aula torno cnc

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Processos de Fabricação 1 Torno CNC. Prof. Eng. Michel dos Santos

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Torno

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Page 1: Aula Torno CNC

Processos de Fabricação 1

Torno CNC.

Prof. Eng. Michel dos Santos

Page 2: Aula Torno CNC

Torno CNC

• CNC é uma sigla utilizada para comando numérico

computadorizado.

• Esse comando lê, interpreta e executa cada um dos

códigos que compõem o programa de usinagem.

• Para executar uma ordem, o CNC envia uma mensagem

ao motor.

• Essa ordem nada mais é que um sinal elétrico deixado

do CNC para o motor.

• Porém esse sinal é muito fraco, então através dos

drivers esse sinal é amplificado.

• Então a partir daí, o motor pode girar conforme o

desejado. Todas essas operações que estão ocorrendo

na máquina são controladas por sensores de posição e

de velocidade. 2

Page 3: Aula Torno CNC

Torno CNC

• A primeira máquina-ferramenta controlada por

computador foi uma fresadora.

• Ela surgiu em 1952 e era usada na fabricação de peças

de aviões e helicópteros.

• Esse primeiro controlador possuía, em muitos casos, um

tamanho maior do que da própria máquina, consumiam

muita energia, falhavam frequentemente e sua

capacidade de cálculo era muito limitada.

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Page 4: Aula Torno CNC

Torno CNC

• Com a redução dos custos e o aumento da capacidade

de cálculo dos controladores, a tecnologia CNC

popularizou-se entre as indústrias.

• Hoje é impossível imaginar uma indústria e,

principalmente os setores mecânico e metalúrgico, sem

a presença de máquinas desse porte.

• As empresas devem implantar máquinas de usinagem

CNC a partir do momento que houver uma demanda

muita alta de peças iguais, uma vez que o torno CNC

possui uma alta repetibilidade na fabricação das peças;

necessidade de baixo tempo de usinagem; usinagem de

peças com geometrias complexas; um ótimo

acabamento superficial das peças; redução da fadiga do

operador; flexibilidade de produção.4

Page 5: Aula Torno CNC

Torno CNC

• Comparando a usinagem de uma mesma peça em um

torno CNC e em um torno convencional, os principais

parâmetros a serem levados em consideração são:

- Tempo de Usinagem;

- Acabamento da peça;

- Troca rápida de ferramenta;

- Sistema de fixação da peça na placa;

- Velocidade de corte

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Page 6: Aula Torno CNC

Torno CNC

• Em um torno CNC, sua RPM varia conforme o mesmo

retira material, aumentando a rotação conforme o

diâmetro da peça diminui.

• Isto faz com que a velocidade de corte permaneça

praticamente constante, propiciando um melhor

acabamento da peça usinada.

• Todos os tipos de ferramentas podem ser utilizados em

um torno CNC (ferramenta de metal duro, cerâmica,

material sinterizado e diamante), desde que sejam feitos

os devidos ajustes na velocidade de corte, no avanço e

na profundidade de cada passe da ferramenta, na

lubrificação e no arrefecimento da ferramenta de corte.

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Page 7: Aula Torno CNC

Torno CNC

• As ferramentas mais utilizadas são as de metal

sinterizado, recobertas ou não, visto que estas

apresentam baixo custo, boa durabilidade, altas taxas

de avanço e altas velocidades de corte. Em alguns

casos não se faz necessário à refrigeração.

• A fixação das peças em um torno CNC é feita em uma

placa pneumática, o que reduz o tempo de preparação,

já que basta ao operador pressionar um pedal para abrir

a placa, colocar a peça e logo em seguida pressionar o

pedal novamente para que a placa se feche e a peça

seja fixada.

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Page 8: Aula Torno CNC

Torno CNC

• A fixação das ferramentas se dá em uma torre rotativa

que possui 8 alojamentos, sendo 4 para fixação de

ferramentas de desbaste, corte e acabamento, e 4 para

ferramentas de furação.

• As ferramentas são selecionadas automaticamente pelo

programa CNC ou pelo operador.

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Page 9: Aula Torno CNC

Torno CNC

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Page 10: Aula Torno CNC

Torno CNC

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Page 11: Aula Torno CNC

Operações de Torneamento

Faceamento

(Facing)

Operação utilizada para criar uma face plana na peça e

para definir o seu comprimento total.

Normalmente é a primeira operação realizada em um

torno.

Inicia-se num ponto externo da peça e se aproxima até o

seu centro de rotação. Cada passada remove uma

camada do material bruto até que se atinja o

comprimento desejado.

Page 12: Aula Torno CNC

Operações de Torneamento

Desbaste / Acabamento

(Roughing / Finishing)

Operação utilizada para reduzir o diâmetro da peça.

Normalmente o desbaste é a segunda operação

realizada em um torno.

Inicia-se em um ponto externo da peça e faz o corte no

sentido axial. Cada passada remove uma camada do

material bruto até que se atinja o comprimento desejado.

Page 13: Aula Torno CNC

Operações de Torneamento

Torneamento Interno

(Boring)

Operação utilizada para alargar um furo já existente.

Semelhante a operação de desbaste, porém, remove

material interno da peça.

Só pode ser realizada se houver um furo feito por uma

broca.

Page 14: Aula Torno CNC

Rômbico 35º

Rômbico 80º Quadrado

Rômbico 55º

Operações de Torneamento

Ferramentas de Corte (Desbaste/Acabamento)

Page 15: Aula Torno CNC

Trígono 80º

Triangular

Redondo

Operações de Torneamento

Ferramentas de Corte (Desbaste/Acabamento)

Page 16: Aula Torno CNC

Operações de Torneamento

Canal (Sangramento) / Corte

(Grooving / Parting)

Canal (Sangramento) Corte

Canal - Operação utilizada para criar um canal circular

na peça (Também conhecida como operação de

Sangramento).

Corte – Operação utilizada para separar a peça do resto

do cilindro bruto (normalmente é a última operação).

Page 17: Aula Torno CNC

Canal na Face Canal em Perfil

Canal Externo Canal Interno

Operações de Torneamento

Operações de Canal (Sangramento)

Page 18: Aula Torno CNC

Operações de Torneamento

Ferramentas de Corte (Corte/Canal)

Page 19: Aula Torno CNC

Operações de Torneamento

Rosqueamento

(Threading)

Roscas Externas

Roscas Internas

Operação que cria uma espira no comprimento da peça

ao sincronizar o avanço da ferramenta com a rotação do

torno.

Page 20: Aula Torno CNC

Operações de Torneamento

Ferramentas de Corte (Roscas)

- Perfil em V (sem formador de crista)

Page 21: Aula Torno CNC

Operações de Torneamento

Ferramentas de Corte (Roscas)

- Perfil Completo

Page 22: Aula Torno CNC

Operações de Torneamento

Ferramentas de Corte (Roscas)

- Multiaresta

Page 23: Aula Torno CNC

Operações de Torneamento

Ferramentas de Corte (Roscas)

- Modelos variados

Page 24: Aula Torno CNC

Furação

(Drilling)

Operações de Torneamento / Fresamento

Operação utilizada para criar furos circulares no sentido

do eixo central da peça.

Normalmente, antes de iniciar está operação, é feito um

furo de centro com uma broca de pequeno diâmetro.

Este furo tem a função de estabilizar o avanço de uma

broca de diâmetro maior.

Para evitar o desgaste das brocas, o avanço deve ser

alternado com um movimento de retração, conforme a

seqüência ao lado.

Outra maneira de evitar o desgaste da ferramenta de

corte, é iniciar a furação com brocas de pequeno

diâmetro para depois utilizar brocas de maior diâmetro.

Ex: Para se fazer um furo de 12mm de diâmetro,

primeiro se faz todo o comprimento do furo com uma

broca de 6mm. Em seguida, faz-se a mesma operação

com uma broca de 8mm. Depois com uma broca de

10mm. E finalmente com uma broca de 12mm.

Page 25: Aula Torno CNC

Operações de Torneamento / Fresamento

Ferramentas de Perfuração - Brocas

Page 26: Aula Torno CNC

Ferramentas de Perfuração - Brocas

Operações de Torneamento / Fresamento

Fluido Refrigerante

Page 27: Aula Torno CNC

Ferramentas de Perfuração - Brocas

Operações de Torneamento / Fresamento

Page 28: Aula Torno CNC

Operações de Torneamento / Fresamento

Ferramentas de Perfuração - Brocas

Page 29: Aula Torno CNC

Operação de Fresamento

Ferramentas de Fresamento

(Milling Tools)

Page 30: Aula Torno CNC

Operação de Fresamento

Ferramentas de Fresamento

(Milling Tools)

Page 31: Aula Torno CNC

Quebra-Cavaco

São cavidades na face superior das ferramentas de

corte que têm a função de quebrar o cavaco gerado nas

operações de usinagem.

Ao quebrar o cavaco em lascas pequenas ganha-se

maior qualidade no acabamento da peça (menor

rugosidade superficial)

Operações de Torneamento / Fresamento

Page 32: Aula Torno CNC

Programação CNC

Coordenadas Cartesianas

O sistema de coordenadas cartesianas é utilizado para programar os posicionamentos das

ferramentas com relação às peças. Cada movimento que a ferramenta faz seja ele aproximação

ou torneamento é programado através do sistema de coordenadas. A coordenada escrita

(programada) indica o posicionamento da ponta de ferramenta.

O torno possui dois eixos de movimento da ferramenta, movimento longitudinal e movimento

transversal, logo o plano cartesiano para torno tem uma linha paralela ao eixo longitudinal e outra

paralela ao eixo transversal.

O CNC usa uma simbologia alfabética para representar os eixos, o eixo transversal é chamado de

Eixo “X” e o eixo longitudinal é chamado de Eixo “Z”. No eixo “X” (transversal) vamos programar

os Diâmetros e no eixo “Z” (longitudinal) vamos programar os Comprimentos.

Todo posicionamento é programado por um ponto (X,Z), com relação a um ponto zero pré-

determinado.

As coordenadas cartesianas podem ser absolutas ou incrementais.

Page 33: Aula Torno CNC

Com porta ferramentas dianteira Com porta ferramentas traseira

Programação CNC

Coordenadas Cartesianas

Veja abaixo como funciona o posicionamento e a nomenclatura (simbologia de cada eixo com

relação ao plano cartesiano / máquina) para torno com torre porta ferramenta dianteira e traseira.

Page 34: Aula Torno CNC

Programação CNC

Coordenadas Cartesianas Absolutas (G90)

Como foi comentado anteriormente, podemos trabalhar com 2 tipos de coordenadas cartesianas.

Um deles é o sistema de coordenadas cartesianas absolutas.

Quando trabalhamos neste modo a coordenada programada é a distância que a ferramenta está

do ponto-zero em “X” e em “Z”.

No torno o ponto-zero em “X” (transversal) esta na linha de centro do eixo principal da máquina

(eixo-árvore).

O ponto-zero em “Z” (longitudinal) pode estar em qualquer ponto da máquina. Normalmente, o

ponto-zero em “Z” é estabelecido pela linha que passa pelo encosto da castanha ou pela face da

peça.

O sinal positivo ou negativo é determinado pelo posicionamento da ferramenta (posição dianteira

ou traseira) em relação ao ponto-zero como vimos no slide anterior.

Para trabalhar com coordenadas cartesianas absolutas, deve se programar a função G90, esta

função é modal, ou seja, depois de programada permanecerá ativa até que se programe uma

função G incompatível.

Page 35: Aula Torno CNC

Programação CNC

Coordenadas Cartesianas Absolutas (G90) - Exemplo

X40 Z4

X40 Z-60

X60 Z-60

X85 Z-85

X85 Z-125

X115 Z-125

X115 Z-155

X200 Z50

G90 Posiciona a ferramenta no ponto

de aproximação (P1)

Movimenta a ferramenta para P2

Movimenta a ferramenta para P3

Movimenta a ferramenta para P4

Movimenta a ferramenta para P5

Movimenta a ferramenta para P6

Movimenta a ferramenta para P7

Afasta a Ferramenta (P8)

Page 36: Aula Torno CNC

Programação CNC

Coordenadas Cartesianas Incrementais (G91)

No sistema de coordenadas cartesianas incrementais a origem passa a ser a posição atual da

ferramenta. Podemos imaginar que a cada movimento a ferramenta esta em cima do zero.

Diferentemente do sistema de coordenadas absolutas, onde programamos o posicionamento da

ferramenta com relação ao zero peça, o sistema de coordenadas incrementais deve-se programar

somente a distancia que a ferramenta vai percorrer.

Ex.: Se vamos movimentar a ferramenta para o sentido “X” + (positivo) devemos programar X+

(Distancia a percorrer em X) e se vamos movimentar a ferramenta para o sentido X- (negativo)

devemos programar X- (distancia a percorrer em X) mesmo que a ferramenta ainda esteja no

campo positivo, o sinal determina qual é o sentido (direção) que o eixo irá movimentar. O mesmo

acontece com o eixo “Z”.

Logo, a coordenada incremental refere-se a distância percorrida pela ferramenta em relação ao

último ponto que foi programado.

Para trabalhar programando coordenadas incrementais, deve se programar a função G91, esta

função é modal e estará ativa até que se programe outra função G incompatível.

Page 37: Aula Torno CNC

Programação CNC

Coordenadas Cartesianas Incrementais (G91) - Exemplo

X40 Z4

X0 Z-64

X20 Z0

X15 Z-25

X0 Z-40

X30 Z0

X0 Z-30

X85 Z205

G90

G91

Posiciona a ferramenta no ponto

de aproximação (P1)

Movimenta a ferramenta para P2

Movimenta a ferramenta para P3

Movimenta a ferramenta para P4

Movimenta a ferramenta para P5

Movimenta a ferramenta para P6

Movimenta a ferramenta para P7

Afasta a Ferramenta (P8)

Page 38: Aula Torno CNC

Programação CNC

Interpolação Linear

Qualquer movimento da ferramenta em linha reta é uma interpolação linear. Podemos programá-

la com qualquer ângulo e com um avanço, que pode variar entre a mínima e máxima velocidade

da máquina.

Conhecido o ponto de partida, podemos mover a ferramenta a qualquer outro ponto em linha reta

com um avanço estabelecido. Assim, podemos usinar qualquer perfil cônico, ou paralelo aos eixos

longitudinal (Z) e transversal (X).

A interpolação linear pode ser:

G00 = Interpolação linear com avanço rápido

G01 = Interpolação linear com avanço programado.

Com a função G00 a máquina executará uma interpolação linear com a máxima velocidade da

máquina. Deve ser utilizada para aproximar e afastar a ferramenta da peça (movimento sem

corte) para ganhar tempo de processo. Esta função não deve ser utilizada em movimentos que a

ferramenta entrará em contato com a peça.

A função G01 então, deverá ser usada para programação de movimentos de corte uma vez que o

avanço neste movimento pode ser programado através da letra (F). Normalmente em tornos o

avanço (F) é programado em milímetros por rotação (mm/Rot).

Page 39: Aula Torno CNC

Programação CNC

Interpolação Linear – Exemplo (Acabamento)

G00 X40 Z5

G01 Z-60

G01 X60

G01 X85 Z-85

G01 Z-125

G01 X115

G00 X200 Z50

Posiciona a ferramenta no

ponto de aproximação.

Torneia o diâmetro de 40mm.

Faceia o comprimento de 95.

Usina a superfície cônica.

Torneia o diâmetro de 85.

Faceia o comprimento de 30.

Afasta a Ferramenta.

Page 40: Aula Torno CNC

Programação CNC

Interpolação Linear - Exemplo (Desbaste)

G00 X118 Z0

G01 X-1 F0.15

G00 X110 Z2

G01 Z-64.9 F0.30

G00 X115 Z2

G00 X105

G01 Z-64.9 F0.30

G00 X110 Z2

G00 X100

G01 Z-64.9 F0.30

G00 X105 Z2

G00 X95

G01 Z-64.9 F0.30

G00 X100 Z2

G00 X90

G01 Z-64.9 F0.30

G00 X95 Z2

G00 X86

G01 Z-64.9 F0.30

G00 X90 Z2

G00 X85

G01 Z-65 F0.30

G01 X118 F0.15

G00 X250 Z100

Aproxima a ferramenta para faceamento

Faceia a peça

Posiciona para iniciar o desbaste

Executa a 1º passada de desbaste

Afastamento da ferramenta

Posiciona para a 2º passada

Executa a 2º passada de desbaste

Afastamento da ferramenta

Posiciona para a 3º passada

Executa a 3º passada de desbaste

Afastamento da ferramenta

Posiciona para a 4º passada

Executa a 4º passada de desbaste

Afastamento da ferramenta

Posiciona para a 5º passada

Executa a 5º passada de desbaste

Afastamento da ferramenta

Posiciona para a 6º passada

Executa a 6º passada de desbaste

Afastamento da ferramenta

Posiciona para acabamento

Acabamento do Diâmetro de 85

Faceamento do comprimento de 30

Afastamento da Ferramenta

Page 41: Aula Torno CNC

Torno CNC

• Manual (Anexo).

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Page 42: Aula Torno CNC

Obrigado.