setembro - nÇ 76

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SETEMBRO - 76

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SETEMBRO - NÇ 76

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A Scena MudaLuxuoso magazine semanal, deum gênero completamente novo,

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completas sobre todo o movimento tcinematographico.

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Para CereaesPATENTE DE PRIVILEGIO N. 10.371

Um apparelho do 1MMUNIZADOR MINEIRO tem a capacidade para immunizar 32 saccasde feijão em 24 horas e o preço da immunização para sacca de 60 kilos nao excede de 90 reis.

E' um Apparelho Muito Simples e de Duração Eterna por sua Solida Constucçao.A..,.* c««,»«^ Aarirnla deoois de exames technicos procedidos no Instituto de Chimica eO Ministério da Agricultura, por sua secçao de h?^e^A§"c^'de'de Leopoldina, estado de Minas Geraes, um attestado do optimono Jardim Botânico, conferiu aos srs. Chagas Ulivei^ ot

y••^7l'iDoR MINEIRO. O documento official termina de modo seguinte:resultado de immunização do feijão pelo aparelho [™™y£l£Lriencias realizadas num pericdo de seis mezes, o processo do expurgo«Finalmente,.tanto cuanto perrmttem avançar os ensaios e db CJ' F

feijão de invasões parasitárias, sem que prejudiquerepresentado pelo IMMUNIZADOR ^^g^^^O^Pil E ^u^nVAS.V7 . «oI^q^Icq nn almoxarifado da Secretaria da Agricultura, èm Bello Horizonte. O successoNovas experiências, cem o maior êxito, foram realizadas nof a^oxari.

.Q e os governos dcs Estados de Minas, Rio, Espiritoobtido por essa nova experiência,.durante 9H»W;^^|riíâ agrícolas. Tanto o governo federal como os governos dos estados deSanto e Federal jâ àd^ ™g^em-W|g^^ ^agenfleste apparelho _g o mais pratico e econômico.

Odr Dias Martins, competente diretor geral ^m^^^^^&^^f^à^^^^MNEIRO é uma das armas mais ^««^^^^^^J^c. de todos ã Estados.

O PREÇO DO APPARELHO ESTÁ AO ALCANCE DO MAIS MODESTO AGRICULTOR OU COMMERCIANTE.

Informações com os Srs. ^p bS w H'** ^ i ^^ Rua da Candelária, 36 •- Io Andari

EU SEI TUDO

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N. 76 - SETEMBRO DE 1923-4.° DO ANNO VIISUMMARIO DAS PRINC1PAES MATÉRIAS CONTIDAS NESTE NUMERO

ARTIGOS ESPECIAES

Trágica historia de um Tzar 71íurujuba °*Tigres e pantheras 4!>O valle do Douro e seus vinhos 63A morte de José Bonifácio 19

CONHECIMENTOS ÚTEIS

As vespas e seus costumes — (As calumnia-das) .......: 89

Verões ardentes <0A meda fora dos figurinos.: a . .'.4 UtofEconomia Domestica 60

INVENÇÕES E NOVIDADES

Vehiculo para tracção animal e para motor.O cumulo do progresso. ..'.'.O progresso humanitário 4.4 .o.Um novo processo para determinar as chega-

das em corridas de cavallcs

ROMANCE

A pupilla do rei... .A/cidade des ladrõesRomance, de um rei.

»3&PAGINAS DE ARTEi

Miss Lilian Powell, . Scmno de justo ....:......A fonte do amorA instrucçãoArtistas fantazistasSenhorita Dorothildes AdamA oração de graçasO vôo de ÁnhángáO amanhecer numa fazenda suissa.A gruta da LapaMiss Dorothy DaltonA morte de Moysés

NOSSA TERRA

Reminiscencia da luta no contestadoUma expedição de caçadores paulistas....

A SCIENCIA AO ALCANCE DE TODOS

Grammatica litteraria ¦¦ Historia da Terra e da Humanidade. . . . . .Será pcssivel utilisar industrialmente a ele-

ctricidade atmospherica A missão do pó atmcsphericoTudo se explica

CONTOS E AVENTURAS

A parábola do avôO drama Wagneriano. . . .O LeãoProdígios de astuciaA corda de fogoO cachimbo de haschish.

PARA RECITAR

NocturnoSonetoNa primavera.

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64,99

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7143640

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ANEDOCTAS, CARICATURAS, INFORMAÇÕES VARIAS, ETC

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PERCORRENDO O MUNDO

Costumes nos Alpes ItalianosO porto e a cidade de Castellorizo.

DIVERSOS

Como o governo grego attendeu. aos semdomicilio. ..'.'.¦'. 4 . • a . ':• .'¦.'; . . . . .... .

A anã Winifred Edwards........ . . . ......Os primitivos observatórios. .....:

.As sacerdotizas de Terpsychore ....O feminismo em marcha .•Um remédio universalO centenário de S. BernardoCurioso vestuário de noiva.Um casal do écranIndustria primitiva.Os dedos de fada. .... 4 . .Um nadador prodigiosoTrens detidos por animaesA arvore mais sinistra do mundoOs sports excêntricosCouros de origem marinhaPcde-se nadar sem braçosOs mais bellcs olhes da scena mudaConforto improvisadoUma corrida com obstáculos na Inglaterra.O sagrado cem o profanoAs primeiras camelias. .As rainhas do cinematographoCharadasArtistas á beira-marUma Venus modernaCs mysterios que a sciencia não elucidaObstrucção parlamentarPhotcs espiritas ou magníficos trues?Fantazias das estrellas do écranCousas norte-americanasUm especialista em disfarceO elegio da dyspepsiaA mão de MadasUma artista, que não precisa de se caracterisar

Sorrisos de artistasA meda

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R 76 — 4o do ANNO VII

SETEMBRO — 1923

ESTADOS 2$200Numero avulso 2 $000Numero atrazado— 3 $000

MAGAZINE MENSAL ILLUSTRADOPropriedade da Companhia Editora Americana

Escriptono:—RUA BUENOS AYRES, 103 — Rio de JaneiroEndereço telegraphico « REVISTA». Telephone: Norte 3660

Correspondência dirigida a AURELIANO MACHADODirector-gerente.

ASSIGNATURA ANNUAL

Registrada

12 números 30$000Para o estrangeiro 36$000

RESUMO DA PARTE JA' PUBLICADA. —Um tenente doexercito francez, commandante de um destacamento enviado emreconhecimento por uma região ainda inexplorada, é surprehen-dido por uma multidão de negros selvagens., que os cercam eatacam ferozmente. O destacamento émassacrado, apenas o tenente e um sar-gento escapam com vida, mas sãoaprisio-nados e condemnados á morte. O tenentelogra fugir e vagueia por muitos dias entreflorestas e montanhas, encontrando dequando em quando novos perseguidores.Um dia, já desanimado e exhausto, ven-do-se prestes a cahir na mão de um guer- .reiro negro prefere correr ao encontro de um leão, que esta dei-tado á entrada de uma gruta. Julga preferível morrer nas gar-ras da fera que ao menos não se empenharia em tortural-o.

Mas era tarde. Os miseráveis tinham consumadoquasi por completo sua obra horrenda. Tinham mas-sacrado os brancos, reunido os camellos e as mulherese ganhavam dis-tancia,levando, es-sas presas. Apenastrez creaturas hu-manas tinham lo-grado escapar-lhescorrendo a meuencontro. .

Eram dous ho-mens e uma mu-lher e quando lhespassou o ímpetoque os levava a fu-gir do circulo demorte em que es-tayam, detiveram-se hesitantes.

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Mas o leão, que está farto, deixa-o ficar deitado a seu lado,com grande assombro do selvagem, que foge apavorado diantedo olhar do rei dos animaes Vendo que o leão nao o ataca, otenente atreve-se a acaricial-o e a fera acaba por se ^miÇoa^a

elle, seguindo-o e obedecendo-lne comoum Cão.

O tenente vive assim muitos mezesnas florestas com esse singular compa-nheiro.

Um dia, chegando ao alto de umrcollina, vê uma pequena caravana deárabes na situação de seu destacamento ,

cercada e atacada por centenas de selvagens implacáveis. Nãose contem e corre em seu auxilio. Os. selvagens fogem a vistado leão, qjevem com elle.

Approximei-me seguido por Said e pude exami-nal-os melhor. O homem mais alto era já edoso, com abarba grisalha. O outro mais moço e mais robusto

Uma interven-ção MIRA-

CULOSA

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Era natural seureceio. Um homem ,branco mas des- ,grenhado e semi-nu. que caminha escoltado porum leão... era cousa de aterrorisao Ademais ellesnão podiam adivinhar minhas intenções.

Não viria eu completar a obra dos selvagens ?Comorehendendo que seriam esses seus pensa-

mentos, detive Said com a voz e o gesto, blle obede-ceu promptamente e deitou-se na attitudeda embos-cada. Fiz então signaes de paz aos fugitivos e dirigi-lhes algumas palavras em árabe.

Elles ficaram immoveis mas com o ar resignadode creaturas que esperam o destino.

tinha o typo árabe puro, ver-dadeiramente bailo. Quanto á mu-lher, apenas adolescente, tinha o ros-to coberto por dous véus, um que subia faté a base do nariz e-outro que descia ate os super-cilios. Portanto eu só lhe podia ver os olhos immensos,nos quaes scintillava o mocidade. Ella tremia aindado horror do massacre e ao ver o leão seus olhos ain-da mais se dilataram.

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EU SEI TUDO

8

-- Acalme-se — disse-lhe eu. — Este animalnão f&rá mal a pessoa alguma.

Ella porem fitava-me com duvida tão evi-dente que o velho observou timidamente :

Não poderá afastar este leão ? Minha so-•brinha está òom medo.

Voltei-me para Said, segurei-o pela juba etentei impellil-o para um cavallo morto. Masapenas me afastei elle-. me seguiu, fitando osárabes com ar desconfiado. '-.

¦— Elle está com medo de que os senhoresme façam mal — expliquei.

Allah é Allah ! — respondeu o velhoárabe com ar grave.

E o olhar de admiraçso que elle lançava aSaid pareceu-me mais confiante.

Sim — disse eu! — Allah é grande. Foi ellequem fez este animal meu amigo para salvar-me a vida.

Essas palavras trouxeram um pouco detranquillidade também ao rapaz c á moça. Ovelho disse ainda :

• ••¦—Depois do Rctribuidor tu é que nos sal-.vastes.—Bemdito sejas, tu, teus pais e tuadescendência."" — Só Deus pode salvar-nos — respondi. —Mas precisamos de procurar um refugio. Os lie-: gros podem voltar.

Na planície viam-se apenas trez cavallos edous cameilos, que rondavam assustados, semanimo para se approximarem de seus donos.Convinha-hos muito recaptural-os mas haviapara isso um obstáculo serio. O leão não tolera-ria a presença dos tímidos herbívoros e estes

. nunca se atreveriam a tão temível proximidade.Que fazer ? Teria eu que abandonar aquellas

creaturas para poder, conservar Said junto demim? Essa idéia poz-me triste. Lembrei-me po-rem de distrahir Said. Levei-o de novo para

..junto, do, cavallo morto c impellindo para elle acabeça do leão disse-lhe — Come. . . E vendo

...que elle cedia.afinal ao appetite voltei-me paraos Árabes.

/. a -r- Apanhemaquell.es animaes e entravem-os.1* ' , Said quiz ainda seguir-me mas aquietei-ocom! palavras insistentes e, vendo que os des-conhecidos já estavam longe, permittiu que eume afastasse. Fui ao acampamento e andei comindizivel, horror entre os cadáveres cruelmentemutilados, tratei de recolher as armas, muniçõese provisões de boecâ... o sufficiente para sus-tentar-nos e defender-nos durante muitos dias.-

.Recolhi para mim, duas espingardas, um sa-bre, um excellente punhal, toda a pólvora, uma¦ pequena provisão de centeio, tamaras e sal.

Said continuada sua refeição, dardejandopara mim, de quando em quando,' os pharóes

;"bglaucòs:cievseus olhos. Os árabes tinham en-travado cavallos e cahiellos. PedLlhes.-que car-

,,S---pegassem todas sãs arrhas ,e provisões por pudes-CJseime. -gãrtissemladiant^íde mim deixando-me uma^aVa^lóa.,- ,, 'f':-:'""•Qb?a!;AEü os:seguiria a curta distancia para ver seib^plleãp se habituava a sua presença.

Então, para se despedir, o árabe fez as'...apresentações :¦*/ás /;Ab-;Eu soú Omar-Kulu ; este é meu sobri-

nho. Ahed-Allah bem Brimat e esta é sua irmãb [*Aicha rfymhamos de Djannar onde nossa família;b residia ha cinco gerações, com servos negros, que

nos trahiram e nos trouxerama esta emboscada.' —São Tuâregs ?— Não. Adoptamos seus vestuários e seus

. costumes mas somos árabes de Mogreb.,..,... , Depois de um ultimo olhar, a Aicha, es-..colhi um dos cavallos que Ornar me apresenta-

va, um animal soberbo de sangue puro, que ovelho me disse chamar-se Telha.

Deixei que os Árabes tomassem um bomavanço e parti também. Meu plano era simples :ganhar distancia sobre Said, alcançar meus no-vos amigos e confiar-lhes minha montaria atéacalmarão leão. Este, quando me viu partir agalope, abandonou seu banquete e seguiu-me.Mas eu estava tranquillo. Esses grandes feli-nos, capazes de saltos vertiginosos em um pe-queno percurso não podem seguir um cavallode boa raça.

De resto, assustado ao ver o leão, Telhacorria com tal velocidade que por duas ou trezvezes tive que gritar para guiar Said na per-seguição.

Corremos assim mais de uma hora até que,tendo alcançado os Árabes e julgando o logarpróprio para acampar, saltei do cavallo e volteiao encontro do leão, emquanto Ornar resguarda-va meu cavallo e os cameilos em uma caverna,que aíli havia.

Said vinha resfolegante e de máu humor;deixou que eu me approximasse d'elle mas rosna-va e recusava olhar para mim. A despeito denossa intimidade eu sempre ficava um poucoinquieto quando elle me acolhia assim. Comosaber o que se passava no raciocínio obscurod^quelle ente, que podia, com um só gesto,reduzir-me a massa sangrenta e informe ? •¦¦

Fallei-lhe longamente e elle acabou por meseguir dócil e calmo. Havia aili varias cavidadesde rochedos; instaliei-o em uma d^llas. Saidtinha uma alma de creança, incapaz de preoc-cupaçõès prolongadas. Estava exhausto, nãotardou a adormecer pesadamente. Isso permit-tíu-me deixal-o e ir ter com os Árabes.

Ajudei-os a dispor as bagagens numa ou-tra caverna, cuja entrada entricheiramos comrochas e cordas. Depois, embora fatigados, nãoadormecemos logo. Tínhamos ainda os nervosdemasiadamente vibrantes. — Ornar sentou-semergulhado em suas reflexões ; Abed-Allah ex-piorou os arredores depois subiu a um penhascopróximo para observar ao longo. Eu fiquei aolado de Aicha, que se mantinha de pé. Sua si-lhueta destacava-se sobre a rocha vermelha,permittindo adivinhar os contornos rythmicosde vida pura e moça, que se oceultavam sob ovestuário cor de neve.

Com que enlevo a admirei.Sua presença resurgia emmeu espirito todos os poe-mas da humanidade; da Su-lamita á filha do Cysne, de

Ophelia a Chimene. Aquelle deserto ameaçadorde que não sabia sequer o nome, povoava-se para

• mim, graças áquella pequenina Árabe, de so-nhos, de esperanças,, de ternura e de emoção. Eella me era mais desconhecida do que aquellaregião. De seu rosto eu via apenas os fanaes ne-gros dos olhos e uma tira estreita de seu rostoentre os supercilios e as narinas. Tentava ima-ginar o resto. Ainda que os lábios fossem pesa-dos e a fronte curta, aquelles olhos salvariamtudo... Mas eu, imaginava uma pequenina boceacarmezim e a fronte nobre, de finas arcadas.

— A noite está tão doce ! — murmurei.Ella sorriu mas fez um gesto significando

que não comprehendia.Fiquei mais triste ainda de sentil-a tao ex-

tranha, tão separada de mim.Andamos por alguns dias atravez d'aquella

região que os próprios Árabes não conheciam.Depois tomamos rumo do norte onde meus com-panheiros deviam encontrar gente de sua raça.

A MYSTERIOSADESCONHECIDA

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é EU SEI TUDO

tticftvnX Said ia-se

habituandoaquella c o n-vivência enós tínhamosa precauçãode lhe reser-var todas asman hãs umb o m pedaçode carne fres-ca a f i m demantel-o far-to. E, a pro-porção queelle se . fami-liarisava, suacompanhia setornava maisútil para nós.Nos casos demau encon-tro, elle, sózi-nho, valia portodos. Suaapparição erabastante parainfundir ter-ror.

Eu tambémme a cos tu-mava a Ornare seus sobri-nhos ; já fal-lava qu a s icorrentemen-te seu diale-cto e começa-va a compre-hender suamoral bizar-ra, suas idéiasantiquadas.

Era gentesimples, boa etolerante.Ornar trata-va-me comoum filho,Aicha era in-genua e fra-ternal ; ap e-nas Abd-Allah se manti-nha ainda umpouco des-confiado.

^^J|j Bfchèsem^f;^^T^jfe'jMMIBi^SafrxrP^. :;^^Vjfl HrMM^ãni

— Deixa cahir também o lithan—suppliquei. *mftmv-^SO|

AS PRIMEIRASPALAVRAS QUE

TROCAMOS

«»

Para mim, que vivera tantotempo isolado, aquella sócia-bilidade era um bem magni-fico. E a presença de #£c/iapunha em minha alma uma

agitação deliciosa. Nunca lhe vira o rosto masconhecia bem seu caracter, tecido de ternura,submissão e confiança.

Mas como desejava ver seu rosto !Ella nunca baixara diante mim o nicab nem

erguera o lithan. . . Por que ? Solteira, ainda naoestava estreitamente sugeita ás prescripções dovéu... Alem d'isso bem sabia que seu tio eracomolacente. . . Entretanto, para não descobriro rosto diante de mim, Aicha comia sempre se-parada de nós. Seria a minha qualidade de es-trangeiro que tornava mais severo seu pudor .Não sei mas aquelle mysterio allucinava-me.

Uma tarde, apoz uma marcha penosissima,alcançamos a borda de um rio margeado por tio-

restas. O logar parecia farto de caça e con-fortavcl mas era preciso assegurarmo-nosde que não havia homens ferozes pelos arredores.Ornar e Abd-Allah, encarregando-se d'esse traba-lho, afastaram-se a cavallo.

Fiquei só com Aicha e installamo-nos ao ladode Said, que já admittia os Árabes como meuscompanheiros. Guardamos silencio durante algumtempo; depois trocamos algumas observações ba-naes. . . Mas havia em nossas almas a emoção es-sencial, que iIlumina e governa a humanidade, aemoção fatal e terrível, que dá significação á luze ás flores.

Impaciente com a difficuldade de exprimirtudo quanto sentia no dialecto, que conhecia tãopouco, passei a fallar francez. Pouco me importa-va que ella não me comprehendesse. . . Eu preci-sava de lhe dizer tudo quanto enchia meu coração.

Ella ouvia-me, com a cabeça curvada parameu.hombro. . . Sabia que eu lhe estava dizen- sff%

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do cousás ardentes e ternas. Sorria enlevada.Por fim curvei-me e beijei um de seus pes? mi-nusculos..

Ella ficou estupefacta. Esse gesto pareceu-lhe cem vezes mais extranho do que minhas

palavras, revclando-lhe um amor de caracterinconcebível. . ,

Mas as mulheres comprehendem rápida-mente a humildade do sentimento. Aicha naotardou a sorrir e a malicia feminina fulgiu emseus olhos.

Queres que eu pague teu dote a Umar 1 —

perguntei-lhe em árabe.Ornar e tu o sabem.Mas tu ..?. . . Tu é que me deves res-

ponde r.Ella ficou silenciosa. .

Porque não me respondes ? — insisticom agitação.

. —Não posso — murmurou cila.Baixei a cabeça. O enigma das raças pa-

recia-me indecifrável. Como o nicab e o bithanvéus impenetráveis separava sua personali-dade da minha.

Porem ella notara meu desgosto e disse-mecom uma expressão de profunda piedade nosolhos negros.

Aicha é tua amiga.E afastou-se deixando-me triste e perple-

xo. Por que recusaria ella responder-me ? Pararecusar um esposo de raça estrangeira 'Por

pudor, por hesitação de creaturasubmissa a costumes millenarios, quea consideravam quasi uma merca-

doria ?Nos diasque seseguiramei 1 a me

pareceu ainda mais obscura e dis-tante. Não mais tomou parte emnossas palestras e evitava estar junto de mim.Atravessamos um deserto, encontramos novasterras férteis e por duas ou trez vezes avista-mos negros, que fugiram ao ver Said. Conti-nuamos a caminhar para o norte e o oceidentecom.a esperança de encontrar uma tribu amiga.

Uma noite dormimos em uma aldeia aban-donada e semi destruída. Aicha accendeu umafogueira para preparar a refeição e collocandoao hombro uma amohora dirigiu-se a uma nas-cente, que se via alli perto. Tomei-lhe o cami-nho dizendo :

Deixa. Vou eu buscar água.Ella entregou-me a amphora sem uma pa-

lavra mas fitando-me intensamente. Fui a nas-cente e voltei. Aicha não se movera mas deti-ve-me encantado ao notar que ella erguera onicab, descobrindo a fronte muito branca eperfeita.Oh ! Aicha. . . — murmurei — Deixacahir também o lithan.

Porem ella apoderou-se da amphora e fugiucom um riso argentino.

Saidest a va

Aicha ergue o véu

suas boas graças. Uma tarde, tendo que ir bus-car água Aicha chamou o leão para que aacompanhasse. Abd-Allah que já manifestaraalgumas desconfianças imaginou de certo queella assim fazia para que eu a seguisse e insistiuem ir com ella.

. Ficamos só Ornar e eu. Passou-se uma ho-ra sem que os dous irmãos voltassem. Eu ima-ginava que Aicha estava a minha espera adespeito da presença de .Abd-Allah cuja vigilan-cia ella supportava com impaciência visível. . .De súbito ouvi o rugido de Said.

Corremos assustados e chegando ao noencontramos a amphora quebrada, o turbante deAbd-Allah e um pequeno bracelete de Adcha...

A moça fora raptada.O rugido do leão fez-se ouvir de novo;

guiado por esse appello entramos por entre asarvores e não tardamos a ver Said, que avan-cava com ar.terrível. Mas um tiro estrugiu de

perto e o animal recuou, gemendo. Precipitei-me para elle. O sangue corria-lhe de um feri-mento no hombro esquerdo e sua crina ençava-se de cólera. Era evidente que elle hesitava entrea prudência de felino e o desejo de vingança.

Felizmente o ferimento não parecia gravemas era essencial que elle guardasse silencio.Para isso usei do recurso a que já o habituara :— amordacei-o com meu cinto.

A noite vinha

11

1 SO CAMPO DOS RAPTORES

Achamos apenaso bracelette e

a amphoraagoratão ha-bituado

a todos nós que eu, ás vezes,confiava-lhe a guarda de Aí-cha. O leão acabou por seaffeiçoar a ella e ao velhoOrnar junto do qual dormialongas horas. Apenas Ahd-Allah não consquitára ainda

cahindo, portantoera pre-ciso nãoperdertempo. Guiado por Said cheguei aborda de uma clareira onde vi unsquinze homens com camellos e ca-vallos. A um canto estavam algunsprisioneiros negros, Aicha e Abd-

a: Allah amarrados.Ornar deteve o Ímpeto que tive

de me atirar a elles, fazendo-me notar, queaquella gente estava se installando, para dor-mir e ser-nos-hia mais fácil atacal-os na escuri-dão. Propoz-me que ficasse alli a espreita .em

quanto elle iria buscar os ca vallos. Era precisoprever o caso de ser preciso perseguil-os.

Concordei e elle afastou-se. Said deitou-se ameus pés e fiquei observando o grupo. Os mise-raveis tinham organisado o acampamento mili-tarmente. Cada homem tinha a seu lado umatrincheira na qual se refugiaria em caso dealerta

De repente um dos homens se ergueu foifallar a Aicha e tentou tomal-a nos braços. Ellarepelliu-o, debatendo-se e rolando, pelo chão.Elle curvou-se para segurai-a. N~o pude conterum movimento instinetivo.Ergui a espingarda evarei-lhe o peito com uma bala.

Immediatamente os outros se refugiaramem suas trincheiras e varias balas partiramgalhos em torno de mim. Recuei apressada-mente e encontrei Ornar que vinha a pé e deso-lado. Nossos cavallos, nossos camellos, nossas

provisões tudo desapparecera.Elle trazia .apenas, as. armas emunições que nunca nos des-cuidávamos de occultar.

Ainda assim decidimos es-perar que a noite fosse comple-

ta para atacar os salteado-res. Mas ah !. . a Quandovoltamos a chegar perto daclareira encontramol-a de-serta. Os raptores tinhamdesapparecido. Sem duvida

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'' de nós, fugindo a não sei que perigo.

t i n h a mtransfe ridoseu acam-p a m e n t opara umaplanície on-de não pu-dessem sersurprehen-didos.

Que fa-zer ? 0 m a restava ex-hausto. Die-xei-o repou-sar um pou-co, emquan-to eu refle-ctia. Depoiscaminhamosuns cinco ouseis kilome-tros até quea v i s t amosde novo oacampamen-to em umaplanície c o-mo eu imagi-nára.

Ficamosoccultos naorla da fio-resta a espe-ra de umaoppo rtuni-dade.

Quandoa alvoradaestava pro-xima resolvitentar algu-ma cousa.Mas os ban-didos pare-ciam adivi-nhar meusplanos. Exa-et a mentequando eu eOrnar come-cavamos arastejar parachegar-lhesperto, ergue-ram-se, 1 e -vantaram oacampamen-toe, aos pri-meiros albo-res da auro-ra, desappa- nreceram no horizonte. Era de desanimar, .^uepoderíamos fazer a pé em taes condições.

A fome começava a tor-turar-nos. Tínhamos que co-meçar por recobrar as for-ças. . ,

Com o auxilio de òaiaconsegui matar um antilo-

pe que nos forneceu carne negra c coriacea. Depoisadormecemos.

Ao despertar encontramos Said muito m-quieto Tentava ainda acalmal-o, quando tomossurprehendidos por uma multidão de animaes quepareciam vir todos do mesmo ponto e afastavam-se de nós ao ver Said. _

Entretanto, um ruido distante eievava-se e

Uma avalanchemonstruosa

nós começamos a comprehender a inquietaçãode Said. Seu fino ouvido percebera esse ruidoantes dos nossos. Por isso é que nossa calma osurprehendia, o indignava quasi. E somente porque já se habituara a me attribuir uma espéciede poder mágico em face de todos os perigos, éque resistira ao pânico ao temor immcnso quedominava todos os outros animaes.

Zebras, antílopes, macacos e até pássaroscontinuavam a passar diante, de nós correndo co-mo loucos. .Quatro leões passaram rugindo.

Ornar, mais habituado do que eu áquellaregião explicou-me :

— São elephantes que vêm ahi.Mal elle acabava de pronunciar essas pala-

vras, vimos as arvores da floresta próxima on-dularem. . . Algumas tombaram arrancadas pelaraiz. Uma immensa tropa de elephantes vinhapor álli em corrida furiosa.

Confesso que no primeiro momento, eu mes-mo me senti tomado de terror irresistível. Ornar

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EU SEI TUDO

12

atirára-se de face contra o solo; Said fugiu em sal-tos formidáveis. . .

De súbito tive uma inspiração. Precipitei-mepara um bloco errático, que estava alli a uns. dezmei-ros, despejei em uma de suas frestas o conteu-do de um odre de pólvora, fiz .um rastilho ateuma ligeira depressão do terreno e impem Ornarpara essa depressão, onde eu me metti com elle. |

Mas fiquei de olhar attento. Se a pólvora n-zesse um chu-veiro em vezde expl o d i rnós estaria-mos perdidos!Se explodise,surprehende-ria a avalan-che de ele-phantes e po-d e r ia talvezdesvial-a.

Esperei at-tento eancio-so. Qu an doos elephantesvinham a unst ri n ta me-trosa\ bati; apede;rneira Mpu# f*oj£;o âò.'rastilho. " F e-lizmente eupuzera apol-vora -em umafissura estrei-ta e profundae fechára-acom habilida-de, Ornari g n orandomeu estrata-gema, espe|rava a mor,te,quando a ex-plosão abalouos are s. Aspedras, proje-ctadas co mforça, passa-r a m sobrenossas cabe-ças, a desloca-ç ã o d o arcom p r i m iu-nos de encon-tro ao solo...Mas a massade elephantesdesviou-se. . .

Q u a ndoerguemos acabeça já ospesados a n i-mães iam lon-

Ornar er-gueu-se estu-pefacto. A t-t r i b u i u sua

demos installar não sem inquietação, por que umadas-tristes conseqüências da passagem dos ele-,phantes era tornar para nós mais difftcil encontrarqualquer rastro de Aicha, de Abd-Allah e de Said.

Nosso repouso foi curto e febril. Cerca de duashoras da manhã a lua surgiu e partimos confiandoeu em .Ornar para nós orientar. Os Árabes temdesde a infância o habito de se dirigir no deserto.

Caminhamos até o nascer do sol sem encon-trar indíciosde nossos ami-gos. Fizemos ;uma refeição,muito desani-mados e par-ti mos de no-vo, trilhandoléguas e le-guas sem re-sultado.

Lá paraas 4 horas datarde, chega-mos diante deu m a florestaque pare ciaimpenetrável.

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Said nun-ca se afãs-

TA MUITO

Segai i mos-lhe o bordopor algumtempo masnossa espe-rança de en-contrar a ca-ria va na dosraptores des-appar eccraq u a s i porcompleto denossos cora-ções.

Montados,como esta-vam, os mi-seraveis de-viam ter ga-nhado enor-me dianteira.

A noitefoi lugubre.Vi as horasb ri 1 hantespassarem pe-Io céu e, emmeu desespe-ro mal davaattenção aosanimaes no-cturnos, hye-nas e chacaes,que ronda-vam em tor-no de nossa

MISS BETTYda «Fox Filmsalvação a Allah mas concordou que

eu possuía o gênio dos prophetas.Entretanto uma grande deso-

lação nos cercava agora. A planície parecia lavra-da por uma charrua gigantesca.

Embora não fosse provável que os elephan-tes voltassem, eu e Ornar resolvemos procurar umabrigo. Apoz uma hora de marcha chegamos auma coluna rochosa com frestas nas quaes nos pu-

ROSS CLARK,Corporation» em que o súbito silencio, que se

estabeleceu chamou a minha atten-ça o. Erguendo a cabeça, vi que todos os animaes fu-giam eapercebi um rastejar distante. DesperteiOrnar, que, depois de ouvir encostando uma orelhaao solo, affirmou tratar-se de um leão.

(Conc.úe no próximo numero).

1

fogueira. Mas ouve um momento

*

EU SEI TUDO

UM LUXUOSO YACHTIMMOVEL HA 35

ANNOS

Ha trinta e cincoannos, quasi dia pordia, um bellissimoyacht, a vapor, ostentando o pavilhão nor-teamericano, e n travano estuário do Colen,na costa de Essex (In-glaterra) e lançavaancora ante o portode pesca de Brightlin-gsea.

Sua chegada causousensação por que rara-mente se havia vistotão luxuosa embarca-ção naquellas para-gens. E em breve, ummvsterio planou sobreelle, augmentando ain-da seu interesse. Osdias juntarâm-se aosdias, as semanas ássemanas, os mezes aosmezes, sem que o naviolargasse as amarras.No emtanto o filetede fumaça, que subiade sua chaminé, indi-cava que suas caldei-ras se mantinham ac-cesas.

Da embarcação co-nhecia-se somente onome inscripto em let-trás douradas:

"Vai-

freya". De seu pro-prietario sabia-se só-mente que se chamavaBayard Brown queera norte-americano edevia ter pouco maisde trinta annos.

Os annos succede-ram-se aos annos, aguerra devastou umaparte do mundo y u-ma era mais calmaappareceu e o Vaífreyacontinuou ancorado nomesmo logar. Dia enoite, ha trinta e cincoannos, suas caldeirasse mantêm sob pres-são, os marinheirostodas as manhãs, la-vam e limpam o tom-badilho, os "quartos"de vigília são feitosrigorosame nte pelaequipagem e, todos osdias, ás mesmas horas,o capitão sobe para opassadiro de seu navioimmovel. Âquelle quecommandára a ordemde largar as amarraspara essa intermina-vel estação, o capitãoFieldgate, morreu abordo ao fim de trintaannos desse extranhoserviço. Seu filho sue-cedeu-lhe. Comman-dará algum dia elle,

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e apparelhagem parao alto mar ?

Quanto ao proprie-tario, o Sr. BayardBrown, o mysterioque cerca sua vidacontinua a intrigar omundo e as razões queo levaram a se exilarnesse dom ini o flu-ctuante são ainda des-conhecidos.

Ha alguns annos,os agentes do thesouro,que tudo desejam sa-ber, tentaram fazerum inquérito sobre osrecursos desse yach-tman afim de lhes co-br ar o imposto sobrerendimentos. Elle recu-sou e declarou quehabitando um navio,estrangeiro e não es-tando portanto senãode passagem na Ingla-terra, nada devia aoThesouro britannico.Mas intimado judi-cialme n t e concordousem mais discussão,em pagar uma taxa an-nual assaz elevada.

Uma vez por se ma-na elle substitue a far-da azul, que usa abordo, por um vestua-rio quasi elegante evai passar algumashoras em Londres.Volta sempre ao a-noitecer, embarca nachalupa que o esperae volta para seu navio,sempre solitário, sem-pre mudo. Em trintae cinco annos nemum só extranho subiua bordo do Vaífreya.

Ha algumas sema-nas os habitantes deBrightlingsea e entreos auaes, muitos se têmbeneficiado com as li-be r ali d a des d* esseyachtma^ único nomundo, ficaram viva-mente emocionados. 0Vaífreya preparava-separa partir e largavaas amarras. Mas foisimble s me nte parapassar algumas sema-nas em'-um estaleirode construcções proxi-mo, onde soffreu os in-dispensáveis reparos.Depois, voltou nova-mente para Brightlin-gsea e ancorou no mes-mo logar.

<&<§>

13

Miss Dorothy Dalton, do «Paramont»

O ar é tão puroque Spitzberg (Pe-ninsula Scandicava)que se pode ver auma distancia de 80kiiometros.

EU SEI TUDO

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O Sr. Tabellião pede-lhe que faça o fa-vor de entrar e sentar-se.

***

Sr. tabellião ; eu sou, como sabe, secreta-rio e homem de confiança de meu protector eamigo, o opulento indiano DManuel de Fresnedilla.

De quem sou umservo attento. . .

D. Manuel fezum testamento. . .

—Q ueira per-doa r-m e mas. . .

E' inútiltentar deter-me apretexto de segre-do profissional. Eusei que D. Manoelfez um testamentoem seu cartório,testamento que osenhor mandou levar epor um de seus empre-gados á casa de D. Manuelainda não ha uma hora. Au-.torisado como estou ppr elle, aabrir toda a sua correspondência, abri.,,-..,.. , . .o enveloppe de seu cartório^ sem saber o que ellecontinha... E 1» o testamento, é claro!... Quempode resistir a uma curiosidade d'estas ? Comosabe esse do- Nçumento con-cem referen-c i a s a mim,cita-me comtermos indica-ções, que nun-ca saber eiagradecer bas-tante: Ora ten-do conheci-mento d'esset r a tamento edo que elle diza meu respeitoeu não possocontinuara vi-ver em casa deD. Manuel.Minha digni-dade não m'opermitte. O se-nhor, que é umhomem debom senso nãose atreverá anegal-o. Portanto o que lhevenho pedir éum favor im-raenso masmuito simples,d'esses que sepodem solici-tar entre ca-valheiros. . d

Se estánas minhasmãos , commuito gosto,mesmo porqueestou seria-mente contra-r i a d o com oque aconteceu.

Peço-lhe si m p 1 e s-mente o se-

guinte : mande collocar este testamento em outroenveloppe e mande leval-o de novo, dando ordensa seu empregado para que o entregue ao próprioD. Manuel Assim elle não ficará sabendo que eutenho conhecimento do que elle escreveu aqui.,.

Creio que meu pedido nãoe...Nada censurável, meu

ro senhor ; ao contra-io, revela uma delica-deza de sentimentos

muito digna deapreço.

Eu não sabia seo senhor tinha or-dem para abrir to-da a corresponden-cia endereçada a D.Manuel... Se o sou-besse, não teriamandado o testa-

mento assim... Masvou já mandar outro

ortador, com envelop-lacrado...

***

ente sabia que PedroLuiz, o sympathico e desembaraça-

do secretario do velho, solteirão e riquissimo D.Manoel de Fresnadilla devia ser seu herdeiro uni-versai. O rapaz preparara zelosa e habilmente essa

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—..-— ——^ ¦¦ '"^azi^SSlKO Sr. tabellião pede-lhe que faça o favor de entrar

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EU SEI TUDO

situação, insinuando-se na confiança do velho,sequestrando-o, por assim dizer, em sua companhia',dominando-o de tal modo com sua presença constanteque D. Manoel já não dava um passo sem se aconse-lhar com elle.

Toda a gente sabia d'isso e admirava a experetzado rapaz, que conseguira assim afastar os herdeirosdirectos do millionario.

Por que D. Manoel tinha um irmão, o Dr. Je-ronymo um medico com quem brigara muitos annosantes, por uma questão de nonada e que vivia quasipobremente com sua esposa D. Josepha e sua filhaMaria. O Dr. Jeronymo também não ignorava ashabilidades de Pedro Luiz e tremia de cólera á só men-ção de seu nome.

Mas até então havia somente a possibilidade de

mas no dia seguinte sahiu de casa, com a face illu-minada por um risinho sardonico, que denunciavauma idéia salvadora.

Como preparou elle as cousas não se sabe mas ocaso é que, alguns dias depois, já ao anoitecer, o me-dico, acompanhado casualmente por dous amigos, sur-prehendeu, também casualmente, Pedro Luiz ao ladode sua filha em um cantinho isolado do jardim.

O Dr. Jenonymo bradou aos céus erguendobraços indignados. Patife, Bandido !! Comprometterassim uma moça criada com todos os escrúpulos!. . .Mas "aquillo" não podia ficar assim ! Ou elle davauma satisfação á sociedade ou. . .

Pedro Luiz mordia os lábios livido de furor. Ellecomprehendia agora que cahira em uma armadilhaFora o medico, quem o fizera conhecer Maria, man-

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Poucos dias depois o medico, casualmente;acompanhado por dous amigos, surprehendeu Pedro Luiz e Maria a sós,em um canto do jardim.

ver a immensa fortuna ganha por D. Manoel nas In-dias, passar ás mãos do geitoso e manobreiro secre-tario, apenas uma possibilidade. Um dia surgiu oboato de que o facto estava consumado. Ao que pa-rece, em sua alegria, Pedro Luiz afastou-se pela pri-meira vez de sua linha de prudência e foi indiscreto.Como o barbeiro de Midas não poude conter umsegredo tamanho. Confiou-o a algum amigo, que opassou adiante... E, assim, de bocea em bocea aterriyéi noticia chegou aos ouvidos do Dr. Jeronymo— D. Manuel fizera testamento deixando tudo quantopossuia a seu secretario. .

O medico passou uma noite inteira blasphemanclo

dando-a em companhia de sua mai pedir-lhe uma vagainformação ; depois tivera o cuidado de leval-a a todosos logares que o rapaz freqüentava. E Pedro Luiztivera a tolice ( como dizia ) de se deixar enlevar peloencanto suave e meigo dos olhos de Maria, por suagraça simples e timida, pelo garbo ingênuo de suasattitudes. E ella parecia tãobca tão terna, tão sensibi-lisada por suas attenções, que elle, pouco a pouco, irre-sistivelmente foi se deixando arrastar por aquelle na-moro. Agora comprehendia que o Dr. Jeronymo tudopreparara para aquelle fim, para lhe impor agora o ca-samento, que o faria entrar na posse da herança. . .Porem elle não se submetteria. a.

15

¦

EU SEI TUDO

O medico brandiu um revolver de calibre im-

pressionador. Pedro Luiz era bravo ; ergueu a cabeçae affrontou o Dr. Jeronymo.

Eu não cedo ante ameaças. Se colloca a qeies-tão nesse terreno, pode matar-me mas não me obri-

gará a uma cobardia. . ,Os amigos intervieram alarmados; Mana cho-

rava esmagada pela vergonha e tremula de medo.

dade. Portanto o mais "hábil" era realisar o casamen-to em segredo e continuarem a viver cada um em suacasa até que o velho despparecesse.

O Dr. Jenroymo achou excellente idcia e nãopoude conter um olhar de admiração pela astucia deseu futuro genro. ;

Apenas Maria teve grande esforço para occultarsua tristeza por se casar assim occultamente como se

rava esmagadapela vergonha ^^.^^- praticasse ^ crime e ficar logo separada de seu rrmri-

Sníreom"Xá6 e omeTeo teve que se sugeitar a dinho. Isso é ; - não foi apenas Maria quem soffreu;

esse adiamento,...-«. pi- - —¦ ¦. ..¦¦ ¦..- -..¦ -. ....-¦¦¦ ¦¦ -. •

e;S:v'se.--.";es'ee-':'; rxsxxe ^illsxxs :-.^e>àj^Mg5lBra&&^^

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furioso, receiandoque o rapaz fu-gisse ao compro-misso.

De facto, Pe-dro Luiz hesitoumuito, passou anoite em claro,com alternativasde resolução nume noutro sentido.O facto de tersido "embrulha-do" pelo medicodava - lhe acces-sos de rancor in-sopitavel... Poroutro lado, elle selembrava de queD. Manoel, ou-vindo uma vezfallar na hypo-these de um ca-samento entreelle e Maria, fi-cara litteralmen-te possesso. Por-tanto, se elle sou-besse de simi-

16 lhartte namoro eprincipalm entede similhante ca-samento... Tudohso mais o esfor-cava na decisão

\ de não ce der.mas... Mas a1 e m branca dosolhos de Maria,de seu encantofrágil e doce en-ternecia-o.

Parecia-lheainda vêl-a, cho-r a n d o, acabru-nhada pelas pa-lavras de seu pai.A idéia de quepodia ainda ha-ver lagrymas emseu rosto foi-lheintolerável e ellesentiu o coraçãooppresso por umaangustia cruci-ante. Pela ma-nhã estava deci-dido. Não se podia resignar a perdera herança de D. Manoel mas tambémnão podia supportar a idéia de perderMaria e sobretudo não admittia o hor-ror de vêl-a chorar.

Foi procurar o Dr. Jeronymo e ex-plicou-lhe com muita dignidade. Casa-ria com sua filha, cas'aria com ella por-que a amava, não por que suas ameaças o^ intimi-dassem ; mas esse matrimônio podia fazel-o per-der a herança de D. Manoel. Ora não havia nissovantagem para ninguém, porque o millionario furio-so podia deixar tudo para uma instituição de cari-

tembem a PedroLuiz aquella se-paraçco foi mui-to dolorosa. Sómesmo a ganan-cia pela fortunade D;-—M a n u eipodia forçal-oao_ sacrifício deabandonar suaamada, para vi-ver alli, ao ladodo million a r i o,cercando-o decuidados c cari-nhos incansáveis.

Um bello diaD. Manuel cer-róu os olhos afi-nal e Pedro Luizentrou r.a possedaherança...Mas como ? Emque caracter ?...No de marido le-gitimo de Maria.

Sim, porqueo testamento li-do pelo secreta-

\ rio fora feitoapenas para ofim de illudil-o etornal-o fiel, cui-dadoso.e attento.

Havia outrodocumento comdata posterior le-gando todos osbens a £ua sobri-nha. E Pedro Luizficou assombra-do. Parecia men-

•tira ! E 11 e des-pendera tantos^thesouros de ex-..pertezae'astucia

¦ e, afinal, devia a'fortuna ao únicogesto sincero, quetivera cm suavida.

Vicente DiazoeTejada

NOSSA TERRA

Gruta do monge João Maria,nos arredores da cidade daLapa (Estado de Santa Ca-tharina), Foi ahi que os re-voltcscs de 1893 se fortifica-ram para bombardear aquel-

Ia cidade.

Ha quem sequeixe da enorme

carestia das meias de seda. E, todavia,ellas são bem baratas, se compararmosseu preço actual com o antigo.

Uma revista franceza, conta, por exem-pio, que, no tempo de Henrique IV;um par de meias de seda valia cerca de150 francos, isto è, 90$000 da nossa moe-da actual. No tempo de Luiz XIII houve

uma ligeira baixa: compravam-se por 120 francos. Masno fim do século XVII desceram aSOe mesmo 50 francos.No enxoval do casamento do princeza de Tarento, em1781, as meias de seda eram avaliadas em 28 francos opar. Mais ou menos quanto custam hoje !

... -

EU SEI TUDO

...

EU SEI TUDO

m

A MORTE DE JOSÉ BONIFÁCIO

HPOR<. iV ^ ító

7\<

Escragnolle Doria

estamos em Setembro. Falla-senaturalmente em Independen-cia. José Bonifácio apparece,máu grado todas as polemi-

rcc todos os contradicto-rés.

Para assignalar o cente-simo primeiro anniversariode nossa emancipação ex-terna transcreveremos parauso e reflexão do publico,documento curioso e poucodivulgado, o testamento deJosé Bonifácio."Em Nome] de Deus,Amen !

Eu José Bonifácio de An-drada e Silva, estando emperfeito juizo e não saben-do o termo de minha exis-tencia, fiz este testamen-to, como minha ultima von-tade e da maneira seguin-te :

Sou natural da provinciade S. Paulo, d'este Impériodo Brasil, nascido e bapti-sado na villa de Santos, fi-lho legitimo do coronel Bo-nifacio José Ribeiro de An-drade com D. Maria Bar-bara da Silva,ambos, ao fa-zer d'este, já fallecidos.

Fui casado com D. Nar-cisa Emüia 0'leary de Amdrada, de quem tive duasfilhas, a saber :

D. Carlota Emilia deAndrada, casada com Ale-xandre Antônio Vandelli, eD. Gabriella Frederica Ri- r , . , ,beiro de Andrada,casada com o conselhei- José Bonito de Andradaro Martin Francisco Ribeiro de Andrada.

Declaro mais que tenho outra filha natural, cha-mada D. Maria Cândida

| de Andrada, a quem sem-pre reconheci e criei comominha verdadeira filha

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de mãi, com que a tem tratado,serviços que lhe tem prestado econfiança que nella faço.

O meu corpo será sem pompa se-pultado na egreja onde ulti-mamente me tiver dado arol e o respectivo parochodirá uma missa de' corpopresente por minhfalma.

Declaro que tenho naprovincia de S. Paulo, dis-tricto da Parnahyba, umafazenda de terras para cria-ção de gado, a qual se cha-ma Monserrate.

Tenho mais na dita pro-vincia, districto da villa deSantos, uma porção de ter-ras chamadas Oiterinhos.

Tenho mais na dita pro-vincia, districto de Pira-cicaba, uma parte num en-genho de assucar, com suasterras e bemfeitorias, doqual meu irmão MartimFrancisco Ribeiro de An-drada é director e admi-nistrador.

Tenho mais no districtodo Rio de Janeiro, em ailha de Paquetá, uma pe-quena chácara, com casase mais bemfeitorias, emcuja casa se acha deposita-da minha numerosa livra-ria ( pouco mais ou menosseis mil volumes) afora osmeus manuscriptos.

Tenho encaixotada umaconsiderável collecção mi-neraloííica em casa do te-

Os Andradas partem para oexílio. (Detalhe do monu-mento da Independência.

ese acha legalmente legiti-mada.

Nomeio por meu testa-menteiro : Em primeirologar ao desembargadorFrancisco de França Mi-randa. Em-segundo logara meu irmão Martin Fran-cisco Ribeiro de Andrada.Em terceiro logar ao Re-verendo Luiz da Veiga Ca-bral, aos quaes hei porabonados independentesde prestação de fiança ai-guma.

Nomeio para tutor ecurador de minha filha D.Narcisa Cândida de An-drada a meu prezado ir-mão Martim FranciscoRibeiro de Andrada, aquem peço que, emquan-to esta minha filha naotomar estado, a não se-pare da companhia de suatia D. Maria Amalia Ne-bias, em áttenção ao amor

nente-coro-n e 1 J o s é J|

Joaquim dos Santos,assistente na rua doLavradio e tanto nes-ta como em livros em-preguei quasi toda aminha tal ou qual for-tuna.

Tenho em guardaem Luiz Antônio Fer-nandes Pinto quatroapólices do governo,que vencem cinco porcento a saber : trezd'estas acções são deum conto de reis cadauma e a quarta é so-mente de quatrocen-tos mil réis.

Também se acha aofazer d'este em suaguarda uma porção dedinheiro, que no pre-sente d'elle vou gas-tando, o que tudo me-lhor constará da con-ta que elle apresentar,pois é negociante hon-rado nesta praça e ho-mem de bem.

Ficaram de minhafallecida mulher asjóias seguintes :

19

'4a4a'.a-')feiMffB(wfi^

pp/ "f^^^M^f^^i^^^' 'n'!l^M

lp 4 .-4.-' a- ,¦'. ¦ ..,". ^a^''"-V"VV^Í^T^'-'^,V?*i ¦ " ''".; d-:d::..

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Martin Francisco perante aprinceza. (Detalhe do monu-

mento da independência)

EU SEI TUDO

Dous fios de pérolas, a saber : um mais fino, outromais graudo.

Uma pluma.Brincos e alfinete de peito também ornado de

pérolas. , ,Quatro memórias de ouro com suas pedras de

pouco valor.Um cordão de ouro cie quatro palmos de com-

prido. E duas caixas de ouro para uso de rape,uma esmaltada e outra lisa.

^a^bsssasssb Amassa; 3'*^^^*'*.>10^^^^^ ,m«w*«*ilÍ u ^%ÈèÊl> ^wMli^y;4 -n'.¦,::¦-¦:: A-.; A ¦;«,ts.í','"'.í.'i, W»«KPA - \«A'S\testF *wi»rçwWwww. „ , , fS§| . i.„ *» <Jsr w#ta*«lillls ^*ÉÉS^Pí3ÍÉffipiiS i-

. ¦ \ ivbbf as|iM m,^;,, .;¦ '^âÈt <. • • bli-P 5í«^Piliiii|iilií|^ /íiü £

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;:13íaffiga;';',:r íltf !!(¦¦ Mia ' 1' Tenho ao fazer d'este alguma prata para uso da

meza è luzes,que não declaro por poder desencaminhar-se alguma peça em minha vida e será a que se acharpor meu fallecimento.

Declaro que tive contas em vida do íallecidoAntônio Rodrigues da Silva, natural do Rio deTaneiro e a meu ver as-júígo saldadas a meu fa-vor -entrando nellas duzentos mil reis que ulti-mamente lhe tinha dado e cem mil reis que dei

a sua enteada para o enterro d'aquelle, do queexiste recibo. a

Também me são devedoras algumas pessoas, eu-

jos nomes e créditos se acham parte em meu poder,e parte em mão de Anton.o Luiz Fernandes Pmto,já mencionado, que ao todo andara pouco mais oumenos por um conto e seiscentos mil reis.

Declaro que até a data de hoje, por conta queme foi remettida, devo ao Sr. Luiz de Menezes Vas-concellos Drumond, a quantia de quatro contos du-

zentos e dezoito mu* e novecentos reis,de prestações queme tem feito, en-trando nellas o im-posto de minha pas-sagem de Françapara o Brasil e to-das as despezas defuneral de minhafallecida mulher.

Declaro quetenho dispendidovários dinheiros embeneficio da mitnhafilha D. Ca r lotaEmilia de Andradae seu marido, emprejuízo dos mais

herdeiros e pa-r a desençargoda minha cons-ciência deveráentrar em col-lecção com asdes pezas queultimamentefiz com ella eseu marido asaber.

Um contocento e setentamil réis de suapassagem dePortugal parao Brasil. Centoe oitenta milréis de sua pas-sagem paraSantos.

Cento e cia-còenta mil réis,dinheiro adian-

tadô, que por ellarecebeu nesta ocea-siãô seu marido p?ra a dita viagem

E duzentos eoitenta mil reis poruma lettra de caisbio, passada em Liabóa, á ordem deJoãoRibeiro;deCar-valho, o que tudosomma um contosetecentos e oitenta mil reis.

Deixo a minhsafilhada CariouEmilia Machado,que ao presente seacha em minha

companhia, cem mil reis. Deixo a meu irmão MartinsFrancisco Ribeiro de Andrada todos os meus manu,criptos que se acharem desencadernados. .

Declaro que deixo por universal herdeira ae nnha terça a minha filha D. Narcisa Cândida do a. _drada, em cuja terça é minha vontade entrenJjn.„collecção as quatro apólices do governo, acima u~;—n^c PrrnalmPnfP uma rrpflnca cabnnha cnanwucionadas, egualmente uma creança cabnnhaConstança e um preto de nação chamado Pedro.

a

EU SEI TUDO

Deixo egualmente os meus serviços ( se Sua Ma-(Tpstade Imperial os julgar dignos de alguma remu-

pracão ) a José Maximiano Baptista Machado, narnndicão de se verificar o casamento com a dita minhafilha D Narcisa Cândida de Andrada, por este m arir cedido para sua esposa e eu o julgar muito capaznorem no caso que por algum incidente se nao ven-

fique com elle o dito casamento passarão a pessoa quecom ella casarcom approva-ção do tutor.

E por estafôrma dou porconcluído estemeu testamen-to, que queroque se cumpra,por ser esta aminha ultimavontade e paraeste fim imploroa protecção dasleis ; e pedi aodito ReverendoLuiz de VeigaCabral que estepor mim fizes-se, o qual vaipor mim assi-gnado.

Rio de Ja-1 neiro, na ilha doJ Paquetá, 9 de* Set embro de

1834. — J osêBon ifacio deAndrada e Silva.— Padre Luizda Veiga Cabral.

Data tam-bem de 9 de Se-témbro o autod e approvaçãodo documento.

E' da lavrade FranciscoManuel de Mel-íó, tabellião eescrivão do jui-zo* de paz dodistricto de fre-guezia do Se-nhor Bom Je-sus do Monteda ilha de Pa-quetá. Assi-gnam-o, comotestem unhas,José MartinsVianna de Cas-tro,José Narci-so de Cerquei-ra, João Perei-ra de Carvalhoe Silva, Joa-quim Antôniod'Almeida, JoãoFrancisco Gra-ça e João Mar-c e 1 i n o Rodri-gues,seis nomes fifylirarem em documentoque a Historia registra por figurarem emde tal importância. pc'rrpvpr disposições

josé Bonifácio ao mandar escrever disp <,

de beira-tumulo, contavasetenta e um annoscido em Santos a 13 de JW^gf^ ||fádd oPortugal, e d ahi no Brás: D. José 1, P

^vice-reinado do nosso paiz lI acendo naq

Alvaresda Bahia para o Rio de Janeiro, D. Antônioda Cunha, conde da Cunha^ em 1832,

Dous annos antes do testamento,

Feijó, ministro da J^tiça opinara pela destituiçãode José Bonifácio do cargo de tutor da família ¦mpc

rÍal ^t^pSco/politica e fratemalmenre re-

nplliu a idéia A proposta afastando José, Bom-Soda tutoria imperial logrou approvação na Ca-mara, rejeitada no Senado, por maioria de umvoo_

Feijó deixou a pasta, detida desde Junho de 1831,

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^ Tulhn de 1832 crescendo a impopularidade de

WJBonifacio a quem se attribuia "magna

parsÍos mane oi do partido restaurador ou caramuru

Afinal Tose Bonifácio viu-se .privado da tutoria

recebida do exüio de D. Pedro I, Condemnaram-o

caramurús, levantes de tropas, t,K«no theatr

Pedro de Alcântara, por fim o motim militar

feiro com cabeça allemã, do barão de Bulow.

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21

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EU SEI TUDO

Pouco depois do décimo segundo anniversanoda Independência, a 9 de Setembro de 1834, JoséBonifácio mandava escrever testamento cujo teorjá o leitor conhece de linhas acima.

Estava septuagenário, embora sempre, comomo o descrevera diplomata francez "cabeça vulcânicade cabellos brancos". , *- .¦ .

Viveria pouco mais de trez annos, exhalando ul~timo suspiro em S. Domingos de Nitheroy a 6 de Abrilde 1838.

No mesmo dia do óbito, o testamento era apre-sentado pelo testamenteiro ' desembargador bran-

na matriz na qual por ultimo se dera a rol, conformeexpressões textuaes do testamento a

O desembargador França Miranda, nao podiaproval-o O corpo embalsamado de José Bonifácio,excepto as vísceras, sahiu de Nitheroy, seguindo pa-ra as catacumbas da egreja dos Terceiros do Carmono Rio de Janeiro ; descançando por fim no con-vento ainda do Carmo em Santos

As maiores honras fúnebres foram sido presta-das a José Bonifácio.

Expirado ás trez da tarde de 6 de Abril de1838 apoz onze dias de enfermidade e soccorros

de mais de doze»!mi»iml.i ¦¦'• ¦ jmwnecirar^arcn»»-»» uiawgg-"'- i^rMaurr-r- ^ei,.iii,»wt-wi-**

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4-1, }'•--. O monumento da Independência visto de face.

médicos, veiu o ca-daver do homemde tantos serviçospara a Corte doRio de Janeiro, nagaleota imperial,desembarcado narampa da a c t u a 1praça Quinze deNovembro, e n t ã olargo do Paço.

Esten deu-setriplice ala de ei-dadãos de todos oscredos desde o cáesaté a egreja do Car-mo.

No meio .dolargo membros deAcademia de Me-dicina tomaram ocaixão, trazendo-o,ao templo entre si-lencio e respeito.

•:4:j Cahia a tarde.O imperador, meni-no de treze annos,de luto, assistia aodesfilar, de uma ja-nella do paço da ei-dade.

) No vestibuloda egreja espera-vam o morto, quetanto haviam co-nheciâo ou comba-tido, o regenteAraújo Lima, osministros Bernardode Vasconcellos,- doImpério e da Jus-tiça; Maciel Mon-teiro, o perfumado,de Est range i r 9 s ;Rego Barros, daGuerra; RodriguesTorres, da Mari-nha; Calmon, daFazenda.

Não era horapara ressentimen-tos ao menos ex-ternados. A morteimpõe mascara ciecalma senão de la-gr imãs. Tão extra-ordinário mostrou-

cisco de França Miranda, ao escrivão interino da Pro-vedoria da cidade de Nitheroy, Silvestre dos ReisNunes.

Abriu-o um leigo, o cidadão Manoel de Frias eVasconcellos, juiz. municipal interino ; mandou cum-prir e registrar o documento, tendo no próprio dia 8de Abril

"de 1938 assignado o testamenteiro o termo

de acceitação dos encargos da testamentaria.Em Setembro de 1840 o Dr. Souza Requião,

promotor interino de Resíduos, ordenava que o tes-tamenteiro mostrasse se o testador fora sepultado

se aliás o concurso de gente que muitos dos melho-res convidados ficaram na rua procurando ver delonge o oscillar da chamma de cirios numerosíssimosdo catafalco.

Encommendado o corpo, distribuído e can-sado o latim do estylo, a guarda nacional deu descar-gas de mosquetaria, salvas de artilharia.

Levaram o esquife ás catacumbas, da egreja ondehoje, pela banda da rua do Carmo, se acha antiga e

popular casa de banhos. •Approximaram-se oradores, os Drs. Dias da JXiot

~

EU SEI TUDO

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ta, de Simoni, Pereira daSiíva entre outros. Vie-ram dizer adeus de elo-auencia a quem falláratanto em dous mundos.

Quasi dez horas danoite a cerimonia termi-nou. Pena, muita pena,ninguém a desenhasse oudescrevesse, Porque a his-toria franceza é, alem domais, tão interessante ?Pela copia das informa-ções, de todo o gênero.Comnosco até o sol dostrópicos parece seccar asfontes da curiosidade no-bre.

OBSTRUCÇÃO PARLA,MENTAR •_

Nós nos surprehende-mos, ás vezes, quando, nCâmara, vemos os orado-res se succederam na tri-buna para combater umprojecto de lei cuja vi-ctoria está previamenteassegurada por importan-te maioria. Em discursosabsolutamente inúteis eque os collegas ouvemcom impaciência, que setraduz, muitas vezes, porum acompanhamento deapartes irritados elles sóesperam retardar uma de-cisão á qual são hostis.

Mas, no emtanto, per-se vera m. Essa obstrucçãofaz, de resto, parte do jo-go parlamentar. "

Mas, nesse jogo, nos-sos deputados são verda-deiros noviços ao lado dossenadores norte-america-nos. Que julguem pelo

"exemplo que nosvem do Senado de Washington.

Este tinha que se pronunciar sobre um

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A estatua de JcséBc-nifacio, no largo deS. Francisco de Paula

nesta capital.

projecto de lei conceden-do subvenções á mari-nha mercante dos Esta-dos Unidos. A maioriada assembléa parecia fa-voravel.

Um adversário doprojecto tomou então apalavra e conservou-adurante dous dias, du-rante os quaes decorreusobre. .. os actos daSociedade das Nações.

Como, para fazel-ocalar a bocea, os parti-darios do projecto pro-puzessem a realisação deuma sessão nocturna,um outro senador an-nunciou que pronuncia-ria um importante dis-curso onde fallaria so-bretudo. . rda-mutuaH--dade.

Um terceiro adver-sario do projecto produ-ziu um exemplar dos an-riaes dos debates parla-mentares contendo umdiscurso pronunciado em1915 pelo senador Smootcontra o estabelecimentode um organismo gover-namental encarregado decomprar navios e expio-ral-os. E acerescentou :

— O honrado sena-dor Smoot fallou, nessaocaesião, durante onzehoras a fio. Estou prom-pto a ler seu discursoacerescentando-lhe nu-merosos commentarios eobservações minhas.

Um hotel da Flori-da (Estados Unidos) pos-

sue um poço artesiano de água quente,que chega e sobra para a calefacçao detodo o edificio. 4

23

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ARTISTAS A BEIRA MAR. — * , • kt wl^wsha bailarina russa e o quintetto Duncan, dos music

^e^ff«ní.n^aTdl'sil Rock (arredores de S. Franeisco).Fiaíls de S. Francisco

EU SEI TUDO

24

. . v.v

PHOTOS ESPIRITAS OU MAGN1-FICOS TRUCS?

! O clichê em discussão.

Tem-se feito grande alarde emtorno das photographias espiritas doescriptor inglez Conan Doyle. Veja-mos um pouco/como o facto se apre-

Durante o correr de uma confe-rencia sobre o espiritismo feita nomez passado.no Carnegie Hall, emNew-York, sir Arthur Conan Doyleillustrou seu texto com extraordina-rias photographias.

".As mais per-feitas até hoje conseguidas" — disseelle. Representavam ç White Hall,

de Londres, durantetrez minutos de si-lencio observados, to-dos os annos, no diado anniversario doarmisticio, para hon-rar a memória dosbritannicos mortosdurante a guerra.

O confererícista ex-plicou que as photo-graphias tinham sidotomadas por um me-dium inglez collocadoentre um grupo deespiritas, afim de at-trahir as "forças-fluidas".

O primeiro clichê--mostram axíss-ipessò^s

orando, mas vê-seacima de suas cabe-

• ças uma massa som-br ia formada pelo"conjuncto de forçaspsychicas" — segundodiz Conan Doyle. Umasegunda photographiaacha-se mais obscuraainda pela

"matéria

ectoplasmatica". Ei-nalmente na terceira, os es-pectadores puderam distin-guir nitidamente uma verda-deira nuvem de faces huma-nas de traços physionomicosdolorosos.

E' inútil accrescentar que,quando essas photographiasforam projectadas sobre oécran, uma intensa emoção se

d.qj^^^E^íÉHp'^,1S'';'^^^BHBSBK .*.*.¦ ~^BBB saia-'."

O ULTIMO PRODÍGIO NO CIRCO—O cavalloDick que imita Carlitos, na pantomima Robinson Lru-soe que se está representando com grande êxito no

Lyceum, de Londres.

apoderou dos espectadores. No^céu,acima da multidão silenciosa, vêem-se distinctamente centenas e centc-nas de faces. "São — disse ConanDoyle*— esses guerreiros mortos du-rante a guerra.^ E são visiveis por-que o espirito d'esses soldados, d'es-ses homens, evocados por seus com-patriotas nesse momento emocionan-te, tinham vindo participar da ceri- í

I

O porto e a cidade de Castei.orizo. vistes das eneostas^ntigaq^ole. CasteMotizo é uma ilha independente e christa nas

EU SEI TUDO

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UMA VENUSnvlOÇERNA -Miss JA^»»- £*£•

' PreTnfonia no E^ado S TeL (E. Unidos).

monia solenne. Notemos que !^?I||ÍSnhias são tão extranhas que sua piojecçaodiz o New-York Times -impressionou mesmoos incrédulos e fez soluçar muitas mulheres.

O orimeiro pensamento que occupou os espi-

ritSsPíTo de que se encontravam.ante um

d'esses hábeis trucs, que nos sao aP^,°tão commummente pelos Jíím, «neniatograpíucos. Mas sir Arthur Conan Doyle tosuapaavra de honra e affirmou que as chapas foram

conseguidas em condições, que afastam porcompleto toda e-qualquer esperteza dos media.

InSo,?convem ser prudente, porque o Dr

Getey. que é um psychista convencido e que

particularmente se occupou com essa questãode photographias espiritas, desejando estudaro phenomeno, nunca poude obter que «iwdwinglezes se servissem de outras machmw e de

outras chapas senão as .por clles P^ada^Na photographia, que damos napapmante

rior, pode-se ver uma menina caçada de pe

quenas fadas". Eis sua historia.Em 1917, duas meninas do n^e^aW,

terra tinham, por varias vezes, falladcao paide uma dellas, ir. Car/*nter, de Pe(£e™sAg

| aturas aladas, que viam de vez em quando,

; quando iam juntas passeiar no bosque, v^nhoPrimeiramente incrédulo, o pai apro mcerta vez sua kodak. com chapas que «»<»°c%riam trazer impressionadas. Com ^ande

es

panto do Si Carpenter, quando as reveto".as "pequenas fadas" apparec.am nit'd»m^sSir Conan Doyle consagrou d« resto a .essacuriosas photographias, no Strand maga

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mundo. :a— Truc^ / — dizem os scepticos. Dhoto^ra-' E devemos confessar que o aspecto d essas pnoto.,

~mrTSET~TüD~o

26

&%*»lè^i,^HL.

COUSAS NORTE-AMERICANAS — Um reservatório de petróleo, com capacidade de 65.000 poimás,transportado em estrada de, ferro, por 12 kilometros, no Estado de Novo México.

phias verdadeira-mente muito niti-das parecem dar-lhes razão.

— M a terialisa-ção de pensamen-tos — pretendem,como sir Conan

. Doyle, certos psy-chistas.

O Dr. Osty, aquem interpella-ram sobre essasphotographias es-piritas, disse quenão as poderia ac-ceitar sem um in-querito dos maisseveros. E espere-mos que esse in-querito verdadei-ramente scientifi-co possa elucidar-nos.

70 annos. E seu pai também morreu muitoEntãoedoso ?

Papai não morreu. Está lá dentro dando mingáu a vovô.

A MÃO DE MIDAS Ha certas pessoas que pare- cem ter sempre nas mãossuma

varinha mágica invisível. A sorte sorri-lhe sem ces-sar ; os negócios mais desastrosos tornam-se excel-lentes desde que d'elles se occupam e a dedicaçãodo destino nunca diminue para com esses privilegia-

dos. Mesmo tendo-se em conta suahabilidade pessoal,encontra-se em seuêxito repetido umelemento quasi so-brenatural, que es-capa a toda e qual-quer analyse.

A família — po-demos dizer a dy-nastia — dos Roth-schild reina no do-minio financeiro demuitos paizes porsuas ramificações.O ramo austríaco(actualmente tche-co-slovaco ), tevepor fundador, nofim do séculoXVIII, o filho dopatriarchal Saio-mão Mayer Ams-

chel, cuja sorteprodigiosa enchiade superst içãoseus contempora-neos. A sorte detodos os Rothschildé proverbial, masa de Salomão eratida como mira-culosa. Nuncaelle fez uma espe-culação infeliz e osimples contactode seus dedos con-feria aos objectosum poder benéfico

diz a legenda.Convenc ida

d'esse facto, umaviuva foi, certodia, suppíicar aSalomão para quetocasse com asmãos trez acçõesde uma compa-

arriscara o dotenhia sobre as quaes — dizia ella -de sua filha.

O barão Salomão, naturalmente commovido, nãorecusou um favor tão simples e as acções assim "en-

cantadas" deram grandes lucros a sua crédula, masfelicíssima proprietária.

COMO E' FÁCIL SABER—o— TUDO —o— TUDO SE EXPLICA PEQUENA ENCYCLOPE-

DIA POPULAR -o--o-

Por qle nossa atmosphera não se exgotta ?

Todos nós sabemos que uma grande porção de ar que formanossa atmosphera consome-se sempre que alguma cousa queima,porque as combustões se fazem a custa do oxygênio de ar.

Não havendo oxygenio.não pode haver fogo.E sempre foi assim, mesmo no correr das epochas mais remo-

tas, que precederam o apparecimento da vida sobre a superfícieterrestre. A partir do momento em que as creaturas vivas come-çaram a existir, ellas entraram também a consumir o oxygenio, comsua respiração. Quanto ao azoto de que também se compõe o aratmospherico é utilisado por certos micróbios. Finalmente, emterceiro logar, as plantas verdes consomem o ácido carbônico que seencontra na atmosphera e com elle se alimentam.

Mas nossa atmosphera não se rarifica e continua a conter sem-pre as mesmas proporções cKesses differentes gazes, porque hacompensações. No que diz respeito ao oxygenio são as plantas ver-des que, sob os raios do sol, produzem e lançam na atmosphera asquantidades d'esse gaz equivalente ás que são consumidas pelarespiração do homem, dos animaes e das próprias plantas. Para oazoto, pode-se facilmente demonstrar que as quantidades-que sãoretiradas ao ar pelos seres vivos, são-lhe restituidas na morted'esses últimos pela decomposição de seus tecidos. Finalmente, oácido carbônico retirado da atmosphera pelas plantas é constan-temente substituído pelo ácido carbônico que os animaes expeli emcom sua respiração.

A PLANTA ACHA-SE TODA ELI.A CONTIDA NA SEMENTE ?

Essa pergunta foi em uma certa epocha.objecto de grandes dis-cussões. Duas opiniões divergiam Segundo uma, seria bastanteem cada grão uma planta minúscula, mas completa e em cada ovoum pequeno pinto perfeitamente formado !. . . Segundo outra theo-ria, nada que tivesse analogia com a futura planta ou com a futuraave poderia ser encontrado na semente ou no ovo.

O microscópio foi inventado e permittiu resolver a contenda .era a segunda theoria a exacta. Máu grado os mais fortes augmentosempregados, nunca se poude descobrir em nenhum grão nada quepudesse se parecer com planta em miniatura. Toda a creatura vivatem por origem uma cellula única e essas cellulas, examinadascom o auxilio de microscópios são tão similhantes umas com asoutras que é impossível differencial-as. Deve haver, no emtanto,differenças profundas entre ellas, mas essas differenças nos es-capam a tal ponto que não poderíamos prever, examinando es-sas cellulas, qual será a creatura á qual ellas darão nascimento.

Se a forma da planta não se encontra no grão, também suasubstancia nella não se encontra. Uma arvore pesa milhares devezes mais do que a semente da qual germina. Tal é o casopara todas as plantas ; c impossível que todos os materiaesque servirão para formal-as estejam contidos na semente.

Todas as creaturas vivas tiram sua substancia do alimento queassimilam. E' por essa razão que as creanças, que estão ainda noperíodo do crescimento têm necessidade de mais alimentação, pro-porcionadamente a seu peso, do que os adultos.

o». EU SEI TUDO

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1

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Resumo óa parte já uri. içada. — ü capitão Ralph Percy,filho segundo de uma nobre família ingleza, depois de andar emcampanha nas Flandres, onde se tornou iIlustre por sua bravura es-iencia militar foi, em busca de aventuras, para a Virigi-nla que era a primsira colônia ingleza estabelecida naAmerica do Norte, Alli vivia um como asceta, quando seu amigo Joãl Rol/e (viuvo da fa-mosa princeza Pocahontas) veiudizer-lhe que che-gou a Ja-mestownum na-vio tra-z e n d onoven-ta mo-ças soltei-ras, cria-das de ;C-vir ou camponezas, que vi-nham para encontrar ca-samento na colônia, ondeos homens eram muito nu-merosos mas as mulheresraras. Os directores dacompanhia de fumos, queorganisára a colônia, per-mittiam os casamentos aosque indemnisassem o trans-porte d'essas moças, pagando-lhes 120 libras de fumo. Depoisde muito hesitar Percy resDlveseguir o conselho de Rol/ e irpara Jamestown

"comprar" umaesposa. Chega e toma a defesade uma d'essas moças, que umbrutamontes tenta beijar a força.Nota então que essa moça, ao envezdas demais, tem um ar de grande ai-tivez e nobreza. Ella parece profun-damente desesperada e acceita sua mãocomo quem procura um abrigo supremo.Casam-se immediatamente e seguem para aresidência ds Percy que fica bem alem, rio acima.Ahi a recem-casada confessa-lhe que não c uma crea-da mas foi forçada a vir entre ellas com um nome falso para fugira perigo maior. Appeha porem para sua honra de cavalheiro, pede-lhe que considere seu casamento apenas um abrigo para sua des-ventura. Percy impressionado por sua maravilhosa belleza e seu arde profunda tristeza concorda em deixal-a viver alli, como umahospede, porem ambos agem de modo a fazer toda a gente ignoraresse segredo. Passado um rriez Percy recebe do governador da colo-nia uma chamado para ir a Jamestown e leva sua esposa e seu crea-do Diccon comsigo. '

Chegam e encontram a cidade em alvoroço por que um naviosem bandeira vem subindo o rio. Julgando que é nau de guerrahespanhola todos se preparam para resistir-lhe, quando, de súbito,içam a bordo a bandeira ingleza.

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A nau abiantou-:e com as bandeiras despregadas,mu.ica a tocar e subin^c-lhe do convez as risadas

y^^^mX^ nad°r-íív ~x *-~~^^!r^7K \*s^m \Q/Jm*'^J4 i r^fey^._ ________%

^ í/fsf| Pupilla do Rei fpp^*m§Ê FA' A LFP E RETER jKjfe

<$$MwM Publicado com aut<~> izf çã~> especial M^f?ÇÍSníilín di Casa Garnper Kw/wÉ^

li IM-MZ OF MARIA J0HNST0N fflW9|TOf Do q^qI f"» extr.ah.ido o film jMV«j^V ENTRE O AMOR UM^SM. A FSPADA JjM

\5^k (Continuação) Jt^fáv

incessantes. O Tigre, o Amor-Pcrfeito e Bom Lucronão lhe atiraram mais pedras ; viraram de bordo e lor-maram-lhe um comboio. O homem da vigia, velho lc dd

do mar, que viera com Dalc, desceu gingando üeseu posto e veiu correndo ter com o Gover-

Conheço-a agora, senhor!exclamou. —

Es ti vepre-sentequan-

do ven-ce m os

em Ca-leis; Esta é

a Santa The-reza, que toma-

rr.03 e mandemos c e pre-rente á Rainha. Já foiHespanhola, senhor, masé agora Ingleza.

Escancararam - se asportas da fortifícação e

o povo excitado tornou atransbordar para a encosta.Achei-me ao lado do Gover-

nador, cujo aspecto francotinha uma expressão de pro-fundo embaraço.

— Que pensais da nau, Percy ?— disse elle.—A Companhia não

manda gente de serviço, ciimino-sos aprendizes ou raparigas em taes

embarcações ; não, nem officiaes, nemmesmo governadores. F/ uma náu real,

não ha duvida ; mas o que vem aqui fazer ?o que convém saber. Que quer ella e a

respondi — pois lá está

a__^——¦——¦!

Milord Carnal vivia na câmara do rei, que se

e;quem traz ?

— Breve o saberemos -deitando a ancora.

Cinco minutos depois um batei foi arriado da náue dirigiu-se para nós. O batei tinha quatro remadorese á popa vinha sentado um homem alto, de barbas pre-tas, corado e trajado com magnificência. Aproou napraia a uns cincoenta metros do logar onde o Gover-nado*-, membros do Conselho, officiaes e outras raraspes;ôis se conservaram de pé a observal-o e o grandenavio que deixara. O homem, que vinha á proa, saltouem terra, olhou em derredor e então caminhou para nós.Como vinha devagar, tivemos tempo para notar a ri-queza de seu gibão e capa, o primeiro com fofos e asegunda forrada de seda escarlate, — a arrogância cie

sua apparencia ede seu andar e asoberba e aristo-cratica belleza deseu semblante.

— E' o h' -mem mais belloque tenho visto— disse o Gover-nador.' 'Messér Pory.que ficava ao la-do, tomou a res-piração e tornoua soltal-a.

— Bastantebelio, senhor, —disse elle — a me-nos que mais bel-Io seja quem maisbellas acções pra-ti ca. Aquelle,meus senhores, émilord Carnal —aquelle é o ultimovaiido do Rei.

CAPITULOVIII

NO QUAL ENTRAMILORD CARNAL

Senti teca-rem-me no hom-bro e voitei-mepara deparar aSra. Percy a meu

27

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devertia com suas anedoctas e admirava sua elegância.

EU SEI TUDO -"•SI*

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lado Tinha as faces pelüdas, osclhoschammsjantes^etodo o corpo tenso. A paixão, que a dominava, era taoclaramente a raiva em supremo grau que eu a contem-piei attonito. A mão cahiu-lhe de meu hombro para acurva do braço e ahi pousou.

Lembrai-vos de que sou vossa esposa, senhordisse em voz baixa e altiva — vossa boa e amorosa es-posa. Dissestes que vossa espada era minha ; agoraponde vosso espirito ao mesmo serviço ,

Não houve tempo para indagar o sentido de suaspe lavras. O homem, cuja posição na corte o Secretarioviera de annunciar e acerca do qual todos ouvíramoscomo tendo provavelmente de supplantar o próprioBuckingham, alli estava. O Governador, com o elmona mão, adiantou-se, o cavdheiro tirou da cabeça ochapéu hespanhol; ambos inclinaram-se profundamente:

Fallo a Sua Excellencia o Governador da Vir-ginia inquiriu o recém-chegado. O tom de sua vozera natural e tornara a pôr o chapéu na cabeça

Sou Jorge Yeardlcy, para servir a milord L-ar-nal, — respondeu o Governador.

O valido ergueu as sobrancelhas.Não preciso dizer quem sou, parece-me — disse

elle — Descobristes que não sou o diabo, afinal de con-tas — pelo menos que não sou o Apollyon Hespanhol.Com a breca ! Um gavião por cima de um quintal decreação não poderia causar maior distúrbio do que omeu triste chaveco e minhas poucas e fracas armas depassarinhar ! Cada vela extranha vos obriga assim auma formatura ?

O Governador corou.Não estamos na Inglaterra — respondeu com

certa dureza. — Aqui somos poucos e fracos, cercadosde mil perigos e precisamos de ser vigilantes, postadoscomo nos achamos, por assim dizer, inteiramente aoalcance d'essa Hespanha, que traz a Europa em sobre-selto e que reclama esta terra como sua. Que aqui per-maneçamos é já boa prova de nosso valor, milord.

O outro encolheu os hombros.:— Não duvido de vosso valor — disse negligente-

mente.—Suppcnho que corresponda a vossa armadura.Descansava por um momento o clhar no elmo a-

massado e na velha e enferrujada cota d'armas em queestava mettido messér Jeremias Sparrow.

E' na verdade í lguma cousa antiga e fora damoda — notou aquelle cidadão — quasi tão fora damoda, como a cortezia da parte dos hospedes, ou o res-peito pelas autoridades da parte dos validos, cuja únicafortuna está em sua formosura ou dos que foram feitoslords por bastardia.

O silencio consternado, que suecedeu a estas au-daciosas palavras foi quebrado por uma gargalhada dopróprio valido.

Pelas cinco chagas ! — exclamou — trazeisa coragem nas mangas, bom gigante ! Reputo-vos ca.-paz de enfrentar Hespanhoes, strappado, roda, galése tudo mais !

O orgulho com que faliou, a insolencia de seu olharatrevido e lábio desdenhoso, a arrogância com que os-tentou aquelle favor real, que devera ser um stigmamais infamante do que o do carrasco, sua belleza, apompa de seu traje, tudo era egualmente para ser odi-;ado. Comecei alli aodial-o, mal sabendo porque, como oociei mais tarde com razão.

Tirou então do peitilho d:> gibão um papel, que of-fereceu ao Governador.

Da parte d'El-Rei, senhor — annunciou notom altivo e meio motejador, que tornara seu. — Po-deis lel-o com vagar. E' sua vontade que me auxilieisna pesquiza, que aqui me traz.

O Governador tomou o papel com reverencia.A vontade de Sua Magestade é para nós lei —

disse elle. — Tudo quanto estiver em nossas mãos, se-nhor ; posto que, se vierdes ém busca de ouro. . .

O valido tornou a rir-se.Eu venho em busca de uma cousa muito mais

preciosa, Sr. Governador. . . Uma cousa para mim maispreciosa do ciue todo o thesouro das índias, incluindoMarôa e El-Dorado. . . A saber, a cousa em que puzminha tenção. O que determino possuir, ora ! maiscedo, ou mais tarde, a torto ou a direito, por meios ho-nestos ou outros venho a possuir ! Não sou homem paraser contrariado ou desafiado impunemente.

Não vos coniprehendo bem, milord — disse oGovernador, perplexo mas cortez. — Não ha aqui nin-guem que deseje contrariar em qualquer empreza hon-rada um fidalgo tão altamente çollocado no favor real.Espero que milord Carnal considerará minha pobrecasa como sua durante o tempo em que permanecerna Virgínia. . . Que tendes, milord ?

O rosto de milord estava vermelho, cor de pur-pura, tinha os negros olhos em fogo e os bigodes subiam-lhe e desciam-lhe. Os dentes alvos cerraram-se-lhe com

ruido sobre a jura estrepitosa, que interrompera as pa-lavras do Governador. O honrado sir Jorge e sua rodaolhavam attonitos para esse hospede singular, com ad-miração não extreme de receio.Quanto a mim, conheci,antes que elle fellasse, a causa da jura e do tnumphoaltivo, que lhe transluzia no semblante formoso. Mcs-ser Jeremias Sparrow tinha-se movido um tanto paraum lado, expondo assim á vista o que sua corpulenciahavia até então oceultado á observação — nomeada-mente a Sra. Jocclyna Pcrcy.

Em um momento o valido estava diante delia,com o chapéu na mão, inclinando-se até o solo.

— Minha pesquiza acabou onde eu receiava queapenas começasse ! — exclamou, animado e exultentí.— Encontrei a minha Marôa mais depressa do quepensava. Não me dais as boas vindas, senhora, ?

Ella retirou o braço do meu e fez-lhe profundamesura ; depois ficou erecta, indignada e provocadoraseus oiot«o v>lhos dir-se-hiem estrellas enfurecidas, suas lacesduas rosas : o desdém pairava-ihe nos lábios sorridentes.

— Não posso dar-vos as toas vindas como vosdeviam ser dadas, milord — disse em voz clara. — Te-nho as mãos vasias. Marôa, milord, fica muito ao sul.Esta terra está inteiramente fora de vossa derrota,não achareis aqui nenhuma compensação para os vos-sos esforços. Milord, permitti-me que vos apresente meumarido, o capitão Ralph Percy. Creio que conheceis seu

primo, milotd Northumbcrland.¦ A cor desmaiou nas faces do valido e^ moveu-re

como se recebera uma pancada por mão invisível.Tornando a si, cumprimentou-me e eu a elle, feito o

que encare mo-nes um ao cutro por tempo bastà-ntepara que cada um visse a luva que um ao outro ati-rava. '

Levanto-a, — d.sse eu.Também eu a levanto, — respondeu.

A outrance, —creioeu,serhor ? — prcsegui.A outranez, — as.entiu,E entre r.ós a sós, — suggeri.

/ Seu sorriso em resposta rao era bom dever, nembom de ouvir o tom em. que fp.llcu ac Govemrdcr.

São passadas algumas semanas, senhor — disseelle — que desappareceu da corte uma jóia, um dia-mante do mais inestimável valor. Elle de certo moco

pertencia ao Rei e Sua Magestade, com a bondade daseu coração, o havia promettido a certa pessoa —

não, havia jurado por seu throno que perten-ceria a essa pessoa. Pois bem, senhor, essa pessoa es-tendeu ;a mão para pedir o que lhe pertencia. . quandoai i a jóia desappareceu ! Para onde fora, ninguém pu-dera aizer. Houve, como podeis acreditar, innumerascorridas abaixo e acima e investigação em cantos ex-cusos tudo sem resultado, — tinha irremessivelmentedesapparecido. Mas a pessoa a quem essa jóia íulger.tehavia sido promettida, não pertencia ao numero ü a-

quelles que são facilmente logrados ou illudidos. Juroupôr-se-lhe na pista, seguil-a, achal-a e usal-a.

Seu olhar ousado desviou-se do Governador, parapousar na mulher a meu lado ; houvesse-a elle desi-

gnado com a mão e não teria com mais certeza cha-mado sobre, ella a attenção d'essa multidão compostade elementos tão variados. Gradualmente a multideohavia recuado, deixando-nos os trez, o valido do rei,a dama .disfarçada e.eu, como centro de um circulode rostos espantados ; então, porem, ella tornou-seo alvo único a que se dirigiam todos os olhares.

Na Virgínia, por esse tempo, as mulheres denossa raça eram tidas em subida estima. O homem,cuja esposa era bastante amorosa ou ousada, oubastante ciumenta das mulheres Índias, para acompa-nhal-o ao meio da solidão, contava amigos ás dezenase nunca lhe faltava companhia. O primeiro casa-mento na Virgínia foi entre um trabalhador e umamoça de serviço doméstico e no emtanto houve taofarta distribuição de doces como se se tratasse dasnupeias de um tenente de condado. O irmão de milordde Ia Warre postou-se ao lado do noivo, o irmão demilord Northumberland foi padrinho da noiva. Depoisd'esse casamento outros tinham oceorrido. Damasde qualidade fizeram a viagem da Virgínia com ma-ridos ou pais ; mulheres matricularam-se como cri-adas e vieram para a America, para casar dentrode trez semanas, resgatadas pelos maridos a preçode fumo ; nas levas de crianças, mandadas como

EU SEI TUDO

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I kí> ¦ 'XlitS1^^ ^™^^*^——^*—*Maaaaa^—^^^^^^^^ I

O governador precipitou-se entre nós «clamando : - Que é isso, capitão 7 Estais doido 7

aprendizes, havias muitas meninas.. E afina* e não

menos dignos de menção, vieram os pássaros cie

sir Edwino. . ,Esse tempo tinha passado, mas homens ainda

deixavam seu trabalho para ver passa uma mtüher,

ainda davam vivas ao ver uma averdugadapparecer junto á amurada de um navio e, na Egreja amda

devotavam os olhos a outro serviço que c> decontem

nlar o oastor Em nossa curta mas accidentada his

£ a^ucaTcousas tinham produzido maior commo

ção do que a chegada das raparigas de *"**££

Estavam então easadas, mas eram ainda centro

de

todas as*observações: eram apontadas ao^««anlm

corriam atraz dellas as crianças olhava as*dmira

o vulgo, cumprimentavam-nas^om francos ^

s q

o representante do povo, o membro ao ^

commandante e tratavam-nas abertamente com

dem as mulheres.que tinham obtido mar"?os h

um tanto mais regular. Das noventa,qu £™£do

gado duas semanas «®»g circum-maridos na própria cidade ou nas

^ntcnvisinhas, de modo que na mui™ ^ue

para se oppor ao Hespanhol e^ to Par ^boas vindas ao favorito do rei, havia nao pudugadas. ,, „ -a

Mas não havia nenhuma como à mulher eu a

mão eu beijara na várzea dos namo ados^ -^

da turba-multa daquelle dia, e^XX|f fCiòàuitoentre as bellezas menos "Otayeis escapara sem

commentario e desde aquelle dia ningueir^avisto, com excepção de Rolfe ejjj^"^Uferadovidores e de mim próprio b qW.W- m cousade - Hespanhoes ! - os homens pe™"} Sffla atédifferente da belleza das mulheres , d^ to.

^esse momento, ella não recebera especialiEntão tudo se mudara. O governador seguinfl

^recção d'esse olhar insolente, fixou o se

^ ^com fixidez de verdadeira surpreza, a esc0ço,dados de ouro, que o cercava. estendeui aergueu as sobrancelhas e cochilou , e a arra

por traz d'elles seguiu o exemplo de seus superiorescom a emphase que lhe era peculiar.

— Onde cuidais que foi ter essa jóia Sr. gover-nador _ disse o valido - essa jóia bella de mais

Sara brilhar na corte, que antepoz sua vontade a do

1 e nada quiz ter com a pessoa a quem tinha sido

dada_i Sou um homem simples, milord - respondeu

o governador francamente.. — Fazei-me a graça de

fallar com clareza.Milord riu-se, seus olhos percorreram o circulo

de rostos intensamente curioso. — beja assim se-

^or°S_SasSentiu. - Poderei perguntar quem e esta-

damaj -^ nQ Dôaventura - respondeu o go-vernador. - Era uma das raparigas pobres do the-

SOUr-°Com ella dansei alguns compassos na corte-

não ha muito tempo-disse o valido.-Xive, de: espe-

rar por essa honra até que o príncipe a tivesse rece

bld°Os olhos redondos do governador arredondaram-

se ainda mais. O joven Hamor na ponta dos pes portraz d'elle soltou um longo e fino assovio.

— Em uma communidade tão pequena — pro-^ítuíu millord, seguramente, vos conheceis todos uns

aogs òutTòs Aqui não se podem usar mascaras, nem

falsas cores. Tudo deve ser claro como a luz do dia.Mas todos temos um passado, assim como um pre-sente. Agora por exemplo. . .

Interrompi-o.— Na Virginia, milord, vivemos no presente.

Presentemente, milord, não gosto da cor de vossa^^Pregou

em mim o olhar, com as sobrancelhasnegras approximadas uma da outra.

—Não está em vossas mãos escolhel-a nem usal-a,senhor — retrucou altivo. ,

- E o laço de vossa espada está vilãmente atado- prosegui. - E não gosto de uma ba.nha assim re-

e

23»

EU SEI TUDO

i >

30

a^Büaj

camada de jóias e luzindo como se sahira agora daforja. A minha, vedes, já começa a abrir-se.

Vejo — disse elle seccamente.Os ilhozes do vosso gibão também nao me

agradam, confesso. Eu podia tornal-os mais do meuagrado.

E toquei o seu velludo de Gênova com a ponta deminha espada.

Forte rumor levantou-se do meio da multidão eo Governador atirou-se para a frente, brandado :

Capitão Percy ! estais doido ?Nunca estive com mais juizo em minha vida,

senhor — respondi. — Não gosto de modas francezas,— é só: — nem de Inglezes, que as usem. Pan minhaopinião, esses são raramente bem-nascidos.

Esse golpe penetrou fundo. Toda a gente conheciaa historia do finado lord Carnal e da criada grave aserviço da esposa do embaixador francez. Um somde admiração ergueu-se da turba. A espada de milorddesnudou-se e a mão que a segurava tremia de raiva.

Eu empunhava a minha lamina, mas a pontaestava no chão.

Ensinar-vos-hei meu doido! — disse com vozsurda.

De improviso, sem mais tirte nem guarte, cahiude fundo sobre mim ; se elle estivesse menos cego decólera, a extensa conta que cada um de nós tinha deformular um contra o outro poderia ter acabado ondecomeçava.Desviei-me e, immediatamente, com minhaespada fiz voar a sua para o ar.

Cahiu aos pés do governador.Vossa Senhoria pode apanhal-a — observei. —Vosso pulso é tão firme como a vossa honra, milord.

Fuzilou-me com o olhar, com a bocca espumando.Varias pessoas se interpuzeram, o governador, Fran-cisco West, messér Pory, Hamor, Wynne; e ergueu-seuma babel de vozes. A diversão que eu tivera em vistaproduzir, conseguira-a de sobejo. West segurava-meno braço.

Porque diabo de praga veiu todo este embru-lho, Ralph Percy ? Se tocardes em um fio de seu ca-bello, estais perdido !

O valido desvencilhou-se da mão do governadorque o detinha e de suas palavras conciliadoras.

Quer combater, senhor ? — bradou com vozrouca.

Sabeis que agora não preciso de combater,milord — respondi.

Bateu no chão com o pé cheio de raiva e vergo-nha ; não de real vergonha por aquelle golpe traiu-çoeiro, mas pela espada cahida na relva, por aquillo,que podia ler nos olhos dos homens, embora o quizes-sem occultar e pelo manifesto desdém, que se dese-•nhava em outro semblante. Então, durante um mi-nuto ou mais em que nos encaramos em silencio, em-pregou com algum effeito a vontade de que se gabara.A vermelhidão desbotou-se-lhes nas faces, a estaturaaprumou-se-lhe e esforçou-se por sorrir. Chegou achamar em seu auxilio uma certa pretença franquezamilitar nas palavras e nos gestos, que podia assumirá vontade.

O brilho do vosso sol da Virgínia offusca avista, senhor ?— disse elle. — Na verdade fez-me crerque estáveis em guarda. Perdoai-me o engano.

Inclinei-me.Vossa Senhoria achar-me-ha ás ordens. Estou

hospedado na casa do pastor, onde vosso mensageirome encontrará. Para lá vou agora com minha esposa,que fez a cavallo umas vinte milhas esta manhã e estáfatigada. Damos-vos os bons dias, milord.

Tornei a inclinar-me diante delle e do governadore dei então a mão á Sra. Percy. Como a turba se abrisseá nossa passagem, atravessamol-a e cruzamos a filade soldados pelo baluarte de oeste. Na extrema havauma pequena elevação, subimol-a ; então, antes dedescermos para o outro lado para a trilha que levavaá casa do pastor, voltamo-nos como pelo mesmo im-pulso e olhamos para traz. A vida é como um d'essescompridos corredores italianos, pintados em suecessi-vos quadros, por mão de mestre : e o homem é o via-jante, que o percorre, desprendendo os olhos de um

scenario para pôl-os cm outro. Alguns ficam comouma sombra em sua mente; de outros, não se IJmbra ;quanto a alguns, basta-lhe cerrar os olhos,; etprna aver, linha por linha, cor por ca r, toda a alm^a^qua-dro. Cerro os olhos e vejo a luz do sol, qüégte|e bri-lhante, o azul dos céus, o esplendor do rio^f velastornam a ficar brancas em embarcaçõesahafimuitoperdidas ; a Santa Thereza, mettida a piqüé^é&gcom-bate com um corsário Argelino dous annos* clepois,permanece para sempre ancorada no rio, j ames; coma maruja nas vergas, o commandante e seus officiaesá popa e acima d'elles a bandeira. Vejo a planície anossos pés e a multidão alem, olhando admirada; eseparado do grupo das autoridades perplexas, e atto-nitas um homem trajado de preto e de esçarlate, comuma das mãos oecupada com os bigodes i;M a outraagarrando a espada desembainhada, que ^inham derestituir-lhe. E vejo, de pé no alto da encosta verde,com as mãos dadas, a nós próprios — eu próprio e amulher tão ligada a mim e ao mesmo tempo tão afãs-tada de mim que o inimigo commum parecia nossoúnico laço.

Voltamo-nos e descemos para o caminho verdec para as casas desertas. Quando estávamos quasiescondidos dos que deixamos na encosta abaixo do,forte, ella largou-me a mão e tomou o outro lado docaminho ; e assim, quasi sem fallar, caminhamos comserenidade até chegar a casa do pastor. ^ ;>¦ ..... >'¦ ¦ -

: CAPITULO IX Mm"'NO QUAL DOUS BEBEM DO MESMO, COPO . .

A' nossa espera, no limiar da porta, encontramosmessér Jeremias Sparrow alliviado de sua armaduravelha e amolgada, com o rosto engrinaldadò de sor-risos hospitaleiros e um ramo de flores ria mão.

Quando se reconheceu que o Hespanhol eraapenas o valido do rei, esgueirei-me para ver que tudoestivesse em ordem — disse jovialmente. — Aquiestão rosas, senhora, que não deveis tratar como tra-tastes as outras.

Tomou-as da mão delle com um sorriso e en-tramos para a casa onde achamos trez compartimentosrazoavelmente amplos, um tanto despidos de mobília,mas asseiados e bem postos, com um ou outro vasosemicircular com flores recentemente colhidas, umafruteira com peras grandes sobre a mesa e ar frescotrescalando a fragrancia dos pinheiros, entrando,pela janella aberta.

Esta é a vossa menagem — disse o pastor. —Eu oecupo o quarto de messér Buck, no sotão. Ah !excellente homem, possa elle depressa recuperar asforças e voltar para o que é seu e dest'arte alliviar-medo peso de todo esse luxo. Eu, a quem a natureza des-tinou para eremita, nada tenho que ver com aposentosreaes como estes.

A fé inquebrantavel que tinha no próprio desa-grado de vida commoda e a aspiração a uma cella deeremita. eram espectaculo edificante, também o eramo orgulho evidente que tinha de seu domínio, a com-placencia com que mostrava a ensombrada e bemfornida horta e o prazer com que apresentava e pu-nha na mesa uma formidável torta e um cântaro devinho.

E1 dia de jejum para mim — disse elle. — Nãoposso comer nem beber até o por do sol. O corpo é umpoderoso gigante, muito cheio de orgulho e desejoimmoderado de bca vida e o espirito precisa de estaralerta e em guarda, aproveitando-se de todas as oppor-tunidades para mortificar e abater o adversário. Acaseira Allen ainda está de bocca aberta com a mui-tidão perto do forte, vosso criado e criada ainda nãochegaram ; mas eu lá estarei em cima se precisardesde alguma cousa. A Sra. Percy de\e estar carecendode repouso depois da viagem a cavallo.

Retirou-se, deixando-nos os dous a sós. Ella es-tava de pé defronte de mim junto da janella, dondese não movera desde que entrara no aposento. A corpermanecia-lhe ainda nas faces, a luz nos olhos e aindasegurava as rosas com que Sparrow lhe carregara osbraços. Eu approximava-me da mesa.

!

EU SEI TUDOEB

WJ

que

Esperai ! — disse ella. E para ella voltei-meri, novo. — Não tendes perguntas a fazer-me ? —

inquiriu.Acenei negativamente com a cabeça.— Nenhuma, senhora.

O rei era meu tutor ! — exclamou.Inclinei a cabeça, mas não disse palavra, postoella o esperasse.

Se me ouvirdes,— disse por fim, com ai-ei vez que não excluiacerta meiguice supplice,- se me ouvirdes, con-

tar-vos-hei como foi queeu... como foi que euvos vim a causar tama-nho mal.

Eu vos escuto,senhora — respondi.

Manteve-se de péde costas para a luz —apertando as rosas sobreo seio, com os olhos es-curos fitos em mim e acabeça levantada.

Minha mãi mor-reu quando eu nasci ;meu pai ha alguns an-nos. O rei era meu tu-tor. Emquanto a rainhafoi viva, conservou-mejunto de si — queria-me bem, creio ; o reitambém era bondosocommigo — mandava-me cantar para elleouvir e conversava com-migo acerca de feiticei-ras e das EscripturasSagradas e de como arebellião contra o rei érebellião contra Deus.Quando eu tinha dezes-seis annos offereceu-meem casamento um lordescossez ; eu, que nãoamava o cavalheiro, poisnunca o vira, intercedi.junto do rei para quedispuzesse de meu dotee me deixasse livre. Eranesse tempo tão bondo-so para commigo que olord escossez foi casar-sea outra parte e danseino dia do seu casamentocom a minha mente so-cegada. Correu o tempoe o rei continuou a sermeu muito bondoso se-nhor. Então, certo dianefasto, milord Carnalappareceu na Corte e orei olhou para elle commais freqüência que pa-ra Sua Graça, o duquede Buckingham. Em pou-cos mezes o desejo demilord era a vontade dorei. Para agradar a essenovo favorito, esqueceusua antiga bondade decoração ; sim; e não seimportou com a lei. Eu era sua pa-

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rente e era menor, estava disposto a dar mmha#|a quem quer que acolhesse. Sua escolha recahiu cmmilord Carnal. : , .^ ^orn n9

Interrompeu-se e volveu a face de mim paia osraios do sol cadente fora da janella. Ate então ia Uai acalmamente com certa «altiva paciência nã.y

^nuePorte ; mas ao conservar-se alli de pe, em silencio que.

não interrompi, a lembrança das injustiças, que sof-frera, fez-lhe subir o rubor ás faces e a cólera aosolhos. De súbito irrompeu apaixonadamente :

— O rei é o rei ! O que é a vontade de um vassallopara se antepor a sua ? Que peso pode ter um cora-ção de mulher contra seu capricho ? Bem pouco seimportava elle que minha mão recuasse, se tornasse

gélida ao contacto d'essaoutra mão em que teriaposto a minha. Que im-portancia tinha que mi-nha vontade fosse con-traria a esse casamento ?Era apenas a vontade deuma rapariga e deviaser subjugada. Todosos meus amigos esta-vam com o rei; eu, queestava só, não passavade uma mulher, joveme ignorante. Oh, comome torturaram ! Chega-ram a levar-me a cóleraaté ao coração ! Nãohavia quem combatessepor mim, quem me am-parasse naquella angus-tia, quem me apontassemelhor caminho que oque segui. De todo omeu coração, de fundode minh'alma, com todaa minha força, odeio essehomem que esse naviohoje aqui trouxe! Sabeiso que fiz para escapar atodos elles, para escapara esse homem. Fugi daInglaterra com as roupase com o nome de minhacriada grave. Vim paraa Virginia, sob esse dis-farce. Deixei que mepuzessem á venda, queme avalisasem, que meapregoassem, naquellavárzea alli perto, comose eu houvera sido naverdade a mercadoriaque professava ser. Aohomem, que se approxi-mou de mim respeitoso,eu illudi e enganei. Per-metti; que elle, um ex-tranho, me desse seu no-me. Acolho-me agorasob seu nome. Impuz-lhea responsabilidade demeu pleito. Impuz-lhe...Oh, desprezai-me.se qui-zerdes ! Não me podeisdesprezar mais do quedesprezo a mim própria !

Quedei-me com amão sobre a mesa e osolhos a estudarem assombras das trepadeirasno chão. Tudo quantoella dissera fora puraverdade e não obstan-te..! Tive a visão de

. um vulto escarlate enegro e de um moreno

e formoso semblante. Também euodiei milord Carnal.- \

— Não vos desprezo, senhora — disse atinai.—uque foi feito ha duas semanas na várzea alli perto nao

pode ser desfeito. Deixai que fique como esta. O quet meu é vosso : é bem pouco alem de minha espadae de meu nome. Uma está naturalmente ás ordens deminha esposa ; quanto ao outro tenho tido algum or-

Lady Jocelyna Leigh

31

EU SEI TUDO

32

gulho em mantel-o sem macula. Está agora emvossas mãos, tanto como nas minhas. Não receio dei-xal-o onde está, senhora. \y.

Fallára com os olhos postos no jardim tora daianella, mas nesse instante olhei para ella e vi,que tre-mia com todo o corpo — tremia tanto que receei quecahisse por terra. Adiantei-me para ella.

As rosas — disse élla... — as rosas sao muito

pesadas. Oh ! estou fatigada. . . e a sala anda á roda.Segurei-a ao cahir e deitei-a com cuidado no

chão Havia água na mesa e eu atirei-lhe alguma norosto e humedeci-lhe os lábios ; então dirigi-me paraa porta á procura de auxilio feminino e esbarrei comDiccon. .. ,

Consegui afinal dar com aquelle sacco de ossosaqui, senhor — começou. — Se alguma vez eu. . .

Seu olhar passou alem de mim e elle interrom-peu-se. i • iuNão fiqueis ahi pregado a olhar — ordenei-lhe.Ide e trazei a primeira mulher, que encontrardes.

Está morta ? — perguntou em voz baixa.— O senhor matou-a . .

Matal-a, tolo ! — exclamei. --Nunca vistesuma mulher desmaiar.

Parece morta — murmurou. — Pensei. . .Pensastes ! Pensais de mais. Ide e pedi soe-

corro.Aqui* está Angela — disse amuado e sem

parecer querer mover-se, quando, com pe ligeiro,voz suave, com seus olhos de boi e sua docilidadea negra entrou na sala. Quando a vi de joelhos aolado da forma immovel, pousando no braço a ca-beca da senhora, com a mão nas abotoaduras domantéu e do corpinho do vestido, com seu rostoescuro tão ternamente feminino como qualquermãi ingíeza inclinada sobre um berço ; e quandovi minha esposa com um pequeno gemido acon-chegar-se mais nos braços, que • a envolviam, fiqueitranquilío. a

Vinde ! — disse eu.E seguido por Diccon, sahi e cerrei a porta.Milord Carnal não era homem que deixasse

crescer a relva debaixo dos pés. Uma hora depoisveiu seu cartel, trazido por não menor personagemque o secretario da colônia.

Tomei-o da ponta do florete d'esse persona-gem. Rezava assim : "Senhor — a que horas ama-nhã e em que logar preferis morrer ? E com que

| arma deverei matar-vos ?"— O capitão Percy acreditará na profunda

relutância com que procedo neste negocio contraum cavalheiro e um official tão altamente collocadona estima da colônia — disse messér Pory, com amão sobre o coração. — Quando eu lhe disser queuma vez me bati em Paris num duello de seis do ladoem que estava o finado lord Carnal e, quando estivepela ultima vez na corte, milord Warwick deu-mea honra de apresentar-me ao actual lord, verá queeu não podia muito bem escusar-me quando esteultimo pediu meu auxilio.

— O desinteresse de messer Pory é perfeita-mente conhecido — disse eu, sem sorrir. — Se ai-gurna vez escolhe o lado mais forte, certo tem ellefortes razões para assim proceder. Obrigar-me-hase disser a meu competidor que eu sempre con-ceituei o nascer do sol como uma hora agradávelpara morrer e que não haveria logar mais ade-quado para isso que o terreno por traz da egreja,perto como se acha do cemitério. Quanto ás armas,disseram-me que jogava bem a espada, mas eugozo também de certa reputação a esse respeito.Se prefere pistolas ou adagas, sejam essas as armas.

Penso que podemos escolher a espada —disse messér Pory.

Inclinei-me.Trareis comvosco um amigo, não ? — per-

guntou. Não perco a esperança de encontrar algum, respondi — posto que a minha testemunha,

messér secretario, se collocará em uma posição umtanto arriscada.

i

i

E' um duello á oütrance, creio eu, não ?Entendo que sim.

Então melhor será que tenhamos Bohun.O sobrevivente talvez precise de seus serviços.

Como quizerdes — respondi — posto quemeu camarada Diccon me pense os arranhões bemregularmente. 4_J

Mordeu o beiço mas não poude oceultar a ex-pressão animada do olhar.

Não nutris duvidas a respeito — disse elle.— E' curioso que também milord não as nutre. Nãoha outras formalidades a combinar, supponho. Ama-nhã, ao nascer do sol por traz da egreja e com fio-restes ?

Exactamente.Metteu com uma pancada a espada na bainha.

Então isto está acabado, por agora pelomenos ! Estou quente e com sede ! Saqueastes cida-des, Ralph Percy ; saqueai-me agora a adega dopastor e trazei-me o seu Xerez. Eu pagarei as des-pezas da próxima communhão.

Sentamo-nos no degrau da porta com um can-taro de vinho secco de Xerez para os dous e messérPory bebeu, bebeu e tornou a beber.

__.Que tal é a colheita ? — perguntou. —

Martin reputa-a mais pobre do que nunca em qua-lidade, mas sir Jorge a considera egual á Sul Ame-ricana. ,

E' de todo ponto egual a hespanhola —

respondi. — Podeis dizel-o a milord Warwick da

primeira vez que lhe es^reverdes.Deu uma risada. Se- era um empregado e pre-

posto da facção de millord Warwick, na companhiaera um pecCador jovial. Viajante e estudioso, muito

philosopho, ainda mais homem de espirito e excel-lente companheiro com um cangirão de cerveja, —

emquanto a bebida durasse — podiamos olhar comdesconfiança para suas transacções, mas gostava-mos soffrivelmente de sua companhia. Se cobravacomo emolumento metade da colheita de algum

pobre aldeão, estava sempre prompto a atirar-lheuma peça de. seuis pence para ir beber ; e se faziaos rendeiros das terras pertencentes a seu cargodeixarem suas plantações de fumo em abandono,emquanto lhe remavam a embarcação nas suas m-numeras e varias expedições por enseadas e nos,

pelo menos amenisava-lhes o trabalho com as majsengraçadas narrativas e com canções de bebedoresprendidas em mil tavernas. , .

Depois de amanhã haverá noticias mais ín-teressantes que dar, annunciou. Sois um homemousado, capitão Percy.

Olhou para mim pelos cantos dos olhos peque-nos a sorrirem. Deixei-me ficar sentado e fumeiem silencio.

O rei começa a mostrar-se encantado comelle — disse — apoia-se-lhe no braço, brinca-lhecom a mão, toca-lhe no queixo. Buckingham assistea isso, mordendo o beiço e com os sobrolhos carre

gados como uma nuvem de tormenta. Encontrareiem vosso antagonista de amanhã Ralph Percysumhomem com tão mágico poder como vosso primoHotspur encontrou em GlerXdower. E' capaz de levar-vos á Torre e á forca para serdes depois arras-tado e esquartejado. Quem tocar no valido do rei,melhor fará se tocar no próprio rei. E crime deiesa-magestade o que ides commetter.

Accendeu o cachimbo e numa baforada emit-ti ti uma nuvem de fumaça, depois soltou uma com-

prida gargalhada.— Milord primeiro Almirante talvez vos auxi-lie. Com a breca ! Haverá um espectacuio raro quebem valerá a entrada, por traz da egreja amanhaum Percy esforçando-se com todo o seu poder evigor para satisfazer um Villiers ! Eureka ! Sempreha alguma cousa nova debaixo do sol, apezar do

que diz o pregador !Soltou outra nuvem de fumo. A este tempo o

cântaro se esvasiára e tinha as bochechas vermelhas,os olhos humidos e a risada fácil.

(Continua no próximo numero)

Algumasplantas da or-dem das lábia-das segregamum veneno ouum liquido pe-gajoso que im-bpede

os insectosde se approximarem da flor,que ê o órgãomais importan-te da vida ve-gelai D'essemodo, ellas seprotegem.

Em toda par-te do mundo, ocão ê conside-rado o fiel ami-go do homem;somente ê des-prezado entreos mahometa-nos que o cias-sificam como«animal im-mundo

EU SEI TUDO II

§ÉÍ W^:"É^Êà Bife 19 II

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«»«»=««:. r,ArTFRisAR—MissAnneUMA ARTISTA QUE NÃO PRECISA DE «E CARAt. não necessitaMay. Nasceu emNew-York mas de pais chme es ^

^de disfarce para desempenhar papeis de

da «Metro».

Essa mocinha é quem te convém para esposa

meu filho : possue grandes dotes de fortuna. , .Mas. . . é tão feia. . .Ora, a belleza dura pouco. . .Sim, mas a fealdade nunca mais acaba. . .

EU SEI TUDO

34

4f.

SORRISOS DE ARTISTAS

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MissNVaneni e miss Francês William, da "MidnighetFrolic", de New York.

6 ELOGIO DA DYSPEPSIA Um awíor inglez affiirma que a felicidade ê a conse-

quencia de uma^ boa saúde ou melhor de uma vida inte-gra e de. uma consciência pura. Elle esquece que um es--tomago delicado—nãofalíamos dos casosmais sérios — propor-ciona "a seu possuidoralegrias ignoradas pe-Io vulgar, de digestãosem interesse. A dodyspeptico, ao contra-rio, é para elle palpi-tante. A composição deseu regimen exige - lheum trabalho cerebralextraordinário. E l teconta as calorias, es-pecula sobre o azoto,avalia as vitaminas.

Mas o "menu" reu-ne outros elementosrecreativos. 0 dyspe-ptico tem uma theoriasobre o leite, umatheo-ria sobre o assucar,sobre a carne, sobre ochá, sobre os ovos — eo homem que possuetheorias é quasi umphilosopho.— Sua mádigestão dá a sua vi-da um interesse novo;os pratos simplesmen-te agradáveis ao pala-dar do vulgar têm pa-ra elle o attraclivo de-licioso do risco e o caféque saboreia, depois dojantar torna-se maisdelicioso,posto que temo sabor do frueto pro-hibido.

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Evelina Lann,da '"Ziegfeld

Follies ", deNew York.

Em baixo :Miss May'Murr.ay,

da Metro.

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EU SEI TUtiO

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A INSTRUCÇÃO — Allegoria de W. T. Benda.

OS VERÕES ARDENTES SONETOEm certos valles da Abyssinia

o thermometro marca ás vezes60 graus á sombra e 75 ao sol.

Nosso corpo que não podeaccusar no thermometro umatemperatura normal superior ^a37 graus no máximo e que nãoattinge 42 a não ser em caso defebre mortal,, adapta-se no em-tanto a esses calores excessivos.Pode mesmo supportar outrosmaiores : o sábio.Tillet relata queas empregadas do fogão banal deRochefoulcauld ficavam muitasvezes dez minutos nesse forno |__sem soffrer grande incommodo 0 doA temperatura era no emtanto de \U.., ma ^

- ¦ ._que a da água fervendo ! Porem ella? alli « rnant-nham emquanto em torno se cosinhavam batatascarne em grandes quantidades.

Orno a floresta secular, sombriaVirgem do passo humano e do machadoOnde apenas, horrendo, cchoa o bradoDo tigre; e cuja agreste ramana

Não atravessa nunca a luz do dia,Assim também da luz do amor privado,Tinhas o coração ermo e fechado.Ccmo a floresta secular, sombria •

H-ic entre os ramos", a canção sonora,Saltam festivamente os passarinhos.Tinge o cimo das arvores a aurora...

Palpitam flores, estremecem ninhos...Mm do amor que não entrava ç$$r ora,

Entra dourando a areia dos camirjhos.

Olavo B.ilac.• *' ...s» ¦¦¦-

Em 1774, um grupo de rsabiosinglezes ficou oito minutos emuma câmara com calor de 128graus. Em 1828, um homem en-trou em Raris em um forno ondereinava a temperatura de 137°.físteve dentro çTèlle durante cin-co minutos.

O corpo humano pode reagirentre esses dous extremos : umfrio de 60 graus abaixo de zero eum calor de 59 acima. Seria, -po-rem, imprudência mortal percor-rer rapidamente essa escala de117 graus; . è '¦

Na cidade de Cleveland \Es-tados Unidos) vigiam cpnstahte-

mente nas rua^^cafés, theatros e.outros,?logradou-ros públicos, mais de mil agentes, cuja missãoconsiste em impedir que alguém cuspa fora dosrecipientes hygienicos destinados a esse fim.

MU SEI TUDO

=iiiiiiiiiia88aiiiiiiiiitiiHiiiiii{iiiiiiiiiiiiBi8i9iie8iasiã8a8iiãiiiisigii

Que atroz engenho poderá-inspiü rar o ódio e a sede de vinganH ÇÀ? O SUPPLICIO RELATADO NES

H TE CONTO DE EFFEITO DRA -

MATICO TÃO INTENSO CAUSA-

H RIA INVEJA ÁS FACULDADES

S DE INVENÇÃO DOSGARRAS-

PU COS CHINEZES. COM ARTE=£ ADMIRÁVEL Ó AUTOR FAZ-

S NOS PARTILHAR AS AN

S GUSTIAS" DE SEU HEROE,

QUE ANNOTA UMA A UMAS SUAS SENSAÇÕES NUM MIXTO

Ü SINGULAR DE LUCIDEZ E PA-

iiiiiiiiiiiiisiiisiiisisiiiiiiiigsfiiiisiisissiiiiiiiiisniiissiiiiisiisiiisssiiins llülHIllIllIiU

36 I ==

ÍC Voudhe contar simplesmcn-= te como ia perdendo a vida porH causa, de uma mecha e uma vela.e 0, Tinha.então vinte e cinco an-v £3 riose acabava de ser promovidoS a i-mmiediato. Era no anno 1818ÜT Qti l8l9,vhão me lembro mais aoS certo; nunca tive memória para datas

j mas, quântó ao mais, recordo-me per-S feitamente. .Lembro-me, por exemplo,§j -deèqüe xnessé, tempo havia guerra pòrSe todos'

'os-^cantos da America do SulU quasi todas r as possessões; hespanholás3«Í dtessexeoh^ihente tinham-se declarado \S\ índe^ridentesse havia lutas entre os5 VpaHidanos dos antigos rgovernos,e dos '

s •novos; mas;por então os novos levavamã à melhor, graçasea um geheral chama-S do BqIív<M.l Acontecia porem, — como sempre ¦ :S que na-guerras por este vasto mundo — que ,

mukòs Ihgíezeáe Irlandezes, sempre promptos. a brigar, tinham ido ,se alistar no exército de ,:S BolivárG compv Voluntáriose alguns do nossos e'§=

negociaht.es achavam vantajoso mandar, atra- ,55' vez do Oceano,' ; aprovisionamentos para seu •s exercito. \eoV" 'v :xxí;x '. x'x: * 1?Ü Nesse aniqio 'eu ; parti, como immediato de§j um brigue pertencente a uma casa de Londres3 que fazia especialidade em commerciar com

' t 2 X

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\ f CORDA § I\j . DE -o O

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v . .CONTO DE

WILKIE COLUNS', • . • /.•;. x : --.- II I 1SX

HBíl ¦G^^^EI |R ü hK •" «HBUa^aa^^t^BaStMf^P^Í^Bj j^-r ;H^H^i^i^l^aW^iSwPt'\^^llgaKm^HS^SaUa^^^Maal

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..Si BJ IffTOJrtM BBÍilfh'' "Sg-ílMj hWttt iJsM^Jí' LmâeÈ"f fflBtóa:,:-'¦¦'fíjiíaBa! ,^HHBi IHHHiaHHe^HHBB»^ ?^iíf í'í &*S

logares distantes e extraordinários.Partimos, levando um carregamen-

to de pólvora para o generalBolívar e seus voluntários.

O brigue chama-se "OBôa

Intenção" — curioso no-me para um barco car-regado de pólvora !Esse "Boa Intenção" erao casco mais velho e ar-ruinado que eu jamais vi-

ra. De 250 a 280 tonela-das, tinha uma equipagem

de oito homens, o que eraevidentemente pouco para

seu serviço ; alem d'isso, porcausa da natureza de nossacarga, fomos sugeito a um re-gulamento terrivel. Fumar,

ou accender uma lanternaeram a bordo operações, cerca-

das por complicado cerimonial;e era-nos absolutamente prohibido

ter comnosco um coto de vela.Começamos por tomar o rumo das

ilhas Virgens, nas índias Occidentaes,depois aproamos para as Antilhas e

tendo-as avistado, _seguimos .rumo sulaté que o vigia bradou : "Terra",

'Tínhamos diante de nós o littoralda America do Sul. Era noite quando

• 0 abordamos. Atiramos a sonda queaccüsou quatro ou cinco palmos de

; fundo X não mais. Esperamos umahora inteira e vimos afinal surgir um

:barco;que se adiantava para nós, com dous re-madores',- apenas xs x x . x o-

1 ; ;(3rit;arnOs.".;¦" x-Qfá !"'ílesponderam : "Ami-

'go$!"B Vieram 'a bordo. Eram um Irlandez

re :um piloto'indigena cor de café mas que fal-iavaum pouco ingléz. O Irlandez entregou anosso capitão uma carta que elle me mostrou :

: Informavà-hos que essa parte da costa nãoera.segura para o desembarque de nossa carga ;espiões do inimigo tinham sido aprisionados e

rfuzilados na véspera pelas visinhanças. Po-cliamos p orem confiaro barco aopiloto indi-gena, que ti-nha instruc -ções paranos conduzir a outroancora dou-ro. Essa car -ta tinha as-signaturaegual a daencommen-da que tra-ziamos ; porisso deixa-mos o Irlan-dez voltarno bote e en-t regamos ocommandoda manobraao piloto çôrde café.

Elle im-media ta-mente fez-

axa

MM

CEIiCBKZJeosQ

oe*o

VVJLMEarffl

0111!

Deitamos a sonda e, encontrando poucofundo, ancoramos alli mesmo.

lIll|E(!ÍÍl!ÍÍIHÍÍni!lÍ|IHlIIIÍHIIiÍ!lllllÍiH

nos navegar

para o norte

IIIIIIIIIIIIIIIIIIllllltllIlHllHHIIIIIU

EU SEI TUDO

|

1 «téi perder

a terra devista e sóvoltou a seapproximar depoisque cahiu anoite.

A equi-pagemobe-decia-lhede máu hu-mor por-que o mal-dito mestiço era o su-geito maisgrosseiro eti. r eu lentoque se po-de imagi-nar, dandoas vozes decommandocom pragase insultos.Deu-meum traba-lho insanocon se g u i rque fizes-sem a manobra soba direcçsodesse bru-to e depoisde tantome ter esforçado para acalmaro pessoalnão pudeevitar uminci dente

__mmm^mmmm_±_______m______ll jj_LL !JÜJL—¦11*LL_J—1] LI BSS^5^^^HÕSS5^S5558^85MHÍlB5BBBSB\\_\__\\_\\\\\\\\\_w1_\\\\\\\\\\\\\\\\\_

iMRJIfliin^BRRllRílRllkl^^

mkÜ R%I':":;'S.:. . .biÉai RÉ^a K# HSHfi flSwkíb'

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I Hül rlli Irl I«Mi IF, tiiHÍB^^SwBH BPWfl Gnu9 El

iH ü llllll IBPlmi RRhWIIHbPR mli P piiralEl lü I::^:iwa 1¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦WiilMBMBlIllllffiE^áMMM^ Ifli K%aH 5l2iÉBEHMfcb.;lí V?^^^________________________________ KáPví!"fliartfcBMÍIr ¦ >, - bb JB^BMlP^^lflMffiSfllIfllJfliflMi'u'; IJríiiÉflr ¦'; iB"Jfllb$m9flPI! .'a/âBHRwBUÍI

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ijb ,v:V;^lb:V::;:a.-';s-^

- Agora fica ahi e rebenta com o navio— disswne o odiento piloto.

.Vii.:----W~

dos mais'

ÜSsmes^o. O mestiço desceu de.castello^e

proa para o con vez de cachimbo na bocea Deuve-o por que isso era contra o regulamento. Elle,sem responder tentou affastar-me de seu cami-nho :fssPo obrigou-me aceitar-lhe a maoimmo-bilisando-o. Juro que nao tinha aW de

lançal-o por terra, mas - nao sei como ^,sso

to.- elle cahiu e, furioso com o riso d^ajgwgem,ersueu-se e atirou-se a mim de faca em punho^

A-ranauei-lhe a arma, que atirei por cima daTpVnmn elle ainda pretendesse agarrar-

nfeTet pescoço entonteci-o eom uma bofeta-

daiSStse lançando-me um olhar mau,

que apenas me fez sorrir. i;b^rPi pntre on •Appboximamo-nos de

^toTlnc^ZZ-ze horas e meia noite, iançanw «

gar, que nos foi ihd|^g^lfè^tòa, acalmaria absoluta. Nem a menor brisa. O capitão estava de

quarto no tombadiího com dousde nossos melhores marinheirosos outros tinham-se deitado nacâmara inferior ; apenas o p.loto™ mantinha á proa,..mmovelencostado ao mastro. Eu » de-via entrar de serviço as 4 horas

da madrugada mas, não gostan-do do aspecto da noite e ainda

menos do aspecto do mestiço, re

costei-me sobre um masso de

cordas no tombadiího, resolvido a cochilar allimesmo para o que desse e viesse.

A ultima cousa de que me lembro foi que ocapitão me veiu dizer que também nao gostavado rumo que estavam tomando os ¦acontecimen-

tos e por isso ia ao porão passar uma revista nasescotilhas. . . Sim, essa foi a única cousa, que meficou na memória antes que eu me deixasse ador-mecer embalado pelo rythmo calmo e regulardas ondas.

* * *

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Fui despertado por um ruido que vinha danrôa ruido de luta. Ao mesmo tempo senti-meamordaçado ; um homem pesava sobre meu pei-to outro sobre minhas pernas ; em menos de umminuto fui amarrado de pés e mãos.

O brigue estava em poder dosHespanhoes, que o invadiam portodos os lados. Ouvi por seis ve-zés o" ruido de corpos cahindona água ; vi meu capitão, feri-do em pleno peito quando^ subiaa escada do castello de proa, seratirado como um fardo, por ei-ma da amurada. Só eu restavacom vida de toda a equipagemdo "Boa Intenção \

Por que me teriam poupado ?Não lograva comprehendel-o

quando vi o piloto mestiço vir,

37

EU SEI TUDO

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de lanterna em'-' punho,contemplar-me com umsorriso diabólico.| Eu não podia mover-me nem fallar. Em tornode mim os Hespanhoestrabalhavam activamente na fainha de passar nosso car-regamento para seu navio. Mas otnestiço nada fazia. Andava de umlado para outro e, de instante a inslante, vinha observar-me com sua lanterna e seu sorriso infernal.| Sou hoje bastante edoso para nãonae envergonhar com a verdade e Con-fèssp que sua attitude causou-meUm terror immenso. Que estaria aquellemiserável tramando para vingara,;affronta, que eu lhe inflingira ?[ O medo, as cordas, que me immo-bilisavam e a mordaça, que me süffa:cava, tinham exgottado quasi por com-'y"pleto minhas forças quando os Hes-Canhões deram por finda sua tarefa.A alvorada começava e embora, nãotivessem feito o transporte de todo ocarregamento, eram forçados a fugir antes quede terra os surprehendessem. Parece inútil dizerque a carta apresentadaa meu capitão, era talsa; que o piloto mestiço era um espião dos Hes-panhoes... Tudo isso saltava aos olhos. . . Masque pretenderia o miserável piloto fazer demim ?

Nesse momento só elle restava a bordo. Segu-rou-me,; ítianietado como estava, arrastou-mebrutalmente para o porão e prendeu-me solida,mente ás argolas de ferro do soalho.-' Assim fiquei alguns minutos, sem poder fazerum movimento, com o coração batendo a ponto de me doer dentro do peito. Mas o piloto nãotardou a voltar ¦; trazia numa das mãos um cas-tiçal com uma vela accesa, na outra uma verruma e uma longa e fina corda de algodão bem untada com azeite.

Pousou o castiçal sobre o soalho alcatroadodo porão, quasi junto ao costado. A ckridadeda vela era fraca mas permittia-me ver unsdoze ou .quinze barris de pólvora alli deixados.

Comecei então a comprehender o projectode meu inimigo e um arrepio de horror fez correr pela testa grossas bagas de suor,

O miserável dirigiu-se a um dos barris, queestava mais ou menos a um metro do castiçal,fez-lhe um furo com a verruma e colheu napalma da mão a pólvora, que começou a escorrerdocemente. Quando teve a mão cheia esfregou-ana corda em todo o comprimento para transfor-mal-a nium rastilho efficaz e rápido. Depoistapou o furo do barril com uma extremidade dacorda e enrolou a outra metade na vela, tendo ocuidado de não ultrapassar o terço inferior.

Fez isso com calma, com cuidado. Quandoacabou veiu a mim, verificou se eu estava bem

__ amarrado e, com o mesmosorriso hediondo, gritou-meao ouvido :

— Agora fica ahi e reben-ta com o brigue.

Subiu a escada, fechou oalçapão e, pouco depois,ouvi o ruido de seus remosno bote que se afastava.

Esse ruido foi decrescen-do, sumiu-se afinal e eu fi-auei só, fitando a luz da vel-Ia como um hypnotisado.

Era uma vela nova. . .Quanto poderia durar ? Seis

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ou sete horas. . . Mas aum terço do coto estavaenrolada a corda-rastilho. . . E eu estava alli,amarrado, obrigado aolhar, a avaliar o tempo,que me restava de vida,

condemnado a um supplicioatroz e inevitável, que via appro-

ximar-se mais e mais, a cada segundo. ,Não sei dizer exactamente por

quanto tempo conservei o uso dossentidos depois que cessei de ouvir oruido dos remos do piloto. Lembro-medo que pensei até certo ponto ; mas,passado esse ponto, tudo se confim-de em minhas recordações.

Começara por fazer um esforço insensato para libertar minhas mãosdas cordas, que a prendiam. Essesviolentos empuxões fizeram com queas cordas me cortassem as carnes atétirar-lhes sangue mas nem sequer asdistenderam. E acabei por immobili-sar-me de novo, semi-suffocado porque a mordaça só me deixava respi-

rar pelo nariz.Fiquei então quieto para retomar a fôlego,

com o olhar fito na chamma da vela. Essa cham-ma alongava-se ou decrescia alternativamentefazendo escorrer a cera quente até a corda. Emdado momento puz a calcular sua duração echeguei á conclusão de que me restaria no ma-ximo hora e meia de vida.

Hora e meia ! Em tão pouco tempo haveriaprobabilidade de vir algum soccorro de terra oupassar algum navio á vista do brigue ? Seriapossível que ninguém de terra tivesse a curiósidade de vir examinar aquelle navio abandona-do ? Mas era ainda noite fechada. . . e o maldito piloto podia ter-nos feito ancorar diantede uma praia deserta. . .

Essa idéia levou-me a fazer novos e freneti-cos sobresaltos para ver se libertava as mãos.Mais uma vez me convenci da inutilidade d'esseesforço e aquietei-me sem poder desviar osolhos da vela em que o pavio já muito longo,formara no alto uma braza em forma de cogumello. Essa braza não tardaria a cahir. .. Se obalanço do brigue a impelisse para um lado, po-deria lançal-a sobre a corda de pólvora. . .

Nesse caso minha morte poderia estar por minutos. Como seria a morte em taes condições ?Tentei imaginal-o. . . Um grande fragor em torno e dentro de mim, um deslumbramento, quetalvez não fosse doloroso e meu corpo seriadispersado em milhões de estrias. . . Seria assim ?. . .

De tanto pensar nisso perdi a consciênciapor algum tempo.

Quando voltei a reflectir conscientemente opavio da vela estava de um comprimento des-mesurado e a chamma enorme corôava-se comum pennacho de fumaça. . . Esse pavio ia cahircom certeza. . .

Tentei fazer uma oração,tentei desviar os olhos...Com grande esforço devontade consegui fechal-osmas dir-sé-hia que a luz davela atravessava minhaspalpebras para queimar-meo cérebro.

Preferi reabrir os olhos efitar a chamma, incapaz depensar, com todas as facul-dades reduzidas a isso...

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EU SEI TUDO

Ver, vêr amorte quese ápproxi-mava.

Quando abraza d opavio cahiuafinal, tom-bou paraum lado eapagou-seno soalho,não pudeconter umarisada. De-satei a rir,com tantogosto, que,amordaça-do como es-tava ia perdendo a respiração. Esó cessei der i r quandome veiu aidéia de queessa hilari-dade emmomentotão trágico,denunc i ava

j um d es equilibrioemmeu cere-bro.

Quiz olharpara cima,para o alçapão afim deverificar seo dia já nãoteria nasci-do, não tiveforças pa •ra tanto emeus olhoscont inua-ram presosá vela.

O pa viorecomeçavaa se alongare havia ago-

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Uri, ridem pesava sobre meu peito, outxc, so£e njejajo^». Em m?nos de um minuto fui

ra apenasu ma polle , a,^gada de vela antes de chegar á corda com pólvora.Uma pollegada... Quantos minutos represemtaria r Não pude conter o riso, que me sacudiude novo.' irresistivelmente, até que senti o cérebroinvadido por uma espécie de fulgor deixando-meinconsciente. Depois lembro-me de que delneivendo minha mãi e Lizzie,.,mmha ™7«'-"™°*

' andando em torno de mim. Minha mai faz a tncotcom cordas de fogo e havia entre seus dedos

chammas longas e fumacentas. . .¦ * * .....,...•,..

Depois, só me lembro quando despertei em um

bom leito, tendo, em torno de mim trez. ho-

mens, que me observavam attentamente. bra dia

claro e eu estava entre compatriotas na ilha ae

Tnnidad F^SSa quasi um mez inconsciente, perturbado^ „delirando. , . n ç** àvis- ———

Contaram-me então que meu brigue ora avistado por um navio norte-americano que man

dou òdmmediato com dous homens - m um to

te para reconhecel-o. A luz da veia,

pelo alçapão foi que denunciou minha presençaa bordo Descendo ao porão de sabre em punho,com receio de alguma surpreza,o immediato tevea feliz idéia de começar por cortar a corda de

pólvora. a, n«Foi sua salvação e a minha, pois apenas elle

fez isso, a chamma alcançou a corda, que crepi-toü com força apagando a vela. Mas, a commu-nicação com o barril de pólvora estava inter-rompida. \ .

Então os Yankees levaram o brigue para ailha da Trinidad, onde me -puzeram no hospitalmilitar. . ,

Sahi dalli completamente curado mas aindahoje quando recordo esses factos sinto-me as-sim'.. Não sei como dizer. .. assim, um pouco

WlLKIE COLLINS.

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Todos os rios do mur.do juntos levariam qua-renta mil annos para lançar tanta água quantocontem os mares.

EU SEI TUDO

40

Toda

a gente sabe que o fumo nasceu do venenode uma vibora e da bocca do Propheta —

Cheguem nossas orações a seus ouvidos !Um dia, Mahomet encontrou na areia uma víbora

entorpecida' pelo frio. O Propheta, quetanto amor tinha aos animaes, creatu-ras de Deus, colheu-a na mão cabrigou-a em seu peito. Assimaquecida a vibora recobrou ossentidos e, reconhecendo o ho-mem, que a soccorrera,disse-lhe ;

Mahomet estoucom fome e vou picar-te.

Seria uma ingratidão pagar com malo bem que te fiz —disse docemente o Propheta.Não ha ingratidão— entre duas raças,que se combatem. Ohomem sempre me per-seguiu.

Os que te perseguem são os homensmaus, que não observam as leis de Deus.Eu não sou assim.

—Mas és um homeme Allah me deu por des-tino atacal-o.

Então o Propheta ergueuolhar para o céu e disse :

— Cumpra-se a vontade de Allah.A vibora picou, saltou para o chão e

desde logo desappareceu. Mahomet applicouos lábios sobre a picada, sugou o veneno, que a v^oranella deixara e expelliu-o para a areia. D aquella hu-midade nasceu uma planta, que tem o amargo venenoda vibora e o encanto das palavras de Mahomet.

Mas os homens não fumam apenas essa plantaporque o Demônio, sempre disposto a atormentar osmortaes, inventou o haschish com o fim de fazer es-quecer o acto de bondade do Propheta. E para que

todos o saibam vou recordar aqui o queaconteceu a um mercador de Kora-

sam, na noite em que^ se deixouadormecer em um café.

De certo não ignoram que ossonhos são meios de que

Deus se serve para pre-venir os crentes. E'bastante que façamuma oração e se dei-tem sobre o lado direi-to, com o rosto volta-do para o logar emque se acha o santotemplo da Kaala, pen-sando inteiramente nocaso que os preoccupae Allah — se ouviusuas supplicas — lhesdará uma licção pelaforma de um sonho.

O mercador de Ko-rasan não havia oradoantes de dormir e porisso aconteceu-lhe oque lhes vou relatar.

Estava elle saboreandoa segunda chicara de café

d'aquella noite, quando aloja ficou de repente escura

como se tivessem fechado a porta.E' que nesse momento, vinha en-

trando um negro gigantesco, umtargui, sem duvida, pois trazia a parte

inferior do rosto velada, segundo o uso dos salteado-res do deserto. Tão corpulento era que o solo retum-bou quando elle se deixou cahir sobre uma esteira ao

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lado do mercador,

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O miserável sumiu-se no ar, deixando na mão do mercador somente duas pennas

,:iEU SEI TUDO

^^^^^^^^^^

Serviram-lhe café que elle sorveu fervendocomo se sua lingua fosse insensivel ao calor elogo tirou do cinto um cachimbo enorme mascom o deposito tão diminuto que mal poderiacaber nelle o dedo de um menino de trez annos.O mercador, que observava curioso o targui, viuque elle enchia esse cachimbo com uma cousaque não tinha a cor escura do fumo nem a coramarella do kif; era de um verde aquoso e trans-parente. O targui accendeu o cachimbo com umsopro e logo todo o café ficou cheio de uma fuma-ça embriagadora e suave, que fez voltarem-separa o recém-chegado todas as attenções.

O mercador, que lhe estava mais próximo,sentiu-se e n v o 1 vido

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por aquella fumaçadeliciosa, que lhe cau-sou uma espécie dearrebatamento e mol-leza irresistivel... Eadormeceu.

Adormeceu e so-nhou, por que viu,pouco a pouco, as pa-redes escuras e nuasdo café transforma-

rem-se nas de sua'.,.. ..... própria'; casa/ or-nadas com ta-

petes precio-sos e poli-

dos espe-lhos. As-

-sombrou-se com oprodígio

e che-gou a

duvidar

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de seus olhos ; mas viu entrar na sala sua espo-sa, sua amada Halina, que vinha impudicamenteabraçada com o gigantesco tarqui e acarician-do-lhe os braços enormes e suarentos com suasmãos brancas e delicadas.

O mercador quiz erguer-se para castigartamanha affronta mas não teve forças paraisso e foi a própria Halina, quem, segurando-opelo pescoço impelliu-o brutalmente em direc-ção á porta, gritando :

— Vai-te d'aqui ! Quem reina agora emmeu coração é este.

E mostrava o gigantesco negro de cujabocca sahiam nuvens de fumaça perfumada eenebriante.

Sem poder resistir, o mercador foi atiradoatravez do porta e viu-se na cozinha, no meio deuma multidão de escravas de todas as cores,que elle nunca vira.' Eram tão bellas que qualquer as teriatomado pelas huris do paraizo. E esse formosogrupo cercou-o cantando e dansando ao som demusicas dulcissimas:.'; e vinte braços bem tornea-dos cingiram-o a um tempo pelo pescoço, pelacintura e pelas pernas para deposital-o sobreum leito de nardos, cravos e rosas.

O mercador chegou a esquecer o aggravo,que havia recebido de sua esposa e nunca talvezo recordasse, se, ao amanhecer, o raio de solque lhe alcançou os olhos não o despertassejustamente a tempo para ver o gigantesco tar-eui sahir de sua casa, com seu infernal cachim-bo na bocca.

Então, lembrando-se do que vira, o mer-cador correu atraz d'elle, cego pela cólera ;mas não logrou alcançal-o por que ao cruzar ohumbral o mysterioso personagem, desapparcceucomo se todo elle se tivesse dissolvido em íumaça.

Voltou então o triste mercador a entrarcm casa e dirigiu-se. ao quarto de sua esposa, queestava em oração mas interrompeu-se ^ paraacolhel-o carinhosamente, como sempre. A' vistada adultera, o mercador sentiu ferver-lhe acólera e desembainhando um sabre, que orna-va a parede, estendeu-a no solo com a garganta

,-, aberta por um golpe por onde se lhe escaparamo sangue e a vida. Mas ainda assim, não

podendo fallar, Halina fixou no esposoo.fulgor limpido de seus for-,mosos olhos, que só exprimiam

piedade e perdão.O mercador, horrorisado

ià com seu crime, sentiuaquelle olhar penetrar

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ARTISTAS FANJTAZISTAS'— Duas girls das comédias da «Paramount»

até o fundo de sua alma e atirando longe de si osabre ensangüentado correu á casa do Pachá paralhe confessar o que fizera e submetterTse a sua jus-tiça. Em caminho, viu uni numeroso grupo de pp-pulares, que cercava um charlatão apregoando mer-cadorias variadas. Reconhecendo entre a multi-dão o targui, atirou-se como um louco para atacal-omas apenas encontrou diante de si q vácuo. Maisuma vez o diabólico gigante se transformara emfumaça. Continuou a caminhar desesperado e ao

quelle pesadello. O dono do café veiu ajudal-o a le-,.vantar-s.e.íe,com um^sorriso pérfido explicou-lhe que,nessa noíte'"para y.ariar", encheu seu cachimbo não"com

fumo da Arábia, mas com um perfume novo ha-, chish. .; E concluiu i^,,

.v — Vossa,senhoria:<não gosta dos devaneios queesse perfume attrahe-?.:':'Se quizer eu posso lhe for-"Jnècer.essâ

droga em boa quantidade e por bom PreÇ°,-fj:^ O mercador, ainda meio estonteado, lançou-lhe

um olhar furioso e-sàhiu sem dizer palavra. Apressou-entrar no pateo da palácio do pachá a primeira \se pelas ruas;escuras, chegou\a sua casa e suspirou

pessoa que viu, alli, sentado entre ps que esperavam •justiça, foi o maldito negro, fumahcíd seu inextingui-vel cachimbo. .-J[

De um pulo segurou-o pelos braços, mas o braçodesappareccu, o mercador viu què tinha nas mãossomente duas pennas de gaivotas, longas eleves. . .

Deu um grito e acordou seguro aos cordões dacortina próxima a que se agarrara na angustia d'a-

»com aílivio ao. encontrar,a esposa tranquilla e inno-Ccente, como sempre. v.*\^..«.¦¦.Depois orou, reflecliu e^,, como era. um homem sen-

sato, tirou do sonho não um mas dous ensinamentos:1.° Um homem não deve fumar haschish, que e umadroga demoníaca; 2.° um marido já edoso, ao envezde passar as noites num café, deve ficar em casa aolado de sua esposa; mormente se ella é moça e bonita.

EU SEI TUDOj«àiA*i'/ ¦¦f*n

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.43*SS-

AS G1ANDES SCtNAS BÍBLICAS -- A MORTE DF MOYSES.

EU SEI TUDO

/./¦/4 4 •'•'¦ V Âdâ ,j.,-'jUHp\ - \/jyd sdd** 4\ >' 'í ii .i a r ^HMj-gr^^IX!i?agS^X- -'//J^^^yM "d'^^Êt<-dy ; /-¦ /¦¦ I'/4 "',» '4(Jfdjím&dd;jrffôlííK^ \'$âu ''//'Jy///\

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¦ ^^^^^^SffiP^PBsWif? ,^Í!?^^^^l^^i^l^^ O dgre estendia-lhe as garras entre os ramos e'"''•^^^^^^Mb^^^^^^^í^'^^^^^^^^^ r0i uma serPente ergueu-se a seu lado.

klHiW TIGRES E PAHTHERAS" ""* • ^ ^BKÍ^ÍÍw^bBh#^Í& ¦' -''WkííPÊm

r" - :^^^^^Sr^^^^K^^^^^Ê^^m ^õo 0,s' lyp°s Perfr'1 ';/ . ^^^^^bB^b^bWbI ^-^4P!A^™ÍM^B "{'tJ-v de fera esse1 «* '* / .¦ *s N^ ^^Tv^n^T^lw^pfint^lBBBBl 9L«~~ *í£*í»^^SH^5^^Hr7S^^?iií-^<Kiir /¦IW* ,-4 \>^^^MÍ^S3^^^b^^^S C¦ :¦--<¦ ¦¦ ¦-.,;¦;/ .-*' v^» ^VflfQBBh. *^^MNrfayVSi^PBMBBB^^BBF^aK'JJWgMSrygWf JaB> ,'**P **"I , * >•;> ' *^>:rsffiBB^' MW^BBBBBK^^BP^/^^^gSaB r

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r~*

O Oriente áfiàticb é a pátria do tigre, o maisterrível dos felinos e, por conseguinte, o ma ia Ler-rivel e cruel dos animaes; sua ciuelüaue não temegual em toda a creação, a não ser no própriohomem, que, para ter a primazia completa, aténa fereza, domina todos os outros seres. E e, tal-vez, por essa approximação com o tigre, que o no-mem asiaticoé, evidentemente, mais cruel do queo Occidental. Na índia, chegam a aproveitar di-rectamente a ferocidade do tigre, para martyriodos homens. Ha crimes, cuja pena consiste ematar-se o cendemnado a umtronco nos logrres frequen-tados pelos tigres, que, en-contran'o a victimajá pre-sa, a devoram ainda viva,arrancando-lhe as carnespalpitantes ! Imagine-seo horror d'essa situação:em logar ermo, o mi-seravel enleiado, sem mo-vimento, mas tudo vendo,tudo ouvindo. . . e sabendoque dentro de uma hora,duas horas, trez ' horas. . .— virá o monstro, já ha-hituado áquelles banque-tes !. . .

Recomponha quem puderos transes e a angustia d'es-sa espera indeterminada !Finalmente, surge a fera...approxima-se,. . . mas é im-possível distinguir-lhe ospassos, ou vêr-lhe o pella-gio, tão bem sabe ella dissi-mular-se ; e o infeliz tem acerteza de que tô a perce-berá quando ella estiver defauces hiantes sobre elle mwlnE eil-a que se mostra — contempla a presa, ruge aindauma vez , a^ i,. Tiremos'o pensamento d'esfe 528{lroJ^e??*n:São arrepios tetanicos os que esta visão provoca. Contemos alguns casos menos tetricos.

**#

Encar

[tos e caracteris-grandes felinos,

crueza sanguina-lação, a insidia etaque. Nem temligos mais terri-

veis. A simples evocação das scenas,que cm suas caçadas se desenrolamé bastante para abalar os ânimosfortes. Alguns episódios verídicos,'passados

cem esses mosturuosos ga-tos, serão lidos sempre com interesse

e emoção.

Em -Iguns pontos da índia o castigo para certos crimes evno o conclemnado vivo á gula de um tigre.

regado de um trabalho de agrimensura, ude passar quatro mezes nas florestas ™f "?/°a

£Orenoco. A vida era rude, a natureza era rude, os no

mens eram rudes. . .de tal modo que,dentro de poucotempo, a visinhan-ça, constante dos .pumas e dos jagua-res, já nos pareciacousa ordinária enem mais nos esti-mulava para que to-massemos as pre-cauções elementa-. es, afim de não ser-vir de pasto a essasferas, como simplesbois ou carneiros. Etanto nos descuida-mos que, apoz umincidente suggesti-vo, mas que nos pa-receu apenas gr et-tesco, vimos ser de-voraclo, sob nossosolhos, um compa-nheiro, excellentecomo cre.at.ura e pre-cíoío como auxiliar.

Era o capataz ge-ral da tropa de dozeburros, em" que eramconduzidas minhasbagagens e provi-soes. Bom, modes-to, simples, vigoro-so, intrépido, sóbrio,tinha, no emtanto,o habito, que, no ca-so, era quasi um vi-cio ¦— de não sa-ber dormir sem umgrande travesseiro;e, por toda a partepor onde ia, lá ia le-vando o indefectíveltravesseiro, que, em

taes condições e bem de verestava já soffrivelmentesujo:

Havia alguns dias já quetínhamos installado nossoacampamento perto das que-bradas de um córrego, queia cahir directamente no rio,quando se deu o tal inci-dente grotesco e suggesti-vo: pela manhã, Patrício —assim se chamava o capataz— ao acordar, não achouo travesseiro e todos nós,quando o vimos, entre deso-lado e perplexo, procurarseu indispensável instru-mento de repouso, forma-mos um coro de gargalha-das. O travesseiro estava auns duzentos metros, paratraz da barraca de Patrício,toQo roto, evidentementedilacerado pelas garras deum jaguar. Só havia uma ex-plicação possível: uma onçapenetrara em nosso acampa-mento viera até a barracado capataz e, prompta paradevoral-o, atirou-lhe umapatada á cabeça, agarrandoo que poude encontrar, earrastando comsigo, Mas,por felicidade, o homem mo-vera a cabeça, justamentena oceasião e as garras doanimal alcançaram apenas o

travesseiro, que ella em seu Ímpeto fora levando ; de-pois, enfurecida, despedaçou-o.

Como se vê era um aviso, que não devíamos des-^prezar. Mas, nós o desprezamos, não vendo no caso se-não a attitude amuada de Patrício, inteiramente des-concertado, ao ver-se crivado por nossos motejos. Eelle, já naturalmente desconfiado e arredio, mas arre-dic ficou.

Desarmou a barraca, levando-a para mais longe,e, á noite, antes mesmo de chegar a hora, retirava-se,

45

EU SEI TUDO

quasi arrufado, parauma palhoçc, mteiramerte sochavamos graça no caso e diza.mos que elle se escondia

para que não o víssemos dormir sem travesseiro. . .

Isto foi asam durante trez dias. No quarto, nelamnru estranhei não o encontrar, ao sahir da Dai-acf era ei e pontualissimo - vinha desde muito cedo

saber" • quantos burros tinha de pegar ? Meio inquieto eimpaciente, comecei a perguntar por elle e nmguem me

c4va noticias. Finalmente ma.naei que o procurasseme immediatamente, veiu um dos camaradas annunciar-me : que tinha encontrado um rastro ciesangue, quasi a partir da palhoça do ca-pataz. Bateu-me presago o coração e umcalafrio de horror correu-me toda a espi-V* i^ ^

Ainda que não fosse Patrício!. . .Quanoo nos vemos, assim, num peque-no agrupamento, perdido na immensi-cadê e na solidão da floresta virgem e«¦eivagem, os laços de solidariedade setornem mais intensos. Tratando-se ciopobre capataz — tão serio, tão dedi-cacio ! — 0 desastre pareceu-me pun-gentissimo e tive como que remorsos...

Sem buscar sequer uma arma, ati-rei-me para o ponto designado e logoreconheci que os traços eram bem fres-cos; o sangue mal tivera tempo para secoagular, a morte do pobre Patrício —se fora elle o atacado—devia datar,quando muito, de uma hora.

O aggressòr fora, sem duvida, umgrande jaguar, como o indicou o rastrobem visivelna lama da margem do cor-

46

i

rego. Ahi—éramos trez—reconhecemos

ÍÍãmÊmmmmmmmmmmmm»ÊmmmmmÊmmmmmmmmmmwmmmÊmmmm ¦ ¦' -"—¦ **

VIcsmo uma panthera das meno-res ainda é carga pesada para um

homem.

ser temerária loucura o que fazíamosseguir, desarmados, a pista de uma on-ça, que devia estar perto, a devorar apresa. Então, um dos homens íoi bus-car armas e mais gente.

Estava comnosco o Mirante, umcão ce sangue commum, mas vigoroso,ardente e intrépido. Era o mais en-carniçado na perseguição. Custou-nosmuito.impedir que seguisse a pista, em-quanto esperávamos os outros companheiros ; toi pre-ciso atal-o. ,-.: .,, 4

Meia hora, depois, estavamos.de novo na trilha,tendo já atravessado a água. O rastro era mais do queviável • os pés do infeliz, arrastado ainda com viua,pareciam que se queriam pegar em todo arbusto, emtodo a escora que encontra-vam ; viam-se bem os traçosviolentos que iam deixandopor onde haviam passado...

Finalmente, ganidos fu-riosos annunciam-nos que afera está próxima ; Mirantedescobriu-lhe o covil. Serátempo ainda para salvar o

.infeliz,? Qual ! Nem o pro-prio Mirante podemos sal-var...

Não tardou que avistas-semos o terrível gato — noalto da quebrada, numaponta de rocha, nua, que seelevava', sobre, a ribanceiracomo uma escarpa. Meio decostas para o fundo do vai-le, o jaguar enfrentava fu-rioso o valoroso cão, atiran-do-lhe patadas-.-'sobre pata-das e das quaes só por ummilagre de agilidade, aindase livrava o pobre animal.Do-pé da escarpa, eu perce-bia confusamente' o vultoao pobre Patrício, mas pelo.sangue, que tingia ás fauce.sdo monstro, bem compre-hendi que elle estava, em pleno festim, quanco o ca-chorro o veiu interromper.. .

Gom a nossa presença, Mirante mais se encorajoue avançou resolutamente para. a fera, lançou-lhe osdentes quasi, mas foi o tempo de um relâmpago.— apata terrível desceu-lhe sobre o craneo, esmigalhando-o,emquanto o cadáver do heróico animal vinha tombar anossos'pés, quasi. . .

• ¦• Nesse momento justamente, eu visava certo nocoração

^do jaguar, que mal poude armar um salto,

vindo cahir bem sobre o cadáver de Mirante. Nem toi

preciso descarregar o segunoo cano ao fuzil. Patrício eMirante estavam vingaoos.

Alli mesmo, cavamos a dupla sepultura, que revés-timos depois com a pelle do jaguar.

Esse episódio, se não me desgostou da vida de ca-cadas e aventuras, pelo menos armou-me de uma pre-vidènclá tal, uma tal precaução e desconfiança, que,nor isso mesmo, se tornaram excessivas e chegaram aconduzir-me ás bordas da morte, em circumstancias,

que constituem o lance mais angustiosoae toda a minha viça ce caçacor. Vounarral-o ; mas, antes quero mostrarcomo, por simples precaução, vi-me emsituação de abater duas bellissimas pan-theras, sem grande risco.

Estava eu no território de Ugan-da, na África, e desejoso ce evitar aestação má que se approximava, força-va a marcha, obriganao toüo o pessoalce minha comitiva a um excesso detrabalho e de precauções.

Descíamos, margeando o rio, aolongo de um trecho abarrancado e en-cachoeirado, até alcançar o ponto nave-gavel, onde tomaríamos embarcações,para dar por finda a travessia.

Certa noite, acampei, já tarde, bemjunto do ponto aa ribanceira onde aságuas do rio eram accessiveis, formandocomo que um porto ou um bebedouroae toda a alimaria d'aquellas trez ouquatro léguas em torno. Magnífico pon-to para caça de espera; eu, porem, nempensei nisto, no primeiro momento. Fizguardar bem os cavallos e burros, pre-parar os fogos e já me dispunha paraa cama, quando ouvi o ronco de umleão e não tardou que chacaes e hyenasviessem fazer coro com seus uivos. . .

Comprehenai que estava cejeaco eque assim passaria o noite ; então, semmais demora, mandei activar os fogos erecolher os anima.es bem ao centro coacampamento. ¦

Emquanto isto, as feras, com seus bramicos mos-travam que se suecediam umas ás outras no bebecouroe sentinco caças frescas, por alli mesmo se deixaramficar na esperança, de surprehender algum aos homensou dos animaes. .

Se bem que o perigo não fosse ímmm.ente, pois queas fogueiras nos cercavampor tocos os laços, todaviamandei que trez homens h-cassem ce quarto, para avi-L.ar-me se sobreviesse quai-quer incidente desagradável.

Lá para as trez horas,mais ou menos, como ei mi-nuissem um pouco os fogos,duas pantheras ousaram ap-preximar-se de r.ós ate oponto de serem divisadas eameaçaram transpor o cjr-culo cos brazeires, Então,

L—an—¦ '

Uma panthera apanhada em uma armadilha na índia.

vieram os homens avisar-me, mesmo por que os ca-vallos, presentindo as feras,estavam a.tterradps e pare-ciam prestes a despedaçaros cabrestos.

Rart.i com os homensum dos quaes era justamen-te o meu primeiro porta.-í,u-zil — Amxu.

Olhe ! Iaá estão asduas — mostrou-me /\mvu,apontanco para dous vultos,meio escondidos na sombrace umas .acácias.

— Então, encarregue-seda que está bem na. frente, á esquerda, que eu liquida-rei a outra. .4 Q_

Olhe, patrão — deixe-me descansar bem ã ce.rabina nessa ícrquilha, porque assim eu tenho cei te-de não errar... .

Como quizer ; mas devemos atirar juntos. . .

Um ! Deus 1. . . fogo !. . 4As ouas detonações confundiram-se numa ro\ '

clarão aas fogueiras, vi uma das pantheras, magnincuanimal, de dous metros de comprimento, l?nçaiumwformidável e cahir. alli mesmo, inerte, fplminaaa. ,^

EU SEJ TUDO

outra, com a espinhapartida, arrastou-separa a escuricão, üi-vando de raiva ede dor ; mancei-lneum segur.do ciro eella foi cahir poucoadeante.

A impressão queisto causou por todaaquella população decarnívoros foi excel-lente. O coro dissi-pou-se como que po.encanto ; só muitodistante e muito delonge, ouvia-se o ge-mi ao de um chacalapavorado. . .

***

Foi em Ceylão,que um excessivo re-ceio me arrastouquasi até á morte.

Ao cabo de doumezes de caçada detigres, para descan-sar um pouco e tam-bem para observarbem os costumes deuma espécie de pa-psgaiop deixei mi-nha comitiva e inter-nei-me só pela fle-resta, onde me esta-bélèci, com a fleugmede um ínglez, numachoça improvisada.

Minha resoluçãoera passar alli trezdias. Antes cie trezdia?, porem, os com-panheiros vieram e,eu, que me sentiamuito bem alli, nãosó não os acompa-nhei como lhes pedique só me procuras-sem se, dentro de

Dois dias '

^^..—-—--^^^r

Cem um só golpe de

oito dias, eu não voltasse,depois, appareceram-me dois hindus,

que, certamente5 já tinham ouvido fallar em mim, comogrande caçador de tigres e me annunciaram que elles,também caçadores profissionaes, tinham preparacociversas armadilhas em torno da minha choça e queisso tinham feito em minha honra ; por conseguinte, eunão extranhasse, se, á noite, viesse a ouvir os unos casferas aprisionadas.

A principio, irritou-me o sentir-me assimperturbado em meu re-pouso, mas não tardouque predominassem emmim os instinetos ao ca-çacor.

Quando ei les meconvidaram para assistirá morte das feras, nocia seguinte, foi com pra-zer que acceitei e, semdemora, parti com ellespara visitar e examinaralgumas das ai madilhas.Estas são constituídaspor largos e proíuncos1 ossos, cavacos nas tri-lhas por onde as ferascostumam passar ; sãocovas de coze palmoscie altura, pelo menos ede onde não pode sahir,nem tigre, nem panthe-ra,se por acaso alli cahe.

Preparaco o fosso,cobrem-o bem de ramosverdes, dissimulando-ocompletamente ao olhar

des

ar chocarreiro.

desconfiado do felino. Pela manhã, vem os Çaçaqotesé, á bala ou á flecha, cão cabo co animal, que se deixou

este é um ti-Pegar na armadilha. : mas, ás vezes, se este t. Ulgre, na fúria do ataque, chega a saltar fora cia c"'__•:.. . l r- ¦ :1^,,-r»-« r>nr1í>ra Salvaraalval-o.

Eu,'que nunca, participara d'esse gênero de caçada,a ai du caçador Só um milagre codera

sua pata enorme a fera matou o pebre Mirante.

centi-me enthusiasmado pela coragem simples d'a-auelles homens e mostrei meu enthusiasmo ce um mocotalve^ excessivo, tanto assim que, cos hinaus, o maisalto e mais forte respondeu-me com um sorriso, queme pareceu ambiguo. ,

Desce então, tomou-me um grande receio, quasimedo e pretextando o desejo de examinar minhasainw, voltei immediatamente para a choça.

,J1J_mLLL._LM Fazia um calor tor-«s^íNfcSBBfi&SBM t.urante, e a vicia absor-

vente da floresta abafa-va-me entorpecia-me. . .

Pensei em partir lc-go, mas não tive enei -gia para tanto e abar.-oonei-me a essa moco;-ra enervante cos gran-

mor maços.De repente, o trepei

de gente a correr fez-meacoroar ; ouço respira-ções offegantes e alguémque diz, á entrada cachoça :

E'' preciso cha-mar o major . . .

Fez se silencio, ir.-clinei a cabeça para ou-vir melhor e já me pre-parava para me levar-tar quanco me senti ge-lar oe pavor, ao ouvir oseguinte :

E' melhor espe-r ar mos a noite e surpre-hencel-o quando estivercorminco.

—-Ora ! E' melhoracabarmos com isto ; atiramo-lhes, uma, duas ou

trez flechas envenenadas... -apap-AE se efíe fugir ?. . , . A l ai <vt*'*f'!Pois não temos nossas facas ?.,. ¦ ,¦ ^np.,.-,Em todo o caso, é melhor atacal-o a.bva,.a. ,Então, vamos buscar as espingardas.,..,

47

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a.

EU SEI TUDO' fm

_____^————————^^»llll II

48

iny&

companhia certa-mente nao esca-paria aos ferozeshindus.

Apenas p u cl eequi 1 i b r ar-m e no

do fosso, ta-

Um tigre adulto apanhado e.m armadilha

\ror

Eu já estava de pé ao ouvir estas ultimas palavra; ;instincti vãmente levantara-me e, tão forte ire balia ocoração, que não me deixava ouvir os passos que seafastavam. .

Estava desvairado, tomaao de absurda-emoção :exasperava-me a idéia de ter escapado a mil perigos,para vir morrer estupidamente, numa cilada ígnotil csselvagem. .

Sem mais detença, empunhei a carabina e atirei-me através da floresta, nem sabendo bem para que ladoia. Corria : as folhas açoutavam-me os olhos e os ramoscortavam-me as faces e as mão?. . . Era com hoque sentia o sol já baixo nohorizonte e as sombras crês-cerem em torno.de mim.

Em certo momento pai?e-ceu-me que alguém me acom-patinava.

De repente, entrevi o dul-po clarão dos olhos de umtigre e minhas mãos febrici-tantes procuraram em vão de-safar a correia da carabina.

Senti-me perdido. Tudoquanto pude fazer foi escon-der-me para o lado de umamoita mais fechada. Abando-naram-me as forças e. . . vi-mefascinado pelo sinistro hypno-tismo do tigre ; contemplei-ocom uma sorte de inconscientecuriosidade.

No emtanto — tal é a for-ça do instincto de conserva-ção, que, quando o monstro seagachou para saltar sobre mim,fiz um gesto de recuo e. . . esenti a terra abrir-se sob os pés.

Cahi para um lado, numacova escura, revestida de terramolle, que amorteceu a queda.Quero dizer ; achei-me súbitamente no fundo de uma dasarmadilhas ; e por sobre o bu-raco ou ruptura feita por meucorpo, vi passar o vulto alonga-do do tigre, rápido como umasetta.

Nem sabia eu se devialouvar ou amaldiçoar o destino,que, no momentto, me haviasalvado miraculosamene. porque, pensava eu : pela manhã,dado mesmo caso que outrasferas não me viessem fazer

fundocteei a carabina ;distingui ou percebique alguém levan-tava os ramos, ca-vando furiosamenteentre elles. Era otigre cuja face hor-renda appareceufinalmente, com asfauces escancaradase os centes aduncos.

Compre hen d ique o monstro iasaltar e levei a ar-ma aohombro; mas,no momento de ati-rar, veiu-me a allu-cinante idéia dosdous hindus : a detonação ia revelar-lhes definitivamen-te meu esconderi-jo... e já não sa-bia o que mais te-mer — se a fera,cujo olhar me fasci-nava ou os selva-yens, que tão insi-diosamente me pre-paravam a morte!...garras aceradas...O tigre este icia para mim as

os ramos, que lhe impediam a passagem já tinham sidoquasi tocos afastado.-,... E, de repente, senti uma es-pecie de haste molle e fiexuosa, que se balouçava a meulado. . . Uma serpente **^j

A horrível naja da IndíaT cue alli tinha cahidotambém e procurava galgar a parede lisa da prisão !

Na.) consegura:esforçava-se c ahia a cada esforçoas: obumcc, furiosa com os rugidos do tigre.

Perce^endo-me, dupüCou-se-lhe então a fúria eeil-a que a/anca par* mim, tomada ae um terror de-sesperacb e a aneaçad)r. Tive, pela terceira vez, na-

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Jack Pickford c Maryllin Miller, querecentemente.

se casaram

queüa tarde, a impressão damorte e, já senhor cias minhasenergias, abaixei o cano da ca-rabina e fulminei a cabeça domonstro á queima bucha.

O ruido da detonação so-brexcitou o tigre que, exeavan-do o chão, agáchadp, resol-veu-se finalmente a saltar. Osegundo tiro da carabina entra-vou-lhe o salto a bala arran-cou-lhe a base da orelha. ...

Larguei, então, o fuzil inu-til e, de braços cruzados eolhos cerrados, esperei a morte.

Um uivo formidável e do-loroso da fera fez-me abrir osolhos : o monstro contorcia-senos bordos do fosso, nas vas-ca da agonia, . . E aos ouvi-aos chegaram-me vozes queme gritavam :

— Não desanime ! Nãodesanime !. . .»

Eram os dous hindus, queacabavam de chegar, offegan-tes, brandindo seus arcos terri-veis.

Ajudaram-me a sahir dofosso, abraçaram-me e cerca-ram-me de cuidados e attençoes.Só depois de muitas explica-ções, é que pude comprehen-der : uma panthera havia ca-hido no fosso visinho a minhachoça e elles, depois de procu-rarem-me para abater o animai,evitaram acordar-me e foramprocurar suas armas.

Aquella discussão que tan-to me inquietava e taes suspeijtas me trouxeram, referia-se afera !. . . Tive realmente ver-

fc EU SE! TUDO

gonha de *miv.hasouvidas e, de cora-ção, contando-lhestudo — agradeci-lhes, o serviço, queme haviam presta- ,do, principalmenteo me terem ensinado a ter oonfiançanos outros, comojá

' tinha em mimpróprio.Cinco annosdepois, um doma-dor farcista, ao re-conhecer-me, con-viciou-me a entrarna sala no momer-to em que umapanthera descansa-va a cabeça sobrea perna.

— Pode entrardisse elle, serena-mente, certo de queeu não ousaria. Masentrei e o animalnão levantou a cr-beca, nem o sahi-banco sabia o^que fazer, poreu quem fascinava o animal.

Foi a minhaultima aven-tura com es-ses grandesgatos.Major

Azey G.

A INDUSTRIA PRIMITIVA — O que é uma moerda de çanna na região do Loborc(índia)

que r.o memento ei a A temperatura do aço fundido e de 2 .000 gráiis:a do sol è de 9.C0O e a de algumas estreitas alcança

30.000 graus.

60.000 grausde calorDous pro

fessores daUniversida d ede Chi c d g opretendem ha-ver conseguido conve rterem metal, otungsteno. umgaz hélio. Para isso foi-lhesne ces sarioproduzir umatem per a l u r ade 6 0.000graus, de ca-lor, que é amais alia tem-per ai ura conhe c i d a a.éhoje.

\ \f %vw"^~4m^

Os sábios \emque st ã o flze-rem passari ma descargade 10 0.000;roUs por umfio de tungsteno. O ar eme.explodiu cemestrondo ¦ for-midavel, pro-duzindo chamma d u zentasvezes mais bri ¦lhante do quea do sol. Oarame ficou cenvertido cmgcz.

Os do u sprofesso resaffirmam,alemdisso, que sea p próxima odia em quepoderão con-verter em ourooutros metaes.

A, a prirncud n^v« *• gua rercetra esposa.ultima será provavelmente

nhos:Entre visi

Decidi mandarensinar canto ás minhas filhas.

Oh, demônio !E não resolveu setambém mudar se ?

A ARVOFE MAIS -SI-NI STF. A IX) MUNCO

Situada nos arredores deConst;anunop!a serviu du-rante muitos annos de for-ca á> autoridades turcas,que dirigiam as persegui-ções religiosas e condem-navam á morte iridistinc-tamente israelitas e chiis-tãos. Calcula-se que 40 mildesgraçados morreram nes-

sa arvore,

19

EU SEI TUDO

50

um remed;ouniversalEm todas as

partes do mundo emprega-secomo purganteo oleo de.rieino,obtido das sementes da pai •ma Cristi. quecresce em todasas regiões tropicães. do globo.

O rieino euma planta conhecida desdea mais remotaant igu idade,pois é indicadana Biblia e ê-gura nas narra •ções de Herodo ¦to. Theophrastoe Dioscorides ade se re v eramcom o nome de"kiki" da qualindicam que seencontrava noEgypto e naHespanha. PUnio diz que osRomanos achamavam "ri-

emus" pela si-milhança desuas sementescom os carrapatos, que têmo mesmo nome.

Hypocrates eDioscorides Indicam ometho-do empregadopara extrahirde suas'"'sêmentes o azeite, doqual, em suaepocha, fazia-seuso para a illu-mi nação e co-

Cí. —'' ir?^—^———IW,WIM^'W,WI^^^^^^^^^^^^

OS SPORTS EXCÊNTRICOS. — O jogo da cabsçi encordadx. Na região montanhosada Baviera, geralmente chamada Franconia, os camponezes apreeiam muito um sportbrutal de origem japoneza, introduzido naquella região no século XVI. Consiste noseguinte. Cada um dos antagonistas, tem que tirar o outro do logar,^servindo-se uni-camente de

- queuma corda passada na nuca, como se ve na gravura,

força exige e como deve ser doloroso esse jogo.

mo purgante. Caillard indica que entre os egypciósdevia gozar de uma estima especial, pois foi encontra-do em maitos sarcophagos.

O rieino, como planta de importância pela pro-ducção de seu óleo, cultiva-se em muitas regiões parafins industriaes, Mas seus processos de cultura sãoantiquados. São-lhepropicias as terras ar-gilosas ou argilo-cali-cosa, nas quaes a ca-mada aravel conservaalguma humidade. du-rante o verão, pois porsua rápida vegetaçãoabsorve muita água e,por isso, também i:n-teressa que a terra sejapreparada com aragemprofunda. Como suaraiz se aprofunda mui-to é preciso que a ter-ra seja fértil, de bas-tante fundo e bemadubada. Sem essascondições cresce diffi-cilmente, alcança pou-ca altura e produzpouca semente.

O primeiro que in-

clicou um pro-cesso para me-lhorar o gostod e s a g r adaveld'esse oleo foio francez Fa-quier. desodo-rando-o porcompleto. Esseprocesso consi-tia em dissol-ver a frio meiokilo . de pastafeita de sêmen ¦tes de rieinomergulhadaem 125 gram-mas de álcoolde 36 graus,submet tendo-a á acção deuma prensa,depois de mettidas em umsaquinho depa n no. Ob tinhapor termo medio 310 gram-mas de um oleoquasi incolor,transparente,espesso, comgosto apenasper cc pt i vel,s c m cheiro eque. exposto áacção do ar, setornava azedoe finalmente sesolidificava.

Pela acção doammoniaco ooleo se conyer-te em ricinola-mida, substan-cia solida, crys-talisavcl e quef ti n d e a 6 6rrraus de calor.

Este oleo sedestina princi-pai mente a usos

pharmaceuticos, preparações emeticas. purgantes, etc.Coma antigamente o azeite de rieino procedia quasique exclusivamente de Brasil e das Ant ilhas, onde acultura d'essa planta se faz em grande escala, aconte-cia com freqüência de que as sementes que se serviampara obtel-o eram misturados com ás ele outra planta

da mesma familia, cujonome scieatifico é Cur-cas purgans- de acção

E* fácil imaginar

' '"' ia—«¦^¦•"i iPilim ""al^MWMMMM"MM>ln><IH j*»M»«i^a«*Mi»pa-^W«l^^^^^BB^^*^^^^^^^^^^^^^BBB«^^BBM^^^

gástrica muito violen-oleo obtido as-

O VIAJANTE (lendo o gula). Ao entrar nessa aldeia, o visitantesente-se envolvida por uma atrmsphera deliciosa.

ta ; osim não era admissívelpara o uso medico.Para usos industriaes,como a illuminação^ efabricação do sabão,etc.: pode ser empre-gado mesmo com asimpurezas, sobre tudose previamente se pra •tica sua coeção coma água. meio pelo qualse pode privar de aigüm dos princípiosácidos nelle contidos.

Actualmente o ricino é cultivado em todaa America do Sul, Egypto, China c Argélia.

EU SEI TUDO

OS DEDOS DE FADAS « * *

TR AB ALHOSDE CROCHET

Ao lado :— Caminho dd£m 6a/x? :— Cantopara toalha.mesa.

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COUROS DE ORIGEM MARINHA

Em razão da ca res-tia dos artigos con-fecctonados com cou ¦ros, especialmente cal. ¦

çado, tentou-se curtirpeites de animaes queaté então jamais ha-viam sido utilisadaspara esse fim. Poré s s a s experiências,que custaram 50.000libras esterlinas, ficouprovado que a pelle deum tubarão de 250kilos dá uma superfi-cie útil de 3 metrosquadrados e seu esto-mago proporciona ma-terial que pode conver-ter-se em um couroforte ê macio capaz deser confundido com ocabrito aiisado cor-rente. A arraia oupeixe diabo e um ani-mal que algumas vezesalcança mais cie seismetros e sua pelle cur ¦tida pode produzir 30a 35 metros quadradosde excedente couro. Opeixe cão é relativa-mente pequeno, mascomo é muito abun-dante compensa pelonumero o tamanho dapelle. Os delphins são

: mammiferos marinhoscuja pelle é excellenle -para esse uso poden- -do fazer-se com suasextremidades um couro resistente para sa-p a t os de excedentequalidade.

A pelle e o estorna ¦go da baleia sio egual-mente bons, com a van-tagcm de que com umafellcis se poder fazerduzentos pares de cal-Çàdo e muitos metrosde correias e cordões.

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52

tado t eve osdous braços-ar-rança dos poruma granadaallemã, na ba-talha do Ar-gonne, masain-da assim, vol-tando á pátrianão poude re-sistir á tenta-ção dos sportsaquáticos e áf orça de pa-ciente trainingacabou por con-seguir nadar emergulhar. Asph otographiasque aqui da-mos, foram ti-radas em v a-s h i ngtom du-rante uma pro-va publica, naqualaos que

^^^^^^^^^mm^BIMMMBWBBBBBBBBBBBBBMBBBBBBBBBBB^^MMBI^W^^M^^M^WMMWBWIí^WMi

Um pulo do nadador sem braços..

percorrer 28 jardas em em 35 segundos. Ese admiram elle responde sorridente :

conseguiu

A singular silhueta do sr. Jonhn Ulsic.

UM HOMEM QUE NADA SEM BRAÇOS

Ora ! As cobras também não tem braços e nadam.

Antes da guerra, o sr. John Llsie eracampeão de natação cm sua cidade natal —Philadelphia (E. Unidos). Tendo-se ahs-

A MISSÃO DOPO' AT MOS-PHERICOPara muita gen-

te pouco conhece-dor a do como e porque de certos phe-nomenos r.aturaes,a atmosphera, sóimerece o titulo depura q u a n do séacha desprovida detodo e qual quertraço de pó flu-ctuanfe.

Os que assimpensam i g n o r amque graças a essepó o céu é azul epode m os ver emluz difusa ou sejaquando os raios di-rectos do sol não il-luminam um logarmas nelle se reffe-ctem.

Por que devemoster em conta o quese segue : o pó quenas cidades respira-mos é prejudicialpor ser compostode esporos micro-bianas, produetosorgânicos em de-composiçso e sub-stancias irritantesem alto grau de di-visão, mas o pódos campos, dosmontes, o n d e a

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acç.?o humana não causa effeito é não semente inoffensivomas ainda condição indispensável a toda e qualquer vida.

Os vulcões arrojam constantemente lavas infinitamentedssggregadas que arrastadas pelas correntes aéreas dividem-se pela" totalidade da superfície do globo.

O pollen das plantas, as finíssimas partículas de areiado deserto, os pósmeteoricos que in-cessante mentecahem sobre a ter-ra contribuem pa-ra formar a lumi-nosidade que nose n v o 1 ve. Se nãoexistissem essaspartículas o céuseria tão negro co-mo o é durante anoite. Essas parti-cuias cuja infinitapequenez é causade que os ooje-ctos pairem detidospelo roçam entocom a atmospherae possam, portan-to, fluetuar nella,têm a propriedadede absorver certasirradiações solarese d'ahi o facto devermos o céu azul.

Graças a .ellas,os crepúsculos es-tabelecem a tran-siçao entre o dia ea noite, e é possívelgozar esses comba-tes finaes entre anoite e o dia emque os tons desdeo vermelho até oazul se acham emrelação com a altu-ra das nuvens nohorizonte.

Na penínsulaScandinava, não sefaz pão aos domin-g@s desde 1898.Um bem processo para fazer propaganda de saltes de borracha para sapates.

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EU SEI TUDO

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ROMANCE DE UM REINovella de ANTONNY HOPE

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Resumo da parte já publicada — Embora tenha laço de pa-tesco mujtc> remoto com o rei Rodolpho da Kuritania, o jovem

fidalgo inglez Rodolpho Rassendyll é tão parecido cem esse sobe-rano como se fosse seu irmão gêmeo. Essa singular similhança dácausa a uma extranha aventura. Indo á Ruritania para assistir asfestas da corôação d'esse rei, Rodolpho descobre, uma tenebrosarnnspiração. 4 ¦ i >

O duque Miguel, irmão do rei, cdeia-o nao somente por queambiciona seu throno como porque ama sua noiva a princezaFlavia Então, auxiliado por seu escudeiro Rupert de Hentzau em-hriaaou e raptou o rei na véspera de sua corôação.

Elle conta com o desapparecimento do rei para promoveruma revolução e proclamar-se em seu logar. Diante d essa situaçãoos aiudantes de ordens e mais intimes amigos do rei — o velhocoronel Sapt e o jovem tenente von Tarlenheim appellsm para umrecurso desesperado, aproveitando a similhança de Rassendyllobtêm aue elle substitua o rei nas cerimonias da coroaçao. Toda asente é illudida pela similhança e tudo corre muito bem. Mas oIͦ é que estando o rei prisioneiro no castello de Zenda, de pro-pdedade do duque Miguel, RasserHvll tem que ficar cerca de dousmezes no papel de rei. Ninguém da pela substituição e Rassendyll

continuação)

E tem proferirmais palavra, intiocu-ziu Rassendyll no cas-tello, concuziu-o peloconecor once Bcrnens-

concuista mesmo grande popularidade por suas qualidade de bra-vura e jusviça.M as acontece que a princeza hlavia, sempre tao Jr acom o verdadeiro rei de quem é noiva apenas por oonvenienciadynastica, apaixona-se pelo fidalgo inglez, que também lhe dedicatodo o seu coração.

Então, para não ser trahidor, Rassendyll dá assalto ao castellode Zenda. O duque morre em cembatc. Rupert ièftmnujiçmgrei retoma seu logar no throno e Rassendyll volta a Jnglatem$mo amor persiste é todos cs annos vonTadenhem e enviado a|

|dacle da fronteira onde entrega a Rassendyll uma caixa cem umarosa vermelha enviada pela rainha. Este anno, porem Rainhairritada com cs maus trates do rei que tem ciúme ^f^Ç|»j|Rassendyll uma carta e, para cumulo, Tarenhein leva como cr ca d.um tal Bouer, que é um espião de Rupert de mmfim^fmemboscada; fere-o e toma-lhe a carta da rainha, que manda levarao rei E' preciso a tedo o transe impedir que essa infâmia st <..on-suní" O reTestá no castello de Zenda, Rassendyll ousadamenteparte para lá para se entender cem a velho Sapt.

Quem relata os acontecimentos nesta 2.a parte do romance é/ o tenente von Tarlenheim:

guarca, edo

tein, faziaabiiu-lhe a poitaquarto.

Sapt, que não ti-rava os olhos ce Bir-nenstí in, viu que a mãeco cfficíel se ciispav;no punho da espada.A poita cos aposento.-reaes abria-se íem iuí-co. Bernenstein levan-tou a empada. Rassin-dyll, que espreitav*por detiaz ce Sapt,soltou um grito. A et-pada co cfnciel cUguarda abaixeu-se. Neporta que se abriraacabava ce apparece'a rainha Flavia, vei ti-da ce branco. Seu lm-co rosto toi noii-te tu-bitamente tão pallicccomo o seu vestido. Eque seus olhos tinharrvisto Rassendyll.

Oo quatio ficara rrpor um momento para-lysacos ce astombio.

Rassendyll, quemais í apic £ mente i ecc-bi á a a piesença ceesph ito, afastou Sapt e,antes que es te puc eu e

a ?

Sapt lei o tefegramma co,. u,™ expressão de .IHvio , perplexidade.

8 horas, Rischcnheim deve apresentar-seem demora. . .

Rassendyll e entrarempara seus aposentos,E a porta fechou-te.

Soavam as dozebadaladas da meia-noite no relógio da tor-re cie Zenda, quando ogeneral Sapt teappa-i eceü no corredor.Chamando Be rnenstein,pastou-lhe i. mão nohomb». o e fallou-lheem voz baixa durantelongos minutos.

Bernenstein ouviaperfilaco.

Quando acabou,Sapt perguntou :

Comprehence,agora ?

—¦ Sim ! E' mara-vilhoío ! — leipondcuo official.

Sapt encolheu oshombios.

Não ha nadaque seja maravilhoso.Algumas cousas sãoapenas singulares. Maspodemos contar com-tigo ?

Morrerei pelarainha, meu general! —ciisse Bernenstein, coma voz tremula.

Muito bem.Serviremos então todoscom lealdade a rainha.Escute agora bem. As

Conduzü-

53

emes que etie ^,»^ d apoientcs reaes,impecil-o adiantou-se ate a porta cos <x±ajoelhou-; e e beijou a mão da lainna , aquella- O cfficial da gSarda anistia com

^£ombro, aque^

teena ali matica. Se a surp.eza mat^fik ^ «pri-tico fulminaco. Entretanto, sua physionomia expri

mia o paioxi. mo co asíombio. d e£tava dei-O cato não era paramtna.pcrqueorcie

taco e uí£va a barta á W^^S?f^§m ajoe-absolutamente egual, mas *m£fM%mt£i* com umlhaco diante da rainha, que o contemplavamixto ce espanto, ce receio e de alegria.

o-ha prra aqui, s« Perfeitamente, general.

O rei achar-se-ha em meus aposentos. . .° rei , * iiSim ! Sabe bem qual d elles. . .Perfeitamente, general.

E quanoo acabar a entrevista e formos almo-

çar

InquietTpelk falta ce noticiasxe seu fiel mensa-inquieta peia im;.^ ^^^""''

^e grave tivesse po-geiro, icceianco que alguma ecu. p ce ^

^ Qcico acontecer, a ^r^^^rei còVmia para visitar --.^cie Rcdclpho ac me: mo tempo lhe pi ovecava uma ale-

giia e um terror intoleráveis; ic-ouentão a rainha e

Saberei quem e então o reidizer mais nada, general !

Entendido. E não lhea menos que. . .

Seja necessário.Precisamente.

A rainha surgiu á porta.Estava extremamente pallida

Não e preciso

faremos o menor mal,

Percebia-se que ti-

apt, medindo o peiigo.cor.vic

EU SEI TUDO

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nha chorado, mas em sua expressão havia o brilho mys-terioso da felicidade. ..

Bernenstein poz um joelho em terra e beijou, apassagem, a mão branca da soberana.

Até á morte, minha senhora ! — murmurou comvoz tremula". ... AaA

Eu o sabia; meu amigo, — respondeu ella gra-ciosamente. '.'¦¦'• ;;-V ,

Depois, parando e voltando-se para os trez no-mens, disse . . ¦

Senhores, meus servidores e quenaos amigos,cobre vós e sobre o meu caro Fritz, ferido em Winten-berg, repousam minha honra e minha vida,, porque naosobreviverei se a carta perdida chegar ás mãos ao rei. . .

Não chegará, senhora 1 — amançou òapt sau-dando militarmente. ;¦'¦• ., K

A rainha atravessou o correcor. A porta íeclnou-seatraz d'eila.

UMA PERIGOSA COMEDIA Quando ás rete emeia, o general Sapt vcl-

tou de assistir ao levantar do rei, encontrou RodolphoRassendyll de pé no meio do quarto, examinando aenscenaçãoda comedia ( ou da tragédia, ninguém sa-bia ),'que se ia representar.

As cortinas da janella estavam corridas, a mesaapproximada daparede e a poltrona collocada na som-bra, junto das cortinas.

Ha amplamente logar para o senhor atraz da .cortina — disse Rassendyll e quando Rischenhcim esti-ver sentado diante de mim poderá approximar desua cabeça o cano de seu revolver. Será bastanteque estenda o braço.. Naturalmente eu poderei fazeroutro tanto.

Sim, o palco parece bem arranjado, — disseSapt, meneando a. cabeça.

E a barba ?Bernenstein o avisará de que o rei se barbeou

esta manhã.Eram oito menos dez e já Bernenstein, com seu

brilhante uniforme de tenente de couraceiros da guarda,esperava no grande vestibulo do castello, a visita doconde Luzan Rischenhcim.

Ao bater das oito horas, um cavalleiro entrou nagrande avenida.

Bernenstein caminhou a seu encontro, tendo-oreconhecido de longe.

Rischenhcim apeou, estendeu a mão enluvada aoofficial, seu conhecido.

—- E' de uma pontualidade ingleza e ainda bem,porque Sua Magestade o espera com grande impaci-encia.

Não esperava encontrar o rei já de pé, a estahora. ! — disse Rischenhcim.

Oh ! desde as seis horas que está levantado ede um mau humor intratável. Fica avisado. O barbeiroteve a lamentável idéia de lhe encontrar seis cabellosbrancos na barba. Então, que imaginae que o rei fez ?...

Mandou tingil-os, ou arrancal-os. . .Nada disco. Barbeou-se !

Assim conversando, tinham atravessado o vesti-bulo.

Luzan era moço e tão pouco experimentado nestaespécie de negócios como o próprio Bernenstein. A im-portancia ou talvez o caracter nada honroso de sua mis-são, abalava seu systhema nervoso. Sem examinar ondeia, permittiu que Bernenstein o conduzisse depressa edirectamente ao aposento onde se achava RodolphoRassendyll, não duvidando de que o conduziam á pre-sença do soberano.

Tinham chegado á porta; Bernenstein parou.Tenho ordem de Sua Magestade para esperaraqui fora até que seja chamado, — disse em voz baixa.

Abrindo então a porta, annuncicu :O conde de Luzan Rischenhcim a •":•••

O conde avançou, eíforçando-se por dominar a agi-tação. Viu o rei sentacio numa poltrona, junto da cor-tina. Apezar da penumbra que o envolvia, Rischenhcimpoude notar que, de facto, elle se barbeá-a. O rei esten-deu-lhe a mão e indicou-lhe uma caaeira em frentedelle.

Estimo muito vel-o, conde.Rischenhcim levantou os olhos. A voz de Rodolpho

era outFora tão semelhante á do rei, que não se dis-tinguiam. Ha cois annos, porem, que a voz do sobe-rano enfraquecera bastante e Rischenhcim, pareciasurprehendico pelo vigor d'aquelle tom.

Rassendyll notou a surpreza do adversário e reco-meçou a fallar em voz mais baixa.

Estimo muito, porque desejo aconselhar-mecom o senhor a propósito cos meus galgos. Emquantoas minhas matilhas degeneram, as suas pregricem emforça e em belleza.

Vossa Magestade lisongeia-me. . .Não, não! E' a verdade. Ninguém tem ga gos

como os seus. Diga-me como os trata. Confie-meo seu segredo antes que Sapt venha Qaero que sóeu e,, o senhor saibamos. . .

Rischenheim comprehendeu que era undispensa-vel desempenhar-se de sua missão antes que Saptapparecesse. Perdendo a calma, esquecendo a etiqueta, interrompendo o interrogatório real. disse :

Peço perdão a Vossa Magestade, mas antesdo mais, tenho a fazer-lhe uma communicaço decaracter grave e urgente. Sc Vossa Magestademe permitte. . a

Rassendyll recostando-se na poltrona, com umaattitude aborrecida, condescendeu.

Está bem. Se é preciso, se é assim urgente,di . Fallaremos dos galgos depois. De que se trata7

Rischenheim olhou em volta do aposento. Nadalhe pareceu suspeito. O rei tinha o queixo apoaidoa uma das mãos e a outra no bolso. /Animou-se a fallar.

Magestade, meu primo, conde de Hentzau,confiou-me. . .

O rei interrompeu-o com uma voz áspera :Não quero ter relações directas nem indirectas

com o conde de Hentzau.Perdoe-me Vossa Magestade. mas um docu-

mento de importância vital está entre suas mãos. . .O conde de Hentzau cahiu em meu profundo

desagrado, bem o sabes. . .E' justamente na esperança de expiar suas fal-

tas que elíe me mandou á presença de Vossa Mages-tade. Trata-se de uma conspiração contra a honra deVossa Magestade.

—¦ Uma conspiração de quem ? — perguntouRassendyll, simulando a incredulidade.

D'aquelles que privam mais de perto comVossa Magestade e oecupam o primeiro logar emvossa confiança. . . nNomei-os.

Senhor, não ouso fazel-o. Vossa Magestadenão me acreditaria. Mas existe uma prova escripta. ..

Mostre-a.Tenho uma copia. . .

Desdenhosáme.nte, com uma altivez real, Ras-sendyll exclamou \

Ora ! uma copia !Mas meu primo possuc o original e c.n\ ial-o-ha

por ordem de Vossa Magestade.Quem assigna a carta ?Sua Magestade a rainha. . .

O rei quasi se levantou na sua poltrona.Preste attenção ao que diz. conde ! Uma

carta da rainha dirigida a quem ? Falle ! Rxsponda !A um tal Rodolpho Rassendyll. .

Rodolpho estava representando maravilhosa-mente seu papel. Estendendo a mão tremula, exigiucom voz e^ualmente tremula : •

D?-me a copia !Os olhos de Rischenheim fuzilaram de alegria.

Párecia-lhe que o mais dimcil estava feito, pois queconseguira despertar as suspeitas c os ciúmes do rei.Desabotou o casaco e o collete e tirou de um bolsointerior do forro um papel azul dobrado.

Rassendyll, por maior que fosse seu domínio sobresi próprio, não passava afinal de um homem. Quandoviu a copia da carta, debruçou-se na-poltrona:, attra- ¦•hido por uma curiosidade ávida. A cabeça desviou-separa fora da sombra projectada pela cortina e a luzmatinal illuminou-a. Ao retirar a carta do boslo, Ris-chenheim levantou os olhos e viu-os de P.assendyllfixados nelle com um brilho devorador. Ums suspeitaatravessou-lhe o cérebro como uni relâmpago. Aquellehomem com quem faliava não era o rei. Soltou umgrito. Levou a mão á coronha do revolver...

Mas foi demasiado tarde. A mão esquerda deRodolpho Rassendyll algemava-lhe o pulso ; a outraencostava-lhe á testa o cano de uma pistola ; e aindaum braço sabiá de entre as cortinas., apontando-lheum revolver á cabeça.

Rischenheim ficou silencioso ante esta transfor-mação súbita da audiência. Eimitava-se a olhar Ras-

EU SEI TUDO

/,// parecia hypnotisado. Saptabriu a cortina,5 y ij-nou-se, tirou-lhe o revolver e guardou-o noapPI()XQepois;'apontando-lhe a arma, para o manter

i\ kh::a ameaça de uma bala, dirigiu-se a Ras-irnmovei soy « .

^nr/yL ¦.r..re||ie agora a carta e examine-lhe os

b°lSO\mbos, como se elle fosse um manequim, o rcvis-

tMralp'crmittiram-lhe depois que se sentasse. Rische-

nhWm'sentou-se. Seus olhos ardentes nao desfita-'VU. raiai"'- ,.^r^~~~~.

i^ea-nos agora, conde, onde se encontra seu

amável primo. E ' uma informação que nos interessa

Uma pancada na por-t-i interrompeu RassendyU,auc foi abrir, emquantoSapt se mantinha de guar-ga ao prisioneiro.

Bernenstein disseapressadamente :

— O creado de quar-to do rei acaba de passarg procura do general Sapt.Sua Magcstade soube,por uma sentinella, dachecada do conde. Disseao

"creado que o generai

cinha ido dar com eileuma volta ás fortincaçõesc que não tardariam. Orei pode voltar de ummomento para o outro.

S a p t refleetiu ummomento. De.oois, dirigin-do-se attenciosamente aRischenheim, disse-lhe :

— Concluiremos nos-sa conversa mais tarde.Arora vai almoçar com orei. Estarei presente aoalmoço e Berneistein tam-bem. Nem uma palavrasobre o que acaba de sepassar ! Nem uma pala-vra sobre o assUmpto desua missão. A' primeirapalavra, a primeira allu-s~K), tão certo como Deusexiste, metto-lhe uma balana cabeça. Nem o reime impediriam de fazel-o!

— Fstá bem — res-pondeu Rischenheim, mui-to pallido.

Sapt dominava agorao palco' da terrível come-dia. Voltando-se para Ras-scridvtl c apontando-lhe ajanella, disse :

-- Esconda-se atrazda cortina. Se aconteceralguma cousa, pode sal-tar da janella e através-sar o fosso a nado. PnwnWl

- Optimo ! - exclamou £°£' /favor de ser olêr aqui a carta de que o conde te- o iav

portador fantazias dosSapt não riu. Desagradavam-^ ^_

namorados, mesmo quando o namoradodylL An rpi fe^-se ouvir. Ras-

Neste momento, a voz do rei ic- ^ nasendyll escondeu-se atraz da cortina, com Pmão. O rei, entrou, palhdo. Se mf ti_

- Ah I conde, muito estimo ^

cr ^^ Mw es_

vessem dito que tinha chegado abre as cor.

perar. Que escuridão, Sapt ! Porquetinas da janella ^t-iná atra- da qual se

E o rei dirigiu-se para a cortina .atraencontrava RassendyU

Rischenheim estremeceu de prazerSapt. porem, conjurou, o perigo, lembrando ao

rei que eram horas do almoço.File recuou iá com a mão na cortina.— Conversaremos á mesa. Venha conde.Sahiram. Sapt em ultimo logar c, fechando atraz

d'elle a porta á chave, cautelosamente.Rischenheim estava perturbado. Nao lhe ia-bem

aquelie papel de embaixador de um miserável. Uu-ronte o almoço, o rei só fallou de galgos^e caçadas.As revelações de Rischenheim sobre a creaçao das suasmatilhas não o deixaram enthusiasmado.

Finalmente á sobremesa e já um pouco aborre-cido o rei recordou-se de que o conde lhe pedira umaaudiência para tratar de um negocio pessoal.

O tenente entro

poderei

, com ar affliçto exçlarhá^o : - « EUe fugiu I »,

— Que queria dizer-me ?

Rischenheim olhou Saft, para lhe mostrar que s^

lemb^va dTsuas ameaças e também que nao era um

cobarde^ ^ assumpto confidencial e nós não esta-

mos sós, meu senhor.O rei perguntou :— È' então um negocio secreto ?

_ Preferia faliar a sós. com Vossa Magestade

S°bre,:rsoarHÜmEstava bem resolvido a impedir auc

Rischeth^e o rei ficassem sós, nem que fossem cinco

minutos Disse com um ar sarcástico . ...- Segundo parece, as mensagens do conde de

¦ ¦¦

.'.Jii:¦¦'¦

'Hl

•¦!

r/v.;.-:. .... ¦.-

EU SEI TUDO

fcf \:-/"i

56

Hentzau são cousas demasiadamente preciosas parameus ouvidos?. . .

0 rei corou.Trata-se de Hentzau :7 — perguntou.

Rischenheim titubeou :Vossa Magestade não sabe o que meu primo

desejava. . ."""— Trata-se da antiga pretenção •? — interrom-

peu o rei. — O conde de Hentzau quer regressar aoreino ? E' isso ou é outra cousa ?

Houve um momento de silencio. Sapt e Ber-nenstein fitaram Rischenheim.

E' a velha historia ou trata-se de cousa nova ?— perguntou outra vez, o rei, já impaciente.

Simplesmente o que Vossa Magestade chamaa velha historia. . . — murmurou Rischenheim, sobrequem Sapt e Bernenstein lançavam olhares ameaça-dores.

Então, deixe-me dizer-lhe conde, que seuprocedimento foi incorrecto pedindo-me uma audien-cia sob um falso pretexto para esse fim. Conhece aminha opinião nesse assumpto e seu primo de Hentzaua conhece tão bem ou melhor do que senhor.

Proferidas es- 'tas palavras, orei levantou-se evoltou-se paraSapt :

—General, fa-ça acompanhar oconde. Meu cava-lio deve estar sei-lado ? Vou pro-curar os javalis.Adeus, conde! Ber-nenstein, dê-meseu braço.

O rei sahiubruscamente,- a-companhado porBernenstein, quefechou a porta.

Rische n heim,muito pallido, cris-pava as mãos numaccesso de cóleraimpotente.

Sapt contem-plava-o com umsorriso sarcástico.

Pass ara m-sealguns momentos.

Bateram áporta.

— Abra ! —ordenou Sapt im-penosamente.

Ris ch enheimobedeceu. Rassendvll

lhe prestarei o serviço de elucidar-lhe. E' um ende-reco.

Não conheço nenhum Holf.Mas conhece Rupert de Hentzau, de quem fico

agora sabendo a morada em Strelsau !Sapt ria. Começava a estar alegre.

O medico, que meUM CONSELHO DE GUERRA tratara em Winten-

berg, era. um hábilprofissional. Doze horas depois de Rassendyll, eusubia para o trem, que me ia conduzir a Strelsau,onde cheguei no mesmo dia em que o conde deLuzan-Rischenheim era recebido pelo rei no castellode Zenda. Apenas chegado a casa, em companhia deJames, expedi' um telegramma a Sapt prevenindo-ode meu regresso e pondo-me a sua disposição para oque fosse necessário.

Sapt recebeu meu telegramma no momento cmque realizava um verdadeiro conselho de guerra emcircumstancias deveras excepcionaes.

Per mais intimidado que parecesse Rischenheimpor todos os incidentes sobrevindos no desempenhoinfeliz de sua missão infame, Sapt considerava im-

prudente perdel-ode vista. Rassen-dyll não podia sa-hir do aposentoem | que estava fe-chaclo, como umprisioneiro. A au-sencia do rei podiaser curta : convi-nha que Rassendyllpartisse de Zendaantes de seu regres-so,que Rischenheimfosse collocado emcondições de nãopoder agir contranós e que todas asmedidas de segu-rança necessáriaspara impedir quea carta original darainha chegasse ásmãos do rei fossemdevidamente con-certadas.

O aposento deSapt era vasto. Noponto mais afasta-do da porta, Ris-chenheim estavasentado, desarma-do, abatido, ap-parentemente de-cidido a renunciara sua perigosa pa-tida e a capitular

bb^^hm&íÍ^^^^^^' ' "'" ' , '' "

j

Era um telegramma,"que" um creado trazia numasalva de prata.Para quem é ? — perguntou Sapt.

Rischenheim estendeu a mão para o telegrammaE' para mim.¦— Está bem. Vejamos o que diz 'Entre nós ne>o

pode haver segredos. Os seus têm que ser tambémmeus. Se o rasgar, mato-o como um cão. Leiadepressa.

Rischenheim hesitava li vido.Então, impacientemente, Sapt arrancou-lhe das

mãos o telegramma abriu-o e leu : "Holf, 18, Koni-gstrasse'\

Que quer isto dizer, conde ?Rischenheim encolheu os hombros.

Ignoro.Ah! — exclamou Sapt — não sabe o que

significam estas palavras que lhe mandam de Strelsau.De Strelsau ? — perguntou Rischenheim, cuja

palíidez se transformara em intenso rubor.Sim. E como não sabe o que isto significa, eu

ajoelhando-se, beijou a mão da rainha.

sem condicçces. Perto da porta, resolvidos a de-fender a entrada, se tanto fosse preciso, ate ámorte, estavam reunidos em conciliabulo trez no-mens : Bernenstein, triumphante e alegre, Sapt rudee enérgico, Rassendyll, calmo e perspicaz.

A rainha esperava em seus aposentos o resultadode suas deliberações, resolvida a subordinar sua con-dueta a direcção de seus protectores e empenhada emnão deixar que Rodolpho partisse do castello sem lhedizer adeus.

Os trez fallavam em voz baixa. De repente,Sapt sentou-se á mesa e redigiu um telegramma con-vidando-me para ir a Zenda naquella tarde. Havianecessidade de mais uma cabeça e de mais duas mãos.

Em seguida, o conselho proseguiu. Rassendyllfallava. Era seu plano ousado que se discutia. Saptsorria, com incredulidade, mordendo o bigode.

— E' perigoso, mas não encontro cousa melhor,— disse Rodolpho baixando mais a voz com medo deque o prisioneiro escutasse alguma de suas palavras^.Todavia , a execução requer minha presença aqui ateá noite. E' possível ?

EU SEI TUDO

^Jq0 i respondeu Sapt. Mas pode-se escon-a floresta onde irei ter com o senhor na hora

der na n^1 •,.c0lT1 _j

"M[ rinht — exclamou Rassendyll, que por sua

- se seritptrâ mesa e redigiu o seguinte, telegramma :vf_pff "19

Konigstrasse, Strelsau — Tudo vai bem.r a? de posse do que eu tinha, mas deseja ver o que1

Esperal-o-hei esta noite, no pavilhão de caça, ásr-íChoras. Ninguém suspeita do que se está passando.

Ouando acabou de escrever o telegramma, Ras-Ml oassou o papel a Sapt. Bernenstein debru-

s l-, ^obre a mesa e leu-o ao mesmo tempo que o

contestável, avidamente.L'."_ acredita que isso baste para resolvel-o^a vir?

-- E por que não ? Rupert comprehenderá que o• c ciuer receber sem que a rainha o saiba e sem que

òUsmhor também o saiba. Este telegramma não lhe

desertará a mínima suspeita. Estou convencido de

de que elle não faltará á entrevistaq_l

Receio que não ! — disse Sapt. Quem lhe af-

fiança . que entreRupcrt e Rische-nheim não ficoucombinado um co-digo telegraphi-co

me

A

Nãoparece, porquenesse caso, Rupertter-se-hia servidodo código paramandar o cinde-reco.

Admitia-mos que elle vem.E depois ?

-- Depois ?Mas é muito sim-pies ! Encontraráo mesmo rei querecebeu Ri s ç. h -nheim.

Rec onhe-cel-o-ha infallivel-mente.

Sim, talvezme reconheça —replicou Ras sen-dyll sorrindo—Viasisso e commigo.

E Rische-nheim ?

Ficará soba vigilância do te-nente Bernenstein.Está oecupado ocastello de Tarlc-nheim , cWk/ __ O rei üffereccu-o__ ^ão — respondeu òapt. — vj ru ou.

a Fritz para lá passar, o verão.Rassendyll sorriu, satisteito. a F ., 0

, - Oprimo -Então os do,s am.gO| ^ J^&

conde de Luzan-Rischenheim e o tenence ^

irão para lá hoje --^^e Chorascederá ao tenente uma licença O-

^. ume esses dois cavalheiros faraó o sacnfi.iocePdia e uma noite no castello. E

||||||- risio.fty^&ri será o carcereiro e Riscne/in.im f

"'"A Comprchendido ! disse

^nensle^^

S, ^íTa° fronteira m!mde-nos noticias suas.

Na guerra como na guerra. Bernenstein,— Comprchendido 1 — repetiu

pcrfllado- ^ • ^ nffirial não olhavaSM escolhera bem. 0 jovem offi^

adviro perigo nem aos prejuízos, que me hDedicára-se a rainha. . .-•¦-. ^-

"¦:irri suspiro

Um movimento de impaciência c um su.p

Detive-íne a mão ca ao mesmo tempo, apontei-lhe um revolver.

de fadiga soltado pelo pobre Rischenheim fez voltar acabeça a Rassendyll e a Sapt.

Evidentemente, elle. empregava os maiores cs-forços para ouvir as deliberações d'aquelle terrívelconciliabulo, mas Rassendyll estava convencido de quenenhuma de suas palavras podia ter sido escutada porelle. E era bastante olhal-o para ficar convencido .cie que renunciava a qualquer reacção. Uma espéciede apathia dominava-o agora.

— Parece-me que não lhe dará muito trabalho— murmurou Sapt ao ouvido de Bernenstein, indi-cando-lhe o prisioneiro.—-. Entretanto, porte-se como se esperasse ocontrario ! — recommendou Rassendyll.

— Sim é um conselho ajuizado. . . — disse o con-testavel. — Éramos bem governados quando tinha-mos como rei provisório este Rodolpho !

Rassendyll ficou por um instante pensativo. ü

plano estava definitivamente concertado. Se pudessemvencer Rupert, Rischenheim estaria á disposição dei-les Conservando-o longe, da acção, seguramente se-

questrado, de mo-do a poderem ser-vir-se de seu nomepara attrahir Ru-pert era provávelque conseguissemdestruir o tremen-do inimigo,

Tinham resoi-vido matai-o. Sapthavia-o de cia-rado. E não tinhaque hesitar. Tra-tava-se da honrada rainha e Ru-pert não passavade um assassí-no.

Somente, nemtudo o que os ho-mens resolvem secumpre. . .

Bernenstein foimandado expedirps telegrammas.Sua ausência du-rou cerca de meiahora. Durante es-te tempo. Rassen-dyll e Sapt ex-plicaram a Rische-nheím o que ti-nham decidido fa-zer d'elle, pergun-tando-lhe se esta-va resolvido a re-sistir.

Rischenheim teve um riso amargo.Para que resistir ? Com certeza não hesitariam

cm metter-me uma bala.Seguramente — replicou òapt.Permitta-me, Sr. conde, que lhe aconselhe --

Hisse Rodolpho -- a acerescentar, se conseguir sahir

t^e salvo d-esse negocio, a honra a prudência ao

c"avalhéTnsmo que o distingue. Está a.nda a tempo

de voltar a ser um gentilhomem.Bernenstein regressou. Depois de ter trocado ai-

„UJpalavras com Rassendyll, apertou-lhe a mao,

IPlgrtal a seu prisioneiro para o seguir, mon aram

imbòfa cavallo e partiram a trote como os melhores

cambadas dP.ste mundo. A rainha, da janella de seus

aposentos, viu-os partir e notou q^-f" *a

um metro atraz. de com a mao no punho ^J3^

DISPOSIÇÕES PARA A BATALHA apezar dos peri

^^^^^^^^^m^yfm%^^^^ aa^ .»*'--» ¦ — .

a que se ex-

punha, resolvera voltar a ver a rainha antes de par-

tir A entrevista não apresentava, ^.ps^„g^difficuldades. A rainha tinha por hab.to descer aos

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/

EU SEI TUDO

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aposentos do contestável para conferenciar com ellesobre seus negócios. O mais perigoso seria em se-guida, fazer sahir Rassendyll incógnito. Prevendotodas as eventualidades, Súpl deu ordem para quea guarda do castello fizesse exercício no parque, áuma hora da tarde, c autorizou a creadagem aassistir ás manobras. Esperava assim afastar oscuriosos e dar a Rassendyll a possibilidade de attingira floresta sem ser visto.

Combinou-se o logar da entrevista nocturna eentregaram-se ao acaso os pormenores imprevistosque podiam sobrevir no decurso da acção. Rassendylnão se mostrava receióso. Confiava em que saberiadisfarçar-se e dissimular sua presença na floresta du-rante as longas horas, que alli devia permanecer, paraque não corresse a noticia da.presença de um segundorei, sem barba, o que poderia prejudicar todas as cem-binações.

Emquanto Sapt tomava suas disposições, a rai-nha desceu ao aposento em que se achava Rassendyll.

Approximava-se o meio dia. Bernenstein par-tira havia meia hora. Sapt acompanhou-o até á portado corredor. Tinha dado ordem para que Sua Mages-tade não fosse incommodada sob nenhum pretexto,e disse-lhe. de maneira a ser ouvido, que voltaria omais depressa possível. Respeitosamente fechou anorta depois delia ter entrado.

Só sei o que se passou nesta entrevista pelo que arainha me contou. Tomou conhecimento, primeiro,dos planos cie Rassendyll e embora tremendo ao pen-samento dos perigos que elle ia correr defrontando-secom Riipert de Hentzau, parecia não duvidar de suavictoria. Mas como ella se censurava a si própria ohavel-o exposto e a seus amigos a tantos perigos porcau^a da sua carta. Rassendyll tirou do bolso a cartaarrancada a Rischenheim, beiiando-a.

Se eu tivesse tantas vidas como de palavrasha neste papel; sentir-me-hia feliz por dal-as todas.

Rodolpho é só uma vida que tem e ella me per-tenee. Algum dia pensou que nos tomaríamos a ver?

T gnorava-o.Eu sabia que voltaríamos a nos ver ! Onde ecomo, ignorava-o também. Mas sabia que, uma vez,ainda meus olhos o contemplariam. Por isso vivi¦Rodolpho f' '"—

Que Deus .a abençoe, Senhora !isso durará sempre ? — perguntou a rainha

commoyida, apertando-lhe a mão.!; — Sempre ! — murmurou Rassendyll.Vou dizer-lhe uma cousa que só o senhor me

poderia perdoar, porque só o senhor me pode com-prehender. Sinto-me contente quasi por lhe ter es-cripto essa carta. . .

Ah ! •Sim. Rodolpho e contente de que a tivessem

roubado ! E' para mim uma doce alegria saber queluta por mim, por mim só, d'esta vez !

Suas palavras são a mais preciosa das recom-pensas, senhora ! Não tenha receio. Venceremos !

Sim. venceremos ! E depois. . .Depois. . .

Seus olhos banharam-se de lagrymas.Rodolpho na noite passada sonhei com o se-

nhor. Um sonho estranho ! Estava em Streslau e tocaa gente me fallava no Rei. Era o senhor o rei. Eraemfim o senhor o rei e eu era a rainha. Mas não podiavêl-o senão indistinetamente. Em qualquer parte es-tava, mas não sabia onde. De tempos a tempos viaseu rosto. Então tentava dizer-lhe que era o senhoro rei. Sim; c o general Sapt e Fritz esforçavam-se tam-bem por lh'o dizer e o povo gritava que o senhor era orei.Que significava isto ? Mas o seu rosto quando ovi. estava rígido e pallido. Não parecia o mesmo. Nãoouvia o que lhe diziam, nem mesmo o que eu lhe dizia.Poderia suppor-sc que era um morto. Ah ! não se devemorrer, mesmo para ser rei ! — acerescentou a rai-nha pousando-lhe a mão no hombro.

Bem amada — disse elle docemente. — Nossonhos, os desejos e os receios se entrelaçam de modoestranhp.- Assim, imagina yêr-mé rei e morto, em

vosso sonho. Comtudo, não soti rei e estou de perfeitasaúde.

Sapt entrou e convidou Rassendyll a acompa-nhal-o ás cavallariças para montar a cavallo.

Não ha tempo a perder — declarou e seuolhar parecia censurar a rainha pelas palavras quedirigira ao homem amado.

Rodolpho quiz ajoelhar-se, porem cila impediu-oe ficaram ambos, um em frente do outro, com asmãos ligadas.

De súbito a rainha approximou-sc, mais dellee beijou-o na fronte, dizendo :

-— Que Deus o acompanhe, meu cavállèirò, meucampeão !

Rassendyll muito pallido, dirigiu-se para a porta.quando um rumor de vozes c passos o fez estacar nomeio da sala.

Sapt precipitou-se para a porta, com a mão nopunho da espada.

E' obreiv? — perguntou em voz baixa Ras-senáyll.

Não sei — respondeu Sapt.Não, não é o rei — affirmou a rainha com

convicção.Esperaram. Alguém bateu discretamente á porta

Nenhum d'elle'Í3 se moveu. Voltaram a bater.E' preciso abrir — disse Sapi. Esconda-se

atraz da cortina.A rainha sentou-se, Sapt demorava-se em pre-

parativos.Depressa ! Depressa ! — supplicou uma vozatraz da porta.

Reconheceram a voz de bernenstein. A rair.haergueu-se, de chofre. Rassendyll sahiu de seu escon-derijo. Sapt abriu a porta.

O official entrou, pallido, offegante.Que suecedeu ? — perguntou Sapt.Elle evadiu-se ! — exclamou Rassendyll, adi-

vinhando a desgraça que reconduzia Bernenstein.Sim, evadiu-se ! Quando sahiamos da cidade

e tomávamos a estrada de Tarlenheim, perguntou-me:Iremos sempre a passo ? Como o meu desejo,fosse exactamente andar depressa, puz o cavallo atrote. Ah! que imbecil que eu fui !

Pouco importa ! continue !Pensava na missão de que me encarregava. . .

Confiava em meu revolver. . .Em tudo, excepto em seu cavallo ! — ex-

clamou Sapt com um sorriso irônico.Sim e o cavallo escabreou-sc, cahi. Elle não

esperou que me erguesse. Enterrou as esporas nosflancos do animal e partiu a galope. . . Descarregueio revolver duas vezes. Apontei-o bem. . . Creio queacertei. Vi-o mudar as rédeas de mão e torcer o braço.Montei de novo. Mas seu cavallo era melhor do queo meu. Persegui-o á desfillada. Passava gente naestrada. Não ousei atirar outra vez, sempre na espe-rança de alcançal-o. Depois de meia hora, meu ca-vallo não agüentava já o galope. Desisti. Não mereçoque voltem a confiar em mim.

¦— Foi um simples incidente de que não 6 cul-pado — disse Rodolpho Rassendyll pousando a mãosobre o hombro de Bernenstein com cordialidade.

A rainha levantou-se, deu dois passos ao e.icpa-tro do jovem official.

Não é o êxito, mas o esforço que merece gra-tidão 1 — disse, estendendo-lhe a mão.

Bernenstein ajoelhou, beijou a mão da rainha, ecom lagrymas nos olhos disse ,-;•

Para que eu mereça sua generosidade, Se,-nhora, obtenha que me seja confiado o posto de maiorperigo !

Senhor Rassendyll -— volveu a rainha serápara mim um prazer que empregue o tenente Ber-nenstein em meu serviço. O que lhe devo é já muitoe desejo ver augmentada a minha divida.

Houve um momento de silencio,'.que Sapt inter-rompeu

— Qeic vamos agoraStrelsau.

fazer ? Rischenheim !oi a

Continua no próximo numero).

EU SEI TUDO

Os mais lindos olhos dascena muda

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Conforto improvisado — Mrs. Martin Jobass^n a esposa do famoso explorador inglez d'esse nome, tomando banho emuma eova aberta por um elcphante em pleno sertão afrieano.

0 CENTENÁRIO DE S. BERNA 1D 3

A/2? está um centenário que poderá ser eguabmnlecelebrado pelos celibatarios, viajantes e hoteleiros.

Foi no anno 923 que nasceu, nos arredores de An-necy, S. Bernardo de Menthon'. Em sua juventude,viajou pouco e estabeleceu residen-cia em Paris.

Depois sua família propoz-lhe que desposasse Margarida deMilans, moça de grandes virtudes,como o eram todas as noivas no-bres, d'essas epochas longínquas.

Mas S. Bernardo tinha outrasidéias; para escapar ao casamento,fugiu do castello paterno na manhãdo dia fixado para a celebraçãodas nupcias e e por isso quemerece ser honof iriçado pelos celi-batarios declarados.

Vamos encontral-o mais tarde,como archi-diacono de Aosta; jun-dou os dons estabelecimentos conhecidos mais tarde com o nome demosteiros do Grande c do Pequeno

"NA PRIMAVERA" "

Despertou: e ei!-a já, fresca c rosada,No. campo cm flor, que se atavia e toucaDa primavera ao bafo c nnde é já poucaA neve, ao sol fundida e descoalhacla;

E em sua tremula, infantil risada,A bocca abrindo, patenteia, a louca.Rico escrinio de pérolas da boccaNa pequenina concha nacarada;

Qjebra as papoulas e despenca as rosas;Passa entre os jasmineiros, que se agitam,A's vezes célere c pausada ás vezes;

B sob as finas roupas ondulosas,Seus leves pés, precipites saltitam,Pequenos, microscópicos, chinezes. . .

RAYMUNDO CORREIA.

S. Bernardo, dos quaes todos os guias da Suissa re-[atam meticulosamente a historia.

Os pesquizadõres de textos- porem pretendem queS. Bernardo não teria feito mais do que desenvolver umainstituição já existente attendendo-se a que os annaesdos bispos de Lausanne mencionam um convento nessa

regiões em 832, convento que teveno anno 850 um prior chamado

•Hartman.

Na epocha da emigração, dá-secom freqüência o caso de se pesca-rem em um só dia,concoenta milhõesde arenques, na costa dá Escossia.

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Em termo médio, o bicho daseda, recem-sahido do óvulo, pesameio milligramma e quando adquire todo o seu desenvolvimento augmentou 8.000 veies de peso, nãonecessitando, para isso. mais doque trinta dias.

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AA ouinta do Vesuvio, nas margfns do Douro* a,

ai J. ro valle de vinhedos4 terra en-df Portugal" fslm duvida, o norte, onde nas cantada, onde uma população forte - de corpo e de.

^^'Sctonalid^de; e, do norte, a região, espirito- tez jorrar de penhascos okc^vu»^

dos vêem-se es atender os bordosdo rio, cujas ondas, depois deabebeirar as cepas e vivifical-as,

0 VALLE Dbem fadada, é esse valle do Dou-ro, rom os seusVINHOS PO PORTO,famosos entre osmais famosos ecom os quaes se . .coroa todo o menu bem ordenado. Com ospratos de sobremesa, finos, saborosos, doces,delicados, só c te vinho' se harmonisa bem^porque completa-lhes o gosto e o perfumeSeu bouatiet,seu sabor,dão a ultÍTma nota de\>;ozo ao pa-iadar, resu-mindò; nu -ma syntve-se intensa.todas as di- ]versas im-pressões dojantar. Na-da mais in-teressant edo que co-nhecerater-ra capaz deproduzir es-se vinho ca -pitoso.

E' O Dou- Carro de bois

E OS SEUS VINHOS

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^BIflflflflflflflflflflflflflflM^flflflflflflflflHfli^MiMflBfe>1aM flfll BtTb??8? ?*vs^Ü n^Kfl Rkí* 'i

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\ liíÉili ImII: I\ nfilM ¦¦w —fljflflflflfll -^^^¦¦1 ^^glnBj ¦»!¦¦¦ uflflfflM ¦¦¦tjjhtTTPfffim tt4- mlytiJLJjK^Smii

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proporcionam ainda um meio fácil de transporte aos vinhos, que se vão depositar nas

grandes cavas de Gayá. O rio é continuamentesülcado pelas elegantes barcaças a que se dá o

nome de ra-bello,embar-cações» pit-toresxas eartisti cas,que trazemuma notaviva . e ale-gre á bellapaysagem.

A subidado Porto atéa quinta doVesuvio, emestrada deferro e depois, a des-ei d a doDouro emba rco atéPinhão, são

deC0NTÜZ.NDO O V.NHO OO DOURO PARA OS OBPOS.TOS DE V„,.A NOVA DA GaVA fPCRTO) V«g«lS

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en-, um èffeitocantador.

De repente, àregião granitica,deb terras leves,

•silicosas, fáceisde trabalhar eonde a abundancia de água pro •

, meti te, uma cul-tura variada everde jante, súbs '•titue^se por, umaregião schistosa,de paizàgensseccas, austeras,não obstante acorrente caudalque passa em ,baixo e ao longoda qual segue aestrada de ferro.E ssa mudançade tom se . fazna altura dos"Banqueiros" e érealmente % s u rprehendèntè:a. Ehtra-se<-' nas •terras, vinha reiras do Alto-Dpu -ro e não tarda afy&p a r e c e r aquinta do Vcsuvio, onde seacham reunidostodos os caracte sres da região.Essa propriedaclef creada e orgafiisada p e 1 a;;casa Ferreifinhaj;é Um modelo nogcnero e repre-'senta, como asout ras quintasp c r tencentes ámesma firma,uma das empre-zas mais nota-veis da agricultura portugueza.E foi uma mulher, D. AntoniaAdelaide Ferrei-ra, quem teve a

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Uma vindima nos vinhedos das montanhas do Douro.

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63hwH@^^éhI93^^9h) Hp^'-* rfKn I^%9Hb1bbb^£í E^ubI bmb hK^k^iSÍ^k^-3Bft£^P>''¦LTJwfHffr ffi^ffiWKfci •^J^HWWSfnB^BEsSiiL^^Ai_- {.»*«í»ii^*^f*"'^Sfííswbksc*!

Trabalhadores agrícolas, que conduzem a uva dos vinhedos para o cellciro, poroceasião da vindima.

iniciativa eo ta-lento de formartoda essa lavou-ra modelar. Deterras incultas,a ba n d o nadas,ella fez vinhedose olivaes bellissimos e •— o que émais importante—-ricamente produeto res. E' umapropriedade onde t r a b alhammilhares de ope-rarios e onde seencontram todosos aper feiçoa-mentos da moderna industriaagrícola..

D'ahi convémseguir ate á fozdo Tua, admi -rando as mar-gens do Dourob e m d i t o, de

. .quinta, em quin-tá e tem-se oc-casião de con-templar Malve-dos e Sibio. Aquinta de Mal-vedos, pendidasobre o rio, e ade Sibio, maispara o interior— a rodeiar umahabitação pitto-resca — sobre acollina do Castello, estão as-sentadas ambas,como aliás todasas outras, que sevêem''; sobre osschistos caracte-risticos do valiedo Douro, especie de lousasfriaveis, de ineli-nação variável,facilme n t e decompostas pelosagentes atmos-phe ricos.

COMOE FaCILSABER TUDO

^P Grammatica Litterana ^52 PEQUENA bNCYCLCPEDIA POPULAR

BICCIGNARIO DE NOMES PROPRÍOS(SEGUNDO A HISTORIA EA LEGENDA) ¦?

Abrahão de Santa Clara, pregador allemão, nascido na-Süabia em 1644. morto em 1709. Seu verdadeiro nome era UlncMereeíe Entrou para a ordem dos Augustincs descalços e foi,chá- amacio a Vienna em 1669, como pregador da corte. De seus sermõesxcheios de imaginação e verve, restam-nos diversos escnptcs pübli- ;.cados sob os titulos bizarros de «Adega bem cheia onde a almaoode beber as bênçãos a Azougue Espiritual; Capella de morto ,;-;bem Mobiliada,etc. Foi elle o modelo de Shiller na "capucinada:;,;.

do Campo de Vallenisten. a ".¦¦ '">'

b^SAbraun. Na mvtholbgia germânica, espirito, que revelava aos

homens os logares era que havia riquezas qceultas e que se ençar-*nava nas ráizes da mandrágora: ¦'¦_ _

's- Ia,

AbSÀI-aO filho èeiDávid, 'que assassinou seu irmão 'Amnon.i-;

depois conspirou contra seu pai e obrigou-o a fugir de JesrualemS : ';;;

Foi vencido por Jòab no bosque de Ephráim. Em sua lugasua Tonga'cabelleira"émbaraçou-sé:: nos ramos ¦ de uma arvore,onde: ficou suspenso: ]':oab, que o perseguia, matou-o mau graduas :ordens de Daiid, Faz-se éllusão ao fe trágico de Absalao, e a sua.,longa cabelleira ; cabéLleir^absalonicá € ¦:£&& I

Absalão ou AxfeÚ arcebispo de J.uqdbPnmaz de Dinamarca,;Suécia è Noruega, tíiinistroíle Wàldemàrrfe^ CanuicrV ^nascido:em 1128 na ilha dè' Seeland, rríòTto em 1201i Livrou a Noruega dos

piratas Wendes, dominou revoltas, lutou contra o imperador da

.AHemãnha, conquistou o Mecklemburgo e a Esthonia. Deve se-lhe uma parte das leis publicadas por Wàídèmár I- Mandou cons-trüir o-castello forte de Hahfn, em redor do qual elevou-se pouco a

pòüço.Copènhague. „•«.„;,, oAbsimaro ( Tiberius ), chefe de legião, que se substituiu a

'í.eoncio cemo ímperàdcr de Constantinopla em 698 ; íoi venciao e

morto'por jústiniano 11 no anno 705. . VVIAbstêmio (LOURENço).Litterato e sábio critico do secuio av i,

nascido èni Mace rata. O que deixou de mais importante uma com-

pilaçao çiè.;(çem fábulas, traduzidas em grego ou tiradas üe seu

próprio engenho. .¦ A;c^r, '¦ a AbsyRto, irmão de Mcdéa, que o cortou em pedaços e clisper-;spU-os:^èlas estradasS afim de deter os que a perseguiam para otimpedira ., otvl auv.

b A-bdeno, sobrenome de Leandro, por haver nascido em^ad>dos. Nome sob o qual é conhecido um historiador grego do secuioII oú III, depois de Christo, que escreveu uma Historia cia ASfyr^

bAcAGio, martyr chrystãò decapitado sob o reinado de LnuClí'CAcacío,

denominado' o Zarolho, bispo de Cesaréa no ano 340,chefe da seita ariana, dos acacianos, morto em 365.

Acaciò, bispo de Berões, na Syria .desde 379, morto em 3-iO.

, Fói um dos perseguido/es de S, jcão Chrisostomo. ^,nrt(- em: ¦ Sto. Macio, bispo de Amida ( DiarbekirJ em W^M^M420. Foi canonisado, sobre tudo em recordação dos s»^g^pfèz pafa salvar os Persas prisioneiros de Romanos. Festejado a.

de Abril, . , ¦.,

EU SEI TUDO

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Barco rabellõ recebendo carga na «terra do vinho». I

Nesta ultima propriedade, encontra-se uma gran-de variedade — verdadeira collecção — de espéciesde uvas, tanto nacionaes como estrangeiras c se podemfacilmente comparar: bouschets, carignanes, pinots, ca-bernels, arinthos, frincadeiras... ao lado de alvaralhão,tourigo. tintas, carvalhas, francisca, amar ella, cão, car-neira, mourisca, louzão... velhas variedades, tradiecio-naes c notáveis, communs em Vesuvio e em Roriz.

Nesta ultima quinta — de Roriz, para onde sevai descendo o Douro, entre ribanceiras outr ora co-bertas de pântanos, mas hoje apenas salpicadas dealgumas tintas verdej antes — em Roriz, encontra-seo* que bem se pode chamar uma rica reconstituição.São bellos muros de supporte, construídos solidamentepara resistir aos tempos ; as antigas cepas indígenasmantidas integralmente e nas mesmas proporções,que contribuíram para fundar e realçar o nome dapropriedade ; águas bem conduzidas e bem cultiva-das : prensas commodamente renovadas, ao nível su-perior da adega. da qual uma parte é subterrânea

Este domínio é um dos que honram a lavoura doxallc do Douro e mantém alli as tradicções fidalgasdos grandes senhores.

Para apreciar o Douro rico, o progresso do tra-balho agrícola, o domínio augusto do rei dos vinhos,é preciso absolutamente visitar essas trez proprie-dades — Vesuvio, Roriz e Carvalhas, que, no em-tanto, não são os únicos exemplares da região ; No vai,Canaês, Paço de Monçal, Villarinha e muitas outrasmerecem ser conhecidas e admiradas.

Pode-se dizer, de um modo geral, que esse d.i-reito __ ao titulo de boas quintas do Porto—devecaber a todas as propriedades vinícolas assentadaspelas encostas do Douro, subindo-o, desde Barquei-ros, até a fronteira hespanhola numa extensão de 70kiiometros, por quatro kilometros de largura. Nessaregião montanhosa a uva é cultivada em escalões outerraços, sustentados por grossos muros de pedra,e que são como degraus de gigantescas escadas detitans, a escalar montanhas escarpadas.

A terra d'esses terraços é feita, por assim dizer,pelo homem, que arrancou m pulverisou a ardosiaáspera das rochas. Então, comprehende-se quanto edifficil plantar e cuidar taes vinhedos., Um milheirode cepas custa, ás vezes, mais de trez contos de reisem nossa moeda. ' x*

O clima do Douro é forte e excessivo.nNo verão,***

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65

Barco carregado de vinho, vogando ra-a o Porto,

EU SEI TUDO^___^_^^^^—^^^^^^^^ HI^MBBMHMMn méBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBM^..

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66-

O famoso convento de Santa Clara, em Villa do Conde.

uma temperatura habitual de '2° á scmbra, subindoás vezes até 50° ao sol ; um vento ardente, que vemde leste, e que, junto ao reverbero do solo abre as ar-dosias, torna as horas do dia bem pouco agradáveis.Estes calores estendem-se ás vezes até o outomno — aquadra das vindimas, que são feitas por mulheres,munidas de canivetes e trazendo ao braço um cestoonde lançam os cachos colhidos. Rapazolas de rostobem fortes, são encarregados de levar esses cestos ateoutros maiores, conduzidos depois, nas costas de ho-mens robustos — por caminhos impraticáveis quasi —

I

até o logar onde se faz o vinho. Os proprietários fis-calisam cuidadosamente o trabalho dos operários,evitando escrupulosamente que entrem para a co-lheita os cachos defeituosos ou não bem maduros.

A uva vai tal qual para as grandes cubas de pe-d a, onde começa o trabalho de esmagamento.'

Logo que o mosto accusa no glucometro — que a

primeira fermentação está terminada, é passado paraas grandes pipas, onde se opera a primeira vinhagem.

No começo do inverno é o vinho extravasado esó na primavera o mudam de novo e o transportam

quer em estradade ferro, quer noselegantes rábellos,que des cem oDouro até o Por-to, onde o delicioso licor vemc o m p letar suaeducação—cuida-da, m e t iculosa,cara e longa, nosdepósitos de VillaNova . de Gaya,de onde vai paraencantar os paladares, e estontearas cabeças, de parcom os seus ceie-bres congêneres —Xerez, Marsala,Chypre, Steingber e Tokay. . .

A villa de Celorico do Basto, um encantador recanto do Minho, que Eça de Queiroz immortalizou cem seu CASl RO.remance "Os Matas .

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GOMO E' FÁCIL SA-— BER TUDO — Economia Domestica PEQUENA ENCYCLO-

PEDIA POPULAR

Contra os incenlmos — Para suffocar um incêndio incipientepede-se empregar uma solucção de dez partes de sal de cozinhae 5 partes de sal amoníaco em 30 partes de água. Conserva-se emgarrafas. Em caso de incêndio, é bastante atirar sobre o fogo umaou duas dessas garrafas com força suficiente para que se quebrem.

Preservativos contra o rheumatismo — Pcdem-se consi-derar cemo taes uma nutrição tônica e sã o emprego de roupa delã em contacto com o pelle.

Quando o rheumatismo se faz sentir em qualquer par te docorpo, pede-se impedir seu desenvolvimento por este processopouco conhecido. Cem um pedaço de Ia suave frieciona-se repeticlasvezes o membro affectado que se cobre depois com pelle de cordeirode modo que a lã toque a epiderme.

*** Convém recordar aos agricultores que o melhor remédiocontra a phyloxera é a água auente. Não devem temer pre-judicar a planta, posto que está provado que a immersão dasplantas em água quente, durante cinco minutos, augmenta seu

vigor ao mesmo tempo que destroe a phyloxera e demais pa-rasytas que damnificam a raiz. ___ .,.'.*... •• ¦ »

Talvez se desconheçam muitas virtudes do bi-carbonatode sedio que tão barato se vende no commercio. £m pequenaquantidade evita que o caldo ou o leite azedem.

Diluído em um pouco d'água, de modo a formar uma pastae applicado sobre as queimaduras, acalma immediatamente a dore impede a formação de bolhas.

As folhas seccas podem ser utilisadas para formar terracm um jardim f

A' medida que*se apanham juntam-se em uma lossa pra-ficada expressamente para isso em um canto do jardim. 1 apam-se cem ramos para que o vento não as carregue e se passaremmuitos dias sem chover, molham-se de vez em quando. _

Ao fim de seis mezes, já em completa decomposição, essasfolhas se convertem em excellentc terra de adubo para as

plantas,

EU SEI TUDO

i ,..,ií«*WH»'

SAGRADO COM 09_PBOFANO

¦¦

Até onde os norte-americanos levam apropaganda.

Embora votada e emexecução nos EstadosUnidos, a lei de prohi-bicão das bebidas ai-coolicas continua a serardentemente combati-da. Ultimamente, nãosabendo mais o que in-ventar, seus oppositoresencommendaram ao fa-moso pintor J F. Kau-fman, um quadro repre-sentando um incidenteda vida de Christo —As bodas de Cana

Como se sabe, o No-vo Testamento nos con-ta que, nessa occasião,Jesus transformou cmvinho a água, que en-chia as jarras prepara-das para o banquete.Por instrucção dos pro-pagandistas, o sr. Kau-fman pintou o Redem-ptor muito penalisadoao ver os leaders pro-hibicionistas, que, inva-dindo a casa e interpel-lando-o brutalmente,destroem seu milagre. , . . ~O deputado Volstrad o autor da lei de prohibiçao.seguraJesus por um hombro, censurando-lhe sua proteçãoao alcoolismo, emquanto o Sr. Bryan entorna o vinho.

i. 1 /'JrffiSjaByfJpM yfJpHftffij ,V*J''^~ *"' ' ^ ''* '->,f.' • '"¦ .JK,v.*.\ ~^t i .»" J,~*'1 •' "'* ¦'¦••.** ¦' iyt*^i'

Não é banai a proeza, qUe " fPhoWjiJ-g

nos -str. Nella se vê o barão de^lbaney

Em Atlanta ( E. Unidos ) celebrou-se recentementeo casamento do Sr. Asa Candler, de 71 annos de edade,

multimillionario, rei da kola e da coca, com Mlle. Ragm,

sua stenographa.71 annos ! Talvez seja muita edade para fazer a

felicidade de uma moça de 20 ; mas com a kola e a coca...

67

A nova interpretação das « Bodas de Cará , pelo pintor

J. F. Kaufman.

n MARIDO ELEGANTE QUE ACOMPANHA A ESPOSA A COMPRAS-

^O senhor faz-me o favor de me tirar o monoculo. . . para queeu possa espirrar.

EU SEI TUDO

68

UMA EXPEDIÇÃO DE CAÇADORES

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O acampamento dos caçadores na margem do rio Taquarussú.

AS PRIMEIRAS CAMELIAS

Fernando VI, aquelle monarcha atacado da hcredi-taria melancolia que o levou ao sepulchro, passeava certodia de Dezembro de 1739 por sua câmara do palácio deMadrid, próxima á da rainha Maria Thereza, quandoesta entrou rindo alegremente e trazendo na mão uma florde extrema alvura, que offcreccu a seu esposo.

— Formosa flor, mas sem perfume ! — disse o mo-narcha, estreitando entre os braços sua esposa, per quemestava perdidamente enamorado.

— E' a nova flor encon-trada nas Philippinas —disse a tainha. — Re-servei-te a mais forsa. A outra é parasales, que tão maravlhosamente represeta o papel de Emilia na tragédia "Ci-

nan". Tu mesmolhe entregarás estanoite, no curraldo Príncipe.

A flor queMaria Therezaofferccia a seuesposo, ha maisde século e meie,ero uma camelia,

Na véspera dodia em que oceor-reu essa scena,umjesuíta missiona-rio, que acabavade chegar das In-dias, fora admittido a offc-reeer á rainha um arbusto qi etinha duas magníficas flores

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brancas, que trouxera da ilha de Luzon. 0 arbusto tinhamais de um rr e ro de altura c estava plantado em umprecioso cesto revestido de nacar. Em um dos ramosachavam-se duas flores : uma, a que a rainha havia offe-recido a Fernando VI ; outra, a que o monarcha entre-gou galantemente á famosa^ Rosale;% na noite da repre-

senteção de "Cinrn".

0 jesuíta portador d'aquellas formo-sas flores chamcCva-se Ca-melli e cm agradecimentochamou-se a flor de camelia.

Os talos do arbusto dasPhilippinas cult ivaram-seperfeitamente nas estufas doBom Retiro.

0 arbusto do padreCamelli permaneceu du-rante muito tempo emuma especie de olvido. Osfelizes possuidores desse

thesouro vegetal nãodesejavam, pornenhum preço,

po pular isal-o.A própria

rainha Maria.. Antonietta...não

conseguiu con-tal-o entre osnumerosos spe-cimens que or-

navam as estufase jardins do Tria-

non.Até fins de 1799

não foi conhecidana França a ca-

metia. A futura imperatrizJo.ephina conseguiu ter oprecioso arbusto no castello

Estes dous tocam piano melhor do que cantam.O senhor j á os ouviu tocar ?Não, mas estou ouvindo como cantam.

EU SEI TUDO

í AULISTAS EM MATTO GROSSOI í\ ______

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"" As duas embareações em c,ue a expedição se transportava ecm suas mato, cuias e purgueiros.

de MámaUon, obtendo, mercê de solicites cuidados, así-w-,^,-0 „~U„-l

'-fíAVavmais soberbas flores. formosasEm seu regresso da Itália e ao ve -as jor

flores brancas de que estavamjobertos os arbustosMalmaison, certo dia, Napoleao, atacado de-su* o

sejo de economia, poz-se a calcular com J^gJ'%-renda que lhes poderiam proporcionar aqueucs }duetos da floricultura.

O povo não oe^ja mais oo iSf g^Pliberdade. Os sentimentos perniciosos ou errôneos u

Resultado de um dia de eaçada no c,ual foram abatidas' 11 anta

tencem, de ordinário, aos que o conduzem, que sao, emtodas as occâsipes, a causa das calamidades publicas

»-.: -,cie um pai.z. Simão Bolívar.

Se a justiça émpiegashè logo o seu rigor, em brevea Terra seria um deserto. Onde se encontra quem naotenha, grave ou leve, uma culpa ? Examinemo-nos everemos que é raro encontrar um juiz ínnocente doerro que castiga.c Metastasio.

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EU SEI TUDO

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TRENS DETIDOSPOR ANIMAES

Não vamos re-pctir o episódio deJúlio Verne em seulivro A Volta aoMundo em 80 Dias,quando um tremtranscontinental sevê detido durantehoras por uma ma-nada de bisontes.

São muitas ascausas capazes deatrazar a marchade um trem devários wagons, quecom sua locomoti-va pesa mais dequatrocentas tone-ladas c cor re arazão de 80 a 100kilometros por ho-ra. A neve, comoé lógico, uma neva-da ou queda degranizo, um ventoterrível pela frente,etc. Os trens, quepassam nas imrne-diações das praiasfrequentement etem de andar comgrandes precauçõesquando as borras-cas sso violentas.Mas todas essas ei r-cumstancias estãodentro do circulodo inevitável na lu-ta contra os ele-mentos. O maiscurioso é quandotoda a linha é obri-gada a suspender oserviço por estaremos trilhos engordu-rados.

O facto oceor-reu na Inglaterrae esteve a pontode oceorrer u m acatastrophe comum expresso noqual os freios nãoobedeciam, por queos trilhos tinhamsido azeitados, porum trem de merca-dor ias carregado desardinhas, que dei-xavam cs ca pa razeite.

Como consc-querida, foi neces-sario suspender otrafego para limpartoda a linha.

Em outra ocea-sião depois de umfortíssimo ventoque derrubou a quasi totalidade das arvores de umbosque por entre o qual passa uma linha férrea, oz-correu um áceidentè similhante pelo amontoamentode folhas, que cobriam completamente os trilhos.

No Canadá não ha muito que a Unha Canadiaa-Paciíic-Railway viu-se bloqueada por uma invasãode tartarugas procedentes dos immensos bosques deque ladeiam os trilhos.

•As rainhas cio cincmatographo — Miss Mae Bush, da "Universal"

Finalmente, naProtect orado dUganda^ África )paraotrenqqueuncMombasa com cinterior, os leõiasao uma verdadesra calamidade parao serviço. Em nâapoucas oceasiões si-tiam completamen-te os empregado::em uma estação,impedindo-os desahir para mano-brar os signaes eagulhas.

-<§>-

OS MYSTERIOSQUE A SCIENCI

NÃO ELUCIDATanto se tem

fallado que a pa-lavra é de prata,mas o silencio deouro, tanto se têmatacado os fallado-res que certas pes-soas acreditam fa-zer um milagrefechando a bocca.Assim uma ingleza,Mrs. Diver, acabade obter divorciocontra seu maridosob a allegação deque este não lhetinha dirigido a pa-lavra durante trezannos e dous me-zes. O tribunalconsiderou que estesilencio

"eqüivalia

a um abandono'E n t r e t a n t o

não julguem os lei-tores que uma mu-lher não seja canazde deixar de fallarpor longo tempo.

Ha alguns an-nos, em França,um medico, escre-vendo um estudosobre a hereditari-edade, relatou oueuma jovem senho-ra, ficou seis mezessem . fallar com omarido. Desde quecomeçara a esperarum bébé tomarapelo marido umatal aversão que nãopodia nem tolerarsua presença.Quan-do so bébé nasceuessa aversão cessou.Mas quando a cre-da 1 ingua, notou-se

a palavra aanca cresceu e soube fazer usocom estupefação que não diiseu pai.

Durante vários annos o pobre pai lutou contraessa aversão filial sem nada conseguir.

Moralidade : Jovens mais, não se irritem contraseus esposos por que isso poderá crear graves com-plicações nas relações familiares !

mona

EU SEI TUDO-««•-•«¦'•«••^^

,, w v>» -v •>/ •AcXí..á£.á£.&-í&i,e^ vv vv vi/- võ v,y st-i' s" ^c ^'.^>r^v.;iV^;íY~^^.^^0, ;>',Sí.Sí.^eeí'-AXA<"/\'''\,r7fT\</^ A* 'vv Ae AS A" »* /PÁS 'v A- A- /»s /? '^7s^7^'^eçíV7P'/<C^<7k<7^7<C'/^7fr'A>V^^^?^^'^^^ A^X\'Í'An^7^^7ÍC A-- /r A* A1- A- A- A- A- A» A-. A A ' A- A*

I TRÁGICA HISTORIA. DE UM TZAR f7,4 , „ o, -y> X *v -v ^'ibí^Lík.iiL^M^>Kc.^^^c^L>k^L^e^>^<'ií vi, v»< s\f v»/ vv o, v>. o, ^, o, sv v\, v>» v»f ^ycA^ii^. ^xV->vc.>x>u'-u-iXe'-e^;SX'XvX0-^

(f -V 'l',íl''S'.-X"XvS7,-">Ò'7e';^7iíí A- A* A> A> A- A" '?¦ A"> >\- 'F i\- Tf /p A- a- a-. 7f 7\--'i\< 'a<7,<7\<í''»?'/^7^7\í a'7\< 'A>7f"7\<7^7f. A- A-> A- A> A»A> A- A^ A^ A» A"- A- A- A> A- A- A"> A A A A A <*

Da,s diversas paginas mystcriosas da historia, queui têm -sido transcriptas, nenhuma talvez offerece tanto

^¦teresse, pela extranheza dramática eio casofccmoa queir'c \«.0ue c onde se faz rápida memória do advento ao thiono

da'¦Rússia) de um aventureiro syir-

paifucó, cujo destino trágico com-

move e cujo êxito ephemem pare-cc ser devido á poderosa influcn-cia da Companhia de fesus.

A dos

.x#Í$|U

Na Rússia, no armo de

1591, Por altas horas da noi-te o' embaixador da rainhaFlisabcth de Inglaterra» sirjttonymo Horsey, foi desper-tado por fortes pancadas noportão de sua casa.

Conhecendo a agitaçãoperigosa aa sociedade mos-covita desde a morte deIvan, o Terrível, o embai-xador chamou seus criadosqe.e o rodearam em nume-ro de quinze munidos de

pistolas e outras armas. De-

pois d'isso e só depois,aventurou-se a ir ao pateoque naquelle tempo cir-cumdava todas as mora-dias moscovitas.

Uma voz cio outro la-do chamou-o, fallando emrusso, voz de homem queparecia tomado de pavor.

O inglez c a u te losa-mente, abriu o posfigo devigilância c reconheceu aluz do luar, de pé do lado de tora, o no-bre boyardo, Athanas ioN agoy, irmão aatsarina Maria, a viuva de Ivan.

— O tzarino Demctrio morreu ! —

continuou com a mesma voz de horror o visitanteDemctrio era seu sobrinho c irmão mais moço ao

povo tzar.Foi degollado ás seis ho-

ras, pelos diaks ; um dos seus pa- X.(Jv .gens confessou na tortura, quefoi por incitação de Boristzarina está envenenada eportas cia morte ; seus cabellos,suas unhas e sua pelle estão sedesfazendo. Soccorra-me, meeiamigo. Pelo amor de Deus de-me um remédio por que creioque também me deram algumvenero.

O embaixador correu á ca-sa e trouxe um pequeno frascode balsamo, que lhe fora dacopela própria rainha Eli sabe th cuma caixa cheia de um prepa-rado conhecido pelo nome cemaga de Veneza. _ i

Depois de os ter recebico,o preoecupado boyardo seguiuprecipitadamente pela escun-dão em quanto IJorsey volta-va a seu gabinete para assemtar o memorável acontecimen-to em seu diário, naquelle bel-Io inglez que ainda hoje poceser lido pelos curiosos rio ma-nuscripto conservado ríòBritishMuse um.

Taes forem as primeirasnoticias que chegaram a Mos-co-w cfaquelle mysteiioso accn-tecimento, que ficou um enigmapara a posteridade. A t.rageciatinha oecorrico na cidace ceUgktch umlogar remoto, a cemmilhas dê distancia. Por quemeios chegara a noticia a-At ha-nasio Nagoy? Que verdade ha-veria nella ?

raça dos antigos tzars de sangue de hurik iadesapparecendo. Seus últimos representantes eram ojovem tzar Feodor e seu semi-irmão de dez anr.oss"Demctrio.

A mãi de Demctrio tinha sido a sétima es-posa de Ivan e a egreja orihocoxa não per-

j&te. mittia mais de quatro casamentos. For isso,Pi Boris tentou f^zer considerar o pequeno

tsarino como illegitimo ; mas os Mosco-vitas smàv£ m a oy ras tia real tanto

quanto odiavamBoris esse pro-ecto falhou. Depois correram

boatos, denunciando o pe-queno pr incipe como ummonstro de crueldade e de-

ciárando que elle soffria ceepilepsia. Estes,boatos po-rem não abalaram a cegaidolatria popular que não

.;, tinha sido apagada pelasI atrocidades de Ivan.

O máximo que Borisconsegui u f o i m a n d aro j o-vem tzar com sua mãi paraa pequena e isolada cidacede Uglitch. Seu exilio na-quellc logar foi partilhado

m por dois irmãos da viuvatsarina, Miguel e AndieNagoy. Boris tinha umagente em tJglltch, um talBitiagofski, que era em-pregado como thesoureiroda' casa do pequeno tsar.

Um palácio moscovitanaquelle tempo apresenta-va uma grande similhan-çacom o primitivo grupo decabanas, rodeadas de ba-

•ossèiros, que formaram a mo-

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Louca de desespero, a pobremãi segurou um pedaço de pau

e esbordoou a

iuartes

governante

aás

X.X.xx.x :. ,e¦¦:ip---^-y-/: ¦.;¦ /£ \ ;•".,¦.:.•¦'..•'.'¦.¦,•..¦ v :,y>; !5f¦¦¦]#¦'•"¦: ,¦ -¦•"' ¦¦' *-f X'¦^¦^'Ix^-xli^SrJle'-^^^' ^* *',$ h•es/xx^mV'J|S|ír,'^ %: * 4k mx* i . mmmMl MM

v^í^íÃ.ex^yís^' :-:'• ¦ Míy-Xv.'. - '"''•'%^>''íXXXg • ¦ S'CXeX-'"--•¦'''^^S^:v;/.XXSXe::%^^.k^^^X^'x':í'" :<&x>¦¦*&'>* '¦'-'-' - ¦'¦¦¦^m^^^^wm, ^m^m^^f -WÉÊ?>^*^^:

¦¦&$&£ ¦ L;- m^^ém^h.-t - -^ev'x:":;Z.A ¦

O princip Adam vetu <-üC ~CU

rada de Attila e que hoje formam as ha-bitações do khan asiático. Similhante aocelebre Kremlin de Moscow, consistia

não de um único e immenso edifício, mas de numero-sas construcções separadas dentro de um espaçoso^re-

cinto rodeado por muralhas de tijolo oude pedra. Em similhante pateo era

fácil perder de vista uma creançacm qualquer recanto das construc-

ções; e egualmente "fácil

para oladrão ou para o assassino en-trar por qualquer lado desaper-cebido.

Nesse pateo o pequeno IJe-metrio brincava uma tarde CeMaio com mais quatro rapazes.Demctrio, tinha nas mãos unipequeno punhal e clivertia-seem enterrai-o no chão. Seusquatro companheiros de folgue-d o estavam píer to d'elle. Haviaportanto ao todo sete pessoas,para lhe observar os móvimen-tos. Comtuck) houve um irestan-te em que o herdeiro do th.ro-no da Rússia desappareceu davista de todos.

Quanto tempo durou estaausência e o.que. aconteceu eu-r.ante ella nunca se explicou.Mas as trez mulheres declara-ram depois que, quando o vi-ram cm seguida, estava deitadono chão com uma ferida na gar--ganta e morto.

Alarmada por seus. gritos atsarina correu precipitadamentepara o local e ao vel-o e^xela-mou ouc seu filho íôra assassi-nado. Louca de- desespero pe-

r gou num páu e bateu na go-venante, aceusandoa de ter ca-do. entrada na corte aos assas-^inos Na mesma oceasião de-nunciou Bitiagofski como autordo attentacio. Chamou-pelo ir-

. * ',, ,„ mão M i g u e l, >que appareceu

intiszo ei íau >.

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mudar as roupas

-¦^sasisigtaaaiaaTTiiimBKwnTywi»^--.-' -.*¦

EL/ SdSi TUDO

72

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acompanhado pelos que o rodeavam. Começou logo atocar rebate no sino da egreja visinha e os habitantesde Uglitch vieram em multidão ao logar da "cena.

Entre os chegados» estavam Bitiagofski e seu filho.Com suspeitosa presença de espirito o agente de Borisesforçou-se por serenar o tumulto e começou a explicarem altas vozes que a créança tinha cahido sobre o pu-nhal num ataque epiléptico e que se matara involun-tariamente. u

Mal a tsarina ouviu a voz, voltou-se para elle eexclamou • :4

— Eil-o. Ahi está o assassino !Suas palavras foram o signal do massacre, Bitia-

gofsti e seu filho foram levados de rastos para um dosedifícios do palácio e mortos no mesmo instante. De-pois seguiu-se uma horrível Caçada na qual, todos osque tinham ligação com o odiado diak foram perseguidospelas ruas ela cidade e mortos. O corpo da^ creança foiconduzido para a egreja e o., massacre só terminou,quando o clero interferiu, tentando salvar algumas mu-lHeres que a populaça edmás. não tinha despedaçado

Tal foi a narrativa official da tragédia, incluídano inquérito Jos commissarios imperiaes, extorquidaou fabricada por elles. Conforme esta fonte de informa-ção, parece que Miguel Nagoy, convencido tarde ce quenão havia provas contra Bitiagòfsti offerecera ao cm-ciai de justiça de Uglitch, va-liosa peita para colíocar umpunhal tarta.ro ao lado do cor- ,po do homem assassinado. Pa-rece que a tzarina também .abandonara as suspeitas con-tra os agentes de Boris. De-nunciou depois duas outrasvictimas, a ultima das quaesaceusou de ter enfeitiçado ofilho, levando-o a matar-se ;e exprimiu remorsos por tertido parte na execução sum-maria de Bitiagofski.

Foi notável a sentençapassada por Boris em nome dotzar.

A tzarina viuva foi con-vidada a retirar-se para umconvento. Os Nagoys simples-mente prohibidos de entrarem Moscow e todo o peso davingança recahiu sobre osagentes inferiores do massacre.Duzentos cidadãos de Uglitchforam executados. Muitos maistiveram as línguas cortadas, ouforam encerrados em cárceres.O resto dos habitantes da cida-,de foi, exilado para a Sibéria ea mesma sentença foi pronun-ciada contra o sino, que derao signal para o morticínio.

Tudo quanto foi possívelpara exonerar Boris da sus-peita de ter instigado o assa:-sinio de De me trio foi empre-gado em sua justificação. Atheoria de uma morte accidehftal, da qual os Nagoys se ' apoderassem, como pre-texto, para vingar seu ódio pessoal sobre o innocenteBitiagofski, foi logicamente deduzida da narrativa doscommissarios. Mas a.quella explicação não convenceuo espirito popular da Russiá e nunca foi aceita como ver-dadeira pelos historiacores.

Tentando desenredar, a verdade d'essa narrativacomeça-se logo com o duvidoso facto do massacre doagente de Boris, pela populaça de Uglitch. Aquelle mas-sacre era por si só a mais grave aceusação contra Boris.Deve-se notar que o verdadeiro fim do chamado inque-rito era rebater qualquer aceusação, demonstranco ainnocencia de Bitiagofski. A prova d'isto está na pro-pria sentença, onde áquelles, que podiam realmenteser responsáveis pela morte do aceusado foram apresen-tados, negando suas suspeitas para escapar ás penascorrelativas. Não podendo por forma alguma, fazer calara populaça de uma,cidade, fizeram-a transportar paraalem' dos montes Uraes, onde nenhum-som pudessevir revelar a verdade do que houvesse suecedido na-naquella tarde, em Uglitch. A evidente falsidade cianarrativa deduz-se ainda do suicídio de Demetrio.A idéia de que uma creança de dez annos se podessesuicidar ou morrer por cahir sobre uma pequena faca,envolve varias impossibilidades praticas.

E' desnecessário insistir nas varias contracicçõesentre o oceorrido e a primeira noticia chegada ao irmão

da tzarina em Moscow na noite em que elle batera áporta da moradia do embaixador inglez. Ou o tempo,durante o qual o jovem tzar ino esteve longe dasvistas de seus guardas, foi mais longo do que se temadmittico ; ou o corpo encontrado^ morto no pateodo palácio e depois enterraco no Kremlin de Mos-cow não foi o de Demetrio Ivanovitch.

Ver-se-ha agora como o destino imprimiu novo as-pecto a estes factos.

Passaram-se dez annos. O tzar Feodcr falleceumuito moço — ao que parece — não sem o auxiliode seu ambicioso e muito poderoso sogro. Os Mosco-vitas acharam-se sem um representante cia linha reala quem podessem chamar para o throno. O khan póstartaros ameaçava invadir o paiz pelo sul. O rei da Po-lonia, vindo do Oeste, preparava-se para se apoderarda coroa. Como os saxões, depois da morte de Eduardo,de Inglaterra, o povo russo voltou-se para quem lhepareceu mais forte e escolheu Boris Gudonov para seutzar. ~ • í" i r->

E depois de certa hesitação, real ou fingida, te-ris acceitou a coroa. -

No anno de 1603, depois de ter elle reinaco eu-rante cinco annos, levantou-se e correu um assombrosoboato. O tzarevitch não morrera ; tinha sido reco-nhecido na provincia de Volynia, estudando latim

num mosteiro. Tinha sido vistoa guerrear entre os Cossacos,bandidos do sul. Passara uma !noite num convento em Nov-goiod-Severski, disfarçado emmonge e seguira, não se sabiapara onde, no dia seguinte,deixando em sua cella um pa-pel no qual declarava sua oi i-gem e promettia voltar allipara recompensar a archima-drita do convento por sua bon-dosa hospitalidade. Finalmentedeclarara a um nobre polaco,em casa de quem estava entãoservindo, que se preparava pa-ra entrar na Rússia e reclamarpelas armas sua legitima he-rança.

Õ logar em que primeiro setornou visível este extraorci-nario personagem foi em Br a-gin, na fronteira da Polônia.Um polaco nobre, o príncipeAdão Wisniowiecki, era serviçono banho por um rapaz, quetomara para a sua casa poucotempo antes. O principe mr.n-dára-o buscar qualquer objectode que precisava ; o rapaz vol-tou sem elle. Irritado Wisnic-wieki deu-lhe um sopapo, cha-mando-lhe qualquer nome ces-prezivel.

Com lagrymas nos olhos orapaz murmurou :

— Ah ! principe Adão, sesoubesse quem o está servindonão me trataria assim !

então ? — perguntou admirado, o

\ |IIMI fui,,, ±j_ji.inu.1 —i—i—ggsssg^SS^S^SS^^S^S^l

O rei Sigismundo recebeu-o em silencio, com o semblante carregado.

Demetrio, filho de Ivan Vos-

E quem ésprincipe.Eu sou o tzarínosilievitch.

Demetrio se realmente o era, começou a contar suahistoria extraorcinaria. Conforme essa narrativa, o quesuecedera em Uglicht fora o seguinte. Um medico vai-laico, chamado Simon, ao serviço do pequeno tzar ino,tinha estado secretamente relacionado com os agentesde Boris, que o haviam peitado — para entrar numaconspiração contra a vida de tzar ino. Receioso de recu-s.ar e reconhecendo que esta recusa, não õ livraria de sermais tarde aceusado de haver commettico o crime, oi-mon acceitou os offerècimentos que lhe fizeram.

Foi fixada uma certa noite, para o assassinio, masnaquella noite o fiel medico substituiu o principe poruma creança escrava. Õ pescoço d'esse pobresinho foicortado pelos assassinos em quanto Simon, fugiu se-cretamente de Uglitch com o verdadeiro Demetrio, queficou desde então livre das perseguições de Boris, umasvezes vivendo em mosteiros, outras entre as tribus cecossacos. O fiel medico morrera, mas como prova coseu conto, o mancebo apresentava um sinete russo,onde estavam gravados o nome e as armas de Demetrioe uma cruz de ouro encastoada de magníficas pedras,presente de seu padrinho o principe Ivan Mistislawtsk.

E' preciso observar que essa versão dos aconteci J

EU SEI TUDO

mantos.em Uglitch, dlffèré tanto do ofíicial como daimeira, qUC chegou aos ouvidos de Athanasio Nogoy.

Mas deve-se lembrar que o re-latorio dos commissarios de Boris nunca se tornara publico.Permanecia occulto nos archi-vos de Moscow e os mais beminformados contemporaneosctue acreditaram ria morte dopequeno tzarino, jujgaram quecila tinha occorrido durante anoite. .

A similhança entre o pe-queno Demetrio c o manceboera completa. Tanto o Demetriocrescido como o pequeno, ti-nham um braço mais compridodo que o outro e duas vcrrugasbem visíveis e característicasna face, No todo, com Ivan, oTerrivel e sua physionomia eratrigueira como a da tzarinaMaria.

¦'¦ Não' eram necessárias tan-tas provas para convencer Wis-niowiecki. Deixando seu ex-criado no quarto de banho elleapressou-se a ir procurar suaesposa, ordenando-lhe que pre-parasse um banquete para otzar de Moscow, que estavapróximo a chegar-como convi-dado. Depois escolheu os maiscxplendidos vestuários de seuguarda-roupa e ajudou-o comsuas próprias mãos a mudaros humildes trajos de servopelos de umpríncipe.

Durante os mezes seguintes nao se Ialiou na Fo-

lonia senão na maravilhosa apparição de Demetrio.Descobriam-se diariamente novas provas de iclenti-dade. O príncipe Adão, seu primeiro protector, levou-

o-para o castello de seu .irmão Constantino Wisnio-lüiecki. onde um criadorusso declarou ter servidoantigamente em casa dojovem tzarino e reconhe-ecl-o.

. Emquanto Demetrioproduzia essa impressãofavorável na Polônia, ummonge russo da egreja or-tohodoxa. chamado Grego-rio Otrepiew, ia pelas ai-dei as cossacas annuncian -

do a chegada do legitimotzar e excitando-os contrao odiado intruso. Bonsque a principio considerara Demetrio, um simplesaventureiro audacioso, começou ficar inquieto.Man-dou offerecer dinheiro cestados aos dois Wisnio-wieckis para que lhe en-tregassem o impostor. Osaltivos polacos nem sequerse dignaram responder asimilhante pedido. MasConstantino receioso dever seu hospede tão pertoda fronteira, mudou-o paraa residência de seu sogro,o palatino Mniszek queentão governava o distric-to de Sandomir com toduo poder feudal.

Alli. foi Demetrio re-conhecido outra vez por

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immediatamcntc começaram a surgir pelasruas vultos suspeitos

um velho soldado polaco, que tinha sido em temposfeito prisioneiro. a, ,

O palatino de Sandomirnão fez dificuldade alguma emreconhecer seu hospede comoo tzar da Moscovia. Demetriomostrou-lhe as cartas que recebera do monge Otrepiew nasquaes se declarava que as tribus cossacas estavam prepa •rando uma revolta. Mniszekconvencionou associar os seubens á tentaviva do preten •dente e levantar um exercitode polacos. Em troca ficou secretamente combinado que. tãodepressa Demetrio se achassesenhor do tlnro.no moscovita,casaria com a formosa filha dopalatino, Marina e daria a seusogro a província de Smolensk,alem de lhe pagar um milhãode florins. .

Tornava-se, porem r.eccs-sario obter o' assentimento dorei da Polônia, Segismundo Iil.Este movia-se pela influenciado núncio do Papa e houveentão uma negociação secretaentre o núncio e Demetrio porintervenção de alguns jesuítasde Sandomir.

Era sabido que qualquerprofissão manifesta cia íé ca-tholica seria fatal ás esperam-ças de. Demetrio, sendo os Rus-sos tão dedicados a sua pro-pria egreja e detestando tanto

as crenças do oceidente que as confundiam conti •

nuadamente, até no nome que lhe davam de heresiado Luihero Romano. Mias o pretendente deu secreta-mente sua aclhesão á egreja catholica^e jurou que,

uma vez coroado em Mos-cow, havia de fazer todo-opossível para trazer osMoscovitas ao grêmio dafe romana. Isto foi bastante.:para o núncio.

Seguiu-se a publicarecepção de Demetrio porSegismundo. O rei polaco,no throno, rodeado porsua nobreza, esperou queo núncio conduzisse Demetrio que, avançando,commovido . c tremulo, decabeça descoberta,,-beijoua mão que Segismundolhe offerecia e Segismundoouviu-o em silencio è foiouvir seus conselheiros.Pouco depois entrava onúncio, que ó levou pelamão novamente á presen-ça do rei polaco, D'estavez Demetrio ficou silen-cioso, de cabeça curvada,as mãos cruzadas sobreo peito em attitude sup-plicante, emquanto Segismundo se lhe dirigia :

— «Deus vos salve, avós, Demetrio, príncipe daMoscovia ! E'-nos conhe -cido o vosso nascimentopor evidentes e fidedigmast este m unha s ; nós^ vosmantemos uma pensão dequarenta mil florins, e,como nosso amigo e hos-

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Ivan o terrível

74

pede, vos permittimos acecitar a direcção de vos-iS°S

O mancebo subjugado pela emoção, poudeapenasfazer uma profunda reverencia c retirar-se.. . _

A cerimonia do reconhecimento publico cie /Jc-

metrio na corte de Polônia foiuma ameaça que o tzar Bonsnão podia desprezar. Mandoua Oracovia um embaixadorpara fazer uma representação .a Segismundo c para pedir aexcradição do chamado priri-cipe da Mosco via. , '.

Mas não era bastante de-nunciar DemetYio como impôs-tor. Se elle não era o filho deIvan quem realmente era?,Segundo as instrucções recebi-das, o embaixador do tzar de-clarou que o pretendente erao;. próprio Gregorio Otrepiew,que estivera entre os cossaCos.Esse tal Gregorio era um mon-ge expulso da ordem, de costu-mes dissolutos e ebrio, tendopassado a vida a percorrer osmosteiros russos. Naqueheanno declarou-se que elle atra-vessãra a fronteira até Litua-nia e induzira- um padre pola-co, por uma fingida con fissão,a escrever a seu rei, annun-ei ando ser elle o perdido tzarc-vichA

b Tal foi a situação arran-fada contra Dèmetrio para de-fera do tzar c corroborada por solemnc cxcommu-nl^o do patriarcha de Moscow. na qual o pretendenteera"* indicado pelo nome de frei Gregorio, apóstatae maciço, convicto de ter tentado introduzir a heresialatina na Rússia, levantando egrejas catholicas no

solo orthodoxo.Mas o tzar não conseguiu tolher o caminho a seu

inimigo que promptamente reuniu tropas mixtasde polacos e de cossacos, com as quaes entrou emMoscovia. Todas as cidades lhe abriram as portassem resistência. Foi em Putlivporem que a historia de Grego-rio Otrepiev recebeu o ultimogolpe pela apparição em scenacTaquelle próprio monge,

'lendo

em grande conta- seus serviços,felicitou Dèmetrio com insolentcfamiliaridade, mas o pseudo-tsa-revitch pol-o immcdiatamcntccm seu logar e o monge embreve recahiu na obscuridade.

Boris começou então a tre-mer por seu throno c sua vida.Levantou numerosos exércitos ;mandou-os contra o invasor, masseus generaes deliberadamentearrastavam a guerra. Notava-seque o tzar tinha perdido a as-tiga energia, apenas podia andare tinha a apparcncia de um ho-mem perdido. Mandou secreta-mente uma grande parte de seusthesouros para Astrakhan comopreparativos de fuga para aPérsia. . \

Como ultimo esforço contrao pretendente, procurou influirno animo da tzarina viuva Ma-ria. foi ao convento onde fica-ra sempre desde os mystei iososacontecimentos de Uglithc e teve com ella uma longaconferência na presença do patriarcha de Moscow.O que se passou nessa conferência nunca foi revelado ,norem depois delia, a mãi de Dèmetrio ioi mais estri-

Mms"

seseguiu que Boris tentara arrancar-lhe a, declaraçãocia morte do filho c. não o conseguira,

Comquanto os grandes boyardos se mostrassemavessos a resistir ao pretendente c o povo estivessedisposto a acreditar nelle, havia na Rússia, um poder" aí que lhe era firmemente hostil.

lasse poder era a egreja. Apezardo profundo segredo, em quejaziam os compromissos deDcmelrio com referencia áegreja romana, o clero ortho-doxo farejava perigo num prin-cipe vindo cia Polônia e sustentado pelas armas polacas.Sabia-se que vinha acompa-nhado por dois padres jesuítas,que diziam missa para as tro-pas; e que havia permittidoque'se dessem tiros em honrad-estes ritos sch.ismaticos. Despertàda uma vez esta deseon-fiança, estava destinada a terfatacs conseqüências no necorrer do tempo.

Emquanto a causa dopretendente continuava duvi-ciosa, deu-se um d'cstes acon-tecimentos em que os espíritossupersticiosos viram immediatamente o castigo de Deus.Eevantanclo-se o tzar Boris,um dia da meza no paláciodo Kremlin, começou a deitar sangue pelo nariz e pelabocea e. expirou instantânea-mente Este íim dramático,

foi acceito como aviso de Deus pronunciando-se a.favor de Dèmetrio: O patriarcha de Moscow e algunsboyardos conseguiram coroar o jovem nino de ttons.mas seu reinado foi muito curto. ,

Basmanoff, o mais bravo c o mais leal dos generaescie Boris, induziu o exercito a declarar-se pelo filho de

Ivan. Seguiu-se um tumulto,o Kremlin foi invadido

pelo povo e a família de Boris internada mi pnsao,em que, pouco tempo depois, o novo coroado e suamãi foram estrangulados.

Durante esse tumulto, deu-,Í*k se notável incidente. O presi

dente da commisão que íoraencarregada de investigar sobreo caso de Uglitch, era um grandeboyareio, chamado Shinski, h-rmra sinistra na historia ^ dotempo. Esse homem foi tameemchamado pelos moscovitas, nomeio da excitação para decla-rar se o pequeno Dèmetrio ti-nha sido realmente morto. Slun-ski sem a menor hesitação, ¦aí irmou que o cadáver que lhefora mostrado não era o aotzarevitch, mas sim o de umfilho de um escravo. E' inútilacrescentar que este depoimentoprovara a falsidade da narrativaque o próprio Shinski em tempo apresentara sob as oroenscie Boris.

Faltava só agora a üeme-trio tomar posse do throno. 1 orem antes de entrar em Moscowelle tinha a cumprir um aefco dejustiça ou de vingança. O pa-triarcha que o excommungíira co denunciara como o apóstatamonge Gregorio e' fizera coroaro filho de Boris, retratou-sc c

fez juramento de fidelidade, desde que viu vitoriosaa causa de Dèmetrio. Mas o novo tzar, generoso em

perdoar a todos os outros inimigos nao mostrou com-paixão para com o padre orthodoxo. Ordenou que

' i a_;- _i„ A-i^,o ví.ctí>ç na-

vmWÈM

*^H««£

Dèmetrio alli estava tendo ao lado o fielBasmanoff.

,-^rV.m rlpnnis de a a mai de uemetrio ioi maus dlu- i-"»a^ h«*" — - f^r : , Anc ,7r>ctí>ç na-^ÍÍIÍadal> qubd^es. Dcduz-sc pelo que fosse preso ao altar-mor, despojado das vestes

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üM*<Wi^rt^^.M»WWl1«^*«Íll^^*><IMIM>l>tliWWÍalhi.H>«iMiil ir'-Tll'a:'

EU SEI TUDO'

1 P$j&K'tSftí*B!T^^ *^*"pyfeV&v^V'-'.j.'-vVivJ"r^X>&'¦<'^^f^fíSifii'l&^ft iWP&J5|vTÍ«,3^jSat5Ç^ y<E^^StK^Mtí^^^*Wfffflffiiti^M!lSBc'^^rP^'' VflwVi" jSHY Vífív^ • ^ílEflBHpT^vV '-^HfrPPnrTfflTffffilWlftTW A''.'.,*v ':."'-4 ». i¦¦ ; >; ií."f/'iSS.jt&¦SJjSUKSfS!^^!V^'l^'%BÍS^mM |

^™^ ™- cru r-n trn O mrater d- rar Ivan, que passou á historia com o nomeWAN, O TERRÍVEL DIANTE DO CORTO DE SEU FILHO. - O ™£s^mho

Jis vclho um golpe, que o matou.dedrerrivel, eratão violento que um dia. num acxçsso de turor,

n

triarchaes c rebaixado á posição de monge. A desti-

tuiçao foi logo seguida de nomeação de um novo

pat.ria.rcha na pcssoa.de lgnacio: bispo de K^;Imacio não era moscovita ; era grego cypriota

por nascimento. Expulso da ilha de Chyprc no tempo

da conquista pelos turcos, rclug.ou-se em g»f*passou alguns annos cm termos apparentemcnte am -

gaveis com a santa Sé. \ «#> para a R^Wggnado de Feodor e ganhando a sympath.a dW^ctónarrativa de seus soffrimentos, obtivera o bispado de

'^^ode-se bem. ima-inar com que ||^|J

clero .russo, já desconfiado do novo t-zar, -^ £™>u

c(4

locado debaixo das ordeps de um W^E^MMsuspeito de ter entrado para epom^^gWM.durante a sua residência em Roma. ^ssa medida de

máu presagio foi attribuida ás msinuaçoes dos dos

padres jesuítas, que tinham «OT^fl^f^da Polônia e que se dizia darem- hece,nselhossçc etos.

4. No mm junho: de \bO^ Demet o m «na

capital á frente de suas tropas c: fo, vgig o ^

*

Z-i>an, o Terrível, na egteja oco. [^p^ , cxcAíx-Cahiu de ioelhos. beijou o tumUtoh<pgo^||C|^mou : - Oh ! meu pai. o teu filho o pte«

^deye-o á tua celestial intervenção ! O, espectadores,commoveram-sc e murmuraram :

,- Realmente este 6 o hlho do ter. veli-." •

! Uma cousa só faltava *»« com, m•yitt^de Demetrio. Reparaya-se que cite tao• itestemunhar seu respeito a memória de se t _xasse passar um mcz inteiro sem P™™fJP£^mde sua mãí. E' verdade que os Nagoys ° c°n4°4j%r„seu sobrinho e tinham tomado na

ff^^g,respondente a seu parentesco. Mas o P0;^. offri„rava sobre o abandono da tzarina v^4mo^so 'es-

mentos e caracter religioso se impunham a seu

PClt O tzar então convidou a tzarinsia ddxar. o^on

vento e ir para Moscow, indo em pessoa a .eu encont

seguido por numeroso séquito ávido de se convencerHo realidade da união entre elles.

A certa distancia no caminho foi levantada Uma

magnífica tenda. O tzar entrou nella sozinho e a tza-

ina á sua chegada foi conduzida até o interior onoe

os de xaram juntos. Houve suspensão de alguns mo-

mentóse depois no meio do mais frénet.co enthusi-asmo correram-se as cortinas da tenda e viram-se a

mãi c o filho unidos em terno abraço.Poucos dias depois Demetrio /oi coroado com toda

a solennidade. Comtudo havia ainda Ümf attidpjorg

que secretamente não acreditava ser elle o hlho do

seu antigo tzar e de olhar invejoso vigiava o mais in-• significantê-signal para se confirmar na suspeita. _

Encontravam-se os inimigos do novo tzai, pi n-

cipalmente entre os grandes da. nobreza moscovita.Ace taram-0 como chefe, em parte, porque estimavam

uma mudança no governo e em parte porque temiam

o povo Mas bem depressa.se arrependeram da con-

descendência elogo trataram de procurar a op-nr^un dade para se libertar d'esse desconhecido que?e as enhorcárado poder. A' frente da facção desçam

tente estava Shinski, aquelle mesmo que alternada-mente testemunhara que Demetrio estava morto e queamd0

novo tzar em breve lhes deu motivo para coiis-'bifarem:

Observára-sc que elle mostrava extrannandifferença pelos antigos costumes moscovitas c pre-

ferèncià pelos da Polônia. Modelou sua corte pela do

rei Segismundo. Empregou como secretario de con-

fiança um polaco. Fallava constantemente a língua

polaca e dizia-se que a fallava melhor do que a russa.

Depois, como Pedro, o Grande, dispoz-se a introduzirna Rússia a civilisação do oceidente e francamentecensurava os seus nobres boyardos do seu barbansmoe ignorância. ; ... ~ %,u,.n

Isto tudo não lhe teria sido fatal se nao ultia-

lasse ao mesmo tempo o preconceito religioso. Ouar-

dára-se profundo segredo de sua união com Roma,

m

•a-.Bã

EU SEI TUDO

b

mas por numerosas indicações .fez levantar involun-taria suspeita de que não era adepto verdadeiro daesreja orthodoxa. Serviam-se á sua mesa alimentosalie a esreja grega prohibia ; fallando com os bispos,empregava algumas vezes as phrases de: vossa reli-oião „ de vossa egreja. Escandalisára toda a c.dadcde Moscow, concedendo licença aos . jesuítas paraconstruírem uma egreja dentro do sagrado recinto doKremlin. , ,'r _ . .„:,;¦

Durante todo este tempo, o tzar nao sl hav aesquecido da donzclla a quem tinha jurado fidelidade

quando era ainda simples aventureiro na Polônia -- aformosa Marina. Puzera de parte o Papa, com des-culpas plausíveis, quasi tinha rompido com o reiSegismimdo, mas seu coração se conservara fiel a íilhado palatino. c

' j„ .

Umdcseuspnmeirosactos.cmMoscowfoi mandaium embaixador á Polônia para a pedir em casamentoe lhe levar as melhores jóias do thesouro dos tzars.

, Finalmente seu descjo foi satisfeito. Em 12 deMaio de 1606, Marina en ftrou em Moscow c com ellaa mina e a desgraça.

Já tinha corrido o boatoinsidioso de que a escolha dotzar, de uma noiva polaca,

Wm

era o primeiro passo para %effectuar uma trahição nopaiz. Com effeito o casamentode um tzar orthodoxo com umapolaca hereje, feria os preconcei-tos da populaça que se aceumu- v. v»lava nas ruas silenciosa e com as-pecto ameaçador a.passagem datzarina, escoltada por um corpode quinhentos polacos armados.

Por desastrosa coicindencia,dois embaixadores de Segismimdochegaram ao mesmo tempo, acompa-nhados também por numerosa comi-tiva. Pareceu a imaginação do povosempre desconfiado que o exercitcTpo-.laço estava levantando arraiaes em suaprópria casa. Os Polacos deram tambémmotivo ao despertar d'esse sentimentopopular com seus modos insolentes. Hou-ve desordens nas ruasv á noite, provo-cadas pelo seu comportamento reprehen-

; sivel com as mulheres moscovitas.O estouvado noivo, ainda accresceitou

combustível para o fogo, satisfazendo ca-prichos femininos. A tzarina oppoz-se á co-sinha russa e insistiu em ser servida por cosinheiros da Polônia, o que fez acreditar queella queria violar as regras da egreja ortho-doxa, no capitulo da alimentação.

A 26 de Maio, justamente quatorze dias depoisda chegada de Marina, observou-se que numerosossoldados de um acampamento perto da cidade entra-vam em Moscow e se misturavam com os habitantesda cidade. O 'expressivo symptoma passou desaper-cebido a Demetrio. A' noite elle assistiu a um ban-quete onde se demorou até o alvorecer do dia.

Na volta para o palácio, quando atravessava umavaranda, encontrou alli escondido um conspirador.Nada suspeitando, o tzar perguntou-lhe se tinha ai-guma missiva para elle. O homem deu umas deseul-pas quaesquer e retirou-se sem ser detido. Dirigiu-se.immediatamente á casa de Shinski, onde estavamreunidos*os chefes da conspiração para lhes dizer queDemetrio regressara ao palácio. Decidiu-se o ataqueimmediato.

Shinski e os outros sahiram para a rua perfeita-mente armados e, reunindo gente, approximaram-sedo Kremlin. Os guardas que tinham sido peitados de '

antemão, abriram as portas de par em par. Shinskiconduziu seus companheiros até a egreja da Assum-

pção No mesmo instante o grande sino do Kremlintangeu dando signal, que foi repetido pelos trez milsinos da cidade.

Demetrio saltou da cama e veiu perguntar a ra-zão de similhante alarma. Recebeu a resposta de umirmão de Shinski, que alli estava, assegurando ao tzar

que era simplesmente por causa de um incêndio. De-pois correu a reunir-se aos conspiradores que já seapproximavam. Mas já chegava aos ouvidos assus-tados de Demetrio o clamor dâ multidão furiosa, Ves-tindo-sc apressadamente mandou seu fiel secretarioBasmanoff informar-se. A apparição de Basmanoffnas escadas de palácio levantou um grito furioso da

populaça : «Abaixo o impostor !'» ;Era o signal de morte. Basmanoff1 chamou os

alarbadeiros da guarda do palácio, que eram bem

poucos para reagir contra a multidão. Os aggressoresenxameavam pelas escadas e invadiram o quarto ondeo jovem tzar os esperava! Basmanoff collocou-se di-ante cmquanto Demetrio armado com uma espadafugia para o terraço e encontrado ahi outros ataca.n-tes aFròjou-se sobre elles. gritandoj .

— «Miseráveis., eu nao tenho sido umlòoris para comvosco !»Muitos dos conspiradores cahiram mortos, mas afinal, o tzar teve que recuar ;os alabardeiros rechassados tentaramchegar até Demetrio mas iam sendo im-pellidos até chegarem a ficar reduzi-dos á defeza do ultimo quarto. Então descobriu-se que o tzar tinhadesapparecido.

Ferido e ensangüentado, Demetriocorrera até chegar a uma janella,que dava para uns terrenos incul-

; tos no fundo do palácio no

O. primeiro acto do Demetrio ao che-gar a Moscow foi ir orar diante do

túmulo de Ivan, o Terrível.

logar onde antigamentese levantava o palácio deBoris. A janella tinha aaltura de 3 metros do chão.Demetrio deu um saltoqeubrou uma per.náé desmaiou com a der. Antesque tivesse podido vir asi um formigueiro de inimigos veiu sobre elle ctrouxe-o para fora. Quan-do passou por seus fieisguardas, então já prisioneiros, acenou-lhes com ai-mo para lhes dizer umultimo adeus.

Não foi morto immedia-tamente. Brincaram comelle como um gato com orato. Arrancaram-lhe asvestes imperiaes e enyolveram-o na túnica d umcozinheiro. « Vejam o tzarde todas as Russias ! *

Está outra vez vestido com a roupa que lhe pertencia.Um dos nobres boyardos, disse-lhe :„ CqG __ dize-nos quem és e de onde vens

Todos vós — respondeu a victima com vozfirme, — sabeis que eu sou vosso tzar, o filho legitimode Ivan Vassilievitch. Perguntai-o a minha mai ; mas,*e quereis minha morte, dai-me ao menos tempo parafazer a minha confissão.

E: assim que eu confesso este polaco de mau• agouro retorquiu brutalmente um. E descarregou-lhe em pleno peito um arcabuz. Os outros sanguma-rios cahiram sobre a preza, e não largaram o cadáveremquantohão o deixaram completamente desngurado.

Depois de ter sido arrastado pelas ruas da cidade,o corpo de Demetrio foi exposto durante trez dias avista da populaça. Mas a ferocidade dos executoresannullou seus próprios fins, pois muitos d aquelles queviram assim seus restos mutilados perguntavam seera realmente o corpo do tzar. Correu o boato de queDemetrio tinha illudido os guardas do palácio lugido

para junto dos cossacos e havia de voltar a tomar possedo throno. .

Na terceira noite, os guardas, que vigiavam o

cadáver descobriram sobre elle um tênue raio de luz

EU SEI TUDOBH«na< ^———————¦¦ÍíimÍmi^—»»—___ __^¦——¦¦——ww—i—iw^—w^——B*^*lowl,lly .

azulpallidocmque,na sua ignorânciasobre as leis da

putrefacção, julga-ram ver obra debruxaria, O corpofoi enterrado apres-sadamentc n u mcemitério distante.Nessa noite houveuma violenta tem-pestade e no se-guinte dia estavaaberta a sepulturae o corpo na super-nc.ie da terra.

Um terror supers ¦ti cioso âpòderourrse do povo inteiro.Segredava-lhe queesse ente extraordinario, que se ti ,nha feito passar CO Reminicencias - O general Setembrino de Carvalho e seu Estado Maior, nuando ccM^ndava as loiças

An l / -, federaes em operações no território contestado, entre os estados do Paraná e Santa Calhar na. Veem-S-mo filho de Iran. ^^ freira tara esquerda major Dakro Filho,adjuneto do Estado Major : tenente Ita Monte,

Gonçalves, commandante do pelotão da 14° Reg. Cavallana:; tenente-coronel José qOzoio^ ohe c do La^doMaior; coronel Fabriciano do Rego Barros, do regimento de Segurança do J;^^f. d^íSS

NaS 'Antônio Bricio Guilhon, ajudante de ordens; Dr. .Oswaldo Pecegmr, capitão

^^^^m»p^João de Moraes Niemayer, capitão aj.udante.de ordens; tenente ^^^m^^^^P^^ Se-iegimento de Segurança junto ao quartel das lorças; cartão Bento Vel qs-.o, ^udante

de ordens, m.qo. be

bastião cio Rego Barres, assistente. ( Phclographa tirada a 10 de Dezembro de IV(4 ).

era realmente umacreatura de nature-za diabólica, magi-co ou feiticeiro queaprendera a r t e smágicas entre osfilandezes e possuia o poderde morrer e voltar outra vezá vida. Para se libertaremd'aquelle monstro, queima-ram o corpo, collocaram ascinzas numa peça de artilhariadescarregaram para fora dasportas de IMoscow. Tal foi o fimdessa vida extraordinária que diííicilmente encontra similar na h.istria ou na legenda.

Como ?. . . Nemurna só vez ?. . .

Então vocês pen-sain que depois de pagar quinze mil. réis peloquarto, não havia 'de

a provei t.al-o ?.

'j€

Basilio volta para o interiordepois de passar uns dias noRio de Janeiro.Sabem quantome cobraramde aluguel porum q u a r t o ?Quinze mil réispor dia. . .•

Não ébarato; másdeves ter te di-vertido muito.

Não sahinem uma vez.

a %

¦"t *c- ,A»taVvAV.\-i -ri?,'^v¦'ia-/->5^Tjjj^.^'sVi!«*sAgHE?ai^w ¦ ¦ -.Vi \i;' vHvBJ9hBJBJh9qefkBJBB| BBBF f

:dlé^ a^l£*a :^ÊmW8ÊF •* ^^-^Êmm^Ê^^^m^s '\ «W'< i

¦'¦ .-;*^V'\t^'S.-S-^-'. •¦¦¦:;¦:.¦.. ¦¦¦¦¦¦!'¦¦¦¦ ¦¦:¦,¦¦¦-. ,

Vehícuiò que pede servir com tracção animal cem um motor adaptado como uma quinta roda.

ella

Chamou-se a Guiné"o túmulo do homembranco'¦ pelas numero-sas victimas que o im-

paludi s m oai li faz en-treos Euro-pcus.

Malária,chamam a

e s s a f ebrq devido aque antes

de conhe-cer o mi-crobio orig-i na 1 daenfermida -atfcribuida

«1iim«K»»i«*.-*«>»'>^ot"', ,„^ nBwiimi ^wiht—-*""*~'"'"*"w-""— ' "''""*

eraaos ares malignos :"mal ária", em ita-liano, cie onde se to-mou a commum designação.

Costumes dos alpés ITALIANOSpara

Mn dia 24 d. Junto os pastores levam as suas rezes a uma capella

SS sejam atnioades pelo sacerdote.

Àr.aelcto foi con-viciado para jantarcm casa de um millionario. Ao voltardo banquete diz asua esposa :

— Que magnificencia ! Nem imagi -nas ! Os pratos deoi!ro, os copos tom -bem de ouro ; atecs guardenapos crenide prata !. .

77

m

^asao*»**^"****^

usç3BK3aM **¦¦«

EU ÓE7 7T7DO

7SÍ

SOI Vir AO PROVISÓRIA DADA PELO GOVERNO GREGO A' CRISE DE CASAS EM ATHENAS. - Installação dos refugia-bULUÇAUdo,da

T^â no Theatro Municipal, onde cada camarote foi transformado em alojamento para uma família.

Nota-se no correr d'es-ses últimos mezes, umarecrudescencia de inven-ções, tendo por fim tirarpartido por meios maisou menos engenhosos,da electr idade atmos-pherica.

O precioso fluido, quenos cerca, a própria Na-tureza se , encarrega depol-o em evidencia duranteas tempestades, ,mas: aindanão conseguimos dominal-aè utilisal-â praticamente.em posso proveito.

Um jornal scientifico ai-lemão attribue á oceupaçãoda bacia do Ruhr a multi-plicidade de projectos, quetêm apparecido na Alie-manha, para a utilisaçãoda eíectriciclade atmosphe-rica, que constituiria, comeffeito, um meio particular-mente elegante de obviar ápenúria cie carvão, que sefaz cruelmente sentir na-queMe paiz.

Foi um jovem engenhei-ro húngaro, Sr. Joscph De-soífy quem estabeleceu haalguns mezes já, com certoespalhafato, a lista das ex-periencias. Elle servia-se,para captar a eiectricidadeatmospherica, de uma an-tenna análoga á que é uti-lísada pelo telegrapho semfio. As primeiras experien-cias impressionaram tãograndemente o governohúngaro que elle offereceuao engenheiro uma subven-ção para continuar em suaspesquízas. E' necessárioacreditar que essas ultimas"não deram resultados com-

; pensadores por que já sepassaram . vários mezes enunca mais os jornaes falia-ram sobre o invento ou seuinventor.

Mais sérios, se bem queainda muito aleatórios, pa-recém ser os trabalhos do

SERÁ POSSÍVEL UTIUSÂR INDUSTRIALMENTE AELECTRICIDADE ATHMOSPHERICA ?

UM JORNAL ALLEMAO ATTRIBUE A RECRUDESGENCIA DAS'INVENÇÕES

RELATIVAS Á UTILISAÇÃO DA ELECTRICIDADEATMOSPHERICA Ã PREOCCUPAÇÃO DE REMEDIAR A PENU-RIA DE CARVÃO PROVOCADA PELA OCOUPAÇAO DO RUHR.

AS MODAS DE HOJE

A criada — Vieram trazer esta caixinha.O patrão — Deve ser uma dúzia de çoll.arinHos c|Lie eu comprei.A patroa—-Não. E* o meu vestido novo.

Sr. Hcrmann Plausen,director de uma impor-tante fabrica de Fiam-burgo, que acredita pc-der acima de cada kilo-metro quadrado do soloextrahir quotidianamen-te uma força de 200 a500 ca vallos; sem modi-ficar de modo algum ascondições normaes da

atmosphera. Nada se sabeainda de positivo sobre seustrabalhos mas é fora de du-vida que o fim por elle pro-curado é scienti ricamenteattingivel. O problema re-sume-se no seguinte:

Á Terra está carregadade eiectricidade negativa co ar de eiectricidade posi-tiva. Seria bastante reuniras duas forças por um con-ductor qualquer para seobter nesse conductor umacorrente análoga a que seestabelece quando se dá umcurto-circuito entre os dousextremos de uma pilha. Eo que se produz natural-mente durante as tempes-tades.

O principio scientifico,como se vê não é muitocomplicado. I nfeíizmente, arealisação pratica tem deser muito delicada.

O dispositivo collector deeiectricidade é o órgão es-sencial de toda a installa-ção eff-ectuada em vista decaptar a eiectricidade at-mospheríca. O Sr. Plausenutilisa antenna collocadasem balcões de grande super-ficie; cheios de hydrogenioou de hellium. Para multi-plicar a quantidade de ele-ctricidade recolhida, o in-ventor teve a idéia de^reu-nir vários d'esses balcões econstituir uma espécie cerede de antenna, que se-po-de extender sobre um gran-de espaço.

Afim de facilitar ainda

EU SEI TUDO

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I L ¦"<¦.' ¦¦'.'>¦ ! ¦ '•<¦'<-;'•< -¦ "" •¦-¦•...."

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' ¦ i ir \, -KTo«r v4ri- rnm n nnnrllido clc F/'/'t c que, tendo resolvido trabalharA anÜ HE ^^&t«W^|| |||IÍf"l|]fÍ|f%4 Ju4„ da Ofeã eçelfe

mais a absorpção . cia electricidade amospheriea a superfície d'esses ha!-cões, é eriçada de pontas mctalli-cas. Ào que parece os resulta-dos obtidos com as taes ins-talíações ultrapassavam con-sideráyeimente os prognos-ticos, que se estava no c!i-reito de formular basean- .,, ,. , \do-nos em cálculos theo-ricos.

Se se puzer em com-municação a ântetinacom a Terra, não deuma maneira perma-nente, mas periódica-mente, isso produziráuma serie de dèscàr-(Tflc

i \

Os balões, depois ciecada descarga, locali-sarão porinducção noar que os cerca, umanova carga, que abando-narão quando o contactocom a Terra for novatnen-te estabelecido. E assim pordiante.

Mas ahi intervém um fáetòrua mais alta importância. A ele-ctricidade recolhida pelo dispositi-vo collector é statica, isto4ê; imprópriaparai qualquer utilisaçãò industrial

^¦0yBy.-:': ,/^y.-'"' 4r4í

"aa;'-:a ^444 . ?¦:¦¦¦' 3 ? > v 4 4 , • •..

X'

:'¦ ' ,i'^:.¦'"?.¦' • I . / , • •

Ora, a ^potência em electricidade- é oproductõ da differença de potencial

expressa em vclts, pela intensida-cc expressa em ampéres. Uma

differença de potencial eleva-da para uma intensidade ex-

tremamente f r a c a, taeseram até então as cara-

;:;4í^ cteristicas cia electrici-dacle atmospherica, que

y.y.....¦ 444 , se conseguiu recolher.44a;:4 Mas o Sr. Ptausen pre-

tende ter encontradotransformadores espe-ciaes ciUC permittemresolver a questão.Infelizmente é sobreessa parte fundamen-

v tal de sua invençãoque elle--tiDs_dá -O.ienosdetalhes. Mais recente-.;mente, Mr.Wentner uti-

¦ ¦ lisando um systhema derecepção análogo, conse-

guiu alimentar uma Iam-pacla incandescente e uma

c^moainha electrica.

O CUMULO DO PROGRESSO. "-MISS

Ròrerice Sullivan, actrisde New . ork,pescando cm Palm Bcach com unv Pc-'

cuenornoter electrico, afim de puxar a li-nha sem íatigar .seus lindos braços.

79

K :

msÊÊÊÊÊÊmÊÊm ¦—¦

EU SEI TUDO~~

|PJIP^f^";";:5ff'',S; exO . S|

80

O PROGRESSO HUMANITÁRIO — Novo appàrelhò adoptado naAllemanha-para provocar a respiração artificiai em casos de asphyxifc.

OS PRIMITIVOS OBSERVATÓRIOS O fenômenosX_-_--- celestes apreseniam um attracíivo e importância extraordinários. Desdeseu apparecimenio na Terra, o homem dirigiu seusolhares ao surprehendente espectacido que, nas noitesclaras e serenas, apre-senta a abohada celestee sempre distinguiram oSol e a lua cano obje-cios de admiração parao xeV intelligente, che-gando, em muitos casos.d render-lhes adio eadoração.

Os primeiros observadores cont e n tavam secom localizar-se nos des-campados com o fim d'-'apreciar grande extensãode cêu : utilisavam comoobservatórios os vérticesdas collinas. Depois dascolunas recorreram aosmonumentos elevados e,para- ess; fim, exisiiiaem Babylonia uma torreaitissima. do tope daqual se observavam osapharecimentos e mortedos diversos astros.

Os povos dedicados álavoura e ao gado. postoque, a navegação emprincipio era muito limi-íada, foram os que pri-me ir o observaram o teu eos qítaes devemos consi-der ar fundadores da as-tronomia. Entre elles fi-guram em primeiro hla-no os pastores Chaldeus.

Sem duvida, até quasiao chegar ao anno 300antes Ide Christo f salvoentre os Egypcios ). po-de-se dizer que não exis-tia propriamente obser-vatorio algum, pois as

MODERNAS

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vmtmí

MÃiS¦ S XX#]ffCx

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seus recursos e viu-se na necessidade de accumular ecoordenar os fartos como antecedente necessário paracíièfar a conhecer a constituição do universo, fundou-sepor idéia de Eratosthenes o primeiro observatório, o deAlexandria, que continuou cm actividade cerca de aua-t'-ocentos annos, ou seja até melados ou fins do século lida Era Christã, Nesse observatório foi aue Hipparco, ofundador da astronomia moderno, repetindo observaçõesfeitas por seus predecessores, descobriu a precessão dos

eouinoxios e investigoucom grande êxito os mo-

Sol. Lua e

Minha ama.Minha ama... o menino esta cuuiauuu uiuiua,-.;.Pois dê-lhe mammadeira, ereatura ! Não vê que eu

agora estou occupnda ?. . .

observações ceie strâ que então se faziam não tinhamm»thodo algum, effecluanao-se com irregularidade e

empregando-se, ao que se sui:põe, os apparelhos mais

súnhtes e rudimentares.Mas quando a especulação philosophica exgoitou

vimentos dopiondas.

Quando a sciencia çomeeou a ser cultivadanovamente g u i ando-sepelas epochas obscurasdas edades passadas, en-contramos vários observatorios 'fundados porpríncipes árabes : pri-meiramenle um em Bagdad ( e provavelmenteoutro em Damasco ),construído pelo kalijaAl-Mamán, no séculoIX: depois outro emMol-rPan. nos arredoresdo Cairo, erguido pomIbx Yrmis; pelo kaliíaH a br i ti m ( rio anno1 .000 ). onüe se cons-truiram as taboas haki-mitos do Sol, Lua e pia-netas.

Os mouros da 1 íespa-nha não deixaram decultivar a astronomia,pois o famosa torre dáGiralda' em Sevilha, foiconstntida em 1 196 porGebcr. filho de Afia,como observatório astronomico.

Os príncipes mongóesseguiram esse exemplo e' a..' seu fausto deve-se osum btuoso observatóriocie Meragha, no noroesteda Pérsia, fundado em1260 por Halagu e no~' 'qual

Nacir al-din Tusirconstruiu as taboas iloh.khanicas. No século XV Jun-dou-se, por iniciativa de Uluv, ó celebre observatóriode Sdrhxàrcandà, que serviu, não semente pára a con-strucção de novas taboas planetárias, mas também paraa formação de um novo catalogo de estrellas.

xv

menino esta cnoraiido muito.

¦w— -¦'-¦¦ r.v;'iní'um ~ —r

EU SEI TUDO

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-¦':b.SS: .¦ .A'. ' ¦ 3. ^sr^Ertrr -i m- rlthánjMMJWWIMIWWBWWWIWMEWMWMIWWglMHiriMOMMnB^

Um aspecto da tradicional procissão marítima da Jurujuba. Os botes com os andores Ac

Ão é de certo cousa de hoje a uniãointima das duas

de S. Pedro e cia Virgem Maria.

I capitães íronceirasRio de Janeiro;e Nitheroy, uma cabeca de governo geral, de vice-reinado, de reino, de império, de republica ; a outra cabeça deprovíncia e de estado. Aennu me ração m o s t r a

copia de historia. qMunicípio Neutro ou Districto

Federal, o Rio de Janeiro semprepartilhou alegrias e tristezas daPraia Grande ou Nitheroy. Tambem lhe impoz as suas, hajavista a revolta de 6 de Setembro, obrigando até a capital íluminense a subir montanha dePetropolis.

Rio c Nitheroy communicam-se a cada momento por váriosmeios de navegação, da barca da^Cantareira a falúa, da lancha á

retiro a alguns metros da férvida civilisação.^.Já teameaçam estradas de automóveis, não tardarão tal-vez a linha de bonde, o cinema, o bar, o gatuno. Ha-verá quem se proponha a "emendar" as tuas praiasarraneanclo-lhe a formosura das curvas, supprimindo

a prata das areias, a molleza das ondas, paradar-nos cáes recrilineos a cuja beira se

P

POR

ESCRÂGNQLLE DORIA

gazolina ao bote cie remo.Ma muito carioca sem luxos para

veranear em Icarahy ou no Sacco deS. Farncisco, com todas as vantagens dacivilisação, inclusive a roleta.

Estrangeiros,, sobretudo inglezes. admira-veis egoístas de todo o progresso', dentro porem ¦da mais estricta tradição, vão povoando de vUIhacottages, bungalows, a orla littoranea fluminense na

qual mais retirada, mais próxima da barra, existe Ja-rujuba. v

Admirável recanto e plácida ;povoaç30 oxaláainda por alguns annos se prolonguem tua belle a

pura, teu silencio adorável, todo o teu preço ac

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installem bancos e casaes, estes grü-dados pelo amor e seus furores ao ar

LivrC.Contemos por emquanto um pou

co ao carioca ignorante da bel -leza da cidade natal e de seus

arredores o que vale Jurujuba.Primeiro uni pouco de historia— à tpute dame toul honneur¦— depois um pouco de actua-

1 idade.Moreira Pinto indica Jurujuba

por enseada na margem orien-tal da bahia de Guanabara. In-

forma que a povoação, situadana margem sul da enseada, era pri-

mitivãmente composta de franeezesaos quaes em seguida se ajtintaram

indígenas e pescadores. Segundo o mes-mo autor essa palavras é de origem guará-

ny. ayurugú, composta de ayuríi, papagaioeyu amarello, acere^centando o citado Moreira

Pinto que os indígenas assim chamavam os (rancezcs, provavelmente por causa dos uniformes ou porlouros.

Um estudioso sem tréguas um conhecedor pro-fundo de cousas brasileiras, especialmente de india-nismo o Dr. José Geraldo Bezerra de Menezes honrado saber próprio no lustre da estirpe, previniu-nos

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A procissão cm maafoba seguida pelos barcos de pescadores.

tfiÇírttBuw'¦ * ¦ ''"¦"'* S *"*"*. •"""**..'j^r-i*.?*.T.**r**~BSjr^K>*t^*—:'¦pg-çgrCTZ*—-¦**^E3^r<ir;5^^F?^'-!^'-^^^

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EU SEI TUDO¦«__—____¦_¦ ¦¦' ""'"* "¦"¦"" ¦ ¦*"—— T~ """" mtmmmamm*-"'"~~~"

82

que toda as ctymologias da Jurujuba carecem por cm-

quanto ser postas de quarentena. Accrescentou-nos

que o indígena cm geral dava nomes aosdogaresqbsei -

vando fielmente tudo quanto nas palavras pudessedistinguir inconfundivelmente os sítios.

I Íngua indígena c piano se parecem, todos pre-sumem conhccel-os, na realidade bem poucos os ma-neiam a primor. . , T) Fica pois, de quarentena a etymologia cie Juiu-juba, por ordemdos mais pruden -tes.

Creàram. a fréguezia de S. Se-bastião de ítaipúnos remotos tem -pos do Brasil colonial potuguez.Deu-lhe vida oalvará de 12 dejaneiro de 1755,do reinado de D.José 1. Por lar-gos annos: jura-j ub a uniu-se aítaipú. Ainda éestava no. primei-ro correr do se-culò XIX, Maiode 1840. Nessemez e anno go-vernavái á pro-vincia do Rio dejaneiro o vice-presidente BrazCarneiro Nogueira da C o s tá ' eGama (viscondecie Báependy).Morreu em 1887senador do ím-peno,j; conde deBáependy/ cie!885â-l;886,n7.;presidente do Se-nado . imperial,como, séu pai, omatquez deBaèpendyr (Ma-noçlvj acün^ho;Nogueira da Gá-''ma) o fora ria.sessão de 183 8.- Na presidência;do então visco.n-de de Báependya proyjnciár flu',-minehse --- cha,mada: outr/ora ásalínha, .como to •das as assem-bléas provinciacs— destacou j u - ;rujuba de ítaipú,tornando-a f te -gue.ziá: de. N. S.da Conceição da

. Vargem por lei-provincial n.° 208de 23 de Maiocie 1840.

aguardando o peixe ; Para que é feita pcllc cie hu-mude Para se arriscar sempre. Para que bolsa depoderoso ? Para intumescer sem custo.

Na Areia-Grossa, no Peixe Gallo, sub-logares cieJurujuba, ficavam os maioraes da pescaria ; os outros,os menosafortunados, mourejavam sobre água a vero que lhe vinha do seio.

Do mar provinha o dinheiro, para apatacar ne-

gociantes de seccos e molhados, alguns em jurujuba,

MlKlff^TflTi •' • • *¦¦ ¦¦ *]S^mnmfifmffi^TTir í rrtnP1 * tT'- .Jííss»^&ÍÍͧs>a««S;Aaí !%M$íiZM&0t;:«i?];:m~.~J^M%Ui' ^a3 r i?#írAM4M^ft»»í!»'^^ ¦¦¦>>¦.¦¦¦¦ ¦¦•¦ íáSsgs

vigário,Q'ahi em deante Jurujuba começou a tersub-delegado. escrivão, professores primários jui--cs de paz fiscaes, inspectores de quarteirão, tudoquanto o Estado estabelece em qualquer ponto ondese firma na missão de pastorear para tosquiar.

De longa data a pescaria cm grande escala consti-tuiu o principal elemento de vida de Jurujuba. Comosempre em todo o ramo de negocio os de maior capitalesperam que os de nenhum lancem rede. No sen-tilo figurado ou não os primeiros ficam na praia

outros espalhados pelas circumvisinhanças, pelo Sacc(de S. Francisco, pela Charita, por Pendotiba, .oeonde sahia o pao para a freguezia. _

Nem tudo ahi era pobreza, risco de vida no oceano, havia também proprietários e lavradores na ic-Mão Talvez dvelles o mais esclarecido tosse o ur.Bento Maria da Costa, nome antigamente da maisextensa popularidade naquellas paragens.

A;proposito do Dr. Bento Maria da Costa, umdos bemfeitores da caridade publica e privada no ímu

....i.i...i.....m.».»iic3i.^-^-|Yl"|i;-.-.- v-,-<

EU SEI TUDO

de janeiro, cumpre pôr presentes os serviços da Juru-juba á defesa hygicni-ca da capital.

Para relembrar taes serviços servir-nos-hão decruia os prestimosos

"Apontamentos para a Historia

da Repartição de Saúde do Porto do Rio de Janeiro1'da paciente c benemérita lavra do Dr. Joaquim Joséda Silva Sardinha.

Em meiados de Dezembro de 1850 a capital foisobrcsaltada por nova lugubre, a febre amarclla vi-sitava Cam-pos. Medo, Iembarcações jde quarente-na. D*ahi apouco douscasos da molestia no Rio,preparando-seh os p i t ai, áspressas, nomorro de Li-vramcmto. Ea crente dogentemar ?

Os serviçosde hygicne ft--cavam a cargodo Dr. Fran-cisco de PaulaCândido. Paraacudiraos maritimos t;ratoude alugar casana penins u 1 ado Caj ú, naenseada de Ju-r u j ub a; emponto elevado,entre a Várzeac a ponta docáesj que a uneao povoado daJurujuba, pelap a r t c poste-rior da fortaleza de SantaOu: e do anfigo forte daPraia de Fora,hoje Floria noPeixoto.

Abri u-sc olazã reto, umpouco irônicamente, no diade Anno Bomde 1851. Logodepois ncllcrccolhiam qua-tro marj uos daescuna ingleza4 Apparition".Em breve ha-via oitocentosenfermos emcasa para trtn-ta.

Paula Can-dido acudiu denovo. Alugouo grande pre- 4 , Mkiu-nrrauedio e terras de Jaeintho Ignaeic.cie ;^

• '^ '4

do Império o Exmo. Sr. conselheiro Luiz Pedreira doCouto Ferraz. A commissão sanitária. ' tfa

No Hospital de Santa Izabel demorou longos an-nos o Dr. Bento Mana da Costa, o Bento da Jurujuba,o grande, amigo dos pobres. Nascido no Rio de Janeiroem 1830, medico aos vinte c um annos, morreu cli-nicando aos oitenta e um, em 1011. Conseguiu cabe-dacs sem jamais negar nada ao desvalimento.

Era homem de instrucçSo solida, muito acatada

na Areia Grossa, a ~cerca~

dc'4itocentos metros do la-

zareto do Caju. Assim teve principio o Hosp.talritimo de Santa Izabel, hoje Paula Çancnqp,

Hospital de Santa Izabel '^&*d£M&t

conhecida cm ultima justiça de nossa historiadorIzabel a Redemptora. Em honra a

^&«M^mo natalicio fieou no hospital no pórtico da entrada,a segurnte inscripção : "29 de J u ho de b .Vnnn c^

sano da sereníssima princcza Uaoci, ^ci

no meio profissional do tempo, conhecido entre os

collegas pelo tratamento familiar e carinhoso de bentoda Jurujuba."

\ssim o descreve o Dr. Sardinha : "Magro, oc

estatura acima da-mediana, olhos castanhos, tez bron--cada verdadeiro typo dos trópicos, barba íalhaca,íntelligente. olhar penetrante, dotado de actividadeinvejável, de corpo c de espirito, porte elevado, apiea-

saciei com as mãos cruzadas quasi sempre sobre o dorso,

espirito galhofeiro, gostando dos "calembours a ma-

1

EU SEI TUDO

neira do notave! professor Velpeau, Ia ,a com o sorrisonos lábios prestar um soecorro, enxugar uma 'agryma

onde quer que o chamassem, .dentro da cidade de

Nitheroy onde residia ou nos arredores : Imbuhy,íaaôa de Piratininga, Pendotiba, ltaipu, etc, com a

confiança e a consciência de bem cumprir um dever

deixando muitas vezes, sem. ser pressentido, sobic a

mesa uma dádiva para mitigar o iníortunio da po-^l"\ r* (> T O~Tal

teve a dita de sea no mundo o Dr. Eeato K.&!íi

mi - ....li-—•""- *™»~*«™***** ¦« -"' '

Maria"da'Costa, medico e director do Hospital Ma-ritimo de Santa ízabel. D'elle é impossivel calar viciae serviços tratando-se de Jurujuba.r. Actualmente Jurujuba é favorecida pei® pro-aresso cada vez maior de Nitheroy, pelo desenvolverdiário de Icarahy, pelos attractivos do Sacco de S.Francisco sem entretanto haver ainda perdido o en-canto bucólico ajuntado á fascinação marinha. _

Arraial ele pescadores, vive em continua relaça©

com soldados, com os habitantes das fortalezas clefen-soras da barra, sobretudo Santa Cruz. Duas vezes-pordia, ida e volta, manhã e tarde, céu azul ou negro,mar de rosas ou arressacado, a lancha chamada ciomappa percorre as fortalezas, encosta no cá.es de Ju-rujuba, proporcionando-lhe miniatura de linha denavegação, com escalas certas.

Gente bca, simples, attrahentc na sua modéstia,attrahida por qualquer meiguice, habita Jurujuba.Asçlcmeram-se as casas á beira mar, dividida a. po-

voação em partes bem niti-das, a Várzea e a Praia.

Na Várzea alveja templode certo porte, dedicado a N.S. da Conceição. Foi outtaoraservido por culto regular notempo de vigararia, hoje ficaquasi entregue á fé dos pesca-dores, que uma vez ou outra,com sacrifício, obtêm sacerdote para dar cunho liturgicoa praticas singelas de humil-des.

¦ No horizonte da Várzeadous monumentos se sobre-levam, um na própria Var-zea, a egreja da Conceição ;outro, mais longe, o HospitalPaula Cândido. Aos olhos dopensador avultam ambos.São abrigos differentes, um é

o da alma desprendendo-se para o Creador, o ou-

o tro é do corpo, teimosoem existir, renitente emresistir, antes de tombarna morte, agarrando-scás alturas do inst.ineto deConservação.

A Praia também pos-sue templo, arruinada ca-pellota junto a conven

| d. tinho. a cahir. Reprcsen-tam duas ruínas,-'que seamparam mutuamente.LVellas a mais conserva-da parece impedir a ou-tra de conhecer chão.-Ospescadores da Praia aju-

dados por mãos generosas ediscretas, tratam de conser-var o culto, esforço commo-vedor e constante. O tempoestá de um lado, elles do ou-trõ estão, destroe um, conser-vam os demais, Por isso, acapellinha, altar envelheci-do, coro modestíssimo, sino-zinhos sem bom timbre, vaiprestando serviços ao idealreligioso de gente tão dignade ser olhada em paiz ondeha tanta cousa imprópria devèr-se e fica em tanta evi-dencia. O facto é verificadoneste planeta de surprezas,de sol a sol e cie caprichos,de lua a lua.

Todos os annos a ca~pcllinha da Praia, onde a ima -

gem principal, como na Var-zea, é a de N. S. da Concei-

ção, goza grande festa, a 29 de Junho, consagrado aS. Pedro.^padroeiro dos pescadores.

Nessa data Jurujuba amanhece, passa o dia.crepuscuia. anoitece em regosijo. Ha missa na capei-linha, a areia junca-sc de folhas aromaticas. arma-secoreto, ouvem-se bandas de musica, cada casa se dts-

põe a abrigar visitas, a patentear hospitalidade.A' tarde sahe a procissão. Vários andores transp®r-

-ou

í/jo

. O--or-cã

OocoI-TO

JD

c

tam os santos da capellinha. Depositam-os em barco:

EU SEI TUDO

AS SACERDOTIZAS DE TERPSYCHORE -A fc.-larina inglesa Mary Elaine H.owlett.

Vi;a virgemenfeitados, com svmbolismos ingênuos,sobre monte de redes, na attitude de abençoar pes-cas.futuras e defender pescadores dos golpes do mar,o molle traiçoeiro. , ,

Amarram-se os barcos ; deslisam puxados potlanchas a vapor ou á gazolina, dão lento passeio pie-doso pelas ondas da bahia. O sacerdote paramcntado,os acolytos com a cruz e os cyrios embarcam na lan-cha. A procissão segue, seguida por sua vez, por b*i-cos de pesca; ao som de charangas, ao estralejar de .o-

guetesf que assustam gaivotas ou patos ei água.constante amerissagem. . a

O prestito dá volta pelo sacco de S. ^çiscp

abeira-se ao cács da fortaleza de Santa ^riu. Ues.m-barcam andores e devotos. Seguem todos para a visitaá egreja da Conceição da Várzea. D ah., por terra «

procissão alcança Jurujuba. Desfila pelo rne.o.aomatto, já noite cyrios ardendo cânticos

Coandovirgens á frente, povo no couce do prestito, imponencia sem apparato. Pnt>rnecer verdadeiroEspectaculo poético, de enternecerapproximar da formosura da vida amplto, ao poderoso factor do prolongamento de existência c da

conservação no ser humano da longevidade especiale difncirdos sentimentos nobres.

Dia de S. Pedro, o grande dia cie Jurujuba,quanto mereces d'aqu"elles que tantos reputam va-ler pouco. a

Pecplhida a procissão a capelhnha da Praia, ac-cencle-se toda a luz electnca do logarejo. Sentam-seas famílias na porta do templo, na porta das casas,idéia de velho Brasil, que os mais jovens ora podemaoreciar. Por quanto tempo ?

Começa o leilão de.prendas, ouve-se o leiloeironos descancos da banda de musica. Apregoa mercado-ria esperando lances. Tanto mostra ao publico parde chinellas como casal de gansos ; tanto exhibe en-vcloppc fechado, com "uma surpreza", laço ele fitaou alguma barata, como pintalgadas jarras de bazar.

O povo não exige bom senso nos leiloeiros ao arlivre. Quanto mais disparates vozeann mais provo-cam riso. mais vendem, melhor passando adiante o

peior. . .Nas pausas da musica e elas prendas, da-se uai-

ma de mão ao fogo de artificio. Soltam-se balões,alguns enormes, com illuminação de muito clieiro

85

!**¦!»fwt.Tn '•y'"'<«'t<w«'«1""'"1.1*^"* . 7f'TÍr*7TjSOJüJilJEtlD'^-

£U SE/ TUDO

quando a peçapy ro t hecnicaconsegue chegarintacta a certaaltura.

A musica,o leiloeiro recomeçam. Esfor •ça-se uma porinterp r c t a r a"Canção do Sol-dado" ou "Luar

dePaquetáAEs-gucla-se o outropara engodar.

lamcertasnoi •tes de invernoincipiente quah •do as primeirasnuvens hiemaesensaiam toldaro espaço, ás vc-zcs a naturezafornece nuvensao p r o g ramfnada festa noctur-na de S. Pedroda jurujuba.

O mar é soce-go de a g u a s,d r a n d u r a deventos. As ondasroja ra -se áspraias só levezae murmúrio. Apai za gem dor-me na sombra, águarda cio mys-terio.

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vallei.ro do Hos-pitai Paula Can-elido, rápida eaugmen t and o,surge a lua, pa ¦recendo cumprirmissão eterna,ornar de alvonoivado as mil-lenarias nupeiascia tr.eva c' do

;eano.

MO NOS TEM

Algumas seitasprotestantes ia-glczas ei u e remconduzir sua re-ligiãoparaa ver-dadeira doutrina

Jesus.ao pé daE

ít-ttra que segundó esses re-L

4ijiLÍi4iwflí'íi»^

Na

O FEMINISMO EM MARCHA - MÍsS Maude OfcU é ^J^J^

Lhauffeuses» de «taxi* que appareceram em Mew York •

,-,,,; distancia TIcarahy, ainda mais longe Nithcrov c seus fogosdeixam Unha cie oiro na costa sombria ate o pn-meiro nevar da madrugada.

De repente, atraz da montanha abrupta a ca-

formistas con-vem seguir o en-sina mento cieChristo. Assim obaptismo tal co-mo é geralmenteadmini s t r a cl onas egrejas catholicasc protes-tantes é vistocor elles comoínsufficiente. E-na água de um

lago ou cie um rio que dcycrnos mergulhar os catechu-

menos adultos

as duas primeirasgrande êxito.

^ryy0^^C^\\\ | f ^<fSi-

AS EXIGÊNCIAS— 1

para tornai-oschristãos.

Centenas decuriosos assis -tiram recente-mente, nos ar-redores cie NewBrighton, aobaptismo porim m e r s a o deumas quarentapessoas. Asmulheres combarretes de borracha, estavamenvolvidas cmimpermea v ei sc os homensvestidos comroupa de ba-nho.

O pastor de -veria ser bomnadador, porque era a elleque estava des •tinado o papelde me r guinaros catechume-nos na água ede mantcl-os ásuperfície nos[©sares cm queperdiam oe.

* XtmAiii'm¦mi'mi¦ i —'wmmCí 111 ¦ i iin iwwn¦¦ ¦¦HMwmniwr-1 ''""''"''" 11wrT"*'"

_- MissCurioso vestuário de noiva

Lucy Geltibrand, moça da;aristocracia .ingirauuc' em consequeneia da ruina de sua iam -

lia, tivera que s? empregar como manequin

admira vevocê fica impassível.

— Oh ! meu amor

DA MODA

Eu pano para uma viagem tão onga

Bem sabe que eu não pçsso chorar

agora. Pintei cs olhes ainda não ha meia hora

O mal e obem á face vem.

cm uma grande : medas, desposou rc-cente o marques de Casa Maury. _ •_

Seu vestuário chamou a attençao por suaextrema simplicidade: era de seda branca semo menor enfeite.

EU SEI TUDO

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1 Io Sul e a concorrente mais votada cm todo o Brasil, no Concurso Nacional¦Senhorita Dorotbildes Aclam, a eleita cio Rio

^'^ Noi]L:c rc]a Revista da Semana, (Photo. D'Ávila )de Belleza p.rórnov

EU SEI TUDO

AS CALUM-NIADAS

¦As vespassão o l h adascera Ime nte°com má von ¦lade. Sua avi ¦

dez pelos frucios e pelosdoces c conside r a d a umcrime ; deve ¦riam no em ¦tanto desculpar esse fracobem comprehensivel, emrazão dos numerosos serviços, que nosprestam.

No Principio de cadaanno as vespas se tornammuito utei sdevorandoquan tidadesfantásticas demoscas e larvas que seriamos agentes demúltiplas molestias ou deprejuízos in-calculaveis emnossos c am-pos.

No estadode larvas asves pa:S sãocarnívoras . edepois da me-t am o r phosedefinitiva

' abpSorvem moscase .larvas,' reco-IhidaS- , p ed amãi, que co-khece O appe-tite formidávelde sua proge-nitura.As úès-'pas át a e amrarame nte o .homem ç suapicada não' êperigosa a nãosej quando a

I victima e sj aem mau estadodei saúde'.

•. -¦ ¦ ^ a • ¦'

44 O-—<§>-r-0

4 O amor damulher ;é; Vo-mo o vàgalu-me, brilha demomentos amomentos.,

Ot <&— a

\P.rim e i r psenta^ted;; numbanco' *ae bebeágua ; depoiss e'n tar-te-has

^$84Sí4 '4aífí 4Aaa|a§tMtt44i%'*^^ .. 4,.:,^íia^4^vaí4aaa^!?^a4*4a4*4^í-u—* j<**&» '^'l &toÊê*».***i.,...* ''«"BPBMW^fflXMBMiKIMP- - ¦¦. &Wddddldd\dkdêfiddãÊlm

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POWELL-;.dõ'Theattò •"Príncipe ^^Oailâ-',

de Londres.

A BELLEZAMÁSCULAA c o m p a-

n h a n d o osEstados-Uni-dos, a Ingla-terra deu ago-ra para orga-nizar concur-sos de bellezamasculina. •

Uma provad'este gênerofoi organiza-da em New-n h a m Pad-dox, nos arre-dores de Rug-by, pelo ins-tituto femini-no de Monks-Kirby. Cin-coenta con-correntes seaprese nta-ram. Foi umpar do reino,oconde de Den-bihg, quemconquistou oprimeiro lo-gar e foi solenn emented e c larado ohomem maisbello e per-feito da assembléa.

Note-sea, que o novo

'¦ A.dodn i s jápa ssou dosisessenta an-nos. a;.' .¦ c—#-^-o»,:;l\* ¦

Os antigosdiziam que òpeixe-voadoré um dos se-res mais infe-lizes da Na-tureza,, postoque, ao. sahirda água, íu-gindo de seusinimigos, ospeixes maio

1 res e os vo-r a z e s dei-phins, no, ar.encontramoutro perigonas aves ma-rinhas ; masna realidadeessas ultimasjamais se de-dicam a i,âta-car peixes'-em

89

vôo.-o >',

0 casameh-to e uma ara-pucaPOs pas-saros pádvdevemrsaher gweçalundo \a]dli¦'Mtàm presos ;¦mas ^qm tremexperimentar.

fragne.

MMÜÜÜMM pagas ^^l^>wiiifi>^iiYiiit"<'nniTMiTw^iríiff

EU SEI TUDO

90

a "'

í" -ra

#^«^^^^^^CREPUSCULOjtrouxera uma rajadade

*¦ ^Uf ra

frio humido, penetrante, ror isso,deixando o pequeno pateo onde seusdous netos brincavam, entrou compasso tremu-Io e vacillan-te li 1

¦

'

para oc-cupar seu Io

gar junto do fogão, onde a le-nha crepitava, lançando umfulgor vermelho por toda acozinha.

De seu banco, atravez deuma vidraça fronteira, elle viaa montanha, por cujas veredasvinham descendo os rebanhos,com o passo rythmado pelosgrandes guizos das "madri

nhas" e a canção'dos pastores.A desolação da paizagem

quadrava bem com a maguaprofunda e silenciosa do an-cião, que se sentia cada vezmais fraco, mais doente, maispróximo da hora fatal em queo grande mysterio se abre a todosos seres. Ouvia o riso crystalino deseus netos e esperava vêl-os entrarapenas a noite cahisse de todo. Em tor-no da pequena casa havia silencio com-pleto, o imponente silencio, que precede da escuridão. O céu estava sombrio, e ameaçador, òuafilha andava pela cozinha preparando o jantar. Ou-viu-se um relincho de cavallo e passos de homem no

pateo.E' Miguel ? — per-guntou o velho.

E\ ,papai.

Parece que vai chover...Sim — respondeu ella.E está frio !. : "._..

— Muito frio. Também não. admira. . . Estamosentrando no inverno. Esperteo fogo, meu pai.

O velho começou a mover alenha com cuidado e como ascreançás entraram, a alegriailluminou seu rosto mais doque o fulgor das chammas.P1RO0L1

DE I0T0Conto de

* **

V\ Roberto M<Aina^f\L \ \V •' /// S

^m. \ V\ f^\^^. / // / M

Acabado o jantar, quandotodos comiam a sobremesa emsilencio, o avô disse ao genro.

Se fores amanha ao sitioda curva quero ir comtigo.

—Para que, perguntou a fi-lha com ar de surpreza e abor-recimento.

O senhor não pode ir aesse logar — declarou Miguelseccamente — As estradas es-

tão intransitáveis.Vias eu estou com tanta von-

tade de tornar a ver o sitio. . . Hatanto tempo que não vou lá .ia.

— Ora papai, disse a filha em tomenérgico' — Atravessar a montanha,

em sua edade ?Parece mentira ! Então o senhor nao compre-

hende que seria uma imprudência ?Houve um novo silencio Ramon nao insistiu e

ficou pensativo. Sem du-vida' seu estado era mui-

to peior do que ellepróprio imaginava. De

Como o frio começasse a apertar, o velho entrou e foi-se sentar junto ao fogo.

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mWÊm mWÊÊÊÊm mWmmM^kMWÊ^mW mm\ &WÍP9 WmmmmwL*k£^*^*>-j*i- ¦' ':'m-MMi^I^MHmÉÉÉÉIJMML-^ . .MmmmWlll.! MLí h Li[íàÊllJmmmáL,llúiLxJkJ^, VLj1 i I " ' l A. yfmWmmmmmmmW^BÊÍwMmÈ[lM^Ml\M^\\II WmmwÈÊmm Wfr*mmWÊÊ$m iiH ^Klwi^lill iflil W

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súbito veiu-lhe depeito uma onda aoternura e pousan-do as mãos sobreas cabeças dos ne-tos, que, como decostume, estavama seu lado, disse :

— Temos queconversar meusqueridos.

As creanças vol-taram-se para ellesorridentes. Certamente vovô ia lhescontar unia histo-ria, uma d'aquellashistorias boni t a sem que ha fadas edragões. Mas a fi-lha e o genro fitaram-o inquietos.

O velho na attitude de quem vaicomeçar um dis-•curso, passeava oolhar por toda asala, contemplandocom enlevo as cousas e as pessoas.Pensava no futu-ro, no que o tempo reservava aosdous netinhos cujavida, cheia de pro-messas havia deter também pleni-tude e velhice co-mo a sua. E assim,de pensamento empensamento che-gou a um melhordo que todos eseus filhos viramuma expressão dealegria animar seusolhos.

— O tempo tu-do apaga — disseelle afinal — Vo-cês hão de se es-q u e c e r de mim

I mas eu peço a; Deus que nunca

se esqueçam doque eu lhes voucontar e que é co-mo uma synthesede toda a minhavida, exposta comoconvém a compre-hnsão ainda im-perfeita d'estascreanças e feitaexclusiva mentepara elles, que temgênios e aptidões

¦' ap a .aa '¦¦¦ a aaap pa -'' '¦'•' a? Paa, >' pa. v. ¦ ¦¦. ¦ a

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- Sê bemvindo, Roque Fortuna - disse S. Pedro, que viera recebel-o á porta do Paraizo.

tão diversas. Se elles recolhessem bem o ensina-mento do que lhe vou contar eu me sentiria mui-to feliz. E começou :

" — Houve uma vez um homem a quem chama-vam Roque Desgraça porque toda a sua vida

[orauma serie ininterrupta de infehcidades. Aos setenta annos elle falleceu como um justo, sem anciassem dores. Foi á tarde, na hora em que termma-vam os trabalhos do dia; Roque estava sentado

diante de sua modesta casinha ; ouvindo bater aAve-Maria, elle benzeu-se, curvou a cabeça emorreu.

Immediatamente achou-se diante do Senhor S.Pedro, que o recebeu sorrindo na porta do Pa-raizo, saudando-o com estas palavras:

Sê bemvindo Roque Fortuna.Roque Desgraça — corrigiu docemente o

recém-chegado.Porem S. Pedro disse-lhe.

EU SEI TUDO———^ - --——---^"^MMM""M"M——:

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A FONTE DO AMOR. —

— Estás enganado, meu filho. Quem é Desgra-ca no mundo é Fortuna aqui.

O glorioso porteiro do céu bem sabia que muitasvicissitudes haviam entristecido a vida d aquellejusto Nascera pobre, fraco e bom. Desde o tempo daescola primaria todos abusavam de sua. miséria, desua fraqueza e de sua bondade negando-lhe justiça,conforto e amor. Um dia encontrou um livro quelhe trouxe alguma consolação — era o Evangelho,mas as tristezas de sua vida eram tantas, que um diaelle tem um assomo de cólera e murmurou :

— Ah !. . . tenho ódio de mim mesmo por neosaber vingar-me dos que me maltratam... Se eu vol-tasse a nascer havia de ser bem differente do que sou,havia de ser mau. A bondade é uma estupidez.

O Senhor S. Pedro bem sabia tudo isso e, Ponaocarinhosamente a mão direita sobre um hombro deRoque, disse-lhe:-

Ouve, Roque; sinto muito dizer-lhe que aindanão pode descansar no jardim de Nosso Senhor. Comosabe ah no mundo milhões de homens, que se assassi-nam' ou se suicidam, uns em guerra cruel, outros emfalsos prazeres. A Terra está se despovoando com ta-manho morticínio e ha falta de homens, que pumprama alta missão para a qual o mundo foi creado. fc, pre-ciso, que tu e outros como tu, tornem a nascer.

Ouvindo estas palavras Roque não poude conterum sobresalto e recordando todas as amarguras porque passara neste valle de lagrymas, ousou fazer umasupplica a S. Pedro.

Q.iadro de Samuel òtephei

Senhor — disse elle. — Se é indispensávelque eu viva de novo, eu lhe agradeceria que me fizessenascer como outros que conheci. Fui sempre resignadoe justiceiro, nunca encontrei senão desengano ao passoque outros só encontraram venturas. n^uP

__ Deveras ? — perguntou o Santo — Uonne-ceste gente assim ^«u-

Ora i quantos... O Herminio por exemplo,apoderou-se de minha fazenda com papeis falsos,

quando protestei ainda me chamou ladrão e morreumillionario; o Jeronymo, um visinho que «pulsou a,-,casa o irm.^o doente e se fez eleger deputado, toi rru-nistro. . . O Eugênio:. .

Queres vêl-os ? Vem cá — disse o Santo mterrompendo-o. .

Levou-o por um caminho muito branco enticas nuvens, até chegar a uma enorme masmorra ie-chada por pesadas portas de ferro. Abriram-se essa,

portas mysteriosamente a um aceno de ò. Fearo ecelestial chaveiro entrou com Roque por um forreac;circular humido e escuro onde havia umas abertura-latteraes, espécies de janellas, que davam para o-cárceres eternos dos prisioneiros. E Roque alli viu.sugeitos a horrendos tormentos, aquelles que julgar,tão felizes.

***

O avô calou-se um instante para descansar,vento zunia lá fora mas os filhos e os netos nem o ou-viam anciosos pelo fim da historia.

Ramon continuou :

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EU SEI TUDO

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Voltaram os dous pelo branco caminho abertoentre as nuvens e vendo que Rogue se mantinha decabeça baixa, o Santo perguntou-lhe :

Em que pensas ?Naquelles desgraçados. Que pena me fazem !

—- Essa piedade que te perdeu na terra e que tesalva no céu.

Quanto tempo têm ei-les que ficar alli ?

Sempre.Roque estremeceu. Na

terra, a despeito de suas infe-licidades tinha conhecido diasde paz, horas de sonho e aesperança nunca o abando-nára.

Está bem, Senhor S.Pedro — disse elle afinal —Estou prompto a voltar aomundo, mas, se é possível, fa-ça nascer na família dos Gar-dona, que são pobres mas hon-rados e trabalhadores.

A ninguém é dado es-colher seu destino e em toda aparte se pode servir ao Senhor.

O narrador calou-se. -^

JlCMNO DE JUSTO.—Desenho de Maud Tcssé Fangel.

— E elle voltou ao mundo. . . voltou ? — per-guntou um dos netinhos.

Voltou por que assim era a vontade de Ueus lCom que nome nasceu, em que casa ? Isso nãosei ;mas quando encontrarem um ente infeliz, um pobre,um desgraçado. . .tenham cuidado, meus queridos. . .

tratem-o bem. . .Pode ser o Roque, que an-

da pelo mundo cumprindo amissão mysteriosa de NossoSenhor.

Roberto Molina

-—ÉL

NOCTURNOFeo-vos atravez da ncite escura,Do templo eterno lampadarOs santcs ;Mas minha vista ennubla-se de prantoE á terra volve, turva da amargura.

Fntre vós milhões de astros, um procura,Que me suavise a dôr cem seus encantes;Nenhum de luz amiga—e vos seis tantos'—Por mim palpita, para mim fulgura. . .

Ninguém, o nada sempre, longe ou perto;O céu para a minha alma é tao deserto,Como é vasio e triste o mundo. Assim.

Jamais teve, por muito que soffresse,Um coração que só por mim vivesseUm meigo clhar que só pousasse em mim!

Maoalhães Azeredo.

#

".'¦¦*

% *

Para tapar as garrafas decerveja e de águas de mesa, quese consomem em um anno naInglaterra, são necessárias se-tenta toneladas de cortiça.

O idioma chinez é falladopor quatrocentos milhões deindivíduos.

*

'A/a Birmânia cahem quin-ze metros, de água de chuvaannualmèhte.

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XiC ' Os filhos de Grimhilda.

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relo heroe. filho de Siee-" ; 0 OBASVSA WAGNER!ANU

A ULTIMA JORNADA DA TETRA-LOGIA X~ A SIGNIFICAÇÃO DODRAMA — O AMOR E O OURO

Brunnhilda foi libertadapelo heroe, filho de Sieg-mundo e Sieglinda ; massobre o destino de Siegriedcahe agora todo o peso damaldição do anneí.

Alberick, o gnomo he-díondo, ainda não cessoude cubiçal-o e por ellecombate agora Hagen, seufilho, que o rei dos demses, no auge da cólera, escolheu para herdei-ro do mundo. Siegfried ardendo em Ímpetosde mocidacíe e de heroísmo, parte, em buscade novas aventuras, deixando Brunnhilda naposse do annel — o que eqüivale a dizer, sob oimpério da maldição implacável — e vai ter á

corte do rei Gunther, que reina jun-tamente com seu irmão bastardoHagen, o filho de Grimhilda, ede Alberich.

Gunther é bondoso, mas domi-nado pelo irmão, que incute em

0 crepúsculo dosDeu»

seu espirito débil as idéiassinistras do mal da vin-gança.

Hagen conta-lhe a exis-tencia de Brunnhilda enal-tece a seducção de seus en-cantos e logo elle começa adesejar a virgem, que o fi-lho de Alberick se abstemde lhe contar ter sido jálibertada pelo 'heroe l.pro-

tegido da raça decadente dos deuses. Gutru-na, irmã de Gunther, offerece a Siegfried umabebida mágica, que desde logo faz desappa-recer do espirito do heroe a memória de tudoquanto lhe era caro e, assim, por ella, o liber-tador de Brunnhilda se apaixona sem mais selembrar da Walkyria abando-nada.

Então, em troca da posse deGutruna, Siegfried, prometteir conquistar Brunnilda paraGunther e servindo-se pela pri-

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As trez Normas fiando o cabo do destino.

1 j i~,^ ri« Alhprick na-a e arranca-lhe o annel. Quando Gun-mcira vez do poder do

f™**™*^ Zr, de posse da Walkyria, a conduz a suatoma a forma do irmão de sua nova ama ,

£P ambos ccm cf>da, vai ao encontro de Brunnnuaa, uuuu

jsmaajywiwem»

EU SEI TUDO

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nther c Ha^s/i.

S|U

A luta entre Gu

rôados de flores e seguidos por um sumptuoso cor-tejo de homens e mulheres, Siegfried com Gutruna.

Siegfried, ainda sob a influencia do philtro ma-

gico, não reconhece, é claro, Brunnhilda como sua es-posa. Porem ella, vendo, em sua mão brilhar o annelcomprehende que foi elle e não Gunther quem a con-quistou, soccorrendo-se do mais miserável dos em-buste-s e obedecendo ao mais odioso dos fins. ;.

Então, dirigindo-se a Gunther, grita-lhe :— Trahidor ! Es por tua vez enganado também !

Que todos saibam que não é a ti, mas áquelle outrohomem que eu pertenço e a quem inteiramente medediquei !¦>

Siegfried, depois de ter jurado sobre a lançade hlagen que não quebrará seu juramento de frater-nidade° para com Gunther, não liga maior apreço ásimprecações de Walkyria e, enlaçando Gutruna pelacintura, segue seu caminho alegremente.

Brunnhilda, Gunther e Hagen resolvem então amorte de Siegfried.

E' no regresso á casa que o heroe deverá morrer.sa Em vão as filhas do Rheno o advertem da mal-

dição do annel : o heroe não se amedronta. E afinal,

quando, apoz a caçada, num momento de repouso,elle conta aos companheiros sua vida e, subitamentelivre da influencia maléfica do philtro, recorda comemoção os seus amores com a Walkyria, a lança deHagen fere-o de morte.

O heroe expira como nome deBrunnhilda nos la-

bios, quando já os corvos voam para o Walhall afimde annunciar aos deuses seu próximo fim.

Morto Siegfried, Gunther e Hagen disputam entresi a posse do annel. . ,

Gunther morre ás mãos do irmão bastardo. MasBrunnhilda a quem as filhas do Rheno tudo contaram,tira o annel do dedo do heroe e arremessa-o as águas

Accende-se então uma fogueira para o corpo ae

Siegfried e para ella. r^Brunnhilda, montando em seu cavallo Orane,

precipita-se nas chammas, Mas as ondas do no inun-dam a margem, submergem a fogueira. Hagen p.-e-cipita-se no Rheno, tentando um derradeiro estoupas nymphas, enlaçando-o, afundam-o nas águas.

Vê-se no ceu um clarão semelhante a uma au-rora boreal ; é o reffexo das chammas, que devoramo Walhall, consumindo para todo o sempre os cie,-ses e seus heroes. <

O divorcio é uma arapuca quebrada, os pássaroscahem, mas podem fugir.

Eu aiora só viajo de bicyclette —diz Easilio

nos trens occòrrem muitos desastres. A^.Também decorrem com as bicyclettes. . • .,'.Sim, mansão menos terríveis, por que em^

só fazem uma victima. . .

Sfí,

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A nraçSo de graças — Quadro de J< L FétrUj

EU SEI TUDO

Historia da Terra e da Humanidade xxxxX

OS POVCS, SUA HISTORIA E SUA IEVCLUÇÃO ATE' NOSSCS DIAS t

No século VII ainda existiamguptas em Binar. Em princípios doséculo IX, os palas de Bengala go-vernavam em Bihar e tinham Udaem seu poder, mas ao finalisar omesmo século, os parihjaras de

«»«»^<§>«s S»<o><^«»«»<§>

CAPITULO IVINDI

2o FASCICULO—CONTINUAÇÃO

Kanauj (Penchala) no Ganges, le- 4^<^#^<^<^<§>^<^^^^^><§>vantaram por algum tempo umimpério quasi tão grande quanto o de Jarcha. Os Can-dilas de Jeljakabukti (Bundelcanda) e os kalachuri deChiei, ao sul do reino Kanuj e do iio Jumna,eram,noanno 1.0C0, raças poderosíi. imãs, quanco as irrupçõesmusulmanas começaram a affectar sei iamente a índiado indoismo.

AS CONQUISTAS MUSULMANAS (987-1193,DEPOIS DE CHRISTO)

No anno 712 e ao fim de um século da morte deMahomct, os Árabes tinham invadido o Sind. proceden-tes de Mecran, seguindo as costas do Oceano Indico,e depois de desthronar o soberano, haviam estabelecidoalli um reino musulmano. Cerca de trez séculos maistarde, no anno 987, Amir Sabugtigino, de Gazna, noAfganistan, nascido na escravidão, começou a realisarincursões pelo Penjab, invadindo o teiritoiio de Jeipale de Lahore. Depois de uma guerra com rara felicidadefoi derrotado nas montanhas da passagem de Khaibarpor uma poderosa coíligação de chefes rayputas.

No anno 997 morreu Sabuktigino. Seu filho, ocelebre Mahmud de Gazna, o piimeiro entre os chefesmusulmanos que tomou o titulo de sultão, pronunciouo voto de sustentar a guerra santa ( jijad ) contra osidolatras da índia e a invadiu em msis de quinze ocea-siões entre os annos. 1 .C00 e 1 .023 depois de Chi isto.

Morreu em 1030, conservando, detodas as regiões dominadas, só-mente a província de Lahore. Suadynastia durou até çue seu ulti-mo e indigno representante foi ex-pulso de Lahore em 1186, porChajabudino de Gora conhecidotambém na histoiia com o nome

de Mahomed-bcn-Sem e o sultão Muizudino, durantecujo reinado, em 1193, foi realisada a conquista daíndia septentrional.

E" errônea a supposição de que Mahmud de Gaznanão passou de um destruidor selvagem e cruel. Semduvida, o fanatismo e a cubiça o inüurziam a realizarincursões, mas viveu explendidamente e foi um grandeconstruetor ao mesmo tempo que um protector emi-nente dos artistas e dos erucitos musulmanos. A poesiaépica persa deve sua riqueza ao "Chajnama"

(Relatóriodos Reis ) de Firdusi e os orientalistas, ás importantes"Memoiias sobre a índia", de Albiruni, o mathematiçoe astrônomo que o acompanhou em suas expedições poraquelles paizes.

For ocearião de sua morte toda a índia situadaao Leste do Penjab era ainda hindu e durante o séculoe meio de paz entre aquelle acontecimento e a mortede Chajubudino de Gora, foi governada como antes peloschefes rayputas, que viviam em magníficos palácios, ro-deados por cortezãos opulentos, edificavam grande eformosos templos, hospedavam os íitteratos e eruditoshindus, activavam o progresso da litteratura indígena,alentando os bardos e sustentando entre si lutas inter-minav7 is.

Ten fama legendária Buja e Paxivara ,de Djara,cm Malva; Jabchanda ( Jayacchandra ), o Gadarwarde Kanauje, o bellicoso Chaudan, Pritiviraja ( RaiPi-

IfSilÉSb^ ¦'.':abA:b|b..a-¦':¦ s': : ¦ |:b;;i;a||S''. m$.b';:asa: mimmmmmmmm-mmsm^mmmi ss ;m;M;m:W®m;\+ :¦sa'a:.,.vasSaSsSssbb.aasss. a^asssa' S"bSsa'Aab" Sa:;'-abs '-as-, ¦ a -vasO^a; -^SS* ¦ 'saA S-baas -a-

POLIKESIN II, O ChALÜQUIA É DERROTADO POR MaUABAL.LA EM BUELVRIN. ANNO 642 DEPOIS DE ClIRISTO.No século VII, uma .tribu da Ásia occidental chamada dos Pallavas, estabeleceu sua autoridade no Oriente e Sul daviveu durante vários séculos em luta com seus vizinhos. O grande Chaluquia Polikesin II infligiu-lhes, muitas derrotas,

já estava muito edoso foi por sua vez derrotado e deposto pelo mahamalla paliava Narasinhariurmun.

99

índia ondemais quando

EU SEI TUDO

'

100

tora ), de Delhi e Aimen ; o primeiro ,como gover-nador modelo e protector da literratua sanscrita e osoutros dous por sua resistência contra os invasores.Anagapala, o Tomara de Delhi, no anno 736, edificouahi o templo alem do que foi construído depois pelosmusulmanos, a mesquita dos arredores do famosoKutab Minar.

Mas os Palas de Bengala permaneceram bu-dhistas em Munger e em Bihar até os últimos temposde seu domínio e enviaram missionários ao Thibetcom o fim de purificar sua fé.

A morte de Jarcha, no anno 48, assignalou umagrande mudança na religião dos hindus. Começoua desapparecer da índia o buddhismo, deixando logarao moderno indoismo, que differe consideravelmentedo brahmanismo primitivo. Os antigos sacrifíciosforam substituídos pelo culto dos templos e pelas fes-tas celebradas nos domicílios particulares e muitasnovas divindades de origem indígena foram tomadasdas novas castas juntamente com o costume das pro-cissoes, as exposições e representações dramáticas,Siva e Vichnú eram ainda considerados seres supremose seus cultosoffereciam nu-merosos p o n -tos communs,se bem que coma differença deserem agora re-presentados,Siva pelo phalloemblemático eVichnú pelasimagens. Nãoobstante, na-quella epochahavia-se intro-duzido uma no-va theoria. Osdeuses chega-ram a ser con-siderados inac-cessiveis, sendoreprese nt a d ocada um porseu sakti (ener-gia) ou esposa,que agia porelle e podia servisível á huma-nidade. Issoproduziu u m anova seita, ados Saktas, quenão tardaramem dividi r-seem dous gru-pos, chamadosa mão direita ea mão esquer-da e que ado-ravam Kali noemblema phal-lico.

Sua doutrina predominou até o anno 1 100,data em que Ramanuja, um grande mestre do sul,'a discutiu e produziu um monismo modificado con-juntamente com as doutrinas da fé e submissão aDeus.

Os templos, taes como o erigido pelos hindus emKhajurah e pelos jainistas em Monte Abú eram ex-plendidos e primorosamente decorados com escul-pturas, se bem que essas fossem em alguns casosmuito indecentes.

O mais importante rasgo social d aquelle tempoe a queima das viuvas juntamente com os corpos deseus esposos mortos. Este acto as convertia em satisou mulheres sagradas, termo applicado commumentetambém a esta forma de suicídio.

A ÍNDIA INDOSTANICA DO SUL— (DO ANNO 1.000ANTES DE CHRIST0 A 1563 DEPOIS DE CHRIST0

fis9HH HMá^^n fnH : &' AfeAp . .Páip 7^^§y'7';:':^'f7^^-7.aaa^WPI'* K&^K^^^^^g jJ^-^Sg^B^^^BKfla^Ei-í&y^i^rSLW^^^^» A AW-$íj£?SííffiP

RAMANUJA EM CONTEMPLAÇÃO DO DEUS ÚNICO. - Anno 1100depois de Christo.

Chamavam-se seus manuaes tantras ( os teares )as escolas tantricas extenderam-se com preferenciano Thibet e existem ainda.Ao mesmo tempo a doutrina de bhakti, ou féadiantou-se a passos gigantescos e foi a base das con-

torversias dos acarias, reformadores ascéticos ouguias espirituaes, que appareceram no anno 700 de-pois de Christo, como chefes de escolas do pensamento.Seus processos eram commentarios sobre„os antigoslivros sagrados referentes á revelação e a tradicção. Omaior entre elles foi Sankara Sankacharya ( 780-820 ), que commentou a philosophia do Vedanta, en-sinando.com effeito que este systhema advogado porum inqualificado monismo (advaita) e acceitando aomesmo tempo a doutrina das encarnações de Vichnúpretendia combinar o culto de um só Deus pessoalcom o das imagens.

PERÍODO ANTERIOR AO DOMÍNIO ARI ANNO— (1.000 AN-NOS ANTESDE CHRIS-

TO).

A índia Me-ridi on ai, poropposição á In-dia septentrio-nal, pode-se di-zer que tem porlimite, ao Nor-te, o rio Nar-b a d a n , massempre constoude duas partes:O Decan ( Da-khan ), que si-gniíica o "Sul",

para os arian-nos, e se exten-de até o rioKrichna e overdadeiro Sul,mais alem d'es-te limite, até ocabo Comorin( Kumari ).

Na epochaprehistorica, opaiz inteiro es-teve submetti-do aos podero-sos dravidia-nos, tribus cujacivilisaçãò pro-pria era consi-deravel e pormotivos histo-ricos devia sermais tarde di-vidida do se-

guinte modo: O Decan, no Maharachtra, Terra Mara-a8

a2 re|teTA Telinghana> Terra de Telcgu, ao Leste.Ao òul do Krichna, até o rio Tungubudra, achava-seoccupado o paiz, principalmente por tribus allia-das ao telegus e em seu extremo meridional, pelagrande raça dravidiana dos tamules.

Os Arios entraram no Decan durante o século VIdepois de Christo colonisaram Berar ( Vidarba )o Kahnga ( Costa Oriental ). Ao fim de cem annoseram bastante numerosos para possuir uma lei so-ciai própria^o Código de Apastamba. Sua cidade prin-cipal era Pratistena ( Paitan ), sobre o Godaveri,com o porto commercial do Oeste, Bharukacha, ( Ba-roch, Broach ).As tribus occupantes encontradas pelos Ariosforam os Telegus, com chefes Andras, no Leste e osKattas ( rachtrakutas ) ( Maratas ) no Oeste.

EU SEI TUDO

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A ULTIMA VICTORIA DE MAHMUD DE GAZNA NO ANNO 1026 (D. de C.)

Durante a ultima de suas quinze incursões pela índia, Mahmud de Gazna atacou os Jatos no Quenab de Multan, infligindo-lhesesmagadora derrota, quando já se preparava para regressar definitivamente a seu paiz no anno 1.026. Organisou uma poderosa esquadrade barcos armados com grandes esporõ^s de ferro e cheios de guerreiros armados com arcos, flexas e caldeirões de naphta. Os Jatos

tiveram sua esquadra destroçada e incendiada.

A região situada immediatamente ao sul do De-can, permanecia ainda, sem duvida, principalmenteoccupada por um certo numero de tribus repellidaspara alli pelos Arios, desde o norte e da mesmo origem

geral que os dravidianos d'aquella epocha. No extre-mo meridional os tamules sustentaram-se sempre eos Arios não penetraram nunca alli em sufficientenumero para estabelecer uma colonisação.

RAJARAJA COLA REVÊ OS BA1XO-RELEVOS QUE REPRODUZEM SUAS FAÇANHAS EM TANJORE (Anno 995 A. de C).

Um dos reis mais famosos da índia Meridional foi um Cola, Rajaraja, o Grande (979-1.002) que dedicou os sete primeiros annosde seu? reinacb a raoTdaexpansão de seus domínios, mediante campanhas militares cuidadosamente preparadas e os últimos quatorzeann«^á consoHdaclC do seS poder nesse extenso território. Esse rei foi um grande constructor, sendo o templo de. Subramaneja, deTanfor^sua obm prima de Ir^tectura. Uma parte da primorosa ornamentação d esse templo é uma serie de baixo-relevos represen-

tando scenas de sua carreira militar.

101

EU SEI TUDO

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Os ímmigrantes Arios levaram comsigo suas re-gu0eL:,° antlS° brahmanismo e depois, naturalmenteo buddhismo e o jainismo. De tal modo chegaramestas crenças a substituir a primitiva fé dos dravidia-

'òad qUC a flZCram desaPParecer nas classes mais edu-Sem duvida, o que foi sua primitiva religião

pode ser vista ainda no ubíquo "culto do demônio'1cios nao educados, no sul, um animismo primitivoou crença nos espíritos, que podem fazer dam.no e

que por isso devem ser aplacados por meio de ceri-monias; nas quaes desempenha importante papel adansa extatica.Os povos meridionaes estavam quasi tão avan-

çados na civilisaçao quanto os Arios e talvez mais seananto-iaSSem' cluando estes se estabeleceram entreelles. Existia também um commercio marítimo muitoantigo, tanto no Leste como no Oeste.O rei israelita Salomão

recebia desde os princípiosdo século X,antes de Chris-A INFLUENCIADOS ISRAELITAS.

to continuas remessasde objectos preciososprocedentes da • costamalabar e o commerciomarítimo da China comBabyíonia realisou-seatravez das cidades dacosta dravidiana até oséculo Vi, antes deChristo. Este commer-cio contitinuou por es-paço de muitos séculostambém com os Persase com certos povos eu-ropeus, mesmo com ogrego c o romano, se-gundo correspondia auns ou outros a supre-inacia nas regiões ocei-dentaes da Ásia. ¦

Q DEC AN HINDU —(DE 232 j ANTES DEÇHR[ST0_AJI325 DE-

POIS DE ClfRISTÒ)7

A historia do Decancomeça praticamentecom a morte do grandeimperador mauriarioAsoka, no anno 232 an-tes de Christo, quando obudhismo e o jainismopredominavam.

E'- forçosamente mui-to complicada, por ca-recer de senhor esse ter-ntorio, achando-se sem-pre á disposição do maisforte Mas sem duvida, é necessário conhecel-a em

O ^ AnHr" CfiaraCtereS n°S tempos modernos.

:AÍ , ,Andras fizeram-se por si mesmos indecerdofsatakarnlfrH3 t^e * d>'"aStÍa Suos oatakarnis ( òatavahana ), que se engenhou r>™sustentar-se até o anno 226 depois de ChrXe estevepraticamente de posse de todo o Decan e ainda dosrestos do império Mauriano.

As inscripçces que deixaram permittem-ros re-constituir os caracteres de sua vidaDesde logo seus architectos e esculptores tor-naram-se muito hábeis. As vias commerciaes cru^a-vam o território do Decan, viajava-se por ellas cõmrelat.va segurança, abundaram as corporações decommerciantes e de industriaes apaixonados por ins-

O ASSASSINATO DE MCHAMED GLORI, EM 1205.

Seír^sílt^de Delh?'0;1' cf?nqUÍStad°r da India «ptentrional e pri-

Jr .J s- ^ alli estava uma tarde em nm<~nr. ',,„do um fanauco musulmano precipitou-se spíf ei te e nÇato'u-o

tituir obras caritativas e existiam importantes porto,de mar e centros mercantis administrados por mun=cipahdades próprias. "-A dynascia Satakarni admittia imparcialmente a*religiões brahmane budhista e jainista sem perturba?seus respectivos

cultos. A principio foi o buddhismoa mais prospera d essas trez religiões e durante o pr°mitivo período andra ( 232 antes de Christo ) erigram-se na índia formosos templos exeavados emKarlL entre Puna e Bombaim e em outras regiõesNo noroeste do Decan propriamente dito exis-tem Katiavar ( Saurachtra ) e Gujarat ( Gurjara-entra, ) pátria dos gujaras ( gurjara ) povo emi-grado da índia na epocha antiga e procedente donoroeste.Sua historia começa no século í í í antes de Christo

quando morreram os maurianos. Vieram loa0 os dominios bactrianos, dos Parthas e dos sakas fScytas )com seus governadores ou sátrapas estrangeiros e queincessantemente guerrearam com os andras, sendopor rim, vencidos por Gautapimutra, no anno 126

depois de Christo.Mas ao decahir o

domínio andra, os des-cendentes de Chastana,sob um governador Sa-ka nomeado por Gauta-miputra e que se haviamconvertido ao indoismo,fizeram-se independemtes com o titulo de ma-hasátrapas (Grandes Sá-trapas ). Sua influenciadurou até ser destruídapelo poderoso impera-dor Chandragupta Vi-kramaditya, no anno 388.

Tiveram um caudilhoeminente, Rudradamán.(150-161 depois de Chris-to), que governou umextenso território sobrea costa occidental, des-de Gujarat até o Con-can.

Os Guptas susten-taram-se pouco tempo ;atraz delles chegaram osHunos brancos e depois,cm 495, um chefe gujarafundou uma grande dy-nastia em Valabi, nosarredores de Camba y,no Katiavar, que, emmeio de grandes distur-bios, manteve-se alli ecm Gujarat até o anno766, epocha em que foiderrubada pelos invaso-res árabes musulmanos.

Seus descendentesforam os sisodias de Me-var (Udaipur), os pri-meiros chefes rayputasde nossos dias.

W.ro lnaímente; quando os mahometanos se estabe-

Mc ^ ncTr? Permar-ente F<? território conquis-" !!:? i

Ò' Gu-jarat achava-se em poder dos ray-putas bagelas. J

forvPn^emUhaÍátrapaS Cram' P°r motivos políticos,Vr™^ h'ndusJ ms não intervieram nas restantescienças professadas no Decan.rnrH^,.

reis Vdabis eram hindus desde, o principio ecor.du,lram-se com indulgência egualmente elogia-

inr,riNífcqUel!f ^CSma eF?cHa> ao erguer-se no Gu-d/ nn?rl SaCrí!paS Sa>as' OUCra trib<-' estrangeira\rcU ft -A5 Pa"aVaS ( PahIavas ), penetraram na2'™r

ldlonal e converteram-se ao indoismo,rfm „? Por motivos políticos, mas não persegui-ram nunca os adeptos de outras crenças.

EU SEI TUDO

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Lutando cons-tantemente, causa-ram no Deaan, du-rante 359 annos,transtorno geral.

Eram suas ca-pitaes Kanchipuran(Conjeveran) e Va-tapiputra (Badami)na região Ma ratameridional, Os ra-chtrakutas (mara-tàs) .oppuzcramuma resistência te-naz. mas infructuo-sa; até o anno 525,no qual os chalu-quias, rayputas so-lankies, chegaramdo norte desalojan-do-os e obrigando-os a retirarem-separa o sul. A partirde então, duranteduzentos annos, até747, os pallavas e oschaluquias viveramem guerra com va-riavel fortuna.

Os Chaluquiasproduziram um dosgrandes governado-res da índia, Puli-kesin II (Satyasra-fa) 609-642, quasiexactamente co n-temporaneo do no-taveí imperador se-ptentrional Jarcha,a quem manteveem cheque em Nar-vada ate o anno620.

Seu interessan-te reinado foi des-egual ; até o anno630 elle era, sem du-vida alguma, o so-berano mais pode-roso do sul. nãoobstante,em 642,foiassassinado defen-dendo sua própriacapital, contra o reipaliava Narasin-ghavarman.

Mas o domínioranaluquia foi res-taurado por seu ülho e durou até 7d7 dÍ?ePocha em ^ue Mahpmet conquistou a Ir.dia septentrional, fundando o domínio musulmano os tinirauuiuuate/4/. piincipes protectores do buddhismo foram os Palas de Benpala cuja capital era Rihar I K, a^cAs guerras dos '^sores, Mahomed Baktiyar Khilji, seguido por algumT fieis atacou ou adamente essa cVcSd >dÍ ordTaPallavas tornaram rC1 ÍUglU' abfndonando °* monges a sua sorte. Esses infelizes foram quasi W^m^^^^^iS Vida, COmmercial desappareceu da índia porque nenhum dos sobreviventes sabia ler os livros sagrados

No anno 747, o ultimo soberano Chaluquia foidesthronado por um vassalo rachtakutra ( Marata )Cantiturga, que fundou uma' dynastia verdadeira-mente guerreira e que extendeu os limites do territo-rio desde o rio Kaveri até o Malva, ao norte.

Seus descendentes sustentaram-se no poder atéo anno 928, no qual foram derrotados por um des-cendente dos Chaluquias,O curso desses acontecimentos deu loc-ar a cer-tas confusões na historia da índia, pois nos temposdo grande Pulikesin, seu irmfo, o vice-rei em Vengisobre a costa oriental, tornou-se independente e fun-dou aili, no anno 615, uma importante dynastia se-

parada, que durou até o anno 1070, isto é, mais dequatrocentos annos.

Deu-se a esta dynastia o nome da dos Chaluquiasdo Oriente e de egual modo a nova dynastia do anno982, que tinha a mesma origem e reinou desde Kal-

OS ÚLTIMOS MONGES BUDDHISTAS. (Anno 1.193, depois de Christo).

industria qUC n0S temP°s dos andras, mas asas nint-nda

CJlS ar,es não decahiram, como o provame temnU l i£S subterrâneos de Ajanta e as cavernasde AnrÍ„

talhados na rocha em Elora, nos arredoresChaluou ' construidas durante o domínio dosçces assim como a maioria de suas construc-

exercito *? ll viveu com grande fausto, teve umlio celb^e

tamente adextrado e equipado e foida pPochrC em SCU tcmP°' que os escriptores árabesdioso n

° conheceram como um monarcha gran-5%d)28T-°| re!s-ananida Cosroes II (Khusru Parvez,que cSp

' JU gou~° digno de receber uma embaixada,Á n

a SUa presenÇa no anno 625.Sef conUH ÍCmpIos taIhados na rocha nao devemProposit r[S uS

íantazias' mas ° resultado de umsósernrf' baratear os trabalhos primorosos, queaagavam com a admiração popular.

EU SEI TUDO-mm

vana, na costa occidental e se chamou a dos últimosChaluquias.

Durou até o anno 1200 e produziu vários perso-personagens notáveis.

Nestes tempos achava-se o Decan constante-mente perturbado pelas incursões dos tamules, espe-cialmente durante o reinado do grande rei cola Ra—jaraja ( 979-1002 ). Um de seus successores, cujo rei-nado foi extenso,' Kulotunga, ( 1070-1108), contem-poraneo de outro monarcha, que também reinou du-rante muitos annos: o ultimo Chaluquia Vikramanka( 1070-1127 ), governou em paz, e entre um e outro,as artes civis encontraram uma epocha mais flores-cente no sul.

Adquiriu importância a litteratura e erigiram-semuitas construcções de grande belleza ao passo que,durante o reinado dos Chaluquias do Oriente e es-pecialmente o do Vengí Telugu, recebeu grande im-pulso a litteratura indígena.

Nesse período, o buddhismo foi cedendo terreno,gradual e pacificamen-te, ao indoismo, semchoques de g r a n d estrascendencias. •

Por espaço de umcurto período o jainis-mo foi, menos afortu-nado. Bijala, um jai-nista kalachuri ( ha-hayarayputa ) da ÁsiaCentral, repellido paraKalyana em 1062, sus-tentou-se alli durantevinte annos, chegandoaté nossos dias os ef-feitos de seu reinadosobre toda a índia me-ridional.

Seu ministro Basava,um hindu fanático, pro-mulgou um credo sai-va-erotico, que obriga-va a seus adeptos ausar um pequeno phallocomo symbolo de usodiário e perseguiu ener-gicamente os jainistas.

Com a morte dosdous poderosos reis con-temporaneos, sobreveiuo habitual período deanarchia ,de que surgi-ram certas dynastias lo-cães, como, por exem-pio a dos Hoys(la-Bal-laia de Duarasamudra( halebid ) em Misorae no Decan, a dos Yo-devas de Devagiri (Dau-latabada) e dos Kaka-tiayas de Ekas i lapur( Warangal ). Estes foram os reinos que os mussul-amnos encontraram em suas invasões pelo sul e quesubjugaram entre os annos 1309 e 1325. Mas aindanesse período agitado os Indianos se manifestaramarchitectos admiráveis, vivendo com tanto esplendorcomo sob outra qualquer das dynastias de seutempo.

0 EXTREMO SUL (ANNOS 350 ANTES DECHRIST0 A 1563 DEPOIS DE CHRIST0)

A partir dos primeiros tempos de que se tem no-ticia, existiram trez poderes na Terra de Tamul ouíndia do Sul propriamente dita, trez poderes em lutaperpetua para conseguir a supremacia : os Pandias,no extremo sul ; os Queras, na costa malabar e osColas na nascente do Kavari. São conhecidas por seusnomes históricos desde o anno 350 antes de Christo.

Até o anno 150 depois de Christo, suas lutas intesti-nas deram o poder aos Pallavas. que eram parthasao indoismo, em Kamchipuram ( Conjeveram ) edurante setecentos e cincoenta annos esses extran-geiros disputaram o poder no Decan, com fortunamuito variável, fazendo frente ás rebelliões accesasem seu próprio território, especialmente em Misora,onde as dynastias locaes viveram em perturbaçõescontinua^.

MOHAMED TUGHLAK SUBSTITUE AS MOEDAS DE PRATAPOR OUTRAS DE COBRE E LATÃ3—Anno 1320 depois de Chrisio

Mahomed Tughlak, que reinou em Delhi, de 1325 até 13 51 figura co-mo auctor de vários projectos curiosos. Um d'ehes foi o de forçar o po-vo a acceitar como de prata, moedas de cobre e latão nas quaes haviamandado gravar as seguintes palavras— « O que obedecer ao rei, obe-dece a Deus ». E eram ameaçados de morte os que não obedecessem ;

mas ainda assim a cynica operação fracassou.

No anno 900, Parantaca Cola ( 900-940 ), deUfrayur, ( arredores de Triquinopolis ), derrotou,finalmente, os Pallavas e em 1002 Rajaraja Cola( 979-1002 ) conquistou toda a índia meridional.

Sua obra foi consolidade pelo grande governadorKulotunga Cola, que reinou beneficamente pelo es-paço de cerca de quarenta annos ( 1070-1108 ). De-pois d'isso houve grande anarchia, até que os musul-manos mandados por Malik Kafur aggravaram aquel-Ia confusão no anno 1309 invadindo a índia meridio-nal e estabelecendo em Madura, a capital pandya

do Extremo Sul, seusgovernadores, que per-maneeer a m alli até1358. .

As constantes incur-soes dos hindus e oshorrores da conquistamusulmana produziramo curioso effeito de le-vantar um grande reinohindu no anno 1336,em Vijayanagara ( Bi-janagar ), no Tungabu-dra, graças a dous re-fugiados, que reivindi-cavam a real descen-dencia dos Yadavas edos Hoysalas.

Existiu este reino"atéo anno 1563 data emque seu ultimo e arro-gante soberano foi ven-cido por uma coligaçãomusulmana do Decan,na famosa batalha deTalikota, E sua explen-dida capital foi destrui-da para sempre.

Os monarchás Vi-jayanagaras g o v e rna-ram com o s t e ntaçãobem maior do que seusantecessores. O grandereino Bisnaga dos por-tuguezes foi seu feudoe seus representantesem Vengi conservaramsua independência mes-mo depois da conquis-ta portugueza por bas-tante tempo, pois que

concederam o direito de fundação da moderna cida-de de Madras a Francisco Day, no anno 1639.

Deitando um rápido golpe de vista sobre esseperíodo de quasi dous mil annos, a historia do Ex-tremo Sul parece constituir apenas uma relação demanifestações anarchicas e guerras sem fim ; mas si-milhante impressão daria uma falsa idéia do que fo-ram em todas as epochas os povos dravidianos.

Já no século I depois de Christo, a lingua tamulse havia tornado tão geral e depurada que Tiruvalavar,um tecedor plebeu de Milapora ( Madras ), poudeproduzir o Kural um livro de dísticos moraes de tãogrande valor, que são lidos ainda hoje com admira-ção ; nos séculos seguintes appareceram alguns dosmais formosos poemas em idioma tamul. As construc-ções e esculptura de pedra executadas por aquellepovo são egualmente notáveis segundo demonstramas rochas talhadas de Ma mal apuram.

(Continua no próximo numero)

EU SEI TUDO

Uma scena de corrida com obstáculos na Inglaterra — Esse soort i t*A rZ- -*¦•--- ¦¦ ¦ |

em pratical-o, o parlamento votou uma tó^íalVrohib^aiTde^aSaze? e^sto? Ga"eS «"^ prazer

A VERIFICAÇÃO PHOTCCRAPHICA DA CHECADA NASCORRIDAS DE CAVALLO

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'.'[¦,. Sà^r' 9b1 BBtPftM^B^fl^ B^fl&^S^ÍSíãSSWíifíí^Stfff^íS^!^ ÍS^f^iSB B^BsRStoS^ÍíbIb^Bm^

aax .'!'!.af|ifsS^^^^"""WBBBBBBBBBBBBBBmSmSmmimS.^

o

105

Adoptou-se recente-mente emFrança umprocesso se-guro paraacabar comas duvidasnas chega-das decorri-das de ca-

novn na„;iu~ j . vallos: — o°*o; pavilhão do.juiz no prado de Longchamps n r oce S S O(França) p i uclü u

photogra-send S camara esPeciaI c°m 5 objectivas, as-f J! Para o poste do vencedor, tira cinco ins-Ldntaneos simultâneos da chegadas:

Uma chegada cm. que somente a photographia pede verificar qual o vencedortoalhas F"

17JONELADAS DE COBERTORES^pnagestic da companhia de navegação White

¦ fe? ° maior transatlântico do mundo ; desloca

¦ ¦"' "• " ¦ - •' ¦¦' ¦¦' ' v

St56 000 toneladas.

tri ^eva a bordo, para o serviço de passageiros e dam7^ao 77.000 toalhas, 45.000 garfos, 3.000 ca-dS> -4.200 travesseiros, 13.000 almofadas, 1.000

de rostoe assimpor diante. Só oscoberto-res queleva, pe-sam 1 7torié la-das.

L e v a,alem dis-so, dezmil toa-lhas dem e s a,

cinco e n-ta milpe-ças de ° aPParelho photographico de 5 objectivas param Q t a apanhar as chegadas. .

prateado e seu serviço de crystal compõe-se de maiscie cem mil peças.

Depois da palavra o silencio è segunda armada mulher.

EU SEI TUDO

A moda fora dos figurinosA SOMBRI-

NHA

A sombrinha será ago-ra elegante epequena. Osne g ociantes-

l ?>.

1 1 li1 I' v^^bíSSliâ^' ; ":.b- I] V*!^

O m.j(i moderno e pratico dos ar-marios, com logar reservado paracada gênero de objecto.

||b-b;aí:.a. ¦ ? ||

J'bb "¦¦' b -«s m^m,)rt': ¦''":; abiBAAAAAa /S*|S^ &::-¦¦¦¦• ......,..:.;,...... a.' - ';-

asseveram que, con-forme é necessárioum chapéu paraeada vestido, é pre-ciso uma sombri-nha a condizer comc a d a "toilette".Mas as senhorasde gostes mais mo-destos usarão umasombrinha c u'j o stons poderão har-monisar-se com osvestides. A maisem voga é de forma japonesa, segundoImpério, eu com uma linha mais modernae adornada cem rendas, flores ou variasmusselinas delicadamente sobrepostas. Ob-jecto bem frágil, cie certo, e no qual será

Algumas suggestões para chapéus e écharpes de inverno.

necessário pegar cemção. b

a maior circumspec-

MODA MASCULINA

As cores mais adoptadas agora são sobre-tudo o verde e o castanho. Mas é necessa-rio escolher cem arte estas cores um poucoaudaciosas. Evitar os verdes claros é pro-va de bom gosto. Do mesmo modo quantoao castanho. O grande chie em Londreshoje é o terno de cor castanha, mas tomchocolate.

Ô TECIDO EM MODAOs vestidos todos feitos com organcli

estão fazendo verdadeiro furor em Paris eLondres. Mas, dir-se-ha, o organdi éjáum

A in/luencia da voga dada ao Egybto pelosdescobrimentos do millogrado lord Carnavan.Vestido a Tut-Ahn-Kamen.

rbfVSuggestões para gollas.

ISuggeslao para manga.

1' ' íl ''- • \

tecido tão visto em estações ainda tãorecentes ! Sim, mas é que as "toilettes"de organdi agora tem muita originali-dade !

Por exemplo, a cor que mais se usapara este tecido é o preto. Os vestidostêm as mangas muito curtas, mas nãosão muito decotados. O remate dasmangas e do decote é em geral em"nicot" da mesma cor. A guarniçãomais moderna para esses vestidos é degrandes desenhos de fruetas, flores ouanimaes, feitos em "Richelieu", comuma cor bem viva. Mas nao é só a corpreta, que se usaraia o organdi. Hao branco, com osdesenhos em corviva e com chapéue sapatos nessamesma cor, querealiza verda-deiras ma-r a v i 1 hasde graça, efrescor. Overme 1 h ovivo, ou o

AS mu-1 h e r essão co-mo asarmas :todassão pc-rigosas.

\b\\te

Véu a Bágdad:

>H^' li'-r*Tr~á- ^rfl , [¦ri¦Rifei

ÈmLXv Cv '

verde comdesenhos empreto, n ã osão menosinte ressan-tes.

CONSOLOE IRONIA

Um ve-lho disse :« A únicac o n s ola-ção paraa velhicepresente éa velhicefutura Outro vestido de estylo

cgypcio.

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EU SEI TUDO

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»*sí^!«wi«wíwi31>V*^ ^MS»*^

EU SEI TUDO

F^ A CIDADE ^^

jL dos ladrões jLWN^Ü'\^ Romance

de MAURICE LEVEL ^^2$^^^

irResumo da parte ja publicada. — Herdeiro de um nome illmtrp * nnhrp *» a<* ,,~,„ „ • ir r^ , ^

dissipou em pouco tempo quanto possuía. Um agiota WbdMêmà elle det?rM df5nrPnnn?vd °rtUna' fe^ de Crwcyem um importante escriptorio de Commissões e cM^^MWvÊM^^^M^ fra,nc^ arranja-lhe um empregotorna-se uma espécie de secretario d'esse industriarem pouco temDoTem na r«S,™T™ "^ ™ame-_F™ "c<^ d« Crueymysterio que cerca os negócios tratados por DassVde rWnWM^è aTal oon£ Z^flt Si -T* P°S1f &° .brilhant* • ¥as °afasta da casa commercial devido és instâncias do" ir^J^^^âf^^S&^t^pS^ dem'SSa° " "" SÊ

do ^jtiJFbí^^r^S^0*™ **'**¦ *Cru£y encontra Ue um enveloppe!

™Í documentos Provan-

drviqdaes.SDizPo doeumeS quete o fefsa* _^ Tnão toWÊM^M£%M WS% ^n* PTr J™*aue retirou a nueixa mnrra p!1p pm fm /^ Wk perseguido deve-o somente a piedade de Dassy de Tharn,que retirou a queixa contra elle em tio /f ^» ca de uma confissão por escriptcdec,cíoo"aC'Zder^s7drdoPc3e^a /^£j|L>

*T&^£S££^£g?** t

^ ?° ^"^

Mas apenas entra na sala percebe O^^ que^odaf asTor^VFXTm^traz d?eT ^ "" "^

A irritação invadiu-o, ba-teu contra as paredes, depoistentou abrir a janella ; essaegualmente estava fechadapor fora. Passaram-se ai-guns minutos, durante osquaes elle reflectiu sobre omeio de sahir d'alli. De su-bito teve uma idéia. A por-ta resistira a seus punhosmas não resitiria ao choquedo pesado classificadorame-ricano. Puxou-o, tãoattentoao que fazia que não ouviuum ruido, que subia em tor-no d'elle. Arrastou-o para ooutro canto da sala, medin-do bem a distancia, que oseparava da porta, um metromais ou menos. Agora se-ria preciso apenas empurrai-o com o hombro ; derruba-ria a porta como se fosse depapelão e o caminho es-taria livre.

xw

trovão, um crepitar de projecteis depois mais nada.Voltou a si, com o corpo dobrado em uma posi-

ção horrível, o dorso arqueado, o queixo collado,ao peito, uma perna esticada, outra dobrada!as mãos apertadas tão estreitamente contra suabocca, que seu relógio pulseira quebrara o vidroem seus dentes. Em torno d'elle a escuridãototal, um ar quasi irrespirável. Tentou erguer-se ; mas de todos os lados sentiu-se immobili-sado. Conseguiu, no emtanto, libertar uma dasmãos e palpando aqui e alli só encontrou cousasrugosas e disformes. A lembrança dos aconte-cimentos, que tinham precedido sua queda, vo\-tava-lhe pouco a pouco ao espirito. Examinousua posição e comprehendeu o horror em que seachava.

Enterrado vivo, restava-lhe somente es-perar immovel a mais terrivel das mortes. Mas,de súbito seus olhos acostumados á escuridãoperceberam uma vaga restea de luz, uma linha

estreita de claridade. Res-

44

* * * (

Am

?r.-í

Mas umrumor for-midaveí edepois, um

; súbito cia-rão e cham-mas cerca-

. ram-o, bro-t a n d o daabertura eobri gando-oa recuar; empoucos mi-nutos a corrente de ar, entrando, communicou o fogoas tapeçarias da porta e janellas. Em um segundo,tudo começou a arder em torno d'elle. De Crucyatirou-se para a frente, protegendo a face com os"raÇos cruzados; attingiu a escada e ia segurar ocorrirnão, mas o soalho abriu-se sob seus pés ; nornesmo instante teve a sensação de uma pancadaviolenta sobre a nuca, a visão de uma sombra lan-Cada atravez de seu caminho. Ouviu um ruido de

pirou, retoma-do por uma

, frágil masmaravilhosaesperança ;um vago ru-mor fortifi-cou-o no

pens a "m e n t ode que o vinham

salvar e ia gritar :"Soccorro" quando perce-

beu, desta vez com nitidezperfeita, o ruido de vozes;— Mas então elle teria tido tempo para

fugir ? — dizia uma.— Sem duvida — respondeu outra voz, queelle reconheceu como a de Dassy de Tharn.— E acredita que tenha sido elle quem poz fogo

no edifício ?Exponho-lhe apenas minhas reflexões na or-

dem em que se apresentam a meu espirito : sua atti-tude extranha desde ha alguns dias, sua presença emmeu escriptorio em uma hora insólita...Notara alguma vez qualquer irregularidadeem sua contabilidade ?...

Nunca, mas isso nada prova. Tendo nelle todaa confiança, assignava sem examinar. Ora, váriosdocumentos desappareceram e, como o Sr. commis-

109

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I

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EU SEI TUDO

110

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sario de policia já verificou, foi exactamente no localem que os livros da caixa se encontravam que o fogoteve inicio. Coincidência ? Parece-me pouco prova-vel. Emfim, somente elle e eu conhecíamos a cifrado cofre : se o cofre tivesse sido destruído como tan-tas outras cousas eu nada diria, mas o cofre resistiu,eu o abri em sua presença : 500.000 francos em títulose valores, que eu nelle tinha collocado na própriamanhã do attentado, alli não se achavam mais. Adesordem em que se encontravam os enveloppes,ao passo que nada foi tocado nos outros comparti-mentos, indica que o ladrão não perdeu tempo nabusca, pela razão de que sabia em que logar se acha-vam os massos úteis. Emfim o depoimento do vigia,que o viu entrar, que lhe fallou, parece-me um argu-mento terrível. Na verdade, fossem quaes fossem mi-nhas suspeitas, eu tinha ainda a esperança de me terenganado e vel-o chegar, desculpar-se... Infeliz-mente. ..

O resto da conversação perdeu-se ; os passosafastaram-se. De Crucy ficou es-tonteado. Comprehendia amachiriação diabólica; o queelle imaginava na vespera;penetrando no escriptorio,nada era ao lado do quefora realisado contra elle.

Não se tratava ape-nas de o collocar em con-dicções de não poder abor-recer, mas de o colllocar .na impossibilidade mate-rial de se innocentar deum crime. Sahir ? Gritarsua innocencia ? Tudoseria contra elle. Admit-tindo que pudesse pro-var que não tinha sub-trahido quantia algumao desapparecimento doenveloppe relativo a seu •pai tirava-lhe todo o re-curso de defeza; assim, omelhor que podia fazerera esperar a morte. . .Mas a luz, que filtravaatra vez do soalho e aspedras,despertou em seucoração o desejo impe-rioso de viver. Durantetodo o dia, manteve-senuma torturante immo-bilidad^sem ousar fazerum gesto com medo deque o ouvissem do ladode cima; ficou assim do-brado ao meio temendoa todos os instantes queo peso dos destroços oesmagassem. Durante anoite, quando não ouviu Hogghmais cousa alguma, liber-tou um braço, uma penna, insinuou-se entre osescombros, que o suf foca vam, attingiu o soalho poronde a luz lhe tinha apparecido, alargou a abertura,passou uma mão, metteu o hombro, a cabeça, o dorso,'o tronco... A carcassa dos depósitos elevava em tornod'elle sua floresta de vigas de ferro. A fadiga, a dor, afome, a sede o acabrunhavam. Mas que importava?Estava livre, com forças para affrontar todas as mi-serias. Outros que não tinham para se sustentar aforça de sua innocencia e a de seu ódio tinham refeitoa vida. Elle refaria a sua. Como ?... Não o sabiaainda. . .

SEGUNDA PARTE — a caravana

Era já noite fechada quando a caravana se de-teve ; uns trinta homens de todas as nacionalidades,de todas as. raças; amarellos, com os olhos rasgados,mestiços bronzeados, brancos do typo primitivo,

/

negros de cabellos frizados, Pelles-Vermelhas, defaces agudas, todos barbados, suando a vergonha eo crime.

Muitos dias antes tinham deixado o Klondyke, ex-citando com a voz e com o chicote a atrellagem decães, que puxavam os trenós. Primeiramente em grupode quatro ; outros os tinham attingido e a elles setinham agrupado, temendo o inverno e sua terrívelsolidão, que já se inscrevia no céu, cada vez mais cimzento e no rubor do crepúsculo.

Os mais fracos tinham ficado para traz e os cãestinham, em sua maioria, morrido. Para tornar maisleve a carga dos sobreviventes fora necessário atirarfora tudo quanto não era indispensável : as picaretas,e as pás, inúteis agora, os martellos e as grandes en-xadas, os quartzos de rocha onde se incrustavamfosseis e que elles quardavam como recordação. Con-servaram somente cobertores, as pelles dos animaesabatidos, os viveres e o álcool ; sobre si trazia os car-tuchos, os fuzis, suas facas e estreitos cintos de couropesados, que traziam amarrados ao pescoço, junto á

pelle do corpo.Esses saccos, que outro qualquer teria abandona-

do ou nem mesmo olhado devido a seu cheiro in-fecto e seu aspecto ignóbil, continham o frueto

de mezes de trabalho capaz de desencorajargalés."Exploradores de ouro". Era o único titulo

humano, que lhes restava. No resto, verdadei-ros animaes. Prestes, ámenor discussão, a tirar afaca da bainha de couro.não tinham outra lei alemda que eram constrangi-

dos a respeitar em interes-se próprio; como a de se

agruparem e velarem duramte a noite, afim de repeüir os

lobos, que rondavam, em tor-no do acampamento por que

os homens selvagens, como osanimaes carnívoros, que andamem bando, têm necessidade deum pouso para dormir.

Nessa noite elles não dor-miam. Pela manhã tinham trans-porto a fronteira canadense, mascentenas de léguas ainda os sepa-ravam do mundo civilisado, detudo o que tinham perdido ou re-negado e sentiam um obscuroperigo cercal-os. Então, para afãs-tar o temor sentiam a necessida-de de fallar. Um d'entre ellesdisse :

— Quando Hoggh chegar. ..A este nome, todos ergueram

a cabeça : os que talhavam ostocos de madeira para alimentaro fogo e os que, deitados, olhandofixamente o fogo, apertavam comdedos nodosos suas faces magras.

Quem falia em Hoggh ? — disse um aventu-reiro gigantesco erguendo-se.

Você acredita ainda que elle virá, a nosso en-contro, Mestiço ? — resmungou um Mexicano quasinegro.

Sim.E você, índio ?Eu, também.E vocês. . . vocês todos ?. X.

Somente um homem não tinha faltado. Deitadede lado, remexia, a cinza da lareira, com a ponta deuma varinha. O fogo illuminava-lhe o perfil. Era umsujeito, alto, muito robusto e quasi branco de pelle.comparativamente a seus companheiros. Tinha se reu-nido ao bando, havia somente oito dias e elles o tenham acolhido sem lhe perguntar quem era, de ondevinha, nem qual era seu paiz.

A noite terminava. Ao amanhecer ergueram-sce levantaram o acampamento. Muitas vezes, deixam

EU SEI TUDO

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N

.

do-sc levar pelo trote dos ca.es,. entoavam uma can-cão que todos acompanhavam em coro. Unicamente,o branco não cantava.

Caminharam assim trez vezes doze horas. Aocrespulo do ultimo dia, o desanimo apoderou-se d'el-íes e o terror aconselhava-os a não avançarem assimao accaso. Para alliviar as atrellagens, prevendo alonga caminhada, que teriam de vencer, tinham des-cido dos trenós e seus p. s sangravam o ar gelado con-tava-lhe as faces. Adem d-issò os viveres começavama rarear. Uns queriam proseguir a viagem ; outros, osniais numerosos, deitavam-se sobre a neve e enro-lavam-se em seus cobertores, negando-se a caminhar.0 branco impacientou-se.

Porque não continuamos ?. . .Um homem respondeu,, irônico :

Se sabes o caminho e podes nos guiar, nós teseguiremos.

Elle deu de hombros, assobiou aos cães e conti-nuou a caminhar. Os outros deixavam-o ir. Conhe-ciam o deserto de neve e sabiam que ne-nhum ente humano que nelle penetrasse voltaria. Para se defen-der do inverno e egualmen-te das feras era necessa-rio reunirem-se em grupos armados. Se não ti-vesscm a única preoccu-paçâo de fugir do Alaska,não se importariam com odia de amanhã. Agora, sen-tiam-se perdidos, fracos e oterror apoderou-se mesmodos que ha pouco falia vam emproseguir.

0 branco tornára-se um pon-to negro mal visível no hori-zonte.

Elle conhece o segredo —murmurou o índio.

O Mestiço protestou furioso:Só ha um homem que con-hece o segredo : E Hoggh !

Mas o outro deu de hombros ;Chega de brincadeiras!Ha mais de quatro semanas quevocê nos annuncia sua vinda enós ainda somos bastantetolos para esperal-o !. . . Jáestamos fartos de suas his-torias e promessas ! Umalenda para nos attrahir aalguma armadilha e des-pojar-nos de nosso ouro.Confesse, hein ?. . .

Agarrara o Mestiçopela golla do casaco e sa-cudia-o com furor. O outroempallideceu de terror mascabeça.

Mate-me se quizer,para todos.

O Indio afrouxou as mãos, sem 4\largar no emtanto.

Então falia sem reticências e deixa-te de eni-gmas. Não somos creanças que adormeçam com fa-bulas. Onde está elle. este famoso bandido que temas chaves do Paraizo ?

Com seu pollegar. voltado, o Mestiço designou oNorte.

Quando você nos mentiu ? Quando nos repetiaque não existia outro caminho alem do que o que nostazer seguir, ou agora ?Nem agora, nem antes. E' por alli que ellechegará. Elle se achava mais ao norte do que nós. Eistudo quanto sei.

—1 Serio ? Mais ao norte do que estávamos, é omar de gelo que ninguém pode atravessar.

—• Ninguém. . . mas Hoggh ! Hoggh conhece ca-ninhos que ninguém conhece ; passagens por onde ate'aa não acaba. Elle virá. ... mais eedo ou mais tar-

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será peior

de. . . Mas virá. Que os que não acreditam sigam obranco. . . Hoggh não gosta de mulheres impacientes.Durante alguns momentos, os aventureiros suar-daram silencio. Máu grado a desconfiança, era visivei

que o nome d esse homem exercia sobre elles um po-der singular.O Mestiço designou o brancoq, ue desapoarecia

no horizonte ;Ninguém os detém. . . Podem a-lcançal-o.~~ E ° que eu vou fazer — declarou um homen-sinho barbado carregando seu sacco sobre o hombroQuem vem commigo ?

Dez homens ergueram-se, entre os mais extc-nuados:Nós ! Vamos dividir os trenós e os cães.Como quizer em — resmungou o Mestiço. Masde raiva, quebrou seu cajado e lançou os pedaços porcima da cabeça.

Para attrahir a attenção do branco, os dissiden-tes gritaram todos a um tempo, com as mãos a guizade porta-voz.

O branco não se voltou ; tomaram os fuzis eatiraram uma salva para o ar. A' detona-

ção que se repercutiu, o branco se voltou.Elles soltaram um hurrah de alegria, agi-taram seus bonnets e partiram vivamenteem sua direcção.

Boa viagem ! — gritou o Mestiçosentando-se junto da fogueira.

Em todo o caso — murmurouum dos homens. . .

Mas o Mestiço recomeçava; "Quan-do Hoggh chegar. . . "

Então os outros calaram-se, atten-tos como creanças que escutam uma

historia maravilhosa.

***

Os dias que se seguiram foramde uma tristeza mortal. Uma

semana passou, Hoggh nãoapparecia e os aventurei-ros recomeçaram a mur-murar. Por que não ti-nham seguido o branco ?Hoggh zombava d'elles;amaldiçoaram seu nomecom furor e o ódio crês-cia. Iam morrer de fomee de frio no deserto. OMestiço tinha-os engana-do pretendendo que ellelhes indicaria o caminho:tinha-os impedido de ai-cançar.o littoral como ai-guns pretendiam fazer.Então o frio ainda nãoera cruento e teriam fa-bricado canoas com tron-cos de arvores.

O Mestiço chasqueou :mulher desconhecida —Atravessar o Ocea-

no em canoas ?. . .Teriamos a probabilidade de encontrar um-

navio. . .O Mestiço cruzou os braços :

E depois ? Que nomes teriam dado a bordo?Teria você, que grita e protesta declarado que sechama. . .

Silencio ! — bradou o homem.E tu, que afias tua faca, que officio tinha an-

tes de. . . .Cala a bocca ! — resmungou o Indio, escon-

dendo o rosto nas mãos.E você, Russo, onde apanhou esse golpe de

sabre que. lhe orna a face ?. . . E você ?. . .Todos, á medida que elle fallava e designava com

o dedo, intimavam ou supplicavam :Chega. . . Cala-te.

U

«35Si

EU SEI TUDO

112

Sentindo-os em sua mão o Mestiço proseguiuvehemente :

Não, não ! Desertores, falsários, assassinos,fora da lei, é preciso esperar ! Por mim prefiro morreraqui do que no fundo de um cárcere ou na ponta deuma corda. Sem contar, que mais tarde.. . quem sa-be. . . poderemos nos tornar ricos ?. . . Hein ?. . .Hein ?. Estás pensando nos bons tempos, Prussiano ?

Ahn ! Você conhece a vida de todos nós ?Como a palma de minha mão !Você sabe de mais, miserável ! E' máu uma

pessoa saber tanta cousa., Cercavam-o todos, ameaçadores. Um latir de

cães immobilisou-os de súbito. Quasi em seguida ou-tros latidos responderam e um trenó appareceu tra-zendo dous viajantes. Um d'elles levantou-se bran-dindo o chicote.

Hoggh ! — bradou o Mestiço.Ora ! Que pena ! — resmungou o Russo —

eu tinha uma cordasinha tão boa para este maldito.0 trenó approximava-se. Em breve podiam-se

distinguir as formas dos viajantes; uma, vigorosa, a deHoggh, a outra pequena ; depois distinguiram-se asfaces : a de Hoggh grosseira e pallida, a de seu com-panheiro, tão pequena que desapparecia quasi in-teiramente sob o barrete de pelle. Emfim o trenó de-teve-se e Hoggh disse, saltando para o solo.

Salve !. . .Elles já desesperavam de te ver chegar — disse

o Mestiço.Hoggh sorriu :

Eu chego sempre na melhor occasião.Tomara o melhor logar perto do fogo e aquecia

as mãos examinando os companheiros em silencio.Por fim disse :

Com que então, rapazes, a tarefa foi boa ?Quanto ouro, hein ? Não é preciso mais do que abai-xar a mão para encontral-o. Agora é tratar.de gastal-oalegremente, não ?.. .

Hohgg tinha por habito mostrar-se menos lo-quaz ; o Mestiço arriscou uma pergunta :

E teus negócios ?. . .Excellentes.Muito ouro ?..d.d:Sim.. . ouro e outras cousas. . .Que mais ?...

Hoggh, que não estava disposta a dizer mais,poz-se a assobiar. Então o Mestiço examinou-o atten-tamente e percebendo junto d'elle seu Companheirosilencioso teve repentinamente uma exclamação :Uma mulher !

Pois claro, uma mulher I — disse negligente-mente Hoggh sorvendo um pouco de cognac.

Todos tinham erguido a cabeça e prestavam at-tenção. Impassível, a mulher mantinha-se de pé juntodo trenó.

Elles observaram-a, immobilisados pela surpreza,tão surprehendidos de a ver entre elles como se ti-vessem visto nessa solidão desesperadora a torre deum palácio.

***

Como a mulher tiritasse, Hoggh indicou-lhe umlogar junto d'elle. No movimento que fez para se sen-tar o barrete cahiu e sua face appareceu : uma faceestreita, de pelle muito branca com olhos pensa ti vose fronte aureolada por madeixas castanhas.

Bella, na verdade, de uma belleza frágil e tãodoce que aquelles homens se tornaram quasi tímidosao contemplal-a. Por mais que voltassem ao passado,não se lembravam de ter visto traços tão finos e tãoautoritários a um tempo, tanta candura unida a tantaforça de vontade. Os da Europa, os àa Ásia, da Ame-rica e da África, interrogaram-se com os olhos. Ne-nhum d'elles via nella o typo de seu continente ou desua raça. Hoggh continuava a assobiar com desprezoentão o Mexicano gracejou mostrando os dentes delobo a

— E' tua noiva ?.. .Hoggh não se dignou a responder, nem mesmo

a erguer a cabeça. Porem sabia ver para todos oslados sem dar trabalho ao pescoço e, como o Prus-siano se approximasse da mulher, disse-lhe .corno seo fizesse a um cão :

Fora !.. .E todos curvaram a cabeça, comprehendendo

que não deveriam gracejar com elle.A mulher, no emtanto, apertava o manto em

torno dos hombros. Hoggs disse-lhes :Estás com frio ?

Ella disse "não" com a cabeça. Elle atirou umabraçada de ramos sobre o brazeiro, espalhou-os coma ponta do pé e perguntou.Não se come aqui ?. . .

Os homens tiraram de seus saccos cousas ma-gras e escuras. Elle apanhou uma e levou-a ao narize regeitou-a.

Peixe secco í Nada d'isso ! Olá, Kanab, apa-nha o que encontrares debaixo de meu cobertor.

O Mestiço ergueu-se os outros consideraram-sesurprezos, não pela obediência, mas por que era aprimeira vez que ouviam seu nome.. Um sorriso sa-tisfeito ergueu os lábios de Hohgg.

Tu não lhes tinha dito o nome ? Perfeita-mente, meu rapaz.

Em seguida passeiando o olhar em torno :Sim, Kanab é seu nome. E os de vocês 1Um homem tomou a palavra :

Que te importa ? Somos desconhecidos, todoseguaes e não admittimos chefe. Ha dez annos queninguém ousa fazer perguntas a um de nós.

Serei eu o primeiro, então — respondeu Hoggh,E você, em primeiro logar, vai responder.

Não.Hum ! — murmurou Hoggh, sem deixar de

fital-o — ahi está uma palavra que não gosto deouvir, Kalmuk /. . .

Com mão lesta apoderou-se do revolver ; o ho-mem não teve tempo para fazer um gesto ; rolou delado, com o craneo perfurado. -

Os outros tiveram um sobresalto de revolta.Mas ante a ameaça da arma mantida a altura de suasfaces ninguém ousou atirar-se contra elle. Então,julgando a licção suficiente, Hoggh tornou a guardaro revolver e declarou :

Pouco perdemos; que essa morte sirva de avisopara que não brinquem commigo. Meu gesto só tevepor fim afflrmar-lhes isto. Este imbecil chamava-seIchim : nascera, ha trinta e cinco annos, na pro vi n-cia, de Tobolsk e servia os Tzars como espião nasminas siberianas. E' claro que eu o conhecia como osconheço a todos vocês : tu, Golica, o ladrão de gadocondemnado pela terceira vez. á morte como reinei-dente, ha doze annos, em Hermosillo ; tu, Benjamin,o negro que os cidadãos de Pensylvania lyncharammal, sem duvida, em uma noite de Natal de 1910,posto que te vejo aqui ; tu, Nariz Quebrado, o índio,que tirava as pelles dos, brancos com tanta habilidade,á moda de tula tribu ;¦' tu, Hermann, o Prussiano. . .falsário e talvez mais do que isso. . . A propósito,continuas sem noticias de teu irmão de que te tor-nastes tão opportunamente herdeiro ?. . . Cuidadocom a forca, que te espera.. . Tu, Fousse,, o forçadoevadido das gallés da Nova Caledonia.. . Mas nãoacham que por hoje já mostrei saber bastante ?, ..

Os olhos de todos fixavam-se sobre elles, terri-veis.

Hoggh desatou a rir :Nada de cerimonias entre nós! E' bom saberao lado de quem caminhamos. De resto, commigoos segredos ficam guardados. Nenhum de vocês, pensoeu, pretende tornar a pisar em seu paiz. Uma únicacousa nos importa ; o ouro. E todos o têm em boaporção. Para que nos serve elle se temos que ficar pe-rambulando nesta maldita terra?Elle tem razão — disseram os outros. — Paraque nos serve o ouro ?Sigam-me, obedeçam-me e eu os conduzirei aum paiz no qual esquecerão todas as maguas, a umpaiz onde; se quizerem, cada um será um rei. Lá seus

XSZiXiUSZZZ.MI

EU SEI TUDO

I

.rime serão perdoados Com a condição de nãocommetterem outros e claro ! Todos dormirão em lei-t0S confortáveis, estas ouvindo, Spalanti, o ItalianoDesde quando não sabes o que é uma cama ? E vocêTurco, diga seu nome ?

0 homem interpellado, baixou uma fronteestúpida, Hoggh riu de novo.

Não se lembra ?. . . Não faz mal, aqui estáKanab,que vai nos dizer. . . Olá Kanab, como se cha-ma este ?. ..

Osman, o Albanez. . .Exactamente. Tinha-me esquecido. Tenho

tantas cousas na cabeça ! Osman effendi, se me fa-zem favor, senhores !. Não gostaria, certamente,se eu dissesse mais alguma cousa ?. . .

Kanab apresentava-lhe um pedaço de carnefresca, elle jogou-a no brazeiro :

Assa-nos isto, Benjamin. Tu deves conhecero fogo, hein? Bem o conheces! Peçam-lhe para lhesmostrar as costas. Palavra de honra, elle já começa-va a tostar quando a chuva teve a boa idéia deapagar a fogueira sobre a qual estava amarrado. . .Vamos, deixa ver. . .

0 negro ergueu a camisa e mostrou a pelle mar-cada...

— Este homemsabe tudo — mur-

murou NarizQuebrado.i!. • . *iV '^—X Wffl£ ^i€ A carne,

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Como ella recusasse de novo, elle tomou sua faca,limpou a lamina, cortou um pedaço de carne fume-gante e apresentou-lhe dizendo :Outros se sentiriam felizes-por poder comer...mesmo isto.

Fitava-a nos olhos ; ella desviou a cabeça e obe-deceu. Mas duas lagrymas correram por sua facequando levava o alimento á bocca.

A garrafa circulava. Quando voltou ás mãos deHoggh estava quasi vasia. Kanab estendeu a mão;Hoggh fez como se não tivesse visto seu gesto. Já oshomens alimentados e embrutecidos pelo álcool dor-miam estendidos sobre a neve ; a mulher enrolou-seem seu cobertor e estendeu-se ao lado de Hoggh.Este tomou outro cobertor de um dos homens eapressou-se a agazalhal-a.

O Mestiço dirigiu-lhe um olhar significativo :"Enamorado ?.. ."Não.Então, porque arrasta 1-a comnosco ? A pre-

sença de uma mulher é incommoda para uma com-panhia como a nossa. Diexa-a ficar por ahi !Não — repetiu Hoggh

Confessa que gostas d'ella ! E' uma tolice,mas muitos outros já o fizeram antes de ti, não é ver-gonhoso confessar...

Máu, máu !... — resmungou Hoggh. —Também terás a audácia de me interrogar? Jáesque-ceste meu methodo? Não me obrigues a te refrescara memória. Se te digo que não a amo é por que assim

é : deves te contentar com isso. Deresto tenho que te fallar de cousasmais importantes do que essagarota.

Continuando a fallar, reti-rara de um sacco, que traziano bolso do casaco, um punha-

do de jóias e deixava-as ro-lar por entre os dedos. O

Mestiço curvou-se :— Que é isso ?. . .

Jóias ! Jóias como asque se vêem nasegr e j a s hespanho-Ias.. . ou sobre rai-nhas. . .

— E' o termo. ..— sorriu Hogghapressando-se a col-local-as no pequenosacco.

Mas Kanab ainda nãovoltara a si da surpreza :— Espera; deixa vêr! Este

collar !... Oh ! Esse annel !Que linda pedra !.. . Tens mais ?...

Deixa vêr ?. ..0 RUSSO LEVOU AOS LÁBIOS O PEQUENO ODRE DE ÁLCOOL

atravessada em um espeto collocado sobre dousgalhos terminados em forqueta, começou a assare, a gordura cahindo sobre os carvões fume-gava e chiava, illuminando as faces dos aventu-reiros com uma luz dansante. O forte cheiro de carneassada fazia dilatar as narinas. A alegria chegou aocumulo quando, desarrolhando uma garrafa e tendo-acollocado entre os joelhos, Hoggh annunciou :

Agora, uma raçãosinha de álcool !Elles comiam ; Gótica sendo o primeiro a ter-

minar, limpou a bocca na manga do casaco de pelle :lq tu, Hoggh, não nos dirá quem és ?. . .

Hoggh estirou os braços e deixou-os cahir desde-nhoso :

Eu interrogo mas não respondo.Depois, voltando-se para sua companheira, qüe,

durante todos esses incidentes se mantivera immovel :. — Come ; é preciso comer, por que o caminho elongo.

Ella recusou com um movimento de cabeça ;elle repetiu, mais lentamente :

E' preciso comer.

— Depois, quando chegar a ho-ra.. . Hoje já vistes bastantes para

ficares certo de que a campanha foi bella. Fiz malem não te levar ! Nós dous juntos teríamos trazidofortunas.

Na próxima vez. .. — começou Kanab.Hoggh riu com boa vontade.

A próxima vez !. .. Não haverá próxima vez ;o mundo não anda assim tão depressa. Quando seapresentar outra occasião do mesmo gênero tú e eujá estaremos mortos ha muito tempo... Tudo issote põe curioso ?... Desejavas saber muita cousa 1...

Qual ! Se quizesse saber alguma cousa seriabastante perguntar a esta mulher. . .

indicava com a mão a jovem deitada. Hogghbalanceou sua corpulençia rindo desabridamente.

Experimenta e se ..conseguires arrancar-lheuma só palavra, a metade do que trago será teu. Dou-te minha palavra.Então, de onde vens ? Onde roubastes estasjóias ? — exclamou o Mestiço exasperado. — Dizaos outros o que bem entenderes. . . que é do Norteque chegas.

'. . mas a mim. . .

(Continua no próximo numero)

113

M4

EU SEI TUDO

it i ii 11 ii i in £9Ü» i in ti ti i iii imiijijnmittimif BiMiuioif uuf BHiUHimii nu hhi jamuniRui n n muii nnnuiui n nmimnintiian

3° TORNEIO DE 1923 — JULHO A SETEMBRO¦¦*.,

,

Offerecemos quatro prêmios : dous para os 1° e 2o logares :uni a decifradores de mais da metade das soluções, outro paraos de mais de um quarto das mesmas.

CHARADAS NOVÍSSIMAS — 79 a 90

3-1 —Não completa de todo o thema, pois que está mal fs-tudado.

Cecy de Pery — ( U. C. B.)

1-1 —Na maior cidade que tem o Brasil existem adeptos daseita dos Estados l 'riidos.

Da bl u 4

3-2 — Ví .pelos modos do Sarmento que deu mostra de gra-ti dão.

BUCK JONES

( A' "Rainha das Flores ' autora do repetido1NECRTEZA QUER DIZER HESITAÇÃO )

2-2 — Tem o sopro áspero, minha senhora, aquelle tocadorde flauta.

Conde de Rogcer—(Do Bloco dos Totalistas—Parahyba).

Ao insigne Dr. Lavrud

2-1 — O tédio é simplesmente enfadonho.

De Souza — (Manáos).

2-1 — Eu gosto de ver a pessoa que tem ligeireza em lidar comeste utensílio.

Dapera — ( B. dos F.—Santos )

1-2 — Na faculdade de Medicina o homem era tido por des-leal.

CHARADA ANTIGA 91

Aos irmãos Soares, de Delfinopolis—Mi

No dia em que Jesus, crucificado, — 2Morreu para rerrjr a humanidade,Quasi todo o Universo revoltadoBradou contra tamanha atrocidade.

Um ser, porem, de coração pedrado,Vasio de ternura e de piedade, — 1Não lamentou tão bárbaro attentado,Não chorou tão atroz calamidade !

Somente um ser pensante, intelligente,Conservou-se bastante indifferenteA'quella dôr suprema, universal !

Somente um ser de si muito ufanosp,Não carpiu o deicidio clamoroso :O homem que se proclama racional !!

Antônio Urbano da Silva — ( Passos-^-.Minas )

ENIGMA PITTORESCO — 92

nas

I' ...".••XÊ\ iAiV

i

Fillibus !! — (Belém—Pará)

V-w_ —-**7

OOFUNfrA (U.C.B)

1-3 — A primeira vez que entrei cmdjurisdicção efoiscopalfoi meio desconfiado.

Lidaci

2-1 — Um milhão de marcos o Francisco tem apezar de pobre.Valete Vermelho — ( Gemio dos ]3—Belem-Pará )

2-l_-2 — í orque olhas e corres ? Pára ! Poderás provocar umaconvulsão que não é do temperamento.

Tibehjo — ( B. dos F. — Santos )2-1 — O animal que se alimenta de lama, seu estômago mal-

trata.

Visconde de Adnim — ( B. dos F. — Santos )

CHARADAS..CASAES — 93 a 101

A estima que goza este homem,Nesta peque ta mas culta povoação,E1 devido ser elle caridosoE, alem de probo, ter bom coração.

Caprichoso — ( A. C. L. B )

3 — Ella é namorada do filho de Venus.

Lord, o soldado esc nhecido

4 — O que era designado pelos pais ao mosteiro zelava por'tudp que se offerece a Deus no altar".

Kam Pellò — (G. dos 13 — Belem-Pará )

Ao distineto .Mestre dr. Lavrud

1-2 — Aqui, existe um maníaco por investigações hibliogra-phicas, que gosta de ler á sombra da arvore.

Said-Haky-Cmar-Oto

Ao Moringa

3 —Prende o sujeito

Lyrio do Valle — ( G. dos 13—Belem-Pará )

EU SEI TUDO

, !'A.' mulher gritadeira ofíereci uma ave negra.

Marcus Vinícius — Bclem-Pará

3 Ao entrar na cidade fui victima de uma leve queimadura

Rubiao Júnior — ( Rio Grande do Sul )

•' eri fica se está certo este s.ignal.

SpaRtAgp — ( B. dos 1 3—Betem—Pará )

Este esconderijo até hoje foi desconhecido.

Th alia. — ( Rio Grande )

3 Sceneographo, discípulo de Caetano Nunes, não soffrereprovação.

Wai.kyria — ( Bahia )

ENIGMA PITTORESCO 102

AFRíCA W)) m~âT}\

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Lord. o soldado desconhecido

FORA DE CONCURSO

ENIGMAS

Aos valentes collegas do Rancho Paulista

E' impossível supportarA exigência descabidaDa segunda com primeira,Nas grandes luctas da vida.

A nossa dignidadeFica exposta a prima e tercia,Com o que, a concordar,E' ser amante da inércia.

A menos que, por desdita,Um ente viva no lodo,Sem forças, sem energia,Carregando a cruz do todo

Gil Virio — (Jaboíicahal)

E' impossível que em extremos(Invertidos) do Brasil,Caro collega, encontremosEste total tão gentil.

E no todo, que tambémE' final da brincadeira,Podes ver o todo semA parte que é derradeira.

Agora, p'ra terminar,Direi, pois, que neste todoPodes, collega, encontrarDerradeira deste engodo.

Se a segunda após primeiraNão for tal como o restante,

Faça a terceira,E deixe de levar avante

O seu intento,Para não ficar primeira,O meio e a derradeira, _Até estar como o todo

Deste engodo.

Emmano

SOLUÇÕES DE ABRIL — N. 71

1 — Collareja ; 2 — Carregoso ; 3 — Barbalhoste ; 4 —Abrigada ; 5 — Estocada ; 6 — Frontaria ; 7 — Suffraganeo ;8 — Cruelmente ; 9 — Esçalracho ; 10 — Regalado ; 11 — Mon-coso ; 12 — Quem pesca um peixe pescador é ; 13 — CorÜeo ;14 — Requintado ; 1 5 — Perna-manca ; 16 — Alapardado ; 17 —Quem mente não é gente ; 18 — T-oma, o ;• 19 — Pepineiro a ;20 — Brundusio, a; 21 — Quito, a ; 22 — Elephantina, o ; 23 —Mando, a ; 24 — Pirato, a ; 25 — Porto, a ; 26 — Meigo, a ;27 — Casca, o ; 28 — Eva, o ; 29 — Pego, a ; 30 — Hel-ioscopia, o

DECIFRA.DORES DE ABRIL — N . 71

Dolet, Alda, Catita, Euterpe, Tiberio, Calpetus, Lago, Ruh-tra A Garota, S. A. Christão, Etienne, Dapera, Thernis, Mira-valdo. Arlequim, Visconde de Adnim ( todos do Bloco dos bidal-gos —Santos), Lyrio do Valle (Pará), 28 pontos cada um;jaguarense ( Juiz de Fora )i Tupinambá ( Pará ), Lord Jackspn( Pará ) Marcus Vinícius ( Pará ), Valete Vermelho ( Para )Hercules (Pará), Lidaci (Capital), Solon Amancio de Lima( Pará ), Spartaco < Pará ), Carlos Faraldo ( Para ), Alter Ego( Pará ), Cysne Branco ( Pará ), Japonez (Para) 27 pontos cada ;Conde de Rogger ( Parahyba do Norte) Filhbus!!! (Para)Carlos de Aragon, Incógnito a Caprichoso, Sans-Ghupance ( os 4últimos pertencem á Academia Charadistica Luso Brasileira )26 pontos cada ; Dr. Mabuse, Servio Tullio, Dr. Lael (todosdo Núcleo Enigmatico-Capital ) 25 pontos cada, Nini pc.asaBranca ), 23 ; tNemus Nulus ( Rio Grande ; 22 Oscar V. deMiranda, 21 ; Walkyria ( Bahia ), Duque d Alba, 20 cada O-Rey Catalão, 16 ; De Souza ( ( Manáos ), Fanqueiro ( fedregu-Iho), Lord, o soldado desconhecido, 10 cada Lord Jackson, doGrêmio dos 13, e Jaguarense (Juiz de Fora) Belem-Para, tem 24

pontos no mez de Março.

GRÊMIO DOS 13

Deixou de fazer parte desta associação de Belém, Pará, ocharadista Marcus Vinícius.

ACADEMIA CHARADISTICA LUSO-BRASILEIRA

Acabamos de receber um exemplar dos Estatutos da Acade-mia lindamente impresso e por onde se vê a sua boa organisaçao.

Recebemos e agradecemos : O Charadista de Lisboa ; tra-.endof f SkPdtí campeonato Luso-Braileiro ; O Enigma, o que-rideT órgão da Liga Charadistica Paulista, .om um novo e bello

cabeçalo este numero vem repleto de trabalhos do$ melhoresc íaradistas.

CORRESPONDÊNCIA _

Caipira (Jaboticabal ) — Seguiu pelo correio sob registro.

Antônio Urbano da Silva ( Passos-Minas) —Com gratasatisfação recebemos seus magistraes trabalhos. O seu logamnhoestava sempre reservado.

Thm ia ex-Bogari (Rio Grande ) — Merece os nossos applau-sos o seu gesto mudando de pseudonymo logo que soube haver

outra Bogari. Agradecemos os trabalhos.

Cecy de Pery ( Capital ) — Estamos de parabéns. Agrade-cidos pela bel Ia collaboração que nos enviou. — Desperte o somnode Eureka, que ha muito não se lembra de nos.

Feijó da Costa ( Porto Novo—Minas ) — Outro bravo com-batente que se alista em nosso pelotão trazendo linda munição.

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Dr. Sáulo Peroba

PRAZO

Acceitam-se soluções até 30 de Setembm para esta Capitale Nicteíoy- até 15 de Outubro para S, Paulo Minas e E do

Rio! até 31 de Outubro para Bahia e Rio Grande do Sul; outrosPitados até 15 de Novembro. -,.A .aE

Tcdat correspondência sobre charadas deve ser dirigida

para a'Redacção de Eu Sei Tudo, rua Buenos A:res, 103, l

andar, e endereçada DR LAypjjE>.

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EU SEI TUDO

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Com o uso regular da Loção Brilhante:1.° — Desapparecem completamente as cas-

pas e affecções parasitárias.2.° —Cessa a queda do cabello.3.° — Os cabellos brancos, descorados ou

grisalhos, voltam á côr natural primitiva semser tingidos ou queimados.

4.° — Detém o nascimento de novos Ca-bellos brancos.

5.° — Nos casos de calvicie faz brotar no-vos cabellos.

6.° — Os cabellos ganham vitalidade, tor-nam-se lindos e sedosos e a cabeça limpa efresca.

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desapparecer definitiva-mente o buço e os pellosda pelle. Com muitosexperimentos observeiqueos vários pós,massas,depilatorios, apparefhoselectricos, etc, actual-mente á venda, são quasisempiedamnososequeosseus eíTeitos não duram.;

Mas por fim descobrium meio com que tenhoobtido maravilhosos epermanentes resultadosquandoos maisobtinhamum fracasso.

Uma das nossas pari-sienses mais elegantes, aSenhora B..., avenue deVilliers,34, que seguiu omeu conselho, diz :«Agora tenho a cara finae amaciada e ninguémpode se imaginar que a tive desfiguradacom pellos supérfluos ». Ouiras escie-vem: «Isso parece demasiado bom paraser verdade». Mas probando-o demos-trar-se-ha. Pouco importa o que o buçoseja claro ou espesso, pouco importa que

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O polegar áoSvCezaresordenava ao ^ladiadodQrium--

phante, quando o seu ^adversário

nab era" dignode perdão: Mata-o! Quando o homem sgfye assàtfà-do pelo soffnmento physico, todo o seu/>rganís^pelidopelo instincto da defeza, ordena ao homem\quíTanniquile o soffrimento: Mata-o! A ^^^T) ^C

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arma efficiente encontrou-a a sciencia ^SS^moderna, depois de grandesesforços: a CAFIASPIRINA.Cedem á sua acção, de modo immediato e com-pleto, as dores de cabeça, garganta e ouvido, asnevralgias, os resfriamentos, etc. As suas vir-tudes tônicas fazem desapparecer o abatimentoDrovocado pelo excesso de trabalho mental e pelo abuse> cie bebidas alcoo-icas. Mas o que dá á CAFIASPIRINA uma indiscutivel superioridade,

na opinião dos médicos do mundo inteiro é o facto de serella absolutamente inoffensiva para o coração.

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No angulo afastado f^^ ^**de um pequeno salão, pro- C \ Kxinio ao da festa, os noivos V^ ^^retiram-se, fugindo talvez 'aos olhares indiscretos dos ——————indifferentes.

O amplo e commodo divan convida-os a um d'essescoíioquios íntimos, em que se fundem amorosamente as aimas apaixonadas.Sentaram-se pois muito juntos um ao outro, e elle seguindoum movimento- quasi machinal e instinctivo, pegou

' uma dassuas bellas mãos, approximando-a ternamente dos seus lábiosElla inclinou a cabeça pensadora para traz e, semi-cerran-do os olhos, abandonou-se a uma doce e vaga «rêverie>.

Ha cinco annos que estão promettidos, o que quer dizer que nãosó já cursaram o bacharelato do contrato, como já estão noquarto anno de profissão matrimonial..

, O beijo da mão prolonga-se mais do que é regular, e elladespertando do seu somno, lhe diz cheia de pudor :—Basta,Henrique. Pode vir por ahi alguém e surprehender-nosn'esta attitude romanesca. Os beijos devem ser breves e furtivos.Não.. . não é só o beijo...Então o que é ?Aspiro o delicioso perfume de sabonete de Reuter que seevola dai: tua mão.¦ —Eh-? —disse ella, tratando de a retirar, julgando-seonenaida.

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— Não te offendas,minha querida, diz elleprendendo-a. Nada pode— prestar maior prestigio auma joven linda e elegantecomo tu que a convicção de

que usas em tua toiletteo sabonete mais fino, mais puro,mais hygienico e mais afomatico.O sobonete de Reuter é o passaporte da distincção. e nãote digo da limpeza, porque tu és insuspeitavel n'esse ponto.Assim como diz O rifão popular : « Diz-me com quem andasedir-te-hei as manhas que tens>, também se pode dizer: «Diz-

me o sabonete que usas e dir-te-hei se és ou não gente fina».Suppondo que dizes: «Uso sabonete de Reuter», não ha nadaa íazer senão tirar-te o chapéu e chamar-te «alteza».Até aposto que tu mesma sonhavas n'este momento comas delicias do nosso futuro lar, no qual o sabonete de Reuter es-

palhara por toda a parte a doce exhalação do seu aroma.Não é verdade que suggestionada por esta idéa pensavasem mim, no nosso próximo enlace, no logar sonhado,n elle. . 0:— Não: pensava que se acabou o Tricô fero de Barry, e

que não posso passar um dia sem que o use, graças ao qualtenho a belleza da minha cabelleira.E eis tudo.

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Os Curados no BrasilPassam de quinhentos mil •

E o* poucos que ficam por curar conhecem a lição, quo não é outra do

que o uso sistemático das Pastilhas do Dr. Richards para o estômago.

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Muitíssima Enxaqueca £7 Prisãode Ventre,

''Illmo. Dr. Richards: E'-me grato manifestar-lhe que, tenáosoffrido durante um anno os péssimos eífeitos de más digestões,dores no estômago e nas costas, azedumes no estômago e no peito,muitíssima enxaqueca e uma prisão de ventre do mais rebelde eteimoso, fiquei curado com três vidros sozinhos das vossas aben-coadas Pastilhas e algumas doses dos Laxoconfeitos amarellosque as acompanham.

Tenho á maior satisfação em testemunhar-vos publicamente aminha gratidão indestm.cth^ Cro.e O oro., Licardino de Oliveira Ney, negociante^ —aeâmpí-nas, Estado de Govaz.

Completamente curado.De um digno cidadão maranhense procede esta communicação

cheia de expressivo laconismo:"Illmo. Sr. Dr. Richards: Saudações afectuosas. Cumpro o

dever de communicar a V. Sa. que, sorírendo ha muitos annos deuma pertinaz dyspepsia, e tendo já recorrido a muitos medicamen-tos sem o menor resultado, resolvi usar as Pastilhas do Dr. Richardselaboradas por V. Sa., e o fiz com tanta felicidade que me consi-dero completamente curado.

As preciosas Pastilhas do Dr. Richards tornaram-se em minhacasa gênero de primeira necessidade, pois minha Senhora, quandosente qualquer indisposição no estômago, recorre a ellas, com tanta fé que se acha logo DOa.AssimTpois, cumpro este dever de gratidão testemunhando a V. Sa. os meus agradecimentos.Subscrevome com alta estima e apreço, de V. Sa. amigo, atto. e Crdo.. Raykundo de SouzaRego." -• S. José dos Mattões, Edo. Maranhão, Brasil.

Enxaqueca -Vertigens."Estive dois annos soffrer.do fortes e freqüentes clõres de ca-

beca dores e repleção no estômago, prisão continua de ventre,enxaqueca repetida diariamente, falta de appetite, somno desasso-cegado e umas vertigens de muita intensidade que ás vezes quasime privavam, de se-utido, deixando-me poucos menos do que im-possibilitada para o trabalho doméstico, que é a minha occupaçãò.

Fntão uma pessoa de minha amizade aconselhou-me o uso dasPastillas do Dr. Richards e, seguindo o conselho, comprei-as naPharmacia S. Miguel, n'esta cidade, e tive a boa fortuna de reco-brar a saúde, por tanto tempo atormentada pelos males do esto-mago. — Desideria da Costa." --Rua Francisco BelisanoNo°3, 4? Districto, Rio de Janeiro.

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lestias provenientes de perversão do processo digestivo, a

operação morosa dos órgãos excretorios, retenção de

matérias gastas ou velhas, ou da diathese acido^urica —de-

monstra o seu uso muito extenso entre os membros da profis-

são medica no tratamento de condições taes como: as affecçoes

biliosas, prisão de ventre, dor de cabeça intermittente, indiges-

tão aguda, gota, rheumatismo, languidez e depressão mental

Salvitae é muitíssimo superior ás preparações lithias usuaes,

e a todas as salinas simples, porque a acção collectiva dos seus

vários componentes faz recomeçar mais promptamente a func-- -¦ *

ção activa dos órgãos nutritivos e excretorios.

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