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Jm^ikiraANO XLII SETEMBRO, 1951 NÚMERO 197

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FUNDADA EM 1909 j

Edição da S. A. "0 Malho"

Grande prêmio na exposição do Centenário, em1922 — Premiada com medalha de ouro na Ex-posição de Turim de 1911 — Diploma de honrada Feira Internacional de Nova York em 1940.

órgão oficial da Exposição do Centenário, em1922, do Centenário da Pacificação dos Movi-mentos Políticos de 1842, do Centenário do Doisde Julho, da Bahia, do Instituto Históriconas comemorações do Centenário do Nascimentcde D. Pedro II, do Centenário do plantio de caféno Brasil, do Centenário da Republica do Equa-dor, do Cinqüentenário do Cerco da Lapa, e doCinqüentenário da Fundação da Academia Bra-sileira.

DIRETORES:

Oswaldo de Souza e Silvi,

Antônio A. de Souza e Silva

KEDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃORua Senador Dantas, 15 — 5.° Andar

Telefones 22-9675 — 22-0466 — 22-0745

Caixa Postal 880 - End. Teleg. "O MALHO"Rio

PREÇOS DAS ASSINATURAS

(remessa sob registro postal)

Brasil, países da América e Espanha*.12 meses . t Cr$ 120,00

6 meses Cr$ 60,00Demais paises:

12 meses Cr$ 140,006 meses .. .:;. .. .. .. ...... Cr$ 70,00

Número avulso Cr$ 10,00

ANO XLII — N.° 197 — SETEMBRO — 1951

NOSSA CAPAFRANCESCA DE RIMINI

Tela de Aurélio de Figueiredo

^ DOES PARA OS MFM- ÉmffífWJm ^C^g0 BROS DA ACADEMIA Jl$|Jf f A/J

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O ALFAIATE DOS IMORTAIS

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Quotidiano independentedei mattino

Um giornale continentale

per le collettivitá

italo - americane

Sede: SÃO PAULORua 24 de Maio, 207

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OUMA MARAVILHA DO ALEIJADINHO EM OURO PRETO

lbra perfeita e acabada a Igreja de São Francisco de Assis1desta cidade não tem rival". São palavras do historiadorDicgo de Vasconcelos, na sua admirável descrição "As Obras

de Arte", capítulo da notável Coletânea do Bicentenário de OuroPreto. As três artes irmãs parece mesmo que foram as três graças,concebendo e executando esta portentosa fábrica, sob uma influ-ência misteriosa; pois basta para'uma tal ptresunção ver-se a fa-chada, que supera a tudo quanto ainda se fez .em Minas. Basta,considerar como esse templo foi traçado e feito por um homemobscuro, iletrado, e sem freqüência de escolas. Quebrará por ou-tra a cabeça quem quizer deferir à que estilo obedeceu esta par-te do grandioso edifício. O que se pode alcançar apenas, é queresultou de uma feliz combinação, pela qual se colheu o mais gra-cioso de cada um, e dessa mescla admiravelmente coordenadanasceu este desenho. As colunas jonicas, fustes de palmeira, dan-do-lhes com efeito os tons de pureza helenica, harmonizam-secom o frontão da Renascença, ao passo que do conjunto ressum-bra o barroco italiano, que os jesuítas haviam, como já se disse,alterado, por economia, e também ptela vantagem de ficar neu-tro, deixando de ferir susceptibilidades onde quer que entre ei-vilizações diversas levassem a sua missão. As torres laterais ca-racterísticas do estilo jesuitico, do qual tomaram a posição na fa-chada, ficaram corrigidas com a redondeza da forma, e com ascúpulas a meia laranja terminadas em pontas de lança essuias qagudas, que ferem o céu feito este que recordai o ar do bizantinoe a conclusão do gótico. Esta fachada, porém, no que fica acimade toda a nossa admiração, é nos ornátos do pórtico, e das tarjascomemorativas. O pórtico de umbreiras geminadas, e riscadas decaneluras simétricas, tem a verga recortada, com um cherubimde cada lado, e festÕes pendentes. Sobre este está um coroamen-to, denticulado que disponta: mas logo oculta-se na ornamenta-ção das flores, sobre as quais vemos anjos de corpo inteiro apre-sentamento símbolos de ordem. Arquiteto este homem, originai,como já vimos, traçou Igreja de modo parti-tcular, não quebrando alinha das paredes exter-has; mas ao efeito detrazer a luz para a cape-la-mór engendrou doislargos corredores clarea-dos cada um por três va-randas de arcos abatidos,que a siriigularizam. Nãohá, uma só parte princi-pai acessória que não sejaum primor nesta Igreja.O Aleijadinho, no entan-to nasceu e morreu emOuro Preto. Nunca foilonge do seu ambientenatal procurar ensinos,contemplar 'modelos, de-senvolver idéas. Era umiletrado, mas que viveunum tempo, quando VilaRica foi centro de luzes,único em todo o Brasil.Foi todavia filho de Ma-noel Francisco Lisboa, esobrinho de AntônioFrancisco Pombal, am-bos arquitetos e esculto-res os mais notáveis daépoca, aos quais deve-mos à maravilhosa fá-brica das matrizes deAntônio Dias e de OuroPreto. Assim, sendo, oAleij adinho (AntônioFrancisco Lisboa) a na-tureza lhe deu pelo me-nos o sangue de raça, eos mestres o preparo deum gênio estupendo, queaté hoje a nenhum outrojá foi segundo em Minas,ou em outra parte qual-quer, onde a justiça man-de julgar pelos elementospessoais ou educativos. É

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Não! nâo faça regime para emagrecer Tomede hoje em diante Vinho Chico Mineiro, usa-do há mais de meio século! A perda de pesoé natural, não faz mal e não provoca rugas'Insista no tratamento e depois do terceirovidro o seu corpo tomará unhas firmes e dei-gadas adquirindo forma elegante lndispen-

sável à mulher moderna.

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2 Ilustração Brasileira

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PolvilhoAntisséptico

GRANADO

DESODORANTECIÇATRIZANTE

sabido que Antônio Francisco Lis-toa só tarde . ficou aleijado, da-tando deste ano de 1777 as pri-meiras manifestações do mal deque lhe provieram a perda dosdedos e o transtorno de sua fisio-nomia. Estas igrejas e outras fo-ram portanto feitas por êle empleno vigor de suas forças e ta-lento, si bem que seu espirito nãosofresse nem se obumbrasse ain-da mesmo no período mais ade-antadó da doença, razão pela qualcontinuou a trabalhar até os últi-mos dias.

O LANDAU ERA APRECIADOPELOS GRANDES DE OUTRORA

De

menor utilização do que aberlinda e o "coupé", o lan-dau teve por berço a peque-

na vila renana de Landau, na Ba-*viera, que, com a piróspera Mo-guncia, competiu em obras demarcenaria e segeiro. Viatura dequatro rodas (duas pequenas, àfrente, e duas maiores, atraz, coma mesma disposição de jogo derodas da "caleche" modernizadate tendo molas flexíveis, possuíacapota de arrear e boléa estreita,figurando pequenas lanternas nas,faces laterais, a tração era deiquatro animais. Serviram aqui, ahomens de fartos, haveres, a mé-dicos e advogados de fama. Umdesses veículos foi adquirido pelo>Dr. Andrade Pertence, lente daEscola de Medicina, operador eparteiro de grande fama. Prefe-rindo-o em seu serviço clinico, sóo deixava alta noite, quando serecolhia à residência, no Catete.Há quarenta anos, o landau denossos maiores renasceu das cin-zas do esquecimento em que cai-ra, como a fenix da fábula. O jogqda bolsa canalizara facilmentedinheiro para os cofres dos po-tentados do dia. dando-lhes abas-tança que se lhes afigurava inex-gotável. Uma das figuras do altomundo dos negócios dessa época,o multi-milionário Conde de Leo-poldina, no número das suas be-Ias carruagens, contava grandiosolandau. Deslumbrante pelos orna-tos, oferecia a extravagância deser arrastado por uma parelha dezebras vinda da África, por enco-menda daquela titular. Num des-ses veículos se transportou o Ma-»rechal Deodoro, do Palácio Ita-maratí à praia de Botafogo, ondese realizava uma das mais con-corridas regatas dos nossos clubesnáuticos.Ruy Barbosa, Ministro da Fazen-da do Governo Provisório, possuíaentão, dois carros de luxo — um"coupe" e um "landau" que so.guardavam em sua casa no Fia-jmengo.Reabilitado o "laudau", s ob asgide do grande gestor das finan-cas nacionais, ainda mais se opu-lentaram os hábitos da gente ricae até mesmo dos remediados davéspera. Todas as tardes, na épocado Encilhamento, alinhavam-seaquelas carruagens à espera deseus possuidores, em ostensão damagnificência de haveres, no lar-go S- Francisco de Paula, nas pra-ças Tiradentes e Quinze de No-vembro, na rua Primeiro de Mar-ço e nos largos da Carioca e daLapa. E o carnaval carioca, que,anteriormente, nos préstitos dosFenianos, Democráticos e Tenen-tes do Diabo, se aproveitara dasberlindas, que no terceiro dia gor-do rolavam pela cidade, em logardaqueles veículos, fez desfilar, em1891, imponentes "landaus", lu-xuosamente ajaezados e que con-diziam com o novo Eldorado er-guMojpelo Encilhamento.

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O Dr. Nelson Mendes Caldeira, Presidente da INTERCAP,tendo à sua direita o Sr. Arnaldo D'Ávila Florence, Su-perintendente Geral, no momento em que apunha a sua

assinatura na ata alusiva ao áto.

O Dr. Nelson Mendes Caldeira e o sr. ArnaldoD'Avila Florence, num flagrante colhido du-

rante a cerimônia da benção da pedrafundamental

EDIFÍCIO INTERCAPLANÇADA A PEDRA FUNDAMENTALDO MAJESTOSO EDIFÍCIO — A SO-LENIDADE — MAIS UMA REALIZA-ÇAO DA COMPANHIA INTERNACIO-

NAL DE CAPITALIZAÇÃO.

O Gerente Geral Sr. Theodor Seidl, fundador da COM-PANHIA INTERNACIONAL DE CAPITALIZAÇÃO(INTERCAP), assina a ata de lançamento da pedra fun-

damental do EDIFÍCIO INTERCAP.

Realizou-se, na manhã do dia 10 de agosto, a cerimô-

nia de lançamento da pedra fundamental do EDIFÍ-CIO INTERCAP, cuja construção se inicia a Rua da As-sembléia, quase esquina da Avenida Rio Branco, o qual sedestina à instalação da futura sede da COMPANHIA IN-TERNACIONAL DE CAPITALIZAÇÃO, tradicional emprê-sa ora entrosada no poderoso Consórcio Financeiro Men-des Caldeira que vem promovendo realizações de grandevulto.Ao ato estiveram presentes autoridades civis e eclesiásti-cas, pessoas gradas e funcionários, tendo à frente o pre-sidente da INTERCAP Dr. Nelson Mendes Caldeira e o Su-perintendente Geral Sr. Arnaldo D'Ávila Florense.O edifício, cuja construção obedecerá às linhas da arqui-tetura moderna, será provido de todos os requisitos impôs-tos pelo conforto e terá 22 andares, estando localizado noponto mais central da Cidade.A solenidade de lançamento da pedra fundamental doEDIFÍCIO INTERCAP revestiu-se do máximo brilhantis-mo. Sobre a finalidade do ato, falou o sr. Arnaldo D'ÁvilaFlorence, Superintendente Geral da Companhia Interna-oional de Capitalização, o qual salientou a importânciadaquele acontecimento e discorreu sobre as circunstân-cias que possibilitaram à INTERCAP mais esse grandeempreendimento que ficará como um marco imperecivelna série de realizações promovidas por essa capitalização.Foi convidado, a seguir, o sr. Theodor Seidl, fundador, Ge-rente Geral e o mais antigo intercapiano do Brasil, para

dar início à assinatura da ata alusiva à solenidade. Logo-após, assinaram-na também, pela ordem de antigüidade,os funcionários que contam mais de 10 anos de serviços

prestados à Companhia e, finalmente, os membros da an-tiga e da nova Diretoria, autoridade e pessoas presentes.Após a benção ministrada pelo Mons. Benedito Marinho,teve lugar o encerramento da urna, contendo jornais dodia e moedas da época, discursando, em prosseguimento,vários oradores.Encerrando a solenidade, usou da palavra o Dr. NelsonMendes Caldeira, Presidente da INTERCAP, o qual agra-deceu a presença de todos e pôs em relevo a transcendên-cia daquele dia no calendário intercapiano, aludindo, ain-da aos grandes empreendimentos a serem concretizadospela COMPANHIA INTERNACIONAL DE CAPITALIZA-ÇÃO, sob a sua presidência.O acontecimento se reveste de maior importância, quan-do se considera que, naquela mesma data, foi lançada naCapital de São Paulo pelo Consórcio Brasileiro de Investi-mentos (C. B. L), outra entidade filiada ao Consórcio Fi-nanceiro Mendes Caldeira, com pleno e absoluto sucesso,o aumento de capital da REAL TRANSPORTES AÉREOS,empreza que acaba de adquirir a TRANSCONTINENTAL.O EDIFÍCIO INTERCAP foi projetado pelo Escritório Téc-nico Lucjan Korngold. Está encarregada da sua constru-ção a S. T. E. E. L., achando-se as vendas confiadas à E.C. A. L., únicos corretores autorizados na Capital.O incorporador da obra é o Consórcio Nacional de Terrenos-

4 Ilustração Brasileira

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A inteligência francesa está celebrando a glo->ria do século de Luiz XIV, ao rememorar oi

centenário de Fénelon, que em 6 de agosto dé1651 nasceu no castelo da sua nobre linhagem.Veneráveis e indestrutíveis perduram os monu-mentos literários da época do rei-sol, mas nenhumexcede como beleza simples e fácil, espontânea, oquadro das Aventuras de Telémaco nesse reino so-lar de tantos gênios, Pascal e Bossuet, Corneille eiRacine, La Fontaine e Molière, La Bruyère e Sa-int-Simon. Os candidatos às honras do poder te-riam ainda hoje no texto fabuloso o Índice da artede governar com a sabedoria e a justiça da Razãoeterna, Palas, sob a grave efígie de Mentor.Fenelon destinava o seu manuscrito, genialmenteconcluído em três meses, só em três ou quatro lu-gares emendado, como testemunhou Voltaire, àeducação do jovem duque de Borgonha, à exclusi-va meditação de um leitor, que a Morte deteve nocaminho do trono. E o compêndio inédito, afinal,veio a ser folheado no mundo inteiro por 'milhões4;de leitores, exemplificando mais uma vez o desti-no paradoxal dos livros. Sem a infidelidade provi-deneial de um copista, sem a fraude beneméritade uma edição feita à revelia do autor, quase umapia fraude, talvez a obra prima se houvesse remo-tamente apagado, como as estrelas ignotas, no seuineditjsmo pedagógico e palaciano.Com a improvisação do manuscrito o sacerdote-— preceptor, depois arcebispo de Cambrai, retoHmou o discurso épico de Ulisses, o tema da Odis-Séia, para contar as aventuras de Telémaco, er-rante por mares, florestas e cidades à procura dopai, o herói sensato e arguto.Não se descobre o exato valor do grande livro deFénelon, segundo notou Sainte-Beuve, sem òlvl.dar, primeiro, que o lemos no educandario. Sobo anacronismo das ficções e a prolixidade mono-

tona de algumas passagens, nada mais artisticoe mais complexo do que esse improviso genial, sea experiência da nossa maturidade lhe esmiuçaas tesouros. Pela contextura é a surpresa de umgênero até então desconhecido, o poema em pro-sa, moldado num estilo cambiante, ora suave,ora grandioso, cujas frases sonoras não se ads-tringem ao número, mas actualisam a cadênciada inspiração de Homero ou de Virgílio. Pela suaiidealidade, seguimos outro fio evangelicamenteurdido no labirinto mágico: em vez de Ariadne,é a Razão que nos orienta com os preceitos mo-rais e o espirito de outras gerações cristianisadas,a própria alma cristã dos novos dias, transpare-cendo no contorno das imagens pagas. E a forçados caracteres entremostra um psicólogo-adivi-nho, decifrador de vários segredos da natureza!humana.Principe do estilo no império amável das letras, osacerdote não queria fazer um livro-monumento,ao escreve-lo, mas formar um rei, o melhor dosreis, no perigoso discípulo, que era o duque deBorgonha, neto de Luis XIV. Mediante as suas li-ções, refundiu-lhe o caracter violento, fez do prin-cipe um exemplar de Telémaco, sob o prestigio daflor de liz, mas não cessam as contradições iro-nicas da Sorte para os mestres e os alunos. Cedo,antes do rei-sol, expirou o duque de Borgonha, eao trono ascendeu um pequeno bípede anormal,que havia de ser Luis XV, o bem-amado, no seudomínio abjecto, quando reinassem com ele as fa-voritas e os ministros vorazes. Maupeou e d'Ai-guillon, a Pompadour ou a Du Barry. Tocado pelamorte, esvaiu-se desfarte o sonho educativo deFénelon, o tipo do governante sábio e justo, quea humanidade insatisfeita espera, ha três séculos,das monarquias ou das repúblicas vãs. E a únicarealisação imortal do gênio foi esteticamente olivro das Aventuras de Telémaco.

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HEINE-SCHUMANN EM PORTUGUÊSHeinrich

Heine e Robert Schumann só uma vez se en-contraram. Foi a 8 de Maio de 1828 que Schumann,

rapaz de 18 anos e estudante de direito em Leipzig, fez vi-sita ao poeta que então residia em Munich. Ficou encan-tado com a carinhosa acolhida que o autor do "Intermezzo"3he dispensou. "Só graças a Heine", escreveu a um amigoem Leipzig, "minha estadia em Munich se tornou um tan-to interessante e atrativa. Imaginara eu, ser Heine um mi-sántropo por demais acima dos homens e da vida para po-der aproximar-se deles. Mas quão diferente o encontrei!Fez-me a impressão de um Anacreon grego muito humano.Apertou-me amistosamente a mão e me acompanhou ai-gumas horas em Munich."Nessa tarde em que os dois, o desconhecido estudante e océlebre poeta, passeiavam nas ruas de Munich, de certo não»falavam em música e nenhum deles sonhava com a futuracooperação que lhes ligaria os nomes a uma obra imortal.Só depois dois anos desse encontro Schumann, deixandode lado o direito, dedicou-se à música.Surgiu com êle o primeiro músico literário que transfor-maria em variações e fantasias musicais os sonhos e ascriações dos poetas em cujo mundo vivia. Foram as fanta-sias do romancista humorístico Jean Paul, Friedrich Rieh-ter e os célebres "Contos" de Hoffmann que lhes sugeriram,no seu primeiro decênio de compositor, as obras 1-23, escri.tas exclusivamente para o piano.Só dez anos mais tarde, aos seus trinta anos, realizou em'opus 24" a primeira composição de canções escolhendopara esta o "Intermezzo" de Heine, aqueles poemetos sin-gelos em que o vate narra o primeiro e o mais pungenteromance da sua vida, o romance que se passou entre ojovem o sua bela prima Amélia.Dos 65 poemas do livrinho Robert Schumann escolheu 16dos mais finos, reunindo-os num todo em que não maisaparecem como poemas avulsos, mas como uma poesia só-Mundialmente conhecida sob o nome de "Amor do Poetaiesta obra constitue o mais formoso ciclo de canções musi-cadas de que há noticia.Não foi por acaso que Schumann escolheu Heine. O músi-co do romantismo se deixou enlevar pelo poeta do roman-

tismo. Acostumado a evocar nas suas melodias não ações,e sim estados de alma, uma "stimmung" como se diz em ale-mão, êle encontrou no autor, do "Intermezzo" o irmão que,com poucas palavras, consegue criar essa "stimmung".Seria possível verter para outra lingua, verter para o lindoidioma de Camões esses singelos poemas sem lhes melm-drar o sabor e a "stimmung"? Temos excelentes traduçõedda poesia heineana, especialmente de poetas como Gon-içalves Crespo e Luiz Delfino. Mas não havia traduções adap-<tadas à música de Schumann.Foi a cantora Edmée Brandi de Sousa e Mello que tentoua aventura. Apaixonada igualmente pela arte de Heine e.de Schumann, empreendeu uma própria tradução. E tri-Linfou, conseguindo uma versão que evoca não somente o»sentido e o ambiente do "lied", mas se adapta tambémperfeitamente à estrutura da música. No seu esforço deadaptar o texto ao original em todos elementos musicais,D. Edmée Brandi realizou uma aproximação que dá por?vezes ao ouvinte do texto português a impressão de ouviro original. Foi uma iniciativa feliz do Pen Clube Brasilei-ro, tao eficientemente presidido pelo acadêmico Cláudio deSouza, dar à cantora-tradutora a oportunidade de apresen-tar a sua própria versão ao distinto público que enchia,ate o último lugar, o Auditório da A. B. I. Antes de cantaro ciclo no seu conjunto, D. Edmée cantou um desses poe-mas em ambas as línguas. Escolheu para este fim um do3mais conhecidos e queridos "lieds" em lingua alemã-:Ein Jüngling liebt ein MàdchenDie hat einen andern erwàhlt"Seguiu-se ao texto original a tradução de Edmée Brandi:Um moço amava a jovemQue a um outro, porém, preferiu".Assim os ouvintes podiam eles próprios apreciar a mira-culosa aproximação que conseguiu essa nova tradução, re-produzindo o sentido íntimo e a música misteriosa doAmor do Poeta". Depois, a série completa dessa obra pri,ma de Heme-Schumann, cantada pela primeira vez noidioma de Camões confirmou o ato de ter a cantora-tradu-tora notavelmente enriquecido o tesouro da literatura na-

HERNESTO FEDER6 Ilustração Brasileira

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A FUNÇÃO DA ARTEA, natureza não é um mito fora de nós e que nada tem

conosco. Para nós é tudo o que no admirável conjun-to universal atingimos pelos sentidos, fazendo nós mesmosparte desse todo. Quer dizer que a natureza somos nós comtodas as coisas qué nos circundam. Por mera abstração nósnos dividimos e nos separamos da natureza, estabelecendoum dualismo inexistente. Ela, a natureza, não é de fato sóo que nós somos, porque, fora de nós, há muita coisa, masela não é sem nós e nós somos parte dela. Isto significa quena gradação dos seres e na avaliação do que conhecemos,se abstrativamente nos colocamos fora da natureza, narealidade, não nos devemos esquecer de que formamos elos!de cadeia e vivemos- impregnados de tudo que pode atuare, de fato, atua sobre nós no inverso. Ora, a nossa prerro-gativa, isto é, aquilo que nos distingue maximamente;de tudo que nos cerca, consiste justamente em nos poder-mos separar mentalmente do todo em que vivemos, diri-gindo nossa própria vida, de acordo com a construção ideal,que engendramos a respeito de nós mesmos e das outrascoisas. Se tal construção fôr meramente mental, isto é,fora das coisas, seremos fantasistas, singulares e irreais,passando sem deixarmos sinal duradouro de nossa passa-gem. Se se limitar nossa direção na vida a aplicarmo-nos

NELSON RGMERO

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apenas à realidade quotidiana da atuação momentâneadas coisas sobre cada um de nós e vice-versa da atuaçãonossa sobre as coisas, como a realidade de cada um é ápe~nas o instante que se sucede, vai-se essa realidade apagan-do com os instantes sucessivos, nada restando enfim doque fomos e do que vivemos. Eis o segredo da superiorida-de da vida, em qualquer ramo da atividade: reta compre-ensão do que somos em relação às coisas, e justo conheci-mento do que são as coisas em relação a nós, Faz parteda vida sentirmo-nos a nós mesmos, sentir as coisas querrepercutem em nós, expressar de qualquer formá~õ~quesentimos de nós mesmos e o que das coisas se repercuteem nós. Função é da arte expressar superiormente essavida sentida assim. Superiormente, porque não se chamaartística a expressão vulgar da vida vulgar, isto é, a expres-são que não se notificou com a característica ou signáculo!de que não é comum e corriqueiro e incapaz de produzir oususcitar sentimento e vibração correspondentes ao senti-mento e vibração expressos. _ A arte como produto vita-lizado do homem, tanto é mais perfeita quanto mais dinâ,-mica e tanto mais dinâmica é, quanto mais é sentida, oumais vivida. A arte da palavra é evidentemente a mais ca-paz de vida e de sentimento.

OS POVOS TRANSBORDAM DAS LENDASA lenda é como o limo, que enverdece a pedra, nasce

'^ não se sabe donde, nem quando, nem como, viceja,dá à cousa bruta a feição rejuvenescida de um aspectonovo, como se fora um renascimento, uma alma florescen-te e encantada. Muda-se na variedade dos olhos que aivêem e o colorido vae cambiando nos infinitos reflexos daluz envolvente. Um pedaço inerte da natureza se tornaum elemento decorativo de esplêndido efeito; ao invés danegrura, que afasta a vista, ou dela se subtrai, é agora umverde mágico, numa floração contínua. São assim os efei-tos da imaginação coletiva dos povos: um tipo escondido,uma façanha duvidosa, uma recordação incerta, uma fadaencantada, vão tendo nos comentários interpretações vá-rias e se lhe vão descobrindo avisos e ensinamentos, gló-rias e esperanças, até a transfiguração na lenda. Quemolha a pedra verde só pensa na cobertura vice jante; a len-da também vai viver pela fantasia anônima, que a agi-ganta em infinitas variações. Os povos lhe emprestam asqualidades dos seus temperamentos, os motivos de suasalegrias ,os acentos de suas melancolias, ou de suas pai-xões. Os poetas decantam as façanhas e os amores dos he-róis lendários, os pintores ilustram os seus feitos, a pedrarecebe a gravação perene de suas ações, os filósofos lhes

descobrem os sentidos íntimos e os historiadores a própriacrônica dos povos no agir deles, enfim, uma afinidade" co-letiva os prende e os liga aos creadores, colaborando uns;e outros, na glorificação recíproca. Assim, os mitos pre-cristãos, na abundância prodigiosa de deuses e monstros,que disqunham de céus e terras, numa gigantesca opulên-,cia, assim a glória de Rolando, a poesia selvagem do Edda,a epopéa dos Nibelungen, o ciclo das façanhas do Rei Ar-tur, os poemas heróicos e nebulosos de Ossian, as arclen-tias terríveis e fantásticas do Romancéro, o deslumbra-mento oriental, nos cantos de Scherazade em Mil e UmaNoites, simples exemplo, na riqueza infinita da imagina-ção popular, onde os povos se desenham, aparecem suas;predileções, denunciam seus gostos e revelam-se suas su-perstições. Toda a psicologia humana se pode tirar daslendas, porque os heróis, mesmo quando deuses, são ho-mens e tocam a imperfeição; neles os defeitos e os vicios,escondidos ao meio de esplendores radiantes, ficam em re-levo aos olhos mais perspicazes. Por baixo do limo se des-cobre a pedra. Desfarte é que povos e doutrinas, épocas!¦e inclinações transbordam das lendas, nas pompas de süaaroupagens fabulosas.

RENATO ALMEIDSetembro — 1951

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Vermeer: — "O Artistano seu Atelier".

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composição, em arte, é sempre subordinada ao jogo de doistermos essenciais: o Fundo e a Figura. Por mais que se pro-cure omitir essas duas presenças — teremos sempre que acei-tar a existência de uma conjugação, no abstrato, desses doisfatores da composição.0_ primeiro, o fundo^ resulta, materialmente, da própria condi-ção do substrato. Mas não passa, assim, de simples superfície neu-tra ou morta. É nesse campo-raso, que se vai erguer o Objeto- efazê-lo viver. Mas, antes, o fundo tomará posição de agente ativo-É o gerador da atmosfera, do claro-escuro ambiental.O objeto, na sua aparência tridimensional, é uma resultante dopoder que se dará, de princípio, ao Fundo.Naturalmente que o problema, visto de um modo geral, logo seapresenta subordinado a dois elementos co-existenciais- o "cheio"e o "vazio". Na tectónica de um quadro, por exemplo, teremos queestabelecer, de inicio virtual, como o Cheio é um "fato" da com-posição, e o Vazio — um "fenômeno".Intendemos, assim, que o Fato é um conjunto estático da compo-siçãot e que o Fenômeno é o dinâmico da mesma, a mecânica doFato. Eis por que os personagens do compositivo se apresentam

8 Ilustração Brasileira

FLÉXA RIBEIROPROF. CATEDRATICO NA ESCOLA NACIONAL

DE BELAS ARTES

como realidade objetiva, e o fundo, como realidade, subjetiva.Aquela age e vive por esta. Mas, sendo o "fundo" um fenômeno,p * ln^miC°.' e assím' a idéia de mudança constante, de ener-quadro movimento, nasce precisamente, do "fundo do

i»í Zt0 pontoJseriamos levados a dizer que o "vazio" é que nos«íhiJ? *°m,ldfntidade' com equilíbrio, com "presença", ~ omSftS '+ÍLI ade q!^e a ação facionai do "vazio" é, precisa-ppfv'ãnt0onar Perceptível, como unidade harmoniosa, o "cheio".damento ™S£Freend!. ° plana ° "vazio" * <We marca, no an-aamento sucessivo, a atividade do "cheio"zê^LTifí0, Sen^ interruPÇã°> é inerte. Vem o "vazio" fa-enfim Um Ü I mai0r da alternancia, da variação, do ritmo,ennm. Sem ele, nao se perceberia o movimento

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Em ,geral, não se atenta ptara a alta importância que tem o vão,na obra de arte. Até na preliminar distribuição dos planos, numacomposição expressiva, — vamos encontrar a empolgante funçãodo vazio Assim, num conjunto pictural, o primeiro plano, vazio,faz que se destaquem as figuras do segundo, e que se penetre commais acuidade no terceiro, e nos "longes" indecisos, conseguindo-se, por essa liberação do primeiro plano, uma síntese óptica decompleta significação.Possivelmente é de Leonardo da Vinci que o "fundo" piassou ater maior ação no conjunto da composição. Para êle, o fundo mis-terioso, intencional, meio fantástico, revelava o estado moral dopersonagem, as ânsias crepusculares da sensibilidade, as visõesinteriores, os adágios músicos das emoções patéticas — que a fi-gura, nela mesma, na sua fisionomia augural — não traduzia.Tudo aquilo, enfim, que o mestre julgou não conseguir figurar nomodelo. Assim, para Leonardo, o "fundo" era uma parte expires-sional da figura, conexão ativa de sua fisionomia com a atmos-lera Nao estava como simples acessório, como seus dotes orna-mentais: era o espelho mesmo do mundo interior, irrevelado pelopersonagem. . :Talvez que se pudesse indicar, atravez da história da arte, uma

Vermeer: — "Mulherlendo.

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Vermeer: — "Uma Alegoriado Novo Testamento".

evolução para esses dois índi-ces dominantes da composi-cão expressiva: a figura e ofundo-Primeiramente o fundo eraInerte m e apenas sustentante.A figura dominava o conjun-to. No segundo estágio, vamosencontrar um equilíbrio entreo fundo e et figura, como emmuitos artistas do século XV.Por fim, em muitos mestres,notadamente do século XVII,

o fundo passa a ter maior pres-tigio de sugestão, do que a fi-gura.Poder-se-ia, de passagem, fo-calizar o caso do pintor ho-landes Ver Meer de Delf (1682-1675) na pesquiza ansiosa dapirofundidade.

Neste particular, não seria difícil encontrar no artista holandêsuma pauta evolutiva que esclarecesse o propósito procurado poresta noticia sumária.Dividiremos a técnica de Ver Meer em três estações. Na primeira,êle dá importância predominante à figura, e reduz o "vazio". É ocaso do "Cristo em casa de Marta", "Banho de Diana", e típi-camente, na conhecida "Cena Galante", do Museu de Dresde, ondequatro personagens absorvem quase por completo, o espaço cê-nico. Pela segunda estação evolutiva, têmo-lo dando maior im-portância ao "vazio" e reduzindo até a escala das figuras. Sãobons exemplos, deste segundo estágio, o "Atelier" da GaleriaCzernin, de Viena. Devemos ainda juntar a "Ladra", a "MoçaAdormecida" e a "Ama". Já na última estação, Ver Meer atingeao completo domínio do espaço sobre os volumes, e onde tam-bém aparece, por isso mesmo, maior importância da retro ver-são. Como exemplo o "Conserto", de Boston, "Carta de Amor'*,"Lição de Música", e, principalmente, o "Os Jovens do Cravo"!do Castelo de Windsor.O "fundo", de um modo geral, deveria ser estimado, como o agen-te de direção do quadro: é êle que estabelece a relação ritmai en-Ire os personagens que representam o drama ou a comédia piás-ticos, quase na mesma- identidade da cenografia para as cêna3

de teatro.

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Tatiana Leskovae Artur Ferreiragarantindo o bri-lho técnico dosgrandes pa-peis acadêmicos;"Quebra - nozes","D. Quichote" e"Giselle".

Uma pequena rai-riha "sur les po-intes": C i r l e yFranca.

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tempos, escrevendo sobre o ballet no Brasil, ouvimos dessagrande defensora de seus colegas de arte que é Elza Carra-ro, uma frase que nos pareceu então apenas um elogio cn-tusiasmado ao nosso "corpo de baile" — mas que o tempo mos-

trou ser uma definição justa e verdadeira.— Todos unidos pela mesma causa, numa sucessão constante cielutas e desilusões, eles têm sido os pioneiros de uma cultura no.Brasil. IFoi compreendendo essa definição que compreendemos melhoro valor de seu trabalho. O que nos levou a colocar sempre maisalto suas qualidades do que seus defeitos, desde aqueles tempos,corajosos, em que raro quem quizesse estudar dança poisnão havia muito incentivo: os honorários não seduziam, o' reco-nhecimento e o prestigio diminutos, o /trabalho não pequeno eos preconceitos existentes, terríveis.

O BALLET DOMUNICIPAL

JAQUES CORSEUIL

Os tempos mudaram muito e ;para melhor. Há hoje um ambien-te para o ballet, há inspiração, realizações e recompensa. O "cor-po de baile" do Teatro Municipal /possue agora outra situaçãotem sido animado por bons professores e coreógrafos, tem tidoreconhecimento público e oficial de seu trabalho e já viu des-feita a ameaça das dificuldades financeiras. Os dançarinos quedele participam constituem hoje um quadro bem organizado saofuncionários municipais, se bem que com a estabilidade econômicavenha outra ameaça: a burocracia. :Entretanto, mesmo com todos esses benefícios, êle parece d«sti-nado a continuar o "ballet que não dança"...,Sim, é verdade que no ano passado, depois de longo período deihatividade, êle fez uma curta temporada; é exato que foi bas-tante^ prestigiado pela Municipalidade com excursões a Recifee Vitória; que este ano já participou das festividades oficiais doItamarati e do Palácio Guanabara e está dançando em óperas.Isso representa muito se compararmos com os anos que passouinerte e sem direção, mas representa pouco se recordarmos quefoi, justamente esse "corpo de baile" que realizou, com brilhan-tismo, as temporadas de 1934 e 39, 1943 e 45 — quase nada re-presenta se pensarmos no quanto trabalham os artistas, no quan-to ensaiam o ano inteiro. A verdade é que sem dançar, o "corpo,de baile" não está cumprindo sua finalidade artística, embora afuncional esteja em dia, assinando o livro do ponto.Na qualidade dupla de coreógrafa e "maitre de ballet", TatianaLeskova tem sido um dos benefícios, transmitindo inspiração eentusiasmo aos nossos dançarinos, garantindo a vida diária docorpo e do espirito de nosso ballet, segundo a melhor tradição.Treino acadêmico de aulas pela manhã, desenvolvimento na prâ-tica, a tarde, com os ensaios de um repertório de bailados bási-cos. Leskova tem contra si o fato de ser ainda muito jovem pos-sumdo experiência relativamente pequena na coreografia Mas oque lhe falta em quantidade, sobra-lhe em qualidadeAs dificuldades inevitáveis a seu cargo não diminuíram sua ener-gia, sua bôa vontade, sua capacidade de trabalho. Ela tem sabidoe conseguido transmitir aos artistas brasileiros, o que aprendeucom os grandes mestres, em Paris com a famosa Lubov Erorovaex-figura do ballet imperial — e no Ballet Russo, onde desenvol-veu e aperfeiçoou sua arte dançando o repertório clássico e mo-demo, com Fokine, Lifar, Balanchine, Obukhoff, Lichine e Tcher-mcheva.. Assim, chegando até nós por intermédio de Leskova mais

Johnmj Franklin tem o preparo e o físico parapapeis românticos como "Romeu e Julieta" e "Pás-saro Azul".

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Dems Grey cttfas creações em "Princi-pe Igor" e "Os 3 Ivans", registramgrande sucesso.

Fluidez, harmonia \ encanto: BeatrizConsuelo em "Pássaro Azul" e "Mas-carada".

Em "Copelia" e "Cisne Negro", TamáraCapeller cintila .nos movimentos rápi-dos, inconfundíveis, de sua dança.

ama vez se perpetua a tradição da dança clássica, que continuaráenquanto houver mestres que a transmitam e dançarinos que amantenham viva como uma chama sagradaO Ballet Russo foi inegavelmente, influência das mais fortes queja tivemos em ballet. E no seu estilo (aliás o padrão para a maio-ria dos grandes ballets atuais) que Leskova tem preparado re-pertorio e dançarinos do Teatro Municipal. Ela compreende queesta na tradição o segredo da sobrevivência de sua arte e assimremontou os mais valiosos ballets clássicos como "Giselle" "Co-peha "O Lago dos Cisnes", "Aurora", além de "Príncipe'Igor"e os pas de deux" acadêmicos. Combinou-os com bailados moder-nos como "Variações Sinfônicas" (sua melhor creação) "Noite deValpurgis';, "Mascarada", "A Estrela do Circo" "Prometeu" "Con-certo alem de reprises como "Luta Eterna" è "Sonata ao' Luar"as melhores obras de Schwezoff. Ainda no sistema Ballet Russo'Leskova adotou o revezamento de artistas nos papeis principaisdesses bailados, a fim de dar a todos a "chance" de dancá-losestando distribuídos segundo o estilo, o físico e as possibilidadesde cada dançarino.O quadro feminino é realmente bom, possuindo todos os tipos doballet: a ballerma", a puramente clássica a lírica, a romântica,a demi-caractere", a plástica, a dançarina de forca, a de graçaa de interpretação, etc. Maria Angélica, Tamára Capeller, BeatrizrMel°» .f^dr^ Dlecken, Cirley Franca. Maryla Gremo, DirceGairo, He ga Loreida, Ines Litowski, Berta Rozanova, Oneide Ro-drigues, Clara Resnick, Arlette Saraiva, Ebba Will (ordem alfabé-tica, senhontas) enquanto entre as novatas há talentos que pro-metem como ^dy Ador. Josemary Brantes, Yvone Meyer, ZanyRoxo, Lea Velozo e outras.S?V

nfÍPe masculin°' ^ue foi sempre o ponto mais fraco doiballet brasileiro, apresenta hoje bons elementos, de progresso téc-rnco suficiente para dançar os primeiros papeis clássicos, como oquarteto paulista: Arthur Ferreira, Johnny Franklin, Denis Grey?S TSUPrérolém-de Sebastião Araújo, José Moretzon, AldoLotuio, Edmundo Carí.o, Jonas Santos e alguns novatos promis-sores como Geraldo Cavalcanti, Antônio de Barros, etcEsta prometida para Setembro, depois da lírica, uma temporadaae ballet nacional, para a qual todos esses artistas ensaiam des-ae o micio do ano. Esperamos, sinceramente, que seja na verdadeuma temporada e não 2 ou 3 espetáculos, apenas. Uma temporadamais. profissional e menos amadorista, longa como as de 1943 e45. com Veltchek e Schwezoff, de tão benéficos resultados para osnossos dançarmos em matéria de confiança própria, experiência,consciência artística, reconhecimento do público e da críticaDirão que o "corpo de baile" já cumpre a sua missão e a finali-

f- ¦¦^ra a qual foi formado, dançando em óperas e espetáculosC1SÍI-0peras' festinhas e festivais são apenas paliativos e naoo remédio para dar vida ao ballet. Como o aviador no espaço e onaaaopr na água, o dançarino só cumpre sua missão e só" podeler o seu triunfo no verdadeiro teatro da dança — que é o balletem grande estilo tradicional. Dançar muito e com mais frequên-cia, num contacto mais direto e constante com o palco e o pú-° T ?ís*.° que êle precisa com urgência. E por que não ofere-cer o ballet em espetáculos populares, a exemplo dessa louváveliniciativa da Municipalidade, com o teatro de comédia?O ballet brasileiro ainda tem os seus pontos fracos, sem dúvidamas o simples fato de sua existência já desculpa, defeitos e faltas,pois e preciso conhecer o ballet de perto, saber o que é necessáriopara formar um grupo de dançarinas e manter viva essa formaae arte tao difícil e compileta como o bailado clássico — para com-preender o que significa e o que vale a existência de um conjuntocomo o que já temos, em franco progresso, o quanto é necessário;evitar que se perca essa conquista artística.

Com tantos elementos de valor reunidos, além de uma escola bem.formada como base e um teatro à disposição, com todos os recur-feos em música, trajes e cenoigrafia,, poderíamos ter .um ballet nãoo melhor dó mundo, mas à altura dos melhores que possuem'hojetodos os centros civilizados — se houvesse um pouco menos derotina e burocracia, um pouco mais de compreensão, autonomiae atividade.Por que não dança o nosso "corpo de baile" se tem tudo, artistas,coreógrafos, professores, repiertório teatro? É a pergunta queíazemos, com este artigo, aos poderês competentes.

O tipo raro de dançarina que combina a plasticidade da escolamoderna a técnica do clássico: Ebba Will.

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D'OÇURA em minha dor ! é o que te peço,Na solidão em que surgiste, um dia.

Mas lembrar-me de anim. não deveria,

Que ha, nos outros, angustia em excesso.

O mundo já perdeu toda a alegria.Não é possível nem chorar, confesso.Até o manso e bom faz-se possesso.E o riso, seco, estala em zombaria.

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Tive, entanto, o prazer nunca sentidoDe, ao suplicar-te o angélico socorro,Receber um fervor desconhecido.

E, lavando-me todas as torturas,Rebentarem-me as lágrimas em jorro,As mais belas, mais quentes, e mais puras.

OLIVEIRA E SILVA

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O DIAS

No Ministério das Relações Exteriores houve uma ceri-

mônia empolgante em torno de algumas obras dearte. Quadros de Ruisdael e de Franz Hals, magníficospintores flamengos do século XVII, entraram no Brasil eiforam apresentados à sociedade no salão de honra do Ita-marati, para dali seguirem o seu destino que é o Museu deArte de S. Paulo. Convém não confundi-lo com o outro, ode Arte Moderna, também da Paulicéia... A solenidadeteve um orador de alto coturno: o sr. Ricardo Jafet, presi-dente do Banco do Brasil, que proferiu um sugestivo e bemcomposto discurso, em que assinalou: "Diremos apenasque Hals, ao pintar os retratos que legou à humanidade,

pintou o retrato de uma época". Essa época, segundo oorador, foi a da tranqüilidade dos ambientes familiaresdo século XVII com a sua gente de cara vermelha e bemnutrida, prova do mundo feliz em que se encontravam tais!modelos. A contrário senso, é licito acentuar que a bur-guesia atual, quando estimula com opulentas contribui-ções monetárias a exibição dos monstros do modernismo,como vai ser, a julgar pelas amostras publicadas, a I Bie-nal de Arte Moderna, está por sua vez justificando aqueleconceito verdadeiro: está propiciando a retratação fiel da-fisionomia de uma época, desta nossa época de contradi-ção e de balburdias.

/~\ s legisladores brasileiros nunca:^v se mostraram inclinados a be-neficiar os movimentos do espirito.Absorvidos pelo interesse político dejseus grupos, com os olhos exclusiva-mente voltados para os problemasde ordem econômica, deixaram delado, como cousa de segundo plano,as questões que dizem respeito à cul-tura intelectual. Nem por isso, entre-'tanto, faltam às vezes os que nesse,ambiente áriado se erguem para cha-

"Tornar a atenção de seus pares para os"atos de apoio aos labores da inteli-5"!'.'.; gência. É o caso do deputado Osval-

do Orico que em recente projeto su-,geriu a criação do Prêmio Nacional!de Literatura, destinado a recompen-sar com cem mil cruzeiros anualmen-te^uma obra julgada por um tribunal;idôneo a melhor da produção livres-ca nacional. O ilustre acadêmico dácom essa iniciativa uma demonstra-ção de que sabe, no desempenho dei

seu mandato, cumprir a sua missão!de homem de letras que não se con-tenta com os deveres corriqueiros!do cargo, e se lembra de que neste;país as boas e belas letras precisamde um amparo menos platônico doque o que lhe tem sido dado até ago-ra. Um prêmio desse vulto é de moldeia despertar nos escritores o desejode trabalhar seriamente e lançar-se*se à produção de livros capazes deienfrentar um concurso desse gê->nero.

O mundo da música tem andado em efervescência comum caso euriosissimo: o do protesto que o jornalista

Guimarães Martins dirigiu à Reitoria da Universidadedo Brasil, denunciando um plágio do maestro Mignone.Teria o conhecido compositor se apropriado de um "Ca-teretê" paulista, publicado em 1915, e registrado na Es-cola Nacional de Música, de autoria de um músico, já fa-lecido. O acusado não negou que se impressionara com a!obra do colega, tanto que em opúsculo recem-publicadoafirmou i!não se arreceiar da apropriação do alheio trans-formando-o em obra sua". Um parecer de técnicos da Es-

cola opinou pela existência da semelhança apontada, maaíconsiderou que talvez ambos os autores se houvesseminspirado na mesma fonte popular. Mas o opositor argu-menta com energia que não é essa a questão. Cateretê éum gênero, como a valsa, o samba, a polca, a mazurca.Não é, porém, esse o caso em foco. A perícia teve em mãe*duas partituras dadas como sendo uma decalque da ou-tra. Sobre esse ponto é que deveria ter-se manifestado.Não o fez. Preferiu sair na tangente. Mas o assunto con-tinúa a esquentar. E o jornalista Guimarães Martins!aguarda a resposta do Magnífico Reitor, parecendo quelevará essa história aos tribunais...

3JE3

/""\ Instituto Brasileiro de Opiniãov-,/ Pública ou o IBOP, como émais conhecido, fez uma revelaçãoque vem confirmar o que os obser-vadores dos fenômenos sociais noBrasil já haviam anotado: a maio^ria das nossas mulheres é anti-co-munista e é também na classe po-bre que se encontram as maioresresistências à infiltração do credo-vermelho* Na informação divulgadaia respeito acrescenta-se que o co-

munismo está mais disseminado nosmeios intelectuais, na burguezia e;na classe média. Percebe-se, por aí,que o povo nas suas camadas maisexpressivas, compreende o que sig-nifica para êle as promessas de feli-cidade vindas do partido moscovitaem nossa terra. Êle tem o instinto'apurado. A história do regime rus-iso, aliás, demonstra claramente ofim trágigo que espera as vitimas dasua propaganda insidiosa e perver-

sa. No dia em que vencesse, por nos-sa desgraça, a ideologia subversiva,repetir-se-ia o caso dos países quase deixaram apanhar na armadilha:os que estão mandando agora, per-ideriam a cabeça ou iriam parã~õsldegredos, os vencedores lhes toma-riam a posição de mando, e o povonão sairia do seu lugar. Mudariamapenas de dirigentes, com a agra-vante de perder a liberdade. O co-munismo só sobrevive num mundode escravos.

Setembro — 1951 13

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Santo Antônio — Pintura da Escola Portuguesa, primeira' metadedo Século XVI

Se

em muitos pontos o Brasil e Portugal são semelhantes, éjustamente no seu folclore que mais íntima comunhão!tem entre si.Em livro publicado há poucos anos procurei demonstrar a perfei-ta identidade de costumes, lendas e tradições, na comemoraçãodos três santos populares nos dois países da mesma linguaJunho é, por excelência, o mês

folclórico português e do Brasil,principalmente no interior —onde o Brasil é mais Brasil —também. O mês da alegria, dosgrandes e puros contentamentospopulares.Animam-se pelas fazendas deinterior, seja do nordeste, sejade qualquer dos Estados Cen-trais ou de qualquer outro, nas'ruidosas folganças, ao espou-car dos foguetes, estoirar dasbombas, subir dos balões entrepalmas e vivas, as populaçõesfieis às velhas usanças. Banhosno rio, fogueiras crepitantes,bailes e descantea.Por cá, o mesmo...Tempo em que os campos ofe-recém uma beleza sem par, emque os trigais semelham largosmares de ondas côr de ouro emque se balouçam barquitos ver- , „_¦melhos assiste-se à faina da (-ronvcnto] dcJ>,a0colheita do pão, dando as rapa- v-ent\ f Fm.rigas, de largo chapeirão de pa- 0fe, cstudou St0-lha enfeitado de flores campes- Antonw-três, na tarefa estenuante daceifa, contribuição valiosa paraa riqueza do quadro singular,enchendo o ar de cantos, de -

gargalhadas e gritos brejeiros. Entretanto as cigarras estimuladaspelas ardentias do sol impiedoso, concorrem para a alacridacle doambiente. ,E os aromas que andam esparsos pelo ar ?... Firmino Martins,grande e devotado etnografo, refere-se à "Lenda do cheiro damadrugada"."O cheiro acre que em límpidas manhãs de Primavera e de Outo-no, as raiar da aurora, vindo do Nascente, e que tanto faz cismaro povo, é produzido, segundo uns, pela tépida aragem que atra-vessa as serras do alecrim; segundo outros, pelas lâmpadas queardem noite e dia no templo de Jerusalém; e ainda outros,, pelo

azeite que vertem as Virgens Prudentes do Evangelho, quandocorrem pressurosas atrás do Esposo a caminho do Paraíso".Nas janelas, pobres ou ricas e dos muros caiados, debruçam-secraveiros rescendentes, onde os cravos de trabalhadas, recorta-das pétalas, vermelhos, cor de rosa, roxos ou brancos, são umanota de beleza impar.

"Cravo branco na janelaE' sinal de casamento..."

Canta o povo.Por esta época começam as romarias por todas as terras de Por-tugal, de norte a sul, animando as povoações, enchendo as es-tradas de vai-vem incessante, formigueiro interminável de ro-meiros contentes, com seus farneis abundantes, a que não fal-tam as~ borrachas dessedentadoras, de bom vinho, espume jantee fresco. Nas lapelas e nos chapéus flores de papel e registrosdo santo festejado.Em Junho festejam-se os três santos populares. E começa-sepor Santo Antônio, que é de Lisboa o santinho mais intimo,aquele com quem se trata "tu cá, tu lá", condescendente comas aspirações casamenteiras dos moços inquietos.Quem evocara Santo Antônio, por ter sido êle figura de gran-diosa projeção na nossa cultura, erudito, eloqüente pregador, quefustigava os herejes — "camartelo de herezias" — com a sua pa-lavra candente, o seu flamejante poder de iluminado ? Quem overá com o seu ar desajeitado, de físico pouco atraente, humildea mais não poder ser, ingênuo, a procurar apagar-se ?Aquele que, segundo Vieira, era luz do mundo e por isso teria quesair da pátria. "Saiu como luz do mundo e saiu como português.Por isso nos deu Deus tão pouca terra para o nascimento, e tan-tas terras para sepultura. Para nascer Portugal; para mor-rer, o inundo".Destino, f adário e glória dos portugueses...Por isso Antônio de Lisboa protegeu o Brasil contra a cobiça deinvasores atrevidos e sem escrúpulos.O povo retratou-o bonito, jovem, com o Menino Jesus poisado sô-bre o livro de horas. Os poetas atribuem-lhe graciosas lendasamorosas. Vêm-no junto das fontes, brejeiramente a quebrar bi-lhas ás raparigas para depois fazer o milagre de concertar oscântaros de barro, de forma airosa que elas airosamente condu-zem à cabeça tornando mais ritmado o seu andar de taiiagrassaltitantes.Não podia o povo simples vê-lo como conego regrante de SantaCruz, em Coimbra, onde foi sábio ou na sua romagem de peni-

tente ambicioso demartírio, para se tor-nar digno de ascen-der à glória do ceu.Afonso Lopes Vieira,delicado poeta, íili-granista da a 1 m aportuguesa, quandodo centenáriodo Santo, percorreuos lugares que Elepercorrera e tudo nosdescreve com emoçãoe beleza de forma. Ecomo impressionaacompanhá-lo nessaromagem...

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Um desfile demarchas popularres pelas ruas deLisboa, nç.s noi-tes de SantoAntônio.

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Nascido em Lisboa, em casa junto à Sé, ondeaprendeu gramática e artes, o seu quarto-agora restaurado pela Câmara Municipal deLisboa — é fulcro de fé imorredoira. Des-truída a casa pelo terremoto temeroso, sô-bre o quarto que por milagre se salvou, er-geu-se a igreja simples, construída pelasfieis e de onde nasceu o hábito de os garotospedirem os "cinco-reisinhos pro Santo An->tomo", erguendo-lhe tronos nos portais.Hoje que não há mais cincoreizinhosi e a vidaestá cara, pedem "cincotostõeszinhos" e aCâmara Municipal de Lisboa instituiu;prêmios para os melhores tronos que o ra-pazio inénuo construa e exponha.Lisboa e Coimbra festejam ruidosamente oSanto Antônio. Os Olivais onde está o anti-go Convento onde êle se recolheu depois deabandonar Santa Cruz abrazado em fervorreligioso pelo sacrifício dos mártires de Mar-roços, vivem horas de grande alegria po-pular, ruidosa e multicor.Noutros pontos do país e o São João maisfestejado, como por exemplo lá para o nor-te, no Porto, em Braga, onde convergem gen-tes de todas as partes atraídas pelos tradi-cionais festejos; mais para o sul, os pescado-res preferem São Pedro.Santo Antônio é de Lisboa, é a sua figuramáxima e pena é que ainda se Lhe não ti-

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Outro desfile nas noites Santo Antônio,

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vesse erigido o monumento que se impõe, o que agora foi alvitrado na imprensa. Não há na capital festa

rmais animada e folgazã Vem paraas ruas a população garrida e con-tente, que as agita durante a .noiteinteira, enquanto sobem e estralejamno ar os foguetes e bombas, pontilhamo céu estrelado inúmeros balões. So-bressaiem os apitos gritantes, de bar-ro, bonecos trabalhados pela fantasiapopular, aves e figuras de ingênuocontorno. Gritam os pregões dos vén-dedores de mangericos com o seu era-vo de papel e o respectivo verso de péquebrado. Há festa na Mouraria, nóBairro Alto, na Madragoa, em Alfa-ma, em todos os bairros populares, deruas apertadasinhajs, íngremes, zig-zagueantes, todas iluminadas a balões

.. I ¦ de Papel colorido, com tronos pe-los portais, prodígios da imaginativa rica e esoontane_ ri . .-__*

tS __^rd_;0Sfi HVaUnlí°S" r em P^nquIfdSo ^Xas barra./ L <í & PaP _Í P°licromo- Baüa-se animadamente ede "come;' e„V^r2 S

bfebes"'.™is ». "**«" talvez do quelintlf 1 ,SSS?§"*£ dG fre°uezia sequiosa. E que nestas noitesa alma P

de b°m verdasco anima os corpos e reconforta

eNat_fa'zeemaChe *"* * ***** de alegria e de cheir0 a alecrim

mentTcantenn°rinP0V0 ^ ° festeje' ° glorioso santo> Wi&

ÜÍ^Pm? , T G Cantar erezar - na sua simplicidade, os mi-|SS ^.?tnfc,ue e C?S os <Juais nenhum mal virá ao mundo,¦«¦legria da gente moça, vitalidadeoroSmíf? ?ZJS m°ÇaS. continuem a implorar um casamentoSnte hfin ZTar aS trldi^onais alcachofras que na manhãseguinte hao-de dar uma desilusão ou uma esperança.

(Continua no fim do número)

Sé Catedral de Lisboa, perto do lugar onde nasceuSanto Antônio.

PORTUGALpor GASTÃO DE BITTENCOURTDO INSTITUTO DE COIMBRA E DA COMIS-SÃO NACIONAL FOLCLORE DO I. B. E. C. C"

l Igreja deSanto Antônio

em Lisboa, ondeestá o quarto onde

nasceu o Santo.

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IRENE

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Odilon Azevedo — criação notável do velho Rocha

Amenina-moça,

que veiu do colégio interno para morar coma avó, ignora até porque ficou órfã tão cedo. A avó que es-condeu o passo da filha •—, expulsa de casa e perdida dentro

da-vida—temia que a mocinha também tivesse de enfrentar essamesma vida.Eis o problema como se depara: sentia que a netinha também po-dia desviar-se um dia, sozinha no mundo, inexperiente, tal qualaconteceu com sua filha. E isso a atemorizava:— O mundo não é como você estudou no colégio, Irene.A educação recatada de nossos educandários religiosos, nos levaa indagar até quando será conveniente àsmocinhas que, com o sol forte da realida-de, poderão manter a ignorância diantedos fenômenos da vida. Em todas as fa-mílias há uma Irene, retraida, tímida, re-catada, ingênua, romântica, e Deolinda,que passara pedaços amargos, tudo fariapara que a neta vivesse melhores dias.Os instintos andam soltos. Há perigos emse expor a mocinha ante os fenômenos daevolução social. O pudor, a moral, assimcomo a gola do vestido,' altura da saia outransformaram os padrões antigos.Sentimos a transmutação da cidade pelas forças inexoráveis doprogresso, esse mesmo progresso material invadiu o lar e tudotransformou. O sentido da família está alterado. O respeito, astradições do lar, tudo foi adulterado para conveniência dos mo-ços que tratam os pais de "velhos", sejam estes de trinta anosapenas...A juventude tenta desvencilhar-se dos laços maternos apegadosao tradicionalismo por impulsos nem sempre condizentes.Atravessamos dois mundos, tal qual o Oriente e o Ocidente: for-mas distintas, vidas próprias em que os avós são os últimos pon-tos de contacto — ou capitulam à nova existência ou se exilam.É a vitória da insensibilidade, do chamado senso prático com os

piores figurinos de Hollywood e do existencialismo parisiense. Éa história do embate de duas gerações. Conflitos de almas, con-flitos de educação, conflitos de sensibilidade.Marcam-se as gerações pelas guerras, porém os choques guerrei-ros são tão repetidos que se tornam banais. Por isso, quando sefala em geração de após-guerra, há dúvida em saber a qual dasguerras nos estamos referindo. Porém sentimos o período de gran-

des transformações em hábitos e costumes. A sociedade saltou ciobondinho c!e burro e do -üburi, para o automóvel e o avião; a luzmortiça do gaz cedeu à lâmpada elétrica, mais rápido do que das/sinhasinhas do princípio do século para agrã-fina que bebe wis-key com vestido de frente única, desenvoltura de gestos e de pa-lavras, descruzav de pernas e atrevimento de atitudes que não faznenhuma conceção às licenças e liberdades. Vejam em qualquerpublicação, uma fotografia das nossas damas da sociedade em1908, tomando banho de mar em Santa Luzia e observem agoraos fiapos de bikinis nas areias de Copacabana, sendo isso sómen-te, a parte externa, numa evolução social.Os que notam seus primeiros cabelos brancos sentem os embatesda revolução e outro o modo de encarar todos esses fenôinenos eas metamorfoses. '4 ^«.Quando Deolinda diz atravessar momentos difíceis, rudes, os mo-ços riem porque não há para eles vida mais fácil e destino maisclaro...Encaram os jovens com displicência, tudo quanto para nós nosfere a sensibilidade.. Há sempre a tentativa de fugir ao meio, aoconsagrado. Sim, mudamos sempre, haverá sempre renovação, po-rém os adolescentes querem vencer pelo desrespeito e irreverên-cia. Ninguém é fiel à sua origem — à primeira plumagem, mesmosem conselhos e lições, lança vôo a avezinha com pretensão a lon-go mergulho no azul.A inteligência, e o instinto despertam num simples olhar seja parauma janela ou para um jornal. Também o rádio e o cinema es-cancaram quadros abrindo velarios e reposteiros sem cerimôniaem todos os lares.Não há propriamente uma educação moderna, os moços é que sedesvencilham dos cânones, demolindo preconceitos e ampliandofronteiras da moral. Fugir cia disciplina — a anarquia é-bonita .— e por isso o clesmazeio de roupas e das palavras supõe abuso'da liberdade.Dirão que a exposição dos fatos indica a decadência da famíliaburguesa. Pode ser que seja uma decadência esse período de tran-sição.. Os sociólogos mostram o ritmo da era colonial, da épocaImperial e também dos primeiros decênios da República, mas to-dos sentem que agora houve um salto, a precipitação de aconte-•eimcntos em todos os setores da vida humana.Há pouco, um cronista escrevia um episódio duma velinha queouvia a narração duma anedota e saiu da sala e foi encontradano quarto chorando, porque todos, moças e rapazes, tinham ridoe só ela não compreendera o potin malicioso.

O teatrólogo Pe-ãro Bloch, vito-rioso autor deIRENE.

SEBASTIÃO FERNANDES

licença para sair sò,

J,g Ilustração Brasileira

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Neste mesmo momento em que a represen-tação da notável peça de Arthur Azevedo,"O Dote" mostra num expressivo documen-to um aspecto do começo do século, talqual como em outros períodos os teatro-logos Martins Penna, com «A família e afesta na roça", José de Alencar, com "Odemônio familiar", França Júnior, com "Asdoutoras", mostravam usos e costumes davida brasileira, nós aplaudimos IRENE, dePedro Block, que também espelhou esse in-auieto meio do século XX.O problema moral está aí, todos os estu-diosos sociais ou filósofos podem apresen-tar suas deduções, sejam ideológicas, poli-ticas ou religiosas, tudo será inútil, pois amarcha inexorável da humanidade seja lápara onde for, não tem timoneiro. Nin-guém sabe para onde rolamos, e muito me-nos o autor teatral, que já faz muito apre-sentando sua época para indicar caminho.Também não é doutrinário, não tem men-sagem, não tenta solucionar problemas quedesafiam todos os quadrantes do univer-so. Não redime nem acusa, expõe os epà-sódios com quadros reais dum momento.IRENE revive no palco o problema dumageração. O choque da educação da moçaque veiu do colégio interno e da amigacriada com toda a liberdade nos bailes,praias e bcites, está todos os dias nos nos-sos lares. Deolinda não quer repetir a his-tória do avestruz que escondeu a cabeçana asa para não ver a tempestade; o ve-lho Rocha, funcionário aposentado que, em

IO choque de duas gerações. Os interpretesde IRENE: Odilon (Rocha); TerezinhaAmayo (Irene); Narto Lanza (Gentil) • Con-chita de Moraes (Deolinda); AntonietaMarzulo Per a (Margô) e Dary Reis (Alonso) mMmtsmwsrjMM -f'**> imw ?_¦i ________p__________H^^jRi__K^^--f^^-^_r^ ___f~ "¦¦•_.-¦ -____»^___«-^.. -__--_---_T -.«^-,-g _^-,.. _r . iM *¦__¦_¦

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Conchita de Moraes — soberba na avó Deolinda

vão, tenta evoluir e paradoxalmente nãose conforma com a disponibilidade; emfim,Gentil, Alonso, todos personagens marca-das pelo destino.Conchita, Odilon, Dironah, Terezinha,Amayo, Narto Lanza, Dary Reis, com a di-reção de Dulcina viveram com sangue ealma a nossa realidade.No momento em que a Academia Brasilei-ra de Letras galardôa com o "Prêmio Ar-thur Azevedo" a peça AS MÃOS DE EURI-DICE, Pedro Bloch, recebia também, noTeatro Regina, a estrondosa ovação peioêxito de IRENE.E o vitorioso teatrólogo colocou num palcoo choque de duas gerações, numa históriade nossos dias, marcando um aspecto daevolução social, que não se sabe, se é deascenção ou declínio.

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Martinho e Jorge Colosvariense — São Jorge.

Esta última porém, tem aspecto diferente, do da corte do séculoXIII No primeiro ano do século XIV, extinguiu-se a dinastia hun-sara nacional e a nação aceitou outra dinastia reinante na pessoade um membro da família de Anjou. oriunda de Nápoles, mas deorigem francesa. Diferente da democracia burgueza dos pequenosSados da Toscana, Nápoles era declaradamente imperial, onde asartes estavam a serviço da corte, em vêz do de burguezia.Na Hungria, durante o século XIV. tanto a corte real, quanto a bur-*uezia zelevam quase exclusivamente pelo restabelecimento dass^eguranças, política e econômica, cabendo assim pode-se dizer, m-teiramente às ordens religiosas, curar da vida artística do pais, em-bora sofrendo a contribuição daquelas. Simultaneamente observa-mos o aparecimento da influência alemã e italiana, mesclada pielade alguns artistas franceses, contratados pelo rei.A arte tão bem reiniciada no século XIV, desenvolveu-se com re-dobrado vigor, atingindo seu apogeu na metade do século XV,quando então, em 1442, a primeira guerra turca, veio perturbar odesenvolvimento artístico nacional, estagnando-o durante século*

Na Hungria, como por toda a parte na Idade Média, os temas daescultura em geral, eram estreitamente ligados à arquitetura, querem obras sacras, quer em edifícios profanos, estátuas mortuáriasde pedra e imagens de madeira dos altares, como podemos ven-ficar nos pouquíssimos monumentos existentes, ou em fragmentos,que escaparam à devastação.Comparada com a de outros pa|ses, a escultura magiar em bron-,ze, é de uma fecundidade surpreendente. Essa facúndia explica-sepelo fato de serem sempre ouríveis. os mestres do bronze. Do de-«envolvimento da ourivesaria húngara, dão testemunho os exem-plares dos séculos X-XIII, constantes de pequenas estátuas, repire-sentando figuras eqüestres, de aplicação utilitária, como vasosipara abluções, denominados à latina "aquamanile". _ De objetos)mais ricos em metal precioso de ourivesaria, quase não há exem-,plares, utilisados que foram em conseqüência das guerras, paracunhar moedas.Mesmo assim, através das raras obras de arte ainda existentes,pode-se verificar, que a escultura como em geral toda a arte hun-gara, já no século XIV, havia atingido àquele realismo sadio, queplanta suas raizes na percepção coerente da verdade à qual se unea harmonia das mormas e a expressiva força interior. A arte hun-gara tem seu lugar marcado nas artes européias, devido à sua ori-entacão, entre a arte alemã, que tendia para um realismo mui-tas vezes extremo, mesmo à custa de beleza de apresentação e aarte italiana, orientada pela justa procura do ideal de beleza.Mas a falta de monumentos do século XIV, é perfeitamente su-prida, pela sobrevivência de uma única estátua, que não sómen-te representa um capítulo superior da arte húngara, como tàrri-bém porque até hoje, sua origem suscita uma das controvérsias,mais interessantes de toda a literatura especialisada européia.

u ESTATUA EQÜESTRE IA ARTE MAAndréa Szabados Jósa

No ponto de vista artístico nenhum país da Europia sofreu

tanto com as guerras, como a Hungria. A ocupação turcaem 1541, foi o terrível desfecho de vários sangrentos conflitos,que duraram cem anos e o jugo otomano permaneceu em terraplagiar, por cento e cinqüenta anos, destruindo inúmeros e ina-preciáveis monumentos, tanto daquela como das épocas ante-riores, evento, que dificulta e muitas vezes torna mesmo impôs-sivel, seguirmos a continuidade da fecunda e interessante artehúngara, através dos tempos.Enfrentamos esse doloroso fenômeno, quando examinamos a es-cultura hungra do século XIV. Outro acontecimento trágico, ocor-reu também na história do pais: a devastação tártara. Com o rei-nado do primeiro rei cristão, Santo Estevão, — coroado no anomil, — iniciou-se uma arte, dentro da qual, manifestam-se ele-mentos autóctones e originais, embora pertencentes ao estilo ro-màntico e cujo desenvolvimento rápido, foi brutalmente interrom-pido, pela invasão dos barbeiros.Em 1241, Temudjín, que as tribus mongóis unidas elegeram para ocomando geral como Gengis Khan, após conquistar metade da Ásiae toda a Rússia, durante um ano e meio saqueou a Hungria, trans-íormando-a num cemitério, assassinando a população em heca-tombes, talando campos, queimando e destruindo vilas e cidades.Ante a inconcebível brutalidade, os atelieres de arquitetura e es-cultura, que trabalhavam em prol do desenvolvimento do estilo na-cional, cerraram as portas, desertando em massa os seus artistase artezãos. Deante da população catastrõficamente reduzida pelosmassacres, o rei promoveu e estimulou uma colonização alemã, cer-cando, para melhor defesa, as cidades com muralhas, para deteros freqüentes e sucessivos ataques dos bárbaros. Nasceu daí, umnovo elemento social: a burguezia. Substituindo as ordens reíígio-sas até então espalhadas aqui e acolá pelo pais, (cistercienses, be-neditinos. premonstratenses) surgiram novas ordens, estabelecidasnas cidades e que se dedicaram ao ensino e ao trabalho.A gótica húngara do século XIV, veio a possuir desse modo trêsingredientes sociais: a recente burguezia, as novas ordens religio-sas e a corte real.

18 Ilustração Brasileira

Essa obra de arte, constitue valiosa contribuição, no esclareci-mento do precoce avatar da estátua, no campo da arte européia.Trata-se de uma estátua eqüestre de bronze, obra de dois irmãoshúngaros e do ano de 1373, data aposta na inscrição do escudo.Esta representa o cavalheiro mártir capadocense do século TV,S. Jorge, cuja história é uma das mais formosas lendas do "FiosSanctcrum". Nada se sabe da vida dos autores. Os documentoscontemporâneos apenas nos revelam seus nomes: Martinho e Jor-ge Colosvariense, —segundo o nome da cidade em que nasceram.Verificamos compulsando as mesmas crônicas, que os artistasforam encarregados de uma encomenda episcopal, seguida logoapós por mais quatro outras: três estátuas de santos nacionaisda Hungria, (Estevão, Amerigo e Ladislau) e a estátua eqüestremonumental deste último, — obras de que se apossaram os tur-cos, para fundir canhões e que, vandàlicamente lançaram os res-tos, às ondas do Danúbio, quando viram frustrados seus esforços.A estátua de S. Jorge, salvou-se desse destino, pela sua feliz trans-ferência para solo estrangeiro. Luiz Magno, o rei húngaro, envi-ou-a como mimo real a seu parente Carlos TV, imperador alemãoe rei da Bohémia.O preço pago, pela inte<gridade da estátua, — mil vezes reprodu-zida em fotografias, ilustrando todos os prospectos de propagan-da turística de Praga, — foi o de ser pen lanentemente disputadapelos historiadores tchecos e alemães que a declararam ora ale-mã, ora execução tcheca, mais sublinhando assim, seu previle-giado papel na história da arte européia.A estatua, cujas proporções vão à metade do tamanho natural,pousa sobre alto pedestal. Não tão alto como merece, pois, trata-se da primeira estátua eqüestre livre, da história universal da artecristã européia: digna predecessora que é, das celebérrimas está-tuas eqüestres italianas do século XV, e executada quase cem anossantes do "Gattamelata" de Donatello.£ evidente que a força de expressão e a monumentalidade daestátua, não atingem o grau, da do artista italiano do século se-guinte, mas a solução das formas e a harmonia dos movimentos*de ambas, são perfeitas.

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É o primeiro alvorecer brilhante do realismo, se bem que alémdos pormenores decorativos, o efeito dramático, visivelmente de-sejado pelos artistas, não é ainda 'perfeito.O cavalheiro, montado no cavalo, representado com expressivorealismo, é menos o santo, que, luta até a morte, que o manceboda corte, cujo rosto dolorido e enrugado, não exprime suficiente-mente o heroismo e a santidade. Mas, levando-se em considera-ção, que as quatro obras destruidas, foram realizadas vinte anosímais tarde, podemos imaginar a desenvoltura da expressão dra-mática e a monumentalidade das mesmas qualidades, que pro-vàvelmente mereceriam os elogios e encômios dos contemporâ-neos e dos críticos.A apresentação da figura enconraçada e os arreios da alimáriaajaezada, ornados de motivos pomposos de ourivesaria hungra, ostatributos adequados do santo guerreiro, o dragão e a lança, cor-respondem perfeitamente a iconografia; segundo a qual S. Jorgeé representado sempre de acordo com a época e o país do artista.O estacar nervoso do cavalo, o gesto elegante e natural do santo,a desenvoltura dos pormenores, sobretudo na descrição dos ani-mais e das plantas da base, a livre composição de toda a obra, a•frescura de molde, irradiam realidade e vida. É obra sem par emsua época.Sobressai ainda mais a solução desenvolvida e ousada do proble-ma artístico, pois trata-se de estátua livre gênero que em molde;de bronze de tais proporções, a partir da arte romana, jamais foiexecutada por outro qualquer artista europeu.A arte dos irmãos Colosvariense. e absolutamente única. Seus an-tepassados artísticos não são reconhecíveis entre os fragmentosdos restantes monumentos esculturais do país. O realismo artís-tico, somente se explica pela forma de estilo, que mostra as mes-mas características da ourivesaria magiar contemporânea, de ten-dência realista e nível elevado.A mesma conclusão, é também sugerida e aceita com referênciaà única obra autêntica existente do mesmo período, a herma deiS. Ladislau, realizada entre 1360-70. (vaso funerário para os res-tos mortais de personagens de grande destaque) que pela sua altaqualidade, pode sugerir a maneira de classificar artisticamente osdois mestres-irmãos.,Os traços mais interessantes da estátua de S. Jorge são- o apa-recimento extremamente precoce do dificílimo problema plásticoe a solução ousada e feliz, do ponto de vista da evolução artística.Tudo isso, a herma não pode explicar, e nem poderia mesmo, sahouvesse mais exemplares de ourivesaria, pois certas qualidadesinspiradas na ourivesaria, apesar de podermos notar semelhançasem obras de plástica menor, são na realidade características es-pecíficos da escultura monumental, que derivam ou de uma es-cola escultural desaparecida sem vestígios, ou de gênio criadorsem antecessores e sucessores. dos irmãos Còlosvariense.O mistério tantas vezes citado pelos historiadores, é apenas issoe nada mais. A estátua é uma obra de, tamanha perfeição, que os\críticos de arte facciosos, quiseram contestar-lhe a data'de ori--gem, apelando para um pretenso remolde no século XVII, o quena realidade, não foi além de uma simples e insignificante res-tauração. Não satisfeitos ainda, propalaram, que a obra fora mol-dada depois da época de Leonardo. Essa afirmação da crítica deestilo, aferra-se até hoje em opinião errônea, apesar dos documen-tos genuínos existentes, em contrário, insistindo em não reconhe-cer a autenticidade da magestosa obra húngara.Mas, um exame atento do estilo, em que foram vasados os santoscolocados no interior das catedrais hungras, encomendados porbispos também húngaros, mostra que nada existe de influênciaalemã ou tcheca, pois os teutónicos possuíam estilo próprio umtanto mais pesado. De igual modo, afasta-se a estátua de S

'jor-ge, do estilo evoluído e célebre, da oficina criadora da catedral dePraga, dirigida então pelo magnífico Peter Fjarler.£eus elementos autóctones são mais franceses embora o rei nãotivesse feito encomenda alguma àqueles artistas. De qualquer for-(ma, os elementos da influência italo-gaulesa, foram naquele pie-riodo bastante reduzidos na Hungria, dadas inclusive as circuns-tancias de penúria financeira da corte real dessa época.Devemos mencionar, para não sermos injustos, que embora a ar-quitetura e os ornamentos que a acompanham: estátuas, afres-cos, vitrais, só existissem em número reduzido, as miniaturas en-comendadas pela corte, possuíam um padrão artístico tão eleva-do. que a "Crônica Ilustrada Vienense" executada por um minia-turista húngaro em 1358, para o rei Luiz Magno, foi a partir doséculo XVII, um dos maiores orgulhos da Biblioteca Municipal deViena, até a sua volta em 1933 à capital húngara. Codex tão pri-moroso e original naquele século somente poder-se-ia encontrarnas cortes francesa e inglesa.Mas, indagamos, será possível determinar a origem de uma obraprima, baseados apenas em semelhanças, em adições ou mesmoserá possível explicar o gênio através de seu meio ou de seus pre-'decessores? É indagação sem resposta.A estátua de S. Jorge, que vemos na reprodução ao lado, conta-nos a epopéia da brilhante escultura medieval magiar. Fala elo-quentemente sobre o nível elevado e a posição artística toda es-pecial do piais, que devido à sua infeliz posição geográfica foi eserá sempre em todos os tempos, o ponto de choque entre o ori-ente e ocidente, sofrendo continuamente seus fatais resultados,mas ressurgindo entre o fragor de guerras e mais guerras e gene-rosamente distribuindo novas, renovadas e abundantes colheitasde talentos.

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ilfl_iB - __^wPAISAGEM TROPICAL

Quem receberá a medalha de ourodo salão oficial de 1951? Eis a

pergunta que empolga os nossosmeios artísticos. A propósito, repro-duzimos aqui "Paisagem Tropical",tela do grande paisa(gista Paulo Ga-garin, que valeu ao seu autor a me-dalha de Ouro de 1950-

mm•: ¦_?..} *fç_3fij > ¦>¦ • g^PJ^stS!_*?Sí iB_s 'lyBF; ^%£m I .%ajf_8' •' ? -a' íflE5Í_-iaH_-i_f m

PARIS EM MANHATTAN~T ela de Orestes Acquarone, premia-I da com medalha de bronze no3.° Salão Municipal deste ano.-

7; 7 flra^x__BP^_0 ^fl_3^^Bh-t^9w^^_BB^ci»^lfflj^S^'t'-.á:^BJjBP'-*aFt^^5?^B] _9flt* ''í^t^^e^bé*^ ._t^ ^_^9o9h_9k'' v^j^tí__(HH_'^^____H!

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A rebelião é de todos os movimentos co-,letivos-aquele que infunde mais ter-ror na alma humana, quando anali-

zada. '* *

A habilidade, a inteligência, não é tudo nassociedades.

* *

Si os homens não buscam por as suas fa-culdades ao serviço da grandeza moral, queé o que interessa verdadeiramente ao povo,a obra é falha e a ruina inevitável.

* *

A psicologia moderna está inteiramente sa-turada do tragicismo shakespeareano;^ e

si me fosse dado comparar a sua influên-cia exercida à distância de três séculos so-bre nós, eu iria procurar o fenômeno da te-lepatia, tal qual o descrevem os que se temdedicado aos estudos da psicose misteriosado oriente. Na telepatia a comunicação das.vibrações cerebrais se fez no espaço; nasrenascenças artísticas essa vibração opera-se pela simples contempüação dos símbolos,cuja significação se perdera pela diurtim-

dade do tempo, e que um estado análogo!dos espíritos torna possível traduzir de novo.

* *

Nas próprias cousas sagradas os pensamen-tos estão repletos de cavilações, a palavraem oposição à palavra.

* *

A lógica formal seria talvez a morte da arte,si artistas como Shakespeare não a trun-cassem, pondo-a a serviço da imaginaçãocreadora.

* *

O tom de poesia e do drama moderno afi-nou-se pelos contrabaixos de tragédia, su-

gèrru o sentimento agudo do sublime; pro-pagou-se a sensação saturnina das coisastriviais da vida, cuja representação, na obrad'arte, se tornou solene por aspectos essen-ciais.

* *

A luta da individuação analítica da belezacontra o entusiasmo da absorpção do ho-mem da vida integral, formou as grandesépocas da arte grega.

* *

O mundo ocidental também teve a sua lutade Titans. Da Idade Média emergiu o homem,cheio de pavores, de sonhos, de enfermida-des. Mal os destroços do Império Romanocomeçaram a recompor-se em cidades, aoinfluxo do Renascimento e do Cristianis-mo surgiu a guerra antiga sob o aspectomais amplo e fulgurante.

* *

Que tem a vida, sob essa vaga denomina-ção de civilização, sinão a luta do indivi-duo contra crença, na forma do Estado? Avida vulgar, em sociedade, é chata, sem re-levo, aparentemente banal. Mas, em cadacérebro, que sofre, há uma convulsão; emcada erro ou desinteligência, que surge en-tre o sentimento de um mujick e de um se-nhor de um boyardo e de um oficial do pa-lácio,' de um privilegiado e de um Ínfimoda burocracia, de um homem do povo e deoutro homem do povo, há sangue, há cha-mas, há ruídos pavorosos, contanto que asrespectivas almas estejam combalidas.

A tragédia existe em nós, latente, amorfa,em potência. Abafa-se a vulgaridade dosacontecimentos.

* *

A natureza é sábia; e em toda encruzilha-da a encontramos a oferecer-nos uma más-cara diferente para atravessarmos o carna-vai da vida.

# - #

O sonho da humanidade pensante, não res-tá dúvida tendo constantemente a relizar-se. O sonho, porém, também evolue.

* *

O mundo atualmente anda muito depressae quer soluções imediatas.

* *

Digam os filósofos o que quizerem da reli-gião- não é no dogma que está a salvaçãodo mundo, mas na cultura da humanidade.

* *

A moral não é uma cousa, não é uma fa-culdade, não é a revelação. A moral é um;estado.

* *

A vida é pior sua índole uma ascenção. Tris-tes daqueles que não grimpas e preferemconverter-se em caleidoscópio ! EmbriaguesVão funesta como a dos alcoólicos ! No fim,do espetáculo confuso das cousas é um su-plicio. Se não lhes acorda o suicídio, entãoabre-se o período dos horrores — o deliriumtremens da imaginação. As cousas inertes,

ms do ptmm msmffimSELECIONADAS POR DE MATTOS PINTO

A natureza tem duas faces, uma incolor, ou-tra que só o olho do artista descobre.

* *

É necessário possuir olhos experimentadose saber penetrar as deformidades para po-der revelar o mundo da grande arte. Essaaptidão é rara, e às vezes única para umaépoca. A tragédia, o tom do estilo trágico,o tom solene da verdadeira poesia, depen-de principalmente dessa faculdade pluto-nica.

* *

Em todo pioeta latino a preocupação cós-mica e a tendência enciclopédica predis-põem âo arrastamento para as regiões doJncognoscivel e para a linguagem apoia-lica.

* *

O que constitue a força do estilo e perpe-túa a obra d'arte, é aquilo que os retóricosda antigüidade chamavam invenção. Ora, ainvenção consiste essencialmente no movi-mento próprio de cada espirito transmi-tindo à composição.

* *

O movimento das obras d'arte depende dosmeios particulares de que o espiirito de cadaartista se serve para provocar as associa-ções de imagens no espirito do observadorou do leitor.

* *

A verdade é que o crescimento da obra es-tética continua.

Quanto mais consciente o homem se tor-na, maior se manifesta a sua sensibilidade,e, portanto, a sua capacidade artística.

No tumulto ordinário das ordens que sãoexpedidas, das regras que são violadas, daobediência que se torna efetiva a berros fe-rozes e a golpes de knut, ou, ainda à vistade um movimento superciliar daquele quedispõe de força de comando, ninguém jul-ga perceber o que se passa. E, todavia, es-ses erros, esses golpes de knuts, esses movi-mentos superciliares têm produzido terre-motos psíquicos, desgraças irreparáveis, sub-versões de espíritos tão pavorosas como asque os geólogos atribuem à primeira idadedo mundo em formação.

* *Cada poeta reflete o mundo segundo o seutemperamento. O homem de natureza líricaou pastoril, ainda afogado no movimentode uma grande cidade, tingindo a vida am-biente com as cores do campo, transtor-Liará os rumores das ruas e dos cafés emsons longínquos de sanfonas e gaitas de za-gais. As imaginações paradoxais farão dodrama íntimo, da realidade doméstica e dodebate social, o mesmo que o espelho con-cavo ou convexo faz na figura humana, —truncará os corpos e os caracteres. As con-dições da existência serão alteradas pararepresentarem a vida como um espetáculode figuras monstruosas. Os personagens,nesse teatro grotesco, parecerão chorar,quando riem, parecerão rir, quando chora-rem.

T. A ARARIPE JÚNIOR

Selecionadas por DE MATTOS PINTO

não aproveitadas, vingam-se, assumindo apersonalidade que o deliquecente repeliu.Então o dominam e depois o aniquilam.

* # *

O teatro descobriu o sortilégio da vida quo-;tidiana.

Os homens de letras conscienciosos, de or-dinário, logo que se sentem objeto de aná-li se e que os críticos começam a interroga-los, não resistem à necessidade de sistema-tizar a sua carreira estética. É uma vaida-tde a que muitos poucos tem escapado. En-tão, começam a procurar a filosofia da obraartística que realizaram espontaneamentee sem outro calculo senão exprimir o quehaviam acumulado dentro de si mesmos.

As sensações produzidas pelo espetáculo das,almas em movimento transformam o ba-nal na mais holifernica das tragédias.

* *O abuso da vocação e o desprezo dos pre-ceitos de higiene mental é que podem cau-sar as enfermidades a que a escola lem-brosiana atribue as manifestações do gê-nio.

Os grandes poetas são os únicos que gosamde privilégio de identificarem-se, nas horasde isolamento, conscientemente, com osobjetos que pretendem descrever e vive-rem neles, enquanto não se fatigam dessaaturada e misteriosa contemplação.

* *Se o estado neutro não importasse fatal-mente no começo de uma nova série, aenergia estaria extinta, e o Universo se-pultar-se-ia no nada.

20 Ilustração Brasileira

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Alfonsus

de Guimarãens pertence a umadas fases mais belas da poesia brasi-leira. Silvio Romero classifica-o no

quinto período da reação contra o ro-mantismo, período em que brilharam Cruze Souza, o altíssimo poeta de "Faróis" e"Últimos Sonetos", B. Lopes, Francisco Man-gabeira, Nestor Victor, Silveira Neto, FelixPacheco, Mário Pederneiras, Hermes Fontesetc. (Século XIX, de 1850 em diante). Elefoi um verdadeiro poeta, por vocação, porsentimento e pelo espirito. Filiado a escolasimbolista que teve em Cruz e Souza o mes-tre incomparavel, Alfonsus de Guimarãens,sem sair de Minas Gerais, ou melhor, semsair de Mariana, viu o seu nome aplaudido econsagrado pelo Brasil inteiro, como umadas mais vivas e mais brilhantes expressõesda arte e do pensamento literário do nossopaís. Ninguém melhor do que ele soube serum esteta do verso e um semeador de belezas,ele que levou a vida inteira suportando asdificuldades de uma pobreza austera e hon-rada, como digno e modelar juiz em Ma-riana."A posição de Alfonsus.de Guimarãens napoesia brasileira — diz Augusto FredericoSchimidt:— será muito alta. Foi um poetade sentimentos, de delicados e melancólicosestados de alma, de luzes pálidas, e foi umpoeta sem ligações com- a terra. Lendo-o,não parece que será fácil identificá-lo comode um lugar e de um país determinado. Apaisagem que está nos seus versos é umapaisagem espiritual; paisagem por vezes en-ferma, com os seus cirios acesos, os seus tonsroxos nos céus; outras vezes, porém, de uma

Um retrato raro deAlfonsus de Guimarãens

se nos apresenta como umpoeta católico, sinceramen-te crente, e, como o apóstj-Io, não se envergonhando dasua crença. O "Septenáriodas Dores de Nossa Senhora"é de um devoto simples quetambém fosse poeta. Não lo-gramos descobrir nesse po?-ma, sombra de simbolismo:é o caso piedoso posto emsonetos... Podia ter adotadocomo livro de reza, se umaou outra vez a literatura enão traísse, o poeta não pre-valecesse ao crente e se nãofera a impia alusão final ao"Mosteiro de Verlaine", emque quizera oficiar. Naocreio que a Virgem lhe per-dôe essa feia camarada-gem..."

Em 1903, Alfonsus de Gui-marãens ficava sem err.pre-go. O governo mineiro ex-tinguira os cargos de juizsubstituto. Aceitando a di-reção do jornal "Conceiçãodo Serro", o poeta deu a esseórgão da imprensa do seuEstado uma feição brilhante.Um ano depois, era nomea-do promotor público, voltan-do à velha função em que

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Alfonsus c/e GuimoraensO Poeta dos Símbolos Cristãos

AMÉRICO PALHA(do Instituto Brasileiro de Cultura)

limpidês de tarde em flor, com serenidadesde fonte e de estrela vesper. Poderia ser umcompatriota de Jacobsen ou de Millarmé,sem que isso causasse espanto. Foi, porém,um homem de Mariana, um juiz municipal,com muitos filhos e poucos vencimentos".

** *

Afonso Rodrigues da Costa Guimarães — éeste o nome do poeta — nasceu em OuroPreto, antiga capital da Provincia de MinasGerais, a 24 de julho de 1870. Era sobrinhode Bernardo Guimarães, o grande poeta eromancista mineiro, nome definitivamenteimortalizado na história literária do Brasil.Fez os preparatórios no Liceu Mineiro, da-quela cidade. Em 1891, matriculou-se na Fa-culdade de Direito de São Paulo. Em 1893,transferiu-se para a Escola Livre de Direitode Ouro Preto, na qual se formou a 15 dejulho de 1894. Volta a São Paulo e, na velhaAcademia, também colou o grau de bacharel,em 1895.Na capital paulista, durante o tempo em quepermaneceu como aluno da Faculdade, Al-fonsus de Guimarãens trabalhou e colaborouem vários jornais, entre eles o "Diário Mer-cantil", o "Correio Paulistano'", o "Comer-cio de São Paulo" e o "Estado de São Paulo".Seus versos já então se tornavam conhecidose poeta demonstrava um belo talento que,mais tarde, se expanderia em toda a sua pu-jança.Em 1895, era nomeado promotor público dacomarca de Conceição do Serro, e, pouco de-pois, juiz substituto. Quatro anos após, pu-blicava o poeta o seu livro "Septenário dasDores de Nossa Senhora" e, a seguir, "Cama-ra Ardente". Nesse mesmo ano sáe "D. Mis-tica". José Veríssimo, referindo-se primeiraobra, dizia: "Não apreciando o snr. Guima-rãens senão por este seu primeiro livro, ele

iniciara a sua vida. Em 1906, ia ocupar acadeira de juiz municipal de Mariana. Nessacidade, firmou o seu nome e o seu conceito.Nunca mais de lá saiu. O juiz, por isso mes-mo, não eclipsou o artista. Alfonsus inten-sificou as suas atividades literárias. As pro-duções do poeta magnífico eram divulgadasem jornais de Minas e de São Paulo. Talentoexcepcional, Alfonsus destacava-se como umdos maiores poetas do Brasil.Depois de sofrer um rude golpe conr a mortede sua filha Constança, o poeta morreu a13 de julho de 1921, poucos dias antes de com-pletar cinqüenta anos. E' a seguinte a rela-ção das obras de Alfonsus de Guimarãens:"Septenário das Dores de Nossa Senhora","D. Mística", "Kiriable", "Câmara Ardente","Mendigos", "Pauvre Lyre", "Pastoral aosCrentes do Amor e da Morto", "Etancias","Canções" e "Sonetos", "Poesias", editadaspelo Ministério da Educação.

Não temos o intuito de realizar um estudocritico. O nosso objetivo é o de focalizar osmotivos que justificam c culto da Nação pelopoeta insigne. Por isso, buscamos a opiniãoe o conceito de autores consagrados sobreAlfonsus de Guimarãens.De Manoel Bandeira: "A sua poesia tem orecolhimento das grandes naves sombrias àhora em que o incenso ás enevoa e, perdidoo último acorde do órgão, a campainha vi-bra para a elevação ao Senhor..."De Múcio Leão: "Outras gerações, que não anossa — gerações mais espirituais, maisaptas às coisas da poesia e da sensibilidade— hão de pagar a imensa divida que temospara com Alfonsus de Guimarãens. Nessedia, o veremos colocado no seu legitimo lu-gar, no grande lugar a que tem ele um sa-grado direito".De Augusto de Lima: "Seus versos, de umasublime unção mística, pertencem já à fase

marianense do poeta. Eles refletem o cena-rio austero das margens do Ribeirão do Car-mo, cujas águas murmuram ainda o eco ar-cadiano dos versos de Cláudio Manoel daCosta, santificadas agora, como as do Jor-dão, pelo batismo da musa cristã"De Oswaldo Orico: "Quase todos os poemasde Alfonsus de Guimarãens constituem umromance saido daquela alma solitária, quasesanta, que viveu na adoração das monta-nhas e das igrejas, compondo baladas àque-Ias cidades episcopais, que dormem no seiobranco das litanias".De Tristão de Athayde: "Alfonsus de Guima-rãens é dos que vêem subindo desde a mor-te... a posteridade pode fazer-lhe justiça, ajustiça a que fês jús, como figura central daterceira grande corrente poética do séculoXIX, entre nós".De Augusto Frederico Schimidt: "Um grandepoeta, uma voz nobre, uma alma cheia de'música, um raro poeta, uma rara poesia:Alfonsus de Guimarãens. Uma voz, umamusicalidade, uma delicadeza, um sentidodas coisas secretas, das rosas, do efêmero, domundo em que se move e que não mais per-tence ao mundo..."De José Veríssimo: "Ele não pode ser con-fundido com a turba multa dos novos, semsinceridade, sem crenças, sem gramática,sem instrução, sem bom senso. Pela suacompostura, pela seriedade de sua vida. pelasinceridade da sua inspiração, pelas qualida-des de sua arte, distingue -sé desses rapazesalegres, espirituosos e inteligentes alguns,outros sem nenhuma dessas Qualidades, paraquem a arte é um divertimento frivolo, umapostura da rua do Ouvidor, um meio de ternome nas folhas e de se dar ares de gemoincompreendido".

Alfonsus de Guimarãens foi na poesia umreflexo da sua individualidade. Homem aus-tero, de bons costumes, católico sincero, suapoesia foi também austera e cristã. Deus foia bandeira do artista. Deus foi a sua inspi-ração. Foi um homem de fé e com a íé es-truturou a sua vida e a sua obra Essa vidapoderia ter sido um exilio. um deserto, umasolidão. Mas, o poeta tinha a luz da suacrença, uma luz suave e meiga, como a iuzdos luares, branca e serena que não dôe íiesolhos. E, envolto nessa creaça, viveu emorreu.

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ALTO SERRA Télc de J. Batista da Costa

** ¦ *

uidem os sábios das searas e dos pomares e os poetasdos parques e dos jardins e farão o que devem.Verdade é que todas as árvores florescem. Não há fru-to que não tenha tido o seu berço em uma corola ena origem de toda a ciência se há de sempre encon-trar a Poesia. i

Mas as flores verdadeiramente poéticas não se metamorfoseiam emfrutos: são casulos de aromas que primam pela beleza. E o perfumeé manifestação espiritual, essência volátil, alma, daí o seu poder desugestão. jO fruto sabe-nos, alimenta-nos; a flor inebria-nos e encanta-nos. Osábio é útil; o poeta é divino. É o poeta que nos transporta miraculo-samente. com o prestigio de que dispõe, através do espaço e do tem-po, a todos os paises, a todos os mundos; a todas às eras; é bem ò"djinn" ou gênio das fábulas orientais que arrebatava palácios de umpara outro sítio, .ransformava em ouro rochedos ásperos, envelheciamancebos, remoçava anciões, ou, em encantamentos de licantropia,mudava homens em animais quando os não enpedernia em cativeiro,do aual só os libertavam os possuidores de talismãs.E poraue a própria Religião é Poesia na sua maior culminância, vistoaue cheira ao céu. é que com ela nos abraçamos na hora derradeira,saindo da vida com o pensamento no Ideal supremo, aue é Deus.Mas a. aue vem aaui tais considerações? Vêm a nronósito do desapare-cimento de um dos mais delicados iardineiros de poesia do nosso sé-culo; um dos aue mais cuidaram de nos perfumar a existência comcornas perturbadores, oue nos fizeram sonhar: aauele aue nos deuas visões do Oriente, não como as costumávamos contemplar nas pai-.-q.per><? maravilhosas. n^s lendas fantasmagóricas, nos costumes deserralho ou nos estranhos ceremoniais dos templos, nos auais o mis-tíeismo se nos revela pm ritos sensuais, intercalados fesceninamente.de Hancas lâniTuidas de devadassis. em orgias sagradas como no-la..pintam os nne conseguiram penetrar nos aditos de Benares, ou, maisremotamente, nos santuários do templo florestal de Angkor.o poeta, a ane. me refiro, esse voluptuoso Loti. mostrou-nos um novo'Oriente, fayendo-nos nele entrar, não entre alas de p-uerreiros de ai-bornoz e turbante, como os dos califas, ou de armaduras imbricadas,p carrancas monstruosas, como os Samurais do Micado. mas nor alfom-brps floridas, ornados r-or mãos de criaturinhas fráe*eis, sralreantes,miniaturas nne. ,.p ps invocamos, surgem-nos diante dos olhos comoessas figurinhas de marfim da. arte cantrichosa dos nipões, cujos no-rnp<? o-P7ís nos soam como chilreios de pássaros. É um Oriente de musmés e de "geishas", fantasia delicada, por vezesAvtrav_o-«_r.tp rnjno p««;es ka.kimonos de seda e ouro, floridos e reticula-Hr»s de fretes mie simulam áe:ua.. com um r.éu de nuvens mirabolan-tes. irradiando ein a.laras aue são caudas de aves paradisíacas.

Tem-se impressão, não de leitura, mas de inebriamento nor filtro de-!n.-óHo ou por essência, como as que se fumam em narghilés ou se as-niram no fumo das caçoulas.o T.oti P"e todos lamentam haver adormecido, para sempre, entresMas e bnnzos armas, instrumentos músicos, tapetes, caixas de xa-rão. escanhos rie bambu e lanternas de papel, na sua residência, aueera. nm 'verdadeiro museu asiático, era o de Mme- Chrysanthème e de/p.vadAe. o do Mnríanp. de Loti e de Uexilée, dos Japonneries d'autom-ne e de Tleurs d'ennui.Fu. n Loti aue amava, era o de Pécheur d'Islande, o Loti melancólico,rvoeta sentimental dessa salitrada Bretanha mística, envolta em névoaae em lendas, com a sua costa áspera de onde, descendo em procissãopor entre os cruzeiros das dunas, partem levas e levas de homens paraas pescarias lúgubres nos mares do Norte.O Loti, cuia morte lastimo, é o que nos deu esse pálido poema de nos-talgia marulhoso da quebrança das vagas e entrecortado de cânti-cos devotos em vozes pressagas de mulheres e de crianças, poema deaudácia e de tristeza, de heroísmo, de resignação e de crença, no qual,a todo instante, como que sentimos passar, em vôo surdo, a Morte,através do nevoeiro da saudade que forma o ambiente desse formoso-livro, cuja leitura nos deixa nalma uma impressão de deserto e silên-cio, de temeridade e Fé.

Do Loti do Pécheur d'Islande, um dos maiores romances do nosso tem-po, do qual sairá o motivo para o monumento que a França há de,

por certo, erigir à memória do marinheiro poeta, desse é que tenhosaudade, porque foi êle que, naquelas páginas de bruma, me fez so-hhar levando-me arrebatado, na sedução do seu estilo, desde as ro-chás de Paimpol até o frio mar de Islândia.

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A AEROVIAS BBASIL

Em Buenos Aires, o Presidente da Aerovias Brasil, em companhiada Snra. Eva Peron, Brigadeiro Fl enrique Dyott Fontenelle, Mi-¦nistro Glauco Ferreira de Sousa, deputados Luthcrd Vargas e

Vasconcellos Costa e o introdutor diplomática da Presidência Ar-

gcntina, assistindo ao desfile da guarda de Honra da Sra. Eva Peron.

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A Snra. Eva Peron quando era saudada pelo Presidente daAerovias Brasil,

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E A SUA HOVAFROTA INfERNÁCIOHALBATIZADOS OS NOVOS SKYMASTERS "GENERAL SAN MARTIN",«DUQUE BE CAXIAS E GEORGE WASHINGTON» RESPECTIVAMEN-

TE, PELA SENHORA EVA PERON, SENHORA DARCY VARGAS E

SRA. WILLIAM WHITE JOHNSON.

nelle, Deputado Luthero Vargas e José de Vasconcellos Costa, Mi-nistro Glauco Ferreira de Souza, Encarregado dos Negócios do Bra-sil na Argentina, altas autoridades civis e militares daquela Repú-blica amiga, a Senhora Eva Peron, numa solenidade de confraterni-zação entre o Brasil e a Argentina, batizou o novo SKYMASTER daAEROVIAS BRASIL "GENERAL SAN MARTIN".

BATISMO DOS SKYMASTERS "DUQUE DE CAXIAS" E"GEORGE WASHINGTON"

No dia 25 de agosto último, em que no Brasil se comemora o Diado Soldado Brasileiro, em homenagem ao Marechal Duque de Caxias,no Aeroporto do Galeão, foram solenemente batizados os aviõesSKÚYMASTERS "DUQUE DE CAXIAS" e "GEORGE WASHINGTON",dos quais foram madrinhas as Exmas. Senhoras D. Darcy Vargas, eD. Willian White Johnson, dignissima progenitora do Sr. HerschelZ. Johnson, Embaixador dos Estados Unidos da América do Norteem nosso país, o qual compareceu pessoalmente à solenidade.Entre as inúmeras personalidades de destaque ali presentes viam-seo Brigadeiro Henrique Dyott Fontenelle, Brigadeiro Appel Netto, Sr.Shelton Mills, Conselheiro da Embaixada dos Estados Unidos, Bri-gadeiro Leigh Wade, Adido Aeronáutico norte-americano, CoronelBurton Andrus, Adido Militar à embaixada americana, Senador Mo-zart Lago, Deputados P. Lauro e Vasconcelos Costa, General NestorSouto de Oliveira, Comandante da Academia Militar das AgulhasNegras, Coronel Dario Azambuja, representante Ministro Aeronáuti-ca, General Segadas Viana, Representante do Ministro da Guerra,Sr. Orton Hoover, Adido Civil de Aeronáutica, capitão A. V. Wallis,Adido Naval, Senhora Paul Moren, esposa do Encarregado de Nego-cios do Canadá, Deputado Federal Mendonça Braga, Dr. Luiz Canta-nhede Filho, Diretor da Divisão de Operações da D.A.C., Sr. JoséTavares Pereira, Chefe da Coordenação da D.A.O, Sr. Moacyr Sam-paio, Secretário do Diretor-Geral de Aeronáutica Civil, Sr. MarianoRomaneli, Representante Geral da Aerolíneas no Brasil, Sr. Guilher-me Mendez, Chefe Comercial da Aerolíneas Argentinas, CoronelAmaury Kruel, Chefe da 2.a Secção do Estado Maior do Exército, Sr.

As madrinhas dosaviões Suras. Dar-cy Vargas c Wil-liam Wittc Jonhson,ladeadas pelas Sras.Eleutcrio Fèrlich cDario Asambuja.

Em Buenos Aires, o General Juan Peron, em companhia do Pre-sidente da Aerovias Brasil e do Snr.. Ministro Glauco Ferreira deSousa, encarregado de Negócios do Brasil na Argentina, Snra. EvaPeron e demais autoridades, após a visita ao interior do Skymasier"General San Martin".

BATISMO DO "GENERAL SAN MARTIN"

No dia 13 de Julho p. passado, em Buenos Aires, com a presença

do Cei. Eleuthério Brum Ferlich, Diretor-Presidente da AERO-VIAS BRASIL, General Juan Peron, Presidente da República

Argentina, Brigadeiro Henrique Dyott Fontenelle, Diretor-Geral deAeronáutica Civil, Dr. Luiz Cantanhede Filho, Diretor da Divisãodo Tráfego da D.A.C., D'r. Marcelo Cunha, Representando a Divisãode Operações da D.A.C., Dr. José Tavares Pereira, Chefe da Coor-denação da D.A.C., Dr. Jayme Staffa, Membro da C. E. R. N. A. I.,Cap-Av. Guido Moassab, Ajudante de Ordens do Brigadeiro Fonte-

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Stanley I. Brooks, representante da Pratt & Whitney ^ircraftEngines, Charles B. $>rt, representante da Douglas AircraftCo., Sr. Theodore Mayer, Gerente Geral da Singer Sewing Co.e amigo pessoal do embaixador norte-americano, Chefes de De-partamentos de Operações, Tráfego, Comunicações, Material, Ene.Relações Públicas e demais funcionários da AEROVIAS BRASIL.Abrilhantou a solenidade a exelente Banda de Música da BaseAérea do Galeão'.

1

EsíZ í' ía ie?VÍas Brasil> e ™ Exma.WilZ w\re1lCll' eW com^ia da Snra.%mm Witte Jonhson, madrinha do " Gege Washington',mm mk ^™'' Ba*"íl*" S

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1 #:*x tB^I^»•*

A Snra. Darcy Vargas.madrinha do "Duque de

Caxias", r,o momento dobatismo.

?,L7ad1CSi da

jeronau!ica1 e da Escola Militar, que comtituiram a

eÍÊ L? ^ mT"has em companhia do Presidente da AcroviasBrasil, antes de voo sobre a cidade.

Os Cadetes da Escola Militar e da Aeronáutica, integrando a guardade Honra da&Exmas. Senhoras D. Darcy Vargas e D. Willian WhitemTsndengal0armara'm !°

lad° d°S aVÍÕeS n0S seus imPecáveis unifor-Os Escoteiros do Ar também se fizeram representar por um grupo de20 jovens, comandados pelo seu instrutor, tendo dois "LOBINHOS"

noevosad°-a entrega de dois ramalhetes de rosas às Madrinhas dos

Em nome da AEROVIAS BRASIL., falou o Deputado Mendonça Bragaexaltando os nomes de CAXIAS e WASHINGTON, bem como sobreas obras de benemêrencia da Exma. Senhora D. Darcy Vargas, ebem assim a mulher americana, na pessoa da digníssima SenhomD. William White Johnson, progenitora do Sr. Herschel Z. Johnson,Embaixador dos Estados Unidos da América do Norte no BrasilFalando em nome de D. Darcy Vargas, num belo improviso, o SrLourival Fontes, Chefe do Gabinete da Presidência da Repúblicaproferiu também uma brilhante oração. 'O Sr. Herschel Z. Johnson, Embaixador Americano no Brasil, co-movido, também de improviso, teve palavras carinhosas pela hóme-nagem prestada a George Washington e a sua progenitora.Finda a cerimônia, foi oferecido aos presentes um coquetel, seguidode três vôos sobre a Cidade, nos quais tomaram parte os Cadetes doExército e da Aeronáutica, bem como os Escoteiros do Ar, jornalis-tas, e demais convidados.

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A ponte de "Passy", com o viaduto de "metro"

(ligação entre o palácio de Chaillot, que substituíao antigo Troeadcro demolido em 1937), e que hojeabriga a O. N. U., c a rivc gaúche com a torre deEiffel. ¦

A ponte de "Poi < ...i Jour" com os osus arcosparece uma construção da época romana. O barcoamarrado lembra o brasão de Paris com a sua ai-tiva divisa: Fluctuat nq: mergiturs

A ponte do Gernelle ostenta, entre os entrepostos,de Nova Iorque. Barcos amarrados evocam os pra-ceres do campo e á'as ferias.

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AS PONTESMICHEL B. EAMENKA

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curva elegante do Sena no seumovimento para o Oeste, traçaseu capirichoso arco como uma

linha-mestre qua orienta e comanda- â

planta urbanística de Paris, emprestan-do-lhe um caráter específico e incon-fundível.O Sena divide assim a cidade em duaspartes, deixando nó seu curso, quais'barcos flutuantes, a "íle de Ia Cite" eIlha de S. Luiz, berço da cidade.Na "rive gaúche", nos tempos dos ro-imanos os patrícios instalaram luxuo-sas vilas nas vertentes do morro que,na época cristã recebeu o norne deMont Ste Ceneviève. Mais tarde insta-lou-se aí a famosa universidade de Pa-ris, o "quartier latin". centro da aris-tocracia do espírito, com os inúmeros'colégios que desde da Idade Médiaatraiam milhares de estudantes de todaa Europa. %% , yMas a aristocracia do sangue tambémnão desertou a "rive gaúche", deslocou-se semente parado oeste. O aristrocá-tico Faubourg St; Gefmain não desa-pareecu ainda e conserva até nossosdias Inúmeros palácios "entre cour etjardin", herança do século XVIII. Mui-tos deles mudaram de dono, transfor-mados em ministérios, embaixadas, oumuseus, como este maravilhoso PalaisBiron, que abriga hoje o museu Rodin,— mas o caráter do bairro conservou-,se vivo numa tradição fixada pela his-tória e cuja imagem foi tantas vezesireproduzidas nas obras literárias.Do outro lado do rio, na "rive droite"Situam-se os quarteirões populares, oFaubourg St. Antoine, o "Marais" deonde sairam tantos motins e revolu-ções; é também o bairro das "hallesj

centrales", o mercado, o enorme "esto-

mago" de Paris.. Mas também é na rivedroite que se situem os bairros moder-;nos, os boulevards o comércio de luxo,os teatros e a aristocracia mais recen-te, a do segundo império e a plutocra-jcia da terceira república — na Plaineide Monceau, em redor do parque domesmo nome, e mais recentemente ain-da, nos arredores do Bois de Boulogne.Mas( no movimento efervescente degrande cidade moderna, esta divisão;histórica e espiritual tem uma signifi-cação apenas relativa, visto que é in-tenso o intercâmbio entre as duas mar-gens.Trinta pontes atravessam o Sena. Che -

gam apenas para canalizar o fluxo erefluxo constante de vida transbordan-te que corre lá em baixo e que a divideem dois.As pontes de Paris representam algomais do que uma simples necessidadetécnica; são incrustadas no aspecto ur-banístico da cidade não somente como

elementos de beleza, mas também comoexpressão viva de uma idéia ou de umaépoca.A história das pontes de Paris, se fosseescrita, seria um recorte da história daFrança...A mais

"antiga ponte é o "Petit Pont"

onde na época romana desembocava aestrada de prleans, e onde hõje-os tran-seuntes folheiam velhos livros, queverlaine apostrofou "d'affreux bou-

quins moisis" no poême "Nocturne

parisien".A Idade Média conheci as pontes demadeira, hoje desaparecidas; algumasdelas queimadas pelos normandos quan-do subiram o Sena nos seus barcos paraatacar Paris. Depois vieram as pontes de

pedra. Entre elas a "de Ia Concorde"foi construída de pedras históricas;provenientes da demolição da Bastilha,e conserva a elegância do traçado pro-.jetado desde 1787 pelo célebre engenhei-»ro de Luiz XVI, Perronet; que contavaentão 79 anos. Esta ponte liga a praçada Concorde à "rive gaúche" em frenteà Câmara dos Deputados, e completaum dos mais belos conjuntos arquite-tônicos do mundo, com a Rue Royale ea igreja da Madeleine do lado oposto-Outras pontes imortalizam os esplen-dores e as vitórias da França, monu-mentos imperecíveis colocadas no seucaminho histórico.A ponte de Austerlitz e a ponte de lénaque o general alemão Blucher quiz des-truir em 1814, eternizam as grandes ba-talhas da época napoleônica. O "ponti

de TAlma" lembra a campanha da Cri-meia. A sua popular figura de pedra"le zouave" serve de medida ao níveldo Sena. Quando as águas sobem-atéa sua cintura, o perigo de inundaçãotorna-se premente. As vastas empresasurbanísticas do Barão Haussman inclui-ram a construção da ponte, de Solfe-rino, que glorifica a grande vitória dacampanha italiana de Napoleão III-Pronunciando esse nome: Solferinopoucas vezes se pensa, que foi nestecampo de batalha que nasceu a CruzVermelha, imaginada por Dunan.Com o século XIX inicia-se a era doiaço. Uma série de pontes de ferro vaiser lançada sobre o Sena. Uma das piri-meiras foi "le Pont des Arts" (1803)que une a Rive Gaúche, bairro predi-leto dos artistas, ao Louve, grande de-<positório de obras de gerações revolvi-,das. A ponte "Alexandre III" em fren-'te aos "Invaildes" que data da expo-isição de 1900, tem a idade da TorreEiffel. Com os seus cavalos de asas dou-radas, simboliza a época, evocada comsaudades, quando a vida parecia feliz,a época vitoriana, a da aliança franco-

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£/w pacifico pescador sob o "Pont des Arts". No fundo o "PontNenj" com a estátua eqüestre de Henrique IV. Não falta um pintorentusiasmado pelo panorama da Cite, rodeado de "flaneurs".

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russa, tempo dos "grandes dues", dafundação da Corte de Haia, e da ilu-são da paz universal.Cada ponte tem o seu estilo, o seu cá-rater, quase o seu público. É raro não,se encontrar um transporte apoiado nqpeitoril, sonhando, a contemplar a ima-gem movediça da cidade. As ondasmansas do Sena rolam sob as trintapontes de Paris acompanhadas por umadupla cadeia verde de árvores velhas,que crescem à sua margem calma, an-tigo caminho de sirga; a vida da gran-de cidade parece parada. Pescadores deAnzelo na mão, esperam pelo peixe, bar-cos amarrados evocam a imagem dumclube náutico, os caiques carregados,vindos do Norte ou do Sul deslisam si-lenciosos seguindo o seu caminho: umavida própria independente da grandecidade desenrola-se nas margens doSena, sob as pontes de Paris.

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As ondas do Sena rolam sob as trinta pontes deParis, entre uma dupla cadeia de árvores verdes.

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A ca?ito?°a Edmée Brandi (SraSouza Mello).

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No panorama cul-

tural do Brasilhá uma figura quese revelou agoram ais acentuada-mente > quer comocantora, quer como•tradutora e decla-madora, em recitalpúblico organizadopelo P. E. N. Clube— associação de in-contestes valores —•e que maravilhoutoda uma assistên-cia de escól. Trata-se da senhora Ed-mée Brandi de Sou-za Mello, dama deinteligência e ele-gância, figura sai-da dum desses me-dalhões de esmaltedo século XVIII.

Ela é uma cantora de vóz extensa, um soprano que cem o tem-po o seu nome passará das fronteiras do Brasil, modulando bem,e com máscara expressiva impressionante, atitudes de sonhos erealidades na interpretação discreta dos textos. E é também umadeclamadôra maravilhosa, sabendo representar o verso mestria-mente, o .gesto sóbrio e comedido, dominadora de auditórios sele-cionados. jPoetisa, Edmée Brandi é uma tradutora singular — a Arte tãodifícil!'— de alma vivida de Heinricb Heine, cuja versão faz dopróprio original. Os poemas imortais do Intermezzo foram porela vestidos para o idioma nosso, com brilho e sensibilidade.Dentro da música de Schumann, maravilhosa e tocante, os seusversos nos deslumbram. — e ela soube interpretá-los com alma eemoção.Não fugimos a tentação de reproduzirmos alguns poemas de Hei-me. na versão, feliz da senhora Edmée Brandi:

Lygio de

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Maravilhoso mês de Maio !A flor se abria no botãoE o amor desabroehavaDentro em meu coração !

Maravilhoso mès de Maio !Das aves soavam os gorgeiosQuando eu lhe confessavaMeus sonhos, meus anseios.

Artista BrasileiroRAUL DE AZEVEDO

Ajustados a bela música de Schumann, os lieder são maravilhosos:

V

De um livro, no intimo cálice,Vou minh'alma mergulhar,E o livro, vibrando, à amada,Vai, uma canção, entoar.

Canção que adeja e que fremeComo em sua boca, outr'ora,O beijo que ela me davaEm suave admirável hora !

E mais, lembrando a forma das traduções de Gonçalves Crespo,mas vincadas de originalidade e profunda emotividade.Dum belo lirismo o Intermezzo, a tradutora soube interpretar ossentimentos de Heine tão bem ajustados nas maravilhas musicaisde Schumann:

XIi

Um moço ama a jovemQue a um outro, porém, preferiuE o outro gosta de outra,A quem em casamento pediu.

A moça, então, se uniuPor despeito, com um sujeitoQue no seu caminho surgiu;Para o jovem não há mais geito !É dessas histórias antigasQue novas sempre sãoE sente, quem as vive,Partido o coração.

E muitos, muitos outros poemas do Intermezzo, em versão cui-dada e interpretativa. Não esquecer que a tradutora ilustre teveque se ajustar à música de Schumann.Estamos em frente duma poetisa de inspiração, declamadôracomedida e emocional, grande cantora de vóz privilegiada queapurará sempre a sua técnica, tocada de sensibilidade, com ex-pressivo jogo fisionômico. E como bem acentuou Ernesto Federnas palavras que antecederam a esta festa de camera, do maispura Arte, nenhum dos nossos poetas, brasileiros-portugueses ja-mais adotou Heine à música. Pensamos que a senhora Edmée.Brandi de Souza Mello foi a primeira, no nosso idioma, que ajus-tou os lieder à música de Schumann.No amor, os poemas de Henri Heine através do Intermezzo serãoeternos, porque dum grande lirismo eles tocam as almas embe-vecidas dos moços. É, como diria o senhor de Boufflers, — Vamour,c?est Vegoisme en ãeux personnes.

três meses que seu ca-minheiro andante por ter-ras do Brasil. E noventa

dias ainda não bastaram paraseguir e observar todos os pas-sos. já modestos, já heróicos,da longa e gloriosa jornada queos Portugueses aqui viveram.Ela começou há séculos e con-tinúa... Começou com os Por-tugueses de Portugal e conti-núa com os Portugueses do Bra-sil... ¦ Por diante destes meusolhos extasiados há perpassadotanta grandeza e tanta belezaque eu já não sei o que seráquando houver de os desquitardo perfumado hábito deste man-jar delicioso ! E durante a mi-nha perigrinação através dasprincipais regiões deste pais doCruzeiro do Sul. hei quedademuitas vezes a pensar comigomesmo sobre o mistério de Por-tugal/...Já nos tempos medievais e re-nascentistas este Portugal enviouà Europa embaixada de inteli-gència nas pessoas daquelesMestres <que foram ensinar nasmaiores universidades de en-tão. E das cátedras que eles re-

O MISTÉRIO DE PORTUGALD. SEBASTIÃO BISPO DA BEIRA

O eminente prelado português, quando redigia para a "ILUS-TRAÇÃO BRASILEIRA" sugestivo texto que aqui reproduzimos.

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geram ouviu-se aquela vóz daverdade que iluminou geraçõessucessivas de discípulos, estru-tturou sistemas doutrinários, deuconsistência a instituições po-sitivas e foi diretriz de povose nações.Nas outras direções do mundoeste mesmo Portugal desdobrou-se em novos planos — em todoscs planos — mandando para aÁfrica, oriente e ocidente, aembaixada da santidade cris-tã na leva de missionários deque fizeram parte S- Antôniode Lisboa, S. Francisco Xavier,S. João de Brito, os Mártires doJapão, os Mártires do Brasil eD. Gonçalo da Silveira.E nas mesmas rotas hão par-tido e continuarão a partir ain-da deste Portugal para tantaparte os quadros mais comple-tos da técnica e da alma da ver-dadeira civilização: valores agri-colas, valores espirituais e ca-tólicos.E não haverá motivo de eu pen-sar no mistério de Portugal ouno Portugal de mistério? /Rio de Janeiro, 13-7-1951

Sebastião Bisbo da Beira

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Por VIOLETA de ALCÂNTARA

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6

A/° Primeiro domingo de Agosto, o Soly Y nasceu, mas não apareceu ! Nasceu nosbraços das nuvens cinzentas, que ou-trás nuvens mais escuras invejavam e peloque principiaram a chorar.Toda a gente elegante da cidade, de S Pau-Io, de Buenos Aires, de Montevidéu, que seencontrava n0 Rio para ir ao Jockey Club,acordou já de mau humor, de coração in-quieto, enervado. Os chapéus e os vestidosde Paris, as peles do — e... da — Cana-da, as jóias, as luvas, os sapatos — hoje,tao decotados como os vestidos, deixandoo peito do piá unicamente coberto (?) deinylon — que estavam a postos, logo indis-postos ficaram. Só os guarda-chuvas, deresto elegantíssimos, se sentiam... a gosto.Mas parece que o Sol conhece o Snr. João»Borges Filho, o ministro Cândido Lobo, oiSnr. Milton Maia — pessoas amáveis — eas aspirações de milhares de cariocas, pau-listas, argentinos, uruguaios atraídos pelo"Sweepstake". Essa aspiração é vê-lo bri-lhar, no primeiro domingo de agosto sobre& "pelouse" do Jockey. E êle, que no dia 5decidiu nascer escondido, brilhou na horado Grande Prêmio ! Apostou em "PontetCanet" — e todos nós saimos ganhando.

Gilberto Tromposky não teve que descre-,ver chapéus de "aigrettes" e de "tulles" or-valhados, vestidos de tafetá... bruscamen-te transformados em "moiré", nem guarda-chuvas abertos.Fechados, longos como bengalas finos comofloretes, são muito mais elegantes !O que estava na mão da Snra. Lená Ama-ral Nabuco de Abreu — elegantíssima figu-!ra de S. Paulo — que ao seu conjunto em,que dominavam discretos ouros ainda con-seguiu associar o doirado piedestal de umadas cadeiras de palhinha doirada da Tribu<na de Honra, era o príncipe dos guarda-chuvas ! Traçava uma linha de incompa-rável "chie" entre as mãos de Lená — todaa sociedade do Rio e a gente bem de S. Pau-Io lhe chama assim — e as pontas dos seus)sapatos, acentuando firmemente a distin-ção de um "tailleur" de mestre numa si-lhueta magistral, dentro do seu estilo, queé esportivo mesmo em vestido de baile. Es-teja onde estiver, Lená parece estar sem-pre nos salões e nos relvados da HípicaPaulista, como um rei está sempre em suacasa. — A propósito, que delicia, o film "LeRoi", com Maurice Chevalier ! —Enquanto "Fort Napoléon" demostrava serfraco na saia molhada. "Tirolesa" não va-lia mais a pena de gritar e "Pontet" ga-«nhava a ponta, eu tentava entrever essesfatos... hípicos e conversava com a amá-vel Snra. Simões Filho, a simpaticissimaesposa desse homem invulgarmente edu-cado — e educativo ! — que é o Ministro daEducação, no governo de um dos homensmais inteligentes do mundo, o PresidenteGetulio Vargas.A Snra. Simões Filho, que conheço há mui-

to da sociedade, como meu Pae conheceuos Simões Filho na Bahia, não se tornoudiferente porque o marido se tornou minis-tro. Esse é o melhor dos elogios !Entre os muitos paulistas, a condessa Gui-lherme Prates, com a sua tradicional dis-tinção e graça no falar, a encantadora Bia,Snra. Nelson Coutinho, com um chapéu de"mousselines", em azul-lilaz, a emoldura-*rem o seu riso radioso, 0 conde e a condes-sa Sylvio Penteado.Em cintilantes, mas sóbrios grupos do Rio,a Snra. Comte. Colazzo Pittalnga, vestidapor Christian Dior, com largos bolsos, lar-ga assimetria, e um chapéu forrado de "ai-grettes" de

"uma elegância introspectiva,

pode-se dizer, a Snra. Hortencio Lopes,que acaba de voltar de Paris, toda de pre-to, com uma guarnição original, pontilha-da de ouro, no chapéu, à maneira dos an-tigos "pregos de chapéu", a Snra. Colla-res Moreira, com esplêndidos brilhantes novestido e na "capeline" a Snra. Alfredode Sequeira Filho, com plumas e "vison"de qualidade, a Snra. Ministro Álvaro deTeffé, com um subtil chapéu de plumas)azuis e o seu belissimo casaco de "vison",que é um regalo vêr, e tem um regalo nãosó para ser visto, a Embaixatriz da Fran-ça, finamente de preto e rosa, a Embaixa-triz de Portugal de preto e pérola, a Snra-Jacques Vimont, esposa do conselheiro daEmbaixada Francesa, de um lindo azul noi-,te para aquele apaixonante dia.Como Proust ao descrever os vestidos e asplumas e as jóias das duas Guermantes —a Princesa e a Duquesa — eu desejaria de-morar-me nesta descrição. Mas falta tem-po, falta espaço ! E vou acabar, dizendo que,a tarde do "Sweepstake" foi um verdadei-rp poema... hipico.A chuva parou, os belos animais correramno belo prado, os sonhos correram também,e uma resta de Sol, preciosa, como numquadro de Corot, decidiu atravessar as nu-vens e aureolar os "tulles", as rendas, asplumast na floresta de chapéus que era a"pslouse", e eram as tribunas.

A Esposa flo Novo ImortalA qui vemos, junto do seu retrato, pintado^""^ por Silvia Meyer — excelente ae some-lhança e realmente, encantador de colorido,— a Snr. Maria José de Queiroz Athayde, eis.-)posa do jornalista e escritor Austrégesiló deAthayae, que a Academia Brasileira acaoade eleger. O substituto de Oliveira Viana foitscoiniao numa atmosfera üe simpatia, quenem sempre acompanha os pleitos acaue-micos.A Snra. Austrégesiló de Athayde recebeu, nai%oite do dia em que se deu a eieiçao. umgrande número de felicitações. Pessoas ami-gas, da mais alta distinção social, íoram re-licitar seu marido, e felicitá-la, na bela re-ddência do Cosme Velho, cheia de objetosde arte, e onde há outros quadros de SylviaMeyer — a "hostess", ainda solteira, e o re-centismo retrato de sua filha, Laura Cons-tança, um trabalho rico de expressão.A Snra. Austrégesiló de Athayde; tantas va-ses elogiada nestas páginas —' onde cadaadjetivo é refletido — tem importante açãoem diversas obras de assistência, como aPró-Misdre e a Associação das Bandeirantes.Cooperando sempre com seu marido, ela dáa impressão de alguém que nada mais tema fazer senão sorrir. Eis uma rara qualiaa-de — e uma expressão de grande delica-deza de coração, a maior !

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O RELÓGIO DE SÓLE AS RECEPÇÕES

El ímpossiyèl desenvolver os assuntos, quando onúmero de assuntos é tão desenvolvido comoem agosto no Rio !

Mês da " Grande Semana", grande mês de sema-nas multimilionárias de convites ! O " Relógio deSol", portanto, vae contar as horas de que dispõe,quero dizer as páginas !

UM JANTAR DIPLOMÁTICO

Ou, antes, para diplomatas, em casa do Dr. e daSnra. Antônio Augusto Xavier, que tanto bem fa-Iam da " Ilustração" aos seus amigos. Homenagemao ministro da Grécia ei à Snra. Economous-Gou-ras, ao Ministro da Yugoslavia, que se expressa emportuguês com excelpicional facilidade. Homenageaiintima, com a presença do novo Acadêmico paulistae da Snra. Fernando Nobre, da Snra. Aida Bian-chini. iA mesa estava posta em frejite de um deliciosoquadro "Le Souper", de Trinchart.A conversa foi animadíssima — o que é natural,com o espirito de peíssôas como o atual ministro daGrécia, que tem um sorriso "à Ia Voltaire", suaesposa, que é poetisa — o diplomata Yogoslavo,tão observador, o Dr. Fernando Nobre, tão bomconversador como notável estudioso e creador, atéproposto para o prêmio Nobel da Paz, em matériade sistemas de governo, a Snra. Mára de AlmeidaNobre, cujo sorriso, só por si, vale uma frase deSacha Guitry, a amável Snra. Bianchini, da Fa-culdade de Filosofia. E' claro, os donos da casa,sempre ao par de todos os temas interessantes paracomentar. \Houve ótimos pratos, divertidas explicações de es-pecialidades brasileiras, yinhò.s oportunos, e o sem-pre oportuno "champagne". Depois do jantar, osconvidados estrangeiros quizelram ver os sonetosde Antônio Augusto Xavier, escritos em francês epublicados há tempos pela "Ilustração Brasileira"que se mostraram encantados de conhecer.A Snra. Marina Batista Xavier, amabilissimaanfitriã, trazia interessantes jóias antigas.

EM CASA DE LÉOPOLD STERNí

O escritor Léopold Stern é sua esposa, que antesviviam em Paris e agora vivem no Rio, onde êleescreveu " Rio de Janeiro et moi", ofereceram um"cock-tail", justamente antes do jantar dos Xa-vier, ao qual se seguiu, na A. B. I., o concertode.música brasileira da Snra.' Rosita Fonseca, ar-lista e senhora que recebe aplausos, e flores dignasda sua voz, sua expressão e seu luminoso encantode creatura bela que não tem nada que invejar.Nos largos e bem arranjados salões do seu aparta-mento, que já descrevi nestas páginas, com os seusquadros, rumenos, brasileiros, — por exemplo um,lindíssimo, riquíssimo de flores azues, de Paulo Ga-garin — franceses, o Snr. e a Snra. LéopoldStern, a loira e amável Snra. Gigy Klein, enteadado escritor e sua filha Odette, receberam com apre-ciàvel cordialidade e... excelentes salgados, inevi-tajvelmente doces para que!m tem apetite e gosto.O conjunto dos convidados era também cordial, ele-gahteí e brilhante como as esplendidas jóias dàSnra. Estelle Stern. Lá estavam, por exemplo, oEmbaixador da China e a Snra. Shen Chin-Ting,o Embaixador do México e Snra. de Villalobos, oministro dos Países Baixos, Snr. T. Schurman, orepresentante da índia, Sr. A. Shah, 0 ministroAtaulfo de Paiva, o Dr. E. de Miranda Jordão, oMinistro do Haiti e a Sra. Pierre Rigaud, o acade-mico e a Snra. Cláudio de Souza, o ministro RaulMachado, o acadêmico e Snra. Oswaldo Orico, oProf. Aloysio dé Castro — atual Presidente daAcadeimia Brasileira de Letras — o acadêmico(inda, então, em perspectiva, mas tão votado portodos) e a Snra. Austregesilo de Athayde, o Prof.

e a Snra. Manuel de Abreu, o Snr. J. Epstein, aSnra. Fernando Caldas, o Dr. Humberto Gotuzzo,o Dr. Antônio Augusto Xavier — antes de irpresidir ao seu agradável jantar — o Snr. e aSnra. Adolfo de Alvim Menge, o Cel. e a Snra.Edouard Ressel, o Dr. e a Snra. Pedro Vergara,o Snr. e a Snra. Paulo Gagarin, a Snra. ChrysoFontes, o Snr. e a Snra. Carlos Meneger, o Dr.Ladislau de Torok, a Snira. Málvina DolabellaPortella, o Snr. e a Snra. A. Reiner, a SnraBebê Lima e Castro, o Snr. e a Snra. Mariatis, o

30 Ilustração Brasileira

Snr. e a Snra. Meirelles, o Snr. e a Snra| LygioSnr. Souza Mello, a Snra. Maria de SouzaMendes, o Snr. Raul Azevedo, o Snr.Leopoldo Gotuzzo, a eminente declamadora Marga-rida Lopes de Almeida — conversando com o pintore jornalista Gilberto Trompowsky — o Snr. MeiraPena, a Snra. Ritinha Seabra, o Snr. e a Snra.Cláudio de Almeida, o Snr. e a Snra. Murat doPilar, a pintora Maria Margarida — Snra. Sou-telo — e mestre Ismailowitch, que chegavam quan-do eu saia. Ismailowitch estava acabando de pin-tar, por esses dias, o retrato da consagrada roman-cista e jornalista — que riqueza, o seu "Jornalzi-

nho pobre" do Jornal do Comércio ! — DinahSilveira de Queiroz, bonita como uma artista deHollywood — a nossa Greer Garson, pela distinçãona mocidade —- ela vae a Paris assistir ao lançarmento do seu livro "Margarida La Rocque". Umsucesso para o Brasil e uma alegria para mim, quetantas vezes escrevi a seu respeito, desde a triunfalpublicação do romance "Floradas na Serra".Por estar ainda incompleta listas de 'convidados,não custa a imaginar o que foi a recepção do escn-tor e da Snra. Léopol Stern.

O "COCK-TAIL" DE MAGDATAGLIAFERO

iA célebre pianista Magda Tagliaferro — " Magda,

Ia magicience", chamava-lhe o ilustre, critico EmileVuillermoz — e seu marido, o Snr. Victor Konn,residem agora num apartamento em Copacabana.Rua Duvivier, último andar, largos terraços, nadade visinhos a tocarem mal, e Magda a não podercorrigi-los ! Somente o azul, a vista do mar, oesplendor de papoulas e geranios que está no ver-melho de alguns dos estofos do salão, todos eles

para combinar com a ruiva cabeça e a esplendidapersonalidade Ida dona da casa. Entre os convida-dos, a Embaixatriz da França, o Príncipe e aPrincesa Roman Sanguszko — de volta ao Rio —a jovem e notável pianista Maríe Therèse Four-neau, a Snra. Madeleine Lacroix — sempre tão ele-gante e de original coniversa — o Sr. ArnaldoGuinle, o Snr. e a Snra. Suarez de Mendoza, aSnra. Gabrielle Mincur, da Embaixada da França,o Dr. Ladislau de Torok, o Snr. André Lage, oSnr. e a Snra. Kamena, a Snra. e a Sta. Mèghe.O "cock-tail" foi em honra do notável crítico do"Figaro", Bernard Gavoty. Critico musical e su-perior conferencista, que ouvimos falar de Chopin,num programa da Cultura Artística — sempre ahi-mada pelo incansável sorriso e incansável atividadedo Snr. Botelho — acompanhado pelo pianista Jac-ques Dupont, fino sublinhador de intenções no te-ciado.Magda Tagliaferro, de azul noite com uns tonsrubros, ligeiros, matinais, flornido a seda lisa, nãotocou, mais foi, a cada instante, uma vibrante notamusical nos salões fclaros. Em Magda Taglaferro."Les couleurs et les sons se répontient" magnífica-mente. iO teclado parece estar nas suas mãos, sob as quaesas teclas de marfim, súbita e adequadamente •— secolorem de rubis, safiras, esmeraldas, águas-ma-rinhas. Manuel de Falia,, Mozart,, Chopin, De-bussy, todas as jóias da música, todas as cores so-nhadas.

i

OS MIKÓVENYI DE BREZNOBANYA

Um nome difícil, mas não para quem estiver habi-tuatío aos nomes e títulos da aristocracia austro-húngara,, da qual hoje se encontram entre nós di-versos representantes, trabalhando corajosamente,discretamente, sem se queixarem das passadas ri-quezas perdidas, passadas honradas, passado poder.A hora do chá, a Snra. Gerty Mikóvenyi dei Brez-nobánya e sua filha Marion —. de tão lindos olhosclaros — receberam há dias um grupo de senhoras.Móveis de palácio num apartamento de Copacabana— apartamento novo, e moveis reencontrados —quadros de mestres, porcelanas, pratarias, gravu-ras francesas, paramentos preciosos, anjos doiradossobre as portas, brazões — e uma distinção corres-pondente. iExcdfente chá, finíssimos doces feitos em casa,uma atmosfera intima e inteligente. A Snra. FranzRitter Seemann Von Trenenwart, mãe da dona dacasa. Uma condes~sa Karolyi,, uma. baroneza Haupt,a Snra. Prof. Manuel de Abreu, a Embaixatriz doPeru, a Embaixadatriz do México, as Stas. An-gelina e Andéa de Morgan Snell, a marqueza deCatanneo Adorno, a Snra. Prof. Olympio da Fon-seca Filho, a Snra. de Gilbert, mãe de um jovemdiplomata argentino, e rodeada pela simpatia ge-

ral e a geral tíeferencia, a Princeza Olgicrd Czar-toryski. Além de estar ligada eplo casamento auma família de raizes rdais da Polônia, a Princesanasceu arqui-duqueza de Áustria. Simplesmente !Despretenciosa tomo quem não tem mais que pre-tender, a Princesa Czartorska — é assim que seescreve, citando somente o nome de família,' naPolônia — reside hoje num apartamento de Co-pacabana. Um prédio elegante, é claro — pertenceaté aos Silva Telles de S. Paulo e moram lá unsAlves Lima — porém bem diverso...Enfim, não partamos "A Ia recherche du tempsperdu" senão quando lermos e relermos Proust.No chá das Mikóvenyi de Breznobánya, e nas tor-radas, ha|via um sabor de que me lebrarei maistarde, e refará, então, a tarde amável que foi essa,edmo o célebre sabor da "petite madeleine" mo-lhada no chá de tilia de Proust.

A POETISA BEÀTRIX DOS REIS —CARVALHO E A FESTA DO SEU

\ ANIVERSÁRIO

Festa simpática, uma festa que encheu as salas, deuma residência onde tudo revela o amor pela famí-lia, as coisas delicadas, os sentimentos superiores.A mãe da poetisa e sua irmã são encantadoras.O bolo de aniversário mais parecia uma vitrine delivraria. A cronista Dyla Josetti descreveu-o bem,falando nas suas fitas com o nome de livros, a suadoçura... literária. A autora de "Eterna presen-ça", Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira— e " Sob a luz de um novo Sol", parecia emo-cionada ao receber os parabéns de pessoas amigascomo a Snra. Tetra de Teffe, ministro Raul Ma-chado, Maria Margarida, mestre Ismailowitch. Em-baixador de Teffé, Comte. Olavo Dantas, do diplo-mata Manuel dê Teffé do poeta Jansen de Melo,de uma pequena multidão afetuosa.A poetisa de "Rosas Vermelhas", da coleção Poe-sia Viva, trazia no seu vestido cinzento, rosas na-turaes, vermelhas, eme valiam por uma nota deviva poesia no conjunto, de um tom que as ma-ilhas do Leme, onde1 ela mora, freqüentemente têm,quando passam as "Manhãs" sem nenhuma "HoraAzul". • i ... ,

1

EM HONRA DO NOVO IMORTAL

A Snra. — a Dra. — Malvina Dolabella Portella,para escrever... Direito, ofereceu a primeira festaem honra do novo eleito da Academia Brasileirade Leltras e da Snra. Austregesilo de Athayde.Foi uma reunião elegante, e musical, pois a filhada^ dona da casa e a filha dos festejados gostam démúsiba 'e sabem |tocá-.la e caftta-la com )a suagraça adolescente.A Snra. Rosita Fonseca também prestou o seunotável concurso, estando ao piano Mario Azevedo.Um bolo extraordinário, com a imagem de Aus-tregesilo de fardão bordado — jamais via a fardaacadêmica ficar pronta tão prontamente — e, na-ruralmente, para guardar ! Excelente iguarias, deco-radas com flores... da arte de cozinhar, jarroscom plantas tropicais, de folhas habilmente pinta-das.Austregesilo de Athayde encantadissimo, sua espo-sa encantadissinia e encantadora, de azul, pérola erosa, Laura Constança, a filha, com um modelooriginal, próprio da istia idade — que ultrapassa,quando canta, numa atraente voz grave, cançõesda eterna França — dezenas de personalidades.Por exejmplo, o ministro Geraldo de Mascarenhase Snra., o Ministro das Relações Exteriores e aSlnra. João Neves da Fdbtoura — as citaçõesaqui, estão feitas ao acaso xlos encontros — o mi-nistro João de Coelho Lisboa, o Reitor da Univer-sidade e a Snra. Pedro Caímon — trazendo umprecioso "manteau"

platinado, talvez único no Rio— o amável conde de Casa Rojas, Embaixador daEspanha, e sua filha, a Princesa Birancovan, oadido cultural espanhol, esse inconfundível GarciaVinalos, o Secretario e a Snra. Geoffrey Stow, essesgrandes amigos do Brsail e de Portugal, falando onosso idioma na perfeição, o Dr. e a Snra. CarlosLuz, sempre tão distintos, õ' General João de Men-donça Lima e a simpática Snra Mendonça Lima, oDr. e a Snra. Christiano Machado, o Snr. e aSnra. Euvaldo Lodi, o Snr. e a Snra. Manuel Fon-seca Guimarães, 0 Snr. e Snra. Olinto da Fon-seca, o Snr. Walter Moreira Sailes, o Snr. e Snra.Lauro Salazar, o Snr. e Snra. Afonso Pena Ji\,o Comandante e a Snra. Colazzo Pittaluga, oComdr. e a Snra. Oswaldo Riso, o jornalista As-sis Chateubriand, que — extraordinário caso, se de-morou algumas horas, sem ir do Rio a São Paulo,

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do Rio a Paris ou de Londres a Lisboa, de Lisboaa Madrid, de Madrid a Roma, de Roma a NewYork ! — o acadêmico e a 'Snra. Levi Carneiro, o aca-demico e a Snra. Cláudio de Souza, o 'Shr. e. Snra.Leopoldo Stern — que brevemente publicará umlivro êm Paris, o Shr. Gilberto de Trompo.wskyLivramento, o Snr. e a Snra. Murilo de AlmeidaReis, o Snr. e a Snra. Alberto Monteiro da Silva,o Dr. Ladislau de Torok, o Prof. Josué de Cas-tro, a Sta. Léa Dolabella > Portella,.—; tão parecida .com a deliciosa Jacqueline Delubac — o Snr. e aSnra. Gilson Amado, o Comdr. J. da Silva-Fon-selea — ouvido, feliz, os elogios a sua esposa, Ro-sita Fonseca, — o Snr. e Snra. Cláudio de Almea-da — linda, de azul e vermelho —o, Snr. e a SnraFrancisco de Souza Brasil, o Snr. e a Snra Eduar-

• do Alvim Correia, o adido de Imprensa à Embai-.xada da França, Snr. Le Prevost, o Snr. MeiraPena, a Sta. Dominique Martin, jornalista de Pa-ris, com um modelo em cinzento e verme.ho —

- tons ideais.' pára andarem juntos, —- ò Snr. e aSnra. Harnisch, o Snr. e a Snra. Fiúza Ramos,o Snr. Cândido,de Almeida Reis. . Ministros, em-baixadores, escritores, artistas, deputados, uma

.reunião de inteligência è de poderio, de elegância ede amisade, bem merecida pelo novo imortal e suaesposa. . .;.... _ ... '...•_ j

Vestindo um. vestido de amplíssima saia de tulle,com um "bouquet" de diamantes no decote, a Dra.Malviná" Dolkbdla Portella não parava um mo-mtinío, .e o seu bonito riso era admirado'pelos con-vidados, assim como o cintilar. das suas jóias e aviveza da sua personalidade.

.•O SNR. E A SNRA. GEOFFEY STOW

I... convidaram um grupo de amigos para encontraro comandante Christopher Powell, Secretario da" Anglo^Brazilian Society" de Londres, na sua re-sidencia do Leblon, que é agradável como eles. Umconvite para o dia 21 de Agosto, o dia em que, demanhã, escreVo estas notas*--... .., _[J

/CFIEVALIER, "O REI"... DA

MOCIDADE.

Maurice Chavalier vq"o .ao Rio, cantou, sorriu,atraiu multidões, viu o drama dos sem visão e deuaquele memorável recital no Teatro Municipal, sobos auspícios do ilustre ministro Simões Filho —eu tinha ido cumprimentar a Snra. Simões Filhono seu camarote, quando Chevalier, esse "homemcordial" da cena parisiense, e universal, se dirigiuaó Ministro da Educação, em palavras de tocantedelicadeza e cativante "à propôs" — e deu a todosnos uma lição de mocidade. Ágil da cabeça aos pés,Chevalier não tem idade — e mostra que o mesmonos podo acontecer, se quizermos J.Aparecendo depois, nas telas, fazendo o papel de'"Le Roi", deu-nos desejo de gritar, como a sua

\ inesperada admiradora, "Vive le Roi" J O Rei daCanção de Paris, o rei da mocidade aos... que meimporta a idade dele ? Os homens ^ as mulheresde dspírito, de gosto, de alma generosa, não tem,realmente idade. O tempo vivido é tempo adquiri-do, não perdido tempo J

"LA ROSE ROUGE" NOS JARDINS DAEMBAIXADA DA FRANÇA

" Une Soirée à Paris", dizia o convite do Embai-xador e da Snra Arvengas.Todos receiajvam a chuva, mas a chuva — que nãoé tão má como parece — poupou a festa e a apresen-tação dos artistas de "A Ia Rose Rouge" floriu depoemas e canções e pantomimas de Mareei Mar-ceau, o grande jardim da Embaixada da Praia doFlamengo. Que ternura em '•Barbara",

que fanta-sia e qüe emoção nos " Poèmes pou a rire et pourpleurer !" Que espirito o dos "Fréres Jaques".no seu "argot" e nas suas imitações de clássicos !..E que beleza em Rosy Varte, ao dizer versos eapresentar números e, depois, nos salões da Em-baixada, repletos de elegância e notabilidades, comum outro vestido, todo vermelho-escuro até a altura

.dos joelhos, de onde Com arte de alta costura, partia.uma saia de cauda lateral, num tom de vermelho

.subtilmente mais claro ] Nem uma jóia, nem um•enfeite j Apenas a beleza morena de Rosy, o sim-bolo de "La Rose ! Rouge", rosa de França nosjardins do Rio.

Bravo ! — é o que se pode dizer aos artistas, Eobrigado, " mille fois merci", aos Embaixadores.

O RELÓGIO. DE SOL E OS LIVROS"POEMAS" DE ANA AMÉLIA

Novos poemas, editados pela Livraria da Casa doEstudante, a que ela preside. Poemas ilustradospelo talento de Pernambuco de Oliveira e Atayn."Poemas, da . Terra e do homem". "Poemas enu-teis"'(?!) "Algumas traduções", assim se divideo livro. Leiam, Como eu li, "A caminho do RioDoce", " Não olhes os homens com ironia", " Sonhoinútil", "Veio do Mar", "Duas.faces" — que umnotável "croquis" ilustra — "Minha filha peque-nina" e, como eu, decerto dirão — Admiráveis, ad-miraveis, os " Poeimas" de Ana Amélia ]"Acorda, coração !" de Suzana de Campos veiode São Paulo, para receber o prêmio de Poesiada Casa de Machado de Assis. E o seu livro" Canta, Coração !", vaio ao meu encontro por in-

¦ termédio de Beatrix dos Reis Carvalho, e com umasimpática dedicatória.Versos lindos, cantantes, cheios de coração, porexemplo, " Porque estás sejmpre comigo", e " Minhacanções de amor" e "Em meu jardim". Poemasconsagrados . — editatios pela livraria Martins,uma apresentação cuidada.

"ROMA ! ROMANOBRE-

DE FERNANDO

O novo imortal paulista, Dr. Fernando Nobre, da"Academia Latinitati Excolendae", e a que/m sedeve a creação dos Institutos de Demofiloeraciapara a Paz Universal, pelo mundo afora, publicouum livro de notas de viagem — "Roma ! Roma P',O Dr. Fernando Nobre até já foi proposto parao Prêmio Nobel da Paz, e os seus trabalhos sãotodos de eleivado objetivos, de ampla cultura. Figurade prestigio em São Paulo, vem recebendo laureisde Roma, creando Institutos em New York, emParis — e mesmo inspirando governos ! Em SãoSPaulo, na Avenida Higienopolis, se encontra aSede Internacional do Instituto, que editou " Ro-ma l Roma !".

O RELOGIO DE SOLE AS CONFERÊNCIAS

JÚLIO BARATA E OS EXISTENCIALISTAS

O rnlinistro Júlio Barata, que já está sendo jul-gado, com justiça, um dos nossos anais completoscenferencistas — aliás, nos E. Uunidos, obteve umêxito que não é fácil, pois que os norte-americanosfalam com rara facilidade e economia de tempo —foi convidado pelo Dr. Cláudio de Souza para sau-dar, no concorridissimo P. E. N. Club, o existen-cialista Gabriel Mareei. Gabriel Mareei, o existen-cialista católico, é o mais "católico" dos exis-tencialistas, esses pensadores que existem, parece,para nos desgostar da existência !O ministro Júlio Barata realisou, no mesmo e su-per-lotado salão, uma palestra memorável sobre oexistencialismo de Gabriel Mareei, que é felizmen-te, o da esperança. Pensamento e estilo, voz e ex-pressão de olhar tudo se combinou para tornar essapalestra uma importante fala sobre a moderna efaladora filosofia.

CECÍLIA MEIRELLES E OSINCONFIDENTES

No Liceu Literário Português, a que preside oComendador José Rainho, e para o Instituto de Es-tudos Portugueses Afrânio Peixoto, a que preside oMagnífico Reitor e magnífico orador que é o acade-

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mico Pedro Calmou, Cecília Meirelles, o poeta de"Viagem" e de "Vaga múáica", a professora sem-pre estudiosa, falou de Thomaz Antônio Gonzaga.E falando dele, do seu tempo e dos seus contempo-raneos, demonstrou que é bastante semelhante o"Retrato de Cecília Meireles", que um dia esbocei:

No olhar, uns lagos,Sorvendo tragosDe oceanos magos.

Na força estranhaDo perfil, ganha .,-,..Rocha e montanha 1 _£&y, \

No riso restaUm sol de frestaNuma fioresta. -•-. ¦¦. • r. '

Vaga, diretaVária subtil,Cecília é poetaE é um Brasil.

Realmente, vária e subtil, com os olhos vagos e opeirfil preciso, CeciÜa Meireles .pintou um quadro'da época dos Inconfidentes' —- e íoi um-renascimentoda época, no severo salão de Cortinas vermelhas e demóveis escuros, com o seu belo painel de azulejos.No final, a palavra de ouro do comentário dePedro Calmon, depois das sonoras palmas do pú-blico.

"CROQUIS" ;

As vezes digo a mim mesma se para alguém quebiografias em páginas literárias dizem ser "poe-tisa", jornalista, oonferencista,. e, agora, vaujtonade teatro", não será futilidade fazer crônicas mun-danas e desenhar estes " Croquis'Y Pergunta' semconvicção, há muito respondida pela interrogada !...Crônicas sociais são páginas da vida que vive umasociedade, que nós vivemos. E o que existe demais sério do que a nossa vida ? Se por causa deum nariz mais ou mQnos longo várias coisas po-dem mudar de feição, por causa de um " cock-tail" mais ou menos prolongado, os destinos po-dem mudar de rumo. Se não fosse uma festa emcasa do então Cônsul da Hungria em São Paulo,o Dr. Lajos Boglar (uma festa, coisa divertida,uma das chamadas coisas fúteis)' quem escreve es-creve estas linhas certamente não seria hoje ca-sada com quem é ! E feiizmente, a despeito da,smaluquices cinematográficas... e outras, o casa-mento não entrou ainda para a lista das frivoli-dades ,Ao desenhar estes " Croquis", eu sinto-me. e sou !— o romancista que descreve os seus personagens,define os tipos, interpreta as intenções, tenta fazerver aos elitores uma figura significativa no cenário

" em que se move. Todo o romancista verdadeiro émuito pintor, como todo o pintor é muito róman-cista. E um e outro se sentem felizes com a se-melhança, a força que possa revelar-se em rápidos"Croquis". , .

Em casa da Snra.. Malvina Dolabela Portella,durante a homenagem elegante ao novo imortal bra-sileiro, Austregeistilo de Athayde — aliás, dignode renome internacional — a Snra. Oswaldo Riso,que recentemente esteve na Europa—estava com umvestido de Grès que conseguia que conseguia reah-zar esta contraditória maravilha — ser todo depregas e... não fazer uma ruga ! Todo branco,todo êle rigorosamente ajustado a uma silhueta di-reita como a das belas árvores que são, o modeloparisiense modelava, naquele salão enfeitado de es-tatuetas de formosas porcelanas, uma nova e nota-vel estatueta.Com o seu olhar misterioso, o seu sorriso claro —e aquele vestido a Snra. Camelia -Oswaldo Risoera um encanto para os olhos.

O interessante palanque imaginado pelo arquitetonando Vc&lcntim para a elegantíssima festa

Show*' na Sociedade Hipica Brasileira.

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A escritora Violeta de Alcântara Carreira (Snra. Ladislau de To-¦roki) falando sobre a personalidade do Dr. Laureano, antes de lera sua pega "Se Mamãe casar", cm beneficio da Fundação que temo nome daquele extraordinário médico brasileiro,'

Um aspecto da assistência, vendo-se na primeirafila, à direita, a Princesa e o Príncipe OlgierdCzartoryski, o Snr. c Snra. Frans Ritter See-

mann von Trenoiivart, a Snra. Mikovcnyi deBresnobanya c sua filha Marion, durante a lei-türa das palavras de Violeta de Alcântara Car-rcira,, nossa colaboradora, sobre o Dr. Laureano.Palavras que segundo o ilustre cronista Huni-berto Gofuzzo "em todos espelharam uma

emoçãd que ricocheteava sobre a própria auto-ra, cujos olhos as lagrimas marejavam".

Noutras filas, à direita para esquerda, aSnra. Comendador Gomes Barbosa, a Snra. Arí-¦nita —João Lusoi a Snra José Ribeiro,- o pin-tor José Ribeiro, o Dr. Antônio Augusto Xa-vier, o Comandante e a Snra. Mario ColazzoPittaluga, e Snra. Amalia de Souza e Silva Vci-

ga, o pintor e escritor Raul Pedroza, a SnraOlga Mqry Pedroza, a Snra. Michcl B, Ka-mcnka, a Snra. Antônio Augusto Xavier, e

Snra. Alfredo de Sequeira, a poetisa Beatrizdos Reis Carvalho, o Snr. c a Snra. Lygio deSouza Melo, entre outros.

E m Beneficio d aFundação laureanoLeituia da psça de Violeta de Alcântara Carreira

na A. B- I.

¦i ia 14 de Agosto, às 17 e 30 horas, realizou-se essa leitura

L) que toda a Imprensa elogiou, dedicando também amáveid

palavras à "ILUSTRAÇÃO BRASILEIRA", da qual a autora é co-

Jaboradora.Nomes dos mais destacados da sociedade compunham a Comis-

são de Propaganda.Todos os jornalistas foram especialmente convidados. O Snr.

Jack S. Peliks, membro da Comissão, ofereceu diversos objeto*

de alto gosto, para serem vendidos para a Fundação Laureano.

O Snr. Antônio Pedro, da õasa éHítôrã'Livros de ~Porfugal'.. exem-,

plares de várias obras interessantes e da nova revista Padrão.

A Snra. Ladislau de Torok, dez exemplares do último livro d©João Luso, "Quatro conferências", em nome de sua mãe, a Snra.Alcântara Carreira, que reside em S. Paulo.Como é sabido, o escritor Alcântara Carreira foi muito amigo doacacTémico João Luso, outro élo entre Portugal e o Brasil, na lite-1ratura e na sociedade.

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Foto tomada quando as personalida-des reunidas no Auditório da A.B.I.para ouvir a nossa colaboradora, apoetisa, jornalista, conferencista e au-tora teatral Violeta Alcântara Car-reira, aplaudiam os seus comentáriossobre o Dr. Laureano.

Da direita para a esquerda, alémdas pessoas já citadas a Viuva Bcn-jamim Batista, a poetisa Marita Vi-neli Batista, o Secretário da Em-baixada Britãnya e Snra. Stow, aSnra. Louise Henrictte Chouffour, aSnra. Alice Reichner Hcnriqncs

a Snra. Antônio Cícero.

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Maliciosa c tão juvcnilmcnte risonha, Sta. Lúcia Cantalice, apresentandoo conjunto "Je ni'en fiche!" Mas nem os remendos nem a corda emvez de cinto diminuíram o seu "chie" !

Na Sociedade Hipica Brasileira"Dog Show", elegante festa de beneficência

Nesta foto inédita, as Stas. Ce-rina Baldo e Maria Cristina Ca-margo de Almeida, no número" Un temps de chien". Mas desdeos sorrisos até ao guarda-chuva,dos sapatos até ao fc\:inho dogracioso cachorro de pelo rlaro,tudo parece brilhar de sol !

Realizou-se em Julho essa festa, da qual damos diversa;*fotos, amavelmente cedidas pela revista "Rio", da qual é dire-tor o escritor Henrique Pongetti.

[qui vemos, no decorrer de uma festa elegante, o arquitetoe decorador Fernando Valcntim, a quem um grupo da socic-dade recentemente pediu que desenhasse o palanque para umelegantíssimo desfile. "De palanque", êle desenhou. O des-file modelar foi . . . modelar. As senhoras c moças da so-ciedade apresentaram-se, na generosa festa da "Hipica",

vestidas cm harmonia t?om os cachorros de raça que apre-sentavam, pintagaldam\entc, dàlmacianamcnte,de branco e preto, as outras, doiradamente,carteira e " scttcrmcntc", de tons unidos, comoalguns costureiros de Paris. A cronista nãoesteve na "Hipica", estando ainda, então,adoentada, mas ouviu os mais lisongeiros co-mentários de gente muito exigente. Que serepita o "Shou,,J com as suas damas e osseus "dogs".

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Gninde elegância, neste conjunto de linhascsgalgadas — a Snra T. Ê. Duvivier, nonúmero chamado " Appassionata", comdois esplendidos exemplares de raça.

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£)<* direita para a esquerda, oEmbaixador Antônio de Pa-ria, saudando (?om a sua jáfamoM afabilidade um dosconvidados, o Ministro dasRelações Exteriores, academi-co João Neves da Fontoura, oDr. Vargas Neto e o Dr. Os-zvaldo de Sousa Silva, diretorda "Ilustração Brasileira1' cPresidente da Associação dosArtistas Brasileiros, que acabade regressar ae uma viagem àEuropa tendo-se demorado ai-gumas semanas em Portugal,onde foi carinhosamente rece-biáo.

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Embaixador de Portugal e a SenhoraAntônio de Faria deram, na tarde de30 de Agosto, uma recepção que foi,

ao mesmo tempo, grandiosa, elegantíssimae simpática.Três características difíceis de reunir, pois,em geral, a grandiosidade prejudica a im-pressão de alta elegância e o tom cordialdesaparece em salões enormes como o doCopacabana Palace. Mas, graças à finura.e,amabilidade do Embaixador, a gentileza daSenhora Antônio de Faria — tão requinta-da nas maneiras e na arte de receber comode vestir — e às atenções de todos os quecompõem .a representação diplomática dePortugal no Brasil ,fói conseguido esse pro-difêio !A presença da Embaixada Universitária deCoimbra — notável por muitos motivos,desde o ilustre Reitor Prof. Maximino Cor-reia ao Prof. Pereira Dias e ao Prof. Lopesde Almeida, e desde o Prof. Eduardo Cor-reia aos'mais jovens alunos, moços e mo-ças de capa e batina — despertou enormeentusiasmo.Figuras do Corpo Diplomático estrangeirodo Itarriaratí, da alta sociedade carioca edos mais brilhantes meios portugueses doRio cercavam mestres e alunos de uma at-mosfera de admiração e enternecimento. Asseculares tradições da Universidade de Co-imbra, e as qualidades científicas e artísti-

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GRANDIOSA RECEPÇÃO DO EMBAIXADORDE PORTUGAL NO COPACABANA PALACE

O Embaixador de Portugal bebendoa saúde do Presidente da Repúblicado Brasil, após cumprimentar a fi-lha do chefe da Nação e esposa doGovernador do Estado do Rio, Sra.Alzira Vargas do Amaral Peixoto.Vemos H» (direita d*&te expressivoinstantâneo a Snra Raul do Ama-ral Peixoto.

Reconhecemos., entre numerosas personalidades, da direita para a esquerda, oilustre pintor Oswaldo Teixeira], o escritor José Lins do Rego, potável rtmancist»c jornalista que está escrevendo sobre Portugal, o Dr. Paschoal Carlos Magno,diretor do Teatro do Estudante do Brasil, o Dr. Leonardo Jorge Pessoa Lopes,cujo discurso de saudação à Embaixada Universitária, no Gabinete Português

de Leitura, ficará memorável, o estudante Branquinho, que interpretou fadosde Coimbra com bela vos e muita pocsia *— o Snr. Marques da Silva, a npssacolaboradora Violeta de Alcântara Carreira, Snra. Ladislau de Torok, a Snra.Miguel Trigueiros e a Snra. Joaquim Campos.

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C7;n estudante de Coimbra conversa \:om uma fo-vem à'o Rio enquanto um par sorridente os observacom simpatia.

cas dessa Embaixada realmente extraordi-nária, bem merecem o entusiasmo que es-tão aqui despertando.A recepção do Embaixador de Portugal e daSenhora Antônio de Faria distinguiu-se,também, pelo fato de lá terem estado, e seterem demorado, as principais figuras donosso Governo, desde o Ministro da Educa-ção, Dr. Simões Filho ao Ministro das Re-íações Exteriores, o acadêmico Dr. João Ne-ves da Fontoura-'O Governador do Estado do Rio e sua Espo-sa, Snra. Alzira Vargas do Amaral Peixoto,compareceram, e cordialmente conversaramcom os professores e os estudantes portugue-ses, sendo alvo das mais constantes atençõespor parte do Embaixador e da Embaixatriz,assim como dos Senhores Drs. Lencastre daVeiga, Herculano Rebordão — o notável poe-ta e Adido Cultural — e Trigueiros de Ara-gão.Também os membros do Consulado chefiadopelo Dr. Carlos de Castro, se fizeram notarpelas suas amabilidades para com os home-nageados e convidados.O vasto salão estava decorado com inúmerosjarrões em que se destacavam belas folha-gens, modernamente avivadas de coloridosoriginais; e as mesas, dispostas ao longo dasparedes guarnecidas de excelentes pratos de;doces e salgados, numa apresentação dignados Latel de hoje.Bandejas de vinho do Porto — o famoso vi-nho português que o mundo inteiro conhe-ce — "champângne", "whisky", e os nossosmelhores refrigerantes, tão apreciados pelosestrangeiros — circulavam sem cessar, nasmãos de "garçons" bem dirigidos.

Da esquerda para a direita, o Embaixador Pontes^de Miranda, o General Ciro de Rezende, chefe de\Policia, o tenente-Coronel Caio de Miranda, dire-toir da Agencia Nacional/, a Snra. Tnte. Cel. Caiode Miranda a Snra. Dr. Raul de Amaral Peixoto,a Snra. Sylvia Farrula de Souza e Silva, o Dr.

Osivaldo á'e Souza e Silva,e o Dr. Raul do AmaralPeixoto.

Enfim, uma festa inol vida vel, um êxito sobtodos os aspectos. Uma festa a que podemosdedicar, sem receio da menor idéia de ex-Ocesso, devido à tradicional simpatia destarevista pelas coisas de Portugal, os maioresadjetivos.

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Paula> filha do casal Dr.Antônio Pedro de Souza eSilva.

Livia, filha do casal LuizFernando Farrula Vieira deCastro.

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José Antônio Maria, filhodo casal Cônsul CelsoAntônio de Souza e Sü-va, Secretário da Delega-ção Permanente do Brasilem Genebra.

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nalísticas e radiofônicas, não tar-dou em dar sentido novo àqueladependência da Central. E já agora,decorridos poucos meses de sua es-tada, eis que nos é dada a grata no-tícia da inauguração de suas novasinstalações.

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O Snr. Diretor a'a Central do Brasil to-mando conhecimento das funções damesa de controle do estúdio localizadono 7.° andar sala 710 do Edifício D.Pedro II.

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Ei sempre com invulgar simpatia

i que recebemos as notícias refe-rentes ao progresso radiofônico. Porisso é que nos reportamos hoje aosacontecimentos renovadores na Cen-trai do Brasil, com a festiva inaugu-ração de suas mesas amplificadoras.Tal acontecimento, devêmo-lo ao es-pírito renovador do atual diretor daquela ferrovia, Coronel Eurico de Sou-za Gomes Filho, que em boa hora co-locou a testa do Serviço de Turismoe Publicidade (órgão de ligação entreo povo e a administração) o seu atualchefe, o jornalista Evandro Requião.Profundo conhecedor das causas jor-

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CENTML 00 BRASILJá pela manhã era intenso o movi-mento nas estações de Madureira,Cascadura, Meier e D. Pedro II, locaisque seriam mais tarde beneficiadoscom as novas instalações ditadas pelanecessidade pública. Intenso, pois, foio número de pessoas que presencia-ram os atos inaugurais, e que foi feito;sucessivamente nas respectivas esta-ções, tendo em todas elas feito uso dapalavra o nosso colega Evandro Re-quião.

Coronel Eurico de Souza Gomes Filho assiste QoShow, oferecido pelo Serviço de Publicidade cmcomemoração ao acontecimento.

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Às 17 horas, deu-se, então, as anun-ciadas solenidades de inauguraçãoda mesa controladora no 7.° andar,bem como de seus estúdios, com apresença do Coronel Eurico de Sou-za Gomes Filho, seus auxiliares,artistas, jornailstas, cinematogra-fistas e funcionários. Após a mau-guração, feita pelo sr. Diretor e ori-lentada pelo Chefe do Serviço,Evandro Requião e seu auxiliarPaulo de Almeida, seguiu-se o des-cortinamento dos retratos do Pre-sidente Getúlio Vargas e CoronelEurico de Souza Gomes Filho, sobprolongada e intensa salva de pai-mas.

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Foto tirada por ocasião da inauguração daestúdio do Engenho de Dentro vendo-se dadireita para a esquerda, o locutor daquele se-toriPaulo Brandão o Snr. Paido de Almeida,encarregado do Serviço o chefe Snr. EvandroRequião, o. chefe da estação e dois convidados.

lo de Almeida. Notou-seaí, a maneira democráti-ca do Coronel Eurico deSouza Gomes Filho nãoregatiando aplausos aosartistas como Badú, Ade-milde Fonseca, IlizeteCardoso, Rui de Almei-da, Maria Neide, Barretoe Barroso, Mister Char-lie, Los Tampicos, Nelsi-na Lobo e outros.Finalizando com chavede ouro tão expressivosacontecimentos, usou dapalavra o Coronel Euricode Souza Gomes Filho,enaltecendo os trabalhosde seus auxiliares, tendoainda expressado pala-vras de agradecimentose carinho para com osartistas que colaborampara o maior brilhantis-mo daquela solenidade-

Inaugurados os estúdiosda rádio, prosseguiu acaravana de autorida-des e convidados paraos salões do 8.° andaronde foi oferecido aospresentes um "cocktail"Dubar, após o que os con-vidados tomaram assen-to no auditório afim de

tassistirem ao magníficoi"Show" artístico, sob aanimação do locutor Pau-

Parte da assistência que compa-pareceu ao "cocktail", destcyan-do-se o Snr. Diretor em palestracom Badú e o jornalista EvandroRequião.

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mWAmmmMmmmWÊÊk____H___SP "'" 'Os Drs. Arnaldo e Fernando Moreira Pinto, no

momento em que recebiam o Governador de Peruam-buco, Dr. Agmenom Magalhães que se fez acompa-nhar do Prefeito e secretariado.

¦"Feve a mais viva repercussão¦*- nos meios radiofônicos do Re-

cife, a inauguração do Palácio doRádio "Oscar Moreira Pinto", daRádio Club de Pernambuco. A so-lenidade, que se revestiu de gran-de brilhantismo, teve lugar rio dia24 de agosto último, a qual contoucom a presença das figuras maisdestacadas da política e sociedadepernambucanas. Ao ato inaugural,compareceu S. Excia., o governa-dor Agamenon Magalhães que pro-nunciou uma vibrante oração deestímulo aos continuadores da obrade Oscar Moreira Pinto.Este acontecimento de larga-reper-cussão social e artística não foiapenas um melhoramento de que

Dr. Arnaldo Moreira Pinto, Di-rctor-superintendente da RADIOCLUB no momento cm que dis-cursava, entregando a Rcfifeàquela grande casa de espeta-cnlos: A seu lado Dr. Mario Li-banio Diretor Secretário.

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Entre as autoridades civis e mi-litares presente a inauguração do"PALÁCIO DO RADIO", des-tocamos o Governador Dr. Aga-menom Magalhães e o presidentedo I. A. P. C. Dr. Henrique LaRoque de Almeida.

se vai orgulhar a tra-dicional cidade do Reci-fe. Trata-se ainda deuma obra que vem, atrajvés do tempo, vencen-do dificuldades e vicis-situdes, mas sempre fielao espírito que animouseu fundador. Hoje Reci-fe se ufana de ter asmaiores instalações do

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Rádio Brasileiro, através dessa que-rida e conceituada emissora pernam-

bucana.Com a elevada capacidade de 25Watts, em canal exclusivo, a RádioClub de Pernambuco, em ondas cur-ta e longa, é, presentemente, umadas mais possantes do País. Funcio-nando em dois luxuosos auditórios, acomportar 1.500 pessoas, com boite,

: cinema e teatro, podendo ainda le-var três programas ao mesmo tem-po, orgulha-se de ser a maior e a

mais potente estação de rádio de todoo Nordeste.

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MISTIFICAÇÕES LITERÁRIAS

Um novo retrato de Eça de Queiroz

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período em que se festejou o centenário do nascimento de Eça de Queiroz vá-rios livros apareceram, aqui e e|m Portugal, procurando definir as linhas psícolo-gicas do grande romancista e descobrir a relação entre o homem e a sua época. No

Jrhasil, aiém de alguns ensaios interessantes, surgiram dois volumes que projetam luz novasobre a personalidade do escritor: o "Eça de Queiroz e o século XIX" de Viana Moog,e o "Eça de Queiroz" de Clovis Ramalhete, o primeiro, sem duvida, obra mais pro-,funda de análise do sentido da influência do novelista na transformação da mentalidadelusitana, o segundo um estudo sério representado pa(r cinco conferências proferidas emtorno do espirito e da individualidade do autor do "Crime do Padre Amaro". Mais tar-de, em 1946, o Liceu Literário Português, abriu um concurso para o melhor trabalho sobreEça de Queiroz, romântico ou naturalista. Ü prêmio coube a Berilo Neves que acaba delançar o seu "Eça de Queiroz, romântico ou naturalista d'. O título é uma pergunta a queo ilustre critico patrício responde com segurança descrevendo o itinerário de Eça das " Pre-sas barbaras" às Vidas de Santos que coroam de sol a sua maturidade. Nascido quando omatenaiismo alçava o colo, o estudante de Coimbra deixou-se dominar por momentos pelaonda avassaladora que impelia os moços a ver em tudo o império da ciência para a negaçãodas verdades eternas. Mas Eça de Queiroz nunca se prendeu aetimtivamente a essa tenaen-cia, nem mesmo nos romances em que parece subjugado pdla idéia de que a realidade crua

deve prevalecer sobre qualquer pendor metafísico, tanto que subordina um de seus mais vi-gorosos quadros das misérias humanas à esta epígrafe: "Sob a nudez forte da Verdade omanto diáiano da Fantasia". Está aí inteiro o romântico que se recusa a uma entrega totalao naturalismo.Nestas páginas de prosa envolvente e luminosa, ricas de observação das peculiaridades do es-tilista que revolucionau o idioma com uma rajada de ar puro na poeira dos clássico*, BeriloNeves nos oferece à contemplação um retrato de Eça de Queiroz que ainda faltava à imensagaleria de interpretações da fisionomia do estraordinário pintor de caracteres e costumesde que se orgulha uma literatura. A leitura do livro de Berilo Neves nos leva à convicçãode que o realismo foi apenas uma fase de inquietação na vida intelectual do memorialistada "Ilustre casa de Ramires". O romântico existe nele em potencial, desfere o vôo no inícioda carreira, encolhe as azas um instante para acompanhar a moda do século, e em seguida re-toma a marcha interrompida para produzir então os maravilhosos perfis de santos que consti-tuem o fecho de ouro da sua trajetória pelo mundo. Esse Eça de Queiroz é o mesmo das"Prosas barbaras", mais perfeito no manejo da lingua, transfigurado pela consciência deque são mais verdadeiros os espetáculos que nos aproximam do céo do que aqueles que nosmostram as fraquezas e as maldades terrenas. Ele compreende, nessa altuVa, que a arte éantes um instrumento de exaltação da beleza do que uma força destinada a trazer para a

claridade o que deve permanecer na sombra. No conflito que se travou na sua alma desensitivo venceu, finalmente, o português amoroso da simplicidade da sua terra, enternecidopelos rústicos,, pela graça das camponezas, pela paisagem suave do seu berço.

CARLOS MAUL

Domingos Ribeiro Filho foi um escritor de

raro mérito que durante longos anos en-prestou o brilho da sua inteligência ao se-manario "Careta" cuja crônica de aberturaera de sua lavra. Um dia lembrou-se Domin-gos de escrever um romance. Mas quandocogitou de publicá-lo nao encontrou editor.A sua timidez — o panfletário atrevido, osarcasta tremendo, por escrito, era um timi-do na vida pratica — impediu-o de usar osmeios de que dispunha para impressionar oseditores. Pensou então em armar uma mis-tiíicaçao, por intermédio de um velho ca-marada mais audacioso do que ele. E assim,a primeira cousa que fez foi mudar o títulodo livro, que passaria a charnar-se: "Umapaixão de mulher". Em seguida aivitrou umpseudônimo feminino para despertar curió-siaaae soore o volume e sobre o assunto queenvolvia uma intriga amorosa, com situa-çòes um tanto licenciosas, embora veladas.O amigo que se incumbiu de arranjar o edi-tor aingiu-se ao livreiro Jacinto Silva e con-tou-ihe uma historia: o romance era de umaaama ae conceito na alta sociedade que nãodesejava aparecer com o seu nome. O ne-gocio se realizou, Jacinto pag^u trezentosmil reis pelos direitos da primeira edição eo livro saiu com a propaganda que convi-aha. Não deu prejuízo. Mais tarde, porém,3 livreiro desconriou e indagou do interme-iiario se era mesmo verdade o que lhe con-tara. Esse resolveu então desvendar o mis-terio. O romance não fora escrito por mu-lher nenhuma, de sociedade nenhuma. Erade Domingos Ribeiro Filho. Esse fato é to-talmente ignorado, e a sua revelação por-mite que se saiba quem é o verdadeiro au-tor de "Uma paixão de mulher", obra quenão deslustra em nada os méritos do iro-nista do "Loopig-the loop" do conheci-do semanário carioca que, com certeza, tam-bem ignora essa interessante brincadeira déseu saudoso redator.

SOCIEDADE DE CULTURA INGLESA — Flagrante do almoço oferecido pelo Dr. Celso da Rq:ha Miranda, presidente da Sociedade de CulturaInglesa, do Lieutenant Comander Christopher Pozvell, Secretário da Sociedade Auglo- Brasileira de Londres, no "Copacabana Palace'\

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"A MÜLHEK NA EVOLUÇÃO HOBitAsiL"

No Instituto Histórico e Geografi-co i-»ra_-_ieiro o general vaiencirnBenicio aa bnva, pi oi eim umacomerencia sooer o sugesuvotema: "A mulher na e.omçao do ,Brasil", o nus.re so.aaao-escri-tor teve opor.umaaue ae aescre-ver a ação iemiruna através danossa historia, reienna„ se a ai-guns tipos neroicos que tiverampapei ae re.evo nas nossas lutasaesae a coioma, aescrevcu-ihes aatuação em episódios culminanteb'que aeciairam aa nossa i_.t.epen-aencia pontica e aa nao menorparuicipaçao aa miuticr na vidanacional em diversos setores comoeiemento construtivo e como par-ticipante ae o oras em que a in-tengencia e o coração s_ irmana-ram. _f'oi uma págma ao mesmotempo ae recoraaçao de fatos eüe atualidade peias conclusões doconierencista e relativas à missãoda muiner brasileira nestes diastumultuosos do mundo."O PAPEL DA ARTE NA SOLUÇÃODA CRISE CONTEMPORÂNEA"

Na sede da Associação dos ArtistasBrasileiros realizou o ilustre escri-tor ,Ceiso Yeny uma conferênciasobre "O papel da arte na soluçãoda crise contemporânea". DiretorCultural daqueia antiga e presti-giosa instituição e diretor ao De-partamento ae Educação de Adul-tos da Secretaria de Educação doDistrito federal, o eminente con-ferencista se apresentou revestidode autoridade para tratar do as-sunto que escolhera. A sua pales-tra valeu, com efeito por uma es-plendida lição a respeito da fun-ção da obra de arte neste momen-to como instrumento para a so-lução de diversos problemas re-ferentes à crise espiritual dos nos-sos dias. Mestre da cátedra, CelsoKelly soube prender a atenção deum auditório numeroso e seletoque lhe ouviu atentamente a pa-lavra brilhante e convincente e oaplaudiu com entusiasmo.

O PRÊMIO DE POESIA

O prêmio de poesia concedido pelaAcademia Brasileira de Letras em1950 não agradou aos modernistas.Era natural que assim aconteces-se, porque a laurea recaiu numaobra de bom estilo, e de acordocom os moldes tradicionais daverdadeira poesia. Mas o mais in-teressante é que os descontentessaíram a campo para reclamardos acadêmicos uma providenciano sentido de assegurar ao estilomodernista, ou deformista, o pri-vilegio das vantagens desses con-cursos.Do protesto de um deles se desta-ca a exigência de ser advertida aCasa de Machado de Assis sobreo que é o modernismo para quéde futuro os seus prêmios sejamdistribuídos ao pessoal da grei.Não querem pouco... Apenas aditadura.

O VOTO E' SECRETO

Um jornalista interpretou as fe-licitações do bispo D. Aquino aAustregesilo de Athayde pela suavitória no pleito acadêmico comov

uma confissão de que lhe dera oseu voto. O ilustre antistite, en-tretanto, apressou-se em corrigiro equivoco, teiegrafando ao perio-dico para dizer que apenas cum-primentara o novo colega. Comisso D. Aquino mostrou que sendoo voto secreto não havia motivopara maiores esclarecimentos.

LINGUA BRASILEIRA...

A correspondência de Mario deAndrade com Manuel Bandeiraque vem sendo divulgada pelo su-plemento "Letras e Artes" de "AManhã", merece publicação emvolume. Será um documento.urioso para o estudo da quês-Dão da lingua brasileira. ParaMario de Andrade lingua brasilei-ra é português errado. Deveríamosescrever em cassange. Assim re-guiaríamos a situação e definiria-mos as diferenças entre o falar dePortugal e o do Brasil. Há um gra-ve erro nessa interpretação. Por-que a questão não é de sintaxe oude ortografia, e sim de política.O nome do idioma deve ser o dopaís em que o mesmo é falado,muito embora haja semelhançascom o de qualquer outra nação.E' o caso da Scandinavia, ondetrês povos se comunicam com omesmo instrumento verbal, masonde cada um deles dá à sua lin-gua o nome da terra. Para issonão é necessário estragar o for-moso idioma que herdamos dePortugal e afeiçoamos à nossa in-dole.

DIREITOS AUTORAISi

Os escritoreã Que constantementese dirigem ao governo pedindogarantias pára a sua obra deve-riam confessar francamente que oseu propoâito nada tem de comumcom os direitos autorais. Estes es-tão plenamente assegurados peloCódigo Civil e regulados em váriosconvênios internacionais assinadospelo Brasil. Contra as violaçõeáhá recurso na legislação ordinária.Os que reclamam amparo comesse pretexto o que pretendem éuma intervenção do Estado nocampo da produção intelectual embeneficio de grupos de privilegia-dos que aspiram instituir uma es-pecie de ditadura literária.

AS OBRAS DE DOMÍNIOPUBLICO

Boa medida de defesa dos escrito-res vivos seria uma lei que regu-lasse as edições de obras que caí-ram no domínio público, muitosanos depois da morte de seus au-tores. Aos que exercem o comércioda edição de livros convém a fa-cilidade de imprimir obras de au-tores famosos sempre procuradaápela sua fama. Não pagam direi-tos, não têm satisfação a dar aninguém e contam com a propa-ganda que já está feita de longadata. No dia em que o Estado co-brar um imposto sobre as reim-pressões desse gênero, destinan-do-o a subvencionar instituiçõesde cultura, haverá mais possibili-lidade dos editores se interessarempelos livros novos.

Carlos Maul no seu gabinete de trabalho.

Os grandes escritores e assuas "Memórias"

Alguns

dos nossos grandes escritores estão escrevendolivros de "Memórias". Luiz Edmundo tem publicadocapítulos das suas na imprensa diária, e Osvaldo'

Orico anuncia para este ano o aparecimento de um volumeem que conta a sua vida sob o titulo: "De filho de ferreiroa membro da Academia". O gênero sempre despertou curió-sidade e tem no mundo uma vasta e rica bibliografia. Avida dos homens de pensamento merece, realmente, ser co-nhecida, pois há nela muito de lição aos que procuramnessas leituras algo de edificante.Em plena maturidade ,de seu espirito, Carlos Maul estátambém compondo um livro de "Memórias". ProcuramosDuvir a respeito o notável biografo da "Marquesa de San-bos" na sua pitoresca residência do Grajaú.

Uma vida literária que se aproxima do meio século sem-pre terá algum interesse, disse-nos ele.E acrescentou:

Três gerações, pelo menos, foram atravessadas e vis-tas, com simpatia ou antipatia, e os contatos com os maisantigos que deixaram traços fulgurantes de sua passagempela terra podem marcar algo de sugestivo na historia li-teraria do país. Os novíssimos sexagenários, que forammeus contemporâneos há quarenta e tantos anos, aí estão,zangadíssimos, dispostos a matar os seus antecessores como seu silencio ou com as "interpretações" que visam ape-nas a corrosão das glorias passadas, a virada pelo avessode valores dignos do apreço da posteridade...Depois de uma pausa, Carlos Maul prossegue:

Nas minhas memórias fixarei os fatos que outros igno-ram ou que escondem intencionalmente. Fatos e figurasdesfilarão nas páginas em que evoco a minha infância, aminha adolescência, vistas de uma altura a que o destinome quiz trazer com bastante força de alma e de corpopara poder contar alguma cousa de sugestivo*. No fundonão são memórias apenas o que escrevemos com esta epi-grafe, mas tudo o que traduz um sentimento diante doshomens e da vida...

Cousas do seu tempo...Não digo cousas do meu tempo, porque o meu tempo

ainda é este de agora, tão igual ao da minha meninice, ape-zar das transformações materiais porque passou o Brasil,tão aldeia, felismente, no espirito da nossa gente... Aindahá cadeiras na calçada neste Rio cortado de avenidas poronde correm automóveis malucos... Mas livros desse ge-nero não se escrevem para leitores da nossa profissão deletrados, porque estes sabem, também, do seu ponto devista, o que neles se contem. Destinam-se a outra espéciede publico, o que tem a curiosidade espicaçada pelo des-conhecido. São livros para o povo que sabe ler e gosta demeter o bedelho na intimidade dos autores e das pessoascuja historia eles pintam. A juventude encontrará nessasmemórias o traço de ligação do presente ao passado. Verácomo se sonhava naqueles dias tranqüilos do começo desteséculo, e acabará compreendendo que a humanidade só mu-dou nas aparências...

Seltembro — 1951 43

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DIMINUI A DIVIDA EXTERNA DO BRASIL

A dívida externa do Brasil, conforme dados que acabam de serrevelados pela Delegacia do Tesouro do nosso país em Nova

York, diminuiu consideravelmente nos últimos sete anos e meio.Mostra aquela repartição que de novembro de 1943, quando fo-ram realizados os Acordos da Divida Externa até 30 de junho ul-timo, a nossa dívida externa em moeda, americana dimi-nuiu de 48,78 %.Os empréstimos em dólares da União, Estados e Municípios eleva-vam-se em novembro de 1943 e 284.560.645 dólares. Esses em-préstimos vêm sendo amortizados por força das medidas cons-tantes dos acordos celebrados em 1943, decorrentes da lei n. 6.019,de 23 de novembro do mesmo ano.Em 30 de junho de 1951, aquele total havia descido a 145.741.895dólares, sendo, portanto, a diminuição de 138.818.750 dólares, oque representa a percentagem acima expressa. A diminuição ve-rificou-se em conseqüência de operações decorrentes daquelesacordos, por meio de compras diretas dos Governos e dos Fundosde Amortização estabelecidos nos contratos assinados em NovaYork em 7 de junho de 1944; e do resgate do empréstimo do café,efetuado com a venda dos estoques pertencentes ao DNC.Discriminadamente, os empréstimos da União em 30 de junho últi-mo haviam baixado a 83.573.345 dólares; dos Estados a 37.728.800dólares; e, dos Municípios, a 24.439.755 dólares.Deve ser considerado, ainda que o resgate é cada vez maior, por-quanto, sendo fixa e constante a importância do serviço dos di-versos empréstimos, aumentam semestralmente os recursos entre-gues aos Fundos de Amortização e diminuem as quantias destina-das ao pagamento dos juros.

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CAFÉ EM PRIMEIRO LUGAR

r^ e acordo com os dados apurados pelo Serviço de Estatística

D Econômica e Financeira, registra o movimento exportador

brasileiro no primeiro semestre do ano em curso, as cifras de'

2 221 48o'toneladas, no valor de Cr$ 15.299.418.000,00 acusando, em

confronto igual período do ano de 1950, os acréscimos de 810.033

toneladas e de Cr$ 6.202.166.000,00 ou sejam, respectivamentemais 57,39 por cento e mais 68,18 por cento.

No coteio bienal, acusa o valor médio, da tonelada exportada a

majoração de 6,68 por cento, tendo passado de Cr$ 6.445,00 em

1950 para Cr$ 6.887,00 em 1951.As dez principais mercadorias ou grupos de mercadorias exporta-das, representam, em conjunto, 53,50 por cento e 86,50 por centodo volume e valor totais da exportação.

Ocupa o primeiro lugar o café em grão, com um movimento de7.4Z7.Ü57 sacas no vaior de Cr$ 8.y9u.26b.U!U0,00 equivalente a5H.76 por cento do vaior de nossas venuas externas.

PRODUÇÃO DA FAZENDA IPANEMA

Fazenda Ipanema, localizada na Estação de Vernhagem, no

/\ Estado de São Paulo, onde funcionam os cursos de Enge-nharia Rural, Aradores e Tratoristas, vai iniciar a colheita detrigo, centeio e aveia, utilizando nesses trabalhos os alunos dosreferidos cursos, de modo a dar objetividade pratica ao ensino.A produção desses cereais atingirá 15 mil quilos.Também já está em curso a safra horticola, que até o fim docorrente ano produzirá 50 mil,quilos de hortaliças.

O consumo pelos trabalhadores e alunos da Fazenda não absor-veu toda esta produção. Por este motivo o administrador da Fa-zenda já solicitou autorização ao ministro da Agricultura parafornecer o excedente a instuição de caridade e caixas escolaresdaquela região, como contribuição ao fornecimento da "sopa es-colar".

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A CONTRIBUIÇÃO DO JOCKEY CLUB A CAMPANHAFINANCEIRA DO ABRIGO CRISTO RETENTOR

C lagrante colhido no Jockey Club Brasileiro, quando o seu presi-dente, Dr. João Borges Filho entregava, em nome da prestigio-

sa entidade, à comissão da 6.a Campanha Financeira em prol daFundação do Abrigo Cristo Redentor, o cheque de meio milhãode cruzeiros.

24 Ilustração Brasileira

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LAMINADOS

Em conformidade com os dados

do Serviço de Estatística da Pro-dução, do Ministério da Agricultura,a produção brasileira de laminados,relativa ao segundo semestre do cor-rente ano, é a seguinte (em quilo—gramas): janeiro, 49.908.960, novalor de Cr$ 174.337.125,00; fevereiro,47.588.769, no valor de Cr$ 167.111.657,00; março, 55.776.661, novalor de Cr$ 200.610.666,00; abril,55.508.396, no valor de Cr$ 198.163.719,00; maio, 60.090.784, novalor de Cr$ 216.853.382,0'Ü; j'unho,57.404.226, no valor de Cr$ 209.438.541,00. Total — 326.277.798quilos, na importância de Cr$1.166.515.000,00.Em igual período de 1950, a produ-ção de laminados foi de 300.401 to-neladas, no valor de Cr$935.833.295,00.

MÁQUINAS AGRÍCOLAS PARAREVENDAS

O ministro da Agricultura aprovouhoje o plano elaborado ptela

Divisão de Fomento da Produção Ve-getal, determinando, então, a aolica-ção imediata da verba de 5.200.000cruzeiros na aquisição de máquinasagrícolas para revenda, ao preço docusto.Nada menos de 27 firmas especializa-das concorreram oferecendo os seuspreços, prevendo o plano a aquisiçãode necessária ao programa de me-canização da lavoura, de que fala ogoverno.

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Os "Ases" De NossaAviação De ComercioNa

realização de seu destino avia-tóráo inelutável, o Brasil já ai-

cariçòü etapa brilhantíssima,' como ovem mostrando as estatísticas refe-rentes à atividade "em crescendo"contínuo de nossas numerosas orga-nizações atiroviárias.Um dos resultados mais signifícati-vos, contudo, desse desenvolvimentosurpreendente é o que se refere àformação da vasta elite de cerona-vegadores de que dispõe, já a estahora, o país, vasta elite marcada deum caracter de proficiência verda-deirãmente extraordinário.Para referir-nos a uma só de nossasemprêsas de aviação comercial, amais antiga de quantas, no momento,servem à grandeza pátria, daremosa seguir uns poucos dados relath osà " Serviços Aéreos Cruzeiro do SulLtda."O corpo de tripulantes da "Cruzeirodo Sul" se constitui de prof'.ss'ona'sde longo tirocinio e alta perícia. En-tre eles se contam dois tatra-mirpná-rios do ar, o que significa que já ul-trapassaram a quota de quatro mi-lhões de quilômetros de vôo a ser-viço da Empresa, dez tri-milícná-rios (3 milhões de quilômetros d-vôo), vinte e cinco bi-mdlionários(2 milhões de quilômetros), e sotenta e quatro milionários (1 mi-Ihão de quilômetros), afora trinta equatro outros que já voaram deSOO.000 ia 900.000 iquilôlmetros, eainda cento e doze com quilometra-gem menor.Mais de duas centenas e meia deaeroniavegadores, — comandantes,co-pilotos, radio-telegrafisias, co-missáriòs de bordo, a cuja exj:e-riêneia e preferência de verdadeirosases da laeronavegação universalestá coiífiada a frota aérea da" Cruzieiro do Sul", como penhor

de; perfeita segurança de vôo de seusmodernos e possantes aviões.Para fazer-se idéia aproximada dosentido real das quilometragens re-feridas, bastaria dizer que os tetra-milionários da Empresa poderiamter feito, com os seus quatro mi-lões de quilômetros de vôo. nadamenos de onze viajens da Terra àLua, — voando naturalmente, emlinha reta...

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A PRÓXIMA SAFRA CAFÉEIRA

O último Boletim Semanal da Associação Co-mercial de Santos dá à divulgação o rela-

to do diretor dessa entidade, sr. Geraldo deMelo Peixoto, das observações colhidas em tor-no da safra caféeira de 1951-1952 depois deter percorrido, detidamente, as zonas produ-toras do Estado de São Paulo e Paraná. O sr.Melo Peixoto, baseado em dados estatisticos

faz primeiramente um levantamento da colhei-ta paulista obtida em 1950-1951, para, depois,comparando as médias de produção nas diver-sas zonas no ano passado e no corrente ano,estabelecer a sua previsão para a safra emcurso.Em face daquele levantamento, conclui o di-retor da Associação Comercial de Santos queo café efetivamente produzido no Estado deSão Paulo em 1950-1951 foi 7.693.000 sacas.

sfe ^üJLyt^JLXkmAJÜUilapresenta altas novidades em calçados de luxo

RUA GONÇALVES DIAS, 8 - RIO DE JANEIROSetembro — 1951 45

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S£^UNSAÚDE SEGURA

SO' COM VELASESTERILISANTES

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SANTO ANTÔNIO NO BRASIL EM PORTUGAL(Conclusão) ,.

Mesmo assim se exalta a glória que enche toda aLisboa por ter sido berço daquele a quem cna-rmaram: '

Daquele que

Bons LivrosAcabam as Edições Melhoramentos depublicar "Povos e trajes da AméricaLatina", livro-álbum de grande belezae. cheio de ensinamentos; "O pequeno;lorde", obra clássica, em volume primo-roso; "Sob o elmo romano", do notávelFranz Treller, para os moços; e "Via-gem ao mundo desconhecido", vida eífeitos de Fernão de Magalhães, descri^tos com muito gosto e fidelidade porFrancisco Marins, o feliz autor da sé-rie Taquara-Poca. ótimas realizações!

Caòpa fPetróleoSoberana

"Nova luz da Itália,filho de Portugal...""Nascido junto às ondasdo Tejo derradeirasdeixou casa e riquezapara a Pobreza amar".

Recordo como Brasil O ama também, como nEle.confia, como Lhe reza, como O festeja, irmanado,pela mesma fé dois povos da mesma raça, que se:alimentam dos mesmos ideais, sofrem as mesmasiinquietações.Relembro a imagem que sobre a entrada do con-vento de Santo Antônio do Rio de Janeiro eternizaa lenda da intervenção de Santo Antônio na ex-pulsão dos invasores. E por toda a parte, por êsse(Brasil imenso, quer cantando, como no Ceará,que as ardentias calcinam. ..

"Padre Nosso pequenino !Me guiai no bom caminho,Santo Antônio é meu padrinho,Nossa Senhora minha madrinha".

quer em tantas outras manifestações de ex-pansão popular.Pois não é a Êle que, aqui as jovens cujo seu"mais que tudo" se abalou para as terrasprometedoras e acolhedoras de Vera Cruz,imploram:

"Meu rico Santo Antoninhoai meu Santo marinheiro,levai-me na vossa barca,para o Rio de Janeiro... ?"

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46 Ilustração Brasileira

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