reboco caído nº23 versão pdf
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EDITORIAL
O que é o Especial Dureza Total? É o número que tá sain-do quando minha situação de sem grana (duro) está crôni-ca. Geralmente corro atrás de amigos colaboradores e con-sigo arrecadar fundos, mas dessa vez resolvi fazer em cimada hora e nem deu tempo para essa correria. Daí, comoestava mesmo querendo testar novos formatos, penseinesse tipo boletim informativo. Já dá para economizar naxerox, pois se trata de uma folha frente e verso, e dá paraencaixar alguma coisa. O correio também fica mais bara-to (a carta fica mais leve com apenas uma folha). E opróximo número? Não sei. Uma solução de cada vez.
LUTO (flor e não praga)Fonte: www.porlinhasretas.blogspot.com.br
Eu sei de uma florQue é bem colorida, com brilhinhos
Não causa nenhuma dorVisto que não tem nenhum espinho
Eu sei de uma florQue chamam de desgraçada
Só porque sua forma de amorOutras pessoas desagrada
Eu sei de uma florQue é sempre pisada
Não é praga, não, senhorMas é sempre pisada
E tem gente que tem ódio de florSó porque é diferente
É o monstro conservadorQue mata a flor da gente
Hoje tem mais uma florCaída pela calçada
Só acreditava no amorE hoje está despedaçada
Essa flor se chama JoãoEle nunca foi mal com ninguémEle foi largado morto no chão
Só porque ele era gay
Basta de matarem nossas flores!De condenarem nossos amoresO morte do João naquele diaFoi por culpa da homofobia
Essa praga, sim, mata milhares por anoE as mãos sujas do sangue de tanta gente
São de Malafaias, FelicianosQue espalham o ódio pelo que é diferente
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n 23 - ESPECIAL DUREZA TOTAL
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Instalada em frente ao Colégio Estadual Júlio deCastilhos, na Av. João Pessoa, Porto Alegre-RS, a Feiraconta com 11 barracas coletivas de comercialização reu-nindo grupos de expositores e expositores individuais, be-neficiando um contingente de cerca de 40 famílias.
Dentre os produtos em destaques estão peças emteares, venda de ervas medicinais, lençóis e cortinas. Já oBazar de Garagem, por meio de troca, compra ou vendade livros, discos, CDs, peças decorativas, roupas, utilida-des domésticas dentre outros artigos, incentiva a práticade reutilização, colaborando nas ações de sustentabilidadeambiental.
No coreto da Praça são desenvolvidas atividadesculturais e recreativas, com destaque para shows, capoei-ra, troca de livros, oficinas, e serviços assistenciais.
A Feira integra o programa de Economia Solidáriaonde grupos e indivíduos compartilham de uma práticaeconômica e social que tem como principais objetivos aautogestão e a cooperação no processo de produção ecomercialização de bens. Também visa a inclusão de pes-soas sem moradia que vivem ao longo dos últimos anos naPraça Piratini, pessoas idosas e comunidades que vivemem área de extrema vulnerabilidade social.
A Feira é uma atração permanente no calendárioda cidade e acontece todos os domingos, das 10h às 17h.A realização é da Associação dos Moradores e Amigos daRua Laurindo e Entorno – AMARLE e do Fórum Munici-pal de Economia Solidária de Porto Alegre – FMESPA,com apoio do Colégio Estadual Júlio de Castilhos e Se-cretaria da Economia Solidária e Apoio à Micro e Peque-na Empresa – SESAMPE/DIFESOL.Contato:amarlecontatos@hotmail.comwww.amarleinformes.blogspot.com.brwww.feiradapiratini.blogspot.com.br
Feira de Economia Solidária – Arte Artesanato e Bazarde Garagem da Praça Piratini.
LIVROS:
Mortes, injustiças e inferno na TerraPor Fabio da Silva Barbosa
É camelô sendo morto, famílias sendo escorraçadas desuas moradias, o sistema sempre favorecendo a quemtem mais do que precisa para viver… E o cara que seaborrece é perseguido, preso, torturado física, moral-mente e mentalmente, lançado em calabouços tristes einfectos.Mas eles dizem: Você pode votar. Estamos em umademocracia. Está tudo melhorando. … Eu perguntoentão: Melhorando para quem? Que democracia é essa?Votar em que ou quem? Para onde estamos caminhan-do? Até onde isso tudo vai? Acreditar em que ou quem?…E o trabalho de cegueira coletiva continua. O trabalhode manutenção das coisas como estão persiste cada vezmais elaborado. Mas já não é possível tapar o Sol coma peneira. Não se pode mais viver acomodado, olhadopara o próprio umbigo e fingindo não ter nada com isso.Os respingos da merda estão por toda parte e não hámais como ficar limpo. Todos somos partes, responsá-veis (querendo ou não) e ocupamos nosso espaço novácuo.Embora alguns ainda se esforcem para manter posturasinsensíveis e indiferentes, já não é mais possível. Ameritocracia é uma farsa, escolher quem vai tomar asdecisões que deveriam ser nossas não é o suficiente,ficar submisso a quem tem a pretensão de saber o que émelhor para a gente não é, no mínimo, digno.
“Já fazia muito tempo que assim não dá mais pra ficar”*
*Rubem Zachis