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PALAVRAS DO COM ANDANTE Ap6s um periodo de au sencia. sendo retomada a Revista Pegasus, que em sua tSt a prova m atm·Ja l de que hi\ uma grande quan tidade de conhecime nt o a ser dissemi nado no !imbito da Avia¢-io do ExCrcito. Assim, as divcrsos artigos desta edi >ilo tratam desde o dla -a-d ia dos nossos sold ados ate as ensinamentos co lhi dos nos conflltos gerados pelo radlcallsmo ro ll gloso no Oriente Ml!dio, nos quais ex:is tem emprego de aviaf3o de asas I "'ta ti vas. lncentivar a pesqu isa cientifica e va lorlzar 0 homem que busca 0 conhecimento e 0 objetivo primordial da Revl sta Pegasu s. Ela e uma rerramenta para promover o estudo. disseminar novas co nccitos, l evan tar qucstOes e dar crCd itos aos trabal hos rea li zados pelos nossos oncials e Oes sa forma. o Centro de lnstrucao de ob jetiva lnteraglr com cada lntegra nl e da Aviacao do Exercito e contribuir para o do pcs-soal em assuntos mil itares que normalmente mlo sao abordados em nosso trabalho di3rio. A Revlsta Pegasus circul ar> de fo•·ma d igita l e podera ser acessada pela p 3gj na ele trOn ica do CIAvEx, o que l hc da r.i caractcrrsticas de pratlcidade e f <\c:il Dessa maneira. tnmbem pod er.i atingir os amigos da que ver-Jo en1 .sews a1'tlgos assuntos agra d<\vel s que tratam do nosso cotidiano. do nosso trabalho, da nossa h ls t6ria, dos nossos va l orcs c da nossa vis.3o de futuro. Por ftm, a Revi sta Pegasus aber ta a partlclpacao de todos. por meio do envlo de a rligos e que apresentem novo s co nceitos. questioncm e interajam co m a casa de do avi ador do Exl!rclto 61'asllelro. 0 feedback sera vi ta l para o aprimoramento de uma revista que sc propOe a o-atar de assuntos tao ca ros A nossa rotina e que rna is um canal de co nhecimento no ambito da Aviat;ao do Ex Crcito. Pela Aud-'da!!!! TC Cav Alcides Valeriano de Faria l lmlor CmtCIAvEx f..XPf.OIEN 1'U TC Alt:idH (Cmt CJA\ EJ.:) r.t:tj M5rda ( DDP) F.dl.;llo: 5gl Goethe> (SEAC) Cn.$11'0 (ex·Cmt CI 1\V£x), Franklin (Ex·Cmt CUI ). Mllj Pi lf er (S£1 ,), MaJ Amorim (ex·SEP). Ulp S3ml\'.l ( eox.siPAA ). cap Osc.tr (e x-S.\1A). Colp Marrzla {DEN) . t• Ten T.lkcl (OCE). t•Ttn OyaN (SVV) . 'l"Ttn Alex (SAC). a• Sgt Ricardo Mttlo (SAC) .

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PALAVRAS DO COM ANDANTE

Ap6s um periodo de ausencia. es~ sendo retomada a Revista Pegasus, que em sua tSt Edl~lo, ~ a prova matm·Jal de que hi\ uma grande quantidade de conhecimento a serdisseminado no !imbito da Avia¢-io do ExCrcito. Assim, as divcrsos artigos desta edi>ilo tratam desde o dla-a-dia dos nossos soldados ate as ensi namentos colhidos nos conflltos gerados pelo radlcallsmo rollgloso no Oriente Ml!dio, nos quais ex:istem emprego de aviaf3o de asas I"'tativas.

lncentivar a pesquisa cientifica e valorlzar 0 homem que busca 0 conhecimento e 0 objetivo primordial da Revlsta Pegasus. Ela e uma rerramenta para promover o estudo. disseminar novas conccitos, levan tar qucstOes e dar crCditos aos trabalhos realizados pelos nossos oncials e pra~as. Oessa forma. o Centro de lnstrucao de Avia~ao objetiva lnteraglr com cada lntegranle da Aviacao do Exercito e contribuir para o autoaperfei~oamento do pcs-soal em assuntos mil itares que normalmente mlo sao abordados em nosso trabalho di3rio.

A Revlsta Pegasus circular> de fo•·ma d igital e podera ser acessada pela p3gjna eletrOnica do CIAvEx, o que lhc dar.i caractcrrsticas de pratlcidade e f<\c:il dissemina~do. Dessa maneira. tnmbem poder.i atingir os amigos da Avia~ao que ver-Jo en1 .sews a1'tlgos assuntos agrad<\vels que tratam do nosso cotidiano. do nosso trabalho, da nossa hlst6ria, dos nossos val orcs c da nossa vis.3o de futuro.

Por ftm, a Revista Pegasus es~ aberta a partlclpacao de todos. por meio do envlo de arligos e coment~rlos. que apresentem novos conceitos. questioncm e interajam com a casa de ronna~ao do aviador do Exl!rclto 61'asllelro. 0 feedback sera vital para o aprimoramento de uma revista que sc propOe a o-atar de assuntos tao caros A nossa rotina e que abrl~ rna is um canal de conhecimento no ambito da Aviat;ao do ExCrcito. Pela Aud-'da!!!!

TC Cav Alcides Valeriano de Faria llmlor CmtCIAvEx

f..XPf.OIEN1'U Produ~o: TC Alt:idH (Cmt CJA\•EJ.:) ~ Coordena~o: r.t:tj M5rda (DDP) ~ F.dl.;llo: a ~ 5gl Goethe> (SEAC) ~ Col~bOI"adO~: C~l Cn.$11'0 (ex·Cmt CI1\V£x), ~l ,;~j Franklin (Ex·Cmt CUI). Mllj Pilfer (S£1,), MaJ Amorim (ex·SEP). Ulp S3ml\'.l (eox.siPAA). cap Osc.tr (ex-S.\1A). Colp Marrzla {DEN). t•Ten T.lkcl (OCE). t•Ttn OyaN (SVV). 'l"Ttn Alex (SAC). a• Sgt Ricardo Mttlo (SAC).

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CON FLITOS ASSIMETRICOS E A ADEQUA~Ao DAS FOR~AS ARMADAS

As situa~Oes de desequillbrio cxlstentcs no ordenamento mundial sao frcqilcntes. Etas notmalmente se manlfestam em fun~3o dos obJellvos estrat~glcos perseguldos pelos atores lntemaclonais. ldentlfica-se claramente a existencia de lnUmeras dimensOes desse desequilfb1·io, que visam a garantir melhores e mais vantajosas condi~Oes de lideran~a ao bloco dominante de na~Oes. Esse bloco sc fortalece mutuamcnte nos 61·g3os de I'Cp1-esental1vidade mundlal. tendo sua expressao m~xima no Conselho de Seguran~. que atua como guard lao dos lnteresses de um pequeno grupo de parses. em detrimento de ser urn Orgao de representatividade internacional. homogeneo e harmOnica. Tal at;ua~ao. agrava o desequilibrio entre as na~Oes, seja no campo econ6mico·socia1. seja no campo poHtico~militar.

fa to que resulta em u1na asslmetria de condl¢es de vida. de progresso e de espel'an~a. No campo milltar. a conseqOI!ncta d~e sereno desequllfbrio ~ caracterlzada pelos denomfnados connltos asslm~trfcos.

Ap6s a Guerra do Viatn3 ate o final da Segunda Guerra do Golfo, em um perfodo de aproximadamente 30 anos, o tema principal dos exfrcitos voltou a se resumir em torno das for)as convenclonals. que tinham a posslbllldade de se enfrentar em t.eatros operatlvos reglonals ou globals. com ou sem a lnser~o da componente at6mlca. coiO(.'ando em risco a sobrevlvencra do prOprio planeta.

A integra~o mundial e o efelto produzido pela globaliza~o alimentaram o surgimento de vArias org.anlza~YOes, multas nutridas pelo ressentimento religioso. Nao raro. essas o1-ganiza~Oes elegeram os Estados Unldos e a poUtlca externa norte-americana como lnlmlgos.

Em 1998. a AI Qaeda organlzou·se com quatro diferentes, mas fntegradas. estruturas para pe rseguir os Ideals revolucionflrios do Isla: • a primelra estrutura era piramidal que procurava dlrecionar a tfltica e a estratCgJa do ideal a ser perseguldo. ·a segunda. consistia de uma rede global de terroris-tas, ·a lercelra. era composta pela guerrilha instalada no Afeganistiio, e · a quarta .. era a ne:dvcl allan~ entre os lnsurgentes transnacionais e os gl'\lpos te1Torlstas.

As..o;lrn organlzado e lnserldo em um contexto global.. este grupo terrorlsta tornou·se capaz de amea~ar os EUA em seu pr6prio territ6rio. Como grupo oponente, ele era nexivel. adaptivel. complexo. assiml!trico, inovador, disperso,lntegrado, conflante e capaz de auto·regenerar·se.

0 valor combatlvo da AI Qaeda nao se resume no fato de mcnsurar a quantidade de combatcntes aptos a desencadear<m um a to terrorista. mas. slm. na capacldade que ossa end dade polltlca-radlcal tern de recrut"a l~ lnsp[rar e mobillzar novos inlegrantes, tomando·os novos guerreiros da revolu~ao ou s imples simpatizantes.

0 mal or objetlvo de Bin Laden e descaracteri?..ar po1· complcto o Estado de Whcstphalla (as Foryas Armadas pertencentes aos Estados), co1n um sistema medieval de val ores, as.c;oclado ao antigo callfado e baseado na interpreta~ao extrema e radical do lsUt

0 a reo de instabilidade que csta implant-ado no oriente e a lean~ as fronteiras da lndon~sla e das Filipinas. passando pelo norte da Africa. possui v:irias etnias. em sua maioria regida pela re mu~ulmana. N3o se resume. portanto. a um s6 pals. ~ acolhldo por dlversos territ6rlos quelrradlam a f~ mu~lmana. Bin l.aden,, em seu discurso, agrega mu~ulmanos em torno de sua (.'3Usa, ao colocar a culpa do fracasso individual na crenfa dos infieis representantes do capitalismo e da democrada - o mundo ocidental eo emaranhado de seus valores.

Atualmente, a AI Qaeda e apoiada tanto pelos sunitas como pelos xiltas, desde quando houve sua lnclusao em 1996 no Hezbollah internaclonal - partido revoluc:lon3rlo. c:riado por lnlciativa do movimcnto iraniano.

Uma caractCI'lstlca Interessante a respeito da AI Qacda ~ de que as suas atlvldadcs tcrrorlsras c lnsurgenc:ionais sao orlundas de uma s~rie grupos que I he concedem a polo e suporte. (;uja cultura .. a r~~ eo conhecimento profissional varlam enormemente, mas que incondicionalmente arriscam e sacrificam a prOpria vida pel a causa na qual acredltnm.

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P or meio do Isla, Bin Laden lrradla a sua interpreta~o mfope das leis religiosas propostas por esta ideologia, influenclando toda uma legiiio de guerreiros a lutar pela causa da Guerra Santa - Jihad. Entrctanto, Jihad C uma das tarefas boislcas atribufdas pelo Profeta aos mu~uhnanos. En1 essCncla, Jihad sfgnrnca luta. Luta pelo avan~ ou pela defesa do Islam. A Jihad ~ regfda por duas correntes de pensamento: · casa do Isla: on de a lei muculmana predomina, • casa da Guerra: delxa claro ao mundo que alnda t'XIstcm rclnos governados pel as lnfiCis.

No Seculo XVI, Ebu's Su'ud. professor catedr~tlco reconhecldo no Imperio Otomano deOnlu Jihad da mesma Forma em que hoje os radicais isla micas a caracteri1.;am para defender seu posidonamento. Oizia o professor que: ")ihad nao e missao Lmica de indivfduos, mas. sim, de toda a comunidade is13mica. A I uta dcve scr contfnua e deve durar ate o Hnal dos tempos". Essa interpreta¢-io cnseja que a paz entre os infiels e os mufulmanos seja urn ideallnatfngivel. pela pr6prla ess~ncia da lnterpreta~o da lei islam tea.

A Jihad., em essen cia. na interpreta~o dos radicais, e uma luta contra a c:ru1.ada c:rista·judaica. Filos6fica,, frsica e espiritualmente, a Jihad pode ser en tend ida como urn movimento de heroismo mistico dentro da pr6pria ldeologla lslilmlca, fa to que assegura a fo~ da re para criar e ratfflcar uma sociedade devotada a Deus.

Se porum )ado, os guerreiros da Jihad, ann ados com a espada de Deus, acreditam que lutam contra lnfleis; par outro, o mundo ocidcntal cr~ que a sanha odlosa dos seguldores de Alah tcnha origem no pr6prlo complexo de lnferlorldadc colet1va e social. A guerra santa. no entendlmento de muitos. e uma rea~o rancorosa ao desenvolvimento e ao progresso coletivo, panicularmente o cconOmico. juridico e mUitar. experimentado pelo ocldente.

De acordo com as fontes de cstudo cl3ssicas e especlatizadas no movlmento mu~uhnano, existem , hoJ•. quatro posl~3es ldeol6glcas dentro do prilprlo lslamlsmo: a fundam•ntallsta. a modernlsta, a a tradicionalista e se<:tarista.

Na verdade os "mujahedins·: veteranos da guerra contra a antiga Uniao das RepUblicas Soclalistas Sovfllllcas (U RSS). forneceram os primeiros efetivos a AI Qacda. 0 lncentivo era prossegulr na I uta santa fora do t:errlt6do afegao. As vit6rlas do Tallban garantlram santu~rlos para o treinamenco c para o aperfelfoamento de guenilhelros.

Ao ultrapassar as fronteiras fisicas dos paises do Oriente MCdio, a AI Qaeda tornou·se a bandeira de .nultos cidadaos locals, constltulndo·se na anhna~ao perfeita da ldcolog1a do lsHi. que apolada pclo Pasqulti\o. foi capaz de elevar o m'imero de recn1tamentos. lnnuenciando slmpatizantes e ddadaos ace en tao considerados neutros. En Om, a Al Qaeda trnnsflgurou·se na resposta As frustra~Oes, ~s humilha~Oes e as derrotas sOcio··poHticas experimcntas pcla coletlvldade mu~ulmana nos seculos XIX e XX.

Com habllldade lncomum a AI Qaeda explorou a hwas~o do lraque como mals um fator que cal(ltlerlzava os interesses opressivos dos Estados Unidos. As tropas norte·americ.amas niio estavam I~ somente para llberaro povo lraquiano, mas sim para ocupar o territ6rio e explorar o pais. segundo a vis3o radical do grupo lsl:lmico. As diferen~as politicas aumcntaram a dlstancia para que a paz local fos:sc alcan~da. 0 con Of to de lnteresses conduz.lu li lnstala~.3o de um movlmento subterr!lneo que sustenta o esfor~o de guerras dos combatentes mujahedins .

.. A Guerm de Cuerrlllra nno depe11de degmndes opem~6es, de soflstlcada materia, de orga11iza¢es e estnlluras complexas, de meios eletrOntc.os sofisUcados, de computadores e redes de informdtica para alcan~or o sucesso. 0 elemento b6sico da guerm de guet'rillra eo Jtomcm, e ele eo mats complexo de todos os outt'OS melos e m6qulnas. Ete e dotado de inteligincla, emo¢o e, principal mente, de vontade."' (Samuel 8. Grilfitlt II, Guerra de Guerrilha, lntrodufiiO a Mao Tse·Tung)

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Q conOito insurrecional incorporn componcntes assimCtricas de divcrsas dimensOes c lntensldades. A VOJttade doscomhatentes envolvJdos. sua motlva~o J)3ra o combate, o suporte emoclonal recebido em fun~o da causa da guerra e a pr6pria convic~ao e predisposl~o ao com bate consmuem-se em f'atores essenciais que podem determinar o exito ou o fracasso do confr-onto.

Os exCrcitos regulal'cs n3o suportam o peso de numerosas pcrda.s em combatc. )3 ern asshn no tempo em que os mmanos tlniMm que se dlgladlar com os bflrbaros. Agol'a. em melo ~ revolu~o tecno16gica e das comunlca~Oes. esse senti men to se exacerbou. Tropas treinadas sempre foram caras e de dificil reposi~o. Uma Na~o estruturada nao est3 apta a aceitar perdas de combate em exccsso. partlcularmente ~m guerras peri(Cr1cas, que nao amea~m sua pr6prla exlstCncla. A aceita~o de balxas nesse.s connlros pode ser temporaria, mas n~o lndeOnlda. pern1anente. lsso consUtul o ponlO rraco da vontade naclonal quando submetlda a guerras lnsurrecionais perirericas. locallzadas Ionge de suas fronteiras frsicas c socials.

Os conflltos asslmCtrlcos incorporam essa marcante contradl)io. Thl fato fol evldente na pergunta frequentemente lan~da dur.ante a Guerr.a do Vlelni'i: .. Como voc~ pretende vence.r fnlmlgos que n~o se lntimidam em combater helic6pteros com areas e flechas?" No conOit·o vietnamlra os combatentes locais, mesmo sofrcndo enorm~s baixas, nao os valorizavam e continuavam a aceit3·los em grande nUmero a fim de persegull· sua ol'ienta~~o c-stratCglca que e1-a expulsal' as o·opas norte·antericanas da Indochina.

Por isso. como evidente na clta~ao de Mao Tse-1\Jng.. so mente a superlorldade material e tecnol6gica n3o ~ capaz de garantlr a vlt6ria. Em algumas clrcunstanclas. essa superiorldade pode se tornar uma armadllha. Nenhuma lnova~ao tccnol6gica ou bCiica. entretanlo, e capaz de subordinar a vontade de urn povo que deseja se tornar lndependente e de buscar seu pr6prlo caminho.

0 movimento rebelde. seguindo sua orienta~o estra~gica, pode provocar uma escalada do conflito, o que nem sempre e vantajoso. Os custos necessariamente iliio aumentar. seja em vidas, seja em equipamentos. impondo um elevado desgaste para am bas as partes. No entanto, ao Iongo do tempo. os custos ent vldas se~o lnsurportavels para a pot~ncla que procura establllzar a ~rt:?a de conn !to. A guerra all!m-fronteil"as, que n3o repercute na seguran~a intcrna.. dincilmente e capaz de conta.giar a oplnl3o pUblica em sua totalidade. J>or isso, com essa visao, os prOprios milirantes islilmicos niio estlmulam ataques ao territ6rio continental norte·americ.ano. uma vez que vlsam dlssoclar a vontade pUblica da vontade governantental em rela~ao aos objetlvos de guerra tra~dos.

Essa t~tlca cria urn dllema para a popula~o que passa a se perguntar sobre a vall dade das mortes de jovens america nos e dos recursos o~ment3rios empregados no conRito, uma vez que elcs nao sao indlcadvos de que a seguranca inten1a tenha sldo aumentada. Essa mensagem f!. sentlda pelo povo amerlcano, em runf~O das t.ldcas adotas pelos lnsurgentes • pela mldta contrMa aos movlmentos lntervencionistas.

Com tal raciocfnio, nao somente a popula~o civile afetada. mas tambCm as tropas. por rcceberem infiuilnda dircta da oplnlao pUblica. 0 sentlmento do povo reverbera na alma do combatente.lmpactando sua vont:ade de lut:ar. de veneer e de acredltar em uma causa naclonal. Com i$$0. a moixima de Mao Tse-Tung passa a ter validade: "'se a potCncia inimiga ttver a vontade de lutar afetada, en tao sua capacidade mill tar. sem interessar quao grande seja, passa a ser irrelevante':

0 fa to detcl'minante ~ que: ~-andes po~ncias nao supol'tant pesadas baixas ent connitos de baixa iniA!nsldade. Al~m da ex~riencla do Vletna, pode-se cltar os ratos ocorridos em Mogadishu. onde 18 milltares norte4 amerlcanos perderam a vida.. contra aproxlmadamente 312 somalis , Algumas estatlsticas, entretanto. apontlm que no total 30 mill tares estadunidenses foram mortos, enquanto que o oponente contabtllzou perdas de 1000 a 3000 soma lis. Me-smo assim, passados alguns dias dos fatrdlco com bate, em bora o nUmero de baixas tenha sido exLremamente favolivel para As for~s de estabiliza~o. as Lropas norte-americanas se retlrnram da Somalia, sob ereito de grande press3o popular. 0 mlto conhecido como "perda zero .. caiu por ten""J durante as opera~Oes em territ6rio africa no, 1-epercutindo no planejamento e na execu~ao de fUluras opera~Oes mllit'ares.

Com isso. a posl~ao norte-americana em rela~o as opera~Oes de paz. sob a tutela das Na~Oes Unidas foi reavaliada. 0 governo do Presidente Clinton ( .. !>resident Decision Directive 25") concluiu que nem semprc operafOes milltares com cas'ilte1· de intc•vc.n¢.\o se constltucm na melhor rcsposro para o~Ocs humaniiArlas. em bora. em determinados casas, sejam adequadas. especial mente- em situa¢es em que o risco seja minimo. fa to confirm ado pela participa~do norte-americana n3 opera~5o em Kosovo.

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A s guerras da Corel a e do Vietna pressionaram a Casa Branca e 0 Pentflgono na busca de solu~Oe.s belicas que reduzissem as baixas em combate, particulannente nos escaiOes mais bai>:os da for~ tcrrestre. 0 aumento da confJan)cl nos ataques de preclsao. na avla¢-io e na mobilldade a ltcraram a manefra de combater das fo~s nortc-ame•·lcanas. As vlt6rfas curtas e declslvas nas Ot)era~Oes no Pan am~ e no Golfo, merce da incorpora~o de avanijadO armamento, cont1ibufram para o surgimento do "motto"' no Pent3gono de que a For~ Dedsiva seria capaz de veneer batalhas como m(nimo de perdas. em curtfssimo cspa9o de tempo.

Entretanto, com o reves de Mogadiscio. o Penu'igono voltou a questlonar o aspecto .. petdas em combate': sem valorizar sobremodo a ideia de que baixas eram inaceitAveis. Essa percep~o

proporcionou as lideran~s civis e mllitares tempo para se anteclparem aos revezes impostos pelos lnlmigos nos campos do atrlto to\ tiro e pslcossocial.

Ap6s a Guerra Franco·Prussiana, no s~culo XIX. as potCncias passam a apresentar vls<Ses multo homogCneas em rela~io ao emprego e a estrutura de suas for~s militares. A raclonalidade b~lica de Clausewitz, desde entao, consolida uma linha de pensamento bClico que caracte1iza o emprego de for~.as convcnctonals. Nao obstante, ~ pos·srvcl ldtntlflcar o pensamento Jominlano. que faz dlrerlr a esfera mlllrar da componente emlnentemente polftlca. Crla-se o Impasse que muiras vezes colabora para dissodar a poUtica e a componente militar. dificultando a sua lntegra~ao. Fomenta·se, assim, uma assimetria de pensamento que vai desembocar diretamcnte na natural inadequabilidadc das estruturns dos exCrdtos coJwenclonals para sc engajar em uma guem lnsuJTCdOJlal. em um ambfente compJexo.

Os ex~rcltos convencionais. trelnados e equlpados segundo a escola de Westphalia, mostraram-se lnadequados para enrrentar os desafios impastos pela guenilha insurrecional. A volatilidade dos lnlmigos, o comiter difuso das amca~s co complexo ambientc opcracional ensejoram a necessidadc de adapta~6es de toda ordem de modo a ton1ar as ro~s n-adldonals aptas ao comb ate asshn~trlco.

As for~s sovi~ticas ldentiricaram a necessidade de reallz.ar adapta~Oes A doutrina corrente logo ap6s sua investida contra os rebel des afegaos. 0 ExCrcito SoviCtico que invadiu o Afeganistiio nao era uma fol)a tJ'cinada para conduzlr opcra¢es contra uma for~ de guerrilha. Ele era apto para combater em conflltos convenclonais de grande lntensidade - a guerra ldeallzada para ser combatlda contra as potCnc:ias ocidentais. A guerra concebida pela dtssuasao nuclear em um mundo bipo1ari7.ado.

Nesse com bate. as lin has de a~o do pensamento estrat~gico·tatiro dos soviCtlcos eram: • emprcgo em massa de forma~Oes bllndadas, • atua~o por escaiOes constiturdos. · emprego combinado de am1as. ·en fuse no a polo de fogo orgflnlco, · manobras em prorundldadc dcsbordantes c pcnetrantcs, · uso da tertelra dlmensiio como sistema multiplfcador do poder de com bate.

Embora a lideranca sovietica tenha optado pelo invasao do territ6rio afegao. as tropas terreslres n!io c-stavam aptas a opera1· nnquele tipo de tcn·cno, contra nquele tipo de inimigo. 0 combate convcncional proposto pelos russos n3o fol eflcaz. o que fl"llstrou a cflclcla das prlmelras opcra~<Jes.

Constatou-se. de lnfdo. que nilo havia frentes flxas no c:ombale. Tampouco havia rel-aguarda ou limites laterals. N3o existiam linhas definidas no terreno nas quais os blindados poderiam peneiT3r. visando cercar ou isolar o inimigo. a nm de surocl·lo com o bloqueio de sua arteria logrstica. conduzlndo·o ao colapso operaclonal e c'J derrota. Oe rato. as ro~s de ocu p.a~o n~o ldent1ncaram um oponenteaptoa engajar·se em uma I uta convendonal a berra e frnnca. como os com bates vlsualizados nos planejomentos dos ex~rcitos que tiveram origem na '"Pax de Westphalia".

Os sovlc.'!ticos cnfrentaram urn combate hcterodoxo, tcna7., contra um inlrnlgo aguerrido. dlruso na hnensid~o de um terrlt6rio in6splto. Em consequAncla, a vit6rla r..\plda a baixo custo perdeu-se na llus3o das areias quentcs do so1o afegJ;o.

As t:aticas outrora empregadas na invasao da Checoslovaquin fornm revividas por ocasiao da lnveslida contra o ten1t6rlo afcgao. Curlosamente. o comandante das tropas J'\Jssas naquela oportunldade em 1968, General Pavlosky, era o comandante das for~as que lnvadlram o Afganlstiio. A ~tica utilizada pelos sovl~ticos contemplava o lan~mento massivo de ataques mecaniz.ados e blindados. organi7..ados no nfvel division3rio pela "Motorized niffie Division" (Oivis3o Motorl7..ada), ate mcados de 1982.

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A p1'0Xhnadamcntc duas vezcs por ano. ataques convenclona1s. lnldalmente ensalados para combater tropas da OTAN no teatro europeu, eram lan~dos contra o terrlt6rlo afegao. Fntto da ineOdencia das a~Oes militares e das investidas no territ6rio dominado pelos '"mujahedlns", os soviCtlcos altcraram suas taticas c adaptaram seu cquipamcnto em me-ados de 1982. Nesse periodo, o emp1'Cgo de hl'llcQptcros fol lncrementado. 0 Ml 24· l·llnd passou a comandar as a~Oes mllltares contra os lnsurretos. AICm do emprego de hellc:6pteros. os russos tambCm ulilizaram de otltros modernos equipamentos, como o ca~ bombardeiro SU-25.

A manobra sovh~tlca. constituia-se de urn masslvo bombardcio. scguldo de um envolvhncnto aerom6veJ e urn ataque mecanf?.ado terrestre s lmultaneo ao movlmento aereo.

Alguns cdticos ocidentais. costumam arim1ar que se os sovleticos tlvessem est.udado e aprendido sobre a experifncla norte-americana na Indochina. eles terlam verllkado que a tec:nologla de ponta eo annamento no cstado da arte nao sao surlclentcs a ponto de evltar a condu~o do com bate convenclonal. no qual o ace1v0 tecnol6gico tende a perder lmportancia decisiva. nivelando os mllltares-combatentes com insurretos.

A ror)<t cxcessiva dos ataque ca destrul~o lmposta pclasa~Oes ofcnslvas de grande intcnsidade niio COiltrlbulram em nada para conquistar os cora~8es c as mc11tes dos hablta1Ues locals - condi~8es essenciais para venceruma insu1-gencia em terrlt6rfo inimigo.

Na verdade. a estrntt~gia soviCtica no Afeganist5o assemelhou-se em muito a utillzada pelas for~s norte-amcrlcanas no Vietna. Via de l'egra. os parses respons"veis pela estabili7..a~o de detcnninada area s3o conduzldos ao uso excesslvo da fo~ contra um lnimlgo vole\ til. lnsu,·reclonal. na maiorla das vezes apoiado pela popula~o. 0 uso do martelo indlscriminadamente, pode n3o surtir o mesmo efeito que o cmprego de uma chave-de·renda no local e no momento necesscirios. Em conseqiiencia, o remCdio admlnlstrado a for~. nao raro. tcm efcito contri1·io e. ao invCs de a rebeliao an·efectw, ela rcccbe um espontlineo e COiltundente refor~o.

Do ponto de vista norte-america no. as ins-urrei~Oes pennanecem sendo um desano. urn a ve-t que hA dois sCculos os Estado Unidos preparam suas for~s armadas para conOitos de grande lntensidade, com a roupagcm oonvenclonal.

Contudo. apos a contundent:e vi!Orla do Golfo.~ lmpensavel que exlsta algu~m ou algum exerclto que se voluntarie e assuma a op-;5o de enfrcntar o poderlo militar amcricano em um conflito convencional.

Os Estados Unidos desde sua origem, quando cnfrentaram, na regiao onde hoje cst3 localizado o estado da FlOrida, os Seminoles. scm pre demonstraram p1·eferCnda pela manelra convencloMI de faze I' guerra. No entanto, e chegado o momento de preparar-se. tCcnlca. operativa e doutrinaliamente para enfrentar urn inimigo que n5o vai se sub meter a urn em bate tradidonal.

Por analogia, podc·se anteve1· que essa tendlmcia Jril repercutir em v3rlos exercitos. f.stara na llderan9' quem prlmelro aceltar essas n1odlflca¢es. scm esquecer. log1camente da base de conhecimento que ate o presente est-A consolidada. Essa base. torna-se fundamental para que os es~gios

cvolutivos possam ser alcan~dos. 0 autor Sam Sarkeslan etta em scu livro lntltulado '11H~ Myth os US Capability ln Unconventional

ConOfctS" que os esro~os feftos pelo ex~rcfto nOJ1e·amerlcano para lntroduztr uma dou~:rlna conrra a guerra irregular nao passam de adaptafYOes da doutrlna conventional. carecendo de originalidade e de Rexibilldade necessflrias para se contraporem a proposta explorada pelos movimcntos revolucion3rios. Com lsso, pode·se refor~r a !deJa de que a luta contra a lnsurref¢.io dove procurar scr aut6ctone. nao posslbllltando sucesso a solu~~es importadas.

Com o sucesso norte·americano no Golfo foi criado urn grande anacronismo. 0 ExCrclto Norte·Americano assenhoreando·se do teatro de operarOes ratificou a previs3o de que multo dlftcllmente sera dei'I"'tado em um conmto tradldonal. Contudo, diHcllmente ele ter3 que combater outro ex~ rei to de modo convencional, pols os oposltores nao I he oferecerilo tal oportunldade e negar-se-ao ao combate franco, aberto. diret·o, sob pen a de se autodestrurrem.

Verlnca-sc que estando cncazmcnte preparado para o combatc convcnclonal como nunca outl'o exltrdto esteve. o ex~rcltoamerlcano estacada vez mals Ionge de ser empregado tlOS moldes tradldOJlals previstos por esse tlpo de com bate.

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N o tempo em que essas mt~dan~as de pos'lura cstratCgica acabam permeando conceilOs doutrin3rios seculares. rormados com base nos ensinamentos de ClausewiiZ. assiste·se. gradativament'e, que os exCrcltos mals mc>deiTios come)<'m orlentar suas pesqulsas no send do de encontrar respostas de como melhor subjugar movlmentos insurrcclonais.

Cada vez mais os milltares profissionais sao desafiados a nao serem apenas especialistas sobre ~ticas de guerra. lgualmcnte. os poUticos e os estratcgistas sao desafiados a nao s6 simplesmente derrotar os advers3rlos. 1-!ci que se prcver o lmpacto material e pslcol6g1co que as a¢es mllltares causam sobre a popula~ao de maneira gcral. Mais e rna is. os envolvidos sao respon~veis pela recupera~o das condi~Oes de vida de urn a comunidade afetada pelo Oagelo da guerra, pela reconstru~o de seus valores. sem chocl·los com solu~Ocs importadas desajustadas ~ tradi~ao local. Cada vez mais, os homens enca•Tegados de melhorar as condl~aes de vida dessas popula~aes s~o responsavels por devolver-lhes esperan~ e alegria de viver em um mundo melh01~ mais jusw. sem 6dio e sem medo. Cad a vez rna is, os exercitos ter3o de aprender que a guerra convencional. sua douttina e seu treinamento niio se ajustam as demandas cnfrentadas pclos conflitos assimftricos por exccl~ncia.

Assim, com esse enfoque, pode·se aflrrnar que as for~as armadas encontram·se sob efclto pendular e paradoxa!: Preparar·se para conflitos as.simeuicos ou pem1anecer preparando·se para a remota possibilidade de urn a guerrn convendonal. A decisao. seja ela qual for. requer coragem. sabedorla. estudo c. prlndpallnentc. adcqua~o de conceltos que rom pam, em tesc, com o sistcn1a em vigor. Em slntese. uma verdade. ponhn, condldona o planejamento estratCglco de qualquer Na~o que pretende ocupar desl'aque no concerto internacional, sendo representado pelo perp6tuo axioma: "SI VIS PACEM PARA BELLU M".

Cel Cav F3bio Benvenuttl Castro Ex·Comandante do CIAvEx

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SA 36SK PANTERA NO CIA VEX

Em 1987. o Exerclto Braslleh·o recrlou a Avla~ao do Exerclto (AvEx). Tal fato levou ~

aquisi~o da aeronave SA 36SK Pantera. surgindo. assim, a neccssldade de se estabelecer os para metros In lela Is que darlam supol'te <.\ doutrlna de emprego de hellc6pteros de emprego geral na Avia~ao. Logo, rez-se nccess3rio a criay.io de urn nUcleo para a forma¢-io de pessoal especialista e•n avla~3o. pot ora formado corn apolo da Marinhado Brasil e da For~a Aerea Bras ilelra. Este nUcleo embrionario conduziu para a cria~.ao do Centro de lnstru¢.\o de Avia¢-io do Ex~l"cito [CIAvEx], Estabelecimento de Enslno [EE) respons~vel pela forma~o dos recursos humanos

0 anode 1993 fol marcado pel a •-e~trutura~o da Avla~o do Ex~rdto, com a dlvls3o operational, logistica e de romta~ao. organizadas em Unidades Aereas com missOes especHkas. juntamente com essa reestrutura~o. nesse mesmo ano, seis aeronaves SA 36SK Pantera passaram a fazer parte da rrota de acronavcs do CIAvEx, na rec~m·niada Esquadrllha de Hcllc6pteros de Jnstru~ao (EHI). 0 motlvo de dota~o de aero naves Pantera no CIAvEx fol a necessldade de dar suporto ~ fom>a~~o de pessoal nesse modelo de aero nave, al~m da forma~o de pilotos quallficados em voo por instrumentos.

A incorpora~ao do modelo de aero nave no Centro de Jnstru~ao possibHitou a padroniza~o dos procedlmcntos operaclonal.s. hoje consolldados na AvEx. c rcprcsentou urn ganho slgniflcativo em quail· dade da lnstru~o. uma vez que a aeronave esUtva disponfvel para esse nm. dlfere.ntemente de outrora em que se dividia entre emprego operational e emprego em instruf30. Apesar dessas vantagens da per· man@ncia da acronave no EE. durante os a nos de 1998a 2010, o CIAvEx pcrdeu o seus pan teras. Mas da· da ~ relevfinc-la que representa a dota~.3o de ae1·onaves Pantera na rorma~~o de pessoal, o Comando de Avla,;;o do Exerclto [CAvEx] decidiu. em janeiro de 2010, pelo retorno de duas aeronaves Pantera [EB2013 e EB2035) ao Centro de lnstru~iio. na certeza de representor um salto e m qualidade na instru~o dos espe<:ialistas.

As vantagens da aeronave Pantera sao: ·Proporcionar maJor autonomia ao CIAvEx; · A rnalor mobllldade pmpor-c-lonada ao cumrlr missOes de ins1.ru~o rora de sede; · Apoio aos diversos es~gios de area e cursos, dcntrc etes o est<i.gio de opc1"3¢.j:o ac1-om6vels co curso do ospedallstas SAR; · Suporte a alividades de EvAem. quando das diversas operat;Oes de c.ampanha realizadas pelo EE; · Facllldade logfstlca e supo11e ~ manuten~ao. quando em missOes fora de sede, como por exemplo: Est.lgio de l'ilotagem T:itlca (EPll ,

· Atividadc complemcntar aos cursos desenvolvldos no CIAvEx, como por cxemplo: Habllitaf.ao na Aeronave Pantera (flAP) • Tcorla da Ae1'0nave Pa ntera (TIIM· Pantera): · Manuten~ao de lnstrutores da aeronave Pantera em dia com a prtlrica, a fim de proporcionar um ensino mais prOximo da realidade; · Padroniza¢-io de procedimcntos a screm adotados por toda a Avlaf30 do Exercito, como por excmplo, os voos de comb ate e as atlvldades de voo por lnstrumCI\tO.

Maj l.ulz Claudio de Souza Franklin Ex·CmlCHI

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PR£PARANOO HELIC6PTEROS PARA 0 COM BATE ASSIMETRICO E CONTRA·INSURGENCIA

Connltos passados e atuals

Maj lnf Marcus Vlnfcius Pinheiro Dutra Piffcr

·Nao h6 duvfdas de que o pope/ do helic6prero no combote moderno • seja no Chech~nia, no Afeganistdo ou no

!roque· permonece vital e declsivo como sempre.

Alexander Mladenov

D esde meados da dt:!cada de 1950, nos connitos colonials da ArgCiia, pOde·sc comprovar o papel de destaque que o hellc6ptei'O desempenha nos combates asslm~tJ1cos. A posslbllldade de deslor.ar tropas Jeves rapldamente para qualquer parte do teatro de opera~s e de evacuar feridos a partir de terrenos impraticflveis a outros meios de transporte foi o principal fator que impulsionou o emprego deste tlpo de aeronave.

Mals tarde, dutante a Guel'ra do Vletna:. o em pre-go do hellc6pte:ro se tornou t~o macl~o c numa varledade t.lo grande de mlss6es que o Bell Ufl·l Huey tornou-se um simbolo daquele confli<o. No Vietna. tambem surgiram os primelros helic6pteros a rmados. lnicialmente foram aeronaves Ul-1-1 adaptadas com dlvcrsas combina~Oes de metralhadoras, foguctes c lan)<ldores de granadas. Em pouco tempo surglu o Ml·l Cobra. que dcfinlu qual serla o design de pratlcamentc todos os hcllc6ptcros de ataque atk os dias de hoje: fuselagem estreita, com dois tripulantes em tandem (o pilolo no assento de tras eo atirador no assento da frente) e as armas instaladas em pequenas as:as nas laterals da aero nave.

Este: artlgo tratari sobre os Jt~ns que devem ser levados em consldera~o ao pr~parar um helic6ptero o combate assim~trico e para o combate de contra· insurgencia num cen~rio atual.

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Como a.rmar as aero naves?

S egundo o Gcn PINTO SILVA. F.x·Comandante de Opera~Oes Terrestres, "'no comb ate assimCtrico. as a~Oes de fogo haverao de scr: de predsao, selctivas, c. fundamcntalmentc, efetuadas de plataformas aereas. trlpuladas ou nao, utillzando projetels gulados". Dal j~ se nota a grande import3ncia dos helic6pteros armados ncste tipo de combate.

Os mcsmos sistemas de armas empregados nas aeronaves durante o combate convencionaJ tam bern pod em ser empregados com efich~nc.ia no combate asslm~trlco e na contrn·lnsurg~ncla. A CXJ)erlencla adqulrlda pelos palses que enfrentaram ou enfrentam esse Upo de combate nos (lltimos anos nos mostra porCm a lgumas pa•·ticular1dadcs dcstc cmprego.

Os mfsst!ls anll·carro lan~dos po•· helic6pteros foram desenvolvldos lnJclalmente para urn conOito convencional em larga escala. Os sistemas de dlre~o de tiro podcm cngajar diversos alvos slmultaneamente, l'etonhecer assinaturas inrravermelhas da maioria dos alvos, diferenciar uma vlatura blindada sobre lagartas de uma vlatura sobre rodas e alnda dlfe1·enclar os

reais das contra-medidas ou nares. Porem, o sistema nao tem como difercndar urn veiculo de um civil h1ocente de um vefCtJio de lnsurgentes. Dai \'Cm a pri ncipal limita~iio do emprego de mfssels: a necessidade de se manter o .. man-in·tlle·loop", man tendo o contato visual com o alvo eo guiamento do mfssll desde o dlsparo ate o lmpacto. sob a pena de causar danos colaterais.

Oessa ro ,·ma~ os misseis anU-can-o do tipo Ore-and-rorget ou guiados por radar. como o AGM·114L Longbow Hellnre americana. nao se mostram adequados a es-te tlpo de combau~. E..;se fato levou o Exercilo americana a retlrar. a partir de meados de 2006, os radares de aquisi~iio de alvos dos hcllc6pteros AH·64D Apache longbow que ope ram no lraque e Areganlst<lo. Alem de nao estarem sendo empregados continuamente, a diminui~o do peso da aero nave foi considercivel.

Por outro lado. misseis com guiamento por sistemas elctro·6tlcos, como o franco-germ3nico HOT. ou po•· laser. como o 9K121 Vlkhr russo, atendem perreltamente ao requisiLo do "'man·ln·the-loop'".

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O s mfssels guiados por laser tern alnda uma outra vantagem: podem ser lan~ados atrave-s da t~cnlca de lOA~ (~ock On After ~unch), sem contato visual como alvo. Ap6s o lanfamento, o siStema de guiamento do mfssil irli buscar o retorno do laser iluminando o alva. Desta maneira, o missil pode ser dlsparado de uma posh;ao coberta. no limite do alcance do m(ssil. mantendo o sigilo ate o Ultimo mom en to. A llumlna~o do alvo como laser pode scr feita pcla pr6prla acronavc. par outra aeronave ou mesmo pela ro,.,a de superrrcle.

Os misseis com guiamento por sistemas eletro·Oticos sao guiados exclusivamente pelo seu lan~ador (par 1cidio, fio ou fibra 6tica). A desvantagcm C que a ae1·onave fica ex pasta. porCm os misscls gulados por fio ou Obra 6tlca s~o lmunes a qualquer tlpo delnterrerenda ou contra-medldas.

Devldo a natureza dos alvos comumcnte encontrados (viaturas n3o bllndadas. pequcnos grupos de pessoas expostos ou entocados no Interior de bunkers ou constru~Oes). os mlssels com cabe~as-de-guerra anti-carro ou aulO-explosivos nao foram tao efeLivos. As ogivas que apresentaram melhor desempenho nos conflltos recentes foram as termobciricas (prnticamente todos os mfsseis modernos dispiie desse tlpo de oglva).

Alem dos misseis. as aeronaves invariavelmente voam armadas com foguetes n:lo-guiados, que sao baratos. efclivos e bastante vcrs~teis. com uma grande variedade de cabefas·dc·gucrra disponlvels.

No lraque e no Afeganisti'io, os helicOpteros OH-580 Kiowa Warrior normalmente voam armados com uma metralhadora .50 e um lan~dor com sete (oguetes Hydra 70 mm (quatro deles com cabe~·de·guerra de alto·explosivo cos outros tr~ com flcchcttcs). Dependendo da miss3o. uma dcstas armas pode ser substltulda por dois mlsseis AGM-114 Uellrire II, guiados por laser. Os AH-64 Apache voam com diversas combina~Oes de armas, de acordo com a miss3o. normalmenle com uma configura~o mista de misseis Hellnre e lan.yadores de 19 foguctes Hydra 70 mm, a !em do canhao 30 mm.

Na ChechCnia, os helicOpteros Mi-24 ~lind russos voavam em s~Oes de duas aeronaves, uma de las armadas com urn canhao 30 mm de dois canos nxo na lateral da aeronave e outra com uma metralhadora .50 de trl>s canos. montada no nariz. Am bas as aeronavcs carregavam, normalmente, dols lan~dores de 20 foguetes SO mm e atl! quatro mfsseis 9Kl14 Shturm (dois com cabe~s·de-guerra antl-ca:rl"<) e dols com cabe~s-de-guerra termobaricas). Os helic6pteros Ka-50 Black Shark. partlciparam experimentalmente do conflito na Chechfnla e voavam com uma configura¢.io de armas semelhante. substltulndo os miss cis Shturm pelos Vlkhr. rna is modernos.

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Como proteger as aero naves?

"Quolquer aeronave pode sera baUdo por urn Unko projetil bern colocado."

A rrase acima. diu. por um plloto de OH-560 Kiowa Warrior. dernonstra bema vulnerabilldade dos helic6pteros no campo de batalha moderno.

Um levantamcnto cstatistico fei to pel a BAE Systems2 mostrou que, desde 1973 ate meados de 2006. 400 hellc6pteros roram abatldos em con1bate ao 1-edor do mundo, de acordo com a tabela que se segue:

l'ipo dt :.u,.nnmcnto

Misseis Superficie-Ar e Ar-Ar guiados pot IR 53.00%

32,00%

14,00%

I ,00%

Artilhari::t Anti-Aerea de rubo. CanhOes de outras aeronaves e RPG3

Causas desconhecidas

Misseis Superlicic-Ar c Ar-Ar guiados por Radar

Tabela I; Abates de helicoptcros de 1973 a 2006 (AFM. Nov 06)

P ode·se notar que a grande maioria dos abates de helic6ptcros foram rcalizados por armas scm gl'ande tecnofog·la lncorporada e que necessl tam de vlsada direla sobre o alvo (can hOes. I~PG, amms nao-guiadas e manpads4).

Assim, mcdidas contra armas guiadas por lnfravermelho. como nares e supressores de calor nos CSC"<~~pamentos dos motores. sao desejAvels. Medidas contra armas guiadas por radar (como I~WR e dispensador-es de cho!JJ provavclmentc t~· rdo multo pouco ou nenhum ernprego no corn bate de contra· insurgencia.

Apesar dos helic6pteros mais modernos disporcm de blfndagens, estas nBo podem ser apllcadas em todas as partes da aeronave. se restringindo a alguns component·es como moto1·es, caixil de transmissao c postos de pllor.agem. Certas estruturas. como a cabc~ do rotor ou o cone de cauda .. sao basta.nte senslveis a impactos diretos e. praticamente, nao pemtitem a instala~o de placas de blindagem para proteg~·las.

Mas a aeronave nao ~ protegida apenas pela blindagem e contra·medldas. Na verdade, a sobrcvlvt!ncla do hcllc6ptcro em combate est<'i multo mais relacionada fi capacldade de nao ser detectada visualmenre.

A doutrlna de emprego, a seguran~a opcradonal. a tCcnica de v6o, o conhecimento sobre o armamento de que o lnimlgo dlspOe e as tknicas, taticas e procedimentos (TrP) cmpregados nas opera~Oes tc1"3o um peso muito maior na sobrcvlvl1ncla das ael'onaves do que o modelo ou recursos da aeronave em sf.

: NOI~OEEN. Lon, Sctf-l:>cfc:nse. Air J:'ot'l'e~ ~lofllhl~· p. 79. no\'cmbro d~ 2006 1 RCK'J,:et·ProJ!t'llt•dGrvluul~t- Lan~~a-R)jao 1 Missei..: IM.;;:tdos 1>0r 1.1111 a'mtt.-o hom~:m. como o FlM-92 ,\'tmg.•r ou o 9K.'\S lght

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Combate noturno

Q vao co1n 6culos de vls3o nowrna e uma aeronave equlpada com dlsposldvos de observa~o termal e de designa~ao de alvos por laser trazem uma vantagem lnestlm~vel no combate assim~trlco e na contra·insurgencia. Como j3 foi dito anterlormente. o heUc6ptero aumenta em multo suas chances de sobrevlvCncta slmplesmente por nao ser visto.

Uma glria dos pllotos do Exerclto amerfcano que estilo atualmente no lraque chama o perfodo diurno de "Jihad Shift'" ("vez da Jihadj, quando os helic6pteros tern que voar baixo e a grande velocidade, expondo-se o m(nimo possivel. J3 a noite e cham ada de '"Hunting Shirt'"; ou a "vez do Ca~dor'"; quando as aeronaves pod em orbitar por varlas horas a grande alt11ra sobre as cidades. buscando alvos praticamente sem risco de serem atlngldas.

Os russos. apesar de come~,arem a voar e com ba­ter a nolte bem de pols que os ex~rcltos ocldentais mals desenvolvldos. tambem puderam comprovar a eficcida deste tlpo de opera~ao duranl'e suas campanhas na Chechenia. Cada aeronave russa equipada para vis3o noturna ( normalmcnte urn Ml·SMTKO) voava entre sels e olto horas por nolte sobre loc:ais conhecldamente ocupados pela insurgencia. De meados de 2000 ate meados de 2002. as aeronavc-s equipadas para visao notun1a locallzaram mats de dois mil a lvos e, seg·undo os russos. mil e duzentos deles foram destrurdos por fogos de artllharla de tubo e de foguete guiados por es·sas aeronaves.

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Conclus3o

11 verdade e que, dado urn certo tempo, um oponente ascuto descobrlni maneiros de minimizar uma vantagem tecnol6gico."

David G. Tyler

M esmo com as frontel ras de seus parses fortemente vfgfadas e cada ve-1.. com menos acesso a armament'os modernos, as lnsurgencias iraquiana, afegii e chechena continuam aprimorando suas titt:icas. abatendo acronaves c inOigindo baixns a for~s armadas numerica c tccnologicamcnte superlores.

Ap6s abordar os diversos aspectos da prepara~o de uma aeronave parcJ o combate asslmetrico e para a contra-insurgencla. nota-se que ele pouco ou nada difere da prepara~o para o combate regular. Os mesmos armamentos, os mesmos componentes e as mcsmas contra-mcdidas podem scr usadas.

A dlfere1\~a entre o sucesso ou n~o de uma opera~o aerom6vel ou mesmo entre a sobrevlv@ncla ou nao da aeronave reside justamente na escolha de quais ltens serdo usados na miss!\ a e, prlncipalmente, em como esses itens serao empregados.

Rcferi nclas

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ld:.SS>. Acesso em 20 de abriJ de 2008.

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OPERA~OES URBANAS NO CtJRSO DE PILOTO DE COM BATE

Antecedent~

A p6s o nnal da II guerra mundial, os ex~rdtos do mundo passaram a se preocupar com opcra~Oes militnrcs no interior de localidades. Os dlvcrsos conflitos que se seguiram a grande guerra dcmonstraram que com bater em amblente urbana exfge t~cnlcas e taticas espedals. Para a avla~o do ex~rcltoasguerras do Golfo, especialmente a segu.nda. e as missoes da Fo'>'l de Oefesa lsroelense na Faixa de Gaza forom escolas que criaram novos perils de vOo. tecnicas de a tuque, armamentos e tciticas de emprego adaptadas as caractcrfstlcas peculia res das cfdadcs.

No Brasil, segulndo a t·endencia mundial. as escolas mllitares tern abordado nos seus cursos o Combatc em Localidade. Contudo, a caractcrJstica do com bate ass·imCtrico. fez cresccr a importancia das cidades nas gu~rras. Para fazer face as ncc~ssldades d~ n~xlbilldade c d~ mobllldade do com bate urbano. a avla~o do ex~rdto e sua atua~o na 1:ercelra dlmensao do campo de batalha cresceram de lmportfinda. Por esse motivo. fo i incluida no curriculo do Curso de Piloto de Com bate uma lnstru~ao sobre o emprego do helic6ptero nas opcra~Oes dentro de cidades.

0 p lanejamento para a reall7.a~ao da Opera~ao

E m urn prlmeiro momento, a lnstru~ilo tc6rfca servfu para a umentar a bagagem pronsslonal dos alunos. Em 2006, com a possibilidade da Av Ex seguir para o Haiti em apoio as fol)as da ONU, as OM Av Ex soUcitaram que o CIAvEx aumentassc a carga·h.orci.ria e a Cnfuse da matCrla sabre opera~Oes aerom6vels em amblcltte urbano no Curso de Plloto de Combate. Buscando atender essa sollcfta¢-io. a Oivls3o de Ooutrina e Padronlzaf3o e a relatoria do CPC reallzaram pesquisas e buscaram experh!nclas em outros exCrcitos do mundo. Oa a n311se das lnforma¢es Golhidas sobre o emprego urbano da aviacao no cxercito america no, franc~s. israelensc e ate russo surgiu urn exerdcio voltado cxclusivamente para o trelnamento do combate em localidade. Essa atlvldade rol batlzada com o nome de Opera~o Casa de Areia.

A Operafao Casa de Are fa

A Opera~o Casa de Arcia shnula uma opera~ao u1'bana no interior de uma localidade de pequeno p011:eem um quadro de FO'>'l de Pazda ONU. Essa mlss~o segue as t~ rases do com bate urbano que sllo: o cerco, a conqulsta de um ponto de a polo na peri feria eo investimento.

0 ccrco Na rase do cerco. as aeronaves decolam da Base do Batalhao e seguem para posi~Oes na area verd(',

on de mant~m uma vlgllancla paro evltar que forfaS inlmlgas entrem ou sa lam dalocalldade. Na fase da conquista de uma area de apoio na peri ferta. os helic6pteros realizam a seguran~a de um

comboio que segue ate o limite da area vermelh.a. Ncsse momento, uma aeronavc de sensoriamento romoto (Oiho da Agula) ocupa uma posl\'30 segura na ve1"tltal da localidade e passa a gular o com bolo de vlaturas pel as ruas de forma a evltar posi~Oes inimig.as. Ao chegar ao local da a~ao principal. as vlaturas realizam urn cerco aproximado para permitir o pouso das aeronaves de emprego geral.

A conquls~ eo l_nvesrJmenro Quando o objetlvo est~ cercado e seguro,um pelot~o deli M·l PANTERA escolcado por uma sef3o de

HA·l FENNEC fnflltram urn destacamento de a~Oes especiais para realizar a captura dos alvos. Ap6s o desembarque os HM· 1 retornam a Base do BAvEx e os HA· 1 que os protegfam seguem para uma z-ana de reunl~o na Mea verde, ncando em condl~3es de apolar o com bolo das tl'opas de super(fcle.

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A exfiltrnr;'lo Ap6s a captura. os prisionciros eo destacamcnto de Op Esp cmbarcam nas v iaturas e s5o guiados

para fora da zona vcrmelha pel a aeronave de sensorlamento remota cnquanw s3o escoltados pelos dols hellc6pteros. PrOximo ao limite da zona vermelha, o combolo sofre uma emboscada e utill7.a os dois helic6pteros que o escoltavam para repelir a amea~a com urn ataque aerom6vel em apoio aCreo aproxlnlado t. tropa de supcrfki('. Para o guiamcnto dos fogos sao utllizados o r<idlo c lantcrnas slnallzadoras.

Conclusao

N essa oportunidade. ficam claros u-es conceitos do emprego da avia~o do exCrcito em localidade. 0 primeiro e que tropa de superffcie e aeronaves devem utilizar os mcsmo grMicos de preparaf5o da carta de fol'ma a facllftar a transmls.~o de coo1'dcnadas pelo radio que devc possulr uma freqO~ncla comum para todos os envolvtdos. 0 segundo~ que uma aero nave s6 pode lngressar em zonas amarelas e vermelhas com a presene;a de tropa de superricie no local. Por fim. ~ evidenciado que o hellc6ptero armado e uma das annas mais encazes para o apoio de rogo no i nterior de umn cidade.

A lntrodu~o de um exercfcio 1\o CPC volta do pal'a o con\ bate urbano foi um avan~o e demonstrou que o CIAvEx busca sempre manter seus c:ursos atuaHtados e. princ:ipaJmente, a lender as demandas das unidades aereas e do Exercito.

Pela Audada! Avia~o!

Brasil

Majlnf Evandro Luis Amorim Rocha Se~o de Emprego e Pilotagem

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SECAO DE INVESTIGACAO E PREVENCAO DE ACIDENTES AERONA.UTICOS (SIPAA)

A Se¢.1o de l nvcstlga¢.1o c Provcn¢.1o de Addentes Aeron~ucicos tern por mlss~o assessorar o Comando da OM na gestiio do risco opera donal e organi?..acional nas atividades inerentes aos cursos c estaglos d~envolvldos no decorrer do a no letivo. E rcspons~vel pela transmis~o dos conhecimentos relacionados a seguran~ de voo ao corpo docente e discente a nm de romentar a cultura voltada a seguran~ de v6o da Avla~~o do

Asslm a SIPAA CIAvEx cs~ atcnta aslntcra~s hom em, meio, maquina .. miss.ao e organiza~o oa busca de metas voltadas a operacionalidade e capacita¢-io dC' seus recursos hum a nos.

No Intuito de artnglr estas metas rcallza sistematieamente atJvidades promocionais, educativas e de conscientiza~o.

Cap Leonardo Gomes Sara iva Ex·Ch SIPAA

A MENTALIDADE DE SEGURAN~A DE VOO @§Ft=

_ • .vt,~$ }ft. COME~ NA INFANCIA AERONAUTICA Cto!H lltloslro!i• do Aria1io Do htrcito · IJ<olo 4t Ariofio Militar 1919

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COMPANHIA DE COMAN DOE SERVI~O

Este ana, nosso Centro de lnstrupio de Avia~o do ExCrcito (CIAvEx) comemora seu vigesimo ana de crla~o. Este centro de excel~ncla de enslno. respons~vel pela forma~o dos militares aero navegantes de nossa For~ Terrestre. conta com uma equipe de proflssionais comprometidos e dedlcados em cumprir as mlss3es peculia res a esta Unldade Militar.

Nesta pauta. Lemos que ressaltar a lmportante contrfbui~ao da Companhla de Comando c Servi~o (CCSv] do CIA vEx no apoio lrresrrito a !<ldos nesta OrganiZ3~0 Militar. Esta Subunidade tern como principal fun~o a sele?o e forma~ao dos sold ados que lrJo compor as mais dlvcrsas s~aes deste Complexo. Este a no. lncorporamos setenta e cinco recrutas para prestarem o Servi~ Militar Obrl8"t6rio. 01iundos das cldades de Taubate (67 recrutas). Ca~pava (01 recruta). sao Jose dos Campos (03 recrutas].l.agolnha (01 recruta), Silo Lulz do Paraitinll" (01 recrum]. Lorena (01 recruta) e ltamonte (01 rccruta].

lnldamos no dla prlmeh-o de Marf(> o perlodo de lnstru¢.\o Individual BAslca queteve a dura~ao de sete semanas. Sabemos que a lnstrw;:ao Individual ~ o inicio da rorma¢-io do soldado c os rcnexos adqulrldos nesta rase lnnuenclarllo na qualldade das a~Oes que nosso futuro <:ombatente executa11i quando estlver no apoio as mais diversas missOes dcsta Escola. Cientcs destc fa to. a CCSv preparou uma equlpe de onclals e sargentos para o In de level dever de rormar o recruta, ministrando instru~Oes de Ordem Unida; Armamento. Munh;ao e Tiro; Educa~o Moral e Cfvica; Gcstos e slnals de respeito: Orienta~o diu rna e notuma: Progres.s3o diurna e noturna; 1'reinamento Fisico Militar; Lut:as; dentre outras que. como urn todo. se1vlram para fo11ar os cora~cles e mentes de 1tosso soldado.

A Equipe de instruflo do Pedodo Baslco regozlja·se em ver que ao nnal desta rase I nidal de prepara¢.\o do recruta, nosso Efetlvo Varl~vel correspondeu de maneira brilhante aos padrOes impastos no Programa de lnstru~ao Milltar do corrente a no. Estes novos sold ados sob•·epuJaram os desanos que St.Jrgiram com coragem. perseveran~. vontade e dedica~o. supenmdo as cxpectativas dos lnstrutores e Monitorcs da Companhla de Comando • Servl~o.Um dla fol dlto por Alexandre F'ontelcs que "superar o fticil n3o tern menro. e obriga~o; veneer 0 diffcil e glorlflcante; ultrapassar o ouo'Ora lmpossivel ll esplendoroso".

A CCSv orgulha-se de entregar as rna is dtversas Se~Oes do Centro de lnstrw;ao de Aviaf3o e a outras Organi7.a~Oes Mllitares do Comando de Av·ia~o do ExCrc:lto. urn novo con[ingente de soldados disc:iplinados. preparados e motivados a iniciar seu Periodo de Qualifica¢-io e a auxlliar nossos Orlclals. Sub--Tenentes e Sargentos no cumpriment·o das mais diversas missOes.

Cap MD Radson Amaral Matos Cm<CCSv

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A EXPANSAO DA FROTA DE HELICOPTEROS NO BRASIL E A NECESSIDADE DE UM EFICIENTE SISTEMA DE MANUTEN~AO.

Cap Oscar de Almeida Machado

A tualmente, tanto no Brasil como no mundo, est3 ocor rendo uma grande expansao da frota de aeronaves dt' asa rotativa. Emp•·esas do ramo de taxi aereo t~m cada vez mals lnvesddo no au men to de sua frota para atender a crescente demanda de executivos que necessltam de u-anspo•·te r.\pfdo e que podem efetuar pousos em areas restrltas tais como leJnt;os de edifidos. casas de praia. campos de futebol, etc.

De acordo como relat6rlo de acompanhamento setorlal aeronoiutlco e-dltado em outubro de 2008 pela ABDI (Agencla Brasileira de Desenvolvimento lndusLr lal) e pela Unlcamp [Unlver$idade de Campinas), a capacldade de pouso e decolagem vertical fe-t com que o helic6ptero se tornasse urn vefculo adequado para dcslocamcnto em regiOes de dlficll accsso como montanhas e flo1·estas. a tern de ser ideal para opera~6e.s embarcadas c de resgate. Em suma, o hellc6ptero 1150 prec-isa necessaria mente de um aeroporto para pousar. o que e uma grande vantagem sabre as aero naves de asa fixa.

Alnda de acordo com a A80J (2008), os helicopteros tambem sao utilizados pelas fo~as p(•blicas cn'l atividades policiais e de resgate. As caracterfstlcas dos hcllc6pteros somadas aos avan~os tccnol6gfcos nzeram com que as aeronaves de asas I"'tatlvas fossem utlllzadas de forma crescente pelas for~s militares. n3o apenas em operacOes de tra_nsporle e resgate, mas tambem como plataformas a nti·submarinas e de ataque ao solo.

Ern face dlsto, vcriOca-se que 61'g3os pUblicos como a Rcccita Federal. Polkia Federal. Polfclas Milltares dos Estados e as For~as Armadas estao investlndo na amplia~o de suas frot.as. Recentemente o MinistCrio da Oefesa efet11ou a compra de mais SO aeronaves de asas rota Livas modelo EC· 725. da cmpresa francesa Eurocopter para equipar as For~s Armadas.

Para sc ter uma ld~la da magnitude da cxpans~o da frota brasllelra de hcllcOptcros. basm menclonar que esta cresceu 45% nos ultimos 10 a nos (1999-2000), segundo dados do relat6rio setorlal aerom\utico. Segundo dados de 2008, a frota brasileira de helic6pteros 6 de 1.378 aeronaves, sendo que cerca de 17% sao de uso mllitar.

Brasil: Evolu~o da frota de hellc6pteros [1999-2008)

1400

1200

1000 +-----800

600

400

200

0 1999 ~000 2001 2002 2003 2004 lOOS 200G 2007 2008

Fonte: Elabora\"i!o NEIT/IEfUNICAMPa partir de dadosda ANAC (Ag~ncla Naclonal de Avla~ao Civil), Relat6r lo de Acompanhamento Setorial Aeron~uUco. 2008.

No nfvel mundfa1. o Or·asll possul a setlma mafor frota de helic6pteros dv-ls_. contando com 967 unidades (2005), segundo dados da ABRAI'HE (Assocla~o Brnsileira de Pilotos de Helic:Opteros). No entanto, estima·se que caso o rltmo atual de cresdmento seja mantido, a from braslleira in\ ultrapassar a japonesa .. a australlana e a brftanica. em urn futuro prOximo, passando a ocupal' a quarta coloca~o. Cabe ressaltarque a cldade de Siio Paulo possul a segunda malor rrota de hellc6pteros do mundo, superando T6quio e ficando atr;ls apenas de Nova York (ABOI, 2008).

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Frotll Mundial de Helic6pteros Civis: principnis palses (2005) Pos iy;lo l'<a[S Frot" (Unid:odes) PartiCip;;a(':)O Acumultulo

I 1%1 1%\ t• Esr-.tdos Unidos 12.189 488 488 2• canada 1.894 7.6 SM 3• Franca 1.228 4.9 61.3 1. Heino Unldo 1.159 1.6 65.9 s• Austnilia 1.112 46 70 5 6• 1J•1>ao 1.065 4.3 748 7• Brasil 967 3,9 78,7 s• Alemanha 780 3,1 BIB Total 25.000 csrima~lol 100.0 . . Fonte: Elabora>-'o NEIT /IE/UNICA~1P a partorde dados da ABRAPHE. Relat6no

de acompanhamento Setorial ;\eron6utico, 2008.

Segundo a ABDI (2008), este crescimento robusto da demanda dvil por helic6pteros se deve a dlversos fa to res. 0 pl'lnclpal deles ~ a acelera~o do crcsclmento econclmico. que pcrmltlu uma maJor lucratJvfdade :.S empresas, as demandantes nnais dos servi~os de hellc6pteros execut1vos. 0 cresclmento econOmico tambem se reftete numa maior arrecada~ao tribut3_ria, permitlndo aos governos federais e cstaduais expandir seus scrvi~os de policia e res gate.

Outro fa tor lmportanre que tem h1centlvado o au men to da frota Jl O Brasil ~ a descobel'ta de novos p61os petrollferos na bacia de Campos no estlldo do Rio de janeiro. Cada vez mais cresce a demanda por transporte da cidadc de Macae 3s plataformas de petr61eo. Em fune;lo desta expansao da frota. pode·sc obscrvar um aumcnto na demanda pelos scrvl~s de manuten~o em tals aparelhos. Esses servl~os s:io, em geral. multo complcxos e de alto custo. necessitando de um planejamento constante com o Intuito de se mlnlmi1.ar custos e se voar com a m3xima seguranfa.

Para que se possua urn sistema de manutcn¢-io cficientc. do is grandes lndicadores devem ser levados en> consldera~o: a conOabllldade eo tl!mpo de respostll. 0 prlmeiro se traduz em um fndlce que medea taxa de falha das aeronaves em funfliO de retrabalhos e outras ni'io-conformidades. J~ o segundo se refere ao tempo de indisponlbilidade gerada pelas a~Oes de manuten~o.

A principal meta a ser alcan~da f! obter o maximo nlvel de conftabilldade com urn men or tempo de resposta poss-rvel. Para s-c alcan~r tal meta. deve~se antes de tudo sc recorrer fls ferramencas gerenciais de anAlise e melhoria de processos. aliado-as ao binOmio Estatistica-lnformAtica.

Em suma.. pode·se concluir que com o aumento da frota de helic6ptcros no mundo c consequenteme.nte o aumento na demanda po1· servl~os de manuten~o. hoi a necessldade de consrantes lnvestlmentos na melhoria do tempo de repost:l e da confiabilidade dos sistemas de manuten~o. a fim de se conseguir urn 6timo nfve1 de servi~o. permitindo que a frota (ique indisponivel o menor tempo possivcl.

BIBLIOCRAFIA:

AGENCIA BRASILEIRA DE Df:SENVOLVIMENTO INDUSTRIAl., UN IVERSIDADE DE CAMPINAS. Relat6rfo de Acompanhamento Setorial: IndUstria Aeron~utica- Segmento de Fabrica~o de Helic6pteros. Volume II. 2008. Disponlvel em: <http:ffwww.abdl.com.brf?q=systemfflies/Acron%C3%Alutico +ouL+2008 .pdf>. Acosso em 12 out 2009 17:23:00. BRAS I 1.. MinlstMo da Oefesa. Normas Admlnistrativas Relativas ao Material de Avla~o do Ex~rdto. Brasilia. 2009. BRASIL.. Min1sterto da Defesa. Brasil e Fran~ anunclam parceria para aquisis-ao mUtua dos aviOes ltafale (Frand's) e KC-390 (brasllelro). Reporrngem delmprensa dlvulgada em 07 set 2009. Ofsponfvel em: <https:jfwvM.delesa.gov.bo'{imprensa{fndex.php>. Acessoem: 12 out. 2009.21:00:00. jON lOR et al. CesrJo da Quail dade. 8. ed. llio de janeiro: FGV, 2006. KEEDf, S. Loglstica de Transportelnternadonal. 3. ed. Sao Paulo: Aduanelras, 2007.

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A DIVISAO DE ENSINO

Q Centro de lnstru~o de Avia~o do Exerclto (CIAvEx) e um Estabeleclmento de Enslno Unico no Ex~rcito Brasilelro que tern suas peculiaridades dentro do cen~rlo educ.acional da Fo~ Terrcstrc.

0 CIAvEx oferece um nUn1e1'0 elevado de cursos e es~gios com a finalidade de preparar o capita l humano da AvEx. desde a forma~o b~sica ate a esp~lallza~.ao de oficlais c pra~as do EB. Portanto. requer urn complexo de exceiC.nda que exige urn alto conl.role de suas alividades educacionais, tudo com f'inalidade de otimiz.1r os rec-ursos sem que a qualldadc seja negllgenclada.

Sua estrutura func.lonal reJiete, dessa forma, essas complexidades. o que justifica a cxistC'ncia de dois scgmentos rcspons3vcis pela condu¢.'o da atlv'ldade de ens-Ina: a DlvJ~o de Enslno (DEN) e a Oivisao de Cursos e Estilgios (DCE).

A DEN coordena os rrnbalhos de suporte ao en sino que sJo dlstrlbufdos fundonalmente pelas se~oes que a compO.m: a Se~o de Coordena~o Pedag6gica, respons3vel pelo suporte administrative 3s atividadcs cducaclonais; a Sc~o Pslcopedag6glca. que r~l lza o acompanhamento psicossocial do aluno: e a Biblioteca do CIAvEx. que fornece ao discente e ao docente o material de apoio neccsstirlo ao cnsino c pesqulsa dos scus quadros.

0 suporte administrative rcalizado pcla Se~o de Coordcnafllo Pedag6glca cnvolve o planejamento do enslno. a pesquisa educacional, o controle de graus. a coordena~o da elabora~o de awlia~Ocs c o controle c emissao de certlflcados e hlst6ricos escola~s.

JA o trabalho da Sc~o Psicopedag6gica envolve o atendimento individualizado ao dlscentc. a oricnta¢-io pedag6gica aos lnstrutores. dlnamicas de grupos regulares em todos os cursos. apoio nos Conselhos de Ensino e nplica}iio de testes psicol6gicos nos alunos.

A Bibllotcca do CIAvEx ,; o espa~o do conhecimento. Dedlcada especlalmente ao aluno e ao instrutor. com urn acervo de livros de dlversos gancros, principalmcntc os tCcnicos de avla~o. conta tamb~m com conlputadores cone(.'tadosA Internet para ampliar as op~Qesdo discente de busca pela informacao. All!m disso, os instrutores tambCm a utili?.am como suporte 3 lnstru~~o e a polo ~s suas pesqulsas.

Assim, contando com uma equipe de 20 milltares entre soldados. cabos, sargentos e oficiais, a Divisiio de Ensino se empcnha sobremanelra para oferecer o melhor apolo ao ensino e busca sempre a excelencia no atendimento aos instrutores e alunos.

Cap QCO Marizla Guedes Rodrigues Ch Se~ao Psicopedag6gica

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DIVISAO DE CU RSOS E ESTAGIOS

A Divis3o de Cursos e Est3gios (DCE) atua na coordena~ao c uniformiza~-3o das atividades de lnstrupio relaclonadas ~s segulntcs S<f~•s de Cursos do CIAvEx: Se~o de Enslno e Manutenl>!o de Aero naves [SMA): Se~ao de Emprego e Pilotagem [SEP) e Se9io de Emprego Geral Busca e Salvamento [SEB).

A DCf. realiza as segulntes atlvldades: otlmi7.a a utlllza~o de salas de insw~ao e laborat6rlos de in(orm3tica, permitindo um melhor aproveitamento l<~nto dos melos materlais quanto do pessoal, alcan)<lndo, por conseguinte, a economia de rccu1-sos financeiros; consollda os Pedldos de Coopcra~o de lnstru~o (PCI): normallza os documentos rclatlvos ~ DCE: e coordcna junto As sefoes de cuo-sos o planejamento anual relativo as necessldades de a polo at.ireo de outra s unldades da Avla~do do Ex4rcito e da For~a Atkea.

Outra atlvldade de grande relevAncla reallzada pela DCE o a organl7,a~o de palestras com assuntos dlversificados, como as que for.tm minlslradas ao corpo discente do CIA vEx pelos Comandantes da.s OM da AvEx. nas quais eles explanaram sobre as particularidades e missOes espedfic..1s de suas respectivas OM, bcm como as patcso-as rcalizadas pclo Coronel Telles versando sobre a hist6ria da A vEx e pelo Ccl Wandetley sobre a hist6rfa da manuten~Jo das aeronaves da AvEx. propordonando aos alunos do CIAvEx uma vistio holfslica do atual runcionamento do Sistema AvEx, aliado ao conhecimento de todo empenho dedic.ado ~ jornadn da recria~o dnA vEx ate os tempos atuais.

1• Ten RafaeiBarrelroTakel OCE · CIAvEx

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COMO AS UNCUACENS DE PROCRAMA~AO PO OEM AUXILIAR NO DESENVOLVIMENTO DE UM SIMULADOR DE VOO

O s slmuladores de voo sao rerramentas muito Uteis no treinamento de pilotos. A Agenda Nacional da Aviae;ao Civil (ANAC} reconhece horas de voo em slmuladores como parte e(etiva do treinamento de um plloto. As horas voadas em s-lmuladores de voo podem substltulr uma parcela de. horas que devcria ser voada em aeronaves reais para cOrnpulo das horas de voo tot:ais para obtene;ao de urn breve, desde que o dispositive de treinamento tenha sido homologado. Para que se consiga homologa~o de urn dlspositlvo de treinamento de voo junto a ANAC devc··s-c cumprir urn a sfrie de rcquisitos, dentre os quais ~ta a lntcra~o entre o ser hurnano e a m~qulna. A lntera~o entre o ser humano e o dlsposltivo de treinamento deve ser tdentlca ~ intera~ao que h~ na aeronave (mouses e tedados niio podem ser utilizados para esse fim). Percebe·se ent:iio que uma grnnde quantidade de equipamentos eletrOnicos n3o convencionais (como pequenos displays. botOes. potenci6metros) teriio que ser adlcionados aos computadores que reallzam a simula~ao do voo para que se alcance o nlvel de reallsmo exlgldo. Uma questao que pode intrlgar a todos que lidam no dia-a-dla com computadores ~:como interagir com tanta eletrOnica extra conectada a um simples computador pessoal (I,C}? Como fazer com que esses dlspositivos eleo·Onicos 1-eajam como deve•·iam •·eagir no Interior da cabine de uma ae1'0nave? E oeste ponto que a habllldade de programar disposldvos eletrQnlcos e cornputadores torna-se extrernament.e Util.

Considerando o simulador de voo como urn sistema no qual o ser humano ~ parte central das intcr.t~Oes, a utiliza~ao de dispositivos de interface humana C cssencial. Os disposltivos de interface humana dlsponrvels no mercado frequentcmente nilo s~o adequados aos uelnadores de von. pols multas vezes nl'io sao do tamanho ou do rormato adequados. Assim e necessflrlo que sejam crlados disposltivos customizados. depend en do do tipo de aero nave que se pretende simular.

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P ara crla~o de dispositlvos de interface humana (! comum a uLiliza~o de micro-conlroladores eletr6nicos program3veis. Esses circuitos integrados sao encontrados com facilidade no mercado e amplamentc utllizados nos cursos de cngenharla clctr6nica. cngcnharla de computa~o e nos cursos de ~cnlcos en> eletrOnlca. Oe n>anelra geral esses clrcultos s~o llgados a un> PC para que possaon ser programados (as linguagens de programa~o mais comuns aos mlcro-controladores e Assembly ou C) e posterlormente sao usados para comunica~o do I)C como micro·controlador.

0 modclo matem3tico c flsico de voo da acronave (comumcnte chamado de motor de simula~ao) getalmente roda em sortwares comen;lais pr6prlos para sinlular o voo c condi~Oes armosf~rlcas. mas nada impede que ele funcione baseado em urn pacote de programas destinado a fins universit'3rios ou num progrnma prOprio, intelramente desenvolvldo para atender necessldades de slmula¢-io de uma aeronave espec-Hlca. Em qualquer urn dos casos. o PC precisarti de softwarcs de Interrace para II dar com disposlt1vos de entrada e sarda nao convencionais. No caso de urn sonware produz:ido com o Intuito de simular uma aeronave espedfica. a interface com l'3is dispositivos pode ser acoplada como motor de simula~o durante seu desenvolvimento.

A vlsuallza~~o do pal nels (palno!ls vlsuall~vels eon monltores de crlstal llquldo) pode ser relta p<>r melo do uso de bibliotecas gr.lncas (como a OpenCL. por exemplo) que posslbllitam ao programador representarquase qualquer funcionalidade presente em urn MI~O (Multi-Function Display).

A prc.scn~ de profissionais capazcs de programa1· e de grande valia para o dcsenvolvimento de um dlsposltlvo de tl-elname,Ho de voo. Por melo de hlnguagens de prog:ramac-lo pode-se COI\Strulr desde o motor de simula~o ate interllgar o PC com os dispositivos de entrada e safda capates de dar ao piloto a sensa~o de estar dentro de urn a cabine de aeronave.

t • Ten leonardo Seijl Oyama Engenheh·o de Computa~o

Adjunlo da Se¢lo de Voo Virtual do CIAvEx

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CULTIVANDO A CIDADANIA E 0 CU I DADO AMBIENTAL

Q cuidado com o meio ambiente allado a a~Oes socials de fortalcclmcnto da cidadanla silo preocupa~oes comtempor5neas, uma vez que nao podemos falar em dcsenvolvirnento social se:m que lsso ocorra de forma sustentAvel e dentro de um espectro de forte constru~o do cidadao como agente ativo na.s qucstOes do Estado. Fruto dcssa rcalldade, o CIAvEx e-stabeleceu como objetivo organltacional. a lntegra~o e contribui¢cio com a sociedade e com outras lnstitu i~Oes de ensino de Thubate, por melo de a~oes s6clo-amblentals.

Nessa perspectiva e em cumprimento a Lei 9795/99 (Lei de Educat;ao Ambiental). a Portarfa n° 014-DECEx. de 08Fev08 e as dlretrizes do F.xerclto para o melo amblentc. dcsdc 2008. o CIAvEx desenvolve o programa '"Plante o seu futuro", que tern como objetivos promover a preserva~o e qualidade ambiental e. protecao da dignidade da vida humana: (art z· da Lei n• 6.938 I 01 - Lei de PoUtica Nacional do Mcio Ambiente), bern como sensibilizar e mobilizar seus efetivos, institui~Oes pUbllcas e pr1vadas da regl~o em tomo das questOes de preserva~ao amble•ttal e colaborar com a capaolta~ao de pessoas. promover a educa~oo ambientale compensar a emlssao de C02 emltldas pel as Aeronaves deste EE.

0 programa fol dirlgido e llderado pela Se¢-io de Assessoria em Gestao -SAG,, mas contou com o envolvimento de todo o CIAvEx, com particular colabora~o da Cia Cmdo Sv, do Centro.

Os resultados obtldos pelo programa ambicntal "Plante o seu futuro'" demonso-aram vc\rios pontos posltivos nas a~Oes que o CIAvEx. como auxllio de seus parceiros, puderam cfetlvar.

A transmlssao de conheclmentos. valores e a rorma~o de atitudes respeltosas para com a meio ambiente. que sao extren1amente nec~rios para podermos difundlr a c;onsciencla. o c.uidado ambiental e conLribuir para (rear a dctcrioraf.io, que o nosso planeta estA sofrcndo. s~o alguns desses pontos.

Outro fu tor positivo csteve ligado a capacita¢-io dos educadores. 0 prog.rnma comprecndcu que o papcl do educador f! de suma importAncia nos l'nals varlados 5mbltos educaclonals para fomta~o da consciencia ambienta l, por isso elencou esses profisslonais como principal pUblico alvo. l..evou em considera~o ainda a realidade de car~ncla de ferramentas a disposl~3o da forma~o e desempenho das ativ1dadcs cducaclonals desses profissionais. Nes te aspccto o Simp6sio de Educa~o Ambicntal fol urn even to de excepdonal valor.

Em rela~o A compensa~ao de emissao de gases. o planlio e distribui~o de mudas de ~rvores. o ponto forte est:a no fa to de podermos anrmar. que daqui a dois a nos. quando as mud as estiverem na fase adulta podcrao catalisar os gases prcjudldais ao mcio amblcnte.

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A participac5o de mais de 500 (quinhentas) crian~ do ensino rundamental e inrantil deescolas pUblicas e privadas C outro aspecto altamentc positivo rclacionado a forma~o da cidadania e cduca~o amblcntal. haja vista que as crlan~as n~o s6 partldparam do plan doe dlstrlbul~o de 5 150 mudas. como tamb~m partlciparam de vArlas atlvidades de educ:a~ao ambiental ·como t~cnlc:a de plantlo (FlORIA Celulose).

Como oportunidadc de melhorla, vlslumbra·se a , necessidade de fi rmar-se parcelias com institui~Oes de cnsino superior c ~cnlco para apolar o programa no sentldo de ceder bolsas parclais ou totals para do is mllitares do CIAvEx. para que esres. durante e ap6s as suas forma~Oes possam dlsscntlnar os seus conhecfmenlOS aprendldos aos cursos e est~gios existcntes oeste Estabelec:imento de Enslno. atendo de modo mais tCcnlco as prescri~Oes do DEC Ex.

Entre outros aspeclOS positives que poderfamos ainda cil:ar est<\ doa~ao de mil mudas a AMETRA/DAS. pois possibilltou tamb~m o envolvimento daquele 6rgao em projetos de a~oes sociais com crian~s c moradorcs dos bairros vizinhos ao CtwEx.

Portanto, o que se pode concluir ~que o programa Plante o Seu Futuro fol. certamcntc e scr~ em 20 1_1, uma rerramenr:a extremamente Ulil para a educa~o e culdado ambiental e para fo1ma~o da ddadania nos diversos nichos sociais do munlcfpio e da Avia~o do Exerclto.

Plante o seu futuro. 0 mundo agradece e a cidadania tambem.

2° 'fen Alex Ribeiro Carneiro c 1° Sgt Ricardo Alessander Melo Sc~ao de Assesso1'la em Gcstao