quinta-feira, 7 de setembro de 1989 ano xcix - coleção

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JORNAL DO BRASIL

©JORNAL DO BRASIL SA 1989 Rio de Janeiro — Quinta-feira, 7 de setembro de 1989 Ano XCIX —N° 152 Preço para o Rio: NCzS 1,50

Passageiros são resgatados na selva

São Jos6 do Xingu. MT — Wilson Pedrosam

TempoNo Rio e em Niterói, par-cialmente nublado a nubla-do, instabilizando-se no de-correr do período compossiveis chuvas. Visibili-dade de boa a moderada.Temperatura estável. Má-xima e mínima de ontem:32° em Bangu e 16,1° no Altoda Boa Vista. Foto do saté-lite, mapa e tempo no mun-do, Cidade, página 2.

Informe JBO empresário Márcio For-tes está trocando o BNDESpelo Banerj. (Mais Informena página 6)

Informe EconômicoCom o total de US$ 1.93 bi-lhões, de acordo com núme-ros apurados pela Cacex, oBrasil bateu em agosto orecorde de importações. Opetróleo foi responsável porUS$ 303 milhões e o trigo,por US$ 26 milhões. (MaisInforme na página 13)

DevoluçãoAs escolas que aumenta-ram as mensalidades em se-tembro terão de devolver adiferença em relação aosvalores de agosto. O cri té-rio de reajuste será estabe-lecido pelo Conselho Esta-dual de Educação, (('idade,página 3)

AumentoO consumidor passará apagar mais 28,76",, pelosremédios. O reajuste, li-near para todos os produ-tos farmacêuticos e vete-rinários, foi autorizadopelo Conselho Interminis-terial de Preços (CIP).

Atletas cardíacosUma família de cardiolo-gistas — o pai Abrahão e osfilhos Emílio e MaurícioLevin — está abrindo novoespaço para os exercícios fí-sicos dos cardíacos, infar-tados, obesos e hipertensosde São Paulo. Uma acade-mia dotada dos equipamen-tos e instrumentos de umaUTI. (Página 7)

Depois de 40 horas entre os destroçosdo Boeing 737-200 da Varig que fezpouso de emergência domingo a noitena selva de Mato Grosso, passageiros etripulantes sobreviventes foram resgata-dos por helicópteros e levados para asede da Fazenda Crumaré, em São Josédo Xingu, de onde seguiram em aviõesBandeirantes para a Base Aérea de Ca-chimbo e, só então, foram transportadospara Brasília. O resgate, que começounas primeiras horas do dia, terminou às15h de ontem, com a retirada dos corposdos passageiros mortos de dentro doavião. Embora o Ministério da Aero-náutica estime em dez o número demortos, a Varig divulgou uma relaçãode 13 mortos e 35 feridos entre as 54pessoas que estavam no vôo.

Os dois primeiros sobreviventes achegar a Brasília foram Marinês AraújoCoimbra e sua filha Bruna, de três anos— protagonistas de um dos maioresdramas do episódio. A menina passoudois dias com uma das pernas esmagadaentre ferros do avião. Movida pela cora-gem, na noite de terça-feira, quando ogrupo já havia sido localizado, mas oresgate ainda não havia começado, Ma-rinês convenceu dois outros passageirosa improvisarem uma tosca maca para amenina e enfrentarem com ela uma lon-ga caminhada de quatro horas até afazenda a partir de onde, na manhãseguinte, se faria o resgate. Lá, aos gri-tos, Marinês acordou os pilotos da FABe conseguiu que a filha fosse levada deimediato a Brasília.

Especialistas de aviação consideramremota a possibilidade de pane totaldos instrumentos do Boeing. A maiorsuspeita é de que o piloto confundiu oprocedimento de decolagem no sentidoMarabá-Belém (rumo de 5 graus) como que se adota em direção inversa (185graus). Só depois de 3 horas de vôo semdestino, perdido de uma rota que nãoduraria mais que 45 minutos, o pilotocomunicou que tentaria um pouso deemergência — o que também revelaque houve demora em comunicar osproblemas a bordo. (Páginas 3 a 5)

Militares retiram um dos corpos esmagados entre os destroços do Boeing 737 da Varig

Entre os mortos e as abelhas

A primeira pergunta que o sargentoMarcus Vinícius, da equipe de salva-mento da Aeronáutica, ouviu do pilotoCésar Garcez, comandante do Boeingda Varig acidentado, ao contatá-lo nasmatas do Xingu, foi: "Quem

ganhou o

jogo entre Brasil e Chile?" Era a segun-da vez que o jogo de domingo cruzavacom a história do acidente. A primeirafoi quando o piloto, ao partir de Mara-há, indagara em que freqüência de rá-dio poderia escutar a partida."Foi uma palhaçada", respondeu osargento, explicando que o jogo forainterrompido. De resto, a chegada do

primeiro helicóptero de salvamento aolocal do acidente teve outros lances des-concertantes. "Fomos atacados pelossobreviventes", conta o sargento JoãoBatista Fusquine. "Eles nos agarravam,abraçavam e beijavam, chorando mui-to." À noite, a euforia cedeu lugar aosofrimento. "Todos sentiam dores terri-veis e não paravam de nos chamar",relata o sargento Marcus Vinícius.

Além dos ferimentos c do desamparodos dias e noites na selva, cm meio acadáveres, os sobreviventes enfrenta-ram outro problema — as abelhas, pe-quenas e pretas, que infestam a região.Todos os feridos apresentavam sinais

de ferroadas. As abelhas atacavam oslocais onde o sangue se coagulava, ou

por onde as lágrimas haviam escoado.De todo modo, as equipes de salva-

mento encontraram entre os passagei-ros um razoável grau de organização.Poltronas haviam sido arrancadas doavião e transformadas cm camas. Osalimentos estavam cuidadosamente se-

parados. E uma equipe de sobreviventesfazia caminhadas diárias de uma hora emeia para buscar água num rio desço-berto no dia seguinte ao acidente. Oitocadáveres foram deixados dentro doavião. Um nono encontrava-se fora.

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• • •eninos de rua denunciam sofrer torturas neste prédio praticadas por policiais

Infiltração no

Cristo exige

obras urgentes

Técnicos do Instituto Militar de En-genharia constataram que a estátua doCristo Redentor, no alto do Corcova-do, está com 26 pontos de infiltração.Algumas fissuras chegam a três metrosde comprimento e dois pedaços do mantojá caíram. A Sociedade de Obras e Proje-tos de Engenharia aconselha restauraçãoimediata.

Embora ainda sem orçamento, a obraprecisa ser feita com urgência, para evi-tar, segundo técnicos, que visitantes se-jam atingidos por fragmentos. Um doscartões-postais do Rio desde que foi er-guido, há 58 anos, o Cristo so não estáem pior estado porque a estrutura deconcreto é coberta de pedra-sabão deótima qualidade. (Cidade, página 1)

Banco recebe

inulta recorde

por sonegação

O Banco Sogeral foi multado em USS117 milhões por sonegação de Imposto deRenda. Segundo fontes da Receita Fede-ral. o episódio que ocasionou a puniçãofoi uma operação de compra e venda deações da Petrobrás realizada em 1985.Nesse ano. o Sogeral, controlado peloinvestidor Naji Nahas, era presidido porElmo Camões, mais tarde nomeado presi-dente do Banco Central.

Desaparecido há 48 dias, Nahas temtelefonado insistentemente para o advo-gado Irineu Strenger, que desde 1982 cui-da de parte de seus interesses no exteri-or. Nos telefonemas, ele tem procuradosaber o andamento de duas antigas açõesjudiciais movidas contra ele e que envol-vem a soma de USS 22 milhões. (Página 13)

PostosSerá facultativo hoje o fun-cionamento dos postos degasolina e álcool em todo opaís. A informação é doConselho Nacional do Pe-tróleo (CNP).

ReebokDentro de uma semana co-meçam a ser produzidos noBrasil alguns itens da linhaReebok. Por enquanto, so-mente roupas. O tênis —principal estrela da compa-nhia — só começa a ser fei-to aqui no próximo ano.(Página 16)

Crise no vôleiAinda abatido pelo pedidode dispensa de sete jogado-res da seleção masculinade vôlei, o técnico Bebetoconvocou o levantador Be-tinho, da Sadia, e o ata-cante Renato, da Telesp.Ele espera completar aequipe com alguns juvenisque estão disputando oCampeonato Mundial(Página 17)

Menores de rua

denunciam

casa de tortura

A poucos metros do Palácio Laran-jeiras e em meio às mansões do ParqueGuinle, uma das áreas mais nobres daZona Sul do Rio, funciona um casarãomaldito, onde meninos e meninas derua sofrem torturas, como socos, pon-tapés e até agressões sexuais. A denún-cia é de vários menores ouvidos peloJORNAL DO BRASIL.

V.R., de 14 anos, contou que umpolicial a espancou no casarão e depoismandou que três pivetes a estuprassem,mesmo depois de ela afirmar que eravirgem. O secretário de Polícia Mili-tar, coronel Elísio Pires, disse desço-nhecer a casa e achar "difícil

que essetipo de coisa ocorra tão perto do palá-cio do governador"' (Cidade, pág. 5)

Rio enfrenta

mineiros no

BrasileiroCariocas e mineiros disputam um due-

lo duplo na rodada de hoje do Campeo-nato Brasileiro. No Maracanã, o Fia-mengo, com Márcio Rossini de libero,recebe o Atlético, tradicional rival. NoMineirão, é o Cruzeiro que recebe o Vas-co (Bebeto não joga), em jogo transmiti-do pela TV para o Rio. O inicio das duaspartidas esta marcado para 16 horas.

Seis partidas completam a rodada. EmCuritiba, o campeão paranaense, Coriti-ba, enfrenta o campeão da Copa do Bra-sil, Grêmio, e o Atlético Paranaense jogacontra o São Paulo. Em Recife, o Sportterá o Goiás como adversário; cm Salva-dor, o Vitória recebe o Guarani; cm SãoPaulo, jogam Palmeiras e Santos e'Co-ríntians e Inter de Limeira. (Página 20)

Genebra — Reuter

^ 4jli» <t Georges Simenon

? 1903 t1989

? Aos 86 anos. o escritor policial bel-ga Georges Simenon morreu na segun-da-feira, em Lausanne. na Suíça. Deacordo com sua vontade, a morte só foidivulgada 24 horas depois. O célebrecriador do comissário Maigret escreveu420 livros, 89 deles tendo como perso-nagem central o pacato detetive de ca-chimbo. Simenon passou 50 anos desua vida escrevendo de cinco a seishoras por dia, e raramente demoravamais de 15 dias para terminar um ro-mancc. De sua obra foram editadosmais de 500 milhões de exemplares.Nem por isso deve ser considerado escri-tor menor. André Gide, por exemplo,referiu-se a ele como "o único romancis-ta que merece ser lido

".(Caderno B)

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2 ? Io caderno ? quinta-feira, 7/9/89 Brasil JORNAL DO BRASIL

'Coluna do Castello TRE fecha comitês ilegais de Collor e Brizola

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A verdade enquanto

ela ainda é possível

Dois candidatos a

presidente, Aurelia-no Chaves e Luís InácioLula da Silva, cada um aseu modo, marcaram oPalanque Eletrônico daRede Globo com mani-festações de caráter éticopouco comuns nos diascorrentes. São dois homens que falam comfranqueza, nada têm a contornar e nenhumadificuldade a driblar. Eles dizem o que pen-sam e não estão na cena política para empu-lhar ninguém. Pode-se deles discordar e ire-qüentemente as conotações ideológicas oumeramente políticas afastam milhares e mi-lhares de eleitores desses candidatos. Prova-velmente nenhum deles chegará à reta final,Aureliano já sem esperanças e Lula aindacom o ardente propósito de lutar para chegarao segundo turno. Ele não contesta as pes-quisas e observou que Brizola se rebela con-tra o primeiro lugar de Collor mas aceita osegundo lugar que elas lhe atribuem.

Desde Maquiavel desapareceram as ilu-sões de que a política, nos seus métodos, noseu percurso, seja uma atividade dominante-mente moral. Persistiu todavia a expectativade que pelo menos os fins sejam rigorosa-mente éticos, associados ao bem estar dascoletividades a que servem seus agentes. Apolítica brasileira degradou-se, no entanto, atal ponto que não é raro verem-se postulan-tes de cargos públicos sem outra meta aatingir que não seja o mero gozo e desfrutedas posições de mando ou de representação.Assim, quando políticos, como aqueles doiscandidatos, se comportam como pessoasque, além dos fins a que visam, estão atentosaos meios de que se utilizam para alcança-los, é como se um refrigério apaziguasse aalma de uma nação cabalida pelas agressõesimpostas por uma ultrajante prática políticae partidária.

Aureliano Chaves é engenheiro eletricistae sua abordagem dos problemas reflete aótica de quem lida com ciências exatas numaterra como a nossa de bacharéis, cujas safrasmais recentes se apresentam com o selo deeconomistas. Há notórias deformações cau-sadas por essa visão tecnicista de problemasque envolvem aspectos variados e maisabrangentes. Mas ele os equaciona e sugeresoluções com a possível objetividade e oempenho de propor o melhor para o país. Elenão está atento a possíveis repercussões dessaou daquela atitude ou declaração de atitude.Sua franqueza exclui escamoteações aindaque sugeridas pela conveniência política.Nessa matéria, a única coisa que lhe ocorreupara responder a uma pergunta sobre seupartido é que não se deve mais peder tempocom um "vaso trincado". Deixando o PFLaos cacos há de supor-se que seus adversáriosinternos se preparam para fazer sua desejadafesta.

Lula da Silva, por seu lado, oferece áselites brasileiras o comovente exemplo dealguém que, oriundo das camadas mais hu-mildes do povo e destinado a ofícios rudes,soube armar sua arena de luta sem jamaisabandonar valores e normas de comporta-mento capazes de renovar a confiança numanação a qual se oferecem comumente, nasclasses dirigentes, lições de degradação tãodesestimulantes para a crença no seu futuro.Com um universo limitado de informações, otorneiro mecânico exercitou sua forte inteli-gência para ampliar suas intuições e seu co-nhecimento dos problemas brasileiros, che-gando às suas próprias verdades que agoraoferece ao eleitorado com a simplicidade dequem acredita no que diz e no que propõe.

No horário gratuito de propaganda pelorádio e a televisão, os discursos não terão amesma espontaneidade dos que estão sendoouvidos nesta fase nas entrevistas promovi-das por algumas emissoras. Tudo será elabo-rado com a supervisão de especialistas emcomunicação de massa e em mercliandising.A simples presença desses profissionais naelaboração dos discursos dos diversos candi-datos indica que o principal não é definiridéias e propósitos mas vender produtos.Embora nem sempre seja possível a alguémque se comunica mascarar o que lhe vai pelaalma, não há de se esperar muito de progra-mas que estão sendo montados pelos gêniosda mídia nacional. Os programas atuais ofe-recerão indicações mais proveitosas do que oilusionismo que a eles se seguirá a partir dodia 15.

Ontem à noite, estava programado o apa-recimento do candidato Leonel Brizola noPalanque da Globo. Especulava-se sobre ocomportamento de Brizola, que luta contra

1 Roberto Marinho desde a década de 60. A] rede preparava-se aparentemente para o pior< — ter de manter no ar um entrevistado que a' acusa de práticas impróprias na expansão! dos seus veículos. Admitia-se que, se tal ex-' pectativa se confirmasse, a Globo emitiria no

Ij final nota explicativa dos processos pelos•i quais se estendeu por todo o território nacio-

| nal.

Carlos Castello Branco

Oito fiscais da propaganda eleitoral fecha-ram ontem dois comitês de campanha docandidato do PRN à Presidência da Repúbli-ca, Fernando Collor de Mello, na Lagoa eBarra da Tijuca, e um do concorrente doPDT, Leonel Brizola, na Cidade de Deus, pornão estarem registrados no Tribunal RegionalEleitoral (TRE). A blitz nos comitês durouseis horas e resultou na apreensão de quase deum milhão de panfletos, adesivos e cartazesdos dois candidatos. O juiz coordenador dafiscalização eleitoral, Paulo César Salomão,informou que os comitês poderão ser reaber-tos quando forem legalizados, mas o materialrecolhido não será devolvido.

As duas kombis da fiscalização não foramsuficientes para tanto material, c os fiscaistiveram que requisitar um caminhão da Com-lurb com cinco garis para recolher 880 milcartilhas, cartazes e santinhos de Collor naAvenida Epitácio Pessoa (Lagoa), onde fun-ciona amplo comitê de dois andares, em casade propriedade do empresário Sérgio Castro.De lá, todo o material de campanha era distri-buído para os outros comitês. Surpreendidocom a ação dos fiscais, o publicitário NelsonLuís Souto Jorge, responsável pelo comitê,não soube calcular o valor do material

apreendido. No comitê do PDT, coordenadopela vereadora Regina Gordilho, os fiscaisencontraram plásticos e cartazes, e apreende-ram ainda diversos blocos e envelopes com otimbre da Câmara Municipal.

O coordenador-geral da campanha deCollor no Rio, Rubem Medina, anunciou queentrou em contato com o advogado do Movi-mento Popular de Reconstrução Nacional pa-ra tentar conseguir o material de volta. "Ten-taremos a reconsideração desta atitude, poishouve punição imediata, sem aviso prévio",argumentou. Na Avenida Armando Lombar-di (Barra), a responsável pelo comitê de doisandares, Sisa Dutra, acusou os fiscais de esta-rem agindo "contra a democracia" e conside-rou a atitude "uma barbaridade". Os fiscaistiveram que esperar mais de uma hora pelaresponsável, mas depois de sua chegada co-meçaram a apreenderm o material e retirartodos os adesivos que decoravam vasos deplantas, paredes, sofás e até a televisão acores. O juiz Paulo César Salomão considerouo primeiro dia de buscas nos comitês "muitosatisfatório" e prometeu continuar a operaçãoaté que todos os partidos legalizem os comitêsde campanha.

Lula investe contra bancos

Petistas anunciamnas ruas que horada virada chegou

SÃO PAULO — O candidato do PT à

Presidência da República, deputadoLuiz Inácio Lula da Silva, prometeu, casoseja eleito, impedir que os bancos privadoscontinuem especulando no mercado finan-ceiro e, em tom duro. garantiu que irá obri-gá-los a investir seus recursos no crédito aosetor produtivo. "Os banqueiros nesse paisdesempenham o papel de parasitas. Essamoleza de só ganharem dinheiro com aespeculação vai acabar", atacou Lula.

O candidato do PT liderou uma pas-seata de 2 mil pessoas pelas ruas do centrode São Paulo. "A classe dominante temrazão em ficar preocupada com a possibili-dade de nossa vitória, porque sabe que nósvamos acabar com esse cassino em que setransformou o Brasil", berrou Lula em cima

de um cafxotc colocado na porta da agênciado Itáu, segundo maior banco privado dopais, na Rua Boa Vista.

Recebido com aplausos e papel pica-do jogado de alguns prédios, o candida-to do PT fez um comicio-rclámpago nasede paulista do Banco do Brasil. Acompa-nhado da prefeita de São Paulo, LuizaErundina, do presidente nacional do PC doB — partido coligado ao PT —, João Ama-zonas, Lula chegou a iniciar um comício emcima de um caminhão de som, que teve deser interrompido por causa da chuva.

Empolgados, os dirigentes petistas pre-sentes á passeata creditavam a desenvolturaexibida por Lula ao seu desempenho danoite de anteontem, no Palanque Eletrônicoda Rede Globo de Televisão. "Esse foi ocomeço da nossa virada", elogiou Erundina.Depois da entrevista, o diretor regional daTV Globo, Afrãnio Nabuco, convidou Lulae seus assessores para uma conversa regadauísque em sua sala. Nabuco chegou a brin-car. chamando Lula de "nosso presidente".

Afif compara debate com

estudantes à Inquisição

Florência Costa

O candidato do PL á Presidência daRepública, Afif Domingos, experimentou, naterça-feira á noite, a sensação de estar sentadono banco dos réus. Alvo de uma verdadeirasabatina, durante um debate com cerca de 300estudantes e professores da Faculdade Hé-lio Alonso (Facha), em Botafogo, Zona Suldo Rio, Afif chegou a se comparar aos acusa-dos de heresia que caiam nas mãos da Inquisi-ção, estabelecida pela Igreja Católica a partirdo século XIII. "Vamos lá, meus inquisidores,perguntem mais", gritava, empunhando omicrofone, diante de questionamentos sobresua conduta na Constituinte e durante o regi-me militar.

E veio a primeira pergunta do alunoRicardo Rabelo: "Por que o sr. foi da Arena edo PDS c ficou ao lado de Paulo Maluf, que éo que há de pior na vida política, enquantomuitos eram torturados e mortos. O sr não sesente cúmplice da ditadura militar?".Afif não se perturbou: "Muito obrigado pelapergunta, que me dá a oportunidade de fazervocês conhecerem o meu passado", iniciou.Depois de contar como conhecera Maluf. dequem foi secretário de Agricultura e Abasteci-mento. qualificou o governo dele (80 a 82)como "o primeiro desafio à ditadura militar,por ter sido uma contestação á indicação feitapelo Planalto".

Esquentou — Mas o debate se acen-deu com a pergunta do aluno Antônio Augus-to, do 2o período do curso de ComunicaçãoSocial, sobre a atuação de Afif na AssembléiaNacional Constituinte. O estudante lembrouque o candidato do PL votou contra a esta-

Intervenção — Por unanimidade, aExecutiva Nacional do PMDB decidiu inter-vir no Diretório Estadual do Piauí, destituin-do os atuais dirigentes do partido no estado.Seguindo o exemplo do presidente de honrado PMDB piauiense, o governador Alber-to Silva, a maioria dos integrantes do direto-rio abandonou a candidatura do deputado

Ulysses Guimarães para apoiar o candidatodo PRN, Fernando Collor de Mello. "Issodeve servir de exemplo. Tem gente que pensaque estamos brincando. Não vamos agir deforma violenta, mas seremos rigorosos", afir-ma o secretário geral do PMDB, TarcísioDelgado. Foram necessários menos de trintaminutos para a Executiva tomar a decisão.

TSE define por

sorteio a

ordem de candidato na TV

BRASÍLIA — O Tribunal SuperiorEleitoral anunciou ontem que terça-fei-ra, ao meio-dia, fará o sorteio paradeterminar a ordem em que os candida-tos à sucessão presidencial entrarão noar para divulgar sua propaganda gratui-ta. A seqüência da programação obede-cerá a rodízio entre os partidos e coliga-ções, devendo aquele que se apresentarprimeiro ser deslocado para o últimolugar no dia seguinte e, assim, sucessi-vãmente.

No segundo turno da eleição, cadacandidato terá 20 minutos para sua pro-paganda e o primeiro a ir ao ar seráaquele que tiver obtido maior votação.A geração da propaganda será feita pelaRadiobrás, de Brasília, e as fitas magné-ticas deverão ser entregues pelo partidocom uma antecedência mínima de 12horas. Caso a fita gravada não seja

entregue nesse prazo, a Radiobrás darácontinuidade à programação previa-mente estabelecida, após esclarecer queo candidato deixou de apresentar seuprograma.

Instruções divulgadas ontem peloTSE determinam que a Radiobrás con-servará as gravações por 30 dias, man-tendo-se á disposição do Tribunal, paraservir como prova dos abusos ou crimeseventualmente cometidos. Encerrado oprazo, as gravações serão devolvidas aopartido. Nessas instruções, o Tribunalconfirmou que será de duas horas e 20minutos o horário gratuito de prop.i-ganda, metade de dia e metade á noite,permitindo que oito legendas sem repre-sentação no Congresso disponham de30 segundos diariamente. O partidocom maior tempo no horário — 22minutos — será o PMDB.

Salvador — Gildo Lima

bilidade no emprego, contra a jornada de 40horas semanais, contra o direito de greve,contra a reforma agrária e contra o direito dovoto aos 16 anos, entre outras posições quelevaram o Diap (Departamento Intersindicalde Assessoria Parlamentar) a dar nota zero aodeputado Afif Domingos."Minhas posturas foram favoráveis aostrabalhadores. Fiz uma pesquisa junto com oslíderes sindicais Rogério Magri e AntônioMedeiros...", começou a justificar o candida-to, que foi interrompido por um grupo deestudantes. "Estes são pelegos", gritaram."Só valem os da CUT?", protestou Afif. Econtinuou: "Os trabalhadores preferiram aindenização á estabilidade no emprego".

As constantes intervenções do aluno An-tônio Augusto irritaram mais ainda o candi-dato, que reclamava a oportunidade de expli-car os votos que o Diap considerou comosendo contrários aos interesses dos trabalha-dores. "Se precisar sair daqui de madrugadaeu saio. Fico até onde a minha voz deixar",prometeu, já rouco, o rosto vermelho, sobaplausos. Depois, desafiou o estudante: "Es-tou aqui representando 508 mil pessoas. Pas-sei pelo teste. Passe pelo teste das urnas e ve-nha responder de igual para igual".

Ora aplaudido, ora vaiado, ele acabou nãoconseguindo explicar tudo o que queria, atéporque o microfone foi desligado no momen-to em que tentava responder a uma pergunta.Foi o suficiente para se instalar a confusão eterminar o debate — que alguns estudantesqualificaram como democrático, enquantooutros consideraram desrespeitoso. O candi-dato se despediu diplomaticamente: "Me sentimuito feliz de participar de um debate comoesse. Gostaria de organizar um debate nonosso campo". Eram 22h 10.

Capoeirista fez exibição sobre o carro que levava Covas

Covas grava

TV nas ruas

SALVADOR — O candidato do PSDB áPresidência da República, senador MárioCovas, gravou cenas que serão exibidas emseu programa do horário de propagandaeleitoral gratuita pela televisão. A gravaçãocomeçou pela Lagoa do Abaeté e suas du-nas, que estão sendo devastadas. Depois seestende à Praia de Itapoã, ao Mercado Mo-delo, ao Pelourinho e à favela dos Alagados,culminando com a inauguração do comitêeleitoral de Covas, no bairro do Rio Verme-lho.

De calça cinza e camisa vermelha, Covasrecebeu cumprimentos e muitas promessasde votos. No Pelourinho, dois momentos dehostilidade que passaram despercebidos pelocandidato do PSDB: a irritação de algunsmotoristas pelo engarrafamento causado nasruas estreitas e a provocação de um mora-dor. que gritou; "Ele é ladrão como os ou-tros."

Do Largo do Pelourinho, Covas su-biu a pé a ladeira até o Terreiro de Jesus.Visitou inicialmente a casa do escritor JorgeAmado e depois não recusou os convites decomerciantes para que entrasse nas lojas deartesanato. No Mercado Modelo, Covas foipresenteado com dois tucanos de pedra, um

programa de

de Salvadorberimbau e um conjunto de renda. Ele acon-selhou os moradores a mover ação contra ogoverno federal, para que seja evitada adestruição do conjunto arquitetônico do Pe-lourinho. considerado patrimônio da huma-n idade pela Unesco.

Na Cantina da Lua, Covas ouviu deseu proprietário, Clarindo Silva, a denúnciade que a Lei da Contrapartida, criada pelaPrefeitura, "é um engodo". A lei. que alterao gabarito da orla marítima em troca daaplicação de recursos no centro histórico, foiconsiderada um desrespeito por Clarindo.Apelando para o misticismo, o comercianteadvertiu. "Quem agride a água do mar agri-de lemanjá. Quem suja as areias brancasagride Oxalá.

Quem acaba com o verde mexe comOxosse. E quem invade as águas da Lagoado Abaeté agride Oxum."

"Queremos um Brasil de pretos e bran-cos, não queremos um pais colloridn. provo-cou o dono da Cantina da Lua. que recebeuem retribuição a garantia do senador MárioCovas: "Quem tiver compromisso tom oBrasil terá que preservar todos os espaçosculturais desse país."

MINISTÉRÍO DA EDUCAÇÃOSECRETARIA DE ENSINO DE SEOUNDO

QRAU

ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DOESPÍRITO SANTO

AVISO DE REVOGAÇÃO DE LICITAÇÃOCONCORRÊNCIA NACIONAL N° 01/89

A ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DO ESPÍRITO SAN-TO, torna pública, para conhecimento dos Interessa-dos, a REVOGAÇÃO, nos termos do art. 39 doDecreto-Lel n° 2.300/86, da supracitada licitação,referente à construção de sua UNIDADE DESCENTRA-LIZADA DE ENSINO, no município da Serra — Estadodo Espirito Santo.

Vitória, 05 de setembro de 1989ZENALDO ROSA DA SILVA

Diretor

ERRATANa Publicação da Federação do Comércio Atacadista no Estadodo Rio da Janeiro. EDITAL DE POSSE. Publicado neste Jornalna página 4 primeiro Caderno dia 31/08/89 onde se lé triênio1988/1992 ler-se-a triênio 1989/1992 e onde se lé Victord'Araújo Martin ler-se-a Victor d'Araújo Martins.

Férias na Françae outros países da Europa

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Aeronáutica diz que

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BRASÍLIA — Terminou ontem as I5h aoperação de resgate reali/ada pela forçaAérea Brasileira dos sobreviventes doBoeing 737-200 da Varig, prefixo PP-DNK,que fez unia aterrissagem (orçada sobre aselva na Fazenda Crumaré. em Mato Gros-so, no domingo. A Varig contabilizava on-tem â noite 13 mortos e 35 feridos, das 54pessoas que estavam a bordo, entre asquais 6 tripulantes. O Ministério da Aero-náutica, contudo, negou-se durante todo odia de ontem a informar oficialmente o nú-mero e os nomes dos mortos no desastre,alegando que as informações são precárias eque por precaução só divulgaria dados ofi-ciais quando confirmados definitivamente.Pelas contas da Força Aérea, há 10 pessoasmortas e uma desaparecida (José Brasil, quepoderia até não ter embarcado em Marabá,como estava previsto). Há, portanto, umadiscrepância flagrante entre os dados da Ae-ronáutica e da Varig. Na lista da Va-rig. por exemplo, o passageiro José Brasil édado como morto.

O último boletim médico do Hospital deBase de Brasília sobre o estado de saúde dossobreviventes informou que dos 33 pacientesinternados no hospital apenas 3 (Bruno Me-lazo. de 2 anos de idade, Bruna Lorena, de 3anos. e Fidélis Rocco, de 50 anos) inspirammaiores cuidados. No caso da menina BrunaLorena. que estava ameaçada de perder aparte inferior de sua perna direita, o boletimmédico da noite restringe o risco à perda dopé.

Busca e resgate — Mais de 50 ofi-ciais da Aeronáutica trabalharam na buscae resgate do Boeing. As 1 lh55 de terça-feiraum avião Bandeirante, do 1" Grupo deTransporte da Força Aérea Brasileira, sedia-do no Galeão, confirmou a presença do

Boeing em Diaurarum, dentro da área dafazenda Crumaré, na longitude Sul, 10graus, e latitude Oeste. 52 graus.

A confirmação foi feita a partir da capta-çáo dos sinais emitidos pelo Boeing e somen-te às 16h35 o avião Hércules 2462, pilotadopelo capitão Celso Vieira Júnior, visualizouo Boeing, depois de sobrevoar a área 31vezes. Uma fogueira feita com folhas secas ea emissão de um fumerígeno de cor la-ranja (espécie de foguete que não emi-te luz, só fumaça) facilitou a tarefa devisualização.

Os sobreviventes foram retirados do localpor helicópteros e levados para a sede dafazenda, de onde seguiram em avião Bandei-rante até o campo de provas da Aeronáuticana Serra do Cachimbo. Uma equipe médicamilitar atendeu a todos os feridos, e 16 delesforam levados no Boeing 737 da Presi-ciência da República para o Hospital deBase. em Brasília. Os outros 21 seguiramnum avião Hércules para o mesmo hospital.De acordo com o médico, tenente Tavares, oestado de saúde dos feridos é bom, conside-rando as proporções do acidente. A maioriados feridos apresenta fraturas e hematomasno rosto.

O comandante Vila Verde, chefe da Divi-são de Buscas e Salvamento da Aeronáutica,baseada no Galeão, informou que ás 21h30de domingo, logo após as estações de rádioterem perdido contato com o Boeing, o Inpefoi acionado através do satélite especialSarsat, que selecionou a região de SãoJosé do Xingu como a mais provável paralocalização do avião. Fste tipo de serviçoprestado pelo Inpe ainda está em fase deexperimentação pelo Ministério da Aero-náutica.

Serra do Cachimbo — Leopoldo Silya

Lista dos sobreviventes

Tripulantes

Cezar Augusto Padula GarcezNilson de Souza ZilleLuciane Morozini de MeloSolange Pereira NunesJaqueline Klimeck GouveiaFlávia Conde Colares

Passageiros

Antônio LimaJosete FonsecaDébora MelazoBruno MelazoLiceu SechinMaria NóbregaFidelis SarnoManuel AlencarWilson AlencarMaria Delta CavalcantiEpaminondas ChavesNewton Macedo CoelhoCarlos GomesElza KososkiAntônio Oliveira

Rita OliveiraCleide Souza PaivaThais PaivaMarci Onilio Pinheiro FilhoAriadne RamosAfonso SaraivaJosé Gomes SilvaRegina SilvaOdenaquino SouzaRoberto AlbuquerqueEvandro AzevedoMarinês CoimbraBruna CostaJosé GadelhaRoberto MatosMeire PonchioRaimundo SiqueiraRuth TavaresMariane GeovanniRégia Azevedo

Obs.: A passageira Enilde Meloaparece na lista dos interna-dos no Hospital de Base de Bra-silia. Contudo, a Varig incluiuseu nome na relação dos mortos.

A relação dos mortos

Shiko FukuokaGiuseppe MetazoKátia TavaresHila LimaEnilde MeloCleonilde MeloHenrique Antunes NetoJosé Brasil

Severina LeiteMarcos MutranAntônio NascimentoJosé SantosAntônio José Araújo da Silva

Obs.: Esta lista toi divulgadaem nota oficial da Varig.

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JORNAL DO BRASIL Brasil 2" Edição ? quinta-feira, 7/9/89 n 1" caderno n 3

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Aeronáutica diz que

BRASÍLIA — Terminou ontem às 15h aoperação de resgate realizada pela ForçaAérea Brasileira dos sobreviventes doBoeing 737-200 da Varig, prefixo PP-DNK,que fez uma aterrissagem forçada sobre aselva na Fazenda Crumaré. em Mato Gros-so, no domingo. A Varig contabilizava on-tem à noite 13 mortos e 33 feridos, das 54pessoas que estavam a bordo, entre asquais 6 tripulantes. O Ministério da Aero-náutica, contudo, negou-se durante todo odia de ontem a informar oficialmente o nú-mero e os nomes dos mortos no desastre,alegando que as informações são precárias eque por precaução só divulgaria dados ofi-ciais quando confirmados definitivamente.

Feias estimativas da Aeronáutica, divul-gadas informalmente em Brasília, há 10 pes-soas mortas e uma desaparecida (José Brasil,que poderia até não ter embarcado cm Ma-rabá, como estava previsto). Há, portanto,uma discrepância flagrante entre os dadosda Aeronáutica c os da Varig. Na listada Varig. por exemplo, o passageiro JoséBrasil é dado como morto. Outro caso é o dapassageira Enilde Melo. que a Varig garanteque está morta, no entanto, seu nome surgena relação dos internados no Hospital deBase.

O último boletim médico do Hospital deBase de Brasília sobre o estado de saúde dossobreviventes informou que dos 33 pacientesinternados no hospital apenas 3 (Bruno Me-lazo, de 2 anos de idade, Bruna Lorena. de 3anos, c Fidélis Rocco. de 50 anos) ins-piram maiores cuidados. No caso da meninaBruna Lorena. que estava ameaçada de per-der a parte inferior de sua perna direita, oboletim médico da noite restringe o risco áperda do pé.

Busca e resgate — Mais de 50 ofi-ciais da Aeronáutica trabalharam na buscae resgate do Boeing. Às 1 lh55 de terça-feira

um avião Bandeirante, do 1" Grupo deTransporte da Força Aérea Brasileira, sedia-do no Galeão, confirmou a presença doBoeing em Diaurarum, dentro da área dafazenda Crumaré, na longitude Sul, 10graus, e latitude Oeste, 52 graus.

A confirmação foi feita a partir da capta-çâo dos sinais emitidos pelo Boeing e somen-te às 16h35 o avião Hércules 2462, pilotadopelo capitão Celso Vieira Júnior, visualizouo Boeing, depois de sobrevoar a área 31vezes. Uma fogueira feita com folhas secas ca emissão de um fumerígeno de cor la-ranja (espécie de foguete que não emi-te luz, só fumaça) facilitou a tarefa devisualização.

Os sobreviventes foram retirados do localpor helicópteros e levados para a sede dafazenda, de onde seguiram cm avião Bandei-rante até o campo de provas da Aeronáuticana Serra do Cachimbo. Uma equipe médicamilitar atendeu a todos os feridos, c 16 delesforam levados no Boeing 737 da Presi-déncia da República para o Hospital deBase, cm Brasília. Os outros 21 seguiramnum avião Hércules para o mesmo hospital.De acordo com o médico, tenente Tavares, oestado de saúde dos feridos é bom. conside-rando as proporções do acidente. A maioriados feridos apresenta fraturas e hematomasno rosto.

O comandante Vila Verde, chefe da Divi-são de Buscas c Salvamento da Aeronáutica,baseada no Galeão, informou que às 21h30de domingo, logo após as estações de rádioterem perdido contato com o Boeing, o Inpefoi acionado através do satélite especialSarsat, que selecionou a região de SãoJosé do Xingu como a mais provável paralocalização do avião. Este tipo de serviçoprestado pelo Inpe ainda está em fase deexperimentação pelo Ministério da Aero-náutica.

10 morreram e Varig fala

em 13Serra do Cachimbo — Leopoldo Silva

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Tripulantes

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Passageiros

Antônio LimaJosete FonsecaDébora MelazoBruno MelazoLiceu SechinMaria NóbregaFidelis SarnoManuel AlencarWilson AlencarMaria Delta CavalcantiEpaminondas ChavesNewton Macedo CoelhoCarlos GomesElza KososkiAntônio Oliveira

Rita OliveiraCleide Souza PaivaThais PaivaMarci Onilio Pinheiro FilhoAriadne RamosAfonso SaraivaJosé Gomes SilvaRegina SilvaOdenaquino SouzaRoberto AlbuquerqueEvandro AzevedoMarinès CoimbraBruna CostaJosé GadelhaRoberto MatosMeire PonchioRaimundo SiqueiraRuth TavaresMariane GeovanniRégia Azevedo

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Obs.: Esta lista foi divulgadaem nota oficial da Varig.

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4 ? Io caderno ? quinta-feira, 7/9/89 Brasil JORNAL DO BRASIL

Marinês enfrenta a escuridão cia inata e salva Bruna

BRASÍLIA — Eram l)h da noitequando Marincs Araújo Coimbra, 25anos, viu se aproximarem dos destro-ços do avião os homens que haviamsaído cm busca de socorro c retorna-vam da fazenda Crumaré do Xingu,de onde veio a primeira ajuda. Fazia48 horas Marincs tinha em seus bra-ços a filha, Bruna, de três anos, com aperna esmagada. A menina choravade dor e fome. A mãe, desesperada,procurava consolar a filha dando-lhepedaços de pano para morder. O es-tado de Bruna priorava. A perna es-tava inchada e roxa. Um dos tripu-lantes aconselhou Marinês eaconselhou: "Saia daqui agora senãosua filha vai morrer."

Com gritos e lágrimas, Marinêsconvenceu que os dois sobreviventesque haviam acabado de chegar a vol-tar com ela à fazenda. Improvisaramuma maca para Bruna e partiram.Foi uma longa e penosa caminhada,que começou às lOh na clareira aber-ta pelo avião e terminou as 2h damadrugada, quando chegaram à sededa Crumaré do Xingu. Na escuridãoda mata, eles atravessaram córregos,pularam troncos, enroscaram-se emcipós e caíram muitas vezes. Marinêschegou com os pés inchados, arra-nhada e machucada. Na pista da fa-zenda estava um Bandeirante daFAB.

A equipe de salvamento foi des-pertada pelos gritos da mãe de Bru-na: "Minha filha vai morrer. Peloamor de Deus, vamos para um hospi-tal.". O piloto da FAB disse que de-colar àquela hora era arriscado, masMarinês não desistiu. "Eles

queriamque esperasse até mais tarde. Masgritei, xinguei, chorei e consegui",contou. O avião foi abastecido emuma vila perto da fazenda. Para sina-lizar a pista de pouco mais de 800metros, o pessoal da FAB espalhouplásticos e vidros pelas margens, queforam iluminados pelos faróis de doiscarros. O Bandeirante decolou naescuridão. Às 6h30, Marinês chegavacom Bruna a Brasília.

Mas não terminava ai o martírio.Os médicos ainda não sabiam se po-diam salvar Bruna e disseram quetalvez fosse necessário amputar a per-na da menina. Amparada pela sogra,Francisca Martins Rocha, e pela pri-ma, Roseney Coelho Figueiredo, deBrasília, que haviam corrido ao Hos-pitai de Base, Marinês permaneceuem vigília durante toda manhã. Atéque. ás 15h, o médico Emil Vieira,chefe do setor de emergência, infor-mou que Bruna havia sido operadana perna e clavícula, c estava bem..Marinês foi a UTI, viu a filha e se-

guiu para casa da prima. Só entãodescansou."Vamos cair" — Na noite deontem, Marinês contou como foi oacidente. Ela lembra que mais ou me-nos uma hora depois de levantar vôode Marabá, onde embarcou com afilha com destino a Belém, para seroperada, o comandante do avião co-municou aos passageiros que tinhaperdido a rota e que teria de sobre-voar a região, em busca de um localpara pouso de emergência. "Logo de-pois, o comandante comunicou queestava voando em círculos para aca-bar com o combustível e evitar o riscode explosão na descida." As 9h30,mais ou menos, conta Marinês, o co-mandante pediu que todos passagei-ros fossem para os bancos da frentedo avião. Marinês sentou-se na ter-ceira fila, do lado da janela, e pôsBruna na poltrona do meio. Na outraextremidade ficou o médico José Ro-berto Matos. "Eu tremia de medo,mas não chorava para não assustar aBruna." Protegeu a filha com umtravesseiro e agarrou-se como pôde.A última coisa que ouviu antes dedesmaiar foi a voz do comandante:"Vamos cair."

Marinês voltou a si momentos de-pois, coberta de sangue. "Achei

queestava à morte. Tinha muito sangue.Era dos passageiros da frente, que cs-tavam feridos." Viu que Bruna estavaviva. Ainda tonta, puxou a filhaparao colo e sentiu que sua perna ficarapresa nas ferragens das poltronas.Estava tudo escuro. Pessoas gritavame choravam. Bruna passou toda anoite presa nas ferragens. Choravamuito. Só oito horas depois do aci-dente, ao amanhecer, Marinês conse-guiu soltar.

O tormento continuou. "Não ti-nha água, comida ou remédio noavião. Não tinha nada, nem um com-primido, nada mesmo para aliviar osofrimento da Bruna. Ela choravamuito. Eu dava-lhe pedaço de panopara morder. Nas primeiras horas,sem água nenhuma por perto, espre-mi folhas de bananeira para retiraralgumas gotas de água para Bruna".Abraçada à filha, Marinês acomo-dou-se do lado de fora da fuselagem,na clareira aberta pelo avião, em umacama feita com folhas de bananeira.Os mortos foram deixados no avião.

Tinham apenas restos de comida,que eram distribuídos parciosamenteentre os sobreviventes. "Eu só pensa-va em salvar minha filha, em nadamais. Foram os piores momentos daminha vida", diz ela. Marinês viveuhoras de angústia até às 9h da noiteda terça-feira. "Acho

que conseguisalvar minha filha", repetia ontem,entre soluços.

Brasília —Jorge Cardoso Brasília — Antonia Márcia

Bebê não sofre um arranhãoA menina Ariadne Ramos, de apena

cinco meses, não sofreu um único ar-ranhâo no acidente. "Eu a protegi co-mo uma onça", contou sua mãe, Regi-na. Ela deitou o bebê no colo e securvou completamente sobre ela. usandoo próprio corpo como escudo. Ariadne,que ainda está sendo amamentada aoseio. ficou várias vezes aos cuidados deoutros passageiros para que Regina bus-casse água retida nas folhas de árvores,única forma de matar a sede. antes dalocalização do igarapé. Mulher de garim-peiro e irmã de Afonso Saraiva, tambémgarimpeiro, e quem localizou o igarapépróximo ao local do acidente, Reginacarregou de uma só vez, num container,30 litros de água equilibrados na cabeça.

"Estou acostumada com o mato esei me virar", afirmou Regina, que sósofreu escoriações na perna direita. Umalembrança trágica do acidente, diz Regi-na. foi a morte da passageira CleonildeMelo. Presa às ferragens, ela resistiu aosferimentos até terça-feira, quando foi re-tirada dos escombros, mas faleceu quan-do já recebia atendimento médico a bor-do de um avião Bandeirante da FAB, acaminho de Cachimbo.

O médico oftalmologista João Ro-berto Matos ouviu os pedidos de ajudado médico legista e amigo José Brasil,mas não pode sair do lugar onde estavapara socorrê-lo. Brasil morreu dentrodo avião, com os órgãos internos per-

furados por uma barra de ferro. Matosestava a poucos metros do amigo, masimpedido de se movimentar por maisde uma dezena de poltronas, e aindaprecisava manter a perna esquerda afas-tada de uma lâmina metálica, a poucoscentímetros de seu joelho, mantendo asduas mãos ocupada nesta tarefa. O mé-dico oftalmologista ainda precisava tercuidado para não agravar os ferimentosda menina Bruna, de três anos de idade,presa entre suas pernas.

A menina viajava numa das primei-ras poltronas, com sua mãe MarinezCosta e ao lado do médico João Rober-to Matos, que diagnosticou que a criançasofreu traumatismo craniano, fratura dofémur e um possível afundamento toráxi-co, além de desidratação. A presença domédico a bordo, que só conseguiu sairdas ferragens ao meio-dia de segunda-feira, foi fundamental no atendimentoaos feridos.

"Depois de uma noite que pareceudurar 100 horas (de domingo para se-gunda), comecei a tratar dos feridos",recordou o médico. Todos os medica-mentos de primeiros socorros que es-tavam a bordo foram utilizados. Naterça-feira, caso o avião não tivesse sidolocalizado, Matos arrombaria o depósitode cargas do Boeing, onde estavam trêscaixas de medicamentos, que havia ad-quirido para seu consultório particular,em Belém.

Cachimbo (PA) — Leopoldo Silva

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Com choro, grilos e muito amor, Marinês salvou filha

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Ciei<lr e a filha Thais passaram pelo Hospital de BaseBrasília — Leopoldo Silva

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Com muito carinho,Cleide procura amenizar o drama emocionai vivido pela pequeCachimbo (PA) — Leopoldo Silva

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Os sobreviventes receberam os primeiros socorros na liase Aerea de CaximboIvaldo Cavalcante (Correio Brazilionse); .. . •

Regina fez do corpo um escudo para proteger Ariadne

Viva o herói

estropiadoM Wilson Alencar, dono do Café™ Três Poderes, em Anápolis

. (GO), e ao mesmo tempo piloto há 40anos, comemorou ontem o dia de seusanos com uma festa diferente que atépoucos dias atrás jamais poderia ima-ginar: o Parabéns a você foi entoado,por wn desafinado coro de 15 sobrevi-ventes do desastre com o Boeing 737-200 da Varig, para um aniversariantecheio de escoriações pelo corpo e umcorte de Sem no alto da cabeça cobertopor larvas de mosca varejeira. A festafoi na Fazenda Crumaré do Xingu, anove quilômetros do ponto onde oavião fez na noite de domingo um pou-so forçado, deixando lá oito corposesmagados. A nona vítima, CleoniceMelo, morrera na mesma fazendaCrumaré na noite anterior. Nada dissodiminuiu a alegria da festa de Wilson,cuja ação no desastre, com a velhaexperiência de piloto, fez dele uni vir-dadeiro herói.

Tania sofre crise de chor

tf*.*»*'

o ao saber que o irmão morreu

na Thais

Maior desafio foi

suportar a sede"Se tivéssemos ficado mais um dia.

não sei o que aconteceria conosco. Oclima já eslava insustentável e ccrtamcn-te haveria brigas sérias devido a falia deágua", contou ontem em Brasília a eslu-dante Meire Silcne Poncho, de 19 anos,residente em Belém. Meire, que saiu pra-ticamente ilesa do acidente apenascom hematomas no rosto, braços e es-coriações na perna estava sentada noultimo banco do avião, entre um homeme uma mulher de meia idade. Ambosmorreram instantaneamente. Mas ela ga-ranle que a maioria dos passageiros mor-tos Ibi imprensada entre os bancos.

Meire queixou-se do comportamentodas aeromoças, que "pensaram apenasnelas mesmas", com exceção da chefe daequipe. Elogiou o piloto que para ela "éo maior herói do Brasil e merece umamedalha de ouro", e disse que não saiprocessar a Varig porque teve um bomtratamento. Meire contou que tentaramfazer feijoada porque um dos passageirostrazia um pacote de feijão. Não deu cer-to. Havia pouca água e o feijão nãocozinhou. Lies passaram fome. mas o'pior foi a sede e os mosquitos. Ela estátoda marcada e inchada pelas picadasdos insetos. O problema da água elescontornaram abrindo troncos de bana--neiras. . . -

A jovem disse que os sinais leitos peloavião eram emitidos através de um apa-relho que necessitava de água para ope-rar. Com a falta, todos faziam xixi den-'tro de uma jarra, colocada dentro doaparelho. A pior cena que Meire presen-ciou foi na hora do resgate, quando teveque entrar dentro do avião para buscaralguns pertences. Disse que o cheiro erainsuportável — entrou com um pano no-rosto — e os corpos dos mortos estavaminchados ejá apodrecendo

Meire disse que não choveu e que'viram um avião passar sobre eles. 1 atiça-rain foguetes luminosos, mas nadaadiantou. Na noite de segunda-feira ou-viram três tiros que não sabe se foram decaçadores ou de Índios. O grupo passoua maior parte do tempo deitado pa-ira economizar forças. Eles pensavam queseriam salvos logo após a descida na ma-ia e começaram a se desesperar quandose deram conta que ninguém os eneon-trava. A estudante disse que foi uma das.únicas a não ter medo de subir novamen»2te cm um avião. "l'm raio não cai duas»vezes no mesmo lugar", afirmou.

O garimpeiro Newton Macedo Coei;lho. de 2!S anos. que mora em Imperatriz,-no Maranhão, disse que ' foi tudo muito»rápido" na hora do acidente. Com $queda, Newton desmaiou e. quando-acordou, sentiu fortes dores nas costas^"Consegui, porém, caminhar e sair do;avião, onde só ficaram mortos e pes-ísoas com fortes lesões", recordou. Newíjton quebrou a clavicula e eslava nó*Hospital de Base de Brasília.

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4 ? 1" cadçrno ? quinta-feira, 7/9/89 ? 2a Edição Brasil JORNAL DO BRASIL

Marinês enfrenta

BRASÍLIA — Eram 9h da noite,quando Marinês Araújo Coimbra, 25anos, viu se aproximarem dos destro-ços do Boeing da Varig que caiu emSão José do Xingu (MT) os homensque haviam saído em busca de socor-ro e retornavam da fazenda Cruniarédo Xingu, de onde veio a primeiraajuda. Fazia 48 horas Marinês tinhaem seus braços a filha, Bruna, de trêsanos, com a perna esmagada. A me-nina chorava de dor e fome. A mãe,desesperada, procurava consolar a fi-lha dando-lhe pedaços de pano paramorder. O estado de Bruna piorava.A perna estava inchada e roxa. Umdos tripulantes aconselhou Marinês:"Saia daqui agora senão sua filha vaimorrer."

Com gritos e lágrimas, Marinêsconvenceu os dois sobreviventes quehaviam acabado de chegar a voltarcom ela à fazenda. Improvisaramuma maca para Bruna e partiram.Foi uma longa e penosa caminhada,que começou às lOh na clareira aber-ta pelo avião e terminou as 2h damadrugada, quando chegaram à sededa Crumaré do Xingu. Na escuridãoda mata. eles atravessaram córregos,pularam troncos, enròscaram-sc emcipós e caíram muitas vezes. Marinêschegou com os pés inchados, arra-nhada e machucada. Na pista da fa-zenda eslava um Bandeirantes daFAB.

Plásticos e vidços — A equipede salvamento foi despertada pelosgritos da mãe de Bruna: "Minha filhavai morrer. Pelo amor de Deus, va-mos para um hospital." O piloto daFAB disse que decolar àquela horaera arriscado, mas Marinês não desis-tiu. "Eles

queriam que esperasse atémais tarde. Mas gritei, xinguei, choreie consegui", disse. O avião foi abaste-cido em uma vila perto da fazenda.Para sinalizar a pista de pouco maisde 800 metros, o pessoal da FABespalhou plásticos e vidros pelas mar-gens, que foram iluminados pelos fa-róis de dois carros. O Bandeirantesdecolou na escuridão. Às 6h30, Mari-nês chegava com Bruna a Brasília.

Mas não terminava aí o martírio.Os médicos ainda não sabiam se po-diam salvar Bruna e disseram quetalvez fosse necessário amputar a per-na da menina. Amparada pela sogra,Francisca Martins Rocha, e pela pri-ma. Roseney Coelho Figueiredo, deBrasília, que haviam corrido ao Hos-pitai de Base, Marinês permaneceuem vigília durante toda manhã. Atéque. ás 15h, o médico Emil Vieira,chefe do setor de emergência, infor-mou que Bruna havia sido operadana perna e clavícula, e estava bem.Marinês foi a UTI, viu a filha e se-guiu para casa da prima. Só entãodescansou.

"Vamos cair" — Na noite de

ontem, Marinês contou como foi oacidente. Ela lembra que mais ou me-nos uma hora depois de levantar vôode Marabá — onde embarcou com afilha com destino a Belém, para seroperada —, o comandante do aviãocomunicou aos passageiros que tinhaperdido a rota e que teria de sobre-voar a região, em busca de um localpara pouso de emergência. Outrossobreviventes deram outra versão: ocomandante teria informado que nãoera possível aterrissar em Belém por-que o aeroporto estava sem luz.

"Logo depois, o comandante co-municou que estava voando em cír-culos para acabar com o combustívele evitar o risco de explosão na desci-da." Por volta de 9h30, continuou, ocomandante pediu que todos passa-gciros fossem para os bancos da fren-te do avião. Marinês sentou-se naterceira fila, do lado da janela, e pôsBruna na poltrona do meio. Na outraextremidade ficou o médico José Ro-berto Matos. "Eu tremia de medo,mas não chorava para não assustar aBruna." Protegeu a filha com umtravesseiro e agarrou-se como pôde.A última coisa que ouviu antes dedesmaiar foi a voz do comandante:"Vamos cair."

Marinês voltou a si momentos de-pois, coberta de sangue. "Achei que,estava à morte. Tinha muito sangue.Era dos passageiros da frente, que cs-tavam feridos." Viu que Bruna estavaviva. Ainda tonta, puxou a filha parao colo e sentiu que sua perna ficarapresa nas ferragens das poltronas.Estava tudo escuro. Pessoas gritavame choravam. Bruna passou toda anoite presa nas ferragens. Choravamuito. Só oito horas depois do aci-dente, ao amanhecer, Marinês conse-guiu soltar a filha.

Mortos no avião — O tormen-to continuou. "Não tinha água, co-rnida ou remédio no avião. Não tinhanada, nem um comprimido, nadamesmo para aliviar o sofrimento daBruna. Ela chorava muito. Eu dava-lhe pedaço de pano para morder. Nasprimeiras horas, sem água nenhumapor perto, espremi folhas de bananei-ra para retirar algumas gotas de águapara Bruna". Abraçada á filha, Mari-nês acomodou-se do lado de fora dafuselagem, na clareira aberta peloavião, em uma cama feita com folhasde bananeira. Os mortos foram dei-xados no avião.

No avião destroçado havia apenasrestos de comida, que eram distribui-dos parciosamente entre os sobrevi-ventes. "Eu só pensava em salvar mi-nha filha, em nada mais. Foram ospiores momentos da minha vida",disse. Marinês viveu horas de angus-tia até às 9h da noite da terça-feira."Acho

que consegui salvar minha fi-lha", repetia ontem, entre soluços.

Bebê não sofre um arranhãoA menina Ariadne Ramos, de apena

cinco meses, não sofreu um único ar-'ranhào no acidente. "Eu a protegi co-mo uma onça", contou sua mãe, Regi-na. Ela deitou o bebê no colo e securvou completamente sobre ela. usandoo próprio corpo como escudo. Ariadne,que ainda está sendo amamentada aoseio. ficou várias vezes aos cuidados deoutros passageiros para que Regina bus-casse água retida nas folhas de árvores,única forma de matar a sede, antes dalocalização do igarapé. Mulher de garim-peiro e irmã de Afonso Saraiva, tambémgarimpeiro, e quem localizou o igarapépróximo ao local do acidente, Reginacarregou de uma só vez, num container,30 litros de água equilibrados na cabeça.

"Estou acostumada com o mato esei me virar", afirmou Regina, que sósofreu escoriações na perna direita. Umalembrança trágica do acidente, diz Regi-na. foi a morte da passageira CleonildeMelo. Presa às ferragens, ela resistiu aosferimentos até terça-feira, quando foi re-tirada dos escombros, mas faleceu quan-do já recebia atendimento médico a bor-do de um avião Bandeirante da FAB, acaminho de Cachimbo.

O médico oftalmologista João Ro-berto Matos ouviu os pedidos de ajudado médico legista e amigo José Brasil,mas não pode sair do lugar onde estavapara socorrê-lo. Brasil morreu dentrodo avião, com os órgãos internos per-

furados por uma barra de ferro. Matosestava a poucos metros do amigo, masimpedido de se movimentar por maisde uma dezena de poltronas, e aindaprecisava manter a perna esquerda afas-tada de uma lâmina metálica, a poucoscentímetros de seu joelho, mantendo asduas mãos ocupada nesta tarefa. O mê-dico oftalmologista ainda precisava tercuidado para não agravar os ferimentosda menina Bruna, de três anos de idade,presa entre suas pernas.

A menina viajava numa das primei-ras poltronas, com sua mãe MarinezCosta e ao lado do médico João Rober-to Matos, que diagnosticou que a criançasofreu traumatismo craniano, fratura dofêmur e um possível afundamento toráxi-co, além de desidratação. A presença domedico a bordo, que só conseguiu sairdas ferragens ao meio-dia de segunda-feira, foi fundamental no atendimentoaos feridos.

"Depois de uma noite que pareceudurar 100 horas (de domingo para se-gunda), comecei a tratar dos feridos",recordou o médico. Todos os medica-mentos de primeiros socorros que es-tavam a bordo foram utilizados. Naterça-feira, caso o avião não tivesse sidolocalizado, Matos arrombaria o depósitode cargas do Boeing, onde estavam trêscaixas de medicamentos, que havia ad-quirido para seu consultório particular,em Belém.

Cachimbo (PA) — Leopoldo Silva

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Cleide e a filha Thais passaram pelo Hospital de HaseBrasilia _ Jorge Cardoso S3o Jos6 do Xingu. MT — Gilberto Alves

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Os sobreviventes recebera.nl os primeiros socorros na liase Aerea de Cachimbo

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1 chepada dos tripulantes Jaipiclino. Xilson e Luciano

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a escuridão da mata e salva BrunaSerra do Cachimbo (PA) — Wilson Pudrosa Brasília — Antonia Márcia

Ós mortos foram os últimos a ser retirados do aviãoBrasília —Jorge Cardoso

Ciei de o a filha Thais passaram pelo Hospital do BaseSão José do Xingu. MT — Gilberto Alves

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Amor deu forças a Marinês

Viva o herói

estropiado¦| Wilson Alencar, dono do Café* Três Podercs, em Anápolis(GO), e ao mesmo (empo piloto ha 40anos. comemorou ontem o dia dc seusanos com uma festa diferente que atépoucos dias atrás jamais poderia iina-ginar: o Parabéns a você foi entoado,por um desafinado coro de 15 sobrevi-ventes do desastre com o Boeing 7.17-200 da Varig, para um aniversariantecheio de escoriações pelo corpo e umcorte dc 5cm no alto da cabeça cobertopor larvas de mosca varejei™. A festafoi na Fazenda Crumaré do Xingu, anove quilômetros do ponto onde oaviio fez na noite de domingo uni pou-so forçado, deixando lá oito corposesmagados. A nona vítima, CleoniceMelo, morrera na mesma fazendaCrumaré na noite anterior. Nada dissodiminuiu a alegria da festa de Vi ílson,cuja ação no desastre, com a velhaexperiência de piloto, fez dele um ver-dadeiro herói.

11Soldados campam corpo na chepada à Fazenda Crumaré. escala para Cachimbo

Cachimbo (PA) — Leopoldo SilvaMaior desafio foi

suportar a sede"Sc tivéssemos licado mais um dia.

não sei o que aconteceria conosco. Oclima já estava insustentável e certamen-te haveria brigas sérias devido a falta deágua", contou ontem em Brasília a estu-dante Meire Silene Poncho. de I') anos.residente em Belém. Meire. que saiu pra-ticamente ilesa do acidente — apenascom hematomas no rosto, braços e es-coriaçòes na perna estava sentada noúltimo banco do avião, entre um homeme uma mulher de meia idade Ambosmorreram instantaneamente Mas ela ga-rante que a maioria dos passageiros mor-tos foi imprensada entre oi bancos.

Meire queixou-se do comportamentodas aeromoças, que "pensaram apenasnelas mesmas", com exceção da chefe daequipe. Llogiou o piloto que para ela "eo maior herói do Brasil e merece umamedalha de ouro", e disse que não \aiprocessar a Varig porque teve um bomtratamento. Meire contou que tentaramfazer feijoada porque um dos passageirostrazia um pacote de feijão. Não deu cer-to. Havia pouca água e o feijão nãocozinhou. Eles passaram fome, mas opior foi a sede e os mosquitos Ela estatoda marcada e inchada pelas picadasdos insetos. O problema da água elescontornaram abrindo troncos de bana-neiras.

A jovem disse que os sinais leitos peloavião eram emitidos através de um apa-relho que necessitava de água para ope-rar Com a falta, todos faziam \i\: den-tro de uma jarra, colocada dentro doaparelho. A pior cena que Meire presen-ciou loi na hora do resgate, quando teveque entrar dentro do avião para buscaralguns pertences. Disse que o cheiro erainsuportável — entrou com um pano norosto e os corpos dos mortos estavaminchados e já apodrecendo.

Meire disse que não choveu e quev ram um avião passar sobre eles. Lança-ram foguetes luminosos, mas nadaadiantou. Na noite de segunda-feira ou-viram trés tiros que não sabe se foram decaçadores ou de índios O grupo passoua maior parte do tempo deitado pa-ra economizar forças. Eles pensavam queseriam salvos logo apos a descida na ma-ta e começaram a se desesperar quandose deram conta que ninguém os encon-trava. A estudante disse que foi uma dasúnicas a não ter medo de subir novamen-te em um avião. "L m raio não cai duasvezes no mesmo lugar", afirmou.

O garimpeiro Newton Macedo Coe-lho, de 28 anos, que mora em Imperatriz,no Maranhão, disse que "foi tudo muitorápido" na hora do acidente. Com aqueda. Newton desmaiou e, quandoacordou, sentiu fortes dores nas costas."Consegui, porém, caminhar e sair doavião, onde só ficaram mortos e pes-soas com fortes lesões", recordou. New-ton quebrou a clavícula e estava noHospital de Base de Brasília.

Brasília — Carlos Silva/Correio Braziliensc

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JORNAL DO BRASIL Brasil quinta-feira, 7/9/89 ? I" caderno n 5

Epaminondas liderou o grupo

em busca de salvamento

,, CACHIMBO, PA — ü engenheiroCivil Epaminondas Chaves, 36 anos deIdade, conlou em detalhes como foramtís momentos de tensão vividos pelosmssageiros e tripulantes do Boeing dayarig que fez um pouso de emergênciapm plena mata. Chaves foi a primeirapessoa a perceber que o avião estavafora da rota logo depois de sair dotferoporto de Marabá com destino aBelém, e foi o primeiro a deixar oíyiào assim que tocou o solo. Tambémfoi ele quem liderou o grupo formadopor mais Irês passageiros — AfonsoSaraiva, garimpeiro, Onilio PinheiroFilho e Antônio Oliveira — que entrouna floresta em busca de ajuda. Nessamissão, a experiência de Saraiva, oGurinípcirinho, na mala, foi fundanien-tal. A seguir, o relato de EpaminondasChaves:

Não sei se demorou segundos ouminutos, mas o tempo de queda doavião parecia infindável. Enquanto oavião caía. uma mulher gritava deses-peradamente. Ela morreu, não sei quemera. Um homem que entrou em pânicoe não quis colocar o cinto de segurançapassou como um foguete por mim.Atravessou todo o corredor do avião ese estatelou contra a porta da cabine docomandante. Acho que morreu na ho-fa. Rezei o tempo que durou a queda.Pensava só nos meus filhos, Thiago eDiogo.* — Logo que o avião deixou o aero-porto cm Marabá, ás 17h25, desconfieique alguma coisa não estava bem. Oavião rumou para Sudoeste, ao invésde seguir em linha reta. Conheço aregião. Vi o Rio Xingu quando deve-riamos estar sobre o Tocantins. Poucodepois das 18h tínhamos de estar des-cendo no aeroporto de Belém, mas jápassava das 1% e nada. O comandantedisse para que ficássemos tranqüilos,que havia um problema de contatocom a torre. Só depois das 2(lh eleavisou que o avião sofrerá uma panegeral e que tentaria um pouco de emer-gència.Não sabíamos onde estávamos.Era noite. Tudo escuro. As aeromoçasexplicaram que deveríamos manter os

Brasília — Leopoldo Silva

^ . L?Epaminondas teve medocintos de segurança apertados, abai-xar a cabeça sobre os joelhos e esperara parada total do avião para abando-ná-lo imediatamente pelas duas por-tas de emergência. Mas elas não fun-cionaram. Eu tentei. Tentei. E nada.Só a minha poltrona não soltou dostrilhos. Sentei na última poltrona dafila da esquerda. Vi que todas as pol-tronas tinham sido arrancadas. Haviacorpos presos nas ferragens. Ninguémfalava. Alguém apareceu, não lembroquem era, e tentou abrir comigo a por-ta de emergência. Era 21 h 1 Om quandocnimos. Fiquei desesperado. Machu-quei as mãos tentando abrir a porta.Conseguimos depois de muito esforçoabrir uma fresta da porta, que estavaobstruída por uma árvore.

— Pulei pra fora. Não enxergavanada. Não sabia pra onde ir. Espereique o avião explodisse, mas nada acon-teceu. Fiquei com medo. Não ouvianada. Nem gemido, nem choro. Depoissurgiram umas pessoas de dentro dafloresta. Machucadas e com a rouparasgada. Éramos 12. A gente se deu as

mãos sem falar nada. Ficamos ali para-dos, olhando o avião. Então, resolvirezar e todos rezaram comigo. Nào sa-bíamos o que fazer.

De repente, ouvimos alguém gri-tar de dentro do avião. Disse que era ocomandante (Cczar Augusto PadulaGarcez), mas que não podia sair porquenão via nada. Combinamos tentar ti-rá-lo assim que clareasse o dia. As 6hde segunda-feira entramos no avião.Tiramos pra fora o homem morto con-tra a porta da cabine. Começamos alivrar os passageiros das ferragens epoltronas que estavam por cima. Nosque estavam mortos, nem mexemospara não perder tempo. Tinha muitagente ferida, chorando e gemendo. Jun-tamos as almofadas das poltronas parafazer uma cama coletiva do lado de forado avião.

Não tinha mais água. l'm dospassageiros que estava bem (Afonso Sa-raiva) caminhou durante uma hora atéencontrar um igarapé. Foi a nossa sal-vação. Isso foi na segunda-feira. Eu e ocomandante passamos o dia retirandoas pessoas. De noite, traçamos um pia-no de ação. Eu e mais três companhei-ros que estavam bem iríamos procurarajuda (Afonso Saraiva, Márcio OnilioPinheiro Filho e Antônio Oliveira). Saí-mos ás 7h da manhã de terça-feira.As 9h avistamos uma fazenda (Cruma-ré). Antes, quando pisamos em excre-mento de gado, tivemos certeza de terchegado a algum lugar habitado. O ca-pataz veio falar com a gente. Mas nãohavia telefone, nem rádio. De cami-nhão fomos a uma outra fazenda (Ser-rão da Prata). De lá falamos por rádiocom alguém em Minas Gerais que avi-sou o serviço de busca, em Brasilia.

Eles (os oficiais da Aeronáutica)não acreditavam que fosse verdade.Ninguém acreditava. Desesperei. Todahora vinha alguém pru checar a infor-mação, perguntavam o nome do co-mandante do avião, número de passa-geiros, detalhes do vôo, e pediram otelefone da minha mulher (Manluce)em Belém para fazerem contato. De-pois de duas horas de agonia eles acre-ditaram em nós e iniciaram o socorro.

Técnicos acham remota hipótese

de pane

total de instrumentos

Romildo Guerrante

í: pouco provável que tenha havidopane de instrumentos de navegação noBoeing 717 da Varig que fez pouso força-do em Maio Grosso. Especialistas deaviação suspeitam, unanimemente, que ocomandante César Garcez confundiu oprocedimento de decolagem no sentidoMarabá-Belem (rumo de 5 graus) com oque se adota no sentido inverso (185graus). Habituado com a rota. o coman-dante pode ter-se distraído na audiçãodo tumultuado jogo Brasil x Chile e in-vertido o rumo correto, diz um dessestécnicos

O erro de rota pode ter sido minimi-zado pelo comandante, sugerem.'paranào dar o braço a torcer' e admitir aoscontroladores de vôo da região que esta-va perdido. O comandante Garcez develer iniciado, então, uma tentativa de en-contrar ciscando, como se diz na aviação,a cidade de Belém. Ele. provavelmente,diz um especialista, achou que seu errode rota era pequeno. Nào era e ele nàoprocurou auxílio, a nào ser duas horasdepois . quando só tinha meia hora decombustível. Essas hipóteses, alertam to-dos os ouvidos pelo .IB. são apenas espe-culaçào por enquanto. |á que a causa realda desorientação do comandante do PP-VMK só será descoberta quando for ou-vido o vnicc reenrder (gravador das con-versas na cabine) e decodificada a cha-mada caixa preta, que registra todos osparâmetros de vôo.

Magnetismo — Embora o miné-rio de Carajás possa afetar todos os ms-

trumentos eletromagnéticos, os técnicosadvertem que, nessa hipótese, só a bússo-Ia seria prejudicada. De qualquer forma.Marabá está a mais de 500 quilômetrosde Carajás e essa interferência só é senti-da quando se voa sobre a serra. Aliás,lembra um desses técnicos de aviação,Carajás foi descoberta exatamente por-que as bússolas dos aviões se descontro-lavam no sobrevôo da serra.

Por que o comandante Garcez nàousou, então, a orientação da bússola?Dizem os especialistas que ele deve terusado, mas não atentou para o provávelerro inicial. Se ele se desse conta do erroinicial na decolagem em Marabá, seriafácil fazer a correção, invertendo o rumoem ISO graus e voando o mesmo tempoque tinha voado até então. Depois,voa-ria os 45 minutos da etapa Marabá-Be-lém no rumo 5 graus.

De qualquer forma, a hipótese depane elétrica é recusada de pronto pelosespecialistas. Se tivesse havido pane elé-trica, o rádio teria se calado, o que nàoocorreu, pois o comandante fez. contatocom um companheiro que fazia rota pró-xima em outro avião da mesma empresa:'Piloto e co-piloto estiveram o tempolodo na foma'. argumentam.

Dissimulação — A suspeita deque o comandante estava perdido e nàoqueria admitir essa circunstância é refor-çada pelo depoimento das passageirasRita de Cássia e Elza Maria Gasparim.Segundo elas, o avião iniciou o procedi-mento de descida como se estivesse che-gando em Belém, para arremeter súbita-mente logo após sair de uma camada de

Dúvida sobre kit obrigatórioUma das sobreviventes, Marinês

Araújo Coimbra, reclamou que nãohavia medicamentos a bordo doBoeing acidentado, o que contraria,se verdadeiro, uma instrução de abrilde 19X5 do Departamento de Avia-çào Civil. Por esse acordo são consi-derados equipamentos obrigatóriostalas, esparadrapo, tesouras, soro fi-siológico, methiolate, material paraqueimadura e conjunto para suturas.

Nào há, nesse primeiro impactoprovocado pelo acidente com o aviãoda Varig, informações concretas so-Hre o kit de emergência que o Boeingdeveria levar, contendo, além deequipamentos para primeiros socor-ros. outros capazes de garantir asobrevivência na selva. Ontem, o Mi-nistério da Aeronáutica não dispunhadessa informação, até por considera-la secundária no momento, já quetodo o empenho se voltava para osalvamento de vidas.

Os integrantes da Comissão de In-vestigaçâo que vão apurar as causasdo acidente terão de se ocupar tam-bém desse detalhe. Para sobrevivén-cia na selva, a instrução do DACconsidera obrigatórios os seguintesequipamentos: facão para abrir pica-da, apito, bússola, cartão de sinaliza-çâo terra-mar, caixa de costura, esto-jo para pesca, fósforos, gerador defumaça, lanternas, repelentes contrainsetos, sal de cozinha, cartão de si-nalizaçào terra/ar, luvas e manual deinstruções básicas.

O Boeing acidentado, pelo núme-ro de passageiros que carregava, teriade levar, pelo menos, três estojos decada um desses conjuntos de equipa-mentos. Se for constatado que oavião não carregava os estojos com-pletos com os equipamentos, a Varigpoderá ser punida com uma grandemulta em dinheiro.

Alto custo desestimula adoção dt> poltronas mais resistentes

Assento sem segurança é o maior perigo

nuvens e encontrar apenas água e flores-ta. Nessa ocasião, contam as sobreviveu-tes, o piloto pediu a uma aeromoça quedissesse aos passageiros que o pouso nàoseria possível porque faltava luz no aero-porto de Belém. Rita e Elza garantemque o dia ainda estava claro.

Os especialistas em aviaçào apontamoutro aspecto que consideram responsa-vel pelo episódio do 737. Segundo eles, asmodernas cartas de vôo por instrumentoindicam ludo o que interesse à segurançado vôo não visual, mas omitem qualquerreferência geográfica. 'Há uma geraçãointeira de pilolos que nào sabem voarcom referência no solo. E possível que ocomandante Garcez seja um desses, poisseu radar de bordo seria capaz de ras-trear o solo, com indicações bastanterazoáveis de áreas cobertas por vegeta-çào. campos e rios', diz um desses técni-cos. piloto aposentado que conhece pro-fundamente a região amazônica.

Falha grave no comportamento docomandante, apontam todos, foi baixaro avião para buscar referências visuaisno solo Com esse procedimento, aumen-tou consideravelmente o consumo decombustível e, paralelamente, reduziu oraio de alcance do sistema de rádio, alémde dificultar a localização por ra-dar Quanto ao pouso, todos entendemque foi correto no sentido de que foiefetuado sem combustível, reduzindo osriscos de incêndio e, consequentemente,contribuindo para diminuir o número devitimas e a gravidade dos ferimentos dossobreviventes.

Ministro faz o

elogio do pilotoO ministro da Aeronáutica, Otávio

Moreira Lima, elogiou o desempenhodo comandante da Varig, César Gar-cez. que conseguiu fazer o Boeing 737-200 pousar na Fazenda Crumaré doXingu, salvando a maior parte dos pas-sageiros da etapa Marabá-Belém do vôo:"Foi milagre, ele foi muito hábil. Tevemuito sangue-frio para pousar onde nãoconhecia". Até o fim do ano será instala-do um radar aéreo em Belém. O governoainda nào tem dinheiro para a quartafase do Sindacta — sistema de controlede vôo, através de modernos radares,que tem absorvido recursos e esforços daAeronáutica nos últimos anos, mas nàoestá concluído. O Sindacta já atinge oNordeste, zona preferencial por ter altadensidade de tráfego aéreo. A Amazônia,apesar de todos os planos prontos, nãotem previsão de instalação dos radaresdo Sindacta, por carência de recursos."Um único radar desse tipo custa 35milhões de dólares, sem contar os custosde montagem e manutenção", disse o mi-nistro.

Poltrona e fogo

imitam mais queimpacto no chão

Os depoimentos dos sobrevi-

ventes do Boeing 737-200 daVarig trazem de novo â tona a dis-ctissão sobre a segurança das poltro-nas dos jatos comerciais. Enquantoo corpo humano é capaz de resistir auma pressão correspondente a 25vezes a força da gravidade — o im-pacto de um avião a jato a 241 kni hque parasse em um quarto de segun-do —, as poltronas dos aviões, mon-tadas sobre frágeis varetas de alumí-nio, desmontam com extremafacilidade e podem se transformarem verdadeiras armadilhas em casode acidente.

Em 1962, quando um Constella-tion da Flying Tigcrs fez um pousoforçado no Atlântico, dezenas depassageiros afundaram com o avião,incapazes de sair de sob os assentos

desmontados pelo impacto. No casodo Focker F-227 que caiu cm 1972nos Andes, as mortes foram causa-das pelos assentos, que se soltaramno choque. As investigações mostra-ram que. se as poltronas tivessemresistido, todas as pessoas teriam cs-capado.

Os cintos de segurança abdomi-nais que os passageiros apertam du-rante as decolagens e pousos ofere-cem menos proteção que os modelosusados cm carros esporte. Duranteum pouso forçado, sem cintos paraprendê-lo pelos ombros à poltrona,o passageiro tem o tórax e as pernasarremessadas para a frente, fratu-rando-as, e tornando-se incapaz dese locomover. Nos transportes daForça Aérea Americana, os assentosficam voltados para a traseira doavião, o que coloca o corpo em me-lhores condições de resistir à queda.Em muitos jatos comerciais, as pol-tronas das aeromoças têm cintos quetambém prendem os ombros.

Mas assentos mais resistentes sãotambém mais caros, e a maioria das

companhias aéreas só adota inova-çòcs que forem vantajosas. Um mo-delo recente, o Weber 4001. capaz deresistir a grandes desacelerações, co-meça a ser utilizado por companhiasamericanas, porque é muito maisbarato que o modelo anterior.

Todas as investigações de desas-três aéreos concluem que as normasde segurança adotadas pelas compa-nhias deixam muito a desejar. Gran-de parte das mortes em acidentesaéreos ocorre devido ao incêndio de-corrente do impacto no solo do queda queda em si. Um moderno jatocomercial carrega em média 900 qui-los de espuma de uretano no estofa-mento de poltronas que, de acordocom testes feitos nos Estados Uni-dos, são consumidas inteiramentepelo fogo em pouco mais de umminuto. A grande quantidade deplástico que reveste a cabine dosjatos comerciais também incen-deiam-se com facilidade e produzemgases venenosos capazes de nocau-tear uma pessoa cm questão de se-eundos.

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em busca de salvamento

Rr^nilifi — Loopoldo Silvai \CHlMBO, PA - O engenheiro

civil Epanunondas Chaves, 36 anos deidade, contou em detalhes como foramos momentos de tensão vividos pelospassagenos e tripulantes do Boeing daVarig que fez um pouso de emergênciacm plena mata. Chaves foi a primeirapessoa a perceber que o avião estavafora da rola logo depois de sair doaeroporto de Marabá com destino aBelem, e foi o primeiro a deixar oavião assim que tocou o solo. Tambémfoi ele quem liderou o grupo formadopor mais três passageiros — AfonsoSaraiva, garimpeiro, Onilio PinheiroFilho e Antônio Oliveira - que entroun.i floresta em busca de ajuda. Nessamissão, a experiência de Saraiva, oi iarimpetrinho. na mala, foi fundamen-lal A seguir, o relato de Epaminondas('haves

Não sei se demorou segundos ouminutos, mas o tempo de queda doavião parecia infindável. Enquanto oavião caia, uma mulher gritava deses-peradamente. Ela morreu, não sei quemera. Um homem que entrou em pânicoe não quis colocar o cinto de segurança

. passou como uni foguete por mim.•¦Atravessou todo o corredor do avião e

se estatelou contra a porta da cabine do"comandante Acho que morreu na lio-ra. Rezei o tempo que durou a queda.Pensava so nos meus filhos, Thiago eDiogo.

I ogo que o avião deixou o acro-porto cm Marabá, as I7h25, desconfieique alguma coisa não estava bem. Oavião rumou para Sudoeste, ao invésde seguir cm linha reta. Conheço aregião. Vi o Rio Xingu quando deve-riamos estar sobre o Tocantins. Poucodepois das 1 Rh tínhamos de estar des-cendo no aeroporto de Belém, mas jápassava das l''h e nada. O comandantedisse para que ficássemos tranqüilos,que havia um problema de contatocom a torre Sn depois das 20h eleavisou que o avião sofrerá uma panegeral e que tentaria um pouco de cmer-gcncia.

Não sabíamos onde estávamos.Era noite. 'I udo escuro. As aeromoçasexplicaram que deveríamos manter os

V

Epami nondas teve mecintos de segurança apertados, abai-xar a cabeça sobre os joelhos e esperara parada total do avião para abando-ná-lo imediatamente pelas duas por-tas de emergência. Mas elas não fun-cionaram. Eu tentei. Tentei. E nada.Só a minha poltrona não soltou dostrilhos. Sentei na última poltrona dafila da esquerda. Vi que todas as pol-tronas tinham sido arrancadas. Haviacorpos presos nas ferragens. Ninguémfalava. Alguém apareceu, não lembroquem era, e tentou abrir comigo a por-ta de emergência. E.ra 21 h 1 Om quandocaimos. Fiquei desesperado. Machu-quei as mãos tentando abrir a porta.Conseguimos depois de muito esforçoabrir uma fresta da porta, que estavaobstruída por uma árvore.

— Pulei pra fora. Não enxergavanada. Não sabia pra onde ir. Espereique o avião explodisse, mas nada acon-teceu. Fiquei com medo. Não ouvianada. Nem gemido, nem choro. Depoissurgiram umas pessoas de dentro dafloresta. Machucadas e com a rouparasgada. Éramos 12. A gente se deu as

mãos sem talar nada. Ficamos ali para-dos, olhando o avião. Então, resolvirezar e todos rezaram comigo. Nao sa-biamos o que fazer.

De repente, ouvimos alguém gri-tar de dentro do avião. Disse que era ocomandante (Cezar Augusto PadulaGarcez), mas que não podia sair porquenão via nada. Combinamos tentar li-rá-lo assim que clareasse o dia. As 6hde segunda-feira entramos no avião.Tiramos pra fora o homem morto con-tra a porta da cabine. Começamos alivrar os passageiros das ferragens epoltronas que estavam por cima. Nosque estavam mortos, nem mexemospara não perder tempo. Tinha muitagente ferida, chorando e gemendo. Jun-tamos as almofadas das poltronas parafazer unia cama coletiva do lado de forado avião.

Não tinha mais água. Um dospassageiros que estava bem (Afonso Sa-raiva) caminhou durante uma hora atéencontrar um igarapé. Foi a nossa sal-vação. Isso foi na segunda-feira. Eu e ocomandante passamos o dia retirandoas pessoas. De noite, traçamos um pia-no de ação. Eu e mais três companhei-ros que estavam bem iríamos procurarajuda (Afonso Saraiva, Márcio OnilioPinheiro Filho c Antônio Oliveira). Saí-mos ás 7li da manhã de terça-feira.Às 9h avistamos uma fazenda (Cruma-ré). Antes, quando pisamos em excre-mento de gado, tivemos certeza de terchegado a algum lugar habitado. O ca-pataz veio falar com a gente. Mas nãohavia telefone, nem rádio. De carni-nliâo fomos a uma outra fazenda (Ser-rão da Prata). De lá falamos por rádiocom alguém em Minas Gerais que avi-sou o serviço de busca, cm Brasília.

Eles (os oficiais da Aeronáutica)não acreditavam que fosse verdade.Ninguém acreditava. Desesperei. Todahora vinha alguém pra checar a infor-mação, perguntavam o nome do co-mandante do avião, número de passa-geiros, detalhes do vôo, e pediram otelefone da minha mulher (Mariluce)em Belém para fazerem contato. De-pois de duas horas de agonia eles acre-ditaram em nóse iniciaram o socorro.

Técnicos acham remota hipótese

pane total de instrumentos

Romildo Guerrante

F pouco provável que tenha havidopane de instrumentos de navegação noBoeing 7.V? da Varig que fez pouso força-do em Maio Grosso. Especialistas deaviação suspeitam, unanimemente, que ocomandante César Garcez confundiu oprocedimento de decolagem no sentidoMarahá-Belèm (rumo de 5 graus) com oque se adota no sentido inverso (18graus). Habituado com a rota, o coman-dante pode ter-se distraído na audiçãodo lumultuado jogo Brasil \ Chile e in-vertido o rumo correio, diz. um dessestécnicos.

O erro de rota pode ter sido minimi-zado pelo comandante, sugerem,'paranão ciar o braço a torcer' e admitir aoscontroladores de vóo da região que esta-va perdido. O comandante Garcez deve' ler iniciado, então, uma tentativa de en-contrar riscando, como se diz na aviação,,i cidade de Belém. Ele, provavelmente,diz um especialista, achou que seu errode roía era pequeno. Não era e ele nãoprocurou auxilio, a não ser duas horasdepois . quando só tinha meia hora decombustível Essas hipóteses, alertam to-dos o, ouvidos pelo JB. são apenas espe-i ulaçào por enquanto, já que a causa realda desorientação do comandante do PP-VMK só será descoberta quando for ou-vido o vour rrcordvr (gravador das con-versas na cabine) e decodificada a cha-mada cana preta, que registra todos osparâmetros de vôo.

Magnetismo — Embora o mine-rio de Carajás possa afetar todos os ins-

trumentos eletromagnéticos, os técnicosadvertem que, nessa hipótese, só a bússo-Ia seria prejudicada. De qualquer forma.Marabá está a mais de 500 quilômetrosde Carajás e essa interferência só é senti-da quando se voa sobre a serra. Aliás,lembra um desses técnicos de aviação,Carajás foi descoberta exatamente por-que as bússolas dos aviões se descontro-lavam no sobrevôo da serra.

Por que o comandante Garcez nãousou, então, a orientação da bússola?Dizem os especialistas que ele deve terusado, mas não atentou para o provávelerro inicial. Sc ele se desse conta do erroinicial na decolagem em Marabá, seriafácil fazer a correção, invertendo o rumoem IRO graus e voando o mesmo tempoque tinha voado até então. Depois,voa-ria os 45 minutos da etapa Marabá-Be-lém no rumo 5 graus.

De qualquer forma, a hipótese depane elétrica é recusada de pronto pelosespecialistas. Se tivesse havido pane elé-trica, o rádio teria se calado, o que nãoocorreu, pois o comandante fez contatocom um companheiro que fazia rota pró-xima em outro avião da mesma empresa:'Piloto e co-piloto estiveram o tempotodo na fonia', argumentam.

Dissimulação — A suspeita deque o comandante estava perdido e nãoqueria admitir essa circunstância é refor-çada nelo depoimento das passageirasRita de Cássia e Elza Maria Gasparim.Segundo elas, o avião iniciou o procedi-mento de descida como se estivesse che-gando em Belém, para arremeter súbita-mente logo após sair de uma camada de

São José do Xingu. MT - Wilson Pedrosa

.1 caixa preta do avião Joi encontrada entre os destroços

nuvens e encontrar apenas água e flores-ta. Nessa ocasião, contam as sobreviven-tes, o piloto pediu a uma aeromoça quedissesse aos passageiros que o pouso nãoseria possível porque faltava luz no aero-porto de Belém. Rita e Elza garantemque o dia ainda estava claro.

Os especialistas em aviação apontamoutro aspecto que consideram responsá-vel pelo episódio do 737. Segundo eles, asmodernas cartas de vôo por instrumentoindicam tudo o que interesse à segurançado vóo não visual, mas omitem qualquerreferência geográfica.

"Há uma geraçãointeira de pilotos que não sabem voarcom referência no solo. É possível que ocomandante Garcez seja um desses, poisseu radar de bordo seria capaz de ras-trear o solo, com indicações bastanterazoáveis de áreas cobertas por vegeta-ção, campos e rios', diz um desses técni-:os, piloto aposentado que conhece pro-fundamente a região amazônica.

Falha grave no comportamento docomandante, apontam todos, foi baixaro avião para buscar referências visuaisno solo. Com esse procedimento, aumen-tou consideravelmente o consumo decombustível e, paralelamente, reduziu oraio de alcance do sistema de rádio, alémde dificultar a localização por ra-dar.Quanto ao pouso, todos entendemque foi correto no sentido de que foiefetuado sem combustível, reduzindo osriscos de incêndio e, consequentemente,contribuindo para diminuir o número devitimas e a gravidade dos ferimentos dossobreviventes.z no aeroporto.

Ministro faz o

elogio do pilotoO ministro da Aeronáutica, Otávio

Moreira Lima, elogiou o desempenhodo comandante da Varig, César Gar-cez. que conseguiu fazer o Boeing 737-20(1 pousar na Fazenda Crumaré doXingu, salvando a maior parte dos pas-sageiros da etapa Marabá-Belém do vôo:"Foi milagre, ele foi muito hábil. Tevemuito sangue-frio para pousar onde nãoconhecia". Até o fim do ano será instala-do um radar aéreo em Belém. O governoainda não tem dinheiro para a quartafase do Sindacta — sistema de controlede vôo, através de modernos radares,que tem absorvido recursos e esforços daAeronáutica nos últimos anos. mas nãoestá concluído. O Sindacta já atinge oNordeste, zona preferencial por ter altadensidade de tráfego aéreo. A Amazônia,apesar de todos os planos prontos, nãotem previsão de instalação dos radaresdo Sindacta, por carência de recursos."Um único radar desse tipo custa 35milhões de dólares, seni contar os custosde montagem e manutenção", disse o mi-mstro.

Alto nisto desestimula adoção de poltronas mais resistentes

Assento sem segurança é o maior perigo

Poltrona e fogo

imitam mais que

impacto no chão

Os depoimentos dos sobrevi-

ventes do Boeing 737-200 daVarig trazem de novo á tona a dis-cussão sobre a segurança das poltro-nas dos jatos comerciais. Enquantoo corpo humano é capaz de resistir auma pressão correspondente a 25vezes a força da gravidade — o im-pacto de um avião a jato a 241 km hque parasse em uni quarto de segun-do —, as poltronas dos aviões, mon-tadas sobre frágeis varetas de alumi-nio, desmontam com extremafacilidade c podem se transformarem verdadeiras armadilhas cm casode acidente.

Em 1962, quando um Constella-tion da Flying Tigers fez um pousoforçado no Atlântico, dezenas depassageiros afundaram com o avião,incapazes de sair de sob os assentos

desmontados pelo impacto. No casodo Focker F-227 que caiu em 1972nos Andes, as mortes foram causa-das pelos assentos, que se soltaramno choque. As investigações mostra-ram que. se as poltronas tivessemresistido, todas as pessoas teriam cs-capado.

Os cintos de segurança abdomi-nais que os passageiros apertam du-rante as decolagens e pousos ofere-cem menos proteção que os modelosusados em carros esporte. Duranteum pouso forçado, sem cintos paraprendê-lo pelos ombros á poltrona,o passageiro tem o tórax e as pernasarremessadas para a frente, fratu-rando-as, e tornando-se incapaz dese locomover. Nos transportes daForça Aérea Americana, os assentosficam voltados para a traseira doavião, o que coloca o corpo em me-lhores condições de resistir a queda.Em muitos jatos comerciais, as pol-tronas das aeromoças têm cintos quetambém prendem os ombros.

Mas assentos mais resistentes sãotambém mais caros, e a maioria das

companhias aéreas só adota inova-çòes que forem vantajosas. Um mo-ciclo recente, o Weber 4001. capaz deresistir a grandes desacelerações, co-meça a ser utilizado por companhiasamericanas, porque é muito maisbarato que o modelo anterior.

Todas as investigações de desas-tres aéreos concluem que as normasde segurança adotadas pelas compa-nhias deixam muito a desejar. Gran-de parte das mortes em acidentesaéreos ocorre devido ao incêndio de-corrente do impacto no solo do queda queda em si. Um moderno jatocomercial carrega em média 900 qui-los de espuma de uretano no estofa-mento de poltronas que, de acordocom testes feitos nos Estados Uni-dos, são consumidas inteiramentepelo fogo em pouco mais de umminuto. A grande quantidade deplástico que reveste a cabine dosjatos comerciais também ineen-deiam-se com facilidade e produzemgases venenosos capazes de nocuu-tear uma pessoa em questão de se-g undos.

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SM8

6 ? 1° caderno ? quinta-feira, 7/9/89Brasil

Informe JB

IT occ sabia que o deputado Fer-* nando Collor votou a favor da

emenda das diretas-já, em 84?Um teletcstc, com perguntas

como esta, faz parte do roteiro doprograma do horário gratuito apro-vado segunda-feira à noite por Col-lor.

Evidentemente, só serão feitasao telespectador perguntas cujasrespostas sejam favoráveis ao can-didato.

?Por isso mesmo, está fora de

cogitação a questão:Você sabia que o deputado Fer-

nando Collor votou a favor de Pau-Io Maluf, em 85?

AliásCollor vai estar hoje â noite cm

casa.Na TV Globo.No Palanque Eletrônico.

Gf-ol contraO general De Gaulle, da França,

dizia que o Brasil não era um paissério.?

É porque ele não conheceu o Chi-le de Rojas e Pinochet.

Pró-memóriaNo dia 7 de setembro de 1822,

junto com a independência política, opais ganhava também sua primeira dí-vida: 2 milhões de libras esterlinas.

__ Este foi o preço cobrado por D.João VI para reconhecer a nova condi-ção da ex-colônia: que D. Pedro Iassumisse a dívida da Coroa portugue-sa com a Inglaterra.

?Passados exatos 167 anos, o Brasil

tem atualmente 44 milhões de brasilei-ros vivendo cm pobreza absoluta euma dívida externa de 112 bilhões dedólares.

E a crise?O consumo de energia elétrica no

Brasil em julho cresceu 6,2% em rela-ção a julho do ano passado e 3,9% nosúltimos doze meses.

O Nordeste foi a região que maisconsumiu neste período (7,2%), segui-do do Norte (5,3%), Sudeste (3,4%),Centro-Oeste (2,9%) e Sul (2,8%).

O consumo industrial, que repre-senta 53% do mercado, também se ex-pandiu: 4,9% em relação a julho de 88e 2,9% em relação aos últimos dozemeses.

E maisO setor de alimentos vai muito

bem, obrigado.Deverá fechar o mês de agosto,

em relação a julho, com crescimentode 15% a 16%.

A conta é de Abraham Szajman,presidente da Federação de Comérciodo Estado de São Paulo.

EspertezaMal houve a divulgação do tex-

to do projeto de lei que regularizou140 loteamentos clandestinos em Bra-sília, pôde-se verificar a ocorrência demalandragem.

O senador Meira Filho (PMDB-DF), espertamente, incluiu emendaque exclui os loteadores do ressarci-mento pelas melhorias a serem feitaspelo governo nos terrenos.Conforme o projeto aprovado, só oscompradores é que pagarão pelas me-lhonas.

Os 198 luxuosos figurinos produ-zidos no Brasil, mais os cenários eadereços que foram leitos em Santiagoe que totalizam oito toneladas de ma-terial, não poderão mais vir por terraem containers — como foi combinado— porque o trajeto está interrompidopor uma barreira de neve que caiu dacordilheira.

?O governador Moreira Franco jáapelou para o ministro da Cultura,

José Aparecido, buscando a colabora-ção de um cargueiro da FAB.

EstocadaDo jornalista Carlos Brickman,

principal assessor do candidato Pau-Io Maluf, explicando por que a em-baixada brasileira não foi acionadapara programar o candidato nos Esta-dos Unidos:

— Para não atrapalhar.

BastidoresA maioria das defesas dos indi-

ciados no caso Nahas — que come-çam a ser entregues por escrito ama-nhà — vai centrar fogo no presidenteda Bolsa de Valores de Sao Paulo,Eduardo da Rocha Azevedo.

Eles querem provar que Azevedotem se notabilizado em criar instabili-dade no mercado, como há dois anos,quando disse nos jornais que o gover-no ia dar calote nos títulos da dívidapública.

E negar a principal defesa do pre-sidente da Bovespa — a de que suasdeclarações são apenas para alertar.

IndependênciaO candidato do PT á Presidén-

cia, Luís Inácio Lula da Silva, deci-diu passar a data nacional no berçodos movimentos pela Independência,em Ouro Preto. Ele deve chegar ácidade por volta de meio-dia, quandoparticipará de uma concentração.

A maior parte da tarde, porém.Lula deverá passar percorrendo os lo-cais históricos da Inconfidência Minei-ra, como as casas dos inconfidentesCláudio Manoel e Thomaz AntônioGonzaga, além da mina de Chico Rei.

NegócioO Grupo Edson Queiroz, de For-

taleza, dono da água mineral Minalba,está inovando.

Prepara-se para lançar a nova em-balagem onc-way de 300ml da águamineral aromatizada sabor limão, tan-gerina e menta.

A toque de caixaOs constituintes fluminenses reu-

niram-se em consecutivas sessões ex-traordinárias das 19h de terça-feira às5h30 da madrugada de ontem paradiscutir 42 emendas ao projeto deConstituição estadual.

Levaram as nove primeiras horaspara analisar e votar 7.

As outras 35 foram discutidas naúltima hora e meia.

?

Pelas várias sessões extraordiná-rias noite adentro de terça e quarta-feira, cada constituinte fluminense re-ceberá em média NCzS 4 mil.

Passado e futuroAssessor do ministro da Cultura

e entusiasmado batalhador em favorda candidatura Collor, o jornalista Se-bastião Nery entrou feliz, outro dia,no gabinete do ministro e ouviu deJosé Aparecido:

— Já está entrando aqui com essacara de futuro para olhar para minhacara de passado?

CulturaA co-produção entre o Teatro

Municipal do Rio de Janeiro e o Tea-tro Municipal de Santiago para a rea-lização da ópera Eugen Onegin, deTchaikovsky — que estreou semanapassada com sucesso na capital chilena—, corre o risco de não chegar ao Riodia 6 de outubro.

Em altaO embaixador do Brasil em Lon-

dres, Celso Souza e Silva, mandou on-tem uma foto do candidato FernandoCollor de Mello com a primeira-minis-tra Margareth Tatcher, para o comitêcentral da campanha, em Brasília.

Em bilhetinho. o embaixador pe-dia que Collor autografasse a foto emandasse de volta para ele, "comouma grata lembrança".

A foto do assaltante LuisFernando de Sousa apontando orevólver para a cabeça do fun-cionário Francisco Barbosa, doMotel Santa Comba, Lapa, Ccn-tro do Rio, foi publicada cm vá-rios jornais do mundo.t O deputado Antônio Lopes R-Iho (PDS) foi despertado no meioda madrugada de ontem duranteK8io extraordinária da Consti-tuinte do Estado do Rio para darseu voto etn certa emenda. Levan-loo-se ágil com a resposta na pon-ta da língua: "Maluf pra presi-dente."

Foi fundado ontem â noite oComitê Ivan Alves para coorde-nar a campanha de RobertoFreire no Rio. Vai funcionar noescritório do arquiteto OscarNiemeyer, na Avenida Atlântica,no Rio.

O Cbevete preto placa XY4170 circula pelas ruas de Botafo-go, no Rio, com dois adesivos, umdeles da F.scuderia Le Cocq. O

Lance-Livreoutro lança o candidato "Sassápresidente", com o ss em verdee amarelo.

Pela primeira vez na AméricaLatina, o clássico da literaturainfantil O pássaro azul será ence-nado dia 16 com direção deEduardo Wotzik, no Teatro Vil-la-Lobos, no Rio. O russo Cons-lantin Stanislavsky. revoluciona-rio do sistema de atuação noteatro, foi quem primeiro mon-tou a peça cm 1908, em Moscou.

Durante a 12' Expolnter, noRio Grande do Sul, 50% dos ar-remates de matrizes de gado fo-ram feitos por pecuaristas do Es-tado do Rio — totalizando umacompra no valor de NCzS 504 mil.Um desses compradores foi o em-presário Oimério Veloso, dono doCB, que adquiriu duas vacas ho-landesas dassic.

A Abrasce já está organizan-do o 3o Congresso Internacionalde Shopping, que acontece cmmeados do próximo ano no Rioe contará com a participação dos

Estados Unidos, Canadá, Kran-ça e Espanha.

A assessora econômica deFernando Collor de Mello, ZéliaCardoso de Mello, considera queo custo mais alto do exercício deum cargo público é o envelheci-mento precoce. Aos 35 anos, jápensando no dia-a-dia do próximogoverno, Zélia garante que man-terá as aparências. "Não saireiacabada não. Eu sei me cuidar."

O presidente Josc Sarnevconfirmou sua presença no VISalão de Automóveis, dia 20 deoutubro, no Parque do Anhcm-bi, em São Paulo.

Uma funcionária da 8* Juntado Tribunal Regional do Traba-Iho, em Recife, decidiu votar emRoberto Freire depois que leu naPlayboy que o livro de cabeceirado candidato do PCB não é Ocapital, de Marx, mas sim O ver-mclho e o negro, de Stendhal.

Divida externa. Independên-cia ou morte1

A n Colmo (róis, com sucursais-

JORNAL DO BRASIL

Trezentos flagelados

saqueiam um posto de

saúde em cidade baianaSALVADOR — Cerca de 300 trabalhadores rurais llage-

lados pela seca saquearam na madrugada de ontem oposto de saúde do município de Central, na microrregiâo deIrccê, levando diversos produtos da merenda escolar forneci-dos pelo Ministério da Educação, como leite, macarrão,feijão e arroz.

Assediado diariamente por centenas dc lavradores famin-tos, que chegam a percorrer ate 12 quilômetros a pé daZona Rural ao centro da cidade na tentativa de conseguiralguma ajuda, o prefeito Cienaro Martins de Almeida (PDT}veio a Salvador solicitar apoio do governo estadual e deinstituições federais para enfrentar as conseqüências da longaestiagem.

Enquanto isso, seus assessores conseguiam o deslocamcn-to de um reforço policial, vindo do vizinho município deIrecê, para evitar que os quatro supermercados de Centraltambém fossem saqueados, como ameaçavam os flage-lados que se frustraram ao pedir alimentos ontem na prefeitu-ra.

Um caminhão cheio de alimentos chegou à cidade naterça-feira. Diante do flagelo, autoridades locais decidi-ram desviar os produtos que seriam destinados à merendaescolar: durante o dia. distribuíram pequenas quantidades acada pai ou mãe de família. Na madrugada, centenas defamintos invadiram o posto. A porta do depósito foi arrom-bada e deu-se inicio ao saque.

Para tentar contornar a situação, a prefeitura convocou àspressas os II guardas municipais para organizar uma distri-buição racional das mercadorias. Tudo se foi em uma hora.

Município cuja economia se baseia nas culturas de feijão,milho, mamona e algodão, Central perdeu quase todo oplantio feito no fim do ano passado porque não houve chuvana época da floração — desde abril, só há eventuaispancadas de chuvas. Em conseqüência, de um total dc 20 milhabitantes do município, aproximadamente a metade estápassando fome, como estima um assessor do prefeito. Edmil-son de Sousa Barreto.

Calamidade pública em37 municípios do Piauí

TERESINA — Em seca há 5 meses. 37 municípios daregião Sul do Piauí estão cm estado de calamidade púhli-ca. Falta água para o rebanho e a população precisa andar 10quilômetros para conseguir água potável. A água armazena-da nos reservatórios só dá para esta semana. Este quadro, quese repete todos os anos há mais de um século, se refletetambém na capital. Diariamente, 17 famílias estão che-gando a Tcrcsina, fugindo da seca e procurando oportunida-de de emprego. Este ano, o número de retirantes au-mentou. segundo cálculos da prefeitura, porque a passagemde ônibus para a capital é mais barata e os nordestinoscomeçam a ficar com medo da violência das grandes cidadesdo Sul, para onde eles sempre iam.

Em frente ao terminal rodoviário Lucidio Portela, ondechegam os ônibus vindos do Sul do estado, surciu aVila da Paz. que hoje é uma das maiores favelas da cidade. Amaioria dos 10 mil moradores desta vila, veio do inte-rior do estado. Gonçala Silva, 60 anos, veio de Novo Oriente(município a 600Km de Teresina) com as duas filhas depoisque o marido morreu. Mesmo sem conseguir trabalho nemaposentadoria pelo Funrural, ela não pensa em voltar. "Aseca é a pior coisa do mundo", disse Gonçala, que garante játer passado fome a maior parte da vida. As duas filhas sãodomésticas e recebem, cada uma, NCzS 100 por mês. Segundoo economista Ccsar Fortes, ex-secretário de Planejamento ecoordenador do Projeto do Plano Estrutural de Teresi-na, concluído ano passado, o êxodo rural traz problemassérios para a capital. " Temos uma taxa de crescimentode 7% ao ano e quase 100 mil subempregados. A prefeituranão tem condições de prestar serviço a todos esses novosmoradores", informou. A secretária de Trabalho e AçãoComunitária da prefeitura, Francisca Ramos, garante que oDepartamento de Assistência Social do município não temqualquer esquema de atendimento aos flagelados. O mesmoacontece com a Legião Brasileira de Assistência e a Comissãode Defesa Civil.

No terminal rodoviário, de 20 lavradores que esperavam ohorário de seus ônibus. 15 iam para Tocantins e cida-des do Ceará. Segundo o lavrador Francisco Feliz, 54 anos,que deixou a família, de X pessoas, em Padre Marcos(a 400Km desta capital), "no Ceará corre mais dinheiro doque aqui". Levando apenas uma sacola, o chapéu decouro e o fumo de mascar, ele pretende conseguir trabalho naconstrução civil e voltar depois para buscar a família.

Sylvio Pinto apresenta

Sylvío PintoSylvio Pinto aguarda você das 15:00 às 18:00h nos

dias 7,8, 9 e 10/09 para mostrar pessoalmente sua visãomágica de Búzios em exposição no Centro Cultural Itai-pava Lagoa.

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Colégio Militar suspende

debate em ano eleitoral

Juarez Porto

PORTO ALEGRE — Todos os convi-dados — dirigentes municipais do PT, eco-logistas, representantes do PSB, intelec-tuais e artistas — que participariam comopalestrantes ou debatedores da 6a SemanaCultural do Colégio Militar de Porto Ale-gre estão sendo dispensados pela organiza-ção da promoção, depois que a direção datradicional escola desaconselhou o progra-ma elaborado pelos alunos, que previa adiscussão sobre reforma agrária, direitoshumanos e ecologia.

Diante das restrições da direção, a co-missão organizadora, integrada pelos alu-nos Igor Freiberger, Alexandre Amaral eWilson Tubino Júnior, decidiu suspender oevento. Desde o início da semana, estãoencarregados de desconvidar todos os pa-lestrantes. Segundo os alunos, a direçãoconsiderou inadequado propor temas tãopolêmicos numa instituição de formaçãomilitar justamente às vésperas da sucessãopresidencial.

Mas o diretor do colégio, coronel Diler-mando Adler, negou que exista um vetoaos temas propostos. Segundo o coronel, asemana cultural estava em fase dc planeja-mento e não definida ainda, não tendoocorrido convites oficiais a palestrantes,mas só sondagens se eles poderiam ou nãoparticipar dos debates. "Temos

que ver arelação dos custos dc sua organização com

os benefícios aos alunos, que no ano passa-do foi minimo, pois os alunos não se inte-ressaram pelas palestras", argumentou odiretor do colégio.

Tradicional — O coronel Adler ale-ga não haver uma preocupação específicada direção da escola quanto á relação dosdebatedores e palestrantes, cuja listagemnão seria vista com simpatia pela direção,como afirmaram os alunos coordenadoresdo evento. Entre os palestrantes estavam osecretário municipal dos Transportes, An-tónio Hohlfeldt. a militante comunitáriaEnid Backes, o lider socialista e secretáriomunicipal da Cultura Luís Pilla Vares, e overeador Gert Schinke, todos do PT.

"A alegação é que os lemas seriam mui-to polêmicos e não adequados num anoeleitoral', reclamou Igor Freiberger, coor-denador da promoção. O Colégio Militarde Porto Alegre é uma das principais csco-Ias de formação de oficiais do país e por elepassaram todos os presidentes do regimemilitar, desde Castelo Branco, Costa e Sil-va e Garrastazu Mediei a Ernesto Geisel eJoão Figueiredo.

Os alunos ficaram surpresos porque cs-ta é a primeira vez que a direção do colégiofaz restrições à programação da semanacultural, que chegaria á sua sexta edição.Trata-se de uma das promoções mais mo-vimentadas do Colégio Militar de PortoAlegre, reunindo alunos, representantespolíticos, intelectuais e artistas.

Preocupação com subversivosO diretor do Colégio Militar de Porto

Alegre, coronel Dilermando Carlos SoaresAdler. de 49 anos, foi um dos quatro milita-res brasileiros que participaram, cm novem-bro dc 1987, da 17' Conferência dos Exerci-tos Americanos (CEA), na Argentina. Adlerfoi o representante brasileiro na comissão n"3 da Conferência, cujo grupo propôs açor-dos entre os paises membros da CEA quepermitam "executar operações de coopera-çào mútua antisubversiva. para evitar quegrupos subversivos passem de um pais aoutro ', respeitando-se o principio de nãointervenção.

Os documentos secretos desta reunião,divulgados pelo JORNAL DO BRASIL eFolha ilc S.Paulo, mostraram que os milita-

Gaúchos dobram

quilômetros de

vias asfaltadasPORTO ALEGRE — Até o fim do ano

que vem, o Rio Grande do Sul vai cum-prir a meta de asfaltar mais 2.500 qui-lômetros de estradas no estado, com investi-mentos de 300 milhões de dólares. Agarantia é do diretor-geral do DepartamentoAutônomo de Estradas de Rodagem (Daer),Eudes Missio, dada a engenheiros reunidosontem em reunião-almoço da Sociedade deEngenharia do Rio Grande do Sul. SegundoMissio. o estado vai duplicar sua malharodoviária, atualmente de 2.500 quilôme-tros.

Uma das obras mais importantes é achamada Rota do Mar, num trecho de101 quilômetros entre os municípios deOsório e Torres, na faixa entre a regiãolitorânea e as lagoas marítimas, paralela-mente á BR-101. O inicio das obras estámarcado para dentro de 15 dias, com previ-são de termino em 31 de maio de 1990.

res decidiram criar um sistema de segurançamais unificado, de inovações tecnológicas cuso de informática, para combater o movi-mento comunista internacional.

Pelas atas e 15 acordos aprovados naconferência, se prevê o estabelecimento deuma política interamericana contra o terro-rismo de esquerda e sugere-se a formação degrupos especialmente organizados, equipa-dos e treinados para fazer frente à açãoterrorista. O acordo n" 5, por exemplo, prevêo estabelecimento dc "normas de combateapropriados que reconheçam que o fenôme-no da guerra não convencional, com seusaspectos de terrorismo e subversão, não scencaixa bem em nosso sistema atual do di-reito de guerra".

Cancelamento do

semestre causa

impasse na UFBASALVADOR — A Universidade Fede-ral da Bahia vi\e um impasse de difícil solu-

ção: enquanto a Câmara de Ensino e Gra-duação tenta decidir um calendário paracumprir a determinação do Conselho Fede-ral de Educação de retomar as aulas doprimeiro semestre no ponto em que elasforam interrompidas pela greve de maio.professores e estudantes já^ decidiram emassembléia que o primeiro semestre estáanulado, com exceção das disciplinas quenão foram prejudicadas pela greve.

O cancelamento do semestre foi decididopela própria Câmara de Ensino e Gradua-ção no inicio do mês passado. Inconforma-dos. porém. 4X2 estudantes resolveram re-correr ao CFE contra a anulação, visandocom isso. evitar o adiamento de suas forma-turas. O conselho acatou o recurso do gru-po. embora a maioria dos estudantes dal EBA dclenda o cancelamento.

INTENSIVO E APOSTILAS PARA O BANCO CENTRAL

JBClassificados

Negócios de ocasião no lugar certa

JORNAL DO BRASIL

Áreas de ComercializaçãoSuperintendente Comercial:José Carlos RodriguesSuperintendente de Vendas:Luiz Pernando Pinto VeigaSuperintendente Comercial (Sâo Paulo)Syluan MitanoSuperintendente Comercial (Brasília)Fernando VasconcelosGerente de Cla&sJficados:Saulo OrnelasSucursais

- Setor CofiiciLijl Sul (S( Si Quadra I.Hloco K, Edifício rXnasa. .Vl .ind.u ( I P 7030:- telefone:(061) ;2.M8W telex (OMII (i| |Sio Piulo - Avenida Paulista. I :14andar — CKP 0I3III — S. Paulo. Sl> ¦nc (011) ÜK-J-HHt (PH\I telex:i OM . (1)111 2.1 0.1HMinas fimis - Ai Afonso Pena, I Sflfl. 7andar — CT.P 101.10— H Horizonte. MG —telefone (0ÍI) — lele* (tl.llll

17»telefo-

(011)

2b2

R. Ci. do Sul Rua Tenentc-Coronel Correial ima. I 960/ Morro Sta. Teresa — CEP WMO— Porto Alegre, RS — telefone (051D 1'- t'»l I(PBX) telex (0512) I 017Bahia Rua Conde Pereira Carneiro, 22bSalvador Bahia CEP 41100-- telefone(07D 244.JI.V1 telex I 095Pernimbueo — Rua Autora. .<25. 4° and . s418 420— Boa Visia — Reeife — Pernambuco(TP 50050 telefone (081) 21I-5(W)0 _telex: (081) I 247Ceir» — Rua Desembargador teile Alhuquet-que, 8.12, s 202 — hdificio Harbour Village -Aldeota fortaleza — CEP 00150 — telefone|0K<) 244-47M, telex (OS5) I (.55Correspondentes nacionaisAcre. Alagoas. Amazonas. Fspinto Santo.Goiás, Mato Grosso. Mato Grosso do Sul. Para.Paraná, Piaui. Rondônia. Santa CatarinaCorrespondente* no exteriorBuenos Aires. Paris. Roma. Washington. IX\Servido* notidovnA I P. fasi, Ansa. AP. AP Dow Jones. DPA.bPt, Reuters, Sport Press. UPI

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CuriHba/F<onar>ôpo»is/Porlo AlegreCampo Grande/* Brasília

Recife/Fortaloja/TeresinaNatal/Joâo Pesioa/SAo Luís

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89 20

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Trim«tral

Prtço

183 60249.50

318 10

380,20

514.10471.40380.20

Promocional(Cheque)(Dinheiro)

13770187 40

240.80

285 70

355 90285 70

2 Parcelas

7840106.60

137.00

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221.50202.50162.60

Semestral

Preço

346,80471.20

600.80

718 10837.40971.00890 50718.10

Promocional(Cheque)(Dinheiro)260 10

539 60639.50735.40672,20539.60

3 Parcelas

112 90153.70

197.50

234 30277.70319.30291.90

Executiva (Segundo/Sexta-feira)Mensal

Promocional(Cheque)(Dinheiro)

33.0046.20

6160

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Trimestral

Preço125 40175 60

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Promocional(Cheque)(Dinheiro)

94 10

175.60

206.90

294.7026960206 90

2 Parcela*

99 90

117.70

167 70153 40117 70

Atendimento a Agentes de Assinaturas do Interior.Tel.: (021) 585-4341 — I.eila ou Angela

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522.70

677.20522 70

Promocional(Cheque)(Dinheiro)

332 60

392 00463.30558 4051080392 00

3Parcetas

77.40108 30

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Li.mnii'.'m

6 ? Io caderno ? quinta-feira, 7/9/89 ? 2a Edição Brasil JORNAL DO BRASEL

Informe JB

Você sabia que o deputado Fer-

nando Colior votou a favor daemenda das diretas-já, em 84?

Um teleieste, com perguntascomo esta, faz parte do roteiro do

programa do horário gratuito apro-vado segunda-feira à noite por Col-lor.

Evidentemente, só serão feitasao telespectador perguntas cujasrespostas sejam favoráveis ao can-didato.

?Por isso mesmo, está fora de

cogitação a questão:Você sabia que o deputado Fer-

nando Colior votou a favor de Pau-lo Maluf, em 85?

AliásColior vai estar hoje à noite em

casa.Na TV Globo.No Palanque Eletrônico.

Gol contraO general De Gaulle, da França,

dizia que o Brasil não era um paissério.

?É porque ele não conheceu o Chi-

le de Rojas e Pinochet.

Pró-memóriaNo dia 7 de setembro de 1X22,

junto com a independência política, opaís ganhava também sua primeira di-vida: 2 milhões de libras esterlinas.

Este foi o preço cobrado por D.João VI para reconhecer a nova condi-ção da ex-colônia: que D. Pedro Iassumisse a dívida da Coroa portugue-sa com a Inglaterra.

?Passados exatos 167 anos, o Brasil

tem atualmente 44 milhões de brasilei-ros vivendo em pobreza absoluta euma divida externa de 112 bilhões dedólares.

E a crise?O consumo de energia elétrica no

Brasil em julho cresceu 6,2% em rela-ção a julho do ano passado e 3,9% nosúltimos doze meses.

O Nordeste foi a região que maisconsumiu neste periodo (7.2%), segui-do do Norte (5,3%), Sudeste (3,4%),Centro-Oeste (2,9%) e Sul (2,8%).

O consumo industrial, que repre-senta 53% do mercado, também se ex-pandiu: 4,9% em relação a julho de 88e 2,9% em relação aos últimos dozemeses.

E maisO setor de alimentos vai muito

bem, obrigado.Deverá fechar o mês de agosto,

em relação a julho, com crescimentode 15% a 16%.

A conta é de Abraham Szajman,presidente da Federação de Comérciodo Estado de São Paulo.

EspertezaMal houve a divulgação do tex-

to do projeto de lei que regularizou140 loteamentos clandestinos em Bra-sília, póde-se verificar a ocorrência demalandragem.

O senador Meira Filho (PMDB-DF), espertamente, incluiu emendaque exclui os loteadores do ressarci-mento pelas melhorias a serem feitaspelo governo nos terrenos.

Conforme o projeto aprovado, sóos compradores é que pagarão pelasmelhorias.

CulturaA co-produção entre o Teatro

Municipal do Rio de Janeiro e o Tea-tro Municipal de Santiago para a rea-lização da ópera Eugen Oncgin, deTchaikovsky — que estreou semanapassada com sucesso na capital chilena—, corre o risco de não chegar ao Riodia 6 de outubro.

Os 198 luxuosos figurinos produ-zidos no Brasil, mais os cenários eadereços que foram feitos em Santiagoe que totalizam oito toneladas de ma-terial, não poderão mais vir por terraem containers — como foi combinado— porque o trajeto está interrompidopor uma barreira de neve que caiu dacordilheira.

?O governador Moreira Franco já

apelou para o ministro da Cultura.José Aparecido, buscando a colabora-ção de um cargueiro da FAB.

EstocadaDo jornalista Carlos Brickman,

principal assessor do candidato Pau-lo Maluf, explicando por que a em-baixada brasileira não foi acionadapara programar o candidato nos Esta-dos Unidos:

— Para não atrapalhar.

BastidoresA maioria das defesas dos indi-

ciados no caso Nahas — que come-çam a ser entregues por escrito ama-nhã — vai centrar fogo no presidenteda Bolsa de Valores de Sao Paulo,Eduardo da Rocha Azevedo.

Eles querem provar que Azevedotem se notabilizado cm criar instabili-dade no mercado, como há dois anos,quando disse nos jornais que o gover-no ia dar calote nos títulos da dividapública.

E negar a principal defesa do pre-sidente da Bovespa — a de que suasdeclarações são apenas para alertar.

IndependênciaO candidato do PT á Presidên-

cia, Luis Inácio Lula da Silva, deci-diu passar a data nacional no berçodos movimentos pela Independência,em Ouro Preto. Ele deve chegar ácidade por volta de meio-dia, quandoparticipará de uma concentração.

A maior parte da tarde, porém.Lula deverá passar percorrendo os lo-cais históricos da Inconfidência Minei-ra, como as casas dos inconfidentesCláudio Manoel e Thomaz AntônioGonzaga, além da mina de Chico Rei.

NegócioO Grupo Edson Queiroz, de For-

taleza, dono da água mineral Minalba,está inovando.

Prepara-se para lançar a nova em-balagem one-way de 300ml da águamineral aromatizada sabor limão, tan-gerina e menta.

A toque de caixaOs constituintes fluminenses reu-

niram-se em consecutivas sessões ex-traordinárias das 19h de terça-feira às5h30 da madrugada de ontem paradiscutir 42 emendas ao projeto deConstituição estadual.

Levaram as nove primeiras horaspara analisar e votar 7.

As outras 35 foram discutidas naúltima hora e meia.

?

Pelas várias sessões extraordiná-rias noite adentro de terça e quarta-feira, cada constituinte fluminense re-ceberá em média NCzS 4 mil.

Passado e futuroAssessor do ministro da Cultura

e entusiasmado batalhador em favorda candidatura Colior. o jornalista Se-bastião Nery entrou feliz, outro dia,no gabinete do ministro e ouviu deJosé Aparecido:

— Já está entrando aqui com essacara de futuro para olhar para minhacara de passado?

Em altaO embaixador do Brasil cm Lon-

dres, Celso Souza e Silva, mandou on-tem uma foto do candidato FernandoColior de Mello com a primeira-minis-tra Margareth Tatcher, para o comitêcentral da campanha, em Brasília.

Em bilhetinho, o embaixador pe-dia que Colior autografasse a foto emanaasse de volta para ele, "comouma grata lembrança".

A foto do assaltante LuisFernando de Sousa apontando orevólver para a cabeça do fun-cionário Francisco Barbosa, doMotel Santa Comba, Lapa, Cen-tro do Rio. foi publicada em vá-rios jornais do mundo.

O deputado Antônio Lopes Fi-lho (PDS) foi despertado no meioda madrugada de ontem durantesessão extraordinária da Consti-tuinte do F.stado do Rio para darseu voto em certa entenda. Levan-too-se ágil com a resposta na pon-ta da língua: "Maluf pra presi-dente."

Foi fundado ontem à noite oComitê Ivan Alves para coorde-nar a campanha de RobertoFreire no Rio. Vai funcionar noescritório do arquiteto OscarNiemeyer, na Avenida Atlântica,no Rio.

O Chevete preto plac» XY4170 circula pelas ruas de Botafo-go, do Rio, com dois adesivos, umdeles da F.scuderia Le Cocq. O

Lance-Livreoutro lança o candidato "Savsápresidente", com o ss em verdee amarelo.

Pela primeira vez na AméricaLatina, o clássico da literaturainfantil O pássaro a/.ul será ente-nado dia 16 com direção deEduardo Wolzik, no Teatro Vil-la-Lobos. no Rio. O russo Cons-tantin Stanislavsky, revolucioná-rio do sistema de atuação noteatro, foi quem primeiro mon-lou a peça em 1908, em Moscou.

Durante a 12* F.xpolnter, noRio Grande do Sul, 50% dos ar-remates de matrizes de gado fo-ram feitos por pecuaristas do Es-tado do Rio — totalizando umacompra no valor de NCzS 504 mil.Lm desses compradores foi o em-presário Gimério Veloso, dono doCB, que adquiriu duas vacas Ho-landesas classic.

A Abrascc já está organizan-do o 3o Congresso Internacionalde Shopping, que acontece cmmeados do próximo ano no Rioe contará com a participação dos

listados Unidos. Canadá. Fran-ça e Espanha.9 A assessora econômica deFernando Colior de Mello, ZéliaCardoso de Mello, considera queo custo mais alto do evercicio deum cargo público è o envelheci-mento precoce. Aos 35 anos, jápensando no dia-a-dia do próximogoverno, Zélia garante que man-terá as aparências. "Não saireiacabada não. Ku sei me cuidar."

O presidente José Sarnevconfirmou sua presença no VISalão de Automóveis, dia 20 deoutubro, no ['arque do Anhem-bi, em São Paulo.

l'ma funcionária da 8" Juntado Tribunal Regional do Traba-lho, em Recife, decidiu votar emRoberto Freire depois que leu naPlayboy que o livro de cabeceirado candidato do PCB não é Ocapital, de Marx, mas sim O ver-melho e o negro, de Stendhal.

Divida externa. Indepcndèn-cia ou morte!

Parentes sofrem à espera de notíciasBrasília — Ivaldo Cavalcante

BRASÍLIA — Parentes das vitimas doacidente com o 737-200 da Varig viajaramontem de Norte a Sul do pais para desembar-car em Brasília, no Centro-Oeste. às I5h30,sem qualquer informação segura da empresasobre o estado de saúde de seus lillios, irmãos,mulheres ou maridos. Beverly Casparini mo-ra, por exemplo, em Coronel Vivida, no inte-rior do Paraná, e conseguiu chegar a Impera-triz. no Maranhão, onde ficou aguardandonoticias das duas filhas, Ulza e Rita, que esta-vam no avião. Só na manhã de ontem,na cidade maranhense, é que ele recebeu ainformação de que suas filhas estavam vivas eseriam levadas para Brasília.

Enquanto os passageiros feridos embarca-vam nas três UTIs móveis e oito ambulânciasque encostaram na escada do Hércules C-130.da FAB, usado para o resgate dos sobreviveu-tes, os parentes das vitimas começavam amanifestar nervosismo com a falta cie inlor-maçòes sobre quem estava no avião, quemmorreu e quem não chegou a Brasília porqualquer outro motivo. Alguns avançavamsobre os jornalistas que viajaram no mesmovôo. A repórter Graziela Azevedo, da TV-Cultura, chegou à Base Aérea com uma listade sobreviventes que havia elaborado no Hos-pitai de Campanha, na Serra do Cachimbo.Paulo Altieri constava da lista da repórter,mas sua mulher, Marilia Altieri, não queriaacreditar que o marido estivesse vivo."Jura?" — Marilia passou todo o tem-po de espera chorando e em profundo silèn-cio. Corriam informações, vindas de Belém,que Paulo tinha morrido no acidente. Quandoviu o nome do marido na lista da jornalista,Marilia chamou o irmão Flávio, que a acom-panhava, e quis certificar-se: "Você jura?".Ao ouvirem a reiteração da repórter — "É alista do hospital; ele está no avião" —, os doissai ram correndo para o Hospital de Base, semsaber ainda onde dormiriam, porque tambémviajaram do Norte para Brasília e não conhe-ciam a cidade.

Tânia Gonçalves recebeu de um capitao daFAB a noticia de que seu irmão Antônio JoséAraújo da Silva morreu, mas não quis acredi-tar. Ela mora em Brasília e disse que sua fami-.lia pediu, de Belém, que ela buscasse informa-çòes concretas na Aeronáutica, pois as daVarig eram contraditórias. Antônio José eramecânico da Líder, e embarcou em Marabá.Completaria ontem 33 anos. A família, cmBelém, havia recebido a informação de queestava vivo. Depois, ao seu irmão Milton, aVarig informou que ele não sobrevivera. Co-mo na lista de mortos havia um Antônio JoséSilva, Tânia apegou-se á ausência do sobreno-me Araújo para continuar buscando novasinformações. Mais tarde, obteve a confirma-ção de que o irmão havia morrido mesmo.

Funcionários do lbama (Instituto Brasilei-ro de Meio Ambiente) estiveram também noaeroporto para ter noticias de colegas que iamno vôo, e igualmente recorriam á imprensapara obter dados sobre os acidentados. Quan-do chegou o último avião com feridos, soube-ram que Tuth, Altieri e José Maria Gadelha,do Instituto, estavam vivos, com fraturas di-versas.

A Varig deixou na Base Aérea de Brasíliaapenas Jedi Morais, seu diretor assistente, quenada sabia informar.

rn O superintendente do InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente e

Recursos Naturais Renováveis (Iba-ma) no Pará, José Maria Gadelha,tinha viajado para Marabá a fim departicipar de uma reunião com ma-deireiros. Agrônomo paraense,grande conhecedor das matas, Ga-delha saiu depois do acidente embusca de socorro, mas dessa vez suaexperiência de pouco valeu: ele aca-bou se perdendo na floresta e afinalsó encontrou o local do acidente, aotentar voltar, porque alguém gritouseu nome.

Parentes se abraçavam a cada anúncio (lo nome de um sobreviventeTasso Marcelo

? ,4 tripulação do Boeing 737-200 daVarig acidentado domingo á noite,

no Norte de Mato Grosto, chegou noRio de Janeiro aos 30 minutos de hoje

procedente de Brasília, no Electra PP-VMK da empresa. O primeiro a descerdo avião foi o co-piloto, Nilson de Sou-za Zilly, com a perna direita enfaixada.Depois dele desceram as aeromoças Ja-

queline Limeck Gouveia e Flúvia CondeColares e o piloto. César Augusto Padu-Ia Garcez. que estava mancando. Cercade 40 parentes e amigos receberam os

tripulantes com muita emoção. Quandoeles apareceram na porta traseira doavião chegaram a ser aplaudidos. Com avoz embargada, a mãe do piloto, Laci.

que chegou ontem de Porto Alegre, disseao vê-lo: "Meu íillio querido, eu querote abraçar". Os parentes tiveram apenasalguns segundos para rever os tnpulan-tes. Eles foram rapidamente retirados dolocal por funcionários da Varig e doInfraero. O presidente da Varig. Hélio

Smidt. veio no mesmo vôo

Sylvio Pinto apresenta

Sylvio PintoSylvio Pinto aguarda você das 15:00 às 18:00h nos

dias 7, 8, 9 e 10/09 para mostrar pessoalmente sua visãomágica de Búzios em exposição no Centro Cultural Itai-pava Lagoa.

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JORNAL DO BRASIL

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Áreas de ComcrcializavãoSuperintendente' Comercial:José Carlos RodriguesSuperintendente de Vendas:I tu/ Fernando Pinto VeipaSuperintendente Comercial (Sào 1'auliOSvlvian MifanoSuperintendente Comercial (Brasília)Fernando VasconcelosGerente de Clarificados;Saulo Ornclas-SucursaisBrasília Setor Comercial Sul (SCS> Quadra I.Bloco K. Fdificio IX-navi. 2" andar ( I P 70302

telefone: (061) ::A.58S8 telex ((K>l)| l)| 1San Paulo - Avenida Paulista. I 2'M. 17®andar - CEP0IJIO - S. Paulo. SP tclclo-nc ((IIII 284-81 3.1 (PB\ I telex (011):i 061. (OU) 21 03KMinas (fiTüis Av Afonso Pena. I MV). 7oandar ( I P .10130 B Horizonte. MC»telefone (031) 273-2<>*>.í> telex (0*1)1 2h2

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IN.rto Alcfre. KS iclclonc (CM:> 1'• : ' I IIPIISI tcicx (»M:I I In"lluluu Riu l Kiulc IVtirii.i l .HKOIU'S.ils.uloi Ualn.i (IP JIIIM) u-kionc(1171 V! lílcv III1»Pernambuco Rua Autora. 32$. 4" aiul . y418 420 Boa Vista Recife Pernambuco

CTP MM)50 telefone (081) 231-5000telex (OSI) I 247Ceará Rua IVsembargador I elte Albikjuer-que. K32. s 202 Fdificio Harbour Village¦\likul.i I orl.llc/.l lT:l'MIIM) KkloncI0SM :44-47M> tclc* (OKÍ) ICorrespondentes nacionaisAcre. Alagoas. Amazona*. Fspinto Santo.Goiás. Mato Grosso. Mato Grosso do Sul Para,Paraná. Piaui. Rondônia. Santa Catarinaí orrespondentes no exteriorBuenos Aires. Paris. Roma. Washington. I ><Serviços noticiososAl P. Tass, Ansa. AP. AP Dow Jones. l)PA,III.. Reuters. Sport Press. UPI

Senium cspeciais PfC^OS l)c > Cllllil A\llls3 (.'111 Bj1HC3BVRJ. The New York Times. WashingtonPost. Los Angeles Times, l.e Monde. I I Pais. tstados Dm util DomingoLTxpress. 77: TZ,Atendimento a Avsinantesl.ui/AlberioR"tlMdiiC-ru/ MQ £s J0Q J50 1IX* segunda a scxta. das 7h as I 5h iSabados. domingose fenados. das 7h as I Ih 2 00 3 MTelcfone: (021) 585-4183Fxemplares atrasados: Al Vt MS SC 3S-BA-SE PR-GO 2.50 4 00Valdir Campos da Silva —— —r>e sciuiiHla a sella da. I Oh a% I 'l< '

3 w 00Pora,s Eslados 3 50 5.001 elefone: (021) 585-4377

Avisos Religioso* e FunebresTel. (021) 585-4320 e 5H5^7(, C ()m Classifkados

JORNAL DO BRASIL S A 1989 fc'"'111" p.a ut.i Dom.^ol k trxiov fotografias ,¦ denial1, cn.vV-, imclixluaix 3 50 6 00publicadoi ncste exemplar nAo podem scr utili/ados. —reprodu/tdos. apropnados ou estoeudos em sistcma deK,.ko dc dados ou process similar, cm qualquei —— — — sooforma ou mclo - nnxanico, eletr6nico. microfilina- _______ ______gem. fotocopia. gravagdo, etc *-m auton/a^U) ^ " 4 ^ 5 50cscrita dos titulares dos direitos autorais.

~~ Segunda/Domingo Executiva (Sogunda/Saxta-feira)tnlfoga Monul Tnmcu.l S»m..tral M.n.al T""""""1 S°n""'ral D°m'C''"" Promocionat Pnjmocion.il Pramocfoa.l Promociowl Pmmooon.l

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Xtenüimentu a Agente» de Avsinaluras do Interior.Tel.: ((121) 585-4341 — l.eila ou Angela

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Nacional;t i redicard

Avenida Hr.istl MH) - Cl"P 20949 Caixa Postal 23100 S Cristóvão CTP 20922 Rio de Janeiro Telefone (021) 585-4422 • 1'clex (021) 23 690(0~M) ^3 "'í»"1 (()t 11 j 55N # Classificados por telefone ((121) 580-5522 — Outra* Praças (021) 800-4613 (l)DG Otscagcm Direta Grátis)

JORNAL DO BRASIL Saúde/Ciência quinta-feira, 7/9/89 ? Io caderno ? 7

Pesquisa diz que

menopausa

aumenta o risco de enfarte

Galáxia está

surgindo perto

da Via LácteaAstrônomos da Universidade de Cor-

nell. trabalhando no Observatório de Areei-bo. cm Porto Rico, onde fica o maior radio-telescópio do mundo, descobriram umagigantesca nuvem de hidrogênio que podeestar se transformando numa galáxia maiorque a Via Láctea. A protogaláxia fica a umadistância de 65 milhões de anos-luz daTerra e foi descoberta por acaso, quan-do os cientistas ajustavam os instrumentosdo radiotclescópio. apontado para um lugardo Universo que se acreditava deserto. Ri-cardo Giovanelli, diretor do observatório,disse que a descoberta mostra que as galá-xias podem formar-se lentamente ainda ho-je. As galáxias são gigantescos sistemas deestrelas, planeta e nebulosas girando no es-paço.Giovanelli e Martha Haynes, descobriram anuvem usando o radiotelescópio de 300 me-tros do National Astronomy and lonosphe-re Center, em Arecibo. Quase todas as galá-xias se formaram no primeiro bilhão de anos

: de existência do Universo, a maioria nos; primeiros 100 milhões de anos. Isso significa| que para captar o brilho de uma galá-xia em evolução, os astrônomos procu-ram objetos muito distantes — tão distantes

que uma luz emitida no inicio do Universo'* só agora chega á Terra.® O que faz a descoberta tão importan-„¦ te é que, em termos intergalácticos, a nuvem""'é

quase uma vizinha da Via Láctea: está1,-apcnas a 20 megaparsees (65 milhões de

anos-luz) dc distância. A nuvem de hidrogè-r nio descoberta tem uma massa equivalente a

um décimo da Via Láctea e uma extensãodez vezes maior (cerca de 650 mil anos-luz).

Kits especiais

ajudam a evitar

virose vegetalVIÇOSA, MG — Os pesquisadores Mu-

rilo Geraldo de Carvalho e Eunize MacielZambolim, do Departamento de Fitopatolo-gia da Universidade Federal de Viçosa(UFV), começaram a desenvolver kits diag-nósticos de viroses vegetais — doenças pro-vocadas por vírus que atacam diferentes cul-turas — a partir da produção dc anti-sorosque detectam precocemente a existência dosvirus. O desenvolvimento desses kits faz par-te de um programa de produção de clonesvegetais livres de virus.

Os trabalhos começaram há pouco maisde um ano, com recursos da Financiadorade Estudos e Projetos (Finep), e os doisengenheiros agrônomos já conseguiram pro-duzir anti-soros para os principais virus queatacam a abóbora, melancia, abobrinha, pe-pino e melão, como o CM V (vírus do mosai-co do pepino), o PRSV-W (virus do mosaicoda melancia) e o SQMV (vírus do mosaicoda abóbora).

"O mais grave deles é o PRSV-W, quedeforma o fruto e modifica sua coloração,afetando 90% das culturas e dificultando,por exemplo, a produção de abobrinha, nopaís", afirmou a pesquisadora Eunize Ma-ciei Zambolim. Segundo ela, para se chegarà produção dos anticorpos foi necessário oisolamento do vírus nas plantas.

Os pesquisadores da UFV já conse-guiram também obter a produção de anti-soro para diagnóstico de vírus que atacamas culturas de tomate, batata-inglesa e pi-mentào, por exemplo, especialmente o virusY da batata-inglesa, o vírus X da batatinha eo virus do enrolamento da batata.

Meio Ambiente

Acidente nuclear— Uma falha nacentral nuclear inglesa de Scllaficld provo-cou ontem a descarga de uma quantidadeanormal de escórias radiativas no Mar daIrlanda. A informação foi confirmada pelo

; porta-voz do departamento britânico para' assuntos nucleares. Uma falha nos instru-; mentos de um tanque provocou o vazamen-

to "levemente superior ao normal", segundoo porta-voz. O Grcenpeace afirma, entretan-to, que este foi mais uma entre muitas des-cargas de rejeitos radiativos da usina deScllaficld.Lixo — As organizações ecológicasGreenpeace e Tierralerta denunciaram que aArgentina será utilizada como lixeira dosEstados Unidos e Itálià. A empresa argenti-na Altyd ofereceu ao governador da provin-cia de Chubut. na Patagônia, USS 125 mi-lhões para importar da Itália 2,5 milhões detoneladas de resíduos tóxicos, para seremincinerados. Outra empresa argentina, Exi-mar. ofereceu ao governador da provínciade Santa Cruz. mais ao sul, a importação deresíduos sólidos de Nova Iorque, para servi-rem dc combustível para a geração de eletri-cidade.ClITUS — No próximo dia 17, decolaráda Alemanha um avião capaz de atingir 16mil metros de altura, para estudar as nuvenscirrus e seu papel no aquecimento da atmos-fera. O avião, único turboélice a voar nessaaltitude, integra os experimentos de umaequipe de cientistas de quatro paises euro-peus — Alemanha Ocidental. Inglaterra,França e Suécia — para descobrir o papel

dessas nuvens no clima terrestre. Os cirrussão formadas por cristais de gêlo, parecendoagulhas, que deixam a luz solar passar rumoa Terra, c refletem essa mesma luz quandoela volta da Terra em forma de calor.

Focas — O grupo ecologista Royal Fo-rest and Bird Protection Society exigiu que ogoverno da Nova Zelândia tome providèn-cias para acabar com a chacina de focasresultante da pesca soviética e japonesa. Ogrupo confirmou a morte de 146 focas desdejulho, para obtenção de peles, mas admitiuque provavelmente a mortandade foi trêsvezes maior, provocada pela chamada pescaexcessiva feita pelos japoneses e soviéticosnas costas de South Island. Nesse tipo depesca, as focas, atraídas pelas vísceras deoutros peixes jogadas pelos pescadores emvolta do barco, acabam sendo apanhadaspelas redes lançadas para outras espécies. Ogoverno disse que está abalado pelas noti-cias e que vai analisar os dados para locali-zar os pontos de perigo.Leite boicotado — Em resposta apressão de organizações de fazendeiros egrupos ambientalistas, cinco das maiores ca-deias dc supermercados dos Estados Unidosdecidiram boicotar a venda de laticíniosproduzidos a partir do leite de vacas trata-das com o hormônio bovino somatotropin(BST), desenvolvido com técnicas de enge-nharia genética. O boicote, que já atinge2.500 supermercados norte-americanos, sur-giu depois de um acalorado debate sobre ohormônio.

São Paulo — J.C. Brasil

Os médicos Mauríciof E) e Emílio abriram a academia com o pai,Ábrahão( C)

Cardíacos ganham

sua academia

Médicos zelam

pelo coração deseus atletas

SÃO PAULO — Obesos. inTar-

tados, hipertensos, diabéticose candidatos a doenças cardíacas,entre outros, terão â sua disposiçãocm São Paulo, a partir da próximasegunda-feira, um espaço especialpara a realização de exercícios decondicionamento físico: o AtrioInstituto de Condicionamento Físi-co, construído especialmente poruma família de cardiologistas paraabrigar pessoas que necessitem dcum cuidadoso acompanhamentomédico durante os exercícios fisi-cos, mas que não querem se submc-ter a monótonas sessões de ginásti-ca realizadas dentro de hospitaisque oferecem serviço de reabilita-çáo.

No Atrio, que se espdlha poruma área de 1.400 metros quadra-dos localizada no Brooklin, zonasul da cidade, quase tudo se parececom o ambiente descontraído en-contrado nas melhores academiasda cidade. O instituto tem pista decorrida, lanchonete, solário e qua-dra poliesportiva. As únicas e fun-damentais diferenças são as salas de

avaliação médica e ergometria euma sala especial para atendimentoem casos de emergência. Neste lo-cal, estão todo o equipamento einstrumentos necessários para otratamento de vítimas de paradacardíacas ou ferimetos. "Temos tu-do o que existe numa unidade dcterapia intensiva", atesta o cardio-logista Emílio Levin, de 33 anos,um dos idealizadores do instituto,junto com seu irmão, Maurício Le-vin, e o pai, Abrahão Levin, todoscardiologistas.

Uma opção — Na verdade, oamadurecimento da necessidade deum local com as características doÁtrio numa cidade como São Pauloé fruto da longa experiência da fa-milia Levin no tratamento de doen-ças cardíacas. "Hoje são realizadascerca de 30 cirurgias cardíacas pordia cm São Paulo somente no Hos-pitai da Beneficência Portuguesa eno Instituto do Coração", afirmaEmílio, o único da família com es-pecialização em medicina esportiva.Fazendo os cálculos, o médico su-põe que pelo menos um instituto se-melhante ao Atrio deveria surgir nacidade a cada mês.

Por enquanto, apenas os trêsmédicos, auxiliados por três profes-

sores de educação física, esperamdar conta do acompanhamento dasprimeiras turmas. Cada uma delasterá no máximo 60 alunos, que dc-verão freqüentar as aulas no mini-mo três vezes por semana. "Acha-mos que esta é a freqüência ideal",explica o pai, Abrahão Levin. An-tes de entrar nas aulas, porém, cadaaluno será submetido a um testeergométrico que servirá de base pa-ra a construção de um plano deexercícios pessoal, totalmente indi-vidualizado. "Dependendo do alu-no, estes testes serão repetidos acada seis ou três meses", completa ooutro irmão, Maurício Levin, de 30anos.

Apesar de estar voltado princi-palmente para pessoas com proble-mas cardíacos, de obesidade, de hi-pertensão em geral, o institutoaceitará qualquer pessoa em seusquadros. "Mas o aluno que nãotiver nenhum problema terá que fa-zer os mesmos testes e exames queos outros", avisa Abrahão. Toidoeste assesoramento, apesar de sofis-ticado, custará ao aluno do Átriopraticamente o mesmo preço cobra-do pelas grandes academias paulis-tas. As matrículas serão de NCzS50.00 e as mensalidades serão deNCzS 130,00.

Aids já afeta

300 crianças

brasileirasDe 1980 até hoje, foram notifica-

dos ao Ministério da Saúde 300 casosde Aids cm crianças. Segundo a médi-ca Regina Succi, presidente do Comi-tê de Infectologia da Sociedade Brasi-leira de Pediatria e professora daEscola Paulista de Medicina, esse nú-mero corresponde a 3,5% do total decasos de Aids notificados no mesmoperíodo ao ministério.

A cifra é considerada alta por Re-gina, que a compara â encontradanos Estados Unidos: apenas 1,5% dototal de casos de Aids entre crianças,diz a médica, que está no Rio paraparticipar do 2o Congresso de Tisio-logia e Pneumologia, no Hotel Copa-cabana Palace.

Segundo ela, é provável que o nú-mero de crianças aidéticas no Brasilseja bem maior do que o apontadopelo Ministério da Saúde. Regina dizque apenas no Hospital Emílio Ribas,na Escola Paulista de Medicina e noCentro de Referência e Treinamentopara Aids do Estado de São Pauloexistem 250 casos de Aids infantil emacompanhamento. A cada semanaaparece um caso novo de criança comAids no Hospital Emilio Ribas,acrescenta Regina.

Dificuldades — Diagnosticarcom certeza a Aids em crianças não étarefa fácil para o médico. SegundoRegina, um teste positivo nãoesclare-ce muita coisa: pode significar que acriança está mesmo infectada pelo vi-rus ou que recebeu apenas os anticor-pos da mãe infectada pela placenta —nesse último caso, a criança nasce sa-dia.

A criança aidética manifesta osprimeiros sintomas da doença porvolta do sexto mês de vida, quandoapresenta dificuldade de ganhar peso,diarréias e pneumonias de repetição.A evolução dos sintomas da doença émuito mais rápida na criança do queno adulto, diz a médica.

O quadro atual poderia ser ate-nuado com um efetivo programa decontrole natalidade, diz Regina. Mui-tas vezes, por já nascer com o sistemaimunológico debilitado pelo virus daAids, a criança manifesta os sintomasda doença antes da mãe. Essas mu-lheres, sem saber que estão contami-nadas, explica Regina, têm mais fi-lhos com Aids. A probabilidade deuma mãe infectada pelo virus da Aidstransmitir a doença para o filho du-rante a gravidez é de 30%, conclui amédica.

SocMaia tt Ca0t*l Atana_ _ . . ... _______ Clrtlle*!! GHKDRC* - KI0-75/10« - CGC l»F »• 17 lS5m/W01l4¦ /TAA11^ Companhia Energetica M MIMAS fiFRAR *« 1200. mis. ^ Ho.iionu.McV/Wf\lW de Minas Gerais 4^/GOVERNO do estaoo |il|| 35?S«S>mNASBOUASOCUUjOtt5

BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO DE 1989

RESULTADO E DIVIDENDOS

0 lucro liquido registrado pela CEMIG no primeiro semestre de 1989. após a provisão para o im-posto de renda, alcançou NCzS 339.186 mil. equivalente a NCzS 0.69 por lote de mil ações.Náo obstante o resultado operacional positivo ter sido da ordem de NCzS 113 980 mil e o náooperacional de NCzS 2 176 mil, o lucro do periodo deveu-se, em sua maior parte, ao saldo daconta de correção monetána. no montante de NCzS 395 151 mil A provisão para o imposto derenda totalizou NCzS 172 121 mil.

A Diretona proporá ao Conselho de Administração a distribuição de dividendos intercalares nabase de 5% do capital integralizado em 30/06/89. correspondendo ao valor deNCzS 24 735 mil.

EVOLUÇÃO tarifariaA economia brasileira no primeiro semestre de 1989 loi marcada pela ediçáo do "Plano Veráo"(Lei n' 7.730 de 31 de (aneiro de 1989), com sensível impacto no Setor Elétnco, onde se inse-re a CEMIG

As tarifas de energia elétrica, que experimentaram um processo de recuperação em 1987 e pri-meiro semestre de 1988, voltaram a sofrer perdas 0 aumento tanlário acumulado no periodoloi de 65,4% contra 175,6% de vanaçào do índice de Preços ao Consumidor (IPC) e 139,2% deaumento no índice Geral de Preços (IGP). Além disso, as tarifas permaneceram congeladas du-rante quatro meses, entre janeiro e maio.

PROGRAMA 0E INVESTIMENTOS

No primeiro semestre de 1989 a CEMIG realizou investimentos de NCzS 90.883 mil, distribuí-dos da seguinte forma:

0ESEMB0LS0S NCzS %GeraçãoTransmissãoDistribuiçãoSistemas AssociadosInstalações Gerais

33.05322.01831.424

1.3593.029

36,424,234,6

1,53,3

TOTAL 90.883 100,0

Entre as obras de geração destaca-se a Usina Hidrelétrica de Nova Ponte, que consumiu recursosde NCzS 20.267 mil, isto é, 22,3% do total dos investimentos.

Teve inído no semestre o ILUMINAS, maior programa de eletrificação em execução no Pais, quepretende levar energia elétrica à população dos 651 municípios da área de concessão da CEMIG,com investimentos totais de NCzS 300 milhões, com a participação do Governo do Estado.Foram atendidas 61 novas localidades, elevando o total para 5.111 localidades. A rede de dis-tribuiçáo urbana teve um acréscimo de 312 Km com a instalação de 6.985 postes, enquanto arede rural foi expandida em 2 452 Km e 19.464 postes. Foram ainda construídos 22 Km denovas linhas de transmissão.Para financiar os Investimentos do semestre foram utilizados 42,4% de recursos próprios e25,1% de financiamentos da ELETR0BRÁS, destinados à Usina de Nova Ponte, como mostra oquadro:F0NTE5 NCzS %Recursos PnJpnos 38.519 42,4Fmanciamentos 32.381 35,6

ELETROBRAS - Nova Ponte 22.827 25,1•BID 7.492 8,2.BIRD (iepasse ELETROBRAS) 1.599 1.8Outros 463 0.5

Recursos de Capital 18.923 20.8.Estado de Minas Gerais 14.301 15,7ELETROBRAS 321 0.4Outros 4 300 4,7

Contribui{6es do Consumidor 1 060 1.2TOTAL

90 883 100.0

VENDAS

A CEMIG vendeu 13 877 GWh no 1? semestre de 1989. significando um aumento de 5.3% emrelaçáo a igual periodo de 1988. A receita operacional liquida no semestre foi de NCzS 517 829milA classe industrial participou do mercado com 70,3% do consumo e 60,3% da receita.

Em (ulho a CEMIG ultrapassou a marca de 3 milhões de consumidores, dos quais cerca de 2.5 mi-Ihóes sâo da classe residencial Houve um acréscimo de 2.8% em relaçáo a dezembro de 1988

BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO 0E 1989(Valores expressos em milharei de cruzados novos)

ATIV0 PASSIV0 CORREQAO INTEGRAL CORREQAO INTEGRALE LEGISLAQAO E legislaqAosqcietAria societAria

CIRCULANTE CIRCULANTEDisponibilidades 179.273 Fomecedores 92.340Criditos, Valores e Bens Realizdveis Folha de Pagamento 25.764

Consumidores e Revendedores 143.862 Encargos de Dlvidas 37.030Oevedores Diversos 27.818 Tributose Contribuicfies Sociais 53.411Outros 23.931 Distnbuigao de Lucros 27.877

374 884 Emprtstimos e Financiamentos 286.595Obngatfes Estimadas 171.615

REALIZAVEL a L0NG0 PRAZ0 Outras 49.971Crtditos, Valores e Bens Realizdveis 744.603

Tltulos e Valores Mobilenos 91Caupoes e Depdsitos Vinculados 515 EXIGlva A L0NG0 PRAZ0

606 EmprfctimoseFinanciamentos 1.271.108PERMANENTE Obligates Especiais 515.622

Investimentos 44.913 Outras, 139.541Imobilizado 4.152.801 1.926.271Difendo 464.658

4.662.372 PATRIMflNIO LfQUIDOCapital Social 494.700

TOTAL DO ATIV0 Reservas de Capital 994.163v. Reservas de Lucros 109.695

Lucros Acumulados 768.4302.366.988

5.037.B62 TOTAL DO PASSIVO 5.037.862

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO SEMESTRE FINDO EM 30 DE JUNHO(Valores expressos em mlhares de cruzados novos)

LEGISLAÇÃOSOCIETÁRIA CORREÇÃO INTEGRAL (*)

1989 1989 1988RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDADESPESA OPERACIONALRECEITA (DESPESA) FINANCEIRAGANHOS LÍQUIDOS NOS ITENS MONETÁRIOSRESULTADO OPERACIONALRESULTADO NA0 OPERACIONALATUALIZAÇÕES MONETÁRIAS

Correção Monetária do BalançoVariações Monetárias Vinculadas

ao Ativo Permanente

LUCRO LIQUIDO ANTES DO IMPOSTODE RENDAPROVISÃO PARA 0 IMPOSTO DE RENDALUCRO LIQUIDO DO EXERCÍCIOLUCRO LIQUIDO POR MILAÇOESPATRIMÔNIO LÍQUIDO POR MIL AÇÕES(') EM MOEDA DE 30 DE JUNHO DE 1989

517.829 730.013 641.053(373.381) (520 671) (418.447)(30.468) (18.941) (67.190)149.296 126.674

113.9802.176

1.427.833

339.6973.297

282.090(16.954)

(T 395 ?ir 3íL5as168.313 30.539

511.307 511.307 295.675(172.121) (172^121) (17^856)339.186 339,186 277.819

NCzS 0,69 NCzS 0.69 NCzS 0,69NCzS 4,78 NCzS 4,78 NCzS 4,98

Marco Antônio ClementinoDiretor de Finanças eRelações com o MercadoBenedito Mana de M. ChavesDiretor de Produçáo eTransmissãoPerouse da Silva CardosoDiretor de Supnmento deMaterial (Intenna e acum )

Luiz Ricardo GoulartPresidente

Perouse da Silva CardosoDiretor de Distribuição

Dirceu CoutinhoDiretor de Pesquisas e

Desenvolvimento EnergéticoEdson Marçal

Supennt. Controle Contábil

Fabiano Alves CossichDiretor de Projetos eConstruçõesJosé Ivo Gomes de OliveiraDiretor de GestãoEmpresarial

liaar TeixeiraContador - CRC-MG-30 459

CPF - 110 677 056-00

sc das investigações soviéticas pelo me-nos será mais cômoda para os cos-monautas, que terão á sua disposiçãoduchas, seniços dc regeneração de o.xi-gênio e uma câmara especial para colo-cação dos escafandros antes dc saíremao espaço aberto com seus novos cqui-pamentos de transporte, uma espécie demochila com sistema dc propulsão.

O período da menopausa começa geral-mente por volta dos 50 anos, quando osovários deixam de produzir o estrogênio,hormônio sexual feminino. A queda dosníveis de estrogênio vem sendo ultimamen-te associada a uma variedade enorme deproblemas de saúde nas mulheres, incluin-do sensação de calor inesperada, fraquezaóssea e possivelmente ataques cardíacos.

A hipótese de a menopausa contribuirpara o aumento do nível de colesterol e,conseqüentemente, para a ocorrência dosataques cardíacos não é totalmente aceitapelos médicos americanos. Alguns delesnão estão totalmente certos de que os ata-ques cardíacos em mulheres mais velhasocorre por causa da menopausa — devidoà falta de estrogênio — ou por outrosfatores relacionados à velhice.

Baikonur, URSS — Reuter

| | Os cosmonautas Ale.xander Serc-brov c Alcxander Viktorenko. que

partiram terça-feira da base dc Baiko-nur. completaram a primeira parte dc'sua missão e reativaram a estação orbi-tal Mir, que estava abandonada há cincomeses. Os cosmonautas vão dcscnvol-ver um amplo trabalho de pesquisacientifica durante os seis meses que per-maneccrão no espaço. Essa nova fa-

BOSTON — A menopausa pode au-mentar os riscos de ataques cardíacos nasmulheres, por causar mudanças drásticasno nível de colesterol. A descoberta foirelatada no New Enfiam! Journal of Medi-cine por Karen Matthews, professora depsiquiatria da Universidade dc Pittsburgh.O estudo é o primeiro a medir e compararo nível de colesterol dc mulheres antes edepois de entrarem no período da meno-pausa.

O grupo de pesquisadores liderado porMatthews testou 541 mulheres saudáveisantes de elas entrarem na menopausa, entreos anos de 1983 c 1984, acompanhandoseus níveis de colesterol até recentemente.Nas conclusões finais do estudo, os pesqui-sadores observaram que as mulheres queentram na menopausa devem checar a con-centração de lipídcos no sangue e, se for ocaso, iniciar uma dieta.

hp

JORNAL DO BKASn-8 ? 1° caderno ? quinta-feira, 7/9/89 Internacional

Colômbia anuncia extradição de traficante para

os EUA

BOGOTÁ — 0 tesoureiro dos barões da cocaína doCartel de Medellin, Eduardo Martinez Romero, vai ser extra-

iditado nas próximas 72 horas para ser julgado nos Estados-Unidos, anunciou o porta-voz da presidência da Colômbia,•Carlos Osório. 0 traficante tinha apelado da decisão, mas,"segundo Osório, o recurso foi rejeitado. Os narcotraficantes'ameaçaram matar 10 juizes para cada um deles que for'extraditado para os EUA.; A guerra das drogas continuou ontem sem trégua. A«advogada Luz Amparo Cerna, 30 anos, foi assassinada a¦tiros numa rua da zona norte de Bogotá. Ela trabalhava na'Procuradoria de Justiça. Quatro bombas explodiram em'Medcllin e Bogotá. Os jornalistas americanos Bernadettc'Pardo c Ignácio Corrales, da rede de TV de Miami, Univi-ísion, de língua espanhola, ficaram feridos na explosão delunia bomba num restaurante elegante de Medellín.1 Apesar de não se saber se os dois eram os alvos do•atentado, vários enviados estrangeiros de vários jornais egestações de televisão decidiram abandonar a cidade â tarde,"depois

de uma reunião. O clima de medo também^ levou[vários artistas estrangeiros a cancelar concertos na Colômbia,.entre eles Roberto Carlos, o Zimbo Trio e a cantora argenti-•na Nacha Guevara.'

Explosões — O gerente do restaurante La Bella Época,"Javier Tirado, contou que a bomba foi colocada por uma•mulher, que antes jantara acompanhada de um homem. "Eles

[pagaram a conta, ela foi ao banheiro, colocou a bomba e saiucorrendo para a rua. Em minutos, houve a explosão , contou-Tirado.! Outras oito pessoas ficaram feridas ontem em três expio-sões, duas em agencias bancárias e a terceira num centro de-assistência dc policiais. Homens armados invadiram ontemde manhã outro restaurante de Medellin, o La Estación, ondeordenaram que todos saissem. Em seguida, espalharam gaso-Jina e atearam fogo, fugindo em seguida.> Desde o dia 24 de agosto, já explodiram 27 bombas naColômbia, deixando um saldo de três mortos e 130 feridos.De sua parte, o governo já destruiu este ano mais de 200laboratórios de refino de cocaína, paralisando a produção dadroga no país. Foram presas mais de 10.000 pessoas eapreendidos bens dos traficantes no valor de USS 250 mi-•Ihões. O governo recebeu uma ajuda americana de US$ 65¦milhões, materializada cm aviões dc combate c de carga,helicópteros, munição e itens diversos, como coletes á provade balas para os juizes colombianos.

. A grande notícia de ontem no pais foi o discurso dopresidente americano Gcorge Bush, lançando uma cruzadaantidrogas. A rádio Caracol transmitiu o discurso ao vivo,'entremeado com tradução, e a televisão deu grande destaque.Os jornais abriram grandes manchetes com o assunto c a•única autoridade a se pronunciar foi o ministro das Comuni-cações, e interino da Justiça, Carlos Lemos Simondes. Eleelogiou o plano c destacou que se o consumo não forreduzido nos Estados Unidos, será impossível vencer a guerracontra os narcotraficantes.

Imprensa quer fazer

uma cruzada mundialLIMA — Dois mil editores de jornais e revistas agrupados

no Instituto da Imprensa Internacional (III) convocarama opinião pública mundial a uma cruzada dc apoio à guerrada Colômbia contra o narcotráfico. O presidente do III,Enrioque Zileri, divulgou um documento no qual

"lamenta econdena o atentado sofrido pelo jornal El Espectador, deBogotá, e as ameaças de criminosos contra os meios dc comu-nicação colombianos".; O presidente do Uruguai, Júlio Maria Sanguinctti. tam-bém homenageou o El Espectador, atingido sábado por'uma

potente bomba que feriu 80 pessoas. "Apresento minha

solidariedade e minhas homenagens diante desse exemplo dejornalismo incorruptível", afirmou Sanguinetti cm telegra-ma.* A atividade jornalística independente tornou-se um dosjilvos prioritários do narcotráfico na Colômbia. Mais de 40jornalistas foram assassinados nos últimos 15 anos em crimesque continuam impunes. Centenas dc jornalistas que foramseqüestrados ou sofreram ameaças se exilaram na Espanha,no México, nos Estados Unidos e em outros países.

Os que continuam na Colômbia vivem sob o signo domedo e da autocensura. Uma reportagem com denúnciascontra os traficantes ou contra a guerrilha dc esquerda podesignificar uma ameaça de morte c não faltam executores:milhares de pistoleiros, conhecidos como sicarios de sueldoestão à disposição para liquidar qualquer um por quantiasque podem chegar a módicos US$ 160.

Vários jornalistas têm guarda-costas permanentes, algunsandam com sete escoltas, c são obrigados a viver em constan-te sobressalto, sem a menor tranqüilidade para as coisas maissimples da vida, aquelas que a gente só sabe que são impor-tantes quando as perde, seja um passeio no parque ouuma ida às compras.

A solidariedade do Instituto Internacional dc Imprensaatende a uma das reivindicações da imprensa colombiana. Ojornal El Tiempo reclamou domingo cm editorial "a urgentesolidariedade profissional de todos os jornalistas para criaruma frente unida contra o inimigo comum."

"A imprensa colombiana é corajosa e valente, mas é umaimprensa que aprendeu a viver num clima dc medo eque nunca foi ajudada pelo governo. Mais do que outrasinstituições, a imprensa pagou seu tributo em sangue",afirmou á agência Francc Pressc, Juan Carlos Pastnina,diretor do La Prensa, o mais jovem dos diários dc Bogotá.

Programa ecológico dá

a democrata-cristão um

novo mandato na HolandaHAIA — O primeiro-ministro democrata-cristão da Holan-

da, Ruud Lubbers, ganhou seu terceiro mandato consecutivona eleição geral antecipada, convocada porque os parceirosliberais de sua coalizão abandonaram o governo cm maiodevido a um polêmico plano de combate á poluição em tornodo qual girou toda a campanha.i Encerrada a apuração, os democratas-cristãos ficaram comas mesmas 54 cadeiras que tinham na câmara baixa do Parla-mento, dc 150 cadeiras, mantendo uma maioria suficiente paraque a rainha Beatrix encarregue Lubbers de formar novogoverno. Mas o Partido Liberal, que integrava a coalizão desde1482. perdeu cinco de suas 27 cadeiras e dificilmente seráchamado de volta á parceria.1 Lubbers poderá voltar-se agora para os trabalhistas, afasta-dos do poder há 12 anos. Embora tenham perdido três de suas

52 cnd"irnc "lpc mnHwnnm nltimnmfnli' SUBS POSÍCÕCS Cmrelação à política do atual governo de centro-direita.• O motivo da queda do governo anterior foi a retirada dafconfiança dos deputados liberais, opostos ao plano aprovadopor Lubbers em abril: ele pretende duplicar para USS 7,5(nilhões até 1994 os gastos anuais com o meio ambiente, e cm20 anos reduzir o consumo de energia em 30% e a poluição em70%.

Com uma densidade de 436 habitantes por km:, a Holandaenfrenta graves problemas com os resíduos de amoníaco daagricultura intensiva, as emanações de monóxido de carbonoda enorme frota de veículos automotores c a invasão dosdejetos industriais e domésticos.

A campanha foi dominada por este debate e pela oposiçãodos diferentes partidos ao programa de sete anos de austerida-de fiscal e cortes nos gastos governamentais proposto porLubbers. Os partidos ecologistas — que se uniram em coalizão,a Esquerda Verde, loco após a dissolução do governo —foram, proporcionalmente, os que mais cresceram em relaçãoàs eleições anteriores, passando de três para seis parlamentares

Medellin. Colômbia — Reulers

Bernardette jantava com seu colega Corrales quando a bomba explodiu

Uma estratégia contra 'lavagem'

PARIS — Especialistas financeiros internacio-nais das sete grandes potências do capitalismo vãose reunir semana que vem em Paris para traçaruma estratégia dc combate á lavagem dc dinheirodo narcotráfico. Lavagem é uma operação quetorna legal, através dc várias manobras bancárias ecomerciais, o dinheiro ilegal obtido com a venda dedroogas nas ruas.

A reunião obedece a uma decisão tomada nareunião dos sete grandes realizada em julho. Na•ocasião, o presidente da Comissão Européia, Jac-ques Delors, advertiu que "o dinheiro das drogasconstitui uma ameaça à estabilidade financeira,mundial".

Além dc representantes dos Estados Unidos,Japão. Alemanha Ocidental, França, Grã-Brcta-nha, Itália c Canadá, a reunião contará com aparticipação da Suiça, um dos grandes centros

financeiros internacionais, cuja rede bancária rccc-be depósitos sem fazer perguntas.

O faturamento do narcotráfico é estimado emUSS 300 bilhões ao ano, mais ou menos o mesmoque rende o comércio mundial de petróleo. Quandoconsegue legalizar seu dinheiro, a máfia das drogasprocura aplicá-lo em negócios legais ou investi-loem paises que aceitem grandes depósitos sem fa-zer perguntas, como é o caso do Panama, daJamaica e das Ilhas Caymán. Os próprios paisesprodutores de cocaína. Colômbia, Bolívia e Peru,aceitam o dinheiro proveniente da venda de dro-gas.

O presidente da França. François Mittcrrand,enviou carta ao seu colega colombiano. \ irgilioBarco, comunicando-lhe a reunião dos especialistase assegurando que "o problema da lavagem dedinheiro está no centro dc nossas preocupações".

Os bens dos Montoneros

Bush convoca cúpula antidrogas

Rosental Calmou Ali esCorrespondente

WASHINGTON — O presidente americanoGcorge Bush vai promover uma reunião de cúpulacom os paises latino-americanos envolvidos noiproblema das drogas nos próximos meses, anun-fciou o porta-voz da Casa Branca, Marlin Fitzwa-ter. Ele disse que o encontro reunirá, a princípio,•Colômbia, Peru c Bolívia, os principais produto-ires de maconha c cocaína.

Ontem, Bush se reuniu com os embaixadoresdos paises latino-americanos para prestar esclareci-:mentos sobre o plano que anunciara na véspera,¦com recursos globais de USS 7.9 bilhões, incluindoUSS 2,2 bilhões de ajuda externa nos próximoscinco anos.

O bilionário plano de USS 7,9 bilhões contra o'uso e o tráfico dc drogas nos Estados Unidos,recebeu ontem uma avalanche de criticas, princi-palmente de parlamentares e dirigentes de orga-nizações de defesa das liberdades civis. A oposiçãodemocrata considerou que o aumento de USS 2,2^bilhões das verbas destinadas à campanha antidro-gas é muito pequeno e advertiu que não hápraticamente nenhuma novidade no plano."Isto é uma completa fraude política. E umapiada. Estão tentando enganar o publico e isso nãovai funcionar", disse Ira Glasser, dirigente da'União Americana de Liberdades Civis, uma orga-nização com cerca de 300 mil associados cm todo o(pais. A principal critica é à ênfase da campanha deBush à repressão e não ao tratamento dos viciados.cm drogas ou à educação preventiva.

Glasser criticou a mudança do enfoque da re-pressão, direcionando-a também contra os consu-midores, mesmo os esporádicos. "Isso representa

•lum ataque aos valores americanos, como o dapresunção de inocência", reclamou Glasser, acres-ccntando que "a tão esperada proposta de guerraàs drogas é inviável, contraproducente e cínica"."Sc a promessa de punir os consumidores dedrogas for levada a sério, os Estados Unidos passa-rào a ser um Estado policial", declarou o deputadoDon Edwards, da Califórnia.

Apesar de Bush ter apresentado um aumento[recorde de USS 2,2 bilhões nas verbas para a"guerra contra as drogas" no ano fiscal que se

inicia dentro de 24 dias. a oposição democra-ta considerou que o total de USS 7.9 bilhões aindaé insuficiente. O que deputados e senadores disse-ram claramente c que o presidente deveria de-terminar um aumento de impostos para obter maisdinheiro para a campanha, mas Bush não querquebrar sua promessa eleitoral.

O senador Joseph Biden, líder da maioria de-mocrata. apontou a ironia de que nesses cortes deverbas para juntar dinheiro para seu plano. Bushafetará setores já envolvidos na luta antidroga. Porexemplo, o plano anunciado anteontem pelo presi-dente prevê tirar verbas da Alfândega e da Patru-lha de Fronteiras, duas agências federais que estãodiretamente envolvidas cm frear a entrada de dro-gas em território americano.

Ao visitar ontem uma ala do Hospital Geral deWashington, onde estão bebês abandonados pormães viciadas em drogas, Bush disse aos repórteres,quando indagado sobre a atitude de seus críticos,que eles estavam "errados".

'Crack9 de Bush foi

comprado ali perto

|—| O saquinho de crack que o presidente Bush'— mostrou na noite de terça-feira, quandolançou sua cruzada antidrogas, foi comprado emfrente à Casa Branca por agentes da DrugsEnforcement Administration (DEA), a agên-cia americana de repressão às drogas. A compraaconteceu durante «na investigação era anda-mento sobre o comércio de cocaína nas ruas deWasbisgton e a boca de onde veio o crack,uma forma cristalizada de cocaína, fica na praçaLafayette.

Pérez disse que Bush mostrou o crack comoum exemplo do que está acontecendo na América:"Os traficantes estio ficando audaciosos e des-carados. Eles circulam livremente sen» que nin-guém os perturbe." Os donos da boca da praçaLafayette continuam soltos.

Justiça embargaUSS 46 milhões

dos guerrilheirosMaurício Cardoso

Correspondente

Buenos aires — a família

Graiver, acusada de aplicar nomercado financeiro os resgates obti-dos nos seqüestros realizados pelosguerrilheiros Montoneros na décadadc 70, sofreu um embargo judicial deseus bens no valor de USS 46 mi-Ihõcs. A medida foi decretada pelojuiz federal de San Martin, CarlosEnrique Luft, a partir de Io dcsetembro, dia em que o Estado de-veria pagar uma parcela de USS 10milhões de uma indenização total deUSS 30 milhões, resultado de umacordo entre os Graiver e o gover-no.

A novela Graiver-Montoneros,envolvendo milhões de dólares, aJustiça e o Estado argentinos, come-ça em 1976, quando o recém-instala-do governo militar acusa a famíliade ter recebido USS 17 milhões dosMontoneros para aplicar no merca-do financeiro. O dinheiro corres-ponderia a uma quarta parte do res-gate obtido na liberatação dosirmãos Juan e Jorge Bom, seqües-Irados pelos Montoneros um anoantes. O principal elo entre os terro-ristas c a familia Graiver seria Da-vid, que morreu num acidente deavião no México, em setembro de1976, meses depois de os generais daditadura terem apontado as bateriascontra sua família e seus negócios.As circunstâncias do acidente nuncachegaram a ser devidamente esclarc-cidas.

As investigações realizadas pelosmilitares concluíram pela culpa dos

Graiver. Provou-se, por exemplo,que com o dinheiro dos Montonerosos Graiver assumiram o controleacionário do American Bank andTrust c do Ccntury Bank, dc NovaIorque. Nomes ilustres, como o doex-ministro da Economia do generalPcrón, José Ber Gelbard, e do jorna-lista Jacobo Timerman acabaramenvolvidos no processo, que termi-nou com a prisão dos pais, damulher e do irmão de David Grai-ver, e a expropriação dos bens eempresas da familia.

Acorda — Com a volta da de-mocracia, em 1983, o processo é rea-berto e a Justiça civil não encontraprovas suficientes da conexão dosGraiver com os Montoneros. A fa-milia então faz um acordo com ogoverno para recuperar o controlede suas empresas, enfeixado na hol-ding Egasa, e para receber umaindenização. Na sexta-feira, o Esta-do deveria pagar os primeiros USS10 milhões dessa indenização. Ou-tras duas parcelas, de USS 11 mi-Ihões cada, deveriam ser pagas emmarço e setembro de 1990.

Se depender do promotor do tri-bunal federal de San Martin, Rome-ro Victorica, nenhuma delas será pa-ga. Foi ele quem apresentou opedido de embargo ao juiz Luft, atempo de impedir a entrega da pri-meira parcela na sexta-feira. Victori-ca, que atuou como acusador noprocesso em que o líder montoneroMario Firmenich foi condenado a30 anos de prisão pelo seqüestro dosirmãos Born, acredita na conexãoGraiver-Montoneros. Em vez de pa-gar, Victorica quer que o Estadoreceba USS 46 milhões da famíliaGraiver. O promotor chegou a essacifra calculando os USS 17 milhõesque os Montoneros teriam entreguea David Graiver cm 1975, mais jurosde 8% ao ano.

Greve ameaça Gorbachev

antes de reunião do PCn'il ,1.-» ff»Mnova rlt» rvirtr» Hn n:irll(1n fl

Scott ShaneThe Baltimore Sun

MOSCOU — No Azerbaijão, os tra-balhadores estão desde segunda-feira emgreve geral de uma semana, porque con-sideram a imposição pelo Kremlin de umcontrole direto sobre o território dispu-tado de Nagorno-Karabakh uma afrontaà soberania de sua república. Resultado:o transporte do petróleo produzido nasrefinarias locais está muito prejudicado,e a escassez de combustíveis, que emvárias regiões da URSS já prejudica ascolheitas, deve se agravar.

Na Moldávia, os trabalhadores deorigem russa estão em greve há duassemanas para protestar contra legisla-ção aprovada recentemente e que ins-titui o moldávio como língua oficialda república. Por causa disso, tonela-das de maçãs, uvas, tomates e outrosprodutos destinados às mesas soviéti-cas estão apodrecendo em centenas devagões ferroviários paralisados.

Todos estes problemas se acumulamnum momento em que se aproxima arealização, há muito adiada, de umareunião do Comitê Central do PCUSpara debater a questão das nacionali-dades. A reunião foi marcada para ju-lho e adiada, supostamente porque Gor-bachev temia que se transformasse emforo para ataques às reformas. Prevê-seagora sua realização este mês, emborahaja novamente boatos de que será maisuma vez adiada. A reunião pode sertumultuada e apresentar resultados insa-tisfatórios, mas um novo adiamento seriaencarado pela opinião pública como si-

nal de fraqueza da parte do partido, cujaautoridade decaiu dramaticamente nosúltimos meses, e em especial após a der-rota de muitos de seus candidatos naeleição parlametar de março.

Em Abkhazia, parte da república so-viética da Geórgia, milhares de traba-lhadores cruzaram os braços esta se-mana para reivindicar a separação daGeórgia. Pelo menos 22 pessoas morre-ram em Abkhazia em julho duranteconfrontos armados entre habitantes dasduas etnias.

Quando os mineiros da Sibéria e daUcrânia realizaram em julho a maiorgreve da história da União Soviética, opresidente Mikhail Gorbachev advertiuque uma onda generalizada de grevesporia em risco as reformas liberalizantesda perestroika. Pois este risco pareceagora ainda mais próximo, á medida queuma infinidade de reivindicações nacio-nalistas e disputas inlerétnicas acumula-das há décadas no interior do impériosoviético encontram expressão nas gre-ves.

Além das atuais paralisações, os es-tonianos de origem russa também pro-testaram recentemente com greves contranovas leis — sobre a língua oficial e osdireitos eleitorais — que consideram dis-criminatórias. A liderança da Estôniaconseguiu por fim à paralisação compromessas de negociações, que até agoranão produziram resultado. As disputasétnicas se mostram muito mais difíceis deresolver do que a greve dos mineiros, uueapresentavam basicamente reivindica-ções econômicas, em grande parte aten-didas.

Bancoc. Tailândia — AFP

Brasileiro organiza

trégua na NicaráguaA ArvMl ! nu Am^riPí»

Gilberto Lopez

SÂO JOSfc. Costa Rica — generalbrasileiro Péricles Gomes concluiu on-tem a primeira etapa de uma missãona America Central para preparar ainstalação, nas fronteiras dos paises daregião, de observadores militares dasNações Unidas, em função do conditona Nicarágua.

Não é a primeira missão desse tipoque o general realiza. Há vários mesesele chefia a missão da ONU que verifi-ca a retirada das tropas cubanas deAngola.

Com 38 anos no Exército, baiano.

|—i Prostitutas, dançarinas, garçonetes e em-'— pregados em bares, buates e casas de ba-nho de Bancoc provocaram um inesperado einusitado movimento no já normalmente agita-do bairro de Pat Pong, o bairro da prostituiçãoda capital tailandesa, reconhecido como umdos maiores centros de vida noturna do num-do. Mascarados, com cartazes, apitos e usandocamisinhas como bolas de encher eles protes-

tavam pela campanha desenvolvida pela Asso-ciação Comunitária para a População e oDesenvolvimento para o combate á Aids. As

prostitutas sentem-se discriminadas pela cam-

panha e acusam o governo de aproveitar o

medo da Aids para desenvolver uma campa-nha de "perseguição ao sexo livre . como pro-

clamava um dos muitos cartazes

ex-comandante da Segunda Brigada deArtilharia dc Costa, em Santos, cuida-doso no falar, Gomes não quis comeu-tar sua missão. Na Costa Rica, além deconversar com o chanceler Rodrigo Ma-drigal c outros ministros, ele visitou aBarra do Colorado, na costa atlântica dopais e o povoado de Los Chiles, uns 300quilômetros ao norte de São José. nafronteira com a Nicarágua.

De acordo com o documento aprova-do pelos presidentes centro-americanosem agosto de 1987, conhecido comoEsquipulas II. o que os observadores daONU têm de fazer é verificar o fim doapoio das forças irregulares que ope-ram na região, e que não se use oterritório de um pais para agredir ooutro

A missão da ONU na América Cen-trai vai ser conhecida como Onuca, masqual vai ser exatamente a sua tarefa ain-da não se sabe. O general Gomes insistiumuito nisto. "Só haverá um mandatopara a Onuca quando ela estiver organi-zada", explicou. Isio só vai ocorrer de-pois que ela terminar sua amissào naAmérica Central e entregar, no fim desetembro, seu relatório a Perez. de Cuel-lar.

Ainda que o general insistisse muitoem não misturar sua missão explora-tória na América Central com a verifi-cação dos compromissos de retirada eu-bana em angolaí não escondeu suasalisfqaçào pela forma como a< conisestão se desenvolvendo neste pais afri-cano, no que se relere ao mandato dasNações Unidas.

"Não só os cubanos, mas também osangolanos, estão cumprindo perfeita-mente tudo o que asibnaram no acordode Nova Iorque de 22 de dezembro pas-sado". afirmou o general.

As forças cubanas devem estar todasao norte do paralelo 13 depois do dia 31de outubro e pelo menos a metade dos50.000 homens que Cuba tinha cm An-gola devem ter regressado a se3u pais.na mesma data. O general insistiu emque o calendário está sendo seguidorigorosamente e que sua missão estásendo cumprida dentro do que foi pia-neiado

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8 D j» caderno ? quinta-feira, 7/9/89 ? 2" Edição Internacional JORNAL DO BRASEL

Tesoureiro dos traficantes é extraditado para

os EUAMedellin, Colômbia — Reuters J-

BOGOTÁ — O tesoureiro dos barões da cocaína do Cartelde Medcllin. Eduardo Martínez Romero, foi extraditado para

Estados Unidos, onde será apresentado hoje a um tribunal"da cidade de Atlanta. Martinez Romero é acusado, nos Estados' Unidos, de participar da lavagem (legalização) de USS 1 bilhão' dos negócios do narcotráfico. Ele foi levado da Colômbia cm' avião da Drugs Enforcement Administration (DEA), a agência! norte-americana de combate ao tráfico de drogas. Um porta-j voz da DEA anunciou a extradição, noticiada em seguida pelosíjornais noturnos da televisão colombiana. A Embaixada dos. Estados Unidos em Bogotá não confirmou nem desmentiu a1 informação. Os narcotraficantes ameaçaram matar 10 juizes;para cada um deles que for extraditado para os EUA.» A guerra das drogas continuou ontem sem trégua. A advo-< gada Luz Amparo Ccrna, 30 anos, foi assassinada a tiros numa:rua da zona norte de Bogotá. Ela trabalhava na Procuradoria'de Justiça. Quatro bombas explodiram em Medellin e Bogotá.

Os jornalistas americanos Bernadette Pardo e Ignácio Corrales,"da rede de TV de Miami. Univision, de língua espanhola,! ficaram feridos na explosão de uma bomba num restaurantejelcgante de Medellin.„ Apesar de não se saber se os dois eram os alvos do atentado,„vários enviados estrangeiros de vários jornais e estações de(televisão decidiram abandonar a cidade à tarde, depois de uma•reunião. O clima de medo também levou vários artistas estran-«geiros a cancelar concertos na Colômbia, entre eles Roberto'Carlos, o Zimbo Trio e a cantora argentina Nacha Guevara.

Explosões — O gerente do restaurante La Bella Época,JJavier Tirado, contou que a bomba foi colocada por umamulher, que antes jantara acompanhada de um homem. "Eles

'.pagaram a conta, ela foi ao banheiro, colocou a bomba e saiu-correndo para a rua. Em minutos, houve a explosão", contourTirado.

Outras oito pessoas ficaram feridas ontem em três expio-sòes, duas em agências bancárias e a terceira num centro de

"assistência de policiais. Homens armados invadiram ontem demanhã outro restaurante de Medellin, o La Estación, onde"ordenaram

que todos saíssem. Em seguida, espalharam gasoli-na e atearam fogo, fugindo em seguida.

Desde o dia 24 de agosto, já explodiram 27 bombas na-Colômbia, deixando um saldo de três mortos e 130 feridos. Desua parte, o governo já destruiu este ano mais de 200 laborató-'rios de refino de cocaína, paralisando a produção da droga nopais. Foram presas mais de 10.000 pessoas e apreendidos bens

•dos traficantes no valor de USS 250 milhões. O governorecebeu uma ajuda americana de USS 65 milhões, materializa-da cm aviões de combate e de carga, helicópteros, munição e'itens diversos, como coletes á prova de balas para os juizescolombianos.

! A grande notícia de ontem no país foi o discurso do.presidente americano George Bush, lançando uma cruzada¦antidrogas. A rádio Caracol transmitiu o discurso ao vivo,•entremeado com tradução, e a televisão deu grande destaque.Os jornais abriram grandes manchetes com o assunto c a únicaautoridade a se pronunciar foi o ministro das Comunicações, e•interino da Justiça, Carlos Lemos Simondes. Ele elogiou oplano e destacou que se o consumo não for reduzido nosEstados Unidos, será impossível vencer a guerra contra osnarcotraficantes.

Imprensa quer fazer

uma cruzada mundialLIMA — Dois mil editores de jornais e revistas agrupados

no Instituto da Imprensa Internacional (III) convocarama opinião pública mundial a uma cruzada de apoio à guerrada Colômbia contra o narcotráfico. O presidente do III,Enrioque Zileri, divulgou um documento no qual "lamenta econdena o atentado sofrido pelo jornal El Espectador, deBogotá, c as ameaças dc criminosos contra os meios de comu-nicação colombianos"

! O presidente do Uruguai, Júlio Maria Sanguinetti, tam-bém homenageou o El Espectador, atingido sábado poruma potente bomba que feriu 80 pessoas.

"Apresento minhasolidariedade e minhas homenagens diante desse exemplo dcjornalismo incorruptível" afirmou Sanguinetti em tclegra-ma.

A atividade jornalística independente tornou-se um dosalvos prioritários do narcotráfico na Colômbia. Mais de 40jornalistas foram assassinados nos últimos 15 anos em crimesque continuam impunes. Centenas de jornalistas que foramseqüestrados ou sofreram ameaças se exilaram na Espanha,no México, nos Estados Unidos c em outros países.

Os que continuam na Colômbia vivem sob o signo domedo e da autocensura. Uma reportagem com denúnciascontra os traficantes ou contra a guerrilha de esquerda podesignificar uma ameaça de morte e não faltam executores:milhares de pistoleiros, conhecidos como sicarios dc sueldoestão à disposição para liquidar qualquer um por quantiasque podem chegar a módicos USS 160.

Vários jornalistas têm guarda-costas permanentes, algunsandam com sete escoltas, e são obrigados a viver em constan-te sobressalto, sem a menor tranqüilidade para as coisas maissimples da vida, aquelas que a gente só sabe que são impor-tantes quando as perde, seja um passeio no parque ouuma ida às compras.

' A solidariedade do Instituto Internacional de Imprensaatende a uma das reivindicações da imprensa colombiana. Ojornal El Ticmpo reclamou domingo em editorial "a urgentesolidariedade profissional de todos os jornalistas para criaruma frente unida contra o inimigo comum."

"A imprensa colombiana é corajosa e valente, mas é umaimprensa que aprendeu a viver num clima de medo eque nunca foi ajudada pelo governo. Mais do que outrasinstituições, a imprensa pagou seu tributo em sangue"afirmou à agência France Presse, Juan Carlos Pastrana,diretor do La Prensa, o mais jovem dos diários de Bogotá.

Programa ecológico dá

a democrata-cristão um

novo mandato na HolandaHAIA — O primeiro-ministro democrata-cristão da Holan-

da, Ruud Lubbers. ganhou seu terceiro mandato consecutivona eleição geral antecipada, convocada porque os parceirosliberais de sua coalizão abandonaram o governo em maiodevido a um polêmico plano de combate à poluição em tornodo qual girou toda a campanha.• Encerrada a apuração, os democratas-cristàos ficaram comas mesmas 54 cadeiras que tinham na câmara baixa do Parla-mento, de 150 cadeiras, mantendo uma maioria suficiente paraque a rainha Beatrix encarregue Lubbers de formar novogoverno. Mas o Partido Liberal, que integrava a coalizão desde1982. perdeu cinco de suas 27 cadeiras e dificilmente seráchamado de volta á parceria.

Lubbers poderá voltar-se agora para os trabalhistas, afasta-dos do poder há 12 anos. Embora tenham perdido três de suas52 cadeiras, eles moderaram ultimamente suas posições emrelação á política do atual governo de centro-direita.O |||1 'li V ¦ 'In nnrprnn -inti-ririr Tni a retirada Hfl

Bernardette jantava com seu colega Corrales quando a bomba explodiu

Uma estratégia contra 'lavagem'

PARIS — Especialistas financeiros internacio-nais das sete grandes potências do capitalismo vãose reunir semana que vem em Paris para traçaruma estratégia de combate á lavagem de dinheirodo narcotráfico. Lavagem é uma operação quetorna legal, através de várias manobras bancárias ecomerciais, o dinheiro ilegal obtido com a venda dedroogas nas ruas.

A reunião obedece a uma decisão tomada na' reunião dos sete grandes realizada em julho. Naocasião, o presidente da Comissão Européia, Jac-quês Delors, advertiu que "o dinheiro das drogasconstitui uma ameaça á estabilidade financeira,mundial".

Além de representantes dos Estados Unidos.Japão, Alemanha Ocidental, França, Grã-Breta-nha, Itália e Canadá, a reunião contará com aparticipação da Suíça, um dos grandes centros

financeiros internacionais, cuja rede bancária rece-be depósitos sem fazer perguntas.

O faturamento do narcotráfico é estimado emUSS 300 bilhões ao ano, mais ou menos o mesmoque rende o comércio mundial de petróleo. Quandoconsegue legalizar seu dinheiro, a máfia das drogasprocura aplicá-lo em negócios legais ou investi-loem países que aceitem grandes depósitos sem fa-zer perguntas, como é o caso do Panamá, daJamaica e das Ilhas Caymán. Os próprios paísesprodutores de cocaína, Colômbia, Bolívia e Peru,aceitam o dinheiro proveniente da venda de dro-gas.

O presidente da França, François Mitterrancí,enviou carta ao seu colega colombiano, VirgílioBarco, comunicando-lhc a reunião dos especialistase assegurando que "o problema da lavagem dedinheiro está no centro de nossas preocupações"

Bush convoca cúpula antidrogas

Rosental Calmon AlvesCorrespondente

WASHINGTON — O presidente americanoGeorge Bush vai promover uma reunião de cúpulacom os países latino-americanos envolvidos noproblema das drogas nos próximos meses, anun-ciou o porta-voz da Casa Branca. Marlin Fitzwa-ter. Ele disse que o encontro reunirá, a princípio,Colômbia, Peru e Bolívia, os principais produto-res de maconha e cocaína.

Ontem. Bush se reuniu com os embaixadoresdos paises latino-americanos para prestar esclareci-mentos sobre o plano que anunciara na véspera,com recursos globais de USS 7,9 bilhões, incluindoUSS 2.2 bilhões de ajuda externa nos próximoscinco anos.

O bilionário plano de USS 7,9 bilhões contra ouso e o tráfico de drogas nos Estados Unidos,recebeu ontem uma avalanche de criticas, princi-palmente de parlamentares e dirigentes dc orga-nizações de defesa das liberdades civis. A oposiçãodemocrata considerou que o aumento de USS 2.2bilhões das verbas destinadas á campanha antidro-gas é muito pequeno e advertiu que não hápraticamente nenhuma novidade no plano."Isto é uma completa fraude política. É umapiada. Estão tentando enganar o publico e isso nãovai funcionar", disse Ira Glasser. dirigente daUnião Americana de Liberdades Civis, uma orga-nização com cerca de 300 mil associados em todo oipais. A principal critica é à ênfase da campanha dcBush à repressão e não ao tratamento dos viciados

.em drogas ou á educação preventiva.Glasser criticou a mudança do enfoque da re-'pressão, direcionando-a também contra os consu-

midores. mesmo os esporádicos. "Isso representaum ataque aos valores americanos, como o dapresunção de inocência", reclamou Glasser, acres-centando que "a tão esperada proposta de guerraàs drogas é inviável, contraproducente e cinica""Sc a promessa de punir os consumidores dedrogas for levada a sério, os Estados Unidos passa-râo a ser um Estado policial", declarou o deputadoDon Edwards, da Califórnia.

Apesar de Bush ter apresentado um aumentorecorde de USS 2,2 bilhões nas verbas para a"guerra contra as drogas" no ano fiscal que se

Os bens dos Montoneros

inicia dentro de 24 dias, a oposição democra-ta considerou que o total de USS 7,9 bilhões aindaé insuficiente. O que deputados e senadores disse-ram claramente é que o presidente deveria de-terminar um aumento dc impostos para obter maisdinheiro para a campanha, mas Bush não querquebrar sua promessa eleitoral.

O senador Joseph Biden, líder da maioria de-mocrata. apontou a ironia de que nesses cortes deverbas para juntar dinheiro para seu plano. Bushafetará setores já envolvidos na luta antidroga. Porexemplo, o plano anunciado anteontem pelo presi-dente prevê tirar verbas da Alfândega e da Patru-lha de Fronteiras, duas agências federais que estãodiretamente envolvidas em frear a entrada de dro-gas em território americano.

Ao visitar ontem uma ala do Hospital Geral deWashington, onde estão bebês abandonados pormães viciadas em drogas, Bush disse aos repórteres,quando indagado sobre a atitude de seus críticos,que eles estavam "errados"

'Crack9 de Bush foi

comprado ali perto

|—| O saquinho de crack que o presidente Bush'— mostrou na noite de terça-feira, quandolançou sua cruzada antidrogas, foi comprado emfrente à Casa Branca por agentes da DrugsEnforcement Administration (DEA). a agên-cia americana de repressão às drogas. A compraaconteceu durante una investigação em aoda-mento sobre o comércio de cocaína nas ruas deWashington e a, boca de onde veio o crack,una forma cristalizada de cocaína, fica na praçaLafayette.

Pérez disse que Bush mostrou o crack comoum exemplo do que está acontecendo na América:"Os traficantes estSo ficando audaciosos e des-carados. Eles circulam livremente sem que nin-guétn os perturbe." Os donos da boca da praçaLafayette continuam soltos.

Bancoc, Tailândia — AFP

confiança dos deputados liberais, opostos ao plano aprovadopor Lubbers em abril: ele pretende duplicar para USS 7.5milhões até 1994 os gastos anuais com o meio ambiente, e em20 anos reduzir o consumo de energia em 30% e a poluição em70%.

Com uma densidade de 436 habitantes por km-', a Holandaenfrenta graves problemas eom os resíduos de amoníaco daagricultura intensiva, as emanações de monóxido de carbonoda enorme frota de veículos automotores e a invasão dosdejetos industriais e domésticos.

A campanha foi dominada por este debate e pela oposiçãodos diferentes partidos ao programa de sete anos dc austerida-de fiscal e cortes nos gastos governamentais proposto porLubbers. Os partidos ecologistas — que se uniram em coalizãoa Esquerda Verde, logo após a dissolução do governoforam, proporcionalmente, os que mais cresceram em relaçãoás eleições anteriores passando de trés para seis parlamentares

i—i Prostitutas, dançarinas, garçonetes e cm-—' pregados em bares, buates e casas de banho de Bancoc provocaram um inesperado einusitado movimento no já normalmente agita¦do bairro de Pat Pong, o bairro da prostituiçãoda capital tailandesa. reconhecido como umdos maiores centros de vida noturna do mun-do. Mascarados, com cartazes, apitos e usandocamisinhas como bolas de encher eles orotes¦

Justiça embargaUSS 46 milhõesdos guerrilheiros

Maurício CardosoCorrespondente

Buenos aires — a família

Graiver, acusada dc aplicar nomercado financeiro os resgates obti-dos nos seqüestras realizados pelosguerrilheiros Montoneros na décadade 70. sofreu um embargo judicial dcseus bens no valor de USS 46 mi-Ihões. A medida foi decretada pelojuiz federal de San Martin, CarlosEnrique Luft, a partir de Io dcsetembro, dia em que o Estado dc-veria pagar uma parcela dc USS 10milhões de uma indenização total deUSS 30 milhões, resultado de umacordo entre os Graiver e o gover-no.

A novela Graivcr-Montoneros,envolvendo milhões de dólares, aJustiça e o Estado argentinos, come-ça cm 1976, quando o recém-instala-do governo militar acusa a famíliade ter recebido USS 17 milhões dosMontoneros para aplicar no merca-do financeiro. O dinheiro corres-ponderia a uma quarta parte do res-gate obtido na libcrataçào dosirmãos Juan e Jorge Bom, seqües-trados pelos Montoneros um anoantes. O principal elo entre os terro-ristas e a família Graiver seria Da-vid, que morreu num acidente deavião no México, em setembro de1976, meses depois de os generais daditadura terem apontado as bateriascontra sua família e seus negócios.As circunstâncias do acidente nuncachegaram a ser devidamente esclarc-cidas.

As investigações realizadas pelosmilitares concluíram pela culpa dos

Graiver. Provou-sc, por exemplo,que com o dinheiro dos Montonerosos Graiver assumiram o controleacionário do American Bank andTrust e do Ccntury Bank, dc NovaIorque. Nomes ilustres, como o doex-ministro da Economia do generalPerón, José Ber Gelbard, e do jorna-lista Jacobo Timerman acabaramenvolvidos no processo, que termi-nou com a prisão dos pais, damulher c do irmão dc David Grai-ver, e a expropriaçâo dos bens eempresas da família.

Acorda — Com a volta da de-mocracia, em 1983, o processo é rea-berto e a Justiça civil não encontraprovas suficientes da conexão dosGraiver com os Montoneros. A fa-mília então faz um' acordo com ogoverno para recuperar o controlede suas empresas, enfeixado na hol-ding Egasa, e para receber umaindenização. Na sexta-feira, o Esta-do deveria pagar os primeiros USS10 milhões dessa indenização. Ou-tras duas parcelas, de USS II mi-Ihões cada, deveriam ser pagas emmarço c setembro de 1990.

Se depender do promotor do tri-bunal federal de San Martin, Rome-ro Victorica, nenhuma delas será pa-ga. Foi ele quem apresentou opedido de embargo ao juiz Luft, atempo de impedir a entrega da pri-meira parcela na sexta-feira. Victori-ca, que atuou como acusador noprocesso cm que o lider montoneroMario Firmenich foi condenado a30 anos de prisão pelo seqüestro dosirmãos Bom, acredita na conexãoGraiver-Montoneros. Em vez de pa-gar, Victorica quer que o Estadoreceba USS 46 milhões da famíliaGraiver. O promotor chegou a essacifra calculando os USS 17 milhõesque os Montoneros teriam entreguea David Graiver em 1975, mais jurosde 8% ao ano.

Greve ameaça Gorbachev

antes de reunião do PC nal de fraaueza da parte do partido, ci

Scott ShaneThe Baltimore Sun

MOSCOU — No Azerbaijão, os tra-balhadores estão desde segunda-feira emgreve geral de uma semana, porque con-sideram a imposição pelo Kremlin de umcontrole direto sobre o território dispu-lado de Nagorno-karabakh uma afrontaá soberania de sua república. Resultado:o transporte do petróleo produzido nasrefinarias locais está muito prejudicado,e a escassez de combustíveis, que emvárias regiões da URSS já prejudica ascolheitas, deve se agravar.

Na Moldávia, os trabalhadores deorigem russa estão em greve há duassemanas para protestar contra legisla-çào aprovada recentemente e que ins-titui o moldávio como língua oficialda república. Por causa disso, tonela-das de maçãs. uvas. tomates e outrosprodutos destinados às mesas soviéti-cas estão apodrecendo em centenas devagões ferroviários paralisados.

Todos estes problemas se acumulamnum momento em que se aproxima arealização, há muito adiada, de umareunião do Comitê Central do PCUSpara debater a questão das nacionali-dades. A reunião foi marcada para jti-lho e adiada, supostamente porque Gor-bachev temia que se transformasse emforo para ataques às reformas. Prevê-seagora sua realização este mês, emborahaja novamente boatos de que será maisuma vez adiada. A reunião pode sertumultuada e apresentar resultados insa-tisfatórios, mas um novo adiamento seriaencarado pela opinião pública como si-

nal de fraqueza da parte do partido, cujaautoridade decaiu dramaticamente nosúltimos meses, e em especial após a der-rota de muitos de seus candidatos naeleição parlametar de março.

Em Abkhazia. parte da república so-viética da Geórgia, milhares de traba-lhadores cruzaram os braços esta se-mana para reivindicar a separação daGeórgia. Pelo menos 22 pessoas morre-ram em Abkhazia em julho duranttconfrontos armados entre habitantes dasduas etnias.

Quando os mineiros da Sibéria e daUcrânia realizaram em julho a maiorgreve da história da União Soviética, opresidente Mikhail Gorbachev advertiuque uma onda generalizada de grevesporia em risco as reformas liberalizantesda perestroiku. Pois este risco pareceagora ainda mais próximo, â medida queuma infinidade de reivindicações nacio-niilistas e disputas interétnicas acumula-das há décadas no interior do impériosoviético encontram expressão nas gre-ves.

Além das atuais paralisações, os es-tonianos de origem russa também pro-testaram recentemente com greves contranovas leis — sobre a lingua oficial e osdireitos eleitorais — que consideram dis-criminatórias. A liderança da Estôniaconseguiu pôr fim á paralisação compromessas de negociações, que até agoranão produziram resultado. As disputasétnicas se mostram muito mais difíceis deresolver do que a greve dos mineiros, queapresentavam basicamente reivindica-ções econômicas, em grande parte aten-didas.

Brasileiro organiza

trégua na Nicarágua

Gilberto Lopez

SÃO JOSfc. Costa Rica — generalbrasileiro Péricles Gomes concluiu on-tem a primeira etapa de uma missãona América Central para preparar ainstalação, nas fronteiras dos países daregião, de observadores militares dasNações Unidas, em função do conflitona Nicarágua.

Não é a primeira missão desse tipoque o general realiza. Há vários mesesele chefia a missão da ONU que verifi-ca a retirada das tropas cubanas deAngola.

Com 38 anos no Exército, baiano.ex-comandante da Sccnnrla Brir"1^1Artilharia de Costa, em Santos, cuida-

tavam pela campanha desenvolvida pela Asso-ciaçào Comunitária para a População e oDesenvolvimento para o combate d Aids. As

prostitutas sentem-se discriminadas pela catn-

panha e acusam o governo de aproveitar omedo da Aids para desenvolver uma campa-nha dc "perseguição ao sexo livre como pro-

clamava um dos muitos cartazes

doso no falar. Gomes não quis comeu-tar sua missão. Na Costa Rica. além deconversar com o chanceler Rodrigo Ma-drigal e outros ministros, ele visitou aBarra do Colorado, na costa atlântica dopaís e o povoado de Los Chiles. uns 300quilômetros ao norte de São Jose nafronteira com a Nicarágua.

Dc acordo com o documento aprova-do pelos presidentes centro-americanosem agosto de 1987, conhecido comoEsquipulas II. o que os observadores daONU têm de fazer é verificar o fim doapoio das forças irregulares que ope-ram na região e que não se use oterritório de um país para agredir ooutro

A missão da ONU na América Cen-trai vai ser conhecida como Onuca. masqual vai ser exatamente a sua tarefa ain-da não se sabe. O general Gomes insistiumuito nisto. "Só haverá um mandatopara a Onuca quando ela estiver organi-zada". explicou. Isto só vai ocorrer de-pois que ela terminar sua amissão naAmérica Centra! e entregar, no fim desetembro, seu relatório a Perez de Cuel-lar

Ainda que o general insistisse muitoem não misturar sua missão explora-tória na América Central com a verifi-cação dos compromissos de retirada cu-bana em angola, não escondeu suasatisfqaçào pela forma como as coisasestão se desenvolvendo neste pais alri-cano. no que se refere ao mandato dasNações Unidas.

"Não só os cubanos, mas também osangolanos, estão cumprindo perfeita-mente tudo o que asibnaram no acordode Nova Iorque de 22 de dezembro pas-sado" afirmou o general

As forças cubanas devem estar todasao norte do paralelo 13 depois do dia 31dc outubro e pelo menos a metade dos50.000 homens que Cuba linha em An-gola devem ter regressado a se3u pais.na mesma data O general insistiu emque o calendário está sendo seguidorigorosamente e que sua missão estásendo cumprida dentro do que foi pia-nejado

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JORNAL DO BRASIL Internacional quinta-feira, 7/9/89 n 1" caderno ? 9

Brancos votam sob protesto

dos negros na África do Sul_i„ ACD

JOHANNESBURGO — Na maiorgreve da história da África do Sul, 3milhões de trabalhadores negros on-tem cruzaram os braços, cm protestopelas eleições para renovar o Parja-mento Tricameral, no qual não têmrepresentação, apesar de serem 28milhões numa população de 37 mi-lhões de habitantes.

Além da paralisação de todo osistema de transportes, da suspensãodas aulas e o fechamento de fábricase das minas de carvão, ouro e dia-mante, houve manifestações nas ruasdas principais cidades, registrando-sevários violentos com a polícia, pelomenos 400 prisões e a morte de umhomem em Pretória, a capital.

Numa manhã de muito frio, chuvafina e uma pesada nevasca (há 20anos não caia neve), foram abertas asurnas para pouco mais de 3 milhõesde eleitores brancos (de uma popula-çào de 5 milhões) que irão renovar aAssembléia, formada por 166 depu-tados brancos. Também votaram osindianos e mestiços (3 milhões) paraeleger 85 deputados da Assembléiamestiça e os asiáticos (1 milhão), queelegerão 45 representantes. O novoParlamento escolherá o presidente daRepública para os próximos cincoanos, devendo reeleger a Frcdcrik DeKlerk, interino no cargo desde a re-núncia, no mês passado, do presiden-te Pieter Botha.

Os primeiros resultados divulga-dos à noite, confirmam a tendênciade o Partido Nacional, governista,perder algumas cadeiras, mantendoporém a maioria. Os resultados dasprimeiras 25 regiões eleitorais (de umtotal de 141) indicam que o PN pode-rá ter uma perda cm torno de 20%,ficando com uma apertada maioria.

Há mais de um mês, os negrosrealizam protestos, denunciando aseleições, liderados pelo MovimentoDemocrático de Massas, (MDM), or-ganização que reúne os mais impor-tantes grupos negros de luta pelosdireitos civis e combate à política se-

Cldado do Cabo — AFP

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Três milhões de negros fizeram a maior greve do país

gregacionista do apartheid. Nos últi-mos 30 dias, foram feitas mais de2.000 prisões e ocorreram 70 mortes.Ontem, ao incentivar os protestos, oarcebispo anglicano Dcsmond Tutu,prêmio Nobel da Paz, denunciou aseleições como "apenas mais uma far-sa branca". "O apartheid simples-mente não pode ser reformado, me-lhorado ou disfarçado. Ou ele acabaou não", disse perante uma multidãode trabalhadores e estudantes na Ci-dade do Cabo, cercada por mais demil policiais fortemente armados. Emmuitos lugares, a policia além de es-cudos, cassetetes, bombas de gás la-crimogêneo e fuzis com balas de bor-racha, empregou cães e chicote.

Tanto a Conferência Nacional dosbispos, como o MDM e centenas deoutras entidades civis apoiaram agreve articulada pelo Congresso dosSindicatos Sul-Africanos (Cosatu), li-derado por Jay Naidoo que classifi-cou a greve de ontem como "a maisimportante vitória dos trabalhadores

negros". Naidoo anunciou a adesãode 3 milhões de trabalhadores, 85%dos operários negros sindicalizados,que paralisaram a produção, ostransportes e boa parte do comércioem importantes cidades como Johan-nesburgo, Durban, Cidade do Cabo,Port Elizabeth e Pretória. Até ontem,a maior greve sul-africana tinha sidocm junho do ano passado, quando2,5 milhões de trabalhadores cruza-ram os braços cm protesto por cente-nas de prisões.

O sucesso da greve foi reconheci-do inclusive pela Câmara de Comér-cio e Indústria de Johannesburgoque, em nota oficial, admitiu a parali-sação de 65% de "substanciais seto-res produtivos do país".

Também ocorreram protestos emvárias cidades do país, com trabalha-dores negros apoiados por estudantesc brancos que lutam contra o apar-theiil. Houve alguns incêndios e aexplosão de duas bombas na Cidadedo Cabo.

De Klerk,

vitória de

alto risco

Ronaldo Campos

Ao votar ontem pela manhã, o

presidente Frederick De Klerkaparentava satisfação e confiança navitória de seu Partido Nacional. Decerta forma, tinha razão. Afinal, to-das as análises políticas indicam queo partido, desde 1948 no poder, deve-ra continuar com maioria na Assem-bleia branca do Parlamento Tricame-ral, onde tem atualmente 123 das 166cadeiras. Isso garante ao presidente areeleição para mais cinco anos nopoder.

O que De Klerk não revelava cque, pela primeira vez, seu partidopoderá ver-se obrigado a negociarpara poder governar e concretizarseus planos de "construir uma novaera para a África do Sul". Desgasta-do pelas lutas internas e pela sistema-

tica oposição que sofre de conserva-dores e liberais, o Partido Nacional(PN) certamente não sairá fortalecidodessas eleições legislativas. Os maisotimistas acreditam que o PN e suapolitica de reformas lentas e graduaisdeverá perder entre 15 c 30 cadeiras,o que, apesar de revelar seu desgaste,garantiria a manutenção da maioria.Muitos acham, no entanto, que asperdas para o partido governista po-derão ser bem maiores, entre 30 e 43deputados, o que o deixaria com ape-nas 80 cadeiras, cinco a menos do queo necessário para ser maioria.

A confirmar-se esta última hipóte-se, o presidente De Klerk teria queadministrar uma verdadeira catástro-fe política. Em primeiro lugar, por-que boa parte dos votos dissidentesdevem migrar para os ultradireitistasdo Partido Conservador, hoje osmaiores inimigos do PN, que acusamde fazer o jogo dos negros. Para osconservadores, que têm hoje 22 ca-deiras e poderão ficar com mais de40, o ex-presidente Pieter Botha eFrederick De Klerk são inclusive deesquerda. Defensores intransigentesdo apartheid, dificilmente eles com-poriam com o presidente De Klerk.Isso sem contar que essa coalizão

certamente levaria a África do Sulpara um perigoso agravamento daslutas raciais. Para De Klerk e seuprograma pragmático de governo"sem ódios e de igualdade" essa hipó-tese c inviável.

Resta, nesse caso, a opção de bus-car o apoio dos liberais, cm especialdo Partido Democrático, hoje com 20deputados que vieram de outros par-tidos e que poderá ganhar mais 15cadeiras. Ocorre que os democratas,como de resto a maioria dos liberais(no conjunto algo cm torno de 40deputados), defendem uma políticamuito mais radical de mudanças. Pa-ra eles, que querem a igualdade totalde direitos civis para os negros e ofim de qualquer discriminação. Fre-deríck De Klerk não passa de umaroupagem menos rançosa do apar-theid.

Desse modo, o presidente DeKlerk está ameaçado de ter que en-frentar a delicada situação de venceras eleições e, ao mesmo tempo, ser omaior derrotado. Ou seja, ganharmas não ter como governar. Pelo me-nos no mesmo estilo auto-suficiente,como há meio século vem fazendosua família, uma das fundadoras doPartido Nacional.

SENA1

VENCE

MAIS

Chega hoje ao AeroportoInternacional do Rio de

Janeiro a equipe doSenai, que representou oBrasil no XXX Concurso

Mundial de FormaçãoProfissional, emBirmingham, na

Inglaterra, realizadono período de 28 a 31

de agosto.• Célio Alves

Pereira, TorneiroMecânico do

Senai-Rio,recebeu a

medalha deprata das mãos

da primeiraMinistra,

MargarethThatcher. E mais três alunos

conquistaram diplomas deExcelente: Hélio Christ -

Ferramenteiro do Rio Grande doSul; Lara Wolmer - DesenhistaGráfica de São Paulo e Márcio

de Oliveira - Ajustador Mecânicode Minas Gerais.

A competição reuniu cerca de30 países e 380 concorrentes, em

35 modalidades, numa disputapra valer, que exigiu muita garra

e determinação dos participantesbrasileiros.

Com isso, o Senai mostra que estápreparado para abastecer nossasindústrias com mão-de-obra de

primeira qualidade.Senai. Há 47 anos marchando em

busca da independência detecnologia para o país.UM\

SENAIDEPARTAMENTO

REGIONAL DOESTADO DO RIO DE JANEIRO C0«MDIIUI0 MClOMl HOUSftU

JB

Cartão do Leitor.

Não vã ao Cinema sem ele.

EUA retiram diplomatas

da capital do Líbano

BEIRUTE — O governo dos Esta-dos Unidos decidiu retirar todo o seupessoal diplomático da embaixada deBeirute, alegando que manifestações vio-lentas lideradas por libaneses cristãosem frente à representação diplomáticacriaram uma situação insustentável queimpede os funcionários de trabalhar.

Dois helicópteros americanos desce-ram antes do amanhecer no pátio daembaixada, no subúrbio de Awkar, nortede Beirute, e retiraram o embaixadorJohn McCarthy e 29 outros funciona-rios, que foram levados para a ilha deChipre, de onde seguirão para os Esta-dos Unidos.

A retirada ocorreu um dia depoisque grupos leais ao chefe de governomilitar cristão, o general de linha-du-ra Michel Aoun, iniciaram o que deno-minaram de "cerco pacífico" à embai-xada americana.

Ao mesmo tempo, Aoun afirmou es-tar disposto a abandonar seu posto seobtiver "garantias" da retirada total do

Exército sirio do território libanês. "Seexiste um projeto que garanta e assegurea libertação do Líbano, estou disposto amandar as tropas de volta aos quartéis ea deixar o poder", declarou Aoun à im-prensa libanesa.

Em entrevsita por telefone à agên-cia de noticias UPI, um porta-voz daembaixada disse que os Estados Uni-dos não estão abandonando o Líbano.

Aoun, que luta pela retirada de33.000 soldados sírios do Líbano, decla-rou-se decepcionado, mas não surpre-so, com a saída do pessoal diplomáticoamericano. Segundo ele, essa situaçãonão permitirá que o presidente GeorgeBush tenha uma visão correta do quese passa em Beirute.

Trocas de tiros esporádicas foramouvidas durante a noite ontem e a rádioVoz Cristã do Líbano anunciou violen-tos conflitos durante a noite de ontementre as milícias cristãs de Aoun e tropasapoiadas pela Stria.

Colisão — Um trem expresso de Renúncia Oc Hnpassageiros que se dirigia paia Oiiúu, 110"norte da Espanha, se chocou ao meio-diade ontem com a traseira de um trem decarga parado na estação de Arevalo, 110km no noroeste da capital, causando amorte de cinco pessoas e ferimentos emoutras 58. Um dos mortos é o maquinis-ta do trem expresso, que tentou em vãofrear a composição.Fuga — O piloto da Força Aéreachinesa Chang Wen-Hao, de 24 anos,fugiu ontem do aeroporto de Lunghsi, naprovíncia de Fukien, a bordo de umMiG-19, que conduziu até a ilha deQuemoy, no estreito de Formosa, sobcontrole do governo de Formosa. Wen-Hao, o 15° piloto chinês a fugir para obastião nacionalista desde 1949, vai re-ceber uma gratificação equivalente aUSS 890.000.

txercito chileno renunciaram ontem co-letivamente para dar ao presidente Au-gusto Pinochet a liberdade de reorgani-zar o alto comando dessa instituição. Se-gundo fontes militares, Pinochet pre-tende reduzir o número de generais paraadequar o Exército para cumprir funçõesexclusivamente militares quando o pró-ximo governo civil assumir o poder, emmarço de 1990.Sendero — Vinte guerrilheiros dogrupo maoista Sendero Luminoso mor-reram terça-feira num confronto comuma patrulha policial na localidade deQuanta, próximo de Tingo Maria, a 400km no nordeste de Lima. Supostos in-tegrantes do grupo assassinaram on-tem a tiros um instrutor militar naprovíncia andina de Huancayo, deixandosobre seu corpo um cartaz com os dize-res: "Assim morrem os delatores."

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JORNAL DO BRASIL Internacional 2a Edição ? quinta-feira, 7/9/89 ? Io caderno ? 9

Brancos votam sob protesto

dos negros na África do SulCidade do Cabo — AFP

roaJOHANNESBURGO — Na maior

greve da história da África do Sul, 3milhões de trabalhadores negros on-tem cruzaram os braços, em protestopelas eleições para renovar o Parla-mento Tricameral, no qual não têmrepresentação, apesar de serem 28milhões numa população de 37 mi-lhões de habitantes.

Além da paralisação de todo osistema de transportes, da suspensãodas aulas e do fechamento de fábricase das minas de carvão, ouro e dia-mante, houve manifestações nas ruasdas principais cidades, registrando-sevários choques violentos com a poli-cia, pelo menos 400 prisões e a mortede um homem em Pretória, a capital.

Numa manhã de muito frio, chuvafina e uma pesada nevasca (há 20anos não caía neve), foram abertas asurnas para pouco mais de 3 milhõesde eleitores brancos (de uma popula-ção de 5 milhões) que irão renovar aAssembléia, formada por 166 depu-tados brancos. Também votaram osindianos e mestiços (3 milhões) paraeleger 85 deputados da Assembléiamestiça e os asiáticos (1 milhão), queelegerão 45 representantes. O novoParlamento escolherá o presidente daRepública para os próximos cincoanos, devendo reeleger a Frederik DeKlerk, interino no cargo desde a re-núncia, no mês passado, do presiden-te Pieter Botha.

Segundo resultados oficiais divul-gados á noite, depois de apurada avotação em 150 das 166 regiões ciei-torais, o Partido Nacional, governis-ta, já elegeu os 84 deputados que lheasseguram a maioria absoluta noparlamento. Uma projeção de com-putador dava ao PN um total de 97cadeiras, margem apertada para umpartido que já teve maioria de 88.

Há mais de um mês, os negrosrealizam protestos, denunciando aseleições, liderados pelo MovimentoDemocrático de Massas, (MDM), or-ganização que reúne os mais impor-tantes grupos negros de luta pelos

Três milhões de negros fizeram a maior greve do país

direitos civis e combate à política se-gregacionista do aparthcid. Nos últi-mos 30 dias, foram feitas mais de2.000 prisões e ocorreram 70 mortes.Ontem, ao incentivar os protestos, oarcebispo anglicano Dcsmond Tutu.prêmio Nobel da Paz, denunciou aseleições como "apenas mais uma far-sa branca". "O apar theid simples-mente não pode ser reformado, me-lhorado ou disfarçado. Ou ele acabaou não", disse perante uma multidãode trabalhadores e estudantes na Ci-dade do Cabo, cercada por mais demil policiais fortemente armados. Emmuitos lugares, a policia além de es-cudos. cassetetes, bombas de gás la-crimogêneo e fuzis com balas de bor-racha, empregou cães c chicote.

Tanto a Conferência Nacional dosbispos, como o MDM e centenas deoutras entidades civis apoiaram agreve articulada pelo Congresso dosSindicatos Sul-Africanos (Cosatu), li-derado por Jay Naidoo que classifi-cou a greve de ontem como "a maisimportante vitória dos trabalhadores

negros". Naidoo anunciou a adesãode 3 milhões de trabalhadores, 85%dos operários negros sindicalizados,que paralisaram a produção, ostransportes c boa parte do comérciocm importantes cidades como Johan-nesburgo, Durban, Cidade do Cabo,Port Elizabeth e Pretória. Até ontem,a maior greve sul-africana tinha sidocm junho do ano passado, quando2,5 milhões de trabalhadores cruza-ram os braços cm protesto por cen-tenas de prisões.

O sucesso da greve foi rcconhc-cido inclusive pela Câmara de Co-mércio e Indústria de Johannesbur-go que, em nota oficial, admitiu aparalisação de 65% de "substanciaissetores produtivos do país".

Também ocorreram protestos emvárias cidades do país, com trabalha-dores negros apoiados por estudantese brancos que lutam contra o apar-theid. Houve alguns incêndios c aexplosão de duas bombas na Cidadedo Cabo.

De Klerk,

vitória de

alto risco

Ronaldo Campos

Ao votar ontem pela manhã, o

presidente Frederick De Klerkaparentava satisfação e confiança navitória de seu Partido Nacional. Decerta forma, linha razão. Afinal, to-das as análises políticas indicam queo partido, desde 1948 no poder, deve-rã continuar com maioria na Assem-hleia branca do Parlamento Tricame-ral, onde tem atualmente 123 das 166cadeiras. Isso garante ao presidente areeleição para mais cinco anos nopoder.

O que De Klerk não revelava éque, pela primeira vez, seu partidopoderá ver-se obrigado a negociarpara poder governar e concretizarseus planos de "construir uma novaera para a África do Sul". Desgasta-do pelas lutas internas e pela sistema-

tica oposição que sofre de conserva-dores e liberais, o Partido Nacional(PN) certamente não sairá fortalecidodessas eleições legislativas. Os maisotimistas acreditam que o PN e suapolítica de reformas lentas e graduaisdeverá perder entre 15 e Ml cadeiras,o que. apesar de revelar seu desgaste,garantiria a manutenção da maioria.Muitos acham, no entanto, que asperdas para o partido governista po-derão ser bem maiores, entre 30 e -13deputados, o que o deixaria com ape-nas 80 cadeiras, cinco a menos do queo necessário para ser maioria.

A confirmar-se esta última hipóte-se, o presidente De Klerk teria queadministrar lima verdadeira catástro-fe política. Em primeiro lugar, por-que boa parte dos votos dissidentesdevem migrar paru os ultradireitistasdo Partido Conservador, hoje osmaiores inimigos do PN. que acusamde fazer o jogo dos negros. Para osconservadores, que têm hoje 22 ca-deiras e poderão ficar com mais de40, o ex-presidente Pieter Botha eFrederick De Klerk são inclusive deesquerda. Defensores intransigentesdo aparthcid, dificilmente eles com-poriam com o presidente De Klerk.Isso sem contar que essa coalizão

certamente levaria a África do Sulpara um perigoso agravamento daslutas raciais. Para De Klerk e seuprograma pragmático de governo"sem ódios e de igualdade " essa hipó-tese e inviável.

Resta, nesse caso. a opção de bus-car o apoio dos liberais, em especialdo Partido Democrático, hoje com 20deputados que vieram de outros par-tidos e que poderá ganhar mais 15cadeiras. Ocorre que os democratas,como de resto a maioria dos liberais(no conjunto algo em torno de 40deputados), defendem uma políticamuito mais radical de mudanças. Pa-ra eles. que querem a igualdade totalde direitos civis para os negros c oUm de qualquer discriminação. Fre-derick De Klerk não passa de umaroupagem menos rançosa do apar-theid.

Desse modo. o presidente DeKlerk está ameaçado de ter que en-frentar a delicada situação de venceras eleições e. ao mesmo tempo, ser omaior derrotado. Ou seja, ganharmas não ter como governar. Pelo me-nos no mesmo estilo auto-suficiente,como há meio século vem fazendosua família, uma das fundadoras doPartido Nacional.

SENAI

VENCE

MAIS

UMA

R\RAM

Chega hoje ao AeroportoInternacional do Rio de

Janeiro a equipe doSenai, que representou oBrasil no XXX Concurso...

Mundial de FormaçãoProfissional, emBirmingham, na

Inglaterra, realizadono período de 28 a 31

de agosto.Célio Alves

Pereira, TorneiroMecânico do

Senai-Rio,recebeu a

medalha deprata das mãos

da primeiraMinistra,

MargarethThatcher. E mais três alunos

conquistaram diplomas deExcelente: Hélio Christ -

Ferramenteiro do Rio Grande doSul; Lara Wòlmer - DesenhistaGráfica de São Paulo e Márcio

de Oliveira - Ajustador Mecânicode Minas Gerais.

A competição reuniu cerca de30 países e 380 concorrentes, em

35 modalidades, numa disputapra valer, que exigiu muita garra

e determinação dos participantesbrasileiros.

Com isso, o Senai mostra que estápreparado para abastecer nossasindústrias com mão-de-obra de

primeira qualidade.Senai. Há 47 anos marchando em

busca da independência detecnologia para o país.

SENAIDEPARTAMENTO

REGIONAL DOESTADO DO RIO DE JANEIRO

m.......coiHomcâo MOOMt n; mousiiii

JB

Cartão do Leitor.

Não vã ao Cinema sem ele.

Hk ¦¦¦¦ ¦¦ A ¦¦ aEUA retiram diplomatas

da capital do LíbanoBEIRUTE — O governo dos Esta-

dos Unidos decidiu retirar todo o seupessoal diplomático da embaixada deBeirute, alegando que manifestações vio-lentas lideradas por libaneses cristãoscm frente à representação diplomáticacriaram uma situação insustentável queimpede os funcionários de trabalhar.

Dois helicópteros americanos desce-ram antes do amanhecer no pátio daembaixada, no subúrbio de Awkar, nortede Beirute, e retiraram o embaixadorJohn McCarthy e 29 outros funciona-rios, que foram levados para a ilha deChipre, de onde seguirão para os Esta-dos Unidos.

A retirada ocorreu um dia depoisque grupos leais ao chefe de governomilitar cristão, o general de linha-du-ra Michel Aoun, iniciaram o que deno-minaram de "cerco pacífico" à embai-xada americana.

Ao mesmo tempo, Aoun afirmou es-tar disposto a abandonar seu posto seobtiver "garantias" da retirada total do

Exército sirio do território libanês. "Seexiste um projeto que garanta e assegurea libertação do Líbano. estou disposto amandar as tropas de volta aos quartéis ea deixar o poder", declarou Aoun à im-prensa libanesa.

Em entrevsita por telefone à agên-cia de noticias UPI, um porta-voz daembaixada disse que os Estados Uni-dos não estão abandonando o Libano.

Aoun. que lula pela retirada de33.000 soldados sírios do Líbano, decla-rou-se decepcionado, mas não surpre-so, com a saída do pessoal diplomáticoamericano. Segundo ele, essa situaçãonão permitirá que o presidente GeorgeBush tenha uma visão correta do quese passa em Beirute.

Trocas de tiros esporádicas foramouvidas durante a noite ontem e a rádioVoz Cristã do Líbano anunciou violen-tos conflitos durante a noite de ontementre as milícias cristãs de Aoun e tropasapoiadas pela Síria.

Colisfto — Um trem expresso depassageiros que se diligia paia Girón, no.norte da Espanha, se chocou ao meio-diade ontem com a traseira de um trem decarga parado na estação de Arevalo, 110km no noroeste da capital, causando amorte de cinco pessoas e ferimentos emoutras 58. Um dos mortos é o maquinis-ta do trem expresso, que tentou em vãofrear a composição.Fuga — O piloto da Força Aéreachinesa Chang Wen-Hao, de 24 anos.fugiu ontem do aeroporto de Lunghsi, naprovíncia de Fukien, a bordo de umMiG-19, que conduziu até a ilha deQuemoy, no estreito de Formosa, sobcontrole do governo de Formosa. Wen-Hao. o 15° piloto chinês a fugir para obastião nacionalista desde 1949, vai re-ceber uma gratificação equivalente aUSS 890.000.

Renúncia — Os 48 generais do. Kvpn-itn rhili»nr» rnrinciaram ontem co-

letivamente para dar ao presidente Au-gusto Pinochet a liberdade de reorgani-zar o alto comando dessa instituição. Se-gundo fontes militares. Pinochet pre-tende reduzir o número de generais paraadequar o Exército para cumprir funçõesexclusivamente militares quando o pró-ximo governo civil assumir o poder, emmarço de 1990.Sendero — Vinte guerrilheiros dogrupo maoista Sendero Luminoso mor-reram terça-feira num confronto comuma patrulha policial na localidade deQuanta, próximo de Tingo Maria, a 400km no nordeste de Lima. Supostos in-tegrantes do grupo assassinaram on-tem a tiros um instrutor militar naprovíncia andina de Huancayo, deixandosobre seu corpo uni cartaz com os dize-res: "Assim morrem os delatores."

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10 ? Io caderno ? quinta-feira, 7/9/89

JORNAL DO BRASILI undiuJo cm 1891

M. I . DO NASCIMtNTO UKITO — Ütrttor /'residenteMARIA RF.GINA DO NASCIMENTO HRITO — Diretora

•VICTORIO MlliKING CABRAL — Superintendente Gera!

MARCOS SÁ CORRLA —

I LÁVIO IMNHbIRO — Liiitor Lxecuttvo

ROHIiK IO l'OMI'l l' III lOLI UO l.,ldnr l.icailn.

Ique

Recuo Inaceitável

Quando foi decretada a liquidação extrajudicial

do Produban (o banco do Estado de Ala-goas), em 19 de novembro passado, o fato foisaudado como importante marco no mercado fi-nanceiro: o de estender o risco às aplicações nosbancos estaduais. O conceito foi reafirmado emmarço com a liquidação do Banco Regional doExtremo-Sul (BRDE).

Foi uma comemoração precipitada. O DiárioOficial da União de ontem trouxe a decisão doBanco Central de transformar a liquidação doProduban em regime de administração temporá-ria, que significa, na prática, a reabertura do bancoe o ressarcimento dos depositantes e dos credores,com correção monetária do BTN e até juros de9% ao ano (para pagamento em 12 meses) a 11%ao ano (para quitação em até 36 meses).

Paralelamente, o BRDE vai ressuscitar, absor-vido pelos bancos de desenvolvimento dos estadosdo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.Trata-se de um grande retrocesso, no momento emque o próprio governo se dispõe a atacar focos dodéficit público, com corte de incentivos fiscais pa-ra o Orçamento de 1990, no valor de NCz$ 400milhões.

Pois quase 30% do que se pretende economi-zar no Orçamento fiscal do próximo ano seráinjetado pelo Banco Central no Produban. Serãoexatos NCzS 118 milhões. O Banco Central ale-ga que os recursos sairão da reserva monetária,sem afronta à Constituição, que proíbe a utilizaçãode recursos do Tesouro para socorro de insti-tuições financeiras.

Quem conhece a promiscuidade das contas doBanco Central com o Tesouro Nacional, atravésda dívida mobiliária e dos adiantamentos feitos aoTesouro, não se satisfaz com a explicação. Dinhei-ro que sai do Banco Central representa expansãomonetária. Se o Tesouro fosse superavitário e nãoprecisasse do financiamento diário do Banco Cen-trai, a utilização da reserva monetária poderia nãoter tanto efeito. Na prática, haverá expansão mo-netária e perda de recursos pelo Tesouro.

O Tesouro e o Banco Central estão fazendoum enorme sacrifício nos últimos três meses parafrear a especulação com ativos financeiros e esto-ques e evitar a hiperinflação, pagando altas taxasnas Letras Financeiras do Tesouro no overnight.Em julho, o rendimento real das LFTs foi de3,42% ao mês, ou 49,7% ao ano; cm agosto, ataxa real mensal atingiu 4,76%, eqüivalendo a74,7% ao ano. Este mês, pelo andar da carruagem,vamos ter uma taxa real em torno de 3%, ou de42,5% ao ano.

Este é o custo efetivo do dinheiro que seráadiantado ao Produban. É preciso, portanto, quefique bem clara a forma como os 17 usineirosalagoanos, responsáveis pela insolvência do banco,ao qual devem hoje NCzS 255 milhões (80.397 milBTNs), irão quitar a dívida. Em princípio, terão dequitar apenas 20% á vista, ficando com prazoaté julho de 1998 para liquidar o débito restante.Haverá subsídio implícito aos ricos usineiros ala-goanos? O que não se admite é o governo cortarsubsídios com uma das mãos e devolver com aoutra.

No Mapa da Droga

O presidente George Bush acaba de desencadearuma guerra de US$ 7,9 bilhões contra o que

definiu como "a mais grave ameaça" que os Esta-dos Unidos enfrentam atualmente: a expansão douniverso da droga. As verbas são vultosas; masnão se pode saber, por enquanto, se o programaterá resultado — pois a expansão da drogaestá diretamente ligada ao crescimento do consu-mo nos Estados Unidos e em outros países.

O combate à droga é uma prioridade america-na desde o início da década, quando o presidenteReagan também declarou guerra aos traficantes. Aguerra, por enquanto, está sendo perdida. Se opreço das drogas, para o consumidor norte-ameri-cano, baixou em quase 25% nos últimos três anos,este é o indício seguro de que os traficantes conse-guem colocar mais cocaína no mercado, apesar detoda a perseguição que lhes é movida.

Esses fatos deveriam bastar para enfatizar anecessidade de uma mobilização de todo o conti-nente face ao que já está se transformando nogrande flagelo social deste final de século. Asituação da Colômbia ilustra cabalmente o queacontece quando a indústria das drogas prosperasem restrições: o Estado e a sociedade acuadospor criminosos que não hesitam em passar senten-ças de morte contra quem lhes fique no caminho.Para além disso, a droga vai-se infiltrando naprópria medula do tecido social, corrompendo-o edesfibrando-o.

Uma estrutura eficiente de combate ao malprecisa atacá-lo em todas as fases do processo. Eneste sentido, é importante saber que o Brasil hámuito tempo está no mapa do narcotráfico. Cida-des como Vitória, Manaus e Porto Alegre entra-ram para o circuito da cocaína, facilitando asconexões que ligam o Cartel de Medellín à Máfiaitaliana e a outras organizações criminosas. Aconexão européia cresce de importância na medidaem que se intensifica a repressão nos Estados Uni-dos.

Já nos anos 70 esteve por aqui, muito ativo, ocapo mafioso Tomaso Buscetta, lançando as basespara o que viria depois. Don Tomaso acabou nasmãos da justiça; mas o trabalho teve continuidade,e há poucos meses foi preso no Brasil um impor-tante chefe da Camorra napolitana, que consolida-va operações em território brasileiro.

Os infindáveis limites do Brasil com os paísesvirtualmente submersos pelo narcotráfico — Peru,Bolívia, Colômbia — já deveriam servir, sozinhos,de advertência; e tanto maior será o perigo deinfiltração quanto mais se intensificar a repressãodo outro lado da fronteira. O Brasil não podeencarar problema tão grave como se ele fosse,basicamente, preocupação para os seus vizinhosandinos. Não se pode esperar pelo estágio em queo narcotráfico se sinta seguro para agir â luz dodia, matando ou corrompendo os que ficarem emseu caminho.

Doce Desperdício

Há certos órgãos públicos que nunca deveriam

ter sido criados, porque resultam da visãopaternalista brasileira de que o Estado pode serempreendedor e agente de fomento à iniciativaprivada. Instalados, passam a ser um sorvedourode dinheiro público na própria manutenção damáquina e na entrega de recursos que recebem doTesouro para privilegiados beneficiários. Pior, suaexistência distorce totalmente os mecanismos demercado no segmento protegido pelo guarda-chu-va estatal.

É o caso do Instituto do Açúcar e do Álcool(IAA). Criado no primeiro governo Vargas, oIAA, como o congênere Instituto Brasileiro doCafé, veio para dar suporte à agroindústria doaçúcar e garantir a cota do país no Acordo Inter-nacional do Açúcar. Durante anos, exerceu buro-craticamente a missão, quando o café, o açúcar e ocacau, amparados por órgãos oficiais, garantiammetade das receitas brasileiras.

Há mais de duas décadas, os três produtosperderam importância com a diversificação dasexportações de produtos agrícolas, com a introdu-ção da lavoura de soja no Brasil, nos anos 60,e a crescente industrialização. Hoje, os produtosindustrializados respondem por dois terços dasreceitas, enquanto o general café arrecada modes-tos USS 2 bilhões. As vendas de açúcar chegarão aapenas USS 300 milhões este ano, pouco mais doque os USS 280 milhões do cacau e menos de umdécimo dos U SS 3, 2 bilhões que deverão serarrecadados pelo complexo soja.

A soja, o suco de laranja (cuja receita é estima-da em USS 1,1 bilhão), a carne e o fumo em folhas(que devem apurar mais USS 1,2 bilhão), vão fatu-rar aproximadamente USS 5,5 bilhões em 1989,mais do que o dobro do café, açúcar e cacaujnntnç no pntantr. não rnntnm mm Organís-

mos oficiais. A Cacex controla as exportaçõesde soja em grão, farelo e óleo com uma dúzia defuncionários. Os núcleos de suco de laranja e fumosão menores ainda. Talvez por isso mesmo tais se-tores exibam mais eficiência e rentabilidade.

O IAA já provou seguidamente sua ineficién-cia e inutilidade. Tanto que já no governo Figuei-redo cogitava-se da sua extinção ou da privatiza-ção das exportações de açúcar. A Nova Repú-blica ensaiou o fechamento do IAA pelo menosmais três vezes, a começar pela gestão de RobertoGusmão no então Ministério da Indústria e do Co-mércio. Seus dois sucessores também anunciarama intenção de liquidar o Instituto.

O máximo que se avançou foi na permissãopara que os usineiros exportem diretamente a pro-dução de açúcar. Foi um avanço canhestro, por-que coincidiu com uma fase de preços internacio-nais favoráveis para o produto, depois de quasequinze anos em que o Estado, através do IAA,subsidiou os produtores no preço gravoso. O livrecomércio não comporta acordos como o do açú-car, do cacau e do café, recentemente rompido. Etorna ainda mais inócua a existência de autarquiasque deveriam servir para viabilizar internamentetais acordos.

Diante da inutilidade macroeconômica doIAA — que só beneficia usineiros ineficientes enotórios devedores do Tesouro Nacional —, nãoera de espantar que, na falta do que fazer, acorrupção ganhasse corpo na burocracia do Insti-tuto, com denúncias de sumiço de um grandecomputador de USS 100 milhões (doce desperdíciopara um órgão cuja extinção fora seguidamen-te determinada) e da malversação de recursos pú-blicos. Os desvios precisam ser apurados com ri-gor, mas o episódio deve servir para acelerar aextinção do IAA e outros órgãos similare

Tópica

PalanqueO secretário estadual de Saúde. Jo-

sé Noronha, aproveitou um ato púhli-co realizado em frente do Hospital daLagoa em prol da reintegração de mé-dicos transferidos para outros hospi-tais, para dar uma dimensão políticainesperada á própria manifestação. Pa-ra começo de'conversa, é estranho queum secretário estadual vá à rua para

se misturar a manifestantes que ver-balizam pequenas reivindicações emtom de comício com apoio do PT.

A remoção de médicos e funciona-rios do Hospital da Lagoa se seguiu aum episódio discutível cm que partedo funcionalismo se rebelou contra ademissão, pelo ministério da Saúde, deum diretor que fora eleito pelo votodireto. Inconformados, médicos ocu-

Cartas

param naquela época o andar da dire-ção e se recusaram a permitir a possedo novo diretor. Agora, depois de re-movidos, ganharam na justiça o direi-to a reintegração. E é o próprio secre-tário estadual quem, cm tom político,volta a falar em "perseguição politi-ca", e isto em plena rua, como se esti-vesse discursando num palanque poli-tico.

Arquivo históricoVim ao Rio para a Bienal do Livro

e decidi aproveitar a viagem para fazeruma pesquisa no Arquivo Históricodo Itamaraty (Av. Marechal Floriano,196/2", Centro. Não pude realizar meuintento, em virtude dos graves proble-mas que por que passa aquela institui-ção. O acervo documental está há me-ses entregue às traças, literalmente,uma vez que o Ministério das RelaçõesExteriores, em Brasília, não renovouos serviços de manutenção e limpezapor firma especializada, daquela valio-sa documentação. Devido ao grandeacúmulo de poeira, os funcionáriosque ali trabalham, expostos aos lun-gos. bactérias c outros bichos, já co-meçam a apresentar reações alérgicasna pele. olhos, garganta. Tal situação,agravada ainda pela ausência de umcontinuo para auxiliar nas tarefas delocalização física, transporte e guardada documentação, tornou inviável oatendimento ao público e também opróprio trabalho de rotina interna. Osque lá vão com a intenção de pesqui-sar, como eu fui, recebem essas infor-maçòes desoladoras. (...)

As dependências do Arquivo His-tórico do Itamaraty no Rio — semrefrigeração adequada, com perma-nente e intensa luz solar, instalaçõeselétricas caquéticas, fiação aparente,iluminação precária, goleiras, mofo —resistem a uma inspeção técnica? (...) Ea inpcção sanitária? Norma Bellano —Vitória.

Troca de relógio(...) Preciso que a Light troque o

relógio marcador, obsoleto e maluco,instalado num prédio de 65 anos deexistência. Meus vizinhos do edifício,com até cinco moradores por aparta-mento. têm um consumo médio de150 1S0 kw, ao passo que eu. que mo-ro sozinha, apresento um consumomédio mensal de 350 kw, sendo que aconta de agosto acusa consumo de 530kw. Desde abril, 88, quando começouo disparate do relógio, tenho vividouma neurose de consumo de energia, eo que mais faço em casa é cortar até osconsumos necessários, só tendo deixa-do os indispensáveis. Vivo só. não te-nho ar condicionado nem ventilado-res, som ou rádio. Televisão, só das 18ás 23h. Máquina de lavar, de 15 15dias. Consumo permanente, só da ge-ladeira.

Sou viúva, com 62 anos, dependode ajuda da filha porque a pensão doIN PS, revisada em junho, (que pagamem julho), alcança NCzS 74,48. e aconta da Light em agosto foi NCzS99,06! Nem que eu pudesse, não estácerto pagar por aquilo que não consu-mi. (...) A conta ainda está em nomede meu falecido marido Américo Diasde Ávila Pires. Já consultei a Lightdiversas vezes, e eles só dizem que "éevasão de energia". Thereza ChristinaM.S. Ávila Pires — Rio de Janeiro."Consumidor saudoso"

Em resposta à carta do leitor Ivoda Costa Pires publicada no JORNALDO BRASIL de 29/8/89, sob o tituloacima, a Light informa que os perío-dos de faturamento c o prazo de venci-mento das contas resultam de elabora-ção prévia de um calendário de fatura-mento anual, com base cm portaria doDept" Nacional de Águas e Energia.

Asdatas de vencimento das contasestão relacionadas á data em que ocor-re a leitura do medidor. No caso doleitor, classificado no lote 6. o medidoré lido no sexto dia útil de cada mes, afatura é apresentada no oitavo dia útile o vencimento ocorre dez dias após aapresentação da conta. Se o vencimcn-to recai num sábado, domingo ou le-riado, o pagamento pode ser feito aobanco no primeiro dia útil seguinte.

Finalmente, o faturamento pormédia de consumo dos três últimosmeses ocorre quando, por questõesocasionais, não é feita a leitura no diaprevisto. Lennídio Barros, assessoria deimprensa da Light — Rio de Janeiro.

ela durante a respiração à noite, catravés da decomposição aeróbica detoda a matéria vegetal morta existen-te nas florestas. Sob o ponto de vistaefeito estufa, portanto, a derrubada dealguns milhares de hectares da flores-ta amazônica não tem efeito. Muitodiferente é o caso das florestas tempe-radas e boreais. O aquecimento já ob-servado na Terra, estimado em 0,5°Csó neste século, alterou profundamen-te o equilíbrio fotossíntese-respiraçãonestas florestas. (...)

Brigido

Outros grandes produtores deCO; são a queima de combustíveisfósseis e a indústria madeireira, estaatravés da queima e decomposição deseus resíduos que contribuem respecti-vãmente com 5.6 e 2 a 3 bilhões detoneladas desse gás por ano.

Os três fatores acima, por si só,derramam cerca de 10 bi.ton/ano deCO2 na atmosfera, além da capacida-de de absorção da vegetação e dosmares. São também causadores doefeito estufa e outros efeitos nocivoscomo o buraco de ozônio, o despejona atmosfera de clorofluorcarbono(CFC) e de metano. (...) Benjamim A.de Medeiros — Rio de Janeiro.

?Foi com profunda tristeza que

presenciei, num programa de televisãodo dia 21/8/89, as imagens de mais umcrime contra a natureza: a destruiçãopelo fogo, de mil hectares, ou 10 mi-ihões de metros quadrados de florestasvirgens numa fazenda do Acre. Asimagens ainda mostravam troncos deárvores seculares fumegando, enquan-to uma manada de bois era conduzidapara o seu novo pasto.

De acordo com um recente estudopublicado pelo JB, o corte anual deapenas 1% das madeiras de lei da fio-resta amazônica dariam uma renda de

1 bilhão de dólares ao pais, sem afetara integridade florestal e, por outro la-do, um estudo também mostrou que asqueimadas eliminam uma espécie ve-getal por dia da face da Terra. (...)Sylvio Armbrust — Rio de Janeiro.Mercado de drogas

É lamentável que os acontecimen-tos na Colômbia tenham tomado umcaminho violento. Porém a disputa pe-lo mercado internacional (consumido-res) é na base da violência. (...) O que opresidente Virgílio Barco precisa com-preender c que a sociedade de hoje,diferente da que ele, nos seus oitenta etantos anos viveu, não é a mesma. Afamília, o Estado, o cidadão, não sãoos mesmos. O consumo de drogas vemequilibrar a necessidade de grandesvalores, não mais existentes, pois osviciados nascem de lares desfeitos,pais incompetentes ou despreparados,além do egoísmo generalizado de to-dos nós.

Ao alegar cumplicidade dos vicia-dos, pelos problemas do narcotráfico,o Sr. Virgílio Barco acrescenta maisuma carga, nos já sofridos ombrosdesses seres. César Francisco Cabral —Rio de Janeiro. Brigido

n

rt-a-ttrsMais um bando de inocentes e

desinformados chefiados pelo atoramericano Tom Cruise chega ao Brasilpara ver de perto nossas matas, dasquais, esses ingênuos pensam, dependea salvação do mundo. (...)

No final do ano de 1988 foramfeitas descobertas científicas impor-tantissimas que mostram que as flores-tas tropicais são neutras em relação aoconteúdo de CO- da atmosfera, e nãoinfluenciam o efeito estufa que estáaquecendo a superfície de nosso plane-ta. O carbono que retiram da atmosfe-ra durante a fotossíntese devolvem a

""Drama em família"(...) Na matéria "Drama em fami-

lia", do JORNAL DO BRASIL deU/8 S(). fui vitima de uma mentira.Foi publicado que Paola AlexandraPorto de Carvalho teve um confrontocom a sua família "collorida" porqueme acompanhou á manifestação pací-llca de apoio ao candidato á presidên-cia da República pelo PDT, LeonelBrizola. Até ai é verdade.

Mas ainda na mesma matéria,Paola disse que eu a induzi para quexingasse o também candidato á presi-dência, Fernando Collor de Mello, eassim se inicia uma mentira.

O que realmente aconteceu foi queno dia 9/8, eu tinha programado omeu comparecimento á manifestaçãoanti-Collor, quando Paola me chamoupara ir a uma loja comprar os prepa-rativos para sua festa de aniversário.Apesar de estar de saida, afirmei queiria, se não se demorasse. Já na volta,passamos (eu e Paola) pela Rua Barãodo Amazonas, onde estava sendoanunciado que ás 17h Collor estariapresente para inaugurar o comitê.Nesse exato momento Paola me per-guntou se podia me acompanhar ámanifestação, usando como desculpaa curiosidade de ver o candidato (es-tranhei, pois ela se dizia prima de Col-lor).

Na mesma hora, falei que tudobem, mas que naõ me responsabiliza-ria pelas atitudes de sua mãe colloridaLúcia de Fátima. Mesmo assim Paolacombinou que estaria em minha casamais tarde para me acompanhar.Além de Paola, foram mais sete pes-soas. entre elas minha amiga AdrianaSimões, que é testemunha de que eunão aliciei Paola.

Ao chegar no local onde seria ainauguração, Paola se animou com alotação de manifestantes e deseolloriu.Apesar de concordar com o descollori-mento de Paola, que agora xingava ocandidato pelo PRN, em nenhum mo-mento levei Paola a hostilizá-lo.

No dia seguinte a mãe de Paola mesurpreendeu proibindo a nossa amiza-de, coisa que estranhei, pois estouacostumada a liberdade de pensamen-tos e julgamentos cm minha casa. Lo-go depois me surpreendi novamentecom a grande mentira publicada noJORNAL DO BRASIL.

Lembro que durante a manifesta-ção, Paola estava atrás de repórteres,como é costume das crianças que gos-tam de aparecer em jornal, até queencontrei Paola dando entrevistas, di-zendo ser prima de Collor.

Espero que o mal-entendido sejadesfeito, pois o JORNAL DO BRA-S1L cedeu espaço às declarações dePaola, contra a minha pessoa. Querodizer ainda que tenho 13 anos, partia-pei da manifestação, e não assisti porparte dos manifestantes a violênciaque foi divulgada pelos jornais. ThaiaCampos de Souza Pereira — Niterói(RJ).

Digno de respeitoOostíria de manifestar publica-

mente minha admiração, meu respeitoo meu afeto pelo escritor Herbert Da-niel, um dos raros homens vivos e dig-nos em nosso pais. Marília Pêra — Riode Janeiro.

EleiçõesLi no JORNAL DO BRASIL de

1/9/89 uma declaração do bispo deSão Félix do Araguaia, Dom PedroCasaldáliga, sobre a sucessão presi-dencial, em que ele diz que "prefereum ateu como Roberto Freire na pre-sidència da República do que um cató-lico corrupto." Mais adiante, ele de-clara que "Fernando Collor de Mellonão está incluído entre seus indica-dos". (...)

Acho que um pastor deveria cui-dar de seu rebanho, pastorear suasovelhas, evangelizar e praticar a cari-dade. Parece-me que a Igreja Católicaestá deixando de lado seus deveresfundamentais para se preocupar com apolítica. (...) Lúcia F. Teixeira — Bra-sília.

CNa carta da leitora Candida Maria

de Castro estão faltando outras obrasdo Brizola no Rio de Janeiro. I) fez oSambódromo. mas impediu o povo de\er os desfiles, sem pagar; 2) melhorouo Pavâozinho para o Papa ver, masnão fez esgotos na Baixada; 3) cons-truiu alguns Cieps, obra utópica e malplanejada, mas abandonou a rede es-colar existente; 4) favoreceu o cresci-mento da criminalidade, mas esqueceude armar a Policia e fazer presídios: 5)o projeto "Cada família um lote" nãofoi cumprido, não obstante negociatasmm tciienus LMJicin 5cndu denuncia-das até hoje; 6) esqueceu de equipar oCorpo de Bombeiros, não lhe repas-sando a Taxa de Incêndio; 7) levou oHanerj á intervenção; 8) transformou acidade num imenso bazar, cheia de ca-melôs, que vieram de todo o Brasil,atraídos pelo discurso demagógico.Precisa mais? Delta Gonçalves d'Oli-veira — Rio de Janeiro.

At carta» »«rão ««lecionada» para publica-ção no todo ou «m part» »ntr« as qu»tiverem assinatura, nome completo e legi-vel e endereço que permita confirmaçãoprévia.

JORNAL DO BRASILOpinião

A paixão do futebol

Moocir U crtivvk de Castro

Roberto Rojas. El Condor, é um

grande goleiro, mas uni ator péssi-mo. Poderia dizer em sua defesa que naofoi treinado para representar, mas parapegar bolas. Além do mais, o seript naoprevia aquele lance do rojão cm chamasjunto dele. lendo dc improvisar, paraatender a uma estratégia preestabelecida,o arqueiro saiu-se com uma de canastrão.Em vez de fugir do fogo, correu para ele.Não se queimou: feriu-se. Os coadjuvan-tes. também bisonhos, o banharam commercurocromo, o levantaram, recusarama maça... e la se foi ele. para nunca maisvoltar a um campo brasileiro.

Lm matéria de futebol é precisomuito cuidado para não se deixar arrastarpela emoção coletiva, e mais ainda pelaemoção patriótica, que pode chegar aoslimites da irracionalidade nos jogos inter-nacionais. Não sou desses, espero que meacreditem. Acompanho o futebol a umarespeitável distância, longe dos estádios.Mas, com a prova fotográfica do queaconteceu no domingo, não ha dúvidapossível.

Entretanto, a galera santiaguesa,apaixonadíssima, partiu para xingar oBrasil e quebrar as janelas da nossa em-baixada. Nào é de estranhar. Muito deveser perdoado a um povo que geme há 16anos (completos no próximo dia 11) sob aditadura do general 1'inochet. Os proles-tos foram visivelmente estimulados peloshomens do poder. Basta ver as declara-çòes do representante da Marinha, naJunta Militar, velho golpista, além domais racista, como todos os da sua laia,num pais que proíbe a imigraçao de ne-gros. Para esse gorila, o Brasil é um "pais

primitivo", pelo que se justificaria a reli-rada do time andino de campo...

É realmente escandaloso o cinismodos cartolas chilenos que pleiteiam juntoá Fífa a interdição do Maracanã, a exem-pio da medida aplicada ao Estádio Na-cional de Santiago. Ianto no Maracanãcomo em toda a sua permanência emterritório brasileiro, os jogadores do Chileforam cercados de uma segurança inata-cável. Enquanto que o Estádio Nacionaldevia não somente ser interditado, comofoi, mas transformado em memorial, paralembrar, sob um regime democrático, oscrimes da ditadura de Pinochet. Pois loiesse estádio que serviu, nos dias sangren-tos de 1973, como campo de concentra-ção. espécie de Buchcnwald dos Andes.Vários brasileiros e brasileiras passarampor lá.

Nessa história do jogo de domingopassado a realidade superou todos osvôos da ficção, com o episódio protagoni-zado pela jovem Rosemary Melo. aquelamoça de olhos verdes que soltou o rojãofatídico, dc luz também verde. O fato deela ter sido localizada e exposta às câma-ras de TV. ainda cheia de susto com oraio de notoriedade que lhe caiu em cima,empresta ao drama da partida suspensaum toque inédito. A moça vai pela pri-

meira vez ao Maracanã, um sujeito qual-quer lhe pede para passar na borboletaum negócio embrulhado num plástico, elatopa, acaba ficando com o embrulho, nomeio do segundo tempo resolve soltar orojão, conforme as indicações impressas— e causa uma confusão histórica... Einacreditável. Que pensará disso, quandocrescer, o bebe dc Rosemary, que estácom nove meses?

O que causa maior surpresa, nesseepisódio, é o aspecto de inocente confian-ça (ou pobreza de espirito?) que revela,numa cidade tão prevenida e tão trauma-tizada pela violência. Ainda existe quemreceba embrulhos da mão de um desço-nhecido num estádio dc futebol para con-trabandear na borboleta, sem desconfiarnem um segundo que pode ser droga, ouum explosivo, ou algo roubado de que oladrão quer se ver livre. A maioria dascrianças de hoje está sabendo, por expe-riéncia própria ou por ouvir cm casa, quenào deve cair nessa. Pois a Rosemarycaiu. É a imagem da candidez simplórianilm cenário de fraude, de engano a servi-ço do mal.

Podemos lamentar que a paixão co-letiva seja canalizada em tão alta escalapara o futebol, quando teria melhor em-prego se uma parte dela se aplicasse emapoio das grandes causas político-sociais,das quais depende o destino do país. Mastambém não se pode deixar dc ver nessapaixão um elemento positivo, na medidaem que ela permanece pacifica e não écontagiada pela violência; na medida cmque representa um contraste com o Brasilinquietante que aparece no noticiário deassaltos, seqüestras e crimes diversos, doestupro ao tráfico dc drogas. Vamos rc-gistrar nesse saldo positivo o fato dc queas torcidas brasileiras, mesmo as maispossessas. nào chegaram aos extremos deselvageria exibidos na Europa dita civili-zada.

Nào é esse Brasil dos estádios, arre-batado por um ingênuo entusiasmo, quenos assusta. O que assusta è um outroBrasil que cresce e se multiplica nos sub-tcrráneos da sociedade. É um outro Brasilcorroído pela cupidez do ganho fácil einfestado pela violência, nào somente nosgrandes centros metropolitanos como nosmais longínquos rincões do seu território.Eu citaria, como exemplo recente, a re-portagem de Antônio José (JB,4 9/89), sobre o banditismo em Itaituba,o maior município do mundo, situado àsmargens do Tapajós, no Pará.

Nào é um caso isolado. A "lei do32", que lá vigora, se impõe quando umasociedade desarvorada nào consegue con-trolar pelos meios costumeiros os seusprofundos desequilíbrios sociais, nascidosde uma ordem injusta que estimula atransgressão, a busca da vantagem pes-soai a qualquer custo.

A paixão do futebol, com todos osseus excessos, ainda é, cm comparaçãocom esse quadro, um remanso de paz.• Jornalista e escritor

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Foto Tausz

quinta-feira, 7/9/89 ? 1" caderno n II

¦ RELIGIÃO

Crianças e adolescentes

Edson Sêda de Mornos *

Olhar meninos e meninas de rua no

Brasil é contemplar o emblema dafalência das nossas políticas sociais básicas(as que são dever do Estado e direito detodos). A nova ordem constitucional de-termina que essas políticas atendam crian-ças e adolescentes com prioridade absolu-ta. F. atendam com a garantia de uma sériede direitos que fazem dos meninos e meni-nas. rapazes c moças de todas as classessociais os nossos mais recentes cidadãos. Ahistória da humanidade mostra entretantoque a cidadania é sempre conquistada ar-auamente e nunca recebida de graça. Porisso. o que está escrito no texto constitu-cional è fruto do trabalho combativo devários movimentos de defesa de direitos. Emuitas dificuldades estão por vir. A come-çar por segmentos conservadores da socie-dade que andam levantando barreiras ànova legislação regulamentar da Consti-tuiçào a cavaleiro de uma velha lei conhe-cida como Código de Menores.

Recapitulemos: Na década de vinte,um juiz muito bondoso, o magistradoMello Mattos, cuidava de forma paternaldos pequenos filhos de família pobres noRio de Janeiro, ora entregando-os aoscuidados de seus amigos e conhecidos bemde vida, ora internando-os em patronatosou instituições filantrópicas da época. Osistema funcionava, contando com a tran-qüilidade da Cidade Maravilhosa daquelestempos. Mello Mattos foi então encarre-gado de consolidar a legislação existentesobre o uue os bacharéis entendiam por"menores'. Dai nasceu o Código de Me-nores de 1927, que incorporou todo opaternalismo com que as elites da épocatratavam os despossuidos. Essa lei federalpassou a reger a situação (na linguagem deentão) dos "menores" expostos, desvali-dos, transviados, delinqüentes, e assim pordiante.

A partir da década de 30, depois docrack da Bolsa de Nova Iorque, este país,"com vocação agrícola", se viu obrigado apraticar uma política de substituição deimportações, passando a se industrializare. conseqüentemente, a se urbanizar. Arevolução política se instalou, com a subs-tituição de antigas oligarquias e a manu-tençào de outras. Ganhamos uma ditadu-ra, depois um interregno democrático enova ditadura. Em 50 anos invertemosnossa condição de pais rural nar;i [irh n.n,

Continua a campanha das autoridades do Trânsito eafins para educar o povo, inegável culpado dos acidentesno setor. Depois da obrigatoriedade do cinto de castidade— que salvou a vida econômica de milhares de guardas deestrada — começou, aqui na General Osório, o rccapea-mento da rua. Alvissaras!, gritei, documentando o aconte-cimento com minha impávida Olympus. Constatei logoque o alto nível de educação que as autoridades propõemtransmitir ao povo começa pelo uso da língua pátria(ainda é pátria?). Reparem: à esquerda vê-se que Trans-tòrno agora tem chapeuzinho. Logo depois aprende-seque Transito já não tem chapeuzinho. A não ser que aquia transformação do substantivo em verbo (por ausênciado chapeuzinho) seja proposital. Algum funcionário sub-versivo, influenciado por meu rationale sobre o cinto decastidade, e obrigado a usá-lo, quis dizer isso mesmo,"Transito impedido", ou seja, transito amarrado. No fun-

do, à esquerda, e mais visível, à direita, Em Obras A 100.Lamento, mas isso é ignorância mesmo. Já cansei deensinar que a preposição que antecede medidas métricassó leva crase depois dos 400 metros.

Marcello, meu velho, depois de toda essa extraordiná-ria filosofia Cieps. a Prefeitura nào tem um cara alfabeti-zado? As placas custam os tubos, demoram a ser confec-cionadas, sào vistas por mil funcionários graúdos,engenheiros trabalham junto delas (ou não?) e saem TO-DAS erradas? Tá bem, errar é humano — mas nãovenhaisde então falar cm educação, coisa visivelmenteacima de vossas sandálias havaianas. EM TEMI'0: Comometragem só vi placas EM OBRAS A 100 METROS.Dirigi meu carro uns 500 metros e, mesmo quando a obrajá tinha passado, eu ainda A 100 METROS estava daobra. Nem ISSO um engenheiro vê?

Coisas da Política

Collor só teme Covas

Ricardo ÍSoblat

Nas contas dos que assesso-

I

Ministro da Justiça e do Chefe da CasaCivil, uma corporação de magistrados fezaprovar "sem a subtração e uma vírgulasequer pelo Congresso Nacional" (A. Ca-valieri. Londrina. 1989) o código que vigo-ra desde 1979. Trata-se de legislação queevidentemente reflete o espirito da épocaem que foi engendrado.

O código começou por eliminar osdireitos assecurados no projeto dc Carnei-ro e, secundo seus críticos, fez recrudescer,na década de 70, um paternalismo atéexplicável na década de 20, que remontaao código de 1927. Acusa-se também essalei de transformar "menores" em objetosde medidas judiciais, ao adotarem seusautores a doutrina da "situação irregulardo menor" através da qual crianças eadolescentes devem ser apreendidos (pre-.««) por autoridades policiais e judiciariase encaminhadas a coletividades mantidaspelo Estado sem a garantia de direitosindividuais próprios da cidadania.

O fato é que os hierarcas dessa pecu-liar construção institucional brasileira pa-ra "menores" passaram a ser conhecidos ea se intitularem "menoristas".

Veio então a Constituição de 1988,quando os movimentos pelos direitos so-ciais da cidadania, em campanha já me-morável, fizeram incorporar à CartaMauna os direitos das crianças e dosadolescentes. Magistrados, mas nem to-dos, passaram a nropugnar pela mudan-ça da lei de 1979, que não se coadunacom os tempos libertários de 1989 e secontrapõe, ae forma chocante, com osdireitos de cidadania conquistados a du-ras penas por toda a infância c a adoles-cència do pais. Pessoas conhecidas e res-peitadas como "educadores", com asolidariedade de juristas, psicólogos, pe-diatras, cientistas sociais e movimentosde defesa de direitos, recolheram milha-res de sugestões para a nova legislação(regulamentadora da Constituição) dacidadania da infanto-adolescência (meni-nos, meninas, rapazes e moças).

É o Estatuto da Criança e do Ado-lescente. em tramitação no CongressoNacional, que entre outras coisas visa:atender crianças e adolescentes atravésdas políticas sociais básicas; não maispermitir a "apreensão" indiscriminadade crianças por dever policial ou imposi-çâo judicial; nào mais autorizar interna-tos massificadorcs e violadores de direi-Inr nàn mnh n doutrina da "siliiiiçàf1

i ^

ram mais de perto o candi-dato Collor de Mello, ele só devetemer, na eventualidade de umsegundo turno, o confronto como senador Mário Covas, candi-dato do PSDB à presidência daRepública. Só Covas — maisninguém. Collor deveria temerter que enfrentar Ulysses Gui-marães, Aureliano Chaves, Guilherme Afif Domingose Paulo Maluf. Afinal, sào candidatos que dividiriamcom ele o apoio dc certas áreas.

Mas, quem pode temer, hoje, a concorrência deUlysses e Aureliano, por exemplo? A candidatura dosdois está, solidamente. presa no chão e não há sinais deque possa levantar. O peso do apoio e da identificaçãocom o governo do presidente José Sarney reduz aquase nada as chances de Ulysses e de Aureliano. Aidade avançada dc Ulysses tem sido mais desastrosapara a candidatura dele do que a afinidade com Sar-ncy.

Collor não tem por que se preocupar com os dois.Ulysses mais Aureliano é igual a Sarney, noves foranada — ou pouca coisa. O crescimento da candidaturade Maluf deveria angustiar o lider das pesquisas sobreintenção de voto. Maluf. assim como Afif, não disputaapoios na faixa da esquerda ou da centro-esquerda,onde correm os candidatos Leonel Brizola, Luiz InácioLula da Silva e Roberto Freire, além de Mário Covas.

Maluf c Afif se engalfinham na mesma raia políti-ca onde Collor reina sobe. ano, soberbo e distante. Osdois, contudo, dificilmente terão fôlego para empare-lhar com Collor ou chegar perto dele. A reserva devotos de Maluf está, basicamente, em São Paulo.Levará mais algum tempo para que ele possa vir a selivrar do estigma de ter tentado ser o candidato doregime que se esgotara na sucessão do presidente JoãoFigueiredo.

Curioso e que muito do que se disse, na época, deMaluf acabou marcando para sempre a administraçãodo presidente da chamada Nova República. No seuprojeto de se oferecer como uma alternativa nova,moderna, desvinculada das carcomidas estruturas poli-ticas tradicionais, Afif foi atropelado pela irupção do

ex-governador de Alagoas. A vidente que animou Afifcom a profecia do presidente jovem pode ter-se enga-nado de identidade.

O deputado Roberto Freire disputa a sucessão deSarney para fazer relações públicas do Partido Comu-nista Brasileiro. Está fazendo muito bem o seu traba-lho — mas o que faz com competência é trabalhoainda para muitas sucessões e para um longo tempo.'"Temos um candidato tão bom que não precisa devotos", brincou, recentemente, o cineasta Zelito Viana,responsável pelo programa de televisão do PCB.

A eleição do próximo presidente pode vir a ter umcampeão moral — e o melhor candidato a ganhar otitulo, no momento, ainda é Freire. Os que ajudamCollor a formular sua estratégia de campanha torcempara que ele ganhe no primeiro turno — mas se.tiverque concorrer no segundo, que seja contra o ex-gover-nador Leonel Brizola. O candidato do PDT anseia portravar o mesmo combate — quando nada pelo prazerde combater.

Collor conta, para derrotar Brizola, com o altoíndice de rejeição que ele exibe em todas as pesquisasconhecidas. O governador Miguel Arraes consideraque Collor está certo no seu cálculo — embora admitaque não há, por enquanto, outro candidato com maischances do que Brizola para fazer face ao ex-governa-dor de Alagoas. A candidatura de Covas mete medoem Collor e nos assessores dele.

O grau de rejeição ao nome do senador paulista émuito baixo, fora de São Paulo, Covas é pouquíssimoconhecido. O programa de propaganda eleitoral pode-rá vir a apresentar ao pais um candidato que nàoguarda parentesco com o governo de Sarney, que nadatem a ver com o passado distante de onde emergiuBrizola — e que, facilmente, seria assimilado pelaselites interessadas no "choque de capitalismo" que elepropôs.

A proposta do choque foi oferecida a Ulyssespelos que a conceberam — o advogado Jorge Serpa e oex-ministro Raphael de Almeida Magalhaes, entre ou-tros. Foi recusada por obra de Waldir Pires, candidatoa vice de Ulysses. Covas aceitou-a com certa relután-cia, aconselhado pelos senadores José Richa e Fcman-do Henrique. Naquele instante, Collor temeu perderpara Covas poderosas forças que o adotaram só paradeter Brizola. Ainda teme.

Um problema do Congresso

Baixaria

Dom Marcos Barbosa

U

"Cuili todas as conseqüências do êxodo emmassa. E, principalmente, com a vitimiza-ção de crianças e adolescentes, comprome-tendo o futuro. A antiga lei ficou obsoletapor não conseguir reger as complexas rela-çòes sociais do novo tempo.

Então, em plena década de 70. empleno regime autoritário, um dos cam-peões da legislação social brasileira, o se-nador Nelson Carneiro, apresentou umprojeto que instituía novo Código de Me-nores. Começava com uma declaração dosdireitos a serem assegurados aos seus des-tinatários. Estávamos em plena hecatom-be do "milagre brasileiro". Levas e levasde meninos e meninas, os "menores", ossubprodutos do crescimento do bolo eco-nómico, perambulavam nos espaços urba-nos. As hierarquias do Estado autoritáriose uniram para "refazer" o Código aofeitio da época. Com o beneplácito do

irregularna

igular e sim a sua contrária, a doutri-dos direitos universais da criança e do

adolescente.A cidadania brasileira quer respeito

para com seus filhos. O estatuto contémregras adequadas para se mudar o paisdando prioridade absoluta à infância e àadolescência como quer a Constituição.O que muda a sociedade é a ação doshomens, mas respaldada sempre em boasleis. É tempo de colaborar democrática-mente com o projeto cm tramitação noCongresso Nacional. Mas francamente,desrespeitar o grande juiz que foi MelloMattos, impedindo que sua obra acom-panhe a evolução de nossa História, sómesmo 10 anos atrás...• Advogado, membro da comissão redato-ra do projeto do Estatuto da Criança e doAdnle^rfintfí

Luiz Orlando Carneiro

A primeiraemenda à

Constituiçãoainda virgem,que vai comple-tar um ano nopróximo mês,poderá ser apro-vada. em esfor-ço concentrado,antes do previs-to recesso pré-eleitoral.

Nào é nada fácil emendar a atualCarta. Qualquer proposta de emendatem de ler a assinatura de, no mínimo,nm rl.n mi-mhms du Câmara oudo Senado. Para ser aprovada, umaemenda constitucional tem de mereceros votos de 3.5 de cada Casa do Con-gresso Nacional.

Mas vai ser difícil para o Legislati-vo, que não teve quorum semana passa-da para modificar as regras do jogoeleitoral de novembro, cumprir o que aConstituição estabelece para as eleiçõesde outubro de 1990, quando serão esco-lhidos os novos governadores, depu-tados federais c estaduais e o novo terçodo Senado. A nào ser que a Constitui-çào seja emendada.

O problema que o Congresso teráde enfrentar antes de encerrar os traba-lhos desta sessão legislativa está no Ar-tigo 16 da Constituição vigente. Reza o

artigo: "A lei que alterar o processoeleitoral só entrará em vigor um anoapós sua promulgação."

Cuidadosos, os parlamentares dehoje, constituintes de ontem, aprova-ram unia disposição transitória, segun-do a qual "a

primeira eleição para pre-sidente da República, após apromulgação da Constituição, será rea-lizada no dia 15 de novembro de 1989,não se lhe aplicando o disposto no Arti-go 16 da Constituição".

Mas os constituintes nào poderiamprever que, como parlamentares, nàoteriam tempo de disciplinar as eleiçõesmarcadas para 3 de outubro do ano quevem. Se nào tiverem condições dc modi-ficar até outubro o Código Eleitoral e a[li dua Pailidv+S I' ivrtmm-nti- nàoterão —, os parlamentares só têm umasaída: emendar a Constituição, a fim dcque, no próximo ano. possam mexer nalegislação eleitoral.

A questão nào é tão simples comoparece. Basta lembrar que o Congressotem a obrigação constitucional de esta-belecer o novo número dc representan-tes na Câmara de Deputados, propor-cionalmente à população, fazendo-se osajustes necessários, no ano anterior àseleições, para que nenhum estado tenhamenos de oito ou mais de 70 depu-tados.

O relator do projeto de revisão dalegislação eleitoral da Comissão deConstituição e Justiça, deputado Ncy

Lopes, admite que nào há mais tempopara tratar seriamente, este ano, dasregras das próximas eleições gerais. Osparlamentares estão com a cabeça nasucessão presidencial. Mas não podemfingir que nào leram a Constituição,nem ignorar a importância das eleiçõesde 1990. E muito menos não saberquantos deputados serão eleitos no anoque vem. A campanha das eleições pre-sidcnciais está fazendo com que itensfundamentais, como filiação partidaria,domicilio eleitoral, coligações partidá-rias, eleições primárias e o próprio siste-ma eleitoral, nào venham merecendoum amplo debate no Congresso.

Do exposto, conclui-se:1. É inevitável que o Congresso

tenha de fazer uma lei especifica para asi-ifiiwc He outubro do ano uue vem.pois a atual legislação eleitoral e parti-dária está ultrapassada, contradizendo,em muitos casos, o novo texto constitu-cional.

2. Para votar uma lei específicapara as eleições de 1990 e uma nova leicomplementar adequada â lei comple-mentar n° 5 (dc 02 de abril de 1970) ànova Constituição, os congressistas te-rào de emendá-la, tendo em vista odisposto no Artigo 16.

Como se vê, a situação é kafkianac, portanto, bem brasileira, como o pe-ru à Califórnia ou o bife à milanesa.* Diretor regional do JORNAL DO BRASILem Brasília

m candidato à presidência daRepública aceita que lhe per-

guntem qual a sua primeira relaçãosexual. Outro (o mesmo que declaraexpontaneamente que o estupro semmorte não é problema), qual o seuritmo com a própria esposa. Um ter-cciro, quando a repórter o interrogasobre a sua fuga do Brasil, replicaque fora ela (consta que saiu disfar-çado cm mulher) que lhe empresta-ra as calcinhas. Perdoe o leitor estaconstrangedora e chocante (no antigosentido) enumeração, que bem revelaa que baixaria estão chegando certoscandidatos ao consentirem em res-

onder a certas perguntas. Mas háaixarias mais graves, pois em terre-

nos mais altos que o político.Dizia eu, em crônica anterior,

que o folheto semanal O Domingo,misturava aos textos da missa, nostrês números que me foram enviados,uma catequese que punha (ou põeainda?) em ridículo os Dez Manda-mentos recebidos por Moisés e quenos foram transmitidos pela Igreja. Ocatequista do folheto tem uma ojerizaespecial pelo

"Não pecar contra acastidade", que certamente o deixarubro de vergonha diante da socieda-de permissiva de hoje e o leva a fazera apologia do sexo sem maiores expli-cações, como se nào houvesse ocorri-do a revolta inicial contra o Criador,que deixou a humanidade ferida cconturbada, para cuja salvação o Fi-lho de Deus se fez homem e morreuna cruz. Isto tudo, que foi aceito porum Pascal ou um Pasteur, para sócitar nomes mais recentes, lhe pareceuma lenda? Por que então continuarna Igreja e num posto de ensino? Sóse deseja implodi-la.

Mais doloroso é que os autoresda autodemolição da Igreja estão tra-balhando há muito, já tendo minadopontos-chaves do edifício. Na revistaReino deste mês, em página Das Vo-cações, lemos, por exemplo isto. sobo título Votos Religiosos: a) Pobreza eprofessar que Deus restaura a mate-rialidade da vida a partir dos pobres;b) Castidade é professar que Deus vairealizar o seu projeto de vida para ahumanidade; nos leva a entrar emconflito com a sociedade, que domi-na, esmaga e manipula as pessoas; c)Obediência é professar que o Projetode Deus cria solidariedade, liste votonos leva a contestar o poder tanto naIgreja (sic) como na sociedade, en-quanto não tiver traços evangélicos.

Trata-se de um beslialógico inin-teligivel, tão diferente da singela dou-trina católica, pela qual os consagra-dos à vida religiosa se colocaminteiramente a serviço de Deus: pelaPobreza, renunciam aos bens exterio-res, só possuindo as coisas em co-mum, na comunidade a que perten-cem; pela Castidade. renunciam aosprazeres lícitos do sexo, abençoadosno matrimônio; pela Obediência, re-nunciam a um bem ainda mais ínti-mo, que é a vontade própria, pararealizar a de Deus. manifestada nados Superiores, todos eles submissosao Pastor de toda a Igreja.

Thamas Dubay J.M. em A Crisedas Vocações Religiosas i 1. Osserva-íore Romano, 02-03-88) escreve:"Muitas vezes propomos como pri-meiro e quase único motivo de voca-ção religiosa o serviço á Igreja, comose tal serviço fosse uma profissãoigual às outras. Nem Jesus nem SàoPaulo, quando falam da virgindadeconsagrada, lembram em primeiro lu-gar um serviço, uma tarefa, mas antesuma experiência, um apaixonar-sepor Jesus Cristo. Jesus, antes de en-tregar a Pedro a tarefa de governar aIgreja, pergunta-lhe três vezes se oamava, pois só assim se tornaria umBom Pastor. L o Novo Código deDireito Canônico declara que o pri-meiro e o principal dever de todos osreligiosos é a contemplação das coi-sas divinas e assídua união comDeus."

Por aí vemos como é tambémuma baixaria, um esvaziamento davocação religiosa e sacerdotal, redu-zi-las apenas a uma função útil, massecundária, de serviço social, detransformação das estruturas, de pro-testo. O verdadeiro amor a Cristo éque nos levará realmente a amar enos doar a todos os homens, como ossantos os fizeram ao longo dos secu-los. sem mergulhar "de corpo e al-ma" na política, segundo programa-va o cardeal de Sào Paulo, queacabou lendo na parede as mesmaspalavras que o rei Baltasar: Mane,Tekel, Fares.

Os que rebaixavam a Igreja, co-locando-a em primeiro lugar a servi-ço dos homens t com finalidmli"» ler-renas, ainda que generosas, ja naoprosseguem impunes. O Pastor dosPastores, único a quem foi dito. comoa Pedro. Due in Altum, quando (. ristomandou que os apóstolos remassem,continua a fazer sentir na Igreja a suapresença. Como noticiaram os jor-nais, foram desativados, por ordemsua. o Instituto de Teologia do Recite(Iter) e o Seminário do Nordeste II(Serene II). por nào oferecerem con-'diçòes para a formação intelectualadequada de futuros sacerdotes.

* Escritor, membro da Academia Brasilei-ra do Letras

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12 ? Io caderno ? quinta-feira, 7/9/89 JORNAL DO BRASIL

Obituário

Rio de JaneiroJosc de Freitas, 53 anos, na no Hermilo Borba Filho —.noite de terça-feira, cie septice- esteve eom o artista poucasmia, no Hospital Gaffrée horas antes da morte dele.Guinle, na Tijuca (Zona Nor- Emocionada, resumiu sua tris-te), em cuja unidade de pneu- te/a numa única frase: "Frei-mologia estava internado des- tas era um artista de requinte ede o dia 24 de agosto. Freitas, sensibilidade extrema. Um ser¦ como gostava de ser chamado, humano voltado para a almaestivera internado no mesmo das pessoas e da vida."hospital de 24 de julho a 10 de Oscar da Fonseca Neves, XIagosto. Ator e pintor, come- ail0Si je câncer, em casa, emçou a fazer teatro amador cm Copacabana (Zona Sul),sua terra, Pernambuco, em piauiense, viúvo, foi sepulta-1954, mas só começou a pin- do ontem no Cemitério de Sãotar 10 anos mais tarde, como jp.-l0 Batista, em Botafogonecessidade de se exercitar nu- (Zona Sul).

. ma atividade independente. R^a Câmara Lima, 71 anos,Em sua primeira etapa fazia ^ acidente vascular cerebral,

, retratos e paisagens e teve uma cm cas;ii em Copacabana. Flu-aquarela comprada pelas Lo- mjncnse viúva, foi sepultadajas Americanas. Mais tarde fez no s- João Balisla• historias em quadrinhos, tra- T h filhbalhou.com temas bíblicos u . p^ daCunhaGarcj

íau,S!foi 74anos. de insuficiência car-plástico Haroldo Barroso loi »• * r•«quem primeiro o incentivou ^iCa' catsa; ™ Vlla lsabelfazer uma exposição na extinta <Zona rNorte

' Vumi,ncnse-

Galeria Goeldi, já no Rio. vmva, Jo' sepultada ontem noPassou oito anos na Europa. Sao João Batista. Tinha tres fi-Como ator. trabalhou com ......Vera Fischer em Negócios de Maria trancisca Barnabe. b)Estado, de Louis Verncuil, no anos, c)c diabete, e'P casa, emTeatro Clara Nunes (Shop- Santa Cruz (Zona Oeste). Mi-ping Center da Gávea, Zona neira, solteira, foi sepultadaSul). Sua última peça foi Dona ontem no Cemitério de SãoRosita, a solteira, de Garcia Francisco Xavier, no CajuLorca, no Teatro Dulcina (Ci- (Zona Portuária). linha seisnelândia, Centro). Ultima- filhos.. .mente Freitas vinha se dedi- ^ alquíria dos Anjos, X3 anos,cando mais à pintura, sempre de infarto agudo no miocár-insistindo nos temas bíblicos dio, em casa, cm Ramos (su-que tanto o fascinavam. Apc- búrbio da Leopoldina). Flu-sar de doente, tinha várias ex- mincnse, solteira, foi sepultadaposições planejadas, algumas ontem no Caju.das quais no exterior. A amiga Maria Custódia, 57 anos. deJacquclinc Laurence, que fez derrame cerebral, em casa. emrecentemente sua primeira pe- Benfica (Zona Suburbana),ça com Freitas — F.lectra no Mineira, solteira, foi sepultadacirco, do escritor pernambuca- ontem no Caju.

ExteriorGeorgcs Simenon, 86 anos. em informasse a causa da morteLausanne (Suiça). na terça-fei- (Simenon estava doente há vá-ra, sem que a família, que pro- rios anos). O noticiário sobre ovidenciou rapidamente fune- romancista e sua morte está norais para a manhã de ontem, Caderno B, página 1.

t

SYLVIO GENTIL HEILBORN(MISSA DE 7° DIA)

Virgilia. Silvia. Paulo Henrique e Márcio, convidamparentes e amigos para a Missa que será celebradadia 08/09/89 às 19h na Matriz de N. Senhora daPaz, Rua Visconde de Pirajá, 339 — Ipanema.

DELEGADO DE POLÍCIA

JOSÉ MENDES DA ROCHA FILHO

t

(FALECIMENTO)Sua Família, consternada, comunica seu falecimentoe convida parentes e amigos para seu sepultamentoHOJE, dia 07, às 17.00 horas, no cemitério Parqueda Colina à Estrada de Itaipú, 987.

t

PROFESSOR

CARLOS TYLL FILHO(2 ANOS DE SAUDADES)

A Família TYLL convoca parentes e amigos a umahomenagem póstuma ao Patriarca da Família paraum minuto de silêncio profundo às 18 00 horas dodio 07/09/89. em louvor de sua boníssima alma quecertamente está no paraíso.

FRANCISCO NORMINO DE SOUZA(MISSA DE 30° DIA)

t

Maria de Lourdes Lima Normino. suas filhas,netos e genros, sensibilizados agradecem asmanifestações de carinho recebidos por oca-siâo de seu falecimento, e convidam parentes e

amigos para a cerimônia religiosa de 30° Dia. emhomenagem ao seu saudosissimo e querido, marido,pai. avô e sogro, a ser celebrada na Igreja de SãoJosé da Lagoa, amanhã dia 8/9 ás 10 horas

ANTONIO TOLLER

RODRIGUES(FALECIMENTO)

t

ESPOSA. FILHOS. IRMÃOS. SOBRINHOSe CUNHADOS cumprem doloroso deverde comunicar o seu falecimento e convidamos demais parentes e amigos para o seu

sepultamento HOJE, dia 07/09/89, ás 9:00 ho-ras, saindo o féretro da Capela Real Grandeza n°3 para o Cemitério São João Batista.

PROF.

ANTONIO FELIPE SARKISA família e os amigos, cumprem o de-ver de comunicar o falecimento doquerido

"Tuninho" ocorrido no dia2.9.89 e convidam demais parentes eamigos para a Missa do 7° Dia. quemandam celebrar em intenção de suaalma, no dia 1 1 -09-1989 às 9:00 ho-ras, na Igreja da Catedral à Rua 1o deMarço, na próxima segunda-feira.

Avisos Religiosos

e Fúnebres

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CLASSIFICADOS

Para outras informações,consulte o ssu

JORNAL DO BRASIL

Seqüestradora de Raphaela já

tinha raptado outra criança

BELO HORIZONTE — A partir da comparação dosretratos falados produzidos à cpoca com as fotografiasdivulgadas pela imprensa durante o seqüestro da meninaRaphaela Soares de Sá Gazire, devolvida à familia após24 dias, a polícia civil mineira descobriu que a falsa babáLaizir Pereira de Souza seqüestrou há três anos e meio acriança Janaína Marques dos Santos, de apenas seismeses. O delegado adjunto de operações especiais doDops de Minas, Luiz Wagner Cyrillo, pediu a prisãopreventiva de Laizir com base no inquérito policial docaso Rapahela, remetido à justiça.

Segundo o delegado, a menina Janaína dos Santos foiseqüestrada no dia 8 de fevereiro de 1986 c nunca maisfoi encontrada. Wagner Cyrillo contou que no dia 2daquele mês uma mulher ruiva, se apresentou a umapensão localizada no Bairro Bonfim, em Belo Horizori-te, com o falso nome de Juliana Camargo. Nesta pensãotrabalhava c morava a mãe de Janaína, Guimar Mar-ques dos Santos, acompanhada de sua filha.

A mulher fez amizade com Guiomar ganhando a suaconfiança e tam-bém da menina Janaína. No dia 8 defevereiro de 1986 ela saiu para fazer compras na Mesblalevando a menina, com autorização da mãe, e nuncamais voltou. A hipótese levantada pelo delegado é a deque Laizir Pereira integrava uma quadrilha especializa-da no tráfico de bebês para o exterior, pois nãofoi feito nenhum pedido de resgate. Wagner Cyrilloacredita que dificilmente a menina será recuperada porsua mãe.

Na época foram feitos retratos falados da mulhermas as investigações não chegaram a verdadeira identi-dade da seqüestradora. Somente no episódio do seqües-tro de Raphaela Gazire é que a policia chegou ao nomede Laizir, depois que Guiomar dos Santos reconheceunas fotos publicadas nos jornais a mulher que havialevado sua filha. Segundo o delegado, Laizir c MoacirPresenza continuam foragidos, apesar de todo o cercopolicial em diversos estados do pais.

Morte violenta cresce entre jovensIBGE diz que trânsito,homicídio e suicídiomataram 80 mil em 87

A violência está matando mais os jovens brasileiros.Os homens se casam, em média, com 27 anos e as

mulheres, com 24. Esses são alguns dados que o InstitutoBrasileiro de Geografia c Estatística (IBGE) divulgou,ontem, no 14" volume da série Estatísticas do RegistroCivil, que contém informações sobre nascimentos, casa-mentos, óbitos, separações e divórcios registrados cm19X7. Nesse ano. foram atestados S16 mil óbitos. Segundoo estudo do IBGE. a violência causou a morte de 80 milpessoas, das quais 30 mil tinham de 15 a 29 anosc eram namaioria (820,o) do sexo masculino. Acidentes de trânsito,suicídios e homicídios foram as causas mais freqüentes dasmortes de jovens, principalmente na faixa dos 20 aos 24anos.

Os brasileiros estão se casando mais velhos. Nos930.893 registros de casamentos realizados em 19S7. 34%das mulheres e apenas 8% dos homens tinham menos de20 anos. Foram muito poucos os casamentos de mulherescom mais de 50 anos, enquanto os viúvos, desquitados ou

divorciados com essa idade deram preferência a moçassolteiras e 20 anos mais novas.

A mortalidade infantil continua grande, conformeapurou o IBGE. Apesar de 86% dos partos terem sidofeitos em hospitais, 15% dos nascidos não chegaram aatingir 1 ano de idade em 1987. A maioria não completou

I mês de vida (cerca de 56 mil) c 40 mil crianças tiverammais de uma semana de vida. Os óbitos letais geralmentenão são registrados em cartório — 42% resultaram degravidez de mães solteiras, que representaram 28% dasmulheres grávidas naquele ano.

Embora se casem com mais idade, as mulheres estãotendo filhos mais novas. Em 1977, 70% delas tiveramfilhos com menos de 30 anos. Dez anos depois, essapercentagem subiu para 74% e 43% dos partos foram demães com menos de 20 anos. Em 9% das certidões denascimento não aparece o estado civil do pai, enquantocm apenas 1,6% delas não consta esta informação sobre amãe.

Os casamentos — I milhão, em 19S7 — são desfeitoscom mais freqüência a pedido das mulheres (68"ó doscasos). Os motivos mais alegados: conduta desonrosa egrave violação dos deveres do casamento por parte dosmaridos. A maioria das separações ocorreu entre casaisque estavam unidos há mais de dez anos.

Sindicância vai apurar

denúncias de menores

Frente fria chega ao

Sul levando chuva de

que fizeram rebelião granizo e vento forte

PORTO ALEGRE — A Secretaria Estadual do Trabalhoe a Eebcm abriram sindicância para apurar os incidentes e asresponsabilidades do motim de anteontem no Instituto deTriagem Juvenil Masculino, em que uma das alas foi parcial-mente destruída por um incêndio e três monitores forammantidos como reféns durante nove horas. Ontem de manhã,ocorreu um novo principio de tumulto, mas provocado pelasqueixas dos pais dos 50 menores envolvidos, que estavamproibidos de receber visitas.

Cumprindo sua promessa, que permitiu o fim da rebeliãoe a liberação dos três monitores (Miriam Silva de Souza,Gilberto Cardoso e Walter La/aroto), o juiz de Menores dacapital, Renato Kraemer Peixoto, iniciou ontem o reexame dasituação e do fichário dos jovens. Um dos lideres do mo-tim. Paulo S., de 17 anos. reclamou da superlotação doinstituto — com mais de 100 menores acima do limite previs-to. Ele também não queria ser removido para outra unidadeda Eebem.por estar ameaçado de morte.

Tanto a presidente da Febem, Eunice Costa, como asecretária estadual do Trabalho, Mercedes Rodrigues, ga-rantiram ontem que as sindicâncias abertas vão averiguartodas as denúncias, incluindo uma versão da briga entremenores como um dos motivos da rebelião. A maioria dosmenores do instituto já foi transferida para outras unidades,mas os amotinados ainda permaneciam ontem na unidadeonde ocorreu a rebelião.

Pela manhã, os funcionários da Febem tiveram dificulda-des em acalmar os pais de menores internados no Ins-titulo de Triagem. As visitas aos amotinados estavam proibi-das e muitos parentes não sabiam ainda da transferência dosoutros jovens para outras unidades da Febem.

PORTO ALEGRE — Com a frente fria que atingiu oestado na madrugada, dc ontem chegaram ventos dequase 100 km h c uma chuva dc granizo que castigaramprincipalmente o município de São Lourenço do Sul, a195 quilômetros desta capital. Lá, segundo o prefeitoSérgio Lessa (PDS), mais de .300 casas foram destelha-das pelo venda vai ou tiveram os telhados destruídos pelachuva dc granizo que durou apenas oito minutos. Cercade 10 pessoas ficaram feridas, sem gravidade, mas nãohá desabrigados, segundo o prefeito.

Um dos prédios mais atingidos foi o da SociedadeAssistencial Sul-Lourcnciana que atende a 150 criançascarentes. Sérgio Lessa disse que as telhas foram arranca-das do.pavilhão, mas nenhuma criança saiu ferida ctodas foram transferidas para um prédio da prefeitura.O temporal provocou quedas de árvores e dc cabos darede de alta tensão, o que causou a interrupção dastransmissões da única rádio local, a São Lourenço doSul, até a manhã dc ontem, por falta de energia elétrica.Para o prefeito, os prejuízos devem chegar a quase NCzS3 milhões.

Em Porto Alegre, o vento e a chuva também causa-ram problemas em diversos bairros. Houve quedas deárvores e dc rede de alta tensão, com o que váriosbairros ficaram sem energia elétrica.

Segundo o 8o Distrito de Meteorologia, a temperatu-ra deve cair ainda mais nas próximas horas, devido a en-trada no estado, de uma massa polar vinda da Argenti-na. A temperatura mínima, ontem, na capital gaúcha foide 12,5 graus ás I5h.

Extorsão — A polícia paulista frustrou, no Bairro deHigienópolis, em São Paulo, uma extorsão de USS 50mil. Dois homens invadiram o consultório do médico psicani-lista Frank Julian Philips, de 83 anos. na Rua Itaco-lom, e tentaram retirar dele os USS 50 mil, ameaçandomatá-lo, junto com o paciente, o médico Deocleciano Alves.57 anos, que se submetia a uma sessão de análise. Depois queo médico ligou para um empresário amigo seu. pedin-do o dinheiro, os policiais do 4o Distrito Policial foraminformados da extorsão e trocaram tiros, no local, com osdois bandidos. O médico Deocleciano acabou ferido com umtiro nas costas e um dos bandidos foi preso. O ladrãoque fugiu, segundo os policiais, também acabou ferido. Ro-naldo Ferreira da Silva, de 27 anos. cscríturário da JuntaComercial de São Paulo, entregou-se aos policiais e confessoua trama. Segundo ele, que já tem passagem pela policia portentativa de homicídio, a intenção não era trocar tiroscom a policia e nem ameaçar a vida do médico. "Mas apolicia apareceu", explicou. Ele não sabe quem acertou otiro no médico Deocleciano Alves, internado, já sem risco devida, no Hospital Beneficiéncia Portuguesa.Assalto — Quatro homens armados com revólveresassaltaram a agência do Bradesco. no bairro da Savassi. emBelo Horizonte, levando cerca de NCzS 60 mil. que estava emuma lata. Segundo informou a gerência do banco, que fica naAvenida do Contorno, local de tráfego intenso, os assaltan-tes, que fugiram em automóvel Chevettc cor cinza, sem placa,entraram na agência tão logo foi aberta ao público e rende-

ram o tesoureiro e um vigilante. O chefe da Divisão de CrimesContra o Patrimônio, delegado Antônio João Reis, informou,no final da tarde, que a Policia ainda não tinha pista dosassaltantes, mas que os dois funcionários do Bradesco játinham feito o reconhecimento de três. O delegado nãodescartou a hipótese de tratar-se de uma quadrilha quepratica assaltos no Rio ou São Paulo. A caça aos assaltan-tes envolveu, nas primeiras horas, 67 policiais, mas semsucesso, informou João Reis.

Sem-terra — Um grupo de 30 famílias tentou, mas nãoconseguiu — devido â reação de peões — invadir a granjaHZ, de 500 hectares, no município de Bossoroca. a 556quilômetros de Porto Alegre. A tentativa aconteceu ao mes-mo tempo em que o advogado do dono de uma fazenda dePasso Fundo ingressava ontem na Justiça com ação de reinte-graçâo de posse contra as 58 famílias de sem-terra que ainvadiram anteontem. O novo episódio de tentativa de inva-são irritou ainda mais o coordenador estadual do FundoEstadual da Terra (Funterra), Valtair Santos, que garantiuque o governo gaúcho não vai comprar áreas invadidas,como querem as 58 famílias que invadiram a fazenda emPasso' Fundo. O dono da fazenda, lrineu Tononn. háalgum tempo, chegou a negociar com o governo do estado,mas não houve acerto. Por isso, seu advogado MiltonPereira, ingressou ontem no foro de Passo Fundo, pedindo areintegração de posse da área de 450 hectares ao seudono.

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JORNAL DO BRASIL

D. José Cardoso manda

carta ameaçando punir

seis padres do Recife

RECIFE — O padre Reginaldo Veloso, que chegou aser processado pela Lei de Segurança Nacional duranteo regime militar, três padres franceses e dois italianosque trabalham na Arquidiocese de Olinda e Recife,receberam carta do arcebispo Dom José Cardoso, naqual ele informa que

"não hesitará" em punir a todospelo Código de Direito Canônicò, Artigo 1373, secontinuarem criticando suas decisões. Esse artigo prevêaté a suspensão do ministério saccrdotal para quemcriticar os superiores.

As cartas, datadas de 26 de agosto mas só estasemana entregues aos padres, foram ontem fartamentedistribuídas por membros da Igreja Progressista emRecife, durante encontros realizados em várias igrejas,nos quais foram analisados os últimos acontecimentosque culminaram com o fechamento de dois semináriosdc formação de padres progressistas em Recife e Olindae levaram a cúria a recomendar o silêncio ao arcebispoDom Hélder Câmara.

Os padres que receberam a advertência são. além deReginaldo, que é brasileiro, os franceses Filipe Mallet,Bruno Bibolet e Gildo Gelly, e os italianos CláudioDalbon e Mário Fellipi. Reginaldo é acusado, na carta,de estar "excitando nos fiéis aversão contra o arcebispo,criticando pública e veementemente alguns atos do nos-so ministério". Os padres estrangeiros, todos da congre-gaçào do Prado, que trabalham com operários, foramadvertidos porque, em carta a Dom José, pedem areconsideração do ato do arcebispo que proibiu a per-manência, no Recife, de outro padre da congregação,o francês Antônio Guerrin. Não pedem nada além disso,informou um dos padres, que pediu para não ser identi-ficado, pois o medo domina a arquidiocese.

Ontem, só o padre Reginaldo Veloso falou sobre ocaso. Negou que venha criticando o arcebispo ou queesteja preparando uma assembléia arquidiocesana, co-mo é acusado na carta. Disse que está preparando umencontro de comunidades e afirmou que as confu-sões estão sendo tantas, por causa da crise vivida entreprogressistas e conservadores, que a paciência está atin-gindo os limites:

Ou se estabelece o diálogo — disse —. ou oconfronto terá que ser assumido com toda a sua força.

Ocânon 1373 do Código de Direito Canônico, citadopelo arcebispo, diz o seguinte: ¦"Quem excita publica-mente aversão dos súditos contra a Sé Apostólica, emrazão de algum ato de poder ou ministério eclesiástico, eincita súditos á desobediência será punido com interditoou com outras justas penas".

Fechar seminário criou

impasse, diz D. Luciano

BELO HORIZONTE — O presidentre da ConferênciaNacional dos Bispos do Brasil. Dom Luciano Mendes de Al-meida, disse ontem em entrevista nesta capital que o fecha-mentodo Seminário Regional do Nordeste II (Serene II) pelaSanta Sé lhe causou surpresa e provocou um impasse naArquidiocese de Recife e Olinda. Dom Luciano revelou quevai procurar o Vaticano para saber as razões da medida eexplicou que ainda não manteve contato com a Santa Séporque aguarda a volta ao Brasil do arcebispo Dom JoséCardoso Sobrinho, com quem pretende conversar antes.

Vamos conversar primeiro com Dom José e com osoutros bispos da região para tentar saber a razão dofechamento do seminário — disse Dom Luciano, argumen-tando que não conhece bem o ensino ministrado aos semina-nstas do Serene II, que. segundo Dom José Cardoso, teriaconteúdo mais sindicalista do que religioso.

Conflito — Dom Luciano não quis se posicionar sobreconfronto entre o clero progressista e Dom José Cardoso

Sobrinho, mas confirmou que o fechamento do seminário fazparte de um conflito que tem de um lado o seminá-rio de Olinda e Recife, subordinado ao arcebispo, e de outro oSerene II. ligado a bispos dos estados de Pernambuco. RioGrande do Norte, Paraíba e Alagoas. Disse Dom Lucianoque as divergências que levam â divisão precisam ser discuti-das.

Hoje temos duas pastorais operando em nome daIgreja nas questões da lerra, do lavrador, do trabalhadorda terra — explicou o presidente da CNBB, referindo-se áantiga Pastoral Rural do Nordeste e á Comissão Pasto-ral da Terra (CPT). criada há dois meses por dom JoséCardoso.

Dom Luciano defendeu o arcebispo emérito de Olinda eRecife, Dom Helder Câmara, que na semana passada conde-nou o fechamento do Serene II pela Santa Se.

Eu conheço Dom Hélder. Ele é uma pessoa muitoprudente e sem dúvida está aguardando o desfecho daquestão. Não está interferindo, ele nunca tomou atitudes deinterferência. Se consultado, ele se manifesta, é claro —comentou o presidente da CNBB.

Ladrão solta cantora

e filha levadas como

reféns em São Paulo

SAO PAULO — A cantora Ana Maria Mendes, inte-grante do conjunto musical Los Angeles, teve sua casa invadi-da e roubada por dois homens ainda desconhecidos, foiseqüestrada com sua filha Paula Cristina Mendesvdc um anoe meio, e libertada, horas depois, com a menina. As 13h30 deanteontem os assaltantes pularam o muro da casa da cantorana Granja Viana, bairro classe média alta de Cotia, mu-nicipio que integra a Região Metropolitana paulista.

Armados eom revólveres, os ladrões, um loiro e outromoreno claro, renderam as empregadas. Ana Maria, seuspais e sua filha. Exigindo dinheiro, os dois obrigaram AnaMaria e sua filha a acompanhar um deles até o Centro deCotia, onde a cantora, além de retirar NCzS 2 mil de suaconta bancária. Ibi obrigada a pedir dinheiro emprestadoa um amigo, que é proprietário de um restaurante. Apósvoltarem para a residência, os assaltantes esperaram até

Sh pin a fugir eom jóias, aparelhos de televisão e um vídeo-cassete, e levaram como reféns Ana -Maria e Paula. Nodepoimento â policia, a cantora contou que depois de darvárias voltas de carro, foi deixada com sua filha jierto do Km16 da Rodovia Raposo Tavares.

MLMLRA DA COSTA VERNEY

(MISSA DE 7° DIA)Rosamaria Verney Castello Branco, Rodolfo eRodrigo Verney Castello Branco, Maurília (Li-liu), Antônio Areai e filho agradecem as mani-festações de pesar pelo falecimento de sua que-rida mãe, avó e bisavó e convidam para a Missa

que será celebrada AMANHÃ, dia 8 às 18h naIgreja da Ressurreição; Rua Francisco Otaviano,99 — Arpoador.

BELMIRA DA COSTA VERNEY

(MISSA DE 7° DIA)

LEONE Leilões de Arte, seu titular, funcionários e ami-

gos, agradecem os votos de pêsames pelo falecimentoda mãe de sua diretora, Rosamaria Verney CastelloBranco e_ convidam para a Missa que será celebradaAMANHÃ, dia 8 ás 18 horas na Igreja da Ressur-reição, Rua Francisco Otaviano, 99 - Arpoador.

JORNAL DO BRASIL Economia quinta-feira, 7/9/89 ? 1" caderno ? 13

Sogeral vai pagar

multa recorde de US$ 117 milhões

Informe Econômico

O Brasil bateu o recorde de importaçõesem agosto. Números já apurados pela

Carteira de Comércio Exterior do Banco doBrasil, Cacex, indicam que o país importouUSS 1,93 bilhão no mês passado. Esse núme-ro está assim dividido: petróleo, US$ 303milhões; trigo, 26 milhões; o resto, 1,62 bi-lhão.

Para comparar, no período de 1980 a 88,a média mensal das importações brasileiras,sem petróleo, foi de US$ 800 milhões, ametade do número registrado em agosto últi-mo.

As importações vêm subindo ao longodeste ano. Em julho, por exemplo, o paísimportou 1,78 bilhão, recorde agora supera-do. De Janeiro a agosto deste ano, as impor-tações alcançaram 11,2 bilhões, contra 9,35bilhões no mesmo período do ano passado.O crescimento é de quase 20%. Isso indicaabertura das importações e uma clara respos-ta da economia brasileira, em aquecimento,comenta o diretor da Cacex, Namir Salek.

Ainda não estão fechados os números deexportação em agosto. Mas a previsão é deque o saldo ficará em torno de US$ 1,3bilhão, um pouco abaixo do que se verificouem julho (1,4 bilhão). O saldo janeiro/agostodeve ser igual ao do ano passado.

Pelo terceiro mês consecutivo, em agostoo volume do comércio exterior mensal (ex-portaçòes mais importações) ultrapassa osUSS 5 bilhões. Isso, anualizado, dá um co-mércio exterior de USS 60 bilhões, que égrande em qualquer lugar do mundo.

Lucros & perdasNo período de janeiro a agosto deste ano, o

investimento que deu mais rentabilidade foi aaplicação em overnight, 3,95% acima da inflação(medida pelo IPC do IBGE). O pior, pasmem!, foio ouro, que perdeu 24.7% em relação à inflação.O dólar black também foi mal. perdeu 15,7%.Quem aplicou NCzS 100 em black, em janeiro,tem hoje NCzS 84,21.

Como é mesmo aquela história de que adobradinha black-ouroé garantia absoluta contrainflações altas?

Elas por elasQuem aplicou em ações na Bolsa de São

Paulo, no começo de janeiro, chegou ao começode setembro na mesma. Não ganhou, nem perdeu.Descontada a inflação, o valor real das ações éhoje igual ao de janeiro.

ReceitasHá três táticas para a retomada do cresci-

mento econômico no Brasil, de forma integradacom o processo social: 1) formação gradual de ummercado de consumo de massa; 2) melhor distri-buição da propriedade do capital físico e humano;3) melhoria da distribuição de renda gerada eredução da pobreza absoluta.

Do ex-ministro do Planejamento João Paulodos Reis Velloso.

FaturandoA agência W/Bra-

sil espera faturar nesteano USS 10,4 milhões,um crescimento real de45% sobre os resulta-dos de 1988. "Não tem

Campo Grande

crise no mercado publi-citário", alardeia o pre-miadissimo criador e,como se vc, ativo em-presário WashingtonOlivetto, dono daW, Brasil.

1TXA Salles Rio e sua afiliada Nova Fronteira

ganharam a concorrência para a campanha depublicidade do lançamento do mais novo shop-ping de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Oshopping é um empreendimento da Ecisa e seráinaugurado em outubro.

A Salles já fez os lançamentos do Rio Sul edo Madureira Shopping Rio. A Nova Fronteira éde Campo Grande.

InflaçõesO custo da construção cresceu 39,3% em

Porto Alegre, em agosto. A conta é do Sindicatoda Indústria de Construção Civil.

Troca difícilNão está nada fácil concretizar a operação de

troca de automóveis brasileiros por argentinos,num comércio livre, sem impostos. A maior difi-culdade está nas peças de reposição que precisa-riam estar disponíveis nos dois países. Nesta se-mana, o diretor da Autolatina (Ford e Volks),Jacy Mendonça, vai à Argentina com "umasidéias novas", como disse, para tentar resolver oproblema com a Autolatina de lá.

Tudo igual?"Essa questão das diferenças entre capitalis-

mo e socialismo é tratada de modo exagerado. Osdois regimes não são tão diferentes assim."

Do economista J. Cheinis, do Instituto deEconomia Mundial da União Soviética, em con-versa com um grupo de sociólogos brasileiros, emMoscou.

Carlos Alberto Sardenberg, com sucursais

O Banco Sogeral recebeu a maior multajá aplicada no país em casos de sonegação deImposto de Renda — NCzS 343.284.776.00ou cerca de USS 117 milhões ao câmbiooficial. Segundo informaram fontes da SE-cretaria da Receita Federal, a penalidade foiaplicada em conseqüência tia sonegação deIR cm operações de compra e venda deações da Petrobrás feitas em 1985. Nes-te mesmo ano, o Sogeral foi presidido porElmo Camões — que mais tarde veio aocupar por mais de um ano a presidência doBanco Central, cargo do qual se afastou cmfunção do envolvimento de seu filho, Elmi-nlio, no Caso Nahas. O Sogeral já teve comoum dos seus principais acionistas o invés-tidor Naji Najas — que deixou a socie-dade com o grupo francês Société Ge-nerale em maio de 85.

Em novembro daquele ano, também,o Sogeral recebeu do próprio Naji Na-has USS 150 milhões correspondente aopagamento de uma divida. Para saldar odébito, Nahas vendeu 2,5 bilhões de ações daPetrobrás que estavam em poder do Bancocomo garantia da divida e que lhe renderam

cerca de USS 250 milhões. É possível, porexemplo., que o Banco tenha sido punidopela Receita por não ter declarado a vendadestas ações no exercício daquele ano. Estaoperação chegou a ser questionada na Justi-ça por um dos credores de Nahas, o Banquede La Mediterranéc.

"Eu desconheço a multa", disse o diretorregional do Sogeral no Rio, Ricardo Paiva.Em maio de 85, numa operação que envol-veu algo em torno de USS 80 milhões, Nahase seu sogro, Jamíl Aun, venderam sua parti-cipação acionária no Banco, do qual eramsócios desde 81. Juntos, eles detinham 75%do controle, sendo 65% de Nahas e 10% deJamil.

A passagem de Nahas e de Camõespelo Sogeral deixou outras marcas: os doisforam acusados de terem concedidos em-préstimos irregulares cm beneficio próprio.O processo foi julgado em novembro do anopassado pelo Conselho de Recursos do Siste-ma Financeiro, que absolveu Camões e con-denou Nahas ao pagamento de multa deUSS 2 mil e 400.

Deputada critica atuação

da CVM no Caso NahasSÃO PAULO — A deputada Dirce Tutu

Quadros (PSDB-SP). vice-presidenta da sub-comissão de Fiscalização e Controle da Cã-mara, disse ter recebido informação segura deque nome do presidente da Bolsa de Valoresde São Paulo, Eduardo Rocha Azevedo, nãoconstará como culpado no relatório da CVM(Comissão de Valores Mobiliários) sobre oCaso Nahas. Ela enviou carta endereçada aopresidente da CVM. Martim Wimrncr, afir-mando que se Rocha Azevedo, não for inclui-do no relatório final como um dos culpadospela crise das Bolsas, entrará com ação naJustiça para anular todo o trabalho.

Tutu Quadros acusa o superintendente daBovespa, Horácio de Mendonça Neto, de es-tar utilizando de tráfico de influência na con-dição de ex-funcionário da CVM para retiraro nome de Rocha Azevedo do relatório finalque investiga o Caso Nahas, e que serádivulgado em uma semana. Na carta. TutuQuadros acusa Horácio Mendonça Neto deser uma pessoa "escusa" e o qualifica como"marajá da Bolsa", afirmando que seu salárioè o maior do pais. "Vou requerer a nulidadedo relatório se o senhor Rocha Azevedo não

constar do rol de culpados", diz Tutu Qua-dros em certo trecho da carta."Nem sei porque o senhor Rocha Azevedocontinua na presidência da Bolsa, pois estámoralmente impedido", afirma Tutu Qua-dros. "O senhor Rocha Azevedo não ser arro-lado é o mesmo que Naji Nahas não o ser,pois são os dois principais culpados de tu-do. A postura de Sérgio Barcellos (ex-presi-dente da Bolsa do Rio), apesar de tudo. aindaé mais confortável em relação ao senhor Ro-cha Azevedo, pois ele se prevalece de métodosde gangsterismo".

A Comissão de Fiscalização vai ouvir, napróxima semana, Daniel Dantas, da IcatuParticipações, Silvio Tadini de Araújo (irmãode José Carlos de Araújo, o Zé Milionário,dono da Paranapanema) e Antônio GrizziFilho (diretor do BCN). Todos eles serão ou-vidos sob a suspeita de atuarem no mercadocomo laranjas (testas de ferro). Outra pessoa aser ouvida, só que desta vez na condição deconvidado, será o ex-ministro Mário Henri-que Simonsen. "Tenho grande respeito porele e por isso a comissão vai convidá-loao invés de convocá-lo", afirmou Tutu Qua-dros. "Queremos ouvir sua opinião a respeitodo caso".

Nahas se mantém informado

Mesmo escondido,ele não perde seudinheiro de vista

Luiz Maklouf Carvalho

SÃO PAULO — Sumido há 48 dias —

desde 21 de julho, quando teve prisãopreventiva decretada pela Justiça Federal doRio de Janeiro —, o empresário e investidordo mercado financeiro Naji Nahas continuamuito preocupado com seu dinheiro. Tantoque, mesmo correndo riscos, ele tem telefo-nado para o advogado Irineu Strenger —que desde 1982 cuida de parte de seus inte-resses patrimoniais no exterior —, interessa-díssimo no andamento de algumas açõesjudiciais envolvendo milhões de dólares."De vez em quando ele me telefona, semdizer onde está, para saber como estão ascoisas. Eu informo, ele se lamenta muito ediz que se sente tremendamente injustiçado,vitima de Eduardo da Rocha Azevedo"(presidente da Bolsa de Valores de São Pau-Io, também envolvido no Caso Nahas), con-ta o advogado, de 66 anos, que também éprofessor titular de Direito InternacionalPrivado na USP e dono de uma prestigiadabanca de advocacia.

No momento, segundo Irineu Strenger,Nahas está particularmente incomodadocom duas ações, que envolvem uma soma deUSS 22 milhões. Uma delas é movida contraele pela empresa Conti Commodities, deNova Iorque, e gira em torno de negócios nomercado da prata. Em fase de execusão desentença estrangeira na 20a Vara Federal deSão Paulo, a demanda tem o valor de USS 7milhões. Strenger está tentando impedir queNahas seja obrigado a pagar e acredita quetenha 50% de chances. Na outra ação. derescisão contratual, Naji Nahas é autor —contra o Banque Populaire Suisse — com aalegação de que USS 15 milhões foram es-tornados de uma de suas contas bancáriasna Suiça sem a sua autorização. Segundoele, os interesses de Nahas, que tem pendén-cias no exterior, não estão abaixo dos USS100 milhões — "mas o patrimônio que eletem è muito maior do que o que deve".

Strenger também não tem dúvidas de queo grande responsável pela situação difícil doempresário e Eduardo da Rocha Azevedo. ."Nahas pode não ser um santo, mas nestecaso concreto ele foi vitima", diz. Na inter-pretação do advogado. Rocha Azevedo alte-rou as regras de pagamento das compras deações da Bolsa de Valores, que dava atécinco dias de prazo para o pagamento, prazoque Nahas utilizava no mercado á vista paraauferir lucros no mercado futuro. "QuandoEduardo diminuiu o prazo de pagamento,pegou Nahas de calça curta", diz Strenger.afirmando que "Nahas não é um homemdesonesto" e definindo-o, em uma frase,como "um homem dependente do jogo dabolsa". "Ele faz parte de um pequeno grupode compulsivos que não sabem se livrar dafebre do jogo."

Competência — O advogado estavaparticularmente animado com a possibilida-de de Nahas ficar livre do mandado deprisão preventiva até o final da tarde deontem. Segundo informações que recebeu deBrasília, o Superior Tribunal de Justiça esta-va na iminência de julgar uma ação impetra-da pelos advogados José Carlos Dias e NiloBatista (que cuidam da parte criminal docaso), onde eles argumentam que o fórumcompetente para a questão é o de São Paulo,e não o do Rio de Janeiro. "O juiz compe-tente, segundo o Código de Processo Penal,é aquele que primeiro tomaconhecimento dalide — e isso aconteceu com o juiz federal deSão Paulo João Carlos da Rocha Matos",explica Irineu Strenger.

Ele garante que Nahas está no Brasil,"muito bem acolhido por um dos muitosamigos fiéis que cultivou". Strenger não quisdar uma opinião de mérito sobre o fato deNahas haver escolhido o caminho da fuga— mas admitiu que sua condição de fugitivoé um problema a mais para os advogados.

Nahas está enquadrado na Lei do Cola-rinho Branco (n° 7.492) e da Economia Po-pular (n° 1.521) por ter passado quase NCzS40 milhões em cheques sem fundos, manipu-lando o mercado de ações e ter operado semlastro suficiente. O pedido de prisão preven-tiva — para Nahas e para Elmo CamõesFilho, o Elminho — foram expedidos pelojuiz Augusto Guilherme Diefenthaler, da 13JVara da Justiça Federal do Rio de Janeiro.

INPC registra inflação de 32,7% em agosto

BRASÍLIA — A inflação sofreu umapequena aceleração nas duas últimas semanasde agosto, de acordo com os primeiros resul-tados do INPC — medido de Io a 30 do mês— recebidos ontem pela equipe econômica dogoverno. O índice de preços apurado peloIBGE em São Paulo, Rio, Belo Horizonte ePorto Alegre nas quatro semanas do mêsfechou em 32,7%. O IPC, índice oficial dainflação que mediu os aumentos de preços nascapitais entre 15 de julho e 15 de agosto,registrou 29,34%, bem abaixo do resultadopreliminar do INPC.

Essa aceleração dos aumentos de preçosforçou um reajuste brusco do BTN fiscal dehoje, que passou a valer NCzS 2,8450 paraprojetar uma inflação de 32% em setembro.Na segunda-feira, o governo tinha reajustadosua própria perspectiva e o BTN fiscal tinhapassado a prever uma inflaçãode 31%, con-tra 29% anteriores. "Estes ajustes são neces-

sános para manter a credibilidade do indice".diz Jorge Vitor Rodrigues, assessor do minis-iro da Fazenda, que não acredita ser este umsinal de aceleração inflacionária.

A equipe econômica aposta que o IPC desetembro ficará bastante próximo do indice deagosto, apesar de o INPC mostrar que ospreços das duas últimas semanas de agosto,que entram na inflação deste mês, aumenta-ram mais do que nas anteriores. A expectativado governo baseia-se na análise do índice depreços da Fipe, de São Paulo, que, segundo ostécnicos não aponta qualquer aceleração."A-creditamos que o BTN voltará a projetar umindice mais baixo quando tivermos as primei-ras indicações do IPC de setembro", avaliaJorge Vitor. Essa expectativa deverá manterinalterados os juros do overnight, pois a taxaefetiva no mês estava ontem em 36,42%. Essaé considerada uma margem de lucratividadebastante atraente para quem espera uma in-fiação de cerca de 30% em setembro.

Projeto reduz incentivo à exportação

Maílson não mudará a poupançaBRASÍLIA — A caderneta de poupança

não vai mudar. Ela vai continuar a ser corrigi-da mensalmente pelo índice da inflação, ren-dendo juros de 0,5% ao mês. A garantia é deassessores do ministro da Fazenda, Mailsonda Nóbrega, que asseguram que não existenenhum estudo ou proposta em análise pelogoverno nesse sentido e que o próprio minis-tro é contra qualquer alteração na caderneta.

A mudança na caderneta de poupan-ça foi defendida pelo presidente da CaixaEconômica Federal, Paulo Mandarino, quefalou da conveniência de sua equiparaçãoovernight como forma de impedir a fuga dosdepósitos e dar maior estabilidade à poupan-ça. O governo entende que a correção peloindice da inflação é suficiente para proteger osdepósitos em cadernetas da corrosão infíacio-nária. Além disso, a poupança tem um rendi-mento real de 0,5% ao mês superior á infla-ção.

Assessores do ministro apontam a cader-neta de poupança como a melhor forma deinvestimento do pequeno e médio poupador.

Ela tem garantia, segurança, liquidez e rendi-mento acima da inflação. A alteração ocorri-da na caderneta nos primeiros três meses doPlano Verão, quando seus rendimentos foramvinculados à variação do over, foi adotadapelo governo para proteger os depósitos, umavez que toda intervenção na economia semprecausa, num primeiro momento, apreensão eintranqüilidade no mercado. Depois desse pc-riodo (de janeiro a março), o rendimento dapoupança voltou à regra anterior, estandohoje as cadernetas recuperando lentamenteos saques ocorridos no primeiro semestre.

Nos últimos quatro meses, por exemplo, apoupança só vem perdendo para o over emjulho e agosto e, mesmo assim, tem que selevar em conta que o over sofre taxação e nãorende nos finais de semana e feriados. Nosmeses de maio e junho, o rendimento dapoupança foi praticamente o mesmo do over-night (a poupança rendeu 10,48% cm maiocontra 10,49% do over, e 25,45% em junhocontra 25,86% do over.

BRASÍLIA — O maior corte de incentivosfiscais proposto pelo governo recairá sobre osetor exportador. De acordo com o projeto-de-lei enviado ao Congreso Nacional, da reduçãode 0,41% do PIB — NCzS 1.95 bilhão emvalores de maio —, a participação do setorexportador foi de 0,29% do PIB, o que eqüivalea NCzS 1,38.bilhão. Em seguida estão os incen-tivos para a área de informatica e para a políticaindustrial que juntos tiveram um corte de0,10% do PIB, ou seja, NCzS 476 milhões.

Para as exportações, a proposta do governoprevê duas medidas de aumento da carga tribu-tária das empresas. Além da elevação da aliquo-ta do Imposto de Renda sobre o lucro decor-rente das exportações, que passa de 6% para18%, o projeto-de-lei propõe ainda que, aexemplo das demais empresas, as exportadoraspaguem a contribuição social de 8% cobradatambém sobre o lucro. As medidas, se foremaprovadas pelo Congresso, já vigorarão nadeclaração de 1990.

Microempresas — Em relação às mi-croempresas, o governo está propondo a revo-gação da isenção do Imposto de Renda, maselas ainda teriam um tratamento tributário dife-renciado das demais, pagando imposto comuma alíquota de 25% sobre 3,5% da rendabruta. O imposto a ser efetivamente pago porestas empresas será, então, de 0,875% da rendabruta enquanto a taxação das demais pessoasjurídicas é de 30% sobre o lucro liquido. Oganho de receita será da ordem de 0,019% doPIB, o que a preços de maio correspnde a NCzS95 milhões.

Informática — Na área de informá-tica a redução dos incentivos é de 50%. Pelalegislação atual, por exemplo, as empresas po-dem deduzir cm dobro o valor das despesasrealizadas em programas de pesquisa e desen-volvimento. Pelo projeto, ao invés das empresasdeduzirem 200% destas despesas, o que equiva-leria ao dobro, elas abaterão somente 150%. Ouseja, 100° o das despesas e mais 50% destescustos como incentivo. As empresas do setor

também estarão obrigadas a pagar imposto so-bre 50% do lucro apurado na comercializaçãode software por empresas nacionais com projetoaprovado pela SEI. Hoje este lucro é isentode tributação.

Esporte — Mesmo antes do incentivo aoesporte ter sua lei regulamentada, o governo jáestá propondo cortes, o que não fez, aliás, coma Lei Sarney (incentivo á cultura) que permane-ce intocável. As pessoas jurídicas que aplicaremem operações de natureza desportiva ao invésde terem incentivo de 4% do imposto devido,terão só 2%.

Política industrial — Os incentivosconcedidos pelo decreto-lei 2.433, que criou apolítica industrial, também têm proposta decorte de 50%. As empresas que importam maté-rias-primas, produtos intermediários c com-ponentes destinados á fabricação de produtosde alta tecnologia gozam hoje de uni incentivoque permite a redução de até 80% do Impostode Importação e do 1PI. A proposta é de queesta redução seja de até 40%. A mesma re-gra valerá para quem importar maténas-pri-mas, produtos intermediários e componentesutilizados na fabricação de máquinas, equipa-mentos, aparelhos e instrumentos.

Befiex — Já as empresas titulares deprograma Befiex (de incentivo à exportação),que hoje estão isentas de 1PI e de Imposto deImportação, gozarão de uma redução de apenas50% destes tributos. Ainda em relação aosincentivos concedidos através do 1 PI. a propos-ta do projeto é de reduzir à metade crédito de95% sobre o saldo do imposto registrado naapuração, em vigor atualmente. Este incentivo,concedido em 1986 pelo prazo fixo de lflanos, é destinado somente às empresas do setorsiderúrgico. Como ele tem prazo certo, as em-presas que já se creditaram continuam gozandodo incentivo integralmente enquanto as novasterão a redução. A previsão é a de que a Usi-mar, siderúrgica do Maranhão, seja a primeiraa entrar na nova sistemática.

Governo volta a tentar amanhã acordo com FMI

Beatriz AbreuBRASÍLIA — O governo retoma ofi-

cialmente amanhã suas negociações com oFundo Monetário Internacional (FMI). O as-sessor para assuntos econômicos e negociadorjunto à instituição, Michal Gartenkraut, seguehoje à noite para Washington com novas in-formações sobre o desempenho da economia eprojeções para a execução da política monetá-ria nos próximos três meses. O objetivo è dara dimensão do controle que a área econômicapretende exercer sobre o nível de dinheiro emcirculação e das últimas medidas para mantera inflação estável na casa dos 3(1" o.

As novas discus-òes com ii FMI estãosendo interpretadas por importantes assesso-res como uma demonstração da diretoria doFundo de que de fato "se pretende chegar aum denominador comum com o governo bra-sileiro." E um dado novo alimenta as espe-

ranças de que se possa fechar um acordo ouuma sinalização, mesmo que verbal, do dire-tor-gerente, Michel Camdessus: Michal Gar-tenkraut foi chamado para esta nova rodadade negociações. Da mesma forma, é impor-tante a retomada dos contatos com o Fundono dia em que, em Nova Iorque, os negocia-dores da divida externa, Arnim Lore e SérgioAmaral, reiniciaram as conversações com osbancos credores para encontrar formas de pa-gamento para os juros vencidos e a vencer atéo final do governo Sarney.

No Ministério da Fazenda a posição aindaé de cautela. Afinal, a tarefa dos negociadorestem o tempo como limite. Amaral quer sensi-hili/:*r ,-K h in.vK p'irn qiig Ifnh un rnmprwn-

Reservas caíram US$ 1 bilhão

BRASÍLIA — A queda de USS I bi-lhão nas reservas internacionais do país no mêsde maio foi a principal razão que levou o gover-no a centralizar o câmbio no Banco Central nofinal de junho. Desde então, nenhuma re-messa de dólares ao exterior foi feita sem ocrivo governamental. De acordo com os dadosdivulgados ontem pelo BC, as reservas caíramde USS 6,6 bilhões em abril para USS 5,6bilhões em maio pelo conceito de caixa (o que opais realmente tem disponível em reservas), opior resultado registrado desde de dezembro do

v^^ilo o .III.' <1rn n ;ili-rt:i de mie erasão com a fase da transição do governo, en-quanto que Michal Gartenkraut se esforça-rá para obter uma palavra de Camdessusdemonstrando á comunidade financeira que"FMI e Brasil continuam conversando"

ano p:i

Brasil tem a receber de outros países — tambémhouve uma queda de USS 1.2 bilhão. As reser-vas cairam de USS 9.7 bilhões para USS 8.6bilhões. As remessas de lucros e dividendos dasempresas multinacionais instaladas no pais parasuas matrizes no exterior, que chegaram a USS2 bilhões nos primeiros cinco meses do ano, sãoapontadas como a principal razão para a quedanas reservas.

O Banco Central não explicou, porém, porque razão a centralização somente foi feita nofinal de junho, quando em maio a situação jaera considerada de grande gravidade, com uma

necessário se colocar um freio na saida de dóla-res do pais.

Pelo conceito de liquidez internacional —

que considera como reserva os créditos que o

queda nas icsei wiaJe USS 1 b.!!'.,'ui. em apenasum mês. Com a centralização, já foi registradoum aumento nas reservas e dados não oficiaisrevelam que em agosto elas teriam atingido USS7 bilhões.

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14 ? Io caderno ? quinta-feira, 7/9/89 Economia JORNAL DO BRASIL

APLICAÇÃORENTABILIPADE

AGOSTO 89

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Bolsa de Valores do Rio de Janeiro'3* ' " ~

Resumo das OperaçõesQtde Voi(mil) (mil)

Lote 1 217.522 28.191Mercado a termo

. Mercado de Opções-Opções de compra. Exercícios de opções

Futuro c/liberaçãoFuturo c/retençào' Total Geral 1217 522 28.191

"IBV Fechamento 529.918 ( + 3.5)Das 90 ações do IBV, 70 subiram, 15 caíram, duas permaneceram' estáveis e trés nào foram negociadas.

Màju F®ch. Q*c.

Ações do IBV Ações fora do IBV

Ok Fach.(*> (MCUmil

.fNatoras Attaa^angels pp 17,92 6.20

. Limasa pp 13.00 34,80-J.H Santos pp 11.30 77,00Cataguazes Leop pa 11.10 19,00Ripasa pp 10.36 1 850.00Maloraa balxas

,,Cia Minorag4o Part pp 10.00 360,00Riograndense pp 9.24 120.00Belgo Mineira ope 7.72 1.270,00pova ppe 3,87 3.72

.^Samitrl op 2.83 4 000,00

Oac F§ch.C*) <NC*$mil

1&")Maloraa alta»Santaconstfincin pp 37.93 800,00Usina Costa Pinto pp 31.44 65,00Aqos Altona pp 31.18 1 300.00Const A Linden pp 20.80 50.00Simesc pp 18.65 25,00Maloraa balxatDova ppd 28,00 0,72Phobo ps 26,32 280,00Pronor Petroquimica bs 26,32 7,00Iplac pp 25.07 10,00RioGuahybapp 18,92 15,00

Mercado à Vista

Abe XbJ PA. Acosila PP,Aço Altona PPAços Villares PPE-Adubos Cra PP" Adubos Trovo PP

. 'Agroceros PPJj, Amadeo Rosai PP

jAquatoc PPAracruz POArle* PPArthuf Lango PPAvipnl OP ¦Azevodo Travassos PPBJk/nazonia OMB Amôrica Sul PPB Bandwrantos PP

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a • Bradesco Inv PSE-Brahma OPBrahma PP

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59 000 000.00 817.17 835.00 810 00 2.55 637.28115 100 805,00 851.83 870,00 870,00 5,37 1 344,22

7 000 1 000,00 1 214.29 1 400.00 1 300.00 31.18 897.173 640 800 11.75 12.41 12,80 12.80 2.08 748 49

230 000 14 50 14,93 15,00 14.50 2.64 366.832 192 800 16.00 16,00 1600 16,00 8.74 757.58

61 800 95,01 96.64 100.00 100.00 3,78 330.34200 000 3.25 3,36 3.40 3.40 1.20 297.87

1343 000 34.50 34.95 37.00 36,50 3,10 288.8024 300 8 800.00 8 823.07 9 000,00 9 000.00 2.52 499.5248 000 68,00 69.85 70.00 70.00 -2.99 446.7310 000 50.00 50.00 50.00 50 00 909 09

376 200 41,50 45.10 46.00 44,50 5,37 1 567.869 000 78.50 78.63 79.10 79,10 0.98 396.87

400 165,00 165,00 165.00 165,00 4,02954 700 5,70 5.90 5,95 5.85 1.72 446.63

10 000 330.00 330.00 330,00 330.00 1 002.4092 700 942.00 950.12 970,00 960.00 -2.75 309,94

754 300 1 322,00 1 342.21 1359,00 1 341.00 1.14 279,8259 800 160.00 160.00 160 00 160.00 1.63 901.87

1650 000 3,00 3.27 3.40 3.40 3.48 436.00400 1.000.00 1 000 00 1 000.00 1 000.00 1052.63

12 W0 55,00 55.30 56.50 55.00 -218 1877.12492.800 79.50 81.02 83,50 83.50 3,75 1 658.21

171800 18.20 18.21 18.30 18.21 -146 533 0692 100 25.20 25.20 25.20 25 20 -16 00 687.59

1 109 400 26.00 26,88 27.50 27.50 1,709 837 300 27.00 27,91 28,90 28,40 2.57 MB,82

350200 11,00 11 09 11.51 11.00 0.27 412.881033200 16,52 16.85 17.30 16.80 -0.71 406,02

10 500 1100,00 1 197.29 1 300.00 1 270.00 - 7 73890 00 -2.503 800 836.00 870 34 890.00

22 873 500 7,00 7.24 7.602,661 000 5.00 5.12 6.00

400 65.00 65.00 65.00400 58.00 58.00 58.00

1000 15,30 16 65 18.002 870 000 15.90 16.14 16.50

500 230,00 230.00 230,00214 900 235,00 235,01 235,01

2300 350.00 350.00 350,00173 300 185,00 187.11 190.00959 300 97.00 99,19 104,00

2 100 91.00 91.00 91,00800 499,00 499,00 499,00

45849535 42

C Mineração Part PPCacique Cate PPCaemi OPCafe Brasília PPCaltat PPCataguazes Leop OPCataguazes Leop PACbv I Moc.Nov PP-RCbv-lnd Mecanica PPCelulose Iram OPCelulose Iram PPCemig ONE-

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1 564 1002.100

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2 080 0002100021000

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36000

3.6059.0017.0016,006,206,50

19.0015.00

1.552.29

14,51230,00

6.0048,0080.0048.00

7.1532.50

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78.0170,0013.00

2180019.310.713.70

175,004.75

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3.70W.0017.0017.226206.55

19.5215.00

1.592.41

14,64230.00

6,34492080.0048.50

72033.36

2.256.766.96

79.1570.0013,00

224.8419,310.723.73

175.004.94

200,00

4.1959.0017,0019,006.206.71

20.0015,00

1.642,50

1500230.00

6.6551.5080.0050,00

7,5033.50

2300.007.00

81.5170.0013.00

240.0019,310.723,80

175,005.25

280.00

7.20 3.58 795.606.00 428 199.14

65,00 EST 764,7158.00 222 941.5618.00 2.08 320,0716,50 420

230.00 -0.38 587,81235.01 0.17 568.04350.00 0,16 719.81185,00 043 617.32102,00 0.76 355.8491.00 1,11 93.66

499.00 -2.16 332.76} 400.00 063.41

36.00 12.15 736.6546.00 3.37 286.00

360.00 -1000 367.35600.00 250.60

1000,00 1.74 009.714.05 EST 328.31

59.00 909,0917.00 063.3819.00 11.10 461.418.20 EST6.71 5.48 155.14

20.00 -4.78 279.1015.00 187,62

1,60 2.56 068 852.42 4,33 60661

14,61 7,33 282.03230,00 766.67

6.02 0,96 475,6249.50 3,43 472.7100.00 242.4250.00 20.00 646.67

7.50 4.05 273.7833.50 1.09 300,70

300,00 -0,18 396.397,00 1.01 202.32

81.51 604.2470,00 1.475.8613.00 -0.69 1.114.92

235.00 3.35 618.7819.31 551.710.723,72 -337

175.00 3,555,00 9.78

260,00200 15500,00 15750.00 16000,00 15500,00 O.OI

302.00 0.5912500 6.0745.00 0,06

8.10 1.899.80 8,89

8560011000

350 0002 030 000

20 000

270.00125.0045.80

7.709.80

320.00125.0045,808,35980

Grazziotin PPGurge» PPGurgel Motores PPHaro*aPPHering PPE-Herlng Brinquedos PP

• tnepar PPloctipo PS

JIplacPPítaubanco PSE-vmjiunspp

. MptorWMarPP^ep<er Weber PP-R

Lam Nacional Metais PP

298,02125.0045.808.099,80

1200 4 100,00 4 116.67 4 200.00 4 100.00 -0.80160 000

4 431 60026 300

3640 0001 900

10.0005.105 700

12 800

20003 065 100

13 000900

1 000 0001 907 1(J0

1 00018 100

5 00020 200

5 00052 000

120 0001 400 800

Lark Máquinas PP...LIght OS•' Umasa PP

Lojas Hering PP-EE

15900

3 602.300308 000

26.00 26.16 26.50 26.00 2.47 265.9324.00 24.40 25.50 24,20 4,95 7122021,50 21,50 21.50 21,50 2.387,70 7.94 8,00 7.95 0.51 917.92

30.00 30,11 32,00 30.00 -5.91 408.88269,00 289.00 289,00 289,00 288,0919,60 20.66 22.00 21,90 4.96 419,4930.10 30,11 30,11 30,10 281.40300,00 1 300.00 1 300.00 1.300.00 758.55

4 000.00 4 144.22 4 200.00 4 190,00 4.25 1264,93620.00 635.00 650.00 650.00 113.39

14,00 14.50 14.50 14.00 -1.09 1.206.33900.00 909.23 940,00 940,00 444.4425.99 25,99 25,99 25,99 8,84 812.196.C5 6.05 6.05 6.05 753.42

10.55 11.16 11.40 11.25 0.90 378.31250,00 2 250.00 2 250.00 2250.00 469.8010.00 10.00 10.00 10.00 500.00

420.00 420.00 42000 420,00 6402169.00 76.80 77 00 77.00 11.30 806.4260.00 60.00 6000 80.00 -3.48 205,8659 90 59 94 60,00 60.00 -1.2718.90 16,96 19.00 19,00 12,96 474.5030.00 31.16 33.50 33.50 527 541.16130,00 130.00 130,00 130,00 312.89

1600,00 1 713.09 1 750,00 1 750.00 9.91 384.2430,50 33,98 35,00 34.80 1300 748.797.01 7.04 8,00 8.00 0.57 976.42

LumSPP 2 400 000 2.00 2.05 2.10 2.10 195.05LuxmaPP 3252 100 17 00 19,03 19,99 1999 9.37 1 37899MavnaattaPA 3 700 000 26 00 27.00 2H30 28.30 3.85 751 88Mangels PP 92 117.500 5,00 5,79 6.20 6,10 17.92 633.48MannesmannOP 34 691.100 6,GO 6.89 6,95 6 88 4,55 608, ffiMannesmann PP 11.868 300 4,71 4.96 5.05 4.71 1.84 605,10Marcopolo PP-E- 407 000 31.00 31,14 34 00 3100 0.39 353.66Marcopolo Bonus 2 DP 309 000 74,00 74.00 74.00 74,00Marisol PPE- 500 000 390,00 390,00 390 00 390.00 3.62Marvin OP-E 1 000 34 00 34.00 34,00 34.C0 240.15Marvin PP-E 1 303 900 40,00 42,04 46.00 42.90 300 59Master PA 120 000 12.00 12.00 12.00 12.00 0.84 180.29Mondos Junior PA 236 300 64 10 86 63 88.00 85.50 2.58 300.06Mendes Junior PB 60/100 101.00 108.55 110.00 110 00 6.78 300.90MesblaPP 2 700 2bOUO.C*J 26 666,67 27 000,00 26 000,00 638,77Metal Love PPMetisa PPModdata PPMoinho Santista OPMoinho Sant)3ta PPMonteiro Aranha PPMontreal PPMotor adio PP_Muller PPMuítitel PNMultltoxtil PPMactonai OSNacional PSNakíita PP0»v*braPPOrton PPOsaPP

20 0008 000

30100

1550.00 1 600 00 1 650 00 1 650,00 -6,57160,0070,00

160,0072.99

160 0075.00

160.0070.00

6.524,14

200 10 000.00 10 000.00 10 00000 10 000,00 9.0730 000 8 900.00 8 966.67 9 000.00 8 900 00 -0.37

565,52666.97251.436/2.81759.46

Papel SirnAo PPPnra De Minas PPParaibuna PPParanapanoma PPPaulista Força Lui OP-E-PerdtgAo PPPertligôo Agro PPPordigAo Alimentos PPPérsico PPPetrobrfts ONPotroòrâs PPPettenati PP-EEPtiobo PSPirelli OPPtrelli PPPirelli Pneus OPPirelll Pneus PPPohalden PPPoiipropileno PAPromotal PP-DPrometal PP-EPronor Potroq ASProoor Potroq BSPronor Petroq PARacfciwc PPRocrusul PPRetripar PPRheom PPRio Guanyba PPRiograndense PPRiosulense PPRipasa PPBada Sul Amartcana PPSamrtri OPSamitri PPSantaconstancia PPSantanense PPE-Sorgen PPSharp PPSibra PCSid Inlormática PPSiteoPPSimosc PPSondotfccntca PASondotôcmca TOSouza Cruz OPSoltepa PPSupergasbrfts OPSupergasbrâs PPSuiano PPE-E

820 000 31,00 32.05 32,80 31,80 -1,36 102 /62 377 800 2.50 2.53 2.60 2.55 9.05 563.47

10 000 65,10 65,10 65,10 65,10 -2.62 001.435 744 000 11,00 11.34 12 00 12.00 1.89 395,40

189 000 6,50 6.82 7.00 6.50 -2.57 164.731/5000 75.00 77.44 80 00 80.00 2,65 5/478/1000 405.01 405.22 410.01 410,01 0 05 3/9 4536 400 400.00 411,35 420.00 401 15 2.84 637.02

5305000 10.30 10.58 11,00 10.80 1.15 901.961524900 210.00 216.13 225.00 211.00 8.0 439.24

90 500 400 3,13 3.58 4.05 3 80 17.76 170.487 263 500 13,95 14.0/ 14.50 14,00 13,38 195.632 9/5 200 3.75 4 03 4,10 4,00 2.28 58.992501 400 8 7 00 8860 92.00 9000 1,66 421,66

77 222 300 0.60 0.64 0.70 0.70 1.59 566.37405 600 52.50 53.39 55.00 55.00 4,34 542.03

9 140 100 162.00 166.56 172.00 172.00 2.46 45/,12939 700 37.99 38.85 40.00 40,00 9.50 370.85/93500 24.00 24,13 25,00 25,00 1.09 1 096.32265 300 57.00 57,09 68 00 68,00 -1.54 827.5173 100 83.00 85,33 89.00 89.00 7.04 979,68

522 000 3,90 3.94 4 03 3.90 3 41 311,96100 3 600 00 3 600.00 3 600 00 3 600,00 4 35 340 76

Yocnosok) PPTecnosok? PP-RTokaOPTekaPPTelebrâs ONTelebrAs OPTelebrôs PNTelobrâs PPTelebrAs Prt. PPTelerj ONTeler| PNTlbras PATrol PPTrombim PPl>car Cartoon OPUnibanco BSUnipar PAUnipar PBUsina Costa Pinto PPVaooMPPValo Rio Doce OPVale Rio Doce PPVarig PPVero! me PPVigor PPVotecPPWMIi Martins OPZanMPAZiviPP

258 900 6 750.00 6 950.75 7 100 00 7 000 00 3,13 253,«3J750COD 3.00 3.40 3.70 3.25 • 2 Wn.94

4 000 280.00 200 00 200,00 280.00 - 280.003 100 130.00 140.06 142.00 130.00 0.04 438 141700 115,00 115.00 115.00 115.00 7 2 6 505 47

900 125.00 125,00 12501 125 01 4.52 535.54500 92.00 93,5/ 95 00 95 00 7,19 591 47

53 CIO 201 00 299.49 303 00 300,00 7.21 1W)2317 200 107.00 10820 110.00 110.00 - 181.54

205000 8,00 8.30 8.50 8 10-17.022 663 000 19.21 19.61 20.00 20.00 -2.15 338 86

100 000 16,00 16 00 1600 16,00 1420 235.2910 000 7.00 7 CU 7.00 7 00 26 2? 77.7B

1030 000 16 00 17 33 18 00 17.00 13.19 109 48/GO 100 79 00 83.89 92 00 92 00 7,95 411.63

600 1100 00 1100 00 1100,00 1.100.001 301 400 38 50 38.97 40.00 39 00

208 000 161,Ou 165.28 166.00 164,00 0 40200 000 15.00 15.00 15.00 15,00

10 OCO 120.00 120.00 120.00 120 CO10 000 6 42 6,42 6 42 6 42 -1 9957 400 1.850,00 1 876,13 1 880 00 1 850,00 10.36

6 970 000 10.95 11.2/ 12.00 11,80 4 /440 200 4 000 00 4 960.32 5 000,00 4 061.00 -2,8310 800 4 COO.OO 4 038.43 4 100,00 4 000.00 -0 63

800.0055,0091.0030.75 6.X

260.00190.00235,00 6.82

25.00 18.65 1 059,302.36 1021 421.822.59 17.73 421.82

300.00 1,51 743.9517.00 5,92 258.24856 -0,42 1650,966.26 2.60 1 267,07

1350,00 1.63 48/43• 2/50.00

128 247.38529

290,05354.72635.78431.43281.97737.69411,02440,38495,71410.0464629

1000 000 00 800.00 000,00400 COO 55.00 55.00 55.00100 000 90 00 90.50 91,00

35 128 700 28 60 2970 30 9077 000 260.00 260 00 260,0020 800 100 00 18000 180 00

100 235 00 235.00 23500650 000 20,50 23.73 25 00100 100 2.36 2.59 2.59100 000 2.59 2.59 2.59

200 11300 00 11300,00 11300.0010000 17.00 17 00 17.00

1W 100 8,56 9,46 9.5052909500 6,15 631 6.W

20 100 9 300 00 9 350,00 9 400.00200 2/5.00 2/5.00 275.00

520 000 37,50 37.98 38.0060 000 34.00 35,80 36,00

150 400 200.00 200,00 200,001 349 000 170,00 171,32 185.00

81500 38.00 40.93 42.00423100 40.00 43,12 44 00

52 600 69.01 72.03 74.1012 614 900 76.00 77,49 80.0011 188 800 67,00 6 7.6 70,00

5 500 27.00 27,01 27,02400 29.00 29,00 29.00

1000 6 500.00 6 500.00 6 500.009 900 10.00 10.00 10,00

523 000 25.00 25,16 27.0011049.900 3.05 3,93 4.05

35000 510.00 510.00 510.001 571 000 9.30 9,37 970

39/95 500 10,20 10.39 10708/700 53 00 63.42 66 00

2000 000 1.65 174 1.8027 000 11000.00 11382.57 12 000.00

620 200 16 300.00 16 631 99 17 000.0036 700 2 050,00 2 157,83 2300,00

260 000 21.50 22.84 23.008000 51,00 5100 51.00

117 1W 100 0.46 0.52 0 5380 574 200 6.95 7,01 7.15

54 000 23,00 23,00 23.0025 009 100 4.40 4,51 4.80

5.26 1511.112.69 567,25

56928635.59738.9633/69695.62328.2961478395.93903.95532.9561074311.65742.86689.56479.10

2750037,5035 00

200 00 EST172.0039.5043.0074.1080 0070,0027,022900 -9.18

100.001038.30

122.1014373147 93178.14105.73555 1954338

10 00 - 500,0027 00 -024 1 009 18

4 05 0.51 26376510.00

970 27410,55 2.5765,00 31.44

180

22.0051,000517.05

416,97586.36523,95422.00773,33752.63562.52

5452.243.761.79 2 538.627.53 519.09

285.598666.6/

1.74 4135723.00 -6.00 1 455.70

4.50 273 906,87

Empresas em Situação Especial

Qtd. Wn. Mid. Mix. Fach. Oac. LLAno

Aliperti PP 2 000 12/ 00 127.00 12/.00 127.00 508,00Brumadlnho PP-0 125600 000 0 23 0.28 0,33 0.26 7.69Brumadinho PP-E 70 772 000 1,02 1.03 1.05 1,04 0,98 660.26JBDuartoOP 10 700 2.10 2.10 2.10 2.10 EST 254.55JBDuarlePP 50 137 900 1.75 1.80 1.85 1.78 0.56 222.22Ol.calPB 100 000 17,00 17.90 18.00 18.00 11,88 665.43Ouimisinos PB 25 000 5.00 5 00 5.00 5 00 14,94 242.48Transbrasll ON 33 500 87.00 87.00 8/.00 8/.00 4 833,33Transbrasil PP 2280 900 39.51 41.86 43,00 42.79 5,33 1-500,36

CâmbioMoada por dólar Em Cruzado*

Coroa DinamarquesaCoroa NorueguesaCoroa SuecaDólar Australiano ....Dólar CanadenseEscudoFlorimFranco BelgaFranco FrancêsFranco SuíçofeneLibraLiraMarcoMarco FilandèzPeseta Xelim Moeda do tipo b — Dólar por moedaTaxas divulgadas pelo BC no fechamento de ontem — ás 15h

Compra Vtnda Compra Vanda7,6822 7.6928 0,38231 0.384797.1939 7.2051 0.40818 0.410906.6632 6.6748 0 44061 0.44363

0.76062 0 76208 2.2370 2.25271.1796 1.1814 2.4894 2.5059162.12 165.78 0,017740 0.0179022,2279 2 2311 1.3182 1,326841.229 41.371 0,071088 0.07169766597 6.6693 0.44098 0.44386

1 7056 1 7084 1,7215 1.7331146.13 146 37 0,020093 0.0202291,5491 1.5517 4,5559 4.58681417,3 1419.7 00020716 0.00208571.9760 1 9790 1.4861 1.496044453 4,4547 0.66020 0,66497123^4 12345 U.U23H22 0,02398b13,913 13.967 0.21057 0,21246

Fundo de AqoesValor Rentab. Rentib.

di coti Auim. icum.KC/S No mh No ano

%Alt.vUmbarco 2-13/ 263 3-1America oo Sul Acmi 33% 44148<R3l-{qjilit'io ^0<>trore 006'4'/ 27Q42A^rrore CPA (131 0.119349 26 36 '3610B.wenwi'J4Hc6«»(!3) 0638960 79 18 4316bB.ircocidade 24 i0 374 41Bandeirantes A^6es 3249 526 74Banesoa Acoes <' 3) 0196576 16 35 28289Banestado 1949 458 32Sanestes 22.00 3?6' bBanortwcoes 2165 339 74Barcti*tro/ 2902 390.49Batumi! CAB 3524 414,89Banrisul FAB 3313 38/15BBM«Qjto(i3) 7.236^9 2585 VmBBI Bradesco NO NOBBV-B Bafia(13) 1.01 '00 2/ 80 366.14BCA Bare'; 28 ?3 434 80BCN Bardan Acoes 2649 420 08BISC *c6e$ 2665 413 38BFB -- 2467 48845BVCAcoes 38 80 380.59BVD '932 356 39BVG Agoes(13) 0.'56807 27 90 33246BM A;6ei 4139 41665Bo]<istaCSA(13) 1 69625 2269 43642Bomsta fBA ri3i 0231371 '538 390 39Boston Seoul(13) 1,616785 2177 311,14Bo/aw Actei( 131 1.776386 27 32 488.12tocCareim'3i 0 391 793 2635 454 16BraaeicoAjmiC3) 1.584860 27 88 445 748R9lc*es('3) '9 256000 32 53 306 66CCF-Acoei 32 46 43988Cfaw (lei Par (13) 7,514807 3048 49344DtibarM'3) 156021060 ' 8 65 343 '9C,», 39 '1 49'05O^ibarcoFBI(13) 0207307 23 /7 44ft #Grt-jneai 2068 31 7 74Crefnul Bl'j€Cup • 2'.45 35844CMisai Van >;ots 2' 55 364 19Oefuut Wultipla 21.93 3M.08Crehsjl :57) 2246 366.77Crescifco Unbarco 28.81 353.25C. Unacwi 25 91 485 73Dfelaoie're-lwiMel 1953 274.68ND 305 95

3949 256 22frgibarco 24 • T '75.07Icoijmco 2598 371.30Eh'e 3' 0CC4-1220 NO SOEo'jipe A;^ei 29 74 461,75bv.'cvi 34 80 352.03(urowu — (j'oat^i 25 72 426 '2far. Nacori! 25.18 35' 54f!3» 33 93 377 78fIC Br30€K0 NO NO

3697 345'3firm 3031 4 3027fimr*e$t 17.60 267,72fyTcv 23 30 362'5G3rir;iat'3) 4 338900 28' 4 44 - 96G-'i -¦ 2?3b -*2'V 'AGifraiOo Corria 32 68 389 55Gjiic«»f 33 7' 43299H»S A;«s 30 24 36 5 61hv " 45 29 528'7irc^T 22 07 30H7K)5;'3i 86 3';' '0 30 4Q 3/i "8ttaj Cajitai Varket(13) i.758342 29 28 4' 7 70l»ajago<s(13) '2' 7600 2268 367 71

22 49 355.58US P-js 26 23 431 38Vercantil M Bravl 27 50 409 49Meridional 3347 44643Mrstmr.«s:.:3) '44 ?9?f>Xi 32.M 406 38vT 35 45 256 26V vi* 24i)6 403 4f.McT-r«ibapk('3) 0 263664 35 53 516 25Montrsalbari Agues(13) 6 73834 35 44 46 7 6 3Mai!,die (13) 158 864930 2'.11 415 96Vjl!,?i.c lh-113) 338Q46Q87 26 ^ 371 88Nacional Agc-es 28 50 357 98Ncrcfer CM 22.92 459 560r»giAcfesi13i 64377Fi '998 43814Q^n ND NDPjjto #illerrwrs 3718 40237~ " 39 05 398 44F*]!lair»esi Coroominio 49.14 5'7,53PNC 24 iJ9 572 49FT:rM'3) 0086'99 3' 27 4'6 73Primes 42 2' 41952Rtji 28 75 457 5723 25 426 56Rtairrjij 32 31 39940Ri::o ND 3'3 64Rani '9 46 '06-45SatraAgwj — 2600 432.66Schahm Cati-fASC 33 S* 4b2 73Segun33J« — 3367 5C<6 72Stbisa 2286 3.'J.>'«Smwa — 2' 91 477 '5Sogerai — 27 08 NDSoj/3 Barros 3'44Sj:a^ern 2H;7 b.".*Teroenca — 2520 434 29Tr<:a a* ND ND

'967 32-J'4hlusfa ND NDTOTAL -DPoinaoeirO' 09/69

Fundos Curto PrazoDanomlna9Ao Valor Patrim.da cota UquldoMCzf NCxtArbl(PJ) 14 0.583670 3.300 764AtlAntica (Rj) 6.054000 49 535Aymorfe Portador (Rj) 13 87,285720 63 865 638Bamenndus (PR) 13 0.241770 1.071 183 039Baneri(Rj) 11 3.027600 98 532 258Banespa FBP (SP) 13 0.2C0306 508 250 076Banestado (PR) 1^ 0.214884 98 382 83060 Conta 6uro (RJ) 13 0,847928 1 056 558 211Bemge (MG) 13 138.454264 331 023 020BMC (SP) 13 2.243754 173 121 397BM(j(M6)13 33.715644 66 591 453Boavista Portador (rtj) 13 230 882324 146 197 188Boston Eur7doBKB"(5P) 13 0.139389 248 91T782Bo^ano. Simonsen (SP) 14 0,235428 237 455 231ChaseS Savings (RJ) 13 153.218853 373 331 978^Tedibartco (§P) 13 21917299 28 67T365EconQmico (RJ) 13 88.664224 259808Elite (DTVM - RJ) 15 20 080830 394 782F7H5i7(5PTi4 21805064 432610Flemdel fRS) 14 0.359921 2 826 080Garantiu |RJ) 13 ~ — 181 826506 2 469 313lOB (aP) 13 30.577491 6^176Itau-ltauvest (SP) 13 4.206824 1 03fi 774 550Maxi-Reiida BBC (RJ) 14 80.385000 37 893 45?Mwsblaplic (RJ) 13 19.194000 8.^53 971Moiitrealbank (RJ) 13 181 007455 49 857 253f^Tm^TTS'P) 15 76.253506 15.734 717National (DNI - RJ) §~~ 141 057484 588 925 836Omega (RJ) 13 3 475 978347 2 666 547Safra(SP) 13 0.234344 940 380 937Sterling (rtj) 13 11907355 1 739917Vetor (RJ) 15 32.433001 995.98SArbi (RJ) nom. 14 2.202230 19 858 409Banorte (^J) nom 13 12.946830 97 643 405Boavista (RJ) nom 13 4.096878 157 016 380Chase S Savings (RJ) Nom 13 157,031163 177 848 815EconQmico (RJ) nom 13 — 21.331Itauvest (RJ) nom 12.525982 118 677 619SatraTSP) Nom 13 0,241449 642 574148

1) PosigAo em 28/04/89 9) Postcfio em 28/08/892) Posigfio em 06/06/89 10) PosiqAo em 29/08/893) PosigAo em 28V07/89 n) PosigAo em 30/08/89•" PoS'CSo em 09/06/89 1?, posicao em 31/M(gB51 P09I940 em 14/08/B9 , pM fl0 em 0,TO)896 PosiQfto em 15/08/89 ..„ .. ... 14> Pam fM.'DQ/ftQ?i PubiyAo mil 26'08'89Bl PosicSo em 27/08/89 151 Pos'CSo em 05/09/B9

* ' Todas as informag&es constantes dessa reiagflo sflode responsabitidado e*clusiva dos administradores dosfundos,

-¦¦¦¦¦- in i

Indicadores econômicosAbr Mai Jun Jul Ayo Set

InflapdoIPC (%) 7,31 9.94 24,83 28,76 29,34INPC (%) 8,06 16,67 29,49 27,40FGV (%) 5,17 12,76 26,80 37,90BTN (NCz$) 1,099 1,1794 1,2966 1,6185 2,0842 2.6956Caderneta dePoupanga (%) 11,52 10.49 25,45 29.40 29,99Corre<?aoCambial (%) 3.2 17.00 31.74 42.59 29.36Overnight (%) 10,55 10,54 25,76 33.28 35,50Bolsa-Rio (%) 59.44 6,08 -39.05 74.91 23.27Bolsa doSao Paulo (%) 61,33 6.48 -41.9B 73.80 25.03AluguelSemestral (%) 29.66 119,29 182,36 265.20AluguelAnual(%) 29.66 119.29 182.36 265.20Aluguel semestral(novos contratos) ... 108.42 160.20UFERJ (NCzS) 14,41 14,41 18,60 23,30 30,00 38,80UNIFp/ISS (NCzS) 16.17 19,07 20,97 26.18 33.71 43.60UNIFp/IPTU (NCzS) 16.17 19.07 20,97 26,18 33,71 43,60

ExpedMNCzS) V61 X23 4J9 5124 674 8,73MVR (NCrS) 17,86 22,74 22,74 28,90 37.22SalArloMlnimo (NCzS) 63,90 81,40 120.00 149.80 192,88 249.48SalArloMln. Ref. (NCzS) 36.74 46.80 46.80 46,80 83,37 107,82Fonte: IBGE; FGV; Analysis.

Indicadores diarios

indicasBovespaBVRJIBA

Ontem15.351

529.918

Diaant.

14.885511 963

HA ummès

13.436498.231

Taxa Anbid pré fixadaData05/9

OntwnOlicial

prazo62

Compra2,941

eletivaao mês

59,99

Venda2,956

% sobrevolume

48,95

Àfllo<%)

Paralelo 4.70 4,80 61.58Turismo 4,70 4,80Jan 1.23 Mar 1.75 Mal 2.47 Jul 3,40F*v 1,60 Abr 1,95 Jun 3,20 Ago 3.75Cotação do prlnwlro dia útil d* cada mia

(NCx$-llngota por gramas)Compra VendaBanco do Brasil(250grs) 53,75 53,95Goldmine(250grs) 53,50 53,900unnvest(250grs)Safra(1000grs) 53,75 53,95Degusa(1000grs) 53.85 54.05Reservai 1000grs) 53,30 53.50Bozano Simonsen(1000grs). 53,75 53.95Fundidoras fornecedoras e custodiantes cre-denciados na Bolsa Mercantil e de Futuros.

Taxas AndimaTAXA RENT. RENT. RENT. PROJ.APLICAQAO BRUT P1A(% am) DIA.(%) 8EM.(%) MES^X) MES<\)

LFT 46,92 T56 477 Ml 36.41LFT ESTIMADA 46,94 1_56 4V7 6_41 36 42ADM 46.51 1^55 473 6;36 36.04LFTE; 47.06 1_57 4_70 M3 36.53APLICAQAO LlQUlUALFT 45.28 1_51 4_57 6JJ 34.85ADM 45 01 1_50 4^54 (107 34,62LfTE 45.37 V51 4j>8 6J2 34,93TRIBUTAQAO • 1) A partir do 01/07, o rendimonto roal das aplicacdos com pra/o inferior a 30 dias torn IP nalonto do 35% para benoticiArio identilicedo(');e do 50% para nao idontihcado, possoas jurldicas tributadascom bnso no lucro roal ostSo montas do IR na lonto

VALOR VAR. VAR. VAR. PROJ.INDICADOR NCzS DIA (%) SEM (%) MES (%) MES<%)BTN FISCAL 01/09 2.6956 V?9 ^25 1,29 29.3*1DTN FISCAL 2.8055 MJ 4J9 5^54 32.00BTN FISCAL 08/09 2.6450 ND ND NO NDBTN BM&F-OUT/89 3 595 00 0_28 0JJ 0JJ 33.37BTN BM&F-NOVB9 4 880.00 03J -0.20 ^20 35.74USS OFICIAL COMPRA 2_941 -USS OFICIAL VENDA 2.956 V37 4J6 ^50 31.19USS OFICIAL COMPRA 9/9 2.983 ^^^ --USS OFICIAL VENDA 2.998 M2 5J>4 TOO 32,21USS TUR COMPRA" 5'9 4^68 -USS TUR VENDA 4_7J -0,78 -0,63 V37 -PARALELO COMPRA 475 -PARALELO VENDA 4_80 UH V05 2^35 --POLAR BM&F-OUT'89 3 820.00 ;0J0 -0.13 003 29,23SINO - SPOT (FEC )•" 54.13 2J7 -0.59 UO --BM&F - SPOT (FEC 5095 V51 047 --BMSP - SPOT (FEC M.(K) UJ9 000 093 -OURO BM&F-OUT/89 70 50 07J -5 75 <6_00 30.68OURO BM&F-DEZ/89 131.00 -0.76 -038 36.31OURO BMSP-DEZ/89 -0.60 -QTN FISCAL CIRC 1519 8/9 22.6070 ND ND ND ND" Estimativas , Proco do amostra oblido no lochamonto. Cola$Ao om USS 1000, Cotacao om 1 000BTNs FONTE: ANDIMA BANCO CENTRAL. BM&F, BMSP

Bolsa Mercantil e de FuturesVolume Geral Contratos

em aberto158.88011.27311.006

239181 408

Num denegócios9702738

9044

contratosnegociados57 359

2 302772

4060 473

OuroBTNCAmbioBoi GordoTotalOuroMercado disponlvel-contrato padrãoValor do contrato: 250grscotações em cruzado por gramaVeto contr negócios abert mínimo

10 957 1 129 54,00 53.65Mercado Futurovalor em cruzados por grama-250 gramasveto contr negócios abert minout 13 9 71.00 69,00Índicemercado futurovalor do contrato: pontos x NCz$ x 0,05cotações em números pontosveto contr negócios abert min mCâmbioDólar-morcado futurovalor do contrato. USS 5.000cotaçõos em cruzados por dólarVeto contr negócios abertura mínimoout 717 35 3815 3 810Boi Gordomercado futurovalor do contrato: 330 arrobas líquidascotaçõos em cruzados por arroba líquida do 15kg

Volume(NCzS)185 22442 55815 723

1 572244 963

Part.(%>75,61

17,376.420,59100,00

máximo54,80

mâx71.00

53osc*• 1.5

últ70.50

Veto contr negóciosout 40 9BTNmercado futurocotações em NCzS por 1 000 BTNVeto contr negóciosout 2.115 25

abertura110,00

abertura3 585

minimo110.00

mínimo3 585

máximo3 820

máximo111,00

máximo3 600

a|uste70,50

ajusto

ult3 820

ult110.00

última3.585

Bolsa de Mercadorias de São PauloCoritr Merid AlgodãoMfis Fochout 115,00Tot: mercJirmeContr nac de cruz equiv dólarMé* '•<*>¦

Tot: neg real: mercContr nac de caféMÔSset 213,00

.Tot 2 699 neg real:527 mere firmeContr. nac de ouro (250 grs)Môsout

máx195.00

máximoR1 no

min fech.dez

IMÓVEL a OPÇÃO segura sem RISCO ou MANIPULAÇAO

r.--.- 111 ÍÍ [] ' FilialEdifício Sed» *—11 ' Rua Farmé-ide Amoedo, 118-(PBX) 287-6699 -Ipanema Rua do Catetéi 311-conj. 302. (PBX) 285-7714 - Flamengo

dez 124.00Tot:308 neg real:2 merc calmoContr bras cent boi gordoMôs máximoout 81,10dez 63.00Tot 433 neg real 45 merc:calmo

fech

Bolsa Brasileira de FuturosMercado Futuro de (IBV - 12)Veto. Vol nr Pos NCzS

Contratos Aberto Mil Abt.

Mercado à vista — (IBV 12)Abt Má* Min mèd112.137 116 979 112 137 114 751

CotaçõesMin Fech.

Fech116 557

Osc%

Osc. %- 4,28

JORNAL DO BRASIL Economia quinta-feira, 7/9/89 g 1" caderno ? 15

Expectativa de queda

no over

este mês faz bolsas subirem

Após vários dias em auetia, as bolsas de valores fecharamcm alta ontem, estimuladas nela expectativa de que o ganhoreal (descontada a inflarão) do overnight este mes não seja taoalto quanto foi em agosto. O mercado financeiro esta traba-lhando com uma estimativa de ganho real do over por volta de3%, enquanto no mês passado ficou acima dc 4 /o. O mercadode ações carioca subiu 3,5% e o índice Bovespa, termômetro domercado paulista, registrou uma valorização de 4,5%.

O comportamento das bolsas ontem surpreendeu até mes-mo experientes analistas, que não esperavam a alta. A avalia-çào de muitos especialistas é de que o mercado acionário estafraco andando dc lado, como se diz na giria deles. A tendência,entretanto, não é de queda abrupta, mas também nao se podeafirmar que seja de alta. Esta indefinição levou as bolsas afecharem em baixa ou praticamente estáveis nos últimos dias.

Institucionais — As fundações de previdência estãoafastadas porque estão dentro do limite mínimo obrigatório dcaplicarem 25% de seus patrimônios em ações. A maioria estábem acima

"deste limite mínimo. Corretoras de bancos é que

estão gerando os volumes financeiros.

Apesar da alta de ontem, os investidores não devem esperarum boom repentino. "O mercado esta muito nervoso com estenivcl de taxas no curtíssimo prazo", lembra Heitor de SouzaLima, assessor da diretoria da corretora Elite. Com o over

Emissões de ações

têm queda de 81,76%

Caiu o volume de emissões de ações cm agosto cm relação ajulho, segundo dados divulgados ontem pela Comissão deValores Mobiliários. O total no mês passado foi de NC/.S 64milhões 744 mil. contra NCzS 354 milhões 985 mil cmjulho. Ou seja. dc um mês para outro o decréscimo foi de81.76%.

Diminuiu também o número de empresas interessadas ememitir debéntures (títulos que representam um empréstimotomado por uma companhia). Em agosto o volume foi deNCzS 150 milhões, contra NCzS 164 milhões em julho. Houveuma queda de 11.24%. Nenhuma empresa abriu capital nomês passado.

Apesar deste quadro, o número de emissões cm analise naCVM está crescendo. Até agosto estavam sendo analisadosprocessos no valor de NC/.S I bilhão 127 milhões, mais do queo volume acumulado de janeiro a agosto deste ano, de NCzS 1bilhão 068 milhões. A maior emissão em análise é a da Ele-trobrás, que quer lançar debéntures num total de NCzS 440milhões, seguida pelo Bancspa — uma emissão de ações —num total de NCzS 1X2 milhões.

rendendo mais do que 1% ao dia, qualquer erro agora significagrandes perdas. O custo de escolher uma ação errada, que nãovai subir muito, pode acabar num grande descompasso: en-quanto os ativos de renda fixa, como a poupança e o over,estão pelo menos acompanhando a inflação, algumas açõespodem perder deste índice.

"Os aplicadores devem procurar informações de técnicospara tentar acertar", sugere Souza Lima. Ele acredita que asações de empresas tradicionalmente exportadoras ou com bomdesempenho no mercado interno, conhecidas como segundalinha nobre, deverão dar bons ganhos.

Ontem o destaque entre as ações de grande liquidez (blue-cliips) foi Vale do Rio Doce preferencial ao portador. Subiu3,76%, negociada no fechamento a NCzS 16.900,00 o lote demil ações.

? A Comissão de Valores Mobiliários tem dois novos dire-(ores, nomeados ontem pelo presidente José Sarney, Mar-

cos Derzi e Luiz Felipe Dcnucci. O primeiro já foi superinten-dente da área de mercado da CVM de onde saiu para trabalharno Ministério da Fazenda. Denucci era Secretário Geral daSuperintendência de Seguros Privados (Susep). Deixou oficial-mente do colegiado Luiz Carlos Piva e está sendo aguardadaainda a saída de outro diretor, Luiz Henrique Oliveira.

Operadores querem

mercado normal jáOs operadores e empregados de corretoras do Rio de

Janeiro querem a imediata reabertura dos mercados dc opçõese futuro de ações. As duas entidades que representam estacategoria — o Sindicato dos Empregados no Mercado deCapitais do Rio de Janeiro e a Comissão de Operadores eAuxiliares da Bolsa de Valores do Rio — reuniram-se comrepresentantes da Associação Nacional das Corretoras e daBolsa de Valores carioca."Queremos participar deste processo de reformulação domercado de capitais", disse Benedito Cláudio Passos, presiden-te do Sindicato dos Empregados no Mercado de Capitaisdo Rio. As duas entidades não pretendem, entretanto, apenasdar sugestões. "Queremos a reabertura o mais rápido possíveldos mercados de opções e futuro de ações", explicou Pau-Io Roberto de Oliveira.

Segundo Benedito Passos, desde o Caso Naji Nahas. cercade 1.500 profissionais do mercado de capitais já foram demiti-dos, num universo de 9.000. "Nosso temor é que haja maisdemissões", disse Paulo Oliveira.

FUNDO AO PORTADOR BOZANO, SIMONSEN.

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Finados preocupa mercado

Muitos negóciosdependem da fixação

do dia do feriado

Coriolano Gaito

Em que dia, afinal, vai cair o

feriado de Finados? Para as pes-soas comuns, a pergunta é irrelevan-te, mas a dúvida já está tirando osono dos participantes do mercadofinanceiro. É que, a principio, o feria-do será antecipado para o dia 30 deoutubro, uma segunda-feira, fazendocom o que o mês tenha exatos vintedias úteis. Mas se o feriado cair real-mente no dia 2, como certamentegostaria a Igreja Católica, muda tu-do: novembro passa a ter apenas vin-te dias úteis e outubro ganha maisum.

Aparentemente, não faz muito di-ferença. Mas em um país onde oovernight rende mais de 1,4% ao diae o mercado movimenta em títulos

públicos o montante de NCzS 100bilhões a resposta é fundamental.Nem mesmo os experientes profissio-nais do Banco Central que tocam apolítica monetária no Rio sabem aresposta definitiva.

Para se ter uma idéia da confusãoprovocada pela antecipação (ou não)dos feriados nacionais, ontem porvolta das 13h os profissionais de umgrande conglomerado financeiro ti-nham dúvidas se fechavam um negó-cio com vencimento em outubro.Quer dizer, se o feriado for transferi-do, quem fizer uma aplicação finan-ceira prefixada terá direito a um sa-que a mais em outubro e ganhadinheiro. Na outra ponta, ct bancoque deu dinheiro nessas mesmas çon-aições amarga um bom prejuízo.

Em relação á divulgação diária doBTN fiscal, feita pela Receita Fede-ral, não há maiores problemas. Se oferiado cair de fato no dia 2 de no-vembro, a expectativa da inflação dogoverno passa a ser diluída por maisum dia útil dc outubro.

Cotação do ouro volta a

apresentar valorização

SlMONSEN

Após acumular uma queda de_no inicio desta semana, a cotação dograma do ouro conseguiu ontem umaligeira valorização. A senha foi dada porvolta do meio-dia, quando a Secretariada Receita Federal anunciou a nova ex-pcctativa da inflação para setembro, si-nalizada pelo BTN fiscal: exatos 32%.

O mercado, que já havia aberto comtendência de alta, subiu rapidamente aponto de cm poucos minutos o grama leralcançado na Bolsa Mercantil & de Fu-turos a cifra de NCzS 54,85. Essa subidarepentina levou o Banco Central a orien-tar as instituições financeiras que operamem seu nome, os chamados deaiers, afazer vendas maciças do metal com vistasa dermbar a cotação. A ação desenca-deada pelo governo foi bem-sucedida: nofinal do dia, o grama encerrou a NCzS53,95, cinco centavos inferior em relaçãoao preço de abertura.

Apesar de ler avançado mais 1,5%, ovolume de negócios, tomando por base amédia de agosto, continua baixo: naBM&F trocaram de mãos somente 2,6

toneladas, contra as quatro toneladasdiárias no mês passado. Acompanhandoo ouro, o dólar, que vem perdendo delonge para a inflação, obteve uma valori-zação de 2,6%, mas a diferença em rela-çào ao câmbio oficial continua baixapara os padrões brasileiros: 62%. NoRio, os doleiros vendiam, na média, amoeda a NCzS 4,80 e estabeleceram ovalor de compra na casa dos NCzS 4,70.

No mercado de renda fixa, o BancoCentral só confirmou que não pretendeoperar com os mesmos juros reais deagosto. A inflação subiu mais uma vez depatamar — agora projeta 32% em se-

, lembro —, mas a taxa estimada da LetraFinanceira do Tesouro ficou praticamcn-te inalterada. Se tudo permanecer igualaté o final do mès, o ganho liquido — jádescontados os impostos — chega a34,86% e o brulo alcança 36,42%. Emrelação á taxa liquida, o juro real é de2.2%. Os bancos, por sua vez. negocia-ram CDBs prefixados de 60 dias a umataxa de até 5.000% ao ano.

Mercado Externo

Rumores dc que o Banco Central doJapão poderia aumentar a taxa básicade juros para conter a valorização dodólar fizeram com que os preços dostítulos, das ações e a cotação da moe-da americana desabassem nos merca-dos de Tóquio. Também na Europa, odólar fechou em baixa devido à combi-nação dc realização de lucros por partedos investidores e ao temor dc novaintervenção concertada dos BCs. A Boi-sa de Londres, que na véspera bate-ra o recorde anual, também baixou.

Dólar — Em Tóquio, a cotação damoeda americana baixou em relação àvéspera, mas a queda maior foi em rela-ção ao marco alemão c não ao iene. Nofechamento, o dólar era vendido a 1,9805marco alemão e 146,65 ienes. Em Lon-dres, a queda do dólar foi maior, cotadoa 1,9765 marco e 146.40 ienes no fecha-mento do mercado.

Ouro — Com a pequena desvalori-zação do dólar, o ouro voltou a subirNo mercado dc Zurique, a onça-troy fe-chou cotada a USS 360 e no de Londresa USS 360,25. Na Comex de Nova lor-que a onça-troy valorizou USS 2, vendi-da no fechamento a USS 361,60.

Bolsas — No rastro de Wall Street,que na terça-feira recuou de índices re-cordes, e temendo o aumento de ju-ros internos, o Índice Nikkei, do mer-cado de ações de Tóquio, despencoumais de 300 pontos durante o pregão,recuperando-se no final, quando fechouem 34.271,31 pontos. Também a bolsa deLondres fechou em baixa após o índiceFTSE para as 100 blue chips ter batidona terça-feira seu recorde anual. No fe-chamento, o Índice da bolsa britânicaficou em 2.390.8 pontos, 35,2 pontosmenos que na véspera. A Bolsa de NovaIorque também fechou em baixa devidoá incerteza sobre a evolução das taxas dejuros. O Índice Dow Jones caiu 24,89pontos, para fecharem 2.719,79 pontos.

EUA — Entre maio e julho, as autori-dades monetárias dos Estados Unidosintervieram maciçamenlo no mercadode câmbio, vendendo USS 11.910 bi-lhões para conter a alta da moeda ameri-cana. A informação oficial do FederalReserve significa que esta foi a maiorintervenção no mercado de câmbio porparle do governo dos EUA em um perio-do de três meses. No período da inter-venção, o dólar aumentou apenas 3% cmrelação ao iene, 1,25% frente à libraesterlina e 0,75% sobre o marco alemão.

Bolsa de Valores de Sã© Paulo

Resumo das Operações

Lote PadrãoConcordatáriasDireitos e RecibosFundos de Inc. Fiscais DL 1376Exercício de opçòes de compraMercado a termoOpçòes de CompraFracionárioTotal Geralíndice Bovespa Médioíndice Bovespa Fechamentoíndice Bovespa Máximoíndice Bovespa Mínimo

M&x. to*. Oec. F«dv Oac.

Qtde(mil)

965 403244 183128.814

5

629

251 339.061

15 06115 35115.36514.682

Vol(NCzS

mil)56 789

3004140,4

491

4158 038

( ^ 4 .5)

Das 67 açòes do BOVESPA. 46 subiram. 11 caíram, nove permanece-ram estáveis e uma nào loi negociadas

Oscilações do MercadoCHc. PecK*

(\) (NCzS ml•Çà—)

Oscilações do BovespaOee. F^ch.

Ç\) (NCxtmHMltOTM JUtMSafra onSatra pnOde^rechl ppFer Lam 6'a» opBueflner pnMaiores ftatxaaArte* opKep<or Weber pplimpar ppaCopas ppChapeco Avie pp

4/042.336 334.633 3

18.116.81 53

2 352.X1 850001 500 00101.00100 00146.005399000

300 0055.00

HakxM AltasPouprooeiino ppaSiJ Riograndensc ppLuims ppSharp ppAquatHC ppMalorM ftaiiasSitco ppMetal Levo ppIpiranga Pct PPBrahrr.a ppMoinho Santista op

12.412.21G.9

130 00135.00196530.503/ 00

205 001 550 00

20 5098 00

11 300 00

Mercado à vistaMáx. FscK Orne.

AfcoXtal PPAAcesita PP C01Aco Altona PPAcos Ipanoma OP G35Acos VIII OP EDAcos VIII PP EDAdubos Crn PP C32Adubos Trevo PP CMAgroceres PP C08Albarus OPAlpargatas ONAlpargatas PNAmwMo Roasi PPAmazônia ONAmerica Sol PNAmenca Sol PP C05Antarctic Pb PNA EDAquatec PP CO/Aracruz PPBArno PP C03Arte* OPArthuf Langu PPA vi pai ONA vi pai OPAzevedo PPBamennd Br ON EDBarrwind Seg PN EDBanresa PN INTBan-jeirantes PP G04Bandflpe ON INTBarvJype PNBanespa ONBanespa PNBanespa PP EBDBannsul ONBannsul PNBarb Greene OPBardella OPBardella PPBarretto PPBBelgo Mineir OP ESBeigo Mineir PP ESBeifato PPBe"ige PNBonzene» PPBosc PNABesc PNBBeta PNABeta PPA

600057 400106 0001000139 90055298 30013200967 400627 10040017 70039 800000 000107 200285 1009 782 5003006438 3001920010033 00020040 000

2 253COO5/5 0)050 00048 400X 200100005100010000100001 241 roo105 20013 166 80072001 0/4 2005 2001 0001 00050000200 9002/8 9005620 000145 000110 0001500000 00039004 081 /X-ítxr

805.00850.00950.00900.0012.0011.8014.5015.9695.003101.008900X)05012.003.40165 DO5.805.9022 000

34D00600.01285 000152.0030.0036.0042.0060.00129.50105.00128.01

600.00310.0130.0030.0018.0025.6027 DO24.0030.6045.0063 00063 00017.001300 00940.00/.2045.0022.001/0.00140 003.904/0SSTU

805.00850.00950.009000012.0011.0014.5015.9895.003101.008000.005012003.40165.00

5.505.8022 00034,008600.012850001450030.0038.0041.5080.00129.50101.00128 0160000310.0130.0030.0010-0025.5027 0024 0030.6045.00

6300063 OCO17.001200 0090000/DO45,0022.001/0.00130.003904 705Süü

Bo'npnl PP 1 649 /00BorgnoMPP 15 000B'adesco ON ED 666 200Bradesco PN ED 6 306 600Bradosco Inv ON ED 1 400B'adesco Inv PN ED 157 400B'anma OP C08 196 500Brahma OP C09 252 500Brahma PP C08 1 308 400Brahma PP COO 482 000Brasll ON 103 200B'asil PP C64 695 300Bras'M OP C08 4 000Brasimet PP C27 5 000B'asmea PP 20 OXBraamotor PP EB 1 000B'mq Mirno PP C02 120 000Boettner ON 136 400B\jettner PN 3/7 8WC M A UVMU- PP 62/ 000

17.501180 00230 00235 00352.00350 17185.00165.00105.0091.00950 001340 002500 00250.00500 008500 0037.00250.00100.0042.50

1/.501180 0023000235.00352.00350 0018500160,0095.0090 00930001320 002500 00250.00500X108500.0036 00250.00100.0042 00

805 00650.001009 1/900.0012.0012.0914.5016.069/95

3101.008900,005033 483 40172.005.515.8423 93336 258788 5/

285 000145 6430 0038 0941.5880 00129 90104 64128 34

60000323.9130 0030 0018 1/25 5027.9624 0031,1/45 0063 000630001/.00

12/4.66930.547.214/9324 05170.00136 253.9051155351/50

1180 00230.00239 /7352.64350 15185 00164 959/2990./48344.51336 32250000250.00514.25

6535.0036.4825000100.0042.48

805.00850.001200.00900.0012.0013 0014.5016.0/98.003101.008900.005070.003.80175.005805.9024 9003/.008801 00285 000152.0030 0038 0942.2080 00130 00106X10129.00

600.00345 0030.0030 0018.5025.6028 8024 0033 00450063 00063 0001 / 001300.00950 00/.30

50 0024 501/000140 003905.30

80500850.001150.00 •900.0012001240145016.0695 10

3101.008900.005070X»360 <1/5.005505,8024 9003/008801.00285 000145.0030 0038.0042 DO80.00130.00101.00129.00600.00330.0030 00

30.0018.1125.5028.5024 0033.0045 0063 00063 00017.001250,0092001/ 20500024.50170.00130 003.90530

14.2'5,0•0.3?0.1•0.0

1.1VI10.76.0

-3.8-5111 111.313310.3

Cacique PPCaemi PP C28Cal Brasília PPCaiua PNB «SCaiua PNB PB8Camacan PPACasa Angio PP EDCasa J S«lva PP EBCbc Cartucho PPCbv IrxJ Moc PP C06Cedro PP0*COflCelul Iranl OP C28Cemag PPCemig PP C58Cesp PNCevai ON EBOval PN EBChapeco Avie PNGAapeco Avk PPCia Hering OP EDCia Hering PP EDOca PP C02Cim Aratu PNCClm ttau PNCi me par PNB INTCiqulne Petr PNACiqume Petr PNBCitropoctina PPClima* PPBCobrasma PP C01Coest Const PPCo<ap PPCoide* PPContabPPConfof|a PPConat A liod ppConst Beter PPAConst Botor PPBContinental PPCopas PPCopene PPACor Ribeiro ONCofbetta PNCos»gua PNCosigua PPCredito Nac PNCredito Nac PP C03Crefisul Inv PP C03Cremer PP C05Crnsal PPCruioiro Sul PP C06Co ri PPCzanna PPD f V—cone PTDH BPPC04Dova PP ESDurate* PP 112AwtoO» C07Eberle PP CO/fccooom»co PP C05EdisaPNElebra PP C30Elekeiroz PNEluma PPEm braço PNEmbraer PNEngemlx PP INTEngesa PPA C02Lpeda Sim OPEpeda Sim PPEst Bahia PP C65Estrela OP C03Estrela PP C03Eiamit ONEucala* PPFQuâmenwePP C18F N V PPA C07Fator PP C03Fer Iam Bras OP C68For Iam Bras PP C68Ferbasa PPFerro Ligas PPForttbra» PPFertisul PP CC2Flbam PPFicap PPForja Taurus PPFrancea Bras ONFrangoaul PP IMTFngobras ONFrigobraa PNFundirossi PP

60 0018001180 002X002450035301350.1/185.00165.0010500

91.00950.001350002500.00250DO520.008600.003/.00250DO100.0043.20

60 0018001180.00230 00240.00353.01350 0018500160.0098 0090.00950 001350 00

2500 00250 DO520008600fO36 DO250 DO100.004320

-5.2-7 1+ 12?•0.4?34* 0.5

¦6.6-0.5?22*8,1

Giannim PPGradiente PP ESGurgei PPGurgel Motor ONGurgel Mo(or PPHaroutoePP C43H«rino Brinp PP

100 160QD2 1600.02 1800,02 1600.02 1600 02 + 0D1400 23 000 23 000 23CT10 23 000 23 000 -80

2/1300 3.50 3.50 3./0 3.70 3 70 * 4.816 600 1660.00 11*30.00 1560,00 1560 D0 1560 00 *4,0

5 500 1580 00 1560 00 156000 1H50 CO 1560 00 /5000 19 500 19 500 16 500 19 500 19 500 -0.5

100 13300 13300 13300 13 300 13300 * 0.0310 000 4.00 4.00 4.00 4,00 4 00 -11.1282-000 23 0' 23 01 &;i> 24 23 ;,fl

2 357 100 6.50 6.50 6.60 6.51/000 43 00 43.00 4300 43.00 43.00 -8.582 600 19 00 19 00 19.07 20 00 19.10 -».510 000 13.00 13.00 13D0 13.00 13DQ10 356 700 2.30 230 2.32 2.45 2 45 •8.440 000 480.00 480 00 4ft5D0 500 00 M0D0 -8.621 100 28.50 28.50 2850 28.50 28.50 /

4 0/7 200 40.00 3) 00 40 03 43 00 41 DO /2 000 50DO 50.00 53D5 56.70 58./0 -2.1xwono oo 55.00 58.00 60x0 5500 .15.390 000 855.01 855D1 85501 855D1 85501 -6.81963 200 900.00 880 00 9Q2J1 920.01 920 01 *2.2

152 300 230 00 230 00 23000 230D0 230 00 -2.12 000 1000.00 1000.00 lOOQDO 1000DO 100QD0 -M592 500 295DO 290D0 295.00 295 00 29500 *1.72 000 7000.00 /ClOODO 7000 00 /OOGOO /000 00 -12.5

1600 000 24 00 23.50 23.59 24D0 23.5040 000 23.00 22.00 22-50 23.00 22.009 200 98.00 98 00 96.00 98.00 98.00 *3.1241/000 6 20 810 6,17 6.20 6.10 -3.160 000 156.99 150 00 150 83 150.99 150.00 -62

500 165.00 165.00 166.00 166.00 165D018 566 000 48 00 48.00 4871 48.50 49.40 ? 4D25 200 /5 00 /5.00 /500 75 00 /5.00 -62í&joo tiso.oo imoo ijooíe kooío íwooo

100 1150.00 115000 1150.00 115000 1150D0 '45150 000 45DO 45.00 45D0 45.00 45.00 * 12.548000 6.70 6.70 670 6.70 6.70 *2.9

1300 000 7.20 7 20 7 27 7£0 7.50 * 892 816200 32DO 32.50 3335 33.50 33.iO ? 1.5

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30000 75.00 75.00 7898 80.00 BODO *-00149/00 /9.00 /9.00 8075 82D0 82D0 +3741 300 1S0D0 150.00 150D0 150X0 150.00 -3298800 146.00 146D0 14600 14A.00 146DO -68100 1/0000 1/00DO 170000 1700.00 1/00.00 *629 100 84.00 80.10 83D6 84 00 80.10 -3.41.000 70.00 70.00 70.00 70 00 70.00 * 2.93.000 750.00 750DO 750.00 750D0 750,00125 000 13.50 13.50 13.51 13 80 13 60 * 07

20 000 199.00 190,00 199.00 199.00 199.00 * 525.800 280 DO 280.00 28QD0 280.00 280D0 ? 2.5

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77 1 77 500 4.50 4.50 4 89 5 00 5.00 * 11.125.500 160.00 156,00 15827 165 00 160.0013 800 102.65 102.65 10325 105X0 105.00203 /00 275D0 275.00 2/9.45 280.01 280.00 *181000 15500 155.00 155.00 155.00 155D0 -2^183 700 280DO 280.00 291.24 300 00 300.00 */. 1

1 000 15 000 15 000 15000 15000 15 000 */.11000 2300.00 2300.00 230000 2300,00 2300 00 -4 11300 83.00 03.00 83 92 95.00 9500 ¦?¦2.1

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liO73231704400.008000020.0633090 382230

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7.50820350 00400.00600 00

21.493.30101.002230

?64?93*90? /.4

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501 50010004000

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/0.00/ 8.002.552.40650090 DO

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90 00

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•2.424.50 ? 4.219000 - 11.1

7 DO -2.531.50250.00 -10726.50 * 1.936 0004699 *44

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ttauM ONrtausa PNItautnc F»N EDJ H Santo* PPKnUnPf C47Ket«»er Wet>er PPKibon ONKlaWn OP C2/Klalxn FV C27La PonH Fee PPLa Fonte Par PPLato PNLacRsa PPLam NadoriaJ PPLantí Sehbe PPLnco PP CCWLiasa PNC INTLight ONUmíM PPUnft Orojk) PNLojas Amerkc ONLoias Amor* PNLojas Hering PP C00Lotas Renr*>r PPLum • PP C06Lumiere F*P C02Lu*ma PP C19

?40? 17

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Two 5000 00 5000 U0 5KJT00 !CCGCC 5000 -X>00 000 29 CO 29.00 29.00 2900 29 0010 000 250 00 250 00 250.00 250 00 250.00 1.9

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4 9/1000 20 00 20 00 20.13 20i0 2010 -6 63 020 000 700 70 00 /0D0 /000 /0D0 *2.9

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291100 420 00 420.00 420 /I 42600 42O01 *0.03 113 600 425.00 420 00 420 4S 430.00 420 00

95 000 9 90 9 90 9 90 9.90 9 90 >10

Madeirit PPMagnesita PPA C04Maio Gaito PPManah ONManah PNManah PPManasa PNMangets Indl PP C06Manr»eemann OPManneamann PPMarcopoJo PPMarcopoioManso< PP EDMarvin OP ESMarvin PP E5Masler PP AMajoot PPAMec Pesada PPMfrthor Sp OPCÜ2Mendes Jr PPBMenegaz PPM«rc S Paulo PN INTMerxhonal PPMtubia PP C05Met Bart>ara PPf^e< Gerdau PNMet Gerrjau PPMeta' Leve PP C4tWulwlaWci PP C21Microtec PPA EDMinoano PPMoinho Flum OP C05Mo«nr>o SantOPCOÔMoinho Sanl PP C06Mont Aranha PPMontreal PP C03MulltK PPMulütel PNMultJtertll PP C23PtoctofMd O*Nacional PNNakata PP C04Nord Brasil ON^*ord Brasil PNOòeòrectrtOP Cl 1Otíob'echtPPCl1Ovebra PP C40Onon PPOmie* PPOsaPP0*itono PNAPanatlantica PPPane* PP C29Papel Simao PPPara Deminas PP C11FVaibuna PPParanapanema OPParanapanema PPPaul F Luz OP EBPeucPPC04Perdigão PPPerdigão Agr PPPerdigão Aim PPPerstco PPF*etr S Pauto ONPetrobras ONPetrcOras PP C6/Petropar PPCOlPetlenati PP EBSP>relll OPC82Pirelli PP C92P)f«.l|i Pno„ QPPi reli. Pneu PP CO2Poiialden PP CD3Poíipropilon Pf4APolipropilen PPAPoliteno PNBProgresso PNF>»ome<al PP ESPronor PNAPropasa PPP^osdocimo PP COlQutmtc Qormi PN

Real ON EBReal PN EBReal Qa Inv Pf« EBReal Cons PNOReal Con» P*JÍReal O Inv ON EBReal Dn l"v PN EBMeai Pari Cti

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3 791 7001 10018 053 800605 400682 400

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628 500812 200

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386 /OU86 400

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26 122.2061500

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-07? 23

-5.0•3.5* 0D

-5.4

1/4<3316.014.8

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*3.1

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tO 3' 1000175.00 * 2.32.0000 ? 13D

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-2.7?3.8

12288109

•33-5.80.8•3 0•2.1

?3820

•363•0022.5*0.215 9-32*2.5

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• 144)*52

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630.X1091.1150.X38.93108.5016 X1885.38700.0010.9696.1182.4334.X

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880.X12.X44063.X12D028 X258001/500195X

215.0381.X130.00140.X205.X22.X11 3X11,2088.X1/.10

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221,0201 X130.29150.01205 X22.0011 3ÜO10.1288 X16 6212 49

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]6 ? P caderno ? quinta-feira, 7/9/89 Economia JORNAL DO BRASIL

Reebok vai começar a produzir

no país já

na próxima

semana

Carina CaldosPaulo Nicolnlla

A febre Reebok promete assolar oBrasil. Mas agora não mais trazida dcn-tro das malas dos brasileiros que viajamao exterior: a partir da próxima semana,chegará ao mercado (primeiro no Rio) acoleção de trainings, camisas pólo, col-lants e a linha completa de roupas acró-bicas Reebok, mude m Bra:il. Os tênis —carro-chefe da marca —, no entanto, sócomeçarão a ser produzidos por aqui emjulho de 1990, o que exigirá um poucomais de paciência dos fanáticos pelo hitReebok. A façanha é do empresário Ma-rio Sampaio Vianna — ex-sócio da Fio-rücci —, que conseguiu exclusividade nolicenciamento do nome que virou sinó-mino de status e sucesso nos EstadosUnidos e no mundo inteiro."Ainda" estamos estudando os aspec-tos tecnológicos indispensáveis para afabricação, no Brasil, de um tênis idènti-co ao original. Mesmo assim, decidimoslançar primeiro a coleção de roupas, poisa demanda hoje no mercado de vestuárioesportivo ê grande", explica Viana que,por força do contrato selado com a Rec-bôk International Limited, criou a UK.Sports, empresa carioca que tem comounica função assumir o licenciamento damarca no Brasil. A coleção esportiva éproduzida na fábrica da UK. em Benfica,subúrbio do Rio.

Pelos planos traçados por Viana, che-ga-se á conclusão de que a marca entrano pais com disposição. As primeiraspeças estarão nos próximos dias em lojasesportivas especializadas do Rio. Depois,será a vez de São Paulo e. numa terceiraetapa, o Brasil todo — o que implicará acontratação de outras empresas para aprodução das roupas esportivas. A previ-são é vender, nos quatro últimos mesesdo ano, 95.000 peças, com faturamentode USS 2 milhões e 2X0 mil. Toda aprodução conta com a supervisão e tec-rtologia fornecidas pela Reebok Interna-tional.

Mário Viana: lançamento do Reebok fabricado no Brasil

Pesquisa — "Com o lançamentoda linha de vestuário, estamos preparan-do o terreno para a entrada da ReebokInternational no Brasil", explica Viana,que conheceu os diretores da empresa emuma das viagens que fez ao exterior naépoca que era sócio da Fiorucci (ele sedesligou da cadeia de lojas esse ano). Oscontatos começaram há quatro anos,quando a Reebok o pediu que fizesseuma ponte com empresários brasileirosque estivessem interessados cm licenciara marca. "Depois de algum tempo evárias conversas, acabei me candidatamdo."

A Reebok contratara terceiros para aprodução dos tênis no Brasil. "Vamoscontratar as melhores de cada ramo dosetor. Não queremos fazer apenas cópias

visuais do Reebok original", promete oempresário, que não se incomoda com asimitações surgidas no mercado brasilei-ro. "Nos testes feitos na Inglaterra, essasimitações resistiram apenas seis minutosna máquina que simula o uso intenso dotênis, enquanto o Reebok suporta asduas horas inteiras do teste."

E o interesse pelo mercado brasileirode tênis justifica-se pelos números: são150 milhões de pares por ano, sendo que30 milhões para uso no esporte. Poroutro lado, o interesse do mercado pelamarca Reebok também é grande: numapesquisa, encomendada por Mano Via-na, feita com nul pessoas que desembar-cavam do vóo Miami-Rio no AeroportoInternacional do Galeão, em julho pas-sado, a média de produtos Reebok trazi-dos nas malas foi de 2,5 por pessoa.

Preços mais baratos da

semana foram das Sendas

Sucesso vem

de um século

de história

A história da Reebok começa umséculo antes do tênis ter se trans-

formado cm verdadeiro fenômeno damoda nos Estados Unidos. Em 1890,

¦ um atleta de corridas inglês, JoscphFoster. resolveu inovar, fabricando pa-ra uso próprio um calçado de competi-ção com sola de pinos. O novo modelofez sucesso entre os companheiros desua equipe, o que o incentivou a trans-formar a idéia inicial em negócio. Em1900. Foster já tinha uma pequena ma-nufatura de calçados para corrida e,alguns anos depois, os "Foster" já. eram disputados na Inglaterra por atle¦

., ias e profissionais..«-• Finalmente, em 1958, nascia a Ree-

bok: dois netos de Foster fundaramuma outra empresa, coligada á do avô.

Sarney não terá

como privatizar

as siderúrgicasBELO HORIZONTE — O presi-

dente José Sarney não conseguirá nopouco tempo que lhe resta de governo -sete meses — privatizar nenhuma dassiderúrgicas do Grupo Siderbràsc nem aGia. Aços Especiais Itabira S/A (Acesi-ta) do Banco do Brasil. Essa certeza foitransmitida em entrevistas separadas pe-los presidentes da Açominas, Celso Mel-Io Azevedo, e da Acesita, Maurício Ha-sendever Borges, ao destacarem que oelevado valor do capital fixo que repre-sentam e a necessidade anual de capitalde giro são fatores limitadores a atraçãode interessados.

A Açominas, com capacidade para 2milhões t ano de aço liquido, tem umvalor de reposição de USS 3,5 bilhões.Além disso, para poder melhorar a re-celta, está executando a terceira etapade sua primeira fase, que é a implanta-çào dos laminadores de perfis médios epesados e de trilhos, que exigirão maisIjSS 1.2 bilhão. Numa fase subsequen-te, mais um alto-forno e outra aciariaexigirão recursos da ordem de USS 1bilhão..--"Temos, então, primeiro, que elabo-

rar o projeto. Feito isso, partirmos paraa-preparação de sua execução, que impli-cará em identificar no mercado possíveisinteressados e verdadeiramente capitali-zíidçs para isso", declarou o presidenteda Açominas. Ele disse que a empresaestá gerando uma receita de USS 550milhões anuais, com perspectiva de saltarpara quase USS 1 bilhão, em 1992.Acrescenta que é viável um projeto deprivatização da siderúrgica, atacandoárea de redução (sintetização, coqueria ealtd-forno) e que, nesse sentido, já houveconsultas de empresas siderúrgicas e decalcinação.

Já o presidente da Acesita calculaem I 'SS 2 s hilhnc< n vnlnr He n-pnririnda empresa que tem 92% do capitalpertencente ao Banco do Brasil. A si-dcrúrgica tem uma necessidade anualde capital de giro de USS 150 milhões.

Como se trata de uma empresa decapital aberto, com ações na Bolsa deValores. Hasenclever observa que a Ace-sita. poderá sofrer uma troca de papéisque alterem o seu controle em cinco aseis meses." Mas uma transferência decontrole democratizando o seu capital,não seria possível em menos de um ano",disse

cujo nome loi inspirado cm uma gazelasul-africana. Logo depois, a Reebokabsonia a ./. IV. Foster & Sons. O pon-tape inicial cm direção á fama aconte-ceu quando o comerciante Paul Fire¦man viu os produtos da Reebok cmuma feira internacional e conseguiu alicença de revenda da marca para aAmerica do Norte. O tênis de corrida,ao preço de USS 60 — o mais caro domercado — foi o primeiro produtoapresentado aos americanos.

E a partir dai. começava o hit dotênis-moda: obrigatório não só nos pesdos atletas, mas principalmente dequalquer consumidor que se julgassein. Em 1981. o faturamento global daReebok chegava a USS 1,5 bilhão, sen¦do que os Estados l Inidos respondiampor 80% desse total. Em 1982. Fire-man lançava no mercado americanomais uma novidade: o tênis femininoReebok aeróbico.

Não foi á toa que as demais marcastiveram que correr atras da reformula-ção do mercado trazida pela Reebok"Antes de criar qualquer modelo pró-pno. a ordem era fazer um similar ao

O Banco do Brasil quer se tornar osócio majoritário da estatal Cobra Com-putadores. onde já possui 33,3% do ca-pitai, adquirindo os 33.3% hoje nasmãos do BNDES. Para isso aguardaapenas o sinal verde da Secretaria dePlanejamento (SEPLAN) encarregadado Programa Nacional de Privatização."Até meados da próxima semana tere-mos uma definição", garante Mário Be-rard, presidente do Banco do Brasil. Aidéia e rever o programa industrial daCobra, redirecionando-o para acelerar oprocesso de automação do BB.

Segundo Berard, o negócio ainda nãofoi concretizado porque o BB precisa,antes, ler a certeza de que a Cobra nãoserá privatizada. Apesar do grande inte-resse do BB em se tornar sócio controla-dor da estatal — onde a Caixa Econónu-ca Federa! detem os ouiros 33,3% —Berard ainda não sabe quanto teria quedesembolsar na transação. "Vamos cha-mar uma empresa de auditoria para sa-ber o valor a ser pago", diz.

Na verdade, desde o ano passado oBNDES articula o processo de privatiza-çào convencional da Cobra, ou seja, nos

da Reebok". conta Mario Vianna. li-cenciado da marca no Brasil. "Lembroquando rodei vários shopping-ccntersamericanos em busca de um Reebokpreto e os lojistas repetiam: sold out(esgotado). Fm seguida, ofereciam umpareeidissimo. mas da Adidas".

Em julho de 1985, a empresa ameri-cana e a Reebok inglesa se fundiram,criando a Reebok International L imi-ted, com três divisões: calçados, roupasc acessórios e operações internacionaisCom o mercado americano a seus pes.a Reebok tratou de ganhar outros pai-ses — hoje são .10. Mas a participaçãoamericana continuou em 80",, nos re-sultados de I98S (L'SS 2 bilhões). .4previsão para esse ano ê de um aumen-to global de 10"o no faturamento.

E a conquista da Reebok mereceuaté espaço no best sellcr do americanoTom Wolfe, "A Fogueira das Vaida-des". O escritor descreve o uniformeobrigatório dos garotos que habitam abarra-pesada do bairro do Bronx. cmNova Iorque: jaqueta de couro preta,calça jcans c tênis Reebok impecável-mente branco.

mesmos moldes de outras realizadas pelobanco. Como houve grandes manifesta-ções por parle do setor de informática eaté mesmo dos funcionários da estatal, oBNDES, desde agosto de S8. passou a teruma atitude contemplativa — não fazinvestimentos esperando que o governodecida como proceder. De acordo comuma fonte do setor, há um ano, o BBpassou uma procuração - publicada noDiário Oficial dando ao BNDES cur-ta branco no processo de privatização.No entanto, ha 15 dias. essa procuraçãofoi revogada e o BB tratou de tomar adianteira para dar uma solução ao caso."O BNDES quer se retirar da Cobrae nós temos grande interesse em aumen-tar a nossa participação", explica Be-rard. O interesse do BB é plenamentejustificado, pois iria acelerar o processode automação do banco. "Estamos como programa de automação bastante atra-sado se for comparado ao setor privado.Até o final do ano, a meta é automatizarmil agências do BB, das 4.100 que pos-sui". Se o BB passar a controlar a Cobra,a produção será direcionada para auto-inação bancária.

Mistura nova

representa

mais despesa

SÃO PAULO — Os consumidoresterão uma despesa extra com a decisãodo governo de alterar a mistura ál-cool-gasolina num prazo de 30 dias (oálcool terá adição de 5% de gasolina eesta terá cm sua composição 12%. enão mais 18% de álcool, exceto em SãoPaulo, onde continuará a ser de 22%),pois toda a frota de veículos precisaráser adaptada á nova situação.

Esta foi uma das conclusões do 5°Simpósio de Engenharia (IPT), apósquatro dias de debates que reuniram300 especialistas da indústria, gover-no, instituições de pesquisa c universi-dades do Brasil e dc outros países. Deacordo com essa conclusão técnica, amudança nas regras imposta pelo go-verno obrigará as empresas a fazeremnovos investimentos para adaptar asunidades de distribuição aos novos tco-res de mistura. Os usuários terão novosgastos com a rccalibragem adequadados motores dos veículos.

Segundo os técnicos que participa-ram do simpósio, como ha diferença navelocidade de queima dc cada combus-tivcl na mistura, e fundamental a re-gulagem para evitar, a combustão in-completa, mais poluição, maiorconsumo dc combustível e óleo lubrifi-cante. Outro aspecto importante dessamedida é que ela acaba com o risco deas partes móveis do motor do veiculoapresentarem desgaste prematuro.

Uma das principais recomendaçõesé de que o governo deve fazer consultasa especialistgas quando estiver pen-sando em promover mudanças nessecampo, lembrando que combustível emotor precisam estar em completoequilíbrio. Eles alertam que mudançasradicais na composição dos combusti-vcis levarão á necessidade de se rede-senhar os motores. As constantes alte-rações, explicam, também podem trazerniais despesas para o usuário e danos aomeio ambiente.

Ourocard adere

ao sistema

banco 24 horas

Os clientes do Ourocard — cartãomúltiplo do Banco do Brasil — a partirde outubro terão acesso ao sistema 24Horas, que conta com 42 quiosques emtodo o Brasil, Além disso, o BB estáinstalando equipamentos nos pontos devendas que permitirão ao usuário do sis-tema Visa fazer operações do tipo: saqueeletrônico, compra com cartão a vista oua prazo (com financiamento do Ouro-card ou do estabelecimento) O plano echegar após três anos com dez mil má-quinas instaladas, sendo que até o finalde 1989 a meta é chegar a 300. Só esteano o BB. esta investindo NCzS 380milhões no projeto de automação."Onosso objetivo e facilitar a vida do clienteOurocard colocando a sua disposiçãoserviços tora das agências do banco",explica Sérgio Murta Machado, dire-tor de mercado e subsidiárias do BB

Carrefour baixa

de 40% para 28%

sua taxa de juroComprar a crédito não está fácil

com as altas taxas de juros cobradaspelas lojas e finaceiras, que chegam aate 48% ao mês. A partir de amanhã eaté o dia 16. a rede de 18 supermercadosCarrefour, para comemorar o seu 14°aniversário no Brasil, dá uma colher dechá para os seus clientes e corta o malpela raiz. "Vamos reduzir a taxa dejuros dc nosso crediário de 40% para28% ao mês em todas as nossas lojas",anuncia o diretor do Carrefour da Bar-ra da Tijuca Eduardo Romano, lem-brando que a promoção só vale paraprodutos não-alimentícios.

"No nosso aniversário, os presentessão para os nossos clientes", observaRomano. Segundo ele. itens como ele-trodomésticos, brinquedos, utilidadesdomésticas e acessórios para automó-veis estarão sendo vendidos com jurosde 28% ao mês independentemente dospreços cobrados atualmente por eles."É bom lembrar que os produtos queestiverem com preços promocionaistambém poderão ser comprados pelocrediário", avisa o diretor do Carrefourda Barra da Tijuca.

| | A Sunah, depois dc várias recla-mações, visitou a Assistência

Médica Internacional Ltda (Amil) querecebeu 1.500 autos de infração pormajoração das mensalidades dos seusplanos dc saúde. Segundo a assessoriada Sunab, a empresa vinha cobrandoos contratos pela BTN fiscal (correçãodiária). Assim, o cliente era obrigado apagar sua mensaliriartf p?h PTN floral-do dia e não pela BTN plena (válidapara o mês). No entanto, a MedidaProviósoria n" 68, de 14 de junho de1989, que criou a BTN fiscal, é claraao não permitir que os contratos feitosantes que a lei entrasse em vigor, fos-sem cobrados pelo bônus fiscal do go-verno. Apenas os contratos realizadosapós o dia 14 de junho podem estarfixados pela BTN fiscal. A Sunab tam-bém autuou, pelo mesmo motivo, comuma infração por majoração, a (ioldenCross.

Na quinta verificação de preços reali-zada semanalmente pela Sunab junto aossupermercados de várias capitais, iréslojas das Casas Sendas saíram na frente,com 13 produtos mais baratos entre os62 pesquisados no Rio. Logo depois apa-receu o Carrefour da Barra da Tijuca,com 12 itens mais cm conta em relaçãoaos encontrados na concorrência. O tra-balho tem como objetivo orientar o con-sumidor e incentivar uma maior disputaentre os supermercados, além, é claro, daSunab estar por perto em caso de reajus-tes abusivos.

As Casas Sendas da Tijuca (RuaUruguai, 329), da Penha (Avenida Brásde Pina, 201) e dc Jacarepaguá (Estrada

de Jacarepaguá. 7.753), apresentaram 13produtos com os melhores preços OCarrefour da Barra da Tijuca (Avenidadas Américas, 5.150), veio em seguidacom 12 produtos mais baratos que osconcorrentes. Nesta última pesquisa daSunab, a rede Sendas mostrou-se presen-te na guerra pelos preços baixos. Emterceiro lugar, com 11 produtos com ospreços mais atrativos da praça, estavammais três lojas das Sendas: do Lehlon(Rua José Linhares, 245). de Vila Isabel(Boulcvard 28 de Setembro, 431) e dcMadureira (Avenida Ministro EdgardRomero, 219). Algumas redes de super-mercados não tiveram nenhum produtomais barato que os seus concorrentes.

Empresa vai ser saneadaBRASÍLIA — A Cobra — pioneira

na indústria de informática estatal de-verá ser comprada pelo Banco do Bra-sil e passar por um processo de sanea-mento. O superintendente do BB-Bancode Investimento, César Medeiros, expli-cou que o banco pretende empregar ummodelo de privatização na Cobra seme-lhante ao da Acesita, que é a formaçãode joint-ventures com empresas privadas,o que permitiria ao Banco do Brasil deterparte das ações da empresa e, ao mesmotempo, se fazer o saneamento com recur-sos privados.

O BB-BI no enl.iprará a Cobra, que hoje tem uma ad-ministração compartilhada por três acto-nistas Banco do Brasil. CaixaEconômica Federal e BNDES , casoseja comprovada a viabilidade da em-presa. Para isto, uma equipe de teeni-cos dos três acionistas e também daprópria Cobra está definindo uma es-tratègia de atuação da empresa nos pró-ximos anos. dando preferência ao setorde automação bancária e industrial. OBanco do Brasil, porém, só se definirásobre o encampamento após receber oresultado do levantamento sobre a situa-

çào da empresa e sua viabilidade, daqui a30 dias.

O processo de privatização estudadopara a Cobra já está prestes a ser im-plemcntado na Acesita e Acesita Energé-tica. De acordo com Medeiros, o BB-BI,que esta coordenando as operações delançamento de ações das 43 estatais ab-sorvidas pelo banco, deverá investir USS450 milhões na empresa em três anos,através do modelo de privatização pelacriação de jomt-ventures. A idéia é degrupos privados interessados na empresaentrarem em sociedade com o Banco do-Bia,il aliaves da compra de ações. Obanco, como acionista majoritário, abri-ria mão de fazer a subscrição de açõesmas cobraria um ágio sobre a rcntabili-dade da empresa

A Forjas Acesita será privatizadaatravés de fusão, ou seja. será fundidacom uma ou várias empresas interes-sadas na operação. Lia, inclusive, iadeveria ter sido privatizada, mas o ne-gócio foi desfeito depois que o Banes-pa. que havia se comprometido a dar acarta de aval a Metalfnt, que comproua empresa, não compareceu para assi-uai o contrato.

Sunab: Os preços mais baixos Prpços praticados na praça doRio de Janeiro em QS/Q9/A9Preco Monor Sttpotmeroarlo',Produtos MMo P'«;o rom

(NCfSl (NC/S) Menor P"VAlimentac^o

Arroz LF T 2 Disco — menor preco (pac Niqi Ml 5.25 19/2126Fei|AnpretoeomumS<jpermundi — meryyprnco (pac Ug) 3/5 275 40/4142Fei|AofKetoUberabinhaT2Jaio/inho-m prrco (pa<: 1kg) 4 2/ 310 35Acucar refinarto UmSo (par, Uq) 110 090 55FannhamandiocaeruaNeguinho (pac 1kg) 0% 0W 30'32'37Mava e/«4moia (pac 1kg)Afjna 26/ 214 26Vildfia — menor proco 2.61 143 H)Mauena Ipac 200qi 016 0 35 40/41/4?FuM de milho Negumho (par 1kg) 0h8 0 55 27/28/29/30'3 1 '32/3331 3V3719Nescau (M 500g) 5 4$ 3^ 4011/42Biscoilo cream cracker comum (pac 200g)Piraquft 134 0 98 62Tostines 149 120 29.10 3132 V 39Tmjnto 1 36 1 55Petybon — menor proco 126 i '4 55Petybon — menor pr<y,o (pac 500q)Moinho de Ouro 4 93 3 70 56Paihota 4 3 70 56PilJo 4 90 3 50 55/56Ouro Negro — menor proco 4 26 2 60 23- 25Goiabada (It 700g)Oca 3 93 2 60 55Pene 348 2 10 29-30.32,33 34'37.39Sat Retmado (pac 'kqiCisne 1 10 0 30 56Ha 101 0&3 7*8l\TArpJo — menor preco 091 0 68 48Vmagrode Vtnno (gar 750ml)Pene ' 92 1 10 39Unico 1 73 1 28 40/41 42Neval'Peue — menor p'eco 153 1 10 28'30'32/33'34'39Litratode lomale (It 370glOca 2 69 1 99 55tfti 2 57 2 23 55Peue 2 71 2 20 55till — menor preco 2 61 1 79 55O'oode soid ill 900mi|Li/a 2 13 1.75 2? 28/29/30/31 34 37/33-39Primor 2.07 1 67 60Vioieta 2 10 1.7? 55Soya — menor preco 182 1 58 2 9 3'33 3407 38Maionesecomum ivd 250gjGourmet 2 8/ 1 79 30.31 34/37 '38' 39Goodie 188 1 40 31Goodie — monor preco 1 1 40 31Sa'sichaiipoviena i" I80g)Bordon 181 1 13 2<' 2ft'29'7Vim2 U37 V 39Switt 2 V) 173 30/32.33.34.39Anqlo 1.76 148 60/61Bordon — menor preco 1 70 1 43 ?7'2S'29'30/31/32/34 37 ?v)'39Svirflinna itt 132'VjCoqueiro 215 '2' 15Gomes da Costa 189 1 59 13Janqala 196 1 V) 47fiVJtjeiro — Menor pieco 1 1.21 45Marganna Crcmow (ptttflg)Glaytom 123 1 10 9Oekia no 115 .59Doriana 141 105 4/Ptraque — rTVMVw wo 111 o 81 4nPio de 'orma Pullman fVTV;; 1 *4 ^09 55P4o de lorma Pius Vita ifVYV}) in 110 n2Ouei|oMinas Frr>scalSoiNay,ente i»q) '26/ 980 50Ouei)o Parme/Ao Ralado Sjnta Rita • KTOgi 3M 2 2; 2Camede 1* — CW i^q) 1086 9 10 38Came de 2' — Ac£m Uq) 671 5 80 28 29 30> 31 -'32/33/3^3 7 *33' 33FrangocoqHado t^qi 4% 3 80 61OosBranco Grande id/1Isopor 2 V) 180 42Polpa 2 53 2 28 35Batata Inglesa (kg) 033 0 /3 18 21 22Otoia ikg) 0 53 035 38- 60< 61Alho (kg) * ;Vl) '^80 59Tomateo>mum (kg) 1 16 044 %

HlGlENlC'eme Dental (hga 900)Goigaie '6/ 106 4/Kt/ry» 1 79 1 15 52/53Ahvyvpntehiq'^nico€3^0^Se'ena (pac 'Ouni 40/ 298 13Saboneie ecmum (90g)Gessy 0 31 0 25 44Lu, 0 36 029 62Palmoiive 0M 025Papei higifcnico popular Samiei Ureiosi 251 2 19 35O*odorante Spray t3590miiAvanco '32 ^lmpu!v» 144 0r0

LIMPL^AAguaSinitaria illSuper G'obo 132 0 35 55Ba"loche — Menor proco 10/ 0 71 1? 4i 42Deieigente liquido ttr 500rliLimpol Hi 03S27'28/23'30i32 33-34/35'3637/38 39Odd 108/ 0 *5 1-6Minerva 1 101 0 68 4/Detergente em po (pie 800g)Gessy 2 72 2 25 36'38 Minerva

3 31 280 15 46 Omo2 90 2 49?7-30/32'

33' 34 / 38 Veo3131 2 32 59 Campeiro'Pop2 40 1 90 45'46/62 Gabac em ba"3

(tab 200g)Plantino 0 71 0 33 '4Rio 0 59 0 29 1 10;1211.18Sapoleo Radium (tab 200g) 0 36 0 2 55Esponia de aco Bombrii (pac Wgl 019 0 38 6 47 51

Estabelecimentos pesquisadosSupermercados/EndofoçoiiCuMdiBanhiRua Cachambi. 334 CachambiRua Bartolomou Mitre, 70i> leblonRuadoCatete. 112 CaloteRua Barão de Mesquita. 974 GraiauRua Sigueira Campos. 69 CopacabanaAv 28 de Setembro. 340 Vila IsabelAv Paranapuan. 1436 Ilha do GovernadorRua Rep Árabe da Sina, 125 Ilha do GovernadorAv Edgard Romoro. 209 MadureiraAv Brasil. 14900 Porr^oAv Suburbana. 1000-/ CascaduraAv N S. de Copacabana. 936 CopacabanaRua Gomes Freire. 7S6 CentroRua Dias da Cruz. 579 MóterRua Visconde do Piraià. 152 IpanemaRua Voluntários da Pátria. 213 BotafogoAv Brás de Pina. 181 PenhaDiscoRua Pedro de Carvalho. 26 MòiorRua Visconde do Piraià. 504 A IpanemaLargo do Machado, 19 Largo do MachadoRua do Riachuelo, 202 CentroRua Conde de Bonfim. 120 TijucaRua Pompeu Loureiro. 15 CopacabanaRua 24 do Maio. 434 RiachueloRua Voluntários da Pátria. 311 BotafogoRua Maxwell 300 Vila Isabel (Boulovard)Sondas - Av MG üu Copacabana ws CopacabanaEst da Gávea. 817 Sào ConradoRua do Riachuelo. 220 CentroRua Uruguai. 329 Ti|ucaRua Senador Vergueiro. 138 FlamengoRua José Linhares. 245 LeblonEst do Galeào, 2700 Ilha do GovernadorAv Brás de Pina. 201 PenhaRua Dias da Cruz, 371 MOierAv dos Italianos, 460 Rocha MirandaAv 28 de Setembro, 431 Vila Isavel

Av Edgard Romero. 219 MadureiraEst do Jacarepaguá, 7753 JacarepaguáMundialRua do Matoso M Praça da BandeiraRua Voluntários da Pátria 24 BotafogoRua Conde do Bonfim. S Ti|ucaNovaOUndaRua Barata Ribeiro, 7S0 CopacabanaRua Senador Vergueiro. 114 F lamengoP*o do AçúcarRua Bartolomou Mitre, 1082 LeblonRua Marques de Abrtintes. 165 FlamengoRua Manz e Barros 1037 Tijuca (Superbo*)Av N S de Copacabana. 493 CopacabanaOuanahoraRua Cachambi, 360 CachambiEst Intendento Magalhães. 1233Campo dos AlonsosGuanabaraRua Cachambi. 360 CachambiEst Intendente Magalhãos 1233Campo dos AfonsosTrês PoòorosRua do Cateto, 172 CateteRua Oiogano Maciel. 531 BarraRua das Rosas, 52 Vila ValqueireFroowayAv das Amôricas. 2000 BarraCarrofoorav aas Américas 5150 BarraAv Suburbana. 5474 (Norte)Zona SulRua Francisco Sa. 35 CopacabanaRua Vise doPiraia. 118 IpanemaRealest vicento de carvalho, 1151 V CarvalhoRainhaPraça Sào Lucas. 168 PenhaAv Edgard Romero, 233 MadureiraPagoo M«norRua Jardim Botânico. 178 Jardim Botânico

João SaldanhaO bate-papo sobre o toque de bola.

JB

Banco do Brasil poderá

ter o controle da Cobra

JORNAL DO BRASIL Esportes quinta-feira, 7/9/89 ? 1° caderno ? 17)

Bebeto abatido convoca dois e espera juvenisJoão Corquoira

Preocupado em botar uma pedra em cimada mais nova crise que atingiu a seleção mascu-lina de vôlei, o técnico Bebeto de Freitas, umdia após o pedido de dispensa dos sete princi-pais jogadores — Renan. William, Xandó,Amauri, Monatanaro, Paulo Roese e Luis Ale-xandre — tentou minimizar o problema e anun-ciou a convocação de dois nomes que se inte-grarào ao grupo no próximo domingo: olevantador Betinho, da Sadia, e o atacante dcponta Renato, da Telesp.

Garantindo estar muito tranqüilo, Bebetotentava ontem na Granja Comary. em Teresó-polis, onde a seleção termina a preparação parao Sul-Americano de Curitiba, encerrar o capítu-Io da debandada das estrelas e animar osque ficaram. "O vôlei não pode ficar ressentido-com todo esse episódio. Vamos armar um equi-pc e chegar ao Sul-Americano em condições de-ganhar." E o técnico não demorou em selecio-nar os dois reforços imediatos para a equipe.Betinho, é na sua opinião, um jogador que jávinha merecendo uma oportunidade c Renatoesteve co;ado para figurar na primeira lista deconvocações.

Com a inclusão de Betinho e Renato ogrupo ficará com 10 jogadores. O que sifnificadizer que mais duas vagas precisam ser preen-chidas até o Sul-Americano. Dois ou três joga-dores que disputam o Mundial juvenil na Gré-cia serão chamados, o que não elimina apossibilidade de um dos oito que resistiram ao

pedido de dispensa em massa ser cortado antesda competição. "Vou esperar o juvenil voltarpara completar a lista. Chamarei os que estive-rem em melhor ritmo de jogo. Eles chegamdia 14 e a partida contra Argentina é dia 1°.Acho que após dois dias de folga eles podem seapresentar bem", explica o treinador.

A previsão do problema que enfrentaria nachegada ao Brasil, após a excursão á Europa,foi o que permitiu a Bebeto manter a tranquili-dade apesar da confusão criada pela decisão dosjogadores. Mais uma vez ele frisou não se sentirtraído ou abandonado e evitou falar em convo-cações futuras. Mas não pôde deixar de afirmarque se tivesse que convocar uma nova seleçãoimediatamente não chamaria os que pediramdispensa. "Hoje eu não os convocaria de novo,mas acho que essa é uma discussão futura", seesquivou.

Lamentar que a seleção não possa se apre-sentar com sua força total foi o máximo queBebeto se permitiu. "Respeito a decisão dos quesairam e acho que foi um ato de coragem",julgou. Enquanto procurou defender "um jo-gador que apresentou um forte motivo", semquerer citar seu nome, Bebeto se mostrou intri-gado com a saída de Luis Alexandre. "Não

posso dizer que sua razão não se justifique, masacho que era melhor ele ter ficado quieto.Foi um outro caso, o mais estranho."

.•-ifav;Apesar do ar cansado, Bebeto tentou minimizar a crise e disse acreditar na conquista do Sul-Americano

Betinho e Renato surpresos

CONCÓRDIA. SC — A convocação paraa seleção adulta pegou de surpresa os jogadoresBetinho e Renato Figueiredo, que participamda Copa Sadia. "Só quero jogar, independentedo clima que encontrar lá", prometeu o primei-ro. "Não estou na minha melhor forma", la-mentou o segundo. Mas eles só estão querendopensar nisso a partir da noite de domingo,quando terá terminado a competição em San-ta Catarina e se apresentarão em Teresópolis.

Com 1.87m, 24 anos, o levantador Be-tinho se considera um pupilo de Bebeto deFreitas. Ele já integrou as seleções brasileirasinfanto. juvenil e adulta (em 85 e 86), passoupelo Flamengo, Bradesco, Cristalino, Flumi-nense, Tijuca, Unisa e agora está na Sadia.Tudo o que Betinho quer nesta volta á seleção étranqüilidade. "Vou jogar tranqüilo, sem mepreocupar em mostrar nada."

Já Renato Figueiredo mostrou-se apreensi-vo, embora alegre: "Vai ser uma grande respon-sabilidade. O clima não é bom, eu sei, masvamos trabalhar para que isto não prejudique onome da seleção. De qualquer forma, a saídadestes sete jogadores è ruim." Também com 24anos. l,89m, Renato começou no Minas TênisClube, foi para o Banespa c agora está naTelesp.

Jogo — A Pirelli conseguiu uma fácil vitó-ria sobre a Telesp, por 3 a I (15; 11, 15 12. 9,15,15 3). ontem, na abertura da Copa Sadia. Comerros infantis de passe e falhas de bloqueio, aTelesp facilitou a vitória adversária a tal pontoque o técnico João Amazonas, irritado, nãoquis dar entrevistas depois da partida. JoséCarlos Brunoro. da Pirelli, ao contrário, elogiouseu time: "Compensamos a baixa estatura comvelocidade e boas defesas."

Para Carlão, falta maturidade

O pedido de dispensa de quase 50% dosjogadores da seleção, gerando mais uma criseno vôlei masculino, que já amargou a assinaturade manifesto, mudança de técnico e muita dis-cussão em pouco mais de um ano, é explicadopelo atacante Carlão de forma simples: "Faltamaturidade, não só aos mais novos, como tam-bém aos mais velhos". Um dos poucos rema-nescentes que considerou "um tanto atrasa-da" a atitude dos que partiram a 17 dias doSul-Americano, Carlão acha que a decisão per-tence a cada um e que a hora é de provarporque ele e os companheiros que ficaram acha-ram certo continuar.

Carlão faz parle da minoria que preferefugir aos comentários corriqueiros de que osdissidentes "tinham seus motivos". Mais velhoda equipe e agora o veterano do grupo, Domin-gos Maracanã prefere não julgar a atitude dosex-companheiros mas parece não entendê-la."Para quem já aguentou quatro meses, vintedias não vão fazer tanta diferença. Dá paraagüentar", comenta o jogador, que se sentemais motivado para treinar com a redução

do grupo e a maior responsabilidade que issoacarreta.

A conversa que o técnico Bebeto teve com osjogadores, pedindo o empenho e união de to-dos, só ratificou a vontade dc ganhar o Sul-A-mericano. Quem garante é o jogador Pampa,que lamenta o acontecido, e acredita que asatitudes são tomadas dependendo do momentode cada um. "Se para uns as condições ofereci-das na seleção não são as mesmas dos clubes,acho que eles fazem bem em sair", concordaPampa.

O levantador Maurício, que com os pedidosde dispensa de William e Paulo Roese, se viu nacondição de titular absoluto não recrimina adesistência dos colegas. "Eles entraram pensan-do que o esquema fosse mudar e isso nãoaconteceu. Já estava sabendo que isso ia aconte-cer. mas fico triste por perder o convívio dcamigos", lamenta, aparentando a mesma tran-quilidade do resto do time, que ontem fez maisum treino dc defesa, sentindo uma única dife-rença: mais espaço na quadra.

Cobertura dc Mtiruirhn Moneró, Visele Porto, Ouhydes Fonseca (São PauloJ, José Mitchell( Porto Alegre) e Carlos StCfemann ( Concórdia, SC)

Uma história

ainda muito

mal contada

O técnico Be belo dc Freitasgarante que dormiu muito

bem a noite seguinte á saída dosjogadores. Certamente, suas noi-tes de insónia aconteceram duran-te a excursão á Grécia. Suécia eUnião Soviética, quando esta his-tória. ainda muito mal contada,começou a entrar em ebulição. S'averdade, o time viajou para a llu-ropa com um pra/o de um méspara decidir se permaneceria até oSul-Americano. Pelo menos. est.té a versão de Pampa, um dos re-manescentes da debandada. "Ti-vemos um papo na excursão e elestiveram um pra/o de um mês paradecidir", revelou o jogador, agoraacusado por Xandó de lambemter pedido dispensa e \oltadoatrás na decisão, junto com Car-Ido.

Muitos deles, no entanto, nemqueriam fa/.er a viagem. "O pes-soai estava de saco cheio. OAmauri, por exemplo, queria tersaído antes", revelou um jogador,que preferiu o anonimato. Be-beto. mesmo assim, saiu do Brasilcom planos de se desligar da dele-gação na União Soviética paraacompanhar os juvenis no Mun-dial da Grécia. Diante do clima deinsatisfação, que ficou flagrantecom o sétimo lugar na Copa Sa-vin, em Moscou, o treinador deci-diu voltar mais cedo. "Ele veioporque já estava marcada a reu-niào de terça-feira", confirmou omesmo jogador, para quem o maldesempenho do time aflorou os

problemas. "Quando a gente ga-

nha. encobre tudo", justificou.Mas Bebeto parecia não estar

gostando de muitas outras coisas.A atual fase de treinos em Teresó-poiis. aliás, foi decidida porque operíodo que o grupo passou emSão Paulo não agradou ao treina-dor. Foi este o argumento que eleapresentou a Nuzman para levaro time para a Granja Comary."Mas ele só me disse isso, nãoentrou em detalhes", esquivou-se(' presidente da CBV. sem contir-mar se o comportamento dos jo-gadores na capital paulista estariaprejudicando o trabalho do técni-co. que teria, então, decidido ato-ja-los num local mais isolado.

Nuzman também insiste emque os argumentos usados pelosfujòes para saírem foram "extra-vôlei" e jura que ninguém recla-mou de Teresópolis. "Acho quefiz o que devia", sustenta, deixan-do no ar a hipótese de que teriarecusado alguma reivindicação.Lm funcionário da CBV se sur-preendeu com a saída dos jogado-res porque dois meses antes ha-viam feito sugestões visando já apreparação para o Mundiai de90.

O futuro deles, agora, é umaincógnita. Nuzman apenas sorri,enigmático, diante da perguntasobre o fim da geração de ouro eacha que o Brasil pode ser cam-peão sul-americano sem os sete. Alevantadora da seleção. Fernanda,namorada de Luis Alexandre,também acha cedo para pensarnisso. Ela deu todo apoio á deci-são do jogador e garantiu que foiuma coincidência ele ter saídocom os outros. "Ele não queriasair. mas daqui a uma semana vaiesquecer tudo."

Xandó vê outros insatisfeitos

SÃO PAULO — O atacante deponta Xandó revelou ontem quePampa e Carlão também solicitaramdispensa da seleção adulta de vôlei,mas foram convencidos a permanecerpelo técnico Bebeto de Freitas. Oprincipal argumento do treinador:eles são jovens c ainda têm muito adar ao vôlei brasileiro. Xandó foi umdos raros dos chamados "intocáveis"que pôde ser encontrado ontem emSão Paulo, onde moram seis-dos seteque deixaram a seleção.

Como querendo justificar os mo-ti vos do seu pedido de dispensa —necessidade de cuidar de interessesparticulares —, os jogadores se dis-persaram e em casa só se encontra-vam parentes ou empregadas. O le-vantador e capitão William viajou

cedo para llhabcla. no Litor! Nortepaulista para supervisionar a casa dçpraia que está construindo no locai.-1conforme informações de seu sócionuma oficina de confecções.

O atacante Montanaro disse que"minha vida extra-võlei assumiu pro».porções mais importantes, não poclc*ria deixar que o esporte a prejudicai,se". Xandó acrescentou que oproblemla foi causado por motivosfamiliares mesmo. "O tempo de mesacrificar pela bola já passou", fulrm-noul. Disse que sua mulher esta send.>sacrificada, tendo que cuidar dos dois-filhos menores. "O mais velho vtSijfazer seis anos domingo e se estivesse!!na seleção seria o quarto ano seguido!que não passaria junto com ele", afir-.;mou.

Largadinlias

Juvenil — A seleção masculinajuvenil volta hoje à quadra, no pri-meiro jogo da segunda fase do Cam-peonato Mundial, em Atenas. Osbrasileiros enfrentam a Coréia doSul, atual campeã, garantidos peloretrospecto: nos sele amistosos dispu-lados entre as duas equipes antes dacompetição, o Brasil venceu iodos. Apreocupação do técnico Jorge Barrosé explorar bem o saque, já que aequipe coreana apresenta deficiênciasna recepção. Amanhã a seleção en-frenta a Itália e na sexta-feira jogacontra Cuba.

Renail — Enquanto realiza exa-mes médicos numa clinica desta capi-tal, para tratamento de uma lesão noseu joelho direito, Renan garante quepediu dispensa pela contusão aindana Europa c que pretende disputar oMundial de 1990. Ele rejeita qualquer

tipo de comparação da saida de vá-'rios titulares agora com episódio an-;terior envolvendo os jogadores mais1!experientes, como ele. e o ex-técnico;da seleção brasileira, o coreano Sou.-,"Bebeto é o nosso Deus". ;

Festa — O bicampeonato mun-/dial conquistado pela seleção juvenil1feminina foi comemorado, ontemcom um almoço num restaurante do.;Rio. Foi a primeira vez que as joga-.jdoras se reuniram, depois do titulo-,conquistado no Peru, mês passado O '

presidente da CBV. Carlos Nuzman.,homenageou a delegação e os clubes-;das atletas com placas de prata. Iam-',bém participou do almoço a seleçãomasculina de masters, que venceu a;Olimpíada da categoria, em julho, na ;Dinamarca. "Com a forma que estjg£os veteranos podem ter vaga na sele-ção adulta", alfinetou Nuzman.

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Robson descarta revezamento e só corre 200m na Copa

Ricardo Fonseca

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BARCE-LONA —Apesar da in-sisténcia dostécnicos daequipe dasAméricas,que realiza-ram seu con-gresso ontemá tarde, Rob-son Caetano garantiu que não existe nenhumapossibilidade dele participar também da provadc revezamento 4 x 100 metros, substituindo obrasileiro Antônio dos Santos. "Meu técnico(Antônio Carlos Cavalheiro) decidiu que eufaria apenas os 200 metros antes mesmo de eu irpara o Sul-Americano e para a Copa América,onde ficou definida a equipe do contincn-te para a Copa do Mundo", lembrou Robson.

"Além disso, esta prova será sábado e pode-ria prejudicar meu desempenho nos 200 metrosno dia seguinte, onde posso até conseguir umrecorde do torneio", concluiu o campeão doGrand Prix e detentor da melhor marca doano dos 200 metros.

Robson confessou, no entanto, que gostariamesmo de correr os 100 metros rasos, ondealém de uma medalha de ouro poderia lhe valertambém o recorde da Copa do Mundo. "Quan-do cassaram Johnson cassaram também o re-corde dos 100 metros na Copa do Mundo, quede 10 segundos cravados passou para l Os 13,conseguidos pelo americano Steve Willians emI977", explicou o velocista. "Eu acho que po-deria correr abaixo disto mas, como não meclassifiquei para esta prova, vou me concentrarapenas nos 200 metros", concluiu.

Para Cavalheiro, o objetivo principal deRobson é tornar-se bicampcão dos 200 metros."Acho que o campeão aqui não fará menos que20s30 e isto o Robson pode correr nesta épocade fim de temporada", avaliou. Mas Robson,que afirma estar mais descansado do que quan-do perdeu uma invencibilidade de 18 provas nafinal do Grand Prix, em Monte Cario, sexta-fei-ra passada, ê mais otimista. "Esta é minhaúltima prova da temporada. Acho que possomelhorar o recorde dos 200 metros na Copa doMundo, que é de 20sl7, do americano ClancyEdwards", aposta.

No treino dos atletas brasileiros, à tarde, naPista Universitária, Robson mostrou que estámesmo disposto a conseguir um bom resultado,fazendo um intensivo trabalho de saida de blo-co, a parte mais fraca dc sua corrida. "Meu

próximo treino será de aceleração e depois esta-rei pronto para encerrar esta temporada que foiexcelente para mim", afirmou.

Recorde — A fundista brasileira Carmende Oliveira, que disputará os 10 mil metros naúltima prova de sábado, pode ter conquistadoontem seu terceiro recorde sul-americano de-pois que a chilena Monica Regonesi confir-mou que seu recorde de 33m24s63 nos 10mil metros nunca foi homologado. "A federa-ção chilena não gosta de mim e não comunicouminha marca para a Confederação Sul-Ameri-cana", queixou-se a atleta, que espera seu pri-meiro filho para fevereiro e não competirá.

Carmen é recordista sul-americana dos 3 milmetros com 9m09s5l, dos 5 mil metros (provanão olímpica), com 16ml0s, e tem a melhormarca brasileira dos 10 mil, com 33m32s7. Casoa marca d? Regonesi não possa ser homologa-da, Carmen passaria também a ser a recordistasul-americana desta prova.

Zaca Feiíosa — 14/08'8

Saramanch apoia anulação

Robson Caetano queria competir nos 100 metros

O espanhol Juan Antônio Sama-ranch, reeleito há uma semana paraa presidência do Comitê OlímpicoInternacional, elogiou ontem a deci-são da Federação Internacional deAtletismo - laaf - dc anular o recor-de mundial dos 100 metros rasos docanadense Ben Johnson, que contes-sou o uso dc doping, mas. ao mesmotempo, criticou a entidade por nãoter tomado medidas punitivas con-tra os demais envolvidos no casoque escandalizou o mundo duranteos Jogos Olímpicos de Seul, noano passado.

Sama ranch fez estas declaraçõesdurante a sessão de encerramentodo XXXVII Congresso da laaf, dei-xando o auditório do hotel PrincesaSofia muito aplaudido pelos repre-sentantes das 101 federaçòs que, nodia anterior, aprovaram quase porunanimidade a modificação na leianti-doping que permitiu á entidadecassar os recordes mundiais (100metros, 50 metros indoor e 60 metrosindoor) e os titulos do atleta (cam-peão do Mundial de Roma e daCopa do Mundo).

"É preciso que sejam punidostambém os que permitiram e incen-tivaram o uso do doping. Não sóneste caso, mas todos os que foremapurados", afirmou Samaranch emseu rápido discurso. Para ele, osatletas são apenas o elo mais fracode uma corrente que envolve médi-

cos, treinadores e dirigentes, justa--mente os que saem impunes.

O presidente da laaf, Primo Ne-biolo, garantiu que a entidade, ja,discutiu os meios de tornar as num-ções mais abrangentes. O caso maisrecente dc doping no atletismo,aconteceu no Campeonato Europeu,deste ano. disputado na Inglaterra,quando os exames constataram o,uso de substâncias proibidas peloarremessador de peso soviético Ale-xander Bagach. terceiro colocado d;Vprova. (R.F.)

|—| Comemorar o dia de Indepetv-'—' dência do Brasil correndo (aoinvés de marchar) foi a opção dosatletas que disputam hoje a 11 meia-,maratona da Independência, às T6ti.com largada e chegada no pátio d iCarrefour, na Barra. Elói Schlederi'Marinete Quintanilha, José Césarde Souza e Osmiro dos Santos sãoalguns dos favoritos que concorremao prêmio de NCz 5 mil para oprimeiro colocado em cada catego-ria. Além da premiação em dinheiro,(o segundo colocado ganhará NCz 3mil e o terceiro NCz 2 mil), os"vencedores receberão passagens para-disputar a Maratona de Buenos Ai-res. Recordista brasileiro de maratovnas com o tempo de 2hl2m54, Eloi éo mais cotado para vencer.

Quem bebe Gatorade não pede

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JORNAL DO BRASIL Esportes 2a Edição ? quinta-feira, 7/9/89 ? Io caderno ? 17

Beheto abatido convoca dois e espera juvenisJoão Cerouoira

Preocupado em bolar unia pedra em cimada mais nova crise que atingiu a seleção museu-lina de vôlei, o técnico Bebcto de Freitas, umdia após o pedido de dispensa dos sete princi-pais jogadores — Renan, William, Xandó,Amauri, Monatanaro. Paulo Roese e Luis Ale-xandre — tentou minimizar o problema e anun-ciou a convocação de dois nomes que se inte-grarâo ao grupo no próximo domingo: olevantador Betinho, da Sadia, e o atacante deponta Renato, da Telesp.

Guruntindo estar muito tranqüilo, Bebetotentava ontem na Granja Comary, em Teresó-polis, onde a seleção termina a preparação parao Sul-Americano de Curitiba, encerrar o capitu-Io da debandada das estrelas e animar osque ficaram. "O vôlei não pode ficar ressentidocom todo esse episódio. Vamos armar um equi-pe e chegar ao Sul-Americano em condições deganhar." E o técnico não demorou em selecio-nar os dois reforços imediatos para a equipe.Betinho, é na sua opinião, um jogador que jávinha merecendo uma oportunidade e Renatoesteve cotado para figurar na primeira lista deconvocações.

Com a inclusão de Betinho e Renato ogrupo ficará com 10 jogadores. O que sifnificadizer que mais duas vagas precisam ser preen-cindas até o Sul-Americano. Dois ou três joga-dores que disputam o Mundial juvenil na Gré-cia serão chamados, o que não elimina apossibilidade de um dos oito que resistiram ao

pedido de dispensa em massa ser cortado antesda competição. "Vou esperar o juvenil voltarpara completar a lista. Chamarei os que estive-rem em melhor ritmo de jogo. Eles chegamdia 14 e a partida contra Argentina é dia I".Acho que após dois dias de folga eles podem seapresentar bem", explica o treinador.

A previsão do problema que enfrentaria nachegada ao Brasil, após a excursão à Europa,foi o que permitiu a Bebcto manter a tranquili-dade apesar da confusão criada pela decisão dosjogadores. Mais uma vez ele frisou não se sentirtraido ou abandonado e evitou falar em convo-cações futuras. Mas não pôde deixar de afirmarque se tivesse que convocar uma nova seleçãoimediatamente não chamaria os que pediramdispensa. "Hoje eu não os convocaria de novo,mas acho que essa é uma discussão futura", seesquivou.

Lamentar que a seleção não possa se apre-sentar com sua força total foi o máximo queBebcto se permitiu. "Respeito a decisão dos quesaíram c acho que foi um ato de coragem",julgou. Enquanto procurou defender "um jo-gador que apresentou um forte motivo", semquerer citar seu nome, Bebeto se mostrou intri-gado com a saida de Luis Alexandre. "Nãoposso dizer que sua razão não se justifique, masacho que era melhor ele ter ficado quieto.Foi um outro caso, o mais estranho."

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Apesar do ar cansado, Bebeto tentou minimizar a crise e disse acreditar na conquista do Sul-Americano

Betinho e Renato surpresosCONCÓRDIA, SC - A convocação para

a seleção adulta pegou de surpresa os jogadoresBetinho c Renato Figueiredo, que participamda Copa Sadia. "Só quero jogar, independentedo clima que encontrar lá", prometeu o primei-ro. "Não estou na minha melhor forma", la-mentou o segundo. Mas eles só estão querendopensar nisso a partir da noite de domingo,quando terá terminado a competição em San-ta Catarina e se apresentarão em Teresópolis.

Com l,87m, 24 anos. o levantador Be-tinho se considera um pupilo de Bebeto deFreitas. Ele já integrou as seleções brasileirasinfamo, juvenil e adulta (em 85 c 86), passoupelo Flamengo, Bradesco, Cristalino. Flumi-nense, Tijuca, Unisa e agora está na Sadia.

I udo o que Betinho quer nesta volta á seleção étranqüilidade. "Vou jogar tranqüilo, sem mepreocupar em mostrar nada."

Já Renato Figueiredo mostrou-se apreensi-vo, embora alegre: "Vai ser uma grande respon-sabilidade. O clima não é bom, eu sei, masvamos trabalhar para que isto não prejudique onome da seleção. De qualquer forma, a saidadestes sete jogadores é ruim." Também com 24anos, 1.89m. Renato começou no Minas TênisClube, foi para o Banespa e agora está naTelesp.

Jogos — A Pirelli venceu fácil a Telesp, por3 a I (15 II, 15/12, 9/15, 15,3). ontem, naabertura da Copa Sadia. O Fiat. Minas derrotouao Frangosul, por 3 a I (15 10, 15 10, 12/15 e15 9), na abertura do grupo B, em Erechim,enquanto o Banespa venceu a AABB Brasíliapor 3 a 0 (15/5, 15 8 e 15 II), numa parti-da muito rápida (o set mais longo durou 35minutos), marcada pelas falhas na recepção e nasaída para o ataque do time brasiliense.

Para Carlão, falta maturidade

O pedido de dispensa de quase 50% dosjogadores da seleção, gerando mais uma criseno vôlei masculino, que já amargou a assinaturade manifesto, mudança de técnico e muita dis-cussão em pouco mais de um ano, é explicadopelo atacante Carlão de forma simples: "Faltamaturidade, não só aos mais novos, como iam-bem aos mais velhos". Um dos poucos rema-nescentes qtie considerou "um tanto atrasa-da" a atitude dos que partiram a 17 dias doSul-Americano. Carlão acha que a decisão per-tence a cada um e que a hora é de provarporque ele e os companheiros que ficaram acha-ram certo continuar.

Carlão faz parte da minoria que preferefugir aos comentários corriqueiros de que osdissidentes "tinham seus motivos". Mais velhoda equipe e agora o veterano do grupo, Domin-gos Maracanã prefere não julgar a atitude dosex-companheiros mas parece não cntendé-la."Para quem já aguentou quatro meses, vintedias não vão fazer tanta diferença. Dá paraagüentar", comenta o jogador, que se sentemais motivado para treinar com a redução

do grupo e a maior responsabilidade que issoacarreta.

A conversa que o técnico Bebcto teve com osjogadores, pedindo o empenho e união de to-dos, só ratificou a vontade de ganhar o Sul-A-mericano. Quem garante e o jogador Pampa,que lamenta o acontecido, e acredita que asatitudes sao tomadas dependendo do momentode cada um. "Se para uns as condições ofereci-das na seleção não são as mesmas dos clubes,acho que eles fazem bem em sair", concordaPampa.

O levantador Maurício, que com os pedidosde dispensa de William c Paulo Roese, se viu nacondição de titular absoluto não recrimina adesistência dos colegas. "Eles entraram pensan-do que o esquema fosse mudar e isso nãoaconteceu. Já estava sabendo que isso ia acontc-cer. mas fico triste por perder o convívio deamigos", lamenta, aparentando a mesma tran-quilidade do resto do time, que ontem fez maisum treino de defesa, sentindo uma única dife-rença: mais espaço na quadra.

('.abertura dc Mariurhn Moneró, Gisele l>ort<>, Ouhydes Fonseca (São Paulo), José Mitche.ll( l'nrlo Alegre) e C.arlos Stegemann ( Concórdia, SC)

Uma história

ainda muito

mal contada

O técnico Debelo dc Freitasgarante que dormiu muno

bem a noiic seguinte ã saiila dosjogadores. Certamente. su;is noi-tes de msôma aconteceram duran-te a excursão ã Grécia. Suécia el 'niào Soviética, quando esta his-tória, ainda muito mal contada,começou a entrarem ebulição. ,Yaverdade, o time viajou para a Eu-ropa com um pra/o de um méspara decidir se permaneceria ate <<Sul-Americano. Pelo menos, estae a versão de Pampa, um dos rc-niancscentes da debandada, "li-vemos um papo na excursão e elestiveram um pra/o de um més paradecidir". rc\elou o jogador, agoraacusado por .Xandó de lambemter pedido dispensa e \oltadoatras na decisão, junto com Car-tio.

Muitos deles, no entanto, nemqueriam fa/er a viagem. "O pes-soai estava de saco cheio. OAmauri por exemplo, queria lersaido antes", revelou um jogador,que preferiu o anonimato He-beto. mesmo assim, saiu do llrasilcom planos de se desligar da dele-gação na União Soviética paraacompanhar os juvenis no Mun-dial da Grécia. Diante do clima deinsatisfação, que licou flagrantecom o sétimo lugar na Copa Sa-vin. em Moscou, o treinador deci-diu voltar mais cedo. "Ele veioporque já estava marcada a reu-nião de terça-feira", confirmou omesmo jogador, para quem o maldesempenho do time aflorou os

problemas. "Quando a gente ga-nha, encobre tudo", justificou.

Mas Debelo parecia não estargostando de muitas outras coisas..4 atual fase de treinos em Teresó-polis, aliás, foi decidida porque operiodo que o grupo passou emSão Paulo não agradou ao trema-dor. Foi este o argumento que eleapresentou a Nu/man para levaro time para a Granja Comary."Mas ele so me disse isso nãoentrou em detalhes", esquivou-se<) presidente da ( Vil', sem confir-mar se o comportamento dos jo-gadores na capital paulista estariaprejudicando o trabalho do teem-co. que teria, então, decidido alo-ja-los num local mais isolado.

Su/man também insiste emque os argumentos usados pelosfujões para saírem foram "extra-vôlei" c jura que ninguém recla-mou de Teresópolis. "Acho queI:/ o que devia", sustenta, deixan-do no ar a hipótese dc que teriarecusado alguma reivindicação.Um funcionário da C'BV se sur-preendeu com a saida dos jogado-res porque dois meses antes ha-\iam leito sugestões visando já apreparação para o Mundial de911.

D futuro deles, agora, e umaincógnita. Nu/num apenas sorri,enigmático, diante da perguntasobre o fim da geração de ouro eacha que o Brasil pode ser cam-peão sul-americano sem os sele. .4levam adora da seleção. Fernanda,namorada de Luis Alexandre,também acha cedo para pensarnisso. Fia deu todo apoio ã deci-são do jogador e garantiu que foiuma coincidência ele ter saidocom os outros. "Lie não queriasair. mas daqui a uma semana vaiesquecer tudo."

Xandó vê outros insatisfeitos

SÃO PAULO - O atacante deponta Xandó.revelou ontem quePampa e Carlão também solicitaramdispensa da seleção adulta de vôlei,mas foram convencidos a permanecerpelo técnico Bebeto de Freitas. Oprincipal argumento do treinador:eles são jovens e ainda têm muito adar ao vôlei brasileiro. Xandó foi umdos raros dos chamados "intocáveis"que pôde ser encontrado ontem emSão Paulo, onde moram seis dos seteque deixaram a seleção.

Como querendo justificar os mo-tivos do seu pedido dc dispensanecessidade de cuidar dc interessesparticulares —. os jogadores se dis-persaram e cm casa só se encontra-vam parentes ou empregadas. O le-\amador e capitão William viajou

cedo para llhabela, no Litorl Nortepaulista para supervisionar a casa dc;praia que está construindo no local,conforme informações de seu sócionuma oficina dc confecções.

O atacante Montanaro disse que"minha vida extra-võlei assumiu prò-porções mais importantes, não pode-ria deixar que o esporte a prejudica"??se". Xandó acrescentou que òprohlemla foi causado por mon\osfamiliares mesmo. "O tempo de rnísacrificar pela bola já passou". íulmi-noul. Disse que sua mulher esta sendosacrificada, tendo que cuidar dos doisfilhos menores. "O mais velho vai;fa/er seis anos domingo e sc estn - *••<',na seleção seria o quarto ano seu iulo»que não passaria junto com ele", ai',rmou.

Largadi.nh.as

Juvenil — A seleção masculinajuvenil volta hoje a quadra, no pri-meiro jogo da segunda fase do Cam-peonato Mundial, cm Atenas. Osbrasileiros enfrentam a Coréia doSul, atual campeã, garantidos peloretrospecto: nos sete amistosos dispu-tados entre as duas equipes antes dacompetição, o Brasil venceu todos. Apreocupação do técnico Jorge Barrose explorar bem o saque, já que aequipe coreana apresenta deficiênciasna recepção. Amanhã a seleção cn-frenta a Itália e na sexta-feira jogacontra Cuba.

Renan — Enquanto realiza e.xa-mes médicos numa clinica desta capi-tal. para tratamento de uma lesão noseu joelho direito. Renan garante quepediu dispensa pela contusão aindana Europa e que pretende disputar oMundial de 1990. Ele rejeita qualquer

tipo de comparação da <aida de \á-|rios titulares agora com epr tV.lio ir.terior envolvendo os jogadores maivexperientes, como ele. e o ex-te.-mcda seleção brasileira, o coreano Son ;"Bebeto é o nosso Deus".

Festa — O bicampeonato maodial conquistado pela seleçàn íu< cfeminina foi comemorado, icom um almoço num resi.su.aiHc • 1Rio. Foi a primeira uv que as joga--,doras se reuniram, depois do t!tu 1 o";conquistado no Peru. més pagado O;presidente da CBV. Carlos Niüm.m.'homenageou a delegação e o- clubi,das atletas com placas de praia. Ihém participou do almoço a seio,.:masculina de masters. que venceu .»Olimpíada da categoria, em julho, na-jDinamarca. "Com a forma que estão.;os veteranos podem ter vaga na sele-çáo adulta", alfinetou Nu/man.

Robson descarta revezamento e só corre 200m na Cop

Ricardo Fonseca

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BA.RCE-L O N A —Apesar da iti-sisténeia dostécnicos daequipe dasA m é r i c a s,que realiza-ram seu con-gresso ontemá tarde, Rob-son Caetano garantiu que não existe nenhumapossibilidade dele participar tumbém da provade revezamento 4 x 100 metros, substituindo obrasileiro Antônio dos Santos. "Meu técnico(Antônio Carlos Cavalheiro) decidiu que eufaria apenas os 200 metros antes mesmo de eu irpara o Sul-Americano c para a Copa América,onde ficou definida a equipe do continen-te para a Copa do Mundo", lembrou Robson.

"Além disso, esta prova será sábado e pode-ria prejudicar meu desempenho nos 200 metrosno dia seguinte, onde posso até conseguir umrecorde do torneio", concluiu o campeão doGrand Prix e detentor da melhor marca doano dos 200 metros.

Robson confessou, no entanto, que gostariamesmo de correr os 100 metros rasos, ondealém de uma medalha dc ouro poderia lhe valertambém o recorde da Copa do Mundo. "Quun-do cassaram Johnson cassaram também o re-corde dos 100 metros na Copa do Mundo, quede 10 segundos cravados passou para 1 Os 13,conseguidos pelo americano Steve Willians em1977", explicou o velocista. "Eu acho que po-deria correr abaixo disto mas, como não meclassifiquei para esta prova, vou me concentrarapenas nos 200 metros", concluiu.

Para Cavalheiro, o objetivo principal dcRobson é tornar-se bicampeão dos 200 metros."Acho que o campeão aqui não fará menos que20s30 c isto o Robson pode correr nesta épocade fim de temporada", avaliou. Mas Robson,que afirma estar mais descansado do que quan-do perdeu uma invencibilidade de 18 provas nafinal do Grand Prix, em Monte Cario, sexta-fei-ra passada, é mais otimista. "Esta é minhaúltima prova da temporada. Acho que possomelhorar o recorde dos 200 metros na Copa doMundo, que é de 20s 17, do americano ClancyEdwards", aposta.

No treino dos atletas brasileiros, à tarde, naPista Universitária, Robson mostrou que estámesmo disposto a conseguir um bom resultado,fazendo um intensivo trabalho dc saida de blo-co, a parte mais fraca de sua corrida. "Meupróximo treino será de aceleração e depois esta-rei pronto para encerrar esta temporada que foiexcelente para mim", afirmou.

Recorde — A fundista brasileira Carmende Oliveira, que disputará os 10 mil metros naúltima prova de sábado, pode ter conquistadoontem seu terceiro recorde sul-americano de-pois que a chilena Monica Regonesi confir-mou que seu recorde de 33m24s63 nos 10mil metros nunca foi homologado. "A federa-ção chilena não gosta de mim e não comunicouminha marca para a Confederação Sul-Ameri-cana", queixou-se a atleta, que espera seu pri-meiro filho para fevereiro e não competirá.

Carmen é recordista sul-americana dos 3 milmetros com 9m09s51, dos 5 mil metros (provanão olímpica), com I6ml0s, e tem a melhormarca brasileira dos 10 mil, com 33m32s7. Casoa marca de Regonesi não possa ser homologa-da. Carmen passaria também a ser a recordistasul-americana desta prova.

Zaca Foitosa — 14/08/88

Caetano

Saramanch apoia anulação

Rol»son queria competir nos 100 metros

O espanhol Juan Antônio Sama-ranch. reeleito ha uma semana paraa presidência do Comitê OlímpicoInternacional, elogiou ontem a deci-são da Federação Internacional deAtletismo - Iaaf - de anular o rccor-de mundial dos 100 metros rasos docanadense Ben Johnson, queconfes-sou o uso de doping. mas. ao mesmotempo, criticou a entidade por nãoter tomado medidas punitivas con-tra os demais envolvidos no casoque escandalizou o mundo duranteos Jogos Olímpicos de Seul. noano passado.

Samaranch fez estas declaraçõesdurante a sessão de encerramentodo XXXVII Congresso da Iaaf, dei-xando o auditório do hotel PrincesaSofia muito aplaudido pelos repre-sentantes das 101 federaçòs que, nodia anterior, aprovaram quase porunanimidade a modificação na leianti-doping que permitiu á entidadecassar os recordes mundiais (100metros. 50 metros imloor e 60 metrosiiuloor) e os títulos do atleta (cam-peão do Mundial de Roma e daCopa do Mundo).

"È preciso que sejam punidostambém os que permitiram c incen-tivaram o uso do doping. Não sóneste caso, mas todos os que foremapurados", afirmou Samaranch emseu rápido discurso. Para ele, osatletas são apenas o elo mais fracode uma corrente que envolve médi-

cos. treinadores e dirigentes, justa-mente os que saem impunes,

O presidente da Iaaf. Primo Ne-biolo, garantiu que a entidade jádiscutiu os meios de tornar as puni-çòes mais abrangentes. O caso maisrecente de doping no atletismoaconteceu no Campeonato Europeudeste ano. disputado na Inglaterra',quando os exames constataram ouso de substâncias proibidas peloarremessador de peso soviético Ale-xander Bagach. terceiro colocado dáprova. (R.F.)

I I Comemorar o dia de Indepcn-—' dêneia do Brasil correndo (aoinvés de marchar) foi a opção dosatletas que disputam hoje a II meia-maratona da Independência, às I6h,com largada e chegada no pátio doCarrefour, na Barra. Flói Sehleder,Marinete Quintanilha, José Césardc Souza e Osmiro dos Santos sãoalguns dos favoritos que concorremao prêmio de NO. 5 mil para oprimeiro colocado em cada catego-ria. Além da premiação em dinheiro,(o segundo colocado ganhará N(7 à,mil e o terceiro NCz 2 mil), osvencedores receberão passagens paradisputar a Maratona de Buenosres. Recordista brasileiro de niarafõ-nas com o tempo de 2hl2m54. Êloi éo mais cotado para vencer.

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IS ? Io caderno ? quinta-feira, 7/9/89 Esportes/Turfe JORNAL DO BRASIL

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"nvencibilidade

diante de Sukova

Graf e Sabatini decidem vaga para final do US OpenÇ Nova Iorque — Reuters ¦

Graf só precisou de 45 minutos para manter a invencibilidade diante de Sukova

ATP leva Masters a Frankfurt

Clássico para

éguas é maior

atração hoje

0 Clássico Independência, crr1.600 metros, na pista de areia, é amaior atração da programaçãcdesta tarde no Hipódromo da Gá-vea. A prova tem duas deserçõesLeana e Sparlete Moon, mas reúne boas corrcdoras na raia dtareia, entre elas Duquesa ValkaDaguette e A vis Raris, sem dúvidaos principais nomes.

Duquesa Valka. do Raras San-ta Ana do Rio Grande, tem atuado sempre em distâncias de fundoacima dos 2.000 metros. Este parcce ser o principal obstáculo parisua vitória hoje a tarde. Emnor;seja égua muito pronta de partidasua velocidade tem sido utili/ad;cm provas de ritmo mais moderado. Aprontou suave os SOO metro:em 55s e caso acompanhe de pertia ligeirissima Avis Raris. podtvencer o páreo.

Daguette, do Stud Topáziosempre foi especialista na raia d<areia, onde obteve os melhores resultados de sua campanha. Bencolocada no percurso da milha deve se aproveitar da luta na frentientre Avis Raris c Duquesa Valkapara tentar construir sua vitóriaO jóquei Edson Silva Gomes ;conhece bem e sua forte atropelada deve ser esperada nos metrofinais.

Avis Raris tem preferência pel;

nova iorquI: — Pela quintavez consecutiva em cinco anos, aalemà-ocidental Steffi Graf, primei-ra do ranking, chega às semifinaisdo Aberto de tênis dos EstadosUnidos. Ontem, diante da tchecaHelena Sukova. quinta do mundo evelha freguesa, a atual campeão dotorneio gastou apenas 45 minutospara marcar 6/1 e 6/1 e classificar-se para o jogo de amanhã contra aargentina Gabriela Sabatini, quederrotou a espanhola Arantxa San-chcz em 3/6, 6 ;4 e 6/1.

A outra semifinal reunirá a ame-ricana Zina Garrison, responsávelpela eliminação da compatriotaChris Evert, e a tcheca naturalizadaamericana Martina Navratilova,que arrasou a búlgara ManuelaMaleeva, na terça-feira à noite, em6 0 e 6/0."Vocês sabem, sou uma máqui-na", ironizou Graf após a vitória.Se não é, está quase lá. Atê agora,ela disputou cinco jogos, venceutodos e só perdeu 14 games. Nestascinco partidas, ganhou quatro emmenos de uma hora. Agora, tem 67vitórias contra duas derrotas em1989. E. para desespero de Sukova,esta foi seu II" triunfo contra atcheca em 11 jogos.

Ontem. Graf mais parecia estartreinando contra a jogadora quederrotou na final do Aberto daAustrália em janeiro passado. An-tes que Sukova vencesse seu primei-ro game, a alemã já tinha 5/0. só

De voleio

Maria Ester — A ex-tenista bra-sileira Maria Ester Bueno passou a se-gunda rodada do torneio de duplas pa-ra veteranos ao vencer, ao lado daamericana Sharon Walsh. a australianaEvonne Goolagong e a americanakerry Reid em 2 (\ 6 4 e 1 I. seguido deabandono. Maria Ester venceu a chavefeminina do US Open por quatro vezese a de duplas outras cinco, a partir de1959.Aniversário — Quem está come-morando 10 anos de transmissões notênis é a rede de TV a cabo ESPN,especializada em esportes. Até 1" deagostoto passado, ela pôs no ar 1.910horas de tênis ao vivo. A primeira parti-da televisada pela emissora reuniu oamericano John McEnroe e o argentinoJose Luís Cierc. pela Copa Davis. em 16de setembro de 1979. jogo vencido porliic Mac em 6 2 e 6 3.

perdendo cinco pontos. O únicomomento cm que a tcheca (vice-campeã do US Open em 1986) teveigualdade, foi no primeiro game dasegunda série, quando manteve seusaque. Mas Graf não só empatoucomo ganhou outros cinco. No to-tal. ela aplicou três aves e só come-teu cinco erros não forçados. De-pois. deu uma idéia de seu mo-mento."Estou feliz com a maneira queestou jogando e isso é mais impor-tante do que o placar."

Sukova, do outro lado da rede edo placar, tentava explicar porquenada deu certo."Eu tinha uma tática boa, masforcei demais e perdi bolas fáceis."

A confiança de Steffi Graf nãoparou ai. Questionada sobre aspossíveis rivais na semifinal, quan-do ainda não sabia o resultado dojogo entre Sabatini e Arantxa. elanão se abalou."Tentarei apenas tomar a vanta-gem e ditar o ritmo da partida. Am-bas tentarão forçar mais do que onormal. Eu procurarei fazer meujogo e não o delas."

Uma curiosidade: Arantxa e Ga-briela são as duas únicas tenistasque, em 89, venceram Graf. ambasem quadras de saibro e cm três seis.A primeira, na final de RolandGarros. A segunda, na decisão doVirgínia Slims de Amélia Island, naFlórida.

Federation Cup — Quarentapaises. um número recorde, participa-rào da 27J edição da Federation Cup.desta vez em Tóquio. Japão, entre I" e Xde outubro. Tcheco-Eslováquia. atualcampeã. Estados Unidos, com ChrisEvert e Martina Navratilova. Alemã-nlia Ocidental, encabeçada por SteffiGraf. e Argentina, trazendo GabrielaSabatini. são as principais favoritas aotitulo. Também competirão, entre ou-iras nações. Bulgária. Espanha. Cana-dá. França. Austrália. União Soviética,e Brasil.Duplas — O americano JohnMcEnroe e o australiano Mark Wood-forde são os primeiros finalistas do tor-neio de duplas do Aberto dos EstadosUnidos ao vencerem o americano PaulAnnacone e o sul-africano Chrisio vanRensburg em 6 3. 3 6. 6 3 e 6 3.

Conforme estava previsto desde osegundo semestre do ano passado, otorneio final da temporada masculinado tênis, reunindo os oito melhoresda classificação mundial, sairá tioMadison Square Gardcn. em NovaIorque, e mudara de nome a partir de1990. O americano Hamilton Jordan,diretor-cxccutivo da Associação dosTenistas Profissionais (ATP), anun-ciou que Frankfurt sediará o Cam-peonato Mundial ATP Tour, novadenominação do Masters de tênis,por três anos até 1992.

A saida do Madison se deve por-que a Associação Internacional deTênis Feminino (Wita) chegou nafrente da ATP e confirmou a suaversão do Masters. o Virgínia SlimsChampionship. para aquele local an-tes da entidade masculina. Isso jahavia sido anunciado pelo americano

NVeller Evans, representante da ATPnos torneios, no GP do Guarujá. emfevereiro passado.

Ainda houve a tentativa de semanter o campeonato em Nova lor-que - no Coliseu de Nassau ou noginásio Meadowlands —. mas Evansacenou com a possibilidades de reali-zá-lo na Arena de Wemblcy. em Lon-dres. ou na cidade belga de Antuér-pia. Mas a sede final foi na AlemanhaOcidental mesmo.

A primeira edição no ginásio in-(luar Festhalle será na semana de 12de novembro. O formato não estádecidido, embora Jordan tenha ditoque a entidade estuda, no momento,um esquema parecido com o Masters,onde oito jogadores são divididos emdois grupos, com todos se enfrentan-do. e os dois primeiros de cada chavepassando as semifinais. Há o cruza-

mento entre o melhor de um grupocom o segundo do outro para apon-tar os finalistas.

Jordan, ex-chefe da Casa Civil dopresidente democrata Jimmy Carter.confirmou que o evento será telcvi-sionado (para 70 países) pela SAI 1.uma das maiores redes de TV daAlemanha Ocidental, que tambémcuidará de todos os outros campeo-natos da ATP Tour em 1990. Ele nãoespecificou as cifras deste pacote,contando apenas que envolve milhõesde dólares.

Por falar em dinheiro, os oito elas-sificados para o ATP Tour WorldChampionship dividirão uma bolsade USS 2 milhões e. ao contrário doque acontecia, o torneio oferecerápontos para o ranking da entidadeequivalentes aos dos campeonatos doGrand Slam.

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pista ue grama, onue e recordistados 1.500 metros. Mas a fraquezada turma e seu estado atlético exu-berante podem lhe proporcionar avitória mesmo na raia de areia.Vai correr na ponta. Eletrizada,companheira de numero de Du-quesa Valka. é o melhor azar dacompetição. Esta em fase de evo-luçáo. vem de vitória fácil em tur-ma mais fraca e pode surpreenderai mais cotadas.

r~| O principal páreo do programade hoje no hipódromo de ( ida-

de Jardim, ein São Paulo, será o (II*Ipiranga na distância de 1.600 me-tros e pista de grama. A prova é aprimeira da tríplice coroa, que secompleta com os GPs Dertn Paulis-ta e Consagração. Destina-se a pro-dutos de três anos e oferecerá prêmiode NC/.S 40 mil ao vencedor. Osfavoritos são Siga Bravo, CaciqueNegro e Scalahrino.

Novo desafio ao francês

A motivação

que chega nahora certa

A transferência para a carismáti-ca Ferrari é o desafio de que

Alain Prost necessitava neste momen-to de sua carreira, um pouco lumul-tuada nestes dois anos. E foi ele mes-mo quem disse isso ontem, aoconfirmar sua ida para a equipe ita-liana, cm entrevista à televisão fran-eesa. "Desde que comecei na Fórmu-la I. lenho pensado em correr pelaFerrari. Acho que chegou o momen-lo, pois estou numa fase em que pre-ciso de motivação e talvez a encontrena Ferrari."

Na Fórmula 1 há nove anos, comdois titulos conquistados (85 e 86).Prost apresenta um outro motivo aojustificar sua passagem, a partir doano que vem. para o teum de Mara-nello. Ele considera o Ferrari, no mo-mento. o melhor carro, depois doMcLaren, mas acredita que a situa-çào será outra ano que vem. "A dite-rença está diminuindo e. em 199(1. ahistória será outra. Estou mudando

com o objetivo de ser campeão mun-dial". disse Prost, que vive em Yens,Suiça, com a mulher Anne-Marie e ofilho.

Como a imensa maioria dos pilo-tos. Prost começou no kart, categoriaem que foi campeão europeu júniorde 1972. Quatro anos depois, vence-ria o Campeonato Francês de For-mula Renault e no ano seguinte con-quistaria o título europeu da mesmacategoria, passando depois á Fórmu-la 3, na qual foi campeão francês, em78. e europeu, em 79. A estréia naFórmula I foi em 80, pela McLaren.Conseguiu um quinto lugar (no Bra-sil) e dois sextos, terminando em 15"lugar. No ano seguinte, passou para aRenault, que lançou os motores tur-bo. conseguindo suas primeiras pules(duas) e três vitórias (é o recordista,com 38 GPs vencidos em 148 disputa-dos). Continuou na Renault por maisduas temporadas (em 83 foi vice-campeão), passando em 84 á McLa-ren. na qual conquistou seus dois ti-tulos mundiais e foi duas vezes cam-peão. resultados que lhe possibilitamostentar, ainda, o recorde de pontos(5S3.5| e ser o piloto que mais \czesfoi do pódio na I I (77|

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Mercado começa a se definir

Com as transferências de AlainProst para a McLaren e Nelson Piquetpara a Benetton. o mercado da Fórmu-Ia I está praticamente definido para oano que vem, só faltando as mudançasnas equipes pequenas. A Lotus, teori-camente a última grande, deverá dis-putar a temporada de 90 com dois pilo-tos britânicos: Derek Warwick e MartinDonnely.

O japonês Satoru Nakajima estáacertando sua mudança para a Arrows,ao lado do suíço Gregor Foitek, que jádeixou a Eurobrun. e aqui em Monza

será substituído pelo argentino OscarLarrauri. piloto da escuderia ano pas-sado. Confirmado este esquema, o ame-ricano Eddie Cheever sobra e poderáaté deixar a Fórmula 1.

Para a próxima temporada, a Lotusesta tentando o motor VI2 da Lam-borghini. e por contar com o patroci-nio da Camel. lidera a fila compostapela Onyx e Brabham, esta última aba-lada pela prisão de seu proprietário,Joachim Luthi. A Lamborghini conti-nuará como fornecedora da Lola, mas

trabalhará com uma segunda equipepara desenvolver mais o seu motorV12.

Mudanças também são esperadas naLola. com a compra das ações de Di-dier Calmeis, preso por assassinar amulher, pelo industrial italiano CarioPatrucco, vice-presidente da Confin-dustria (Confederação das IndústriasItalianas). Patrucco é muito ligado aMichele Alboretto, o que garante apermanência do piloto italiano na equi-pe. A situação do francês Philippe Al-iiot. porém, é duvidosa. (M.P.N.)

Conta-Giros

Patrese — "Estou contente emcontinuar com a Williams, equipe pel iqual corro há dois anos e que tem bonsprojetos para o futuro." Dessa forma opiloto italiano Riccardo Patrese ana-lisou a renovação de seu contrato coma equipe de Frank Williams, apos lersua transferência cogitada para a Fer-rari "A Ferrari e uma opção paia ofuturo. Hoje, eles preferiram Prostafirmou Patrese que esta descansandona cidade italiana de Veneza antes do

GP da Itália, neste domingo, em Mon-/a.Stock-cars — Com treinos livresa partir de amanhã, começará em Inter-lagos o programa da sexta etapa do( ampeonato Brasileiro de Stock Cars,que '.era l7 soltas ou 50 minutos deduração O paulista Ingo Hoffmann li-dera o campeonato, com 783 pontos,sem unilar o descarte dos dois pioresicsultadosnoid ()s pilotos Rubens Barri-cheilo e Pedi o Paulo Dimz fazem lioie

um teste simulado do circuito de rua deVitória, que será inaugurado domingo,com a sétima etapa do CampeonatoBrasileiro de F Ford. Eles larào de-monstraçòes aos bombeiros e equipesmédicas sobre o procedimento para ca-sos de acidentes na pista A expectati-va crescerá ainda mais amanhã, com achegada dos outros 24 corredores ms-critos para os treinos oficiais A gran-de atração da prova e o goiano TomSlefam Neto. líder do campeonato com83 pontos e quatro vitórias

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Alain Prost troca McLaren por

Ferrari

Mair Pena NetoCorrespondente

MONZA. Itália — Alain Prost esta-rã ao volante de uma Ferrari, em 1990.O piloto francês assinou ontem, cm Lu-gano, na Suíça, contrato de um anocom a escuderia de Marancllo, no qualterá as mesmas condições de NigelMansell. Segundo a Ferrari. Mansellrenunciou á sua condição de primeiropiloto por amizade e consideração aProst. mas provavelmente recebeu umaboa compensação financeira para tan-to.

Com a capacidade técnica de Prost ea velocidade de Mansell. a Ferrari espe-ra fazer frente á McLaren, que terá doispilotos velozes em 90: Ayrton Senna cGerhard Berger. A escuderia italiana jáprovou ter um chassis melhor que o daMcLaren, o que poderá repetir ano quevem. caso Jonn Barnard permaneça emMaranello. Assim, o duelo se decidiráno motor. A Ferrari estréia neste finalde semana, um novo motor, com mais80 cavalos, que poderá acabar definili-vãmente com a diferença para o atéentão imbatível Honda.

Com convites da Williams e da Fer-rari. Alain Prost optou pela escuderiaitaliana, que parece mais próxima daMcLaren. As negociações entre a Fer-

rari e o piloto francês começaram emPaul Ricard, e terminaram ontem, apósvárias tentativas da McLaren de manterProst afastado das pistas por um anopara que não colaborasse com qualqueroutra equipe. O piloto francês, porém,não quis interromper sua carreira e teraano que vem um duelo crucial comAyrton Senna. Se vencer, poderá pro-var sua tese de diferença de tratamentona McLaren, ou melhor, na Honda. Seperder, deverá abandonar as pistas, de-finiiivamente derrotado pelo brasileiro.

A contratação de Prost também re-presenta. em primeira instância, umaderrota do diretor esportivo da Ferrari,Cesare Fiorio. No último Grande Pré-mio. na Bélgica, Fiorio assegurou queProst estava fora de coçitaçáo. c que ocompanheiro de Mansell seria um pilo-to italiano. Nicola Larini. seu preferido,assinou, também ontem, um contratode opção com a Ferrari de 1991 a 1993.O piloto italiano está acertado com aLigier para o ano que vem. no lucar doveterano René Arnoux. que deveráabandonara Fórmula 1. Se Larini fizeruma boa temporada, deve se mudarpara Maranello no ano seguinte, prova-velmente substituindo o próprio AlainProst. que retorna á McLaren, no casoda saída de Ayrton Senna.

Divulgação

\lansell ( E) aceitou deixar de ser o primeiro piloto da Ferrari para correr ao lado de Prost

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18 ? I" caderno ? quinta-rcira. 7/9/K9 n 2" Edição Esportes/Turfe JORNAL DO BRASIL

Graf e Sabatini decidem vaga

nova iorquk — Pela quintavez consecutiva em cinco anos, aalemà-ocidental Steffi Gral", primei-ra do ranking, chega às semifinaisdo Aberto de tênis dos EstadosUnidos. Ontem, diante da tchecaHelena Sukova, quinta do mundo evelha freguesa, a atual campeão dotorneio gastou apenas 45 minutospara marcar 6/1 e 6/1 e classificar-se para o jogo de amanhã contra aargentina Gabriela Sabatini. quederrotou a espanhola Arantxa San-chezem 3/6, 6/4 e 6/1.

A outra semifinal reunirá a ame-ricana Zina Garrison, responsávelpela eliminação da compatriotaChris Evcrt. e a tcheca naturalizadaamericana Martina Navratilova,que arrasou a búlgara ManuelaMaleeva, na terça-feira à noite, em6 0 e 6 0."Vocês sabem, sou uma máqui-na", ironizou Gral' após a vitória.Se não ê, está quase la. Até agora,ela disputou cinco jogos, venceutodos e só perdeu 14 games. Nestascinco partidas, ganhou quatro emmenos de uma hora. Agora, tem 67vitórias contra duas derrotas em1989. E, para desespero de Sukova,esta foi seu 11" triunfo contra atcheca em 11 jogos.

Ontem. Graf mais parecia estartreinando contra a jogadora quederrotou na final do Aberto daAustrália em janeiro passado. An-tes que Sukova vencesse seu primei;ro game. a alemã já tinha 5/0, só

perdendo cinco pontos. O únicomomento em que a tcheca (vice-campeã do US Open em 1986) teveigualdade, foi no primeiro game dasegunda série, quando manteve seusaque. Mas Graf não só empatoucomo ganhou outros cinco. No to-tal. ela aplicou três aees e só come-teu cinco erros não forçados. De-pois, deu uma idéia de seu mo-mento."Estou feliz com a maneira queestou jogando e isso é mais impor-tante do que o placar."

Sukova, do outro lado da rede edo placar, tentava explicar porquenada deu certo.

"Eu tinha uma tática boa, masforcei demais e perdi bolas fáceis."

A confiança de Steffi Graf naoparou ai. Questionada sobre aspossíveis rivais na semifinal, quan-do ainda não sabia o resultado dojogo entre Sabatini e Arantxa, elanão se abalou."Tentarei apenas tomar a vanta-gem e ditar o ritmo da partida. Am-bas tentarão forçar mais do que onormal. Eu procurarei fazer meujogo e não o delas."

Uma curiosidade: Arantxa e Ga-briela são as duas únicas tenistasque, em 89. venceram Graf. ambasem quadras de saibro e em três seis.A primeira, na final de RolandGarros. A segunda, na decisão doVirgínia Slims de Amélia lsland. naFlórida. Graf só precisou de 45 minutos [tara manter a mi

De voleio

Maria Ester — A ex-tenista bra-sileira Maria Ester Bueno passou á se-gunda rodada do torneio de duplas pa-ra veteranos ao vencer, ao lado daamericana Sharon Walsh. a australianaEvonne Goolagong e a americanaKerry Reid cm 2/6.6/4 c I 1. seguido dcabandono. Maria Ester venceu a chavefeminina do US Open por quatro vezese a de duplas outras cinco, a partir de1959.Aniversário — Quem está come-morando 10 anos de transmissões notênis é a rede de TV a cabo ESPN.especializada em esportes. Até 1" deagostoto passado, ela pôs no ar 1.910horas de tênis ao vivo. A primeira parti-da televisada pela emissora reuniu oamericano John McEnroe e o argentinoJose Luis Clerc. pela Copa Davis. em 16cie setembro de 1979. jogo vencido porBic Mac em 6,2 e 6 3.

Federation Cup — Quarentapaíses, um número recorde, participa-rào da 27a edição da Federation Cup.desta vez cm Tóquio. Japão, entre 1" e Sde outubro. Tchcco-Eslováquia. atualcampeã. Estados Unidos, com ChrisEvcrt e Martina Navratilova. Alemã-nha Ocidental, encabeçada por SteffiGraf. e Argentina, trazendo GabrielaSabatini. são as principais favoritas aotitulo. Também competirão, entre ou-Iras nações. Bulgária, Espanha. Cana-dá. França, Austrália. União Soviética,e Brasil.Duplas — O americano JohnMcEnroe e o australiano Mark Wood-lorde são os primeiros finalistas do tor-neio de duplas do Aberto dos EstadosUnidos ao vencerem o americano PaulAnnacone e o sul-alricano Christo vanRensburg cm 6 3, 3 6. 6 3 c 6,3.

O americano Aaron Krickstein. 16"do ranking, classificou-se para dispu-tar uma das semifinais do Aberto dosEstados Unidos, na sua melhor atua-ção no torneio, ao derrotar o compa-triota Jay Berger. I 3". por 3 6. 6 4. 6 2 e

1 0. que retirou-se após seguidas càim-bras. Seu adversário será o alemào-o-cidental Boris Bccker. segundo mun-do. que venceu o francês Vannick Noah.23". por 6 3. 6 2 e 6 2.

As quartas-de-final continuam hojecom dois jogos. O tcheco Ivan Lcndl.atual vice-campcào e primeiro do ran-king. enfrenta o americano Tim Ma-yotte, 10". A seguir, um duelo america-no de gerações: Jimmv Connors \ AndréAgassi. A final masculina será no domin-go, às 17h (horário de Brasília) e o eam-peão levará l SS 300 mil.

ATP muda Masters Conlor-me estava previsto desde o segundo se-mestre do ano passado, o torneio final datemporada masculina do lènis. reunindo

para final do US OpenNova Iorque — Reuters A

Clássico para

éguas é maior

atração hoje

O Clássico Independência, em1.600 metros, na pista dc areia, é amaior atração da programaçãodesta tarde no Hipódromo da Ga-vea. A prova tem duas deserções.Leana e Sparlctc Moon. mas rcú-nc boas corrcdoras na raia dcareia, entre elas Duquesa Valka,Daguettee Avis Raris, sem dúvidaos principais nomes.

Duquesa Valka, do Haras San-ta Ana do Rio Grande, tem atua-do sempre em distâncias dc fundo,acima dos 2.000 metros. Este pa-rece ser o principal obstáculo parasua vitória hoje á tarde. Emboraseja égua muito pronta dc partida,sua velocidade tem sido utilizadacm provas de ritmo mais modera-do. Aprontou suave os SOO metroscm 55s e caso acompanhe dc pertoa ligeiríssima Avis Raris. podevencer o páreo.

Daguette. do Stud Topázio.sempre foi especialista na raia dcareia, onde obteve os melhores rc-sultados de sua campanha. Bemcolocada no percurso da milha dc-ve se aproveitar da luta na trenteentre Avis Raris e Duquesa Valka.para tentar construir sua vitória.O jóquei Edson Silva Gomes aconhece bem e sua forte atropela-da deve ser esperada nos metroslinais.

Avis Raris tem preferencia pelapista de grama, onde e recordistados 1.500 metros. Mas a fraquezada turma e seu estado atlético exu-berante podem lhe proporcionar avitória mesmo na raia dc areia.Vai correr na ponta. Eletrizada.companheira dc número de Du-quesa Valka. é o melhor azar dacompetição. Está em fase dc evo-lução. vem de vitória fácil em ttir-ma mais fraca e pode surpreenderas mais cotadas.

I 1 O principal páreo do programa1— dc hoje no hipódromo de ( ida-de Jardim, em São Paulo, será o Cl'Ipiranga na distância de 1.600 me-tros e pista de grama. A prova é aprimeira da tríplice coroa, que secompleta com os (il's L)erb) 1'aulis-ta e Consagração. Destina-se a pro-dutos de três anos e oferecerá prêmiode NC7S 40 mil ao vencedor. Osfavoritos são Siga Bravo. ( aciqiieNegro e Scalabrino.

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encibilidade diante de Sukova

Krickstein decide vaga com Becker

os oito melhores da classificação mun-dial. sairá do Madison Square Garden.cm Nova Iorque, e mudará de nome apartir de 199(1. O americano HamiltonJordan, diretor-executivo da Associaçaodos Tenistas Profissionais (ATP), anun-ciou que Frankfurt sediara o Campeona-to Mundial ATP Tour. nova denomina-ção do Masters de lènis. por três anos ate1992.

A saída tio Madison se deve porque aAssociação Internacional de Tênis Fe-minino (Wita) chegou na frente da ATPe confirmou a sua versão do Masters. oVirgínia Slims Championship. paraaquele local antes da entidade masculina.|vm> ja havia sido anunciado pelo ameri-cano Weller I vans, representante daA l P nos torneios, no CiP do Guaruja.em fevereiro passado.

A primeira edição no ginásio inthuirFesthalle será na semana de 12 de no-vembro. O formato não esta decidido.

embora Jordan tenha dito que a enti-dade estuda, no momento, um esque-ma parecido com o Masters. onde oitojogadores são divididos em dois gru-pos. com todos se enfrentando, e osdois primeiros de cada chave passandoàs semifinais. Há o cruzamento entre omelhor de um grupo com o segundo dooutro para apontar os finalistas.

Jordan confirmou que o evento seratelevisionado (para 7(1 países) pela SAI1. uma das maiores redes de TV da Ale-manha Ocidental. Ele não especificou ascifras. Contou apenas que envolve mi-Ihões de dólares.

Por falar em dinheiro, os oito elassi-ficados para o ATP Tour World Cham-pionship dividirão uma bolsa de USS 2milhões e, ao contrário do que aconte-cia, o torneio oferecerá pontos para oranking da entidade equivalentes aosdos campeonatos do Grand Slam.

Alain Prost troca McLaren por

FerrariJLm Divulgação

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Mair Pena i\'etoCorrespondente

MONZA, Itália — Alain Prost esta-rá ao volante de uma Ferrari, em 1990.O piloto francês assinou ontem, cm Lu-gano. na Suíça, contrato de um anocom a cscudcria de Maranello. no qualterá as mesmas condições de NigelMansell. Segundo a Ferrari. Mansellrenunciou à sua condição de primeiropiloto por amizade e consideração aProst. mas provavelmente recebeu umaboa compensação financeira para tan-to.

Com a capacidade técnica de Prost ea velocidade de Mansell. a Ferrari espe-ra fazer frente á McLaren, que terá doispilotos velozes cm 90: Ayrton Sentia eGcrhard Berger. A cscudcria italiana jáprovou ter um chassis melhor que o daMcLaren, o que poderá repetir ano quevem, caso John Barnard permaneça emMaranello. Assim, o duelo se decidiráno motor. A Ferrari estréia neste finalde semana, um novo motor, com maisS0 cavalos, que poderá acabar definiti-vãmente com a diferença para o atéentão imbatível Honda.

Com convites da Williams e da Fer-rari. Alain Prost optou pela cscudcriaitaliana, que parece mais próxima daMcLaren. As negociações entre a Fer-

rari e o piloto francês começaram emPaul Ricard. e terminaram ontem, apósvárias tentativas da McLaren de manterProst afastado das pistas por um anopara que não colaborasse com qualqueroutra equipe. O piloto francês, porém,não quis interromper sua carreira e teráano que vem um duelo crucial comAyrton Senna. Se vencer, poderá pro-var sua tese de diferença de tratamentona McLaren, ou melhor, na Honda. Seperder, deverá abandonar as pistas, de-finitivamente derrotado pelo brasileiro.

A contratação dc Prost também rc-presenta, cm primeira instância, umaderrota do diretor esportivo da Ferrari.Cesare Fiorio. No último Grande Pré-mio. na Bélgica. Fiorio assegurou queProst estava fora de cogitação, e que ocompanheiro de Mansell seria um pilo-to italiano. Nicola Larini. seu preferido,assinou, também ontem, um contratodc opção com a Ferrari de 1991 a 1993.O piloto italiano está acertado com aLigier para o ano que vem. no lugar doveterano René Arnoux. que deveráabandonar a Fórmula 1. Se Larini fizeruma boa temporada, deve se mudarpara Maranello no ano seguinte, prova-vclmentc substituindo o próprio AlainProst, que retorna á McLaren, no casoda saída dc Ayrton Senna.

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Alain Prost necessitava neste momen-to de sua carreira, um pouco tumul-tuada nestes dois anos. E foi ele mes-mo quem disse isso ontem, aoconfirmar sua ida para a equipe ita-liana, em entrevista à televisão fran-cesa. "Desde que comecei na Fórmu-la I. tenho pensado em correr pelaFerrari. Acho que chegou o momen-to, pois estou numa fase em que pre-ciso de motivação e talvez a encontrena Ferrari."

Na Fórmula I há nove anos. comdois titulos conquistados (85 e X6).Prost apresenta um outro motivo aojustificar sua passagem, a partir doano que vem, para o Icam dc Mara-nello. Ele considera o Ferrari, no mo-mento. o melhor carro, depois doMcLaren, mas acredita que a situa-ção será outra ano que vem. "A dife-rença está diminuindo e. em 1990. ahistória será outra. Estou mudando

com o objetivo de ser campeão mun-dial". disse Prost. que vive em Yens.Suiça. com a mulher Anne-Marie e ofilho.

Como a imensa maioria dos pilo-tos. Prost começou no kart, categoriaem que foi campeão europeu júniorde 1972. Quatro anos depois, vence-ria o Campeonato Francês de For-mula Renault e no ano seguinte con-quistaria o titulo europeu da mesmacategoria, passando depois à Fórmu-la 3, na qual foi campeão francês, em7X, e europeu, em 79. A estréia naFórmula 1 foi em X0, pela McLaren.Conseguiu um quinto lugar (no Bra-sil) e dois sextos, terminando em 15"lugar. No ano seguinte, passou para aRenault, que lançou os motores tur-bo. conseguindo suas primeiras pules(duas) e três vitórias (è o recordista,com 38 GPs vencidos em I4X disputa-dos). Continuou na Renault por maisduas temporadas (em X3 foi vice-campeão), passando em 84 á McLa-ren, na qual conquistou seus dois ti-tulos mundiais e foi duas vezes eam-peão, resultados que lhe possibilitamostentar, ainda, o recorde de pontos(583,5) e ser o piloto que mais vezesfoi ao pódio na F 1 (77).

Mercado começa a se definir

Com as transferências de AlainProst para a McLaren e Nelson Piqueipara a Benctton. ò mercado da Fórmu-la I está praticamente definido para oano que vem. só faltando as mudançasnas equipes pequenas. A Lotus, teori-camente a última grande, deverá dis-pular a temporada de 90 com dois pilo-tos britânicos: Derek Warvvick e MartinDonncly.

O japonês Satoru Nakajima estáacertando sua mudança para a Arrows,ao lado do suíço Gregor Foitck. que jádeixou a F.urobrun. e aqui em Monza

será substituído pelo argentino OscarLarra.uri. piloto da cscudcria ano pas-sado. Confirmado este esquema, o ame-ricano Eddie Cheever sobra e poderáaté deixar a Fórmula 1.

Para a próxima temporada, a Lotusestá tentando o motor V12 da Lam-borghini, e por contar com o patroci-nto da Camcl, lidera a fila compostapela Onvx c Brabham, esta ultima aba-lada peia prisão de seu proprietário.Joachim Luthi. A Lamborghini conti-nuará como fornecedora da Lola. mas

trabalhará com uma segunda equipepara desenvolver mais o seu motorVI2.

Mudanças também são esperadas naLola. com a compra das ações de I)i-dicr Calmeis, preso por assassinar amulher, pelo industrial italiano CarioPatrucco. vice-presidente da Confin-dustria (Confederação das IndústriasItalianas). Patrucco e muito ligado aMichele Alboretlo. o que garante apermanência do piloto italiano na equi-pe. A situação do francês Phihppe Al-iiot. porém, é duvidosa. (M.P.N.)

8- PAREÔ às 17.30 - 1.200 metros

9 PAREÔ As 18.00 - 1 100 metros

10- PAREÔ As 18,30 1.20Ü metros

Conta-Giros

Patrese — "Estou contente cmcontinuar com a Williams, equipe pelaqual corro há dois anos e que tem bonsprojetos para o futuro. Dessa lorma opiloto italiano Riccardo Patrese ana-lisou a renovação de seu contrato coma equipe de Frank Williams, após tersua transferência cogitada para a Fer-rari. "A Ferrari é uma opção para ofuturo. Hoje. eles preferiram Prost".afirmou Patrese que esta descansandona cidade italiana de Veneza antes do

GP da Itália, neste domingo, em Mon-/a.Stock-cars — Com treinos livresa partir de amanhã, começara em Inter-lagos o programa da sexla etapa doCampeonato Brasileiro de Stock C ars.que terá I7 voltas ou 50 minutos dcduração. O paulista Ingo Hoffmann li-dera o campeonato, com 7S3 pontos,sem contar o descarte dos dois pioresresultadosFord — Os pilotos Rubens Barri-chdlo c Pedro Paulo Dmiz fazem hoje

um teste simulado do circuito dc rua deVitoria, que será inaugurado domingo,com a sétima etapa do CampeonatoBrasileiro de F Ford. F.les faraó de-monstraçòes aos bombeiros e equipesmédicas sobre o procedimento para ca-sos de acidentes na pista. A expectati-va crescera ainda mais amanhã, com achegada dos outros 24 corredores ms-critos para os treinos oficiais. A gran-de atração da prova e o goiano TomStefani Neto. líder do campeonato comX3 pontos e quatro vilórias.

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Indicações1o Laon ¦ Goalby ¦ Kit Light2o Alheei ¦ Henbruio ¦ Jatene3o General Gutierrez ¦ Orkan B Dabman4o Martlaine ¦ Phone Trick B Hnl-ny5o Bvergreen Park ¦ Querorredo n Magai6o Elrond ¦ Jet Tudor CS Emam d- Ver d'7a Duquesa Valka ¦ Daguette B Avis Rans8" Pankshin ¦ Ipiaic B Ma./9o Josilou B Humbie B E>eas ng Hea<10°Ennca B Sollamagioro B l.ia f Beta

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Eurico cno^uma crise na CBF em plena briga internarumal pela clussijicuruo

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JORNAX DO BRASILEsportes quinta-feira, 7/9/89 ? 1"caderno ? 19

Licença pedida por Eurico vale como demissão da CBFJ_ _£ André Durão—16/01/89

Oldemário Tougiiinlió

O pedido de licença cio cargo, solicitado, ontem, pelodiretor de futebol da Confederação Brasileira de Futebol,Eurico Miranda, tem a força de um pedido de demissão. Elesc considerou desprestigiado pelo presidente da ÇBF, Ricar-do Teixeira, por ter sido outro o escolhido para viajar à Zuri-que — o primeiro vice-presidente, Allredo Nunes.

Eurico acha que ele è quem deveria ser o parceiro deviagem de Ricardo á Suiça. para acompanhar (e depor) noprocesso que a Fila abriu para julgar os incidentes de domin-go passado, no Maracanã, quando o Brasil derrotou oChile por l a 0 e os chilenos abandonaram a partida, aos 23minutos do segundo tempo.

Ê o diretor de futebol que tem de tratar desses assuntos,assessorando o presidente, pensa Eurico. Mas, o conflitoainda tem como ser superado. A frase usada pelo diretor defutebol, "se esse quadro não mudar, não volto", é um sinalque ainda pode haver conversa. Ontem à noite, ambos em-baixaram para a Europa, quase no mesmo horário. Eurico,acompanhado da mãe, para Portugal, as 22h. Ricardo Teixei-ra, sua mulher Lúcia Havelange e o vice Alfredo Nunes, às22h45 para Zurique.

Ontem á noite, em pleno aeroporto, Ricardo apresentou aseguinte versão: uma carta ele recebeu de Eurico, pe-dindo licença por tempo indeterminado, alegando problemasparticulares.

"Não conversei com Eurico", garantiu. Mas,entre a carta e essas declarações, Ricardo conversou com odiretor administrativo da CBF, e seu amigo, Sérgio Bandeirade Melo. E por esta conversa, ficou sabendo que a licençade Eurico é. na verdade, uma demissão.

Sobre o argumento de "desprestigio" usado por Eurico,Ricardo disse que teve vontade de chamá-lo para viajaremjuntos à Zurique, mas, como ele tinha compromisso emPortugal, com sua mãe, preferiu convidar Alfredo Nunes.

Imposto de Renda — Outro argumento para a criseloi a premiação dos jogadores pela classificação à Copa doMundo, na Itália. Eurico havia prometido um prêmio maior,mas conforme o diretor financeiro da CBF, Gilberto Coelho,não era possível pagar aos jogadores sem o desconto doimposto de renda. "A CBF é urna entidade muito fiscalizadapela Receita, ela mesmo paca imposto. E. se nós arcássemoscom essa responsabilidade, teríamos um acréscimo em nossasdespesas de NC/S l milhão", explicou Coelho.

O prêmio, bruto, foi de NCzS I01 mil para cada jogador.Com o desconto de imposto de renda reduziu para NCzS 70mil. Essa diferença de NCzS 31 mil não foi bem aceita pelodiretor de futebol Eurico Miranda. "Todo mundo pagaimposto de renda, por que jogador de futebol não vai pagar ?respondeu interrogativamente Ricardo Teixeira.

Se a crise persistir, o resto do departamento de futebolpoderá ser envolvido. Embora Lazaroni tenha contratoaté a Copa do Mundo, e o único compromisso da seleçãobrasileira, este ano, seja no dia 14 de outubro, contra aItália, em Bolonha, ha uma corrente paulista que defende aescolha do corintiano Adilson Monteiro Alves para o cargode diretor de futebol da CBF. O outro nome seria Medrado.Dias. atual presidente da Suderj (Superintendência dos está-dios do Rio de Janeiro). Eurico criou uma crise na CBF em plena briga internacional pela classificação

Chilenos vêem complô

para favorecer Brasil

SANTIAGO — Um dos observadores da Fifa que estive-ram no Maracanã, o espanhol Agustín Dominguez, foi acu-sado ontem pelo presidente da federação chilena, SérgioStoppel, de estar falseando os fatos acontecidos no está-dio para favorecer os brasileiros. Segundo Stoppel, os chile-nos saíram de campo porque o goleiro Rojas foi atin-gido por um sinalizador luminoso atirado no campo por umatorcedora e os jogadores não se sentiam seguros paracontinuar o jogo.

Stoppel disse que a versão de Dominguez de que oschilenos abandonaram o campo de jogo por falta de con-dições psicológicas é falsa. De acordo com o dirigente, .oobservador espanhol está mentindo porque é amigo dopresidente da Fifa. o brasileiro João Havelange. "Por isso,vamos pedir á Fifa que não leve em conta o relatórioque ele (Dominguez) entregou á entidade sobre as agressõesque sofremos no Maracanã", afirmou Stoppel.

Mas não è só o presidente da federação que está enxergan-do um complô para ajudar os brasileiros. O treinadorOrlando Aravena também afirmou que as versões que dãoconta que o goleiro Rojas apenas simulou ler sido atingi-do pelo projétil são "mentiras com as quais os brasileirosestão tentando justificar o injustificável." No complô, Arave-na inclui o juiz da partida, Juan Carlos Lostau, a quem acusade preferir transferir "a responsabilidade sobre o resultado dapartida por ter medo das autoridades da Fifa que esta-vam no Maracanã."

Desculpas — Em Brasilai, o chanceler chileno l lernanFelipe Errazuriz disse ao secretário-geral do Itamaraty, PauloTarso, que as declarações do almirante José Toribo Merino,chefe da Marinha, fazem parte de uma atitude isolada, nãoexpressando o pensamento do governo chileno. Com o objeti-vo de amenizar a atitude do almirante, o chanceler envioutelex ao Itamaraty, com a cópia de uma nota. divulgada pelaimprensa chilena, onde o governo do general Pinochet assegu-ra que "um episódio desportivo não irá afetar as excelentesrelações de amizade entre os dois paises. Nosso apreçopelo povo brasileiro sc mantém inalterado. É uma nação dehomens progressistas e amigos."

A embaixada brasileira em Santiago esta preocupada comnovas agressões, hoje, e já pediu proteção as autorida-des chilenas, informou a encarregada de negócios HeloísaVilhena de Araújo. Domingo, depois da tumultuada partidado Maracanã, cerca de mil chilenos cercaram a sede darepresentação diplomática brasileira, e, aos gritos, quebrarammais de 40 vidraças, além de queimarem uma bandeira bra-sileira.

A encarregada de negócios informou que o pedido deproteção para o 7 de setembro não deve incluir nenhumamedida excepcional, mas não negou o fato de que a missãodiplomática estaria recebendo telefonemas anônimos de tor-cedores enraivecidos.

Napoli empata e divide

liderança na Itália

com Juventus e Inter

ROMA — A terceira rodada do campeonato italiano,realizada ontem, serviu para recolocar a Intcmazionale, deMilão, e a Juventus. de Turim, em primeiro lugar, junto aoNapoli, líder isolado ate entào. O time napolitano, ijue haviavencido as duas partidas disputadas ate entào, foi a Cesenae empatou com o time local por (I a 0. As duas equipestiveram um jogador expulso.

Em Gênova, o Roma conseguiu importante resultado aoderrotar o Genoa por 2 a 0, com gols do alemao RudiVoeller, no segundo tempo. Os jogadores Perdomo e Aguille-ra, da seleção uruguaia, jogaram todo o tempo, enquantoRuben Paz entrou em campo nos últimos 25 minutos. Perdo-mo e Paz jogaram pelo Uruguai no fim de semana, pelaseliminatórias da Copa, na partida contra a Bolívia, em LaPaz.

A Intcmazionale. campeã da temporada SX 89, derrotou,em Milão, ao Lecce. por 2 a 1.0 Lecce chegou a estar emvantagem (gol do argentino Pasculli). mas o time milanésvirou o resultado com gols dos alemães Klinsmann eBrehme (de pênalti).

Outros resultados — Juventus 3 x I Fiorentina,Ascoli 2 x 1 Sampdoria. Atalanta o \ I Milan. Bari 2 x 1Verona, Lazio 1 x 1 Cremonesc e l dinese I x 1 Bologna.Classificação: 1" Napoli, Juventus e Inter, 5; 4" Milan, Bari eRoma, 4.

Maradona — Depois de esperar por 21 dias o retornode Maradona, o presidente do Napoli, t orrado Ferlaino,reuniu-se com o jogador, ontem, por mais de 40 minutos, eparece ter encerrado a novela que marcou a volta doargentino ao Napoli. Dirigentes do time napolitano conside-raram a conversa "muito cordial."

Judô — Cerca de 32 judocas, que treinam em São Paulopara o Campeonato Mundial, em outubro, na lugoslavia.vão se transferir para o Rio a partir de segunda-feira. Elesficarão concentrados no Centro de Ireinamento de San-ta Cruz até dia 30, época na qual deverá sair a convocaçãooficial para o Mundial.

Surfe I — A Associação Brasileira de Surfe Profissional(Abrasp) já confirmou o patrocinador da última etapa de,seu circuito, programada para novembro. Responsável pelaetapa de março, a Sca Club é a nova patrocinadora e.vai substituir a tradicional empresa Town iÜ: Countrv, que'saiu do circuito alegando despesas excessivas.

Surfe II — A partir de amanhã, alguns dos principaissurfistas cariocas participam da sexta etapa do Campeonato'Estadual de surfe da Organização de Surfistas Profissionais(OSP), no Arpoador. Dada Figueiredo e o favorito paravencer mais essa etapa e permanecer na liderança do rankingestadual. Além dele, são destaques Pedro Muller, primeirolugar no Circuito Brasileiro, e Roberto Casquinha.

Iatismo — O campeonato estadual de prancha a velacomeça hoje, em São Pedro da Aldeia, com sete regatas, queserão disputadas até domingo, servindo de preparação para oMundial da categoria, de 14 a 24 deste mes, na Espanha. ()•Brasil será representado pelo atua! campeão brasileiro, Geor-ge Rebello, Yuri Tagutti, Henrique Jordan e Cristina Mato-sos Maia. Tem inicio também o estadual de lunboard.uma variação do slalon, que sera realizado oficialmente pelaprimeira vez.Luta — O brasileiro Roberto Leitão, da Atlantictur. foi o10" colocado na categoria estilo li\re no Campeonato Mun-dial de Luta Olímpica, disputado em Martigny, Suiça. I meobrasileiro na competição, que reuniu mais de 400 atletas de 40

países, Leitão volta a lutar entre 20 e 2t> de novembro naCopa de Caracas, Venezuela

Pólo — Depois de dois adiamentos em razão do mautempo e da desistência de duas equipes, começa hoje, no Hei-vetia Polo Country Club, cm Indaiatuba, interior paulista, oInterwew Open de Polo, correspondente ao campeona-to aberto de São Paulo, com nove equipes e os principaisjogadores do Brasil, Argentina e Uruguai.

VIENA — Com muito empenho ededicação, a seleção austríaca conseguiuum empate valioso para suas preten-sòes de alcançar a classificação para aCopa do Mundo de 90, na Itália. Com oestádio lotado (mais de 60 mil pessoaspresentes), .a Áustria empatou com aUnião Soviética por 0 a 0, assumindo asegunda colocação do grupo 3 europeu.

A Áustria procurava jogar nos con-tra-ataques, sem sucesso. Nos 25 minu-tos finais de jogo, sentindo que nãoconseguiriam furar o bloqueio soviéti-co, os austríacos recuaram, passando agarantir o resultado. A torcida feste-jou o empate sem gols como uma vitó-ria, enquanto o treinador comemora-va, afirmando: "Agora estamos a umpasso da classificação, apesar de ainda

Austríacos festejam 0 a 0 com URSS

Grupo 3faltar muito para termos um time depeso."

Em Rcykjavik, a Islândia perdeu suasúltimas chances de chegar ao Mundial daItália ao ser derrotada, ontem, pela Ale-manha Oriental, nesta cidade, por 3 a 0.Os alemães fizeram seus gols no segundotempo, cm apenas 10 minutos, depois deencontrar sérias dificuldades de para en-trar na defesa islandesa no primeiro tem-po. Com a derrota, a Islândia passou aser a lanterna do grupo, posição até en-tão ocupada pela Alemanha.

A Alemanha Oriental tem remotaschances de conseguir a classificação: pre-cisa vencer as duas partidas que faltam, eÁustria e Turquia têm que perder doispontos nos seus últimos jogos.

CI»«lflca9*o PQ J V I DOPGC1° URSS 9 6 3 3 0 8 22° Austria 7 6 2 3 1 6 63° Turquia 5 5 2 1 2 8 64° Al Oriental 5 6 2 1 3 7 95° Islandia 4 7 0 4 3 4 10Pr6xlmo» Jogos:20/09 — IslAndia x Turquia07/10 — Al. Or. x URSS25/10 —Turquia x Austria08/11 — URSS x Turquia15/11 — Austria x Al Or.

* Nos grupos do cinco equlpes. clnssili-cam-se os dois primeiros, nos de qualro, oprimeiros e mais os dois moinores entreos trfts segundos colocados

Iugoslávia vence e se classifica para

a Copa

ZAGREB. Iugoslávia — A Iugoslávia garantiu ontemsua participação na Copa do Mundo de 1990 ao vencer aEscócia por 3 a 1. depois de terminar o primeiro tempoperdendo. Mesmo sendo derrotada, a seleção escocesa deve-rá ser a secunda classificada do grupo 5 das eliminatóriaseuropéias" pois precisa de apenas um ponto em doisjogos para visar seu passaporte para a Itália. A França,treinada por Michel Paltini, a outra força do grupo, estáfora da Copa.

Os escoceses levarão muito tempo para esquecer o jogode ontem. Nem tanto pela derrota, mas pelo azar deseus jogadores de defesa. A partida estava empatada em 1 a

1 _ go|s de Gordon Durie, para a Escócia, e Srec-ko Katanec —, quando, em apenas um minuto, os escocesesfizeram dois gols contra: o primeiro através de SteveNicol. aos 13 minutos do segundo tempo, e o outro porGary Gillespie, aos 14.

Bélgica goleia e deixa Portugal mal

Grupo 5

Classificaffio E D GP OCPT.1°) lugosl&via 2 - 13 5 102°) Esc6cia 1 1 11 8 93°) Noruega 119 7 54°) Franca 3 2 5 7 55°) Chipre 1 5 5 16 1Pr6ximos jogos: Franpa x Esc6cia; Chipre x lugoslAvia;Escócia x Noruega, e França x Chipre

Inglaterra empata e

jica perto da vaga

ESTOCOLMO — A Inglaterra deu ontem um grandepasso para se classificar para a Copa do Mundo de 90 aoempatar com a Suécia por 0 a 0. nesta cidade. Os ingleses, quenão tomam gol há cinco partidas, lideram o grupo dois dachave européia, com os suecos vindo em segundo com seis. Ostorcedores ingleses promoveram um quebra-quebra nas ruaspróximas ao" estádio, antes do jogo. A Polícia interveioe. depois de uma verdadeira batalha, prendeu cem pessoas,muitas, aproveitando a confusão, assaltaram um supcrmerca-do, levando todas as bebidas.

Bruxelas — A Bélgica nãoteve dificuldades para derrotar Por-tugal por 3 a 0 — gols de Marc VanDer Linden (2) e Jan Ceulemans —,ontem, e praticamente garantir asua presença na Copa do Mundoda Itália, ano que vem. O resultadodeixa Portugal em má situação,pois. agora, precisa vencer três dosquatro jogos que lhe restam, masenfrenta Suíça, Luxemburgo e T-checo-Eslováquia fora de casa. sórecebendo um adversário — a pró-pria seleção tcheca. no jogo de vol-ta — em Lisboa. Os tchecos são osadversários diretos dos portuguesesna luta pela vaga na Copa de 90.

No começo do jogo, Portugalaté deu a impressão de que poderia

fazer frente aos donos da casa.Com boas jogadas de Rui Barros eFutre. os portugueses chegaram alevar perigo ao gol de Preud'hom-me. Aos poucos, porém, os belgas,usando a velocidade do seu meio-campo, envolveram o time adversá-rio e, aos 35 minutos, marcaram oprimeiro gol, através de Ceule-mans.

No segundo tempo, os 36 miltorcedores que compareceram aoestádio de Heysel vibraram com ofutebol rápido e objetivo da seleçãobelga, que marcou mais dois golsatravés do artilheiro (sete gols nasúltimas seis partidas) Van Der Lin-den, aos 13 e 23 minutos.

A Áustria de Artner (com a bola) não conseguiu vencer a unzz ae jyu.wuui/

Grupo 7

Ctniiflcaçfc)1°) Bélgica2°) Tcheco-

Eslováquia3°) Portugal4o) Suiça5") Luxemburgo

Próximos Jogos:20'09 - Suiça x Portugal06/10 - Theco-Eslovaquia x Portugal11/10- Luxemburgo x Portugal11/10 - Suiça x Bélgica25/10 - Bélgica x Luxemburgo25/10 - Tcheco-Eslovàquia x Suíça15/11 • Suiça x Luxemburgo15 11 - Portugal x Tcheco-Esiovâquia

J V QP QC PTs1") Inglaterra 5 3 10 82°) Sufecia 4 2 63°) Polonia 3 1 24") Albania 4 - 10 0Pr6ximas partidas: Sufecia x Albania; Polonia x Inglaterra;-Poldnia x Sufecia, e Albania x Poldnia.

País de Gales perdee fica em má situação

HELSINQUE — A Finlândia derrotou ontem o País deGales por um l a 0, gol de Mika Lipponen. aos cinco minu-tos do segundo tempo, pelo grupo quatro das eliminatóriaseuropéias para a Copa do Mundo de 1990. O resultado-praticamente desclassifica os galeses, que tém apenas doispontos em quatro jogos, e mantém as esperanças dos fin-landeses. que fizeram, também em quatro jogos, três pontos.O grupo é liderado pela Holanda, com seis pontos, vindodepois a Alemanha Ocidental, com cinco.

OP QC PTs1°)Holanda 62°)Alernanha Ocidental 53")Finlandia 34°)Gales - 2 2Próximos jogos: Alemanha Oc. x Finlândia. Gales x Ho-landa; Alemanha Oc. x Gales e Holanda x Finlândia.

João SaldanhaO bate-papo sobre o toque de bola.

JORNAL DO BRASIL,Esportes 2" Edi^iio u guinla-leira, 7/-) 89 r: l"caderno ? 19

Licença pedida por Eurico vale como demissão da CBF

—* J- Andró Durão— 16/01/89

Oldenuírio Touguinhó

O pedido de licença do cargo, solicitado, ontem, pelodiretor de futebol da Confederação Brasileira de Futebol,

I nrico Miranda, tem a força de um pedido de demissão. Elese considerou desprestigiado pelo presidente da CBF, Ricar-do feixeira. por ter sido outro o escolhido para viajar aZurique o primeiro vice-presidente, Alfredo Nunes. Euricoacha que ele è quem deveria ser o parceiro de viagem deRicardo á Suíça, para acompanhar o processo que a Fifaabriu para julgar os incidcntcs no jogo Brasil x Chile, noMaracanã.

Ontem à noite, ambos embarcaram para a Europa, quase110 mesmo horário. Eurico. acompanhado da mãe e do pai,foi para o Porto, em Portugal, ás 22h. Ricardo Teixeira, suamulher. Lúcia, c o vice Altredo Nunes, às 22h45, paraZurique Mas não se encontraram, porque Eurico teve pro-blemas com o trânsito e chegou atraso. Foi o último a entrarno avião, onde já estavam também Valdo, Aldair e Branco.Nesse momento. Ricardo Teixeira estava na sala VIP e nemviu I lírico.

Furico admitiu, antes de entrar no avião, que realmentetem havido problemas com ele no comando do futebol econfirmou que se reapresenta ao Vasco na segunda-feira,para assumir o futebol do clube. Sò depois resolve suasituação na CBF

Antes de embarcar. Ricardo disse que recebeu carta deI urico. pedindo licença por tempo indeterminado, alegandoproblemas particulares.

"Nao conversei com Eurico , garan-nu. Mas Ricardo conversou com o diretor administrativo daCBF. e seu amigo. Sérgio Bandeira de Melo c teria ficadosabendo que a licença de Eurico é. na verdade, uma demissão,embora pretenda, na volta, segunda-feira, convencer o diretorde futebol a não deixar a CBF.

Ricardo disse que teve vontade de chamar Eurico paraM.ii.uem |untos a Zurique, mas. como ele tinha compromissoem Portugal, preferiu convidar Alfredo Nunes. A versãoextra-oficial, no entanto, e de que Ricardo ficou temerosocom o temperamento de Lurico. que poderia explodir duranteo julgamento da Hfa. com alguma atitude dos chilenos, ecomplicar a situação, que Ricardo considera praticamentedecidida a favor do Brasil.

() presidente da CBF admite, no máximo, uma punição aoMaracanã, pois não se pode negar que caiu um rojão noestádio. Mas acha que o Chile será muito mais penalisado eque se o goleiro Rojas não comparecer poderá ser severamen-te punido, pois o goleiro seria submetido a algum tipo deexame, por médicos da Hfa. O presidente da C BI deixou noar que poderia ler sido sugestão da CBF que a Fila enviasseao iogo um observador importante, como e o espanholAsustin Dominguez, que pertence ao comitê executivo daF,ia-

Outro motivo da crise loi a premiaçao dos jogadores pelaclassificação a Copa do Mundo. Eurico não concordou com adecisão do diretor financeiro da CBF, Gilberto Coelho, dedescontar o imposto de renda dos jogadores. Coelho alegouiji.se a i HF e muito fiscalizada pela Receita c que se "nós

areassemos com essa responsabilidade, teríamos um acresci-mo em nossas despesas de N( 7$ l milhão .

Eurico criou urna crise na CBF cm plena briga internacional pela classificação

Chilenos falam em complô contra eles

SANTIAGO — Um dos observado-res da Fifa que estiveram 110 Maracanã,o espanhol Agustin Dominguez, foi acu-sado ontem pelo presidente da federa-çáo chilena, Sérgio Stoppel, de estarfalseando os fatos acontecidos no está-dio para favorecer os brasileiros. Se-gundo Stoppel. que viaja hoje para Zu-rique, encabeçando a delegação chilenaque assistirá ao julgamento da Fifa sobreo jogo inacabado, sua seleção saiu decampo porque o goleiro Rojas foi atingi-do por um sinalizador luminoso, atiradono campo por uma torcedora e os joga-dores não se sentiam seguros para conti-nuarojogo.

Stoppel disse que a versão de Do-minguez de que os chilenos abandona-ram o campo de jogo por falta de con-dições psicológicas ò falsa. De acordocom o dirigente, o observador espa-nhol esta mentindo, porque e amigo dopresidente da Fifa. o brasileiro JoãoMavelange. "Por isso. vamos pedir áFifa que não leve cm conta o relatóriodele.

Os chilenos viajam hoje acompanha-dos de um representante da televisão

nacional, portando teipes do jogo, eum jornalista, que diz ter visto poli-ciais brasileiros o técnico Orlando Ara-vena. Além disso, carregam recortes dejornais, com comentários de que "noBrasil, a imprensa feriu o Chile, não só ofutebol, como o pais". Segundo o presi-dente da federação, imagens do canal 5(emissora da Universidade Católica deValparaiso), filmadas pelo cincgrafistaEduardo Gandulfo, mostram o momen-to exato em que o foguete caiu "sobre"Rojas.

Ontem, os dirigentes confirmaramque o goleiro Rojas não viajará a Zuri-que. apesar de convocado pela Fifa.porque os médicos chilenos lhe deramordens para continuar em repouso.

Desculpas — Em Brasília, o chan-celer chileno llernan Felipe Erra/uri/disse ao secretário-gcral do Itamaraty.Paulo Tarso, que as declarações do altni-rante José Toribo Merino. chefe da Ma-rinha, fazem parte de uma atitude isola-da, não expressando o pensamento dogoverno chileno. O almirante chamou oBrasil de "pais primitivo", mas com o

objetivo de amenizar a atitude do militar,o chanceler enviou telex ao Itamaraty,com a cópia de uma nota. divulgada pelaimprensa chilena, onde o governo do ge-neral Pinochet assegura que "11111 episó-dio desportivo não irá afetar as excelen-tes relações de amizade entre os doispaises. Nosso apreço pelo povo brasilei-ro se mantém inalterado. E uma naçãode homens progressistas e amigos."

A embaixada brasileira cm Santiagoestá preocupada com novas agressõese já pediu proteção ás autoridades chi-lenas, informou a encarregada de nc-sócios Heloísa Vilhena de Araújo. Do-mingo, depois da tumultuada partidado Maracanã, cerca de mil chilenos cer-caram a sede da representação diploma-tica brasileira, e. aos grilos, quebrarammais de 40 vidraças, além de queimaremuma bandeira brasileira.

A encarregada de negócios informouque o pedido de proteção para o 7 desetembro não deve incluir nenhuma me-dida excepcional, mas não negou o fatode que a missão diplomática estaria rece-bendo telefonemas anônimos de torcedo-res enraivecidos.

Ill.soslávia vence e se classifica para

a Copa

Andró Durào

ZAURFB. Iugoslávia — A Iugoslávia garantiu ontemsua participação na Copa do Mundo de 1990 ao \cnccr aEscócia por 3 a 1. depois de terminar oprimeiro tempoperdendo. Mesmo sendo derrotada, a seleção escocesa deve-ra ser a segunda classificada do grupo 5 das eliminatóriaseuropéias, pois precisa de apenas um ponto em doisjogos para visar seu passaporte para a Itália. A França,treinada por Michel Paltini. a outra força do grupo, estáfora da Copa

<>• escoceses levarão muito tempo para esquecer o jogode ontem. Nem tanto pela derrota, mas pelo azar deseus joeadores de delesa. A partida estava empatada em 1 a

1 cols de Ciordon Durie. para a Escócia, e Srec-ko KaUincc . quando, em apenas um minuto, os escocesesfizeram dois gols contra; o primeiro através de Stc\cNicol. aos 13 minutos do segundo tempo, e o outro por(jary Gillespie. aos 14.

Grupo 5

d2°l3°)4 )5")

ClassificaçãoIugosláviaEscóciaNoruegaFrançaChipre

E D CP GCPTa- 131 11

95

5 5

10955

16 1o wProximos |ogos França x Escócia, Chipre x Iugoslávia.Escócia x Noruega, e França x Chipre

Goleada belga deixa

porlugueses ameaçadosHRCXl I.AS — A Bélgica não teve dificuldades para

derrotar Portugal por 3 a 0 — gols de Mare Van Der Linden(2) e Jan Ceulcmans —. ontem, e praticamente garantir a suapresença na Copa do Mundo da Italia. ano que vem. Oresultado deixa Portugal em má situação, pois. agora, precisavencer três dos quatro jogos que lhe restam, mas enfrentaSuiça. Luxemburgo e Tcheeo-hslovaquia tora de casa. sòrecebendo um adversário - a própria seleção tehcca. no jogode volta - cm Lisboa. Os tchecos sao os adversariosdiretos dos portugueses na luta pela vaga na Copa de 40.

Com a vitória, a Bélgica soma III pontos tem seis jogos),seguida da '! checo-Eslovaquia, com sete (em cinco). Portugaltem cinco pontos em quatro partidas; a Suíça, dois em qua-tro; e. já eliminado. Luxemburgo, sem ponto ganho em cincojogos.Em I stocolmo. a Inglaterra deu ontem um grande passo parase classificar para a Copa do Mundo, ao empatar com aSuécia por 0 a (I. Os ingleses, que não tomam gol há cincopartidas, lideram o grupo 2. com oito pontos, enquanto ossuecos tém seis (o grupo só classifica automaticamente oprimeiro).

Os torcedores ingleses promoveram um quebra-quebranas ruas próximas ao estádio, antes do jogo. A policiainterveio e. depois de uma verdadeira batalha, prendeu cempessoas, muitas, aproveitando a confusão, assaltaram umsupermercado, levando todas as bebidas.

Pelo grupo 4, em Helsinque, a Finlândia conseguiu suaprimeira vitória — I a 0 no Pais de Gales, gol de Lippo-nen. aos cinco minutos do segundo tempo. As duas equipes,porém, não têm muitas pretensões na chave que tem, ainda.Holanda, líder, com seis pontos; e Alemanha Ocidental,segunda, com cinco.

No grupo 3. que classifica os dois primeiros, a Áustriaconseguiu empate valioso com a União Soviética, cm 0a 0, resultado que deixa bem as duas: os soviéticos continuamliderando, com nove pontos, seguidos dos austríacos, comsele Pela mesma chave, a Alemanha Ocidental derrotou a ls-lándia por 3 a II. em Reikjavik. a agora ocupa o quarto lugar,com cinco pontos, junto da Turquia. Os islandeses estão emquinto, com quatro.

Gustavo (E) não estava escalado, jogou e ainda marcou o gol da vitoria

Botafogo consegue boa vitória

sobre Internacional na estréia

Judô — Cerca de 32 judocas. que treinam em São Paulopara o Campeonato Mundial, em outubro, na lugoslavia.vão se transferir para o Rio a partir de segunda-lcira. F.lesficarão concentrados no Centro de 'Iremamento de San-ta Cruz até dia 30. época na qual deverá sair a convocaçãooficial para o Mundial.Surfe I— A Associação Brasileira de Surle Profissional(Abrasp) já confirmou o patrocinador da última etapa deseu circuito, programada para novembro. Responsável pelaetapa de março, a Sea Club e a nova patrocinadora evai substituir a tradicional empresa Tovvn 4; Countrv. quesaiu do circuito alegando despesas excessivas.Surfe EL — A partir de amanhã, alguns do-, principaissurfistas cariocas participam da sexta etapa do CampeonatoEstadual de surle da Organização de Surfistas Profissionais(OSP), no Arpoador. Dadá Figueiredo e o favorito paravencer mais essa etapa e permanecer na liderança do rankingestadual. Além dele, são destaques Pedro Muiler. primeirolugar no Circuito Brasileiro, e Roberto Casquinha.Iatismo — O campeonato estadual de prancha a velacomeça hoje. em São Pedro da Aldeia, com sete regatas, queserão disputadas ate domingo, servindo de preparação para oMundial da categoria, de 14 a 24 deste mês. na Espanha. OBrasil será representado pelo atual campeao brasileiro, Geor-ge Rebello. Yuri Tagutti. Henrique Jordan e Cristina Mato-sos Maia. Tem inicio também o estadual de funboard.uma variação do slalon. que sera realizado oficialmente pelaprimeira vez.Luta — O brasileiro Roberto Leitão, da Atlantictur. loi o10" colocado na categoria estilo livre no ( ampeonato Mun-dial de Luta Olímpica, disputado em Marligny. Suíça. Únicobrasileiro na competição, que reuniu mais de 400 atletas de 4(1paises. Leitão volta a lutar entre 20 e 2í> de novembro naCopa de Caracas. Venezuela.Pólo — Depois de dois adiamentos em ra/ão do mautempo e da desistência de duas equipes, começa hoje, no Hei-vetia Pólo Countrv Club. em Indaiatuha. interior paulista, oIntervievv Open de Polo. correspondente ao campeona-to aberto de São Paulo, com nove equipes e os principaisjocadores do Brasil. Argentina e l ruguaiRústica — < erca de 120 pessoas participam domingo daIII Corrida Rústica dos Bancários, com o slogan: Correndoatrás do prejuízo Esta e a íorma esportiva que o sindicato dacatecoria escolheu para dar inicio a sua campanha salarial Apercurso tem seis quilometrosTriatlo — A triatleta Fernanda kellcr. 2? anos. viajaamanha para San Diego. listados Unidos, onde intensificaraos treinamentos para a participaçao no lron Man. do Havaí,que será disputado no dia 15. Fernanda participara aindade uma das etapas do Campeonato Americano de I riatlo e sódepois viaja para o llavai. tentando melhorar as marcasobtidas no ano passado, nessa mesma prova I0h20. recordesul-americano. Os percursos do lron Man sao 4km de nata-çáo. IXOkm de ciclismo e 42.U'5 (uma maratona) de corrida.

O Botafogo estreou no CampeonatoBrasileiro vencendo o Internacional, dePorto Alegre, por 2 a I. não demons-trando ter sentido o desgaste das ex-cursòes feitas no mês passado a Furo-pa c México. Antes mesmo da partidacomeçar, os primeiros problemas: Mau-rieio. escalado, apareceu sentindo umador na virilha e criou-se a expectativa deque seria apenas uma desculpa para nãojogar — o Internacional teria feito umaproposta para contratá-lo, o que foi ne-gado pelo próprio jogador.

O Internacional começou mandandono jogo. e isso durou até os 15 minutos.

quando o Botafogo conseguiu equili-brar a partida, comandado por PauloRoberto e Donizeti Aos 34. MiltonCruz cruzou da direita. Donizeti tezum corta-luz e Luisinho completou forte,da entrada da arca. No segundo tempo.Gustavo — que só jogou porque foi leitoum seguro — desceu pelo meio, dribloudois adversários e ampliou o placar.

A vantagem de dois gols diminuiu oÍmpeto do Botafogo, e o Internacionalse aproveitou para voltar a dominar apartida. Faltando dez minutos para ofim do jogo. o lateral-direito Chiqui-

nho diminuiu a diferença, mas. dai ateo fim. o campeão carioca voltou a seorganizar e nada de mais importanteaconteceu.

Botafogo: Ricardo Cruz, Paulo Ro-berto. W ilson Gotardo. Mongol e Mar-quinhos; Carlos Alberto, Luisinho e Mil-ton Cruz; Valdeir (Israel), Donizeti eGustavo. Internacional: Taffarel; Chiqui-nho. Aguirrcgaray. Nené e Casemiro;Norberto. Bonamigo e Dacroce: I msCarlos Martins. Roberto Carlos e Edu.Renda: NCzS S4.0I4.00. para 9.511 pa-cantes.

Fluminense derrota o Bahia em

partida difícil na Fonte Nova

João SaldanhaO bate-papo sobre o toque de bola.

i 1-^rrxras i

JB

SALVADOR — O Fluminense nãojogou bem. sua defesa esteve confusa e omeio-campo errou muitos passes. Apesardesses problemas, o liminho do treinadorProcópio Cardoso conseguiu vencer oBahia, por 2 a I. na Fonte Nova. OBahia começou dominando totalmente apartida, não dando espaços ao Flumi-nense. So Marquinho. pela esquerda,conseguia algumas jogadas de perigo.Numa delas, aos IX minutos do primeiro,tempo, o ponta conseguiu ir até a linhade fundo e cruzar. Hélio cabeceou bem.marcando o primeiro gol do Fluminen-

Para o segundo tempo, já com Mar-ceio Henrique no time. o Fluminensevoltou organizado para explorar a velo-cidade de seu ponta. E foi num contra-a-taque. iniciado por um passe de Hélio,que o Fluminense chegou a seu segundogol. em cruzamento de Marcelo lienri-que. que Doni/ete completou com força,da entrada da pequena área. aos seteminutos. O Bahia pressionava muito econseguiu marcar seu gol numa falha dadefesa carioca (Dico Maradona. aos 22minutos).

Ricardo Pinto se contundiu no finaldo jogo. loi atendido pelo médico A mal-

Napoli empata e divide

liderança na Itália

com Juventus e Inter

ROMA A terceira rodada do campeonato italiano,realizada ontem, serviu para recolocar a lnternazionale. deMilão, e a Juventus. de Turim, em primeiro lugar, iiinto aoNapoli. líder isolado ate então. O time napolitano, que haviavencido as duas partidas disputadas ate então, loi a ( esenae empatou com o time local por o a o As duas equipestiveram um jogador expulso

Em Gênova, o Roma conseguiu importante resultado aoderrotar o Genoa por 2 a 0. com gols do alemao RudiYoeller. no segundo tempo. Os |ogadorcs IVrdomo e Aguille-ra. da seleção uruguaia, jogaram lodo o tempo, enquantoRubeu Pa/ entrou em campo nos últimos 2> minutos Perdo-mo e Pa/ jogaram pelo 1 ruguai 110 lim de semana, pelaseliminatórias da Copa, na partida contra a Boliua, em LaPaz.

A lnternazionale. campeã da temporada XS S'>. derrotou,em Milão, ao I ecce. por 2 a 1 O Lecce chegou a estar emvantagem (gol do argentino P.isculli). mas o time milanesvirou o resultado com gols dos alemaes klinsmann eBrelime (de pênalti 1

Outros resultados luventus 3 v I fiorentinu.Ascoli 2 x I Sampdoria. A ta la n ta 0 x I Milan. Ban - \ IVerona, Lazio 1 x 1 Cremonese e l dinese 1 x 1 BolognaClassificação: !" Napoli. Juventus e lnter. 5. 4 Milan. Ban eRoma. 4.

Maradona — Dcpoh de esperar por 21 dias o retornode Maradona. o presidente do Napoli. Cortado Ferlaino.reuniu-se com o jogador, ontem, por mais de 40 minutos, eparece ler encerrado a novela que marcou a volta doargentino ao Napoli. Dirigentes do time napolitano eonside-raram a conversa "muito cordial.

Placar JB

... .y. w>'f ú: ;

do Santiago, continuou jogando mesmosentindo o nariz e poi pouco o Bahia nãoempatou. O Bahia jogou e perdeu comRonaldo; Maílson. João Marcelo. Clau-dir e Paulo Róbson: Paulo Rodrigues.Marcelo Jorge e Duda; Osmar. Charles eDico Maradona. Fluminense: RicardoPinto. Carlos André. Torres. Rangel eEdgar: Donizete. Mareio Luís e VánderLuís; Fernando Cru/ (Marcelo Henn-que). Hélio (Careca) e Marquinho. Ren-da NC/S X7.600.00. com X 24o pagan-les

Campeonato Mara-nhonsc(Quadranguiar decisivo)Maranhão 0 « 2 Mulo ClubeClassificaçãoi ¦ Moto Clube icampo.lo* 92o Maranhão H3- Caxiense •»4 Sampaio CorrêaCampeonato Argonti-no(Segunda rodada)Boca Jumors 1 « ü RiverClassificaçãoi Mi ver Piate?" Velei 43" Union e BocaCopa Simon Bolívar(Infantil em Caracas)Flamengo 1 * 0 NapoliModeiiin 1 * 0 UniversidadHO|tiNapoli i Rocofuerle-Equ

Independiente » Boca JrCopa da Espanh(1* rodada 1U ioçjoiEspanhol 0*0 SevilhaBetis i * 0 MailorcaLa Coruja 3 • 3 TenenteBurgos 2 « l Real SooedadBarcelona AH 0 » 0 LogtonoCastilia 2 * Real OviedoPalamos 0 « 2 BilbaoMollerusa i « 3 CadizMurcia 3*4 CastellonLas Palmas 0 * 1 CeltaSaDadell 2 * 0 OsasunnFigueras 1 * 4 G'|onHueiva 2 * 1 Saiamanralenda i * 0 At, MadruenoSantander 2X3 SestaoAmistosoEm AmsterdãHolanda 2*2 DinamarcaEm DublinEire 1 * 1 Alemanha Oc

SVÒLEI

Europeu Feminino(Em Bonn)Grupo 1Iugoslávia 3*0 Turquia(15 5. 16 U 15 171Romênia 3*2 Alem Oc(15 13 8 1S 15 13 13 1S 16 U>

Grupo 2Bulgária 3 * 1 Polônia115 3. 14 16 15 13 15 1ÍDTcheco-Eslovaquia 3 * 1 França(15 9,13 1S 15 13 15 IITAlem Or 3*0 Itália(15 11 15 13. 15 4)

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Guarani cheio

de novidades

contra VitóriaSÃO PAULO — Ainda sem Cristo-

vão, comprado recentemente ao Grêmio,que voltou da seleção machucado, mascheio de novidades, o Guarani estréiahoje a tarde, em Salvador, contra oVitória, pensando no titulo do Cam-peonato Brasileiro, que já conquistouuma vez em 1978. Os primeiros reforçosdo time campineiro são o goleiro JoãoLeite, o meia Pita e o atacante MarcosRoberto, que vão se unir à experiênciados veteranos Zenon e Washington

O Vitória enfrenta problemas maissérios. Atí- agora não definiu o técnicode seu lime — o gaúcho Carlos Gaine-te, primeira opção, já está completa-mente descartado André Catimba. ape-sar de ter conseguido levar o tinte áliderança do quadrangular decisivo docampeonato baiano, voltará a ser o auxi-liar técnico do time A intenção da dire-toria do Vitória é contratar um treinadorcom boa passagem por clubes do interiorpaulista, como Jair Picerni (ex-treinadorda seleção olímpica do Brasil) ou JoãoFrancisco.

Vitória: Robinson, Jairo, Beto, Sér-gio Odilon e Luciano. Bigu, Hugo cAlberto; Cláudio José, Ronaldo e Mar-quinhos. Guarani: João Leite; Yuor Mu-go, Betão, Pereira. Nenc, Albéris, Air-ton. Pita, Tato. Marcos Roberto eWashinuton.

Coríntians tem

que improvisar

contra a InterSÃO PAIJLO — O zagueiro Marce-

Io. que participou da seleção brasileiranos amistosos do inicio do ano, é ogrande desfalque do Coríntians no jogode estréia pelo Campeonato Brasilei-ro, hoje à tarde, no Pacaembu, ás 16h,contra a Internacional de Limeira. Ojogador está sem contraio e as primei-ras reuniões do presidente Vicente Ma-tiieus com o empresário Juan Eiger. seuprocurador, pouco adiantaram nas nego-ciaçòes. Por isso. o técnico Palhinha teráque improvisar deslocando o quarto-za-gueiro Jorge Luiz.

Sem Marcelo e Cláudio Adão, ma-chucado, o técnico corintiano decidiureforçar o meio-campo. Márcio e Tosm(que veio do Guarani na troca por Mar-cos Roberto), cuidarão da marcaçãoI:, com isso. Palhinha espera dar maisliberdade para Eduardo e Neto criaremas jogadas de ataque deixando na frenteViola e João Paulo

As equipes jogarão assim: Coríntians:Ronaldo. Wilson Mano. Jorge Luiz. Da-ma e Déms; Márcio, losm e Eduardo;Neto. Viola e João Paulo. Internacional:Silas. China, Edvaldo Alves e PauloMendes; L.tus l anando, Mendonça eMachado. Sidnei. Ronaldo Marques ePaulo Mattos O juiz e o carioca Pedro( »rln< NonriM »

Sport e Goiás

relembram a

Copa do BrasilRECU E — Desfalcado de seu prin-

cipal jogador — o lateral-direito Betao.vendido ao Guarani, de Campinas, logoapós a decisão da Copa do Brasil —, oSport enfrenta hoje. em sua estréia noCampeonato Brasileiro, o Goiás, timeque eliminou na semifinal da Copa doBrasil. Além da ausência de Betão. otime de Recife tem outro problüma: ogramado da Ilha do Retiro esta total-mente danificado, cheio de buracos apóso show leito pela apresentadora Xuxa noúltimo fim de semana."Isso vái dificultar sensivelmente onosso toque de bola", admitiu o irei-nador Nereu Pinheiro, que chegou apedir a diretoria do Sport que a parti-da fosse realizada em outro lugar, masteve seu pedido recusado, sob o argu-mento de que "o Sport nao poderiaperder a vantagem de jogar em seuestádio."

O Goiás, muito motivado pela con-quista do titulo de campeão goiano deSl). perdeu também sua principal estre-Ia: o ponta-de-lança l idem.ar loi ven-dido para o Flamengo, sendo o únicodesfalque do lime.

Sport: Rafael; llavinho. Mareio Al-cântara. Ailton e Aírton (Aniauri ouDidi); Lopes. Rogério e Joécio; Barbo-sa. Marcus Vinícius e Edson. Goiás:Eduardo; Wallace Carioca. Gomes. Bô-ni e Jorge Batata. Ricliard, Josué ePendes. Niltinho, 1 ulio e Wallace Goia-n<v

Grêmio viaja

sem técnico e

cinco titularesPORTO ALEGRE Completa-

mente descaracterizado, desfalcado decinco titulares, sem o técnico CláudioDuarte (foi a Buenos Aires, assistir Boca\ Rivei Plate. este adversário do Ciré-mio na Supereopa). e o preparador lisi-co Ciilberlo 'fim (adoentado, substitui-do por Vilson Costa), l oi assim cjuc oGrêmio embarcou, no final da manhade ontem, do aeroporto Salgado filho,para Curitiba, a fim de enlrentar oCoriliba.

A delesa loi o setor mais aletadopelas mudanças: os laterais Alfinete ellélcio. contundidos, serão substituídospelo ex-juvenil Jorge Antônio e pelo re-serva Fábio. respectivamente. O centralEdmho foi liberado para participar deduas partidas beneficentes no Japao.compromisso assumido antes de sercomprado pelo Grêmio. Alem disso, omeia Assis, principal destaque do time.eslá fora por lesão muscular, da mesmaforma que o ponta-esquerda Paulo E.gi-dio.

Assim, o Grêmio devera jogar comMazaropi: Jorge Antônio. Luís E.duar-do. Trasante e l ábio. Jandir. ( uca efino: Almir. Nando e Adilson Heleno(Darci) O Coritiba entra em campocom Gerson: Márcio. \ íca. João Pedroe Pecos; Osvaldo. Carlos Alberto. Ser-ginlio e Tostão; Chicáo e Kazu. O juizsera Dalmo Bozzano. auxiliado por Jo-se Patrício Matos e Luís Orlando deSouza. t.'dos catarinenses.

Ricardo Rocha

é a novidade

do São PauloSÃO PAULO O São Paulo viajou

ontem á tarde para Curitiba, onde hojeestréia no Campeonato Brasileiro, contrao Atlético Paranaense. O técnico CarlosAlberto Silva prometeu 11111 futebol olen-sixo e manteve a base do time campeãopaulista, com Ricardo Rocha, agoracomprado em definitivo, na zaga. O meiaRai. que terá o contrato encerrado nodia 14. viajou com a delegação e estaescalado Mas o lateral Ze Teodoro nãochegou a um acordo com a diretoria epode ser colocado á venda a qualquermomento, por causa do impasse nas ne-gociaçòes para a reforma de seu contra-to.

Por causa disso. Carlos Alberto Sil-\a vai lançar Neto na lateral. O trei-nador gostou do rendimento da equipe,que foi campeã recentemente de umtorneio hexagonal. em Guadalajara. noMéxico "Nossa filosofia e de buscarsempre a vitória e ismi sera mantidoafirmou.

O São Paulo ja viajou escalado comGilmar. Neto. Adilson. Ricardo e Nel-sinho. Bernardo. Rai e Bobo. Mariofilico. Nei e Edivaldo. O Atlético, quefez algumas contratações, mas nenhu-ma importante, |ogará com Marola.Odemilson. Osvaldo. Meraldo e Jace-nu. Cacau. Valdir e Mareio: Ma/.inhoVanderlei e Marquinhos O juiz sera oeaúcho Carlos Rosa Martins

Raimundo

' ''

Fia, cheio de problemas,

enfrenta Atlético

Raimundo ValentimSem poder contar com todas as suas

caras novas, por problemas burocrati-cos _ não chegaram as documenta-ções de Borghi e Uidemar, e AndréCruz nào deu notícias sobre o seu acer-to ou não com o Como, da Itália —, oFlamengo estréia hoje 110 CampeonatoBrasileiro contra o Atlético Mineiro coma chamada coniu do chá. A esses proble-mas soma-se a contusão do ponta Rena-to Gaúcho, que continua com o tornoze-Io inchado e somente antes do jogodefinirá sua presença. O técnico TelêSantana tentará, inclusive, convencer omeio-campo Júnior, que viaja á noitepara disputar um amistoso cm Tóquio, aficar 110 banco hoje à tarde.

"Não gosto de colocar jogadores co-mo Júnior e Zico no banco porque atorcida, ao primeiro erro do substitu-10, vai gritar. Mas Júnior também nãotem contrato como tilular e é opçãopara o meio e ataque, nesse caso adian-tando o Renato (ex-América)", explicouTelê. afirmando, inclusive, que se o pon-ta for velado, Júnior entra. A maiorpreocupação do meio-campo ontem foiesclarecer que não tem qualquer proble-ma com Telê, mesmo se ficar na reserva:"Já conversamos e deixei-o inteiramenteà vontade."

Telê também quis desfazer qualquermal-entendido com Júnior e não lhepoupou elogios: "Ele mostrou em Fri-burgo que tecnicamente está bem. apesarde fisicamente poder render mais. Júniorsó precisa se readaptar á malícia e des-lealdade de nosso futebol. Ele está habi-tuado á educação do futebol italiano, e aseus bons gramados, e está estranhan-do."

Tática — I loje será o primeiro testeforte da tática de Telê, com libero edois atacantes. O técnico explicou que,após as seguidas falhas gritantes da defe-sa na Copa do Brasil, pensou em reforçá-

Ia: "Chegamos á conclusão que o timenão perde ofensivamente e reforça omeio-campo. Se fosse uma tática defensi-va, eu jamais a usaria." A maior preocu-pação de Telê e do time é o entrosamen-to, ainda distante: "Hoje a experiência ea conversa antes e durante o jogo serãofundamentais."

O zagueiro Fernando, que estréia notime no Maracanã, também acha que otime sentirá dificuldades: "Mas elas se-rào compensadas com a experiência. Osjogadores tem qualidade e já começam ase acostumar com a nova forma de jo-gar." O jogo de hoje é fundamental paraum jogador em especial, o meia Renato.Depois das diversas contratações, nin-guém considerava que ele pudesse entrar110 time. Renato acha que pode se repetiro que ocorreu antes do Estadual, quandoele também parecia fora dos planos eacabou tilular e vice-artilheiro.

"Já me adaptei ao esquema, e nãoestou preocupando com o fato de, jo-gando, nào poder me transferir. Fizum bom contrato há pouco e só querodar tudo para ganhar a posição." ComoRenato, Alcindo também tem sua vagaameaçada pelo novo ídolo da torcida,Borghi, mas também pensa em ser ti-tular.

Flam en go Atl6tico-MGVA Carlos 1 R6mulo

Miirclo RoBstni 4 CurlAoFernando 2 Batista

Roporio 3 Paulo Sf'iyioJoslrnar f> I'aulo Rolwrto

AlltonB 5 faier LopesK»-naU) 10 8 Moactr

Zlnho 11 10 ManjuinhosLeonardo 7 Robert! nho

Renato C»aucho(Junior>7 9G^rsonAlcindo9 11 £derT*cnico: Tfcnico:

TclfiSantana JalrPereiraLocal: MaracanA. Horino: 16h Juiz: Nel Andnule Nu-nesmala.TnmsmissAo pela.4» rádios Tupi. 1.280 KHz; Nacional,1 13) KHz; Globo. 1.220 KHz. c Capital. 1.030 KHz isò o 2•tempo).

Fernando espera que a experiência do time supere a falta de entrosamento

Atlético será

bem cautelosoBELO HORIZONTE - Numa de-

monstração de respeito ao adversário,o Atlético reforçará seu sistema defensi-vo para enfrentar o Flamengo, hoje átarde no Maracanã. O técnico Jair Pcrei-ra decidiu fazer uma alteração de últimahora no meio-campo mineiro: tirou Ail-ton, jogador de características ofensivas,c colocou em seu lugar o volante Moacir,que tem seu ponto forte na marcação.Assim, o time entra em campo com doisvolantes, pois já conta com Eder Lopes.

Mas esta não será a única novidadedo bicampeão mineiro. No lugar doconsagrado quarto-zagueiro Luisinho, otorcedor carioca verá ein ação o des-conhecido Paulo Sérgio, de apenas 19anos, principal revelação do time dejúniores. "E um jogador de quase l,90m,de bom porte físico, e que tem treinadobem. Estou conversando muito com elepara que tenha tranqüilidade e faça umagrande apresentação", comentou JairPereira. "Não vou tremer de jeito ne-nhum", garantiu o jovem zagueiro.

Outra surpresa para o torcedor ca-rioca será a ausência do lateral-direitoZanata do time titular. Ele foi preteri-do pelo treinador, que optou pela en-trada de Carlão. "No meu time jogaquem está melhor e o Carlão atravessamelhor fase técnica." Jair Pereira conse-guiu contornar um início de crise moti-vado pela insatisfação de Zanata em fi-car na reserva. Depois de pedir para sernegociado, o jogador voltou atrás.

Apesar de admitir que a escalação deMoacir foi definida por se tratar de umadversário como o Flamengo, o técni-co garantiu que o Atlético não será umtime defensivo. Manterá suas caracte-ristieas de buscar sempre o gol.

*/Fotos de Paulo Nicolella — 06/08/89

desfalque do Vasco e Bebeto

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Nelsinho não acha que

Vasco sejá tão forte

Fotos cie Paulo Nicolella — 06/08/89 Antes do coletivo final de ontem pela

manhã, último treino para a estréia como Cruzeiro no Campeonato Brasileiro,hoje á tarde, no Mineirão, Nelsinho fezquestão de conversar com os jogadoresdo Vasco. O assunto principal era o re-ceio que o treinador tem diante da eufo-ria que tomou conta de torcedores edirigentes que insistem em classificar otime de selevascão e favorito a conquistado título. "Não somos tão fortes comoinsistem em falar."

O Vasco vive uma euforia ausente deSão Januário há muito tempo. Os torce-dores prometem comparecer em peso napartida de hoje — já lotaram mais de 15ônibus — e não cansam de dizer que aequipe é imbativel e dona do melhorelenco do futebol brasileiro. Só que Nel-sinho não faz coro. Lembra que o time ébom em alguns setores e limitado emoutros. "É preciso que todas as partesestejam no ponto. O conjunto é funda-mental."

O que mais atormenta o técnico é afragilidade da zaga de área. Se o Vascoarmou um bom meio-campo e contratouBebeto para o ataque, seus dirigentesesqueceram-se da defesa e nào consegui-ram até agora nenhum reforço para osetor. O treinador já arquivou seu pensa-mento de jogar com um libero — Célio,Marco Aurélio e Leonardo nào contamcom características necessárias para afunção — e resolveu ressuscitar o velho4-4-2.

Para complicar ainda mais a vida deNelsinho, Bebeto foi vetado pelo depar-tamento médico — não conseguiu recu-perar-se da pancada do chileno Astengoem sua coxa esquerda — e adiou sua tãoesperada estréia para domingo, em SãoJanuário, contra o Coritiba. Mas ganhouum reforço inesperado: Andrade, quechegou de Roma e completa o meio-campo com Boiadeiro e Zé do Carmo."Vamos marcar na intermediária deles,sem recuarmos."

No ataque. Vivinho e Tato jogarãobem abertos, além de poderem ter o au-xilio de Bismarck, que, com Nelsinho,

passará a jogar mais avançado — forma-rá dupla de área com Bebeto. "lemostrunfos excelentes, mas é preciso respei-tar os outros", diz Nelsinho. Na verdade,o treinador chegou á conclusão que faltaalguma coisa para o Vasco vir a ser umaseleção. "Principalmente zagueiros",constata um torcedor.

Cruzeiro VascoPaulo C6aar 1 AcAcio

Balu 2 Luis CarlosGilsonJader2 3C01ioAdllson 6 Marco Aurtlio

Genii noil 4 NlazinhoPaulo Isidore 5 Z6 do Carmo

Betinho8 8 AndradeDaniel 10 9 BoiadelroHeider7 10 BismarckCareca 7Vivlnho

Marcinholl llTatoTfccmco Tfccnico:finio Andrade Nelsinho

Local; Mineirfto. HorAno 16h. Juiz: David Aveiro.TninsmisaAo direta da-s TYs Bandeirantes. Globo eManchete» pela» rádios Captlal. 1.030 KHz isô o primei-ro tempo) e Eldorado. 1.180 KHz.

O maior desfalque do Vasco é Bebeto, ainda se recuperando de pancada nu coxa

Cruzeiro terá Careca só para atacar

Nelsinho não quer euforiu

BELO HORIZONTE —A iniciativado atacante Careca de pedir autoriza-ção para se concentrar um dia antes deseus companheiros dá a noção exata daconscientização e motivação dos joga-dores do Cruzeiro para a estréia nocampeonato brasileiro, hoje a tarde, noMineirão, contra o Vasco. Alheios aoalto investimento feito pela equipe cario-ca para a contratação de reforços, osatletas cruzcirenses têm apenas um obje-tivo em mente: começar o certame comuma grande vitória sobre o Vasco. "Aconfiança é total num resultado positi-vo". afirmou o técnico do clube, EnioAndrade.

O responsável pela mudança de am-biente no Cruzeiro, que há cerca dedois meses estava envolvido em crisede descrédito, é justamente o veteranotreinador. "Houve trabalho com mui-ta aplicação de todos. Se dependessedo empenho e da vontade dos nossosjogadores, teríamos que tentar uma au-toriz.ação junto á FIFA para entrar-mos em campo com 22 titulares", brin-cou Ênio. "A equipe do Cruzeiro hoje emuito mais competitiva, o que nos dáa certeza de uma boa exibição contra oVasco", disse o veterano volante Pau-Io Isidoro.

Dos quatro reforços contratados pe-

Io Cruzeiro, somente o lateral-esquer-do Paulo César, que era do Flamengo,nào está escalado para sair jogandocontra o Vasco. O goleiro Paulo César(ex-Bragantino) e os pontas Heider lex-Internacional) e Marcinho (ex-São José)têm presenças garantidas no jogo de ho-je. Mas. a grande atração será Careca,que volta ao time. após se submeter auma cirurgia no joelho esquerdo e teráuma nova função: será um jogador preo-cupado exclusivamente em atacar. A mu-dança tática foi decidida por Ênio An-drade que o escalou como centroavante,no lugar de Hamilton, cjue ficara nareserva.

Palmeiras testa

novo esquema

contra SantosSÃO PAULO — Palmeiras e Santos

fazem o clássico paulista 11.1 ' rturado Campeonato Brasileiro, c-.. .arde.no Morumbi. bem longe do brilho dosanos 60, quando os dois estavam entreas maiores forças do país. Hoje, a rea-lidade é outra. O Palmeiras persegueum titulo desde 1976 e traz. como novi-dade a volta do atacante Mirandinha,que passou dois anos no Newcastlc, daInglaterra. O Santos entra no campeo-nato recém chegado de uma excursãode 35 dias por China e Estados Lnidos,além de ter perdido Sócrates, sua prin-cipal estrela.

No Palmeiras, o técnico Leão pro-mete apresentar os primeiros resulta-dos de suas observações no futebol eu-ropeu (particularmente o italiano), ondeo time esteve excursionando. Em seu cs-quema ideal, todos participam do ataquee da defesa, sem se preocupar em guar-dar posição.

O ex-vascaino Ernàni sera a opçãodo técnico Nieanor de Carvalho, para olugar de Sócrates, que esta deixando oSantos pelo Botafogo, de Ribeirão Prelo.O Santos vai reforçar o meio campo comdois volantes e mais Ernátii e Heribcrto(contratado ao Cruzeiro). "Acho que te-remos condições cie encarar os adversa-nos de igual para igual nesse campeona-to", diz Nieanor.

Palmeiras: \cioso; Dida. foninho,Marco Antônio e Abelardo; Celso Go-mes. Careca e Ribamar; Eraldo. Gaú-cho e Mirandinha. Santos: Sérgio; Di-unho. Davi, Lins Carlos e Wladiimr;César Sampaio. César Ferreira e Frná-ni; Heribcrto. Carlinhos e Juari. O juizé o carioca Wilson Carlos dos Santos.

Rio ilo Janeiro — Quinta-feira, 7 de setembro de 1989 Nâo pode ser vendido separadamenteYfrr«;V:V V1*: • ¦.* (' iX :-H > ' *

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A SMTU informa as placasdos táxis recordistas de infraçõesno perido de I 5 a 31 de agosto:com três reclamações de passagei-ros. TN 3096 c TN 4^2l). Comduas reclamações. TM 0057, IM023.1. TN 3543, TN 3722, TNS4S0, TN S633 e TN 9602. Aotodo. a superintendência recebeu165 queixas de usuários contra oserviço de táxi.

Olho da ruaEl Ontem, o ônibus n° 37.629, dalinha 570 (Largo do Machado-Lc-blon), foi assaltado no Túnel Rebou-ças por três homens, que saltaram noCosine Velho, próximo á subida paraSanta Teresa. Urna passageira deuqueixa ao soldado cie plantão na ca-bine próxima a estação do bondinhodo C orcovado e ouviu a seguinte pé-rela: "O rádio está quebrado, estousozinho aqui e não tenho viatura dis-poniu''"

Prévia realizada entre 106 médicose enfermeiros do instituto de Tisiolo-gia e Pncumologia da L KRJ: Brí/ola,57,24%: Freire, 16,96%; Collor,11.62%; Lula, 6,36%; Covas, 5,30%.tõ Um solitário gan da Comtüfbrtí-~tirava ontem, ás I2h. os cartazes doscandidato llysses Guimarães afixa-dos nas pilastras do Viaduto da Peri-mctral. na Avenida Rodrigues Alves,

* na Zona Portuária.A Fundação Instituto da Pesca do

F.stado do Rio inaugurou semana pas-sada um laboratório para produção defilhotes de peixes pelo processo artifi-ciai de hipofisaçâo, que vai funcionarno Colégio Técnico Agrícola de BomJesus de Itahapoana. A previsão deprodução anual é de 8 milhões de filho-tes de carpas, tambaquis e cabeças-grandes.U Uma moradora de Ipanema colo-cou no dia 12 de agosto uma cartapara o Paraná na caixa de coleta dosCorreios da Rua Nascimento Silva,esquina com Farmc de Amoedo. Nodia 14, ela postou outra carta para omesmo destinatário na agência Ipa-nema. As duas correspondências sóchegaram ao Paraná dia 4 de selem-bro.Q As ["." soas que moram próximo aonumere 85.5 da Avenida ComandanteJúlio de Moura, no Jardim Oceânico,Barra da Tijuca, não suportam maisconviver há três meses com o maucheiro que sai do bueiro da galeria deesgoto.

Queixas do povoB Teresa Pereira, do Flamengo (Zo-na Sul), informa que os smais lumi-nosos da Avenida Rio Branco (Ccn-trol ficam sempre no amarelo(indicando "atenção"), nos fins desemana. Mas, ás segundas-feiras, oDetran demora a normalizar o fun-cionamento dos sinais e os motoristasficam confusos.O Detran prometeu tomar providên-cias.O Maria Muniz. de Laranjeiras (Zo-na Sul), reclama que há mais de doisanos o esgoto das residências queficam do lado impar da Rua SantaLuzia caem nas áreas dos edifícios daRua Pires de Almeida, onde ela mora,no número 49. Há pouco tempo, aDivisão Central de Obras da prefeitu-ra enviou ao local uma equipe, a qualinformou que o problema só pode serresolvido pela Cedae e pelo Institutode Geotecnia. F.la pede providênciasa esses dois órgãos.A Ccdae e o Instituto de Geotecnia se

>• comprometeram a enviar equipes aolocal.ES Marinildo Martins Heleno, deBotafogo (Zona Sul), informa que naRua Bambina, perto do Hospital Sa-maritano, existe uma depressão noasfalto que esta danificando a sus-pensão de automóveis. Os motoristastambém correm risco de acidente, aotentar desviar do buraco.A Secretaria Municipal de Obras vaienviar uma equipe ao local.B Eunice Sócrates, de Botafogo(Zona Sul), reclama dos assaltos Ire-quentes no calçadão da Praia de Bo-tafogo, esquina com Rua São Cie-mente. Ela conta que, durante o dia,agem no local bandos de pivetes ar-mados de canivetes. Â noite, contaela. a situação piora, porque pertodali existem diversos bares e casasnoturnas de "baixo nível".' O comando do 2o BP\1, responsávelpelo policiamento em Botafogo, pro-meteu intensificar a vigilância no lo-cal.

Técnicos

constatam

infiltrações e

rachaduras na

estátua de 58 anos

e recomendam

reforma imediata

Bruno Casotti cCláudia Bocchat

B No dia 19 de setembro de 1913 oJORNAL DO BRASIL publicou:"Reccbemos

queixa dos moradoresda rua Polixena. em Botafogo, contraos encarregados da remoção de lixodaquella rua. Dizem os queixosos quea muito os lixeiros alli não appareceme que isso tem prejudicado bastanteos respectivos moradores. Para o ca-so. chamamos a attenção das autori-dades competentes."

Seria

exagero afirmar que a está-lua do Cristo Redentor, erguidahá 58 anos no alto do Corcova-

do, está desabando. Contudo, são visi-veis as rachaduras e dois pedaços domanto já caíram. Técnicos do InstitutoMilitar de Engenharia (IML) constata-ram 26 pontos de infiltração e fissurasque chegam a três metros de comprimen-to. A Sociedade de Obras e Projetos deEngenharia vai mais longe: aconselharestauração imediata do monumento,para evitar que visitantes possam seratingidos por fragmentos desprendidos.

Castigada pela ação do tempo, ex-posta ao vento, chuva e maresia, a está-

Construção,

um desafio

de 10 anos

Bruno Thys

Quem acompanhou a construção dosambódromo, em quatro meses, ou daPonte Rio Niterói, em menos de cin-co anos, deve fazer pouco caso do Cris-to. como obra de engenharia. Os quetêm o privilégio de subir ao Corcovadocostumam se surpreender com suas di-mensões e com a vista da cidade, lá doalto. E também ficam perplexos quan-do apresentados á história do mais in-ternacional dos símbolos do Brasil.

Construir sobre uma montanha de710 metros um monumento de 38 me-tros de altura — mais ou menos equi-valente a um edifício de 13 andares —,com 1.145 toneladas, nas primeiras dê-cadas do século, foi uma verdadeiraodisséia, que mobilizou até cérebros deoutros países. O trabalho durou 10 anose a obra que representou um desafio áimaginação, á criatividade e ao talentodos pioneiros da engenharia civil nopais.

Embora a imagem de Cristo aben-çoando a cidade esteja ás vésperas decompletar 58 anos, seu projeto tem 130.Foi proposto em 1859. pelo padre laza-rista Pedro Maia Bos, capelão do Colé-gio da Imaculada Conceição, em Bota-fogo, que dali desfrutava de umafantástica perspectiva do Corcovado esonhava com uma estátua gigantescado Redentor bem no topo. A idéia foibem recebida, mas houve divergênciaquanto sua localização: falava-se tatu-bém no Pão de Açúcar e no Morro deSanto Antônio.

Contudo, só meio século depois é quea idéia seria retomada: um grupo decatólicos formou uma comissão paradefinir o local da estátua e foi escolhi-do o Corcovado. Um ano depois, trêsprojetos foram apresentados: de Adol-fo Morales de los Rios. de José Agosti-nho dos Reis e do engenheiro Heitor daSilva Costa, o vencedor. Mas o desenhoinicial, que previa o Cristo Redentorcom uma cruz na mão esquerda e oglobo terrestre na direita, seria modi-ficado por sugestão do cardeal Sebas-

tua do Cristo só não está ainda em piorestado porque sua estrutura de concretoé coberta por pedra-sabão de ótima qua-lidade. O material, trazido do Sul deMinas Gerais, é o mesmo das esculturasde Aleijadinho, que se conservam háquase dois séculos. O problema está naargamassa que une os mosaicos de pe-dra-sabão do revestimento. E ai que apa-recem as rachaduras.

Braços abertos sobre a Baia da Gua-nabara, exibido em cartòes-portais nomundo inteiro, o Cristo Redentor vai terde esperar um pouco para ser restaura-do: ainda não foi feito o orçamento daobra e muito menos se sabe de onde odinheiro vai sair.

São duas as entidades responsáveispelo monumento: o Ibama (Instituto

tião Leme, que preferia uma cruz for-mada pela própria imagem com osbraços abertos.

A dificuldade seguinte seria conven-ccr a Light a abrir mão da área sobre oCorcovado, onde a empresa mantinhaum pavilhão. Neste período. Heitor daSilva Costa iniciou uma série de via-gens á Europa, para completar os estu-dos sobre a obra simultaneamentede engenharia, arquitetura e escultura—até encontrar o escultor francês PaulLandowski. Encantado com o projeto.Landowski fez várias maquetes e confiouos cálculos á firma francesa L. PelnardConsière A. Caquot: fixar uma colossalestátua a 710 metros de altitude, com osbraços em posição horizontal, ofereceu-do enorme resistência aos ventos, numlocal onde eles são freqüentes, era umdos principais problemas de engenharia.

Para evitar alterações nos traços fun-damentais. Landowski esculpiu na Fran-ça. com as dimensões concebidas, a cabe-ça e os pés, depois desmontados eembarcados para o Brasil junto comtoda a estrutura em ferro. Concluiu-setambém que a imagem seria feita emconcreto, revestido de pedra-sabão, ma-terial bem brasileiro — usado por Aleija-dinho, grande mestre da escultura brasi-leira —, depois de testadas a prata e omármore. O transporte de tudo isso parao alto da montanha é outro capitulo daengenharia nacional. As peças eram leva-das num sistema de transporte chamadofunicular— cabos acionados por motorque (racionavam os carros nos quais su-bia o material.

A montagem da estátua consumiucinco anos de trabalho, custeado pelapopulação, através de doações. Até osíndios bororós contribuíram e os 2.500contos de réis arrecadados foram sufi-cientes para pagar integralmente a cons-truçào do monumento. A inauguraçãodo Cristo foi em 12 de outubro de1931 e, embora não fosse feriado, amaioria dos cariocas não trabalhou na-quele dia.

Mas o charme, o toque especial dafesta seria dado pela modernidade: osrefletores foram ligados da Itália pelofísico Guglielmo Marconi. o inventordo telégrafo sem fio. Um detalhe queassombrou o pais. Hoje. obra senie-lhante não seria problema para enge-nharia. mas certamente não sairia dopapel, vetada pela associação de mora-dores mais próxima. •

Brasileiro de Meio Ambiente e RecursosNaturais Renováveis) e a Mura do Riode Janeiro. As duas estão preocupadascom o Cristo e dispostas a encontraruma maneira de recuperá-lo. "A obrarequer certa urgência, não se sabe o tern-poral que vem ai", diz Roberto Ascoly.diretor do Parque Nacional da Tijuca.administrado pelo Ibama. Ele espera quea reforma seja feita até o final do ano.

O monumento pertence á Mitra. maso Ibama também é responsável por ele. jáque o Cristo fica no parque. Ase >!> sepreocupa com a conservação d i estatua edas pedras da escadaria, que se desloca-ram durante a enchente de fevereiro doano passado, com as infiltrações no mu-ro da base e com os pedestais de relleto-u . deteriorados. Lie recebeu semana

passada o laudo da Sociedade de Obras eProjetos de Engenharia (SOPE) e desço-nheee o estudo feito pelo 1ME.

O diretor do parque se assusta aoimaginar a difícil montagem de andai-mes. necessários para cumprir a determi-nação do laudo, que sugere patamares deserviço a cada dois metros de altura, "demodo a permitir minuciosa vistoria",classificação das anormalidades no mo-numento e reparo das fissuras com inje-çào de resina époxi.

O IMF utilizou a técnica de fotogra-metria terrestre, que permite a mediçãoprecisa de contornos e relevos, de formaa reconstituir, a partir de uma fotografia,a imagem tridimensional do objeto. Podeser usada para detectar infiltrações e ra-chaduras em barragens e edificações.

Pesos e medidas

Altitude do Corcovado 710 mAltura do monument 38 mAltura da estatua 30 m

Envergadura 28 m

Altura da cabega 3.75 m

Comprimento das maos 3 20 m

Peso da caboga 301

Peso de cadn brago 80]

Peso das maos (macicas) 8JPeso total do monumento 1.1451

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o Cidade o quinta-feira, 7/9/89 JORNAL DO BRASIL

Tempo Serviço

rio/Niterói vrmmParcialmente nublado a nublado,instabilizando-se no decorrer doperíodo com possíveis chuvas.Temperatura estável. Visibilidadeboa u moderada. Ventos Noroes-le a Sudoeste, fracos a modera-dos. Máxima e mínima de ontem:32° em Bangu e 16.1 no Alto daBoa Vista.

1'reainar: ()6h57min I 0I2h22min OMI%l2min 0.9

Huiu-mar02h44min 015hMmin 0.722h.^Hmin 0.7

CEENascente: 05h57minOcaso I7h44niin

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A LUA

mNova n

nIMineuanie

0 sistema frontal frio que está no Sul causandonebulosidade e chuvas deverá, a partir de hoje, co-trteçar a penetrar no Sudeste e provocar insta-bilidade cm algumas áreas. No restante do pais otempo varia de"claro a nublado podendo em algunslocais do Centro-Oeste, Norte e Nordeste ocor-rer chuvas.rw

Crcsccnlcale 08 09 dc 9 a 15/09

? injiuanie15 a 21 09 22 a 28 09

UF CondiçíWs MÉx. Min.RO nublado 3.V8 22.6AC nublado -A>1 nublado 34 23 2RR nublado 34 PA nublado 32.fi 21 HAl* nublado 33.fi 23 4MA nublado —l'l nublado 22 fiCK nublado 30 23 9RN nublado 29 22.3PB nublado PE nublado 28 20 5Al. nublado 28 20 4SE nublado 27 fi 23 IBA nublado 27 22 8MG tl.it" "III 17 nES nublado 27 18,9SP nublado 23.fi 13 7l'R cnc.chv 18 10 5SC cnc.chv 22 Ifi 1RS pte nub 15 fi 14 4DE ptc nub 27.2 14 2MS ptc nub 31.4 20 9MT pie nub 34 22.8<iO ptc nub 32.2 16 2

I Consumidor

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I hi III I I —( idade ( ondipto Mix. Mln.Amstcrdi nublado Ifi 10Avsun^ioAtena* nublado 31 20Brrlim claro 20 10Bogota claro 20 10Bruxrlas claro 23 10Bucno* Aires chuvoso 13 08Caracas nublado 25 18(it-nrbra claro 27 11Havana claro 30 25Eima nublado 18 14Eisboa claro 28 19l/»ndres claro 25 14l,os AnRfWs claro 24 IfiMadri nublado 2fi 15Mexico nublado 23 IIMiami nublado 31 25Monlevideu chuvoso II 10Moscou claro 17 06Nova torque nublado 22 13Paris claro 22 IIPequirn Quito Roma claro 25 15Santiago nublado Ifi 04loquio nublado 29 26Viena claro 19 12\N ashington

Comissão de Defesa do Consu-midor (Câmara Municipal do Rio de Ja-neiro): Praça Floriano, s./n°, sala 201,Cinclàndia. Tel.: 292-4141, ramais 365 e364, e 262-7638 (direto), horário de 10 ás16h.

Secretaria Municipal de Saúde (Dc-parlamento Geral de Fiscalização Sa-nitária): Rua Afonso Cavalcanti, 455. 6"andar. Cidade Nova. Tel.: 273-6117, ra-mal 22X0. e 293-4595 (direto), 24 ho-ras.

Sunah: Av. Franklin Roosevelt, 39, 2"andar. Centro. Tel.: 198 e 262-0198.

Telefones úteisPolicia: 190; Defesa Civil: 199;

Áí-ua e esgoto: 195; Corpo de Bombeiros:193; Gás: 197; Lu: c força: 196

Farmáciaslr^ Flamengo: Farmácia Flamen-go. Praia do Flamengo. 224. Tel.: 285-1548 (até Ih).

Lehloti: Farmácia Piaui. Av. Ataulfode Paiva. 1.283. Tel.: 274-7322 (dia enoite).

Copacabana: Farmácia Piaui. Rua Ba-rata Ribeiro. 646. Tel.: 255-7445 (dia enoite).

Barra da Tijuco: Farmácia Piaui, Es-trada da Barra, 1.636. loja E. bloco E,Art Center. Tel.: 399-8322 (dia c noite).

Cascadura: Farmácia Max. Rua Si-dónio Pais, 19. Tel.: 269-6448 (dia enoite',.

Realengo: Farmácia Capitólio, RuaMarechal Soares Andréa, 282. Tel.: 331-6900 (dia e noite).

Bonsucesso: Farmácia Vitória. Praçadas Nações, 160. Tel : 260-6346 (até21 h)

Meter: Farmácia Macken/ic. RuaDias da Cruz. 616. Tel. 594-6930 (dia cnoite).

Jacarepaguá: Farmácia Carollo. Fs-trada de Jacarepaguá. 7 912. Tel.; 392-1888 (até Ih).

Tijuca: Casa Granado. Rua Conde deBonfim. 300-A Tel.: 22X-2SXO e 22K-3225 (dia e noite)

Ul^rÊrnergências:Prontos-socorros cardíacos —

Botafogo: Pró-Cardiaco, Rua Dona Ma-riana. 219. Tel.: 286-4242 e 246-6060;Tijuca: Prontocor, Rua São FranciscoXavier, 26. Tel.: 264-1712.

Urgências clinicas — Botafogo: ClinicaBambina, Rua Bambina, 56. Tel.: 286-0662.

Urgências pediátricas — Botafogo:l'rpe. Av Pasteur. 72. Tel.: 295-1195),Ipanema: Urgil. Rua Barão da Torre.538. Tel.: 287-6399.

Urgências ortopedieas — Leblon: Co-trauma. Av. Ataulfo dc Paiva, 355, 2oandar. Tel.: 294-8080.

Otornnolaringoloçia — Copacabana:Cota. RuaTonelero, 152. Tel.: 236-0333.

Oftalmologia — Ipanema: Clinica deOlhos Ipanema, Rua Visconde de Pi-rajá.414, sala 511. Tel.: 247-0892.

Psiquiatria — Botafogo: Serviço deUrgência Psiquiátrica do Rio de Janeiro.Rua Paulino Fernandes. 78. Tel.: S42-0844.

Prontos-socorros dentários — Copa-cabana: Clinica Dr. Barroso, Rua SantaClara. 115. sala 408. Tel.: 235-7469;Tijuca: Centro Especializado de Odonto-logia. Rua Conde de Bonfim. 664 Tel :288-4797.

ReboqueSão Cristóvão: Auto-socorro

Botelho. Rua Sá Freire. 127. Tel: 580-9079; Rio Comprido: Auto-socorro Gafa-nhoto. Rua Aristides Lobo, 156. Tel.:273-5495.

ChaveiroVa: Lobo: Trancauto Central

de Atendimento, Av. Vicente de Carva-lho, 270, loja B. Tel.: 391-0770, 391-1360.288-2099 e 268-5827; Catcte: ChaveiroImpério, Rua Corrêa Dutra. 76. Tel:245-5860, 265-8444 e 285-7443.

-Segurança

j\ Delegacia Especial de A tendi-mento à Mulher: Av. Pres. Vargas. 1.248.3" andar. Centro. Tel.: 223-1366, ramais194, 195 e 137. e 233-0008 (direto).

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CruzadasCARLOS DA SILVA

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HORIZONTAIS — 1 — pancada na cabeça qualquer dano, mal.11 — aquele que subleva. que revolta aquele que levania emmotim. 12 — estudo dos principais e mais difíceis clássicos la-tinos; conjunto dos povo de raça latina ou de língua noolatina. 13— indivíduo de uma seita de hereqes que apareceram na Arábiano ano de 207 e sustentavam que a alma nascia e morria como corpo para ressuscitar com ele no dia de juízo 14 — con|untodos hinos ou antífonas que se cantam na igre|a católica durante oadvento, 15 — nas espingardas de percussão, a parte su-penor de chaminé onde assenta a cápsula e bate a boca do cào.para produ/ir a explosão terra plana, coberta por um estratomais resistente, que conserva o topo chato, porque ai e erosão 6mais retardada que nos lados 16 — disco ou anel metálico emcu|a lace e*lerna se engastam diamantes negros, unidade demedida de informação, igual a menor quantidade do informaçãoque pode ser transmitida por um sistema 17 — símbolo do illnio.nome dado a um elemento supostamente doscoberto em 1926 emresíduos monaziticos 18 — sistema de duas forças paralelas,iguais, que atuam em sentido contrário mas náo diretamen-te opostas igualdade de valor venal de um papel de crédito aopreço determina no momento da emissão 19 — moeda de pratapersa aproximadamente do valor do ôbolo grego do tempo dosAquemômdes moeda que os gregos punham na boca dos defun-dos para estos poderem pagar a passagem do Estige rio infer-nal. 22 - desinôncia denotativa do grau comparativo dos ad|eti-vos 24 — incisão de glândulas ou de gânglios linláticos 27 —

mineral monocllnico. silicato básico de boro e cálcio. 28 —cruzamento do peças, em forma de X. usado para garantir aestabilidade de armações ou estruturas, peça honrosa de primei-ra ordem, formada pela combinação da banda com a bar-ra 29 — atilho. feixeVERTICAIS — 1 — pessoa ou coisa caracterizada por defeitosou inconvenientes grande desgraça que persegue uma famíliaou um indivíduo. 2 — descorada, pálida. 3 — lugares onde sevondem peixes sobretudo e revendedores, porções de peixe quese vendem em leilões. 4 — pertencentes ou relativos a Atibaia(SP). 5 — vestido, saia ou casaco que segue a moeda da mims-saia. diz-se da roupa feminina que segue essa moda. 6 —designação genérica das doenças da unha, moléstia das unhas. 7— vaso de grandes dimensões, semelhante á ânfora. usado eniroos gregos e romanos o destinado a conservar ou transportarvmho, azeite, mel. peixe salgado e frutas socas medida antiga decapacidade usada pelos hebreus e pelos romanos, embora devalor diferente em cada povo 8 — sufixo nominativo que significaaçfto, resultado d« açAo •n+rgka 9 — doença, torida 10 —canto saliente que forma a linha curva ao longo da qual se inter-socam duas abôbadas linha irregular que separa as duas ver-tentes principais da serra, montanha ou cordilheira 16 — aideldoacético tnbomado liquido incolor oleoso, tóxico, produzido pelaaçáo de bromo sobre álcool o usado como anôdmo e hipnótico20 —- a mais fina escuma que o melado deita, ao ferver nosongenhob Co açúcar 21 - elemento de composiçáo grego

que expressa a idéia do sulco, cavldado 23 — medida marítimado Japáo. equivalente a 1.15 milha, 25 — elemento de composi-çdo grego que significa orolha, ouvido 26 — peça compri-da do arado e da charrua. à qual se liga o coniunto das poçasdesses instrumentos, e â qual. também, sâo atroiados os animaisde tração, designação antiga da ave-do-paraiso. por se |ulgarque não tinha pés Colaboração da CELLY GONÇALVES LEITE— Rk>. CORRESPONDÊNCIACELLY OONÇALVES LEITE — Rio — Agradecemos a geotne-za no envio dos problemas Somos obrigados a esticar osconceitos e isso. parece, macula o original Também, hà ocaso da troca de alguma palavra que possibilite uma definiçãomais larga Por todos essos inconvenientes pedimos escusasFelicidades para a confreira

SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIORHORIZONTAIS — salgadeira aceiro dol raiz-escora aura sued artemija bus. alena er et. ad quaxinduba ume ciatio eisot opsVERTICAIS — sarambeque, acau letras, gi/ar aro dossel idororeia alada cumeada tetico urumu e» caos aos mt bip

Correspondência parai Rua das Palmslras, 57 apto.4 —Botafogo — CEP 22.870

Horóscopo

ÁRIES21 de março a 20 de abrilÊ prioritário desenvolver a concentraçãomental durante todo o dia estando desde|á atento a equívocos e distrações Ape-sar disto a lua em Sagitário em trigonocom seu signo torna você bastante dis-posto e com ânsia de evoluçãoTOURO21 de abril a 20 de maioVocê passa por um dia do intensa per-cepçào extra-sensorial. sendo um ótimomomento para estudos esotéricos, so-nnos proféticos e assuntos relacionado-so a bens, heranças o participação embens de terceiros. Sensualidade conta-gianteGÊMEOS21 de maio a 20 de junhoNo início da noite, sua mente estaráextremamente receptiva, sendo um bommomento para reuniões, encontros e no-vas idéias. Senso comum desenvolvidoe muita inspiração intelectual Faça umafaxina na sua casa, separando o |0i0 dotnqo.CÂNCER21 de junho a 21 de julhoPositividade e maior chance de você sesoltar e viver novas aventuras As ativi-nades domesticas poderão ser exerci-das com mais vigor e alegria, sendo umótimo momento para receber os entesqueridos Senso de justiça alertaLEÃO22 de julho a 22 de agostoE tempo de buscar maior liberdade e seidentificar com causas populares agu-çando sua observação social Sede desabedoria e disposição para abrir seushorizontes, instruir-se. fazer esportes ese expréssar de forma carismáticaVTRGEM23 de agosto a 22 de setembroBom momento financeiro onde um en-contro ou uma proteção de pessoa dosexo feminino poderá abrir um prece-dente para futuros progressos nestaárea Vontade de adquirir roupas, livros,discos, além de uma gula fora do co-mum.LIBRA23 de setembro a 22 de outubroExpresse suas emoções através de car-tas. poesias e palavras inspiradasGrande necessidade de se movimentar,passear, fazer uma pequena viagem ese tornar mais aberto a novas informa-çôes trazidas por livros e pela troca deidéiasESCORPIÃO23 de outubro a 21 de novembroAceite o desafio de ser realmente aquiloque você apresenta aos outros. As emo-ções estão exarcebadas. mas semprenuma freqüência positiva e aberta, tor-nando você mais espontâneo e sujeito aexcessos alimentares Fígado sensívelSAGITÁRIO22 de novembro a 21 de dezembroO dia reserva para o sagitanano novasemoções, favorecendo um estado de es-pirito mais terno expansivo e humanis-ta As emoções estão mais vivas, que-rendo explorar o novo para crescer e sealimentar de novas aventuras JustiçaCAPRICÓRNIO22 de dezembro a 20 de janeiroO espirito religioso e altruísta pode sur-preender você. que esta sempre preocu-pado em mostrar a si mesmo e a socie-dade que esta cumpnndo o seu dever ese esforçando para buscar um lugar aosol Não se isole demais Reavalie-eaquário21 de janeiro a 19 de fevereiroIdentificação total com os anseios dopovo e em relação a novas visões quetransformem por completo o pensamen-to tradicional e os valores individuahs-tas da sociedade Hoie você personificamelhor seu papel de transformador so-ciaiPEIXES20 de fevereiro a 20 de marçoReavalie seus conceitos e leis que re-gem a sua vida e dão legitimidade assuas posições políticas, morais e religiosas Busca constante de maior sabe-doria e evolução tentando aperfeiçoar eexpandir sua visão de mundo Viagens

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JORNAL DO BRASIL quinta-feira, 7/9/89 o Cidade o

Escolas devolverão aumento cobrado em setembro

As escolas particulares que reajus-taram suas mensaljdadcs de setembrocom base no IPC (índice de Preços aoConsumidor) ou qualquer outro cri-tério terão de devolver a diferença cmrelação ao que cobraram em agosto.De acordo com a secretária de Edu-cação, Fátima Cunha, com a suspen-são da Portaria 140 do Ministério daFazenda, que estabelecia a liberdadevigiada, é necessário que o ConselhoEstadual de Educação (CEE) deter-mine os critérios serão seguidos pelasescolas. A devolução de valores co-brados a mais obedece à Deliberação118 do CEE, de 19S5.

"Nós não homologamos a Delibe-ração 166. que determinava o reajustedas mensalidades com base no IPC.E, como a Portaria 140 do Ministérioda Fazenda foi suspensa por umamedida liminar, volta a vigorar o De-crcto-Lci 532 de 1969", disse a secre-tária. O decreto-lei concede aos Con-selhos Estaduais de Educação acompetência para fixar critérios deaumentos de mensalidades. Por isso,a secretária já pediu ao presidente doCEE, Ernesto de Souza Freire Filho,vice-reitor da Universidade Gama Fi-

lho (particular), que convoque umareunião extraordinária para definircomo serão os reajustes. O CEE tem20 dias, segundo notificação da Pro-curadoria Geral de Justiça recebidasegunda-feira, para escolher os crité-rios.

Fátima Cunha disse também queo aumento das mensalidades com ba-se no IPC não foi aprovado pelaassessoria jurídica da secretaria, queia enviar o documento de volta aoCEE para rcestudo. Antes que issoacontecesse, a Portaria 140 do Minis-tério da Fazenda foi suspensa porliminar da Justiça Federal, o que in-validou automaticamente a Delibera-ção 166 do CEE. elaborada com baseno documento ministerial

O anúncio de que os donos deescolas terão de devolver o que co-braram a mais em setembro — secalcularam suas mensalidades deacordo com a Deliberação 166 — foifeito ao final de uma reunião de Fáti-ma Cunha com a diretoria da Asso-ciaçào dos Pais de Alunos do Estadodo Rio de Janeiro (Apacrj). Os paisentregaram á secretária uma sugestãode planilha definitiva para estabeleci-mento dos percentuais de reajuste.

Segundo Sady de Souza, coordc-nador técnico da Apacrj, a nova pia-nilha vai evitar fraudes na distrimi-nação das despesas das escolas capontar erros dc preenchimento,através dc computadores. "Com essaplanilha, garantimos que poderemosreduzir 80% das mensalidades escola-res no Rio em um terço", disse Sadyde Souza, acrescentando: "A

planilhavai permitir que a escola sobreviva eque o pai possa pagar a mensalida-de."

Sady explicou que uma fraude co-muni nas planilhas cm uso é a reali-mentação positiva, artificio contábilque permite aos donos de escolas in-cluir despesas pagas no rol das despe-sas a pagar e obter vantagens comisso. "Essa realimentação positiva gc-ra um aumento artificial dos custosde 40%", informou.

Fátima Cunha dirá em 20 dias sesua assessoria técnica aprova a plani-lha e se será viável adotá-la no com-putador da secretaria. "A nossa pia-nilha permite que um computadorpequeno controle os gastos dc 4 milescolas. Agora é só o governo que-rer", diz Sady de Souza.

Sérgio Moraes

Depois da passeata cm Laranjeiras, estudantes da Uerj foram de metrô para a Assemhlci

Pais de Curitiba ganham na Justiça

CURITIBA O juiz Antônio Do-mingos Ramina. da Ia Vara Cíveldesta cidade, concedeu liminar favo-rável ao mandado de segurança im-petrado pela Associação de Pais eAlunos do Colégio Positivo. O man-dado pede a suspensão do pagamentodas mensalidades escolares até que oConselho Estadual de Educação semanifeste sobre a forma de cálculodos reajustes.

Com isso. os alunos do ColégioPositivo o maior do Paraná, com 6mil matriculados, ficam desobrigadosde pagar mensalidade a partir de ou-tubro, pois a de setembro já foi paga.Mas a diretoria da Associação dcPais acredita que. apressado pela li-minar, o colégio encontrará uma pro-

posta satisfatória junto ao ConselhoEstadual dc Educação.

O pedido do mandado foi baseadono parecer do procurador-geral daRepública, João Batista de Almeida,que derrubou a Portaria 140, queconcedia "liberdade vigiada" para oreajuste das mensalidades escolaresdesde julho. O mandado foi impetra-do na terça-feira na lJ Vara Cível, eno final da tarde de ontem o juizconcedeu a liminar.

O presidente da Associação dePais de Alunos do Colégio Positivo,José Roberto Macedo, disse que aJustiça foi o único caminho encontra-do pelos pais para garantir seus direi-tos.

| | O ministro Carlos Sant'Ana ga-rantiu ontem cm Recife que o

ministério não entrará na briga entreestudantes e donos de colégios quantoà devolução do dinheiro pago indevida-mente durante a vigência da Portaria140. "Isto não é um assunto que mediga respeito", disse. Sobre a ameaçados proprietários de escolas, de cerra-rem as portas caso os reajustes nãolevem em conta os custos levantadosnas planilhas dos próprios empresa-rios, o ministro disse acreditar no bomsenso: "Os conselhos estaduais deKducação, agora responsáveis pela de-finição dos reajustes, encontrarão umaforma de resolver a questão da melhormaneira possível!"

Manifestação na Assembléia

Fazenda quer definir as mensalidades

BRASÍLIA — "È uma inversão eunia invasão dc Poder." O comentáriosintetiza o parecer da Procuradoria Ge-ral da Fazenda Nacional, contrário adecisão do juiz da 3" Vara Federal deBrasília. Sebastião Fagundes de Deus.que não reconheceu a competência doMinistério da Fazenda para definir pre-ços das mensalidades escolares. O pare-cer foi encaminhado á Procuradoria Ge-ral da República, para sustentar orecurso ao Tribunal Regional Federal deBrasília

O procurador da Fazenda Nacional.Cid Heráclito de Queirós, está preocu-pado em que se tome uma decisão omais rápido possível. "O que está emjogo não è apenas a competência doministro para fixar os preços das esco-Ias. mas de todos os produtos que esti-

veram congelados com o Plano Verão",sustenta. Com um bombardeio de pala-vras á posição do juiz. o parecer tambémnão poupa críticas ao procurador da Re-pública. João Batista de Almeida: "Deforma lamentável torce, distorce e retor-ce os fatos, para atribuir ao ministro daFazenda a qualidade de usurpador decompetência."

A sustentação da Procuradoria daFazenda é de que o pedido de JoãoBatista è "juridicamente impossUel",porque não cabe ao Poder Judiciáriopronunciar-se sobre política económi-ca. Cita. ainda, uma decisão do Tribu-nal Federal de Recursos que, por una-nimidade, negou mandado de segurançacontra portaria do ex-ministro BresserPereira, que determinava os reajustes dasmensalidades escolares. E solicita do Tri-

bunal Regional Federal que suspenda aliminar concedida por Sebastião deDeus, para que o governo possa adotarnovo sistema para os aumentos das men-salidades: elas passariam a ser corrigidaspela variação do IPC, porque as escolasnão souberam conviver com o regime deliberdade vigiada.

O percentual de aumento definidona ação de João Batista — 144,06" otambém é criticado, porque se retereao aumento adotado para os prolesso-res do Distrito Federal. Na avaliaçaoda procuradoria, as escolas que aplica-ram reajustes superiores correm o ris-co de sofrer sérios problemas finaneei-ros e as com percentuais inleriores têm aoportunidade de maior margem de lu-cr o.

Metrô vai funcionar hoje

Reajuste propostonão é ideai mascategoria aceita

Depois de três paralisações pelocumprimento da lei salarial, os metro-viários do Rio. reunidos ontem em as-sembléia, decidiram não entrar em gre-ve no feriado da Independência, comoestava previsto. Após contrapropostada empresa, anunciando o pagamento,na sexta-feira, de 30% do salário demaio, acrescidos de 65% a todos osempregados, e mais 30% do salário demaio acrescidos de 9.94%, valor idénti-co ao pago em 31 de agosto, os metro-viários decidiram, por unanimidade,adiar o movimento.

Ontem mesmo o Metrô distribuiu oscontracheques com o reajuste, que nãoatende exatamente á proposta da cate-goria (76.71%, de acordo com a leisalarial). Além da distribuição dos con-tracheques. a diretoria apresentou ofi-cialmcnte mais uma contraproposta,que prevê o pagamento em três parcelasdo reajuste pedido pelos metroviários.A primeira parcela, segundo garantiu aempresa, será paga amanhã.

A hipótese de greve por tempo inde-terminado não está, entretando, descar-tada completamente. Na sexta-feira, osmetroviários tornam a se reunir em as-sembléia. Segundo o presidente do sin-dicato da categoria, Rosalvo Pereira, seo pagamento não for efetuado confor-me o prometido, "o metrô vai pararpara valer".

Metroviário

não é xiita e

guerrilheiro

liusalvo (.ostu Correia

Como sindicalista c como eida-

dão. fiquei preocupado ao lerreportagem no JORNAL DO BRA-SIL de 20 de agosto sobre os altossalários dos funcionários do Metrôdo Rio, divulgados pelo presidente daCompanhia. Os dados pecam pela de-sinfonnaçào e distorção dos fatos.

hão raro. deparamos com mate-ria na imprensa em que os sindicalis-ias são chamados de xiitas e. are.guerrilheiros. O contraditório e que.quando dirigentes sindicais responsa-veis atuam de forma organizada ecolocam em xeque dirigentes de em-presas e poli ticos irresponsáveis e in-capa/es. a imprensa silencia.

O endereço do Sindicato dos Um-pregados cm Empresas de Transpor-tes Metroviários no Município doRio de Janeiro (Simerj) é certo e sabi-do. e suas portas sempre estiveram eestarão abertas para a imprensa. Emais: em julho, toda a imprensa foinotificada sobre a realização de umseminário promovido pelo Simerj,denominado SOS Metrô, que tentava

saidas para a atual situação da em-presa.

Com o seminário, o sindicato to-mava a frente do Governo do listadoe da direção do Metrô na luta pelasalvação da companhia. Mais de SOcomunidades participaram dos deba-tes. além de representantes das comis-sòes de Transportes da (amara Mu-nicipal do Rio de Janeiro e daAssembléia Legislativa do estado. In-felizmente, não conseguimos qual-quer cobertura para o evento.

Assim, estranhamos a reportagemMetrô do Rio paga em média NCzS8.000, onde um texto mal informadoe distorcido alirmava: "Um Metrôcom excesso de funcionários, com ISt<assistentes. M economistas e .W advo-gados todos ganhando em tornode SC 'zS S mil mensais -- alem dedistorções e desvios de funções. Essetrem da alegria c reconhecido pelopróprio presi-dente da C 'om-

panhia do Me-trô...". for is-so. contamoscom u com-preensão doJB para que¦seja res tabele-cida a v erdade.O que o Simerjquer é justa- RosuúvoC.Corruuimente isso: a v prcuUU-ntr <U>verdade, doa a SirulUnu> <t»squem doer. Mvtrovuirun

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Alunos da Uerjfazem passeatacontra mensagens

Fstiidantes. professores e servidoresda Uerj, e funcionários de autarquias,fundações e empresas da administraçãopública indireta sc mobilizaram desde oinicio tia tarde de ontem, para impedirque a Assembléia Legislativa apreciasseas Mensagens o(> e 67 X1). na sessão noturna. Uma das propostas do governoeletiva os servidores, tornando estatuía-rms os celetistas; a outra congela aosníveis de junho as verbas destinadas avários órgãos da administração estadual.

As mensagens não estavam na ordemdo dia conforme acordo leito peloslideres dos partidos com o secretário deFazenda. Jorge Hilário Gouveia Vieira,as matérias só serão votadas, depois dodia 12 — mas os manifestantes temiamuma manobra da liderança do governo.

A maioria dos manifestantes era deestudantes da Uerj. Fies sc reuniram edecidiram fazer passeata em frente aoPalácio Laranjeiras, para pressionar ouovernador Moreira Franco a retirar asmensagens. Quando os cerca de dois miluniversitários chegaram a estação do me-trò no Largo do Machado foram cerca-dos por policiais de choque do 2"BPM(Botafogo). Muitos correram e consegui-

ram chegar ao palácio. Outros foramimpedidos pelos policiais, que fizeramum cordão de isolamento na altura daRua Coelho Neto. Sentados no asfaltoda Rua Pinheiro Machado, os estudantesprovocaram grande congestionamento.

Por volta das 17 horas, eles se dirigi-ram para a Assembléia Legislativa. Noplenário, o deputado Luis Henrique(PDT) alertava que perigo maior para aUerj e uma emenda ao anteprojeto daConstituinte estadual, de autoria dodeputado Floriano Cinelli (PMN). queretira o parágrafo 3" do artigo 293, quedi/: "O ensino nos cursos regulares daUerj será gratuito".

Defesa do consumidor é aprovada

Assim que a nova constituição es-tadual for promulgada, o consumidorinsatisfeito com o produto que com-prou poderá reclamar diretamente aocomerciante. Não precisará mais ten-tar chegar ao fabricante para ser res-sarcido. Foi aprovado ontem á noite,na Constituinte, o capitulo da defesado consumidor, elaborado pelo depu-lado Milton Temer (PT), que trans-forma o comerciante em agctitc dagarantia dos produtos que vende.

Além disso, ficou estabelecido queo estado poderá criar sanções paradesestimular "a

propaganda engano-sa. o atraso na entrega de mercado-rias e o abuso na fixação de preços".Com a nova lei. o estado poderáautorizar associações, sindicatos c

Dataprev não

consegue pegar

falsificadoresA Dataprev (empresa de processa-

mento de dados da Previdência) fez sin-dieáncia interna, mas não conseguiu des-cobrir o envolvimento qualquerfuncionário no golpe das guias fraudadasdo lapas, segundo revelou seu presiden-te, Evandro Miled. O Instituto apurouque mais de 300 empresas do Rio, SãoPaulo. Minas Gerais. Santa Catarina eRio Grande do Sul tinham guias falsaspara comprovar a quitação de suas con-tribuições previdenciárias. num valor to-tal de NCzS 15 milhões..

Uma das quadrilhas que falsificavama autenticação das guias de arrecadaçãoconseguiu furar várias malhas de contro-le dos organismos da Previdência. NaDataprev. isso ocorreu na fase inicial deprocessamento, quando as guias lalsilí-cadas foram digitadas e introduzidas nosistema, sem maiores problemas e semque até hoje se tenha descoberto comoisso ocorreu: "Alguém, por exemplo, po-de ler misturado as guias falsas ás autén-tieas, 110 próprio veiculo que fez a entre-ga dos documentos a Dataprev. Mas essaé apenas uma hipótese", comenta Evan-dro Miled."Numa fase posterior, no entanto,conseguimos detectar e dimensinar afraude, através de vários mecanismos dechecagem", conta Evandro Miled. Opresidente da Dataprev informa que aempresa tem projetos para aperfeiçoarseus controles, não só para detectar frau-des. mas também a sonegação. A Data-prev elaborou relatórios sobre a falsifica-ção das guias de arrecadação, entreguesá Polícia Federal, que continua apuran-do o caso. mas ainda não anunciou ne-nhuma prisão.

grupos da população a exercer o con-trole e a fiscalização dc suprimentos,estocagens. preços e qualidade dosbens e serviços de consumo. Haveráassiténcia jurídica gratuita.

Terça-feira foi dia inconuim. dcmuito trabalho e acirradas discussõespolíticas na Assembléia Legislativa.De manhã, eram as emendas á Cons-tituinte que estavam em pauta. Dctarde, foi a vez dos acordos de lide-ranças partidárias e da reformulaçãodo regimento Interno. A noite, asmensagens do governador ocuparama ordem do dia e as discussões seestenderam pela madrugada de quar-ta-feira.

A primeira mensagem a ser apro-vada, ás 4h30 de quarta-feira, foi a

que reajusta o soldo de policiais-mili-tares e bombeiros. Em seguida, o au-mento dc 30"« do funcionalismo, ex-cluindo policiais militares ebombeiros, entrou cm discussão etambém foi aprovado.

Por considerarem injusto o au-mento proposto pelo governador pa-ra os PMs. os deputados de esquerdatentaram obstruir a votação. Apre-sentaram dezenas de emendas e pedi-dos de destaque. Mas, como a banca-da da s11 uação se mostra vaincansável até quase as 5h. os depu-lados de oposição jogaram a toalha.Também foi fato inédito na Assem-bléia porque, muitas vezes, a oposi-ção vence pelo cansaço.

Câmara isola Regina

Servidores lotam

as galeriassó para vaiá-la

A presidente da Câmara Municipal,Regina Gordilho (PDT), está isolada.Vaiada por mais de 200 funcionários —fantasmas ou não —. que lotaram asgalerias do plenário, ela leve de ouvirinúmeros vereadores que, da tribuna,criticaram duramente sua decisão de eu-trar com ação popular, para conseguir ademissão de 4S6 servidores, eletivadoscomo estatutários pela Lei 1080.de 1970.A liminar do juiz Ademir Pimentel. da 4aVara de Fazenda Pública, sustou o paga-mento dos funcionários até o julgamentoda ação.

Tachada de louca por muitos verea-dores, Regina ainda foi ameaçada emplenário por um movimento a favor desua destituição como presidente da Casa,liderado por Maurício Azedo (PD T).Prometendo que, na próxima semana,entrará com o pedido de destituição, overeador lembrou que Regina usou desua prerrogativa de presidente para con-seguir documentos confidenciais da Cá-mara. E, posteriormente, como cidadãcomum, — continuou Azedo — acionoua própria Casa que deveria, em principio,representar. Para ele, a presidência nasmãos de Regina Gordilho "é incompatí-vel" com a autonomia do Poder Legisla-tivo.

Inabalável — Diante dos ataquespolíticos e mesmo pessoais - e comumvereadores, como Túlio Simões, \inga-rem a presidente da Câmara em pie-nário —. Remna Gordilho mantém-se

impassível: "Eu não me abalo, estoucom a verdade e a Justiça." Ela esperaque os vereadores do PDT, respeitandoa decisão de seu presidente licenciado,Leonel Brizola, que a indicou para ocargo, não apoiem a decisão de Azedo.

A crise que colocou Regina Gordilhocontra a Câmara Municipal tem comogota d'agua a liminar da ação publicaVereadores de todos os partidos espe-ram contestar na Justiça, até a provi-ma semana, a liminar e a ação pública.Lutando pela moralidade da Câmara.Regina pensou com a ação capturarfuncionários fantasmas — mas acabouatingindo no atacado também aquelesque efetivamente trabalham.

Assim, conseguiu colocar no mesmocampo de criticas á sua decisão verea-dores como Chico Alencar (I'T). quecombate os fantasmas, e Túlio Simões(PFL)— que. segundo levantamento daprópria Regina Gordilho. mantém pelomenos t rês fantasmas na folha de paga-mento de seu gabinete: duas irmãs e aprópria mãe. Para se ler uma idéia, so-mente sua irmã Teresa Cristina SimõesBordeaux Reno sianlia atualmente sala-rio de NCzS 3~.922.96.

Procurando separar "o joio do tri-go". como diz Chico Alencar, os verea-dores do Bloco Progressista (PT PVPSDB PCB PC do B) defendem outramedida de moralização: auditoria in-terna, com a contratação de firma deorganização e métodos, para se rees-truturar o quadro da Câmara, em íun-ção do critério de competência e dequem realmente trabalha. Após essa me-dida. os verdadeiros fantasmas seriamenviados para trabalhar em outros or-siãos com carência de mão-de-obra.

Carro e MotoParada obrigatória no JB.

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Roteiro turíiticopelos restaurantes

Mirson Murad

LANEY LASGARO — Campeãodc competência, enviando seus pressrelea.se. Através do Lanoy subornostudo que é notícia social dc PortoAlegre...O ANIVERSÁRIO DE JULIANA— A peraltu. filha do Andreia Cris-tina - João Bosco (poeta c jornalis-la) recebeu seus aniiguinhos no For-ró de Copacabana, sábado passado,paru animado "porre" dc refrigerai!-tes...

CA LIFA DE BAGDAD Cada ve/ mais vibrante, o ideali/ador e comandante mor do restaurante e casa deespetáculos árabes i-ouad Tayar contratou novas atrações 2 músicos egipcios de Iam.» internacional que. alem defa/crem acompanhamento ao excelente cantor Aliinud Baydon. Ia/em belos solos. Outro sucesso no ( alita e o "Rei dodrback", Mahinoud O Hgipcio. conhecido em varias partes do mundo. O show único no gênero no Rio e sempre asV feiras, sextas e sábados, após as 22 horas, sem consumação mínima e cobrando apenas couvert artístico O show do C .ilitade Bagdad e envolvente. fa/-nos sentir como se estivéssemos no Oriente Médio.. Sernamhetiba. 6.000 Ciolden CoastBarra da Tijuca. tel 3K5-3322.DISK-CREVETTE - Grandes produ-tores de camarões da Malásia (que proveie achei tenros e suaves), enviam junto aoscamarões folhetos ensinando a maneiracorreta dc cortar o ale receitas de algunspratos... (232-75N7)CHURRASCARIA PA LACE HO-MEN AG El A JORNALISTAS _ Napróxima 2a feira. Dia da Imprensa, estare-mos reunidos na simpática o acolhedoracasa dos gentlemans llidio, Ricardo e An-tomo Saraiva pura saborear suculentochurrasco.

.-l.v.-i Li CIA E LUZ FELIPE vSatnp.uo e I erreira estarão em lesta no provitno dia W Ana eI 111/ receberão o sicramento matnmoni.il na Igreja V S*(iloria do I aruo do MachadoRESTAURANTE VALENTINO'S u sestrelas Sheraton Rio Hotel, tem o piano dc Sidnev Mar/ulloe Paulo (. «vlho. de 2* a saKulo. acompanhando excelenteroteiro gastronômico

FESTIVAL MEDITERRÂNEO DE FRUTOS DO MARArturo Racarey continua com seu festival, atendendo inúmeros freqüentadores, durante o almoço doRistorante Mediterrâneo. I rmos do mar, de diversas e deliciosas maneiras de preparo. Iielmente iguais astendências da culinária italiana (leia-se cozinha mediterrânea), ou seja: "A costa mediterrânea recebe, por ano. W)milhões de turistas de lodo o mundo com --eus dhersos paladares e. por isso, ,nl,ipt.ni-se o t|no a tomou altamentecredenciada e disputada" (palavras de Arturo a esse colunista em entrevista dc I * 07) I unia grande opcàogastronômica para o longo fim de semana saborear (por preços incrivelmente acessíveis) os Irutos do mar doMediterrâneo, li. por falar no Arturo e suas casas, ò bom lembrar que. o I I Pescador tem saboroso "cozido amadrillena" (leva paio espanhol, eisbein, grão de bico, verduras frescas, paleta de porco, enfim, um montão decoisas gostosas) que tem fartura para dois. por apenas NCzS 30.00 Tem "festival de paella" por apenasN< /S ls.noMediterrâneo - Prudente de Murais. 1.810 leis.: 251)—4121/25^—(Ipanema)Kl Pescador — Largo de São Conrado, 2(1 leis.: 322-0851/322-3133

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JORNAL DO BRASILO Cidade O quinta-feira, 7/9/89

Drummond agora vai ser praça

Hiwmnnirrratrai .... i i\i\ D.uím ciKor ci» p :i n;illl:i ílf» Ciíhnli' HUinivilIlOSÍI.

Versos do poetacobrirão ruas

de CopacabanaOs versos "E agora José?", "Vontade

de cantar mas tão absoluta que me calorepleto", "Toda história é remorso" e"0 vida futura, nós te criaremos" esta-rã o em breve no chão que os cariocaspisam, na esquina da Avenida RainhaElisabeth com a Rua Conselheiro Lafa-yette (Copacabana), a poucos passos daantiga moradia de seu autor: CarlosDrummond de Andrade. A Praça doPoeta estampará as palavras em pedrasportuguesas, sombreadas por quatro pai-meiras-imperiais.

As quatro esquinas do cruzamento,hoje ocupadas por automóveis, vão ter11 bancos de concreto, 4 travessias depedestres e 8 rampas para paraplégicos ecarrinhos de bebês, além do busto do ReiAlberto. A obra, que será executada pelaItambi, ao custo de NCzS 60 mil, ficará

A homenagem que

recusou em vidaDesde que apareceu o primeiro proje-

to da praça, em 1984, existia a intençãode homenagear Carlos Drummond deAndrade, morador na Rua ConselheiroLafavette, a poucos metros da esquinacom a Avenida Rainha Elisabeth, ate suamorte em 8X. Sabedor do projeto e daintenção, o poeta recusou em carta ahomenagem. A denominação que teráagora. Praça do Poeta, soa mais de acor-do com a timidez de Drummond. Mas osversos inconfundíveis atestam, sem dúvi-da, o destinatário da homenagem.

Eis a carta:"Rio, 2 de agosto, 1984.Caro vizinho e xara Carlos Horcades:

achei excelente a idéia de se "ressusci-tar" a velha pracmha aqui perto de casa,onde havia o busto do Rei Alberto. E tãobom lazer reviver aspectos do Rio que ofalso urbanismo veio descaracterizandoou destruindo! Não sou pessoa influentenos negócios de Estado, por isso minhaopinião é mero pronunciamento de anti-go morador do Posto 6. O que me cau-sou espanto, contudo, loi ler no Globoque a pracitiha terá o meu nome. resumi-do no de minha família. Isso nao. A leiproíbe homenagens a pessoas vivas paraidentificação de logradouros públicos, eentendo que precisa ser respeitada. Alémdo mais, o lugar pertence de justiça aoRei Alberto, muito mais herói do queeste velho escriba...

Grato pela atenção, o abraço e asimpatia de

Carlos Drummond de Andrade"

pronta cm 100 dias úteis. Resta saber seas palavras do poeta terão melhor con-servação que as partituras de gênios daMPB, desenhadas no calçadâo do Boule-vard 28 de Setembro, cm Vila Isabel(Zona Norte).

Quem passa pela calçada do Boule-vard e olha para o chão descobre atenta-dos antimusicais. Do Feitiço da Vila, deNoel Rosa, ao Carinhoso, de Pixingui-nha, nada escapa. A brejeira Jura, deSinhó, foi interrompida logo no primeirocompasso pela cicatriz de um encana-mento entupido. A vo: do violão, imorta-lizada por Francisco Alves, tem notasemudecidas pela falta de pedrinhas, OChão de estrelas, de Orestes Barbosa,tem verdadeiro buraco negro na pauta,que faria seu intérprete e co-autor SílvioCaldas embatucar no meio da música.

O projeto, que tem mais de 20 anos,de autoria do arquiteto Orlando Madale-na, nunca chegou a ser totalmente reali-zado, por falta de verba. Faltam, porexemplo, parte da partitura de Luar dosertão, no primeiro trecho do Boulevard,

e a pauta de Cidade maravilhosa, quecercaria o Largo do Maracanã, entre asruas São Francisco Xavier c Filipe Ca-marão. Além disso, as calçadas são dani-ficadas por vários motivos, como o esta-cionamento indevido cm cima das pedrasportuguesas, que não suportam muitopeso.

O engenheiro João Luís Reis da Sil-va, da 6" Divisão de Conservação eObras da Secretaria Municipal de Obrase Saneamento, disse que os proprietários,responsáveis pela conservação das calça-das de seus prédios, são intimados e acada um é entregue uma xerox da respec-tiva partitura, para que a conserte. Omesmo acontece às concessionárias —Cedae, Ceg e Cerj — que, ao executaremobras, nem sempre reconstituem o traça-do original. Mas o pior atentado, queroubou à obra-prima Apanhei-te, cava-quinho, de Ernesto Nazareth, um terço desua pauta, foi cometido pela Escola Mu-nicipal Equador — que simplesmente ci-mentou toda a sua calçada.

ReproduçãoCAKIOS PHUMMOND Plí ANDHADt

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A carta do poeta: "o lugar pertence de justiça ao Rei Alberto"

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Todas as segundas-feiras, o Caderno. Cidade traz reporta-

gens especiais qué levantam problemas, apontam caminhos,

mostram ò melhore o pior èm produtos e serviços, ajudam

a compreender o Rio e suas questões.

Um Caderno feito por gente que ama o Rio, e quer ver a

cidade vivendo melhor

a

~r>0 .

ézk' \mm*& -sí-;

4POR QUE?

I^jxirtagens que in-

vestigam por que al-

guns problemas do Rio

se perpetuam, como se

não pudessem ser re-

solvidos ou ameniza-

dos. As respostas orga-

nizam o debate das

soluções.

0^

Produtos e sei-viços

públicos e privados

passam por rigorosos

exames, a cargo de re-

pórteres ou encomen-

dados a instituições

especializadas.

JORNAL DO BRASIL

O MELHOR DO RiÕ

Enquetes com per-

sonalidades e a popula-

ção mostrando o que

a cidade tem de melhor

e de pior.

|rrlii—r.ULV.flTIUl^ll

Cidade

Tomar sol no Counlry e mais caro do que comprar um apartamento pequeno em Ipanema

O fechado reduto do Country

US$ 45 mil não

dão a garantiade bola branca

No reino de Avilan, os títulos de

nobreza, como conde e mar-quês, são comprados. No Rio de Ja-neiro, compram-se titulos doCountry Club. E cada vez mais caro.Anunciou-se, no inicio da semana,que já teriam chegado à casa dos USS60 mil, mais NCzS 45 mil para fazer atransferência. Algo em torno deNCzS 330 mil, ou U25 salários mini-mos. valor equivalente ao prêmio pa-go a cada um dos seis apostadoresque acertaram a Sena principal destasemana.

Na secretaria do clube, o preço detitulo é assunto proibido. Mas os cor-reiorcs que vivem de uma comissãode 3 a 5% na compra e venda detitulos de clubes de elite como oCounlry. Itanhangá e late, achamque o valor está sendo exagerado: "O

ultimo título de que tenho noticia foivendido semana passada por USS 45mil", garante José Macedo Portugal.

Pelos cerca de NCzS 250 mi! quedesembolsou, este proprietário de 14metros quadrados e 70 centímetros

do terreno de 12.500 metros quadra-dos entre a Avenida A Vieira Souto ea Rua Prudente de Moraes — a quecada um dos 850 sócios teoricamentetêm direito — poderia comprar umquarto e sala em Ipanema. "Vale pa-gar qualquer quantia porque oCountry é o melhor clube do Rio",afirma a socialite Cecília D'Orei Vei-ga. "Mas acho que vale. Se.não fossetão caro, não seria tão seleto", obser-va.

Mas nem só os muros de pedraque guardam um espaço de milharesde dólares separam os simples mor-tais que desfilam pela praia de Ipane-ma dos ricos que freqüentam as trêspiscinas, sauna, banho turco, seisquadras de tênis, bar e restaurante doCountry. Lá, o título não vale comoingresso de bilheteria. É preciso en-frentar as famosas bolas pretas, que jáse transformaram no vocabulário detodos sinônimo de rejeição."O Country é o útero da socieda-de carioca. É a continuação da nossacasa, o jardim das nossas criançasdiz Irene Singery, mesmo tendo leva-do três bolas pretas na última reuniãodo conselho deliberativo. "Isso nãodesabona ninguém", garante a sócia-lite, que continuará indo ao clube nacondição de dependente, apesar de

ser proprietária de uni titulo ha mui-tos anos. . ,

Para ser aceito como socio. o can-didato passa por um verdadeiro ri-tual. Primeiro, deve preencher fichade inscrição, que é alixada num localvisivel por 15 dias. Enquanto isso,uma comissão de sindicância faz umapesquisa sobre a vida do candidato.Ao final, os integrantes do conselhodeliberativo se reúnem e definem asorte do possível socio com pequenoscilindros. Os vermelhos significamaprovação: os brancos, abstenção.Bastam três pretos para tirar todo ostatus dos milhares de dólares investi-dos no titulo.

Mas não seu valor de mercado.Um lugar ao sol no gramado doCountry é mais valorizado do que cmqualquer outro clube do Rio. O títulodo Iate Clube, por exemplo, esta co-lado em NCzS 40 mil. O mesmo pre-ço do Gávea Golf Club. Quem com-pra o titulo do Jóquei Club por NczS20 mil. entre outras mordomias, levade quebra uma vaga na garagem dasede, no Centro da cidade. Ja o lia-nhangá Golf Club parece, a primeiravista, o mais acessível dos clubes ba-dalados: o titulo está custando entreNCzS 3 mil e NCzS 5 mil. Só que atransferência nao sai por menos deNCzS 20 mil.

Cultura ganha USS 1 milhão

Luiz Bettencourt ^r,,n

Lei faz empresa

investir emvários projetos

Até o final do ano, a Generali Segu-ros terá investido L SS I milhão emprojetos culturais e, se tudo correr co-mo espera, vai produzir um filme sobrea imigração italiana, com roteiro na-cional e rodado no Brasil pelo diretoritaliano Bernardo Bertolucci. Por isso, opresidente da Generali do Brasil, o italia-no Cláudio Bietolini, recebeu quinta-fei-ra, em um jantar na Vila Rizo. o título deCidadão Honorário do Estado, concedi-do pela Assembléia Legislativa.

Bietolini recusa o titulo de meie-nas: "Lembra uma coisa de imperadore paternalista. So acho que toda em-presa tem um dever com a sociedade ese, acrescido a isso, temos uma boa leique incentiva esses investimentos (LeiSarney), só podemos usá-la." Nascidocm Milão há 49 anos, filho de operá-rios, ele formou-se em piano pelo Con-servatório de Parma enquanto susten-

Bietolini: um cidadão carioca

lava a família devido á doença do pai.Aos 20 anos ingressou na Assicurazio-ne Generali, onde fez carreira. Doutorcm Economia pela Universidade Cato-lica de Milão, chegou ao Brasil em 1975

Um ônibus para carga

O 'taioba' será

lançado em seis

meses pela CTC

Dentro de seis meses, novo tipo deônibus estará circulando nas ruas doGrande Rio com a sigla e as cores daCTC: é o cargueiro, bagageiro ou taio-ha, nome que evoca o bonde que une-grou a paisagem carioca dos anos 20até 1955. Ele difere apenas pelo tama-nho do microônibus bagageiro, que aSecretaria de Transportes pretende lan-çar na segunda quinzena de setembro,inicialmente na Barra da I ijuca.

A inovação foi adotada por decretodo governador Moreira Franco, apro-veitando projeto do deputado estadualRoberto Figueiredo (PTB), votado mêspassado pela Asssembléia Legislativa,e será desenvolvida pela CTC, cujo presi-dente, Osvaldo Costa I rias. apro\ou aidéia e observou: "Pegamos o bonde an-dando, mas vamos leva-lo ao lim dalinha". Inicialmente, o ònibits-taioba leraduas linhas: da Central do Brasil paraNova Iguaçu c para São Gonçalo, das 7hás 20h a intervalos de duas horas.

O Rio já experimentou vários tiposde ônibus, aos quais a verve cariocadeu apelidos consagradores, como o eho-

l>e duplo (de dois andares, como seusa em Londres e cm algumas linhasde São Paulo), o camões (a carroçariaera cortada na frente e a cabine domotorista, isolada, ficava ao lado domotor, que era do lado de lora), o ires-cão (com ar-condicionado e música abordo) e o atrelado ou papa-fila (comduas carroçarias ligadas). Existiram tam-bém os lotações, nos quais só se viajavasentado. Convivem hoje o ônibus co-muni, a jardineira (na orla marítima daZona Sul e na Ilha do Governador) e oeabritinho (para Santa Teresa e entre oLargo da Cancela e o Morro do Tinuii.em São Cristóvão).Deficitária, sem ônibus suficientes pa-ra as linhas convencionais, a compa-nhia não está em condições de desen-volver novos projetos e, para oônibus-taioba, a solução imediata, pe-Io menos a titulo experimental, seráadaptar alguns ônibus comuns. "Bastatirar as poltronas e colocar alguns ban-cos laterais de madeira", sugeriu comofórmula simples o deputado autor daidéia. No fundo ele está certo, porque amaioria dos ônibus em circulação no Riotem chassis de caminhão.

Mas, além de tirar bancos, o ônibusteria portas duplas e a l H estudaradetalhes como capacidade e tonelagem,valor de tarifas, itinerário e freqüência.

e hoje dirige uma empresa com 600funcionários e 50 escritórios no pais.

Lidando com dinheiro de investido-res importantes, Bietolini não se des-ligou da formação artística e, com aLei Sarney, conseguiu conciliar os doislados. A Generali do Brasil patrocinou,sozinha ou com outras empresas, as res-taurações do Paço Imperial, da Sala Ce-cilia Meireles e da Sala Guiomar Novaes,no Conservatório Nacional de Música,alem de peças teatrais, o projeto ItáliaCiiíj, exposição do pintor Cícero Dias eoutros eventos culturais, como os do RioDesign Center.

É difícil fazer o empresário falar dosprojetos que patrocinou, porque garantenão esperar retorno: "Ê uma obrigação.O bolo tem que ser construído, sim, masdivididp também." Animado, diz queainda tem muito por lazer e laia de "um

projeto ecológico, em lugar tombado pe-lo patrimônio, propriedade particular,que abrigará um evento a ser transmitidovia satélite para todo o mundo". O rostose ilumina de satisfação, mas não da de-talhes do projeto, exceto que está acargo dos verdes.

Camelô é quem

desestimula o

turismo no RioO que mais desencoraja a vinda de

turistas ao Rio, ao contrário do que sepossa pensar, é o excesso de camelôsnas calçadas. O segundo fator de deses-timulo é a falta

"de limpeza nas ruas

esburacadas. A violência, quem diria,fica em terceiro lugar na extensa listade argumentos para o cancelamento deviagens ao Rio. cada vez mais Ireqüente.É o que informa o Conselho Estadual deTurismo, que este mês tem encontromarcado com autoridades de vários selo-res. como o de segurança pública, paraelaborar uma estrategia que melhore aaparência da cidade e reverta esse qua-dro.

Por ser a área mais procurada pelosturistas, Copacabana pode passar pormudanças radicais. O secretário de Es-portes. Turismo e Lazer, Flávio Pai-mier, anuncia como um dos projetosprioritários a melhoria dos serviços pú-blicos do bairro. Ele acredita que C opa-cabana pode se transformar num bairromodelo, onde a qualidade do comércio, alimpeza das ruas e o policiamento exem-plar criem um status de distrito interna-cional. Mas o conselho cjiier tambémestimular a divulgaçao turística, artísticae cultural de outros pontos do estado,como a Região dos Lagos.

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JORNAL DO BRASIL quinta-feira, 7 9 89 o Cidade o 5

Uma casa de tortura atormenta os meninos de

Crisliane Costa

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I.iii meio as"mansões do Par-1que Guinle (La-ranjeiras). umadas áreas maisnobres da ZonaSul do Rio, háuma casa de tor-tura. É o que di-/cm os meninos \de rua do Largo Üdo Machado, em todas as suas reuniõessemanais na sede da 4a Região Adminis-irativa. há mais de um ano promovidaspelas assistentes sociais do departamentode apoio a programas de meninos e me-nmas de rua, da Secretaria de Descnvol-vimento Social do municipio. O casa-rtl(i maldito, como e conhecido peloshabitantes das ruas. e o chthc do par-i/ue para os moradores do Parque Ciuin-Ic Aparentemente, apenas a ruína de umprédio de quatro andares, que começou aser construído na década de 50 e nuncachegou ,i ser terminado."Lá e ,i sala th' torturarão", defineM .1 S,. de 13 anos "Levam a gente lápara cima. Dão soco, pontapé, depoisjogam breu na pele. Mandam a genteficar pelado e pingam breu naquele lu-gar. A maioria dos policiais quandopega a gente leva para lá", afirma A.1 de 12 anos. Os depoimentos se se-guem, como um coro. F. difícil encon-irar um menino ou menina que digaque nunca subiu até o fim da Ruat ampo Belo, na caçapa de camburãoou no banco de trás de uma patrulhi-nha. para apanhai "Quando eles pe-gani a gente, depois de um roubo, nemle\am para a delegacia. Vão direto pa-

Ira lá. Mas. as vezes. pegam quando agente esta de bobeira. sem fa/er nada.

- só para soltar a língua (alcagiietar al-guem)", conta I.S.P .de 16 anos.

A queixa inútil — No caso damenina V. R.. de 14 anos. as assistentes' sociais que trabalham no programa da 4aR A. contam que foram se queixar pes-

! soalmente ao comando geral da Policiai Militar c um policial do 2" Batalhão

foi afastado. A propósito, o comandan-te da Polícia militar, coronel Elisio Pires,

1 disse ontem ao JORNAL DO BRASIL::"Lu desconheço esse local. Acho difícil; que esse tipo de coisa ocorra ali, no: Parque Guinle. tão perto do Palácio La-1 ranjeiras". Ele pretende encaminhar o;• assunto para a Alae (Assessoria Técnica

de Assuntos Especiais), que tem um nu-;clco voltado para a integração de meno-; rcs. "Lm março, os policiais me pega-ram roubando um paraíba, com unsmoleques. O Gol parou e levou a gente

;la para cima do Parque Guinle, para ocasarão maldito. Ai. o policial me ba-teu, me bateu, me bateu. Eu e maistrês meninos ficamos todos roxos. Elefoi me mandou tirar a roupa e mebateu pelada", conta a menina, quemora com os pais e quatro irmãos naBaixada Fluminense."O policial virou para os meninos edisse que só ia liberar a gente depois

que eles transassem comigo. Eu clio-rei, falei que era moça. Os garotos, quesão meus amigos, disseram que erammeus primos. Ài o outro policial lalou:'Não está vendo que se ela está cho-rando desse jeito é porque é moça mes-mo? Deixa eles para lá", conta V.. Co-mivela. existem mais de/ meninas quepassam os dias, e ás vezes as noites,nas adjacências do Largo do Machado.

O torturador — O maior implica-do nas denúncias e um policial-militarconhecido como Gordo. "O Gordo melevou lá em cima um monte de vezes.Ele é o pior. Dá soco, pontapé, queima.Quando a gente não fala o que ele quer,ele ameaça jogar lá dentro do buracodo elevador", diz M.C.T.. "Teve um diaque eu tava numa fogueira lá no me-trò. Só vi as botas dele. Peguei umcaixote e me destaquei. Fingi que es-tava dormindo, mas vi o PM mandaros moleques apagar o fogo com a mão.Mandou um outro pegar água fria",lembra J.A.S..

O garoto conta que ainda ouviu opolicial dizer: "Isso é para vocês seesquentarem". E jogou água suja nosmenores. "Tava a maior friagem, tia.Mas não acabou, não. Os três policiaisbotaram um copo de plástico na cabe-ça de cada um. O Gordo pegou um paue ficou brincando de jogar golfe nacabeça dos moleques. Ai o Gordo man-dou todo mundo correr e deu dois tirospara o alto. Mas não foi com a arma deserviço, não. Foi com a arma de ma-tar."

Segundo M.C.A.. é comum esse poli-ciai ficar com o produto do roubo dosgarotos e até apontar uma presa fácilna redondeza. "Outro dia. ele me cha-mou para apontar dois gringos dandosopa lá na esquina. Disse: 'Ali Ia. vai edá um balão.' Eu dei. Ai ele ficou comos relógios e o dinheiro e me mandoupassear", conta.

Na calada da noite, os meninos derua não conseguem perceber a belezada vista do local que consideram amaldi-çoado: um escombro com vista panorá-nuca de ISO graus, desde a ponte Rio-Ni-terói até o Cristo Redentor. "De vez cmquando aparece um turista pedindo parafotografar", comentou um dos dois poli-ciais-militares que montam guarda nolocal durante o dia."Esse garoto aí veio com vocês'.'",indagou o outro. "Tá muito errado. Deonde é que você é?" Enquanto isso. oprimeiro procurava manter conversacom a reportagem. "Vocês podem ficartranqüilos que os policiais daqui sãopoliciais mesmo. Mas esse moleque nãopode subir não", disse, sem querer seidentificar.

Mesmo acompanhada de perto pelospoliciais, a reportagem identificou umpé de tênis, de tamanho infantil, umcasaquinho azul, revistas masculinas noscubículos, originalmente quartos, e umpedaço de cano com fios enroscados."Eu sei o que é isso, tia", reconhc-ceu M.J.S.. "Eles botam o cano naeletricidade, molham a gente e man-dam apertar o cano. Dão choque comele naquelas partes e no corpo todo.Fica tudo queimado."

Dilmar Cavalher

IfMeninos do Largo do Machado (Zona Sul): inimigos na rua, na policia c ate cm sua comunidade

A violência

vem de

toda parte

Um carta/, preso na parede da

sala. da o china das reuniões dodepartamento dc apoio a programasde meninos e meninas de rua. na 4ARegião Adminisirati\a:Tipos de violência

da Policia Militarda Policia Civildo gou'rnodos grupos de extermíniodos moradores da área (que cha-mam os meninos de sementinhas domal)

dos meninos contra os meninosdos meninos contra os adultosdos adultos de rua contra os meni-nos

do trânsitoDe X4. quando os programas desse

tipo começaram, até hoje, foram con-tabilizados 350 assassinatos dc meni-

nos de rua 110 Grande Rio. "Se a gentefalar em política de extermínio. nãovai estar exagerando", afirma a assis-tente social Amparo Cunha. Hoje, osprogramas se dividem em preventivose emergenciais, nos bairros de Copa-cabana, Botafogo, Bangu, Santa Cruz,Madureira. Santa Teresa e Grajaú.

Ela sabe que não lida com anjos."Eles realmente roubam e são violcn-tos. Mas não são filhos de choeadeira.nem brotaram por ai. São, antes detudo. seres humanos que têm direitoscomo todas as crianças", diz. "Quan-do roubam, inconscientemente resga-iam a divida da sociedade para comeles." Mas. nem todos, encaram oproblema dessa forma.

"Organizamos uma reunião com aAssociação de Moradores de Laranja-ras para explicar o cerne da questão Finacreditável, mas apareceu um se-nlior. conipromentendo-se a dar aulasde tiro de graça. Os moradores prega-vam a policia mineira. Dizem que elesroubam, e é verdade. Mas também eroubado deles o direito de estudar, demorar, de brincar", afirma a assistem-te social.

Engana-se quem pensa que os ga-rotos de rua sejam, na maioria, órfãos.Quase todos têm família e vão paracasa. em alguma favela ou na Baixada

Fluminense, pelo menos uma vez porsemana. "Eu moro na rua com a 1111-nha mãe e meus irmãos", conta P.S.,de cinco anos, que quando crescerquer se tornar sofredor, ou melhor,trabalhador. Para esse bando de mal-trapilhos, o Largo do Machado fun-ciona como verdadeira creche, ondealguns arrumam biscates e outros as-saltam. "O problema e que ninguémolha para as caras deles. So quandoeles pedem o relógio", comenta BrunoBoisson, educador social de rua.

Nas terças e quintas, cies se reú-nem na 4J R.A. para lanchar sandui-ches, ovos. frutas e doces. A comida euma forma de atrai-los para a reflexãosobre um tema. em geral, a violência.Muitos depoimentos foram gravadospelas assistentes sociais e deram ms-piração para a letra de 11111 pagode,que as crianças, na maioria analláhe-ias. fizeram, contando suas experién-cias. Numa segunda etapa, eles jogamdama. dominó, futebol e brincam comjogos de montar, quase sempre lazen-do armas de plástico colorido. O dese-11I10 também é um dos passatempos."A maior parte desenha casas. Te\caté um que desenhou portas e janelasem um corpo. Afinal, é nele que elesmoram", conta Amparo.

Capitão diz

que 'Bateau'

estava lotadoBaseado nos conhecimentos que

tem hoje sobre navegação, o capitão-de-fragata Énio Reinaldo Frischeisen— um dos acusados no processo daMarinha, que apura responsabilida-des 110 naufrágio do Bateau Mouclw11'— afirmou ontem, na 2a AuditoriaMilitar, que o barco não poderia le-var o número de passageiros embar-cados na noite do réveillon. No en-tanto, o nome dele consta comoperito no termo dc vistoria expedidopela Capitania dos Portos, em agostode 19X0, com a seguinte observação"A embarcação possui acomodação esalvatério para 153 pessoas".

Ao ser interrogado pelo juiz-audi-tor Roberto de Lima e Silva, o militargarantiu, porém, que não participouda vistoria. O juiz terminou de ouviros cinco oficiais que têm seus nomescomo peritos 110 documento: todoseles negam ter participado da vistoriae estão sendo acusados de firmaratestado ideologicamente falso. Ne-nhum deles soube dizer qual foi odocumento que autorizou a lotaçãoatual do barco, nem os nomes dosresponsáveis por essa rcclassificação.Por decisão do Superior TribunalMilitar, os cinco estão livres da acu-sação de homicídio culposo, inicial-mente feita pela promotoria.

() capitão Filio pn'curou retificarvários pontos de seu depoimento .111-lerior. prestado em janeiro Queria lerlodo o relatório do presidente do11'M. com cerca de 150 folhas, mas ojuiz não permitiu 1 xplicou que sodepois do naufragio do Bateau \lou-ehe tomou conhecimento de que seunome constava 110 termo de vistoria.Explicou que iodos os peritos rece-bem parle das lavas pagas pelos ar-madures para realização da vistoria,mas não se recorda se. 110 caso doBateau. recebeu alguma coisa, mesmosem nunca tei entrado na embarca-çào.

O segundo ,1 ser interrogado, capi-tão-tenente Silas 1 cite da Silva, pres-tou depoimento semelhante Acres-contou que. apesar da proibição legal,esteve 110 Arsenal de Marinha, emmaio deste ano. para certilicar-se deque realmente não conhecia o Bati auMota lie 11 Explicou que não tinhanenhuma autorização, mas conseguiuchegar até o barco apenas com a car-teira de identidade I)eclarou que ain-da está "consternado com o naufrá-gio" e que tem passado pelos pioresmomentos de sua vida. desde que seviu envolvido 110 caso. \a próximaterça-leira. o juiz continuara a mter-rimar outros acusados

O roubo dos penhores

Três ladrões são

presos com muitas

jóias da CaixaPaulo César Paulizzi Cardoso. 27

anos, sua mulher Rosilene dos Santos,25 anos. e o subtenente reformado daAeronáutica Sebastião Lobo Assunção.4" anos. foram presos na Rua Leo-poldo Gaia. na Vila Geni. no municipiode Itaguai (Cirande Rio), com 33 reló-gios — a maioria de ouro — e outrasjóias roubados da agência de penhoresda Caixa Econômica Federal de Ra-mos, na terça-feira da semana passa-da.

Cardoso estava armado com pistolacalibre 9mm e o subtenente, com umrevólver calibre 38. mas não reagiram.

Parte das jóias estava na casa do sub-tenente e a outra parte na mala doEscort branco XU 6293. do subtenente,cm uma bolsa do Paulo César. JoãoLuís Carvalho Chagas, o Luluca. aindaforagido, chamou Paulo César para oassalto, que foi planejado na casa daRua Mateus Silva. 190. no subúrbio dcInhaúma, onde foi encontrada a Kom-bi da CEF usada para transportar asjóias roubadas.

O subtenente negou seu envolvimen-to. mas o detetive-inspelor Cláudio Me-nezes encontrou uma foto da filha delecom dedicatória para o chefe da quadri-lha, Timóteo. Os ladrões começaram aser interrogados ontem á noite e a poli-cia espera que nas próximas horas con-siga informações sobre o paradeiro dosdemais assaltantes, para chegar ao rcs-tante das jóias.

Justiça ouve soldado

Bombeiro quematou comandantealega amnésia

O soldado Uaroldo de Almeida, doCorpo de Bombeiros, que na noite dodia 16 de agosto matou a tiro o tenen-le-coronel Wainer Antônio de Oliveira,comandante do quartel do 1" Subgrupa-mento do Méier. foi interrogado ontempelo Conselho Especial de Justiça, daAuditoria Militar do Corpo de Bombei-ros. e negou o crime. "Não me recordodos fatos. A única coisa que lembro é deter tirado o cinto de guarnição — queestava frouxo - e colocado a arma nobanco. Ouvi um disparo e vi oficiais esoldados correndo atras de mim. Nãoentendi nada e por isso fugi", disse oHaroldo.

Além do assassino do coronel, foramouvidas pelo Conselho, formado por 11111niajor-presidenle. quatro capitães-juizese um juiz civil, outras sele pessoas, entreelas dois filhos do oficial morto e umsobrinho os três estavam 110 quartel eassistiram ao crime , um soldado daPolicia Militar que passava e ajudou naperseguição a Haroldo de Almeida pelasruas próximas ao quartel c três mtegran-tes do Corpo de Bombeiros. A promoto-ra Maria Eliza llingsi contou que a si-Inação do soldado não é muito boa."pois. apesar de negar o crime, todos oviram sacar a arma. ficar em posição cietiro e dbparai contra a nuca de seu

comandante, quer dizer, um tiro pelascostas".

O acusado contou que no dia em queseu comandante morreu ele estava deserviço de sentmela. Como havia pro-va no Maracanã para cabo e ele era 11111inscritos, recebeu permissão para parasair. Haroldo demorou a voltar e de-pois de vestir a farda de instrução pararetornar a seu posto de guarda, foi inlbr-mado dc que ficaria preso depois doturno, devido ao atraso. Ele disse quepensou em pedir ao ollcial-de-dia paraconversar com o comandante e livrar acadeia, mas nesse momento o tenente-co-ronel aparecia no pátio do estaciona-mento e se dirigiu a ele.

"Ajeitava o cinto de guarnição. queestava frouxo e a arma podia cair. co-mo aconteceu uma ocasião e uni caboacabou baleado 110 pé. Resolvi entãotirar o cinto e colocar a arma sobre umbanco. Depois ouvi um disparo e nãoentendi nada. So lembro de oficiais esoldados correndo em minha direçãoAi resolvi fugir para a rua. até que fuiagarrado, preso, algemado e levado pe-Io coronel Sarmento para o xadrez doquartel. Como pode 11111 revolver sobre11111 banco disparar c atingir a cabeçadc uma pessoa'.'", perguntou o soldado.Ele disse que 110 dia ficou muito preo-cupado ao saber que ficaria preso, poisnas horas vagas trabalha numa carro-cmha de cachorro-quente. Como tinhacomprado bastante lingüiça, temia queestragasse.

'X-9'

resiste na delegacia

Orgulho de garió andar armado ein vesti gar crime

Para fazer cumprir a determina-

ção que impede a atuação dealcaguetes. ou X-9 nas delegacias, osecretário dc Policia Civil. Hélio Sa-bova. lera que designar uma equipede fiscalização para percorrer iodasas distritais e verificar os que real-mente são policiais. A Divisão deEntorpecentes usa pelo menos trêsalcaguetes e a dc Roubos e Furtos,dois.

Embora proibido por Saboya defreqüentar as delegacias policiais, osargento PM Antônio Wilson Cie-mente continua saindo cm diligênciascom os policiais da Divisão dc Rou-bos c Furtos, na Praça Maná. Elenão entra no prédio mas embarca naviatura policial, na rua. Ele foi vistofazendo isso ontem, um dia depois damedida do secretário. A DRF temoutro X-9: Marquinhos Geleia, umescrevente da policia afastado do ser-viço por problemas de drogas. Ele cda mesma turma que Clemente.

O X-9 dc nome Reinaldo, queseria cabo da Aeronáutica, apareceu

cm foto de primeira página da ediçãodc O Dia dc 10 de março, usandouma jaqueta preta e portando umametralhadora HK. O irmão dele eainda o gari da Comlurb conhecidopor Galo Cevo — o apelido é porquetem um olho de vidro — e um talViana, um moreno gordo, barrigudoe prepotente, integram o grupe dcalcaguetes da Divisão dc Entorpe-centes.

A 55J DP, Queimados, NovaIguaçu, também tem seu X-9, umguarda do metrô. Há informações dcque muitos outros delegados "em-

pregam" .V-9 em suas equipes. Umdeles é o delegado Celso Gonçalves,da 27" DP (Vila Cosmos). "Tem X-9que manda mais na delegacia do queo delegado titular", disse um poli-ciai.

Um fato curioso: não existe so-mente X-9 entre detetives; há tam-bém entre os escrivães. Um "escri-vão" muito conhecido é oRaimundo, "lotado e removido" dediversas delegacias. Ele já andou porquase todas as distritais da BaixadaFluminense, especialmente a 52a(Nova Iguaçu), 54a (Belford Roxo) ea 55a (Queimados). "Ele faz o serviçode escrivão normalmente na delega-

cia e com isso extorque as vitimas",disse outro policial. Raimundo eaposentado pelo INPS.

F muito comum a policia traha-lhar com informantes. Mas a filoso-fia ilos bons policiais e mantê-loslonge da delegacia. Este tipo normal-mente tem o único interesse de ajudara polícia a combater o crime. Já oX-9 011 o alcaguete, aquele que soquer colocar um cinturão dc muniçãodc escopeta atravessado no corpo co-mo os cangaceiros de Lampião, seorgulha de espancar presos, portararmas pesadas além de um revólverou pistola, e fazem questão dc andarnos carros policiais para que todomundo os veja. Estes pretendem ape-nas tirar proveito das diligências po-liciais: extorquindo ou roubando.

Hélio Saboya já tomara antes me-dida para evitar que os alcaguetesfreqüentassem delegacias: exigiu quetodos os policiais usassem a carteirapolicial dentro de um plástico, comoum crachá de identificação. Só que ospoliciais não estão usando a carteiraoriginal e sim fotocópias, que permi-tem fraude bastando para isso colo-car o retrato de qualquer pessoa emdocumento de outro.

Alcagüete é acusado de ser matador

O X-9 mais conhecido da políciacivil e o sargento PM Antônio

Wilson Clemente que, através de ar-tificios. consegue licença médica nacorporação para trabalhar a paisananas distritais. Por esse motivo, estevepreso recentemente na PM. Durantemuito tempo integrou a equipe dodelegado llelio Vigio e é acusado dcvários crimes Chegou a ser acusadode matar Alexandre Von Baumgar-tem. Entre os policiais e conhecidocomo "matador". A decisão do se-cretário de Polícia Civil. Hélio Sabo-va. vle proibi-lo de freqüentar depen-ciências da policia civil agradou .1muitos policiais.

Fm agosto dc 19X5. Clemente es-teve envolvido 110 "Golpe do Vídeo-cassete" com o também PM PauloReynaldo de Carvalho Leite Esta-

vam lotados então na 18a DP (Praçada Bandeira), onde era titular o ciele-gado Hélio Vigio. F.lcs roubaram 22aparelhos de uma firma de consertosem Copacabana, mas foram reconhc-cidos pelo casal que anunciou no jor-nal Balcão a venda dos vídeos. Rey-naldo, Clemente e mais quatrodetetives da Delegacia de Vigilância eCapturas da Zona Norte se passarampor policias federais e alegaram queos aparelhos eram contrabandeados.

Clemente também é acusado deter comandado a chacina do Sumaré,cm janeiro daquele mesmo ano. "I resrapazes foram executados e os cor-pos queimados dentro dc uni Volks,na Estrada do Sumaré. O então se-cretário de Policia Civil, delegadoArnaldo Campana, que foi afastadodo cargo por envolvimento com a

Máfia Corsa, avocou o inquérito pa-ra seu gabinete. Os três teriam sidopresos na Rua Mariz e Barros. ondetentavam assaltar um ônibus.

Vilson Alves Paulo era alcagueteda Delegacia dc Vigilância e Captu-ras de Niterói. Ele comandou a ma-lança no Morro do Pimba. cm maiodo ano passado, onde foram mortasseis pessoas da mesma família. NoPimba, ele era conhecido como poli-ciai devido a freqüência com que ,111-dava nas viaturas da DVC-NiteróiCom Vilson estavam o soldado do12" BPM Guilherme Frias, o CaboGuilherme, expulso da corporação:um ex-PM c outro soldado do 7"BPM. Vilson e Guilherme foram pie-sos preventivamente, depois liberta-dos. I: os parentes das pessoas assas-sitiadas se mudaram do morro commedo de também serem mortos.

nmammiMBHBKBÊBammTrens — Por volta de Hi20 deontem, um cabo que capta .1 energiada rede elétrica tpantografo) dc umdos trens que passava pela esta-çào de I auro Muller caiu sobre umaoutra linha, danificando o sistemade I) Pedro II a São Cristóvão.Como a Lauro Muller fica entreas duas estações, os trens, neste ira-jeto. pararam imediatamente I rahora do rush. mas com a perspectivado feriado, quando não teriam quelevantar cedo. as pessoas mantive-ram a tranqüilidade para esperai os30 ônibus da ( I C. colocados .1 dis-posição para leva-las ate São <. risto-vão. onde as roletas foram liberadas.De Ia elas podiam seguir de tremnormalmente para os subúrbios. Oconserto, normalizando o trafegodos trens, so foi feito as 20h40,quando a maioria já havia embar-cado.Homicida — O advogado Ro-d o 1 Io Povoa, que na segunda-feiramatou a tiros, no 1 argo do Recreio(Zona Sul do R101. o jornalista R11-bens Matos do \ abo. líder dos sem-terra do Recreio dos Bandeirantes, eque telefonou na tarde do mesmodia para a 16-' DPolicial (Barra daTijucal. confessando ao delegadoArtur Pereira Cardoso Neto a auto-ria do crime e ficando de se apre-sentar para ser autuado, não o tez.pelo menos ate o final da tarde. Notelefonema para a polícia, o advoga-do alegou legitima defesa, apesar dereconhecer que a vitima não estavaarmada. Vabo. antes de morrer, ehe-gou .! acusar Rodolfo Povoa, dizen-do ainda que ele estava acompanha-do por ires pessoas Ha informaçãode que Vabo, alem dos tiros quelevou, tinha três ferimentos por pau-cada na cabeça e no braço, estavacom uma das mãos quebrada e tam-bem com um ferimento por laçada.Tais ferimentos teriam sido conse-qiiência de agressão pelos acompa-ihantcs de Póvoa O delegado Iler-ma-i Monteiro, que preside o 111-quenio. prefere aeuurdai os laudosdo K l e IM1Mortes — 11 corpo de MarcoAntônio I errcira. 23 anos. I01 en-contrado com vários ferimentos atiro. em frente ao número 133. daRua Humberto t amara Neto. con-junto residencial Gouvcias. em Pa-ciência (Zona 1 leste do Rio 1? No centro de Nilopolis 1 BaixadaI lummeiist 1. na Rua MadalenaJambarelli. foi achado o o rpo dehomem não identificado. de 25 anosaproximadamente, com calça ican\desbotada, camisa c ata e i.iquctaazul

O ( ) Cidade o quinta-feira, 7/9/89 JORNAL DO BRASIL

interiorSilva Jardim

Silva Jardim (RJ) — Fotos do José Roberto SerraÉiSÉÉIl Principais atividades econômicas

Pecuária leiteira (6 milhões de litros em 88) e cama-rão-da-malásia (00 toneladas)

ArrecadaçãoAté agosto de 68, NCzS 345.273,20 em ICMS e NCzS102 mil em royalties do petróleo produzido na Baciade Campos (o município é atravessado por umoleoduto).

Distância do Rio111 quilômetros, através da BR-101, passando pelaPonte Rio—'Niterói.

População21 mil habitantes

Área956 quilômetros quadrados

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Nascido em laboratório e criado em tanques, o ca ma rão-da -mala sia atinge até 250 g, como o da foto

Estado do Rio de Janeiro

Silva Jardim

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A terra do camarão-da-malásia

Criação em Silva Jardim começou em 84 e alguns produtores já ganham NCzS 1 milhão por ano

Morreu I icira

Silva Jardim descobriu um ncgócio-da-china — ou melhor, da Malásia. Em apenascinco anos, esse pequeno município a 109quilômetros do Rio, que vivia basicamente decitricultura c da pecuária leiteira, tornou-se osegundo maior produtor de camarão-da-ma-lásia do pais, depois de Recife. Lá, algumaspessoas estão ganhando NCzS 1 milhão porano com a criarão desses crustáceos gigantes,que da malásia só têm o nome — são origina-rios da Tailândia.

Os primeiros Mucrobrachium rosenbergii,classificação cientifica do camarào-da-malá-sia, foram levados para Silva Jardim cm 84.Hoje. rendem aos proprietários das 45 fazen-das produtoras fortuna maior que a arreea-dada pela prefeitura da cidade, que teve re-ceita de NCzS 409 mil em agosto. "Eu nãodiria tanto, mas meu sócio admite que jáficou rico", afirma o empresário Sydncy Tor-res, o maior produtor da região, com 18toneladas comercializadas anualmente. Opreço atual é de NCzS 36 o quilo, com lucrode quase 50% para o criador.

O sócio a que Torres se refere é FlávioFigueiredo. Donos da Fazenda Santa Helena— onde foram construídos 135 mil metrosquadrados de viveiros (lagos artificiais, comtemperatura mantida entre 20 e 28 graus) —,os dois dividem a fama de pioneiros na cria-ção de camarões-da-malásia em Silva Jardim.Em 84, em uma viagem ao Texas (EUA),Flávio viu de perto diversos viveiros. Voltoutão empolgado que decidiu trocar o mercadofinanceiro, onde atuava em empresa de con-sultoria. pelo cultivo de camarões. Resulta-do: ficou rico.

Apesar do lucro certo, investir nos cama-rões não é barato. Os donos da FazendaSanta Helena, por exemplo, onde existem 32viveiros e quatro berçários — lagos menores,exclusivos para pós-larvas (filhote) -, leva-ram dois anos para obter algum retorno."Nossa

propriedade vale hoje algo em tornode USS 1 milhão" (NCzS 2.956 milhões, aocâmbio oficial), diz. orgulhoso, Sydncy Tor-res. sem revelar o total investido nos doisprimeiros anos. "Gastamos muito dinheiro",resume.

O primeiro desafio para quem sonha como lucro fácil dos M. rusenbergii, ensina Syd-ney Torres, é conseguir terreno cm localapropriado — o camarão-da-malásia não so-brevive em clima frio e morre se a temperatu-ra da água cair abaixo dc 15 graus. A áreadeve ser plana, e o solo, areno-argiloso. Aágua utilizada nos viveiros tem de ser pura,de preferencia canalizada diretamente dafonte. "Se essas exigências não forem cum-pridas à risca, existe o perigo de jogar dinhei-ro fora", adverte Sydncy Torres.

Primos do brasileiro pitu, o camarão-da-malásia vive na água doce e, na fase adulta,podem medir até 50 centímetros (corpo egarras). Na época da desova, porém, as fe-meas procuram as águas salobras dos estuá-rios dos rios. Em cativeiro, as fêmeas deso-vam em laboratório, em água de salinidadecontrolada. Seu peso médio ultrapassa 100gramas — alguns chegam a ter 250 gramas.Quanto ao teor nutritivo, apresenta inúmerasvantagens em relação ao camarão marinho."Os M. rosenbergii são tão especiais quepoderiam ser classificados como alimento na-tural", informa o veterinário Léo Nascimen-to, responsável pelo setor de pesca do Institu-

to Brasileiro de Meio Ambiente e RecursosNaturais Renováveis (Ibama).

Grande apreciador de camarões, sempreque pode Léo Nascimento vai a Silva Jardimpara comprar um ou dois quilos do malásiana Fazenda Santa Helena. "Os A/. rosenber-gii têm apenas 0,25" o de gordura, o idealpara quem quer combater a arteriosclerose.O marinho, ao contrário, é alimento pesado,pois tem enzimas que entram em decomposi-ção logo depois de morto', diz o veterinário.Essas enzimas não são encontradas no malá-sia, abatido em temperatura ideal — 4 graus—, por choque térmico, método que preservasuas propriedades nutritivas.

Mas Silva Jardim não se orgulha apenasda qualidade de seu camarão. O municípiotambém é campeão cm quantidade, pelo me-nos no Rio. Para se ter uma idéia do volumeproduzido na cidade, em 88 as 45 fazendascriadoras exportaram 80 toneladas de cama-ròes-da-malásia. "Seria ótimo se pudéssemosconverter isso em impostos para a cidade",diz o secretário municipal dc Fazenda, NiltonJosé Melo, que reclama: "Porém, do ICMSrecolhido pelo estado, Silva Jardim só ficacom um percentual de 0,092°/o, uma injusti-ça."

Dc hoje a domingo, realiza-se o 2o Fcsti-vai do Camarão-da-Malásia de Silva Jardim,no Centro de Convenções Professor José deSouza Herdy, na BR-101. bem na entrada dacidade. Ali. além de experimentar as maisinsólitas receitas destes crustáceos, o visitantepoderá assistir a rodeios e participar de lei-lões de cavalos de raça na Exposição Agrope-cuária c Industrial, que se realiza todo ano naregião. Os organizadores da festa esperamreceber 50 mil visitantes até domingo. Dos trabalhadores de Silva Jardim, 80% têm eipprcgo no campo

Empresários

se animam

com a festa

Churrasco com camarão.Até domingo, esse é o pratodo dia em Silva Jardim, on-de fazendeiros e outros em-presários promovem a feirado camarão-da-malásia e dogado, a primeira que combi-na as duas grandes ativi-dades econômicas do muni-cípio. Na festa, que começaàs 16h de hoje, vai ter detudo — rodeio, shows demúsica country, leilões, es-petáculos de circo e até ex-posição dos crustáceos gi-gantes em aquário."O objetivo é atrair umnúmero maior de comprado-res para nossos produtos.Queremos divulgar SilvaJardim como um pólo pro-dutor de gado e camarão", explica oempresário Sydney Torres, um dosorganizadores da festa. Os exposito-res estão tão animados com o festivalque já têm como certa as presenças dovice-governador Francisco Amaral edo candidato do PMDB à Presidênciada República. Ulysses Guimarães.

A expectativa pela visita de Ulyssessurgiu no início da semana, quando oprefeito Antônio Carlos de Lacerda(eleito pelo PFL, mas fiel seguidor deMoreira) descobriu a agenda do can-didato para 8 de setembro: uma visita

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CHAMO MAiASIA

Sydney Torres, grande produtor, espera que festa atraia compradores

a Silva Jardim. A notícia correu nacidade e levou os organizadores aapressarem os preparativos para afesta. '"Para a economia do municí-pio, serão os quatro dias mais impor-tantes do ano", diz o secretário deTurismo, Lsportee Lazer, ítalo Talla-rida.

O festival também terá programa-ção especifica para as crianças. Entreoutras coisas, haverá exposição demangas-largas e passeios em charretespuxadas por pôneis, cavalos de raçacriados nos dezenas dc haras da cida-

de. Para os adultos, dois restaurantesvão servir os mais variados pratos decamarão e carne de boi, além decerveja gelada e batidas.

Mas nada será de graça. Quem qui-ser experimentar o malásia ao catupi-ri, por exemplo, terá de desembolsarNCzS 120. A porção de pastéis á San-ta Helena não vai sair por menos deNCzS 30. no domingo, último dia dafesta, será conhecido o resultado doconcurso leiteiro, que premiará o do-no da vaca.de maior produção.

Cidade não

consome o

que produzComo a maioria dos 21 mil

habitantes de Silva Jardim, o tra-balhador rural Jair de FreitasBraga, de 61 anos, nunca comeucamarão-da-malásia. Não queprefira carne de boi - pois tam-bém não vê bife há muitos anos.Diferente do que se pode ima-ginar, seu Jair adora camarão."Fico com água na boca só depensar", diz. O jejum involuntá-rio é apenas reflexo da economiade uma cidade que, só de leite,produziu 6 milhões de litros em88 - mas tudo para exportação.

"Camarão o quê?", espanta-se Jorge Antônio de Souza, 71anos, amigo de Jair, ao ser inda-gado sobre os malásia. "Deveser aquele que os fazendeiros es-tão criando", arrisca, depois depensar. Apesar de jamais ter experi-mentado o Macrobrachium rosenbergii,Jorge não se esquece da última vez queprovou um crustáceo: "Não faz muitotempo, comi camarão na casa de meufilho, em Maeaé. Mas não era desse;era do outro, o miudinho, que vive nomar".

Jorge e Jair não são casos isolados.Para se ter uma idéia, o camarão tam-bém é raridade nos três únicos restau-rantes da cidade. No maior deles, porexemplo, à beira da BR-101. a cspeciali-dade é a carne. "O

patrão compra

IIPÒ camarão é caro demais para Jair

tudo no frigorífico", informa um garçon,desfazendo outra espectativa a de queo churrasco poderia ser leito da produ-ção local, estimada em 50 mil cabeças degado.

Silva Jardim tem 80°o de sua popula-ção economicamente ativa empregadosno campo. Os 20% restantes trabalhamna pequena e média indústria, que insisteem surgir na zona rural do município,apesar da carência de estradas asfaltadaspara o transporte de mercadorias ao cen-tro urbano: uma fábrica de móveis, duasde cerâmica e duas de doces.

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JORNAL DO BRASIL

Rio de Janeiro - - Quinta-feira, 7 cie setembro de 19X9

Georges Simenon (& 1903 f 1989)

escritor elegan

o

escritor belffa Georges Simenon, criador docomissário Maigret. personagem de 89 de seus'120 livros, morreu segunda-feira, em Lausam

iie, na Suíça, aos 8fi anos. A morte, atribuída semmaiores detalhes a uma doença crônica, só foi divulga-da ontem — conforme o desejo do próprio romancista

depois do seu corpo ter sido cremado e as cinzasdepositadas ao lado das de sua filha Marie-Jo. quesuicidou-se aos 25 anos de idade em 1979.

O legendário detive Maigret, criatura mais popularda obra de Simenon, nasceu com '15 anos. O autor nàolinha mais que 26. "Quando o criei, eu era seu filho eele era meu pai. Hoje a situação se inverteu", explicoucerta vez o romancista. Considerado um dos maisatuantes escritores do mundo, com mais de 500 mi-lhões de exemplares editados, passou 50 anos de suavida escrevendo de cinco a seis horas diárias. Seuslivros, que serviram de inspiração para mais de 50filmes baseados principalmente na figura do comissá-rio Maigret, eram vendidos até na União Soviética,onde não se viam com bons olhos os romances poli-ciais. Raramente levava mais de 15 dias para escreveras tramas de seus romances e chegou mesmo a fazerum livro em apenas 25 horas.

Mas tanta rapidez e ferti-1 idade de idéias faziam o fei-t.iço se voltar contra o feiti-ceiro. Georges Simenon,rebaixado ao segundo esca-lão cia literatura, precisoude muitos anos e livros paraser reconhecido como umautor de primeira grandeza eser citado por André Gidecomo o "o único romancistaque merece ser lido". Gideadmirava justamente a pro-digalidade da imaginação deSimenon.

Hoje a qualidade literária ilo trabalho de Simenon éinquestionável. Não é por-que ele escrevia muito quepode-se concluir que ele escrevia mal. Na coleção Osescritores, lançada no Brasil pela Companhia das Le-tras e que reúne as entrevistas feitas pela céle-bre Paris Revicw com os maiores escritores do mundo.Simenon está ao lado de Ernest Hemingwa.v e WilliamFaulkner. Uma companhia impensável, por exemplo,para Agatha Christie, outra escritora de históriaspoliciais.

Em 1971. o escritor belga, dizendo-se cansado, exi-lou-se numa pequena casa em Lausanne e prometeunão escrever mais. Por duas vezes, porém, quebrousua promessa. Em 1973 voltou a se debruçar sobre asfolhas em branco e escreveu Cartas à minha mãe.talvez para expiara culpa pela frieza do relacionamen-to entre ele e sua mãe Henriette. Seis anos depois, emsuas Memórias intimas, fazia revelações sobre si pró-prio, falava das maldades de sua segunda mulher Deni-se. a quem se referia como D., e do amor incestuoso epersistente da filha Marie-Jo, de forma dolorosa. Pelomenos foi essa a opinião de outra romancista policial.Patrícia Highsmith, comentando o livro, no jornalLiberation: "Simenon tentou analisar aquilo que orodeava, para compreender em particular sua filhaMarie-Jo, que lhe causou problemas reais e suicidou-se sem conseguir se desvencilhar de sua obsessão pelopai." As últimas páginas das memórias de Simenon.inclusive, são uma coletânea de textos da torturadaMarie-Jo.

Georges Simenon nasceu, numa sexta-feira. 13 defevereiro de 1903 por superstição, sua mãe Henriettetrocou a data do registro para o dia 12. Filho de pobres,ele foi obrigado a abandonar os estudos para ganhar avida e aos 16 anos era repórter da Guccta de Lieju,sua cidade natal. Foi ai que começou a apreciar asnoticias policiais que iriam rechear seus livros. Em1922. vivendo em Paris, casou-se com uma pintora eteve seu primeiro filho. Depois de publicar contos emjornais e revistas, deu a grande virada de sua vida em1929. lançando-se desenfreadamente aos romances po-pulares. Foi nesse ano que nasceu o comisárío Mai-gret. a quem Simenon jamais abandonaria.

Seus livros, a partir de então, lhe garantiram umavida de fausto: um rancho no Arizona, uma proprieda-de de 30 hectares em Connecticut. uma mansão emCannes. um Castelo na Suíça, com 26 cômodos e 11empregados. Freqüentava hotéis de luxo e possuíauma coleção de automóveis. Isso. porém, não o impe-dia de declarar: "Jamais dei importância ao dinheiro.Conservo uma alma modesta." Sua excepcional produ-tividade literária só podia ser comparada ao seu céle-bre apetite sexual. O mesmo homem que dizia buscarinterminavelmente não uma mulher, mas "a mulherverdadeira, amante e maternal, sem artifícios, semmaquiagem, sem ambição, sem preocupação com oamanhã, sem estatuto", dizia também: "Eu tinha fo-me de todas as mulheres que encontrava."

O escritor foi casado duas vezes. Teve quatro filhos,três do segundo e desastroso casamento com Denise,que terminou um acusando o outro de estar se afun-dando no alcoolismo. Chegou a tentar o suicídio. Masfoi retido a tempo por Tereza. empregada de suamulher, que transformou-se na companheira de suavelhice isolada em Lausanne. .

Georges Simenon (foto) é "o único romancista que merece ser lido", na opinião de André Gide

Um inspetor e

seu cachimbo

GEORGES Simenon escreveu seus

oito primeiros livros sobre Muigret para aprender como se fazia umanovela. Sua criatura cresceu e se tornouum dos personagens mais conhecidos daliteratura popular. O detetive bonachâoabandona seu posto de comissário da po-licia judiciária para viver em Meutig-Sur-Loirer numa casa que tinha o me.-mo cheiro de maçã e a mesma atmosferade sua infância. Grisalho, pesadão, comseu inseparável cachimbo, gostava dashoras calmas na cadeira de balanço,sempre vigiado por Madame Maigret.que o tratava como um garoto travesso.K torna-se. de fato. um garoto travesso.Contrariando as ordens de Madame, es-quece a aposentadoria e embarca embusca de aventuras. Dono de um espíritopaternal e conhecedor das fraquezas domundo — a ponto de admitir os direitosdos criminosos— Maigret usa sua sensi-bilidade como mediadora entre a tragè-dia e a justiça. Seu universo e realista ebanal, povoado por donas de pensão, em-pregadas domésticas, desempregados,todos os desprovidos que buscavam a sor-te na cidade grande. Menos racional queseus companheiros Sherlock Holmes ouHercule Poirot, a Maigret não importavaapenas prender o criminoso. Mas sobre-tudo, descobrir os sentimentos que leva-vaam alguém a cometer um crime.

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Jean Gabin (à direita, cm O castelo do medo) foi Maigret

Brasil tem

48 títulos

A Editora Nova Fronteira j.ilançou 48 livros de Georges Si-monon no Brasil. Todos os ti tu -los podem ser encontrados naslivrarias. Os mais procurados,porém, sAo:

A casa das 7 meninas — lan-çado em janeiro de 1983, encon-tra-so na quarta edição.

O gato — de 1981, terceira edi-ção.

.¦1 velha senhora —1979. '• rceira edição.

Morte na alta sociedade1979, terceira edição.

O cão amarelo — 1979. tercei-ra edição.

Idéias para

bons filmes

EORGES Simenon e suaintrospect iva criaiur i. o

Inspetor Maigret, fizeram umlongo passeio polo cinema. Km1932, Pierre Renoir encarm >upela primeira vez o d< t.eiivc deSimenon em La nuit ducarrrfour. Foi sucesso Muitoaquém dos romances, é verdade,mas mesmo assim sucesso.Maigret continuou nas tela.-encarnado por Abel Tarri-.le.Albert Prejean. Michel Simon.Harry Baur. Mauriee Manso» ePierre Brasseur. o favorito doSimenon. Km 1918. <> inspet - >rganhou sua inevitáví 1 versãonorte-americana. C h.iriesLaughton viveu o personagemem The man o»; tlh Eilic!Toirer. dirigido por Bui ue^sMeredi t h.

Mas quem imagina M i: retno cinema pensa em JeanGabin. O ator francês foi omelhor dos int erprotes dodetetive. Jean Delannoy dirigiuGabin em ,-I.v.s-cj dmulheres < Miiigret t, nd , ¦piècje, 1958) c O castelo cio tnedoi Maigrt t et Vai rSaint-Fiaere, 19591. Com (iillesGrangier. o at (»r O In •/» turMaigret acerta i Ma u/ret voi ¦range, 19631 (>s vá rios :i i m- ¦ ¦iilent ifii aram M.uwn •: 1 1>mJean Gabin p< lo mundo aira Anã<)sit tal\na erraonde no inu in d is.i n< is 60 fezsucesso uma -¦ rie de TV com oinspetor, est i ciada pi >r Kup< 11Davis.

Mesmo som M-u - 1:1 rasde Simenon i:ispira:'.i m I.uuDaquin. Man . i Cai m ('lauii-Autant -Lara. .Jean Piei r>-Mel vi lie e Hert rand Tav. mi. r.Mas talvez a melhui adaptaçãode Georyes Simenon para •1cinoma i onta m.r.- um i vez cmo talento de Jean Gabin. < > •(l.e chat. 19701. de PierreGranier-Deforre. tem umabrilhante pan ei ia do Gabin ••Simone Signoret. A duplaganhou um prêmio . onjuntinterpi > tação no F> st iva 1 deBerlim.

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2 o CADERNO B <¦ quinta-feira, 7/9/89 c JORNAL DO BRASIL

Akerman cancela mostra

REGISTRADO o primeiro for fui! tia 1"Mostra Banco Nacional de Cinema, noEstaçílo Botafogo. Foi cancelada a mos-ira de sete filmes da cineasta ChantalAkerman, representante do novo cinemabelga. Os sete títulos de Chantal Aker-

man estavam há mais de um mês noBrasil, e já foram exibidos em Belo Horizont.o e Sáo Paulo. Ilá vários dias. ascópias chegaram ao Estação Botafogo,onde a mostra seria inaugurada no próxi-

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mui dia 12. Para surpresa geral, o KstaçiloBotafogo foi informado onlem polo Con-subido da Bélgica que, em t.elex, a direto-ra cancelava a exibiçílo e solicitava adevoluvíVo imediata das cópias. "Sabe-mos nue ela se recusou a comparecer ámostra de seus filmes em Sflo Pauloalegando "falta de segurança", mas nfloentendemos o cancelamento da exibiçãocarioca", disse um dos organizadores daMostra.

A decisão de Chantal Akerman, tambóm pegou de surpresa o próprio Oonsulado, como Informou Kobson Cordeiro dosetor cultural: "Nilo temos explicaçãopara o cancelamento. Recebemos um Le-lex pedindo a devolução das cópias porcompromissos na agenda. Chantal Aker-man disse apenas que poderia vir emjaneiro". E concluiu: "Para nós. essecancelamento foi extremamente ilesagradável".

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Cartão do

Leitor.

Nãovã ao

Teatro sem ele.

Exóticos

cenários

no Lido

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VENEZA — Ontem, a 46* Mostra ile Cinema deVeneza reservou uma nova programação de paraísos exu-ticos para a sua numerosa clientela internacional Asiluas movimentadas e longas viagens do iiuarto dia defestival foram feitas e guiadas pelos filmes de um velhodinamarquês Gabriel Axel. de 71 anos e de umcinquenUlo argent ino Edgardo Cozarinsky.

A única tendência mie parece evidente nesta ediçftoda tradicional mostra veneziana é a ile usar o cinemacomo divulgador de novas opções para os amantes doturismo aventuroso e diferente. Christian, o mais recentefilme do veteranissimo Gabriel Axel. autor e diretor quesomente hA dois anos. depois de uma carreira iniciada em19,d, se tornou Internacionalmente conhecido e famosograças ao Oscar dado ao seu llulwttes gacsU-hud i Fes-ta Ue Babettei. levou-nos até o Marrocos. Enquantoa vlacem mais lonua e difícil, até a desértica e ventosaPatagônia, ficou por conta de Currrmis y rautivas ((iuerrri-ros r prisioneiras), filme que nilo concorre a prêmios,selecionado e incluído na seção Horizontes de Veneza Bi),escrito e dirigido por um arcentlno que vive e trabalhaem Paris há mais de 15 anos: Eduardo Cozarinsky.

O filme do veterano Gabriel Axel conta a histó-ria ile um rapaz de CopenhaKen, que, aos 20 anos, dainicio a uma interminável viagem de evasão, sem lençosem documento, comprando e vendendo violões, uonquiâ-tando, traindo e roubando. Até que, de carona em carona.Christian chega, entra e desmaia em meio ao grandeSaara. Com essa carga excessiva de ingenuidade, o novofilme do velho e valoroso Gabriel Axel, deste ontem,parece, irremediavelmente, excluído da lista t,ainda nãoformada) dos mais credenciados candidatos a qualquerdos Leões de Veneza deste ano Sua inclusão entreos 23 filmes da mostra principal, dos chamados emconcurso, realmente só parece se justificar pelo Oscarque há dois anos foi-lhe conferido nos Estados l.'nidospelo excelente A festa de HubctU-.

Com (JiHTmros »* prisioneiras, o argentino Cozarinskyteve realmente um projeto muito ambicioso. Nos ;«)minutos iniciais de projeção, chegou a dar a impressão deque sua boa intenção seria coroada ile sucesso Rei. urs<>sfinanceiros, uma boa história e um elenco de atoresqualificados e populares mio lhe faltaram. As avaliaçõesmais contidas feitas sobre o custo ile (liiprmrm r prisimiei-ras são de dois milhões de dólares, no mínimo. Gastosprincipalmente para pagar a viagem e a presença naPatagônia de duas siars corno as francesas Domir.i-que Sanda e Leslie Caron. inteiramente desperdiçadaspela falta de uma boa direção de atores

A história do novo filme de Edgardo Cozarinskytem como esplêndido cenário a distante e quase esqueci-da Patagônia, a cerca de 600 quilômetros da Província deBuenos Aires.

Hourke falou pouco e levou pito do patrão

O melancólico

sh.ow do astroDificilmente alguém conseguira repetir o ridi

culo espetáculo de vedet ismo provinciano oIVrei idoontem polo ator americano Mickey Hourke no auditório do Hotel Kxcelsior ile Veiie/.a.

Em uma hora e 10 minutos de ent revista coletivafalou apenas 25 minutos através de um interprete— para responder com evidente má vontade aapenas seis perguntas de menor importância.

No primeiro ato de seu melancólico show. Rourke limitou-se a dizer que nâo falaria ao microfone,mas unicamente através ile seu interprete e paracomunicar que, depois do Festival de Cannes, decid ira não expor suas idéias, nem prestar declaraçõesaos jornalistas.

Diante da reação da sala i heia de jornalistas detodo o mundo, que insultavam e vaiavam a insolcncia do ator americano, o produtor do filme, Johnniihandsome Uohnny, o bonito) fez prevalecer suaautoridade de patrão.

Do auditório onde se encontrava, o produtorCharles Koven fez chegar ao ouvido de Hourke.principal Intérprete de Johnny handsome, sua ta-xativa ordem para o ator falar imediatamente.

A arrogância de Mickey Hourke acabou no mos-mo momento em que uma risonha mocinha lhe fezchegar a voz do patrão. Sem o menor constam-gimento. Mickey Hourke explicou sua mudança deatitude, admitindo que o fazia por imposição doprodutor, inquestionável senhor da grana.

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JORNAL DO BRASIL quinta-feira, 7/9/89 CADERNO B

Que beleza! Elementar® As páginas de economia dos jornaiscie ontem pareciam ter sido impressasem outro país.m Anunciava-se que o desemprego de3.17",, é o menor do ano, que o mercadode arte antiga bate recordes comobras vendidas a 830 mil dólares, que ocomércio exterior vai faturar 50 bi-lhões de dólares, que a indústria auto-mobilística anda vendendo tantos car-ros quanto no ano dourado de 1980 eque o juro real cairá pela metade.O Ate o governo conseguiu produzirboa noticia anunciando um corte pe-sado nos incentivos fiscais.

«• Só se espera que t udo nilo seja des-mentido hoje.

¦ ¦ ¦

Todo ouvidos

O Podiu-sc ao candidato do PDTLeonel Brizola uma data livre para aterceira semana deste mês.® Os embaixadores dos países per-teneentes à Comunidade EconômicaEuropéia querem eonvidá-lo para al-moçar em Brasília.9 K ouvi-lo.

¦ ¦ ¦

Em estudos• Mesmo antes de voar o avião queestá sendo desenvolvido a quatromãos em .São José dos Campos, resul-toda di• um acordo tecnológico firma-do pelo Brasil e Argentina, os doispaíses irí pensam em desenvolver umsegundo projeto, este de maior enver-guclura.© Sacia menus do que um caça nuh-tar.

• Do lado brasileiro, a Embraer jácolheu pelo menos um veto.© Partiu de um segmento militar,preocupado com uma possível excessi-vu colaboração entre os dois países nosetor bélico.

¦ ¦ ¦

Desafio

9 Já tem reitor escolhido —convite feito, convite aceito — aUniversidade de Música de SãoPaulo, que o secretário de Cultu-ra, Fernando Moraes, vai inaugu-rar 110 ano que vem.• O maestro e compositor TomJobim.

* * *© Tem muita gente pagando pa-ra ver Tom trocar Nova Iorquepor Mogi das Cruzes, onde seráinstalada a universidade.

9 O goleiro chilenoKobcrto Rojas, em-pregado do São PauloFutebol Clube, decla-rou não entender por-que o clube colocou àvenda o seu passe.

Ele m e n t a r, m e ucaro Rojas.

O São Paulo é umclube de futebol e nãoum circo.

* * *Assim que o clu-

be sampaulino consta-tou o talento histriô-n i c o de Rojas,amplamente demons-trado no Maracanã,resolveu se desfazerdele.9 Quer vender seupasse de preferênciapara o Circo de Mos-eou.

EnlaceLuma de Oliveira e

Antenor M a y ri n kVeiga já estão circu-lando de aliança.

Por enquanto namão direita.

Dos bailas9 E o comandante-cm-chefe da Armadado Chile, almiranteJose Toribio Merino,hem9 Que bobai hão!•k ? ?O Que o diga o ex-ministro da MarinhaMaximiano da Fon-seea. anfitrião deToribio numa visitaoficial do co-ditudorchileno ao Brasil em1982.9 K n quanto aquiesteve, Toribio, fijgu-ra simiesea até noaspecto, conseguiuse indispor com todomundo, circula ndopara cima e parabaixo à frente deuma tropa de agen-tes de segurançaatracados com malasrepletas de metra-lhadoras e expio si-vos.9 Que bobai hão!

Zozimo

Expectativa Maluf'news

Rubens Monteiro

No almoço oferecidopor CannemMayrink Veiga emtorno cie HilclegardAngel, a anfitriãcercada por AnaLuiza Capanema eYara Andrade

Ronaldo Zanon

.4 embaixatriz GlorinhaParanaguá, de pé, entre

Àlexia Ségard e aembaixatriz CéliaBastian Pinto, no

almoço por ela oferecidoontem no Mr. Ramos

Roda-VivaI) Martazinha. Guinlo recebeu ontem

para jantar no Bife de Ouro em tornodo embaixador francês Robert Rtchard.Entre os presentes, os embaixadores esras. Roberto Assumpçio e José Augusto

míi' Macedo Soares, o escritor e Sra. Gul-lhenne Figueiredo, a Sra. Regina de MelloI.eitAo,

A galeria (!B Arte abrirá as portas nasegunda-feira, às 21h, para a exposiçãodos últimos trabalhos de Ivan Freitas.

Gisel.i e Ricardo Amaral foram anfi-nines ontem de um jantar no Hippo emhomenagem a Charlene de Souza.

Isabelle de SÓRiir passando o feriadãoem visita a cidades históricas mineiras.

.lá Narcisa Tamborindeguy escolheuBanloche para descansar.

Voa no domingo para Paris o empre-sário Manuel Agueda Filho.

(i Guimas promove hoje uma grandefeijoada cívica.

Kstá no Rio orquestrando um grandefestival de frutos do mar, no estilo dofamoso restaurante Harga<;o, de Salvador,seu proprietário, o eonheeido fjeoncl. Ofestival irá até domingo no hotel Othon1'alace.

O aniversário de D. Maria do CarmoNabuco. 110 dia 17, será festejado em fami-lia.

O prefeito em exereieio Roberto D'A-vila e o secretário de relações interna-ciouais do PDT, deputado Hocayuva Cu-nha, foram os anfitriões de um almoço nachurrascaria Mariu's homenageando osdirigentes do Partido Socialista italiano depassagem pelo Hio.

o embaixador de Portugal. LeonardoMalhias. «era homenageado no dia 17 comum cocktuil-huffct oferecido polo seu conse-lheiro de imprensa e Sra. Hui Diniz.

O .Museu Nacional de Belas Artes estáconvidando para o vernissage da expo-sição d»' pinturas de Vera Koitman.

A pera A Presidenta, em cartaz no TeatroVanueci. comemora hoje o seu primeiroaniversário com direito, depois do espeta-culo. a um coquetel de confraternização nadiscoteca Babilônia.

Troea-troca na redação da Playboy: odiretor Carlos Costa passa a responderpela diretoria de projetos especiais e entraem seu lugar o jornalista Carlos Mara-nhão.

• A Petrobrús concluiuontem o mapeamentogeológico e sísmico damargem equatorial doBrasil, mais precisamen-te o litoral entre o RioGrande do Norte e a for:do Amazonas.9 Foram localizadasexcelentes estruturaspara petróleo em águasde 500 metros de profun-didade.9 Caso se confirme adescoberta de petróleona área, os dias da de-pendência brasileira deóleo importado estãocontados. * * * »9 Para a confirmação,entretanto, serão neces-sárias perfurações e,mais do que t udo, o prin-cipal.9 A descoberta do pe-tróleo.

Alfinetada9 Do prefeito cm exer-cicio Roberto D'Àvila,expondo — o que rara-mente acontece — osesporões:— O Moreira Franconão faz o seu sucessornem que lance o nomeda Xuxa.

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Ato falhoAo discursar anteontem

num encontro de presiden-eiáveis realizado no Rio, odeputado Hélio Costa, doPSDB, deixou-se trair pelosubconsciente.

Apresentou-se à platéia,de microfone em punho, co-mo "representante do can-didato do PSDB à presidên-cia dos Estados Unidos".

É?

Bom programaComeçará peto Hio. no

próximo dia 25. a tournéebrasileira da BBC Pllilar-monic Orchcstra.

Chegará pelas mãos dacondensa Sabine Lovatelli.comandante do MozarteumBrasileiro.

Oi' concertos seguintesserão em Brasília, no dia 2t>,e em São Paulo, nos dias 27.28 e 29.

O programa do candidato do PDS PauloMaluf no horário gratuito da Justiça Eleito-ral vai conter várias novidades.

Haverá duas programações completa-mente distintas para o rádio e a televisão e,na TV, as programações vespertina e notur-na também serão diferentes.

E mais: o horário da tarde será ancoradopor uma conhecida personalidade da televi-são, e o noturno pelo próprio candidato.

? ? ?Maluf tomou as decisões depois de ouvir

conselhos informais de pelo menos um su-pereraque no assunto: o diretor da TV GloboJosé Bonifácio (Boni) de Oliveira Sobrinho,com quem o candidato vez por outra trocaidéias atrás da garrafa de um bom vinho.

De perto• Viajou ontem de Buenos Aires para /uri-que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.9 Foi em companhia de um dos vices daentidade, Alfredo Nunes.9 Os dois foram acompanhar de perto asreuniões do comitê da FIFA que estuda oaffair Urasil-Chile.9 Teixeira faz questão de. estar em Zuriqueno domingo, quando a FIFA anunciará a suadecisão sobre o incidente.

Quem chegaEstá aterrissando no Rio a psicóloga ameri-

cana Colette Doiding, autora do best-seller OComplexo de Cinderela.

Chega, passa o feriadãn em Angra ciccro-neada pelo casal Sérgio Machado, e depoispõe-se a correr o Brasil afiliando o lançamentode seu novo livro, que trata também de romple-ios - O Complexo de Perfeição.¦* * *

O complexo, no caso. é o das mulheres deum modo geral.

PreciosidadeA embaixatriz Laís Gouthier está-se desfa-

zendo de parte de sua pinacoteca, que contémalgumas preciosidades.

Kntre elas, um primoroso painel — um alie-cedário — do pintor americano Jack Brusca.

¦ ¦ ¦

Pena

Comentário do deputado Francisco Dornel-les, lamentando a saída de seu ex-eolahoradorJorge Hilário Gouvêa Vieira da presidência doBanerj:— F, uma pena porque não só o Jorge Hiláriofez uma administração da maior competênciaà frente do banco como também porque a suarenúncia significa a perda pelo governo Morei-ra Franco de um de seus últimos rema-nescentes do pensamento liberal.

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R.W .-1 K".| !,? 1HI"I> ArtAW«* ÜHu.i S tv.i H .1 70 7 1,1 ' IShopping 1 (Av Suburbana, b4/4 b92 9430)

1 M< 1 /h. 1«W> I 1 M.ltllitrir.l ' ' V&93 71 ••• '

1 'th 71 li S.ihad i iji -i liini ' r'.i • ' 3'1Palácio (Campo Grande) 16h I8fi 20h (10anos)Jovem lutador de artes marciais recebe aulas deauto defesa com o espirito de Bruce lee. paraacabar com o crime organizado EUA/1988POWAQQATSI lAi.urw " •<; :).• Rorjq«o Música de Philip Glass l.ido 2 (Praia do

I iafAengí) 72 28b 0642) 1 bh30. 17b301 9h30 ? 1 h30 (1 0 anos)Sem enredo nem diálogos o filme mostra umaudiovisual que lustra o contraste entre a altatecnologia e as culturas mais primitivas EUA/

1 988OS SAFADOS (Dirty rotten scoundrels) def rank 0/ Com Steve Martin. Mic.hael Carne. Glenn»> Headly e Anton Rodgers Cinema I (Av PradoJúnior, 281 - 70íi 2889) I üh. I /lilO H)li?021 h30 Ti/uca Paluce I (Rua Conde de Bonfim.;i|.i 778 4010) 1 <11)30 1i40 lyhtiO 71 ti(10 anos)Dois espertos golpistas vivem de tirar dinheiro dosincautos, num rico balneário francês Eles fazemum trato o primeiro que conseguir arrancar b0 mildólares de uma mulher fica com o direito de atuarsozinho na área EUA/1988A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER (Th,'unbearable hghtness of bemg). do Philip KaufmanCoii- O.inn! n.iv l.ewis, JuliiHKi Bnioclio I imuOim e D«jrek de Lmt Veneza (Av Pasteur. 184295 8349). fijuca 2 (Rua Conde de Bonfim. 422

264 b246) 1 bh. 1 8h. 21 h (16 anos).Médico e fotógrafa vivem apaixonada história deamor. quando explode a repressão em Praga e elessão obrigados a emigrar Baseado no romancehomônimo de Milan Kundera França/19880 AMOR NAO TEM SEXO fPrick tw ynnr c.wJde Stephen Froars Com Gary Oldman Alfred Mohna. Vanessa Redgrave e Wallace Shawn Jóia

GRANDE MENTECAPTO ifi-asileirn) IM)íwaldo Caldeira Com D'ogo Vilela Dét)ora BiocfiReq na Case e Osmar Pr,»do Palácio / (Rua doPasseio 40 240 6b41) 1 3h40 1bh30 1/h20

Qh 10 2ih 5^f) / </// 1 (Rua do Catete. 30728b 2296). Copacabana (Av Copacabana 8012bb 0963> Barra 2 (Av dar. Américas 4 66632b 6487) fi/uca 1 (Rua Conde de Bonfirw 4 22

, i,.l ' . 4n ' 41 u> 1 Wl I /l>W ; '.1' 4' ;• 1« .'Madureira I (Rua Dagmar da Fonseca b4

;» ¦ ,. ,,l |i,h'ili 1 '!.?!I ' 11 '21 h Sábado e domingo a parM das 1 3h40 (Livre)

¦id ' ' dera um levante de prost tutas 'oucos •• meno godo Governo em M nas Gerais Baseado no livro deFernando Sabmo Produção de 1988.A ARMADILHA DE VÊNUS 'Pb ¦¦ ¦ ' !••

Mor stren Com Myr em Roíf Sonja Kirc.hberger Art f <ishion

i d.i Gávea 899 322 1 2b8)1 bM30 1/h4(» 19hb0 22h Art Casashoppmg 3(Av A-vrada Va 11 2 1 bO) d»» 2" a 6'* as1 bh40 18hb0 21 h Sábado domingo a partirdas 1 4f;30 Sfar //ww»w (Ru.i V.sr de Pirajá 3/1

b21- 4ofH'.»j l.argo do Machado 2 (Lgo doM.i'»iad>' 29 20b 6842), Bruni Ii/uca (Rua

I, H, -.'.li 3/0 7íi4 HÜ/Í.i 14li3016hb0 19M0 21 h30 (16 anos) Desconto de3(i ii mf-d aote apresentação do cupom cio Gu«a00 assinante e do cartão do leitor JBMndico de 30 anos wc obcecado pula ide.a deencontrar a mulher ideal o vaga pe a (idade aprocura de um grande amor Alemanha/1 988ADORÁVEL SEDUTORA ''¦¦¦¦ . l' !*««»• f¦Beresford Com Tom Se"eck Pau; na Por /kova.Wiliiam Daniels e James Earentmo Palácio 2 (Ruado Passeio 40 240 6b41) 13h40. 1 bh30

7h20. 19h 10 21 h Ro<y (Av Copacabana. 94b236 624b) Rio Sul (Rua Marquês de S Vicen

;.. 1 .' 7 74 41 l\ 1 1 I .1 .11 y.il ll'i(|I,!,; 4u41 '4100 Uil 1 '• • ¦¦

2U«30 h/ura Paiace 2 (Rua Conde de Bonfiml>' 4 77b 41:' ü) l'it'3( • /• VllilO 711.(Livrt.')Escntor de histOr.as poi c a s ronhece lie'a mulheracusada de assassinato mas resolve ajuda 'a fornecendo lhe um áiib» EUA/1989

ICONTINUAÇÕES

Horst-Günther Murx, o médico, e sua noiva, Sonja Kirchberger

Cinema/CJRÍTTCA? 'A armadilha dc Vênus'

Humor à moda alemã

Hoíirrio l)ursl

IMAGINE

um filme alemão. Pou-cos pensariam em romance e ri-sadas. Pois é justamente este oclima de .¦! armadilha dc Vônu.i

(Pie rciiuslallc. Alemanha. 1087>. deRobert Van Ackeren. que estréia hoje110 Star Ipanema e circuito, O novofilme do diretor de l'tna mulher cmfogo é uma comédia romântica sobreum médico de 31) anos que apesar denoivo ainda procura freneticamente oamor de sua vida. Romance e risadas,sim, mas à pesada moda germânica.

Dic vcnitsfullc já tem seu fà-clubecarioca desde que foi exibido no ú 1 ti-mo Fesl-Rio. sob o titulo de .-1 cilada dcVcnus. O filme surpreendeu quem co-nhecia o trabalho de Robert Van Ac-keren, um diretor mais amiiío da iro-nia amarga do que do romant ismo bemhumorado. Bom. em .•! armadilha osdois estilos se misturam mas o ult imoganha longe. Com direito a c viveramfelizes para sempre.

Max (Horst-Günther Marxi é ummédico de 30 anos (|iie vive com a noi-va, a aerodinâmica enfermeira Coco(Sonja Kirchbertíen. Apesar dos ciú-mes e da sensual voracidade de Coco.Max ainda consegue oportunidades edisposição para dar suas escapulidas.

O insatisfeito médico passeia por vá-rias camas em busca da "mulherideal". Até que uma noite colide comela. literalmente. Marie (M.vricmRoussel, que você ja viu em filmes deJean Luc Godard). uma fascinantebailarina, atrai irresistivelmente Maxe vice-versa. O único problema é que amoça está satisfeita com sua relaçãoaberta com Kurt illanns Zischler, quevocê já viu em filmes de Wim Wen-ders i.

Armado o circo, o iiuarteto se dedi-ca â esperada quadrilha de equívocosamorosos. Alimentada pelo engenho-só. divertido e sensual roteiro de VanAckeren e Catharina Zweretr/.. O dire-tor tempera seu filme com ironia ecria um clima de sonho que muitasvezes vira pesadelo. Afinal é cinemaalemão. Mas o resultado é surpreen-dentemente suave e apaixonante. .-1armadilha cie Vênus tem tudo paracapturar o espectador enjoado da roti-na cinematográfica ianque. O filme éprova definitiva da magia do cinema.Não só por suas qualidades, SonjaKirchberger. que na tela é deliciosa,exuberante, quase incrível, esteveaqui no KestRio revelando-se uma bai-xota desengonçada.

Cotação: + ? ?

(Av Copacabaita hflO 2bb /12') 14h30,16lib0. 19li10 21h30 (IBanris)Basnado "in fatos reais f) traqu.o roíac. onan "ritoho'nciSSe»u<ii cnini Joe Orton autor teatral es

! >: .irio*. 111J .• .c-i. .1" 1' • EUA/198/

BREAPRESENTAÇÕESCALENDÁRIO DA MORTE //" I

de Pat 0 Connor Com Kevm Kiaip Susan Snr.jnrton e Mary El /abeth Mastrantomo Bmtot (AvMirnstro «'doar Homero 460 391 4822) 1 bh

7h. 1 9h 21 h (10 anos)Pohcial On/e pessoas são nvirtas em orve i*n»s"sO décimo spqundo rrane esta para a'-ontecer e apoücia pede ajuda a e* detetive que traPalha comum computador EUA/1989LOUCADEMIA DE POLICIA 6 CIDADE EMESTADO DE SlTIO i''¦>/« •• ¦iJ-ltnyfi tder siege) de Peler Boner/ Com Bubba Sm thDavid Graf Micliael Wmslow e t.eshe E.isterbroo^.Paratodos (Rua Arquias Cordeiro 3b0 2813628) 14h40. 16h20 1Oh 19h40 21h20 lagoaDrivn In (Av Borqes de Medeiros. 1 426 2/4

^7999) 20h30. 22h30 Atê dommqo i«^lai/oa(Livre)Comédia Cnmmosos enam pànx o na ¦ dad'- matando pessoas a redu/mdo f) valor d»* seus ttensimóveis Para resqataf a ordem entram em ação osloucos da Academia do Policia EUA/1 989

Bextra

KOYAANISQATSY ' •, ...• !'¦•¦¦•) ¦¦¦ 1 ¦ St»-,Reqrjio Apresentação de I ranc. s Ecjtd CooooiaH'i;t* amanfià e sabado a meia nr.Mte. no CândidoMendes Rua Joana Ançjélica 63 (livre)Ut»í /ando apenas im.iqens e tr Uia sonora sem

í 1 ¦ 1' 'i I»"',' ' i !•'! I"". '¦sobre a <.iv 'i/acáo arner cana consurnisla o depredadora EUA/ 198bO CALVAniO DE UMA RAINHA Vfawi '

1" Ji- In ! 'li i' ¦ ¦ "M"Jiéle Morrja" Rich.ard Todfl Jeanne Bo tei e

M. >"iPraça XV Entrada francaA trajetória fia ramha Maria Anton-eta (íesde o seu

,1 , Ml' H 1 ' ¦ ¦ ' ' ' 1 ; ' "" '

Bmõstras

A FOTOGRAFIA DE EDGAR MOURA ' •A hora da estrela (Brasileira) de Su/ana Amaralc ... M < ,.ia*u i'0 iii - ' Uuman Cânduío Mendes (Rua Joana Anqeiica63 267 7295) 18h.20h.22fi (Livre)0 cotidiano mar<;inaii<'ado d»1 jovem nordestinaqu»! tenta sobreviver na cidade qrande Baseado noromance de Oar ce I >spector Produção de 1 98b

1» MOSTRA BANCO NACIONAL DE CINEMA

K MOSTRAINTERNA CIONALArt fashion Mall 3 (Estrada da Gávea 89322 1258)MINHA PEQUENA ALDEIA (Vesn,< ktstrvdisková) de Jm Men/e: Com Jane,Manan l abuda e Ruclolf Hrus.ns» y A-, 1 •e 19h30 Com leqendas em portuquésComédia de costumes Dois personarj-rcornpatív»;iS dinqem cam.nhao de ( a' jaquanto si.jas penper as são i^mtjrarlas tpersonaq»Mis de unia perjuen.i a'de a neeI checoslová(iu<a/1 986FAÇA A COISA CERTA.. , ... Si i-.nl- i'i Anilos»e Davis Ruhy Dee e Guincar-o L.pos u

1 7h »; 22h Com leqendas em portufjuésInsp-rado no c.tso roal de três 'Ovnns n<que depois que o c.irn. enqtrca t.'-•'auxilio numa pi//«irta e sã'¦ barbar »nient»irados EUA/1989

OLHOS NA BOCA tfil, < > , ">Mar«:o Beiiocctuo Com Anqela Molma. ICuste1 EmrnanueHe Riva e M»chei P«ccoi'1 9h Com leqendas em oortuquês

e a meinor a do laiei.id-. itái-a/1 982

SE BREVE PANORAMADO VÍDEO NO BRASIL

NERVO DE PRATA

V MOSTRAINTERNA CIONALfstaçáo I (Rua V o'uni/mos da Pat'286 6149)SUR — AMOR E LIBERDADEf em.indo SoUmas Com Susu Pe-que! Anqei So'a Pfe! ppe leot.ifd »•As 14h e 21h30 Com ieqendas equêsDepois de t meo anos i>r»-?o tu,meudo com o firn da rt-tadura mas n.to

BTÒS MELHO RESFILMES BRASILEIROSDA DÉCADA

NUNCA FOMOS TAO FELIZES

idaAFOGANDO EM NÚMEROS

I- I :

CABRA MARCADO PARA MORREU

JORNAL DO BRASILMAM 940 KHz ESTÉREOJBI —Jornal do Brasil Informa de 2' a 6',IS ii 1. ' v ¦ ' Kt ¦') io Ml dom e

.,1.... , . 81 ¦" '. • i" : «I Ot. dlRopórtorJB de 2- a dom informativo as horascertasJB Noticias de 2* a 6' informahvo a-.horasAlóm da Noticia de 2* a b' as /hbb ' > '•Sônia L ame roMomento Econômico ' a h* as 8M0Aiiresentaçâo de Ru* P .'ar•<.No Mundo de 2" a •> as 8h2b com Canos

[FM ESTEREO 90,7 MHzHOJE

iW Alberto !13 14) Ma/.."(Anton.i ¦ fiar.'.itel Graf i •

Nas Entrelinhas 8h; IO 5,1 MHz

GRINGO VELHO (Old gnnqo) d»; luis Puen/oCom Jane f onda Greyory Peck. Jimmy Srrnis e

Panorama Econômico de i*' a as 8t'4binformativo e< onòmic;iCorrospondonte om Washington de 2 ' a 6 'ás 9h1() com Ricard" AndréCorrospondonte om Paris 2' a 6' as9ti 40 e 1 2'< KJ rum Reate JrOs Rumos da Política de 2 a n' as 9h4ij

. ... ..., \. •Encontro com a Imprensa d'- 2J a 6' as

sou dinhoiro hoje '• 2' a tv asU3h0b cnmArto Final Variodados de 2•• a 6* ás 22h¦ i >m | i,C a' (<s Sar<ádSom Latino dom as 21 h i om Marc a HodrArto Final Ja// dom as 22h uroduc-i ' de

,m.o »*« .''T •• S canos Apresentacá»> de Mau'" of ,juc '«'do I' e R( itiert nhu S 'va e VVayne Sr r

MFM 105105 na Madrugada de 2 1 a 6 ' aAs Mais Pedidas da MadrugadaDosporta Rio de 2 ' a 6 • is 6hBom Dia Alegria de 2 ' a 6 1Valo A Pona Ouvir de Novo1 2hBoa Tardo Ami/ado -ie 2 ' a 6 ' r 1 *hAs Mais Podidas do Som dos Bairros n ?105 Segredos de Amor de 2 • a 6' as 1 8hAmor som Fim de 2 ' a 6' as 2<)h

do 2-' a e''. às

SCIDÃDÊ —Saudade Cidade d"Telefono da CidadoAdronalina de 2 • a rO sucesso da CidadoBaú do Rock

IO 2,9 MHzde 2 ' a 6-' as 9h

MSHOPPINGSART-CASASHOPPING 2 Gringo velho de 2 'a 6" as 1 6fi30. 18h4b 21h Sábado e dom.ngo apartir das 1 4h 1 b (10 anos) Curta Os romancesde Dona Olinda O IaART-CASASHOPPING 3 ,m ¦¦ ¦>.)•!¦ Irnus de 2" a o' as 1 6h40 1 8hb0. 2'fi Sabado edomingo a partir das 14fi30 (16 anos) Curta Asuperfície domada partida dobrada de NewtonSilvaART-FASHION MALL2 Gringo velho 1 5h 1 5.17h30 19f.4b 22>» (10 anos) Curta As cobrasde Otto GuerraART-FASHION MALL ' r-,Nacional de cinema/Mostra internacionalART-FASHION MALL 4 armadilha de Vênus 1 bh,30 1 7h40 19hb0 22h (16 anos)BARRA-1 Retroceder numa render se jamais1 4h 1 6h 18h. 20h 22h (10 anos)BARRA-2 O grande mentecapto 14fi10 1 6h

1 7hbf) ' «'.•«<) ' II- (l viel Curtu Cd",<•.',/! di-Francisco Liberato de MatosBARRA-3 00/ Permissão para matar 14h16630 1 9ri 21 h30 (10 anos) Curta Tra/etória dofrevo de Eernando SpencerNORTE SHOPPING 1 Retroceder nunca render se /amais 1 bh 1 /ti 19h 21 h (10 anos)Curta Os romances de Dona Olinda Otanda deKatia MesseiNORTE SHOPPING 2 00J ¦ Permissão paiamatar 1 3ti30, 16f> 18fi30 21 f) (10 anos) CurtaJustiça para Manoel Congo de Milton cie AlencarJumorRIO SUL A(/o'avel sedutora 14h10. 16tv1 7hb0 ? 9f)40 2Hi30 (Livre)

MCOPACABANAART-COPACABANA17h30 19h4b 22h (10 anos) Curta Um certoManoel/âo. de Leonardo Bartucci

CINEMA-1 Os safados 1 bh 17h10 I9h2l>21b30 (10 anos) Curta Cantava/ de EranrascoLiberato de MatosCONDOR COPABACABANA 00/missão para matar 14h J6h30 19h 21 ti30 (10anos) Curta Melodrama de Jorge MarisurCOPACABANA O grande mentecapto 14fi101 6h 17hb0 19h40 21h30 (l.ivre)JÓIA O amor não tem se*<> 14h30 16hb0

1 9IH0 21 fi30 (18 anos)RICAMAR As aventuras do Barão Munchausen 14h30 1/h 19h30 22h (Livre) Curta LmoAbranio. gravuras de Eernando Com CamoosROXY Arioi.íi,,/ ' -lh-'0 '1 '1 9h40. 21 h30 (Livre)STUDIO COPACABANArender se /amais 15h30, 17h30. 19h30. 2'h30(10 anos)

mIPANEMA E LEBLONCÂNDIDO MENDES t -1 4h 1 bf1 (Livre) A fotografia de Edgar MoVer em Mostras Curta fberè Camargo ptntpmtura. de Mario AugustoLAGOA DRIVE IN / om aderma de policia .Cidade em estado de sit>o 20h30. 22h30 (I vCurta Capiba. ontem ho/e sempre, de femaSpencerLEBLON-1 00/ Permissão para matar16h30 19h 21 M30 (10 anos) Curta Justa, a ,Manoel Congo, de Milton de Alem ar Junn»LEBLON-2 Laia de dois gumes 14h1017h50 19h40 21 fi30 (16 anos)STAR-IPANEMA A armadilha de Ve

1 4fi30 16h50 19h 10 21f»30 (IGanos) (Iberê Camargo pmtura pintura de Mario Au<to

UBOTAFOGOBOTAFOGO ^ bou'v'1'16h25. 1 BhíiO 20c 1 b (18 am siESTAÇÃO 1

ESTAÇÃO 2 ' ¦¦¦¦.'

ESTAÇÃO 3 , cl.i de ada1 6h

rmema:Os melhores filmes brasnOPERA 1 A doravel sedutor,i 14h1(1/fibO 19h40 21h30 (L vre)ÔPERA-2 Retroceder num u. render se14h 16h 18h. 20h 22h (10 anos) Curtapara Manoel Congo de M Mon Alencar JurVENEZA «v, • •18»' 21 h (1 6 anos)

1CATETE E FLAMENGOLARGO DO MACHADO 1

Mel'. -it. li,t. jü 1 •• 71 mu ;' (I ,111

drama de Jorge MansurLARGO DO MACHADO 2 -i ¦ , 1/1Vênus 14c,30 16hb0 19h10 21h30 (16 anos)Curta Sertão (/<vedr iLIDO 1 Ijrt) homem

2 1 h 30 (lovre)

;jnaklo Sai A/e

,onht.

LIDO 2 Powaggal*2 1 h30 (10 anos) CuMaOlmda Olanda d»- k at-a V>SAO LUIZ 11 6h 17hb0 1 9»>4() 21M<.SAO LUIZ 21 7íibO 1 9h4i' . ' • v i ' •d" I ranese o l bonito tfe NSTUDIO CATETEi bh 30 1 ?c 1 HcAi 20I-. .

STUDIO PAISSANDU

MCENTROHORA ¦ O r,

METRO BOAVISTA ,* ' ' • •.. ! om 1 W -I ' .r> Cuil.14 santa do rnarai at.i de Eernando Soem erODEON Retroceder nunca render se /ama13ti30 1 bh30 1 7h30 I9h30 21h30 (lüanosiCii.! ¦ AUitmnf d.'! li-, e lOu >" «mPALÁCIO"! 0 grande mentecapto 13h4Ú

1 1,1 30 li.20 1 "I" H í "l 1! •"PALÁCIO-2 4i»mviv' s>'(/./;i" i 13ii.ll) HiMOo 'iinli ?! I , IPATHE "" • '1 4fi 1 b 1 6h30 18h4b 21h Sabado « drunmgo ap.irt'f das 14o 1b (10 iinos) Curta /ra/etona dotrevo de Fernandu St»e'icerVITORIA 'ovens meninas 1 3h30 1 bh 16h30 • ¦ Ci.n.1 i • i ¦I rancisco l iberato de Mati s

rriJucAAMÉRICA 1 ' r.tra13h30 16h I8fi30 21 ti (10 anos) Curta Irajetona do frevo de Fernando Speru t-rART-TIJUCA (,¦¦¦ '• ' ' ' 1 ' "18ti4b 21 h (10 anos) Curta Lampião r.ipitãcMala/arte dn Octávo Be/erraBRUNI TIJUCA .1 -• IV--.v1 .in30 IbhbO. 19M10 21 H30 (16 anos) CurtaQuadro a g jadro Newton Cavalcanti de pau".

CARIOCA Retio< edei tu/rica render se /amar-i <». «.) 17!»30. 19fi30 2Hi30 (10 anos)v nria Pa'a< o Monroe unia época em romãs. 0»C.»*-<o O. im..i vesTIJUCA-1 '• 1 ' ' '

1 /'nbü 1 9fi40 21 h30 (t'vre)TIJUCA -2 4 /msw.tenta,ef !e.e/a do :-e> l?á>

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IRAMOS E OLARIARAMOS Retrocederlbh 1 7c. 19h 21 h (10*frevo d** f ern.mdo SpeneOLARIA >V ¦•¦¦¦¦

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ART MADUREIRA 1 Cmn^o16H30 1 8t>4f) 21 h (10 ânus tCI»?umo Seg<»ndBRISTOL O calendário da19n 211» (10 anos) Curta c) ••m'Ser.) Pe,MADUREIRA 1 Ogumoe ••(o a-. 1 bh ,il.) 1 /ti20 19t>iO ' •>n : ,i oart f Ias 1 3h4.) ' . ••i>,ea M.moe' Con,jo de M ! •' ?»- •MADUREIRA 2 üt)71 J)>30 1 hn 1 8h30 21 h i'10an..sMADUREIRA 3 Retro,

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(7fl 1.1h4u Uit'20 1 Bh19h40 21t'2(» (Livre) Curta A uhima canção dobeco de JoOiO Canos Velho

BÊNITEROIARTE-UFF ura ¦¦ ¦¦ ¦ ¦:¦¦¦¦¦

1 6h 1 Bh30 21 h (10 anos) Corta Üe<to de DeusCENTER Adorãvei I4hi0 16h

1 7h50 19h40 21h30 (L vreíCENTRAL Retroceder nunca 'ender se/amais

1 3h30 1 5fi30 1 7h30 19h30 21h30 (10 anos)CINEMA-1 ir "a ch ' '1 6h40 18nb0 ? 11» (16cinos) Corta Spray/et ü>-Ana Maria MagaitiâusICARAl ; Hi 1 ¦ •t ;tibO 1 9h40 2 1 h <0 ít -. -.rt.i ! ra/etòna do

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JORNAL DO BRASILR O T I R O

quinta-fcii ;i. 7 ') S') CADHRNO B 5

Teatro/ CRÍTICA ? 'Zelda'

A fórmula

do monólogo

\lacl\srn Luiz

W

II,LIAM Luce sr especia-lizou num t ipo do peçat|UP está se tornando umafórmula. São monólogos

sobre mulheres escritoras, vivendouma situaçíio-limite (t|uase sempreestão diante da morte), o que provocarevisão de todo o passado. Em Lmili/.o próprio mistério que cercava a vidade Kmily Dickinson impulsionava abiografia da escritora. .)á com l.il-lian, que trata da mulher de DashiellHammett, desfia suas rcminisccnciasna sala de espera do hospital onde oescritor está morrendo. /.chia capta/•¦Ida Kitzcrald no sanatório público,cenário para as evocações de suaslembranças ruidosas com o maridoScott. Esse tíènero de texto vive maisda habilidade do autor em iinunuirconvincentemente os fatos, do que desuas possíveis qualidades de drama-t urtria.

Lmilv desenhava a peça com a lin-nu.wni poética da autora, revelando,assim, uma sensibilidade extrema-mente cultivada que se exprimia porsua poesia. Luce usa a inferioridadede Entil.v Dickinson como substratodo monólogo, com resultados apreciá-veis. l,i!!iiiti repete a mesma estrutu-ra, mas Luce sustenta as ambitniida-des de Lillian Hellman com menorpulso. Pela personalidade dividida,esmagada e reprimida por 11111 pai se-vero e um marido competitivo. ZeliiaKilzerald era uma pessoa 11111 tantoapagada, sem qualquer vislumbre debrilho próprio. William Luce, ao Ha-trrar Zelda em estado de esquizofre-111.1. utiliza essa condição para i'.r;;/i-ei 1 r ,1 s ti a h i s t o r i .1 pessoai. I",mnenhum momento, o autor investe no

conflito essencial de Zelda. A fnifí-mentação das suas atitudes não é umelemento dramático palpável, que seincorpore ao comportamento disso-ciado da personagem, fi 11111 recursonarrativo que não ilumina a complc-xidade de uma mulher profundamentemarcada pela frustração, apenas fazcomentários em torno da impossibili-dade de Zelda construir a sua auto es-tinia.

O texto se torna recorrente pelauniformização de climas dramáticos.O plano da memória de Zelda é entre-cortado pela situação real. Nesse ir evir. a peça projeta muito pouco do quea personagem, potencialmente, podeoferecer. Esmagado pela fórmula,William Luce dá um tratamento áZelda não muito diferente do que lhefoi prestado ao longo da vida: o deuma figura secundária, sempre á som-bra de pessoas mais luminosas.Márcio Aurélio, um diretor que pro-cura encontrar no formalismo a sualinguagem, desta vez esbarra no textopesado e pouco flexível, tentando on-quadrá-lo à um rigor visual. A peçanão cabe nesse quadro.A cena se tornaapenas estetizante. mas com poucadensidade teatral. A iluminação combelos efeitos de contra-luz e de justa-posição de planos (ajudado pelo uso decortinas), acaba por ser um recursoque contribuiu para uma cena hran-ra. indistinta, sem contornos. A luz.por outro lado, prejudica a atriz Tònia Carrei o, que é obrigada a obedecera um excesso de marcações, que provoca movimentação exagerada. Destaforma, Tònia persegue a inteireza deZelda. sem nunca conseguir juntar osestilhaços que Luce apenas joga 110palco. A forte empatia de Tânia supe-ra essa dificuldades, fazendo com queela se inspire num estado de semi-roa -lidade em que Zelda está permanente

Tânia Carrero: superandodificuldades cic texto paraencarnar Zelda Fitzgerald

mente mergulhada K indiscutível aa do são <i(- Tônia à personagem.'/.dita repete a Iram,'.'. urgiaWilliam Luce som a mesma habilirla-de demonst rada em textos a n feri ore-Mas a dedicação de Tònia Carrero eindesenhar para .1 platéia a sensibilidade ferida de Zelda Kitzerald atenuabastante a ausência ile densidade dotext o e do espetáculo.

Cotação: *

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O JARDIM DAS CEREJEIRAS To.'oAnion Tchekov TmcJiíc.*»'"» ?* <»n d»» *•<.MíímpfJo Com fsJaML.) T.riS'";j o hr ttrOthnn Bastos f d'.v n t José ». "mjlf leafo OOS Oiial'0 R' M M.ifQtj'* ; f1«' SV.«--Mfití» b7 7" i7h\ 98^6) [V 4- ,, s.it» «ís20 00 ti '." ,i NC/í 2b 00 <» t»1' -mU

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?0h^0 do«o ,is ?OhS() Im.2U 00 Duf.tC.Ki l!>U0 Ate ;i I ) d- 'iWubr

O ÜUE-SE MOSTRA E O QUE SEESCONDE 1

O COMETA VASSOURINHA

PELOS 7 PECADOS i tn d»-C,.4q-j 0 moch.)

b<tn}.-Kiof Is d'i > 10 !./l •)( »;>») i Do s>" .1 • .t- r2Oi j0 ' .1-, 1 '>• Sev„|M 11,1',) •..'Mf,:NC/i 2u00 P'Ot,t, [ifomui .m,»1 de estrè.» '\C,'S10 00 (<itc* domi(K|o)AS MASCARAS,K) O Role rt, d,' • • ! •: a Cotv Gu .i roA/,anç,ifr;in, Rr r.jf, j,, R l() Mun > B;irro[(,/30 (286 4248; í)e b' <i s.ib «js 21 h30 D nr ,is2'j<-30 Iprjfossos <1 NC/S 15 00 10 00(p.tra cldsso lodtr.il) 'J.io o porrr.iiid.i .i oniriid.iripòs o tnt( io do osnot.i', u''jGEORGE DANDAN Ip.i-, do Mo -oro f vf»>. ,do lv«m d.' AibtKitiofcjuo Corr Rtit)OMs Co"õ.i' id <i Brond l.Pv ^4 Ido Pdionto o o«,»f. isJ'jrifro If.Mrwma Rtiít Prudonto d" Mor-i s 824'24/ 9794) De b1 sal) as 71 h30 dom .is19h•• 2 Ki 30 inqreçisos f>' 6" e a Nc/^- 20 00sah 'v .id •»» vesper,i de lonado .t NC/S 2b 00CALÍGULA *o«iu do Ddv 1 Matos D'fecão iJo,'anssfin l-<ugo 1 ago Corn Hotiertson f ro,"' Cr.mC.o Gornos Aiv.tro N.tSC rr onto p outri-S 1 > doh'im ria lpir,inf}d Rua Ip.ra-iíja 64(245 7854) •'¦5" as 211)30 6* ,'ts 21 h3Ò o ?4h sah as 20h o22h30 o d''is 20h im 4 * 5- <• d<.>n ,tNC/S 20 00 rV' <- sat, ( NC./S 25 00 Desconto do25% mediante apresentacài. rio mpom o cadão doio-tor do JB Na-) o porrnt da ,i oMtMil.i ou b,jtd,idurante o espetd(.uio Duid', Jkj 1 r120ESTA VALSA Ê MINHALuce D '0(..V> rio Mat« -o «»•»?»•¦ o Tfridu- ao do t ,•,»! jfí Corv lon-a Cnfrero o P^f.idt) »» f'au ,iBonto 1 eatn) (jlnna Rua cio Russoi 032 (245552 7) De 5*' -i sat. ar- 2Hv30 <)on- as ''V«Ingressos 5-' i N( /S 20 00 de (> • a dom a NC/S aNC/S 30 00 Duracdu 1h20LOJA DOS HORRORES de " 'Ashan e A^jm Monla-n Tradução o adaptação d»*• '• " • • • • !•' •'.'•! Oim Osmar Prado T>m Resr.aia, Ste ia Miranda »• FduardoDusoK ater» de ro'o o Pauar-nos featro Torr/aHai/uel Rua S ciueira Campos 143 (235 1113)De 4* ,i 6" as 21 h.30 vesp 5' ás 18h sab ás 20n22h30 o dom as 1 8h o 2Oh30 Incjressos 4 • 5 " o! H NC/S .1 MC./5 UOPERVERSIDADE SEXUAL EM CHICAGO'"¦to do Dav d Mamet Trada-.ão do Marcos P t.as !¦¦ Cor.- I, '... ¦ • , ,PauHí Bet»' h ane G ard rn •• Vera f aj.trdo í",iiro

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CADERNO B quinta-feira, 7/9/89ROTEIRO

JORNAL DO BRASIL

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0 filósofo

da bordoada

Rogério Durst

ARA quem acha que nada de bom acontece

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neste pais: hoje nílo tem Independendo ou mor-te, de Carlos Coimbra. Melhor ainda. Nem só doDragões da Independência marchará nosso 7 de

setembro. A TV S aproveita a deixa e programa OperaçãoDragão (Enter tlie Dragou, EUA e Hong Knnfí, 1973). deItobert Clouse. É o mais famoso filme do astro dasartes marciais, Bruce Lee, e acabou se tornando umcultuado clássico do cinema de aventura. Tem cuteladas,pontapés, tacles e balões para fá de violência nenhum bo-tar defeito.

Bruce Loc estudou filosofiíi na Universicln.de dehinfjton. Km 1966, depois de formado, foi para a TV darbolachas em vilões. Lee, que passou anos treinando ar-tes marciais, foi instrutor de atores como James Co-burn e Steve McQueen, que lhe arrumaram o papel deKato. o motorista cara toca da série O besouro verde < Thegreen homet). O seriado acabou em 67 e Lee passouum tempo em Hollywood, onde fez uns papéis secun-dários e trabalhou na supervisão das cenas de lutade alguns filmes. Bem sorte na capital do cinema, HiuceLee acabou em Hong-Kong, onde estrelou uma sériede filmes de artes marciais que se tornaram estrondososucesso internacional.

Operação Dragão foi feito em co-produçáo com osEstados Unidos. Ò ator, lutador, roteirista tinha final-mente um adequado esquema de produção para exibirtodo o seu talento muscular. Além de Lee. o filme temdois outros atores earatecas. Jim Kelly e John Sa-xon. O trio vai participar de um concurso de artesmarciais na escola de mestre Han (Shih Kien), na verdadeum traficante de drogas e escravas brancas. Ate que oviláo seja desmascarado e vencido, teremos muitos os-sos quebrados, caras inchadas, mortes violentas. E quasenenhum roteiro.

O filme é uma empolgante pancadaria em estilode aventura de espionagem. É um filme seco, ligei-ro, vigoroso. E muitas vezes bronco. Mas é perfeito comofita de ação. Um suporte para que o astro Bruce Leerevele sua competência como ator e sua acrobática habi-lidade de lutador. Operação Dragão merece o culto quelhe dedicam mundo afora. Depois dele, Bruce Lee certa-mente teria uma devastadora careira no cinema america-no. Se não tivesse morrido naquele mesmo ano de 1973.Para a alegria de seus imitadores, como Bruce Li, BruceLe e Bruce Lei.

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TEMBROI1h O CORPO HUMANO fioni

t.irio• iO DIÁRIO DOS TRÊS PODERESnformativo sobro os Poderes Lxecuti

vo. Legislativo e Judiciário12h REDE BRASIL — TARDE - N<iii

ctáno nacional1 2h30 RESGATE io • Ms <1 .

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interesse da família Apresentação doHalma Giynbf r |

Telefone da emissora 22

Ibh SEM CENSURA Debates do assuntos em evidência Apresentação del ... .1 Leme' 7n EXECUÇÃO DO HINO NACIONALBRASILEIRO

1 />inh SEM CENSURA Continuarão1% VIA BRASIL/VlDEO CULTURA

Produção da TVL do Porto AlegreVil >0 EU SOU O SHOW Mubif.il Hoie

Arthur Moreira Lima (4-' parte)20h TEMPO DE ESPORTE - Notiçiárm

esportivo?/ • 10 ESPECIAL INDEPENDÊNCIA

JORNAL VISUAL Noticiário dodicado aos surdos-mudos

21' 10 REDE BRASIL — NOITE Noticiano nacional e entrevistas

?2h1!> REPÓRTER ECONÔMICO - Informoções sobre economia

2?I 30 OPINIÃO PUBLICA Programadojornalismo político Apresentação doTarcísio Holanda

23h30 360 GRAUS - Documentário1 2 227

Operação Dragão, o filme mais famoso de Bruce Lee, pinta na fV S

os riLJvnosREGRESSO AO MUNDOMARAVILHOSO DE OZ

TV Globo Hhl5Desenho animado (Journci/ buefe to Oz) de Mal

Sutherland. Produção americana dc 71. Cor(90m).A menina Doroth.v volta ao reino encantadode Oz, onde reencont ra seus amigos, o LeãoCovarde, o Homem de Lata e o Espantalho.Continuação em forma de dt senho animadodo clássico O mágico de <'¦ (The wisard o)O.:. EUA. 1939K de Victor Fleming. Foi rea-lizado em 1964 mas só lançado dez anosdepois. Na versão original a atração eram asvozes de I.iza Minnelli. Milton Berle. Mie-key Rooney e Ethel Merman. Mas aqui pas-sa dublado.

OS VXKINGSTV Cor<'ov¦ i* t1 > Ülh30

Aventura (/.'ultimo dei Viehinahi) de fíiacomnGentil orno. Com Cameron Mitchell, Edmund Pur-dnn. huMIe < 'orei/. ll< tem It> mu fl (íiorqin Ardis-st)n. Produção italiana de 60. Cor (I02tn).Guerreiros vikings combatem seus velhosiniminos dinamarqueses.

OPERAÇÃO DRAGÃOTVS '.!lh:«i

Aventura d«* artes marciais (hnter th»' Dragou) defíobert CUtuse r,.m Bruo- Saron. JimKelly. Shih Kien. II"'' Wall. Aí.-? l.tnq e AngelaMao. Produção dos c Hong Koncj de 73.Cor (99tn).Três exímios lutadores vão combater numtorneio de artes marriais na ilha do miste-rioso Han (Kieni. Williams iKollyi é umlutador negro que f|uer provar mi i habilida-de. Roper (Saxoni e um jnir.U^r rndividadoque precisa do dinheiro do prêmio do tor-neio e Lee i Leio >• um agente em arrecado dedesmascarar Han. que usa sua academia

para encobrir uma redo de tráfico de drogase escravas brancas.

O RAPAZ EMBALADO EM PLÁSTICOTV Globo— 0h05

¦ Hrams (The boy in the plastic buhte) de liaiidalKleiser. Com John Tramita. Glynnis 0'Cnnnor.liatph Bellami/. Itobert lleed e Diana Hayland.Produção americana de Tli para a TV. Cor (100m).Adolescente (Travolta) passou toda a vidaisolado do mundo numa bolha do plástico,por não possuir defesas contra os vírus.Quando ele se apaixona por uma menina davizinhança sua situação se torna insuportá-vel. Este aqui já rolou muito na telinha sobo nome de O rapaz na bolha de plásti-co. .John Travolta, ainda longe do estrelato,até que rende bem neste teledrama. Infeliz-mente, o diretor Randal Kleiser lida comuma grande idéia e uma boa interpretaçãode forma pedestre. Travolta e Kleiser sereencontrariam com melhores resultadosno debilóide Grease (1978).

O HOMEM DE PAPELTV Bandeirantes — 2h

¦ Suspense (Paper man) de Walter Grauman. ComDean Stockwell. Stefame Pairas. James Staey,Tina Chen e Elliot Slreet. Produção americana de71 para a TV. Cor (90m).Jovem gênio (Stockwell) cria uma identi-d,ide fictícia no computador para a qualconsegue um cartão de crédito. Quatro cs-tudantes (Powers, Stacv, Chen e Street)usufruem do crédito do falso fulano. Mas acriatura aparentemente ganha vida e como-ça a assassinar seus criadores. Apesar denão conseguir desenvolver a contento seuexcelente argumento, este telefilme tem láseu suspense. Reparem no jovem DeanStockwell bem antes da fama que ganhoucom filmes como Paris. Tc..ias, Velado azule Jorge, um brasileiro.

MC AN AL 4 — TV Globo<>h30 TI LECURSO 2" GRAU - trincai.

VOt ntrevistas ' »• -Jb7o BOM DIA BRASIL

políticas/h30 BOM DIA RIO — I; st ¦ .trio e acjenrjacultural local

8h XOU DA XUXA lr-fant.l Airawtaçào de Xuxa

9140 DESFILE DO DIA DA INDEPEN-DÈNCIA1 1 h30 XOU DA XUXA Cor • ¦ . r .

12h50 GLOBO ESPORTE '. s« .r , . ,portivo local

1 3h HOJE - Noticiário, agenda cultural eentrevistasVALE A PENA VER DE NOVOReprise da novela Breqa & chique, deCassiano Gabus Mendes Com ManhaPera. Glória Meneses. Marco Nanini.Jorçje Dória. Patrícia Pillar e PatríciaT ravassosSESSÃO DA TARDE I grosso ao mu mio maravilhoso de O '

Ifih CAMPEONATO BRASILEIRO DEFUTEBOL Jogo Cruzoiro x Vasco

I /hW PACTO DE SANGUE iRegina Braga. Com Carlos Vereza.

Tolofono da emissora 52

1 'ir 1520H20i 30

211 iO22h30

1 -irl.1 ( amur.itti. Eíit» Góes. LdwinLuisi e Javme PeriardQUE REI SOU EU? Novol.i di-C.i íSi.mo Gabus tv1end':s Cnm tdsonCelulari. Marieta Severo. Teresa Raquel e Daniel FilhoRJ TV — Noticiário localJORNAL NACIONAL - Noticiárionacional e internacionalTIETA — Novela de Aguinaldo Silva.Ana Maru» Moret/sohn e Ricardo Lin h a r e s C o m B e 11 y faria. JoanaFomm. Cássio Gabus Mendes. LíduiBrondi e Reginaldo FaruiGLOBO DE OURO P,ir,id.j musicalPALANQUE ELETRÔNICO - In-trevista com os presidenciáveis Aprosentacão de Alexandre Garcia. LillianWitte hbe. Herbert de Souza. JoelmirBeting e outros Convidado de hojeFernando Collor de MelloJORNAL DA GLOBO N • ,>nacional e internacional Comentáriosde Paulo Henrique Amorim e Paulof rrinnsFESTIVAL DE SUCESSOS -O rapai embalado em 'jlástico

• 2W. 7fÕANAL 6 — TV Manchete

¦ ri» 30I '.)• 50- • 0 PROGRAMAÇÃO EDUCATIVA

JORNAL LOCAL \ fiar,o'¦ !0 BRASÍLIA Jnm, st-cBh CLUBINHO DA MANCHETE In

fantil De 1 5 em 1 5 min . f/ashes doMANCHETE ECONOMIA B ¦tim econômico1 211 MANCHETE ESPORTIVA — 1"TEMPO Noticiário esportivo

1 2h30 JORNAL DA MANCHETE — EDI-ÇAO DA TARDE N ' ário naciunal e internacional

1 3H A MARQUESA DE SANTOS n-prise da mimss^rie de Wilson AguiarF ' Com Maité Proenca Gracindo Jr .Edvvin Luisi Sérgio Bnto e Beth Gou-lart

MULHER 90 .'ar .. • ..taçào de Astrid í;ontoneiie•i- O HOMEM INVISÍVELí ; :CLUBE DA CRIANÇA - in' e ¦ iApresentação de Angélica

Tolofono da emissora 2

20h20.15.: )r to

2 11 50

2:' 300h

0n40' M j

JORNAL LOCAL • aroMANCHETE ESPORTIVA - 2"TEMPO Boletim esportivoGRID DE LARGADA Boletim naFórmula IMOMENTO ECONÔMICO — Informes sobre economiaJORNAL DA MANCHETE — 1"EDIÇÃO - Noticiário nacional e internacionalKANANGA DO JAPÃO Novelade Wilson Aguiar Com Cristiane Tor-loni. Raul Ga/ola. Tônia Carrero. Giu-seppe Oristamo. Zezé Motta e RubensCorrêa50 ANOS DE BLUE NOTE — Mus.calJORNAL DA MANCHETE — 2"EDIÇÃO Noticiário nacional e .n-ternacionalJORNAL LOCAL '. anoBARETTA — Seriado Lpisódio Semninguém

003 3

7lCANAL 7 — TV Bandeirantes

PAULA MOREIENBAUM • f- : ¦<Sala Funarte. Rua AraujO Porto Aieijre. 80 (240H030) De 4rt a sát) ár> 18l»30 Ingressos <« NC.-^6.00 Ate dia 16 de setembro.SORTE — Apresentação do cantor Bebeto 1 entroda SUAM. Pça das Nações, 88 (270 7082) De 41'¦i dom . as 1 9li Ingressos a NC/S 10 00NEY MATOGROSSO S> .v <!. .1 1 ' Canecão. Av Venceslau Br.)/, 215 (295 3044). 5d edom iis 21 h30. 6J e sâb <is 22h30 Ingressos aNC?5 '• (aiqu.Danr.ada) NC.'S 40 00 (mesalateral e mezanmo) e NC?S 50.00 (niesa central efrisa)BETTO CHOCOLATE - Show do ra- f.r « suaOand.1 Todas as 5Js. as 20h. na Churrascaria Raiode Sol f-strada dos Bandeirantes. 857 (342-.•flí ' C .1 V r'r- ! idas. as bas18b30 rio Cenuo de Artes Calouste Gulhenkian.Hij,i |. I 1 (?32 1087) ». lie .bOia NC/S 3 00MONGOL Aon <!• r antor c r.omnosi-tor no show Horrar ó urnano Tcairo Varu/cci RuaMarquês de Sao V . <•»»•. bí ii V. as211132 6- as 23H57 e sah a Uh.i.i Excepcionalmente hoje ás 23H57 Ingressos a NC7S 20.00 Atédia 9 de novembro.

SEIS E MEIA Show do canto» Ben-t 'o do Barros Toatro João Caetano. !dentes, s/n" (221 0305) De /" .1 6-' a«Ingressos a NC/C. 8.00 Ate d a 8 sete»rJOÃO PENCA E SEUS MIOUINHOS00 conjunto Ar. 18h30 Bstacmoamentofour. na Barra da T ;uca Entrada If.inc.i

ÊÊBARESGIG VÍDEO BAR As 22com o Franco Sattiirnin. »> overt a NC.-S 10.00 e consur» ,iDANILO CAYMMIbanda De 5" a sal) ar, ?Deihm Moreira. 630 (259 5225.00GOLDEN BOYSsos da jovem çjuard.i fíoie-.itembro. 205 (204 7 7'.'/ i n22h30. 6" e '„.b as 23h.K;.Couvert de 5" e dom aNCzS 35.00 Consultar.ào ri1 / de setembro

Ttll.10 MOURAO

NATIVO DESEJO

39 (28/ 1 49d<-»m a :

Ate d a 8 dei 23.00

Lvgia'¦eleito

i NC/S 30 00ZONAZUL jc.jo do grupo de jaxz. De

as 20h. show para nãoRua Çi.iri .i D Avia. 15

4 • ,i sab d NC/S 22 00 e

EMÍLIO SANTIAGO Sh<nda

uareias do caniPdr.ce Gafifir,252 4428) Di

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LUIZ ARMANDO QUEIROZ — V >. ! re ator acompanhado de conjunto Un. Deu*. IroisRua Bartolomeu M t»e 123 (239 0198) De 4 1 ,iti a II» I' 1'esM¦!' ¦ ¦ - : "1 a Nt/430 00. b ' e sab a NC/S 40.00LUIZINHO EÇA Aoresentacão do oamstacom a participação do idnss Boudnoua (sa >) De3* a dom. ,is 23h no Cuco'; Bar Av fcp tár dPessoa 1824 Sen- couvert Consumado a NC/S1 5 00PERESTROIKA As 22h show com o ba-« - tiRubão S-ib no e banda Rua Cd»» D hi 113 Ba»» i(399 90/3) Couvert e consumação a NC/S 20.00f í,. I NI .'S . 2 1)0 •' '.!• MSI! i

"C.: Av 28 't » das 1 4h)e dom . ás iJ 00 e de fv t:1C/S 20.00 í

ARRIGO BARNABÊ E VÂNIA BASTOSShow do pianista e da cantora 4 • v 5 ¦ .i 'e sob. às 23h Rio Jazz Club. Ruu Gusiavc ^paio. s/n°. Hotel Mendien (541 -9046) Cou-.crt l-e 5J a NC/S 20.00 6J e sáb a NC/S 25 00 Aie «J <j9 de setembro

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rrMPLO DA BOSSA NOVA •... lid.» r.!a e do violonista Ch>gu'to Braga D»;•1 • . sab .i ¦ 2 * as 23n l .17 Alves e quarteto

,r _ m ;)<•!<".m Jonnert com Aeno1 (j [.) nm-nu) ãs 1 9h Manoei Gusmão (t)ai> ) rUi O ver, 1 (piano) Dom. as 22h.

nho \'-t e iv:o.ào) e Kandei Rocha (percus-'. ,1 . ln /.mo Bar Rua V-.nicuis de Mora=s.

HORÁRIOSOlVIRtOB

em busca de vingança. • ^rjP9•vingança

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TIMOTHY DALTONcomo o [leryniiKjem de IAN Fl f MING

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POR JOHN C.LKN"

APOIO;JORNAL DO BRASIL RADIO

CIDADE=FM 102.9=

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hellbros EDIIOHA

CLUB 1 Abre as 1 9h »• musirij ao v.vo de 2 ' ¦sab o conjunto do poeusta 1 moco De 3' a dorrCr.st ,ine Cvoj) e Joe! (volão) Aos dorns .i:, 20'-jam sesston f.om Gu 'herme Rodrigues •• cjuartetMRua Paui Redlern 40 (259 3148) Couvert j NC/'b.00 e consumação a NC/S (j 00 e dom ,i NC.-10.00BIBLOS ¦ D ,ir G t i n(í Tuoo Av Lp.tac o Pessoa. 1484 (521 2645;Couvert a NC/S 20.00. homem e NC/S 10 00mulherPOKER BAR • Programação d" 4- sab r.21 h. Norberto (vo/ e v olâo) <í o p>«m >,t.i D ^nrjeIo As 3's. samba e pagode com M guul/mbo e su igente Couvert de 3 ' a b4 a NC/S 3 00 6» •• sab aNC *) H ... ¦¦ Gmm, i ,« iir>DESGARRADA Apresentação dos tad' 11,Mar a Aicina. Adeiia Pedro , i e Antón-o Campos(de 2'1 a sab ) Todas as b's o con,unto to c o» coGuerra Junqueiro De ?• a sab. a pamr das 21i«Couvert de 2 ' a 4<» a NC/S 12 00. de 5-' sab •;véspera de lenado a NC/S 15 00 Rua Barão daTorre 66/ (239 5/46)ST. MORITZ Programação de 2* a 6» as 18n.Carinhos (piano) de 2J a 6* as 21 n. e sáb as21 h. Rose (vo/) e grupo. 3J as 21 h mus ra francesa com G>g« (musettto) e Lula (piano) 6v as23h. Manuel da Conceição (Mão d»; Vaca) Casada Suíça. Rua Cândido Mendes. 157 (252 5182)Couvert a NC./S 10.00CÁLICE A;s..!5.':iti.(.jo do S D- •• < 'i-ter c .(piano). R'ta Oliveira (vo/) e Pau o Rut.so (corttrabaixo). de 4* ,i sab <ir» 23h D»; 3* a domRicardo Alban (piano) Áurea Martins (vo/) eLuca Maciel (contrabaixo) Couvert de d- .m a 5'NCrt 1 '•jH> 6' •• •• ¦ 1 '•> ¦"25.00 Hu.i Bus I m b/l I? '•! )4tiiBECO DA PIMENTA Ai 21 Ii30. sl.o-.v ...» ocantor Duda de Luke e a Banda /apiroma Couverta NCzS 10.00 e consumacâo a NC/S 5 00 RuaReal Grande/a. 1 /6 (266 5/46)CALlGOLA - Diariamente, a partir das 1 9b commusica de Ma De 2-' a sab. às 22h. con.unto defciv Arcovetde do 3» .1 d™" 1 oniuntt. de 1 1 . .- Io"•?ates. de 3J a sab. Ugia Drummond (vo/) Rua

idente de Morais. 129 (287 7146) Couvert aNC/S 1 3.00. Consumação a NC/S 1 2.00TAVINHO BONFA — Apresentação d •>compositor e volomsta Bar 776. S Conrado Pa'ace Hotel. Av Niemeyer. 776 (322 0911) De 5* asáb . às 23h Couvert a NC/S 15,00 Ate d-a 9 desetembro.RIVE GAÚCHE — U>.w<inwnt.! 2"' Simo-o(piano) e grupo e a cantora Lvgta Drummond 6rf esàb . Erasmo Costa (piano) e Romiido (bai*o) AvEpitácio Pessoa. 1484 (521 2645) Couvert aNC/S 10.00 Sem consumaçãoMARIA MARIA Anh3ii )ui>i da ciiminhoChorando de Barriga Cheia Couvert a NC/S 5 00.Rua Barão de Itambi. /3 (551 1 395)DUERÊ — Show de rock com o grupo Trem BaiaAs22h Estrada Caetano Monteiro. 1882. Pendor-ba. Niterói (710 343b) Cumert j NC/S luuOConsumação a NC/S 5.00

ORQUESTRA OFICINA Ann.-vntjçài l.i O.questra na Série Instrumental da Sala Funarte Snj-nev M/der Mij.i Ar.lui . P rt . Aleg»; 80 :>• b • <isab .K, 21I-.3U Ingiessos .1 NC/5 6.00

A programação publicada no Roteiro esta sujeita a alterações de última hora E aconselhávelconfirmar horàoos e programas por telefone

As críticas publicadas no Roteiro obedecem asseguintes cotações • Ruim # Ha/cave1 * * Bom? * * Ótimo * * * * E*CMnr.'*« ,

fi- i-l DOM DIA t- ;. ¦ AGRICULTURA HOJE inlotniui.-i>I ¦!() DESENHO

BRASIL HOJE 1 - »• 1 " c ••Tamara Leftol¦• • i O GORDO E O MAGRO

8I1 DIA A DIA 1 " 1 ••• ' Attacão de Nev Galvão

Sh.lb COZINHA MARAVILHOSA DAOFÉLIA C.1 mar a f.om Ofíih 1Anunciato

«... tb A DEUSA VENCIDA N 1 >•'. •• H ¦ "iro l i . Cf • • . "

r • I' ' • I H I. ' i'1"-.'

1 • UM HOMEM MUITO ESPECIALReprise da novela de Rubens Lwa'd

1 c&m H .!•••. d« 1 1 :o H- m.iLornbardi. Carlos Alberto Ricceiii eI it). íi : . ¦ ,BOA VONTADE H-iigiOb )

1. • BANDEIRA 1 N-st c án Artacão de Rafael Moreno e Vera Nica-

chim

retta¦ . ' 10 ESPORTE TOTAL L .

: FLASH L¦ :r.-v.slas t.jwnwç 1

:¦ CIRCO DA ALEGRIA ITolofono da emissora

CAMPEONATO BRASILEIRO DEFUTEBOL Jogc Cruzoiro x Vasco

18h CANAL LIVRE Jumu-itico .pr.-sentado por Gilse Campos e JorgeValenteJORNAL DO RIO 'loti. i.ino local

; . 1 AGROJORNAL • o rv :;•••campo Apresentação de Murilo Ca»valho

JORNAL BANDEIRANTES - No-o ano nacional e internacional

?0h RITUAIS DA VIDA S.t j'1>¦ ! DALLAS S.-r- , :. »0 O COMETA M i ¦ .-ne .0 1

pdulos de Manoel Carlos e Ricardo deAlmeida Com Carlos Augusto St»a/-zer. Lui/ Carlos Tuunnho. Luca Vens-sano e Othun Bastos

. v NEI GONÇALVES DIAScies Apresentação de Nei GonçalvesDias¦ v1 VANGUARDA J • ,rnentado Apresentação ae Dor.sGiesse. Rafael Moreno e l ernandoFLASH en tacãoCINEMA NA MADRUGADA íene O homem de papel

12 2132

Mc AN AL 9 — TV CorcovadoQUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

¦ -o RENASCER f-i gic.jPOSSO CRER NO AMANHÃReligiosoENTRE AMIGOS R, ;.c.yj¦- :0 DESPERTAR DA FÉMILAGRES DA FÊ I'- | -.

9. í IGREJA DA GRAÇA - ; viPALAVRAS DE VIDA | ..•>16 CENTRO DE CONVENÇÕESEVANGÉLICAS FMig isoVIVA COM SAÜDE -o

l!r,10 MEDIUNIDADE H- 1 vj ComAtila Nunes

1 H 30 FÉRIAS NO ACAMPAMENTO1 EM TEMPO .-J I ;• • •

taçào de Roberto M. os! CCon>, ícadccia semana Braguinha

1 2' 30 O DIREITO DE NASCER R..|jr vci.i novela Adaptação de Carlos Bnsoia 'r:.i Poihni. José Rivili •' Marco Pluman Com Verônica Casfo. Humbert-''Zurita Socorro Avelar e Enca BuenfilSOM NA CAIXA M At •••

1 v> C. : ' ' o r- r ' " 'Ia 'Moy de Cario

14h AVENTURA AOS QUATRO VENTOS : • ' 1:

Telefone da emissora 580-1536

• S- Í0 O GÊNIO MALUCO D- • •• .15h REI ARTHUR - DesenhoMISSÃO MÁGICA r>.^»nh

mm FÁBULAS DA FLORESTA VERDE- Desenho16h30 AN GEL Desenho

MULHER EM AÇÃO Ut iari':publica com entrevistas Apresentação

D. /»• B ' ;¦181 30 VIBRAÇÃO ; m> . .«tn com

musica esporte e novidades Apresen-tacão de Cesinha f-loje Especial mu-sical com o grupo AmnraxOS GAROTINHOS • ," ¦ ATRÃS DAS GRADES ; • elo¦ ARTE Ê INVESTIMENTO 1 'niativo sob»e o mercado de artesApresentação de Soraya CaisINFORME ECONÔMICO "i -inações sobre o mercado financeiroApresentação de Nelson Pnon

)i 50 PROGRAMA JOSÉ ALIVERTTIEntrevistas e dobaies

21M30 SESSÃO MARACANÃ I n»> Os2 " 30 O RIO Ê NOSSO 1 u

Apresentação de Munllo NenULTIMA PALAVRA !-• ; .Apresentação do pastoi Miguel Ange-0'

ÍCANAL 11 — TV S6b45 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL ' " ^

^ONOMIA PQPULAR/PERQUN-

Eck.MÃOS MÁGICAS 1 l.i< r •TJ - EDIÇÃO DA MANHÃ .taques das noticias do dia Apresentacão de Ana Luiza PrudenteSHOW DA SIMONY ln'jnt 'Apresentação de Simony

9 r. 30 ORADUKAPETA M Ap.usentação de Sôrgio Mal«andro

12h DO. RÉ. Ml. FÃ. SOL. LÃ. SIInfantil Apresentação de Manane

1 2h52 CHAPOLIN Si'na j1 3hl 5 BOZO lnlar i.l Ai-.->••-: >. •> 1

palhaço Bo/o1 t5h SHOW MARAVILHA Infantil

Apresentação de Mara'ai-.lr; CHAVES Sari.idulBh-15 CARROSSEL PUNKY A LEVA-

DA DA BRECA Senado191.10 PRIMEIRA FILA Boletim da !

mula

7h7 h 1 5

71.30

TE AO TEMER C .p citar '¦ s breeconomiaI Ih! 1 TJ RIO N '¦ iano' 9n40 TJ BRASIL N -mm> > na -o> il einternacional Apresentação de BonsCasov

) MIKE HAMMER SnnaüoTOM E JERRY Desenho

l\\ 30 CINEMA EM CASA - Filme Opc-ração dragão

23h jO JÔ SOARES ONZE E MEIA Lntrevistas com Jò Soares Convidadosde hoie O tíx ministro Oscar DiasCorrêa, a atriz Madalena Nicho/ e osmúsicos Vânia Bastos e Eduardo Gu-dm

0n30 TJ — EDIÇÃO DA NOITE -Deita-Ques das noticias do dia

1h PERFIL Entrev stab Apresentaçãob: Otavi.I We-.,ÍI . :a

Telefone da emissora 580 0313

MCANAL 13 — TV Rio7h35 PROGRAMA EDUCATIVO7h50 JUERP ATUALIDADES Re

so Apresentação de Rosemary Ane/8h REENCONTRO '>t..i!-s conduzi

) 7h5018' t J

Aprcs

oso Apresentaçãoeminmo

REENCONTROdos pelo pastor l an

Br 30 VIVA A VIDAcão de Maruareth

«r-.4b OPINIÃO I.do pastor f lávio Lima

9h~ RIO MULHER ProgramaApresentação de Selma Vieir

101'30 AERÚBICA v I- eü.ides1 1 h CLIP TV -- Cl.ps musicais

tacão de José Renato Rabelo12'i RIO URGENTE ESPORTE L a

tivo Apresentação de José Cunha13h RIO URGENTE Variedades ApreTelefono da emissora

A; .

19h50

211 2 b2 Jt ' b

0h 1 5

0h45

sentação de Lnana Pittman. LeticiaDornelles. entre outrosCLIP SHOP Musical Apresenta-ção de Ana Paula e LuiseSOM E ENERGIA Musical Apresentacão de Claudia MaidonadoHIT PARADE Parada moscaiApresentação de Maria Lúcia PrioliiCINE RIO S." , i . C.mun : oPLANO GERAL Entrevistas Apresentacão de Israel "labak. Bruno Thv«e Luiz hernando GomesOS REPÓRTERES DO RIO I "«mativo e agenda do dia Apresentaçãode Francisco BarbosaSESSÃO MADRUGADA Seriado Na corda bamba

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JORNAL DO RRASILquinta-leira, hl)iW CADERNO B

Decolagem, afinalDepois ili1 um ano de trabalho rst.i a ponto de

levantar vôo (em fase final de mlxatrom) o quarto LI'do l.rMião Urbana, As quatro estadões. A música detrabalho começa a ser executada pelas rádios no próxi-mo dia 1B e o lançamento está previsto para 18 deoutubro. Três músicas têm os títulos prováveis de Paisv filhos, Maurício e Balada do Billy.

UPERSÔNICAS

Tá rik de Souza

Renato Russo, do Legião Urbana

Nas ondas do rádio0 passado da MPB se organiza contra a amnésia

geral do pais. A loja editora Collector's de IpanematPirajá 550 112) divulga os próprios lançamentos numtablóide bimensal que também alista os catálogos re-vivaiistas da Moto Discos, da Filigranas Musicais emais os livros biográficos da Funarte. Oferece ainda —via lei Sarney — uma chance de patrocínio culturaldos produtos da editora, que colocou este mês á vendaseu novo suplemento com um duplo de Orlando Silvaido clássico Sertaneja ao boleraço Tudo foi ilusão.êxito de Anísio Silva) e os resgates de Heleninha Costae Roberto Paiva em memoráveis performances radio-fônicas. Ainda nas mesmas ondas, o jornal Radio Xtraz no número 4 uma "entrevista bombástica ' comLulu Santos, um depoimento de Dulce Quental e umacolagem do multimídia Jorge Salomão.

Chaka danceNo embalo dançante dos rernixcs (de

gente da área como Marley Marl, PaulSimpson e Dancin' Danny D) a soulsinger Chaka Khan abre portas do mor-cado europeu com Life is a dance,disco de ouro na Inglaterra. "Há com-pradores que levam meu disco paracasa como se fosse de uma artista no-va", extasiou-se ela na ponte LondresLos Angeles, entrevistada pela revistaBillboard. Chaka, que esteve só emSampa antes do Free Jazz, e apresen-tou-se a mil no festival de Montreuxdeste ano. mudou de opiniào a respeitoda dcince music. "Eu odiava a disco¦theque, mas descobri que minha repul-sa era pelo tipo de música que se faziano setor".

Ameaça vermelhaAlém do campeáo Marx, Richard

(primeiro lugar com seu Rcpcat offcn-der), outra ameaça vermelha ascendeaos primeiros postos do hit parade nor-te-americano: a cubana Martika, deapenas 19 anos, com a música Toy sal-diers (Soldados de brinquedo). Brinca-deirinha. Para a moça, criada nos Es-tados Unidos, salsa náo passa detempero de salada. A praia da garota,que não faz o modelito caribenho mui-ticor, é a dance music linha tecno ou asbaladinhas tecladeiras. Outra cubanaradicada nos States que náo pára desubir na tvcnopocracia: Gloria Este-fan, ex-Miami Sound Machine, quechegou ao primeiro lugar das listas aténa Inglaterra. A próxima parada damoça é o Brasil, onde ela vem lançarCuts both wai/s com três faixas grava-das em português.

Palpite múltiploEle foi autor precoce de um dos

maiores estrondos do universo pop, oU> Tubular M/x, um precursor damaré new age. Mike Oldfield nuncase recuperou por completo da assina-tura deste clássico pós-adolescenteque acabou servindo de trilha a outroépico de época, o filme O Exorcista.Oldfield volta a tentar a sorte numpalpite múltiplo, o LP Earth moving,onde cada faixa tem um estilo (o umcantor), todos os dardos atirados noquintal pop. O disco chega aqui nasegunda, com a faixa Innocent (pri-meiro lugar na parada alemíl) naproa.

l^j

Martika

Dunga e Careca

Tele gráficas+ Os nostálgicos e modernos vâo respirar com â,nin^o nofinal deste mês, quando sai o novo disco de Marina.Próxima parada. Sua voz cool registrou no vinil acançáo Only You, sucesso do grupo americano ThePlatters nos anos 50 • Outros nostálgicos também àpostos: a Golden Time Jazz Band, com a lady croonerSally Baldwin, uma discípula inglesa de Nancy V\ ilson,revive às segundas e terças no Rio Jazz Club "canções davelha Broadway • No teatro da Barra o "espetáculo devariedades" Annos loucos faz "uma crônica da déca-da de 20", a partir de segunda. Na partitura. Pi-xinguinha, Almirante, Chiquinha Gonzaga e Na-zareth • Os rasta men têm um point de segundaa quarta próximas na série de vídeos Mostra Tosh vibraem sessões ás 18 horas exibe na Biblioteca PúblicaEstadual o ás assassinado do reggae em várias perfor-mances. De um ao vivo no Greek Theatre a outro emMiaml, junto com clips de bandas nativas • Canto-ra, compositora e arranjadora de 19 anos a lourinhaDebbie Wicks, de Chula Vista, Califórnia, bilingüeestrelinha de musicais americanos (The curious sava-gc, The mouse trap, Upwardly mobile) veio gravar umdisco aqui acompanhada pelos brasileiros do grupoTurba Multa. De M a 17 de setembro ela mostra oresultado de sua miscigenação sonora no anexo daColumbus. de Copacabana • Sábado próximo tembanda Antibiótico no QG (Questáo de Gosto, na Oli-veira Fausto, em Botafogo). Novas tendências narua.

Dunga no sambaNão foi ele. foi ele náo. quem

jogou a sinaleira ás costas do canastrão Rojas. Ao contrário, osambista Dunga (nenhum paren-tosco com o jogador), afilhado deAlciune e prêmio Sharp (18 comorevelação de sua especialidade, foilançar seu novo disco na concen-tração da seleção brasileira, antesdo jogo contra o Chile. O titulo dodisco do integrante da ala doscompositores da Unidos de VilaIsabel também nada tem a vercom os objetos atirados contra aembaixada brasileira em Santia-go: Pedra preciosa.

Jazz & bluesGeorge Bcnson convidou o bra

sileiro Tavinho Bonfá a terçarcordas em duas músicas de seupróximo lançamento internacio-nai. Em compensação participa deduas faixas do violonista brasileiro. que toca no Vinícius Piano Barde Ipanema a partir de domingo.Após a devastação causada noFree Jazz por John Lee Hookerera natural que o blues voltasse ácrista: no Circo Voador neste fimde semana tem o paulista AndréChristovan, que abriu para o velhoHooker. Quem abre para ele é abanda paulista Loui. num pré lançamento de seu LP de estreia,produzido pelo mesmo Christovan.com participações de Rita Lei'.Roberto Carvalho e, sim. HranfordMarsalis. No Ja/ziuania. num re-piau da apresentação de janeiro,entra em cena nas noites das duaspróximas segundas e torças a Midnight Blues Band. O grupo deblucsrnakers tem o Barão Verme-lho de Frejat. Dé e Guto mais I)onHarris (trornpete), Peninha (percussào), Fernando Magalhães(guitarra) e Arthur Cabral (saxi

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 nova viagem do' Grande mentecapto

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mentecapto Geraldo \'i ¦ramundo, um herói nó-made que revirou peloavesso a cultura do 58 ei -

dados de Minas Gerais no inicio doséculo em livro escrito há III anospor Fernando Sabino, começa hojeuma nova viagem: o longa-metra-gem O grande mentecapto. de Os-waldo Caldeira, com o ator DiogoVilela nu papel-tituio de malucoliem brasileiro, percorre o grandecircuito ile cinemas. A comédia,adaptada por Alfredo Oróz do ro-mance de Sabino. não levou Kikitoalgum para casa. mas foi eleita omelhor filme pelo júri popular doúltimo Festival de Gramado. O sim-pálieo Viramundo nasceu com enor-me potencial de filósofo anarquista,embora esta índole, no interior deMinas, fosse própria do mendigo, dolouco e do vagabundo. Um subversi-vo "demais da conta", como diriauma das melhores coadjuvantes dofilme, a prostituía Marialva. vividapor Débora Bloeh.

A checada ao cinema proporcio-nará uma outra viagem pelo circui-to Viramundo. A partir de hoje, aprodutora de Oswaldo Caldeira e oInstituto Nacional ilo Livro lançamum concurso nacional de redaçãopara crianças, adolescentes e aclul-tos com o tema <> que é um mente-capto'.'. As redações devem ser en-viadas para a F.ditora Kecord.responsável pelos títulos de Fernan-do Sabino iHua Argentina 171. SãoCristóvão. CEP 20.9121. O resultadoda avaliação, feita por uma comis-são de especialistas, sai dia 3 de de-zembro e o prêmio é uma excursãode uma semana com direito a acnm-panhante por um mini < iremto Viramundo: Maiiana. Ouro Freto eCongonhas. No filme, o diretor Os-waldo Caldeira também reduziu aoito cidades o itinerário do persona-ííem que revira 58 municípios no livro de Sabino. Nas telas. Viramundonasce em Rio A- ima. estuda no se-minário de Mariana. viaja a OuroFreto, i andidata se a prefeito emBarbacena, entra para ri Exercitoem .Juiz de Fora. perde o amigo em'ongonhas. coilhei e as prostitutas('•li Montes Claros, invade o paláciod governo em Belo Horizonte e vol-ta' enfim, para morrer (ou não?) emliio Acima

A história de Geraldo Viramun-do. construída i om episódios mági-cos das lendas mineiras, ajudou atransformara obra de Fernando Sa-bino no cult do ano da industria ci-nematográfica. É dele o conto queinspirou o longa-metragem Faca cieciais guines, de Murilo Salles. quedisputou com Caldeira elevou — oKikito de melhor diretor este anoem Gramado. O escritor, porém, nãoé estreante no cinema. O seu O tio-mem nu foi filmado por RobertoSantos nos anos CO e uma de seuscrônicas jornalísticas cheirou às te-Ias em Crônica da cidade amada, deCarlos Hugo Christensen. O próximoprojeto é Min tini seco. de David Ne-ves. mas Fernando Sabino acaba deoferecer aos cineastas mais um te-ma — uma outra andança em formade livro. De cabeça para txti.ro. lan-çado há pouco pela Record.

_ - 7/8/83

Osmar Prado, como omendigo Barbeca: "E a

Luís Fernando Guimarães, ocapitão Batatinhas: episódios

decisivos

W,

.•1 inacreditável barba que Diogo usa no filme é de São Paulo 'mara Reis,com Diogo. e a Dona PeidoUnaim

Débora Bloch e Regina Case: desejáveis

Caldeira: escola de Godarc

Viramundo só

tropeça na

barba postiça

AO ser exibido em Gramado, O

grande mentecapto mostrou-se uma comédia popular mas

nem por isso incapaz de despertarpolêmicas: a barba postiça, usada du-rante grande parte do filme por Dio-go Vilela, não convenceu ninguém.Era mais apropriada a um figurantede Xas montanhas dos gonlas. Oswaldo Caldeira tenta se explit ar: "Eunão optei por uma estética realis-ta. Da mesma maneira que decidiusar um pára-quedas moderno para aépoca, achei que a barba na o precisa-ria ser tão realista. A crítica caiu depau em cima do pára-quedas e dabarba. Azar. Eu sou da escola do Godard. para quem sangue e ketchupsão a mesma coisa no cinema", diz.

O diretor de arte. cenógrafo e fi-gurinista do filme. Anísio Medeiros,revela como a barba tornou-se polè-mica: "O problema é que o DiogoVilela é um neurótico, como todoator, e não queria usar o liquido detirar a barba. Arrancava tudo dequalquer maneira. No primeiro dia.estava legal. No segundo e no tercei-ro. era aquela coisa que vocês vi-ram." Aníbal já esperava a estranhe-za do espectador: "Aqui há muitagente especializada em estranhar tudo. Queriam uma barba hollywoodia-na, que até o ator a considerasse suabarba natural, não é? Numa produçãobrasileira? Você sabem o que é mon-tar, lá no interior de Minas, umabarba que o maquiador Plinio Pelosotrouxe de São Paulo? Com um neuró-tico arrancando a barba a toda lio-ra?", rebate Aníbal.

A parte o conceito estético. Os-waldo Caldeira dá boas gargalhadascom a versão de Aníbal: "Não vou

Olavo Rulino

j Nas telas, o brilho dos coadjuvantes

Medeiros: h ollyxooodiana ?

também culpar o Diogo. Eu assumotoda a responsabilidade pelo filme,mas achei um absurdo o Diogo terdito em Gramado que a produção nãoteve dinheiro para lhe dar uma barbanova. E mentira. Esta barba foi ca-rissima, feita com cabelos naturais,presos fio por fio", garante o cincasta. Ele reparou que Diogo tinha maisproblemas com os cabelos do que coma barba. "Era um inferno para deixalo despenteado. Ele vivia com umpente no bolso se penteando. Todahora eu tinha que mandar o Pliniodespentear o Diogo. Foi uni sufoco."Caldeira comentou que teria amarra-do a barba em Diogo com um.barban-te bem visível — "Viramundo erabem capaz de andar com uma barbapostiça de Jesus Cristo" — se ava-liasse melhor o desejo de realismo dacrítica. E oferece ainda outra expli-cação, avessa à inicial, favorável auma estética realista. "Querem rea-lismo? Pois barba de mendigo é mes-mo medonha. Viramundo não ia aobarbeiro."

aUASE

todos osfotogramas de Ogrande mente-

capto registram a ação dodono da hist oria — <> per-sonagem Geraldo Viramundo. Nada impede, porém, o brilho de um cleiii ode coadjuvantes que. mui-tas vezes, rouba a eer -de Diogo Vilela. "E mm!: iest ré ia decisiva no . 11ma", conienta o ator 1 )smar Prado, que vive Bar-b e ca (•'Barbudo ecareca'' um mendigomais alegre, mais relaxa-do e mais mendigo que Viramundo. "Meu trabalhoanterior, em Agüenta caração, não fez muito sucesso. Este e o meu momen t o . E u m fi 1 me degrande força popular e aplatéia vai delirar na cenaem que Viramundo faz ocavalo falar", diz o ator.Fm mentecapto pode serpara todos um idiota, mas,depois de Geraldo Víra ¦mundo e de Barbeca, virousinônimo de "homem degrande lui idez". acreditaOsmar Prado.

A cena tio falso cavalofalante, aliás, é a preferidade outro coadjuvante,Luis Fernando Guimarães,o capitão Batatinhas - o

superii r que perde o cargodepois que o cavalo do re-crtit i Viramundo não quisfal ir com o governador deMi nas, vivido por AntônioPedro. "Acho que eu e ()s-mar Prado somos os coad-.i u va n t es de mais força.p<irque acompanhamos Vi -ramundo em episódios de-eisivos". avalia Guima-r ies. Batiitintias revê oex-subordinado num liospi, io e os dois. unidos aBarbeca. formam o KstacioMiuoi dos mendigos, lou-

cos. miseráveis e prosti-tutas que exigem just iça eliberdade em Minas. Háainda out ros episódioscom brilhos mais rápidosde Imara Reis (a Dona Pei-dolina. viuva que fez car-reira num bordel de BeloHorizonte) e de Jofre Soa-res io mendigo cego Elias,assassinado em Congo-nhas i.

O roubo mais descaradoda cena de Diosro Vilela fi-cou para a rápida apari-çáo de Débora Bloch. Ao

O roteiro de Viramundo

1.RÍO Acimn2.Mariana3.Ouro Preto4. Barbocena5. Juiz do Fora6. Congonhas7. M. Claros8. B. Horizonte

A

Minas Gerais I

Vo / i

som de VA dia t/ue me quiereis, Marialva se transfor-ma em objet o real do dosejo de Viramundo. "E ummomento muito bonitoEla entra no filme na horacerta, do jeito certo. Ficouot ima". comenta LuisFernando Guimarães. Osmar Prado lembra que outro instante de brilho fugaz e a part icipaçâo deCláudio Corrêa e Castroi omo um alemão plantador de rosas. A culega deMarialva, Brigitte, vividapor Regina Case. não pode-ria deixar sua seqüênciade fora dos melhores momen tos. "O que eu melembro mesmo é que adorei filmar com tant<>s amigos juntos. E a personagem é a ni madona.engraçada, a fim de botarpra <iuebrar", comenta Regina. ()s amigos da TV Pirata (Regina, Débora, LuisFernando e Diogoi traba-l ha ra m em 19B7 e m ' >grunde mentecapto, muiti>antes da estreia do huinuríst ico da Rede Globo. Foia emissora que contratouo elenco de Oswaldo Caldeira e não o cineasta quebateu na porta da 7T Pirata.

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Xuxa comemora seu milésimo

'xou'

na Globo

Pedro linoco

OS

presidenciáveis que secuidem. Crianças doBrasil inteiro vão assis-tir ao milésimo progra-

ma Xou da Xuxa — que vai ao aramanhã, no mesmo horário e nomesmo canal que os outros 999— e ouvir atentamente os recadossociais de Pelé e os recados ecoló-gicos da apresentadora mais boni-ta do Brasil. A maioria dos fãs .daXuxa não vota, mas todos têm umpoder de persuasão inquestionável.Basta ver a quantidade de pais,oriunda de todas as partes do país,que acompanha as crianças e perdeum dia inteiro no Teatro Fênix,onde o programa é gravado.

O programa número 1.000 foigravado na última terça e. entre adomesticação das crianças e o finaldo último "bloco, durou das 17h ás24h. Como faz há três anos, quandoo programa estreou, Xuxa recebeucantores adultos e infant is que fre-qüentam as paradas de sucesso. Anovidade ficou por conta dos con-vidados especiais, que. como a

Festa reúne de Pelé a Joãozinho Trinta, no Teatro FênixSérgio Moraes

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Xuxa e o ex-namorado Pelé: tabelinha no Fênix

apresentadora, já tinham feito al-guma coisa 1.000 vezes.

Pelé, ex-namorado da Xuxa eautor de mais de 1.000 gols em suacarreira, foi mais rápido que Ayr-ton Senna atual namorado daapresentadora — e prestigiou oprograma. Ao lado de Xuxa. o reido futebol lembrou como ela era"boa no controle de bola" e os doisassistiram ao videotape do milesi-mo gol do ídolo. Pelé não resistiu evoltou a falar das criancinhas.

"Nesta época minha mãe estavafazendo aniversário, eu até me es-queci disso e aproveitei aquele mo-mento importante para oferecer omeu milésimo gol ás criançasabandonadas deste país", recordouo rei. antes de arrematar de bate-pronto: "Se não alertarmos as au-toridades e cuidarmos deste pro-blema agora, não vai ter polícia,não vai ter cadeia para segurar es-ta gente."

Um bloco depois da aparição dePelé. Xuxa deu o seu recado ecoló-gico: "Precisamos mudar o quadrodo Brasil, saia de sua casa e planteuma árvore". O alcance dos rei a-

dos de Xuxa e Pelé pode ser avalia-do pela multidão que a acompa-nha. Seus três primeiros LPsgravados pela Som Livre já ven-deram mais de 10 milhões de cópiasao todo. Do quarto, recém-lançado.já foram vendidas dois milhões emeio de cópias. Cada rou da Xuxaapresentado pelo interior do paísabriga em média 50.000 fãs. A apre-sentadora recebe diariamente10.000 cartas.

Além de Pelé. apareceram peloTeatro Fênix o juiz de futebol Ar-naldo César Coelho, que já apitoumais de 1.000 partidas, e o juiz deDireito Gérson Silveira Arraes,que já sentenciou igual número decasos. Cercado por crianças que,incentivadas pelas paquitas mi-niaturas da Xuxa . gritavam seunome em coro como se ele fosse oFagner. o juiz de Direito relaxou esoltou um galanteio. "Você é umamulher muito bonita", disparou,para alegria da vaidosa Xuxa. Du-rante todo o programa ela não pa-rou do procurar gordurinhas o defeitos generalizados nas suas

antigas imagens de foto e vídeolevadas ao ar.

Neste especial comemorativodas '1.000 horas no ar, com 20.000horas gravadas — e ela nunca repe-t iu uma roupa em dois programas

, Xuxa recebeu velhos habituesdo seu xou. Elba Ramalho, Inimi-gos do Rei. Fagner, Rosana, FábioJúnior, Sandra de Sá, Os Abelhu-dos e outros artistas se balança-ram no meio da criançada. Apesarde todas as lâmpadas que piscamsem parar no cenário, Fábio .Ir.mandou "muita luz" para a apresentadora, enquanto Elba se res-tringiu ao velho e bom "axé".

Promovido a Joãozinho 30.000para que se justificasse sua presen-ça tio milésimo Xou da Xuxa, ocarnavalesco da Beija-Flor definiucom perfeição a alegria loura dacriançada. "Você é eterna. Xuxa. eo enredo desse Brasil", bradou.Eterno enquant o durar, o amor dosbaixinhos pela Xuxa dá á apresen-tadora mais popularidade queii ia 1 | icr fenômeno eleitt>raI d >súlt illlos ! empos.

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