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Punho e mão

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COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 2

Índice

1 – INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 5

2 – ANATOMIA .......................................................................................................................................... 5

2.1 - Ossos ................................................................................................................................................ 5

2.1.2 - Rádio ........................................................................................................................................ 5

2.1.3 - Ulna .......................................................................................................................................... 5

2.1.4 - Punho e da mão ........................................................................................................................ 5

2.2 - Sistema Ligamentar ......................................................................................................................... 7

2.2.1 - Ligamento Radiocárpico Palmar (anterior ................................................................................ 8

2.2.2 - Ligamento Radiocárpico Dorsal (posterior) ............................................................................. 8

2.2.3 - Ligamento Colateral Ulnar (interno) ........................................................................................ 8

2.2.4 - Ligamento Colateral Radial (externo) ...................................................................................... 8

2.2.5 - Retináculo dos músculos flexores ou ligamento carpal transverso........................................... 8

2.3 - Sistema Nervoso ............................................................................................................................ 11

2.4 - Sistema Muscular ........................................................................................................................... 11

2.4.1 – Músculo Palmar Longo .......................................................................................................... 11

2.4.2 - Músculo Flexor Superficial dos Dedos................................................................................... 11

2.4.3 –Músculo Flexor Profundo Dos Dedos ..................................................................................... 12

2.4.4 – Músculo Flexor Radial Do Carpo .......................................................................................... 12

2.4.5 – Músculo Flexor Ulnar Do Carpo ........................................................................................... 12

2.4.6 – Músculo Extensor dos Dedos................................................................................................. 14

2.4.8 – Músculo Extensor Radial Curto ............................................................................................. 15

2.4.9 – Músculo Extensor Ulnar do Carpo ........................................................................................ 15

2.4.10 – Músculo Flexor Longo do Polegar ...................................................................................... 17

2.4.11 –Músculo Extensor Curto do Polegar ..................................................................................... 17

2.4.12 – Músculos Interósseos Palmares ........................................................................................... 17

2.4.13 – Músculos Interósseos Dorsais .............................................................................................. 18

2.4.14 – Músculos Lumbricais ........................................................................................................... 18

2.5 - Sistema Vascular ........................................................................................................................... 18

3 - FISIOLOGIA ARTICULAR ................................................................................................................ 19

4 – PATOLOGIAS ..................................................................................................................................... 22

4.1 - Síndrome do túnel do carpo ........................................................................................................... 22

5- DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DO PUNHO E MÃO ............................................................................ 23

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5.1 - Disfunção Posterior Rádio-Cárpica ............................................................................................... 24

5.2 - Disfunções dos ossos do carpo ...................................................................................................... 24

5.2.1 - Disfunção de flexão do escafóide ........................................................................................... 25

5.2.2 - Disfunção de extensão do escafoide ....................................................................................... 25

5.2.3 - Disfunção de flexão do semilunar .......................................................................................... 25

5.2.4 - Disfunção de extensão do semilunar ...................................................................................... 26

5.2.5 - Disfunção de flexão do capitato ............................................................................................. 26

5.2.6 - Disfunção de extensão do capitato ......................................................................................... 26

5.2.7 - Disfunção de flexão do piramidal ........................................................................................... 26

5.2.8 - Disfunção de extensão do piramidal ....................................................................................... 27

5.2.9 - Disfunção em extensão da articulação trapézio - metacarpeana ............................................. 27

5.2.10 - Disfunção em flexão da articulação trapézio – metacarpeana .............................................. 27

5.3 - Disfunção Posterior da Base dos Metacarpos ................................................................................ 27

6- AVALIAÇÃO DO PUNHO .................................................................................................................. 28

6.1 – Testes articulares ........................................................................................................................... 28

6.1.1 - Teste de mobilidade da articulação rádio-ulnar distal ............................................................ 28

6.1.2 - Teste de mobilidade dos ossos do carpo ................................................................................. 28

6.2 – Testes ortopédicos ......................................................................................................................... 29

6.2.1 - Teste de Fillkenstein ............................................................................................................... 29

6.2.2 - Teste de Phalen ....................................................................................................................... 29

7 – TÉCNICAS DE CORREÇÃO.............................................................................................................. 30

7.1 - Técnica Articulatória para a art. rádio-ulnar distal ........................................................................ 30

7.2 - Técnica de Thrust direta para disfunção rádio-cárpica posterior ................................................... 31

7.3 - Técnica de SNAP em extensão ...................................................................................................... 31

7.4 - Técnica de SNAP em flexão .......................................................................................................... 32

7.5 - Técnica articulatória para os ossos do carpo .................................................................................. 33

7.6 - Técnica articulatória para base dos metacarpos ............................................................................. 33

7.7 - Técnica direta para disfunção posterior da base do metacarpo ...................................................... 34

7.8 - Técnica de correção para da flexão da trapézio-metacarpeana ...................................................... 35

7.9 - Técnica de SNAP para correção da extensão da trapézio-metacarpeana ....................................... 35

7.10 - Liberação da fascia palmar .......................................................................................................... 36

7.11 – Liberação do ligamento palmar carpal ........................................................................................ 37

7.12 - Técnica de liberação dos músculos intrínsecos da mão ............................................................... 37

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8 - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 38

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1 – INTRODUÇÃO

O complexo articular do punho é formado por diversas articulações estabilizadas

por fortes ligamentos, porém estão susceptíveis a frequentes traumas podendo

apresentar disfunções importantes.

2 – ANATOMIA

2.1 - Ossos

2.1.2 - Rádio

A porção distal do rádio é o prolongamento de todas as faces do seu corpo,

formando como resultado desse processo uma estrutura côncava, a qual se articula com

os ossos do carpo. Em sua porção lateral esse prolongamento é denominado processo

estiloide do rádio e em sua porção medial incisura ulnar (superfície articular relacionada

ao movimento de pronação e supinação).

2.1.3 - Ulna

A porção distal da ulna apresenta-se como uma expansão arredondada

denominada cabeça da ulna com uma projeção medial denominada processo estiloide da

ulna. Como um contorno, na região lateral da ulna, percebe-se uma superfície articular

que se relaciona com a incisura ulnar do rádio durante o movimento de pronação e

supinação.

2.1.4 - Punho e da mão

Os ossos do esqueleto da mão podem ser divididos em 3 partes:

- Ossos do carpo - os oito ossos que compõem esse grupo se articulam entre si

dispondo-se em duas fileiras (proximal e distal) sendo mantidos em posição por fortes

tensões ligamentares. Na fileira proximal estão os ossos escafóide, semilunar, piramidal

e pisiforme e na fileira distal o trapézio, trapezóide, capitato e hamato (uncinado).

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A fileira proximal do carpo é convexa no sentido ântero-posterior e látero-medial,

articulando-se com a porção convexa do rádio. Já, a fileira distal articula-se com os

metacarpos

- Metacarpos – Os ossos do metacarpo são numerados de I a V de lateral para

medial. Os metacarpos podem ser divididos em base, corpo e cabeça, a qual se articula

com as falanges proximais correspondentes.

- Falanges – As falanges são divididas em base, corpo e cabeça, sendo que cada

dedo possuí a falange proximal, média e distal, exceto o polegar que apresenta apenas

falanges proximal e distal.

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2.2 - Sistema Ligamentar

A articulação do punho é formada pelas articulações radio-ulnar distal, rádio-

cárpica e média cárpica. A articulação rádio-ulnar distal é uma juntura trocóide formada

entre a cabeça da ulna e a incisura ulnar da extremidade inferior do rádio sendo unida

pela cápsula articular e pelo disco articular.

A cápsula articular é o conjunto de feixes de fibras inseridas nas margens da

incisura ulnar e na cabeça da ulna com dois espessamentos denominados ligamento

radioulnar ventral e radioulnar dorsal. O disco articular localizado sob a cabeça da ulna

une firmemente as extremidades inferiores da ulna e do rádio.

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A articulação rádio-cárpica é formada pelos seguintes ligamentos:

2.2.1 - Ligamento Radiocárpico Palmar (anterior)

É um largo feixe membranoso inserido na margem anterior da extremidade

distal do rádio, no seu processo estiloide e na face palmar da extremidade distal da ulna.

Suas fibras se dirigem distalmente para inserir-se nos ossos escafóide, semilunar e

piramidal.

2.2.2 - Ligamento Radiocárpico Dorsal (posterior)

Menos espesso e resistente que o palmar. Sua inserção proximal é na borda

posterior da extremidade distal do rádio apresentando suas fibras obliquamente no

sentido distal e ulnar, fixando-se nos ossos escafóide, semilunar e piramidal.

2.2.3 - Ligamento Colateral Ulnar (interno)

É um cordão arredondado inserido proximalmente na extremidade do processo

estiloide da ulna e distalmente nos ossos piramidal e pisiforme.

2.2.4 - Ligamento Colateral Radial (externo)

Estende-se do processo estiloide do rádio para o lado radial do escafóide.

2.2.5 - Retináculo dos músculos flexores ou ligamento carpal transverso

Estende-se do trapézio e escafóide até o hamato e pisiforme.

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Alem dos ligamentos citados anteriormente, existem os atuantes na articulação

mediocárpica que são os seguintes: ligamento pisouncinado, ligamento

pisometacárpico, ligamento lunatocapital, ligamento triqueto-capital, ligamento

trapézio-escafóide e ligamento triqueto-hamatal. Esses, conforme pode se observar,

levam o nome de acordo com suas inserções nos ossos do carpo.

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2.3 - Sistema Nervoso

A inervação da mão e do punho é realizada pelos nervos mediano, radial e ulnar.

O trajeto e a inervação correspondente a estes nervos foram descritos na caracterização

do cotovelo.

2.4 - Sistema Muscular

O sistema muscular do antebraço pode ser dividido em anterior (camadas

superficial e profunda) e posterior (superficial e profunda).

Entre os músculos pertencentes à porção anterior estão:

2.4.1 – Músculo Palmar Longo

Inserção Proximal: Epicôndilo Medial.

Inserção Distal: Aponeurose palmar e retináculo dos flexores.

Inervação: Nervo Mediano.

Ação: Flexão do punho, tensão da aponeurose palmar e retináculo dos flexores

2.4.2 - Músculo Flexor Superficial dos

Dedos

Inserção Proximal: Epicôndilo medial,

processo coronóide da ulna e ligamento

colateral ulnar.

Inserção Distal: Face anterior da falange

intermédia do 2º ao 5º dedos.

Inervação: Nervo Mediano

.Ação: Flexão de punho e da IFP - 2º ao 5º dedos

Músculo Flexor Superficial dos Dedos

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2.4.3 –Músculo Flexor Profundo Dos Dedos

Inserção Proximal: Face anterior dos ¾ proximais da ulna e do rádio e membrana

interóssea.

Inserção Distal: Face anterior da falange distal do 2º ao 5º dedos.

Inervação: Nervo Mediano (C8 - T1): 2º e 3º dedos. Nervo Ulnar (C8 - T1): 4º e 5º

dedos.

Ação: Flexão de punho, IFP e IFD do 2º,3°,4° e 5º dedos

2.4.4 – Músculo Flexor Radial Do Carpo

Inserção Proximal: Epicôndilo medial.

Inserção Distal: Face

anterior do 2º metacarpal.

Inervação: Nervo Mediano

Ação: Flexão do punho e

desvio radial.

2.4.5 – Músculo Flexor Ulnar Do Carpo

Inserção Proximal: Epicôndilo medial.

Inserção Distal: Osso pisiforme, hamato e 5º metacarpal.

Inervação: Nervo Ulnar.

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Ação: Flexão de punho e desvio ulnar.

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Os músculos localizados na região posterior do antebraço são responsáveis pelos

movimentos de extensão do punho e dedos. Os músculos posteriores com suas

respectivas inserções são os seguintes:

2.4.6 – Músculo Extensor dos Dedos

Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero.

Inserção Distal: Falanges média e distal do 2º ao 5º dedos.

Inervação: Nervo Radial.

Ação: Extensão de punho, MF, IFP e IFD do 2º ao 5º dedos

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2.4.7 – Músculo Extensor Radial Longo

Inserção Proximal: Face lateral do 1/3 distal da crista supracondiliana do úmero.

Inserção Distal: Face posterior do 2º metacarpal.

Inervação: Nervo Radial.

Ação: Extensão do punho e desvio radial

2.4.8 – Músculo Extensor Radial Curto

Inserção Proximal: Face lateral do 1/3 distal da crista supracondiliana do úmero.

Inserção Distal: Face posterior do 2º metacarpal.

Inervação: Nervo Radial.

Ação: Extensão do punho e desvio radial.

2.4.9 – Músculo Extensor Ulnar do Carpo

Inserção Proximal: Epicôndilo lateral do úmero.

Inserção Distal: Base do 5º metacarpal.

Inervação: Nervo Radial.

Ação: Extensão do punho e desvio ulnar.

Músculos Extensor Radial Longo e Curto do

Carpo

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2.4.10 – Músculo Flexor Longo do Polegar

Inserção Proximal: Face anterior do rádio, membrana interóssea, processo coronóide da

ulna e epicôndilo medial do úmero.

Inserção Distal: Falange distal do polegar.

Inervação: Nervo Mediano.

Ação: Flexão da IF do polegar.

2.4.11 –Músculo Extensor Curto do Polegar

Inserção Proximal: Face posterior do rádio e membrana interóssea.

Inserção Distal: Face dorsal da falange proximal do polegar.

Inervação: Nervo Radial.

Ação: Extensão do polegar

2.4.12 – Músculos Interósseos Palmares

Inserção Proximal: diáfise dos metacarpos.

Inserção Distal: base da falange proximal.

Inervação: N. Ulnar.

Ação: adução dos dedos

Músculo Flexor Longo do

Polegar

Músculo Flexor Longo do Polegar

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2.4.13 – Músculos Interósseos Dorsais

Inserção Proximal: Metacarpos.

Inserção Distal: base da falange proximal.

Inervação: N. Ulnar.

Ação: abdução dos dedos

2.4.14 – Músculos Lumbricais

Inserção Proximal: tendão do flexor profundo dos

dedos.

Inserção Distal: aponeurose extensora.

Inervação: N. mediano.

Ação: flexão da falange proximal e extensão das

falanges média e distais.

2.5 - Sistema Vascular

Conforme relatado na descrição anatômica do cotovelo, a vascularização do

membro superior é feita pela artéria braquial que ao cruzar a articulação do cotovelo se

divide em artéria radial e ulnar que associadas são responsáveis pela nutrição do punho

e da mão.

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3 - FISIOLOGIA ARTICULAR

O punho possui dois eixos de movimento,

um transversal responsável pelo movimento de

flexão e extensão e outro anteroposterior

responsável pelo movimento de abdução (desvio

radial) e adução (desvio ulnar). A utilização

combinada destes dois eixos permite o movimento

de circundução. Sua capacidade de movimentação se

acrescenta a prono-supinação dando mais

possibilidades de movimentos para a mão.

Os dois eixos passam pelo osso capitato, que representa o centro de todos os

movimentos que existem nessa articulação. Em posição neutra, os movimentos de

flexão e extensão têm aproximadamente a mesma amplitude de 85 graus. Já, os

movimentos de inclinação ulnar e radial atingem uma amplitude de 45 e 15 graus,

respectivamente.

O complexo articular do punho inclui duas articulações:

1. Articulação rádio-carpeana localiza-se entre a porção inferior do rádio e os ossos da

fileira superior do carpo (escafóide, semilunar, piramidal e pisiforme)

2. Articulação médio-carpeana entre a fileira superior e a fileira inferior do carpo

(trapézio, trapezóide, capitato e hamato).

Representação do formato condilar da glenóide

antebraquial

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A articulação rádio-carpeana é uma articulação condilar, a superfície é convexa

no sentido anteroposterior e no sentido transversal. A ulna não tem contato com os

ossos da primeira fila do carpo, já que se encontra separada pelo ligamento triangular.

Em repouso a orientação da glenóide antebraquial (plano frontal) é para cima e

para dentro, permanecendo “centralizada” entre o radio e a ulna. Durante o movimento

de desvio ulnar, ocorre a estabilização do côndilo na glenóide pela força de compressão

de origem muscular. Já, durante o desvio radial, a força de compressão dos músculos

tenderiam a uma instabilidade devido ao posicionamento do côndilo em relação a

glenóide porém a tensão dos ligamentos rádio-piramidais anterior e posterior garantem a

centralização do côndilo.

Durante o movimento de flexão sob pressão das forças musculares, a fila

proximal se desliza para cima e posteriormente; enquanto que durante a extensão desliza

anteriormente. A limitação é dada pela tensão ligamentar posterior e anterior

respectivamente.

A B C

Representação da posição da art. Radio-carpica em repouso (A), em devio ulnar (B) e desvio radial

(C)

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Com relação às articulações metacarpofalangeana e interfalangeanas essas são

classificadas como sinoviais do tipo condilar e troclear, respectivamente.

As metacarpofalangeanas são formadas pelas junções entre os metacarpos

(convexos) e falanges (côncavas). Durante o movimento de flexão e extensão a falange

se move em relação ao metacarpo e a estabilidade durante o movimento ocorre pela

tensão dos ligamentos laterais e devido à contração dos flexores superficiais e

profundos, no momento da flexão, e pelo extensor comum, no momento da extensão.

Estabilizadores da flexão e extensão

Art. Metacarpofalangeana

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As interfalangeanas são as articulações entre as falanges proximais - médias e

entre as falanges médias – distais (exceção ao polegar pois esse apresenta apenas as

falanges proximal e distal). A porção distal da falange é convexa (cabeça) e a porção

proximal (base) é côncava.

Os ligamentos que estabilizam essas articulações são os ligamentos laterais e os

falangoglenóides, alem da cápsula articular.

4 – PATOLOGIAS

4.1 - Síndrome do túnel do carpo

Fisiopatologia

O edema e a inflamação das bainhas dos flexores provocam uma compressão do

nervo mediano no ligamento transverso do carpo (anular), que pode estar mais espesso.

Existem associadas fixações dos ossos do carpo.

O nervo mediano está isquêmico pela flexão-extensão do punho (mecanismo

vascular), pela flexão-extensão dos dedos que diminui a luz do canal do carpo. Às vezes

a diminuição da luz do canal pode ser conseqüência de fraturas.

Do ponto de vista Osteopático, as causas mais freqüentes são a retração do

ligamento carpal e as disfunção anteriores dos ossos do carpo, que comprimem o nervo

mediano. O ápice do arco se funde, as inserções do ligamento sobre o escafóide e

pisiforme se separam, o que produz um estiramento do ligamento, diminuindo a luz do

canal.

Articulações Interfalangeanas

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Entre os sintomas estão a diminuição da força muscular, sobretudo o adutor

curto, oponente e flexor curto do polegar, parestesia nos 3 primeiros dedos e dor

noturna que desperta o paciente.

Para o diagnóstico clínico, alêm dos sintomas relacionados anteriormente, o

paciente deve apresentar o teste de Phalen positivo.

5- DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DO PUNHO E MÃO

Na prática clínica de um Osteopata, os tratamentos de problemas tanto do pé/

tornozelo, como do punho/mão, requerem uma abordagem particular. As alterações de

atividade miofascial (hiperatividade) parecem ser insuficientes para justificar as

fixações. Sugere-se que as disfunções sejam puramente articulares com alteração da

densidade, tixotropismo e arquitetura de elementos fasciais envolvidos.

Quando é realizada uma análise detalhada dos problemas no punho e mão, deve-

se lembrar de alguns aspectos que podem ser relevantes nesta região:

problemas de origem cervical – inervação sensoriomotora.

problemas de origem neurovascular - síndrome do desfiladeiro escapulo-

torácico.

neuropatia de compressão periférica (síndrome do túnel do carpo, do pronador

redondo, do canal de Guyon).

distúrbios mecânicos funcionais secundários a problemas em segmentos

vizinhos ou mais distantes - coluna vertebral, transição C7-T1, primeira costela,

sistema mastigador, cintura escapular, cotovelo, etc.

dor referida miofascial.

disfunções primárias na coluna torácica alta T1-T4 – centro vasomotor dos

membros superiores.

disfunções na coluna torácica alta (T1-T4) secundárias à distúrbios viscerais –

coração, pulmões, etc.

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Punho e mão

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patologia inflamatória.

Patologia com necrose avascular (doença de Kienbock).

5.1 - Disfunção Posterior Rádio-Cárpica

Pode acontecer em queda sobre a mão ou em uma pronação forçada. Existe uma

fixação posterior do rádio em relação ao carpo.

Dor em todo punho, principalmente quando apoia a mão com o punho estendido.

Restrição de mobilidade na extensão do punho, por dificuldade de deslizamento anterior

do rádio.

No teste de mobilidade da radioulnar inferior, o rádio não desliza anteriormente

em relação à ulna.

5.2 - Disfunções dos ossos do carpo

Consistem em deslizamentos de um ou vários ossos do carpo, em extensão

(anterioridade) ou em flexão (posterioridade).

Na mão existem algumas possibilidades de disfunção:

- disfunções globais de ossos do carpo com relação ao rádio.

- perda dos movimentos menores entre os diferentes ossos do carpo.

- disfunções das bases dos metacarpianos.

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Punho e mão

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Para uma análise detalhada, é importante tomar contato com cada osso e

perceber se realiza deslizamento anterior e posterior na flexão/extensão permitindo fazer

a classificação da disfunção

5.2.1 - Disfunção de flexão do escafóide

Disfunção posterior do escafoide em relação ao trapézio decorrente ao

movimento de supinação forçada associada ou não a flexão de punho.

Os sintomas apresentados são dor a palpação do escafoide (saliência) e na zona

do ligamento colateral lateral, restrição, por dor na região, do movimento de extensão

do punho, dor durante o movimento de desvio radial e restrição ao movimento de

extensão e abdução do polegar.

5.2.2 - Disfunção de extensão do escafoide

Disfunção anterior do escafoide em relação ao trapézio decorrente ao

movimento de pronação forçada associada a extensão de punho.

Os sintomas apresentados são dor a palpação do escafoide (depressão) e na zona

do ligamento colateral lateral, restrição, por dor na região, do movimento de flexão do

punho, dor durante o movimento de desvio radial e restrição ao movimento de adução

do polegar.

5.2.3 - Disfunção de flexão do semilunar

Disfunção posterior do semilunar em relação ao capitato decorrente ao

movimento de pronação forçada associada à flexão de punho.

Os sintomas apresentados são dor a palpação (saliência) do semilunar e restrição

no teste de mobilidade específico.

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Punho e mão

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5.2.4 - Disfunção de extensão do semilunar

Disfunção anterior do semilunar em relação ao capitato decorrente ao

movimento de supinação forçada associada a extensão de punho.

Os sintomas apresentados são dor a palpação na parte dorsal (depressão) e na

face palmar do semilunar, restrição ao movimento de flexão do punho e no teste de

mobilidade específico.

5.2.5 - Disfunção de flexão do capitato

Disfunção posterior do capitato em relação ao semilunar decorrente ao

movimento de pronação forçada associada à flexão de punho.

Os sintomas apresentados são dor a palpação (saliência) do capitato na face

dorsal, restrição ao movimento de extensão do punho e no teste de mobilidade

específico.

5.2.6 - Disfunção de extensão do capitato

Disfunção anterior do capitato em relação ao semilunar decorrente ao

movimento de supinação forçada associada a extensão de punho.

Os sintomas apresentados são dor a palpação na parte dorsal (depressão),

restrição ao movimento de flexão do punho e no teste de mobilidade específico.

5.2.7 - Disfunção de flexão do piramidal

Disfunção posterior do piramidal em relação ao hamato decorrente ao

movimento de pronação forçada e desvio ulnar associada a flexão de punho.

Os sintomas apresentados são dor a palpação (saliência) do piramidal na face

dorsal, restrição ao movimento de extensão do punho e no teste de mobilidade

específico.

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Punho e mão

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5.2.8 - Disfunção de extensão do piramidal

Disfunção anterior do piramidal em relação ao hamato decorrente ao movimento

de desvio radial associada a extensão de punho (apoio durante a queda).

Os sintomas apresentados são dor a palpação (depressão) do piramidal na face

dorsal, restrição ao movimento de flexão do punho e no teste de mobilidade específico.

5.2.9 - Disfunção em extensão da articulação trapézio - metacarpeana

Fixação anterior da base do primeiro metacarpo e do trapézio.

O sintoma apresentado é dor no polegar, sobretudo durante a oponência

(polegar-dedo mínimo) e o diagnóstico é dado pela restrição do movimento de flexão do

polegar.

5.2.10 - Disfunção em flexão da articulação trapézio – metacarpeana

Fixação posteroexterna da base do 1º meta e uma flexão do trapézio em relação

ao 1º metacarpo.

O sintoma apresentado é dor na base do polegar e eminência tênar.

O diagnóstico é dado pela presença de pontos gatilho na eminência tênar na

altura da articulação, no adutor do polegar e a restrição do movimento de extensão do

polegar.

5.3 - Disfunção Posterior da Base dos Metacarpos

Ocorre devido a um traumatismo direto sobre a mão; como um soco. Ocorre

uma disfunção posterior da base do metacarpo em relação aos ossos da segunda fila do

carpo.

Esta disfunção está associada a uma rotação axial do metacarpiano, devido ao

espasmo dos interósseos. É comum vir acompanhada de uma disfunção anterior dos

ossos do carpo.

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COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 28

Apresenta dor no dedo correspondente.

Na palpação, há deslizamento posterior da base do metacarpo na face dorsal da

mão. O diagnóstico se dá pela palpação da face dorsal da mão, buscando encontrar uma

saliência na base do metacarpiano. Para se confirmar a disfunção, é necessário testear o

deslizamento anterior da base dos metas e encontrar a fixação.

O paciente pode ter diminuição da força de preensão.

6- AVALIAÇÃO DO PUNHO

6.1 – Testes articulares

6.1.1 - Teste de mobilidade da articulação rádio-ulnar distal

Com o antebraço em pronação tomar contato com a porção distal do rádio e

ulna, uma mão com polegar na parte posterior do rádio e índice na parte anterior. A

outra mão toma o mesmo contato na ulna. O teste consiste em tentar realizar um

deslizamento anterior do rádio em relação à ulna.

6.1.2 - Teste de mobilidade dos ossos do carpo

Tomar contato com cada osso e analisar a densidade dos tecidos e possíveis

alterações de sensibilidade por parte do paciente.

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COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 29

Em seguida deve-se perceber se cada pequeno osso realiza deslizamento anterior

e posterior na flexão/extensão.

Busca-se restrição destes ossos individualmente nos movimento passivos de

flexão e extensão

6.2 – Testes ortopédicos

6.2.1 - Teste de Fillkenstein

Paciente sentado ou em pé com o ombro

em flexão de 90 graus e cotovelo totalmente

estendido. De forma ativa o paciente deve

posicionar em adução e flexionar os dedos de

forma a permanecer com o polegar na palma da

mão. Em seguida, o paciente deve realizar o

movimento de desvio ulnar. Caso relate dor e

diminuição da amplitude do movimento o teste é

considerado positivo. Para confirmação, o teste

deve ser feito de forma bilateral.

6.2.2 - Teste de Phalen

Paciente sentado ou em pé com o cotovelo em flexão de 90 graus permitindo um

contato completo entre as duas superfícies dorsais das mãos. Atingindo uma flexão de

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90 graus de punho o paciente deve permanecer por 30 segundos. Caso relate nesse

período dor local ou irradiada para o dedo médio o teste é considerado positivo.

Uma segunda opção, denominada teste de Phalen invertido, é posicionar o

paciente com um contato entre as palmas das mãos, resultando em uma extensão de 90

graus. Caso apresente os sintomas citados acima o teste é confirmado como positivo.

7 – TÉCNICAS DE CORREÇÃO

7.1 - Técnica Articulatória para a art. rádio-ulnar distal

Com o antebraço em pronação tomar

contato com a porção distal do rádio e ulna,

uma mão com polegar na parte posterior do

rádio e índice na parte anterior.

A outra mão toma o mesmo contato

na ulna. A técnica consiste em realizar

movimentos rítmicos com intensidade

moderada.

Teste de

Phalen

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7.2 - Técnica de Thrust direta para disfunção rádio-cárpica posterior

Paciente sentado com a mão em

disfunção apoiando sua região anterior na

maca.

Osteopata em pé de frente para o

paciente.

Sua mão externa toma contato na

mão do paciente (polegar posterior e os

outros dedos na região anterior).

A mão interna toma contato

pisiforme na parte distal e posterior do

rádio.

Reduzir o slack fazendo uma pequena tração coma mão externa para decoaptar a

articulação e levando o rádio na direção do solo com mão interna. O thrust é realizado

com a mão interna levando o rádio para anterior.

7.3 - Técnica de SNAP em extensão

Esta técnica se realiza para disfunções posteriores dos ossos do carpo. Paciente

sentado.

Osteopata em pé de frente para o paciente, tomando contato com os polegares

sobrepostos na parte posterior do osso bloquedo. O resto dos dedos toma contato com a

região tênar e hipotênar da mão do paciente.

O osteopata realiza extensão do punho do paciente e tração na direção do solo

para decoaptar a articulação.

O thrust se realiza com um impulso dos polegares levando o osso de posterior

para anterior.

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Punho e mão

COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 32

7.4 - Técnica de SNAP em flexão

Esta técnica se realiza para

disfunções anteriores.

Paciente sentado com membro

superior e flexão de 90 graus e

cotovelo estendido.

Osteopata em pé na frente do

paciente.

Toma contato com os

indicadores sobrepostos na região

anterior do osso bloqueado. As regiões

tênares das mãos tomam contato na

região posterior da mão do paciente.

Levar o punho do paciente em flexão e realizar tração no sentido do osteopata

para decoaptar enquanto os indicadores empurram o osso de anterior para posterior.

Pedir para o paciente realizar uma leve tração do braço na sua direção e realizar um

thrust com contração explosiva trazendo os contatos na direção do osteopata.

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7.5 - Técnica articulatória para os ossos do carpo

Paciente sentado.

Osteopata em pé na frente do

paciente.

Tomar contato com a mão do

paciente, sendo que os dedos ficam na

parte anterior da mão e as regiões

tênares das mãos ficam sobrepostos na

região posterior dos ossos bloqueado.

A técnica consiste em realizar movimentos combinado de flexo-extensão, desvio

radial e ulnar e circunduções do punho para estirar os ligamentos e devolver a

mobilidade para o osso bloqueado.

7.6 - Técnica articulatória para base dos metacarpos

Paciente em decúbito dorsal.

Osteopata sentado ao seu lado.

Com a mão cefálica toma contato com o polegar na parte posterior da base do

metacarpo lesionado. Com a mão caudal cruzar os dedos com os dedos do paciente.

A técnica consiste em primeiro tracionar com a mão caudal para decoaptar e

depois mantendo esta tração realizar uma extensão se opondo ao contato do polegar e a

partir daí fazer movimentos em “8” com a mão caudal no sentido da extensão do

metacarpo.

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Punho e mão

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7.7 - Técnica direta para disfunção posterior da base do metacarpo

Paciente sentado com a mão apoiada na maca.

Osteopata em pé na frente do paciente. Sua mão externa toma contato com a

mão do paciente envolvendo suas falanges.

A mão interna toma um contato pisiforme na parte posterior da base do

metacarpo em disfunção. Realizar uma tração com a mão externa para impor tensão na

articulação e reduzir o slack levando a base do metacarpo na direção do solo.

O thrust se realiza com a mão interna dando um impulso no sentido da maca.

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7.8 - Técnica de correção para da flexão da trapézio-metacarpeana

Paciente sentado.

Osteopata sentado ao lado, no lado a ser

trabalhado. Tomar contato com a mão do

paciente da seguinte forma:

- a mão interna toma contato com o

trapézio (polegar posterior e indicador anterior);

- a mão externa toma o mesmo contato

na região proximal do primeiro metacarpo.

Inicialmente fazer uma leve tração para decoaptar a articulação e depois com a

mão externa fazer uma rotação externa e extensão do primeiro meta. Quando estes

parâmetros forem atingidos, o polegar que está em contato com o trapézio vai se

sobrepor ao polegar da mão externa. O thrust se realiza aumentado o parâmetro de

extensão do polegar.

7.9 - Técnica de SNAP para correção da extensão da trapézio-metacarpeana

Paciente sentado. Osteopata em pé de frente para o paciente.

Com a mão interna toma contato com o polegar na face dorsal da articulação

trapéziometacarpeana e os dedos na face anterior da mão. A mão externa toma contato

com o polegar sobreposto ao outro e os dedos na face anterior da mão.

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Punho e mão

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Elevar o membro superior do paciente em flexão de 90 graus, realizar uma

tração do polegar na direção do osteopata e levar o polegar em flexão. Pedir para o

paciente tracionar seu membro superior na sua direção e realizar um thrust aumentando

a flexão do polegar.

7.10 - Liberação da fascia palmar

Paciente em decúbito dorsal com

antebraço em supinação.

O Osteopata toma contato utilizando do

seu 4 e 5 dedo de forma bilateral com o dedo

mínimo do paciente (medialmente) e com o

polegar (lateralmente). Estirar de forma rítmica,

associando a extensão do punho e o afastamento

das mãos.

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Punho e mão

COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 37

7.11 – Liberação do ligamento palmar carpal

Paciente em decúbito dorsal com o cotovelo em extensão e antebraço em

supinação.

O Osteopata toma contato com suas duas mãos deixando as falanges na face

dorsal da mão do paciente e os polegares tomando contato na face ventral do punho

(ligamento carpal).

A técnica consiste em combinar os movimentos de extensão do punho, levar os

ossos do carpo na direção anterior e também deslizar os polegares de medial para lateral

sobre o ligamento. Os movimentos devem ser realizados de forma rítmica na barreira

motriz.

7.12 - Técnica de liberação dos músculos intrínsecos da mão

Paciente em decúbito dorsal com antebraço em pronação.

O Osteopata toma contato com polegares na face dorsal do punho, entre os

metacarpos, afastando-os de forma bilateral.

Pode ser feito um deslizamento profundo com o polegar entre os metacarpos,

atuando diretamente sobre os músculos intrínsecos da mão.

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Costelas

COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 38

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Manole.

Moviment

os da

primeira

costela

durante a

rotação

cervical

Moviment

os da

primeira

costela

durante a

extensão

cervical

Moviment

os da

primeira

costela

durante a

flexão

cervical

Relações

anatômica

s da

primeira

costela

Face

superior

da

primeira

costela