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Recuar, nunca! Desistir, jamais! Avançar, sempre!

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REDAÇÃO

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SUMÁRIO

MECANISMOS DE COESÃO II ____________________________________________________ 3

REITERAÇÃO _________________________________________________________________ 4

SUBSTITUIÇÃO _______________________________________________________________ 4

COLOCAÇÃO _________________________________________________________________ 5

EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO __________________________________________________ 6

EXERCÍCIOS DE COMBATE ______________________________________________________ 9

GABARITO __________________________________________________________________ 12

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MECANISMOS DE COESÃO II

Neste módulo, estudaremos a coesão lexical.

Quanto às definições de coesão lexical, gostaria de alertar que não há consenso entre os linguistas, que

operam sobre vários conceitos e tipos. Tentarei, aqui, sintetizar o que a maioria considera.

De modo geral, pode-se afirmar que a coesão lexical é um processo de coesão que opera por contiguidade

semântica, isto é, as expressões linguísticas que entram numa relação de coesão caracterizam-se pela

semelhança de traços semânticos (total ou parcialmente) idênticos ou opostos.

Assim, entre duas unidades lexicais (UL = palavra ou conjunto de palavras), devem ser consideradas relações

de sinonímia, antonímia, hiperonímia e hiponímia. Vejamos rapidamente os conceitos de cada uma delas.

Sinonímia define-se por uma maior presença de traços idênticos e a antonímia, por traços semânticos

opostos. A parassinonímia, por sua vez, consiste em expressões que reformulam uma ideia já dita, na

tentativa de fazer com que esta seja melhor compreendida. A hiperonímia ou a hiponímia se dão entre

proposições subsequentes: hiperonímia quando a primeira UL tem um sentido mais genérico que uma

segunda UL, de sentido mais específico, e hiponímia quando ocorre o inverso. A título de exemplo, “felino”

em relação a “gato” é hiperônimo, mas em relação a “mamífero” é hipônimo.Reveja conceitos no módulo de

semântica.

Para este trabalho, consideramos que a coesão lexical de um texto pode ser verificada a partir de toda UL ou

grupo de ULs, que faça referência, por remissão (reiteração ou substituição) ou contiguidade (colocação), a

uma outra unidade anteriormente expressa no texto. O que importa evidenciar, parece-nos, é o papel que o

léxico pode desempenhar para ajudar a tornar um texto coeso e saber reconhecer, para depois saber

empregar, os diferentes mecanismos dessa forma de coesão.

Vejamos um exemplo de coesão lexical, por sinonímia.

Horácio já produziu três livros de poemas (...). Manhã cedo, três vigilantes associações de poetas telefonaram para ele, convidando-o a participar de tardes comemorativas (...):

— O meu amado poeta não pode faltar, pois não?

— Reservamos um lugar de honra para o admirável bardo.

— Distinto aedo, contamos com a sua presença.

(Carlos Drummond de Andrade, Boca de luar)

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REITERAÇÃO

Faz-se por meio da repetição do mesmo item lexical total ou parcialmente.

Ex. Em 1825, a marquesa de Dampierre, uma nobre de 26 anos, impressionava a todos pela inteligência e

pela ousadia. Ela costumava rechear seus discursos sobre artes na França com palavras tão elegantes quanto

“merda” e “porco imundo”. “Mudava bruscamente seu comportamento. Latia e dizia obscenidades. Parecia

possuída pelo diabo”, escreveu um neurologista francês em 1883, quando batizou a síndrome. A marquesa foi

o primeiro caso da síndrome de Tourette descrito pela medicina.

SUBSTITUIÇÃO

A substituição consiste em colocar um item no lugar de outro ou no lugar de toda uma oração. Seria uma

relação interna ao texto, em que uma unidade lexical é usada como "coringa"(nas palavras de Ingedore Koch).

Veja exemplos.

1. O Projeto TAMAR foi criado para proteger as tartarugas marinhas. Durante anos, esse réptil esteve

ameaçado de extinção. ( hiperônimo)

2. Ele é o novo protagonista de Malhação e, como os últimos que ocuparam o posto, uma nova aposta de

galã. O carioca Thiago Rodrigues começou a gravar na terça passada sua participação no seriado.

(sinônimo)

3. Minha mãe cozinha muito bem. eu também o faço. (nestes casos, o verbo fazer é chamado de vicário,

quando substitui qualquer verbo de ação)

4. Paulo tirou dez na prova e sua irmã também.

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COLOCAÇÃO

A colocação consiste no uso de termos pertencentes ao mesmo campo demântico do referente, o que confere

ao texto uma contiguidade capaz de dar fluidez à leitura.

Ex.:

Chegou ao Rio exausta. Foi para um hotel barato. Viu logo que havia perdido o avião. No aeroporto comprou

a passagem. E andava pelas ruas de Copacabana, desgraçada ela, desgraçada Copacabana. (Clarice Lispector)

A substituição se difere da referência, porque nesta a referência é idêntica, mas naquela

não e há pelo menos uma redefinição do termo, ou seja, uma especificação nova a ser

acrescentada.

Ex.:

referência: Paulo comprou uma camisa e a usou na festa. ( a = camisa)

substituição: O padre ajoelhou-se. Todos fizeram o mesmo.

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TEXTO PARA A QUESTÃO 1

ÁGUA INSALUBRE

Márcia Peltier - O Globo, 21/10/2002

Estudo do Pacific Institute of Oakland, na Califórnia, prevê que 76 milhões de pessoas morrerão de doenças

relacionadas à água até 2020. As crianças serão as mais afetadas por males causados pelo uso e ingestão de

água contaminada. No mesmo período, serão registrados 65 milhões de casos fatais em consequência da Aids

em todo o mundo.

1. Vocábulos do texto que NÃO apresentam o mesmo referente são:

a) pessoas / as crianças;

b) doenças / males;

c) água / água contaminada;

d) até 2002 / mesmo período;

e) morrerão / serão registrados 65 milhões de casos fatais.

2. “Analfabetos tomam ônibus errado, pagam mais caro produtos cujo valor não sabem identificar, perdem-

se em lugares que nunca visitaram, esquecem-se de nomes e números que não podem anotar.”; os pronomes

relativos presentes nesse segmento do texto apresentam, respectivamente, como antecedentes:

a) produtos / lugares / nomes e números;

b) lugares / nomes e números;

c) valor / lugares / números;

d) valor / lugares / nomes e números;

e) lugares / números.

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TEXTO PARA A QUESTÃO 3

PETRÓLEO

Eduardo Frieiro

Os fatos desta vez deram razão a Monteiro Lobato. Existe o petróleo. Resta saber, e o grande escritor morreu

antes que pudesse observá-lo, resta saber se o cobiçado líquido brindará os brasileiros com uma vida decente,

ou fará do país outra Venezuela, onde, há um quarto de século, se põe fora, sem proveito para o povo, a

maior fartura petrolífera da América Latina. (1948)

3. “...e o grande escritor morreu antes que pudesse observá-lo,...”; neste segmento do texto, o pronome LO:

a) substitui petróleo, referido anteriormente no texto;

b) se refere a um termo ainda não expresso no texto;

c) se liga a fatos, no primeiro período do texto;

d) deveria estar colocado antes do auxiliar: o pudesse observar;

e) é expletivo, ou seja, pode ser retirado do texto sem prejuízo da mensagem.

TEXTO PARA A QUESTÃO 4

PARA PSICANALISTAS, PROPOSTA É AVANÇO

O Globo, 12/02/2004

Para psicanalistas, o projeto que propõe acabar com a prisão de usuários e dependentes de drogas é um

avanço. O psicanalista Eduardo Losicer diz que a nova resolução não restringe a liberdade do cidadão de usar

pequenas quantidades de drogas – em muitos casos para fins medicinais, como a maconha para glaucoma e

certas dores – e reduz as relações de corrupção entre a polícia e o usuário.

- O projeto ainda não retira o consumo de drogas do âmbito policial. O consumidor ainda é flagrado pela

polícia e deve ser apresentado a um juiz. Mas, pelo menos, não vai preso. A indicação de um tratamento, se

ele for um usuário compulsivo, é sem dúvida melhor que a exclusão social numa prisão – diz Losicer.

Para a psicanalista Lulli Milman, ao suspender a passagem obrigatória pela delegacia, o projeto melhora muito

a vida do usuário. Ela também destaca que a decisão de acabar com a prisão ajudará a diminuir a corrupção

policial. Lulli elogiou também o fim da obrigatoriedade de tratamento médico ou psicológico para o

consumidor de drogas:

– Ninguém é doente porque consumiu drogas. Mas acho um avanço que o juiz determine o pagamento de

cestas básicas ou a prestação de serviços comunitários, porque, como o consumo ainda é ilegal, os usuários

pagam um tributo à sociedade – diz Lulli.

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4. “Ela também destaca que a decisão de acabar com a prisão ajudará a diminuir a corrupção policial.”; o

vocábulo também nesse segmento:

a) refere-se ao mesmo fato que o outro psicanalista já destacou;

b) destaca outra coisa além do que já foi dito;

c) confirma o expresso pelo psicanalista anterior;

d) indica a presença de um antigo regimento na lei moderna;

e) mostra o avanço do novo projeto de lei.

Corrija os erros de coesão que ocorrem nas frases que seguem.

5. “Conheci Maria Elvira, onde me amarrei.”

6. “Ele sempre foi bom, porém honesto.”

7. “Os alunos não entenderam todos os assuntos. Assuntos estes que foram aprofundados.”

8. “Todos querem uma vaga na USP, mesmo sabendo que a USP faz exames de seleção rigorosos.”

9. “Os artistas sempre foram marginais. Eles têm, às vezes, momentos de glória, mas eles sobrevivem por

teimosia. Apesar de tudo – da fama e da decadência -, os artistas são uma espécie de espelho da sociedade.”

10. “Eles fugiam da polícia. A polícia foi mais rápida e prendeu eles.”

11. “Ele era escritor sério e ela era professora honesta e o poder cegou eles.”

12. “Há um grande número de pessoas que não entendem e não se interessam por política.”

13. “Lembrou-se que havia um bilhete. Bilhete este que desapareceu entre os velhos papéis da escrivaninha.”

14. “Fritz Muller preferia bacalhoada e Severina preferia feijoada. Ele, Fritz Muller, não sabia pedir e ela,

Severina, não sabia obedecer.”

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O Médico e o monstro

Paulo Mendes Campos

Avental branco, pincenê vermelho, bigodes azuis, ei-lo, grave, aplicando sobre o peito descoberto duma

criancinha um estetoscópio, e depois a injeção que a enfermeira lhe passa.

O avental na verdade é uma camisa de homem adulto a bater-lhe pelos joelhos; os bigodes foram pintados

por sua irmã, a enfermeira; a criancinha é uma boneca de olhos cerúleos, mas já meio careca, que atende pelo

nome de Rosinha; os instrumentos para exame e cirurgia saem duma caixinha de brinquedos.

Ela, seis anos e meio; o doutor tem cinco. Enquanto trabalham, a enfermeira presta informações:

- Esta menina é boba mesmo, não gosta de injeção, nem de vitamina, mas a irmãzinha dela adora.

O médico segura o microscópio, focaliza-o dentro da boca de Rosinha, pede uma colher, manda a paciente

dizer aaá. Rosinha diz aaá pelos lábios da enfermeira. O médico apanha o pincenê, que escorreu de seu nariz,

rabisca uma receita, enquanto a enfermeira continua:

- O senhor pode dar injeção que eu faço ela tomar de qualquer jeito, porque é claro que se ela não quiser, NE,

vai ficar muito magrinha que até o vento carrega.

O médico, no entanto, prefere enrolar uma gaze em torno do pescoço da boneca, diagnosticando:

- Mordida de leão.

- Mordida de leão, pergunta, desapontada, a enfermeira, para logo aceitar este faz de conta dentro do outro

faz de conta; eu já disse tanto, meu Deus, para essa garota não ir na floresta brincar com Chapeuzinho

Vermelho...

Novos clientes desfilam pela clínica: uma baiana de acarajé, um urso muito resfriado, porque só gostava de

neve, um cachorro atropelado por lotação, outras bonecas de vários tamanhos, um papai Noel, uma bola de

borracha e até mesmo o pai e a mãe do médico e da enfermeira.

De repente, o médico diz que está com sede e corre para a cozinha, apertando o pincenê contra o rosto. A

mãe se aproveita disso para dar um beijo violento no seu amor de filho e também para preparar-lhe um

copázio de vitaminas: tomate, cenoura, maçã, banana, limão, laranja e aveia. O famoso pediatra, com um

esgar colérico, recusa a formidável droga.

- Tem de tomar, senão quem acaba no médico é você mesmo, doutor.

Ele implora em vão por uma bebida mais inócua. O copo é levado com energia aos seus lábios, a beberagem é

provada com uma careta. Em seguida, propõe um trato:

- Só se você depois me der um sorvete.

A terrível mistura é sorvida com dificuldade e repugnância, seus olhos se alteram nas órbitas, um engasgo

devolve o restinho. A operação durou um quarto de hora. A mãe recolhe o copo vazio com a alegria da vitória

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e aplica no menino uma palmadinha carinhosa, revidada com a ameaça dum chute. Já estamos a essa altura,

como não podia deixar de ser, presenciado a metamorfose do médico em monstro.

Ao passar zunindo pela sala, o pincenê e o avental são atirados sobre o tapete com um gesto desabrido. Do

antigo médico resta um lindo bigode azul. De máscara preta e espada, Mr. Hyde penetra no quarto, onde a

doce enfermeira continua a brincar, e desfaz com uma espadeirada todo o consultório: microscópio,

estetoscópio, remédios, seringa, termômetro, tesoura, gaze, esparadrapo, bonecas, tudo se derrama pelo

chão. A enfermeira dá um grito de horror e começa a chorar nervosamente. O monstro, exultante, espeta-lhe

a espada na barriga e brada:

- Eu sou o Demônio do Deserto!

Ainda sob o efeito das vitaminas, preso na solidão escura do mal, desatento a qualquer autoridade materna

ou paterna, com o diabo no corpo, o monstro vai espalhando o terror a seu redor: é a televisão ligada ao

máximo, é o divã massacrado sob os seus pés, é um cometa indo tinir no ouvido da cozinheira, um vaso

quebrado, uma cortina que se despenca, um grito, um uivo, um rugido animal, é o doce derramado, a torneira

inundando o banheiro, a revista nova dilacerada, é, enfim, o flagelo à solta no sexto andar dum apartamento

carioca.

Subitamente, o monstro se acalma. Suado e ofegante, senta-se sobre os joelhos do pai, pedindo com doçura

que conte uma história ou lhe compre um carneirinho de verdade.

E a paz e a ternura de novo abrem suas asas num lar ameaçado pelas forças do mal.

OBS.: O texto foi adaptado às regras no Novo Acordo Ortográfico.

1. (EFOMM 2012) Considere-se os mecanismos de coesão textual, o utilizado por ELIPSE encontra-se na

opção:

a) (...) a criancinha é uma boneca de olhos cerúleos, mas já meio careca, que atende pelo nome de (...).

b) A mãe se aproveita disso para dar um beijo violento no seu amor de filho (...).

c) O médico segura o microscópio, focaliza-o dentro da boca de Rosinha, pede uma colher, manda a

paciente dizer aaá.

d) A terrível mistura é sorvida com dificuldade e repugnância, seus olhos se alterem nas órbitas (...).

e) Ainda sob o efeito das vitaminas, preso na solidão escura do mal, desatento a qualquer autoridade

materna ou paterna, com o diabo no corpo, o monstro vai (...).

2. (EPCAR 2012) Assinale a alternativa em que a reescrita do trecho abaixo mantém a correção gramatical, o

sentido original presente no texto, a coesão e a coerência.

“... um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas...”

a) A escola e o professor é processado por um aluno que recebeu nota baixa deles.

b) O professor de uma escola foi processado por um estudante porque dera a ele notas baixas.

c) A escola e o professor que dava notas baixas ao aluno fora por aquele processado.

d) A escola e o professor são processados por um estudante porque este recebeu notas baixas daquele.

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3. Una as orações de cada item em um só período, evitando repetições desnecessárias e empregando os

vários critérios de coesão que aprendeu.

a) O governo deve continuar trilhando o caminho da responsabilidade fiscal.

Deve trilhar esse caminho com critério.

Deve ampliar as perspectivas de crescimento econômico.

Não há dúvida a esse respeito

b) Savana caracteriza-se por vegetação rasteira e pequenas árvores ao estilo do cerrado.

A longa duração de períodos de seca impede o desenvolvimento de vegetação abundante.

A prática excessiva de queimadas provoca o surgimento das savanas.

c) A pessoa está em contato direto somente com a natureza e os animais.

A pessoa tem a sensação de ter rompido com o mundo.

A pessoa conhece a solidão propriamente dita.

d) Einstein escreveu uma série de artigos políticos na década de 40

Esses artigos políticos foram reunidos num livro

Esse livro evidencia a responsabilidade social do autor

e) O animal silvestre dissemina sementes.

O animal silvestre é essencial para o equilíbrio do meio ambiente.

As sementes atuam na reprodução e na recomposição da vegetação.

As sementes participam da cadeia alimentar e perpetuam a vida.

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EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO 1.

RESPOSTA: A

2.

RESPOSTA: A

3.

RESPOSTA: B

4.

RESPOSTA: A

5. Conheci Maria Elvira, por quem me apaixonei. Erros: emprego do conectivo (onde) e de impropriedade

vocabular (amarrei).

6. Ele sempre foi bom e honesto. Erro: emprego do conectivo (porém).

7. Os alunos não entenderam todos os assuntos que foram aprofundados. Erros: emprego errado do

anafórico "este" e de repetição desnecessária.

8. Todos querem uma vaga na USP, mesmo sabendo que ela faz exames de seleção rigorosos. Erro:

repetição desnecessária. Correção: uso do anafórico “ela”.

9. Os artistas sempre foram marginais. Têm, às vezes, momentos de glória, mas sobrevivem por teimosia.

Apesar de tudo — da fama e da decadência —, são uma espécie de espelho da sociedade. Erro: repetição.

Correção: Obter-se-ia a coesão por elipse do sujeito.

10. Eles fugiam da policia que os prendeu. Erro: repetição desnecessária. Correção: emprego de anafóricos

(que e os).

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11. Ele era escritor sério, e ela, professora honesta, mas o poder cegou-os (ou os cegou). Erros: repetição

desnecessária e uso inadequado do conectivo. Correção: elipse do verbo “ser”, uso do anafórico “os”,

emprego correto do conectivo “mas”.

12. Há um grande número de pessoas que não entendem política e não se interessam por ela. Erro: emprego

da mesma palavra relacional (preposição “por”) para verbos que regem preposições diferentes (erro de

unificação regencial). Correção: explicitar a regência do verbo entender (rege objeto direto, nesse contexto),

aproximar dele o termo “política” e retomá-lo depois com o anafórico “ela”, regido pela preposição “por”

(obrigatória para ligar objeto indireto)

13. Lembrou-se de que havia um bilhete que desapareceu entre os velhos papéis da escrivaninha. Erros: o

verbo “lembrar-se” rege preposição “de” (erro de emprego do conectivo), repetição (falta de anafórico).

Correção: preposição “de” obrigatória e uso do anafórico “que”.

14. Fritz Muller preferia bacalhoada, e Severina, fejjoada.Aquele não sabia pedir, e esta não sabia obedecer.

Erro: repetições desnecessárias. Correção: elipse do verbo “preferir” e uso dos anafóricos “aquele” e “esta”.

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EXERCÍCIOS DE COMBATE

1.

RESPOSTA: C

2.

RESPOSTA: D

3.

a) Não há dúvida de que o governo deve continuar trilhando o caminho da responsabilidade fiscal; deve,

porém, fazê-lo com critério, ampliando as perspectivas de crescimento econômico.

b) A prática excessiva de queimadas provoca o surgimento das savanas, área de vegetação rasteira e

pequenas árvores ao estilo do cerrado, características de regiões em que a longa duração de períodos de

seca impede o desenvolvimento de vegetação abundante.

c) Se a pessoa tem a sensação de ter rompido com o mundo, porque conhece a solidão propriamente dita,

está em contato direto somente com a natureza e os animais.

d) A responsabilidade social de Einstein evidencia-se no livro o em que reuniu uma série de artigos políticos

escritos na década de 40.

e) O animal silvestre é essencial para o equilíbrio do meio ambiente, pois dissemina sementes que atuam na

reprodução e na recomposição da vegetação, além de participar da cadeia alimentar, perpetuando a vida.