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Controle de plantas invasoras em oleráceas

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Page 1: Controle de plantas invasoras em oleráceas. Plantas invasoras

Controle de plantas invasoras em oleráceas

Page 3: Controle de plantas invasoras em oleráceas. Plantas invasoras

Danos as culturas de interesse econômico

• As plantas daninhas afetam as culturas devido à competição pelos fatores de produção:

1. luz, 2. água e 3. nutrientes,• E também pela liberação de compostos

alelopáticos.

COMPETITIVIDADE

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Para Pitelli (1985)

O grau de interferência das plantas daninhas sobre as culturas, depende:

• de fatores ligados à própria cultura (espécie cultivada, cultivar e espaçamento),

• à comunidade infestante (composição especifica, densidade e distribuição),

• ao ambiente (clima, solo e manejo da cultura) e • ao período em que elas convivem.

Page 5: Controle de plantas invasoras em oleráceas. Plantas invasoras

Período critico

• Os estudos sobre a interferência de plantas daninhas em culturas olerícolas visam determinar os períodos ou épocas que são críticas na interação entre essas culturas e a comunidade infestante.

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Períodos

Pitelli e Durigan (1984) definem:• Período Anterior a Interferência (PAI), • Período Total de Prevenção a Interferência

(PTPI) e • Período Crítico de Prevenção à Interferência

(PCPI).

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Período critico versus Estratégias de manejo Swanton e Weise (1991)

• indicando o intervalo de tempo quando o controle químico ou não químico poderá ser mais efetivo na prevenção de danos às plantas cultivadas.

Page 8: Controle de plantas invasoras em oleráceas. Plantas invasoras

Exemplos de interferências

• Cebola• Alguns valores de redução na produção

comercial encontrados na literatura variam de 36 a 96% (Deuber e Foster (1975); Leal (1984); Soares et al. (2003) podendo atingir até 100% de perdas de bulbos comercializáveis (Bond e Burston, 1996).

Page 9: Controle de plantas invasoras em oleráceas. Plantas invasoras

• Hewson e Roberts (1971), determinando o Período Crítico de Prevenção à Interferência (PCPI) de plantas daninhas na cultura da cebola, verificaram que as perdas no rendimento poderiam ser evitadas se a cultura fosse mantida livre de plantas daninhas por um período de 14 a 42dias após a sua emergência.

Page 10: Controle de plantas invasoras em oleráceas. Plantas invasoras

Bond e Burston (1996)

• em experimentos para determinar o PCPI para a cultivar de cebola White Lisbon numa

densidade de 300 plantas.m-2.

• As espécies de plantas daninhas predominantes nos experimentos foram Stellaria

media (morugem), Sonchus asper (falso dente de leão), Chenopodium álbum (falsa

erva de santa Maria), Poa annua (pe de galinha) e Matricaria sp. (falsa camomila).

• A densidade média das plantas daninhas nos experimentos variou de 20 a 160

plantas.m-2.

• Segundo esses autores, no tratamento onde as plantas daninhas permaneceram até a

colheita, ocorreu uma redução em 96% da biomassa fresca das plantas de cebola

quando comparado com o tratamento controle (livre de plantas daninhas).

• O PCPI determinado pelos autores variou de 21 a 56 dias após a emergência da cultura.

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Soares et al. (2003)• Estudando os efeitos de períodos de convivência de uma comunidade de plantas

daninhas sobre a produtividade de quatro cultivares de cebola (Mercedes, Granex 33,

Superex e Serrana), em sistema de transplantio de mudas numa densidade de 42

plantas.m-2.

• As plantas daninhas predominantes até o final dos períodos de convivência foram

Coronopus dydimus (mastruço), Amaranthus hybridus (caruru) e Cyperus rotundus

(tiririca).

• O número de plantas da comunidade infestante na cultura da cebola em diferentes

períodos após o transplantio variou de 100 a 400 plantas.m-2.

• a convivência das plantas daninhas durante os primeiros 98 dias reduziu a

produtividade da cebola em 95% e o peso médio de bulbos em 91%.

• O Período Anterior a Interferência (PAI) determinado pelos autores foi de 42 dias, não

havendo diferença estatística entre as cultivares de cebola.

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Alface - Santos et al. (1998)• Em estudos realizados em casa de vegetação visando determinar o

efeito de doses de fósforo e da densidade de populações sobre a competitividade de Amaranthus hybridus e Portulaca oleracea com plantas de alface, verificou-se que o fornecimento de altas doses de fósforo aumentou a habilidade competitiva da alface sobre A. hybridus.

• Entretanto, ocorreu um alto consumo de fósforo por essa planta daninha, reduzindo a quantidade do nutriente disponível para às plantas de alface.

• P. oleracea apresentou maior resposta a altas doses de fósforo, aumentando sua habilidade competitiva frente às plantas de alface.

• Para os autores a competição por fósforo parece ser o principal mecanismo de interferência de P. oleracea sobre essa olerícola em solos com baixo teor desse nutriente.

• O estabelecimento de estratégias na fertilização da cultura, como por exemplo, a aplicação de fósforo na linha de plantio, pode reduzir o efeito negativo de A. hybridus e P. oleracea sobre a alface.

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• SHREFLER et al. (1994a) conduziram experimentos para determinar a influência da fertilização com fósforo e métodos de aplicação (aplicação na linha de plantio x aplicação em área total), da densidade de Amaranthus spinosus e da duração da interferência sobre o rendimento de alface.

• Os autores relataram que após cinco semanas de interferência de A. spinosus na cultura da alface, tanto a biomassa da parte aérea da alface quanto à da planta daninha foi reduzida.

• Duas plantas.m-2 de A. spinosus reduziram a biomassa da parte aérea da alface em 9 e 23% a mais do que com 0,5 plantas.m-2 de A. spinosus após cinco e sete semanas de interferência, respectivamente.

• Após sete semanas de interferência, a biomassa da parte aérea da alface reduziu em 20%, quando foi aplicado fósforo em área total, 8% quando aplicado na linha de plantio e 24% quando não foi aplicado, em relação ao tratamento controle (livre de plantas daninhas).

• Segundo SHREFLER et al. (1994b), a aplicação de fósforo na linha de plantio reduz o impacto negativo de A. spinosus sobre a alface quando comparado com a aplicação em área total.

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Santos et al. (2004),• Verificaram que o aumento da habilidade competitiva da

alface em relação à planta daninha é devido, principalmente, ao aumento da concentração do nutriente em torno do seu sistema radicular.

• Os autores observaram que quando o fósforo foi aplicado em área total, as perdas no rendimento da alface foram de 39%, 50%, 59% e 65% para 2, 4, 8 e 16 plantas por metro linear de C. album, respectivamente. Contudo, quando as doses de fósforo foram reduzidas em 50% e aplicadas na linha de plantio as perdas no rendimento da alface foram de 23%, 30%, 35% e 38% para as mesmas densidades da planta daninha.

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Roberts et al. (1977)• verificaram que misturas de populações de

plantas daninhas gramíneas e dicotiledôneas na densidade de 65 plantas.m-2 causaram perda total no rendimento da alface.

• Todavia, não foram observadas perdas de rendimento quando a cultura foi mantida livre de plantas daninhas por três semanas a partir do início do crescimento.

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Shrefler et al. (1991)• reportam que a presença de 120 plantas.m-2

de Amaranthus lividus (caruru), por 19 dias a contar da data de semeadura, não afetou o rendimento da alface.

• No entanto, a demora na remoção das plantas daninhas por um período adicional de 15 dias resultou numa completa perda de rendimento da cultura.

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Dusky e Shrefler (1992)

• Registraram que a presença de 0,4 plantas.m-2 de Amaranthus spinosus no período de três a cinco semanas após a emergência de plantas de alface interfere negativamente na cultura, reduzindo significativamente seu rendimento.

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Tomate – Nascente et al. (2004)

• determinando o PCPI das plantas daninhas na cultura do tomate para processamento (industrial), foram detectadas 26 espécies infestantes na área, sendo as mais freqüentes Bidens pilosa (picão), Brachiaria plantaginea (capim marmelada), Nicandra physaloides (juá de capote) e Oxalis latifólia (rosa azeda).

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• Segundo esses autores, o PAI determinado foi de 33 dias após o transplantio da cultura e o PTPI estimado em 76 dias após o transplantio das mudas.

• Assim, o PCPI de plantas daninhas para a cultura do tomate plantado por mudas situou-se entre 33 e 76 dias após o transplantio.

• Os valores encontrados para o PCPI dependem das características de cada agroecossistema, como espécies ocorrentes, densidades, condições climáticas, fertilidade do solo, entre outras.

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• A comunidade infestante que se instala após este período não tem mais condições de interferir significativamente na produtividade da cultura, entretanto, pode crescer e amadurecer, aumentando o banco de sementes no solo, bem como também servir de hospedeira de insetos-pragas e patógenos.

CONTROLAR POPULAÇÕESÉ IMPORTANTE!

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• Campeglia (1991) encontrou para o tomate implantado através de semeadura direta PCPI de 0 a 60 dias.

• Weaver (1984) e Weaver e Tan (1987), para o mesmo sistema, determinaram PCPI de 35 a 63 dias.

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No tomate para processamento com plantio por mudas

• No tomate para processamento com plantio por mudas o PCPI ficou entre 24 a 36 dias (FRIESEN, 1979);

• 28 a 42 dias (SAJJAPONGSE et al., 1983); • 28 a 35 dias (WEAVER & TAN, 1983); • 28 a 35 dias (WEAVER, 1984); • 28 a 35 dias (QASEM, 1992);• 20 a 60 dias (CAMPEGLIA, 1991) e • 26 a 46 dias (HERNANDEZ, 2004).

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MORALES-PAYAN et al. (2003)

• Observando a interferência acima e abaixo do solo de C. rotundus e Cyperus esculentus (tiriricas) na cultura do tomate...

• verificaram que quando C. esculentus conviveu durante todo ciclo da cultura, o acúmulo na massa seca da parte aérea das plantas de tomate foi reduzido em 34%, e quando em convivência com C. rotundus, o prejuízo no acúmulo da massa seca da parte aérea ficou em 28%, causando menos prejuízos ao tomate.

• Em relação a massa seca das raízes das plantas de tomate, C. rotundus e C. esculentus causaram perdas, que foram de 18 e 9%, respectivamente.

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Hernandez et al. (2002)

• Concluiram que a planta daninha maria-pretinha (Solanum americanum) mostrou ser uma competidora mais agressiva que o tomate.

• As duas espécies se mostraram competidoras pelos mesmos fatores de crescimento, o que refletiu na redução da área foliar das plantas de tomate.

• O PCPI de maria-pretinha sobre o tomateiro ocorreu entre 27 e 46 dias após a emergência da cultura.

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Norris et al. (2001)

• Mantendo-se uma densidade de plantio de 10 plantas de tomate por metro linear, observou-se redução na produtividade de 20 a 50% no primeiro ano e 11 a 75% no segundo ano, quando a cultura conviveu com uma mesma densidade de capim-arroz (Echinochloa crus-galli L. (Beauv.)).

• A densidade de plantio do tomate e do capim-arroz e a distribuição do capim-arroz tiveram efeito significativo na produção de frutos do tomate. A frutificação do tomate decresceu quando a densidade do capim-arroz aumentou.

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NGOUAJIO et al. (2001),

• Esses autores analisaram quatro cultivares de tomate em competição com Abutilon theophrasti (abutilão), observando que o efeito prejudicial da planta daninha variou entre as cultivares de tomate.

• Quando a cultura cresceu com cinco plantas por linear de A. theophrasti, a produção comercial do tomate foi reduzida em 8% no ano de 1998, em 60% no ano de 1999 para a cultivar H8892 e 58% em 1998, e 80% em 1999 para a cultivar H9661, comparado com as testemunhas (livres de competição).

• A convivência do tomate com a planta daninha diminuiu seu crescimento e sua área foliar. A cultivar mais tolerante foi H8892, devido suas características morfofisiológicas. A arquitetura e outras características morfológicas da planta que conferem vantagem na competitividade têm sido extensivamente estudadas no tomate (WEAVER & TAN, 1987; PEREZ & MASIUNAS, 1990; QASEM, 1992; MCGIFFEN & HESKETH, 1992, MCGIFFEN et al., 1994 e 1995; PONCE et al., 1996).

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MORALES-PAYAN et al. (1997)• Em experimento realizado em casa de vegetação semearam

concomitantemente tomate e pimenta, com diferentes densidades de tubérculos de Cyperus rotundus (tiririca) (0, 25, 50, 100, 150 e 200 tubérculos.m-2), avaliando a produção de massa seca aos 40 dias após o transplante (DAT) e a produção de frutos em ambas culturas, aos 90 DAT.

• Esses autores observaram que a quantidade de massa seca e o florescimento do tomate e da pimenta foram afetados pela interferência de C. rotundus, sendo que quanto maior a densidade de tubérculos utilizada, maior foi à interferência.

• O tomate foi o mais afetado na produção de massa seca em relação à pimenta, entretanto, quando essa característica foi avaliada ao final da colheita, não houve diferenças significativas entre as densidades de C. rotundus.

• Com o incremento na densidade de tubérculos de C. rotundus, a produção de frutos diminuiu em ambas as culturas.

• Menor produção foi constatada com densidades de 200 tubérculos.m-2, ocorrendo um decréscimo de 44% para o tomate e 32% para a pimenta.

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MÉTODOS DE CONTROLE

• Pode ser manual e químico

Controle cultural momentosante do transplante, com afinalização do preparo docanteiro

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Controle químico no cultivo dacenoura – para dosagens baixas

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Controle químico no cultivo dacenoura – para dosagens baixas

Page 31: Controle de plantas invasoras em oleráceas. Plantas invasoras

CONTROLE QUÍMICO EM PÓS EMERGÊNCIA

Page 32: Controle de plantas invasoras em oleráceas. Plantas invasoras

CONTROLE QUÍMICO COM JATO DIRIGIDO

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Controle manual

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Controle manual

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Produtos recomendados

• Dependente das espécies de interesse econômico e das invasoras.

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Principais infestantes• Stellaria media (morugem), Sonchus asper (falso dente

de leão), Chenopodium álbum (falsa erva de santa Maria), Poa annua (pe de galinha) e Matricaria sp. (falsa camomila).

• Coronopus dydimus (mastruço), Amaranthus hybridus (caruru) e Cyperus rotundus (tiririca).

• Amaranthus lividus (caruru)• Bidens pilosa (picão), Brachiaria plantaginea (capim

marmelada), Nicandra physaloides (juá de capote) e Oxalis latifólia (rosa azeda).

• maria-pretinha (Solanum americanum)