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SAÚDE & BEM-ESTAR A multa para o lixo na rua e os prejuízos do acúmulo em casa GARIMPO CULTURAL Monólogos, teatro infantil e o Festival do Rio de cinema POR DENTRO DA FOLHA CARIOCA 12 anos de vida e 1 ano de nosso novo projeto Jam Session durante o show "Rock pela Paz", no Teatro Odisséia, em destaque o vocalista Geffe Greco

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SAÚDE & BEM-ESTARA multa para o lixo na rua e os prejuízos do acúmulo em casa

gARiMpo culTuRAlMonólogos, teatro infantil e o Festival do Rio de cinema

poR DENTRoDA FolHA cARiocA12 anos de vida e 1 ano de nosso novo projeto

Jam Session durante o

show "Rock pela paz",

no Teatro odisséia, em

destaque o vocalista

geffe greco

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EDITORIAL & SUMÁRIO

CAPA:COLUNAS & ARTIGOS

05 Arlanza Crespo Qem é Quem

06 Sandra Jabour

10 Samantha Quintans

11 Lilibeth Cardozo

26 Oswaldo Miranda

27 Gisele Gold

28 Tamas

30 Iaci Malta

32 Haron Gamal

33 Alexandre Brandão No Osso

• Galeria de imagens

• Banda Calibre Zero na lutacontra a violência urbana

• Endereços e contatos dos bares de rock

• Galeria de vídeos antológicos

ESPECIAL ROCK´N´ROLL CARIOCANA WEB

Homenagens ao universo masculino

ARTE & CULTURA

24

18

GARIMPO CULTURAL

Reunir os amigos para ouvir um som. Este é o espírito

presente em quase todas as casas e espaços da cidade

dedicados ao bom, velho e (de preferência) alto rock’n’roll.

Nesta edição, a Folha fala de roqueiros, amantes do gênero musical, e, como a cidade tem muitas surpresas, não é nada impossível o leitor encontrar lugares em que só se toca ou se faz rock. Nosso jornalista Fred Alves apresenta boas dicas de lugares na cidade onde o rock é som nas caixas e nas veias. Nossos colunistas dão o que falar. Iaci Malta, agora se chama Maria e numa ideia, inspirada num hóspede, que de tem-po em tempos muda de nome, se rebatiza! Lilibeth divide, em Os Sustos e Delícias de ser avó, a emoção de um momento feminino cada vez mais comum ás mulheres que estão longe de ser as vovozinhas das ilustrações dos livros infantis.

Alexandre Brandão, em sua crônica faz com muito humor, um aconselhamento que qualquer leitor vai adorar guardar para, quem sabe, um dia seguir. A Samantha Quintans, atualíssima, escreve sobre como se pode, organizando e acariciando, não fazer de nossas casas um lixo, evitando multas bem mais altas que aquelas do lixo jogado nas ruas.

Falando em gastronomia esta edição está saborosa.

Tem poesia, literatura e olho na mídia.

POR DENTRODA FOLHA

COMES & BEBES

GOSTO CARIOCA:Uma fábrica de delícias

Teatro e cinema paraadultos e para a criançada

12

Todo dia é dia de

12 anos de estrada e 1 ano do novo projeto 25

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A RLANZA CRESPO | QUEM É QUEM [email protected]

Criança Esperança,da Faetec, que ofe-rece cursos e faculdade gratuitos. Falou da Nobrearte, uma escola de boxe profissional, dos vários hostels, do ecoturismo, do famoso Bar da Gilda (é só acessar a internet), do Meninos de Luz, da creche, do Afroreggae, do CRJ, com cursos de manequim e modelo. Falou também do hospital da família, do dentista gratuito, das igrejas. Falou também da acessibilidade mais moderna de todas as comunidades: o elevador panorâmico da Barão da Tor-re. Além dos acessos pela Sá Ferreira, Sain Romain, Alberto de Campos e Arpoador. Ele, que trabalha na Del-fim Moreira, vai todo dia a pé para o trabalho. "Fui educado com qualidade

Engraçado como nós cariocas não conhecemos nossa cidade. Lem-bro que em 1968 conheci Grumari levada por dois primos paulistas. Eu (mais carioca impossível) nunca tinha ouvido falar dessa praia. Assim foi também com o Cristo, onde só fui três vezes. Mas porque estou falando tudo isso? É que quando minha filha começou a fazer uns cursos na Faetec, que fica no Morro do Cantagalo, eu lembrei que era no mesmo prédio onde,em 1970 eu ia namorar na boite Berro D'Agua, do extinto Panorama Palace Hotel.

Quero dar a volta ao mundo

para! No momento estuda Inglês, Es-panhol, Francês, informática, Autocad e teatro. Faz também yoga, tai chi chuan e um pouco de boxe. Fora isso é agente de turismo e trabalha no Ho-tel Marina como "order taker", ou seja, aquele que comanda o hotel todo nos pedidos (logística administrativa). Tudo isso somado às duas horas diárias de internet e às 8 horas imprescindíveis de sono, é um pequeno resumo do dia a dia a do Cleidiston, que ainda visita todas as exposições e vê todos os filmes e peças de teatro que pode. Se ele fica cansado? Claro que não! Ele ama trabalhar e ele mesmo se define como um "workholic".

Conversamos também sobre a comunidade, onde ele se entrosou com facilidade e que conhece como a palma da mão.

Me falou do MUF (Museu da Fave-la), que conta a história da comunidade e dá curso de capacitação;falou do

Me bateu a maior saudade e re-solvi ir até lá para rever o lugar. Acabei me inscrevendo no curso de Francês. A professora é ótima e a turma muito interessante. Logo na primeira aula conheci o Cleidiston, e a professora disse que ele era da comunidade, e se precisássemos de ajuda para conhecer os vários caminhos de acesso era só falar com ele. Fui logo me apresentan-do e uma semana depois já éramos amigos de infância. .

Cleidiston Celeres dos Santos nasceu no dia 7/7/77 em Brasília. O pai é militar e a mãe médica. Ele resolveu morar sozinho e alugou um apartamento bem no alto do morro com uma vista indescritível de 360º. Está lá há 4 anos e não pretende sair mais. Se formou em Letras (Português/Inglês) e está se formando no momen-to em logística. Tentei acompanhar a descrição do seu dia a dia mas fiquei cansada só de ouvir. O homem não

de vida", me disse ao final do nosso papo super-rápido num intervalo en-tre uma aula e outra. O orgulho com que ele descreveu a comunidade me emocionou. Com certeza vou querer que ele seja meu guia assim que der.

Cleidiston já conhece o Brasil todo (foi fuzileiro naval), mas quer viajar muito mais. Seu primeiro des-tino vai ser a Austrália. Por que? É o desafio do outro lado do mundo. Quer também conhecer o Japão e a China. Esqueci de dizer que ele tam-bém vai estudar Mandarim. Sonho? Ser dono de uma agência de viagem e também de ter um albergue. Título que daria para sua vida? Quero dar a volta ao mundo!

Foto: Arthur Moura

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[email protected]

S ANDRA JABUR

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para realizar os exercícios devido a diminuição de carga sobre as arti-culações por causa do empuxo, a força que vem de baixo para cima. Pode-se correr, saltar, chutar e realizar movimentos que fora d’água seriam impossíveis por muitos alunos que tem artrose nas articulações, excesso de peso e outras incapacidades. Em contra partida a água em movimento oferece resistência 14 vezes maior que o ar. É necessário realizar bastante força para vencer a turbulência criada pelo movimento.

Durante as aulas de hidroginástica utilizamos implementos como jump que é o trampolim, step, halteres de EVA que são resistidos com o objetivo de aumentar o impacto e a resistência. Variam-se os ritmos, quanto mais rápido maior dificuldade. Na água trabalha-se dos 4 meses aos 100 anos, do bebê ao adolescente, adulto, idoso, sedentário e até o atleta. É só tirar partido das pro-priedades físicas da água e saber utilizar os diferentes implementos.

De acordo com a pesquisa do Kruel, pesquisador do laboratório em

exercícios aquáticos, o saltar na água equivale a saltar no solo sem tênis, há muito impacto também.

Sofre-se a ação da gravidade o tempo todo em nossa vida diária de ir ao banco, ao supermercado, à feira, e se complementarmos com a atividade física estaremos nos protegendo dos osteoclastos, que são os destruidores das células ósseas.

Os exercícios aquáticos favorecem o aumento das células ósseas compro-vadamente através da densitometria óssea realizada pelos alunos após 3 meses de atividade exclusiva na água pelo menos 2 vezes semanais. O melhor seria 3 vezes por semana. Quando o aluno puder complementar com caminhadas, pilates, musculação, caso contrario a água é suficiente.

A medida que envelhecemos é muito importante realizarmos ativi-dades na água como natação, hidro-ginástica, hidropilates, hidro running (corridas dentro d’água) para prote-germos as articulações. É necessário executarmos movimentos variados das articulações, contrações variadas

Osteopenia, osteoporose x atividades aquáticas

A osteopenia é a percussora da osteoporose, que é uma perda óssea mais grave. Diversos fatores favore-cem ao aparecimento da osteopenia: falta de vitamina D, cálcio, café, mate, chá preto, refrigerantes, alimentação rica em açúcar refinado, carboidratos pobres e cigarro – o grande vilão. Vários fatores são importantes para prevenção da doença como o sol, a alimentação e exercício físico.

A exposição ao sol, desde que não exagerada, é muito importante. Devemos nos expor aos raios solares pelo menos três vezes por semana durante 20 minutos, sem protetor solar. A presença do sol sintetiza a vitamina D e consequentemente a absorção do cálcio.

Existe uma polêmica quanto à eficácia do exercício físico na água e no solo. O importante para formação de células ósseas – os ostereblastos - é o exercício de força resistência muscular, é o flexionar e estender o músculo, utilizar os diferentes tipos de contração muscular e a tensão provocada sobre os ossos.

Na água temos maior facilidade

da musculatura, trabalhar equilíbrio e dar estimulo ao cérebro para criar novas estratégias de movimento e reações reflexas.

É muito importante coordenar os exercícios respiratórios com os movi-mentos, eles se tornam mais eficazes, mais intensos e contribuem para o aumento progressivo da capacidade cardio respiratório.

A água é um ambiente instável é necessário equilibra-se o tempo todo. O que resulta no fortalecimento da musculatura do “core” – casa de força, da musculatura abdominal transverso (músculo abdominal mais profundo), para vertebrais, multifidos, glúteos, etc... São músculos que protegem a coluna, evitando dores.

O mito que as atividades aquá-ticas podem provocar desminera-lização, ou seja, perda óssea não é comprovado.

Os astronautas fazem treinamento no fundo da piscina com gravidade zero porque precisam treinar para quando estiverem no espaço. Não é o caso das atividades aquáticas que usamos a resis-tência e as propriedades físicas da água, os implementos e a respiração para estimular a formação de células ósseas.

Venham experimentar e testar a eficácia, o prazer e a motivação de se exercitar na água.

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O que aprendemos em 15 anos de ablação de fibrilação atrial – parte 2

Valendo-se de um sistema de mapeamento eletroanatômico chamado CARTO, cujas primeiras publicações em humanos data de 1996, o grupo de Milão, Itália (Pappone et al., 1999) publicou o seu primeiro trabalho no qual utilizava esta técnica para ablação de fibrilação atrial.

A proposta dos trabalhos de Pappone é o mapeamento tridi-mensional do átrio esquerdo em tempo real e a identificação das veias pulmonares e de seus óstios. A partir deste momento é iniciada a aplicação de radiofreqüência de forma circular aos óstios, porém, distante destes alguns milímetros. Quando a circunferência é comple-tada, a voltagem elétrica dentro da área ablacionada cai drasticamente, criando uma zona eletricamente inativa ou de pouquíssimo potencial elétrico. Assim, os focos existentes dentro das veias pulmonares não conseguem ativar o átrio e a área atrial livre de barreiras elétricas ou anatômicas é reduzida, motivo pelo qual a técnica é chamada de remodelamento atrial ou ele-troanatômico, e não desconexão de veias (Pappone et al., 2000; Pappone et al., 2001).

No Brasil, o primeiro trabalho sobre ablação da FA, utilizando o sistema CARTO® (Atié et al., 2001), foi apresentado no XVIII Congresso da Sociedade de Car-diologia do Estado do Rio de

Janeiro, que originou uma Tese de Doutorado e foi publicada nos Arqui-vos Brasileiros de Cardiologia (Maciel et al, 2007).

Desde então todos os procedi-mentos destinam-se a isolar as veias pulmonares, o que é completamente satisfatório nos casos de fibrilação atrial paroxística, alcançando índices de sucesso entre 60 e 80%. Todavia os casos de fibrilação atrial persistente, devido ao remodelamento atrial, inicial-mente elétrico, passando por uma fase estrutural com fibrose e dilatação atrial, chegando até a mudança no DNA dos miócitos atriais, tem sido um desafio aos procedimentos de ablação, com resul-tados piores á medida que o tempo em fibrilação atrial se alonga, o volume atrial cresce, a idade do paciente aumenta e nos pacientes com síndrome metabó-lica ou co-morbidades.

Deste modo, a última Diretriz da Sociedade Européia de Cardiologia, coloca a ablação da FA como classe I, com nível de evidência A, para os pacientes com recorrências sintomá-ticas de FA a despeito do tratamento farmacológico e como IIa, com nível de evidência B, para os pacientes sintomáticos, como primeira linha de terapia, em substituição ao tratamento antiarrítmico.

A ablação não é recomendada, nas diretrizes, para assintomáticos, nem para permitir a suspensão da terapia anticoagulante.

A mudança conceitual quanto à anticoagulação é um dos maiores

EMERGÊNCIA Tel.:2529-4505

GERALTel.:2529-4422

Publieditorial

avanços vista nos últimos anos. Os trabalhos mostrando que o ácido acetilsalicílico protege pouquíssimo, que a Warfarina, usada há mais de 50 anos, só consegue manter seu nível terapêutico adequado, na melhor das hipóteses, em 60% do tempo e o surgimento dos novos anticoagulantes, tem revolucionado a visão terapêutica atual. Neste cenário, os novos anticoagulantes, mais seguros e eficazes que a Warfarina tem ocupado um espaço crescente.

Outra terapia, para prevenção exclusiva dos AVE, foi introduzida recentemente, o oclusor de au-riculeta, que fecha a entrada da principal área trombogência atrial. Nossa experiência inicial com estes dispositivos, nos pacientes com contra-indicação à anticoagulação, apresenta resultados muito pro-missores.

O melhor tratamento da FA é, na verdade, a sua prevenção. A mudança de hábitos de vida, com adoção de um estilo mais ativo, controle adequado da pressão arte-rial e redução do peso corporal são fatores essenciais para diminuição destes números epidêmicos de FA e, para aqueles que não consegui-rem o controle clinico, a ablação é um tratamento consolidado e altamente eficaz.

Washington MacielMestre e Doutor em CardiologiaMédico do Serviço de Eletrofisiologia da Clinica São Vicente

*Informe-se sobre cursos livres de massagem.

SAÚDE & BEM-ESTAR

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SAÚDE & BEM-ESTAR

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A importância da abordagem psicoterápica no processo de emagrecimento, para uma mudança de estilo de vida baseado no tripé saúde emocional, atividade física e reeducação alimentar

Vários são os fatores que levam ao aumento de peso e consequen-temente à obesidade. Porém maus hábitos alimentares, sedentarismo e implicações psicológicas estão entre os maiores responsáveis. As dificuldades emocionais podem precipitar em algumas pessoas alte-ração no comportamento alimen-tar, levando-as a comer de forma inadequada, além do necessário ou até compulsivamente. Pessoas ansiosas, depressivas e estressadas, que se sentem sozinhas, que sofrem perdas ou passam por algum conflito emocional, como frustrações ou insatisfações, são mais propensas a sofrer aumento de peso. As ten-tativas para emagrecer e conseguir manter o peso adequado em muitos casos são frustrantes. Na ilusão do emagrecimento rápido alguns recorrem a dietas e medicamen-tos que na maioria das vezes não trazem resultados de longo prazo. Em alguns casos, mesmo depois de intervenções mais invasivas como na cirurgia bariátrica, depois de um tempo, a pessoa volta a engordar.

TEXTO _ MARY SCABORA*

O peso das emoções

Emagrecimento deve estar ligado à saúde e ao bem estar. Emagrecer é só a consequência de um estilo de vida saudável. Exige autoconhecimento, ação e empenho.

Não se trata de conquistar o corpo perfeito ou ceder às imposi-ções de padrões estéticos propostas pela industria da beleza, mas, sim, de buscar o ponto ideal de cada indivíduo em suas possibilidades.

É um processo que exige compro-metimento, mas não cobra sacrifícios extremos de curto prazo e sim uma mudança comportamental em busca de um equilíbrio entre os prazeres da vida e o bem-estar emocional e consequentemente o físico.

A psicoterapia com foco no ema-grecimento trata da dificuldade de perder peso como um sintoma ge-rado por outras questões de ordem emocional. São trabalhadas questões como ansiedade, depressão, com-

pulsão, auto-estima e outros conflitos emocionais geradores de angústia que levam à compulsão e con-sequentemente ao aumento de peso. Colabora ativamente para que o indivíduo se reestruture emo-cionalmente e aprenda a desenvolver recursos para lidar com seus conflitos internos, tornando-o mais potente e mais reflexivo dian-te das dificuldades e na busca por so-luções. Colabora para ampliar a consciência sobre si mesmo, detecta o ativador da ansiedade que leva a compulsão.

O trabalho em equipe multidisci-plinar é fundamental para o sucesso do tratamento. Emagrecimento se baseia num tripé: Nutrição adequada que envolve reeducação alimentar, atividade física e equilíbrio psicológico.

*Mary Scaboraé psicóloga clínica e coordenadora

do Projeto IntegrAÇÃOCRP: 05/36742

[email protected]

Psicoterapia:Com foco no emagrecimento

Nutricionista / Personal Diet:Orientação compatível com o estilo de vida, com a realidade, as necessidades e preferências do paciente para que ele possa reaprender a comer. Reeducação alimentar e manutenção do peso.Ensina trocas inteligentes, substituindo ingredientes de formas saudáveis sem comprometer o sabor das receitas.

Orientação para a prática de atividade física: Com foco na manutenção do corpo integrando e adequando os sistemas respiratório e cardiovascular.Adequar atividade ideal para o estilo de vida de cada um com acompanhamento nas atividades e criação de séries.

Intervenção estética:Como complemento, colabora signifi cativamente para a redução de medidas, combate a celulite, ajuda a aliviar a ansiedade além dos benefícios que proporciona ao corpo.

Projeto Integra-Ação: Tratamento Multidisciplinar do Emagrecimento

Coordenação: Mary Scabora Psicóloga clínica CRP: 05/36742

Daniele Guimares Peres: Nutricionista CRN: 10100626 Professora de educação física Cref: 017463- G/RJ

Calaboração: Espaço Cuid´arteEstética e Massoterapia

www.scabora.com.br21. 2547.0230

21 . 9372.65511

Publieditorial

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Massagem relaxante (sessão) - R$ 80,00Escalda Pés com Quick Massage - R$ 50,00Reiki (sessão) - R$ 30,00Quick Massage (sessão) - R$ 25,00Acupuntura - R$ 70,00

*Informe-se sobre cursos livres de massagem.

SAÚDE & BEM-ESTAR

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SAÚDE & BEM-ESTAR

Os resíduos do que foi usado e consumido convivem com os moradores da casa depositados em mesas, entulhados em gavetas, obstruindo passagens e, como não poderia deixar de ser, causando um aspecto desanimador de desordem e sujeira. Qualquer consultor baseado na arte milenar chinesa de organizar espaços, feng shui, tem um chilique, diagnosticando tanta energia parada! Astrólogos e arquitetos vão concor-dar: impedir que portas e janelas exerçam suas funções básicas de abrir e fechar trará desconforto ao ambiente, fatalmente refletido na vida dos moradores da casa.

O que fazer? Pedir ajuda, buscar informação,

consultar médicos especialistas se for o caso...

A profissional organizadora ajuda,

ajuda muito. Somos profissionais, a bagunça alheia não nos intimida; comove, emociona e inspira.

A multa por dispensar na rua uma guimba de cigarro arrecadará para os cofres da prefeitura do Rio R$157,00, paciência. Um dia, (quem sabe?) o homem nascido livre, romperá com o nefasto hábito escravocrata de dei-xar para outros, a função de destinar o próprio lixo. Assim se cumprirá a logística reversa com responsabilida-de e civilidade. Bom reiterar que só será conduzido à delegacia quem se recusar a fornecer documento de identificação para a aplicação da de-

O acúmulo de lixo dentro de casa leva a desequilíbrios sociais, físicos e emocionais, podendo desestabilizar o convívio familiar. Em casa as multas são aplicadas de formas diferentes, porém não menos punitivas. Pais e filhos dei-xam de conviver, crianças são poupa-das da poeira que provoca problemas respiratórios, em contrapartida, são afastadas impiedosamente da com-panhia de parentes amados, gerando tristeza e frustração. O acumulador não somente retém o que pode vir a servir, apegado a roupas, objetos de valor monetário ou emocional. O acumulador não se desfaz dos seus restos, guarda sobra de embalagens, muitas vezes higienizadas e empilha-das, jornais velhos, eletro-eletrônicos sem serventia, todos os potes de sorvete consumidos e trata os copos de requeijão como taças de cristal.

TUDONOVODENOVO

*Samantha Quintans é personal organizer

vida multa. E em casa, quais serão os critérios para restabelecer o convívio social saudável? Quais serão e como serão aplicadas as “multas”?? Cada casa é um caso, cada família escreve seus próprios mandamentos. Sei que nada sei, mas li em um livro sagrado que o amor é capaz de transformar. E on-tem, assistindo inebriada a palestra de Nélida Piñon, concordei quando ela, sabiamente, elegeu Compaixão como sua palavra preferida. Só a compaixão, como principal olhar, poderá tornar tudo novo de novo.

Manchete de jornal: Lixo Zero aplica 121 multas no primeiro dia. Povo mal-educado? Governos gulosos e negligentes?Papo para muito chopp...Para além da educação sabidamente carente da nossa gente, que ignora a regra básica de cuidar do coletivo e o exagero de levar à delegacia, o cidadão flagrado jogando na rua uma guimba de cigarro.

Posso ajudar?SAMANTHA QUINTANS*

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L ILIBETH [email protected]

Gente, virei avó! E é tudo mentira que já se sai da maternidade “melada de tanto doce”. Deixar aquela menina, sua filha, com o filhinho dela, seu neto, no hospital dá a maior confusão na cabeça. É “depressão pós-avó”?!

manifestações públicas, gente que só se fala virtualmente...

Nossa filha, aquela menininha, fica feito bicho: agarrada ao filhote e ros-nando pra protegê-lo. Daí, dizer que não mexe com tudo na nossa existência e é só alegria, sei não, acho pouco! Olhamos no espelho e vemos rugas e manchas da velhice. Até aí, evidência da idade. Ninguém fica jovem a vida inteira. Não existe mesmo avó garotinha! Mas aquela criança nos seus braços parece recomeçar assim, de repente, tudo que já foi vivido, com menos tempo pra vi-ver, muito menos tempo... Com quase 60 anos, sem ter o trabalho marcando seus horários e mesmo assim não ter tempo de nada, se arranja muitos compromissos e enche a vida. Ter o primeiro neto não faz só “cair a ficha” de se estar ficando velha, cai um cassino inteiro de fichinhas: menopausa, rugas, manchas, cansaço. Depois que nasce o neto e passa o susto, alivia a depressão pós-avó, vem um ‘pacote” pra nossa mão: um netinho e a mãe dele; a filha de volta. Volta pedindo socorro (mas já sabe tudo!). Pronta para o ataque, geme na dor, mas afia as garras (igualzinho

Sustos e delícias de ser avóvocê afiou para protegê-la). O nosso netinho, crescendo saudável, passa a ser a pessoa mais importante da nossa vida, até porque sua existência nos devolve a filha, que há muitos anos nos tinha empurrado fora de sua vida. Com o nascimento do seu próprio filho, a filha se dá conta de que você pode ser mãe dela, para que ela possa ser mãe do seu bebezinho com mais dedicação. Assim, ficamos mais perto uma da outra. Eu, agora avó, tranqui-lamente, e não abrindo mão de minha

liberdade ( minha maior aquisição na vida), tenho curtido muito ter minha filha de volta. Uma experiência muito forte, intensa, marcante em nossas biografias: minha e dela. Ser avó não é esse "melado" todo que dizem, não! É um choque, um susto que faz umas rugas novas, mas também estica a pele. É uma paixão que também nos rouba no primeiro momento, depois vai crescendo, crescendo.... e vira amor! Acho que neto é que é fruto. Filho é raiz!

Quando a sua menina vira mãe, nasce um filho da filha, é pior que aque-las emoções de ter parido duas vezes, amamentar, não dormir, não ter tempo nem de sentir a maternidade: a gente vai pra casa sem criança. Dá tempo de pensar, de sentir, de chorar, de dormir... Dá tempo de ficar relendo o nosso pró-prio livro de história, lembrando nossa avó, nossa mãe (avó também teve mãe e avó, sabiam?), duas vezes grávida, dois partos e no tempo em que a gente era a mulher que amamentava. Tempo de pensar no que é ser mulher, profissional, ter casa, carreira, namoros, casamento, separação, outros namoros, novas alian-ças, solidões, dívidas, decepções, festas, alegrias, fins de festas, reinícios... E, com tudo isso, assim, antes de ficar velhinha, se vira avó! Antigamente avó só aparecia nesse papel no último ato do espetáculo. Agora, no meio do espetáculo, sem aquele figurino de xale, óculos e cabeça branca, estamos nós, no papel de avó. Não tem cadeira de balanço, bordado no colo, conversas na varanda e cozi-nheira oferecendo um chazinho. Tem é trabalho, contas pra pagar, o mundo de cabeça pra baixo, internet, corrupção,

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e adaptadas ao longo do tempo para o paladar e para a saúde do carioca. Os croissants integrais feitos com farinha de banana, por exemplo, são um lançamento rico em fibras, carboidratos, vitaminas e sais minerais que contribuem para prevenir diabete, câncer intestinal, colesterol alto e osteoporose. Além disso, essas especialidades têm 37% a menos de gorduras totais, 26% a menos de calorias e 75% a menos de sódio do que a receita tradicional francesa.

O “comer com os olhos” tam-bém é levado a sério pela Gosto Carioca: é a Arte na Massa, uma ornamentação especial em seus produtos com cores e texturas va-riadas e personalizações inspiradas em cinema, futebol, cartões- postais ou qualquer outra preferência para a sua comemoração. A utilização da farinha argentina ou uruguaia e do trigo com padrão internacional demonstram a rigorosa escolha das matérias-primas que mantêm a qualidade e a perfeição de cada produto, inclusive da linha sem glú-ten que será lançada para atender a uma procura em crescimento

constante na Cidade Maravilhosa.

Do granel ao varejo

Os produtos da G o s t o C a r i o c a j á circulam por buffets institucionais e resi-denciais, cozinhas industriais, res-taurantes como o Albamar, hotéis como o Sheraton Barra e Marriot, e também pelas cozinhas do Villa Riso e do Gávea Golf Club. E para a felicidade dos muitos amantes dessas excelentes massas, a panifi-cadora vai estender, em breve, seu atendimento à pessoa física, princi-palmente com o Toquinho, uma das novidades da casa feita com massa de biscoito e cobertura de gergelim, cujo segredo merece ser desven-dado. Consulte, prove e aproveite a praticidade de ter delícias saudáveis em sua casa.

Uma fábrica de delíciasA panificadora Gosto Carioca

combina sabor e leveza em massas de croissants, folhados e grissínis com grande variedade de sabores. Essas maravilhas são o resultado da união entre a experiência e a paixão pela culinária de quatro sócios que produzem assados e congelados, artesanalmente, de acordo com a necessidade dos grandes buffets,

restaurantes e hotéis do Rio de Janeiro. Marcos Sá, um dos ideali-zadores que trabalha há 27 anos no ramo, formou sua equipe de con-feiteiros cuidadosamente: “Conheço alguns colaboradores há 17 anos e todos aprenderam comigo. E conto também com a nutricionista Roberta Nogueira, meu braço direito”.

As receitas foram desenvolvidas

COMES & BEBES

Tel./Fax: (21) 3104-6547Praia de Inhaúma 73, Bonsucesso,

Rio de Janeiro, RJ - 21042-130

Marcos Sá, 27 anos de

experiência em panifi cação, exibe

Fotos: Jackeline Nigri

Croissants, mini vol au vent, barquetes, quiches, grissinis. Produtos personalizados

com formatos e cores, como os nossos famosos peixeis ou formas da cidade do

Rio de Janeiro.

CONTEÚDO PATROCINADO

taurantes como o Albamar, hotéis como o Sheraton Barra e Marriot, e também pelas cozinhas do Villa Riso e do Gávea Golf Club. E para a felicidade dos muitos amantes dessas excelentes massas, a panifi-cadora vai estender, em breve, seu atendimento à pessoa física, princi-palmente com o Toquinho, uma das novidades da casa feita com massa de biscoito e cobertura de gergelim, cujo segredo merece ser desven-dado. Consulte, prove

de ter delícias saudáveis em sua

experiência em panifi cação, exibe

uma de suas criações

Fotos: Jackeline Nigri

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G ASTRONOMIA CARIOCA

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G ASTRONOMIA CARIOCA

G ASTRONOMIA CARIOCA

(21) [email protected]

Anuncie no guia

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G ASTRONOMIA CARIOCA

A Mineirinha de Penedo é um restaurante especia-lizado em comida mineira self-service. São 47 tipos diferentes de pratos, além de variedades de saladas, massas e deliciosos doces feitos na fazenda.

(24) 3351-24638152-9811 ID. 8*379419

Av. das Mangueiras, 800 - Penedo - RJ

(24) 3359-3045Rua Nicolau Rizzo, 44 - Campos Elíseos - Rezende - RJ

www.amineirinha.visitepenedo.com

MÚSICA AO VIVOSÁBADOS E DOMINGOS

Venha provar os sabores da Escandinávia e conhecer o incrível trabalho em madeira do escultor Martti Vartia.

www.visitepenedo.com/koskenkorva Estrada Três Cachoeiras, 3.935 – Penedo – Itatiaia (em frente à Pousada Suarez)3351-2532(24)

Que tal aproveitar um fim de semana para almoçar em um maravilhoso ambien-te natural? Considerado o maior parque gastronômico entre Rio de Janeiro e São Paulo, Penedo possui grande variedade de restaurantes, espalhados desde a en-trada da colônia até as áreas próximas as reservas florestais, que oferecem massas, frutos do mar, foundues de carne, queijo e chocolate, sanduíches e ainda comidas mineira, japonesa, alemã e finlandesa, entre outras opções. Para completar o cardápio, divirta-se escolhendo algumas especialidades como doces feitos na fazenda, sorvetes artesanais, geleias ou

os deliciosos chocolates das conhecidas fábricas locais.

Até a Pequena Finlândia, como o lugar também é conhecido, são 160 quilôme-tros pela Rodovia Presidente Dutra e as paisagens durante o percurso relaxam o corpo e a mente. É uma viagem curta e agradável que pode ser feita até mesmo em um único dia. Mas se a preguiça “bater” depois de provar tanta coisa boa, aproveite as pousadas e os hotéis da cidade cercados de tranquilidade e de natureza exuberante que compõem um clima bastante convidativo a uma deliciosa sesta.

Que tal almoçar em Penedo?

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No mês em que a cidade recebe dezenas de atrações internacionais, mapeamos os principais pointsde resistência do rock´n ´roll carioca

CAPA

Zeca Urubu (na moto), dono do Heavy Duty Beer Club, é figura mitológica no cenário do rock carioca. O bar é palco para bandas de rock de todos os cantos do Rio

foto

: Fre

d Pa

cífico

Todo dia é dia de

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com o casal. “O rock no Rio, na verdade, já foi bem melhor. O pessoal tem que deixar o ama-dorismo de lado, voltar a comer mais feijão e entender que não dá pra agradar todo mundo. O importante é ser autêntico”, afirma. Led, como é conhecido entre os amigos, diz que quan-do quer ouvir um som costuma frequentar o Saloon 79 (www.saloon79.com) e, dependendo da programação, a Casa da Matriz (www.casadamatriz.com.br), ambos em Botafogo. “Costumava frequentar o Em-pório, em Ipanema, quando o Vicente [*falecido gerente da casa*] era vivo e eu morava mais perto. Agora já faz uns três anos que frequento o Saloon e recomendo”, diz o designer.

Reunir os amigos para ouvir um som. Este é o espírito pre-sente em quase todas as casas e espaços da cidade dedicados ao bom, velho e (de preferência) alto rock’n’roll. Prática, inclusi-ve, repetida e propagada pelos amantes do gênero. E não me venha com a velha história de que o Rio de Janeiro é a cidade do samba, da bossa nova etc. e tal. Um lugar que lançou no cenário nacional nomes como Cazuza, Cássia Eller, Lobão e várias bandas importantes como Barão Vermelho, Para-lamos do Sucesso, o Rappa, Planet Hemp, e que abriga este mês mais uma edição do Rock ´n´Rio, não pode ser limitado a apenas alguns ritmos. Pensando nisso, procuramos os destinos preferidos de quem gosta de escutar um bom rife de guitarra, em suas mais variadas vertentes, e, de preferência, sem muita aporrinhação.

Citado quase por unani-midade pelos entrevistados, o Heavy Duty Beer Club (www.heavydutybeerclub.com), na Praça da Bandeira, tem seu espaço garantido no imaginário dos roqueiros. Consagrado pelo clima sem muita frescura, no melhor estilo “seja bem vindo, faça você mesmo o serviço e não me encha a paciência”, o bar ficou famoso por propagandear ter o pior atendimento da cidade e, mesmo assim, viver cheio. Quer sentar? Encontre seu espaço ou monte sua própria mesa. Quer alguma coisa para beber ou comer? Levante da cadeira e vá pegar no balcão. O dono do bar, conhecido como Zeca Urubu, é figura mitológica no cenário e consegue manter um público fiel desde que abriu o espaço, em 1997. À margem

O Saloon 79 é hoje um destino certo no mapa dos roqueiros cariocas. Criado em 2002 pelo Harley's Dogs Moto Clube, o bar já passou por al-gumas mudanças, inclusive de donos, mas sempre manteve o estilo e a proposta rock’n’roll. O atual gerente da casa, Tony Ro-

TEXTO _ FRED PACÍFICO FOTOS– ARTHUR MOURA

Foto: Raul Aragão/D

ivulgação

Detalhes da decoração do

Heavy Duty (acima), na Tijuca,

e a fachada do Saloon 79

(abaixo), em Botafogo. Redutos

do bom Rock'n'Roll na cidade

de qualquer primeira impressão errônea que um visitante desa-visado possa ter, o local agrada, pois os frequentadores sabem que lá a cerveja é gelada, o preço é justo e, principalmente, o som é bom. Tanto nas caixas, quanto no palco, que recebe bandas de rock de todos os cantos do estado.

Shows são, inclusive, co-muns em quase todos os lugares onde o rock é o som nas caixas e nas veias. Nas redondezas da Tijuca também está outro bom destino do rock, o bar Calabouço (www.calabouco--bar.com.br), que de quinta a domingo atrai bandas de dentro e fora do Rio, que tocam, desde repertórios próprios, até tributos às grandes bandas ou épocas do ritmo. Moradores da região, como o casal Luís Fernando Taylor, 37, e Juliana Araújo, 35, apontam também o Botto Bar (www.bottobar.com.br) como outro bom destino no entorno para se beber bem e ouvir um som. “Já estou na fase de querer ouvir o que gosto, mas podendo conversar com quem estou. O Botto é bom para isso. A carta de cerveja e o som são excelen-tes. Nas terças rola show com alguns dos integrantes do Blues Etílico, que vale o programa. Agora, faltam mais espaços na cidade, pois público tem e, os que existem, vivem cheios”, explica Taylor.

Uma cena que podiaser melhor

A reclamação sobre a cena do rock no Rio deixar ainda muito a desejar é outra cons-tante entre os entrevistados. O designer Leandro Brasil, 35, da agência Huge Inc., concorda

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CAPACAPA

cker, 32, já frequentava o espaço antes de começar a trabalhar por ali. “Muitos dos funcionários da casa, assim como eu, eram fre-quentadores ou mesmo já toca-ram aqui, antes de entrarem para equipe. Isso é muito comum, pois acaba sendo uma grande família unida pelo som. Quem gosta, sempre retorna. Quando me convidaram para assumir o bar, aceitei sem pensar muito”, conta. O barman da casa, Enio Vieira, guitarrista da banda Enio & Black Mamba, dedicada ao rock e ao blues, é outro que de frequentador virou parte do time. “Já toco aqui há pelo menos oito anos e, há pouco mais de um ano, passei a trabalhar no espaço. Acho que falta opção no rio, principalmente na Zona Sul, e aqui é um dos poucos lugares onde é possível viver o rock”, afirma o guitarrista.

Para Tony, a cena do rock no Rio já foi bem melhor e há muito espaço para voltar a crescer. “Ainda tento entender o que aconteceu, pois nas décadas de 80 e 90 a cidade transpirava rock. Não só a cidade, como o país. A mídia parou de vender o gênero e, consequentemente, o povo saiu do rock. Mas para quem realmente gosta, não há isso. É um ritmo que seduz todas as idades. Temos aqui um bar de adulto, onde é comum ver pais e filhos juntos para curtir o som. O Saloon é um espaço que, além de ser palco certo no circuito musical da cidade, se propõem em manter a cultura, a estética e tudo relacionado ao

bom rock’n’roll”, explica.A performer burlesca e

DJ, Ludmila Houben, 26, concorda que a cena roqueira carioca poderia ser melhor. Natural de Belo Horizonte e atualmente morando em Niterói, a mineira percorre grandes distâncias na cidade só para poder ouvir o som que curte. “Estou acostumada com BH e São Paulo que têm muitas opções para os roquei-ros de todos os segmentos. Aqui ainda são poucas, por isso fazemos qualquer esforço para vir até Botafogo”, afirma. Ideia compartilhada por seu parceiro na cruzada atrás de bares de rock, o vocalista da banda punk The Knutz (www.theknutz.com), Daniel Abud, 25. “Niterói também possui algumas poucas opções. Por isso despencamos, muitas vezes, para o Rio para curtir a noite. Destaco por lá o Espaço Maestrina (www.espacoma-estrina.com.br), em Icaraí, e o Convés Rock Clube, perto da Cantareira, que são locais onde ainda é possível tocar ou ouvir um som”, sugere o músico.

Um estilo de vida

O fotógrafo Vitor Malhei-ros, 33, é outro que, apesar de acreditar que a cena do rock na cidade ainda tem muito que melhorar, procura conhecer e estar onde o som pega e o mosh come solto. Tanto, que fez da paixão pela música sua profissão. Ma-lheiros fotografa desde 2011 para o site PUNKnet (www.punknet.com.br), uma revista

Pista cheia no Saloon 79 em típica noite de

rock (no alto); A performer burlesca e DJ,

Ludmila Houben, e o músico Daniel Abud

percorrem grandes distâncias para ir aos bares

que tocam o som que gostam (embaixo)

2020

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online especializada em cobrir e acompanhar a cena punk rock nacional e internacional, mas que prestigia também, como a própria publicação se apre-senta, “o rock e suas vertentes, afinal, sem o rock não existiria o punk rock e sem o punk rock não existiria a PUNKnet”.

Para Malheiros, a cena rock do Rio atualmente é bem un-derground. “O rock fica muito ofuscado pela cultura do samba e da música brasileira em geral, e funciona fundamentalmente na base do 'do it yourself'. Felizmen-te, mesmo nesse panorama, existem muitas bandas boas, e um bocado de gente ralando pra produzir bons eventos, sejam eles de pequeno, médio ou grande porte. Em minha opinião também, eventos como o Rock in Rio não refletem bem a reali-dade cotidiana de quem trabalha e vive o rock’n’roll no Rio”, diz.

Os locais preferidos do fo-tógrafo também se concentram em Botafogo. Bairro que, por sinal, tem certa diversidade

de opções para os roqueiros. “Gosto de ir à Matriz e aoSaloon, mas o meu local pre-ferido é o estúdio Audio Rebel (www.audiorebel.com.br). Curto a quantidade e variedade de sons que passam por lá, fora o clima do lugar. Tenho uma ótima amizade com o pessoal e sinto o espaço como uma segunda casa, onde posso ouvir um bom som e encontrar com os amigos”, conta Malheiros.

O músico e técnico de som Pedro Torres, 30, é um dos sócios da casa, que funciona como estúdio de ensaio e gra-vação. “Quando eu e o Daniel criamos o Audio Rebel, querí-amos ter um local para o rock independente. Conseguimos e, atualmente, somos o primeiro palco de muitas bandas, além de estarmos no circuito musical da cidade e conseguirmos tra-zer bons nomes para tocar. O estúdio é um espaço comercial, muito bem equipado, aberto para qualquer ritmo, sem dis-tinção. Temos também uma loja para atender aos músicos, com

equipamento e produtos relacionados. Agora, regu-larmente, o estúdio abre para shows e a progra-m a ç ã o é marcada pe-las vertentes do rock, hard core, punk rock e sons do gênero, que é o que gostamos e de onde vie-

mos”, explica Torres. Além dos locais já citados, há

também no bairro, não muito longe dali, o Bar Bukowski (www.barbukowski.com.br), destinado exclusivamente ao ritmo desde quando abriu, em 1997. Ampliando ainda mais o radar, vela a pena listar tam-bém: o bar Garagem do Rock (facebook.com/GaragemDo-RockRealengo), em Realengo; o Planet Music (facebook.com/planetmusicrj), em Cascadura; o Barulho Café e Pub (facebook.com/BarulhoCafe), na Pedra de Guaratiba, em Santa Cruz; e o Bar do Turco, em Icaraí. Do blues ao metal, ou do punk ao rockabilly, tem para todos e todo mundo se entende. Afinal, como bem disse o professor Ciro Mestroff, 59, “roqueiro só quer sossego para escutar o som que gosta, de preferência tomando umas e outras com os amigos, sem aporrinhação. O rock é mais que um som, é um estilo de vida.”

Terreiro de roqueiro

“Cerveja? Só vale gelada./ Em copos limpos... e gelados!/ (...) Claro, há de ter boa músi-

ca!/ Rock, blues, jazz, samba. Só clássicos eternos./ Quem vem ao OsBar não tem preten-sões./ Sabe que é um boteco, alma boêmia,/ boa conversa, celebração.”

Os versos ilustram o cardá-pio do OsBar, que faz a alegria do happy hour dos roqueiros que trabalham no centro do Rio. A decoração segue o me-lhor estilo dos clássicos botecos [de verdade] da cidade, com balcão grande, paredes de azulejo, prateleiras repletas de garrafas e, seu lado roqueiro, é composto por retratos de grandes ídolos do rock espalha-dos por todos os cantos e pelo som ambiente. “Não há melhor lugar no centro para se tomar uma cerveja verdadeiramente gelada, ouvindo um som. Está sempre rolando Beatles, Led Zeppelin, Jimmy Hendrix etc. O lugar é bem frequentado, tem um público equilibrado, gente bonita, o sanduíche de filé com queijo é excelente e, principalmente, tem mesa na calçada, que é algo importante para um fumante como eu, apreciador de um bom boteco. Gosto também que o OsBar não se prende a um movimento

O fotógrafo Vitor

Malheiros se

especializou em

show, unindo a

profi ssão à paixão

pelo rock

(no detalhe) Neon,

o cão de estimação

do Estúdio Audio

Rebel, é fi gura

conhecida na cena

musical

Jimmy Hendrix divide

o balcão do OsBar

com engravatados no

fi m do expediente

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CAPA

po se passou, casei, tive filhos e mudei para Niterói. Afinal, a vida agora é outra, mudou o ritmo, mas o rock continua. Atualmente gosto de ir ao OsBar e ao Rio Rock & Blues (www.riorockebluesclub.com.br), que fica na Lapa”, conta.

E por falar na Lapa, o mais famoso reduto boêmio da cidade, ao contrário do que possa pensar muita gente, não restringe o terreiro ao tradicio-nal dueto samba e chorinho. Claro que os ritmos são oni-presentes, mas os roqueiros sempre tiveram o pé fincado ali, tanto que a região possuiu até um, chamado, quarteirão do rock e um museu dedicado ao gênero, localizado no Rio

O típico boteco OsBar faz a

alegria do happy hour dos

roqueiros que trabalham no

centro do Rio

ao gênero, localizado no Rio ao gênero, localizado no Rio ao gênero, localizado no Rio

Tive minha empresa e era bom no que fazia, mas não era feliz. Com o tempo a coisa foi ficando tão séria, que acabei tendo um colapso por estresse e fui parar na CTI de um hospital. Quase morri e, nesse momento, decidi que se saísse daquela situação, iria fazer o que amo e parar de desperdiçar minha vida”, relem-bra. Reis sobreviveu e cumpriu sua promessa. A chama reacen-dida pela esposa tomou outra proporção. O ex-publicitário se desfez do escritório que tinha e se aventurou em abrir o espaço que há hoje na Lapa.

A experiência não só trouxe melhorias visíveis à saúde e fisionomia do roqueiro, como resultou em um livro, lançado este ano, chamado “Até que en-fim é segunda-feira. Apaixone--se pelo trabalho e transforme sua vida”, que traz histórias e experiências de pessoas que trabalham, ou não, com o que amam e apresenta como isso afeta suas vidas. Reis realizou quase 500 entrevistas com profissionais de diversas áreas para o projeto.

A paixão pelo rock foi tam-

único, dá uma passeada por outras misturas ligadas ao rock e não fica preso ao [Eric] Clapton. É destino certo para uma pausa após o trabalho”, diz o jornalista Nicola Pamplona, 38.

Natural de Juiz de Fora, Pamplona conta que nos seus primeiros anos no Rio, pelos idos de 1998, costumava fre-quentar o bar Empório, em Ipa-nema, outro reduto rock’n’roll muito famoso na Zona Sul. “Na época, morava em Botafogo e o Empório era o meu bar da cidade. Podia chegar lá e ouvir Orgasmatron (Motörhead), ou Sepultura, no talo. Isso não tem preço. Posso dizer que deixava metade do meu salário lá, mas valia muito a pena. Muito tem-

O músico BNegão no palco do Teatro

Odisséia, participando da noite "Rock

pela Paz", organizada pelos integrantes

da banda Zero Calibre

Rock & Blues. O dono do es-paço, o guitarrista e empresário Marcelo Reis, 47, abriu a casa há seis anos, depois de tocar por um tempo a proposta na Barra da Tijuca, onde mora. “Eu e alguns amigos queríamos ter um espaço descontraído para tocar, que nos desse prazer e pudéssemos fazer sempre uma jam [session], tipo um clube para roqueiros. Man-tivemos por dois anos um lugar na Barra, que revolucionou a vida de todos os envolvidos”, conta. O clube nasceu depois que Reis, próximos aos 40, ganhou uma guitarra da esposa, a jornalista Érica Reis, após passar quase 20 anos distante dos amplificadores.

A força do rock

A força da revolução do rock foi tamanha, que o guitarrista deu uma quinada de 180 graus na própria vida. “Toco desde novo, mas na juventude larguei o sonho para me dedicar à carreira de publicitário, na qual tinha mais perspectiva financeira na época. Para isso, vendi tudo que possuía relacionado a mú-sica, para não perder o foco.

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bém o que possibilitou a aber-tura do espaço e a criação do Museu do Rock no casarão his-tórico de quatro pavimentos na Lapa, com dois ambientes para shows que têm programação intensa. “O clube que monta-mos na Barra foi crescendo e acabou ficando grande demais para o local. Com o apoio dos amigos, passei a procurar um imóvel em que coubesse a proposta. Nada melhor do que um desses casarões antigos aqui do centro. Os amigos passaram a doar objetos relacionados ao ritmo e, somando as contribui-ções, conseguimos montar o museu. Nossa homenagem ao ritmo que tanto amamos. Nele, inclusive, está exposta a guitarra que ganhei da minha esposa e que influenciou positivamente

minha vida, a qual chamo de número um”, diz.

Muitos bares do ritmo já abriram e, infelizmente, fecha-ram por ali, mas mesmo assim, há boas opções. Na região está também o Irish Pub, que funcio-na desde 2009 tocando rock no talo. Outros destinos por ali que, apesar do ecletismo, costumam também ter noites dedicadas aos roqueiros são o Teatro Odisséia (www.tea-troodisseia.com.br) e o Teatro Rival (www.rivalpetrobras.com) mas é preciso ficar de olho na programação para não ir atrás da guitarra e acabar no surdo.

E para finalizar este humil-de roteiro dedicado ao rock, não podemos deixar de fora outros dois pontos sagrados da Lapa, a Fundição Progresso

(www.fundicaoprogresso.com.br) e o Circo Voador (www.circovoador.com.br), ambos palcos consagrados da cidade que, por mais que também recebam os mais variados gê-neros musicais, nunca deixam de presentear a plateia com memoráveis shows de rock. O Circo, inclusive, tem sua origem e trajetória fincada no ritmo, desde os tempo da praia do Arpoador, e compõe a alma roqueira do Rio.

Se você possui outras su-gestões de lugares onde vale a pena ir para curtir um som com os amigos, entre em nossa página na web (www.folhacarioca.com.br) ou em nossas redes sociais e deixe sua indicação. A Folha Carioca e o Rock’n’roll agradecem.

Detalhes de peças do Museu do

Rock no bar Rio Rock and Blues

Club, na Lapa. Um casarão de quatro

pavimentos dedicados ao estilo,

que transformou a vida do roqueiro

Marcelo Reis (retrato) e de seus

amigos

NA WEB

• Matéria e galeria de imagens do evento "Rock pela Paz", organizado pelos integran-tes da banda Zero Calibre, vítmas recentes de uma tragédia da violência urba-na. Imagens do evento e das participações especiais, como a presença de Lenine e B. Negão.

• Galeria de imagens dos bares de Rock citados na matéria.

• Serviço: lista completa dos bares de Rock com telefone, site e endereços.

• Uma seleção de vídeossobre o Rock carioca.

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ARTE & CULTURA

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Para a criançada

‘Causos’ com sotaque mineiro em Botafogo

Monólogo “Olga no Jardim das Cerejeiras”

O cinema invade a cidade

GARIMPO CULTURAL

O“Nadistas e Tudistas”, um lindo espetáculo infantil, leva ao tablado a formação da consciência crítica e hu-manista pela ampliação das fronteiras da imaginação. A história fala sobre dois

povos com ideologias extremistas: os nadistas, que não sabiam usufruir da abun-dância que a terra tinha a lhes oferecer e mantinham-se em inércia constante, e os tudistas, sempre insatisfeitos, no afã cons-tante de querer mais do que possuíam. A partir do amor entre Nadinha e Tutano, representantes dos grupos inimigos, surge um novo povo que consegue romper as barreiras e aceitar as diferenças como par-

O Centro de Inclusão, Arte e MeiSucesso absoluto de público e crítica, Calango deu! – Os causos da Dona Zaninha, é um espetáculo teatral baseado na cultura popular mineira.O monólogo foi construído ao longo de cinco anos através de uma pesquisa que abrange voca-bulário, hábitos, histórias, músicas, crenças etc. Além de contar sur-preendentes causos de amor, de assombração, de padres e beatas, de “semvergonhice”, a personagem também convida a plateia a cantar com seu bandolim, enquanto ensina receitas e simpatias. Entre um cafe-zinho e uma boa cachaça mineira,

te fundamental para uma nova sociedade, que respeita o meio-ambiente e pratica o real significado da palavra sustentabilidade. A narrativa é passada de avó para neta e é através dos olhos de Luiza, uma menina inquieta e questionadora, que o público começa a encontrar respostas para tantas perguntas sobre o mundo.

Local: Oi Futuro Flamengo

Entre os dias 26 de setembro e 10 de outubro, cerca de 300 filmes de diversos países serão exibidos em mais de 20 pontos da cidade. Além das mostras tradicionais como Pa-norama Expectativa, Première Brasil e Latina etc, o público vai poder participar de deba-tes com diretores, atores e produtores no Cine Encontro, que acontecerá no RioMa-rket. Prepare-se para assistir aos destaques das telas de Cannes a Vezeza, de Berlim a Sundane, Toronto, Locarno e San Sebastián.

Acesse www.festivaldorio.com.br e programe-se.

Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo - (21) 3131-3060Temporada: 24 de agosto a 20 de outubro – sábados e domingosNão haverá apresentações em 21 e 22 de setembroHorário: 16hPreço: R$ 15,00Capacidade: 63 lugaresClassificação: Livre

(Única Apresentação)O espaço CIAMA Cultural (Centro de Inclusão, Arte e Meio Ambiente) realiza única apresentação do monólogo “Olga no Jardim das Cerejeiras”. A peça conta a história de uma mulher da aristocracia russa, da sua família e de como, após retornarem à propriedade da família, vê-se obrigada a vender a casa para pagar a hipoteca. Após o monólogo, o ator Felipe Pedrini falará sobre o desenvolvimento do processo de mon-tagem do monólogo. A peça será no dia 14 de setembro, às 20h, em Copacabana.

Temporada: 14 de setembro (sábado)Local: CIAMA Cultural – Rua Raimundo Côrrea, 60 CopacabanaTelefone: 2549-6376Horário: 20hIngressos: R$ 10,00

TEXTO_JULIANA MARQUES ALVES

Dona Zaninha, a guardiã desses ricos acervos, conduz o público a outras paragens, verídicas ou fantasiosas, mas recheadas de humor, poesia e memória.Temporada: De 29 de agosto até 22 de setembro

Local: Teatro Poeirinha - Rua São João Batista, 104. Botafogo – Telefo-ne 2537 - 8053Horário: Quinta a sábado 21h e domingo, 20hDuração: 80 min.Classificação: 14 anosIngressos: R$ 40 (inteira) / R$ 20 (meia) para estudantes e idosos

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P OR DENTRO DA FOLHA

Doze anos e mais de uma cen-tena de edições separam a Folha da Gávea, jornal da associação de moradores do bairro, da hoje Folha Carioca, importante publicação da Zona Sul carioca. Dentro deste pe-ríodo, o último ano foi, em especial, um momento marcante em nossa história. Estamos comemorando o primeiro aniversário de nosso novo projeto que elevou a revista a um novo patamar: papel couchê e alta qualidade de impressão, muito mais conteúdo, projeto gráfico mo-dernizado e a renovação de nossa distribuição. Com isso, chegamos a maturidade lançando um novo con-ceito no mercado editorial, de uma revista gratuita, mas de alto valor para quem lê e quem anuncia.

Não somos somente um “rosti-nho bonito”: nossas matérias vão a fundo para mostrar a alma da cidade e de seus personagens, discutir as questões da cidadania e sustenta-bilidade e mostrar a vida cultural da cidade fugindo dos assuntos em voga na grande mídia. Nosso time de colunistas completa o conteúdo,

sempre pronto para entrar em campo e dividir seu conhecimento com todos os leitores, nas mais diversas áreas.

É encantador ver a riqueza de detalhes em cada tema abordado por Oswaldo Miranda, conhecer experiências exemplares de outras pessoas com Arlanza Crespo em Quem é Quem, organizar-se me-lhor com Samanta Quintans, criticar a programação da telinha brasileira com Bijux in thebox, descomplicar o português com Carmem Pimentel, acompanhar as novidades literárias através das resenhas de HaronGamal, tornar-se mais humano (a) lendo Ana Flores, pensar um pouco mais sobre o ser humano com Alexandre Bran-dão, divertir-se com a simplicidade de Gisela Gold, poetizar a vida com Tamas e vive-la melhor com Lilibeth Cardozo. E tantos outros, que como colunistas convidados trazem a quali-dade de seus textos para nossa revista.

Nossos repórteres, fotógrafos, designers e desenvolvedores comple-tam a equipe e trabalham sempre pre-ocupados em entregar um material de grande beleza, digno do povo carioca.

No dia 21 de agosto, a revista Folha Carioca e o Theatro Net Rio estiveram juntos, no próprio teatro, para entregar os certificados aos ven-cedores do concurso cultural Sua Frase Vale Um Ano de Teatro Grátis.

Maria Luiza Panno Vieira, ga-nhadora de um ano de teatro com a frase “Ser carioca é interpretar no teatro da vida o papel de levar, com alegria, as tristezas do Rio, de janeiro a dezembro”, celebrou a vitória. “Minha família inteira adorou. Existem algumas opções na Zona Norte, mas

a maioria dos grandes espetáculos está na Zona Sul”.

Antônio Cesar Pereira foi o segun-do colocado ganhando oito meses de teatro grátis com a frase “O carioca vive no palco do teatro mais bonito do mundo: o Rio”. “Não costumo parti-cipar de concursos, mas como gosto muito de teatro, resolvi tentar. Elaborei a frase sem pensar muito; foi mais intuição”, afirma nosso antigo leitor.

Yonne da Silva, medalha de bron-ze, ganhou seis meses de teatro grátis com a frase “O teatro do Rio nos faz

Theatro Net Rio e Folha Carioca premiam vencedores do concurso

Folha Carioca: 12 anos de vida e 1 ano de renovação

As transformações no impresso e a ampliação de nossa presença na web (seja em nosso site ou na página do facebook) continuarão sendo feitos pensando em aproximar-se, cada vez mais, do nosso público, e

aprender e amar o jeito carioca de ser”. Ela conta: “Fiz um esboço, revi e enviei. Achei a proposta do concurso excelen-te por ser uma maneira de despertar as pessoas para a cultura e também para o desenvolvimento da escrita”.

A Folha Carioca e nosso parceiro, Theatro Net Rio, se orgulham de poder oferecer a nossos leitores a pos-sibilidade de acessar a um verdadeiro banho de cultura através de nossos prêmios, promovendo o teatro e a música e estreitando ainda mais nossos laços com os leitores.

o conteúdo vai continuar trazendo aquela visão diferenciada de sempre. Garanta o seu exemplar nos pontos de distribuição, confira os extras no +NAWEB e curta a nossa fanpage para estarmos juntos... Sempre.

Folha Carioca: 12 anos de vida e 1 ano de renovação

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OSWALDO [email protected]

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“A história de Mora. A saga de Ulysses Guimarães” foi das melhores coisas acontecidas na imprensa nestes últimos anos. Trabalho excelente do confrade Jorge Bastos Moreno, que assina o Nhenhenhem, coluna do O Globo aos sábados, que não perco. Tudo foi resumido num livro que teve lançamento concorrido na Livraria da Travessa, Shopping Leblon. Eu começava a escrever quando Cecília me telefonou avisando que Moreno estava no programa Sem Censura. Peguei um bom peda-ço. Dizia ele que Ulysses queria por que queria ser presidente da República, sua obsessão. Que ele teve um tempo que ficou louco, mas se recuperou, que com seu olhar paralisava um político, que foi o político mais importante em seu tempo, fazendo campanha para as eleições diretas até para cinco, dez pessoas, na sua luta contra a ditadu-ra que o poupou, que foi teimoso ao querer voar de helicóptero com tempo ruim, morrendo no mar, onde ficou para sempre...

Ulysses foi anticandidato à presidência da República, com Barbosa Lima Sobrinho como vice. Afrontou, corajoso e desafiador, a generalada que tomara conta do país. Mas o que quero mesmo lembrar, segundo o Nhenhenhem do moreno, era sua dura aversão aos mil icos, coisa de macho. Quando morreu o ditador Costa e Silva, havia um vice-presidente, o deputado Pedro Aleixo, a quem fora confiada a redação de um novo texto constitucional. Lógico, ele assumiria. Coisa nenhuma! Um civil, um paisano na presidência? Inst ituíram, então, uma junta militar que durou até que viesse um novo ditador, os três idiotas a serviço do melhor humorismo. Em tempo: foi Ulysses que falou... Esse que foi um dos maiores políti-cos que o país já conheceu, e cuja vida é livro, vai virar filme e novela a ser apresentada possivelmente na CBN, tendo a atriz Mariana Xi-menes vivendo Dona Mora. É pra lá de bom que as novas gerações saibam quem foi o Dr. Diretas, o

homem que apresentou ao país a Nova Constituição Brasileira, 1988. A capa do livro de Jorge Bastos Moreno é a reprodução de uma fotografia de Ulysses, em silhueta, na capa da revista Veja,

da época, com o título Por quem os sinos dobram...

Primavera21 de setembro, Dia da Árvo-

re, ops! Dia do toco...

Por quem os sinos dobram... O Dr. Ulysses e os Três Patetas

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BAND NEWS: “Fazendo propagan-da de TV a cabo, produtos para cabelo, pasta de dentes etc., Gisele Bundchen (entre as 100 mulheres

mais influentes do mundo segundo a Forbes) está faturando sete vezes mais do que Neymar”. E olha que o craque

também faz vários comerciais na TV.

BAND NEWS: “Fazendo propagan-da de TV a cabo, produtos para cabelo, pasta de dentes etc., Gisele

TROVAS: “Enquanto em casa de areia/ panelas e limpa o chão/ a sua esposa passeia/ com seu primo – Ricardão.” Osmar de Guedez Vas, saudoso amigo, o maior bloguer que conheci.

O GLOBO: “Produtores brasileiros de banana temem importação da fruta do Equador. Pode derrubar preços e causar desemprego no setor.” Banana do Equador? Aqui, ó!

A BÍBLIA – UM DIÁRIO DE LEITURA: Sentimento geral pela morte de Luiz Paulo Horta, o religioso, o escritor, o pianista, e muito mais.” Agora, imortal de verdade, ele poderá verificar in loco o que dizia nas entrevistas sobre seu livro, comentando a Arca de Noé e Jonas, por exemplo, viajando dentro de uma baleia fugindo a não cumprir penitência de Deus, não passava de mitos. Imagine, dizia Horta, um só homem colcando numa embarcação casais de todos os animais para salvá-los do dilúvio, e outro que, para se livrar da tempestade em alto mar viu-se recolhido na barriga de uma baleia que o salvou, vomitando-o adiante num porto seguro. Mitos, na bíblia de Horta, um valor que se foi tão cedo...

GERAL: “Cesar Cielo trimundial nos 50m livre. O primeiro homem a obter essa marca na prova que é uma das mais tradicionais da natação.” Na piscina não tem para ninguém para lhe passar a bola... É ele e só ele!

RECORD NEWS: “Polícia Civil quer ouvir todas as pessoas que negociaram imóveis com o provedor da Santa Casa de Misericórdia, Dahas Zarur.” Por ora, prefiro ficar de atalaia...

SUPER INTERESSANTE: “Enfim, a cura da Aids. Dezessete pacientes venceram o HIV. É um remédio capaz de curar todos os outros testados em humanos, com resultados excelentes. Conheça os bastidores da descoberta médica mais importante das últimas décadas. “ Que melhor notícia do que essa, meu Deus?

GERAL: O carioca David Miranda ficou detido por 9 horas no aeroporto de He-athrow, Londres, por que é marido de Glenn Greewald, que entrevistou para o “The Guardian” Edward Snowden, o cara que revelou o sistema de espionagem dos EUA. Marido.. mais uma mancadinha da Scotland Yard... vide Jean Charles de Menezes que levou sete balas na cabeça, de graça...

A ÚLTIMA DO MOMENTO: “O senador Lobão Filho é contra a ética na política.” Ruy Barbosa e Joaquim Nabuco nele!A ÚLTIMA DO MOMENTO: “O senador Lobão Filho é contra a ética na política.” Ruy Barbosa

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G ISELA [email protected]

A MinhaAmel inha nunca gostou de re lóg io.

Sempre preferiu anéis e pulseiras da gaveta da mãe. Quando ia dar bronca na menina, no mesmo minuto ela gritava: “paieeeeee-eeeeeeeee!” O sujeito ouvia o grito de sua princesinha e em cinco minutos lá estava a bicicleta, o sorvete de chocolate, o jogo de bonecas, a viagem para Disney.

Amelinha nunca olhou para o relógio, afinal seus desejos eram realizados num piscar de olhos. Até o dia em que ouviu seu primeiro “não”.

Era seu primeiro dia de trabalho e chegou atrasada. Nunca soube o que era ser atra-sada; todo mundo reclamava, mas nada que uma gracinha de Amelinha não comprasse um sorriso no minuto seguinte.

Estava meia hora atrasada e não entendia como alguém podia não rir de sua gracinha. O chefe não perdoou, e Amélia, foi assim que a chamou, não conseguiu a vaga na livraria dos seus sonhos.

A vaga foi para Mário, que tinha a idade de Amélia e também já quis bicicleta, sor-vete de chocolate, bonecos, viagem para Disney. Ao invés disso, seu pai lhe deu um relógio velho e disse: “Menino, seu pai não tem dinheiro para essas coisas da televisão, mas tome isso aqui. Era de seu avô. Com ele nunca perdi as chan-ces que o mundo me deu. É seu”.

Mário recorda-va o feito, quando o dono da livraria perguntou-lhe as horas. “É a minha hora, Seu Décio, é a minha hora”. B e i j o u o v i d r o onde os pontei-ros bat iam seis horas e seguiu viagem.

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T [email protected]

I nstante Fugaz- Êta, quanta fumaça preta.Puseram fogo no matagal.Vieram vizinhos, curiosos,o bombeiro e a força policial.

Na busca do culpado,perguntas ao deus dará.Um falatório enorme.- Quem será, quem será?

Será ponta de cigarro incandescente?Será um mau elemento inconsequente?Será o sol escaldante e o calor indecente?Ou será brincadeira de adolescente?

Fogo extinto e fim do rebuliço.A busca do culpado sem solução.Todos de volta para as casas,foi embora a corporação.

Brincar de índio, com flechas incendiárias,é muito perigoso. Amanhã, acho que vou brincarde pique esconde.

Pensamentos Pró-fundos-Um pontovisto de pertopode ser um universocheio de pontos.

-Desejos desencontradosacordam com a solidão.

-As palavras também me enganam.

-Um instante depois de agoracontinua sendo agora.

-Cedo ou tardetodo império acaba.

Vago UrcaNum frêmitoSenti a língua molhadaDa onda do MarLamber, vibrarEm sons e murmúriosLenta, leve, cálidaNo corpo densoDa areia da praia...

Poeta ConvidadoSandra Mart ins de Souza

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EDUCAÇÃO & CONHECIMENTO

Colégio Stockler: crescendo junto com nossos alunos

Publieditorial

Há 46 anos, o Colégio Sto-ckler, uma das instituições edu-cacionais mais respeitadas do Rio de Janeiro, cumpre a missão de educar e formar cidadãos desde a infância até a fase adulta. Localizada na Gávea, a equipe de educadores, renovada em 2010 após a fazer parte do grupo Dínamis, mantém a tradição de especializar-se a todo instante: “O aprendizado constante é a nossa prioridade, principalmen-te nos últimos tempos em que as mudanças comportamentais têm acontecido rapidamente. Isso exige um atento acompanhamento e uma adequação perfeita do melhor e mais importante que houver em cada metodologia”, explica Vera Lúcia Gomes, diretora da unida-

e o material da Cultura Inglesa. “Os alunos são distribuídos

em pequenas turmas, e tratamos cada um de forma única, pelo nome e sobrenome. E os alunos do ensino médio são preparados para enfrentar os vestibulares mais concorridos. Aplicamos duas provas e um simulado semanalmente e as aprovações comprovam a eficácia desse sistema”, afirma Vera Lúcia. Durante o ano letivo os pais são convidados a participar de reuniões periódicas para conhecer futuros projetos e temas abordados, discutir sobre processos de adaptação e também conversar com professores de sua preferência.

Informe-se e garanta já a sua vaga.

R. General Rabelo, 51/56 - Gávea

Rio de Janeiro,- CEP 22451-010

(21) 2274-1121

de. Em maio deste ano, o colégio inaugurou uma unidade, também na Rua General Rabelo, totalmente especializada em educação infantil e o atendimento foi ampliado para os pequenos que ainda estão no berçá-rio. O ambiente foi cuidadosamente preparado durante quase um ano e conta com salas de pintura e brin-quedos recreativos de acordo com cada idade, berçário e espaço com piso almofadado para os primeiros passos, biblioteca que inclui tablets para acesso virtual monitorado e uma maravilhosa área de recreação. Em 2014, a educação infantil será integra-da ao Projeto Bilíngue, que irá até o 5º ano: a partir do momento em que o aluno aprender a falar, ele passará a ouvir o idioma Inglês com o método

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I ACI [email protected]

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Por que Maria?Isso eu já não sei, mas me lembrei

de dois fatos da minha história. Minha avó paterna, que foi minha avó-mãe, se chamava Maria Lia e, minha mãe conta a estória de que quando nasci com o cordão umbilical enrolado no pescoço, alguém disse a ela que, já que havia sobrevivido ao nascimento numa situação desfavorável, eu deveria me chamar Maria.

Já uma amiga muito querida disse que um novo nome cria uma nova persona e, portanto, mexe com as expectativas depositadas na persona antiga. Quem sabe...?

Penso que essa é uma experiência que só pode ser entendida depois de vivida e eu estou me dando a oportu-nidade de vivê-la.

Enfim, não sei por que, mas a partir do próximo dia 16 de agosto, meu nome é Maria, só Maria.

Maria

Mas agora, começo a pensar que estar próxima dos setenta anos de vida está mexendo comigo de algu-ma maneira (boa), já que depois de, recentemente, descobrir o mundo mágico, resolvi me rebatizar: vou me chamar Maria.

A ideia de mudar de nome eu sei de onde veio: recebi um hóspede que se disse chamar Inefavel, ou Ine ou Favel, e que atualmente esse era seu nome. Ao notar meu olhar de curio-sidade ou de quem não está entendo nada ele explicou: “De tempos em tempos eu mudo de nome. O último que escolhi foi esse, Inefavel”.

Ocorreu que poucos dias depois, eu acordei com essa ideia na cabeça (como se ideia pudesse estar em ou-tro lugar que não na cabeça...), isto é, “vou mudar de nome, vou me chamar Maria. Vou me rebatizar no dia do meu aniversário que é em agosto”.

As reações em casa, quando anunciei a novidade, foram variadas: um achou que eu gostava de nomes simples, outra que eu devia mesmo me chamar Maria porque era uma ‘grande mãe’, no sentido de carregar muitos ‘filhos’. Meu netinho de sete anos perguntou: “Mas eu não mais vou ter uma vó Iaci?”.

Alguém até observou que a esco-lha do nome denunciava o quanto “eu me achava”, isto é, tão maravilhosa, que até podia me chamar Maria, sim-plesmente Maria. Outros, ao contrário, disseram que a escolha refletia minha modéstia.

O mais engraçado da experiência é que ninguém questionou a mudança em si (quase como se isso fosse ‘nor-mal’), ninguém disse que eu estava ma-luca ou gagá, todos se concentraram ou na lamentação da perda da Iaci ou na escolha do nome.

Eu nunca dei atenção a conexões entre fases da vida e idade cronológica, no que diz respeito a mim mesma. Estou me referindo àquela estória bem conhecida de crise dos trinta, quarenta, cin-quenta... Talvez por ter começado minha vida adulta muito precocemente e, fisicamente, sempre me atribuírem uma idade bem, bem menor que a real.

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H ARON [email protected]

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“Hanói”, o novo romance de Adriana Lisboa

“Elefantes não deveriam morrer, não é verdade? Elefantes deveriam vi-ver para sempre.” Embora no começo do seu mais recente romance, “Hanói” (Alfaguara, 238 páginas), Adriana Lisboa use a metáfora desse grande e belo animal, ela vai tratar mesmo é de seres humanos e da precariedade de suas existências. A autora estreou na literatura no final dos anos noventa, e “Sinfonia em Branco” (2001), seu segundo livro, abriu caminho para que ela recebesse muitos elogios e alguns dos principais prêmios concedidos pela crítica especializada. “Sinfonia” acabou também por marcar a sua literatura, porque mesmo hoje, morando nos Estados Unidos desde 2007 e com vários livros publicados, para muitos leitores é ainda o seu melhor trabalho.

Com “Hanói”, seu sexto romance, talvez alguns já possam afirmar que há algo de novo não apenas na literatura de Adriana Lisboa, mas também no horizonte da literatura brasileira. O primeiro ponto é que se trata de uma história totalmente ambientada fora do Brasil, restando nela de brasileiro, além da referência ao já falecido pai do personagem principal – nascido em Governador Valadares e tendo emigra-do jovem para os Estados Unidos – a circunstância de ter sido escrita em português. David, o filho, é americano; e sua mãe, uma emigrante mexicana. No livro seus pais aparecem apenas como lembrança. O segundo ponto é que o romance traz como tema princi-pal algo difícil de ser abordado: a dor e a consequente proximidade da morte. O que fazer quando alguém sabe que já não lhe resta mais do que seis meses

de vida? Adriana desenvolve bem o tema sem resvalar na pieguice ou no melodramático.

David, um homem de 32 anos, é músico amador, toca trompete, mas tem câncer. O médico lhe assegura que sua doença só possui tratamentos paliativos e que lhe resta apenas uma sobrevida. Mas o personagem, de modo surpreendente, não se deixa abater, cria um objetivo para si, e até arranja uma namorada. Assim como os elefantes citados lá no início separam--se da manada quando sentem a morte próxima (é a própria narradora que nos alerta), David deseja viajar para bem longe, quem sabe Hanói. A capital do Vietnã será o motivo para a entrada em cena das consequências dessa guerra americana.

Talvez muitas pessoas não saibam que a guerra do Vietnã produziu uma horda de deserdados dentro da pró-pria sociedade vietnamita. Enquanto durou, muitos soldados americanos geraram filhos em mulheres vietna-mitas. Com o término da guerra, depois que os soldados partiram, essas crianças foram discriminadas e atiradas numa espécie de limbo, não podendo nem mesmo frequentar a escola. Nos anos 1990, os Estados Unidos decidi-ram receber em seu solo essas pesso-as, uma espécie de resgate à tragédia que causaram no extremo oriente. Na América, receberam cidadania e começaram a ser preparadas para a integração na vida social e profissional.

O romance é muito bem sucedi-do ao expor as duas vertentes a que se propõe. A dor física, incluindo aí a proximidade irremediável da morte,

e as feridas ainda não cicatrizadas de todo oriundas de uma guerra que além de mortos e feridos produziu gente proibida de existir como ser humano, outro tipo de sentença de morte.

Embora o romance não possua o mesmo requinte narrativo de “Sinfonia em Branco”, “Hanói” é um bom motivo de comemoração para

aqueles que gostam de ousadia. As-sim como a experiência americana dos exilados vietnamitas gerou mu-dança no conceito racial do que é ser americano nos dias de hoje, o exílio voluntário de Adriana Lisboa nos Es-tados Unidos está gerando uma bem sucedida literatura brasileira, mesmo escrita fora do Brasil e distante dos problemas brasileiros.

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São péssimas as soluções de emer-gência, logo que se faça uso delas apenas quando de fato houver urgência (desastre natural, invasão das frontei-ras). Diante das manifestações popu-lares, o governo decide... Nada disso: diante das manifestações populares, o governo ouve antes de sugerir.

Incentivar artista, empresá-rio, agitador cultural, enfim, todo aquele que receber dinheiro público (ainda que por renúncia fiscal) a escrever e tornar público um texto com críticas ao gover-no (seu mecenas). Construtivas, se achar por bem. Se optar por crítica leve, um senão à roupa usada pelas autoridades, que, em seguida, aponha outra mais contundente, que ajude o governo e o próprio estado a serem mais justos.

Uma vez por mês, formar uma mesa de biriba com os chefes do Executivo, do Legis-

Conselhos (quase) i n c o n s e q u e n t e s

Desarme a polícia.Libere as drogas.Proíba a publicidade governamental.O poder não legisla, julga ou ad-

ministra em nome de Deus (ou de Deuses). O bagulho é entre nós.

Rir pelo menos três vezes ao dia é bom para a saúde. Rir do governo, do vizinho ou de nós mesmos — não necessariamente nessa ordem. O go-verno também deve ser saudável, assim deve rir do governo, por óbvio, de outro governo, por exemplo, o nosso poderá rir do americano ou do russo. No caso do vizinho, o governo não reservará seu riso apenas para a fron-teiriça Argentina, devendo contemplar do mesmo modo andinos, caribenhos e platinos. Numa coletiva o governo rirá de si mesmo.

Reuniões entre agentes do governo e entre eles e agentes não governa-mentais poderiam ser filmadas, transmi-tidas ao vivo e mantidas na internet por tempo indeterminado. Nada de edição.

lativo e o do Judiciário. Transmitida ao vivo, claro. Depois de um ano, aquele que fizer mais pontos terá direito a um mimo do Estado: uns dias mais de poder, isenção de imposto de renda ou qualquer coisa que faça os jogadores lançarem mão de todas as suas artes e

artimanhas para ser o vencedor.O presidente, pelo menos duas ve-

zes por ano, os governadores, quatro vezes, e os prefeitos, doze, bem que poderiam passar um dia inteiro na rua olhando as modas. As escolhas de por onde flanar respeitariam a diversidade: um dia de Leblon e outro de sertão sem chuva. Durante esse dia, o chefe do Executivo estaria obrigado a entrar num boteco, pedir um café, contar uma piada. E ouvir, ouvir muito.

Abrir as seções eleitorais para o eleitor arrependido justificar seu arrependimento e deseleger o antes eleito. Como consequência, a prática de desvoto de cabresto seria crime.

A LEXANDRE BRANDÃO | NO OSSO [email protected]

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BOTAFOGO Budha Spa Botafogo Av. Lauro Sodré, 445/G3 e G4 – Shopping Rio Sul Tel.: 2295-7941OX Fitness Club Mourisc Praia de Botafogo 501OX Fitness Club Praia Praia de Botafogo, 488 Tel.: 2295-2211Restaurante Manakish Rua Cesário Alvim, 03 lj C Tel.: 2530-4117

COPACABANA Banca do Babau Rua Inhangá esquina c/ NSCBanca Tia Vânia Rua Xavier da Silveira, 45Banca Xavier da Silveira Rua Xavier da Silveira, 40Empório Occhiali Rua Siqueira Campos, 143 – Loja 141-142Espaço Brechicafé R. Siq. Campos 143 - loja 31 Tel: 2497-5041Graça Brechó Av. N.S.Copabana 959 - Loja E Ao lado do Cine RoxyLe Chic Optique Av. N.S.Copa., 267Livraria Nobel Rua Barata Ribeiro, 135 Tel.: 2275-4201Helena's Studio R. Siqueiro Campos, 143/lj 25Rest. Príncipe de Mônaco Rua Miguel Lemos, 18- Loja AShopping 195 Av. N.S.Copacabana, 195Sorveteria Lopes Av. N.S.Copa., 1.334 - loja ATheatro Net Rua Siqueira Campos - N° 143 - 2º Piso. Copacabana FLAMENGO República Animal R. Marquês de Abrantes, 178 lj. B Tel.: 2551-3491 / 2552-4755

GÁVEA 15ª DP – Gávea R. Major Rubens Vaz, 170 Tel.: 2332-2912Banca da Bibi Shopping da Gávea 1º piso Tel.: 2540-5500Banca da Gávea R. Prof. Manoel Ferreira, 89 Tel.: 2294-2525Banca Dindim da Gávea Av. Rodrigo Otávio, 269 Tel.: 2512-8007Banca Feliz do Rio Rua Arthur Araripe, 110 Tel.: 9481-3147Banca New Life R. Mq. de São Vicente,140 Tel.: 2239-8998Banca Planetário Av. Vice Gov. Rubens Berardo Tel.: 9601-3565Banca Speranza Praça Santos Dumont, 140 Tel.: 2530-5856Banca Speranza Rua dos Oitis esq. Rua José Macedo SoaresCasa da Táta R. Prof. Manoel Ferreira,89 Tel.: 2511-0947Chaveiro Pedro e Cátia R. Mq. de São Vicente, 429 Tels.: 2259-8266 Igreja N. S. da Conceição R. Mq.de São Vicente, 19 Tel.: 2274-5448Menininha Rua José Roberto Macedo Soares, 5 loja C t. 3287-7500Posto BR – loja de conveniência Rua Mq. São Vicente, 441Restaurante Villa 90 Rua Mq. de São Vicente, 90 Tel.: 2259-8695

HUMAITÁ Banca do Alexandre R.Humaitá esq. R.Cesário Alvim Tel.: 2527-1156

IPANEMA Armazem do Café Rua Maria Quitéria, 77Banca do Renato Rua Teixeira de Mello, 30Budha Spa Ipanema Rua Visconde de Pirajá, 365/B, Sobreloja 201 Tel: 2227-0265Centro Cultural Laura Alvim Av. Vieira Solto, 176)Mundo Verde Rua Visconde de Pirajá, 35Supervídeo Rua Visconde de Pirajá, 86 lj.C e D 21 2522-6893Via Verde R. Vinicius de Moraes, 110, LJ. CWash Club Visconde de Pirajá, 12, loja D JARDIM BOTÂNICO Carlota Portella Rua Jardim Botânico, 119 Tel: 2539-0694Le pain du lapin Rua Maria Angélica, 197 Tel: 2527-1503Posto Ypiranga Rua Jardim Botânico, 140 Tel:2540-1470Supermercado Crismar Rua Jardim Botânico, 178 Tel: 2527-2727 LAGOA Bistrô Guy Rua Fonte da Saudade, 187

LARGO DO MACHADO Shopping Sáo Luiz Rua do Catete 311

LARANJEIRASBarraca de CDs Raros - Marcelo Praça São Salvador (21) 9973-6021Casa da Leitura Rua Pereira da Silva, 86Mundo Verde Rua das Laranjeiras, 466 – loja D Tel.: 3173-0890

LEBLON Armazém do Café Rua Rita Ludolf, 87 Tel.: 2259-0170Banca Canto Livre Rua Gen. Artigas, s/nº Tel.: 2259-2845Banca do Mário Rua Gen. Artigas, 325 Tel.: 2274-9446Banca do Vavá Rua Gen. Artigas, 114 Tel.: 9256-9509Banca Rainha R. Rainha Guilhermina,155 Tel.: 9394-6352Banca Scala Rua Ataulfo de Paiva, 80 Tel.: 2294-3797

Banca Top Rua Ataulfo de Paiva, 900 esq. Rua General Urquisa Tel.: 2239-1874Budha Spa Leblon Rua General Urquiza, 102/ 6º andar Tel.: 2249-5647Café com Letras Rua Bartolomeu Mitre, 297Café Hum Leblon Rua Gen. Venâncio Flores, 300 Tel.: 2512-3714Central de Compras do Leblon Av. Ataulfo de Paiva, 556Centro Empresarial Leblon Av. Ataulfo de Paiva, 204Cidade do Leblon Av. Ataulfo de Paiva, 135Entreletras Shopping Leblon nível A 3 Embalo Bar R Dias Ferreira, 113 Fotografia Digital Av. Afranio de Melo Franco, 310 Rio Flat - Apart Hotel Rua Almirante Guilhem, 332 Vitrine do Leblon Av. Ataulfo de Paiva, 1079

LAPA Bar da Nalva Rua Silvio Romero, 3 - Esquina com Rua do Riachuelo

LEME Maison 25 Haute Coiffeur Rua Roberto Dias Lopes, 25Quiosque Espaço OX Av. Atlântica, Posto 1

SANTA TERESA Banca Chamarelli Rua Áurea, 02Banco do Lgo. dos Guimarães Largo dos Guimarães s/nºBar do Gomes Rua Áurea, 26 Esquina de Santa Rua Monte Alegre, 348 Tel.: 2508-7112

URCA Banca da DeusaBanca da TecaBanca do Círculo Militar em frente ao Círculo Militar Banca do EPV Banca Ernesto e Bia Av. Portugal, 936 Banca Garota da Urca Av. João Luíz Alves, 56 Bar Belmonte Av. Portugal 986 Bar e Restaurante Urca Rua Cândido Gafrée, 205

Ações de Rua • Livrarias • Bancas • Cafés • Restaurantes

• Espaços Culturais • Lojas • Academias

O NDE ENCONTRAR

[email protected]

Fundadora Regina LuzConselho Editorial Paulo Wagner (editor executivo) Lilibeth Cardozo (editora de conteúdo) Vlad Calado Arquimedes Celestino Fred AlvesJornalista responsável Fred Alves (MTbE-26424/RJ)Design e Criação www.Ideiatrip.com.brProjeto gráfico Vlad CaladoCapa foto de Arthur MouraDiagramação e Ilustração Carlos Pereira, Marcela da Fonseca, Olavo Parpinelli, Yuri BigioFotografia Arthur Moura, Fred PacíficoRevisão Luiza Mirian Martins, Marilza Bigio e Carmen PimentelColaboradores Alexandre Brandão, Ana Flores, André Leite, Arlanza Crespo, Carmen Pimentel, Fred Alves, Gláucia Pinheiro, Gisela Gold, Haron Gamal, Iaci Malta, Juliana Alves, Lilibeth Cardozo, Marilza Bigio, Oswaldo Miranda, Renato Amado, Sérgio Lima Nascimento, Suzan Hanson, Tamas

Desenvolvimento web Bruno Costa

Mídias Sociais Juliana Alves, Marcela da Fonseca

Distribuição Gratuita

Publicidade Verônica Lima, Angela Bittencourt, Solange Santos, Verônica Vidal

(21) 2253-3879 [email protected]

Uma publicação:

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