91537406 01 odonto estetica resina composta
TRANSCRIPT
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 1/27
C fI0m jt04 ta de oY~
rpj)~ e : JUa ~vducao~
As resinas compostas surgiram no inicio
dos anos sessenta, como resultado de inu-
meras tentativas de se obter urn material
restaurador estetico que fosse superior aosmateriais ate entao existentes, como as re-
sinas acrf licas restauradoras e 0cimento
de silicato. 0 cimento de silicato era urn
material restaurador para dentes anterio-
res que tinha como principal vantagem a
iberac;ao de f luor, que poderia ser ab-
sorvido pela estrutura dentaria adjacente
e apresentava urn coeficiente de expansao
ermica parecido com 0 das estruturas
dentarias. No entanto, apresentava pro-
priedades mecanicas insuficientes para ser
aplicado em areas onde houvesse a inci-
dencia de esforc;os,como nas incisais. Alem
do mais, esse material era muito sensfvel
as variac;6es de umidade, podendo sofrer
embebic;ao (ganho de agua), se exposto de
maneira precoce a umidade do meio bu-
cal ou sinerese (perda de agua), se aplica-
do em urn paciente com habitos de respi-
rac;ao bucal. Devido a uma rugosidade su-
ser indicado em areas subgengivais, por fa-
cilitar 0acumulo de placa. Desta manei-
ra, suas indicac;6es tornavam-se bastante
restritas. Ja as resinas acrf licas restaura-doras proporcionavam urn resultado este-
tico imediato de boa qualidade, porem, ob-
servava urn comportamento insatisfat6rio,
tendo em vista a contrac;ao de polimeri-
zac;ao excessiva e as alterac;6es dimensio-
nais, bastante significativas durante as tro-
cas termicas, causas da sensibilidade p6s-
operat6ria a curto prazo e da descolora-
c;aomarginal e reincidencia de carie a me-
dio e longo prazos.
1- Resinas Compostas
Convencionais
As resinas compostas propriamente ditas
apareceram no mercado como evoluc;ao
das resinas acrflicas restauradoras. A es-
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 2/27
modificada para melhorar sua estabili-
ade e, com a f inalidade de aprimorar as
ropriedades mecanicas desses materiais,
ambem houve a inclusao de componen-
es inorganicos tratados para possibilitar
ma intera~ao entre essas duas fases. BO-WEN,8 em 1956, acrescentou ao metacri-
ato de glicidila (GMA) urn bisf enol, for-
mando 0Bis-GMA (bisf enol A metacrila-
o de glicidila). Essa estrutura era mais
stavel dimensionalmente, pois sof ria
men or contra~ao de polimeriza~ao, alem
e apresentar urn coef iciente de expan-
aG termica mais baixo e porosidades in-ern as menores.11 Essa nova f ormula~ao
ecessitava ainda ser melhorada com re-
a~ao a consistencia, impr6pria para uso
linico. Dentre os agentes testados, 0
EG-DMA (trietilglicol glicidil dime-
acrilato) eo UDMA (uretano dimetacri-
ato), monomeros de baixo peso molecu-
ar, f oram os que melhor se a justaram
ara esta finalidade. Posteriormente, a es-
a matriz organica de melhores qualida-
es foi acrescida carga, ou seja, particu-
as inorganic as as quais recebiam urn tra-
amento com agente silanizador, como 0
-metacriloxipropiltrimetoxi silano, para
ue houvesse melhor intera~ao entre asases organica e inorganica.9 Algumas das
rimeiras resinas compostas introduzidas
o mercado f oram a Adaptic a ohnson
&Jonhson) e 0Concise (3M). Estas re-
nas apresentavam particulas inorgani-
as, como 0 quartzo, numa quantidade
e 70 a 80% em peso, com tamanho
medio maior que 15 /-lm, podendo che-ar ate 100J.lm. Essas resinas f oram de~
ominadas convencionais, tradicionais
u macroparticulasY Quando compara-
as as resinas acrilicas restauradoras apre-
tanto, deixavam a desejar, entre outros
aspectos, em rela~ao ao desgaste e a ru-
gosidade superficial. 0desgaste, ao longo
do tempo, acarretava perda de contor-
no; ja a rugosidade de superficie, que era
alta mesmo depois do polimento, aumen-tava ainda rnais com 0avan~o do desgas-
te, f acilitando 0acumulo de placa e agres-
saG ao complexo periodontal. Ap6s al-
guns anos, esses materiais restauradores
passaram a ser comercializados com urn
sistema adesivo composto por urn con-
dicionador acido e urn agente de uniao
de baixa viscosidade, que nada mais erado que 0Bis-GMA adicionado de di-
luentes e sem particulas de carga.
o sistema de ativa~ao desses mate-
riais era quirnico e havia a necessidade
de misturar duas partes, uma base e ou-
tra catalizadora, para que houvesse a
polimeriza~ao. Esta caracteristica resul-
tava em dois inconvenientes: havia uma
limita~ao de tempo de trabalho e, du-
rante a mistura, ocorria a inclusao de bo-
lhas de ar dentro da massa do material
restaurador. Estes detalhes, como a bai-
xa resistencia ao desgaste, excessiva ru-
gosidade de superficie, tempo de traba-
lho limitado e presen~a de porosidadesinternas f oram as principais raz6es para
que estes materiais sofressem rapidas
modifica~6es. A f igura 1-1 ilustra uma
situa~ao em que varias restaura<;6es f ei-
tas com resina composta convencional
apresentararn comportamento clinico
insatisfat6rio ap6s varios anos de uso,
verif icando-se perda de contorno cau-sada por desgaste excessivo, rnudan<;as
de cor e textura superficial aspera, pro-
vavelmente devido ao tipo e, principal-
mente, ao tamanho medio das particu-
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 3/27
Fig. 1-1. Restaur a~i5es feitas com resina com-
posta convencional. Observar 0 as pect o
insatisfat6rio d as r estaur a~i5escomo: perd ad e contorno por d esgast e excessivo, altera-
~ao d e cor, te xtur a irr egular, etc.
2- Resinas Compostas
de Microparticulas
ara contornar 0problema da rugosidade
uperficial excessiva, houve uma modif i-
a~ao drastica na composi~ao e no tama-ho das particulas de carga. Surgiram,
ntao, no inf cio dos anos setenta, as re-
nas de micropartfculas. 0componente
norganico dessas resinas era a sflica coloi-
al eo tamanho medio das partf culas ob-
das era de O,Oll-lm a 0,1I-lm.47Como
xemplos comerciais de uma das primei-
as resinas de micropartf cula temos 0
sopast (Vivadent) e 0Silar (3M). Com a
modif ica~ao na estrutura inorganica das
esinas compostas, significativas altera~oes
uderam ser observadas, tanto nos resul-
ados clf nicos imediatos quanto ap6s al-
uns anos. Uma das primeiras dif eren~as
entidas foi na consistencia, pois as resi-
as de micropartfculas apresentaram con-stencia mais f luida e com isso, alguns
justes na tecnica de inser<;;aodo material
na cavidade tornaram-se necessarios. No
entanto, a altera<;;aomais visfvel aconte-
cia ap6s 0polimento. Era not6ria a su-
perioridade com rela<;;aoa lisura superf i-
cial e isso acontecia porque a composi-
<;;ao,formato e quantidade das partf cu-
las de carga eram diferentes das resinas
convencionais. As partfculas de sf lica ti-
nham em media 0,04I-lm, eram de for-mato esf erico e mais regular. Nas resinas
convencionais havia, em peso, 70 a 80%
de carga inorganica, enquanto nas resinas
de micropartfculas essa quantidade f oi re-
duzida, no inf cio para 400/ 0 e, depois de
algumas modifica<;;oes,para cerca de 50%
do peso total. 30 Apesar dos resultados es-
teticos iniciais serem altamente satisf at6-rios como observado na f igura 1-2, as pri-
meiras resinas de micropartfculas apre-
sentaram alguns problemas clfnicos. Nao
se pode esquecer que ocorreram tambem
profundas modifica~oes nas proprieda-
des mecanicas desses materiais, modifi-
ca<;;oesessas que acarretaram mudan<;;as
no seu comportamento clf nico. Duas alte-ra~oes ficaram bem evidentes: maior de-
forma<;;aosob tensoes e altera<;;aode cor
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 4/27
mais d.pida. Devido a menor quantida-
de de carga, houve redu~ao no m6dulo
de elasticidade desses materiais, ou se ja,
a rela~ao tensao versus def orma~ao foi
alterada. Percebeu-se maior tendencia a
deforma~ao quando a restaura~ao era
submetida a esfor~os. Essa maior propen-
saD a def orma~ao provo cava, com 0pas-
sar do tempo, desadapta~ao mais acen-
tuada na interface dente / restaura~ao e
poderia ocasionar, algumas vezes, rom-
pimento das liga~6es adesivas, especial-
mente nas regi6es cervicais, permitindo
que houvesse microinfiltra~ao e reinci-dencia de carie. Para ilustrar este feno-
me no f oi inserida a f igura 1-3, que re-
trata uma situa~ao clfnica em que uma
cavidade extensa em incisivo lateral su-
perior foi restaurada com resina de mi-
cropartf culas. Pode ser analisada a quali-
dade de superf f cie na qual houve, mes-
mo ap6s alguns anos, a manuten~ao dalisura. No entanto, observa-se, na regiao
F ig. 1-2. Aspecto clinico inicial bast ante satis-
f atario d e uma r estauragao feit a com r esina com-
post a d e micr oparticula.
cervical, inf iltra~ao marginal severa com
descolora~ao e reincidencia de carie, pro-
vavelmente devido a deforma~ao que a
restaura~ao sofreu durante a incidencia
de pressao na sua superffcie. Algumas re-
sinas de micropartfculas, no entanto, re-
ceberam altera~6es no sentido de ser pos-
sfvel a incorpora~ao de mais carga, 0que
poderia contornar, em parte, a maior ten-
dencia a def orma~ao.
Com rela~ao a modif ica~ao de cor
das resinas de micropartf culas, tem-se
observado melhoras signif icativas, pro-
vavelmente por algumas altera~6es nasua estrutura quf mica, tornando a par-
te organica menos propensa a sorp~ao
de agua, 0 que, de fato, e responsavel
pela incorpora~ao e fixa~ao de pigmen-
tos. Outros ajustes, como a substitui~ao
de certos monomeros que causavam
descolora~6es com 0passar do tempo,
tambem f oram ef etuados pelos fabri-cantes.
F ig. 1-3. Restauragao antiga feita em eavidade
d e classe N com r esina com post a d e micro par-
t ieula. Provavelment e, a degradagao, descolo-ragao marginal e reincidencia de carie ocorre-
ram pela de f ormagao do mater ial causada por
pressao aplieada na superficie da restauragao.
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 5/27
3- Resinas Compostas
Hibridas
Considerando que as resinas compostas
assaram a ser mais utilizadas, pois houve
umento de situa~6es c1inicas em que es-
es materiais eram empregados, existiu
ambem a necessidade de s e conseguir
van~os em suas propriedades mecanicas,
uimicas e esteticas. 0 surgimento das
esinas chamadas de hibridas ocorreu jus-amente pe1as tentativas de se desenvol-
er urn material que reunisse algumas pro-
riedades mecanicas das resin as compos-
as convencionais e, principalmente, a tex-
ura superficial e 0brilho das resinas de
microparticulas. As resin as compostas hi-
ridas tern sua f ase inorganic a composta
e particulas de silica extremamente pe-uenas e urn ou mais tipos diferentes de
articulas com tamanho entre 1 e 51lm,po-
endo haver varia~6es nessas dimens6es.47
Atualmente, existem inumeras resinas hi-
ridas no mercado, as quais apresentam,
e modo geral, boas propriedades, tanto
ara serem empregadas em areas anterio-
es, onde a exigencia mecanica e menor,uanto em areas posteriores, onde 0tipo
e esfor~os exige mais do material restau-
ador. Descreve-las individualmente seria
muito dificil, pois existem inumeras varia-
6es de uma para outra, as quais sao ado-
adas para melhorar'o comportamento cli-
ico. E notado, entretanto, que as resinas
om maior densidade de carga e com ta-
manho medio de particulas por volta de
,21lm apresentam born comportamento
linico, especialmente no que diz respeito
o desgaste.39,70
4- Sistemas de
Ativa~ao das Resinas
Compostas
Ainda na decada de setenta, as resinas
compostas sof reram modif ica~6es no seu
sistema de ativa~ao, ate entao de nature-
za quimica. Quando iniciador e ativador
entravam em contato, ocorria uma energi-
za~ao que provocava a forma~ao de radi-cais livres, pe1a que bra da dupla liga~ao
do carbono, os quais procuravam se unir
a outros para determinar estabilidade qui-
mica. Esse processo promovia a liga~ao
de varias moleculas para formar uma mo-
lecula maior, 0 polimero.ll,2S,47 Esse pro-
cesso, como ja mencionado, requeria a
mistura de duas partes da resina para quea rea~ao se processasse, 0que trazia como
conseqtiencias a incorp6ra~ao de bolhas
de ar, sem contar 0tempo limitado de tra-
balho e a dif iculdade de se obter uma cor-
reta propor~ao, 0que poderia acarretar
em excesso de iniciador ou ativador sem
rea~ao e posterior mudan~a de cor da re-
sina.47 Com 0 intuito de contornar algunsdesses problemas foram desenvolvidos sis-
temas fotoativados e a rea~ao de polime-
riza~ao era desencadeada pela exposi~ao
daresina a luz, nao havendo necessidade
de proporcionar e misturar duas partes.
Os sistemas iniciais de fotoativa~ao
empregavam uma fonte de luz ultravioleta,
a qual agia como ativador e excitava 0ini-
ciador, normalmente urn eter que, por
meio de energiza~ao, quebrava as duplas
liga~6es carbono-carbono e gerava radi-
cais livres que por sua vez, tambem bus-
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 6/27
cavam novas liga<;:6espara conseguirem
estabilidade, formando as cadeias mole-
culares, ou seja, os polf meros. 11,28,47 Esses
materiais, cu ja fotoativa<;:ao se dava por
uma fonte de luz ultravioleta, apresenta-
yam alguns inconvenientes como umaprof undidade limitada de polimeriza<;:ao
e os possiveis efeitos secundarios dos rai-
os ultravioletas para paciente e operador,
especialmente para pele e 0lhos.5
Posteriormente, surgiram resinas
compostas, cujas formula<;:6es eram pre-
paradas para que a fotoativa<;:aof osse pos-
sivel pela luz visivel, no espectro da luzazul. 0iniciador normalmente era uma
diquetona (canf oroquinona) e a maioria
desses sistemas trabalhava com urn com-
primento de luz que variava, no espectro,
entre 400 a 500nm. Com isso, os proble-
mas de possivel agressao a algumas estru-
turas e a def iciencia de prof undidade de
polimeriza<;:aof oram contornados; no en-tanto, outros inconvenientes continuaram,
como a contra<;:aode polimeriza<;:ao,a pos-
sivel agressao ao sistema ocular do paci-
ente e operador pelo alto grau de lumi-
nosidade e a perda gradativa da intensida-
de, diminuindo a efetividade de luz dos
aparelhos.
5- U so de Resinas
Compostas em Dentes
Posteriores
Na verdade, 0 hist6rico das resinas com-
postas para dentes anteriores e posterio-
res mistura-se urn pouco, pois foi tambem
no inicio dos anos setenta que esses mate-
riais come<;:arama ser usados e avaliados
na area posterior, on de a exigencia masti-
gat6ria e, sem duvida, muito maior.
Desde que as resin as compostas fo-
ram introduzidas no mercado odontol6-
gico, vem sofrendo criticas, elogios e, logi-camente, altera<;:6es,as quais tern contri-
buido para melhorias n o comportamento
clinico desses materiais. 0assunto e mais
polemico ainda quando a discussao se re-
fere ao uso das resinas compostas em den-
tes posteriores. Sim, pois em dentes ante-
riores, desde que 0 paciente apresente born
padrao de higiene e baixo risco para cariee 0 comprometimento nao se ja demasia-
damente extenso, uma resina composta e,
sem duvida, a primeira op<;:aocomo mate-
rial restaurador. No entanto, quando a
questao for seu uso em dentes posterio-
res, a discussao vai bastante alem de uma
simples analise do tipo de paciente ou da
influencia do f ator estetico. Ao nosso ver,varios aspectos estao relacionados com
esta discussao, sendo que muitos deles sao
pertinentes e importantes, porem outros
espelham uma resistencia natural de al-
guns prof issionais mais dogmaticos.
Certamente, maior resistencia ao uso
das resin as compostas em dentes posterio-
res nao existiria se as restaura<;:6es feitascom amalgam a ou as restaura<;:6esmetali-
cas fundidas feitas com ligas nobres nao
apresentassem urn born, e por que nao di-
zer, urn excelente comportamento clinico
ap6s varios anos de uso. As restaura<;:6es
com amalgama, principalmente essas, sao
pouco sensiveis as varia<;:6esde tecnica e,
de modo geral, desempenham bem suasfun<;:6es,independentemente de quem as
esteja trabalhando. Com isso, afirma-se
que, em condi<;:6esadversas, 0 amalgam a
dental tern men ores chances de falha.
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 7/27
Fazendo uma analise mais serena e
riteriosa, sente-se que hoje a discussao
ao pode girar em torno de urn enfoque
estrito a o f ato de que determinados ma-
eriais restauradores duram em media 5,
0 ou 15 anos. Existem situa~6es, que se-ao oportunamente abordadas, em que ou-
os fatores devem ser considerados para
ue, con juntamente, a escolha de material
tecnica restauradora se ja determinada.
em duvida nenhuma, estas considera~6es
ao teriam fundamento ha alguns anos,
uando as resin as compostas exibiam uma
erie de inconvenientes, 0que tornava irre-utaveis as justif icativas para a indica~ao
e materiais como 0amalgam a em dentes
osteriores. Porem, como ja f oi dito, devi-
o as crf ticas e rejei~6es as resinas com-
ostas, muito foi conseguido no sentido
e contornar e ate superar alguns proble-
mas. Isso torn a a discussao interessante,
audavel e proveitosa e os grandes f avore-idos saD os clfnicos e pacientes, que dis-
6em de mais alternativas para as restau-
a~6es de dentes posteriores.
As resinas compostas foram, ao lon-
o de tempo, sof rendo altera~6es, visan-
o contornar algumas de suas limita~6es.
Dois problemas clfnicos saDextensivamen-
e estudados nesta area: a inf iltra~ao mar-
inal e0desgaste, fatores que normalmen-
e levam a reincidencia de carie e desajuste
clusal, respectivamente. 0 conhecimen-
o mais aprofundado dos substratos, prin-
ipalmente esmalte e dentin a, somado a
volu~ao dos agentes adesivos, melhora-
am significativamente 0comportamento
as restaura~6es de resina quanto a infil-
a~ao marginal. 12 Ja a maior resistencia
o desgaste, principalmente na regiao
osterior, tern sido conseguida modifi-
ando composi~ao tamanho formato e
distribui~ao das partfculas de carga das
resinas compostas.70 Mais recentemente,
tem-se percebido uma tendencia em mo-
dif icar e a justar melhor a parte organica
das resinas, ou seja, a matriz, de forma
que esses materiais sejam mais estaveisdimensionalmente. Essas altera~6es vi-
sam, por exemplo, diminuir a contra~ao
que ocorre durante a polimeriza~ao, 0
que pode gerar tensao tanto na estrutura
dentaria, quanto no corpo do material
restaurador, concentrando-se mais na
area da interface. Outro ob jetivo seria
controlar melhor a absor~ao de agua queas resinas sofrem atraves da matriz orga-
nica.73 Esta absor~ao de agua leva a de-
grada~ao da matriz e influencia na resis-
tencia ao desgaste ao longo do tempo.
6- Resistencia dasResinas Compostas
ao Desgaste
o primeiro estudo clfnico que avalia 0
comportamento clfnico de uma resina
composta em dentes posteriores foi pu-
blicado por PHILIPS e COlS.,54em 1971.
Nesse estudo, igual numero de restaura-
~6es com resina composta e amalgam a
fOl colocado em cavidades de Classe II
em dentes posteriores. Passado urn ano,
nao havia sido pOSSIVeldetectar diferen-
~a na quantidade de desgaste exibido,
tanto pelo amalgama quanto pela resina
composta. No entanto, na avalia~ao pos-
terior, ao final do segundo ana de acom-
panhamento,55 os resultados mostraram
urn desgaste consideravel. A partir daf,
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 8/27
as resinas compostas foram recebendo,
gradativamente, altera<;;6esa fim de me-
lhorar a sua capacidade de resistir as [or-
<;;asoclusais sem sofrer desgaste excessivo.
Percebe-se uma clara tendencia no
sentido de aumentar a quantidade de car-ga e diminuir 0 tamanho das particulas.
Quando restaura<;;6es antigas em dentes
posteriores feitas com resinas de particu-
las convencionais (15 -1OO!1m)sao avalia-
das, nota-se urn desgaste generalizado por
toda a superficie oclusal, como pode ser
observado na restaura<;;ao do segundo
molar inferior da figura 1-4. No caso derestaura<;;6escom resinas mais modernas,
que apresentam, alem de maior quanti-
dade de carga, diminui<;;aono tamanho das
particulas, verif ica-se urn desgaste mais
localizado nas regi6es onde incide direta-
mente carga oclusal. Para LEINFEL-
DER,39com diminui<;;aodo tamanho, mo-
dif ica<;;aoda composi<;;ao e aumento daquantidade de particulas de carga, as res-
taura<;;6esde resina composta passaram a
apresentar uma resistencia ao desgaste 10
a 15 vezes superior as suas antecessoras.
Com a f inalidade de orientar a sele-
<;;aode uma resina, considerando a quan-
tidade de carga, f oi elaborado 0quadro
1-1, no qual estao descritos 0tipo de car-ga, tamanho medio e quantidade por
peso. Estas informa<;;6es sao particular-
mente importantes para se ter uma ideia
das propriedades mecanicas das resinas,
em especial com rela<;;aoa resistencia ao
desgaste. No entanto, e importante lem-
brar que essas informa<;;6es devem ser
consideradas juntamente com outros as-pectos, como tipo de matriz organic a, de
muita importancia para a estabilidade
dimensional da resina e que tambem tern
influencia no desgaste; consistencia, ga-
ma de cores, recursos esteticos, tipo de
sistema adesivo, custo, instru<;;6es para
uso. Ha uma tendencia de ho je serem
empregadas particulas minerais, 6xidos
ceramicos (particulas de vidro) e sflica,
cu ja media de tamanho varia entre 0,6 a2,0!1m. A quantidade de particulas inor-
ganicas nas resinas hibridas modernas
deve estar acima de 75% em peso, espe-
cialmente se a inten<;;aofor emprega-Ias
em dentes posteriores.
Em dados publicados pela Internet16
por CONDON e FERRACANE, nota-se
uma correla<;;aopositiva entre quantidadee tamanho medio das particulas com re-
sistencia ao desgaste de resinas compos-
tas. Dessa mane ira, alguns resultados eram
esperados, como a boa resistencia ao des-
gaste da resina composta Z-l 00, por exem-
plo. De acordo com a revista The Dental
Advisor,19 uma avalia<;;aoclinica f eita em
113 restaura<;;6escolocadas em dentes pos-teriores, 85% f oram considerados como
muito boas ou excelentes. Voltando ao tra-
balho de CONDON e FERRACANE,160
born comportamento de algumas resinas
compostas de microparticulas tambem
pode ser observado. A resina Heliomolar,
da Vivadent, por exemplo, apresentou
uma resistencia ao desgaste bastante ele-vada. Trata-se de resina composta de mi-
croparticulas que apresenta na sua com-
posi<;;ao660/ 0 em peso de uma carga de
trifluoreto de iterbio e silica. Adicional-
mente, durante 0processo de f abrica<;;ao,
e f eita uma tritura<;ao do material ja poli-
merizado, 0qual e novamente incorpo-
rado em forma de particulas a resina, au-
mentando 0conteudo final de carga, se-
gundo 0f abricante,69 para 76,5% em pe-
so. Esta associa<;;ao provavelmente e a
maior responsavel pelo born desempenho
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 9/27
Resina TIpo de carga Tamanho %de carga
medio ( / -1m ) (peso)
Z-250 Zirconia /silica 0,6 78
Z-100 (3M) Zirconia / silica 0,6 84
Charisma Vidro de bario f luor aluminio
(Kulzer) silicato + oxido de silicio disperso 0,85 80
Heliomolar Trif luoreto de iterbio + silica 0,04 66
(Vivadent)
Glacier
Vidro de estroncio+
silica 0,7 77(SDI)
Tetric Vidro de bario + trif luoreto de iterbio
(Vivadent) + oxidos silanizados + dioxido de 1,2 82
silicio silanizado
Tetric Ceram Vidro d e bario + trif luoreto de iterbio
(Vivadent) + oxidos silanizados +
dioxido de silicio silanizado 1,0 78,6
Solitaire Vidro de bario aluminio boro f luor
(Kulzer) silicato + oxido de silicio poroso 2-20 66
Definite Vidro de bario e silica 0,85 77
Alert Vidro de boro silicato de bario +
Generic silica + dioxido de silicio + oxido de 0,7 84
Pentron) magnesio e aluminio
SureFil Fluor aluminio silicato + vidro de bario 0,8 82
(Dentsply)
Herculite Vidro de bario + silica 0,6 78
(Kerr)
Prodigy
Condensable Vidro de bario + silica < 1,0 80
(Kerr)
P-60 (3M) Zirconia/ silica 0,6 84
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 10/27
de resistencia ao desgaste. Estas coloca-
<;;6espodem ser, de certa forma, confir-
madas pela f igura 1-5. Percebe-se, ap6s
5 anos de vida clf nica de uma restaura-
<;;aoextensa f eita com a resina composta
Heliomolar, urn excelente comportamen-to clfnico. Obviamente nota-se desgaste,
mas consider ado normal pela extensao e
localiza<;;aoda restaura<;;ao,pelo Dr. Mas-
sato Fukai, residente na cidade de Pa-
caembu - SP.
Tem-se, no entanto, observado na clf -
nica diaria, maior propensao ao uso de re-
sinas compostas hfbridas. Nas resinas hf -
bridas normalmente existe a associa<;;aode
partf culas pequenas com micropartf culas.
Essa combina<;;ao,alem de favorecer a re-
sistencia ao desgaste, produz resinas com
uma textura superf icial compatf vel com 0
complexo periodontal, especialmente 0de
prote<;;ao.Na figura 1-6 pode-se observar
uma restaura<;;ao f eita com a resina com-
posta Herculite XRy'"da Kerr, ap6s 6 anos
de vida clf nica. Outra resina que nos tern
agradado com rela<;;aoao seu comporta-
mento geral ap6s anos de uso clf nico e a
resina Glacier, da SDI. Na figura 1-7
pode-se observar duas restaura<;;6es ex-
tensas feitas no segundo pre-molar e pri-
meiro molar superiores com essa resina,
ap6s 3 anos. Nota-se na f igura, que hou-ve boa manuten<;;ao de f orma anatomica,
ausencia de carie secundaria, degrada<;;ao,
manchamento marginal e satisf at6ria pre-
serva<;;aoda cor.
Como pode ser observado, as restau-
ra<;;6esque estao sendo apresentadas tern
uma extensao de moderada a grande. Isso
significa que, caso se pretenda avaliar ma-teriais em areas posteriores da cavidade
bucal como substitutos ou alternativas do
amalgama, eles devem ser colocados em
situa<;;6esem que normalmente seria em-
pregado este material. Sob a 6ptica da
ciencia investigadora, colocar restaura-
<;;6esde resina composta em cavidades
conservativas certamente nao daria uma
no<;;aoda real capacidade do material deresistir aos esf or<;;ospresentes na cavida-
de bucal.
Urn material que tambem tern mos-
trado resultados clfnicos satisf at6rios e a
resina composta Charisma, da Kulzer. Tra-
ta-se de uma resina composta hfbrida que
associa partf culas pequenas de vidro de
hario, alumfnio, boro, silicato e di6xido de
silf cio disperso, correspondendo a 80%
em peso f inal. De acordo com 0f abrican-
te, a carga e composta de microvidros (vi-
dros de bario, alumf nio, f luor e silicato,
num tamanho medio de 0,851lm e 6xido
de silf cio altamente disperso). A suposta
vantagem da incorpora<;;aode fluor na com-
posi<;;aode materiais resinosos e urn tanto
controversa. Alguns estudos como 0 de
PEREIRA; INOKOSHI; TAGAMp3 mos-
tram que, em testes de desafio carioge-
nico, nao houve zona de inibi<;;aoao re-
dor de restaura<;;6es de resina composta
que continham f luor em sua composi<;;ao.
Resultados signif icativamente diferentes
quando comparados aqueles observados
ao redor de restaura<;;6esfeitas com iono-meros de vidro convencionais ou modi-
ficados por resina. Avaliando este ponto
de maneira diferente, ABOUSH e TO-
RABZADEHl verificaram a libera<;;aode
fluor de diferentes materiais e concluf -
ram que os ionomeros modificados por
resina liberaram mais fluor do que iono-
meros convencionais, compomeros ouresinas compostas, sendo estes dois ulti-
mos bastante similares e inferiores aos
ionomeros convencionais. No entanto,
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 11/27
g. 1-4. Rest aurar;ao feit a com resina compos-
convencional em cavidade de classe I . E pos-
vel not ar 0d esgaste gener ali zado e acent uad o
pos alguns an os d e uso clinico.
g. 1-6. Rest aur ar ;ao d e media extensao f eit a
om a r esina compost a H erculit e X RV (K err).
onsid er and o 0 tempo de avaliar ;ao (6 anos) 0
pecto clinico pode ser consider ado bom.
incorpora<;ao de fluor as resin as com-
ostas parece melhorar a consistencia, 0
ue as tornam mais facilmente traba-
haveis, ou se ja, mais faceis de ser inseri-
as e acomodadas na cavidade, aspecto
ue possivelmente contribua para maior
esistencia ao desgaste, pela diminui<;ao
Fig. 1-5. Aspecto clinico de uma rest aurar;ao
e xt ensa f eita com resina com post a d e micro-
part icula Heliomolar (V ivadent), a pos 5 an as.
E ssa resina so f r e, d ur ant e f abricar;ao , r ein-
corpor ar;ao de car ga , 0que aumenta signi f icati-
vament e seu cont eud o f inal.
Fig. 1-7. Tambem nesse caso, as rest aurar;oes
extensas f eit as no molar e pre-molar com a re-
sina com posta Glacier (S DI ) podem ser consi-
deradas satisfatorias , a pos 3an as.
de porosidades. Em resumo, a incorpo-
ra<;;aode fluor a materiais resinosos e sua
associa<;;aocom 0potencial anticarioge-
nico do produto parece atender mais aos
interesses de "marketing" do que ao real
benef Icio clfnico. Por outro lado, 0f luor
em quantidades adequadas pode ser be-
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 12/27
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 13/27
_ O i E C A F R 0 f. D r.. ~ - { II ~ O ~ O G .~ L V A R O Resina Composta de 11lserfdo Direta e sua Et'olu¢o 13
na quantidade de componentes inorgani- f abricante mencionar a capacidade de li-
cos no material final. Na realidade, a bera<;:ao, inclusive ap6s recarga do ele-
matriz e urn complexo resinoso que con- mento, 0assunto, como ja mencionado,
tern atomos inorganic os, 0que confere a e controverso; no entanto, parece con-
ela propriedades mecanicas dif erentes das tribuir para 0manuseio do material. A
matrizes convencionais, normalmente en- sequencia das f iguras 1-8 e 1-9 ilustracontradas nas resinas compostas. Sabe- duas restaura<;:6es f eitas com a resina
se tambem que existem mais sitios de composta Solitaire, da Kulzer. Trata-se de
conversao, ou se ja, locais para a f orma- uma restaura<;:ao mesioclusal no 1Q mo-
<;:aoda cadeia polimerica; consequente- lar inf erior e uma oclusal no 2Q molar.
mente, durante a conversao de moname- Na figura 1-8 veem-se as restaura<;:6es
ro para polf mero pode haver travamento imediatamente ap6s acabamento, poli-
reduzindo a aproxima<;:ao das moleculas mento e aplica<;:aode urn agente prote-
e, com isso, uma porcentagem menor de tor (selante de superficie). Na f igura 1-9
contra<;:aode polimeriza<;:ao. Isso ocorre podem ser vistas as mesmas restaura<;:6es
porque ha urn posicionamento estrategi- depois de 3 anos de vida clinica. Como
co das duplas liga<;:6escarbono-carbono pode ser observado, houve, ate 0momen-
pois, caso contrario, uma grande quan- to, boa manuten<;:aoda forma anatamica,
tidade de liga<;:6escruzadas de maneira 0que pode ser traduzido como boa resis-
desordenada poderia ocasionar aumento tencia ao desgaste. Urn aspecto importan-
na contra<;:ao f inal e eleva<;:aoexagerada te que pode ser considerado, refere-se aos
da dureza. Por Ultimo, a sorp<;:aode agua controles peri6dicos a que sao submeti-
seria diminuida, devido a pr6pria estru- dos os pacientes que recebem esse tipo de
tura atamica desse tipo de monamero, restaura<;:ao. Anualmente deve ser f eita
os quais estariam reduzidos os sitios por uma convoca<;:aodos pacientes para avali-
onde have ria 0ingresso da aguaY a<;:6esclinicas e, se necessario, radiogra-
o Solitaire, da Kulzer, f oi desenvol- f icas. Nessas oportunidades, sao realiza-
vido para ser usado em dentes posterio- das inspe<;:6esdas condi<;:6esdas restaura-
res. Esse material e composto de 660 /0 em <;:6esde resina. Qualquer anormalidade,
peso de uma carga poliglobular, basica- pode e deve ser prontamente corrigida.
mente composta por vidros de bario, alu- Alem do mais, nas avalia<;:6esse pode apli-
minio, boro e silicato, associados a urn car urn agente de cobertura, que tem-se
6xido de silicio poroso. Este formato mostrado ef iciente com rela<;:aoa resisten-
poliglobular apresenta bast ante irregula- cia ao desgaste. DICKINSON, e cols., em
ridades na superficie das particulas de car- 1993,22 ja haviam demonstrado a ef icien-
ga, 0 que, segundo 0 f abricante, dificul- cia dos agentes de cobertura na resisten-
ta 0 deslizamento do monamero entre cia ao desgaste de restaura<;:6es de resina
as particulas durante a compacta<;:ao do composta em dentes posteriores. Seu ef ei-
material dentro da cavidade. Isso conf e- to baseia-se no preenchimento dos de-
re uma certa resistencia, 0que facilita a f eitos presentes na superf icie das restau-
inser<;:aoe acomoda<;:ao da resina na ca- ra<;:6es.Sendo assim, a aplica<;:aoperi6-
vidade. Com rela<;:aoao fluor, apesar do dica desses agentes sobre restaura<;:6es de
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 14/27
Fig. 1-8. As pect o clinico inicial de restauraf oes d e media
extensiio f eitas com a resina compost a Solit air e, d a Kul zer .
Fig. 1-9. Ap6 s 3 anos , e possivel observar 0comport ament o
clinico sat is f at 6 r io d as mesmas rest aura foes , nas quais a ma-
nuten fiio da for ma , te xtur a, cor, int egridade marginal , alem
da ausencia d e carie , podem ser confirmadas.
resina composta preencheria eventuais
def eitos de superf icie que fossem apare-
cendo com 0tempo, minimizando 0des-
gaste, que poderia ser acentuado a partir
deles. Nossa conduta e, portanto, reco-
mendar repolimento, condicionamento
acido de toda a restaura<;ao, inclusive das
margens e a aplica<;ao, a cada 12 meses,
de urn agente selante de superficie como
o Fortif y, da Bisco; 0 Opti Guard, da
Kerr; 0Protect-it, da J eneric Pentron e 0
Perma Seal, da Ultradent. Na seqi.H~ncia
(Fig. 1-10) esta ilustrado urn controle cli-
nico de 2 anos e 6 meses de restaura<;6es
f eitas com a resina Solitaire, nas quais
ap6s recondicionamento, foi empregado
urn selante de superficie. Na oportuni-
dade, foi realizado urn repolimento com
borrachas e pastas abrasivas para, em se-
guida, executar 0condicionamento com
acido fosf6rico (10 a 370 /0 ) por 30 segun-
dos (Fig. 1-11), lavar, secar e aplicar 0
agente de cobertura (Fig. 1-12), fotoati-
vado pelo tempo recomendado pelo fa-
bricante.
Pouco ap6s a introduc;ao da resina
composta Solitaire, foram surgindo outros
materiais de aplicac;aosemelhante. 0Alert
Generic Pentron)surgiu logo depois, apre-
sentando uma consistencia bastante den-
sa, que realmente faz lembrar 0amalgama.
Na verdade, 0 nome Alert tern origem
naexpressao "Amalgam Like Esthetic
Restorative Treatment", que retrata a in-
tenc;ao do fabricante de oferecer urn pro-
duto com qualidades esteticas, mas com
caracteristicas de manipulac;ao parecidas
com as do amalgama. Numa versao ini-
cial, 0material apresentava carga inorga-
nica de vidros de bario e silicio, di6xido
de silicio, 6xido de magnesio e alumi-
nio. Segundo a revista The Dental Advi-
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 15/27
F ig. 1-10. As peet o clinico de r est au-
rar/)es feit as eom a r esina Solit air e
(K ul zer) a p6 s 2 anos e 6 meses.
Tambem aqui e possivel ver i f iear
um sat isf at 6 rio comportamento cli-
mea.
F ig. 1-12. F eit a a r insagem da su per f ieie cond icionad a, a pli-
ca-se a selant e d e su perf icie. a bai xo peso molecular e r e-
d u zid a tensao su per ficial t ornam possivel sua penet r ar;ao
em ar eas d e pequenos d e feit os.
or15, a carga representa 70% em volume
u 840 / 0 em peso, sendo que 0tamanho
medio das particulas e de 0,7 1 1 m . Este
dado e, de certa forma, contradit6rio,
ois ao se observar a f otografia mostrada
o encarte do produto, da imagem daarga obtida por microscopia eletronica
de varredura, podem ser notados f ila-
mentos bastante longos, certamente mui-
o maiores que 0tamanho medio especi-
icado pelo fabricante. Fica dificil enten-
er como se chegou a esse tamanho de
articulas. Nao se explica tambem 0que
conteceria com tais bast6es durante aompacta<;:aoou condensa<;:aodo mate-
ial na cavidade. Provavelmente, sof re-
iam fragmenta<;:aoe, nesse caso, e des-
onhecida como se daria a liga<;:aoentre
F ig. 1-11. A p6 s ra pido poliment o
com tar;as de borr acha e pastas
abrasivas , e feit o a eondicionamen-
t o acid o da super f icie das restau-
rar ;i5es,bem como d as mar gens.
bast6es de carga e a matriz organica. 0
material apresentava alta densidade e
precisava ser firmemente condensado na
cavidade. Devido a sua consistencia, 0
f abricante recomendava a aplica<;:aodo
selante de superficie (Protect-it) durantea compacta<;:aoda ultima camada para
possibilitar melhor acerto da forma ana-
tomica. 0 material tinha urn aspecto are-
noso e, se nao f osse aplicado 0 selante
de cobertura, a superficie se tornava ex-
tremamente rugosa. Uma duvida surge
com rela<;:aoa adi<;:aodo selante de super-
ficie, composto basicamente por mono-meros como Bis-GMA, UDMA, TEG-
DMA. Sera que sua aplica<;:aonao torna-
ria a superficie rica em matriz organica,
o que poderia desequilibrar a rela<;:aoma-
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 16/27
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 17/27
ig. 1-13. No 22 molar e possivel obser var 0
ompor tamento clinico de uma restauraf d o f ei-
a com a I!!versdo da resina compost a Aler t
ener ic Pentron).
ig. 1-15. Cavidades extensas pre par adas nos
olares in f erior es , jd d evid ament e t ratadas com
sistema ad esivo e f eit a aplicafdo, recomend a-
a pelo f abricant e, da r esina Flow-it.
ensa~ao e nao adere ao instrumento, 0
ue f acilita a acomoda~ao e adapta~ao
o material as paredes cavitarias. Urn as-
ecto observado f oi a baixa translucidez
a resina. Em cavidades totalmente pro-
egidas par paredes circundantes, espe-
ialmente a vestibular e lingual, 0aspec-
F ig. 1-14. A mesma restaur a fdo pode ser vist a
a p6s 1ana d e uso clinico , notando-se a pro-
gressd o d e alguns pr oblemas apresentad os ini-
cialment e.
F ig. 1-16. As cavid ad es , jd r estaur ad as com a
nova ver sdo da r esina Aler t , a p6s 4 meses d e
vid a clinica.
to e pouco notado. Entretanto, em situ-
a~6es em que uma destas paredes esta au-
sente, a translucidez e mais afetada, 0que
acarreta uma restaura~ao com alto grau
de opacif ica~ao, destoando ligeiramente
da estrutura dentaria. Na seqiiencia ilus-
trada pelas f iguras 1-17 e 1-18 pode-se
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 18/27
bservar urn caso clinico de dois pre-mo-
ares restaurados com 0 sistema Surefil.
o aspecto imediato final das restaura-
=oes, inclusive da restaura\=ao em cera-
mica no 1Q molar, pode ser visualizado
a figura 1-17. Ap6s urn ana de vida cli-ica, as restaura\=oes apresentam-se bas-
ante satisfat6rias (Fig. 1-18).
A companhia Kerr tambem lan\=ou
o mercado odonto16gico uma resina
om essas caracteristicas, ou seja, ajusta-
as para uso em dentes posteriores. Tra-
a-se do Prodigy Condensavel, cuja com-
osi\=ao e muito parecida com os ante-
essores Herculite e Prodigy. A carga con-
iste basicamente em particulas de vidros
e bario mais 6xido de silicio (silica),
uma quantidade de 80% por peso, sen-
o que as particulas de carga tern 0tama-
ho medio inf erior a 1,Omm. Para esse
istema foi desenvolvido urn mecanismoenominado RCA (Rheological Control
Additive) que atuaria como urn mantene-
or de espa\=o e nao permitiria que as
ig. 1-17. Restaurat ;/5es nos pre-molar es f eit as
om a resina compost a Sur eFil , d a Dentspl y ,
mediatament e ap6 s 0 polimento e a aplicar sao
o selante de superficie.
particulas de carga se aproximassem
muito, contribuindo para uma consisten-
cia favoravel do material ao fim a que se
destina.
Dentre os materiais indicados para
uso em posterior, 0P-60 da 3M e urn doslan\=amentos mais recentes. Na verdade,
trata-se de uma evolu\=ao do Z-100, ate
entao produzido por essa companhia.
A por\ =ao organica do Z-100 consiste
de associa\=ao do Bis-GMA com TEG-
DMA. Apesar de algumas vantagens re-
latadas pela presen\=a do TEGDMA no
material, criticas tambem saGlevantadas,
o que levou a algumas modifica\=oes. Uma
alta concentra\ =ao de moleculas de baixa
viscosidade, como 0diluente TEGDMA,
resulta num grande numero de liga\ =oes
carbono-carbono por unidade de peso,
o que gera elevado grau de conversao
durante a polimeriza\ =ao. Este diluentepermite tambem a incorpora\ =ao de maior
quantidade de carga, comparado ao Bis-
GMA isoladamente, por exemplo. 0alto
Fig. 1-18. As mesmas r estaurarsoes observadas
a p6s 1ano, notando-se , at e 0moment o, um sa-
tisfat 6rio comportamento clinico.
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 19/27
au de conversao associado a grande
oncentra~ao de partf culas inorganicas
roduzem no final, urn material muito
igido, 0que confere alta resistencia ao
e gaste. Considera-se no entanto queuma alta concentra~ao de TEGDMA po-
e acarretar envelhecimento precoce da
e ina nao polimerizada. Somado a isto,
alto grau de conversao pode levar a
uma contra~ao demasiada e dureza ele-
'ada, 0 que poderia resultar, em alguns
os, em trincas na estrutura dentaria
jacente ao preparo e desgaste do den-antagonista. Por f im, 0 TEGDMA e
tante hidroff lico, e 0aumento da umi-
de do ar no momento da manipula~ao
oderia influenciar na consistencia do
aterial.25 Realmente, alguns desses fa-
ores sao observados, clinicamente. Nota-
, ap6s a polimeriza~ao, em algumas cir-
~llllstancias,0
aparecimento de trincas,= pecialmente nas margens cavitarias,
nde 0 esmalte costuma ser mais f ino e,
algumas vezes, sem 0devido suporte den-
. ario. 0 desgaste do dente antagonista
oi citado algumas vezes, podendo estar
. ado a dureza excessiva de vido ao alto
au de conversao. Urn aspecto negativo
TIuito apontado pelos prof issionais estaelacionado a consistencia do material
urante sua inser~ao e acomoda~ao as pa-
edes cavitarias. Provavelmente, a afini-
de entre 0TEGDMA e a umidade pos-
ocasionar varia~6es da consistencia do
aterial mesmo durante sua ap1ica~ao,
o que 0 torn a gradativamente instavel e
.f iculta a opera~ao de inser~ao.Seguindo esta tendencia, outros ma-
eriais com caracteristicas parecidas con-
:inuariio a ser introduzidos no mercado,
omo 0caso do Fil Magic Condensavel,
da companhia Vigodent e a Glacier Con-
densavel, da SDI, ja existente em alguns
paises. Urn detalhe importante diz respei-
to a ava1ia~ao desses materiais. Como ha
uma din arnica muito grande na introdu-
~ao de novos materia is no mercado, espe-cialmente resinas compostas, ha certa di-
ficuldade para que ava1ia~6esclinicas mais
consistentes se jam conseguidas. No entan-
to, a maioria das companhias como a
Dentsply, a 3M, a Kulzer, a Kerr, entre ou-
tras, ja acumulou conhecimento necessa-
rio para identif icar os principais proble-
mas clinic os e desenvolver materiais comcapacidade de os contornar. Sendo assim,
acredita-se que a maioria dos novos ma-
teriais tera urn comportamento clinico sa-
tisfat6rio, respeitando-se as limita~6es na-
turais de urn material a base de resina.
8- Classifica~aoAtual das Resinas
Compostas
Uma preocupa~ao dos profissionais, es-
pecialmente da area academica,e
apre-sentar uma classifica~ao para as resinas
compostas. Tal preocupa~ao deve ser en-
tendida, pois facilita 0ensino e a fixa~ao
de informa~6es, principalmente por alu-
nos que iniciam seus estudos nas areas
de Materiais Dentarios e Dentistica. NA-
GEM FILH047 recentemente sugeriu
uma classifica~ao para as resinas compos-tas, considerando tanto 0tipo de matriz
quanto a por~ao inorganica. 0 quadro
1-2 ilustra esta forma de classificar as
atuais resinas compostas.
De acordo com a classifica~ao tem-
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 20/27
Quadro 1.2 - Classifica<;;ao das resinas compostas segundo NAGEM FILH047, de
acordo com 0tipo de matriz e de carga.
Bis-GMA Linear
RamificadoMatriz Etoxilado
Poliuretanas
Silico-organica
Resina Tamanho de Macro 15 J.1m(media)
Compostaparticulas
Micro 0,04J.1m (media)
Carga Hibridas 0,6 J.1ma 2,0J.1m (media)
Numero de Monomodal
AD> 80%particulas
Bimodal
MD 70-80%Trimodal
BD <40%Tetramodal
Pentamodal
se 3 tipos de matrizes orgamcas: Bis-
GMA, poliuretanas e sflico-organicas.
Com relac,:aoao tipo de carga, pode-se fa-
zer a diferenciac,:ao por tamanho medio
das partfculas, sendo que as resinas sandivididas em macropartfculas, micropar-
tfculas e hfbridas. Ainda com rela<;;aoa
carga, poderiam ser separadas de acordo
com a variabilidade do formato das par-
tf culas: monomodal, bimodal, trimodal,
tetramodal e pentamodal, e tambem pela
quantidade de partf culas por peso (%).
De acordo com esta ultima categoria es-
tariam assim divididas: alta densidade,acima de 80%; media densidade, entre
70 e 800/0 e baixa densidade, inferior a
40%. Como f orma de posicionar a mai-
oria das resin as com rela<;;aoa densidade
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 21/27
de carga fica proposta uma adapta<;ao da
classif ica<;ao de NAGEN FILHO;47 assim
sendo, as resinas poderiam ser divididas
de acordo com 0quadro 1-3. Dessa ma-
neira, fica possivel correlacionar a mai-
oria das marcas de resinas com a densi-
dade de carga, 0que pode auxiliar clini-
cos e estudantes a se basear tambem nes-e aspecto para selecionar uma resina.
Quadro 1.3 - Adapta<;:aoda classifica<;:ao
de NAGEN FILH047 para resinas com-
postas de acordo com a densidade de car-ga.
Densidade Densidade(tipo) (%peso)
AD - Alta densidade > 80%
MD - Media densidade 60 a 80%
BD - Baixa densidade < 60%
Outra maneira bastante simples de
classificar as resinas compostas e quan-
o ao seu uso, mais especificamente para
que regiao se destina, se anterior, poste-
rior ou ambas. 0 quadro 1-4 mostra este
ipo de classif ica<;ao, cita alguns exem-plos de produtos comerciais e menciona
o tipo das particulas bem como a densi-
dade de carga, de acordo com a classifi-
ca<;ao adaptada de NAGEM FILHO.47
Como pode ser notado, a maioria das
resinas de microparticulas e indicada para
as areas anteriores e apresenta baixa den-
sidade de carga. Como ja mencionado,
tal resina apresenta baixo modulo de elas-
ticidade e maior tendencia a deforma<;ao.
Por isso, sugere-se que, nos casos de res-taura<;6es de classe IV ou de fraturas da
coroa dentaria em dentes anteriores, seja
feito urn corpo com resina hibrida de me-
dia ou alta densidade de carga e, somen-
te na camada externa se ja aplicada uma
camada de resina composta de micropar-
ticula, aproveitando suas caracteristicas
de lisura, brilho e estetica mais f avora-
veis. Outra indica<;ao caracteristica das
resinas de microparticulas e para cavida-
des de classe V e les6es cervicais causa-
das por desgaste. Como esses tip os de
restaura<;6es normalmente man tern urn
contato mais intimo com 0tecido gengi-
val, a textura mais regular da resina fa-vorece a manuten<;ao da saude do com-
plexo periodontal, alem de facilitar a hi-
gieniza<;ao por parte do paciente. As re-
sinas hibridas, de media ou alta densida-
de de carga sao, sem duvida, as mais ver-
sateis e podem ser empregadas num mai-
or numero de situa<;6es, pois apresentam
caracteristicas mecanicas e esteticas queas habilitam para tais fins. Obviamente,
em algumas circunstancias existem van-
tagens em associa-Ias com as resinas de
microparticulas, objetivando aprimorar
o aspecto de textura superficial e esteti-
ca. Por ultimo, as resinas de consistencia
mais firme (condensaveis), tambem com
media ou alta densidade de carga, saoindicadas especificamente para dentes
posteriores, como nas classes I, II e em
reconstru<;6es coronarias.
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 22/27
Quadro 1.4 - Classifica~ao das resinas compostas de acordo com sua indica~ao, tipo de
partk ula, densidade e alguns exemplos comerciais.
Classifica~ao Indica~ao Marcas comerciais, tipo e densidade
de carga
Uso anterior Classe III, IV':-, V, Duraf ill VS- Kulzer (MlBD)
desgaste cervical, Degufill- M - Degussa (MlBD)
facetas e fraturas':- Silux Plus - 3M (MlBD)
Helioprogress - Vivadent (M/ BD)
Amelogem Microf ill - Ultradent (M l MD )
Uso anterior / Classe III, Iv, V, Charisma - Kulzer (H/ AD)
posterior desgaste cervical, Degufill H - Degussa (H / MD)f acetas, f raturas, Heliomolar - Viva dent (M/MD)
classe I , II e recons- Herculite XRV - Kerr (H / MD)
tru~6es coronarias Prisma TPH - Dentsply (H / MD)
Glacier - SDI (H / MD)
Z-lOO - 3M (H / AD)
Z-250 - 3M (H/MD)
Def inite - Degussa (H / MD)
Supraf ill - S.S. White (H / MD)
Fill Magic - Vigodent (H / MD)Amelogem Universal - Ultradent (H / MD)
Renamel- Cosme dent (MlM D) e (H / MD)
Vitalescence - Ultradent (H / MD)
Uso posterior Classe I , II e recons- Clearfil Photo Posterior - J. Morita (AD)
tru~6es coronarias Solitaire - Kulzer (H / MD)
Surefil - Dentsply (H / AD)
Alert - J . Pentron (H / AD))
Prodigy Condensable - Kerr (H / AD)
P-60 - 3M (H / AD)
Fil Magic Condensavel - Vigodent (H / MD)
,-Aconselha-se seu uso em associa<;:aocom resinas hibridas de media ou aha densidade de carga.
M =Microparticulas
H =Hibridas
AD - Aha densidade
MD - Media densidadeBD - Baixa densidade
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 23/27
9- Recursos Esteticos
das Resinas
Compostas Modernas
Urn aspecto notado atualrnente diz respei-
to ao aprimoramento dos recursos esteti-
cosoAs primeiras resinas eram cornercia-
lizadas em uma unica cor, 0que ho je cor-
responderia a uma cor universal. Sendo
assim, qualquer varia<;:aode colora<;:aoquenao seguisse esses padroes precisava ser
caracterizada com pigmentos adquiridos
separadamente, 0que tornava 0procedi-
mento restaurador demorado e diff cil.
Com a introdu<;:aodas resinas f otoativadas,
come<;:oua haver maior preocu'pa<;:aocom
rela<;:aoaos recurs os esteticos, pois 0sis-
tema de inser<;:aoem incrementos e fo-toativa<;:ao ja permitia, com maior f acili-
dade, determinadas caracteriza<;:oes. Por
inumeras razoes, percebe-se ho je urn au-
mento da exigencia dos pacientes quan-
to ao resultado estetico f inal. Apesar de
varia<;:oesde paciente para paciente, de
maneira geral eles anseiam por resulta-
dos naturais, harmonicos e expressivos.As atuais resinas cornpostas tern re-
cursos que proporcionarnaos clinicos
maneiras de simular as caracteristicas
opticas das estruturas dentais. Nao so di-
feren<;:asde matizes (cores), graus de sa-
tura<;:ao (croma) e valor (brilho), mas
tarnbem ha, na rnaioria dos sistemas res-
tauradores, op<;:oesde resinas com dife-rentes graus de translucidez. Resinas com
tais varia<;:oes proporcionam, no final,
restaura<;:oescom uma aparencia mais na-
tural. Na realidade, as varia<;:oesopticas
observadas externarnente sao f ruto das
varia<;:oesde espessura do esmalte e, logi-
camente, das varia<;:oesde distancia en-
tre a dentina e a superffcie externa do
dente. Cerca de 30% da luminosidade
que incide sobre 0esmalte e refletida a
partir de sua superff cie. Desta f orma,
70% da luminosidade sao absorvidos e
atravessam 0 esmalte. A partir dai, duas
situa<;:oes acontecem: nas areas proxi-
mais, incisais dos dentes anteriores e
oclusais (pontas de cuspides) em poste-
riores, a luminosidade prossegue atraves-
sando 0 esmalte, sendo logico que a es-
pessura de esmalte inf luencie na quanti-
dade de luz que 0 atravessa. Por outro
lado, quando a luminosidade encontra a
dentina, 0f enomeno de reflexao e absor-
cao sof re uma inversao. Calcula-se que,
~essa situa<;:ao,70% sejam agora refleti-
dos, e somente 30% absorvidos, tambem
com varia<;:oesdependentes da espessura
e caracteristicas da dentina, como por
exemplo, a presen<;:a de areas de escle-
rose. Considerado isto, identifica-se que
a aparencia de urn dente nao e reflexo
das caracteristicas da superff cie externa.
Na verda de, e uma combina<;:ao de luz
refletida e absorvida pelas estruturas de
esmalte e dentina, cujas maio res varia-
<;:oessao causadas pela maior ou men or
proxirnidade da dentina com a superfi-
cie externa. As figuras 1-19 e 1-20 ilus-
tram tais coloca<;:oes.Como pode ser ob-
servado no corte longitudinal no senti-
do vestibulolingual de urn dente anterior,
notam-se as diferen<;:as de espessura de
esrnalte desde a area cervical ate a incisal.
Por essa vista, percebe-se que a na area
cervical ha maior influencia da dentina,
pois esta reflete mais luz do que absor-
ve. Na area media da coroa, como a es-
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 24/27
Fig. 1-19. E squema em corte longit udinal e
t r ansversal d a cor oa de um incisivo ilust r ando
a in f luencia do esmalt e na passagem d a luz. E
int er essante obser var que maior quant id ad e de
lu z penet ra na camada de esmalte quando com-
parad a com aquela que e r e fletida d e sua super-
ficie.
pessura do esmalte e maior, ou seja, adentina esta mais distante da superficie
externa, esta exerce menor influencia. Ja
na area incisal, especialmente em dentes
de pacientes mais jovens, que apresen-
tam menor desgaste, a dentina nao in-
fluencia na passagem da luz. Na ausen-
cia de dentina sub jacente, a espessura de
esmalte, bem como sua qualidade (graude mineraliza~ao), influenciarao no as-
pecto visual. Num corte transversal, por
sua vez, percebe-se que a luminosidade
sofre menor influencia nas areas pro-
ximais, quando comparadas com a por-
~ao central da coraa.
Estas explica~6es dao uma boa no-
~ao do porque e importante que as resi-nas apresentem diferentes graus de trans-
lucidez, permitindo conseguir uma cons-
tru~ao com caracteriza~ao intrfnseca.
Quanto maior for a variedade de cores,
Fig. 1-20. fd para a d ent ina ocorre 0 inver so,
pois quando a luminosid ade atinge sua su perf i-
cie , uma quant idad e maior e r efletida em r ela-
f ao a absor vid a. Importante obser var que, de-
pend end o da regiao , hd maior ou menor influen-
cia d a dent ina.
graus de satura~ao e graus de translucidezof erecida pelas resinas para esmalte e
dentina, maiores serao os recursos de ca-
racteriza~ao e, provavelmente, maior fa-
cilidade de se obter urn resultado harmo-
nico e natural. Esses recursos nao servem
aapenas para simular as condi~6es men-
cionadas, pois num grande numera de
ocasi6es0
clfnico, depois de preparar acavidade, depara-se com a presen~a de
dentina com alto grau de modifica~ao de
colora~ao. Nesses casos, e necessaria uma
maquiagem para dissimular a altera~ao,
sem contudo comprometer em demasia a
passagem da luz pelas estruturas dentarias.
Convem salientar que existem varia-
~6es entre os sistemas restauradores. Al-guns, como 0Herculite (Kerr) e Glacier
(SDI) identificam as resinas menos trans-
lucidas como DENTINA e as resinas com
maior translucidez como, ESMALTE.
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 25/27
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 26/27
7/29/2019 91537406 01 Odonto Estetica Resina Composta
http://slidepdf.com/reader/full/91537406-01-odonto-estetica-resina-composta 27/27
Marca/ Fabricante Resinas para Resinas p i Cores especiais Indica~ao
esmalte dentina
Amelogem Universal AI, Al ,A3, A3,5, BI, B2, A l-D ,A J-D , Incisal-esmalte Anterior / Posterior(Ultradent) B3, B5, Bl , C2 A3,5-0
Amelogem Mictofill AI, A2, A3, A3,5, BI, B2, Incisal-esmalte Anterior
(Ultradent) B3, CI, C2, C4, D3
Vitalescence AI, Al , A3, A3,5, A4, A5 Pearl-f rost,Pearl-snow, Anterior / Posterior(Ultradent) A6,BI,B2,B3,B4,B5, Trans-gray, Trans-ice,
CI,C2,C3,C4,C5,D3 Trans-mist, Trans-
; 1
smoke, Trans-yellow,Trans-amber
~ias no sentido vestibulolingual. Outras
:.Itiliza<:;6esde cores como 0B1
e "pearl-
-now" sao para restaura<:;ao de dentes
atados endodonticamente e clareados
u ainda para dentes deciduos, que apre-
-entam baixfssima translucidez e cores
em claras. Ja "trans-mist", "trans-ic"e,
-trans-smok e" e "trans-amber" sao bas-
:.ante translucidos e devem ser emprega-
os internamente, em areas como pro-
ximal e incisal. Provavelmente, a grande
-antagem desse sistema se ja a f luorescen-
cia. Sob luz ultravioleta, comum em ca-
sas noturnas, boates, etc., as resin as nor-
mal mente nao f luorescem como os den-
tes, e, quando0
paciente apresenta res-taura<:;6esde grande porte, nesse tipo de
ilumina<:;aopode oconer urn aspecto es-
tetico desagradavel. Com todos esses re-
cursos e mais facil simular as diferentes
condi<:;6esencontradas na clfnica diaria.
Restaura<:;6es com materiais de maior
potencial em termos de recurso estetico
serao mais a frente descritas.