unidade didÁtica - operação de migração para o novo ... · estudo teórico sobre modelagem ......
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UNIDADE DIDÁTICA
DALVA SALES MOLINA SERRANO
ORIENTADOR: PROF. MS. AMAURI JERSI CEOLIM
CAMPO MOURÃO
2011
FACULDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS E
LETRAS DE CAMPO MOURÃO - FECILCAM
APRESENTAÇÃO ...................................................... 03
O QUE É MODELAGEM MATEMÁTICA? ............................ 05
INTERAÇÃO COM O ASSUNTO ..................................... 11
PRIMEIRA PARTE:
Questionário sociocultural ...........................................
11
SEGUNDA PARTE:
Área da superfície corporal .........................................
12
TERCEIRA PARTE:
Estudo teórico sobre Modelagem Matemática .......................
15
QUARTA PARTE:
Questões relacionadas à construção de uma casa ..................
18
MATEMATIZAÇÃO ................................................... 20
MODELAGEM MATEMÁTICA ........................................ 24
REFERÊNCIAS ........................................................ 25
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sta Unidade Didática foi elaborada para ser utilizada por alunos
do curso de Formação de Docentes e professores com a finalidade de
fornecer subsídios teóricos e práticos para uma melhor compreensão da
”Modelagem Matemática”, sendo resultante de alguns questionamentos sobre o
ensino de Matemática pois o mesmo tem trazido preocupações a professores,
alunos, pais e à sociedade, sobretudo, devido ao baixo rendimento escolar
constatado nas avaliações internas e externas (ENEM, SAEB, 2009). Portanto,
o material propõe alternativas metodológicas que visam auxiliar na melhoria da
aprendizagem desta disciplina dando-se ênfase no trabalho com a Geometria.
A produção da Unidade Didática cumpre as exigências do plano de
trabalho do professor PDE cujas atividades consistem, entre outras em, com o
devido acompanhamento de seu Orientador, elaborar uma produção didático-
pedagógica pertinente ao seu objeto de estudo/problema devidamente
sistematizado no Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, e de acordo
com a sua área/disciplina de ingresso no Programa.
O material com o tema “Modelagem Matemática no ensino de Geometria”
será desenvolvido em 32 aulas de 50 minutos cada, com alunos do curso de
Formação de Docentes do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola EFMN, da
cidade de Fênix, Paraná. As aulas envolverão os seguintes conteúdos: unidades
de medidas, escalas, conceitos geométricos, semelhanças, cálculo de áreas e
de volumes.
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A Modelagem Matemática é uma tendência metodológica da Educação
Matemática que, conforme as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do
Estado do Paraná desta disciplina fundamentam a prática docente.
A forma tradicional da educação não encontra mais aceitação por grande
parte dos educadores, pois a mesma, como coloca Saviani (1988) é classificada
como intelectualista, e às vezes como enciclopédica, pois os conteúdos são
separados da experiência do aluno e das realidades sociais, o que vale é uma
educação formalíssima e acrítica. Com tendência progressista da educação a
Modelagem Matemática encontra o seu espaço contrapondo-se à pedagogia
tradicional. D’ambrósio falando sobre as propostas atuais para se ensinar
matemática afirma que:
A Modelagem Matemática tem como pressuposto a problematização de situações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida. (DCEs, 2008, p. 64).
A Modelagem Matemática tem sido utilizada como uma forma de quebrar a forte dicotomia existente entre a matemática escolar formal e a sua utilidade na vida real. Os modelos matemáticos são formas de estudar e formalizar fenômenos do dia a dia. Através da modelagem matemática o aluno se toma mais consciente da utilidade da matemática para resolver e analisar problemas do dia-a-dia. Esse é um momento de utilização de conceitos já aprendidos. É uma fase de fundamental importância para que os conceitos trabalhados tenham um maior significado para os alunos, inclusive com o poder de torná-los mais críticos na análise e compreensão de fenômenos diários (D’AMBRÓSIO, 1989, p. 3).
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Assim a Modelagem Matemática é uma proposta de trabalho que permite
ao aluno a construção de conceitos matemáticos a partir de uma situação
problema apresentada pelo professor que pode ser por meio de jogos,
resolução de problemas etc.
Conceitos de Modelagem Matemática vêm sendo apresentado por vários
autores. Entre eles podem-se citar:
“Modelagem é um processo muito rico de encarar situações e culmina
com a solução efetiva do problema real e não com a simples resolução formal
de um problema artificial” (D’AMBRÓSIO 1989, p.11).
Veleda e Almeida (2010) apresentam um quadro com definições de
Modelagem Matemática, a partir de um levantamento feito por Broering
(2009), que identificou 50 definições diferentes de Modelagem Matemática
citadas em trabalhos publicados nas edições IV e V da CNMEM. Por
considerarem que algumas definições apresentam caracterizações
semelhantes para Modelagem Matemática, os autores agruparam estas
A Modelagem Matemática é descrita como um processo dinâmico utilizado para obtenção e validação de modelos matemáticos. É uma forma de abstração e generalização com a finalidade de previsão de tendências. A modelagem consiste, essencialmente, na arte de transformar situações da realidade em problemas matemáticos cujas soluções devem ser interpretadas na linguagem usual (BASSANEZI, 2007, p.24).
Pode ser considerado um processo artístico, visto que, para se elaborar um modelo, além de conhecimento de matemática, o modelador, precisa ter uma dose significativa de intuição e criatividade para interpretar o contexto, saber discernir que conteúdo matemático melhor se adapta e também ter senso lúdico para jogar com as variáveis envolvidas (BIEMBENGUT, 2009, p.12).
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definições de acordo com essas caracterizações, levando em conta termos e
ideias que identificaram.
• Um meio de descrever e/ou estudar problemas da realidade; • Um processo (ou ferramenta) para compreender a realidade; • Um recurso didático que oportuniza tratar de problemas da realidade nas aulas de
Matemática • Um ambiente de aprendizagem que oportuniza aos alunos investigar a realidade por meio
da Matemática (VELEDA e ALMEIDA, 2010, p.6).
Portanto, “O trabalho pedagógico com a Modelagem Matemática
possibilita a intervenção do estudante nos problemas reais do meio social e
cultural em que vive, por isso, contribui para sua formação crítica’ (DCEs,
2008, p.65).
Para se obter o modelo é necessário passar pelo processo da
Modelagem Matemática que conforme Biembengut (2009) é composto por três
etapas: a) Interação com o assunto: Nesta etapa, a situação a ser estudada
será delineada e para torná-la mais clara deverá ser feita uma pesquisa sobre
o assunto escolhido por meio de livros ou revistas especializadas. b)
Matematização: Esta é a fase mais complexa e desafiadora, pois é nesta que
se dará a tradução da situação problema para a linguagem matemática. Assim,
a intuição e a criatividade são elementos indispensáveis. c) Modelo
matemático: O modelo concluído deverá corresponder à situação-problema
apresentada.
O ato de modelar surge de alguma inquietude. De uma situação – problema. Raramente um problema é individual, geralmente ele afeta um grupo que vive uma realidade similar. Daí a relevância, no ensino, de se tomar como tema algo que faça parte da realidade do aluno. É mais fácil para obtenção de dados e na elaboração de questões (BIEMBENGUT e HEIN, in BARBOSA ET AL, 2007, p.36).
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No que se refere às razões para se incluir modelagem no ensino Barbosa
(2004) apresenta cinco argumentos sendo eles: Motivação: A Modelagem
desperta um maior interesse para a aprendizagem de Matemática, pois os
alunos passam a perceber onde e como aplicar o que estudam na escola;
Facilitação da aprendizagem: A compreensão das ideias matemáticas tornam-
se mais fáceis já que é possível o estabelecimento de conexões com outros
assuntos; Preparação para utilizar a matemática em diferentes áreas;
Desenvolvimento de habilidades gerais de exploração; Compreensão do
papel sócio-cultural da matemática, ou seja, os alunos analisam como a
matemática pode ser utilizada nas práticas sociais.
Braz e Ceolim (2010) citando Blum apud Barbosa (2004) colocam que
todos estes motivos são importantes e representam as facetas da Modelagem
na escola, por outro lado destacam o último argumento, ressaltando que “ele
está diretamente conectado com o interesse de formar sujeitos para atuarem
efetivamente na sociedade e, em particular, capazes de analisar a forma como
a matemática é usada nos debates sociais.”
Este argumento para se incluir a Modelagem Matemática no ensino leva
em consideração o interesse na formação matemática do aluno para atuar na
sociedade.
Biembengut (2009) sugere que o professor pode desenvolver o trabalho
com a Modelagem da seguinte forma: Propor uma breve pesquisa e a partir
desta, uma síntese: propor questionamentos sobre o assunto ou sugestões do
que se possa estudar; determinar, face ao que o aluno desconhece, do
conteúdo programático a ser desenvolvido e qual a questão a ser resolvida
primeiro; passar a desenvolver o conteúdo programático; propor exemplos
semelhantes para que o conteúdo não se restrinja ao modelo.
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Ao se representar uma situação real por meio de um modelo matemático
existem vários procedimentos e de acordo com Biembengut e Hein (2007,
p.13-14), esses procedimentos podem ser agrupados em três etapas, que por
sua vez são subdivididos em seis subetapas.
A figura a seguir apresenta o esquema proposto por Biembengut e Hein
(2007, p. 15).
BIEMBENGUT e HEIN (2007, p.15)
Primeira Etapa: Interação
Reconhecimento da situação - problema; Familiarização com o assunto
a ser modelado - referencial teórico.
Nesta etapa, a situação a ser discutida deve ser a delimitação do tema
que é feita com o uso de pesquisas em livros, jornais, revistas e por dados
obtidos juntos a especialista da área.
Segunda Etapa: Matematização
Formulação do problema - hipótese; Resolução do problema em termos
do modelo - aplicação. Depois de reconhecer a situação problema, esta etapa
caracteriza-se na formulação do problema, ou seja, a tradução da situação
Interação
Matematização
Modelo Matemático
situação formulação interpretação
familiarização
resolução
resolução
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problema para a linguagem matemática que é feita utilizando conceitos que os
alunos já possuem ou vão adquirir.
O objetivo principal desta etapa do processo de modelar é chegar a um
conjunto de expressões aritméticas, fórmulas, equações algébricas, gráficos,
representações ou programa computacional que levem a solução ou permitam a
dedução de uma solução.
Depois de formulado a situação problema cabe agora a resolução, tendo
a necessidade das entidades matemáticas usadas na formulação.
Terceira Etapa: Modelagem Matemática
Interpretação da solução; Validação do modelo - avaliação.
Nesta etapa faz-se uma avaliação para verificar em que nível o aluno se
aproximou da situação problema representada, que é feita através de uma
interpretação do modelo, uma verificação de sua adequabilidade e uma
interpretação da solução. Caso o modelo não atenda as necessidades que o
geraram, o processo deve ser corrigido na segunda etapa (matematização)
mudando ou ajustando a formulação do problema (BIEMBENGUT e HEIN,
2007).
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Este questionário tem o objetivo de coletar dados socioculturais dos
alunos e para se ter um diagnóstico, antes do início das atividades, sobre como
eles veem a Matemática e o ensino da mesma.
1. Nome: ..................................................................................................................................
2. Idade: ................................................................................................................................
3. Sexo: ( ) Masculino
( ) Feminino
4. Você tem facilidade para aprender Matemática?
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5. Você considera a Matemática importante para sua formação pessoal e para
a prática social?
6. Você já tinha ouvido falar de Modelagem Matemática?
7. Seus professores de Matemática já trabalharam com metodologias
diferenciadas como Modelagem Matemática, resolução de problemas,
etnomatemática em sua turma?
( ) Sim
( ) Nunca
( ) Algumas vezes
( ) Sempre trabalharam
8. Você acredita que uma metodologia diferenciada traz vantagens para o
ensino-aprendizagem de matemática? Por quê?
9. Quais seriam os principais obstáculos para a implementação de novas
metodologias no ensino de matemática na escola?
( ) Desinteresse dos alunos;
( ) Dificuldades dos professores;
( ) Obstáculos da Gestão Pedagógica;
( ) Oposição dos pais.
10. No seu entendimento, metodologias diferentes ajudam no processo ensino
aprendizagem?
( ) Sim ( ) Não
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É possível medir a área da superfície corporal? Como isso pode ser
feito?
Esta atividade tem como objetivo calcular com os alunos a superfície
aproximada do corpo de uma pessoa e espera-se com isso estimular a reflexão
do mesmo a respeito de como é possível realizar esta tarefa. A atividade é
interessante para enriquecer os conhecimentos dos alunos, tanto na
aprendizagem de cálculos matemáticos como por utilizar um tema que faz
parte da realidade dos educandos, isto é, seu próprio corpo.
Esta forma de trabalhar possibilita um envolvimento maior dos alunos,
pois desperta o senso crítico para questões sociais, da realidade e do
cotidiano. A proposta de trabalho envolve as três fases da Modelagem
Matemática conforme Bienbengut e Hein (2007), sendo elas: A Interação que
é o reconhecimento da situação (problema); A Familiarização com o assunto a
ser modelado (referencial teórico); A Matematização, ou seja, Formulação do
problema (hipóteses), resolução do problema em termos de modelo; O Modelo
matemático que é uma representação ou interpretação simplificada da
realidade.
Com esta atividade podem ser desenvolvidos os seguintes conteúdos:
medidas de área de cilindro tronco de cone, área de esfera. Medida de massa,
medida de comprimento, radiciação. Também é possível despertar nos alunos
interesse sobre funções que a pele desempenha no nosso corpo fazendo
interdisciplinaridade com outras áreas.
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Para desenvolver a atividade de medir a área da superfície corporal
utilizando a Modelagem Matemática, sugerimos que a turma seja dividida em
equipes, onde cada uma delas escolhe uma estratégia para realizar a atividade
utilizando o material disponível: Barbante e régua. Apenas um aluno por equipe
deve ser escolhido para que sua pele seja medida.
Em seguida coloquem os resultados na tabela abaixo: Área (m²)
Modelagem Do grupo
Área (m²) Para crianças de 3 a 30 kg
Área (m²) Fórmula dos fisiologistas
Área (m²) Fórmula de Mosteller
Grupo 1: Grupo 2: Grupo 3: Grupo 4: Grupo 5: Grupo 6: Grupo 7: Grupo 8:
Fonte: SANT’ANA, Alvino Alves; SANT’ANA, Marilaine de Fraga.
Validação da área da superfície corporal calculada por cada equipe.
Para tanto vamos aplicar as fórmulas apresentadas abaixo, que foram
retiradas do artigo de Santana e Fraga “Modelagem Matemática: uma
experiência inicial” no cálculo da área da superfície corporal para validar os
resultados obtidos pelos grupos.
“Fórmula para crianças de 3 a 30 kg: 30
4mA
+=
“Fórmula dos fisiologistas: ( )3 2
2 11,0 mA =
“Fórmula de Mosteller”: 60
3
mhA =
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O conhecimento teórico sobre Modelagem Matemática é necessário para
que os alunos compreendam como será desenvolvido o trabalho. É preciso que a
prática seja realizada com embasamento teórico, sem perder suas
características. Salienta-se também, que a Modelagem Matemática exige
mudanças de postura tanto de professores quanto de alunos, pois, mediante
esta abordagem interdisciplinar, se faz necessária a passagem de uma
matemática estanque para uma Educação Matemática e isto deve ter
fundamentação teórica para que a prática possa correr efetivamente.
Assim o trabalho é proposto para se desenvolver em forma de seminário
em que os alunos irão apresentar os resultados dos estudos teóricos sobre
Modelagem Matemática desenvolvido da seguinte forma:
1. Preparação: distribuição do texto sobre Modelagem Matemática que
consta no início da Unidade Didática; Leitura e debates em equipes;
Cada equipe ficará responsável por um tópico: O que é Modelagem
Matemática; Caracterização da Modelagem Matemática; etapas da
Modelagem Matemática; razões para se incluir Modelagem Matemática
no ensino. Será também sugerido leitura e análise dos seguintes artigos:
( BARBOSA, 2004) Modelagem matemática: o que é? Por quê? Como?
(VELEDA e ALMEIDA, 2010) Diferentes caracterizações de Modelagem
Matemática na educação matemática: um estudo; (CALDEIRA, 2009)
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Modelagem Matemática: um outro olhar; (BIEMBENGUT e HEIN, 2007)
Modelagem Matemática no ensino.
2. Apresentação: Cada equipe apresentará suas considerações, podendo
utilizar dos recursos didáticos da escola tais como TV Pendrive,
laboratório de informática dentre outros.
1. Relatórios: trabalhos escritos em forma de síntese, onde cada
participante poderá apresentar idéias, análises e considerações sobre o
tema Modelagem Matemática.
O objetivo de se trabalhar as questões relacionadas á construção de
uma casa é o de contextualizar o assunto, iniciando-se com diálogo sobre o que
seria necessário para se fazer uma construção, por exemplo: distância da
construção em relação à rua, posição em relação ao sol, economia de materiais,
pesquisa de preços, qualidade dos produtos, tamanho das peças, porque as
portas normalmente ficam nos cantos, qual a função das janelas. Nesse
momento alem da possibilidade de levantar questões matemáticas que
envolvem geometria plana e espacial, sistemas de medidas, porcentagem,
relações métricas no triângulo retângulo, pode-se, levá-los à reflexão sobre o
problema habitacional no Brasil.
Questão que podem motivar a realização das atividades: “O que é necessário para se fazer uma construção?”
Os alunos discutirão em equipes e após as discussões apresentarão em
um cartaz as respostas possíveis.
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Nesta atividade pretende-se que os alunos façam um diagnóstico da
realidade sócio-econômica e cultural da comunidade onde estão inseridos e
escolham a construção que mais chame a atenção para a realização da maquete.
O papel do professor é o de mediador da relação ensino aprendizagem,
orientando o trabalho tirando dúvidas e colocando novos pontos de vista em
relação ao problema tratado e outros aspectos que permitam aos alunos
pensarem sobre o assunto. Os conteúdos matemáticos a serem trabalhados
serão determinados pelos problemas levantados em decorrência da pesquisa de
campo.
• Formação de equipes.
• Cada equipe escolhe a construção que desejar para fazer a
maquete. Visita do local para realizar as medições.
• Entrevistas com profissionais de obras em construção.
• Escolha de três construções para serem representadas em forma
de maquetes.
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Na matematização torna-se fundamental a construção de elementos de
análise da realidade para ampliar leituras de mundo, fazendo-se uma
intervenção consciente no contexto social do aluno, refletindo criticamente e
teorizando todo o processo de elaboração do saber.
Assim como método de compreensão, de transformação da realidade, o
conhecimento do conteúdo traz contribuições para o processo de
matematização. Na área de matemática, portanto, é possível ressignificar,
contextualizar, problematizar conhecimentos matemáticos, construindo outros
significados para essa área de formação. Após se reconhecer a situação
problema, a característica desta etapa da matematização é a formulação do
problema, ou seja, a tradução da situação problema para a linguagem
matemática que é feita utilizando conceitos que os alunos já possuem ou vão
adquirir.
Para BIEMBENGUT e HEIN (2000), esta é a fase mais complexa e
desafiadora, pois é nesta que se dará a “tradução” da situação problema para a
linguagem matemática.
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No decorrer das atividades envolvidas na construção de Maquetes, os
alunos poderão sentir necessidade de aprofundamento em alguns tópicos que
serão utilizados neste processo, assim destacamos alguns deles que podem ser
pesquisados:
1) Fazer uma pesquisa sobre:
a) Unidade de Medida;
b) Como era feito medidas antes do Sistema Internacional de
Medidas;
c) O que é Sistema Internacional de Medidas;
d) Qual é a unidade de medida no SI
- de comprimento
- de área
- de volume
- de medidas agrárias
- de ângulo plano
2) Ao simular uma construção exemplificamos alguns itens que podem ser
mencionados como: conhecer o perímetro do terreno, a área a ser
construída e quanto tirar ou acrescentar de terra para nivelar o terreno.
Qual unidade de medida é usada para esses itens? E para saber o volume
da caixa d’água?
Os resultados serão apresentados para turma sob a coordenação da
pesquisadora em forma de seminários.
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Os sites sugeridos facilitarão as pesquisas que serão realizadas pelos alunos, pois tratam dos conteúdos que precisarão ser aprofundados. http://pt.wikipedia.org/wiki/Pe_(unidade) http://www.coladaweb.com/fisica/fisica-geral/unidades-de-medidas-e-principais-grandezas
http://www.inmetro.gov.br/consumidor/unidlegaismed.asp
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2211-6.pdf
Após apresentação dos alunos o professor reforçará os conteúdos
vistos incluindo múltiplos de submúltiplos e a conversão entre eles usando tabelas.
Conforme Bienbengut e Hein (2009, p.59) “a maquete é um modelo de
casa que se quer construir”. “Um modelo não é uma verdade definitiva, mas
permite dar uma noção de como será a casa, e calcular a quantidade de
material necessário para a construção”.
Para que se possa montar a maquete propõe-se o trabalho com as
seguintes etapas:
Formação de equipes. Das três Construções escolhidas para fazer as
maquetes, escolhe-se uma para simular a construção da mesma em tamanho
real e com opção de sustentabilidade.
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Algumas equipes fazem as maquetes convencionais e uma equipe faz uma
delas com opção de sustentabilidade ambiental, no caso, energia alternativa.
Os estudantes devem fazer pesquisas sobre o tipo de material
disponível para a construção, entrevistar profissionais da área de construção,
visitar a algumas obras e lojas de materiais de construção. Construir uma
tabela com os dados obtidos.
Devem fazer o orçamento da quantidade de material, levantamento de
custo do material, custo de mão de obra, dentre outros.
Para BIEMBENGUT e HEIN (2000), Modelagem Matemática é o
processo envolvido na obtenção de um modelo. Por meio da Modelagem
Matemática no problema envolvido, os alunos deverão chegar a um modelo que
pode ser uma expressão ou tabela que represente as sínteses e solução do
problema:
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O que é necessário para se fazer a construção de uma casa?
Apresentação das maquetes e do orçamento dos gastos relacionados às
construções reais realizados, inicialmente para a turma. Na sequência, em uma
data a ser escolhida pelos alunos, professor e direção, estes trabalhos serão
apresentados para a comunidade escolar a fim de mostrar a produção dos
alunos, a relação entre o que aprenderam e o que executaram, com o intuito de
verificar se os objetivos foram alcançados.
23
BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da formação. Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n.15, p.5-23, 2001. BARBOSA, J. C. Modelagem Matemática: O que é? Por quê? Como? Revista Veritati, n. 4, p. 73-80, 2007. BASSANEZI, R.C. Ensino –aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2007. BRAZ, B. C. CEOLIM, A. J. A modelagem matemática na formação de professores na modalidade normal em nível médio: uma experiência. Campo Mourão: FECILCAM. V EPCT. 26 A 29 DE OUTUBRO DE 2010. BIEMBENGUT, M. S.; HEIN, N. Modelagem matemática no ensino. São Paulo: Contexto, 2007. CALDEIRA, Ademir Donizeti. Modelagem Matemática: um outro olhar. Alexandria Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, v.2, n. 2, p. 33-54, jul. 2009 D’AMBROSIO, B. S. Como ensinar matemática hoje? Temas e Debates. SBEM. Ano II. N2. Brasilia. 1989. P. 15-19. D’AMBROSIO, Ubiratan. Desafios da Educação matemática no novo milênio. Educação Matemática em Revista-SP, n. 11, p. 14-17, dez. 2001. PARANÁ. Diretrizes Curriculares para o ensino de Matemática do Estado do Paraná, Curitiba, SEED, 2008. SANT’ANA, Alvino Alves; SANT’ANA, Marilaine de Fraga. Modelagem Matemática: Uma experiência inicial. In: V Conferência Nacional sobre Modelagem na Educação Matemática.
24
VELEDA, G. G; ALMEIDA, L.M.W. Diferentes caracterizações de modelagem matemática na educação matemática: um estudo. IV EPMEM – ENCONTRO PARANAENSE DE MODELAGEM EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA Modelagem Matemática: perspectivas interdisciplinares para o ensino e a aprendizagem de matemática Maringá – PR, 11 a 13 de Novembro de 2010.