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Page 1: DATI Tanatologia
Page 2: DATI Tanatologia

"Compreendi, então, que a vida não é uma sonata que, para realizar a sua beleza, tem de ser tocada até o fim. Dei-me conta, ao contrário, de que a vida é um álbum de minissonatas. Cada momento de beleza vivido e amado, por efêmero que seja, é uma experiência completa que está destinada à eternidade.

Um único momento de beleza e amor justifica a vida inteira"

 (Rubem Alves)

 

Page 3: DATI Tanatologia

Tanatologia é o estudo do fenômeno da morte e dos processos emocionais e psicológicos envolvidos na reação à morte, incluindo luto, perda e lamentação.

O psicólogo deve compreender a natureza das pessoas em relação à morte, seus próprios sentimentos e atitudes, de forma a trabalhar eficazmente com os pacientes.

Page 4: DATI Tanatologia

A reação à morte depende do contexto. A morte pode ter muitos significados

psicológicos, podendo ter papel de uma metáfora ou ser vista como castigo.

É importante identificar com o paciente qual o significado que ele atribui à morte.

Page 5: DATI Tanatologia

Morte oportuna: a pessoa morre quando tal deveria previsivelmente ocorrer, e os que devem suportar o luto não se surpreendem com a morte.

Morte inoportuna: (1) morte prematura de pessoa muito jovem; (2) morte súbita, inesperada; (3) morte catastrófica, associada a acidentes ou

atos de violência, vista como absurda.

Page 6: DATI Tanatologia

Desencadeada por fatores emocionais, por exemplo, ataques cardíacos que ocorrem após estresse psíquico súbito.

A morte por vudu, feitiços ou bruxarias pode ser causada por pessoa que supostamente tem esse poder e o utiliza contra alguém que acredita nesse poder.

Causa-se uma disfuncionalidade no eixo hipotalâmico-adrenal-hipofisário e no sistema nervoso autônomo por estresse emocional, ocasionando paralisação das funções vitais.

Page 7: DATI Tanatologia

De acordo com a lei, o médico deve assinar um atestado de óbito, no qual indica a causa da morte, bem como esclarece se a morte foi natural, acidental, por suicídio, homicídio ou causas desconhecidas.

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Elisabeth Kübler-Ross, M.D. (8 de julho de 1926 — 24 de agosto de 2004) foi uma psiquiatra que nasceu na Suíça e autora do inovador livro On Death and Dying, no qual ela primeiramente apresentou o agora conhecido Modelo de Kübler-Ross.

Page 9: DATI Tanatologia

Propõe uma descrição de cinco estágios discretos pelo qual as pessoas passam ao lidar com a perda, o luto e a tragédia. Segundo esse modelo, pacientes com doenças terminais passam por esses estágios.

O modelo foi proposto por Elisabeth Kübler-Ross em seu livro On Death and Dying, publicado em 1969.

Os estágios se popularizaram e são conhecidos como Os Cinco Estágios do Luto (ou da Dor da Morte, ou da Perspectiva da Morte).

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CHOQUE E NEGAÇÃO:O choque é a reação inicial de uma pessoa que toma conhecimento de que vai morrer. Depois o paciente pode recusar-se a acreditar no diagnóstico e procurar vários médicos. O médico deve garantir ao paciente que não o abandonará, bem como esclarecer sobre a doença e as opções de tratamento.

"Isso não pode estar acontecendo."

Page 11: DATI Tanatologia

RAIVA:Os pacientes podem desenvolver frustração, irritação ou raiva por estarem doentes. Enfurecem-se contra Deus, amigos, parentes e o próprio médico. Nessa fase são difíceis de tratar. O médico deve responder à raiva com empatia e de forma não-agressiva, de modo a aliviar a raiva do paciente.

"Por que eu? Não é justo."

Page 12: DATI Tanatologia

NEGOCIAÇÃO O paciente tenta negociar com Deus, amigos, médicos em troca da cura. Eles acreditam que, sendo bons, o médico fará com que melhorem. Deve-se deixar claro que cuidará dele da melhor forma possível e que fará tudo o possível para ajudá-lo.

"Me deixe viver apenas até meus filhos crescerem."

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DEPRESSÃO: O paciente apresenta sinais clínicos de depressão, que pode ser uma reação aos efeitos da doença sobre a vida do paciente ou pode ocorrer em antecipação à perda real da vida.

“Estou tão triste. Por que se preocupar

com qualquer coisa?"

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ACEITAÇÃO:O paciente percebe que a morte é inevitável e aceita a universalidade da experiência.

“Isto seria mesmo inevitável!”

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Conscientização acerca de suas próprias atitudes relativas à morte e ao morrer.

Proporcionar apoio solidário e conforto contínuo; Visitas regulares ao paciente, manutenção do

contato visual, contatos físicos apropriados, atenção ao que o paciente tem a dizer e disposição de responder a todas as perguntas de modo respeitoso.

O psicólogo deve incentivar a família e o paciente a conversar abertamente sobre o assunto.

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Tristeza refere-se ao sentimento subjetivo, precipitado pela morte de alguém querido.

O luto é o processo através do qual a tristeza é resolvida.

Perda significa ser privado de alguém, pela morte.

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O luto é caracterizado como sendo uma síndrome, com sinais, sintomas, curso demonstrável e resolução previsível. O luto pode ocorrer como resultado da perda de uma pessoa amada, mas também com relação à perda de status, de uma figura nacional ou de um animal de estimação. O trabalho de luto é um processo psicológico complexo, de retirada do apego e elaboração da dor do luto.

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1. fase inicial de desespero agudo, torpor e protesto, negação e acessos de raiva e aflição;

2. fase de desejo intenso pela presença do falecido e busca por esse;

3. fase de desorganização e desespero, quando a realidade começa a ser assimilada, a pessoa parece retraída, apática e inquieta, sente que a vida perdeu o sentido;

4. fase de reorganização, os aspectos agudos dolorosos da perda começam a desaparecer e a pessoa começa a se sentir voltando à vida.

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As diversas manifestações de tristeza tendem a se tornar menos intensas, com o passar do tempo. A tristeza do luto estende-se, tradicionalmente, por 1 ou 2 anos, à medida que a pessoa tem a oportunidade de experimentar todo um calendário anual sem a presença da pessoa falecida.

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Refere-se à ausência da expressão de tristeza à época da perda. Essa tristeza inibida é potencialmente patogênica, já que a pessoa evita enfrentar a realidade da perda, sendo característica do luto patológico. Essas reações negadas ou inibidas de tristeza contém as sementes de conseqüências indesejadas como sintomas físicos persistentes, similares àqueles da pessoa falecida ou reações inexplicáveis no aniversário da perda do falecido ou em datas importantes para esse. Essa tristeza pode, também, ser deslocada para outras perdas.

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Aplica-se à tristeza expressada ante uma perda percebida como inevitável, e termina com a ocorrência da perda. Essa tristeza tende a aumentar em intensidade à medida que a perda torna-se mais iminente.

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Os dois podem ser manifestados por choro, tristeza e tensão, expressados tanto por lentificação como por agitação psicomotora.

Outras expressões comuns são: diminuição do apetite e do desejo sexual, perda de peso e retraimento.

À medida que a perda torna-se mais remota, a pessoa sai da tristeza. A aparência de uma pessoa enlutada pode gerar simpatia, apoio e consolo por parte dos outros, sentimentos aos quais o enlutado responde. Já as queixas e lamentos da pessoa deprimida podem irritar e aborrecer o ouvinte. Na tristeza normal, a resposta é aceita como apropriada e normal; já na depressão, a resposta transmite a noção de algo não está bem.

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Já que as reações de luto podem evoluir para reações depressivas ou luto patológico, sessões de aconselhamento específico para os enlutados possuem muito valor.

Nessas sessões a pessoa é encorajada a falar sobre os sentimentos de perda e sobre o falecido.

Ocorre um apego ao terapeuta, que se torna um apoio temporário até que um novo senso de confiança com relação ao futuro se desenvolva.

O terapeuta deve estar preparado para lidar com os temas de morte e ser capaz de enfrentar as reações emocionais do paciente, deve também ser ativo.

Page 24: DATI Tanatologia

KÜBLER-ROSS, E. Sobre a morte e o morrer. São Paulo, Martins Fontes, 1992.

BOWLBY, J. Apego e perda: a natureza do vínculo. Tradução de Álvaro Cabral. V. 1. São Paulo: Martins: Martins Fontes, 2002.

BROMBERG, M.H. P.F. A Psicoterapia em situações de perdas e luto, Campinas: Livro Pleno, 2000.

KOVÁSC, M.J., Morte e desenvolvimento humano. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992.

SITE: http://www.redenacionaldetanatologia.psc.br/