recortes nº 67 de 2012

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Recortes nº 67 Índice – 3 de abril de 2012 Secil foi o maior carregador do Porto de Setúbal Porto de Setúbal cresce 1,7% nos dois primeiros meses de 2012 Porto de Setúbal acolhe inauguração do navio TEMARA Porto de Setúbal ligado a Madrid 3 vezes por semana Governo vai rever regulação do sector A importância estratégica dos portos Revolução no transporte ferroviário Portos ganham peso Um sistema de transportes competitivo e sustentável Guindaste do Porto de Leixões vai ser desmantelado para obras de requalificação Port Dalian ‘estreia-se’ em Leixões APSS, SA Praça da República 2904-508 Setúbal Portugal Nº Reg. Comercial e NPC: 502256869 Tel.: +351 265 542000 Fax: +351 265 230992 Sítio Internet: www.portodesetubal.pt Email: [email protected]

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• Secil foi o maior carregador do Porto de Setúbal• Porto de Setúbal cresce 1,7% nos dois primeiros meses de 2012• Porto de Setúbal acolhe inauguração do navio TEMARA• Porto de Setúbal ligado a Madrid 3 vezes por semana• Governo vai rever regulação do sector• A importância estratégica dos portos• Revolução no transporte ferroviário• Portos ganham peso• Um sistema de transportes competitivo e sustentável• Guindaste do Porto de Leixões vai ser desmantelado para obras de requalificação• Port Dalian ‘estreia-se’ em Leixões• Sines forma pilotos de Cabinda• Pilotops do Porto de Cabinda vão estagiar em Sines• Acordo entre CMA CGM, MSC e CSAV para serviço Europa-América do Sul com escala em Lisboa• João Carvalho: Governo está a ‘criar condições’ para desenvolvimento da frota mercante nacional

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Page 1: Recortes Nº 67 de 2012

Recortes nº 67

Índice – 3 de abril de 2012

Secil foi o maior carregador do Porto de Setúbal Porto de Setúbal cresce 1,7% nos dois primeiros meses de 2012 Porto de Setúbal acolhe inauguração do navio TEMARA Porto de Setúbal ligado a Madrid 3 vezes por semana Governo vai rever regulação do sector A importância estratégica dos portos Revolução no transporte ferroviário Portos ganham peso Um sistema de transportes competitivo e sustentável Guindaste do Porto de Leixões vai ser desmantelado para obras de

requalificação Port Dalian ‘estreia-se’ em Leixões Sines forma pilotos de Cabinda Pilotops do Porto de Cabinda vão estagiar em Sines Acordo entre CMA CGM, MSC e CSAV para serviço Europa-América do

Sul com escala em Lisboa João Carvalho: Governo está a ‘criar condições’ para desenvolvimento

da frota mercante nacional

APSS, SAPraça da República2904-508 Setúbal PortugalNº Reg. Comercial e NPC: 502256869

Tel.: +351 265 542000Fax: +351 265 230992Sítio Internet: www.portodesetubal.ptEmail: [email protected]

Page 2: Recortes Nº 67 de 2012

Transportes em Movimento – 30 de março de 2012

Secil foi o maior carregador do Porto de Setúbal em 2011

A Secil foi o maior carregador do Porto de Setúbal em 2011, com um total de 1,643 milhões de toneladas movimentadas.

A lista dos quatro maiores carregadores do porto é completada, por ordem decrescente, pela Portucel, com 702 mil toneladas; pela Cimpor, com 504 mil toneladas e pela Somincor, com 330 mil toneladas.

A movimentação de carga da Secil foi distribuída entre o embarque de cimento ensacado e a granel no Terminal de Uso Privativo Secil, com 917 mil toneladas e a receção de clínquer e petcoke no Terminal de Uso Privativo Termitrena, com 726 mil toneladas.

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Transportes em Movimento – 29 de março de 2012

Porto de Setúbal cresce 1,7% nos dois primeiros meses de 2012

O Porto de Setúbal atingiu, no final do mês de fevereiro de 2012, um movimento total de mercadorias de 1,089 milhões de toneladas, a que corresponde um aumento de 1,7%, face ao mesmo período em 2011.

Para estes resultados, contribuiu o crescimento registado nos terminais de serviço público da Sapec, com mais 22,4% no Terminal Sapec – Líquidos e mais 16,6% no Terminal Sapec – Sólidos, e no Terminal Sadoport, com mais 10,2%, a que se junta, nos terminais de uso privativo, o crescimento de 28,1% no Terminal Tanquisado/Eco-Oil e de 17,3% no Terminal Secil. Grande notícia para o alargamento do hinterland e o ganho de massa críutica pelos nossos portos para que possa ser mais eficientes com as economias de escala.Grande notícia para o alargamento do hinterland e o ganho de massa críutica pelos nossos portos para que possa ser mais eficientes com as economias de escala.

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Transportes em Movimento – 28 de março de 2012

Porto de Setúbal acolhe inauguração do navio TEMARA

O Terminal Termitrena do Porto de Setúbal acolheu, no dia 19 de março, a cerimónia de inauguração do novo navio TEMARA da CIMPOR, que contou com a presença do Secretário de Estado dos Transportes, Obras Públicas e Comunicações, Dr. Sérgio Monteiro.

O TEMARA é um navio graneleiro com 190 metros de comprimento e com 32,5 mil toneladas de arqueação bruta que, segundo a CIMPOR, visa renovar a frota e adaptá-la melhor às cargas e características dos terminais que escala mais frequentemente, para além de contribuir para uma melhor gestão da capacidade produtiva da empresa e para a estabilização dos custos de transporte de clínquer e petcoke.

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Transportes em Movimento – 28 de março de 2012

Porto de Setúbal ligado a Madrid 3 vezes por semana

O Porto de Setúbal está ligado a Madrid, e resto de Espanha, pelo serviço de transporte de mercadorias por ferrovia IBERIAN LINK, uma parceria dos operadores CP Carga, SA, português, e Renfe Mercancías, espanhol, oferendo uma frequência de três viagens semanais, com partidas às terças, quintas e sextas-feiras.

A oferta engloba desde o transporte de contentores isolados até à contratação de comboios completos, com a capacidade de 48 TEU. Os pontos de embarque no Porto de Setúbal são os terminais da Sadoport e Rodofer/SPC/Sapec. O tempo de viagem até Madrid Abroñigal ronda as 15 horas e até 24 horas para cidades como Zaragoza, Tarragona, Bilbao, Barcelona ou Valência. Grande notícia para o alargamento do hinterland e o ganho de massa críutica pelos nossos portos para que possa ser mais eficientes com as economias de escala. Com este serviço, estão criadas condições excecionais para o alargamento do hinterland do Porto de Setúbal até Espanha e para o ganho de massa crítica que promova a competitividade e eficiência do porto através de economias de escala, quer na ferrovia, quer ao nível do frete marítimo.

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Jornal de Negócios – Transp. e Logística – 3 de abril de 2012 – Pág. II

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Jornal de Negócios – Transp. e Logística – 3 de abril de 2012 – Pág. IV

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Jornal de Negócios – Transp. e Logística – 3 de abril de 2012 – Pág. V

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Jornal de Negócios – Transp. e Logística – 3 de abril de 2012 – Pág. VI

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Jornal de Negócios – Transp. e Logística – 3 de abril de 2012 – Pág. VIII

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Jornal de Negócios – Transp. e Logística – 3 de abril de 2012 – Pág. IX

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Jornal de Negócios – Transp. e Logística – 3 de abril de 2012 – Pág. X

Page 13: Recortes Nº 67 de 2012

Jornal de Negócios – Transp. e Logística – 3 de abril de 2012 – Pág. XI

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Diário Económico – 3 de abril de 2012 – Pág. 29

Page 15: Recortes Nº 67 de 2012

Transportes & Negócios – 2 de abril de 2012

Port Dalian “estreia-se” em LeixõesO Port Dalian, um dos três novos graneleiros da Portline, escalará esta semana o porto de Leixões, numa visita pouco comum. O navio, entrado ao serviço do armador português em Janeiro passado, chegará a Leixões no próximo sábado, proveniente de Veneza, apurou o TRANSPORTES & NEGÓCIOS. Em Leixões, o Port Dalian descarregará ferro e aço em chapa (carregado em Mumbai), seguindo depois viagem em vazio.  O Port Dalian é o primeiro dos três graneleiros supramax que a Portline recebeu já este ano dos estaleiros chineses da Cosco Zoushan. Seguiram-se-lhe o Port Hainan, em Fevereiro, e o Port Canton, já em Março, tal como o TRANSPORTES & NEGÓCIOS adiantou em primeira mão. Com 190 metros de comprimento e 32,26 metros de boca, estes navios graneleiros de 57 000 DWT têm uma capacidade de transporte de 71 500 metros cúbicos de carga. Para a movimentação das cargas, estão equipados com quatro gruas de 30 toneladas cada.  Com mais estes três navios, que representaram para os respectivos armadores um investimento de cerca de 100 milhões de dólares, a Portline passou a operar uma frota de 12 graneleiros, sendo 11 do tipo supramax e um capesize.

Page 16: Recortes Nº 67 de 2012

Transportes & Negócios – 2 de abril de 2012

Sines forma pilotos de CabindaOs pilotos da Empresa Portuária de Cabinda vão estagiar em Sines, preparando-se para responder ao desejado desenvolvimento do tráfego portuário naquele enclave. A formação de pessoal técnico e de pilotagem do porto angolano será feita em Sines, ao abrigo do protocolo de cooperação assinado entre as duas administrações portuárias. Em breve chegarão a Portugal os dois primeiros pilotos do porto de Cabinda, que acompanharão os pilotos do porto de Sines nas manobras de atracação e largada dos navios. A Empresa Portuária de Cabinda projecta para o enclave a criação de um porto de águas profundas, que sirva não apenas aquela província angolana mas também os países vizinhos.  A escolha de Sines para parceiro na formação do pessoal de pilotagem é justificada, no comunicado emitido a propósito, com o facto de o porto português ser “especializado na operação de grandes navios, movimentando diferentes tipos de cargas”. Em ocasiões anteriores, o Porto de Sines já deu formação a pilotos da brasileira Ceará Marine Pilots e do porto de Luanda.

Page 17: Recortes Nº 67 de 2012

Cargo News – 2 de abril de 2012

Pilotos do Porto de Cabinda vão estagiar em Sines

O porto de Sines celebrou um Protocolo de Cooperação com a Empresa Portuária de Cabinda (EPC) com o objetivo de fomentar o intercâmbio de conhecimentos e experiências técnicas nos domínios de atividade portuária e transportes marítimos, consubstanciados na formação e prática de pessoal técnico de pilotagem e de comunicações.

Esta empresa portuária angolana identificou Sines como um porto especializado na operação de grandes navios, movimentando diferentes tipos de carga, sendo por isso uma referência para o seu serviço de pilotagem, numa altura em que a EPC está a desenvolver o projeto de um novo porto de águas profundas e decorre também o projeto da nova ponte de cais. O objetivo é posicionar futuramente o porto de Cabinda como uma infraestrutura de referência em toda a logística da região, servindo não só Cabinda, mas também os países vizinhos, assumindo a República Democrática do Congo um papel de destaque.

No seguimento deste protocolo está já prevista a receção de dois pilotos do porto de Cabinda para a realização de estágios, acompanhando os pilotos do porto de Sines nas manobras de atracação e largada dos navios, dotando-os assim de novas competências para o desempenho da sua atividade.

Esta não é a primeira vez que que o porto de Sines coopera com outros portos da lusofonia no intercâmbio de conhecimentos de pilotagem, destacando-se os estágios proporcionados a profissionais da Ceará Marine Pilots, do Brasil, e da EPIBAL, a empresa de pilotagem do Porto de Luanda, também de Angola.

Page 18: Recortes Nº 67 de 2012

Cargo News – 2 de abril de 2012

Acordo entre CMA CGM, MSC e CSAV para serviço Europa-América do Sul com escala em Lisboa

A CMA CGM, a Mediterranean Shipping Company (MSC) e a Companhia Sudamericana de Vapores (CSAV) irão começar em abril um novo serviço entre portos europeus e a costa atlântica da América do Sul.

A linha substitui a rota que a CMA CGM vinha a oferecer com a Hamburg Süd e a Hapag-Lloyd, e irá cobrir o mercado

brasileiro com frequência semanal e com sete navios (três da CSAV, três da CMA CGM e um da MSC).

O serviço terá início no próximo dia 11 e vai ligar os portos de Le Havre, Roterdão, Hamburgo, Bremerhavem, Amberes, Lisboa, Santos, Paranagua, Navegantes, Santos, Rio de Janeiro, Salvador e, novamente, Le Havre.

O armador francês terá ainda espaços de carga na linha ‘Plate Sling’ da MSC e irá assim cobrir pontos do Rio de la Plata. Essa linha liga Amberes, Roterdão, Bremerhaven, Le Havre, Sines, Rio de Janeiro, Santos, Buenos Aires, Río Grande, Paranagua, Navegantes, Santos, Itaguai e Amberes.

"Esta nova cooperação permitirá à CMA CGM desenvolver sinergias existentes com os seus novos sócios, melhorar a sua cobertura de portos e incrementar a sua qualidade de serviço para atender aos requisitos dos clientes”, refere a companhia.

Page 19: Recortes Nº 67 de 2012

Cargo News – 2 de abril de 2012

João Carvalho: Governo está a “criar condições” para desenvolvimento da frota mercante nacional

O histórico Hotel Palácio, no Estoril, é palco da Conferência Internacional de Investigação Científica sobre o Transporte Marítimo de Curta Distância (TMCD) – SSS 2012 –, numa organização levada a cabo por Ana Casaca e pela Revista CARGO. O evento conta ainda com os patrocínios da Associação dos Portos de Portugal (APP) e da Parmedia e com os apoios do Programa Blue MBA (Copenhagen Business School) e da Associação Internacional dos Economistas Marítimos (IAME).

Largas dezenas de espectadores lotaram o espaço e assistiram aos diversos painéis marcados para este primeiro dia da Conferência (que termina esta terça-feira).

A cerimónia de abertura contou, para além dos discursos de boas vindas de Ana Casaca e do presidente da Revista CARGO, Luís Filipe Duarte (que podem ser lidos no site da Conferência em http://www.sss2012.org/), com as intervenções de João Carvalho, em representação do Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro, Rui Raposo (presidente da Associação dos Armadores da Marinha do Comércio), Irene Rosberg (do Programa Blue MBA da Copenhagen Business School) e Theo Notteboom (presidente da IAME – International Association of Maritime Economics – e da ITMMA).

João Carvalho iniciou a sua apresentação lembrando que o transporte marítimo “contribui de forma significativa para a prosperidade na Europa”, constituindo-se, historicamente, como “um dos pilares do seu crescimento económico”. “O crescimento da economia mundial e do comércio internacional fez disparar a procura de serviços de transporte marítimo. Hoje, cerca de 80% do comércio mundial é feito através do mar, sendo que o Short Sea Shipping representa 40% do tráfego entre países europeus”, acrescenta. Com a iniciativa da UE, que “estabeleceu como meta, na sua política dos transportes, a redução da quota do transporte rodoviário de mercadorias, na procura de mitigar as alterações climáticas e reduzir o consumo de energia”, surge o conceito de Auto-estradas do Mar, “a ser desenvolvido na Rede Transeuropeia de Transportes, na qual o SSS é usado como complementaridade ao transporte rodoviário”. “Desta forma, para a UE o SSS é uma escolha estratégica, sendo considerado importante para a coesão do território europeu porque promove a competitividade do tráfego europeu, mantém as ligações de transporte vitais, reduz os custos de transporte por unidade, facilita a integração europeia e alivia o congestionamento das estradas”, enumera o também presidente do IPTM. Considerando que o “setor marítimo-portuário tem um papel decisivo no desenvolvimento da economia portuguesa, particularmente no que concerne às exportações”, João Carvalho lembra que a importância deste setor no nosso país ficou patente nas políticas que favorecem a “integração dos portos portugueses na Rede Transeuropeia de Transportes” assim como no “Plano Estratégico dos Transportes que aponta este setor como um dos que deve continuar a ser alvo de investimento para melhorar as condições de competitividade nacionais”, destacando ainda os esforços feitos no nosso país para a implementação da JUP (Janela Única Portuária) e da JUL (Janela Única Logística). Por fim, considerando que a frota mercante nacional tem uma “importância estratégica para Portugal”, João Carvalho garantiu que tudo está a ser feito para “criar condições” para a sua existência e desenvolvimento.

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O presidente da AAMC (Associação dos Armadores da Marinha do Comércio), Rui Raposo, iniciou a sua intervenção com uma análise global geográfica do país, lembrando que “Portugal é um país periférico em relação à União Europeia e só tem duas fronteiras que são Espanha e o mar” e que, ainda assim, “cerca de 75% do transporte de bens entre Portugal e os países europeus, que não Espanha, é feito através da rodovia”, sendo que a única ligação rodoviária do país com a Europa é feita através de Irún e conta com várias restrições. Salientando que nenhum investidor internacional está disposto a entrar num país que é “uma ilha, sem o transporte marítimo devidamente organizado”, ao que se juntam fatores como os “custos laborais, a produtividade ou o sistema fiscal”, Rui Raposo apontou ainda outros pontos fracos que prejudicam o setor em Portugal, tais como “os custos portuários, a burocracia e o fraco desenvolvimento do transporte intermodal”.Realçando que “50% da população da EU vive perto da costa”, o presidente da AAMC vinca que as políticas da EU devem ter em conta “as diferenças entre os vários países”. Por fim, Rui Raposo criticou o facto dos carregadores de países fora da EU apenas terem que responder aos requerimentos do IMO enquanto que os carregadores europeus têm que ter em consideração as imposições do IMO e da Comissão Europeia, o que desvirtua a competitividade em prejuízo dos navios de bandeira europeia. “Quanto mais a EU exigir aos carregadores europeus menos competitivos estes conseguirão ser”, conclui.

Irene Rosberg, diretora do Programa Blue MBA da Copenhagen Business School, centrou a sua intervenção nas vantagens e desvantagens do SSS assim como nos desafios que se avizinham. Entre as vantagens, começou por destacar aquela que é mais irrefutável, que passa pelo facto de ser “uma solução mais sustentável que o transporte rodoviário”. O facto de “mais de 70% da indústria europeia” estar “a escassos quilómetros da costa” e a “aparente capacidade ilimitada dos mares” foram outras vantagens que enumerou. Não esquecendo que existem “tecnologias marítimas caras a serem introduzidas, investimentos nos portos e na frota”, Irene Rosberg ressalvou que “o próprio investimento nos terminais acaba por ser mais reduzido que o investimento e manutenção de infra-estruturas rodoviárias”. Com tantas vantagens, a pergunta que se colocava era o porquê de o SSS ter tido um desenvolvimento tão ténue nos últimos tempos. A resposta de Irene Rosberg foi clara: “Falta promoção ao SSS”. “Os grandes desafios do SSS têm que ser identificados e antecipados”, referiu a oradora destacando, por exemplo, “a burocracia e a forma morosa como muitos portos trabalham nos dias de hoje”. Entre os desafios encontram-se ainda o “alargamento da UE a novos países” assim como o facto de “grande parte da frota de navios, sobretudo nos países do leste da Europa, já não ser recente”.

Em representação da IAME (International Association of Maritime Economics) e da ITMMA, das quais é presidente, Theo Notteboom procedeu a uma breve apresentação do IAME e das suas publicações e eventos. Salientando que o “SSS não é um conceito novo, existe há vários séculos só que não tinha esta denominação”, Theo Notteboom lembra que “com o desenvolvimento da ferrovia este veio a perder importância”. “Porém – refere o orador – nos últimos anos tem vindo a assumir-se novamente como estratégico para a economia global” apresentando-se cada vez mais como “uma área de pesquisa e de estudo sendo que a Europa tem sido o principal ponto de desenvolvimento de estudos académicos”.