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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO CAROLINE VIANELLO MARTINS O PROCESSO DE REESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL: Um estudo de caso no SESC/RN NATAL 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

CAROLINE VIANELLO MARTINS

O PROCESSO DE REESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL: Um estudo de caso no SESC/RN

NATAL 2014

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CAROLINE VIANELLO MARTINS

O PROCESSO DE REESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL: Um estudo de caso no SESC/RN

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do curso de graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração.

Orientador: Prof. Leandro Trigueiro

Fernandes, Adm.

NATAL 2014

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Catalogação da Publicação na Fonte.

UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA

Martins, Caroline Vianello.

O processo de reestruturação organizacional: um estudo de caso no

SESC/RN / Caroline Vianello Martins. – Natal, RN, 2014.

86f.

Orientador: Prof. Leandro Trigueiro Fernandes.

Monografia (Graduação em Administração) – Universidade Federal do Rio

Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de

Ciências Administrativas.

1. Administração – Monografia. 2. Administração de processos –

Monografia. 3. Estrutura organizacional – Monografia. 4. Reestruturação

organizacional – Monografia. I. Fernandes, Leandro Trigueiro. II.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/BS/CCSA CDU 005.83

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CAROLINE VIANELLO MARTINS

O PROCESSO DE REESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL: Um estudo de caso no SESC/RN

Monografia apresentada e aprovada em 09/06/14 pela Banca Examinadora

composta pelos seguintes membros:

________________________________________________________

Prof. Adm. Leandro Trigueiro Fernandes Orientador

________________________________________________________

Prof. Dr. Carlos Alberto Freire Medeiros Membro

________________________________________________________

Prof. Antônio Carlos Ferreira, M.Sc. Membro

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Dedico este trabalho, com todo meu

amor, àqueles que são a minha estrutura:

pai, mãe e Bárbara.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus por ter me concedido, dentre todas as

coisas, o dom da vida e a capacidade de aprendizagem e por caminhar sempre ao

meu lado me abençoando e me proporcionando vitórias e oportunidades na vida: “E

que diminua eu para que Tu cresças Senhor”.

Ao meu pai Geraldo Cesar Martins, à minha mãe Vera Lucia Vianello e à

minha irmã Bárbara Carine Vianello, por simplesmente existirem: Vocês são o

motivo da minha felicidade, amo muito vocês!

À Universidade Federal do Amazonas, UFAM, e à Universidade Federal

do Rio Grande do Norte, UFRN, pelas estruturas de ensino que me foram

disponibilizadas desde 2009.

Agradeço à ADM Consult, Empresa Junior de Administração da UFRN e à

base de pesquisa GRUPEO, bem como a todos que lá trabalharam comigo e que,

desta forma, foram essenciais no meu crescimento pessoal e profissional ainda no

período da graduação. Especialmente ao DH “bruto e sanguinário”, à DirEx 2013 e à

Equipe SESC: obrigada por todos os momentos que passamos. Levo vocês no

coração.

Em especial, ao meu orientador Leandro Trigueiro Fernandes pela

paciência e compreensão de sempre e pela confiança depositada em mim, me

dando a oportunidade de trabalharmos juntos. Desejo a você muito sucesso, tanto

profissional como pessoalmente. Parabéns por, mesmo tão jovem, ser tão

competente e por fazer com que todos, assim como eu, admirem seu trabalho e se

sintam bem ao seu lado.

Ao SESC, pela oportunidade e a disponibilidade de todos os funcionários

que fizeram parte desta pesquisa.

Por fim, agradeço a todos que me apoiaram e entenderam minhas

ausências, estresses e angústias no período de realização deste trabalho e a todos

aqueles que de algum modo contribuíram para o meu crescimento e formação

durante toda a minha vida.

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“Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem, ou que seus planos nunca

vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém. [...] Confie em si mesmo! Quem acredita sempre alcança!”

Renato Russo

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RESUMO

Uma adequada Estrutura Organizacional é capaz de propiciar à organização aspectos como a identificação das tarefas necessárias, a organização das funções e responsabilidades, a compatibilidade entre medidas de desempenho e os objetivos, a facilidade de informações, recursos e feedbacks aos empregados e o surgimento de condições motivadoras (OLIVEIRA, 2000). Dessa maneira, a presente pesquisa tem como objetivo a elaboração de uma proposta de reorganização na estrutura organizacional do SESC/RN. Para o alcance desse objetivo, a pesquisa, que se classifica como exploratória e descritiva, utiliza a estratégia de estudo de caso, já que representa o estudo de uma realidade única. Dessa maneira foram entrevistados 37 responsáveis pelas diferentes Unidades Organizacionais do SESC/RN. A partir dos dados colhidos com a pesquisa e do mapeamento dos processos da instituição foi possível avaliar com mais profundidade os componentes da Estrutura Organizacional do SESC/RN, identificando, assim, os principais problemas a ela correlacionados. Dessa forma, foi proposta uma nova Estrutura Organizacional à instituição, com base no Método de Estruturação sugerido por Seiffert e Costa, e nos Componentes Organizacionais de Mintzberg. Palavras-chave: Estrutura Organizacional, Processos, Reestruturação por processos.

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ABSTRACT

A proper Organizational Structure is capable of providing aspects such as the identification of necessary tasks, the organization of functions and responsibilities, the compatibility between performance measures and goals, accessibility of information, resources and feedbacks to employees, as well as the emergence of motivating conditions (OLIVEIRA, 2000). That way, this research has as its scope the development of a proposal to reset SESC/RN’s organizational structure. In order to reach that objective, the research, that is classified as exploratory and descriptional, utilizes the study case strategy, once that it represents the study of an unique reality. Under this perspective, 37 collaborators from all of SESCS/RN’s organizational units were interviewed. From the data collected, along with the mapping of the institution’s processes, it was possible to assess more deeply the components of its organizational structure. By doing that, it was possible to identify the main problems concerning the matter. In conclusion, it was offered a new organizational structure to the institution, according to the Structuring Method suggested by Seiffert and Costa, as well as the Organizational Components, by Mintzberg.

Key-words: Organizational Structure, Processes, Reestructuring by processes.

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LISTA DE SIGLAS

BPM Business Project Management

CCFP Coordenação de Contabilidade, Finanças e Despesas com o Pessoal CDFE Coordenação de Desenvolvimento Físico-Esportivo CDP Coordenação de Distribuição e Patrimônio CEDH Célula de Desenvolvimento Humano CEMKT Célula de Marketing CEMOR Célula de Modernização Organizacional CEPLAN Célula de Planejamento CESI Célula de Sistemas de Informação CFEA Coordenação de Formalizações e Aquisições

CINFRA Coordenação de Infraestrutura CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes COAC Coordenação de Ação Comunitária COAD Coordenação de Apresentação Artística e Desenvolvimento Cultural COC Coordenação de Cursos CODONT Coordenação de Odontologia COEDS Coordenação de Educação em Saúde COEIF Coordenação de Ensino Infantil e Fundamental CONUT Coordenação de Nutrição COR Coordenação de Recreação COSLER Coordenação SESC Ler CPA Coordenação de Planejamentos e Aquisições DAF Diretoria Administrativa e Financeira DN Departamento Nacional

DPS Diretoria de Programas Sociais EJA Educação de Jovens e Adultos FECOMERCIO Federação do Comércio GAF Gerência Administrativa Financeira GED Gerência Técnica de Educação GESA Gerência Técnica de Saúde e Assistência

GRUPEO Grupo de Pesquisa em Estrutura Organizacional GSUP Gerência de Suprimentos MKT Marketing OSM Organização Sistemas e Métodos PCCS Plano de Cargos, Carreiras e Salários

PE Planejamento Estratégico PEMM Process Enterprise Maturity Model

PPGA Programa de Pós-Graduação em Administração SENAC Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SESC Serviço Social do Comércio SI Sistema de Informação TI Tecnologia da Informação TTW Table Team Work

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte UNIS Unidade de Inovação e Desenvolvimento Institucional

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Organograma SESC/RN .......................................................................... 17

Figura 2: Partes básicas da Organização ............................................................... 26

Figura 3: Proposta de organograma SESC/RN ....................................................... 62

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: OSM e a Estrutura Organizacional ......................................................... 22

Quadro 2: Modelos de Estrutura de Mintzberg e suas características .................... 27

Quadro 3: Mecanismos de coordenação das tarefas .............................................. 27

Quadro 4: Implicações estruturais dos diferentes níveis organizacionais ............... 28

Quadro 5: Abordagens acerca dos componentes da Estrutura Organizacional ..... 29

Quadro 6: Dimensões e critérios para agrupar recursos ......................................... 35

Quadro 7: Princípios de reestruturação ................................................................... 37

Quadro 8: Categorias de análise ............................................................................. 39

Quadro 9: Quadro comparativo entre objetivos específicos e forma de tratamento

dos dados ................................................................................................ 40

Quadro 10: Unidades Organizacionais entrevistadas ............................................. 41

Quadro 11: Problemas, ocorrências e soluções ...................................................... 54

Quadro 12: Objetivos e estratégias ......................................................................... 56

Quadro 13: Processos mapeados ........................................................................... 57

Quadro 14: Agrupamento dos processos ................................................................ 59

Quadro 15: Agrupamento dos projetos ................................................................... 60

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Atividades realizadas .............................................................................. 43

Gráfico 2: Recursos ................................................................................................. 44

Gráfico 3: Formalização .......................................................................................... 45

Gráfico 4: Planejamento e controle ......................................................................... 46

Gráfico 5: Divisão do trabalho ................................................................................. 47

Gráfico 6: Capacitação da equipe versus atividades desempenhadas .................. 48

Gráfico 7: Mecanismos de coordenação ................................................................. 49

Gráfico 8: Autonomia por parte dos funcionários .................................................... 50

Gráfico 9: Influência por parte de assessorias ........................................................ 50

Gráfico 10: Dispositivos de ligação ......................................................................... 51

Gráfico 11: Comunicação interna ............................................................................ 52

Gráfico 12: Relacionamento interpessoal ............................................................... 53

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 15

1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO .................................................. 15

1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA DA PESQUISA ............................. 17

1.3 OBJETIVOS DO ESTUDO .......................................................................... 18

1.3.1 Objetivo Geral ......................................................................................... 18

1.3.2 Objetivos Específicos ............................................................................ 18

1.4 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO .................................................................... 19

2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 21

2.1 ORGANIZAÇÃO SISTEMAS E MÉTODOS ................................................ 21

2.2 PROCESSOS .............................................................................................. 22

2.2.1 Mapeamento (BPM) ................................................................................ 22

2.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ............................................................. 23

2.3.1 Componentes da Estrutura Organizacional ........................................ 28

2.3.1.1 Especialização do trabalho ................................................................... 30

2.3.1.2 Formalização do comportamento .......................................................... 31

2.3.1.3 Treinamento e internalização ................................................................ 31

2.3.1.4 Agrupamento em Unidades .................................................................. 32

2.3.1.5 Tamanho da Unidade ............................................................................ 32

2.3.1.6 Sistema de planejamento e controle ..................................................... 32

2.3.1.7 Dispositivos de ligação .......................................................................... 32

2.3.1.8 Descentralização vertical ...................................................................... 33

2.3.1.9 Descentralização horizontal .................................................................. 33

2.4 MODELO DE ESTRUTURAÇÃO DE SEIFFERT E COSTA ....................... 34

3 METODOLOGIA DA PESQUISA .................................................................. 38

3.1 TIPO DE PESQUISA ................................................................................... 38

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ........................................................................ 39

3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ................................................. 39

3.4 TRATAMENTO DOS DADOS ..................................................................... 40

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................... 41

4.1 DIAGNÓSTICO ........................................................................................... 41

4.1.1 Análise dos componentes da Estrutura Organizacional .................... 42

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4.1.1.1 Atividades Realizadas ........................................................................... 42

4.1.1.2 Recursos Organizacionais .................................................................... 43

4.1.1.3 Formalização ......................................................................................... 44

4.1.1.4 Planejamento e controle ....................................................................... 45

4.1.1.5 Grau de especialização ......................................................................... 47

4.1.1.6 Mecanismos de coordenação ............................................................... 48

4.1.1.7 Hierarquia e centralização .................................................................... 49

4.1.1.8 Dispositivos de ligação .......................................................................... 51

4.1.1.9 Comunicação interna ............................................................................ 51

4.1.1.10 Relacionamento interpessoal .............................................................. 52

4.1.2 Problemas identificados ........................................................................ 53

4.2 PLANEJAMENTO ....................................................................................... 55

4.2.1 Definição de objetivos pretendidos com a mudança ......................... 55

4.2.2 Visão bem estruturada de processos .................................................. 56

4.2.3 Formas de agrupamento dos recursos organizacionais .................... 59

4.3 PROPOSTA DA NOVA ESTRUTURA ........................................................ 61

4.3.1 Diretoria Regional - DR .......................................................................... 63

4.3.1.1 Unidade de Inovação e Desenvolvimento Institucional - UNIS ............. 63

4.3.2 Diretoria Administrativa Financeira - DAF ........................................... 65

4.3.3 Diretoria de Programas Sociais - DPS ................................................. 67

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 71

REFERÊNCIAS ................................................................................................. 73

APÊNDICE ........................................................................................................ 76

APÊNDICE A ..................................................................................................... 77

ANEXO .............................................................................................................. 83

ANEXO I ............................................................................................................ 84

ANEXO II ........................................................................................................... 85

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1 INTRODUÇÃO

1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo estudar a proposta de estrutura

organizacional elaborada para o Serviço Social do Comércio do RN - SESC/RN, pela

equipe do Grupo de Pesquisa em Estrutura Organizacional – GRUPEO, do qual a

pesquisadora é componente. No intuito de melhor compreender o funcionamento do

SESC/RN, faz-se necessária a apresentação de um breve histórico do SESC no

Brasil.

O SESC foi instituído em 13 de setembro de 1946, no governo de Eurico

Gaspar Dutra, pelo Decreto/Lei nº 9853, de modo a atuar em todo o âmbito nacional

nas áreas de saúde, educação, lazer e cultura. Firmando-se como uma instituição

brasileira privada, sem fins lucrativos, ele faz parte das nove instituições que

compõem o sistema S, entidades criadas pelo empresariado brasileiro e mantidas

com recursos compulsórios na folha de pagamento dos setores correspondentes.

Com a finalidade de promover o bem-estar dos comerciários e de suas famílias

por meio de medidas que contribuem para a melhoria de seu padrão de vida, o

SESC desenvolve serviços destinados à população, preferencialmente de baixa

renda, considerando suas características econômicas e sociais. As atividades

desenvolvidas pelo SESC classificam-se segundo a sua natureza e estão divididas

em sete Programas, sendo cinco de área-fim, os quais são responsáveis pela

efetivação da missão da instituição perante a clientela e dois de área-meio, a qual

provem os recursos e meios necessários para o funcionamento da área-fim.

Dentre os cinco Programas da área-fim, podemos listar 19 principais

atividades. Seis para o Programa de Educação, os quais são a Educação Infantil,

Educação Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos, Educação

Complementar e Cursos de Valorização Social. Quatro atividades para o Programa

de Saúde, nutrição, assistência odontológica, educação em saúde e assistência

médica. Três atividades para o programa de cultura, a biblioteca, as apresentações

artísticas e o desenvolvimento artístico e cultural. Três atividades para o programa

de lazer, as quais são o desenvolvimento físico-esportivo, a recreação e o turismo

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social. E por fim, três atividades para o programa de assistência: o trabalho com

grupos, as ações comunitárias e a assistência especializada.

Essas atividades mencionadas são oferecidas em forma de palestras,

seminários/encontros, minicursos, cursos, mostras/exposições e feiras à clientela do

SESC, a qual é dividida entre beneficiários e não beneficiários. Os beneficiários são

categorizados por comerciários e dependentes. São beneficiários do SESC: o

trabalhador do comércio em atividade ou aposentado; os servidores e estagiários do

SESC e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC; os empregados

de entidades sindicais do comércio, bem como todos os seus dependentes, de

acordo com as Normas Gerais para Habilitação no SESC. Já os não beneficiários

são categorizados como usuários. São considerados usuários do SESC: Indivíduos

que não se enquadram como beneficiários, aos quais poderão ser estendidos

determinados serviços, observadas as condições de disponibilidades efetivas das

unidades de serviço dos Departamentos Regionais. Também são considerados

usuários os empregados de empresas, entidades ou membros de associações

legalmente regulamentadas e seus dependentes que tiverem firmado convênios com

os Departamentos Regionais, aos quais poderão ser entendidos determinados

serviços do SESC, sob condições estipuladas no convênio, de acordo com as

Normas Gerais para Habilitação no SESC.

Devido ao crescimento socioeconômico do Rio Grande do Norte, a instituição

instalou-se no Estado no início de 1947. Sua missão consiste em “Contribuir para a

construção de uma sociedade mais justa e para a melhoria da qualidade de vida dos

trabalhadores dos setores do comércio de bens, serviços e turismo, prioritariamente

de baixa renda, por meio de serviços subsidiados e de excelência” e sua visão está

baseada em “Ser uma entidade de referência educacional e social no estado do Rio

Grande do Norte”. Já os valores do SESC/RN fundamentam-se em visão sistêmica;

assertividade; cooperação; altruísmo; criatividade para gerar benefícios e inovar

para fazer mais e melhor.

O SESC/RN conta hoje com nove unidades na capital e outras cinco unidades

distribuídas em Caicó, Mossoró, Macaíba, São Paulo do Potengi e Nova Cruz. A fim

de um melhor controle de todas as unidades, a instituição se divide em duas áreas:

área-meio e área-fim, sendo elas coordenadas por um Diretor Regional o qual deve

prestar contas ao Departamento Nacional, localizado no Estado do Rio de Janeiro.

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Para uma melhor compreensão, a Figura 1 representa o atual organograma do

SESC/RN.

Figura 1: Organograma SESC/RN

Fonte: SESC/RN 2013

1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO E PROBLEMA DA PESQUISA

Martin (1996, p. 11), ao observar as organizações tradicionais, percebe que o

seu grande problema consistia no fato de que as suas “(...) estruturas gerenciais e

os processos de trabalho foram desenhados há décadas, antes da tecnologia

moderna.” Com isso, faz-se necessário o redesenho de suas estruturas, a fim de

adequá-las à realidade do mercado, visando aumentar sua efetividade.

Apesar de existirem vários modelos de estrutura organizacional, a maneira

mais correta de se organizar os processos é focando-se na estratégia adotada pela

organização. Dessa forma, pode-se dizer que não existe uma estrutura ideal, e sim,

aquela que mais se adequa à realidade organizacional, correlacionando da melhor

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forma possível os três importantes elementos que a compõe: estrutura, processos e

resultados.

O SESC/RN atualmente conta com uma estrutura organizacional de tipo

funcional, onde cada setor preza pela especialização e possui seu responsável e

seus subordinados. Ele está dividido por duas diretorias, a DPS (Diretoria de

Programas Sociais) e a DAF (Diretoria Administrativo-Financeira), sendo a primeira

delas responsável pelas atividades fim do SESC.

Neste contexto percebe-se que alguns gaps no SESC/RN podem estar

diretamente relacionados à atual estrutura da organização e a forma como seus

processos estão dispostos. Dentre alguns dos gaps observados, pode-se citar a falta

de integração entre as unidades, área meio maior que a área fim e a falta de

maturidade em trabalhar por processos.

Diante deste cenário, essa pesquisa traz a seguinte problemática: De que

modo a reorganização da atual estrutura organizacional do SESC/RN pode

contribuir para diminuir os problemas da instituição?

É válido ressaltar que o presente trabalho trata da elaboração, apresentação e

análise da nova estrutura organizacional proposta por uma equipe do GRUPEO,

formada por cinco pessoas, sendo uma delas a presente pesquisadora.

1.3 OBJETIVOS DO ESTUDO

1.3.1 Objetivo Geral

Elaborar uma proposta de reestruturação organizacional para o SESC/RN, a

partir do modelo de Seiffert e Costa (2007).

1.3.2 Objetivos Específicos

Avaliar os componentes da Estrutura Organizacional do SESC/RN;

Identificar os principais problemas organizacionais do SESC/RN, com

base nos componentes da estrutura;

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Definir os objetivos organizacionais pretendidos com a reestruturação

do SESC/RN;

Levantar os principais processos de trabalho do SESC/RN;

Selecionar as formas de agrupamento dos recursos organizacionais.

1.4 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

De acordo com Roesch (2005), um estudo se justifica quando apresenta três

dimensões que justificam sua existência: oportunidade, viabilidade e relevância.

Desse modo, a presente pesquisa aponta as três dimensões tomando como base

motivações acadêmicas, pessoais e sociais.

Primeiramente, a pesquisa representa uma oportunidade de aprofundamento

nos estudos do processo de estruturação organizacional, apresentado em forma de

estudo de caso, assunto de grande relevância no meio organizacional, porém ainda

vagamente abordado no contexto acadêmico. Além disso, trata-se de uma

oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional, resultando em um

conhecimento mais específico acerca da temática por parte da pesquisadora e a

consequente possibilidade de se desenvolver outros trabalhos relacionados ao tema.

Socialmente falando, a pesquisa pode contribuir ao SESC/RN no que tange à

organização de sua estrutura, com isso, é possível que haja melhoria na eficácia e

eficiência dos projetos sociais realizados na instituição.

A viabilidade da pesquisa deu-se, principalmente, devido à facilidade de acesso

às informações acerca da instituição, já que a pesquisadora compõe o quadro de

estagiários da referente instituição atuando diretamente no processo de

reestruturação organizacional por meio da consultoria realizada pela equipe do

GRUPEO. Além disso, também houve fácil acesso à literatura utilizada, referente à

reorganização organizacional e processos, já que representa o foco de estudo do

GRUPEO. A viabilidade financeira dá-se pelo fato de o trabalho compor um

processo de consultoria, do qual a pesquisadora também faz parte, como

mencionado anteriormente.

A relevância em relação ao contexto acadêmico ocorre, pois é apresentado o

processo de reestruturação de uma instituição que compõe o sistema S, ou seja,

uma instituição privada com características públicas, o que define a peculiaridade da

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pesquisa em questão. No aspecto social a relevância da pesquisa dá-se com a

posposta de reorganização estrutural do SESC/RN e consequente melhoria na

eficiência e eficácia da gestão, já que estruturas organizacionais bem configuradas,

permitem a efetividade das ações da gestão (MINTZBERG, 2011; ACKOFF, 1981).

Nesse sentido, espera-se ser possível melhorar o desempenho organizacional a

partir de configurações corretas de estrutura, representando resultados positivos nos

projetos sociais lá desenvolvidos e, consequentemente, movimentando a economia

do Estado.

No aspecto pessoal há relevância e motivação, pelo crescente interesse na

temática abordada por meio da pesquisadora e a oportunidade de ter trabalhado o

tema em outros momentos, além do crescente interesse em participar do processo

seletivo do mestrado em Administração do PPGA/UFRN.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ORGANIZAÇÃO SISTEMAS E MÉTODOS

A fim de se entender o processo de estruturação organizacional, é importante,

de antemão, absorver certos conceitos que estão diretamente relacionados a ele.

Um deles é o de Organização Sistemas e Métodos – OSM, que trabalha diretamente

com a organização da estrutura, já que segundo Cury (2005) trata de uma das

funções especializadas da administração responsável pela configuração da empresa

na institucionalização de uma infraestrutura, definindo ou redefinindo processos e

métodos de trabalho.

Para Oliveira (2005, p. 478), “a responsabilidade básica da área de Sistemas,

Organização e Métodos é a de executar as atividades de levantamento, análise,

elaboração e implementação de sistemas administrativos na empresa.” O objetivo é

o de criar ou aprimorar métodos de trabalho, agilizar a execução das atividades,

eliminar atividades em duplicidade, padronizar, melhorar o controle, fazer

o gerenciamento dos processos e solucionar problemas, também chamados

de patologias organizacionais.

Segundo Cury (2005, p.122) a função de Organização e Métodos é uma das

especializações de Administração que tem como objetivo a renovação

organizacional. Ela modela a empresa, trabalhando sua estrutura (organograma),

seus processos e métodos de trabalho.

Cruz (2002) atribui ao conceito de OSM o estudo das organizações por meio da

análise de cada uma das suas atividades, com o objetivo de criar procedimentos que

venham a interligá-las de forma sistêmica.

De acordo com Alvarez (1990), a área de OSM pode desenvolver diversos

tipos de trabalhos, dependendo do tamanho da organização. O Quadro 1 demonstra

as atividades que a área de OSM desenvolve relacionadas à estrutura

organizacional:

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Quadro 1: OSM e a Estrutura Organizacional

Fonte: Ballestero-Alvarez, 1990.

Luporine e Pinto (1992) atribuem o sucesso de um administrador à maneira

como ele irá conduzir as atividades organizacionais, visando atingir com a máxima

eficiência os propósitos econômicos sociais desejados. Enfatizam que os sistemas

administrativos, a combinação dos conceitos e técnicas atuais de planejamento e

controle podem proporcionar cada vez mais um funcionamento eficaz para a

empresa.

2.2 PROCESSOS

Outro importante conceito relacionado à estruturação é o de processos, pois a

fim de se compreender o método de estruturação, faz-se necessário entender o

porquê e como uma empresa deve pensá-los. Segundo Seiffert e Costa (2007, p.55)

um processo pode ser definido como: “um conjunto de atividades repetitivas e

encadeadas que transformam entradas predefinidas de materiais e outros insumos

em produtos ou serviços.” Deve ser entendido como a demonstração da utilização

efetiva de uma série de recursos que a empresa disponibiliza para atingir seus

objetivos.

2.2.1 Mapeamento (BPM)

Uma organização que deseja aperfeiçoar sua estrutura precisa a princípio focar

na organização e na otimização de seus processos. Diante das complexas

combinações de recursos, surge a necessidade de uma ferramenta capaz de inter-

relacionar os processos e norteá-los para atingirem um objetivo comum. Nesse

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contexto, surge o conceito da gestão de processos de negócio, ou BPM - Business

Process Management, que possui foco na melhoria dos processos, medindo,

monitorando e controlando-os.

Segundo Couto e Marash (2012, p. 5), “o principal objetivo da gestão por

processos é assegurar que as necessidades dos clientes para desempenho eficaz

dos processos e as necessidades do negócio para a eficiência são satisfeitas

simultaneamente da melhor maneira possível”. Desta forma, o BPM age a fim de

maximizar a eficiência e a eficácia dos processos.

De acordo com Seiffert e Costa (2007), um mapeamento detalhado dos

processos possibilita, por exemplo:

Identificar as competências e habilidades necessárias para se operar o

processo;

Entender o fluxo de informações envolvido (pessoal, documental ou

informatizado);

Identificar a utilização de recursos humanos, materiais e de

infraestrutura;

Entender a geração de resultados para as partes interessadas;

Identificar as práticas e responsabilidades pela tomada de decisão e

pela execução de atividades;

Atender políticas, normas, legislação, requisitos de clientes e outras

exigências legais ou contratuais;

Conhecer as atividades e tarefas que compõem o processo.

De acordo com Seiffert e Costa (2007), o grau de controle e melhoria que um

indivíduo possui sobre seu processo é diretamente proporcional à sua capacidade

de descrevê-lo. Ela também influenciará na possibilidade de discutir e definir a

melhor forma de se agrupar os recursos envolvidos no processo em estudo.

2.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Tratando este tópico de organizações e suas estruturas, faz-se necessário,

também, o entendimento do conceito de organização. Segundo Villela apud

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Galbraith (1977) uma organização pode ser definida como uma composição de

pessoas que tem a finalidade de alcançar algum propósito compartilhado através da

divisão do trabalho, integrado por processos de decisão baseados em informações,

continuamente através do tempo.

Em relação à definição de estrutura organizacional, há uma grande variação de

autores que tratam do tema. Estrutura ou arquitetura organizacional são expressões

usadas para abranger todos os elementos que constituem a organização como

“sistemas, estruturas, processos de administração, estratégias, etc., que constituem

o modus operandi da empresa” (NADLER et al., 1993).

De acordo com Vasconcellos (1989), a estrutura de uma organização pode ser

definida como o resultado de um processo através do qual a autoridade é

distribuída, as atividades desde os níveis mais baixos até a Alta Administração são

especificadas e um sistema de comunicação é delineado a fim de permitir que as

pessoas realizem as atividades e exerçam a autoridade que lhes competem para

atingir os objetivos da organização.

Para Oliveira e Silva (2006), a estrutura organizacional consiste no conjunto de

unidades que interligadas por meio de relações funcionais e hierárquicas, integram

todos os recursos da organização a fim de alcançar objetivos ou metas traçadas. A

estrutura organizacional divide as atividades, define os responsáveis pela realização

das atividades estabelecendo os canais formais de comunicação.

Cury (2005) segmenta a palavra estrutura em duas partes, as partes físicas da

empresa (espaço, equipamentos, bens e localização) e os elementos de trabalho

(operações dos processos, sistema de organização, entre outros). Ele enfatiza que a

estrutura deve envolver a disposição das diversas unidades que compõem a

empresa, como os departamentos, divisões, seções, entre outros; além das relações

entre superiores e subordinados, englobando todos os processos da empresa.

D’Ascenção (2001) complementa dizendo que a estrutura organizacional deve

conter os componentes organizacionais dispostos racionalmente e de maneira

eficiente, buscando-se evitar o desperdício de recursos materiais, humanos,

financeiros e de tempo.

Villela apud Galbraith (1977) argumenta que o conceito de estrutura

organizacional resulta da combinação da definição de organização e do conceito de

escolha estratégica. Dessa forma, a estrutura organizacional é concebida para ser

um processo de decisão a fim de trazer coerência entre os objetivos e propósitos

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para os quais a organização existe, o modelo de divisão do trabalho e de

coordenação entre unidades e as pessoas que farão o trabalho.

D’ Ascenção (2001) afirma que a estrutura organizacional deve ser

representada por meio do organograma. Para Cury (2005), o organograma consiste

na representação gráfica da estrutura organizacional com o objetivo de transparecer

os órgãos componentes da empresa, funções desenvolvidas por estes, a

interdependência ou relações entre os órgãos, os níveis de administrativos da

organização, bem como a hierarquia de autoridade ou responsabilidade.

Com isso, no objetivo de dar representação gráfica às relações entre cargos e

demais aspectos da estrutura organizacional, o organograma funciona basicamente

como uma “fotografia” da hierarquia e da divisão de atividades dentro da

organização, tal como tenham sido oficialmente planejadas pela administração.

Desse modo, a estrutura do organograma deve ser clara, simples e precisa,

facilitando o entendimento de todos os que o analisarem.

Na construção de um organograma, a simbologia básica é o retângulo e as

linhas verticais e horizontais. Segundo Balcão apud Dale (1995), a construção do

organograma deve sempre preceder um:

“estudo da departamentalização existente, das subdivisões mais importantes, das relações e dos títulos de cargos [...] Cada cargo administrativo deve estar representado num retângulo [...] O retângulo deve conter o cargo do administrador, o título geral de sua função e, se possível, o nome do departamento ou divisão e seu código na organização. [...] Em muitos casos o retângulo contem também o nome da pessoa que exerce o cargo. [...] Algumas empresas chegam a incluir nele o salário, a idade, uma fotografia do titular e o orçamento da divisão chefiada”.

De acordo com Oliveira (2000), quando a estrutura organizacional é

estabelecida adequadamente, é capaz de propiciar à organização alguns aspectos,

como a identificação das tarefas necessárias, a organização das funções e

responsabilidades, a compatibilidade entre medidas de desempenho e os objetivos,

além de informações, recursos e feedbacks aos empregados e, consequentemente,

condições motivadoras.

Percebe-se, assim, que a estrutura organizacional constitui o esqueleto, dando

suporte à organização, dessa forma é essencial que ela esteja muito bem

estruturada e de acordo com as necessidades e os objetivos estratégicos da

organização.

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É importante ressaltar que o modelo de estruturação escolhido para nortear a

presente pesquisa é baseado nos trabalhos de Mintzberg, pois, segundo Seiffert e

Costa, (1997, p.33) possuem “um conjunto claro e detalhado de componentes ou

parâmetros de desenho com vistas à estruturação organizacional”. Dessa forma, faz-

se necessário uma breve explanação acerca do modelo de Mintzberg.

Mintzberg (1983) apresenta um modelo de estruturação com base na

combinação dos parâmetros de desenho da organização. Ele é ilustrado conforme a

combinação dos parâmetros ou componentes básicos a fim de se obter os melhores

resultados organizacionais possíveis.

Primeiramente, Mintzberg divide a estrutura organizacional em cinco

componentes básicos: o nível estratégico, nível intermediário, tecnoestrutura, nível

operacional, o suporte e a tecnoestrutura formada por analistas que servem à

organização visando um melhor desempenho organizacional, conforme apresentada

na Figura 2:

Figura 2: Partes básicas da Organização

Fonte: Seiffert e Costa (2007, p. 34)

Existe também uma sexta parte abordada pelo autor que é a Ideologia, a qual

está relacionada às tradições e às crenças de uma organização, diferenciando-a das

outras.

A partir desse modelo geral, proposto por Mintzberg (2001), o autor propõe

sete configurações ou modelo de Estrutura, apresentadas no Quadro 2.

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Quadro 2: Modelos de Estrutura de Mintzberg e suas características

CONFIGURAÇÃO PRINCIPAL

MECANISMO DE COORDENAÇÃO

PARTE-CHAVE DA ORGANIZAÇÃO

TIPO DE DESCENTRALIZAÇÃO

Organização

Empreendedora Supervisão direta Ápice Estratégico Centralização Vertical

Organização de

maquinário

Padronização dos

processos de trabalho Tecnoestrutura

Descentralização

horizontal limitada

Organização

Profissional

Padronização de

habilidades

Essência

Operacional

Descentralização

horizontal

Organização

diversificada Padronização de outputs Linha Intermediária

Descentralização vertical

limitada

Organização

inovadora Ajuste mútuo Staff de Suporte Descentralização seletiva

Organização

missionária Padronização de normas Ideologia Descentralização

Organização

política Nenhum Nenhum Varia

Fonte: Mintzberg, 2001, p. 151.

De acordo com Mintzberg (1983), a estrutura organizacional representa a soma

dos meios em que o trabalho é dividido em diferentes tarefas e, dependendo da

maneira como estas tarefas são coordenadas, existem cinco mecanismos, os quais

estão representados no Quadro 3. Estes mecanismos representam os elementos

básicos da organização e estão em toda a sua extensão, seja consciente ou

inconsciente, em maior ou menor grau.

Quadro 3: Mecanismos de coordenação das tarefas.

MECANISMO DEFINIÇÃO

Mútuo ajuste Comunicação informal entre operadores

Supervisão direta Há um responsável pelo trabalho de outro

Padronização do processo de

trabalho O trabalho é especificado ou programado

Padronização da saída do processo

de trabalho Os resultados do trabalho são especificados

Padronização das habilidades

As habilidades necessárias à realização do

trabalho são especificadas e os colaboradores

treinados

Fonte: Elaborado com base em Seiffert e Costa, 2007, p.32.

De acordo com Seiffert e Costa (2007) as partes da organização terão

implicações estruturais diferenciadas, dependendo do resultado da natureza de seus

trabalhos. Implicações estas que serão abordadas no Quadro 4:

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Quadro 4: Implicações estruturais dos diferentes níveis organizacionais.

NÍVEL

IMPLICAÇÕES

DEFINIÇÃO CARGOS FUNÇÃO MECANISMO DE COORDENAÇÃO

Nível operacional

Realiza o trabalho básico de produção; relacionado com a

criação de produtos/serviços.

Operadores

Atividades de compras, distribuição,

manutenção e todas as outras que fornecem

suporte direto à produção.

Padronização

Nível estratégico

Assegurar-se que a organização realiza sua

missão de forma efetiva e atende às

necessidades daqueles que controlam ou tem

poder sobre ela.

Presidente, comitê executivo,

outros administradores

de alto nível.

Realizar supervisão direta, administrar as

fronteiras organizacionais e suas relações com o meio

ambiente e desenvolver estratégias

organizacionais.

Mútuo ajuste entre si;

supervisão direta com o nível

intermediário.

Nível intermediário

Nível que coordena o trabalho do nível

operacional, devido ao crescimento da organização.

Cargos de níveis hierárquicos entre

estratégico e operacional.

Supervisionar o nível operacional, as

relações de contato com outros

administradores, analistas e staff de

suporte da organização e a formulação de

estratégias para suas unidades.

Mútuo ajuste entre si e

supervisão direta com o nível operacional.

Tecnoestrutura

Analistas que servem à organização afetando o trabalho de outros, com

o objetivo de tornar o trabalho na

organização mais eficiente e mais eficaz.

Analistas.

Treinamentos, mudança

organizacional, planejamento do

trabalho e estabelecimento de

padrões de atividade para a organização.

Analistas do trabalho:

padronização dos processos de

trabalho; analistas planejadores e de

controle: padronização dos

resultados do trabalho e

analistas de pessoal:

padronização de habilidades.

Staff de suporte

Unidades que existem fora do fluxo de trabalho do nível

operacional para prover suporte à organização.

Restaurante, lavanderia, recepção,

relações públicas, assessoria

jurídica, etc.

Fornecer suporte por meio de funções

próprias.

Varia de acordo com as funções.

Fonte: Elaborado com base em Seiffert e Costa, 2007, p.34.

2.3.1 Componentes da Estrutura Organizacional

A fim de se elaborar uma estrutura que irá contribuir para o atingimento dos

objetivos da organização, Seiffert e Costa (2007) indicam como fatores decisivos o

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agrupamento das tarefas que devem ser desempenhadas e a definição clara dos

papéis e responsabilidades das pessoas e grupos por elas responsáveis.

Segundo Djalma de Oliveira (2002), e demais estudiosos de organização, são

duas as formatações básicas da estrutura organizacional:

A Formal, que é o principal foco dos estudos das organizações nas

empresas, sendo representada, em alguns de seus aspectos, pelo

tradicional organograma;

A Informal, que é resultante das relações sociais e pessoais que não

aparecem nos organogramas das empresas.

Vários autores dão sua contribuição acerca dos componentes da estrutura

organizacional, desta forma, o Quadro 5 compila os principais autores, a

denominação utilizada para os componentes, bem como os componentes

correspondentes.

Quadro 5: Abordagens acerca dos componentes da Estrutura Organizacional

AUTORES (ANO) COMPONENTES DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Denominação Componentes

Zey-Ferrell (1979) Dimensões

Poder e centralização;

Complexidade;

Formalização;

Comunicação.

Vasconcellos (1982) Componentes

básicos

Sistema de atividade;

Sistema de autoridade;

Sistema de comunicação.

Mintzberg (1983) e Mintzberg e

Quinn (2001)

Parâmetros de

Desenho

Especialização do trabalho;

Formalização do comportamento;

Treinamento e doutrinação;

Agrupamento das Unidades;

Tamanho das Unidades;

Sistema de Planejamento e Controle;

Dispositivos de Ligação;

Descentralização Vertical;

Descentralização Horizontal.

Hall (1984) Dimensões

Complexidade (diferenciação horizontal; diferenciação vertical; e dispersão espacial);

Formalização;

Centralização.

Stoner e Freeman (1985) Elementos da

Estrutura

Especificação das tarefas (divisão do trabalho e departamentalização);

Padronização das tarefas;

Coordenação das atividades;

Centralização e descentralização de decisões;

Tamanho da unidade de trabalho.

Fonte: TRIGUEIRO-FERNANDES, 2014 p. 23.

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Quadro 5: Continuação

AUTORES (ANO) COMPONENTES DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Denominação Componentes

Vasconcellos e Hamseley (2002) Elementos do

Desenho

Departamentalização;

Descentralização;

Localização das assessorias;

Amplitude de controle;

Níveis hierárquicos;

Delegação ou descentralização da autoridade;

Sistema de comunicação;

Grau de formalização.

Faria e Madeira (2011) Dimensões

Complexidade e integração;

Centralização;

Formalização;

Desenho.

Texeira, Koufteros e Peng (2012) Constructos Centralização;

Níveis hierárquicos (flatness);

Especialização (departamentos e empregados).

Fonte: TRIGUEIRO-FERNANDES, 2014 p. 23.

Para tanto, o presente trabalho adotará a classificação utilizada por Mintzberg e

citada por Seiffert e Costa, o qual trata dos seguintes componentes: especialização

do trabalho, formalização do comportamento, treinamento e doutrinação,

agrupamento das unidades, tamanho das Unidades, sistema de planejamento e

controle, dispositivos de ligação, descentralização vertical e descentralização

horizontal, os quais serão melhor abordados a seguir.

2.3.1.1 Especialização do Trabalho

Segundo Mintzberg apud Seiffert e Costa (2007), a especialização do trabalho

diz respeito à divisão e diferenciação do trabalho e pode ser definida em duas

dimensões: horizontal e vertical.

Ainda segundo o autor, a especialização horizontal é a forma tradicional de

divisão do trabalho, quando um trabalho específico pode ser dividido em pequenas

tarefas e cada uma é executada por um operador. Com isso, pode-se alcançar o

aumento da produtividade incrementando a habilidade do trabalhado, além de

economia de tempo além da facilidade no aprendizado dos trabalhadores.

Já a especialização vertical diz respeito à separação da tomada de decisão da

execução do trabalho de fato. Ou seja, o trabalhador apenas executa sua tarefa sem

se preocupar em controlar seu trabalho.

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2.3.1.2 Formalização do Comportamento

De acordo com Mintzberg apud Seiffert e Costa (2007), a formalização do

comportamento diz respeito aos meios que a organização utiliza para prescrever

comportamentos através da padronização. Dessa forma o comportamento pode ser

formalizado de três formas básicas: a padronização de posição, quando

especificações são atribuídas ao trabalho; padronização do fluxo de trabalho,

quando há especificações em cada etapa do trabalho e a padronização de regras,

quando são emitidas especificações gerais. Com a formalização a empresa busca

reduzir a variabilidade na tomada de decisões e aumentar a previsibilidade.

Entretanto, deve-se ser cauteloso a fim de que o excesso de formalização não

comprometa a velocidade da adaptação organizacional.

2.3.1.3 Treinamento e Internalização

Mintzberg apud Seiffert e Costa (2007), atribui ao treinamento o processo no

qual as habilidades e os conhecimentos de determinado trabalho serão ensinados e

à internalização ao processo no qual as normas serão adquiridas e internalizadas,

integrando o indivíduo à cultura da empresa. Em razão de suas tarefas bastante

complexas, o treinamento é muito utilizado pelos trabalhadores da linha de staff.

2.3.1.4 Agrupamento em Unidades

O agrupamento em unidades, segundo Seiffert e Costa (2007), representa o

mais poderoso parâmetro de desenho, pois se refere à forma e aos critérios que

serão levados em consideração para se organizar as posições ou cargos que dela

fazem parte. Dentre os mais comuns, há seis tipos de agrupamentos, os quais levam

em consideração o conhecimento ou habilidade, função ou processo de trabalho,

tempo, produto, cliente e lugar. Todas essas bases para agrupamento podem ser

reagrupadas em duas vertentes: com base no mercado (produto, cliente e lugar), o

qual aborda os fins e com base na função (conhecimento ou habilidade e função ou

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processo de trabalho), o qual aborda os meios para se atingirem os fins, de forma

que a primeira representa a forma ideal de agrupamento.

2.3.1.5 Tamanho da Unidade

De acordo com Mintzberg apud Seiffert e Costa (2007), o tamanho da unidade

pode aumentar ou diminuir de acordo com alguns critérios. Para ele, se é utilizada a

padronização, se existe semelhança nas tarefas da unidade, se existe necessidade

de autonomia e auto-atualização por parte dos empregados e se existe a

necessidade de reduzir a distorção do fluxo de informação, o tamanho da unidade

aumenta. Entretanto, se existe a necessidade de supervisão direta ou de mútuo

ajuste entre tarefas complexas, ou ainda se aumenta a quantidade de tarefas de

não-supervisão que o gerente tem que realizar ou a necessidade dos membros da

unidade terem frequentemente acesso ao gerente para conselho e consulta, a

unidade diminui.

2.3.1.6 Sistemas de Planejamento e Controle

Segundo Seiffert e Costa (2007), há dois tipos de sistemas de planejamento e

controle, são eles, o controle de performance, o qual tem como objetivo avaliar se os

resultados tem sido alcançados e o planejamento da ação que especifica qual o

resultado desejado e os meios de alcançá-los.

O controle de performance foca nos indicadores da unidade e é mais utilizado

quando as unidades agrupam-se com foco no mercado. Já o planejamento da ação,

define resultados expressos nos indicadores e metas e detalha as

responsabilidades, bem como a execução de cada ação para atingi-los.

2.3.1.7 Dispositivos de Ligação

De acordo com Mintzberg apud Seiffert e Costa (2007), os dispositivos de

ligação sistematizam a interação entre as unidades. Segundo Seiffert e Costa

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(2007), há quatro tipos básicos de dispositivos: posições de ligação, força-tarefa e

comitês, gerentes de integração e estrutura matricial.

As posições de ligação servirão de elo, por isso, são estabelecidas quando é

necessário muito contato entre as unidades.

As forças-tarefa são formadas para a execução de determinado projeto ou

tarefa e os comitês costumam ser mais permanentes, e atuam a fim de discutir

problemáticas que envolvam as unidades.

Gerentes de integração também atuam como elo entre as unidades, porém,

representam o papel de autoridades formais dentro da organização.

Segundo Galbraith apud Mintzberg (2012), a estrutura matricial é uma forma de

se estruturar com base no mercado e na função, de forma que utiliza os benefícios

de ambas, quebrando o princípio de unidade de comando.

2.3.1.8 Descentralização Vertical

Segundo Seiffert e Costa (2007), uma organização é descentralizada quando

todo o poder decisório, ou seja, o controle das etapas de levantamento da

informação, aconselhamento, escolha, autorização e execução, é dividido entre os

responsáveis pela execução das tarefas. Entretanto, a centralização e

descentralização são relativas e utilizadas a título de comparação entre uma

organização e outra.

Mintzberg (1983) define a descentralização vertical como a forma na qual o

poder está disperso abaixo da cadeia de linha de autoridade.

2.3.1.9 Descentralização Horizontal

De acordo com Seiffert e Costa (2007, p. 49), a descentralização horizontal

“refere-se à mudança do poder dos administradores para os não administradores”.

Ela pode fazer referência ao poder informal, quando os não administradores

controlam as informações, o aconselhamento e a execução do processo, ou ao

poder formal, quando os não administradores recebem a função formal de

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aconselhamento (staff) ou a delegação formal e seletiva para a tomada de decisões

específicas (não somente no aconselhamento do processo decisório).

2.4 MODELO DE ESTRUTURAÇÃO DE SEIFFERT E COSTA

O modelo de estruturação proposto por Seiffert e Costa (2007) tem como

unidade-padrão para estruturação o agrupamento processual na organização. Ou

seja, o modelo, tem como bloco de estruturação básico os processos identificados

através das tarefas que os compõem, diferentemente do modelo tradicional proposto

por Galbraith (1993) que leva em consideração o agrupamento funcional dos grupos

de trabalho.

Dessa forma, inicialmente é feito um levantamento de quais os processos e

suas tarefas, procurando delimitá-los para, em seguida, agrupá-los em setores,

departamentos ou diretorias até que a estrutura seja totalmente montada. Assim,

normalmente um setor pode ser composto por um ou mais processos, um

departamento por um ou mais setores, uma diretoria por um ou mais departamentos,

a presidência por uma ou mais diretorias e uma superintendência por uma ou mais

empresas.

Segundo Seiffert e Costa (2007), a estruturação através de unidades

processuais facilita o processo de estruturar, pois de acordo com ele, cria-se

flexibilidade para se agrupar ou desagrupar os processos conforme o interesse da

organização sem que, assim, se perca sua unidade produto/processo.

Seiffert e Costa (2007) envolvem cinco fases no processo de estruturação ou

reestruturação, são elas: diagnóstico, planejamento, implantação, avaliação e ações

de melhoria.

Diagnóstico, de acordo com os autores supracitados, refere-se ao

levantamento sucinto da evolução da organização e seus respectivos efeitos ao

longo das mudanças na estrutura, levando-se em conta, principalmente, as

deficiências e problemas da estrutura atual.

No planejamento é quando se propõe a nova estrutura organizacional. O

planejamento, segundo Seiffert e Costa (2007), costuma ser dividido em nove

etapas, as quais seguem a abordagem top-down ou bottom-up. Na abordagem top-

down seguem as quatro primeiras etapas:

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Definição do modelo de negócio;

Definição dos principais objetivos estratégicos do negócio;

Definição das principais estratégias do negócio;

Definição de quais são os macroprocessos/produtos intermediários

necessários para cumprir a missão/objetivos e estratégias.

Já na abordagem bottom-up seguem-se as cinco etapas restantes:

Levantamento de quais são os processos/produtos realizados

internamente na empresa;

Desdobramento dos processos/produtos em subprocessos ou tarefas;

Definição dos relacionamentos entre os processos;

Agrupamento dos processos/produtos;

Definição da nova estrutura e respectivos cargos.

Ainda de acordo com Seiffert e Costa (2007), a definição do relacionamento

entre os produtos e ao posterior agrupamento entre processos/produtos devem

seguir alguns critérios pré-definidos. Esses critérios de agrupamento estão

representados no Quadro 6.

Quadro 6: Dimensões e critérios para agrupar recursos

DIMENSÃO

CRITÉRIOS PARA AGRUPAR OS RECURSOS SEGUNDO A DIMENSÃO

PRODUTO

Os recursos ligados aos processos que desenvolvem, geram, comercializam ou suportam determinando o produto ou serviços ficam concentrados sob uma mesma liderança.

PROJETO

Os recursos ligados à consecução dos objetivos de um projeto ficam sob uma mesma liderança.

GEOGRAFIA

Os recursos que atuam em um mesmo espaço físico ou escopo geográfico reportam a uma mesma liderança.

CLIENTE OU MERCADO

Recursos que executam processos para atender a um mesmo cliente ou segmento de mercado ficam sob a mesma liderança.

FUNÇÃO OU TECNOLOGIA

Recursos que dominam a mesma competência ou tecnologia ficam agrupados sob uma mesma liderança.

PROCESSOS

Os diversos recursos de diferentes especialidades que atuam num mesmo processo ficam agrupados sob uma mesma liderança.

FORNECEDORES Para o caso particular de organizações ligadas à produção de suprimentos.

Fonte: Seiffert e Costa, 2007, p. 57.

A próxima etapa é a implantação, quando é realizada a padronização, a

neutralização dos pontos de restrição, o estabelecimento de indicadores de

processo, a comunicação e o treinamento. É na padronização que se formará a base

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para a implantação da nova estrutura, principalmente na padronização de posição,

pois a partir da descrição dos cargos, ficam definidos os níveis de autoridade e

responsabilidade. Na neutralização dos pontos de restrição são levantadas quais as

possíveis restrições ou causas de insucesso da nova estrutura e, a partir disso,

define-se um plano de ação para neutralizá-la. Após isso são estabelecidos

indicadores de processo, os quais serão a base do gerenciamento de processos,

pois irão medir os resultados em termos de qualidade, produtividade, atendimento e

custo de cada processo. Na etapa de comunicação, a estrutura é apresentada aos

colaboradores, de cima para baixo, primeiro aos níveis hierárquicos intermediários e

depois ao operacional. A apresentação deve ser justificada com base nos objetivos e

nas estratégias organizacionais, bem como nas disfunções da estrutura antiga. Por

último, deverá ser realizado um plano de treinamento e desenvolvimento com

prioridade nos treinamentos que contribuam diretamente com o funcionamento da

estrutura proposta.

Após a implantação deve ocorrer o processo de avaliação, o qual é composto

por avaliações periódicas que irão monitorar a implantação e definir ações corretivas

para garantir a efetiva implantação da estrutura proposta ou avaliar a eficácia da

nova estrutura.

Com base nas avaliações concretizadas no processo avaliativo, fica viável

realizar etapa final, a qual realiza as ações de melhorias que irão garantir a efetiva

implantação da estrutura proposta.

Por fim, faz-se extremamente importante apresentar os princípios de

reestruturação adotados por Seiffert e Costa, os quais estão apresentados no

Quadro 7.

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37

Quadro 7: Princípios de Reestruturação

Fonte: Seiffert e Costa, 2007, p.71.

Os doze princípios propostos por Seiffert e Costa (2007) orientaram a equipe

na proposta de reorganização do SESC/RN. Também é válido ressaltar que no

presente trabalho foram tratadas apenas as duas primeiras etapas do modelo de

Seiffert e Costa (2007), as quais dizem respeito ao diagnóstico e à elaboração da

proposta de nova estrutura organizacional, ou seja, a etapa de planejamento.

1 •Quanto maior o autocontrole melhor

2 •Deve ser balanceada especialização horizontal com enriquecimento horizontal do cargo

3 •Quanto mais descentralizado verticalmente, melhor

4 •Quanto menos descentralizado horizontalmente, melhor

5•A estrutura deve viablilizar as estratégias

6 •O ideal é que a formalização do comportamento seja consensada, revisada e contextualizada

7 •É melhor agrupar por processos

8 •É melhor agrupar processos interdependentes

9 •É melhor agrupar processos sinérgicos

10 •O custo-benefício de dispersar ou concentrar fisicamente deve ser avaliado

11 •Uma única unidade de comando é melhor

12 •Dispositivos de ligação podem ser estabelecidos

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38

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

3.1 TIPO DE PESQUISA

A presente pesquisa que tem como foco o processo de reestruturação

organizacional do SESC/RN, no que tange aos seus objetivos, caracteriza-se como

exploratória e descritiva. É exploratória, pois, segundo Gil e Vergara (2006; 2004)

possibilitou à pesquisadora maior familiaridade com o problema, bem como o

aprimoramento de ideias, já que um estudo de caso como este em um Sistema S

possui pouco conhecimento científico acumulado. E descritiva, pois, segundo Gil

(2006), tem como principal objetivo expor as características de um determinado

fenômeno ou população, no caso dessa pesquisa, descreve a proposta de

reestruturação organizacional do SESC/RN elaborada com base na observação e

entrevistas com os funcionários que lá trabalham.

Devido ao fato de se ter sido feito uma análise mais profunda na tentativa de

construir novos elementos que expliquem o objeto de estudo (OLIVEIRA, 2007),

adotou-se a estratégia de estudo de caso para nortear o trabalho. Segundo Yin

(2001, p.32), o estudo de caso é uma “investigação empírica que investiga um

fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente

quando os limites entre o fenômeno e contexto ainda não estão claramente

definidos”. Dessa maneira, o estudo de caso possibilita “a penetração em uma

realidade social, não conseguida plenamente por um levantamento amostral e

avaliação exclusivamente quantitativa” (MARTINS, 2006, p. 9). A pesquisa teve

como elemento o SESC/RN a partir do qual procurou-se respostas para solucionar o

problema levantado.

Em relação ao meio de investigação, o trabalho caracteriza-se como pesquisa

de campo, que de acordo com Vergara (2004) ocorre quando a investigação

empírica é realizada no local onde aconteceu ou acontece o fenômeno abordado.

Dessa forma, os dados utilizados na pesquisa foram colhidos junto aos funcionários

na organização, através de reuniões e workshops, bem como, na aplicação de

questionários e realização de entrevistas com gestores da instituição.

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39

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

O universo da pesquisa abrange 44 pessoas que ocupam os cargos de

gestão do SESC/RN, sejam eles de direção, gerência, supervisão, coordenação e

assessoria. Buscou-se à realização de uma pesquisa censitária, entretanto o número

de participantes da pesquisa totalizou 37 gestores. A coleta de dados foi realizada

entre o final de abril e o início de maio de 2014.

3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Como instrumento de coleta de dados foi adotado uma adaptação do modelo

de questionário utilizado por TRIGUEIRO-FERNANDES (2014), o qual é composto

por 11 categorias de análise, conforme o Quadro 8.

Quadro 8 – Categorias de análise

DIMENSÕES

Atividades realizadas*

Recursos*

Formalização

Planejamento e Controle

Grau de especialização

Coordenação

Complexidade*

Hierarquia e Centralização

Dispositivos de ligação

Comunicação Interna

Relacionamento Interpessoal*

Fonte: GRUPEO, 2014.

Do total de categorias de análise, 7 (sete) referem-se aos componentes de

estrutura organizacional sugeridos por Mintzberg (2001) e as outras 4 (quatro)

referem-se às categorias: atividades realizadas, recursos organizacionais,

complexidade e relacionamento interpessoal. No total, o questionário é composto

por 21 (vinte e uma) perguntas fechadas.

É importante relatar que, pelo escopo do trabalho, também foram adotadas

mais duas formas para a coleta de informações, 1) a observação participante, que

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segundo Martins (2006), é uma observação na qual o pesquisador não apenas

observa passivamente, ao contrário, ele pode assumir variadas funções dentro do

estudo de caso e participar dos eventos que estão sendo estudados. O grande

desafio, neste caso, é a aceitação e confiança dos membros inseridos onde se

realiza o trabalho de campo. Nesse sentido, não houve problemas, pois se trata de

um trabalho de solicitado pela própria instituição pesquisada. Com isso, a

pesquisadora pode participar ativamente das etapas inerentes ao projeto. 2) A

pesquisa documental que caracteriza-se “pela busca de informações em

documentos que não receberam nenhum tratamento científico” (OLIVEIRA, 2007, p.

69), tais quais: relatórios, avaliações, propostas, estudos, reportagens e etc.

(MARTINS, 2006, p. 46).

3.4 TRATAMENTO DOS DADOS

Na análise dos dados foram adotadas duas abordagens: uma quantitativa e

outra qualitativa. Os dados foram quantificados, e tabulados no programa Microsoft

Office Excel 2013, a fim de avaliar como os Componentes da Estrutura

Organizacional se apresentam no SESC/RN. Entretanto, pelo cunho específico da

pesquisa, também foi necessário realizar uma análise qualitativa a partir do método

da análise de conteúdo, onde foram definidas, além das categorias de análise

referentes à estrutura organizacional, apresentadas no Quadro 8, as categorias de

processos e projetos para agrupamento dos recursos organizacionais, propostas por

Seiffert e Costa (2007).

Quadro 9 – Quadro comparativo entre objetivos específicos e forma de tratamento dos dados

OBJETIVOS ESPECÍFICOS FUNDAMENTAÇÃO

TEÓRICA METODOLOGIA

Avaliar os componentes da Estrutura Organizacional

2.3.1;

2.3.1.1 a 2.3.1.9.

Análise Quantitativa/ Questionário;

Identificar os principais problemas do SESC /RN com base nos componentes da estrutura

2.3.1;

2.3.1.1 a 2.3.1.9.

Análise de Conteúdo / Observação Participante;

Definir os objetivos pretendidos com a reestruturação do SESC/RN

2.4 Análise de Conteúdo /

Observação Participante;

Levantar os principais processos de trabalho do SESC/RN

2.2.1 Observação Participante;

Selecionar as formas de agrupamento dos recursos organizacionais

2.3;

2.4. Análise de Conteúdo.

Fonte: Elaborado pela autora, 2014.

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41

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

4.1 DIAGNÓSTICO

Devido à presente pesquisa tratar-se de um estudo de caso baseado em uma

consultoria realizada, antes de se iniciar os trabalhos da efetivação do diagnóstico

organizacional foi indispensável a apresentação do plano de trabalho às pessoas da

organização. Também foi necessária a adequação da metodologia que seria

utilizada, para a realidade do SESC/RN, bem como sua posterior apresentação.

Além disso, houve uma sensibilização por parte da equipe como um todo, já que a

contribuição de todo o corpo de trabalho dentro da organização é muito importante

durante o período da consultoria e, posteriormente, na intenção de se adequar a

cultura às mudanças que deverão ser implementadas.

O diagnóstico, de acordo com Seiffert e Costa (2007), refere-se ao

levantamento sucinto da evolução da organização e seus respectivos efeitos ao

longo das mudanças na estrutura, levando-se em conta, principalmente, as

deficiências e problemas da estrutura atual, por isso, ele deve conter a

caracterização da organização através de uma análise preliminar situacional da

mesma. Dessa forma, foram aplicados questionários, os quais foram respondidos

pelos gestores de diferentes Diretorias, Unidades, Coordenações e Setores do

SESC/RN, os quais estão listados no Quadro 8.

Quadro 10 – Unidades Organizacionais entrevistadas

RESPONDENTES

ASSESSORIA DE PLANEJAMENTO

BIBLIOTECA CENTRAL

BIBLIOTECA SERIDÓ

COORDENAÇÃO DE AÇÃO COMUNITÁRIA (MESA BRASIL)

COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO

COORDENAÇÃO DE ESPORTE/RECREAÇÃO

DAF

DFE E RECREAÇÃO

DPS

EDUCAÇÃO E SAÚDE - ASSISTÊNCIA

EDUCAÇÃO E SAÚDE - ASSISTÊNCIA SOCIAL

ESCOLA SESC MOSSORÓ

Fonte: GRUPEO, 2014.

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42

Quadro 10 – Continuação

RESPONDENTES

ESCOLA SESC SERIDÓ

GERÊNCIA DE TI

GERÊNCIA ODONTOLOGIA

GERÊNCIA SESC MOSSORÓ

GERÊNCIA SESC PONTA NEGRA

LOGÍSTICA

MESA BRASIL (NATAL)

MESA BRASIL (SERIDÓ)

PATRIMÔNIO

POTILÂNDIA

POUSADA SESC

RESTAURANTE

SERIDÓ

SERVIÇO SOCIAL I

SESC LER - NOVA CRUZ

SESC LER (SPP)

SESC LER (ZN)

SESC RESTAURANTE ALECRIM

SETOR CULTURAL (SERIDÓ)

SETOR DE COMPRAS

SETOR DE CURSOS

SETOR DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

SETOR DE DOCUMENTAÇÃO E PROTOCOLO

SETOR DE PESSOAL

SUPERVISÃO DE ALMOXARIFADO

SUPERVISÃO DE LICITAÇÃO

Fonte: GRUPEO, 2014.

A seguir são demonstrados os resultados da pesquisa organizados por

categorias de análise, formadas a partir dos componentes da estrutura

organizacional de Mintzberg (2001).

4.1.1 Análise dos componentes da Estrutura Organizacional

4.1.1.1 Atividades realizadas

A primeira variável trabalhada foi a de Atividades realizadas, de forma que

duas perguntas foram elaboradas para avaliá-la: “Você tem bem definido e

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43

formalizado todas as atividades que sua unidade organizacional desempenha? ” e “A

sua equipe tem conhecimento e atua conforme essa definição?”. Dessa forma, o

Gráfico 1 demonstra a análise dos resultados dessas duas perguntas.

Gráfico 1 – Atividades realizadas

Fonte: Dados de pesquisa, abril/2014.

De acordo com o Gráfico 1, nota-se que 73% dos gestores afirmam não ter

todas as atividades bem definidas e formalizadas dentro da Unidade. Este dado é

complementado ao se avaliar o conhecimento das atividades pelas suas equipes, já

que 49% dos gestores acreditam que elas não atuam conforme as definições de

atividades por não conhecê-las completamente.

4.1.1.2 Recursos organizacionais

Com base na literatura, percebe-se que os recursos são componentes

primordiais de uma organização. Eles devem ser suficientes em quantidade além de

serem de boa qualidade a fim de favorecerem as condições de trabalho. Pensando-

se dessa maneira foram avaliados três diferentes recursos do SESC/RN: o espaço

físico destinado ao trabalho, os sistemas de informação disponíveis e a quantidade

de pessoas nas equipes, os quais estão demonstrados no Gráfico 2.

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44

Gráfico 2 – Recursos

Fonte: Dados de pesquisa, abril/2014.

No geral, entre os três recursos avaliados, percebe-se pelo Gráfico 2 uma

insatisfação por parte dos gestores, já que 73% avaliam o espaço físico disponível

como ruim, 51% acreditam na má qualidade dos sistemas de informação ofertados e

50% afirmam que a mão de obra disponível para o trabalho é insuficiente.

Estes dados podem indicar ao SESC/RN uma necessidade de planejamento de

melhorias nas condições de trabalho ofertadas.

4.1.1.3 Formalização

Segundo Mintzberg apud Seiffert e Costa (2007), a formalização do

comportamento refere-se aos meios adotados pela instituição para prescrever os

comportamentos desejáveis pelos funcionários. Essa formalização pode ocorrer por

meio de padronização de posição, quando há especificações no trabalho,

padronização do fluxo de trabalho, quando há especificações atribuídas a cada

etapa do trabalho ou padronização de regras, quando são emitidas especificações

gerais.

Partindo-se desse princípio, duas vertentes foram utilizadas para a avaliação

da formalização do SESC/RN: a burocratização envolvida no trabalho e a existência

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

N/A RUIM REGULAR BOM

0%

73%

14% 14%

3%

51%

24%22%

5%

49%

30%

16%

Espaço físico Sistema de informação Pessoal

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45

ou não de sobreposição nas atividades desempenhadas, as quais estão

demonstradas no Gráfico 3.

Gráfico 3 – Formalização

Fonte: Dados de pesquisa, abril/2014.

No quesito burocratização, pode-se observar pelo Gráfico 3 que a maioria dos

gestores, mais especificamente 81%, acredita que há excesso de burocracia no

desenvolvimento das atividades. A segunda vertente abordada complementa os

dados da primeira, já que aproximadamente a metade dos gestores da organização

acredita que há sobreposição nas atividades realizadas no SESC/RN.

Nesse caso, percebe-se que a formalização resultou em uma disfunção, devido

ao excesso, o que pode estar comprometendo a velocidade dos processos, gerando

custos desnecessários à organização.

4.1.1.4 Planejamento e controle

Os sistemas de planejamento e controle buscam especificar quais resultados a

organização deseja alcançar, como eles devem ser alcançados, bem como a

maneira de avaliar se eles foram alcançados ou não (MINTZBERG, 1989). O

Planejamento Estratégico é uma das principais formas de se definir as metas da

organização e de se demosntrarem as maneiras de alcançá-las. Além de ter um

Planejamento Estratégico bem estruturado, a organização deve se preocupar em

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

N/A SIM NÃO

5%

81%

14%16%

49%

35%

Burocratização Sobreposição

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46

sensibilizar suas equipes, de forma que todos conheçam e entendam bem as suas

diretrizes.

Partindo-se desse princípio, ao avaliar esse componente, procurou-se saber se

os gestores tinham conhecimento do Planejamento Estratégico - PE da organização,

se as unidades dispunham de planejamento próprio, se existia checagem e

indicadores relacionados ao planejamento e se as equipes costumavam cumprir as

metas nele estabelecidas. Os dados colhidos nessa dimensão podem ser verificados

no Gráfico 4.

Gráfico 4 – Planejamento e Controle

Fonte: Dados de pesquisa, abril/2014.

Em relação ao componente de planejamento e controle, pode-se verificar um

cenário onde a maioria dos gestores, ou seja, 68%, afirma não ter conhecimento do

PE do SESC/RN. Além disso, percebe-se que 84% das unidades não dispõem de

um planejamento próprio, com objetivos, metas/ações bem definidas. Dos 16% que

afirmam possuir planejamento próprio em sua Unidade Organizacional, 65% afirmam

não realizar checagens periódicas no planejamento e 65% afirmam que sua unidade

não possui indicadores de resultados. De acordo com o cumprimento de metas, 65%

dos entrevistados afirmam que sua unidade organizacional não costuma cumprir as

metas estabelecidas.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

N/A SIM NÃO

8%

24%

68%

0%

16%

84%

16%19%

65%

11%24%

65%

24%

11%

65%

Conhecimento do planejamento estratégico Planejamento próprioChecagem do planejamento Existência de indicadoresCumprimento de metas

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47

4.1.1.5 Grau de especialização

A especialização do trabalho refere-se a sua divisão, quando as tarefas podem

ser altamente especializadas ou pouco especializadas. Dessa forma, as equipes

podem ser generalistas, ou seja, equipes com pessoas que entendam de tudo um

pouco, equipes multifuncionais de especialistas, quando há várias pessoas com

especialidades diferentes ou equipes especializadas, no caso de haver uma equipe

com pessoas de conhecimentos similares em uma determinada área (MINTZBERG,

2001). Os resultados dessa variável podem ser observados no Gráfico 5.

Gráfico 5 – Divisão do trabalho

Fonte: Dados de pesquisa, abril/2014.

Em relação à divisão do trabalho no SESC/RN, pode-se perceber, de acordo

com o Gráfico 5, que a maioria das equipes, 35%, são especializadas, quando as

pessoas da mesma área possuem um conhecimento similar. Entretanto, os valores

ficaram bastante balanceados, mostrando que a organização também trabalha com

equipes generalistas e multifuncionais.

No caso da Divisão de Trabalho também se faz importante analisar a

capacitação da equipe em relação ao trabalho que ela desempenha. Dessa forma a

pode-se observar a variável em questão no Gráfico 6.

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

N/A ESPECIALIZAÇÃO EQUIPEMULTIFUNCIONAL

EQUIPEGENERALISTA

19%

35%

24%22%

Quantidade

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48

Gráfico 6 – Capacitação da equipe versus atividades desempenhadas

Fonte: Dados de pesquisa, abril/2014.

De acordo com o Gráfico 6, percebe-se que 57% dos gestores acreditam que

há compatibilidade entre as atividades que suas equipes devem desempenhar e o

nível de capacitação que elas recebem. Em contrapartida, pode-se verificar que

aproximadamente 1/3 dos gestores, um número considerável, acredita que a

capacitação ofertada pelo SESC/RN ainda é deficiente.

4.1.1.6 Mecanismos de coordenação

A variável mecanismos de coordenação permite definir como ocorre a

supervisão das atividades que são realizadas no SESC/RN, sejam elas por meio de

comunicação informal, supervisão direta, quando existe um gestor formalizado,

padronização dos processos de trabalho, quando o conteúdo do trabalho é

especificado ou padronização das atividades, quando as habilidades para a

realização dos trabalhos são especificadas e as pessoas devidamente treinadas.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

N/A SIM NÃO

16%

57%

27%

Quantidade

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49

Gráfico 7 – Mecanismos de coordenação

Fonte: Dados de pesquisa, abril/2014.

De acordo com o Gráfico 7, pode-se perceber que no SESC/RN predomina a

coordenação por supervisão direta, ou seja, há um gestor formalizado que

supervisiona e coordena as tarefas realizadas. Enquanto 14% da organização

trabalha mediante a padronização dos processos e 10% se dividem igualmente entre

comunicação informal e padronização das habilidades.

Com esse resultado surge o questionamento se os funcionários possuem

autonomia para a realização dos trabalhos e para a tomada de decisões mais

simples. Dessa forma, o próximo quesito aborda a hierarquia e centralização na

organização.

4.1.1.7 Hierarquia e centralização

Os dois gráficos seguintes abordam o perfil da organização com base na

hierarquia e na existência de centralização, ou não, por parte dos gestores. O

Gráfico 8 demonstra os dados em relação à autonomia por parte dos funcionários

dentro do SESC/RN.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

N/A COMUNICAÇÃOINFORMAL

SUPERVISÃODIRETA

PADRONIZAÇÃODOS

PROCESSOS

PADRONIZAÇÃODAS

HABILIDADES

14%

5%

62%

14%

5%

Quantidade

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50

Gráfico 8 – Autonomia por parte dos funcionários

Fonte: Dados de pesquisa, abril/2014.

De acordo com o Gráfico 8, 57% dos gestores afirmam que eles possuem

autonomia para tomada de decisões. Entretanto, 41% dos entrevistados afirmam

que as decisões são centralizadas e os funcionários não possuem poder no que

tange à tomada de decisões.

O Gráfico 9 demosntra os dados referentes à influência que as Unidades

Organizacionais sofrem por meio de assessorias da organização.

Gráfico 9 – Influência por parte de assessorias

Fonte: Dados de pesquisa, abril/2014.

No que diz respeito à influência de assessorias da instituição, a maioria dos

entrevistados, 81%, afirma que há influência ou direcionamento direto ou indireto

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

N/A AUTONOMIA CENTRALIZAÇÃO MEIO TERMO

0%

57%

41%

3%

Quantidade

0%

20%

40%

60%

80%

100%

N/A SIM NÃO

0%

81%

19%

Quantidade

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51

nas atividades da referente unidade organizacional por parte de assessorias da

instituição.

4.1.1.8 Dispositivos de ligação

Os dispositivos de ligação sistematizam a interação entre as unidades

(MINTZBERG, 2001). Devido ao SESC/RN possuir duas grandes Diretorias, uma

voltada para a área meio e outra voltada para a área fim, além de várias diferentes

unidades, faz-se essencial a existência de dispositivos de ligação que integrem tais

áreas, os quais são abordados no Gráfico 10.

Gráfico 10 – Dispositivos de ligação

Fonte: Dados de pesquisa, abril/2014.

Verifica-se que 81% dos gestores afirmam que suas unidades não

possuem metodologias que contribuam para a interação entre as unidades

organizacionais.

4.1.1.9 Comunicação interna

A comunicação interna é um fator de grande importância dentro de uma

organização, principalmente como o SESC/RN, o qual possui duas grandes

Diretorias, além de outras unidades bastante diferenciadas. Com isso, o Gráfico 11

aborda a variável Comunicação interna por três vertentes: a existência de canais de

0%

20%

40%

60%

80%

100%

N/A SIM NÃO

0%

11%

81%

Quantidade

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52

comunicação internos, a interação com outras Unidades Organizacionais e a

interação por parte de outras Unidades Organizacionais.

Gráfico 11 – Comunicação interna

Fonte: Dados de pesquisa, abril/2014.

Em relação à existência de canais de comunicação internos, 76% dos gestores

afirmam que sua Unidade Organizacional não utiliza de forma plena os canais de

comunicação interno.

Já no que diz respeito à comunicação com outras Unidades Organizacionais,

92% dos gestores concordam que sua Unidade Organizacional busca interagir com

outras Unidades e 76% concordam que as outras Unidades Organizacionais buscam

interagir com as suas.

4.1.1.10 Relacionamento interpessoal

De acordo com a literatura, outro importante fator de sucesso dentro de uma

organização está relacionado ao clima organizacional. Dessa forma o Gráfico 12

aborda o relacionamento interpessoal no SESC/RN.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

N/A SIM NÃO

3%

21%

76%

3%

92%

5%8%

76%

16%

Existência de canais de comunicação interna

Interação com outras unidades organizacionais

Interação por parte de outras unidades organizacionais

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53

Gráfico 12 – Relacionamento interpessoal

Fonte: Dados de pesquisa, abril/2014.

De acordo com o Gráfico 12, percebe-se que o clima organizacional no

SESC/RN é, no geral, bom, já que 65% dos gestores acreditam que existe um bom

relacionamento pessoal na organização, contra apenas 19% que acham que o

SESC/RN possui um clima organizacional ruim.

4.1.2 Problemas identificados

Após a compilação dos dados supracitados, pode-se chegar a um diagnóstico

mais preciso da organização, e, dessa forma, foi possível definir os principais

problemas enfrentados no SESC/RN, como, por exemplo, a falta de uma cultura de

planejamento e controle, falta de integração entre suas unidades, equipe pouco

qualificada, falta de compreensão de liderança, falta de sistemas de informação de

qualidade, falta de maturidade em trabalhar por processos, indefinição de atividades

de algumas unidades organizacionais, falta de um processo formal de tomada de

decisão, falta de uma tecnoestrutura bem delineada, falta de padronização dos

processos, processos de comunicação falhos, falta de avaliação dos eventos, falta

de conhecimento do mercado, sobreposição de algumas atividades, além de cultura

pública com aversão a mudanças e estrutura de gestão com área meio maior que a

área fim.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

N/A RUIM REGULAR BOM

3%

19%14%

65%

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54

A partir destes problemas identificados, chegou-se a algumas possíveis

alternativas para eliminar ou mitiga-los. Esses problemas estão representados no

Quadro 10, seguidos por algumas ocorrências que os evidenciam e, por fim, as

ações que possam colaborar na resolução dos mesmos, através de mudanças na

estrutura organizacional.

Quadro 11 – Problemas, ocorrências e soluções

PROBLEMA IDENTIFICADO OCORRÊNCIA FORMAS DE ELIMINAR/MITIGAR

Falta de uma cultura de planejamento/controle.

A maioria das unidades não possui um planejamento tático/operacional e nem

sempre segue o planejamento estratégico.

Institucionalizar o planejamento através de uma unidade organizacional que aproxime a equipe de planejamento a todos os demais níveis hierárquicos. Unidade de Inovação e

Desenvolvimento Institucional - UNIS.

Falta de integração entre unidades

(DPS/DAF/Unidades).

Elucidado pelos funcionários de modo geral, inclusive pelos diretores de área.

Unidade de Inovação e Desenvolvimento Institucional - UNIS.

Cultura pública. Aversão a mudanças; comodismo. Renovação do quadro de pessoal; avaliação

de desempenho por competências.

Estrutura de gestão da DAF maior que a DPS.

DAF possui gerências, diferentemente da DPS.

Criação de gerências na DPS. Concentração de áreas na DAF,

contribuindo para a redução do número de gerências.

Equipe, de modo geral, com falta de

especialização/qualificação.

Exemplo TI: A área de Tecnologia da Informação atua apenas como gestão de

informática.

Capacitação e contratação de novas pessoas.

Falta de compreensão de liderança (líder x chefe).

Centralização por parte de alguns gestores.

Capacitação; Padronização (formalização); Autocontrole. Unidade de Inovação e Desenvolvimento Institucional - UNIS.

Falta de sistemas de informação.

Retrabalho em diversos setores. Ex: DN possui um sistema de informação que é

alimentado pelo setor de Documentação e Protocolos, porém, é necessário

preencher as mesmas informações em uma planilha própria.

Aquisição/Desenvolvimento através da contratação de equipe especializada.

Unidade de Inovação e Desenvolvimento Institucional - UNIS.

Falta de maturidade para trabalhar por processos.

Por indicação do instrumento PEMM. Divisão funcional das áreas.

Treinamento e Capacitação. Desenvolvimento das capacidades

organizacionais indicadas pelo PEMM (Governança, Habilidades, Cultura e Liderança). Unidade de Inovação e

Desenvolvimento Institucional - UNIS.

Indefinição das atividades (competências) de algumas unidades organizacionais.

As unidades organizacionais não mantêm uma constante (rotina) nas atividades que

executam. Definição de competências.

Falta de um processo formal de tomada de

decisão.

Que tipo de decisão precisa chegar a presidência ou à DR. Falta delinear que decisões podem ser tomadas em níveis

operacionais sem a necessidade de chegar aos níveis mais estratégicos.

Padronização do processo decisório (gestão de processos). Definição de competências.

Falta de uma tecnoestrutura bem delineada.

Não está bem definida a função específica

de cada assessoria.

Unidade de Inovação e Desenvolvimento Institucional - UNIS.

Fonte: Dados de pesquisa, 2014.

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55

Quadro 11 – Continuação

PROBLEMA IDENTIFICADO OCORRÊNCIA FORMAS DE ELIMINAR/MITIGAR

Falta de padronização de processos.

Atividades/processos semelhantes são desenvolvidos de formas diferentes.

Mapeamento de processos. Gestão por processos. Unidade de Inovação e

Desenvolvimento Institucional - UNIS.

Processos de comunicação, internos e externos, falhos.

As centrais desconhecem, em vários casos, detalhes das informações sobre atividades/eventos desenvolvidos pelo

SESC.

Unidade de Inovação e Desenvolvimento Institucional - UNIS. Definição de uma

unidade de Marketing.

Falta de avaliação dos eventos/atividades.

Apesar de existir um setor de estatística, os eventos desenvolvidos não aplicam

nenhuma pesquisa.

Unidade de Inovação e Desenvolvimento Institucional - UNIS.

Falta de conhecimento do mercado (pesquisas).

O SESC não procura conhecer (novas) demandas dos seus clientes.

Unidade de Inovação e Desenvolvimento Institucional - UNIS.

Sobreposição de atividades em alguns casos.

Exemplo: Duas unidades organizacionais se apresentaram como principais

responsáveis de um mesmo processo.

Mapeamento de processos. Gestão por processos. Unidade de Inovação e

Desenvolvimento Institucional - UNIS.

Fonte: Dados de pesquisa, 2014.

Após definir as principais soluções aos problemas encontrados, a equipe

passou a trabalhar na próxima etapa, o planejamento.

4.2 PLANEJAMENTO

Dentro do planejamento busca-se elaborar a proposta da nova estrutura para a

organização. No modelo proposto por Seiffert e Costa (2007), existem nove etapas

que devem ser seguidas partindo-se de duas abordagens: top-down e bottom-up.

Contudo, para este trabalho as nove etapas foram acopladas em três: definição

dos objetivos pretendidos com a mudança; visão estruturada dos processos e forma

de agrupamento dos recursos organizacionais.

4.2.1 Definição de objetivos pretendidos com a mudança

Segundo Seiffert e Costa (2007), nessa etapa levantam-se os atuais objetivos

estratégicos em andamento na organização, a fim de viabiliza-los com base na

estrutura proposta.

“A definição dos objetivos, quando é feita pela alta administração, é

corretamente orientada para os macroresultados do negócio”, segundo Seiffert e

Costa (2007, p. 57). Dessa forma, após reunião com a alta administração

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evidenciou-se que os objetivos principais da organização baseavam-se,

principalmente, em aproximar o SESC dos seus clientes preferenciais, aumentar a

celeridade nos processos e ajustar a amplitude de controle, que por conseguinte

contribui com a redução dos custos desnecessários. Com base nisso, foram criadas

algumas estratégias, no campo da estrutura organizacional, para o alcance desses

objetivos, as quais estão demonstradas no Quadro 11.

Quadro 12 – Objetivos e estratégias

Fonte: Dados de pesquisa, 2014.

A próxima etapa sugerida por Seiffert e Costa (2007) é adquirir uma visão bem

estruturada dos principais processos da organização.

4.2.2 Visão bem estruturada de processos

Todas as empresas querem atingir níveis elevados de cooperação, sentimento

de propriedade e integração de suas pessoas, dessa forma, segundo Couto e

Marash (2012), o modelo de gestão por processos vem atender essas

necessidades. Por isso, após observar que o SESC/RN não possuía uma gestão

baseada em processos, a equipe decidiu mapear os principais processos da

organização, a fim de padronizá-los.

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57

Partindo-se desse princípio, 53 diferentes setores foram visitados, levantando-

se 150 atividades na área fim e 190 atividades na área meio, das quais 58 foram

classificadas como os principais processos e, posteriormente, foram devidamente

mapeados. O Quadro 12 lista os processos escolhidos para serem mapeados.

Quadro 13 – Processos mapeados

Setor Principal

Processo

Contabilidade

Conciliação Financeira

Prestação de Contas - Diárias

Conferência de caixas - DR

Conferência de caixas - Unidades operacionais

Prestação de Contas (Viagens/Diárias)

Encerramento mensal

Encerramento anual

Contratos

Gestão de Contratos - Dispensa

Gestão de Contratos - Licitação

Setor de Pessoal

Admissão

Controle de hora extra

Pagamento mensal - Preenchimento da Folha

Atrasos e falta - Desconto em folha

Acompanhamento dos processos trabalhistas

Processo de demissão

Vale-transportes

Diárias e Ajudas de Custo

Setor de RH

Recrutamento / Seleção

Capacitação

Licitação

Concorrência (licitações)

Convite (licitações)

Pregão (licitações)

Manutenção Programação de manutenção

TI

Manutenção de redes

Administração de Infraestrutura de TI

Atendimento ao usuário

Almoxarifado

Recebimento de mercadorias

Expedição de materiais

Transporte

Demanda de transportes

Pagamento de Prestadores de Serviço

Setor de Engenharia (Engenharia, Arquitetura, Design e Segurança do

Trabalho)

Elaboração de projetos de engenharia

Vistoria de obras de engenharia

Fiscalização de obras (Arquitetura)

Elaboração de projetos de arquitetura

Elaboração de projetos de design

Acompanhamento e elaboração de documentos

Inspeção de Segurança

Instalação e acompanhamento da CIPA

Fonte: Dados de pesquisa, 2014.

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Quadro 13 – Continuação

Setor Principal

Processo

Setor Financeiro (Setor de Contas a

pagar e receber e Tesouraria)

Contas a pagar

Prestação de contas - Fundo rotativo

Prestação de Contas - Diárias

Conciliação bancária

Setor de Documentação e Protocolo

Recebimento de malotes

Envio de malotes

Correspondências expedidas

Correspondências recebidas

Setor de Patrimônio

Controle de movimentação de bens e equipamentos

Registro dos bens (tombamento)

Baixa de equipamentos

Inventários

Marketing

Criação de material de divulgação

Criação de material de divulgação (Fecomércio)

Criação de material para a reunião do Conselho Regional

Compras

Compras com dispensa de licitação

Planejamento

Orçamento

Estatística

Elaboração do Programa de Trabalho

Logística

Elaboração de Objeto

Fonte: Dados de pesquisa, 2014.

Os mapeamentos, que não são objeto do presente trabalho, foram realizados

através de entrevistas com funcionários dos setores responsáveis pela execução

dos processos e foram transformados em fluxogramas por meio da ferramenta

Microsoft Visio.

Após o mapeamento dos processos, ficou mais clara a percepção de

competências e habilidades necessárias para operá-los, os recursos humanos,

materiais e de infraestrutura necessários e o entendimento do fluxo de informações,

já que se passou a conhecer mais a fundo as atividades e tarefas que compõem os

processos. Dessa forma, foi possível ter uma visão mais estruturada dos processos,

contribuindo para o agrupamento dos processos que se relacionam.

É válido destacar que ao final de todos os mapeamentos serem validados,

utilizou-se um método inovador proposto pela equipe chamado Table Team Work –

TTW, que por meio de apresentação e discussão a respeito dos processos

mapeados, permitiu-se uma maior aproximação entre área meio e área fim.

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59

4.2.3 Formas de agrupamento dos Recursos Organizacionais

Nessa etapa, segundo Seiffert e Costa (2007), os processos devem ser

agrupados de acordo com os princípios de reestruturação e, a partir disso, segue-se

a montagem da nova estrutura.

Seguindo os mapeamentos dos processos, é possível delinear a nova estrutura

organizacional, definindo as hierarquias, e graus de autoridade e responsabilidade

de cada posição hierárquica. Dessa forma, após avaliação dos processos e das

dimensões de agrupamento, ficou definido que duas principais dimensões seriam

utilizadas: agrupamento por processos e por produto/projeto, o primeiro referente à

área meio e o segundo à área fim.

Segundo Seiffert e Costa (2007), os recursos são agrupados por processos

quando uma mesma liderança é responsável por recursos de diferentes

especialidades que atuam num mesmo processo. Dessa forma, foram criados 10

grandes grupos, os quais possuíam subgrupos a fim de englobar processos capazes

de possuir a mesma liderança, como é mostrado no Quadro 13.

Quadro 14 – Agrupamento dos Processos

PROCESSOS

I 1

Recebimento de mercadorias

III

1 Elaboração de projetos de engenharia

Envio de malotes Vistoria de obras de engenharia

Correspondências expedidas 2

Elaboração de projetos de arquitetura

Correspondências recebidas Fiscalização de obras

II

1

Conciliação financeira 3 Elaboração de projetos de design

Prestação de contas - Diárias

4

Acompanhamento e elaboração de documentos

Conferência de caixas - DR Inspeção de segurança

Conferência de caixas - Unidades operacionais Instalação e acompanhamento (CIPA)

Prestação de contas 5 Programação de manutenção

Encerramento mensal

IV

1 Elaboração de objetos

Encerramento anual

2

Modalidade concorrência

2

Contas a pagar Modalidade convite

Prestação de contas - Diárias Modalidade pregão

Prestação de contas - Fundo rotativo

V

1 Elaboração de objetos

Conciliação bancária Processos de licitação

3

Admissão 2

Compras com dispensa de licitação

Atrasos e falta (desconto em folha) Processos de licitação

Processo de demissão

VI

1 Recebimento de mercadorias

Diárias e ajuda de custo Expedição de materiais

Controle de hora extra

2

Controle de movimentação de bens e equipamentos

Acompanhamento de processos trabalhistas Baixa de equipamentos

Vale-transportes Registro de bens (tombamento)

Folha de pagamento

Inventário

3 Demanda de transportes

Pagamento de prestadoras de serviços (Comum)

Fonte: Dados de pesquisa, 2014.

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Quadro 14 – Continuação

PROCESSOS

VII

1 Elaboração do Programa de Trabalho IX 1

Criação de material de divulgação

2 Orçamento Criação de material de divulgação (FECOMÉRCIO)

3 Estatística

X

1 Capacitação

VIII 1

Manutenção de redes

2

Recrutamento e seleção Administração de infraestrutura de TI

Atendimento ao usuário

Fonte: Dados de pesquisa, 2014.

Já o agrupamento por produto/projeto, ainda segundo Seiffert e Costa (2007),

acontece quando uma mesma liderança está responsável pelos recursos ligados aos

processos que desenvolvem, geram, comercializam ou suportam determinado

produto ou serviço ou pelos recursos ligados à consecução dos objetivos de um

projeto. Seguindo essa linha de raciocínio, foram criados 12 diferentes grupos dos

Projetos que são realizados no SESC/RN, os quais estão representados no Quadro

14.

Quadro 15 – Agrupamento dos Projetos

PROJETOS

I

Parcerias sinfônicas

IV

Musculação

SESC Partituras Natação

CINESESC Aerojump

Terraço do Relógio Futsal e voleibol

Palco Giratório Hidroginástica

Caravana da Leitura Ginástica localizada

II

Consulta e Pesquisa Karatê

Hemeroteca Dança de salão

Treinamento de Usuário

V

Recreação esportiva

Empréstimo domiciliar Festas de confraternização

Visita monitorada Jogos de salão

Acesso à internet Sessões de vídeo

III

Excursões

VI

Cursos

Passeios Minicursos

Translados Palestras

Diárias VII SESC Escola Fonte: Dados de pesquisa, 2014.

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Quadro 15 – Continuação

PROJETOS

VIII EJA

XI

Campanhas educativas

XII

Mesa Brasil SESC Ler Cantinho

IX

Fornecimento de refeições SESC nas Empresas

Vida na Vila Fornecimento de lanches SESC Saúde na Escola

Consultas dietoterápicas Projeto Ver para Aprender

SESC Cidadão

X

Clínicas fixas

Orientações em grupo

Palestras educativas Projeto Crescendo e Aprendendo

OdontoSESC

SESC nas Escolas

Projeto Transando Saúde SESC Comunidade Projeto SESC Saúde na Comunidade

Fonte: Dados de pesquisa, 2014.

4.3 PROPOSTA DA NOVA ESTRUTURA

A partir dos problemas verificados no SESC/RN, dos objetivos pretendidos com

as mudanças, somando-se à visão do funcionamento dos processos, chegou-se a

uma proposta de estrutura organizacional. Vale salientar que nessa estrutura

buscou-se seguir os critérios de agrupamento sugeridos por Seiffert e Costa (2007),

levando-se em conta os processos e produtos/projetos do SESC/RN e os princípios

organizacionais de Mintzberg (2001).

A fim de proporcionar uma melhor compreensão das mudanças realizadas, a

Figura 3 representa a proposta da nova Estrutura Organizacional do SESC/RN.

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Figura 3: Proposta de Organograma SESC/RN

Diretoria Regional

Diretoria Administrativa e Financeira - DAF

Diretoria de Programas Sociais -

DPS

Gerência Administrativa e

Financeira

Gerência Técnica de Educação

Gerência Técnica de Saúde e Assistência

Gerência Técnica de

Cultura e Lazer

Coordenação de Contabilidade, Finanças e Despesas com Pessoal

Coordenação de Infraestrutura

Controladoria

Assessoria Especial da Direção

Coordenação de Ensino Infantil e

Fundamental

Assessoria Jurídica

Coordenação de Nutrição

Coordenação de Odontologia

Coordenação de Educação em

Saúde

Coordenação de Ação

Comunitária

Coordenação de Apresentação Artística e

Desenvolvimento Artístico e Cultural

Coordenação de Turismo Social

Coordenação de DFE

Secretaria Executiva

Gerência de Suprimentos

Coordenação de Planejamento de

Aquisições

Coordenação de Distribuição e

Patrimônio

Coordenação de Formalização e

Execução de Aquisições

Coordenação de Cursos

Coordenação SESC LER

Coordenação do Sistema de Bibliotecas

Coordenação de Recreação

Coordenação do Projeto Mesa

Brasil

SESC Restaurante

SESC Odontologia

SESC Alecrim

SESC Macaíba

SESC Potilândia

SESC Mossoró

SESC Seridó

SESC Ler São Paulo Potengi

SESC Ler Nova Cruz

SESC Ler Zona Norte

SESC Enseada Praia Hotel

SESC Ponta Negra

Pousada SESC Ponta Negra

PresidênciaConsel ho

LEGENDA

Direção Regional

Diretorias de Área

Unidades de Staff

Subordinação Administrativa

Assessoramento

Fiscalização Interna

Conselho Regional e Presidência

Gerências

Coordenações

ORGANOGRAMA

Coordenação de Eventos

Assessoria Técnica de Unidades

Unidade de Inovação e Desenvolvimento

Institucional - UNIS

Conselho RegionalConsel ho

Célula de Planejamento

Célula de Modernização Organizacional

Célula de Sistemas de Informação

Célula de Marketing

Célula de Desenvolvimento Humano

Fonte: GRUPEO, 2014.

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4.3.1 Diretoria Regional – DR

Com base na estrutura proposta, a Diretoria Regional deve ser responsável

por dirigir o SESC/RN, no que se refere a suas áreas e unidades, definindo as

diretrizes estratégicas de atuação na organização, além de representá-lo

legalmente. Ela é composta pela Assessoria Especial da Direção, Assessoria

Jurídica, Controladoria e a Secretaria Executiva. Esta última foi criada a fim de

assessorar a gestão de documentação e arquivos do SESC/RN, bem como

organizar (elaborar e fazer a triagem) os documentos oficiais. Dessa forma, as

atividades, que antes pertenciam ao setor de documentação e protocolo, foram

nela inseridos, abrindo espaço para três diferentes vertentes: documentação e

informação, protocolo e arquivos.

4.3.1.1 Unidade de Inovação de Desenvolvimento Institucional - UNIS

A fim de sanar o principal problema enfrentado pela organização, a falta de

integração entre área meio e área fim, foi utilizada a proposta de dispositivo de

ligação, sugerida por Minztberg apud Seiffert e Costa (2007), criando-se a

Unidade de Inovação e Desenvolvimento Institucional - UNIS, de forma que ela

estabeleça autoridade formal sobre outros departamentos, com os objetivos de

interliga-los. A UNIS é composta por cinco células: Planejamento, Modernização

Organizacional, Sistemas de Informação, Marketing e Desenvolvimento Humano.

A Célula de Planejamento – CEPLAN foi criada com o objetivo de

institucionalizar o planejamento como uma ferramenta de gestão do SESC/RN. A

CEPLAN possui algumas atividades do antigo setor de Planejamento e é dividida

em três vertentes: Planejamento Organizacional que surge com a proposta de

elaborar e acompanhar o plano de trabalho e o PE do SESC/RN, dentre outras

atividades; a vertente de Orçamento, encarregada de elaborar, acompanhar e

retificar o orçamento da organização e as Estatísticas de Atendimento, que devem

analisar e consolidar os atendimentos realizados no SESC/RN.

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A Célula de Modernização Organizacional - CEMOR foi criada com o

objetivo de garantir que os processos e a estrutura organizacional permaneçam

sempre padronizados, de modo a manter a efetividade da organização. Ela

também é produto de algumas atividades que antes ocorriam no Setor de

Planejamento e possui três vertentes: a Gestão de Processos, que deve elaborar

os descritivos dos processos e criar indicadores, além de analisar sua eficiência

de acordo com a realidade da organização; a Estrutura Organizacional, que irá

fazer a ligação entre processos e estrutura organizacional, de modo a sempre

atualizá-la e a Avaliação Institucional que deverá avaliar a organização no que diz

respeito à estrutura e aos aspectos determinantes da mesma.

Outra Célula criada foi a de Sistemas de Informação - CESI, já que o SI do

SESC/RN foi identificado pelos próprios gestores como um gap. Com isso, o CESI

será um mecanismo de integração das áreas da organização, através da análise,

desenvolvimento ou aquisição e implantação de sistemas de informação e sua

infraestrutura. De acordo com o serviço que se pretende gerar, o CESI possui

algumas atividades da antiga Gerência de TI, como os cuidados na Infraestrutura

da TI, além de atividades novas que irão compor a vertente de Análise e

Desenvolvimento de Softwares, responsável pela parte de SI do SESC/RN.

A Célula de Marketing – CEMKT deve atuar na intenção de ser peça chave

na interação com o cliente principal, de modo que suas demandas se tornem

conhecidas pela instituição para que possam ser atendidas, através da melhoria

ou ampliação dos atuais projetos, ou ainda, de novos projetos. A CEMKT surgiu a

partir das antigas atividades da Assessoria de Comunicação e Divulgação

Institucional. A Célula terá quatro vertentes: Marketing Institucional, o qual possui

as atividades da antiga Assessoria de Comunicação; Comunicação e Divulgação,

a qual trabalhará na criação de materiais de divulgação; Pesquisa, a qual

trabalhará, principalmente com as pesquisas de satisfação do cliente e a Central

de Atendimento, que trabalhará a fim de criar um material de promoção

institucional.

A Célula de Desenvolvimento Humano – CEDH foi criada a fim de treinar e

desenvolver as pessoas da organização, tornando-as sempre mais

comprometidas, de modo que o público alvo sempre seja atendido da melhor

maneira possível. As atividades que antes eram do Setor de Recursos Humanos

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passaram a fazer parte da CEDH a fim de assumirem um caráter mais estratégico

na organização. Dessa forma, além de Treinamento, Desenvolvimento e

Recrutamento e Seleção, a CEDH também trabalhará com Avaliações de

Desempenho dos funcionários e com Programas de Qualidade de Vida.

Com a nova estrutura, as Unidades Organizacionais passaram a ficar

hierarquicamente mais próximas da Diretoria Regional além de ganharem

representatividade junto a ela por meio da Assessoria Técnica de Unidades

Operacionais.

4.3.2 Diretoria Administrativa Financeira – DAF

A Diretoria Administrativa Financeira - DAF deve existir com a função de

dirigir a área administrativa do SESC/RN e definir as diretrizes de atuação da

administração da organização. Ela é formada pela Gerência Administrativa

Financeira - GAF, a qual é possui duas coordenações: a Coordenação de

Contabilidade, Finanças e Despesas com Pessoal - CCFP e a Coordenação de

Infraestrutura - CINFRA e pela Gerência de Suprimentos – GSUP, a qual é

formada pela Coordenação de Planejamentos e Aquisições – CPA; a

Coordenação de Formalizações e Aquisições – CFEA e a Coordenação de

Distribuição e Patrimônio – CDP.

A função da Coordenação de Contabilidade, Finanças e Despesas com

Pessoal - CCFP está baseada em panejar, coordenar, organizar e acompanhar os

processos de trabalho que tratam da contabilidade, da execução financeira e das

despesas com pessoal da organização. Dessa forma, houve um agrupamento de

três diferentes setores que faziam parte da antiga estrutura, Pessoal,

Contabilidade e Contas a Pagar e Receber. Estes setores foram reunidos

partindo-se do princípio de agrupamento de recursos de Seiffert e Costa (2007), já

que os processos mapeados nos três setores indicam que eles se complementam

de forma que consistem em subprocessos de um mesmo macroprocesso

referente a pagamentos.

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66

A principal função da Coordenação de Infraestrutura – CINFRA consiste em

panejar, coordenar, organizar e acompanhar os processos relativos a

infraestrutura da organização, no que tange as áreas de engenharia, arquitetura,

design interiores, segurança do trabalho, manutenção e zeladoria. Dessa forma,

dentro dessa coordenação, o antigo setor de engenharia desmembrou-se em três

vertentes: engenharia, arquitetura, design de interiores e segurança do trabalho.

Já o antigo setor de zeladoria fundiu-se com o setor de manutenção.

A Coordenação de Planejamento de Aquisições – CPA faz parte da GSUP,

cuja função é definir, acompanhar e garantir o cumprimento das atividades da

área, além de garantir a efetiva gestão dos suprimentos e materiais da

organização. A CPA deve planejar, coordenar, organizar e acompanhar os

processos de licitação desde seu início até a formalização da aquisição, dessa

forma, considerando os processos envolvidos nos setores da antiga estrutura

organizacional, dois deles foram unidos dentro dessa coordenação, o setor de

Logística e o setor de Licitação. Suas atividades foram delineadas de forma que a

Coordenação de Planejamento e Aquisições possui duas vertentes: Organização

e Acompanhamento, a qual, dentre outras atividades deve realizar o

acompanhamento das licitações e Licitações, a qual está responsável por

executar os processos licitatórios.

Outra coordenação da GSUP é a Coordenação de Formalização e Execução

de Aquisições – CFEA. Ela tem o objetivo de Planejar, Coordenar, Organizar e

Acompanhar a formalização da aquisição e a realização de compras dos materiais

e serviços necessários ao desenvolvimento das atividades institucionais. Devido à

finalidade da coordenação, as atividades de dois antigos setores foram nela

inseridas, setor de Compras e de Contratos, dando origem a duas diferentes

vertentes, a Execução das Aquisições, responsável, principalmente, pelas

compras e seus acompanhamentos e a Formalização das Aquisições,

responsável pelos contratos.

A Coordenação de Distribuição e Patrimônio – CDP é a última coordenação

ligada à GSUP e diz respeito ao planejamento, coordenação, organização e

acompanhamento do recebimento e envio de materiais, bem como o tombamento

e inventário dos bens e a frota de automóveis da organização. Por esse motivo,

as atividades da CDP referem-se a três diferentes setores: Almoxarifado,

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Patrimônio e Transportes. Essas atividades originaram três vertentes: Estoques,

responsável por receber, enviar e armazenar mercadorias; Patrimônio,

responsável, principalmente, pela fiscalização e manutenção dos equipamentos e

Transportes, responsável pelas demandas de transporte em geral.

4.3.3 Diretoria de Programas Sociais - DPS

A Diretoria de Programas Sociais - DPS, cujas principais funções são dirigir

a área fim do SESC/RN e definir as diretrizes de atuação dos programas sociais

da organização, passou a contar com três gerências: a Gerência Técnica de

Cultura e Lazer, a Gerência Técnica de Educação e a Gerência Técnica de Saúde

e Assistência. Embora a diretoria já apresentasse essa divisão nos focos de

atuação, ela não possuía nenhum responsável para gerir essas áreas.

A Gerência Técnica de Cultura e Lazer, que tem como função definir,

acompanhar e garantir o cumprimento das atividades da área, passou a abordar

cinco coordenações: Coordenação de Apresentação Artística e Desenvolvimento

Artístico Cultural, Coordenação do Sistema de Bibliotecas, Coordenação de

Turismo Social, Coordenação de DFE e a Coordenação de Recreação.

A Coordenação de Apresentação Artística e Desenvolvimento Cultural -

COAD, como o próprio nome sugere, possui as vertentes de apresentação

artística e a de desenvolvimento cultural, sendo ambas responsáveis pela

definição do cronograma de eventos, verificar demandas de projetos, bem como

elaborá-los e executá-los, através da firmação de parcerias.

A Coordenação do Sistema de Bibliotecas possui todas as funções inerentes

ao planejamento, coordenação, organização e acompanhamento de todas as

bibliotecas da organização. Dentre essas atividades pode-se citar a seleção e

catalogação do acervo, bem como a elaboração e execução de projetos ligados a

literatura.

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A Coordenação de Turismo Social é dividida entre as vertentes de turismo

emissivo, turismo receptivo e hospedagem, e busca proporcionar o lazer e

descanso da clientela, além de estimular os conhecimentos históricos, culturais e

sociais dos pontos turísticos visitados.

A Coordenação de Desenvolvimento Físico-Esportivo - CODFE tem como

função principal o combate ao sedentarismo, em prol da melhoria das condições

físicas, autoestima e lazer ativo, voltado para a ludicidade e a inclusão social,

através de diversas atividades como natação, hidroginástica, musculação,

ginástica localizada, aerojump, karatê, futsal, voleibol e dança de salão.

A Coordenação de Recreação - COR, pertencente à Gerência Técnica de

Cultura e Lazer, possui como função o planejamento, coordenação, organização e

acompanhamento das atividades da área. Além de promover sessões de vídeo e

recreação esportiva, também se responsabiliza pelas festas de confraternização

da organização.

A Gerência Técnica de Educação - GED abrange três coordenações:

Coordenação de Cursos, Coordenação de Educação Infantil e Fundamental e

Coordenação SESC Ler.

A Coordenação de Cursos - COC possui como função definir, acompanhar e

garantir o cumprimento das atividades da área de Educação. Ela é responsável

pela realização de ações para ampliação de conhecimento do universo

sociocultural do indivíduo, suprimento de carências da formação escolar e

formação para o mercado de trabalho, através da oferta de palestras, cursos e

minicursos.

A Coordenação de Ensino Infantil e Fundamental - COEIF é regida, assim

como as demais áreas da Diretoria de Programas Sociais, por meio de

regulamento, o qual define que a coordenação deve desenvolver ações

sistemáticas voltadas para a educação de crianças de 4 a 5 anos de idade,

incentivando a sua criatividade, o desenvolvimento de habilidades e

competências, habilitando-as para o ensino fundamental, bem como desenvolver

ações destinadas à educação básica no nível fundamental de crianças e

adolescentes, com o objetivo de proporcionar aos educandos o domínio dos

instrumentos básicos da cultura letrada, permitindo-lhes compreender e atuar no

mundo em que vivem. As ações dessa coordenação são todas desenvolvidas

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dentro do ambiente escolar, nas quatro unidades do “SESC Escola” que estão

espalhadas pelo estado do Rio Grande do Norte.

Devido ao tamanho e importância do projeto, na nova arquitetura

organizacional o “SESC Ler” passou a ser uma Coordenação (Coordenação

SESC Ler – COSLER), que tem como função efetivar atividades para jovens e

adultos (EJA) que não tiveram acesso ou continuidade nos estudos, nos períodos

de alfabetização, e ensino fundamental a partir dos 15 anos de idade.

A Gerência Técnica de Saúde e Assistência - GESA, cuja responsabilidade é

definir, acompanhar e garantir o cumprimento das atividades da área de Saúde e

Assistência Social possui a Coordenação de Nutrição, Coordenação de

Odontologia, Coordenação de Educação em Saúde, Coordenação de Ação

Comunitária e o Projeto Mesa Brasil.

A Coordenação de Nutrição - CONUT, tem como função principal

proporcionar à clientela o fornecimento de refeições, lanches e desjejuns de forma

equilibrada, bem como promover a proteção e recuperação do estado nutricional

saudável.

A Coordenação de Odontologia - CODONT, através das suas clínicas fixas

de Natal, Macaíba e Mossoró e suas clínicas móveis – conhecidas como

ODONTOSESC, possui como função planejar, coordenar, organizar e

acompanhar as atividades de odontologia, desenvolvendo ações de promoção,

proteção e recuperação da saúde bucal e estética do comerciário e seus

dependentes.

A Coordenação de Educação em Saúde - COEDS, que já figurava na

estrutura organizacional antiga do SESC, tem como principais atribuições

proporcionar o fácil acesso a informações que levem o indivíduo ao exercício da

cidadania, por meio de uma vida saudável, no seu convívio em sociedade,

interferindo beneficamente na sua qualidade de vida e bem-estar, através de

campanhas e palestras educativas e orientações em grupo. A Coordenação

também é responsável por gerir os projetos “Ver para Aprender”, “Transando

Saúde” e “Saúde na Comunidade”.

A Coordenação de Ação Comunitária – COAC possui como

responsabilidade a promoção do desenvolvimento social, econômico e cultural de

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comunidades, incentivando a participação e a integração comunitária, além do

estabelecimento de parcerias com outras instituições. Essas atividades são

desenvolvidas através dos projetos “SESC Cidadão”, “Vida na Vila”, “Crescendo e

Aprendendo” e “SESC Comunidade”.

Devido ao tamanho e importância do Projeto Mesa Brasil, que na estrutura

organizacional anterior pertencia à Coordenação de Ação Comunitária, o Projeto

passou a possuir uma coordenação própria, que tem como funções planejar,

coordenar, organizar e acompanhar as ações de arrecadação e distribuição de

alimentos referentes ao projeto.

Essas foram as principais mudanças ocorridas nas Unidades

Organizacionais propostas ao SESC/RN, de modo a contribuir com a celeridade

nos processos, aproximação com os clientes preferenciais e ajustamento da

amplitude de controle.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A fim de que uma organização cresça, se desenvolva e se mantenha em

desempenho competitivo, além de incentivos financeiros é necessário que haja o

desenvolvimento de uma estrutura organizacional adequada, facilitando, dentre

outras coisas, o processo de tomada de decisões.

Buscando esse objetivo, o presente estudo, primeiramente, atuou na

avaliação dos componentes da Estrutura Organizacional do SESC/RN, com base

no modelo de parâmetros de desenho propostos por Mintzberg e Quinn (2001) e

reiterados por Seiffert e Costa (2007). Essa avaliação foi realizada mediante uma

pesquisa feita com os atuais gestores do SESC/RN, além de reuniões com a alta

gestão e observações in loco.

Com base na avaliação desses componentes foi possível traçar um

panorama da situação atual vivida no SESC/RN e, assim, identificar as principais

falhas enfrentadas pela Gestão. Também foi possível indicar as causas

fundamentais que contribuíam na ocorrência desses problemas para, assim,

sugerir possíveis alterações na estrutura que viriam a saná-los ou mitiga-los.

Após encontrar os principais problemas na estrutura do SESC/RN, realizou-

se a etapa de definição dos principais objetivos pretendidos pela instituição com a

reestruturação. Essa etapa foi concretizada mediante reuniões com a alta Gestão,

a qual definiu como principais objetivos a aproximação do SESC/RN com seus

clientes preferenciais, a celeridade nos processos e o ajustamento da amplitude

de controle, o qual contribui diretamente na redução dos custos.

Mediante a definição dos objetivos, foram levantados os principais processos

de trabalho do SESC/RN, a partir do mapeamento dos mesmos e tomando como

base os dados colhidos após a técnica do Table Team Work, a qual ocorreu de

forma que cada setor identificou as interdependências entre seus processos e os

de outros setores.

Com isso, foi possível definir as formas de agrupamentos dos recursos

organizacionais, baseando-se na metodologia de agrupamento de processos

proposta por Seifert e Costa (2007). Com as formas de agrupamento definidas, foi

feita a nova proposta de estrutura organizacional ao SESC/RN, atingindo-se,

assim, os objetivos propostos pelo presente trabalho.

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Ficou claro, a partir da pesquisa, que os principais problemas enfrentados

pela Gestão do SESC/RN, como a falta de integração entre as áreas, lentidão e

sobreposição de processos e a comunicação falha estavam diretamente ligados à

antiga estrutura organizacional presente na instituição. Esses problemas

interferiam negativamente no alcance dos objetivos estratégicos do SESC/RN de

maneira que representava custos desnecessários à organização, além de impor

uma dificuldade ao se encontrar estratégias de aproximação com seus clientes

preferenciais.

Como sugestão para trabalhos futuros, aconselha-se que seja elaborado um

Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCS a fim de que venha a

complementar a estrutura organizacional sugerida ao SESC/RN.

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REFERÊNCIAS

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BALLESTERO-ALVAREZ, María Esmeralda. Organização, sistemas e métodos. São Paulo: McGraw-Hill, 1990.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

COUTINHO, Clara Pereira; CHAVES, José Henrique. O estudo de caso na investigação em tecnologia educativa em Portugal. Revista portuguesa de educação. Braga: Universidade do Minho, 2002.

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FARIA, Jorge A.; MADEIRA, Rui B. Impacto da estrutura organizacional de dois hospitais públicos portugueses na execução de seus objectivos. PG&C – Perspectivas em Gestão & Conhecimento. v.1, n.1, jan./jun. 2011.

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LUPORINI, Carlos Eduardo Mor; PINTO Nelson Martins. Sistemas administrativos: uma abordagem moderna de O&M. São Paulo: Atlas, 1992.

MARTIN, James. A grande transição: usando as sete disciplinas da engenharia da empresa para reorganizar pessoas, tecnologia e estratégia. São Paulo: Futura, 1996.

MARTINS, Gilberto A. Estudo de caso: uma estratégia de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2006.

MAXIMINIANO, Antônio César Amaru. Introdução à administração. São Paulo: Atlas, 2004, 6 ed.

MINTZBERG, Henry; QUINN, James B. O processo da estratégia. Trad. James Sunderland Cook. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

MINTZBERG, Henry. Criando organizações eficazes: estruturas em cinco configurações. São Paulo: Atlas, 2012.

NADLER, David A. Arquitetura organizacional. Rio de Janeiro: Campus, 1993.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas de organização e métodos: uma abordagem gerencial. São Paulo: Atlas, 2000, 11 ed.

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ROCHA, Luís Osvaldo Leal. Organização e métodos: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 1995, 6 ed.

ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2005.

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TRIGUEIRO-FERNANDES, L. Componentes da Estrutura Organizacional e sua influência do comprometimento e desempenho da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Tese (Mestrado em Administração). Natal: Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2014.

VASCONCELLOS, Eduardo. Estrutura das organizações. São Paulo: Pioneira, 1989, 2 ed.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2004.

VILLELA, Cristiane da Silva Santos. Mapeamento de processos como ferramenta de reestruturação e aprendizado Organizacional. Florianópolis, 2000.

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APÊNDICE

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APÊNDICE A – DESCRIÇÕES DAS UNIDADES ORGANIZACIONAIS

Nº UNIDADE

ORGANIZACIONAL (ATUAL)

PROPOSTA UNIDADE ORGANIZACIONAL

FUNÇÕES/OBJETIVOS DA UNIDADE ORGANIZACIONAL

1 Diretoria Regional DIRETORIA REGIONAL

Dirigir o SESC/RN, no que se refere à suas áreas e unidades; e

representá-lo legalmente. Definir as diretrizes estratégicas de

atuação da organização

1.1 Assessoria Especial da

Direção Regional ASSESSORIA ESPECIAL

DA DIREÇÃO Assessorar a Direção Regional no que for solicitado.

1.2 - ASSESSORIA JURÍDICA Assessorar o aporte jurídico – legal do SESC/RN.

1.3 - CONTROLADORIA Auditar a gestão dos recursos disponíveis no SESC/RN.

1.4 Setor de Documentação

e Protocolo SECRETARIA EXECUTIVA

Assessorar a gestão da documentação e arquivo do SESC/RN; bem como organizar (elaborar e fazer triagem) documentos oficias.

Nº UNIDADE

ORGANIZACIONAL (ATUAL)

PROPOSTA UNIDADE ORGANIZACIONAL

FUNÇÕES/OBJETIVOS DA UNIDADE ORGANIZACIONAL

2 Diretoria Administrativa

Financeira - DAF DIRETORIA DE

ADMINISTRAÇÃO - DAF

Dirigir a área administrativa do SESC/RN. Definir as diretrizes de

atuação da administração da organização.

2.1 Gerência Administrativo-

Financeira

GERÊNCIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA - GAF

Definir, acompanhar e garantir o cumprimento das atividades da

área. Garantir a efetiva gestão dos recursos físicos e financeiros da

instituição.

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2.1.1

Setor de Contabilidade

COORDENAÇÃO DE

CONTABILIDADE, FINANÇAS E DESPESAS COM PESSOAL - CCFP

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar os processos de

trabalho que tratam da contabilidade, da execução financeira e das

despesas com pessoal da organização.

Setor de Contas a pagar e receber

Setor de Pessoal

2.1.2

Setor de Engenharia

COORDENAÇÃO DE INFRAESTRUTURA -

CINFRA

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar os processos

relativos à infraestrutura da organização, no que tange as áreas de

engenharia, arquitetura, design interiores e segurança do trabalho,

manutenção e zeladoria.

Setor de Manutenção

Setor de Zeladoria

2.2 Gerência de Suprimentos

GERÊNCIA DE SUPRIMENTOS - GSUP

Definir, acompanhar e garantir o cumprimento das atividades da

área. Garantir a efetiva gestão dos suprimentos e materiais da

organização.

2.2.1 Setor de Licitação COORDENAÇÃO DE

PLANEJAMENTO DE AQUISIÇÕES - CPA

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar os processos de

licitação desde seu início até a formalização da aquisição. Setor de Logística

2.2.2

Setor de Compras COORDENAÇÃO DE FORMALIZAÇÃO E EXECUÇÕES DE

AQUISIÕES - CFEA

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar a formalização da

aquisição e a realização de compras dos materiais e serviços

necessários ao desenvolvimento das atividades institucionais. Setor de Contratos

2.2.3

Setor de Almoxarifado COORDENAÇÃO DE

DISTRIBUIÇÃO E PATRIMÔNIO – CDP

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar o recebimento e

envio de materiais, bem como o tombamento e inventário dos bens;

e a frota de automóveis da organização.

Setor de Patrimônio

Setor de Transporte

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UNIDADE ORGANIZACIONAL

(ATUAL)

PROPOSTA UNIDADE ORGANIZACIONAL

FUNÇÕES/OBJETIVOS DA UNIDADE ORGANIZACIONAL

3 Diretoria de Programas

Sociais - DPS

DIRETORIA DE PROGRAMAS SOCIAIS -

DPS

Dirigir à área fim do SESC/RN. Definir as diretrizes de atuação dos

Programas Sociais da organização.

3.1 Divisão de Educação GERÊNCIA TÉCNICA DE

EDUCAÇÃO - GED

Definir, acompanhar e garantir o cumprimento das atividades da

área.

3.1.1

Coordenação de Educação Infantil,

Fundamental e Complementar

COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL- COEIF

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar a área.

Desenvolver ações sistemáticas voltadas para a educação de

crianças de 4 a 5 anos de idade, incentivando a sua criatividade, o

desenvolvimento de habilidades e competências, habilitando-as para

o ensino fundamental; Desenvolver ações destinadas à educação

básica no nível fundamental de crianças e adolescentes, com o

objetivo de proporcionar aos educandos o domínio dos instrumentos

básicos da cultura letrada, permitindo-lhes compreender e atuar no

mundo em que vivem.

3.1.2 Projeto SESC Ler COORDENAÇÃO

SESC LER - COSLER

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar a área.

Efetivar atividades para jovens e adultos que não tiveram acesso ou

continuidade nos estudos, nos períodos de alfabetização e ensino

fundamental a partir dos 15 anos de idade.

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3.1.3

Setor de Cursos de Valorização Social

COORDENAÇÃO DE CURSOS - COC

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar a área.

Realizar ações para ampliação de conhecimento do universo

sociocultural do indivíduo, suprindo carências da formação escolar

ou em formação para o trabalho.

3.2 Divisão de Cultura e

Lazer

GERÊNCIA TÉCNICA DE CULTURA E LAZER –

GECL

Definir, acompanhar e garantir o cumprimento das atividades da

área.

3.2.1 Coordenação de

Apresentação Artística e DAC

COORDENAÇÃO DE APRESENTAÇÃO

ARTÍSTICA E DESENVOLVIMENTO

ARTÍSTICO CULTURAL – COAD

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar a área.

3.2.2 Coordenação de Turismo

Social COORDENAÇÃO DE

TURISMO SOCIAL - COT

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar a área.

3.2.3 Coordenação de DFE e

Recreação COORDENAÇÃO DFE –

CODFE

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar a área.

3.2.4 Setor de Biblioteca COORDENAÇÃO DO

SISTEMA DE BIBLIOTECAS - COSISB

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar a área.

3.2.5 Coordenação de DFE e

Recreação COORDENAÇÃO DE RECREAÇÃO - COR

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar a área.

3.3 Divisão de Saúde e

Assistência

GERÊNCIA TÉCNICA DE SAÚDE E ASSISTÊNCIA -

GESA

Definir, acompanhar e garantir o cumprimento das atividades da área.

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3.3.1

Coordenação de Nutrição

COORDENAÇÃO DE NUTRIÇÃO - CONUT

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar a área.

Proporcionar à clientela o fornecimento de refeições, lanches e desjejuns de forma equilibrada, promovendo a proteção e

recuperação do estado nutricional saudável.

3.3.2 Coordenação de

Odontologia

COORDENAÇÃO DE ODONTOLOGIA -

CODONT

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar a área.

Nas Clínicas fixas: desenvolver ações de promoção, proteção e recuperação da saúde bucal e estética do comerciário e seus

dependentes no SESC Odontologia Tirol, SESC Macaíba e SESC Mossoró. No OdontoSESC: promover atendimento odontológico aos

comerciários, seus dependentes e comunidade, no interior do Estado em parceria com instituições públicas ou privadas.

3.3.3 Coordenação de

educação em Saúde

COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE -

COEDS

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar a área.

Proporcionar fácil acesso a informações que levem o indivíduo ao exercício da cidadania, por meio de uma vida saudável, no seu

convívio em sociedade, interferindo beneficamente na sua qualidade de vida e bem-estar.

3.3.4 Coordenação de Ação

Comunitária

COORDENAÇÃO DE AÇÃO COMUNITÁRIA -

COAC

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar a área.

Promover o desenvolvimento social, econômico e cultural das comunidades, incentivando a participação e a integração

comunitária, além do estabelecimento de parcerias com outras instituições.

3.3.5 Supervisão do Projeto

Mesa Brasil COORDENAÇÃO DO

PROJETO MESA BRASIL

Planejar, Coordenar, Organizar e Acompanhar as ações de

arrecadação e distribuição de alimentos.

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UNIDADE

ORGANIZACIONAL (ATUAL)

PROPOSTA UNIDADE ORGANIZACIONAL

FUNÇÕES/OBJETIVOS DA UNIDADE ORGANIZACIONAL

4 - UNIDADE DE INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL - UNIS

Atuar de forma holística na integração, inovação e desenvolvimento

do SESC/RN. Ser um dispositivo de ligação da instituição.

4.1 Assessoria de Planejamento

CÉLULA DE PLANEJAMENTO -

CEPLAN

Institucionalizar o planejamento como uma ferramenta de gestão do

SESC/RN.

4.2 Assessoria de Planejamento

CÉLULA DE MODERNIZAÇÃO

ORGANIZACIONAL- CEMOR

Garantir que os processos e a estrutura organizacional permaneçam

sempre padronizados, de modo a manter a efetividade da

organização.

4.3 Gerência de TI CÉLULA DE SISTEMAS

DE INFORMAÇÃO - CESI

Ser um mecanismo de integração das áreas da organização, através

da análise, desenvolvimento ou aquisição e implantação de

sistemas de informação e sua infraestrutura.

4.4 Assessoria de

Comunicação e Divulgação Institucional

CÉLULA DE MARKETING - CEMKT

Ser uma célula de interação direta com o cliente principal, de modo

que se torne conhecido pela instituição suas demandas. E essas

possam ser atendidas, através da melhoria ou ampliação dos atuais

projetos, ou ainda, de novos projetos.

4.5 Setor de Recursos

Humanos

CÉLULA DE DESENVOLVIMENTO

HUMANO - CEDH

Treinar e desenvolver as pessoas da organização, tornando-as

sempre mais comprometidas, de modo que o público alvo sempre

seja atendido da melhor maneira possível.

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ANEXOS

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ANEXO I – PLANO DE AÇÃO

Fonte: GRUPEO, 2014.

O quê Como Quem Quando

Onde Por que Quanto Início Fim

Sensibilização da equipe de Gestão

Realização de Workshop a ser organizado pela Equipe do

SESC/Natal

Cargos de Chefia (gestores, supervisores,

coordenadores...) de todas as unidades.

1º Mês (1 dia)

1º Mês Natal (local a ser definido

pelo SESC)

Divulgar a relevância do

trabalho para a equipe de gestão. Agendar as visitas e

Mini-Workshops em cada unidade.

Organização do SESC

DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL

Aplicação do Instrumento de Coleta

de dados

Visitas as unidades

organizacionais, realizando entrevistas com os cargos de

gestão (para Estrutura Organizacional). Entrevista com

amostra dos cargos para verificação da definição dos

cargos (Revisão PCCR)

Cargos de gestão e amostra estratificada dos

demais cargos.

1º Mês (40 dias)

2º Mês Em todas as unidades

organizacionais.

Levantar as informações do diagnóstico organizacional

(base das informações para elaboração da estrutura e

revisão do PCCR) R$ X

Consolidação do Diagnóstico

Organizacional

Organização das informações

coletadas no formato de relatório.

Equipe da FUNPEC 2º Mês (10

dias) 2º Mês UFRN

Organizar o acesso as informações para as fases da

Estrutura e do PCCR.

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Análise da Estrutura Organizacional

A partir do diagnóstico

organizacional, discutir a atual estrutura, com base nos modelos atuais (a exemplo da burocracia

profissional de Mintzberg).

Equipe FUNPEC e Comissão de Suporte e

Assessoramento

2º Mês (40 dias)

3º Mês SESC/UFRN

Reestruturar a Arquitetura Organizacional com base

com os padrões mais modernos.

R$ X Desenho e Consolidação da

Estrutura

Utilização de software e revisita

as teorias de Estrutura, que respaldem o modelo adotado,

bem como comprovação empírica.

Equipe FUNPEC e Comissão de Suporte e

Assessoramento

4º Mês (30 dias)

4º Mês SESC/UFRN Garantir que o modelo

adotado seja o mais coerente com o contexto do SESC.

Início do processo de implantação da nova

estrutura

Reuniões, visitas técnicas e ações

que possibilitem o SESC funcionar no novo modelo.

Equipe FUNPEC e

Comissão de Suporte e Assessoramento

4º Mês 6º Mês SESC

Garantir que a implantação ocorra de forma coerente.

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ANEXO II – OBJETO DE PESQUISA

UNIDADE ORGANIZACIONAL (DIRETORIA, UNIDADE, COORDENAÇÃO, GERÊNCIA OU SETOR):

CARGO:

Considere como unidade organizacional a esfera de trabalho que você atua, ou seja, uma unidade organizacional, no contexto desse roteiro, pode ser: diretoria, unidade, coordenação, gerência ou setor. Considere essa informação

para responder todas as perguntas deste roteiro.

1) Você tem bem definido e formalizado todas as atividades que sua Unidade Organizacional desempenha?

Sim Não N/A

2) A sua equipe tem conhecimento e atua conforme essa definição?

Sim Não N/A

3) Como você avalia o espaço físico da sua Unidade Organizacional? (espaço, móveis, utensílios, equipamentos)

Ruim Regular Bom N/A

4) Como você avalia o o Sistema de Informação da sua Unidade Organizacional? (softwares)

Ruim Regular Bom N/A

5) Como você avalia a quantidade de funcionários disponível na sua Unidade Organizacional?

Ruim Regular Bom N/A

6) Há muita burocracia envolvida no seu processo de trabalho?

Sim Não N/A

7) Você acredita que alguma das atividades realizadas na sua Unidade Organizacional são desempenhadas também em outra unidade organizacional, ou seja, existe sobreposição de atividades?

Sim Não N/A

8) Você tem conhecimento do Planejamento Estratégico da organização?

Sim Não N/A

9) Sua Unidade Organizacional dispõe de um planejamento próprio de desenvolvimento de suas atividades? (objetivos, ações e/ou metas)

Sim Não N/A

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10) Se a resposta anterior foi sim, sua Unidade Organizacional realiza, periodicamente, checagem do que está previsto nesse planejamento?

Sim Não N/A

11) Sua Unidade Organizacional definiu todos os indicadores de resultados necessários para o acompanhamento do resultado das atividades?

Sim Não N/A

12) Como se dá a divisão do trabalho dentro da sua Unidade Organizacional?

Prioriza-se a especialização (equipe com pessoas com

conhecimentos similares em uma determinada área)

Busca-se trabalhar com equipes multifuncionais de especialistas (equipe com

várias pessoas com especialidades diferentes)

Prima-se por generalistas (equipe com pessoas que entendam de várias áreas)

N/A

13) De modo geral, a capacitação de sua equipe é compatível com a atividade desempenhada na sua Unidade Organizacional?

Sim Não N/A

14) Como ocorre a coordenação das atividades da sua Unidade Organizacional?

Padronização dos processos de trabalho (o conteúdo do trabalho é

especificado) Supervisão direta (existe um gestor formalizado)

Padronização das habilidades (as habilidades para realização do

trabalho são especificadas e as pessoas treinadas) N/A

15) Como ocorre a tomada de decisão por parte dos funcionários?

A tomada de decisão está

centralizada no gestor Os funcionários tem autonomia

Existe um meio termo entre autonomia e centralização

N/A

16) Alguma assessoria da instituição influencia ou direciona, direta ou indiretamente, as atividades da sua Unidade Organizacional?

Sim Não N/A

17) A sua unidade organizacional adota alguma metodologia para sistematizar a interação com outras unidades organizacionais?

Sim Não N/A

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18) A Organização e/ou a Unidade Organizacional criou, difundiu e utiliza, plenamente, canais de comunicação internos de forma que a comunicação interna em todos os níveis seja facilitada?

Sim Não N/A

19) A sua Unidade Organizacional interage com todas as partes interessadas, ou seja, outras Unidades que dependem de alguma demanda?

Sim Não N/A

20) As outras Unidades Organizacionais procuram interagir com a sua?

Sim Não N/A

21) Como você avalia o relacionamento interpessoal da sua unidade organizacional?

Ruim Regular N/A

Bom N/A

Fonte: GRUPEO, 2014.