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Conceitos Fundamentais TOPOGRAFIA

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Conceitos Fundamentais

TOPOGRAFIA

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topos (lugar) + graphein (descrever)

¨  Topografia

descrição exacta e rigorosa de um lugar

Conjunto dos princípios, métodos, aparelhos e convenções utilizados para a determinação do contorno, das dimensões e da posição relativa de uma porção limitada da superfície da terra, do fundo dos mares ou do interior das minas.

¨  Objetivo: representar sobre um plano uma determinada porção de terreno com todos os seus detalhes e acidentes.

¨  Importância: base de qualquer projeto e de qualquer obra realizada por engenheiros civis (terrestre ou marítimo).

Conceitos Fundamentais

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A representação da superfície terrestre pode ser planimétrica e altimétrica:

¨  Planimetria: representação bidimensional da posição dos pontos no plano da carta.

¨  Altimetria: representação da distância vertical dos pontos a uma superfície de referência, o que permite fazer a representação do relevo.

Conceitos Fundamentais

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A operação de recolha de informação necessária para a elaboração de uma planta ou carta topográfica de uma região é designada por levantamento topográfico. Estes podem ser executados utilizando:

¨  os métodos clássicos da Topografia, que se baseiam fundamentalmente na medição de ângulos e distâncias recorrendo a instrumentos tais como teodolitos, níveis e distanciometros;

¨  métodos fotogramétricos, sendo a informação obtida a partir de fotografias aéreas métricas, ou imagens numéricas multiespectrais recolhidas por sensores instalados em satélites artificiais da Terra;

¨  o Sistema de Posicionamento Global, mais conhecido por GPS, que utiliza receptores dos sinais emitidos pelos satélites da constelação GPS, permitindo a determinação precisa das coordenadas dos locais onde as antenas dos receptores são colocadas.

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¨  Geodesia terra + divisões

Ciência que se ocupa dos processos de medida e especificações para o levantamento e posterior representação cartográfica de grandes extensões da superfície terrestre, projetadas sobre uma superfície de referência.

A superfície de referência é considerada como sendo o elipsóide de resolução.

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¨  Razão para a utilização do elipsóide?

¨  Forma da Terra é definida com base no campo gravítico terrestre, resultante da força de atração newtoniana (Fa) e da força centrífuga (Fc) devida ao movimento de rotação da Terra

Conceitos Fundamentais

Fa max Fc min

Fa min Fc max

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GEÓIDE

¨  Superfície equipotencial do campo de gravidade terrestre que mais se aproxima do nível médio dos mares e oceanos (na ausência de ventos, correntes e marés), estendida aos continentes

¨  Determinado por observações astronómicas, medições gravimétricas ou pelo estudo das perturbações orbitais de satélites artificiais da Terra.

Conceitos Fundamentais

Este modelo é demasiado complexo para ser usado como superfície de referência:

• não tem descrição matemática; • perpendicular ao campo gravítico.

Ondulações do geóide máxima: +70 m (oceano Atlântico) mínima: -100 m (oceano Índico)

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ELIPSÓIDE

¨  Sólido gerado pela rotação de uma semi-elipse em torno de um dos seus eixos (em torno do eixo polar N-S).

Para diferentes regiões do globo obtêm-se elipsóides diferentes. Por este motivo a escolha do elipsóide tem de ter em consideração a região que se pretende representar.

Conceitos Fundamentais

a – semi-eixo maior b – semi-eixo menor

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ELIPSÓIDE

¨  O achatamento do elipsóide é muito pequeno, aproximando-se a forma da Terra de uma esfera.

¨  Por isso, nos trabalhos em que não se exige grande precisão, o elipsóide é substituido por uma esfera de raio igual à média dos semi-eixos.

Conceitos Fundamentais

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¨  O objectivo principal da geodesia é a construção de redes geodésicas.

Conceitos Fundamentais

¨  Rede geodésica – conjunto de pontos distribuídos de forma homogénea num determinado território: ¤  os pontos formam uma malha triangular ¤  as posições relativas e as coordenadas

geográficas são conhecidas com exatidão

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Se as zonas que se pretendem representar são pouco extensas, é admissível considerar a Terra como uma superfície plana, podendo-se substituir o elipsóide de referência por um plano que lhe é tangente no ponto central da região a representar.

Conceitos Fundamentais

Considerando a Terra como esférica, d e c e n t ro O e ra i o m é d i o R=6400  Km, seja D a maior das distâncias, sobre a superfície de referência, entre o ponto central e a f ro n t e i ra d e u m a r e g i ã o a representar.

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Sejam ainda A e B dois pontos do terreno cujas projeções ortogonais sobre a superfície de referência são respectivamente a e b, sendo b' o ponto de intersecção da recta projectante de B sobre b, com o plano tangente à superfície de referência no ponto a.

Conceitos Fundamentais

Quando ΔD puder ser considerado nulo pode-se substituir a superfície de referência (neste caso uma esfera) pelo plano que lhe é tangente no ponto central da zona a representar.

ΔD = D '−D

ΔD ≈D3

3R2

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Quando se faz a representação da área numa carta, ΔD pode ser considerado nulo quando for inferior ao erro de graficismo, que é aproximadamente 0.1 mm.

Conceitos Fundamentais

Assim, se a escala da carta for 1/E, poderemos substituir o elipsóide por um plano tangente à superfície quando:

ΔDE

< erro de graficismo 0.1mm =10−7km( )

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A relação anterior permite determinar até que valores de D se poderá considerar a Terra plana em função da escala da representação:

Conceitos Fundamentais

Logo, são insignificantes os erros cometidos na substituição do elipsóide de referência por um plano que lhe seja tangente no ponto centra l da região a cartografar.

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Concluindo...

¨  A Geodesia estuda o todo dividido em malhas justapostas à superfície de referência (cartas geográficas).

¨  A Topografia estuda cada malha ou parte de cada malha tomando como referência as coordenadas determinadas na Geodesia, considerando uma superfície de referência plana (cartas topográficas).

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Teoria dos Erros de Observação

TOPOGRAFIA

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¨  Ao se efectuar a medida de determinada grandeza, mostra a experiência que se cometem erros:

¤  falta de atenção ou imperícia do observador – enganos, faltas ou erros grosseiros;

¤  falta de perfeição dos instrumentos de medição, variabilidade das condições de leitura ou imperfeições dos nossos sentidos – erros de observação.

Teoria dos Erros e Observação

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¨  Os erros de observação podem ser:

¤  Erros sistemáticos: n  erros de causa bem determinada;

n podem ser totalmente eliminados; n geralmente têm o mesmo sentido;

n por exemplo, a utilização de uma fita mal graduada.

¤  Erros acidentais ou fortúitos: n  erros provenientes da variabilidade das condições exteriores

e/ou das imperfeições dos nossos sentidos; n  estes erros dão-se nos dois sentidos.

Teoria dos Erros e Observação

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¨  Na medição de um alinhamento o resultado final é o resultado da soma de medições parciais: ¤  Os erros sistemáticos produzindo-se no mesmo sentido vão

acumulando-se para mais ou para menos; ¤  Os erros acidentais porque se repetem ora num sentido ora

noutro, em vez de se acumularem vão-se compensando em parte.

¨  Pode concluir-se que os erros sistemáticos em geral podem ter importância superior aos erros acidentais atendendo à influência que podem ter no resultado final.

Teoria dos Erros e Observação

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¨  Uma forma eficaz de realizar a verificação de uma certa medida é proceder de modo que haja medições da mesma grandeza em excesso.

¨  Assim por comparação podem detectar-se certos erros mais grosseiros devido aos erros acidentais, determinando um valor mais provável da medida pretendida.

Teoria dos Erros e Observação

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¨  Deste modo, o problema que geralmente se coloca é o seguinte: ¤  Realizada várias vezes a medição da mesma grandeza,

combinar essas medidas de forma a obter um valor que ofereça maior confiança que qualquer um tomado isoladamente. Este problema é denominado por compensação de medidas.

¨  De notar que antes de se proceder à compensação devem ser eliminados os erros sistemáticos.

Teoria dos Erros e Observação

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COMPENSAÇÃO DE MEDIDAS DIRECTAS DE IGUAL PRECISÃO

¨  Consedire-se uma grandeza que foi medida um certo número de vezes com o mesmo instrumento e nas mesmas condições, e sejam L1, L2, …, Ln, os valores encontrados nessas medidas;

¨  Pretende-se o valor compensado da grandeza medida;

¨  Se X for o valor compensado, as medidas terão resíduos (ou correcções) tais que:

Teoria dos Erros e Observação

v1 = X − L1v2 = X − L2

vn = X − Ln

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COMPENSAÇÃO DE MEDIDAS DIRECTAS DE IGUAL PRECISÃO

¨  Condição de mínimos quadrados:

¨  Equivalente a ter:

¨  Assim, para compensar medidas de igual precisão calcula-se a média dos valores medidos.

¨  Note-se que o peso da média é igual ao número de medidas (tomando como unidade de peso o peso de uma medida isolada).

Teoria dos Erros e Observação

X − L1( )2 + X − L2( )2 +...+ X − Ln( )2 =mínimo

X =L[ ]n

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COMPENSAÇÃO DE MEDIDAS DE DIFERENTES PRECISÕES

¨  Consedire-se uma grandeza que foi medida um certo número de vezes tendo-se L1, L2, …, Ln, e que pelas condições em que foram efectuadas, os pesos de cada uma são p1, p2, …, pn;

¨  Pretende-se o valor compensado da grandeza medida;

¨  Se X for o valor compensado, as medidas terão resíduos (ou correcções) tais que:

Teoria dos Erros e Observação

v1 = X − L1v2 = X − L2

vn = X − Ln

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COMPENSAÇÃO DE MEDIDAS DE DIFERENTES PRECISÕES

¨  Condição de mínimos quadrados:

¨  Equivalente a ter:

¨  Assim, o valor compensado das medidas de precisão diferente obtêm-se pela média ponderada das medidas.

¨  Note-se que o peso da média ponderada é igual ao somatório dos pesos das médias isoladas.

Teoria dos Erros e Observação

p1 X − L1( )2 + p2 X − L2( )2 +...+ pn X − Ln( )2 =mínimo

X =pL[ ]p[ ]

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Topologia

TOPOGRAFIA

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¨  A representação do terreno é usualmente encarada segundo duas perspectivas:

¤  a representação planimétrica - trata da representação das projecções dos elementos de interesse sobre planos horizontais;

Topologia

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¨  A representação do terreno é usualmente encarada segundo duas perspectivas:

¤  a representação altimétrica - tem por objecto a representação do relevo do terreno, isto é, dos desníveis existentes entre os pontos que constituem a superfície desse terreno.

Topologia

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¨  Um modelo topográfico poderá conter apenas uma destas formas de representação, ou ambas em simultâneo.

Topologia

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REPRESENTAÇÃO DA PLANIMETRIA

¨  A representação dos elementos de interesse é feita tendo em consideração os seguintes aspectos: ¤  Elementos de dimensão razoável (claramente superior ao limite de

percepção visual): são representados pelos seus contornos; ¤  Elementos de pequena dimensão: são representados por sinais

convencionais; ¤  Áreas de dimensão razoável e ocupação bem definida: são

representadas pelos seus contornos; a representação é frequentemente completada com um preenchimento convencional.

¨  Todas as convenções usadas deverão constar da legenda do mapa.

Topologia

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REPRESENTAÇÃO DA ALTIMETRIA

¨  Se os valores apresentados são determinados relativamente a uma equipotencial gravítica específica - “nível médio do mar”, então eles são denominados altitudes.

¨  No caso da superfície de referência ser outra que não o nível médio do mar, então os valores denominam-se cotas.

Topologia

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REPRESENTAÇÃO DA ALTIMETRIA

¨  O desnível entre os extremos de um segmento – ΔHAB – é dado pela diferença entre a cota do ponto final do segmento e a cota do ponto inicial. Portanto ΔHAB = −ΔHBA.

Topologia

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REPRESENTAÇÃO DA ALTIMETRIA

¨  Define-se ângulo de inclinação do segmento como o ângulo que ele forma com os planos horizontais.

¨  A tangente do ângulo de inclinação é o declive do segmento.

Topologia

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REPRESENTAÇÃO DA ALTIMETRIA

¨  Quanto à representação, sobre plantas topográficas, da altimetria (o relevo), os dois métodos, porventura os mais frequentemente utilizados na actualidade são:

¤  pontos cotados;

¤  curvas de nível.

Topologia

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REPRESENTAÇÃO POR CURVAS DE NÍVEL

¨  Na representação da altimetria por curvas de nível o relevo é modelado com base na projecção horizontal das linhas que resultam da intersecção da superfície do terreno com um conjunto de planos horizontais equidistantes entre si.

Topologia

¨  Define-se equidistância natural, Q, como sendo a distância que separa estes planos horizontais.

¨  Define-se equidistância gráfica, q, como sendo q = Q/M, onde M representa o módulo da escala.

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REPRESENTAÇÃO POR CURVAS DE NÍVEL

¨  A escolha da equidistância natural depende fundamentalmente de três factores: ¤  o acidentado do terreno; ¤  a escala do mapa; ¤  a futura utilização do mapa.

Topologia

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FORMAS FUNDAMENTAIS DO TERRENO

¨  A forma e o afastamento das curvas de nível dão-nos a indicação da forma do terreno;

¨  Admitindo que a equidistância natural é constante:

¤  O declive do terreno será tanto maior quanto menor for a distância entre curvas de nível;

¤  Se as curvas de nível forem rectilíneas, paralelas e equidistantes entre si, trata-se de uma encosta de declive constante;

¤  Quando o espaçamento entre curvas de nível não é constante, então o declive não é constante.

Topologia

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REPRESENTAÇÃO POR CURVAS DE NÍVEL

¨  Qualquer forma de relevo complexa resulta sempre de duas formas simples: o vale e o tergo.

Topologia

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FORMAS FUNDAMENTAIS DO TERRENO

¨  Vale:

¤  Superfície formada pela reunião de duas vertentes com concavidade voltada para cima;

¤  A linha de reunião das duas superfícies é denominada linha de água ou talvegue (pontos de menor cota);

Topologia

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FORMAS FUNDAMENTAIS DO TERRENO

¨  Vale:

¤  As superfícies laterais dos vales denominam-se vertentes ou margens;

¤  As curvas de cota superior que envolvem as de cota inferior.

Topologia

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FORMAS FUNDAMENTAIS DO TERRENO

¨  Tergo:

¤  Superfície formada pela reunião d e d u a s v e r t e n t e s c o m concavidade voltada para baixo;

¤  A linha de reunião das duas superfícies é denominada linha divisória ou linha de festo (pontos d e m a i o r c o t a ) ; t a m b é m denom inada po r l i n ha de separação de águas.

Topologia

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FORMAS FUNDAMENTAIS DO TERRENO

¨  Tergo:

¤  As superfícies laterais dos tergos denominam-se ver tentes ou encostas;

¤  As curvas de nível de maior cota são envolvidas pelas de menor cota.

Topologia

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FORMAS FUNDAMENTAIS DO TERRENO

¨  Depressão (Lago):

¤  resultante da associação de dois ou mais vales.

¨  Elevação (Colina, Outeiro ou Monte):

¤  resultante da associação de dois ou mais tergos.

Topologia

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FORMAS FUNDAMENTAIS DO TERRENO

¨  Garganta, Colo ou Portela:

¤  associação de dois vales e dois tergos;

¤  Lugar onde a superfície sobe para 2 lados opostos e desde para outros 2 lados opostos.

¤  Ponto mais baixo de um divisor de águas e ponto mais alto dos talvegues que aí nascem.

Topologia

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PROBLEMAS BÁSICOS COM CURVAS DE NÍVEL

¨  Definir a linha de maior declive que passa por um ponto:

¤  é a linha, de projecção horizontal recta, que tendo os seus extremos apoiados sobre curvas de nível consecutivas e passando pela projecção do ponto, tem o comprimento (l) mínimo.

Topologia

i = tanα =Q

l ×M⇒ imax = lmin

O dec l i ve pode ser expresso pela tangente, em pecentagem ou em graus.

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PROBLEMAS BÁSICOS COM CURVAS DE NÍVEL

¨  Determinar a cota de um ponto situado entre duas curvas de nível:

¤  a cota é calculada por interpolação sobre a linha de maior declive que passa pelo ponto.

Topologia

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PROBLEMAS BÁSICOS COM CURVAS DE NÍVEL

¨  Determinar a cota de um ponto que não está situado entre duas curvas de nível:

Topologia

¤  a cota é calculada por extrapolação sobre uma recta de maior declive que passa pelo ponto.

¤  Sempre que possível, esta situação deve ser evitada.

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PROBLEMAS BÁSICOS COM CURVAS DE NÍVEL

¨  Traçar linha com declive constante:

¤  as soluções são aproximadas por linhas poligonais compostas por tramos rectos todos de igual comprimento l, cada um dos quais começando e terminando em curvas de nível de cota consecutiva.

Topologia

¤  Este comprimento depende apenas do declive imposto (i) e da equidistância das curvas de nível (Q).

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PROBLEMAS BÁSICOS COM CURVAS DE NÍVEL

¨  Delimitação da bacia hidrográfica associada a uma secção de uma linha de água:

¤  trata-se da delimitação de toda a região cujo escoamento superficial contribui para alimentar a linha de água desde a sua nascente até à secção considerada.

¤  O traçado manual deverá ter início no único ponto que, à partida, se sabe pertencer aos limites da bacia: a secção.

Topologia

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PROBLEMAS BÁSICOS COM CURVAS DE NÍVEL ¤  A partir dela, e para uma e outra margem, vão sendo traçadas

duas linhas de maior declive.

Topologia

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PROBLEMAS BÁSICOS COM CURVAS DE NÍVEL ¤  Cada uma destas linhas subirá a respectiva margem, atravessará

uma zona de tergo e irá inevitavelmente terminar num cume ou numa linha de cumea-

da.

Topologia

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PROBLEMAS BÁSICOS COM CURVAS DE NÍVEL ¤  A bacia será então delimitada pelas duas linhas assim traçadas e,

eventualmente, por uma ou mais linhas de cumeada.

Topologia

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PROBLEMAS BÁSICOS COM CURVAS DE NÍVEL

¨  Elaboração de um perfil do terreno: ¤  em Topografia, denomina-se perfil do terreno a linha de corte

que se obtém pela intersecção de uma superfície de geratriz vertical com a superfície do terreno.

¤  A representação do perfil é habitualmente distorcida pela utilização de uma escala vertical maior do que a escala horizontal.

¤  Para além dos pontos inicial e final e dos pontos de intercepção da linha de corte com as curvas de nível, deverão figurar no perfil os pontos de cota máxima e mínima locais.

Topologia

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PROBLEMAS BÁSICOS COM CURVAS DE NÍVEL

¨  Elaboração de um perfil do terreno: ¤  A representação do perfil é habitualmente distorcida pela

utilização de uma escala vertical maior do que a escala horizontal.

¤  Para além dos pontos inicial e final e dos pontos de intercepção da linha de corte com as curvas de nível, deverão figurar no perfil os pontos de cota máxima e mínima locais.

Topologia

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PROBLEMAS BÁSICOS COM CURVAS DE NÍVEL

¨  Elaboração de um perfil do terreno: ¤  Para além dos pontos inicial e final e dos pontos de intercepção

da linha de corte com as curvas de nível, deverão figurar no perfil os pontos de co-

ta máxima e mínima locais.

Topologia

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CARACTERÍSTICAS DAS CURVAS DE NÍVEL

¨  Um terrenos naturais duas curvas de nível nunca se cruzam;

¨  Uma curva de nível não pode estar entre outras duas de menor ou maior cota;

¨  Uma curva de nível nunca deve ser interrompida dentro da carta, salvo quando encontrar o sinal de escarpado, ou quando encontrar edifícios, estradas e cursos de água;

¨  Uma curva de nível nunca corta a mesma linha de água em mais do que um ponto;

¨  Quando cortam uma linha de água as curvas de nível envolvem sempre a região de jusante.

Topologia

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REPRESENTAÇÃO POR PONTOS COTADOS

¨  O relevo é representado pela projecção horizontal de um conjunto de pontos cuja cota é indicada numericamente.

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TRAÇADO DE CURVAS DE NÍVEL A PARTIR DE PONTOS COTADOS

1.  Analisar cuidadosamente o terreno.

2.  Considerar os pontos e as linhas notáveis do terreno.

3.  Fazer o levantamento do terreno.

4.  Unir os pontos levantados formando triângulos.

5.  Determinar em cada lado dos triângulos cotas de valor inteiro.

6.  Marcar a distância horizontal de cada ponto com cota inteira relativamente a uma das extremidades do lado do triângulo respectivo.

7.  Unir os pontos da mesma cota inteira, dando a cada curva um aspecto compatível com a forma natural do terreno.

Topologia

Page 59: Aula TeoricoPratica 1 - uma. · PDF fileNa representação da altimetria por curvas de nível o relevo é modelado com base na projecção horizontal das linhas que resultam da

TRAÇADO DE CURVAS DE NÍVEL A PARTIR DE PONTOS COTADOS

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BIBLIOGRAFIA

Fonte, Cidália C.. “Textos de apoio de Topografia”. Departamento de Matemática FCTUC, Universidade de Coimbra.

Freitas, Elisabete (2011). Apresentações teóricas no âmbito da disciplina de Topografia. Universidade do Minho.

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