidos e deixados prontos. Foram posicionados todos os núcleos metálicos fundidos e fez--se uma moldagem com silicona de condensação, sacando-os todos juntamente do molde. Sobre este respectivo modelo foi possível a confecção dos provisórios individuais, utilizando-se a muralha de silicona para se aproximar ao máximo o posicio-namento destes provisórios com relação à ortose.Os núcleos foram cimentados (figura 10) e preparados para re-ceber os provisórios, os quais foram reembasados e cimenta-dos (figura 11).O paciente permaneceu por um mês com os provisórios e não havendo nenhum problema, iniciou-se a confecção das coro-as metalocerâmicas. Os preparos foram moldados individual-mente com uso de casquetes e poliéter. Foi feita também uma moldagem de toda a arcada com silicona. Depois da prova dos

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45maio de 2011

Caso Clínico

Figura 4Registro oclusal das arcadas em relação cêntrica com auxílio do “JIG de Lucia” e silicona pesada na dimensão vertical correta.

Figura 6Ortose confeccionada.

Figura 8Aspecto satisfatório da ortose instalada. Correta recuperação da dimensão vertical e suporte músculo-esquelético.

Figura 10Núcleos metálicos fundidos instalados, cimentados e preparados.

Figura 3Visão lateral evidenciando a perda de dimensão vertical do paciente.

Figura 5 Enceramento diagnóstico na dimensão vertical correta.

Figura 7Visão intrabucal da ortose instalada. Boa adaptação e oclusão balanceada.

Figura 9Placa de acetato fina e transparente para servir de guia na correta moldagem dos núcleos metálicos fundidos.

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46 maio de 2011

Caso Clínico

Figura 12 Moldagem de transferência dos copings.

Figura 15 Radiografia panorâmica final do caso.

Figura 13 Visão intrabucal das coroas metalocerâmicas cimentadas.

Figura 14Aspecto satisfatório da reabilitação final confeccionada na correta dimensão vertical pré-determinada pelo uso da ortose.

Figura 11 Provisórios instalados e cimentados.

DiscussãoDentre os mais variados tipos de reabilitações, há consenso de que existem critérios a serem respeitados dentre todas as técnicas plausíveis de serem utilizadas. A manutenção ou recuperação da DV dentro de limites fisiológicos é de suma importância para o sucesso do procedimento restaurador.Quando a DV de um paciente é determinada erroneamen-te, ocorre a perda do espaço funcional livre e, assim, os músculos estarão sob esforços constantes, o que pode oca-sionar sérios problemas dentais, como a movimentação destes para acomodação da DV com desgastes excessivos das estruturas dentais; problemas musculares, como fadiga acompanhada de dores dificultando o restabelecimento da DV; e problemas de articulação temporomandibular, como dor, disfunção e alterações degenerativas de disco, cápsu-las e côndilo7. Uma vez a estabilidade do sistema estoma-tognático quebrada, todo o conjunto que compõe o correto funcionamento e in ter-relacionamento das arcadas dentá-rias é afetado2.A observação do paciente após uso das ortoses é de suma importância, a fim de se notar a adaptação na nova DV es-tipulada. Caso o aumento da DV tenha sido tomado de for-ma arbitrária sem a avaliação criteriosa do caso, múltiplas

copings, fez a moldagem de transferência (figura 12), aplica-ção da cerâmica, prova, glaseamento e cimentação com fosfato de zinco. Foi confeccionada uma placa miorrelaxante, a fim de proteger os dentes contra o bruxismo. Sorriso final e radiogra-fia panorâmica final (figuras 13, 14 e 15).

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47maio de 2011

Caso Clínico

complicações podem ser desencadeadas.No presente relato clínico nota-se que, a partir do momento em que o prin-cipal fator causador da desordem do caso, que é a perda da DV, foi resta-belecido, cri a-se automaticamente todos os critérios necessários para uma correta e satisfatória reabilitação, por exemplo, espaço interoclusal e bom relacionamento entre maxila e mandíbula, possibilitando a execução da re-abilitação de forma adequada.É importante ressaltar que as ortoses podem ser usadas com caráter defini-tivo, ou então, como se fez no presente caso clínico, com caráter provisório, terapêutico e diagnóstico. Passado um primeiro momento de adaptação e verificação da correta DV do paciente, acompanhada de boa resposta fo-nética e músculo-esquelética, procede-se para as restaurações definitivas.Recomenda-se o uso de tais ortoses por um mínimo período de adaptação em torno de seis a oito semanas, para então confeccionar reabilitação defi-nitiva com características semelhantes à ortose8.É necessário reforçar ao paciente a necessidade de se atentar quanto às orientações de higiene9. Além disso, demais fatores que poderiam estar contribuindo no desgaste dental e perda da DV, como bruxismo e refluxo, devem ser tratados com toda a atenção necessária, a fim de haver boa res-posta do paciente frente ao tratamento.

ConclusãoNo presente caso clínico, a recuperação da DVO por meio do uso de ortose e, posteriormente, instalando-se próteses fixas definitivas caracterizou-se como tratamento ideal. O uso da prótese removível superior, denominada como ortose, baseada em diagnóstico acurado e técnica precisa para de-finição adequada de sua dimensão, mostrou sucesso para reabilitação de todo o arco com desgastes severos na dentição. É altamente recomendável que todos os pacientes com perda severa de tecido dentário associado com perda da DV passe por esta opção de tratamento.

Referências 1. Saito, L.M.S. Restabelecimento da dimensão vertical. Monografia (Espe-cialização em Prótese Dentária) – Associação Odontológica de Ribeirão Pre-to - AORP, Ribeirão Preto, 2003.

2. Toniollo, M.B.; Moreto, C.; Pereira, L.A.; Berro, R.J. Removable partial den-tures as a solution for a case with loss of occlusal vertical dimension: case report. Rev Assoc Paul Cir Dent. v.64, n.3, p.222-225, 2010.

3. Stern, N.; Brayner, L. Collapse of the occlusion – a etiology, symptomato-logy and treatment. J. Oral rehabil. v.2, n.1, p.1-19, 1975.

4. Russel, M.D. The distinction between physiological and pathological attri-tion: a review. J. Ir. Dent. Assoc. v.33, n.1, p.23-31, 1987.

5. Smith, B.G. Toothwear: aetiology and diagnosis. Dent Update 1989;16:204-12.

6. Song, M.; Park, J.; Park, E. Full mouth rehabilitation of the patient with se-verely worn dentition: a case report. J Adv Prosthodont v.2, p.106-10, 2010.

7. Antunes, R.P.A.; Matsumoto, W.; Orsi, I.A.; Tunes, F.S.M. Restabelecimento da dimensão vertical – relato de caso clínico. Rev Bras Odontol. v.57, n.3, p.151-154, 2000.

8. Turner, K.A., Missirlian, D.M. Restoration of the extremely worn dentition. J Prosthet Dent. v.52, p.467–74, 1984.

9. Barsby, M.J. Partial dentures in the management of severe tooth wear. Dent Update. v.15, n.4, p.143-148, 1988.

Page 48: Odonto Magazine #04

48 maio de 2011

Caso Clínico

Clareamento dental pela técnica combinada: Whiteness HP Blue 35% + White Class7 ½% com cálcio

Bruno LippmannGraduado em Odontologia pela Universidade da Região de Joinville - SC.

Letícia FerriEspecialista em Dentística pela EAP, Florianópolis - SC.

Constanza OdebrechtDoutora em Periodontia pela Universidad de Sevilla - Espanha.

O clareamento dental contribui com a harmonia do sorriso de uma maneira bastante especial, e é constante a pro-cura por este procedimento nos consultórios odontoló-

gicos. Pacientes de diferentes faixas etárias, com condições bu-cais diferentes, procuram o tratamento por um mesmo objetivo bem estabelecido: “ter os dentes brancos”. Em alguns casos, o clareamento almejado pode não ser possível devido a diversos fatores. Em outros casos, o paciente procura o tratamento para um refinamento, partindo de dentes já bastante claros. Nestas ocasiões é importante que se faça acompanhamen-

to com escala de cores ou, se possível, com fotografias, para que o paciente consiga assimilar a mudança de cor de seus dentes.

Caso clínicoApresentamos um caso onde o jovem paciente possuía den-tes de coloração geral A2, e por meio da técnica combina-da, utilizando uma sessão de Whiteness HP Blue 35% e Whi-te Class 7 ½ % durante uma hora diária por duas semanas, chegou-se a coloração final B1, clareando três tons, segundo escala Vita (A2 – D2 – B2 – A1 – B1).

Figuras 1a e 1bAspecto inicial do caso - com coloração A2. A inserção de Arc Flex (FGM) garante o acesso ideal ao campo operatório.

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49maio de 2011

Caso Clínico

Figuras 3a a 3cAplicação da barreira gengival fotopolimerizável Top Dam na gengiva marginal.

Figura 2Aplicação de Desensibilize KF2% por 10 minutos, antes do clareamento.

Figuras 4a e 4bManipulação e aplicação do gel diretamente da seringa.

O clareamento dental contribui com a harmonia do sorriso de uma maneira bastante especial, e é constante a procura por este procedimento nos consultórios odontológicos

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50 maio de 2011

Caso Clínico

A seção CASO CLÍNICO da ODONTO MAGAZINE tem como objetivo a divulgação de trabalhos técnico-científicos produzidos por clínico-gerais e/ou especialistas de diferentes áreas odontológicas.Gostaríamos de poder contar com trabalhos originais brasileiros, produzidos por cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e médicos, para divulgar esse material em nível nacional por meio da revista impressa e pelo site: www.odontomagazine.com.br

Os trabalhos devem atender as seguintes normas:

1) Ser enviados acompanhados obrigatoriamente de uma autorização para publicação na ODONTO MAGAZINE, assinada por todos os autores do artigo. No caso de trabalho em grupo, pelo menos um dos autores deverá ser cirurgião-dentista.Essa autorização deve também dar permissão ao editor da ODONTO MAGAZINE para adaptar o artigo às exigências gráficas da revista ou às normas jornalísticas em vigor.

2) O texto e a devida autorização devem ser enviados para o e-mail: [email protected]. As imagens precisam ser encaminhadas separadas do texto, em formato jpg e em alta-resolução. Solicitamos, se possível, que o artigo comporte no mínimo três imagens e no máximo 30. As legendas das imagens devem estar indicadas no final do texto em word. É necessário o envio da foto do autor principal do trabalho.

3) O texto deve seguir a seguinte formatação: espaço entre linhas simples; fonte arial ou times news roman, tamanho 12. As possíveis tabelas e/ou gráficos devem apresentar título e citação no texto. As referências bibliográficas, quando existente, devem estar no estilo Vancouver.

4) Se for necessário o uso de siglas e abreviaturas, as mesmas devem estar precedidas, na primeira vez, do nome próprio.

5) No trabalho deve constar: o nome(s), endereço(s), telefone(s) e funções que exerce(m), instituição a que pertence(m), títulos e formação profissional do autor ou autores. Se o trabalho se refere a uma apresentação pública, deve ser mencionado o nome, data e local do evento.

6) É de exclusiva competência do Conselho Científico a aprovação para publicação ou edição do texto na revista ou no site.

7) Os trabalhos enviados e não publicados serão devolvidos aos autores, com justificativa do Conselho Científico.

8) O conteúdo dos artigos é de exclusiva responsabilidade do(s) autor (res). Os trabalhos publicados terão os seus direitos autorais guardados e só poderão ser reproduzidos com autorização da VP GROUP/Odonto Magazine.

9) Cada autor do artigo receberá exemplar da revista em que seu trabalho foi publicado.

10) Os trabalhos, bem como qualquer correspondência devem ser enviados para:Vanessa Navarro ou Vivian Pacca – ODONTO MAGAZINEAlameda Amazonas, 686 – G1Alphaville Industrial – Barueri-SPCEP 06460-100

11) Ao final do artigo, acrescentar os contatos de todos os autores: nome completo, endereço, bairro, cidade, estado, CEP, telefones e e-mail.

12) Informações:

Editora e Jornalista ResponsávelVanessa Navarro (MTb: 53385)e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7506

Publicidade - Gerente de ContasVivian Ceribelli Paccae. [email protected]. + 55 (11) 4197.7508

NORMAS PARA PUBLICAÇÂO

Figura 5O Whiteness HP Blue 35% deve permanecer em contato com os dentes por 40 minutos, sem trocas do gel.

Figura 6Após uma sessão de clareamento em consultório, iniciou-se o clareamento caseiro. Este foi realizado com White Class 7 ½% com cálcio durante uma hora diária por duas semanas.

Figuras 7a e 7bResultado final próximo à cor B1.

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