tanatologia necrósia

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Necropsia

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FENÔMENOS CONSERVADORES DOS CADÁVERES

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O embalsamamento foi instituído nos tempos antigos para preservar os restos mortais dos falecidos.

A preservação era desejada por muitos motivos:

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I. Os egípcios, povos politeístas, acreditavam na vida eterna após a morte, em que o espírito do falecido voltava para tomar seu corpo.

II. Para abrigar o cadáver, construíram as pirâmides.

III. E para preservar o corpo (enquanto o espírito não retornava) inventaram a mumificação. 

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Em consequência deste processo, os egípcios iniciaram os estudos da anatomia e descobriram várias substâncias químicas, na busca de substâncias para a preservação do corpo.

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A palavra múmia tem origem no idioma árabe (mumia ou mumiya), que quer dizer breu ou betume, substância escura, semelhante ao asfalto que escorria do monte Mumia, situado na Pérsia, e à qual se associavam propriedades medicinais capazes de curar diversas enfermidades.

No antigo Egito, acreditava-se que o corpo, depois de impregnado com esta substância, seria capaz de chegar ao além em bom estado, esta é a razão do aspecto escuro das múmias egípcias.

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O processo tinham seis passos e demoravam cerca de 40 á 70 dias, dependendo da condição financeira do familiar do morto. (3 tipos de munificação)

Primeiramente o corpo era levado para as tendas ao ar livre local de purificação ao oeste Rio Nilo onde ficavam os cemitérios.

Eram entregues aos sacerdotes, eles (mortos), eram lavados com vinho de palmas e água do rio Nilo

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Primeiramente, todas as vísceras do cadáver eram retiradas.

Um corte era feito na altura do abdômen, de onde era retirado o coração, o fígado, o intestino, os rins, o estômago, a bexiga, o baço, etc.

O coração era colocado em um recipiente à parte. Algumas literatura (divergem) neste tópico.

O cérebro também era retirado.

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Para retirar o cérebro Aplicavam uma espécie de ácido por (via nasal) que o derretia-o facilmente facilitando assim a sua extração.

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DESIDRATAÇÃO DO CORPO Em seguida,

deixavam o corpo repousando em um vasilhame com água e sal (para desidratá-lo e matar as bactérias) durante setenta dias.

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Após a desidratação, o corpo era lavado novamente preenchido com serragem, ervas aromáticas (para evitar sua deterioração) e alguns textos sagrados.

Depois de todas essas etapas, o corpo estava pronto para ser enfaixado.

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ENFAIXAMENTO Ataduras

de linho branco eram passadas ao redor do corpo, seguidas de uma cola especial.

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Após esse processo, o corpo era colocado em um sarcófago (espécie de caixão) e abrigado dentro de pirâmides (faraó) ou sepultado em mastabas, uma espécie de túmulo (nobres e sacerdotes).

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No Antigo Egito, o processo de embalsamamento era mais ou menos complexo, e, portanto, caro, de acordo com a posição social do defunto.

Hoje o embalsamento não tem a mesma conotação, isto é (transformar-se em múmias), e sim transporta-lo

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Atualmente, a preservação de corpos de pessoas mortas é feita retirando sangue e outros fluidos e injetando uma solução de água e formaldeído para interromper o processo de decomposição.

Até hoje essa técnica é empregada, mas não para fazer múmias, e sim para transportar corpos e conservá-los durante o velório.

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I. Para questões de higiene – presumia-se que os restos mortais frescos eram um risco à saúde.

II. Por motivos sentimentais – a família desejava impedir a deterioração do corpo físico como uma ilusão reconfortante de que o falecido ainda vivia.

III. Para apresentação – para evitar sinais visíveis de deterioração enquanto o falecido estava sendo visitado pelo público antes do funeral

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Para um enterro tradicional, o corpo pode ser embalsamado para o aumento do tempo de duração do um velório ou quando será transportado este corpo para sua cidade natal (por exemplo) ou outro país.

Este processo preserva o corpo através da substituição de fluidos corporais, que retardarão o processo de decomposição.

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A tanatopraxia foi criada entre os anos de 1861- 1865 nos USA durante a guerra civil onde os corpos dos militares tinham que ser armazenados na linha de fogo e transportados por centenas de milhares de km.

verificando-se o seu desenvolvimento generalizado após a II Guerra Mundial. Em 1963 foi criado o Instituto Francês de Tanatopraxia, e desde dessa data a Tanatopraxia desenvolveu-se instalando-se rapidamente nos hábitos e rituais fúnebres.

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No Brasil, chegou na década de 1990 e era tido como desnecessária, mas hoje se tornou um serviço indispensável para as funerárias.

A tanatopraxia ou embalsamento corresponde a aplicação correta de produtos químicos em corpos falecidos, visando a desinfecção e o retardamento do processo biológico de decomposição.

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Como a decomposição age rápido, quanto antes for iniciado o processo de embalsamento melhor.

A limpeza do corpo é feita com ele colocado em uma mesa cirúrgica, despido e lavado com desinfetantes e germicidas.

Depois, é preciso tirar a rigidez do corpo (rigor mortis), massageando os músculos e a face

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No Brasil, os sepultamentos existiram até a década de 20, quando foram construídos os primeiros cemitérios.

Antes disso, apenas os índios, escravos e indigentes eram enterrados, enquanto os homens livres eram sepultados nas igrejas.

Devido a esse costume, era possível “medir” o tamanho de uma cidade pela quantidade de igrejas que ela possuía.

Hoje enterrar um corpo em terreno privado, e não no cemitério, é considerado crime de ocultação de cadáver.

 

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No início, os velórios eram realizados nas casas das famílias e todos os parentes e pessoas próximas compareciam e entregavam flores.

Com o surgimento de lugares próprios para isso, muitos não podiam se deslocar até o local do velório e passaram a enviar as flores e cartas, que muitas vezes, na emoção do momento, não eram lidas. 

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Pensando em diminuir o impacto ambiental, já que o caixão, as roupas e o líquido tóxico da decomposição do corpo podem atingir os lençóis freáticos, foram criados caixões de material biodegradável.

Porém, são pouco solicitados por sua aparência. 

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INUMAÇÃO TRANSLADAÇÃO Consiste na colocação

de cadáver em sepultura, jazigo ou local de consumação aeróbia.

É o sepultamento do cadáver, sendo cadáver, o corpo morto enquanto conservar a aparência humana

Consiste no transporte de cadáver inumado em jazigo, ou de ossadas, para local diferente daquele em que se encontram, a fim de serem de novo inumados, cremados ou colocados em ossário.

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Quando uma pessoa morre, seu corpo pode, através de processos naturais, apodrecer e ter sua carne consumida pela "flora cadavérica" até se tornar um esqueleto;

Mumificar-se pela ação físico-química do ambiente ou se transformar simplesmente em sabão também por ações físico-químicas

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Este processo pelo qual um corpo se transforma numa espécie de sabão é chamado de saponificação cadavérica. Consiste na transformação da gordura dos tecidos em adipocera - substância amarelo-clara, semelhante a cera ou queijo, com um odor rançoso e desagradável.

Os lipídios são transformados em sabão e o corpo transforma-se numa massa pastosa e, em muitos, casos sem forma. Há uma transformação gordurosa e calcária do cadáver. 

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Calcificação – Fenômeno que se caracteriza pela petrificação ou calcificação do cadáver, frequentemente observado em fetos mortos e retidos na cavidade uterina nos dois primeiros meses de gestação.

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A Medicina Legal é uma especialidade concomitantemente médica e jurídica que utiliza conhecimentos técnico-científicos da medicina para o esclarecimento de fatos de interesse da justiça.

O especialista médico praticante é denominado médico legista.

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Calendário tanatológico tem como objetivo uma aproximação do tempo da morte.

Quando a vítima fatal é encontrada segue-se, rigorosamente, a cronologia, a fim de estabelecermos o momento do óbito:

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Fauna cadavérica: início 08 dias

Fauna cadavérica: final 36 meses

Esqueletização +36 meses

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FENÔMENOS ABIÓTICOS IMEDIATOS

FENÔMENOS ABIÓTICOS MEDIATOS (CONSECUTIVOS)

Cessação cardiorespiratória;ƒ

Ausência de circulação;

ƒPerda de consciência.

Desidratação cadavérica;

Esfriamento do cadáver; Hipostática (manchas

arroxeadas) Rigidez cadavéricas. Fenômenos

conservadores: Mumificação; Petrificação; Saponificação; Coreificação.

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CAUSAS MORTIS MÉDICA CAUSAS MORTIS JURÍDICAS

Podem manifestar-se de diversas formas.

Anemia aguda; Asfixia; FV/ TV/ IAM/ Assisitolia; Choques: (metabólicos,

cardiogênico, anafiláticos, neurogênico, hipovolêmico

Depressão Respiratória; Envenenamento; Sincope; TCE – Traumatismo

Crânio Encefálico.

São causas violentas:

Homicídios;

Suicídios;

Acidentes.

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Reação vital; Sinais de

macroscópicos; Hemorragias; Coagulação

sanguínea; Retração de tecidos; Reações

inflamatórias; Eritemas;(coloração

vermelha da pele vasodilatação).

Flictemas- (bolhas)

Cogumelo de espuma;

Fuligens nas vias respiratórias;

Aspiração de materiais;

Embolias gasosas ou gordurosas;

Bolsas linfáticas; Gás carbônico do

sangue; Espasmos

cadavéricos.

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É a área cientifica que estuda os ossos, resultado da aplicação de conhecimentos antropológicos as questões de direito no que diz respeito à identificação de restos cadavéricos [necroidentificação].

Atraves dos ossos podemos abter dados sobre sexo, idade, eatatuta do falecido e pormenores [hábitos alimentares, algumas doenças, lesões etc].

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o trabalho de um antropólogo começa no local de crime e se estende até o laboratório e divide-se em três etapas:

1ª Etapa: ARQUEOLOGIA FORENSE: é feita uma escavação do local onde se encontra o corpo.

2ª Etapa: ANTROPOLOGIA SOCIAL: consiste na recolha de informações em redor da área do crime [entrevistar ás pessoas da região, consulta em órgãos e arquivos municipal, eclesiásticos, militares etc]

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3ª Etapa: INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL:

há uma aplicação de técnicas como: OSTEOLOGIA HUNANA [área que se debruça sobre o estudo dos ossos em decomposição/ esqueleto]. PALEOPATOLOGIA [área da ciência que se dedica ao estudo das doenças do passado]. TAFONOMIA [Estudo sistemático da evolução de fósseis], pode ainda ser feita uma reconstrução facial do cadáver e superposição fotográficas. O objetivo da antropologia forense é a determinação da identidade do individuo.

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há uma aplicação de técnicas como: OSTEOLOGIA HUNANA [área que se debruça sobre o estudo dos ossos em decomposição/ esqueleto].

PALEOPATOLOGIA [área da ciência que se dedica ao estudo das doenças do passado].

TAFONOMIA [Estudo sistemático da evolução de fósseis], pode ainda ser feita uma reconstrução facial do cadáver e superposição fotográficas. O objetivo da antropologia forense é a determinação da identidade do individuo.

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Cada serviço de Patologia tem sua própria técnica de necrópsia, que na verdade é variante de uma das quatro técnicas básicas [técnica de virchow]

Virchow, Ghon, M. Letulle Rokitansky

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Em 1874, o Dr  Rudolf L. K. Virchow, médico polonês,  padronizou a técnica de necrópsia, cuja base é utilizada até os dias atuais. Ele fundou as disciplinas de patologia e patogia celular.

Na técnica de Virchow os órgãos são retirados um a um, são pesados e examinados  separadamente.

A abertura do tórax e abdome é a padrão (biacrômio esterno pubiana) e a do crânio, também (bimastóidea vertical). Após o exame dos órgãos, eles são colocados novamente dentro do cadáver.

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Carl Rokitansky (1804-1878) estabeleceu as bases estruturais das doenças e a técnica de necropsia com o estudo sistemático de cada órgão.

Em 1866, já tinha feito mais de 30 mil necropsias. Na sua técnica, os órgãos são examinados “in situ”ou seja, dentro do cadáver, um a um.

Desta forma, nesta técnica são realizados vários cortes em todos os órgãos internos, para depois eles serem retirados, um por um.

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Observe que esta técnica possui uma grande semelhança com técnica de Virchow,  com a diferença de que na TÉCNICA de Virchow os órgãos são retirados um a um para depois serem examinados.

Enquanto na TÉCNICA de Rokitansky  os órgãos  são examinados ainda dentro do cadáver, para depois serem retirados , também um por um.

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Na técnica de M. Letulle, é feita a evisceração (retirada das vísceras do cadáver) através de um único bloco.

Esta retirada se dá, na parte torácica e abdominal da seguinte forma:

A pele abaixo da região mentoniana é rebatida, juntamente com os planos musculares, e é feito um corte nos músculos localizados abaixo da língua.

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Na técnica de Ghon, a evisceração se dá através de monoblocos de órgãos anatomicamente e/ou funcionalmente relacionados. 

Remoção do cérebro: A incisão no couro cabeludo deve se iniciar a 1-2 cm atrás da borda inferior da orelha direita, se estendendo ao crânio até alcançar o ponto correspondente contralateral

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No ato da profissão deve-se tratar aqueles que nos foi confiado com respeito, assim como gostaríamos de ser tratados.

Ter consciência e responsabilidade em nossos atos.

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“Devemos promover a coragem onde há medo, promover o acordo onde existe conflito, e inspirar esperança onde há desespero”

Para negar às pessoas seu direito humano é desafiar a sua própria humanidade

Nleson Mandela

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