módulo 11: informação tecnológica
TRANSCRIPT
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
1
Nota: O estudo deste módulo requer cerca de 09 horas. _______________________________________________________
Módulo 11: Informação Tecnológica _______________________________________________________
Objetivos: Ao final deste módulo você deverá ser capaz de:
1. Descrever em 100 palavras o que é e para que serve a Informação Tecnológica.
2. Explicar em 100 palavras por que a Informação de Patente é
considerada a mais rica fonte de informação tecnológica no mundo.
3. Listar alguns lugares onde a Informação de Patentes pode ser encontrada.
4. Descrever de que modo a informação tecnológica pode ser usada
pelas empresas.
5. Conhecer o funcionamento de algumas bases de dados de patentes gratuitas e como efetuar uma busca de patentes.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
2
Introdução
O Glossário Geral de Ciência da Informação (2004) define a expressão
Informação Tecnológica como sendo “todo tipo de conhecimento sobre tecnologias de
fabricação, de projeto e de gestão, que favoreça a melhoria contínua da qualidade e a
inovação no setor produtivo”. Em geral, esta informação pode ser encontrada em artigos
científicos e livros técnicos, ou é divulgada em congressos, em eventos técnicos e no
mercado, ou ainda, mantida em sigilo por meio do Segredo Industrial (veja mais
detalhes sobre este assunto no Módulo de Patentes e no de Contratos). O que poucas
pessoas sabem é que informações tecnológicas são descritas em documentos de
Patente.
As patentes constituem uma das mais antigas formas de proteção da
propriedade intelectual. O sistema de patentes tem duas funções: a primeira é incentivar
o desenvolvimento econômico e tecnológico de um país, ao conceder ao inventor um
direito exclusivo para usufruir economicamente de sua invenção (fabricar, comercializar)
por um período determinado de tempo, excluindo terceiros deste uso; a segunda é a de
fornecer ao público acesso à informação sobre o desenvolvimento da tecnologia
protegida mundialmente, de modo a estimular a inovação e contribuir para o
crescimento econômico de cada país.
Assim, tanto para o inventor quanto para a sociedade existe um custo e um
benefício ao serem concedidas as patentes, pois, ao serem publicadas as informações
por meio dos documentos de patente, o público em geral poderá usar este
conhecimento em suas pesquisas, e o inventor poderá se beneficiar do monopólio
exclusivo temporal, recuperando o investimento efetuado na pesquisa e
desenvolvimento de sua invenção.
A função de divulgar a informação contida em documentos de patentes à
sociedade é um dos pilares do Sistema de Patentes, pois assegura efetiva circulação de
informação técnica qualificada e da qual o conhecimento pode ser extraído, servindo
como um estímulo e uma recompensa à capacidade criadora do ser humano, bem como
uma fonte relevante de informação para o processo inovador e de expansão da
competitividade tecnológica dos países.
Apesar da proteção oferecida pela patente ser territorial , ou seja, cobrir apenas
o país (ou região) onde a patente foi concedida, a informação contida nos documentos
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
3
de patentes circula de forma global , já que as pessoas de um país podem ter acesso às
informações dos documentos de patente publicados por outros países.
Desta forma, o documento de patente pode ser considerado uma fonte de
informação única, tanto pelas características do documento de patente quanto pela
contemporaneidade das informações contidas nos documentos de patente.
No Brasil, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) é o órgão
responsável pela execução da Lei da Propriedade Industrial (LPI), recebendo os
pedidos de patentes depositados no país para processamento e, também,
disponibilizando a coleção dos pedidos, após serem publicados na RPI (Revista da
Propriedade Industrial), visando a fornecer suas informações à sociedade por meio de
sua publicação como documento de patente.
Nos últimos anos, a ampliação do acesso à tecnologia da informação, bem como
o desenvolvimento dos meios eletrônicos de distribuição e recuperação, resultou em um
aumento expressivo do número de documentos de patente em formato digital acessíveis
ao público para consulta e plena utilização das informações neles contidas. Neste
sentido, vem crescendo, também, os desafios e a necessidade de conhecer as
características da informação contida em documentos de patentes, onde encontrá-la e
como recuperar estas relevantes informações.
Assim, este módulo irá explicar, de modo detalhado, o que é e para que serve a
Informação Tecnológica, com enfoque nos documentos de patente, suas principais
características e potenciais usos. Além disso, também mostrará onde encontrar os
documentos de patente e como a informação contida neles pode ser acessada e usada
efetivamente pela sociedade. Por fim, ele irá fornecer informações sobre como o INPI
cumpre sua função de disseminador da informação de patente.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
4
Questões de Auto-avaliação (QAA)
QAA 1: Vocês aprenderam que o sistema de patentes tem duas funções,
distintas entre si, e que procuram atender tanto ao aspecto individual de
concessão de patentes, quanto ao do benefício à soc iedade. Explique quais
são elas e de que maneira se relacionam.
Resposta QAA1:
A primeira função é a de incentivar o desenvolvimento econômico e tecnológico de
um país, ao conceder um direito exclusivo a um inventor por meio de uma patente;
a segunda é a de fornecer ao público acesso à informação sobre o
desenvolvimento tecnológico protegido mundialmente por meio da publicação dos
pedidos de patente.
QAA 2: Compare a cobertura da proteção oferecida pela pate nte com a
propagação da informação disponível por ela.
Resposta QAA2:
A proteção oferecida pela patente é territorial, ou seja, cobre apenas o país (ou
região) onde a patente foi concedida, enquanto que a informação contida nos
documentos de patentes circula de forma global, já que as pessoas de um país
podem ter acesso às informações dos documentos de patente publicados por
outros países.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
5
Quais as Informações Contidas em Documentos de Patente ?
Agora vamos ouvir o segmento de áudio que explica que informações estão contidas em documentos de Patente.
Segmento de áudio nº 1.
Você pode me dizer que informações podem ser encont radas em Documentos de Patente? Na maioria dos países que fazem parte do Sistema Internacional de Patentes,
posteriormente ao depósito de um pedido de patente corre um prazo de 18 meses de
sigilo, após o qual o mesmo é publicado na forma de um documento de patente. O
termo Documento de Patente compreende tanto o pedido publicado quanto a patente
concedida e, para fins de informação, tem enorme valor, pois possibilita que o público
entre em contato com informação qualificada, referente a todos os campos tecnológicos,
indexados pela Classificação Internacional de Patentes de maneira organizada. Assim,
as informações contidas em documentos de patente podem ser de diversos tipos:
• Informações Técnicas – aquelas que são encontradas no relatório descritivo, nas
reivindicações, no resumo e nos desenhos da invenção (se houver);
• Informações Legais – extraídas do escopo das reivindicações, as quais fornecem os
limites da proteção conferida pela patente, bem como do seu status legal;
• Informações Comerciais – aquelas úteis para as empresas extraídas dos dados
bibliográficos identificadores do nome do inventor, depositante, data de depósito, país
de origem, etc;
• Informações para políticas públicas, empresas – dados extraídos de estatísticas e
de análises de tendências dos depósitos de pedidos de patente efetuados em
determinados setores, que podem ser usados na formulação de políticas
governamentais e de ações estratégicas do planejamento de empresas.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
6
Questão de Auto-avaliação (QAA)
QAA 3: Explique brevemente que informações são enc ontradas em
documentos de Patente
Resposta QAA3:
As informações contidas em um documento de patente podem ser:
• Informações Técnicas – encontradas no Relatório Descritivo, nas
Reivindicações, nos Desenhos e no Resumo.
• Informações Legais – extraídas do escopo das reivindicações, que
fornecem os limites da proteção conferida pela patente, bem como do
status legal do pedido.
• Informações Comerciais – aquelas úteis para as empresas extraídas dos
bibliográficos identificadores do nome do depositante, inventor, país de
origem do pedido, datas de depósito e de publicação etc.
• Informações para políticas públicas, empresas – dados extraídos de
estatísticas e de análise de tendências dos depósitos de pedidos de
patentes em determinados setores, úteis na elaboração de ações
estratégicas.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
7
Por que Usar as Informações dos Documentos de Paten te ?
Agora vamos ouvir um segmento de áudio que vai explicar porque é importante
usar as informações contidas em documentos de patente.
Segmento de áudio nº 2.
Você pode me dizer por que usar a informação contid a em documentos de
patente?
O documento de patente é uma importante fonte de informação para
pesquisadores, inventores, empreendedores e empresas, bem como para todos aqueles
interessados em conhecer o desenvolvimento tecnológico em nível mundial. Os
interessados podem utilizá-la para:
• Evitar a duplicação de esforços nas fases de pesquisa e desenvolvimento;
• Definir o estado da técnica de determinada tecnologia;
• Determinar a patenteabilidade das invenções e modelos de utilidade;
• Explorar determinadas tecnologias que não estejam protegidas por patente
em seu país ou cuja validade já tenha expirado e seu objeto tenha caído em
domínio público, evitando infringir direito de terceiros;
• Fundamentar decisões de investimento, com melhores condições de
aquisição e licenciamento de tecnologias;
• Conhecer potenciais alternativas técnicas;
• Definir potenciais rotas para aperfeiçoamentos em produtos e processos
existentes;
• Identificar tecnologias emergentes, tendências de mercado e previsão de
novos produtos;
• Efetuar levantamentos sobre tecnologias em nível mundial por empresa,
inventor ou assunto;
• Identificar tendências relevantes em campos específicos da tecnologia que
sejam de interesse público, de modo a prover informações que possam
subsidiar políticas governamentais e ações em planejamento estratégico.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
8
Vantagens do Uso das Informações dos Documentos de Patente
As vantagens de usar os documentos de patente como fonte de informação
tecnológica são:
a) Quantidade de Documentos
De acordo com dados do Relatório de 2013 da Organização Mundial da
Propriedade Intelectual (OMPI) com informações compiladas dos escritórios oficiais de
PI de 150 países, aproximadamente 3,178 milhões de pedidos de patentes foram
depositados no mundo em 2012, e cerca de 10,53 milhões de patentes estão em vigor.
Apesar de não se conhecer o número exato de documentos de patentes já publicados
no mundo na vigência do Sistema de Patentes, estimativas feitas pela OMPI falam em
mais de 90 milhões de documentos de patentes tornados acessíveis ao público e que
tramitam informação técnica relevante e útil para pesquisa e desenvolvimento de
inovações. Os documentos de patente contêm descrições de conceitos técnicos e
científicos, bem como de detalhes práticos de processos e aparelhos, sendo uma fonte
de informação sobre a história da tecnologia e do progresso tecnológico.
b) Abrangência
As patentes são concedidas para todos os setores tecnológicos, o que assegura
um amplo espectro de informação colocado à disposição do público por meio dos
documentos de patentes.
c) Acessibilidade
Coleções completas de documentos de patente estão centralizadas e são
disponibilizadas por escritórios nacionais ou regionais de patentes, que fornecem
acesso a seu conteúdo por meio de bases de dados de patentes em meio eletrônico.
d) Indexação
Os documentos de patente são indexados por meio da Classificação
Internacional de Patentes (CIP), o que facilita a busca e o uso das informações dos
documentos de patente que você quer encontrar.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
9
Questão de Auto-avaliação (QAA)
QAA 4 : Explique as vantagens do uso da informação de patente quanto à
quantidade de documentos publicados, sua abrangência, acessibilidade e
sistema de indexação e facilidade de recuperação.
Resposta QAA 4 :
De acordo com estimativas feitas pela OMPI existem mais de 90 milhões de
documentos de patente publicados no mundo. Com relação à abrangência, há
previsão de concessão de patentes para todos os setores tecnológicos, o que
assegura a divulgação de informação de patentes em um amplo espectro. Com
relação à acessibilidade, as coleções de patentes são colocadas à disposição do
público por meio de bases disponibilizadas por escritórios nacionais e regionais de
patentes, o que facilita e torna mais simples e rápido o acesso à informação dos
documentos de patente. Além disso, a recuperação da informação é bastante
simplificada, pois cada documento de patente é indexado usando a Classificação
Internacional de Patentes (CIP), o que facilita sua recuperação.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
10
Quais são as Características de um Documento de Pat ente ?
De tudo que foi dito anteriormente, você já percebeu que as características
intrínsecas de um documento de patente tornam esta fonte de informação uma das mais
completas e úteis de todas as que existem disponíveis ao público. Vamos ver por quê?
Conteúdo : Suficiente para que um profissional da área técnica da invenção (o
técnico no assunto) consiga realizá-la.
Formato universal : Possui dados bibliográficos com campos específicos
numerados.
Atualidade : Contém a informação mais recente em relação ao estado da técnica
divulgado por outros meios e, em algumas áreas do conhecimento, será o único
meio de ter acesso a ela.
Os elementos que compõem um documento de patente, por via de regra, seguem
as definições previstas na legislação nacional de cada país, no caso do Brasil a Lei nº
9.279/96, Lei da Propriedade Industrial (LPI), e os Atos Normativos (AN) editados pelo
INPI para regulamentar a elaboração dos pedidos de patente. São eles:
• Informações bibliográficas - Folha de rosto • Relatório descritivo • Reivindicações • Desenhos (quando houver)
• Resumo
Reunidos em um Comitê de Peritos na OMPI, os países decidem sobre questões
atinentes à documentação de patentes e suas particularidades. No tocante à folha de
rosto do documento publicado, os países escolheram um número mínimo de elementos
comuns que todos os países devem publicar, de modo a tornar este documento mais
uniforme e fácil de ser compreendido e recuperado, independente do idioma. Desta
forma, a consulta a um documento de patente é amplamente f acilitada e a
informação desejada facilmente recuperada , pois a folha de rosto reúne as
informações referentes a aspectos de interesse tanto técnico, quanto legal ou comercial
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
11
de um documento. A Figura 1 mostra a folha de rosto de um documento de patente
depositado no Brasil, no INPI.
Figura 1 - Folha de Rosto de um Documento de Patente Brasileir o
Fonte: Disponível em < https://gru.inpi.gov.br/pePI/servlet/ImagemDocumentoPdfController?CodDiretoria=200&PswdID=m34a8&NumeroID=PI9305166>, em outubro de 2015.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
12
Numeração dos Documentos de Patente Brasileiros
A partir de Janeiro de 2012 o INPI passou a adotar um novo formato de
numeração para os Pedidos de Patentes (Invenção e Modelo de Utilidade). Cabe notar
que os pedidos depositados anteriormente a 2012 não tiveram suas numerações
alteradas.
BR ZZ XXXX YYYYYY K onde
BR = Código de duas letras do País (Brasil)
ZZ = Natureza da proteção
XXXX = Ano de entrada no INPI
YYYYYY = Numeração correspondente à ordem de depósito dos pedidos
K = Dígito verificador
Relativamente ao código ZZ
Patente de Invenção
10 Pedido de patente de invenção depositado por nacional e via CUP
11 Pedido de patente de invenção depositado via PCT
12 Pedido de patente de invenção dividido
13 Certificado de adição
Patente de Modelo de Utilidade
20 Pedido de patente de modelo de utilidade depositado por nacional e via CUP.
21 Pedido de patente de modelo de utilidade via PCT.
22 Pedido de patente de modelo de utilidade dividido.
Para permitir a identificação de informação chave em documentos de patente
escritos em idiomas estrangeiros, praticamente todos os dados da folha de rosto dos
documentos de patente são codificados com números, chamados Códigos INID
(Internationally Agreed Numbers for the Identification of Data), que permitem a
identificação das informações constantes. Para mais detalhes sobre o Código INID,
consultar o Padrão ST.9 estabelecido pela Organização Mundial da Propriedade
Intelectual (OMPI), disponível no seguinte link:
http://www.wipo.int/standards/en/pdf/03-09-01.pdf
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
13
Indicação de alguns códigos
(11) Número da patente ou do documento de patente;
(21) Número designado ao documento quando de seu depósito;
(30) Dados sobre o primeiro depósito (prioridade do documento);
(22) Data de depósito do pedido;
(71) Nome do depositante;
(72) Nome do inventor, se conhecido;
(73) Nome de quem detém os direitos sobre a patente;
(74) Nome do procurador ou agente;
(51) Classificação Internacional de Patente (IPC);
(54) Título da Invenção;
(57) Resumo do conteúdo do documento;
É possível observar que após o número do documento (11) aparece uma letra ,
que distingue o tipo de documento publicado , de acordo com o tipo e o status legal
do pedido. Estes Códigos são definidos por meio do Padrão ST 16 estabelecido pela
Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) para uso pelos países, e tem
como objetivo adicionar valor informativo ao documento de patente. No caso do Brasil,
um pedido publicado recebe o código “A” enquanto que uma patente concedida
recebe o código “B” .
A lista completa dos códigos utilizados pelos países pode ser encontrada em:
http://www.wipo.int/standards/en/pdf/03-16-01.pdf
Deve-se ressaltar, ainda, que para melhor identificação da origem do documento a
OMPI criou o Padrão ST 3, que estabelece o Código de 2 letras para os países,
entidades e organizações intergovernamentais. O Brasil possui o código “BR” e a
OMPI, como escritório receptor dos pedidos de patente depositados via Tratado de
Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), tem o código “IB”. Os pedidos de patente
depositados por meio do PCT são publicados internacionalmente com o código “WO” .
Para visualizar a lista completa destes códigos acesse:
http://www.wipo.int/standards/en/pdf/03-03-01.pdf
Cabe ressaltar que além dos elementos mínimos escolhidos é possível encontrar
outras informações igualmente importantes, como é o caso do documento de patentes
americano, que apresenta os documentos citados pelo estado da técnica e, também,
aqueles citados durante o exame técnico, sejam referentes a patentes ou não (Figura 2).
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
14
Figura 2 - Folha de Rosto de um Documento de Patent e Americano
Fonte: Disponível em: <http://worldwide.espacenet.com/publicationDetails/originalDocument?CC=US&NR=6004084A&KC=A&FT=D&ND=3&date=19991221&DB=EPODOC&locale=en_EP>, em outubro de 2015.
A Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) estabeleceu uma lista
de periódicos que os examinadores de patentes devem consultar quando estiverem
examinando os pedidos de patentes processados por meio do Tratado de Cooperação
em Matéria de Patentes (PCT), e que podem ser encontrados no seguinte link:
http://www.wipo.int/standards/en/part_04.html
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
15
Questões de Auto-avaliação (QAA)
QAA 5 : Explique 3 características intrínsecas dos documentos de patente, que
tornam esta fonte de informação uma das mais completas e úteis.
Resposta QAA 5 :
As características de um documento de patentes são:
a) conteúdo - suficiente para que um técnico no assunto consiga realizá-la;
b) formato universal - dados bibliográficos com campos específicos numerados; e
c) atualidade - contém a informação mais recente em relação ao estado da
técnica divulgado por outros meios e, em algumas áreas do conhecimento,
será o único meio de ter acesso a ela.
QAA 6 : Explique a importância do Código INID (Internationally Agreed Numbers
for the Identification of Data) em um documento de patente, exemplificando 3
deles.
Resposta QAA 6 :
Os Códigos INID são usados para codificar os dados da folha de rosto de um
documento de patente, permitindo a identificação das informações chave. Todos
os documentos de patentes publicados por escritórios nacionais e regionais de
patentes utilizam os códigos, o que aumenta a identificação de informações
contidas em documentos com idiomas estrangeiros.
Exemplos de Códigos:
(21) Número designado ao documento quando de seu depósito;
(72) Nome do inventor; e,
(54) Título da invenção.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
16
E quanto aos elementos que compõem o pedido de pate nte no Brasil, como
devem ser elaborados?
O artigo 24 da LPI (Lei da Propriedade Industrial) determina que o Relatório
Descritivo deve descrever clara e suficientemente o objeto, de modo a possibilitar sua
realização por técnico no assunto e indicar, quando for o caso, a melhor forma de
execução. O artigo 25 define que as Reivindicações deverão ser fundamentadas no
relatório descritivo, caracterizando as particularidades do pedido e definindo, de modo
claro e preciso, a matéria objeto da proteção. A extensão da matéria conferida pela
patente será determinada pelo teor das reivindicações, interpretado com base no
relatório descritivo e nos desenhos, segundo o artigo 41.
Os Desenhos deverão:
- Ser claros, de forma a possibilitar a reprodução do objeto da invenção;
- Ser feitos em escala que possibilite sua redução;
- Ser executados, preferencialmente, com auxílio de instrumentos técnicos;
- Ser isentos de textos e cores; e
- Conter os sinais de referência constantes do relatório descritivo.
O Resumo deverá ser um sumário do que foi exposto no relatório descritivo, nas
reivindicações e nos desenhos. O objetivo do resumo é servir de instrumento eficaz de
pré-seleção para fins de pesquisa em determinado setor técnico, especialmente
ajudando o usuário a formular uma opinião quanto à conveniência ou não de consultar o
documento na íntegra.
Ressalte-se que a sistemática definida pela LPI quanto à elaboração dos
elementos de um pedido de patente tem relação imediata e reforça a função do sistema
de patentes de divulgar a informação contida nos pedidos de patente da forma mais
completa e ampla possível, subsidiando a sociedade com novos conhecimentos, que
serão agregados ao estado da técnica a cada documento publicado.
A Classificação Internacional de Patentes - IPC
Como visto anteriormente, os documentos de patente são indexados com os
símbolos da Classificação Internacional de Patentes, conhecida como CIP ou IPC
(International Patent Classification). Esta classificação é baseada em um tratado
multilateral administrado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI),
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
17
chamado Acordo de Estrasburgo Relativo à Classificação Internacional de Patentes,
concluído em 1971, que entrou em vigor em 1975. Em abril de 2011, faziam parte do
Acordo 61 Estados-Membros, sendo que o Brasil aderiu ao mesmo em 1975. Mais de
100 escritórios nacionais, 4 escritórios regionais e a Secretaria da OMPI, atuando como
escritório receptor do PCT, também utilizam a IPC.
Este sistema de classificação independe de linguagens e terminologias e é
aposto em todos os pedidos de patente depositados nos escritórios de patente, o que
faz desta coleção de documentos um repositório uniforme e coerente de tecnologia
divulgada internacionalmente. Assim, a busca em documentos de patentes usando a
classificação pode auxiliar a ultrapassar uma série de problemas que ocorrem quando
usamos somente as palavras-chave. Maiores informações sobre a IPC podem ser
encontradas em: <http://ipc.inpi.gov.br/ipcpub/#refresh=page>.
A IPC cobre todas as tecnologias conhecidas e, sua última versão (Janeiro de
2015), contem mais de 70.000 campos ou subgrupos, que consistem de uma seqüência
de números e letras, e descrevem uma tecnologia específica. A IPC é organizada de
acordo com níveis hierárquicos, que são: Seções, Classes, Subclasses, Grupos e
Subgrupos. Cada seção tem um título e uma letra como código específico, a saber:
A - Necessidades Humanas
B – Operações de Processamento e Transporte
C – Química e Metalurgia
D – Têxteis e Papel
E – Construções Fixas
F – Engenharia Mecânica; Iluminação; Aquecimento; Armas; Fornos
G - Física
H - Eletricidade
As finalidades da IPC são:
• Criar uma ferramenta de busca e recuperação de documentos de patente;
• Instrumento para disposições organizadas dos documentos de patente, a fim de
facilitar o acesso às informações tecnológicas e legais contidas nos mesmos.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
18
Exemplo de uma Classificação Completa:
Seção A Necessidades Humanas
Classe A43 Calçados
Subclasse A43B Partes de Calçado s
Grupo Principal A43B 13 Solas
Subgrupo A43B 13/02 ● caracterizadas pelo material
Subgrupo A43B 13/04 ●● matéria plástica, borracha ou fibra vulcanizada
De maneira a facilitar a identificação dos símbolos da IPC que desejarmos
encontrar, a OMPI disponibiliza uma ferramenta de busca de palavras-chave, que pode
ser acessada em: http://web2.wipo.int/classifications/ipc/ipcpub/# . Ao clicar o botão
“Terms” existente no lado esquerdo, abre-se outra tela. Ao inserir a palavra-chave de
interesse no campo “Word(s)” e clicar no botão “Display results”, obtém-se uma lista dos
possíveis símbolos da IPC relacionados ao tema desejado.
Até bem pouco tempo, alguns escritórios nacionais, como o Escritório de Patentes
Japonês (JPO), bem como entidades regionais, como o Escritório Europeu de Patentes
(EPO), usavam classificações específicas nos pedidos depositados em suas entidades,
além da IPC. Vale destacar o Escritório Norte-Americano de Patentes e Marcas
(USPTO), que usava apenas a sua própria classificação.
Assim, recentemente, foi criada a CPC (Cooperative Patent Classification, em
inglês, ou Classificação Cooperativa de Patentes), um sistema de classificação fruto da
cooperação entre os escritórios Europeu de Patentes (EPO) e o Norte-Americano de
Patentes e Marcas (USPTO), que é baseado na IPC. Entretanto, a CPC é mais
detalhada que a IPC, permitindo maior precisão na busca e recuperação de documentos
de patente: a IPC possui em torno de 70 mil subgrupos, enquanto que a CPC possui
aproximadamente 250 mil itens de classificação.
Outra diferença entre as duas classificações é que as tecnologias emergentes são
identificadas na CPC pelas classificações contidas na nova seção Y, que são sempre
complementares às classificações das outras seções, referentes à área específica da
invenção. Maiores informações sobre a CPC podem ser encontradas em:
http://worldwide.espacenet.com/classification?locale=en_EP.
A partir do seu lançamento em janeiro de 2013, a CPC vem sendo adotada
gradualmente por diversos países, tais como EUA, Alemanha, França, Grã-Bretanha,
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
19
Holanda, Bélgica, Canadá e Austrália. Estima-se que cerca de 40 milhões de
documentos de patente no mundo já possuem classificação CPC. Atualmente, os
depósitos feitos via Tratado de Cooperação de Patentes (PCT), publicados pela OMPI
como documentos WO, também estão classificados pela CPC. Vale destacar que desde
dezembro de 2014, o INPI tem usado a CPC para classificar os documentos de patente
depositados no Brasil. Na Figura 3, é possível observar que tanto a CPC como a IPC
constam na folha de rosto do pedido de patente mostrado no exemplo.
Figura 3 - Documento de Patente Brasileiro Classifi cado pela CPC
Fonte: Disponível em: <https://gru.inpi.gov.br/pePI/servlet/PatenteServletController?Action=detail&CodPedido=980062&SearchParameter=BR%20202014012504-9>, em outubro de 2015.
Apesar do maior detalhamento da CPC, a IPC ainda é a classificação de patente
mais amplamente adotada no mundo por ser mais antiga. Logo, a IPC não deve ser
ignorada por aqueles que desejam recuperar documentos de patente nas bases.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
20
Objetivos das Buscas em Bases de Patentes
Na prática existem várias razões para realizar buscas em bases de dados de
patentes, visando ao alcance de objetivos distintos, alguns bastante simples e outros
mais elaborados. Algumas buscas tratam unicamente de usar a informação de patentes
encontrada, enquanto outras se direcionam a finalidades mais complexas e, para cada
uma delas, existe uma estratégia mais correta a seguir, incluindo uma combinação dos
vários objetivos. A seguir, vocês terão uma ideia geral de algumas possibilidades de sua
utilização.
1) Investigação Oficial de Patenteabilidade
Como visto no Módulo de Patentes, são três os requisitos aferidos durante o
exame técnico de patenteabilidade efetuado para a concessão de uma patente:
novidade , atividade inventiva e aplicação industrial . Assim, após o depósito do
pedido de patente em cada escritório de patente e sua posterior publicação, uma busca
é realizada pelo examinador de patentes dos escritórios de países que efetuam exame
de mérito nos pedidos de patente depositados, para atribuição de novidade e atividade
inventiva à matéria reivindicada, de modo a reunir elementos para decidir sobre a
concessão de uma patente. Na aferição destes quesitos, o examinador de patentes
realizará uma busca no estado da técnica que, conforme definido pelo Artigo 11, da Lei
nº 9.279/96, é tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de depósito do
pedido de patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no
país ou no exterior.
Cabe observar que, para a execução desta etapa do exame, são consideradas
não só a informação em documentos de patente, como também informação não
patentária, disponibilizada em outras bases e fontes de informação.
2) Investigação Prévia de Patenteabilidade
O objetivo desta busca é o de determinar se a matéria que se pretende patentear
é nova ou não, ou seja, se o requisito da novidade será atendido no caso da matéria vir
a ser reivindicada em um pedido de patente. Dependendo do resultado obtido na busca,
o interessado poderá decidir se continua o desenvolvimento da pesquisa, caso nenhum
documento relevante tenha sido encontrado. Por outro lado, se houver documentos
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
21
pertinentes encontrados na busca, o interessado poderá estudar a possibilidade de
efetuar alterações no seu produto ou processo ou mesmo desistir de fazer o depósito do
pedido de patente. Estes conhecimentos são úteis, por exemplo, quando um inventor
deseja determinar se alguém já buscou o patenteamento de algo similar, ou para obter
informação relevante sobre patentes de mesma categoria que sua invenção.
3) Identificação de Soluções Técnicas
Busca de tecnologias alternativas para a solução de problemas técnicos e de
fontes de expertise, como profissionais e empresas atuantes.
4) Busca de Família de Patentes
Esta busca visa identificar os membros de uma “família de patentes” e é
efetuada para:
• Encontrar os países nos quais um determinado pedido de patente foi depositado
(caso já publicado);
• Encontrar um membro da família de patentes que esteja em um idioma
conhecido;
• Obter uma lista de documentos de "Referências Citadas"; e,
• Avaliar a importância da invenção (por meio do número de documentos de
patentes relacionados à mesma invenção e sendo publicados por diferentes
países ou organizações de propriedade industrial).
5) Interesses Mercadológicos
Busca em documentos de patente com o objetivo de identificar mercados para
livre exploração de tecnologias, verificar possibilidades de licenciamento ou para
monitorar as atividades ou interesses de um competidor.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
22
6) Ações Legais
Busca efetuada por interessados visando encontrar documentos que possam ser
usados nas fases de Oposição e Recurso previstos, em geral, pelas legislações
nacionais no processamento dos pedidos de patente, bem como para subsidiar ações
judiciais visando à desconstituição de direitos.
Questões de Auto-avaliação (QAA)
QAA 7 : A busca em bases de patentes pode ser feita por várias razões. Explique o
papel da busca na investigação prévia de patenteabilidade.
Resposta QAA 7:
O objetivo desta busca é identificar se a matéria que se pretende patentear é nova
ou não e, no caso de ser reivindicada em um pedido depositado, se o requisito de
novidade será atendido. Dependendo do resultado obtido na busca, o interessado
poderá decidir se continua o desenvolvimento da pesquisa. Por outro lado, se
houver documentos pertinentes encontrados na busca, o interessado poderá
estudar a possibilidade de efetuar alterações no seu produto ou processo ou
mesmo desistir de fazer o depósito do pedido de patente.
QAA 8 : Por que se pode afirmar que a CIP é uma excelente ferramenta para
auxílio na realização de buscas?
Resposta QAA 8:
A CIP é um sistema de classificação que cobre toda a tecnologia disponível
mundialmente, sendo utilizada por todos os escritórios de patentes do mundo, que
classificam os pedidos recebidos, criando uma indexação que possibilita a busca e
recuperação de documentos de patentes e facilitando o acesso à informação
tecnológica neles contida.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
23
Onde Encontrar os Documentos de Patente ?
A informação de patentes é disponibilizada ao público por meio de uma
variedade de bases de dados tanto gratuitas quanto comerciais. Atualmente, não existe
uma base única que possua uma cobertura completa de todos os documentos de
patente que já tenham sido publicados no mundo. Por esta razão, dependendo do
interesse e do objetivo da busca, o usuário poderá ser obrigado a consultar várias bases
de modo a recuperar os resultados com o grau de precisão que desejar.
Uma série de escritórios nacionais de patentes, bem como de entidades
regionais que tratam do tema, oferecem acesso gratuito a coleções de documentos de
patente depositados e publicados. A Organização Mundial da Propriedade Intelectual
(OMPI) disponibiliza uma lista atualizada destas bases no seguinte link:
http://www.wipo.int/patentscope/en/national_databases.html
Existem, também, provedores comerciais que oferecem acesso gratuito a bases
de patentes, e outros que provêem serviços pagos de tradução, classificação e busca
de patentes ao público em geral.
De maneira geral as bases oferecem ferramentas similares para efetuar as
buscas que utilizam Operadores Booleanos – AND, OR e NOT, e que podem ser
combinados e usados visando a determinados objetivos.
Há também alguns critérios de busca que são úteis na recuperação de
documentos de patentes. Assim, a busca pode ser feita por:
• Palavras-chave
• Classificação de Patente
• Datas (Data de prioridade, data de depósito, data de publicação, data de
concessão da patente)
• Número de Identificação (Número do pedido de patente, número da publicação,
número da patente)
• Nomes (Depositantes, Titulares, Inventores)
A seguir, são apresentadas algumas bases de patentes gratuitas organizadas e
gerenciadas por escritórios de patentes nacionais e entidades regionais.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
24
Bases de Patentes de Escritórios Nacionais
1) Base de Patentes do Instituto Nacional da Propri edade Industrial - INPI
Documentos de patente e de desenho industrial que foram depositados no Brasil
(INPI) estão disponíveis no site do INPI (Figura 4), podendo ser buscados e consultados
no link: http://www.inpi.gov.br/. Esta base possui tanto os pedidos de patente, como as
patentes concedidas no Brasil. Organizada e gerenciada pelo INPI, esta base é
constituída de documentos publicados a partir de 1982, com a disponibilização dos
dados bibliográficos. Documentos publicados a partir de 01/08/2006 estão disponíveis
para consulta em formato integral. Ela possui, ainda, informação sobre o status do
pedido e, em alguns casos, a folha de rosto digitalizada. Mais informações podem ser
obtidas no link:
http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/patente/guia-basico-de-patente
A base do INPI possibilita dois tipos de pesquisa: a Básica (Figura 5) e a
Avançada (Figura 6). Na pesquisa Básica pode-se buscar pela numeração do pedido,
além de poder usar até quatro combinações de palavras-chave, em português, no titulo
ou resumo, ou efetuar a busca pelo nome do inventor ou depositante.
A pesquisa Avançada permite combinar palavras-chave no título, no resumo e
nos campos do nome do depositante e do inventor, usando operadores booleanos (AND
ou OR). O operador de truncagem “*” (asterisco) possibilita que se pesquise pelo radical
da palavra. Pode ser feita a busca, também, usando a Classificação Internacional de
Patentes (CIP), o número do pedido de patente e a data de depósito, entre outros
parâmetros.
Na página de resposta de sua busca, quando algum pedido é selecionado, você
obtém seus dados bibliográficos e, caso ele já esteja digitalizado, é possível visualizar o
documento em pdf, bem como o status do pedido, com os despachos já publicados na
RPI - Revista da Propriedade Industrial (Figura 7).
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
25
Figura 4 – Site do INPI
Fonte: Disponível em: <https://www.inpi.gov.br>, em outubro de 2015.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
26
Figura 5 – Tela de Busca da Pesquisa Básica
Fonte: Disponível em: <https://gru.inpi.gov.br/pePI/jsp/patentes/PatenteSearchBasico.jsp>, outubro/2015.
Figura 6 – Tela de Busca da Pesquisa Avançada
Fonte: Disponível em: <https://gru.inpi.gov.br/pePI/jsp/patentes/PatenteSearchAvancado.jsp>, em outubro de 2015.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
27
Figura 7 – Tela de busca com dados bibliográficos e despachos publicados na Revista da Propriedade Industrial
Fonte: Disponível em: <https://gru.inpi.gov.br/pePI/servlet/PatenteServletController?Action=detail&CodPedido=754977&SearchParameter=A43B%207/08>, em outubro de 2015.
Recentemente, os pesquisadores do CEDIN (COPIP) desenvolveram tutoriais de
busca de patentes com o objetivo de ensinar passo-a-passo aos interessados como
fazer uma busca de patentes corretamente na base do INPI, usando-se “palavras-
chave”, “classificações” e outros campos, como “datas” ou nomes de “depositante” ou de
“inventor”. Assim, caso o usuário do INPI (pessoa física ou jurídica) queira fazer
pessoalmente a busca, estes tutoriais estão disponíveis, desde 2014, no site do INPI,
podendo ser acessados também pelo link abaixo:
http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/informacao/guia-pratico-para-buscas-de-patentes
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
28
Além disso, o INPI presta um serviço de busca de patentes para todos os
interessados, que é realizado pelo Centro de Disseminação da Informação Tecnológica
– CEDIN, por meio da Seção de Orientação e Busca de Patentes – SEBUS. Este
serviço abrange as etapas da definição do campo tecnológico, da recuperação e análise
da informação e da elaboração de um relatório de busca, levando em consideração as
informações a ele prestadas. A busca é efetuada por meio de consulta ao acervo do
Banco de Patentes do INPI, nas bases de dados de patentes disponíveis no Instituto,
bem como em bases de patentes dos escritórios oficiais de cada país. Além das buscas
em bases gratuitas, os pesquisadores da SEBUS (CEDIN / DICOD / INPI) também
realizam buscas em bases comerciais, como a base EPOQUE e a STN , que gerencia
mais de 160 bases de dados em todas as áreas do conhecimento humano, incluindo a
propriedade industrial.
As buscas podem ser solicitadas diretamente à Seção de Orientação e Busca de
Patentes (SEBUS) por carta ou e-mail, ou ainda através das representações do INPI em
todo o Brasil. Mais informações sobre estas buscas podem ser obtidas no ícone
Informação Tecnológica – Busca de Patentes, no site do INPI, ou no link abaixo:
http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/informacao/busca-de-patentes
O usuário que solicita a busca receberá, no final do procedimento, um relatório,
descrevendo a relevância dos documentos encontrados, o qual será enviado por email
ao usuário juntamente com as cópias dos documentos BRs encontrados e os links de
acesso aos documentos estrangeiros pertinentes à busca.
Por outro lado, os pesquisadores do CEDIN (COPIP) também elaboram estudos
e outros tipos de levantamentos em documentos de patentes publicados (exemplo:
radares tecnológicos) para o governo e instituições parceiras, tais como FIOCRUZ,
INMETRO, BNDES, ABDI, APEX, dentre outras, ou ainda para associações de setores
da economia brasileira. O objetivo destes estudos é apoiar políticas públicas e divulgar a
importância do uso estratégico da informação tecnológica contida em documentos de
patente no país, colaborando, assim, com o desenvolvimento econômico e social do
Brasil. O público que tiver interesse em conhecer os estudos e radares tecnológicos já
elaborados pelo CEDIN (COPIP), a fim de auxiliar nas suas pesquisas ou tomadas de
decisão, podem consultá-los, já que estão disponíveis no site do INPI na área de
informação tecnológica de patentes ou acessando o link abaixo:
http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/informacao/guia-basico-informacao-tecnologica
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
29
2) Base de Patentes do Escritório Americano de Pate ntes e Marcas - USPTO
http://patents.uspto.gov (Figura 8)
A página do Escritório Americano de Marcas e Patentes (USPTO) oferece
acesso a duas bases de dados de patentes: uma de Pedidos de Patente e outra de
Patentes Concedidas nos Estados Unidos (Figura 9) pelo link:
http://patents.uspto.gov/patents-application-process/search-patents
É possível realizar buscas no texto completo das patentes concedidas a partir de
1976 e, ainda, obter acesso às imagens dos documentos a partir de 1790. Contudo,
somente pedidos depositados e publicados nos EUA comporão as duas bases.
Figura 8 – Site do USPTO
Fonte: Disponível em: <http://patents.uspto.gov>, em outubro de 2015.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
30
Figura 9 – Tela de Busca da Base de Patentes do USP TO
Fonte: Disponível em: <http://patents.uspto.gov/patents-application-process/search-patents>, em outubro de 2015.
Para visualizar e imprimir qualquer documento de interesse recuperado da base
americana é necessário baixar, em sua máquina, o software Alternatiff, que pode ser
obtido na página http://www.alternatiff.com. Outra solução é obter o documento
desejado na página www.pat2pdf.org.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
31
Bases de Patentes de Entidades Intergovernamentais e
Regionais
A OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual) possui uma base de
documentos de patente de diversos países do mundo, dentre eles o Brasil. As entidades
ou escritórios regionais de propriedade intelectual são aqueles que atuam no âmbito de
determinada região, tais como: o EPO (Escritório Europeu de Patentes), a ARIPO
(Organização Regional Africana da Propriedade Intelectual), a OAPI (Organização
Africana da Propriedade Intelectual) e a EAPO (Organização de Patente Eurasiana), da
região euro-asiática. Algumas bases de acesso gratuito - Espacenet e LATIPAT do EPO
e Patentscope da OMPI - serão apresentadas com mais detalhes a seguir.
1) Base de Patentes do Escritório Europeu de Patent es - ESPACENET
http://worldwide.espacenet.com (Figura 10)
Esta base é organizada e gerenciada pelo Escritório Europeu de Patentes
(EPO), e contem mais de 90 milhões de documentos de patente de mais de 90 países
diferentes países, inclusive do Brasil. Permite a pesquisa nos dados bibliográficos dos
documentos de patentes, bem como o acesso ao texto completo de grande parte destes
documentos, inclusive de pedidos depositados no Brasil. Ela permite a busca pela IPC -
Classificação Internacional de Patentes ou pela CPC - Classificação de Patentes
Cooperativa, usando as palavras-chave em inglês. Há um link para o INPADOC, que
fornece a situação legal do documento, bem como a família de patentes do pedido em
questão. Existem 3 bases distintas, a Worldwide, contendo documentos de todos os
países, a EP, contendo somente pedidos depositados no Escritório Europeu, incluindo
o texto completo, e a WIPO, contendo os pedidos depositados via PCT. É possível
efetuar as seguintes Buscas: Rápida, Avançada, em 10 campos, a Numérica e pela
Classificação CPC. (Figura 11)
Se desejar, o usuário pode aprender a fazer uma busca na base ESPACENET,
utilizando o tutorial de busca que foi desenvolvido pelo CEDIN (INPI) especialmente
para esta base. Este tutorial está disponível no site do INPI desde 2014 no link abaixo:
http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/informacao/guia-pratico-para-buscas-de-patentes
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
32
Figura 10 – Site do Espacenet
Fonte: Disponível em: <http://worldwide.espacenet.com/?locale=en_EP>, em outubro de 2015.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
33
Figura 11 – Tela de Busca Avançada do Espacenet
Fonte: Disponível em: <http://worldwide.espacenet.com/advancedSearch?locale=en_EP>, em outubro de 2015.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
34
2) Base de Patentes LATIPAT
http://lp.espacenet.com (Figura 12)
Iniciada em 2003, a base LATIPAT é fruto da cooperação entre o Escritório
Espanhol de Patentes e Marcas (OEPM), a OMPI e a EPO (Escritório Europeu de
Patentes), com a colaboração de diversos escritórios da propriedade intelectual de
países da América Latina. Seu principal objetivo é contribuir para a difusão do
conhecimento técnico na América Latina, oferecendo ao público acesso centralizado e
gratuito à informação de patentes em espanhol e português.
Figura 12 – Site do Latipat
Fonte: Disponível em: <http://lp.espacenet.com>, em outubro de 2015.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
35
Ao se fazer uma busca pelo LATIPAT, o usuário tem acesso a uma base de
dados com mais de 2.5 milhões de dados bibliográficos e mais de 1 milhão de imagens
de documentos de patentes de 20 países da América Latina, a saber: Argentina, Bolívia,
Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras,
México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai,
Venezuela, além da Espanha.
Figura 13 – Tela de busca avançada do Latipat
Fonte: Disponível em: <http://lp.espacenet.com/advancedSearch?locale=es_LP>, em outubro de 2015.
As buscas possíveis são: Rápida, Avançada, Numérica e pela Classificação,
sendo que existem 3 bases de pesquisa disponíveis, a Worldwide (contendo informação
de mais de 80 países), a WIPO e a LP – Espacenet, com informação de 20 países
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
36
latino-americanos e a Espanha. (Figura 13) Observa-se que o mecanismo de busca é
semelhante ao do Espacenet, uma vez que o Escritório Europeu de Patentes é o
responsável pela organização e pelo gerenciamento de ambas as bases. Esta base
permite a busca pela IPC - Classificação Internacional de Patentes ou pela CPC -
Classificação de Patentes Cooperativa. Nos campos do Título e do Resumo, é possível
usar as palavras-chave em espanhol e em português.
Se preferir, o usuário pode aprender a fazer uma busca na base LATIPAT,
utilizando o tutorial de busca que foi desenvolvido pelo CEDIN (INPI) especialmente
para esta base. Este tutorial está disponível no site do INPI desde 2014 no link abaixo:
http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/informacao/guia-pratico-para-buscas-de-patentes
3) Base de Patentes da OMPI - PATENSCOPE
https://patentscope.wipo.int/search/en/search.jsf
Organizado e gerenciado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual
(OMPI, ou WIPO, em inglês), o Patentscope possibilita o acesso a atividades e serviços
relacionados ao Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT), e disponibiliza
o acesso a uma base que contem mais de 2.8 milhões de pedidos de patente
depositados via PCT. Esta base inclui documentos de patente de países e escritórios
regionais da Ásia (exemplos: China, Japão, Coréia, Rússia, Singapura, Emirados
Árabes Unidos, Israel), da Europa (exemplos: Espanha, Alemanha, Portugal, EPO), da
África (exemplos: África do Sul, Egito, Marrocos, ARIPO), da América do Norte
(exemplos: Estados Unidos, Canadá e México) e das Américas do Sul e Central
(exemplos: Brasil, Chile, Cuba, Peru, Costa Rica). Porém, aconselha-se, sempre que for
fazer a busca, consultar a cobertura da base naquele momento.
Nesta base, é possível fazer a busca em texto completo do pedido de patente,
usando vários operadores e campos de busca. Além disso, a busca pode ser realizada
em vários idiomas, inclusive o português. (Figura 14). Ela possibilita encontrar dados da
entrada na fase nacional do pedido PCT e, ainda, acesso a outras informações
relacionadas a patentes, como proteção ao conhecimento tradicional. Todas as
informações sobre o Tratado de Cooperação de Patentes (PCT) e o processamento dos
pedidos utilizando esta via estão descritos no Módulo de Patentes.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
37
Caso haja interesse em consultar determinado documento encontrado pela
busca, basta clicar em cima do mesmo e será possível conhecer seu conteúdo. A partir
da base PATENTSCOPE é possível obter resultados que podem ser facilmente
analisados, pois ela fornece informação que pode ser tabulada, o que facilita a
visualização dos resultados da pesquisa efetuada (ver Figura 15).
Figura 14 - Tela de busca do Patentscope
Fonte: Disponível em: <https://patentscope.wipo.int/search/en/structuredSearch.jsf>, em outubro de 2015.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
38
Figura 15 – Tela dos resultados de busca do Patents cope
Fonte: Disponível em: <https://patentscope.wipo.int/search/en/result.jsf>, em outubro de 2015.
Uma vantagem adicional do Patentscope é a possibilidade de apresentar os
resultados de uma busca na forma de tabelas e gráficos. Na Figura 15, é possível ver
uma lista de documentos de patente resultante de uma busca feita no Patentscope. Se
desejar ver este resultado no formato de um gráfico, basta clicar na barra “Analysis”, e
em seguida, na opção “Options”, selecionando a saída na forma de Gráficos (“Graph”).
Na Figura 16, é possível ver o gráfico dos resultados desta busca no formato “pie”
(conhecido por “torta” ou “pizza”), que mostra os países que depositaram pedidos de
patente.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
39
Figura 16 – Tela dos resultados de busca do Patents cope - Gráficos
Fonte: Disponível em: <https://patentscope.wipo.int/search/en/result.jsf>, em outubro de 2015.
Há também outras opções de apresentar os resultados da busca: o formato de
uma tabela (“Table”); o gráfico em linhas (“line”), ou ainda o gráfico de barras (“bar”). Ao
clicar nas outras barras do menu, será possível visualizar os gráficos dos Principais
Depositantes, Classificações, Inventores Principais e Data de Publicação.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
40
Boas Práticas ao se Efetuar uma Busca em Bases de P atentes
1) Para maior efetividade de sua busca, procure explorar as opções de cada base
de patentes, fazendo combinações de palavras-chave, símbolos da IPC (ou da
CPC) e campos de datas.
2) Para saber o que empresas concorrentes em certas tecnologias estão
desenvolvendo em termos de tecnológicos, faça buscas combinando a
classificação com o nome da empresa.
3) A busca de patentes é um processo interativo que se inicia a partir de um foco
amplo e que, aos poucos, se torna mais concentrado a partir dos resultados
obtidos. No entanto, é importante estar atento para limitar o número de
documentos que serão recuperados e lidos, de modo a poder examiná-los
detalhadamente.
4) Estar atento ao fato de que existem variações nos formatos de números e
datas dos documentos de patente , dependendo da base de dados, que tanto
pode originar-se de cada escritório nacional de patentes ou por ser uma base
que compila os dados oriundos de vários escritórios e os adapta a seu próprio
formato. O Padrão da OMPI ST.10/C define os formatos para a numeração dos
pedidos oriundos dos vários escritórios, e pode ser acessado em
http://wipo.int/standards/en/pdf/03-10-c.pdf
5) Observar que podem ocorrer variações quanto ao nome do
titular/depositante , que podem aparecer de modo abreviado ou, até mesmo,
terem sido alterados devido a processos de fusão ou aquisição de empresas.
6) Lembrar que a Classificação Internacional de Patentes (CIP) é
periodicamente revisada , de modo a aprimorar o sistema e incluir novos
desenvolvimentos tecnológicos. Com isto, por vezes documentos de patentes
mais antigos não são reclassificados, o que força que se pesquise nas edições
mais antigas da IPC, de modo a não perder documentos que podem ser
relevantes.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
41
7) Recordar que os documentos de patentes estão disponíveis em vários
idiomas , sendo necessária atenção especial à linguagem, sinônimos ou nomes
científicos, de maneira a conceituar corretamente o objeto de sua busca.
8) Observe que a principal limitação da busca é a fase de sigilo (18 meses da
data de depósito) dos documentos de patente. Qualquer base de dados ou
ferramenta de busca utilizada vai recuperar, apenas, os documentos que já
tenham sido publicados e, como foi visto, a maioria dos países utiliza este prazo
de sigilo após o depósito dos pedidos de patente.
9) Caso queira recuperar os documentos contendo a informação de patente mais
recente , faça uma busca combinando a classificação desejada e/ou palavras-
chave com a data de publicação a partir da qual lhe interessar conhecer o
assunto.
10) Observar que além da busca em documentos de patentes é muito importante
buscar informações também em literatura não patentária (exemplo: artigos
científicos), que pode ser consultada em bases específicas.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
42
Resumo
Este módulo introduziu noções básicas sobre Informação Tecnológica,
especialmente aquela contida em Documentos de Patente, suas características,
importância, vantagens de sua utilização e onde podem ser encontradas. Sabemos que
as patentes constituem uma das mais antigas formas de proteção da propriedade
intelectual e que o sistema de patentes tem duas funções: a primeira é incentivar o
desenvolvimento econômico e tecnológico de um país ao conceder ao inventor um
direito exclusivo para usufruir economicamente de sua invenção, por um período
determinado de tempo, excluindo terceiros deste uso; a segunda é a de fornecer ao
público acesso à informação sobre o desenvolvimento da tecnologia mundialmente, de
modo a estimular a inovação e contribuir para o crescimento econômico de cada país.
Além disso, alguns objetivos da busca foram apresentados, além de possíveis
usos estratégicos da informação contida em documentos de patente tais como: evitar
duplicação de esforços de pesquisa e o desperdício de recursos; fundamentar decisões
de investimento; identificar rotas tecnológicas para desenvolver ou aperfeiçoar novos
produtos e processos, ou mesmo identificar tecnologias emergentes ou não protegidas,
que estão em domínio público, para evitar litígios. As empresas também podem
descobrir possíveis parceiros, alternativas técnicas para um problema ou monitorar seus
concorrentes e o mercado onde atuam. Além disso, a análise de patentes pode fornecer
informações para subsidiar políticas públicas e sustentar decisões empresariais.
Em uma sociedade em que a inovação e a competitividade têm destaque como
elementos importantes para o desenvolvimento dos países, a informação contida nos
documentos de patentes publicados é uma fonte sistematizada para divulgar os
avanços mais recentes em termos de tecnologia. Isto se deve às características dos
documentos de patentes como conteúd o, formato universal e atualidade , e às
vantagens desta fonte de informação: quantidade de documentos , abrangência ,
indexação e acessibilidade . Neste sentido, as coleções de documentos de patente
disponibilizadas pelos escritórios de patente ou por entidades regionais oferecem à
sociedade a possibilidade de recuperá-los, de maneira simples e muitas vezes gratuita,
de suas bases de dados. As bases de patentes gratuitas apresentadas são: do INPI, do
USPTO, o Patentscope, a base Espacenet e a Latipat. Por fim, boas práticas para
efetuar as buscas usando as ferramentas de recuperação são apresentadas.
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
43
Referências:
• Ato Normativo 127/97. Disponível em: http://www.inpi.gov.br/menu-
esquerdo/patente/pasta_legislacao/index_html
• Endereço eletrônico do INPI. Disponível em http://www.inpi.gov.br>
• LATIPAT. Disponível em: <http://lp.espacenet.com>
• Lei Nº 9279/96, de 14 de maio de 1996 - Lei da Propriedade Industrial (LPI).
Disponível em: http://www.inpi.gov.br/menu-
esquerdo/patente/pasta_legislacao/lei_9279_1996_html-new-version
• Endereço eletrônico do USPTO. Disponível em <http://www.uspto.gov>
• World Intellectual Property Indicators 2010, Economics and Statistics Division,
WIPO, September 2010, 145 páginas, WIPO Publication n°: 941
• WIPO Guide to Using Patente Information. 2010 Edition, WIPO Publication nº L 434.
Disponível em http://www.wipo.int/patentscope .
• ESPACENET. Disponível em: <http://worldwide.espacenet.com>
Lista de Siglas (ordem alfabética):
AN – Ato Normativo
ARIPO - Organização Regional Africana da Propriedade Intelectual
CEDIN – Centro de Disseminação da Informação Tecnológica; da DICOD
CIP – Classificação Internacional de Patentes
COPIP – Coordenação de Pesquisa em Inovação e Propriedade Intelectual
CPC – Classificação Cooperativa de Patentes
DICOD – Diretoria de Cooperação para o Desenvolvimento; do INPI
EAPO - Organização de Patente Eurasiana
DL 101P BR – Módulo 11- Informação Tecnológica – (5V)
© WIPO/OMPI/INPI
44
EPO – Escritório de Patentes Europeu
INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial
OAPI - Organização Africana da Propriedade Intelectual
LPI – Lei da Propriedade Industrial
INID – Internationally agreed Numbers for the Identification of Data
OEPM – Oficina Espanhola de Patentes e Marcas
OMPI – Organização Mundial da Propriedade Intelectual
PCT – Patent Cooperation Treaty (Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes)
RPI – Revista da Propriedade Industrial
USPTO – Escritório Americano de Marcas e Patentes