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Norminha
Desde 18/08/2009
Nesta edição:
12 páginas
Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860-8 - Ano 11 - 09 de maio de 2019 - Nº 518
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Araçatuba (SP) obriga brigada de bombeiros civis em estabelecimentos que tenham aglomeração de pessoas
Prefeito de Araçatuba, Dilador Borges, assinou a lei municipal nº 8.172 de 2 de
abril de 2019, que torna obrigatória a manutenção de brigada de incêndio
profissional, composta por bombeiros profissionais civis em estabelecimentos.
I Fórum Capixaba de Saúde e Segurança do Trabalho Tema principal será apresentado no dia 28 de maio por Dr. José Luiz Navarro que ministrará curso de HO em Vitória
Norminha
O prefeito de Araçatuba (Interior de
São Paulo), Dilador Borges, assinou no
último dia 26 de abril, a lei municipal nº
8.172 de 2 de abril de 2019, que torna
obrigatória a manutenção de brigada de
incêndio profissional, composta por
bombeiros profissionais civis, em esta-
belecimentos e locais de grande con-
centração de pessoas.
De autoria do vereador Rivael Papi-
nha, a lei dispõe sobre a obrigatorieda-
de em locais específicos como shop-
ping centers, casas de shows e de espe-
táculos, hipermercados, lojas de depar-
tamento, industrias, campus universitá-
rios, estabelecimentos de reunião pú-
blica ou eventos em área pública ou pri-
vada, com participação de mais de mil
pessoas, ou circulação diária de mil e
quinhentas pessoas, além das demais
edificações ou plantas cuja ocupação
ou uso exija a presença de bombeiro ci-
vil, conforme Legislação Estadual de
Proteção Contra Incêndios do Corpo de
Bombeiros da Policia Militar do Estado
de São Paulo.
http://radiosesmt1.agoranoar.com.br/
Segundo a nova lei, cada brigada
profissional deverá ser estruturada na
seguinte conformidade
1 – Recursos humanos: A equipe de
Bombeiro Civil contratada, composta
por homens e mulheres, deverá atender
aos termos da legislação estadual vi-
gente e à Norma Brasileira NBR nº 14.
608 - Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT);
2 - Recursos materiais obrigatórios:
para inspeções preventivas e ações de
resgate em locais de difícil acesso ine-
rentes aos riscos de cada planta; kit
completo de primeiros socorros para a-
ções de suporte básico de vida, incluin-
do desfibrilador nos caos legalmente
estabelecidos.
No último dia 12 de abril Araçatuba
(SP) viveu um grande incêndio numa
loja do seu calçadão comercial. Um in-
tegrante do Corpo de Bombeiros mor-
reu e outro ficou gravemente ferido.
Segundo o Delegado Regional do
Sindicato dos Bombeiros Civis de São
Paulo, Levi Fernando Gomes, a presen-
ça de bombeiros civis no Calçadão po-
deria ter evitado o incêndio.
Os comerciantes da cidade apoiam a
Lei e no dia 28 de maio estarão realizan-
do um Workshop para discutir detalhes
do melhor cumprimento da mesma. N
Araçatuba
Norminha
O evento será realizado no dia 28 de
maio de 2019, das 8 às 11 horas, em
Vitória (ES). Criado pela Provider e com
apoio de Norminha entre outras em-
presas, o Fórum tem o propósito de a-
presentar aos profissionais da SST e
estudantes da área, os conceitos mais
inovadores do mercado envolvendo
saúde, Segurança do Trabalho, Higiene
Ocupacional e eSocial.
O tema principal será apresentado
pelo conceituado especialista Dr. José
Luiz Navarro que é advogado, Enge-
nheiro de Minas; Engenheiro de Segu-
rança do Trabalho; Especialista em
Gestão Integrada - Segurança do Traba-
lho, Saúde e Meio Ambiente; MBA em
Engenharia de Petróleo e Gás Natural;
Ex-perito Trabalhista nas Varas do Tra-
balho do 15º TRT por 10 anos; Assisten
va e Eridan Soares, realizaram diversas
dinâmicas com os alunos, voltadas para
o tema e as paródias. Foi uma manhã
de muito aprendizado e conscientiza-
ção, como diz uma das letras, “Não tem
idade para aprender” e, pensando na
dedicação e envolvimento da equipe, a
Prefeitura de Esperança homenageou
todos os componentes da Turma do AB
C da Prevenção com uma comenda em
agradecimento a participação e colabo-
ração com o Projeto.
O CD tem seis faixas musicais: Abril
Verde, Use o EPI, Acidentes Domésti-
cos, Trabalho Infantil, Festa da Segu-
rança e Riscos Ambientais.
Eridan Soares/TST; Jailma/Técnica de
Enfermagem do Trabalho e Meria Silva/TST
A Banda do ABC é composta por:
Katiúscia Yonara, Lavínia Amarante,
Luiz Felipe Belarmino ,Gabriela Cassia-
no, Luana Souza ,Daniel Santos. Tendo
como autorias das paródias Maria das
Graças Vieira, Antonio Fernando Souza
e Katiúscia Yonara.
As músicas estão tocando durante
programação da Rádio SESMT1:
http://radiosesmt1.agoranoar.com.br/
N
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 518 - 09/05/2019 - Fim da Página 01/12
Norminha
A Prefeitura Municipal de Esperança na
Paraíba realizou no dia 30 de Abril no
auditório da Escola Municipal Dom
Manuel Palmeira o encerramento da
Campanha Abril Verde, onde foram rea-
lizadas diversas atividades direciona-
das a prevenção de acidentes do traba-
lho.
Na ocasião também foi realizado o
Lançamento do CD Educativo SST na
Escola ABC da Prevenção voltado para
a Prevenção de acidentes no trabalho.
O CD é composto por seis faixas
musicais e cantado por adultos e crian-
ças da cidade de Esperança que se uni-
ram para apoiar o Projeto SST na Esco-
la que vem sendo desenvolvido em to-
das as escolas do Município desde ou-
tubro de 2018.
O Projeto tem o apoio da Prefeitura
Municipal de Esperança através da Se-
cretaria de Administração e Secretaria
de Educação e Cultura, tendo como ob-
jetivo principal a prevenção de aciden-
tes e doenças do trabalho, sendo ensi-
nado para todas as crianças e adoles-
centes das escolas do Município a im-
portância da segurança do trabalho.
Uma vez por semana a equipe do
“SST na escola” realizam visitas nas es-
colas ensinando a todos sobre essa te-
mática pouco debatida e muitas vezes
esquecidas, mas que é de extrema im-
portância para o bem estar de todos, e é
através da educação que iremos mudar
os índices de acidentes e doenças no
trabalho.
O CD é mais uma ferramenta de tra-
balho que a equipe usa para conscien-
tizar desde o Maternal até o Ensino Mé-
dio, pois ,através da música ,fica mais
fácil de aprender e ,entender diversos
tema, entres eles podemos destacar:
Prevenção de Acidentes Domésticos,
Riscos Ambientais, EPI ,Ergonômia, Si-
nalização de Segurança, Combate a In-
cêndio, Primeiros Socorros e Combate
ao Trabalho Infantil.
As técnicas de Segurança, Méria Sil-
bate e perguntas sobre o tema: Higiene
Ocupacional em tempos de eSocial.
SORTEIO: Entre os participantes do
evento será sorteado uma inscrição no
Curso completo de Higiene Ocupacio-
nal que será realizado em Vitória nos
dias 29, 30 e 31 de maio.
Faça sua inscrição no I Fórum Capi-
xaba de SST agora mesmo neste link:
https://www.sympla.com.br/i-forum-
capixaba-de-saude-e-seguranca-do-
trabalho__520342
Informações: 27 3223-3130 ramal 222
O curso de Higiene Ocupacional
com Dr. Navarro será realizado nos dias
29, 30 e 31 de maio em Vitória. Ainda
temos vagas com desconto para paga-
mento antecipado ou em até 12X no
cartão. Peça todas informações pelo
[email protected] ou no Whats
18 99765-2705 ou CLIQUE AQUI.
te Técnico em Perícias Trabalhistas;
Consultor em Higiene Ocupacional e
Elaboração de Laudos para empresas
de grande porte.
Navarro falará sobre “Atualização pre-
videnciária em matéria de Segurança e
Higiene no Trabalho, com ênfase no e-
Social”, capacitar os profissionais na
interpretação e análises dos eventos e
tabelas do e-Social, concomitantemen-
te com metodologia e estratégia de a-
mostragem de riscos físicos, químicos
e biológicos e o porquê da necessidade
dessas avaliações. Informar sobre a ne-
cessidade dos Laudos de Insalubrida-
de, Periculosidade (Ministério do Tra-
balho e Emprego) e LTCAT - Laudo
Técnico de Condições Ambientais do
Trabalho (Ministério da Previdência e
Assistência Social). Em seguida terá
apresentação de Case de Sucesso e De-
Equipe responsável pelo CD Educativo
Esperança, na Paraíba, encerra “abril verde” e lança CD educativo cantado por adultos e crianças
CD Educativo “SST na Escola ABC da Prevenção” é voltado para a Prevenção de acidentes no trabalho
2º Encontro do GTHOST
em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul
Norminha
Três Lagoas (MS) vai receber o 2º
Encontro do Grupo Técnico de Higiene
Ocupacional e Segurança do Trabalho
no próximo dia 24 de maio de 2019,
das 8 às 12h30. O evento será realizado
na Sala de Convenção do Druds Hotel,
Avenida Rarulpho Marques Leal, 2661.
Os temas que serão apresentados
são:
“Nr12 - Da análise de risco a ade-
quação: Custo ou investimento?”
Palestrante: Vladimir Kuse (Diretor
Técnico da Automasefety);
“Agentes químicos: metodoligia, in-
terpretação e análise dos resultados”
Palestrante: Eng. José Luiz Lopes
(Coordenador SSQV FLMS Suzano); e
“As interfaces do PPRA X PCMSO X
eSocial”
Palestrante: Eng. Mário Márcio (GS
O Gerente Usina Guaíra).
O evento é gratuito.
Informações/Inscrições:
67 99188-9949 com Bruna
67 99279-2359 com Maria N
Portaria INMETRO 141: Transporte Terrestre de Produtos Perigosos
Vitória (ES) terá Curso "Como Elaborar e Gerenciar o PPRA"
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zadas no mercado varejista de combus-
tíveis automotivos cujo volume não ex-
ceda a 200 litros (inclusive).
Obs.: A Portaria INMETRO 141/19
revoga as portarias INMETRO 250/06,
326/06, 460/07, 71/08, 451/08, 452/
08, 453/08, 135/13 – que disciplina-
vam a certificação desses produtos an-
teriormente.
Na aplicação dos RACs, deve-se
considerar as exclusões previstas na
Resolução ANTT 5.232/16 para cada ti-
po de produto mencionado, excluindo-
se ainda os seguintes:
I – Contentores de Múltiplos Ele-
mentos para Gás (MEGC);
II – Contentores para Granéis;
III – Embalagens reutilizáveis não
utilizadas no mercado varejista de com-
bustíveis automotivos;
IV – IBC refabricados;
V – IBC recondicionados.
A norma determina que devem ser
certificadas com o selo do INMETRO, as
embalagens, os tanques portáteis e IB
Cs fabricados, montados, refabricados,
recondicionados, importados, distribuí-
dos e comercializados a partir de 16 de
dezembro de 2017, e utilizados no
transporte terrestre de produtos peri-
gosos. Deve-se, portanto, proceder à
certificação retroativa desses produtos.
Esse prazo deve ser observado por
fabricantes, montadores, recondiciona-
dores e importadores que, em 28 de
março de 2019, data de publicação da
norma, possuíam certificação com base
nos Requisitos de Avaliação da Confor-
midade publicados pelas portarias IN
METRO 250/06, 326/06, 460/07, 451/
08, 452/08 e 453/08, independente-
mente da validade dos certificados an-
teriormente concedidos.
Já o Regulamento Técnico da Qualidade
(RTQ) aprovado deve ser observado por
fabricantes de embalagens reutilizáveis
utilizadas no mercado varejista de
combustíveis automotivos, cujo volume
não exceda a 200 litros. N
Fonte: IUS Natura Blog
Uma ótima semana a todos e até a pró-
xima! Patrícia Milla Gouvêa Dantas
Norminha
Em sua primeira edição no Brasil, a
Ecomondo Brasil apresenta o Fórum In-
ternacional de Soluções Sustentáveis, o
Ecomondo Forum. No segundo dia de
evento, 22 de maio, no São Paulo Expo,
especialistas de renome vão debater os
temas mais relevantes do momento na
gestão ambiental, com foco especial
nos aspectos que afetarão a convivên-
cia em sociedade e sua interface com a
atividade industrial.
Um conteúdo de primeira linha para
fomentar a reflexão, iniciativas e, prin-
cipalmente, sustentar a tomada de deci-
são de gestores públicos e privados de
todo o Brasil sobre gestão de resíduos.
“Acreditamos que os palestrantes
convidados poderão dar aos participan-
tes excelentes contribuições, uma vez
que o Comitê Científico teve a preocu-
pação de, em cada painel, elaborar uma
configuração na qual todos os atores da
sociedade estejam representados. Para
fomentar os debates após as apresen-
tações, os mediadores são profissio-
nais que se destacam nas áreas especí-
ficas de cada painel, visando colabora-
ções efetivas”, aponta Tatiana Tucundu-
va, presidente do Comitê Científico da
Ecomondo Brasil e mediadora do 2º
Painel da Ecomondo Forum.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:
13h - Credenciamento do Forum.
14h–Palestra - Os desafios da Ges-
tão Sustentável
Ricardo Young,Empresário, Profes-
sor e Palestrante, membro do Instituto
de Estudos Avançados (IEA) da USP
15h - 1º Painel de Gestão de Resí-
duos: Interface dos Municípios com a
Logística Reversa.
Mediador: Carlos Silva Filho, Presi-
dente da A-BRELPE e Vice-Presidente
do ISWA - The International Solid Was-
te Associa-tion
Debatedores: Anícia Pio, Gerente do
Departamento de Meio Ambiente da
FIESP e Rogério Menezes, Presidente
da ANAMMA - Associação Nacional de
Órgãos Municipais de Meio Ambiente
17h-2º Painel “Inovação no Ambien-
te Urbano: Construção e Uso Susten-
tável”
Mediador: Tatiana Tucunduva - Pes-
quisadora de Pós Doc da USP, no IEA -
Programa Cidades Globais, Especialis-
ta em Direito Ambiental pela USP. Pro-
fessora da UNINOVE do Mestrado em
Cidades Inteligentes e Sustentáveis –
PPGCIS, Professora da FGVLAW e Pre-
sidente do Comitê Científico da Eco-
mondo Brasil
Debatedores: Marcelo Gomes, Pro-
jeto Cidade Criativa - Pedra Branca
(SC) e Cláudio Nascimento, Diretor de
Tecnologia de Olinda (PE).
Informações/Inscrições:
ou (11) 5095-0092.
N
Norminha
A Portaria INMETRO 141, de 26 de
março de 2019, aprova os Requisitos
de Avaliação da Conformidade (RAC)
para Embalagens, Tanques Portáteis e
Contentores Intermediários para Gra-
néis (IBC) utilizados no transporte ter-
restre de produtos perigosos e o Regu-
lamento Técnico da Qualidade (RTQ)
para Embalagens Reutilizáveis utiliza-
das no mercado varejista de combus-
tíveis automotivos. Acompanhe as in-
formações:
Como serão aplicado os RACs, se-
gundo a Portaria INMETRO 141?
Os RACs serão aplicados para os
seguintes produtos:
I – Embalagens utilizadas no trans-
porte terrestre de produtos perigosos
cuja massa líquida não exceda a 400
quilogramas (inclusive) ou cujo volume
não exceda a 450 litros (inclusive);
II – Embalagens grandes utilizadas
no transporte terrestre de produtos pe-
rigosos cuja massa líquida exceda a
400 quilogramas (inclusive) ou cujo
volume exceda a 450 litros (inclusive) ,
mas não exceda a 3.000 litros (inclu-
sive);
III – Contentores intermediários pa-
ra granéis – IBC, utilizados no trans-
porte terrestre de produtos perigosos,
cujo volume exceda a 450 litros (inclu-
sive) e não exceda a 3.000 litros (inclu-
sive)
IV – Embalagens refabricadas utili-
zadas no transporte terrestre de produ-
tos perigosos cuja massa líquida não
exceda a 400 quilogramas (inclusive)
ou cujo volume não exceda a 450 litros
(inclusive);
V – Embalagens recondicionadas u-
tilizadas no transporte terrestre de pro-
dutos perigosos cuja massa líquida não
exceda a 400 quilogramas (inclusive)
ou cujo volume não exceda a 450 litros
(inclusive);
VI – Tanques portáteis utilizados no
transporte terrestre de produtos perigo-
sos, cujo volume exceda a 450 litros
(inclusive);
VII – Embalagens reutilizáveis, utili-
Norminha
O Curso como Elaborar e Gerenciar
Programa de Prevenção de Riscos Am-
bientais - PPRA será realizado no Audi-
tório da Fundacentro/ES Rua Cândido,
Ramos, nº 30, Ed. Chamonix, em Vitória
(ES), nos dias 15 e 16 de maio de 2019
das 13 às 17 horas e dia 17 das 08h30
às 12h30.
A coordenação e a apresentação do
evento serão de Antônio Carlos Garcia
Júnior, Mestre em Saúde Coletiva.
O curso é voltado para profissionais
da área de Segurança e Saúde no Tra-
balho - SESMT, Empresários, Sindica-
listas e Estudantes, com objetivo de
discutir o conteúdo da NR-9 e das ferra-
mentas gerenciais disponíveis para ela-
borar, acompanhar a implantação e ava-
liar o desempenho dos Programas de
Prevenção de Riscos Ambientais.
Serão apresentados e discutidos: O
que é projeto e programa; Conceitos de
saúde, trabalho e higiene no trabalho; A
relação saúde-trabalho-doença; A NR-9
e seu conteúdo; Como elaborar um PP
RA; Metodologia e avaliação qualitativa
no reconhecimento do risco e prioriza-
ção de ações; Como ajustar o PPRA
com a capacidade de investimento da
empresa; Acompanhamento do crono-
grama físico; Avaliação anual.
Inscrições:
As inscrições devem ser feitas neste
link:
http://www.fundacentro.gov.br/cursos-
e-eventos/inscricao-no-curso/403/551
Informações:
(27) 3315-0040
Ramal: 220 – Raquel
N
Ecomondo Brasil promove debate sobre gestão de resíduos e inovação no Ambiente Urbano
Cursos em até 12 vezes no cartão
de crédito Vitória (ES)
Curso de Higiene Ocupacional prático com
ênfase em perícia Araçatuba (SP)
Cursos de Instrutor de NR35 e Elaboração de
Laudos/LTCAT Presidente Prudente/SP Curso de Instrutor NR35
e Workshop eSocial [email protected]
Rio Paraopeba tomado pela lama 30 dias após rompimento de barragem em
Brumadinho ALEXANDRE CASSIANO / AGÊNCIA O GLOBO
Cataki resolve problema de quem quer mandar lixo para reciclagem
Testes mostram que lama de Brumadinho mata e deforma animais
Derramamento de rejeitos pode causar morte e anomalias em embriões de peixes
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Norminha
Uma investigação de cientistas de
universidades e centros de pesquisa do
Rio e de São Paulo mostrou que os efei-
tos do derramamento de rejeito de mi-
neração em Brumadinho (MG) podem
causar morte e anomalias em embriões
de peixes. O alerta dos pesquisadores é
que as consequências a longo prazo
para a saúde humana e animal decor-
rentes do rompimento da barragem da
Vale devem ser acompanhadas com ex-
tremo rigor. O estudo incluiu dosagem
de poluentes, quantificação de micro-
organismos potencialmente perigosos
e testes ecotoxicológicos.
Mesmo após ser diluída 6.250
vezes, a lama coletada cinco dias de-
pois da tragédia foi capaz de matar e
provocar defeitos graves nos peixes, a-
firma Mônica Lopes-Ferreira, cujo la-
boratório funciona no Instituto Butan-
tan, em São Paulo.
Também causou apreensão nos ci-
entistas a elevada concentração de mer-
cúrio, um metal altamente tóxico. Ele foi
encontrado numa concentração pelo
menos 720 vezes maior do que o máxi-
mo estabelecido como seguro pelo
Conselho Nacional de Meio Ambiente
(Conama) para águas da classe 2, como
as do Rio Paraopeba. Águas de classe 2
são destinadas ao abastecimento hu-
mano após tratamento convencional, à
recreação (nadar, mergulhar e lazer), à
irrigação de hortaliças e frutas e à pes-
ca.
Relatório oficia recente da ANA, Ca-
pasa, CPRM e Igam aponta para eleva-
da concentração de mercúrio entre o
período de 25 de janeiro de 2019 e 10
de março de 2019. Este relatório reporta
valores de turbidez média (NTU), ferro
dissolvido (mg/L) e mercúrio dissolvi-
do (ug/L) acima dos limites preconiza-
dos pela resolução Conama 357. Po-
rém, a partir de 11 de março não são a-
presentados dados para estes parâme-
tros pelo relatório dificultando uma in-
terpretação mais abrangente da situa-
ção real atual, observam os cientistas.
O estudo foi realizado por pesqui-
sadores do Instituto Butantan, da Uenf
e da UFRJ. Os cientistas coletaram a-
mostras em seis localidades ao longo
do Paraopeba. Os pontos analisados
incluíram locais 26 quilômetros antes
da área arrasada (para efeito de com-
paração) e até 150 quilômetros após a
barragem rompida.
Vale contesta
A Vale diz que, três meses após o
rompimento da barragem , “é possível
avaliar que o rio Paraopeba poderá ser
recuperado. Tal afirmação é baseada
em estudos de quase 900 mil análises
da água, solo, rejeitos e sedimentos.” A
mineradora afirma que mantém deta-
lhado monitoramento do rio com cole-
tas diárias de amostras de água, solo e
avaliação dos níveis de turbidez.
Já o relatório conjunto da Agência
Nacional de Águas (ANA), do Serviço
Geológico do Brasil (CPRM) e do Ins-
tituto Mineiro de Gestão das Águas (IG
AM) diz que a concentração de mercú-
rio está “abaixo do limite de detecção
do método analítico” e que a densidade
de micro-organismos e toxinas deriva-
das deles está dentro do padrão legal.N
Leia mais no O Globo
Norminha
A reforma trabalhista trouxe inúmeras
inovações ao Direito do Trabalho, cuja
legislação, sem dúvida, já estava defa-
sada se levadas em consideração as ne-
cessidades dos trabalhadores e das
empresas.
Uma das inovações foi a previsão de
regras específicas relacionadas à res-
ponsabilidade civil por danos de natu-
reza extrapatrimonial decorrentes da re-
lação de trabalho. Assim, a ofensa à es-
fera moral ou existencial da pessoa físi-
ca (honra; imagem; intimidade; sexuali-
dade; etc) ou jurídica (imagem; marca;
nome; segredo empresarial; etc) pas-
sou a ser tratada exclusivamente por
normas previstas na Consolidação das
Leis do Trabalho.
Algumas considerações específicas
Precificação do dano moral após reforma trabalhista fensa leve.
Atualmente, quando caracterizada a
ofensa leve, a indenização a ser paga
em decorrência dessa ofensa corres-
ponde a até 3 (três) vezes o último sa-
lário contratual do ofendido. Assim,
imaginando que um trabalhador tenha
sido ofendido verbalmente na frente de
outros colegas esse ato pode custar ao
empregador R$ 3.000,00 (três mil
reais) - se o trabalhador receber aproxi-
madamente um salário mínimo - ou,
ainda, R$ 30.000,00 (trinta mil reais) -
se o trabalhador tiver um salário con-
tratual de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
O problema dessa situação é que a
gravidade da conduta, apesar de ser a
mesma em ambos os casos, gera um
valor de indenização absurdamente di-
ferente. Em outras palavras, a persona-
lidade passou a ser valorada de acordo
com o salário da pessoa ofendida e não
mais de acordo com a gravidade da o-
fensa propriamente dita.
Assim, admite-se que um emprega-
do com um cargo simples - ajudante
administrativo, por exemplo - receba
uma indenização de R$ 3.000,00 (três
mil reais), enquanto que um empregado
com um cargo diferenciado - gerente,
por exemplo - receba uma indenização
de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) –
mesmo sendo, a humilhação sofrida
por ambos, exatamente a mesma.
Trata-se de uma evidente distorção
de constitucionalidade duvidosa. A no-
va previsão legal admite que um mesmo
fato e dano causados sejam indeniza-
dos com valores absurdamente diferen-
tes pela mera diferença entre os cargos
e salários recebidos pelas vítimas das
ofensas. Portanto, o salário recebido
pela vítima passou a ter suma impor-
tância na proteção dos direitos da per-
sonalidade nas relações de trabalho.
Essa distorção obviamente trará
mais distância na proteção dos direitos
da personalidade de trabalhadores com
cargos mais simples e trabalhadores
com cargos diferenciados, embora os
bens tutelados sejam, em tese, exata-
mente os mesmos.
Fica, portanto, a reflexão sobre a
constitucionalidade da nova forma de
indenizar os danos extrapatrimoniais
nas relações de trabalho, trazida na re-
forma trabalhista, já que o objetivo de
toda norma deve ser a diminuição das
desigualdades entre os iguais e não,
obviamente, o tratamento desigual a fa-
tos equivalentes. N
Marco Antonio Belmonte Molino PRO
@BelmonteMolino (Twitter)
Norminha
O aplicativo Catak, lançado em 2017,
tem como objetivo ajudar o cidadão na
reciclagem. Além de conectar os cata-
dores aos usuários, o APP, de proprie-
dade da ONG Pimp My Carroça, tem
como objetivo ampliar a valorização so-
cial desses trabalhadores e apesar do
pouco tempo em funcionamento, já tem
várias histórias bem-sucedidas para
mostrar.
A ONG começou com 40 catadores,
que eram pessoas que o artista Munda-
no, idealizador do projeto, já tinha ca-
dastradas em sua agenda e feito algum
trabalho em conjunto. Aos poucos
Mundano foi promovendo melhorias
necessárias para o bom desenvolvi-
mento da atividade de coleta e, princi-
palmente, a valorização social dessas
pessoas.
Atualmente, o aplicativo conta com
cerca de 1.400 catadores, distribuídos
entre São Paulo, Rio de Janeiro, Recife
e outras cidades em todo o País, com
perspectivas de aumentar muito mais.
Hoje, o Cataki - que é considerado o
Uber da reciclagem por unir quem pre-
cisa do serviço à quem presta o serviço
-, é um sucesso e um grande aliado em
prol da coleta seletiva em várias cidades
brasileiras.
Para ler a matéria completa acesse o
link no canal Ecowords:
https://ecowords.com.br/cataki-
resolve-problema-de-quem-quer-
mandar-lixo-para-reciclagem/
Curso "Elaboração de Laudos periciais
trabalhista e LTCAT previdenciário para
atender o eSocial com ênfase em perícia"
20 a 22 de maio/2019 Araçatuba (SP)
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Vitória (ES) Curso Higiene Ocupacional Curso de capacitação com
ênfase em Perícia/Assistência técnica
Com prática instrumental de avaliações quantitativas,
elaboração de laudos, legislação previdenciária e
trabalhista
Saiba mais!!!
Presidente Prudente WORKSHOP:
"Impactos do eSocial para gestão da SST
no RH" Para Profissionais do
SESMT; RH/DP; Advogados, Contadores e
demais interessados
foram trazidas na reforma trabalhista ao
tratar da responsabilidade extrapatri-
monial, tais como os fatos que o juiz
deve considerar ao analisar o pedido,
bem como a graduação da ofensa em
quatro níveis diferentes (leve; média;
grave ou; gravíssima).
No entanto, a graduação da ofensa
passou a determinar o valor de indeni-
zação de acordo com o último salário
contratual do ofendido. Assim, o valor
da indenização no dano moral, por e-
xemplo, passou a ter relação direta com
o salário recebido pelo trabalhador.
Essa vinculação, embora adotada
em alguns países, pode gerar contra-
dições de diversas esferas. Para ficar
mais clara a posição sobre o assunto,
tomemos como exemplo um caso de o-
Presidente Prudente Curso de Formação
de Instrutor de Segurança em
Trabalho em Altura 19 e 20 de Julho/2019 2 e 3 de agosto/2019
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Araçatuba Curso de Formação
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ECOMONDO BRASIL 2019 Feira de Soluções Tecnológicas para Gestão da Sustentabilidade
Data: 21 a 23 de Maio - Horário: 13h às 20h
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Novas estruturas previnem colisões de embarcações em pontes
Senac Presidente Prudente fortalece área de TI com novos cursos
Entre as novidades está a certificação em tecnologia exclusiva na região Furukawa
Certified Professional Master
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Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 518 - 09/05/2019 - Fim da Página 04/12
Norminha
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas
(IPT) desenvolveu um sistema flutuante
como alternativa para evitar colisões de
embarcações com pilares de pontes em
locais de alta profundidade, que absor-
ve a energia do choque e ajuda a pro-
teger as estruturas contra o impacto de
acidentes.
Instalado em pontes dos rios Tietê,
São José dos Dourados e Paraná, o sis-
tema é incentivado como opção de e-
quipamento de segurança pelo pesqui-
sador Carlos Daher Padovezi, do Labo-
ratório de Engenharia Naval e Oceânica
do IPT. Ele explica que o Brasil ainda
tem um grande número de pontes sem
proteção de pilares em rios navegáveis.
A queda de parte da estrutura da terceira
ponte da Alça Viária após o choque de
uma balsa com um dos pilares no úl-
timo sábado (6), que faz a ligação entre
a capital Belém e cidades do interior do
estado do Pará, é citada como exemplo
pelo pesquisador da importância do
sistema para a navegação fluvial.
“Em geral, os pilares das pontes não
são projetados para resistir a impactos
de embarcações – isso é economica-
mente inviável. Isso quer dizer que
qualquer embarcação, mesmo que pe-
quena, se estiver em uma velocidade
considerável e colidir com um pilar, po-
de causar sérios danos à estrutura de
uma ponte. A queda do tabuleiro, como
a que ocorreu em Belém, é um dos e-
xemplos que podem acarretar em perda
de vidas e de veículos, assim como pro-
blemas como a interrupção de tráfego
sob e sobre as pontes”, explica Pado-
vezi.
Enquanto que em profundidades
baixas a proteção costuma ser feita com
os chamados dolfins – estruturas de
concreto fincadas ou apoiadas no fundo
do rio – o sistema desenvolvido pelo
IPT para altas profundidades (mais de
dez metros) é baseado na instalação de
Norminha
Mais de 4 milhões e meio são os
números de acidentes de trabalhos o-
corridos de 2012 até o momento no
Brasil, ou seja, é estimado que aconteça
um acidente a cada 48 segundos. Nú-
meros expressivos que colocam o país
em quarto lugar no ranking mundial de
acidentes de trabalho. Para mudar essa
realidade a palavra-chave deve ser a
prevenção e, para isso, a tecnologia
o) e de gestão de terceiros (SGT) já es-
tão em uso pela companhia.
Outras inovações estão em fase de
teste nos canteiros, como drones, que
avaliam os riscos, organização, implan-
tação e otimização dos espaços; aplica-
tivos com FVS (Ficha de Verificação de
Serviços) eletrônica, que verifica a exe-
cução dos serviços dentro dos procedi-
mentos da Qualidade e chip de controle
de acesso a determinadas áreas dos
canteiros de obra. “Em nossa Hub de
Inovação nos Estados Unidos e em
nossa sede em Belo Horizonte estamos
testando a utilização dos óculos de rea-
lidade virtual para não só vender apar-
tamentos, mas também treinar a equipe
quanto a queda em altura, e outros ris-
cos das atividades da obra”, conta José
Luiz Esteves da Fonseca, gestor execu-
tivo de Segurança, Saúde e Meio Ambi-
ente (SSMA) da MRV.
Segundo o executivo, as vantagens
em usar essas tecnologias estão na oti-
mização do tempo para a administrar
todas as normas e regras do sistema de
gestão trabalhista, redução em custos
operacionais, qualidade e assertividade
na informação do dia a dia.
Na produção já está se falando em
utilizar o exoesqueleto em que os traba-
lhadores poderão realizar as tarefas
com menos esforço e desgaste físico.N
Norminha
De acordo com estudo publicado pela
IDC Brasil, o mercado de tecnologia da
informação deve registrar um cresci-
mento de 10,5% neste ano. Para Lean-
dro Freitas da Costa, coordenador da á-
rea de TI do Senac Presidente Prudente,
com as constantes novidades do setor,
é necessário que os profissionais que
nele atuam busquem qualificação e es-
tejam sempre atualizados com as ten-
dências.
Nesse sentido, a unidade está com
inscrições abertas para cursos em dife-
rentes níveis de conhecimento em infor-
mática. “A principal novidade é a certifi-
cação que passamos a oferecer como
centro autorizado do Instituto Furukawa
de Tecnologia (IFT), utilizando com ex-
clusividade na região os materiais ofi-
ciais e com corpo docente altamente es-
pecializado e certificado”, ressalta Le-
andro.
O Furukawa Certified Professional
Master começou em 4 de maio e vai até
13 de julho. O curso oferece formação
para quem quer desenvolver habilida-
des em soluções para instalação de re-
des de cabeamento estruturado. “Gran-
des e médias empresas demandam por
profissionais qualificados para esse
tipo de trabalho, que precisa ser execu-
tado com precisão. Ao final do curso, os
alunos devem prestar o exame de certi-
ficação Furukawa FCP Master, que reco
nhece sua formação certificada”, desta-
ca o coordenador.
Outras oportunidades
Ainda na área de TI, o Senac Presi-
dente Prudente oferece outras oportuni-
dades de formação em diferentes níveis
de conhecimento.
As ofertas vão desde o Básico em
Computação - Windows e Office 2016,
para quem busca um aprendizado ini-
cial em informática e quer se família-
rizar com o sistema operacional Win-
dows 10, até Cadista para Construção
Civil, que tem o objetivo de capacitar o
participante a desenvolver, interpretar e
desenhar projetos bidimensionais e tri-
dimensionais com o auxílio do compu-
tador.
Já para quem precisa elaborar e
trabalhar com planilhas eletrônicas, a
opção é Excel 2016, curso que fornece
todo o conhecimento para aplicação
dos recursos básicos do software Mi-
crosoft Excel 2016, permitindo a cria-
ção de planilhas com gráficos e fórmu-
las matemáticas. Para participar, é pre-
ciso ter noções básicas de Windows.
No segmento de redes e infraestru-
tura há duas opções: Manutenção de
Microcomputadores e Segurança em
Servidores Linux.
Todos os cursos têm início marcado
para maio e junho. Para informações
complementares e inscrições, basta
acessar o Portal Senac:
www.senac.sp.br/prudente N
Empresas, como a MRV fazem uso de software, drones e aplicativos para prevenir
acidentes e monitorar a saúde de seus colaboradores.
Dia Mundial da Saúde e Segurança do Trabalho: Tecnologia a favor da vida
módulos fabricados em aço e anco-
rados por poitas de concreto – obstá-
culos flutuantes na trajetória de colisão
das embarcações com os pilares das
pontes. Esse conjunto de estruturas ab-
sorve a energia do choque de embar-
cações, protegendo os pilares e, conse-
quentemente, as pontes que sustentam.
“Em águas mais profundas, é impra-
ticável a utilização de dolfins; eles têm
um alto custo e teriam dimensões que
reduziriam o vão para a passagem de
embarcações. A solução de sistema flu-
tuante se apresenta como mais vanta-
josa técnica e economicamente”, finali-
za o pesquisador. N Revista Cipa
vem sendo uma aliada para muitas em-
presas. A MRV, maior construtora da A-
mérica Latina, por exemplo, vem im-
plantando e estudando o uso de softwa-
res, drones e aplicativos para prevenir
acidentes e monitorar a saúde de seus
colaboradores.
Com cerca de 270 canteiros de o-
bras nas mais de 150 cidades onde tem
atuação por todo o país, a construtora
conta com aproximadamente 25 mil co-
laboradores entre próprios e terceiriza-
dos. Para a gestão da prevenção de ris-
cos e controles necessários, a MRV já
investe em estudos e inovações para
melhorar as condições de trabalho. Sof-
tware de gestão de saúde ocupacional
(SOC), de gestão de alojamentos (Podi-
3º Encontro anual sobre atmosferas explosivas do Subcomitê SC IECEX BR do Cobei
No Paraná, Setor petroquímico terá seminário sobre benzeno
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Norminha
3º Encontro Anual “Ex” do Subcomitê
SC IECEx BR do Cobei, a ser realizado
no dia 05/06/2019, será complementa-
do por um "Minicurso Ex" no dia 06/06/
2019, também na ABIQUIM. Ambos
com inscrições gratuitas pelo website
da ABIQUIM.
O Subcomitê SC IECEx BR do Cobei
foi fundado em 2008, com os objetivos
de preparar a inscrição do Brasil como
“Member Body” para o IECEx (IEC Sys-
tem for Certification to Standards rela-
ting to Equipment for use in Explosive
Atmospheres) e para participar e acom-
panhar periodicamente os trabalhos de
elaboração, revisão e votação dos Do-
cumentos Operacionais do IECEx.
Este Subcomitê atua também da a-
nálise e aprovação de reconhecimento
(“peer-assessment”) de novos Organis-
mos de Certificação de Laboratório de
Ensaios de equipamentos “Ex” que en-
tram neste sistema internacional de a-
valiação da conformidade da IEC para
atmosferas explosivas.
Um dos principais objetivos deste
Encontro Anual “Ex” do Subcomitê SC
IECEx BR do Cobei é o de proporcionar
ao público interessado uma oportuni-
dade de atualização sobre o tema “Ex”,
obtendo informações recentes sobre o
panorama geral das instalações envol-
vendo atmosferas explosivas e da ne-
cessidade de certificação de equipa-
mentos elétricos e mecânicos “Ex”, cer-
tificação de empresas de prestação de
serviços “Ex” e certificação de compe-
tências pessoais para a realização de
atividades “Ex”, sob o ponto de vista do
ciclo total de vida das instalações con-
tendo atmosferas explosivas.
O público alvo deste Encontro “Ex”
do SC IECEx BR do Cobei são os pro-
fissionais envolvidos com atividades
relacionadas com atmosferas explosi-
vas, tais como eletricistas, instrumen-
tistas e engenheiros que atuam nas á-
reas de certificação de produtos, pro-
jeto de instalações, especificação de
produtos, montagem, inspeção, manu-
tenção, auditorias, reparo e recupera-
ção de equipamentos e instalações elé-
tricas, de instrumentação, de automa-
ção, de telecomunicações ou mecâni-
cas "Ex" para áreas classificadas con-
tendo gases inflamáveisou poeiras
combustíveis, para instalações terres-
tres (onshore) ou marítimas (offshore).
Este Encontro do Subcomitê SC IE
CEx BR do Cobei conta com o apoio da
ABIQUIM - Associação Brasileira da In-
dústria Química, uma vez que as suas
empresas associadas possuem também
a preocupação com a segurança das
instalações em atmosferas explosivas
ao longo de seu ciclo total de vida.
CLIQUE AQUI e tenha todas as infor-
mações.
ABIQUIM:
https://abiquim.org.br/cursos/curso/2
732 N
Norminha Por Fundacentro/ACS - Alexandra Rinaldi
O setor petroquímico do estado do
Paraná terá, no dia 14 de maio, a reali-
zação do Seminário Segurança e Saúde
Norminha
Qualquer que seja o tamanho da
empresa, é de fundamental importância
que entre o seu quadro de colabora-
dores esteja o Técnico de Segurança do
Trabalho. É ele o responsável por ga-
rantir que os locais, instalações e equi-
pamentos operem dentro das regula-
mentações vigentes.
O TST atua, por meio de ações pre-
ventivas, orientando e sinalizando as
situações emergenciais que possam
pôr em risco à saúde e segurança dos
funcionários, bem como a produtivida-
de da empresa, minimizando e até evi-
tando acidentes.
Com a projeção de mais investimen-
tos na área segurança do trabalho nos
últimos anos, o TST habilitado para es-
sa função tem maiores oportunidades
de crescimento no setor. Por isso, este
é um excelente momento para investir
ainda mais em sua qualificação e se
destacar no mercado.
A SUPREMA reconhece a importân-
cia desses profissionais e, pensando
em você que já atua nesse segmento,
separou algumas dicas para te ajudar a
ser um bom Técnico em Segurança do
Trabalho.
7 dicas para ser um bom Técnico em
Segurança do Trabalho
Você está preparado para conquistar
o mercado? Nas últimas décadas, o
cenário trabalhista mundial se modifi-
cou e, consequentemente, o perfil do
profissional que as empresas buscam
também.
Antigamente, era comum encontrar
em uma organização profissionais es-
pecialistas em um determinado seg-
mento, com anos e anos de casa, numa
hierarquia rígida e de difícil penetração.
Hoje, não existe mais garantia de estabi
lidade. Para garantir seu emprego, o
trabalhador precisa, não só ser eficien-
te, mas estar em constante processo de
aprendizado, disposto a dialogar com
os demais colaboradores e sempre em
busca de soluções. Você tem as habi-
lidades dos profissionais do futuro?
1 – Seja proativo
Entenda que hoje o mercado de tra-
balho não quer um funcionário que es-
pere por ordens, mas sim aquele que
tem a capacidade de antecipar-se aos
fatos para executar uma tarefa ou resol-
ver um problema.
Fique atento aos possíveis fatores de
risco e busque tomar todas as provi-
dências necessárias a tempo, garantin-
do a integridade física dos funcionários
e sem comprometer a produtividade da
empresa.
2 – Trabalhe em equipe
Certamente, nos últimos tempos vo-
cê já deve ter ouvido bastante a ex-
pressão “economia colaborativa”. Pois
bem, ela retrata exatamente o novo ce-
nário mundial e nele não há espaço para
aquele funcionário que acha que sozi-
nho consegue fazer tudo.
Colaboração é a nova palavra de or-
dem. Esteja sempre disposto a ajudar
os seus colegas e, principalmente, sai-
ba reconhecer e valorizar quando preci-
sa de ajuda também. O bom TST não só
sabe trabalhar em equipe como também
sabe demonstrar a importância de cada
um para alcançar o objetivo.
3 – Crie soluções
As organizações buscam colabora-
dores capazes de propor soluções cria-
tivas e viáveis, além de ideias inova-
doras. Procure pensar “fora da caixa”,
encontre novos caminhos para velhos
problemas. Algumas medidas nem tão
onerosas podem ser feitas a partir de
mudanças de hábitos e de condutas co-
mo a escolha de EPIs adequados, como
os EPIS Aluminizados.
E lembre-se de agir sempre com ra-
pidez e eficácia, sem perder a qualida-
de.
4 – Seja organizado
Um profissional organizado conse-
gue manter o foco mesmo com a rotina
estressante, administre bem o seu tem-
po e otimize processos. Dessa forma,
você sempre estará apto a tomar deci-
sões e cumprir as metas estabelecidas.
Com a crise econômica que o país
vem enfrentando, muitas organizações
precisaram reduzir a equipe de segu-
rança. Se esse for seu caso, provavel-
mente acabou responsável também pe-
la organização de documentos e de pro-
gramas de prevenção. Por isso, é im-
portante ter um tempo disponível para
essas outras atividades a fim de não
prejudicar a inspeção física.
5 – Esteja sempre alerta e aberto a
sugestões
Durante as visitas, mantenha sempre
o seu foco. Cuidado com a dispersão! A
inspeção física ao setor de produção é
indispensável para garantir a segurança
do local de trabalho.
Também é imprescindível que você
permita que os demais colaboradores
se sintam à vontade para falar dos seus
problemas e, inclusive, sugerir algu-
mas intervenções. Atuar com prevenção
não significa ser severo ou autoritário,
procure ser objetivo, mas sempre de
forma amigável.
6 – Produza material educativo
Uma das formas de prevenir aciden-
tes é elaborar materiais educativos, que
podem ser informes, relatórios ou até
listas. Para isso é importante ter domí-
nio da língua portuguesa e procurar ser
o mais didático possível. Ou seja, deixe
os termos técnicos de lado, seja o mais
claro possível.
Aqui no blog da SUPREMA, você
encontra muitos artigos que podem te
auxiliar a confeccionar seus materiais.
Aproveite-os!
7 – Coloque a CIPA para funcionar
É função do TST criar uma Comis-
são Interna de Prevenção de Acidentes
(CIPA) para minimizar os riscos à saúde
e segurança dos colaboradores. Para
isso, saiba identificar os líderes da e-
quipe, elenque as questões que preci-
sam ser debatidas e conduza o diálogo
para que busquem soluções em con-
junto.
Como você pôde perceber, o TST de
hoje precisa se destacar no mercado de
trabalho, reunindo muitas habilidades
essenciais. Não é uma tarefa simples e
nem pontual. O profissional precisa es-
tar em constante aprimoramento, por
isso esteja sempre de olho aqui no blog
para se manter sempre bem informado
sobre o mercado.
N
Pedro Bezerra
SUPREMA
do Trabalhador no Setor Petroquímico.
Destinado a agentes públicos, sindi-
calistas e estudantes, a realização do
seminário terá como objetivo promover
debates sobre as condições de trabalho
do setor petroquímico, considerando as
reestruturações às quais vem passando
esse ramo produtivo no Brasil, além de
abordar o perigo dos acidentes amplia-
dos, onde os trabalhadores dos parques
produtivos e as populações que moram
nos seus entornos estão expostas a
constantes perigos.
A programação contará com a parti-
cipação da pesquisadora da Fundacen-
tro, Arline Sydneia Abel Arcuri que fa-
lará sobre os “Avanços e conquistas da
Comissão Nacional Permanente do
Benzeno”.
Já Vanessa Bozza, da Procuradoria
Regional do Trabalho da 9ª. Região fará
uma exposição sobre a “Atuação do Mi-
nistério Público do Trabalho no setor
Petroquímico”.
No período da tarde, José Marçal Já-
ckson Filho, coordenador técnico do e-
vento e pesquisador da Fundacentro
(Centro Estadual do Paraná) falará so-
bre a “Contribuição da ergonomia para
a prevenção de acidentes na indústria
de processos”.
Outros temas incluem a “Análise or-
ganizacional de um acidente em uma
refinaria de petróleo”, ministrado por
Sandra Beltran Hurtado da Faculdade
de Saúde Pública da USP e “Avanços e
conquistas da Comissão Estadual do
Benzeno do Paraná”, com a especialista
da Superintendência Regional do Tra-
balho do Paraná, June Maria Rezende.
O Seminário de Segurança e Saúde
será realizado em 14 de maio de 2019,
das 8h30 às 17h30, no auditório do Mi-
nistério Público do Trabalho, situado à
Avenida Vicente Machado, 84 – Centro
– Curitiba-PR.
Após as palestras haverá debate en-
tre os palestrantes e a platéia.
Inscrições.
Relatório técnico que aborda agen-
tes cancerígenos. N
Como ser um bom Técnico de Segurança do Trabalho
Novos instrutores NR20 capacitados em Araçatuba
Conheça as doenças que mais acometem os trabalhadores
brasileiros
Levantamento do Ministério da Saúde mostra que, em 10 anos, LER e DORT
representam 67.599 casos entre os trabalhadores do País. Índice aumentou
184% no mesmo período.
Página 06/12 - Norminha - Nº 518 - 09/05/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Curso reuniu profissionais nos dias 24, 25 e 26 de abril em Araçatuba em Sala de
Treinamento da META Assessoria em Medicina e Segurança do Trabalho
Várias atividades práticas envolveram os participantes
Nível do curso foi de excelência devido envolvimento dos participantes.
Norminha
Mais uma turma de profissionais,
formada por Técnicos e Engenheiros de
segurança do Trabalho foi formada co-
mo Instrutores da NR20.
Dessa vez o curso foi realizado em
Araçatuba (SP) com a participação de
profissionais de Goiás, Minas Gerais e
várias cidades do interior paulista.
O curso foi ministrado pelo especia-
lista Carlos Alberto Franco que aplicou
o evento com o seguinte conteúdo pro-
gramático: Inflamáveis: características,
propriedades, perigos e riscos; Contro-
les coletivo e individual para trabalho
com inflamáveis; Fontes de ignição e
seus controles; Proteção contra incên-
dio com inflamáveis; Procedimento em
situação de emergência com inflamá-
veis; Estudo da Norma Regulamenta-
dora NR-20; Análise preliminar de pe-
rigo e risco – Metodologia, conceitos,
exercícios práticos; Permissão para tra-
balhos com inflamáveis; Acidentes com
inflamáveis: analise de causas e medi-
das de prevenção; GHS Sistema Glo-
balmente Harmonizado; Planejamento
de resposta a emergências com infla-
máveis.
No final os participantes entregaram
um mimo ao instrutor pela relevância
dos assuntos tratados e forma em que
capacitou a todos.
Vem aí cursos de formação de
instrutores NR-33 e NR-35
Os eventos já tem datas programa-
das e serão desenvolvidos em Presi-
dente Prudente (SP) e Araçatuba (SP).
O curso de instrutor NR35 será em
Presidente Prudente em 19 e 20 de ju-
lho e 2 e 3 de agosto. Em Araçatuba se-
rá nos dias 26 e 27 de julho e 9 e 10 de
agosto. Já o curso de instrutor NR33
em Prudente será nos dias 16, 17, 30 e
31 de agosto e em Araçatuba nos dias
23 e 24 de agosto e nos dias 13 e 14 de
setembro. Quem já tem o curso pode
fazer como reciclagem. INFORMAÇÕES
Norminha
As Lesões por Esforços Repetitivos
(LER) e os Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho (DORT) são
as doenças que mais afetam os traba-
lhadores brasileiros. A constatação é do
estudo Saúde Brasil 2018, do Ministé-
rio da Saúde. Utilizando dados do Sis-
tema de Informação de Agravos de Noti-
ficação (Sinan), o levantamento aponta
que, entre os anos de 2007 e 2016, 67.
599 casos de LER/Dort foram notifica-
dos à pasta. Neste período, o total de re-
gistros cresceu 184%, passando de 3.
212 casos, em 2007, para 9.122 em
2016. Tanto o volume quanto o aumen-
to nos casos nesse período sinalizam a-
lerta em relação à saúde dos trabalha-
dores.
Os dados, que constam no capítulo
‘Panorama de Doenças Crônicas Rela-
cionadas ao Trabalho no Brasil’, indi-
cam aumento na exposição de trabalha-
dores a fatores de risco, que podem o-
casionar incapacidade funcional. O es-
tudo apontou, também, que esses pro-
blemas foram mais recorrentes em tra-
balhadores do sexo feminino (51,7%),
entre 40 e 49 anos (33,6%), e em in-
divíduos com ensino médio completo
(32,7%). A região que registrou o maior
número de casos foi o Sudeste, com 58,
4% do total de notificações do país no
período. Em 2016, os estados que apre-
sentaram os maiores coeficientes de in-
cidência foram Mato Grosso do Sul,
São Paulo e Amazonas.
Já quando falamos nos setores ocu-
pacionais, a ocorrência de LER e DORT
foi maior nos profissionais que atuam
nos setores da indústria, comércio, ali-
mentação, transporte e serviços do-
mésticos/limpeza. Nas profissões; os
faxineiros, operadores de máquinas fi-
xas, os alimentadores de linhas de pro-
dução e os cozinheiros foram os mais
atingidos com algum desses problemas
de saúde no trabalho.
A LER e o DORT são danos decor-
rentes da utilização excessiva do siste-
ma que movimenta o esqueleto humano
e da falta de tempo para recuperação.
Caracterizam-se pela ocorrência de vá-
rios sintomas, de aparecimento quase
sempre em estágio avançado, que ocor-
rem geralmente nos membros superio-
res, tais como dor, sensação de peso e
fadiga. Algumas das principais, que a-
cometem os trabalhadores, são as le-
sões no ombro e as inflamações em ar-
ticulações e nos tecidos que cobrem os
tendões.
Essas doenças são relacionadas ao
trabalho e podem prejudicar a produti-
vidade laboral, a participação na força
de trabalho e o comprometimento fi-
nanceiro e da posição alcançada pelo
trabalhador. Além disso, elas são res-
ponsáveis pela maior parte dos afasta-
mentos do trabalho e representam cus-
tos com pagamentos de indenizações,
tratamentos e processos de reintegra-
ção à ocupação. N Folha Vitória
Norminha
O contato dos trabalhadores com
produtos químicos é uma prática roti-
neira em muitos setores produtivos. No
entanto, a manipulação de substâncias
perigosas exige uma série de medidas
preventivas.
Na revisão da norma regulamenta-
dora 26, em 2015, que trata da sinali-
zação de segurança, a prevenção de ris-
cos químicos ganhou especial atenção
com a adoção do Sistema Globalmente
Harmonizado de Classificação e Rotu-
lagem de Produtos Químicos, elabora-
do pela ONU, cuja sigla em inglês é
GHS.
Em entrevista ao SST em Áudio, da
plataforma Sesi Viva Mais, o professor
e engenheiro de segurança Mário So-
bral destaca a importância da adoção de
um padrão internacional para facilitar a
comunicação de riscos, tendo em vista
a circulação comercial das substâncias
perigosas em âmbito global.
Sobral explica em detalhes os novos
requisitos da norma referentes à classi-
ficação, rotulagem preventiva e fichas
com dados de segurança de produtos
químicos. “Nós temos muitos acidentes
de trabalho, porque o trabalhador não
sabe o perigo do produto químico que
ele está manipulando”, alerta o profes-
sor.
Ele enfatiza ainda que o treinamento
dos trabalhadores para compreensão e
reconhecimento da sinalização de se-
gurança é quesito fundamental na pre-
venção de acidentes e doenças ocupa-
cionais decorrentes da manipulação
dessas substâncias nos ambientes la-
borais.
Para ouvir a entrevista na íntegra
acesse o link SST em Áudio. N
Vitória (ES) Curso Higiene Ocupacional Curso de capacitação com
ênfase em Perícia/Assistência técnica
Com prática instrumental de avaliações quantitativas,
elaboração de laudos, legislação previdenciária e
trabalhista
Saiba mais!!!
Prevenção no manuseio de produtos químicos
A legítima contribuição sindical
INSCRIÇÕES: http://bit.ly/2WcVlww
Teoria Dominó Heinrich afirma que aproximadamente 88% dos acidentes se devem a
comportamentos inadequados, 10% a condições perigosas e 2% a situações fortui-
tas. É por este motivo que o autor indica que a prevenção de acidentes deve estar
centrada na terceira pedra do dominó, isto é, no fator comportamento inadequado.
Até porque, o autor alega que é difícil exercer algum controle os dois primeiros fato-
res. A perspectiva de Heinrich teve e ainda continua a ter uma forte influência nas
abordagens de alguns técnicos de segurança do trabalho como eu, por exemplo, ao
nível organizacional. Apesar disso, são também muitos os autores que criticam o
caráter ideológico da perspectiva de Heinrich (1931) quando esta preconiza que a
grande maioria dos acidentes decorre por falhas humanas. Para sustentar a sua vi-
são crítica, autores como Vilela et al (2007:31) recorrem a algumas teorias da alie-
nação social, onde é efetuada uma irônica analogia entre os acidentes e a pobreza,
tal como o pobre estar nestas condições por culpa própria, preguiça, ignorância,
inferioridade natural, desleixo, desatenção ou incapacidade.
Teoria do Dominó: para esta corrente a grande maioria dos acidentes decorre de
fatores humanos. Assim, a prevenção de acidentes deve passar em larga medida
pelo controle dos comportamentos individuais dos trabalhadores, focando os com-
portamentos inadequados. Os métodos básicos para a prevenção de acidentes pas-
sam por processos de engenharia, de persuasão e sensibilização e de ajustamento
pessoal e por um controle hierárquico e disciplinar.
O exemplo clássico do modelo sequencialista dos acidentes foi concebido por
Heinrich (1931), sendo designado como teoria dominó. Este modelo pode ser con-
siderado como uma das primeiras teorias da segurança industrial, concebida a par-
tir de dez (10) grandes axiomas. Veja a reprodução a partir de uma das suas versões
mais recentes (Heinrich et al., 1980:21):
a) A ocorrência de uma lesão resulta invariavelmente de uma sequência completa
de fatores; a última das quais é o acidente em si mesmo. O acidente é invaria-
velmente causado ou permitido por um ato pessoal e/ou por um perigo mecânico
ou físico;
b) A maioria dos acidentes pode ser atribuída a comportamentos inadequados;
c) As pessoas que sofreram uma lesão incapacitante estiveram, em média, pró-
ximas de uma lesão grave cerca de trezentas vezes antes de terem sofrido a referida
lesão incapacitante, tendo cometido o mesmo comportamento inadequado. A mes-
ma regra aplica-se à exposição a perigos mecânicos antes de sofrer uma lesão;
d) A severidade da lesão é em grande parte fortuita, embora o acidente que ori-
gina a lesão seja previsível e passível de prevenção;
e) As quatro razões básicas para a ocorrência de comportamentos inadequados
formam um guia para a seleção de medidas corretivas adequadas e são: 1-atitude
imprópria; 2-falta de conhecimento ou capacidade; 3- inaptidão física; 4- ambiente
mecânico ou físico inadequado;
f) Estão também disponíveis quatro métodos básicos para a prevenção de aci-
dentes: 1-engenharia; 2-persuasão e sensibilização; 3-ajustamento pessoal e; 4-
Disciplina.
g) Os métodos mais adequados para a prevenção de acidentes são similares aos
métodos de controle da qualidade, de custo e de produção;
h) A gestão é o órgão que está mais bem posicionado para impulsionar as tarefas
preventivas e, por esse motivo, deve assumir esta responsabilidade;
i) Os gerentes, chefes, supervisores e líderes são as pessoas-chave para a pre-
venção de acidentes industriais. Seu posicionamento hierárquico permite-lhes e-
xercer maior influência no sucesso da prevenção de acidentes;
j) A motivação humanitária para a prevenção de acidentes é complementada por
dois poderosos fatores econômicos:
I- Uma organização segura é eficiente do ponto de vista da produtividade e, pelo
contrário, uma organização insegura é ineficiente;
II- Para o empresário, o custo direto resultante do pagamento das indenizações
derivadas do acidente e respectivos cuidados médicos representa apenas um quinto
do custo total que lhe paga efetivamente.
A designação Teoria Dominó decorre da analogia que Heinrich efetuou entre o
conjunto de uma sequência de fatores que podem influenciar a ocorrência de aci-
dentes e a sequência da queda das peças do jogo de dominó alinhadas na vertical.
O autor propõe que cinco peças de dominó representem igual número de fatores
agrupáveis numa sequência predefinida; assim, o fator precedente atuará sobre o
seguinte até chegar à lesão, último fator. Cada uma das cinco peças do dominó re-
presenta um fator específico, pertencente ao percurso sequencial do acidente, como
uma reação em cadeia. O modelo proposto por Heinrich possibilitou a explicação
do processo causal dos acidentes recorrendo a metáfora da queda das peças de do-
minó, ou seja, a queda da primeira peça irá dar origem à queda das seguintes. Estes
cinco fatores podem constituir-se numa sequência de eventos, onde a ligação entre
a causa e o efeito é clara e determinística, onde o evento A possibilita ou determina
o evento B. Assim, a teoria dominó preconiza que a origem dos acidentes se deve a
uma única causa. É por este motivo que a corrente sequencialista é designada como
determinística.
O percurso do acidente é representado da seguinte forma: tal como as peças de
dominó, caem sucessivamente após a queda da primeira peça, naturalmente como
uma reação em cadeia. Os acidentes também resultam de uma sequência de ocor-
rências que se transformam nesse evento. As peças caídas resultam e representam
simbolicamente as falhas, enquanto as peças que ficam de pé representam os
eventos normais ou o sistema funcionando normalmente. N Jorge Gomes
Senac São Paulo promove palestras gratuitas sobre diversidade na
educação em 32 unidades da rede
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tado de Direito.
É necessário compreender que os
recursos da Contribuição Sindical fi-
nanciam todo o trabalho de defesa téc-
nica e política do setor rural, a oferta de
cursos e treinamentos, a organização
dos sindicatos, a qualificação dos diri-
gentes, a busca de recursos, as campa-
nhas em prol de políticas públicas para
o setor primário e os investimentos na
infraestrutura do campo para melhorar
as condições de vida e produção - en-
tre outras ações.
Existem fortes contrastes no sindi-
calismo brasileiro: em algumas áreas, a
cultura associativista é sólida, em ou-
tras é incipiente. Muitos ainda têm difi-
culdade em compreender a importância
dessas organizações para a construção
de uma sociedade que ofereça igual-
dade de oportunidades. É notório que
as entidades sindicais que efetivamente
exercem o seu papel proporcionam be-
nefícios materiais e objetivos concretos
para cada um dos seus representados,
sem, contudo, deixar de postular em fa-
vor dos interesses da sociedade.
O sindicalismo maduro e responsá-
vel - financiado pelos seus filiados por
intermédio da contribuição sindical e
outros meios - ostenta resultados so-
ciais e econômicos mensuráveis que se
refletem na elevação da qualidade de vi-
da de toda a categoria representada. A
diligente atuação dos sindicatos, fede-
rações e confederações deveria afastar
qualquer questionamento sobre a im-
portância da contribuição sindical. No
dia 22 de maio vence o prazo para o pa-
gamento da contribuição sindical rural
do exercício de 2019.
José Zeferino Pedrozo, o Zezo,
é presidente da Federação da Agricul-
tura e Pecuária do Estado de SC (Faesc)
e do Conselho de Administração do
Serviço Nacional de Aprendizagem Ru-
ral (Senar/SC), e ex-presidente da Au-
rora Alimentos. Canetec
N
Norminha
Com o objetivo de estimular a troca de
experiências e fomentar reflexões sobre
os caminhos da educação inclusiva, o
Senac São Paulo promove a edição
deste ano da Sala de Educadores, até
novembro, em 32 unidades da rede, na
capital, Grande São Paulo e interior
paulista. Neste ano, a ação está sendo
desenvolvida sob o tema Diversidade:
caminhos para uma educação com to-
dos e para todos.
Os encontros são gratuitos e media-
dos por especialistas que abordam te-
mas como, por exemplo, cultura perifé-
rica e educação de jovens, educação
antirracismo, questão indígena e a edu-
cação e gênero na educação. “Somente
com uma aprendizagem focada na inte-
gração com e para todos será possível
construir uma sociedade justa, toleran-
te e capacitada para os desafios da edu-
cação”, avalia Karoline Moura Pinto,
coordenadora da área de educação do
Senac São Paulo.
A iniciativa, realizada desde 2006,
contribui com o processo de formação
de educadores para que possam atuar
como agentes multiplicadores na gera-
ção do conhecimento e no desenvol-
vimento de uma comunidade mais
igualitária. “Há a necessidade do forta-
lecimento de ações de inclusão em toda
a sociedade para que haja maior envol-
vimento de todos”, finaliza Karoline.
Clique aqui e confira a programação
da unidade de seu interesse.
N
Norminha José Zeferino Pedrozo, o Zezo*
A modernização da legislação
trabalhista promovida pela Lei Federal
nº 13.467/2017 entrou em vigência em
2018 e alterou mais de 200 itens da en-
tão arcaica CLT, tendo como princípios
norteadores a segurança jurídica, a li-
berdade de negociação e a manutenção
dos direitos fundamentais dos trabalha-
dores. Ela tornou facultativo o paga-
mento da contribuição sindical, instituí-
da pela Constituição de 1937. Esse é
um dos poucos tributos cuja arrecada-
ção beneficia diretamente o contribuin-
te, pois praticamente 100% do montan-
te arrecadado destina-se às entidades
sindicais que o representam (sindica-
tos, federações e confederações).
Os reflexos dessa mudança são sen-
tidos desde 2018. As categorias profis-
sionais (trabalhadores) e econômicas
(empresários) com sólida cultura asso-
ciativista mantêm razoável taxa de re-
colhimento da contribuição. Já os parti-
cipantes de categorias com escassa
convicção na importância do ativismo
por parte de seus integrantes apresen-
taram baixo grau de adesão ao paga-
mento.
A realidade mostra que onde exis-
tem entidades sindicais atuantes, rei-
vindicantes e prestadoras de serviços
aos seus representados, o recolhimento
da contribuição sindical continua a ser
honrado, como ocorre em nações com
forte cultura associativista. Acredita-se
que trabalhadores e empresários dese-
jam representações fortes, estruturadas
e preparadas para a legítima defesa dos
interesses classistas em uma sociedade
livre, pluralista, liberal e fundada no Es-
Varredor de ruas tem direito ao Adicional de Insalubridade
em grau máximo?
Logo após encerramento das atividades, os alunos posaram para comemorar
Atividade contou simulação de resgate de vítimas
Alunos foram orientados e coordenados por docentes dos cursos envolvidos.
Alunos do Senac de Araçatuba praticam exercício de abandono de área
Atividade envolveu alunos dos cursos de Técnico em Segurança do Trabalho, Bombeiro Civil e de Fotografia
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Norminha
Alunos dos cursos de formação de
Bombeiro Civil e Técnico em Seguran-
ça do Trabalho realizaram um exercício
de segurança com abandono de área no
Senac Araçatuba (SP).
A participação dos alunos do Curso
de Fotografia foi registrar os momentos
das atividades.
A ação, contou com o apoio do Cor-
po de Bombeiros da cidade, e teve a
participação de 300 pessoas.
Além de proporcionar prática aos a-
lunos, a ação fez parte da SPAT (Sema-
na de Prevenção de Acidentes de Traba-
lho) que a unidade promove todos os
anos.
O objetivo foi treinar, de maneira se-
gura, a evacuação da unidade; informar
e sensibilizar as pessoas da comuni-
dade sobre a necessidade da imple-
mentação de simulados nas empresas;
e conscientizar sobre a importância de
um plano de emergência com simula-
ção de abandono de área em casos de
possíveis incêndios, por exemplo, ou
outras situações que colocam em risco
a vida, ou o patrimônio.
Toda ação foi coordenada pelos do-
centes dos referidos cursos a qual foi
concluída com plena eficiência, de-
monstrando assim, a capacitação que
os alunos adquiram em sala de aula.
Lei
A lei municipal nº 8.172 de 2 de a-
bril de 2019 passou a vigorar no muni-
cípio de Araçatuba, a qual obriga todos
os estabelecimentos que possui aglo-
meração de pessoas, a presença de bri-
gada formada por bombeiros profissio-
nais civis. N
trabalho, esta é mencionada no art. 58º,
do Decreto de Lei 5452/43, determi-
nando o seguinte quanto ao tipo CLT:
Art. 58 Consolidação das Leis do
Trabalho – Decreto Lei 5452/43
A duração normal do trabalho, para
os empregados em qualquer atividade
privada, não excederá de 8 (oito) horas
diárias, desde que não seja fixado ex-
pressamente outro limite.
Mas, esse decreto acaba variando
conforme os diferentes tipos de jorna-
da. O Direito do Trabalho reconhecem,
além do regime CLT, mas três tipos de
jornada: regime de tempo parcial (25
horas), jornada em turnos ininterruptos
(quando o empregado trabalha em
constante revezamento de horário) e
jornada em horas in itinere (quando o
tempo de locomoção é considerado nas
horas de trabalho.
No caso do tempo que excede ao
determinado à jornada, o artigo 611 da
Lei nº 13.467/2017 afirma que existe
Norminha
Alguém, certa feita falou de forma
altamente preconceituosa e indelicada
que os profissionais (garis e varredores
de ruas) eram o mais baixo na escala de
trabalho!
Chorei ao escutar a frase...
O tempo passou. A Justiça prevale-
ceu e o ofensor precisou indenizar os o-
fendidos! Vibrei com a decisão conde-
natória!
Noutra circunstância, uma rede de
televisão, por sua vez, exibiu e tornou
notória a imagem de um varredor de
ruas, que, alegre, motivado e sorridan-
te, dançava agarrado a uma vassoura,
varrendo a cidade, pós festejos carna-
valescos!
Conta-se que uma psicóloga, pres-
tes a concluir o curso, optou por vestir-
se de gari para sentir ‘na pele’ o exer-
cício da profissão e como tal classe é
desprezada por muitos; sendo pouco,
ou quase nada, olhada e cuidada com o
devido zelo trato que merecem.
Do lado de cá, sigo reverenciando-
os e cumprimentando-os diariamente,
olhando nos olhos de cada um deles e
dizendo: - Belo trabalho, companheiro!
Fique em paz!
Pois bem!
Eles também foram atrás dos seus
direitos! Uhuhuhuhuhu
Sim, a Quarta Turma do Tribunal Su-
perior do Trabalho determinou o paga-
mento de parcela de Insalubridade em
grau máximo a uma trabalhadora que
faz varrição de rua.
O caso foi bem interessante; digno,
portanto, de figurar neste espaço.
O Recurso de Revista RR-1384-11.
2014.5.09.0073 do TST narra que ao
ser contratada no ano de 2006 a recla-
mante anunciou que tinha direito ao
respectivo adicional de insalubridade
em grau máximo, pois no desenvolver
das suas atividades cotidianas, manti-
A história
nha contato diário e constante com a-
gentes nocivos à sua saúde, fazendo
menção à NR (Norma Regulamentado-
ra) 15 do antigo Ministério do Trabalho.
O juízo em primeiro grau acolheu a
defesa da empresa, que, alegou pontu-
ando que a Reclamante atuava apenas
na varrição de ruas, apanhando folhas
secas e que tãl labor não configurava tal
direito, etc e tal.
O final feliz
Não aceitando pacificamente a deci-
são a quo, a empregada, irresignada e
convicta de seu direito, recorreu, justa e
oportunamente ao TST.
Chegando ao Tribunal Superior do
Trabalho, o TST, em decisão que rotulo
como maravilhosa, isto na Quarta Tur-
ma, entendeu que a trabalhadora tem
sim, direito a percepção de tal verba, ou
seja, direito à percepção de Insalubri-
dade em Grau Máximo.
O que disse o ministro do TST?
O ministro Alexandre Luiz Ramos,
relator do recurso de revista da empre-
gada, com uma memória de dar inveja a
muita gente, recordou que o Anexo 14
da NR 15 prevê e assegura o grau máxi-
mo quando o trabalho é exercido em
contato permanente com lixo urbano e
que a jurisprudência do TST se firmou
no sentido de que a varrição de rua pú-
blica se enquadra perfeitamente como
atividade insalubre em grau máximo.
“Não há nenhuma distinção entre o
lixo urbano recolhido pelos garis na ati-
vidade de varrição e aquele coletado pe-
los empregados que trabalham no ca-
minhão de lixo”.
O Recurso de Revista é o de número
RR-1384-11.2014.5.09.0073 e vale a
pena dar uma olhadinha nele!
Uma vitória para os ilustres profis-
sionais que tornam a nossa cidade mais
limpa, asseada e habitável!
Parabéns para estas joias preciosas
que adornam e cuidam das nossas ruas!
Eles merecem todo este benefício sala-
rial.
Parabéns aos nobres Ministros do
TST pela justa decisão!
N
Fátima Burégio
Especialista em Processo Civil,
Responsabilidade Civil e Contratos
Norminha
A afirmação de Jack Ma, do fundador
da gigante Alibaba, gerou polêmica ao
defender o cronograma de trabalho in-
dustrial “996”. O número se refere ao
período de trabalho das 9h as 21h, seis
dias por semana. Apesar da cultura e
das Leis serem diferentes em cada país,
a discussão trouxe a tona a questão dos
limites impostos pela Lei, a respeito da
jornada de trabalho.
Na Constituição Federal Brasileira,
há alguns artigos destinos à Consoli-
dação das Leis de Trabalho, além das
diversas leis que abordam pontos espe-
cíficos. É importante e essencial que o
tema seja tratado na Lei, a fim de impor
limites tanto à empregados, como ao
empregador, além de garantir recom-
pensa financeira àquilo que é adicional
a jornada de trabalho usual. A Lei deter-
mina e garante direitos e deveres à em-
pregados e ao empregador.
Quanto a tão comentada jornada de
Jornada de Trabalho: os limites são respeitados?
“prevalência da convenção ou acordo
coletivo de trabalho quando, entre ou-
tros, houver disposição sobre: a) pacto
quanto à jornada de trabalho, observa-
dos os limites constitucionais; b) banco
de horas anual; c) intervalo intrajornada,
respeitado o limite mínimo de trinta mi-
nutos para jornadas superiores a seis
horas; d) prorrogação de jornada em
ambientes insalubres, sem licença pré-
via das autoridades competentes do Mi-
nistério do Trabalho.”
Tudo é uma questão de respeito a Lei
e bom senso por ambas partes. Mas é
sempre importante conhecer seus direi-
tos e deveres e cumprir sua parte.
N
Alex Beltrame
Advogado e Consultor Jurídico
Movimento Abril Verde encerra com ações da Fundacentro Canpat busca implementar
cultura de prevenção no país
Norminha Por Fundacentro/ACS - Cristiane Reimberg
“O maior patrimônio que a empresa tem
é o capital humano. Equivoca-se quem
pensa que segurança e saúde é um gas-
to da empresa, é um investimento”. As-
sim a diretora executiva da Federação
da Indústria do Estado de São Paulo,
Luciana Freire, iniciou o Seminário
Campanha Nacional de Prevenção de
Acidentes do Trabalho - Canpat nesta
terça, 30 de abril, no auditório da Fiesp.
O evento foi realizado pela Superin-
tendência Regional do Trabalho - SRT/
SP e teve a participação da Fundacen-
tro. A Canpat busca criar uma cultura de
prevenção e, neste ano, traz o tema
“Gestão de Riscos Ocupacionais: O Bra-
sil contra acidentes e doenças do traba-
lho”.
Em sua fala, a presidente da Funda-
centro, Marina Battilani, ressaltou o pa-
pel da Fundacentro em dar subsídios
técnicos para a reformulação das Nor-
mas Regulamentadoras – NRs e a apro-
ximação com os órgãos de governo,
sem deixar de lado trabalhadores, em-
pregadores e o Ministério Público do
Trabalho - MPT. “Todos nesta mesa têm
apoiado muito essa transformação. A
Fundacentro tem trabalhado lado a lado
com a SIT [Subsecretaria de Inspeção
de Trabalho], principalmente na Can-
pat”, afirmou a presidente.
O representante da Bancada dos Tra-
balhadores da Comissão Tripartite Pari-
tária Permanente – CTPP, Washington
dos Santos, também falou sobre a im-
portância da instituição. “A Fundacentro
é um bem nosso, um patrimônio nacio-
nal para defender a todos”, disse. “Na
questão do trabalhador, a mesa tem que
ser redonda, e todos temos que falar a
mesma língua. Faço a defesa das Nor-
mas Regulamentadoras do Trabalho,
que foram construídas por consenso na
CTPP com discussões para preservação
da vida dos trabalhadores. Por enquan-
to, a linha de debate das NRs tem sido
preservada”, completou.
Pela Fiesp, Luciana Freire defendeu
a busca de relações harmoniosas, com
proteção que mantenha a saúde do em-
pregado e a produtividade. “Não são só
dispositivos de segurança nas máqui-
nas, mas uma boa gestão, governança,
educação para empregador e emprega-
do. Que tenhamos fiscalização orientati-
va, não só punitiva, boas práticas e ges-
tão, trabalhando na prevenção dentro
das empresas”, apontou.
O diretor do Escritório da Organiza-
ção Internacional do Trabalho - OIT no
Brasil, Martin Hahn, fez um discurso em
defesa do tripartismo. “A OIT reconhece
a SST como questão central desde 1919
[quando foi criada]. O Brasil é muito en-
volvido com nosso trabalho”, contou.
Há ainda uma preocupação com o que
mudou no contexto do trabalho e desa-
fios que vêm pela frente. Para isso, foi
criada a Comissão Futuro do Trabalho
da OIT. “Queremos que a SST seja ele-
vada no conceito de direitos e princípios
fundamentais do trabalho”, finalizou. N
Prevenção e gestão da SST foram os principais temas abordados
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Norminha Alexandra Rinaldi
O Movimento Abril Verde foi uma ação
que teve a Fundacentro como apoiadora
em diversos estados da Federação.
Em Pernambuco, a Fundacentro
(Centro Regional de Pernambuco), par-
ticipou, no dia 25, do Seminário sobre
Acidentes e Violência no Trabalho, rea-
lizado na sede da Ordem dos Advoga-
dos dos Brasileiros-Secção de Pernam-
buco (OAB-PE).
A primeira discussão do dia foi tra-
tada pelo coordenador técnico da insti-
tuição, o engenheiro Luiz Antônio de
Melo que abordou o tema “Concepção
Sistêmica de Acidentes Ampliados” e
comentou medidas preventivas e o im-
pacto social e ambiental de um acidente
de grande magnitude.
Luiz Antonio de Melo, à esquerda, fala
sobre medidas preventivas
Participaram do evento, o advogado
Grinaldo Gadelha Junior, representan-
do o presidente da OAB-PE, Bruno Bap-
tista e o presidente da Caixa de Assis-
tência dos Advogados de Pernambuco
(CAAPE), Fernando Ribeiro Lins; o ges-
tor regional do Programa Trabalho Se-
guro, desembargador Fábio Farias, re-
presentando o presidente do TRT-PE,
José Helio Batista fala sobre trabalho
em espaços confinados
Bugan, em Recife. A (Hemobrás) é uma
empresa pública vinculada ao Ministé-
rio da Saúde.
O evento esteve representado pelo
coordenador técnico e engenheiro, Luiz
Antonio de Melo, que na ocasião apre-
sentou a palestra “Gestão de segurança
do trabalho, um desafio de todos”. Du-
rante a palestra, o servidor comentou
sobre o impacto da importância da ges-
tão de segurança para as empresas e
para os empregados, o papel da alta ad-
ministração para o sucesso da imple-
mentação dos programas de segurança
e saúde no ambiente de trabalho e o pa-
pel dos empregadores para a manuten-
ção de um ambiente seguro e saudável.
A Hemobrás tem em sua missão de-
senvolver hemoderivados plasmáticos
com o uso da engenharia genética e pa-
ra elaborar teste de diagnóstico de do-
enças no sangue por nanotecnologia e
biologia molecular. O evento contou
com a participação de aproximada-
mente 160 servidores da empresa em
todos os seus níveis hierárquicos, ten-
do sido elogiado por todos os presen-
tes.
Outra atividade que contou com a
participação da Fundacentro foi o semi-
nário “Proteção contra choques elétri-
Mauricio Viana, à direita, fala sobre
proteção contra choques elétricos
cos em canteiros de obras”, coordena-
do pelo engenheiro e diretor Maurício
José Viana.
Realizado no dia 29 de abril, o even-
to teve como objetivo apresentar infor-
mações relevantes quanto à instalação
e manutenção das instalações elétricas
temporárias em canteiros de obras, vi-
sando a prevenção de acidentes de ori-
gem elétrica.
Joselito Boudoux da Silva, professor
da Universidade Salgado de Oliveira
Também foram abordados os Dados
Estatísticos do Anuário de Acidentes de
Origem Elétrica 2019 – ano base 2018
pela Associação Brasileira de Consci-
entização para os Perigos da Eletrici-
dade-Abracopel, apresentado por Jose-
lito Boudoux da Silva, professor da Uni-
versidade Salgado de Oliveira.
Alimentos arrecadados serão
destinados a entidades filantrópicas
O seminário contou com a participa-
ção de aproximadamente 180 pessoas,
entre profissionais, sindicalistas e estu-
dantes.
A última atividade, realizada no dia
30 de abril, em Sousa, sertão da Paraíba
foi conduzida pelo tecnologista e edu-
cador, José Helio Lopes Batista e o es-
pecialista, Augusto Santos Máximo da
SMS que falaram sobre os riscos e me-
didas de controle no trabalho em espa-
ços confinados, especialmente em po-
ços, cacimbas e cisternas.
O evento que foi uma iniciativa do
Cerest/PB, em parceria com a Secre-
taria de Saúde do Município teve a par-
ticipação de 40 trabalhadores rurais,
professores e agentes comunitários de
saúde. N
Vitória (ES) Curso de Higiene
Ocupacional na prática com ênfase em perícia
Araçatuba (SP) Curso de elaboração de
Laudos/LTCAT para eSocial
Presidente Prudente (SP) Workshop sobre eSocial
com todas as atualizações para ST, RH
Clique aqui e faça sua inscrição
José Helio Batista, primeiro à esq. e
participantes
Valdir Carvalho; a procuradora do Mi-
nistério Público do Trabalho em Per-
nambuco (MPT-PE), Gabriela Maciel,
representando a procuradora-chefe A-
driana Freitas; o coordenador da Polí-
tica de Atenção Integral à Saúde do Tra-
balhador, Admilson Machado Ramos,
representando o prefeito do município
de Olinda, Lupércio Carlos do Nasci-
mento; e o chefe do Centro Regional da
Fundacentro, Mauricio Viana.
No decorrer do dia, os palestrantes
abordaram diferentes perspectivas e si-
tuações envolvendo a saúde do trab-
alhador.
Outro evento que contou com a re-
presentação da Fundacentro foi a Se-
mana de Segurança do Trabalho da Em-
presa Brasileira de Hemoderivados e
Biotecnologia (Hemobrás), realizado no
dia 29 de abril, no auditório do Hotel
Posso requerer indenização por stress ocupacional? Um trabalhador que desencadeou uma psicopatologia. Não possui direitos trabalhistas e previdenciários?
ANAMT vê retrocesso em tentativa de
retomar o uso do amianto no Brasil Norminha
A Associação Nacional de Medicina
do Trabalho (ANAMT) avalia como um
preocupante retrocesso a tentativa do
Senado Federal de retomar o debate da
liberação do amianto no Brasil. Há mais
de 20 anos, a Associação defende o de-
bate técnico acerca do banimento da su-
bstância, que já foi proibida em 65 paí-
ses. O movimento do Senado, em con-
sonância com empresas que produzem
e exportam o amianto, ocorre menos de
dois anos após o Supremo Tribunal Fe-
deral (STF) decidir pelo banimento, em
mais um episódio de uma longa batalha
pela saúde dos trabalhadores.
Como associação que congrega Mé-
dicos do Trabalho e preza pelo aprimo-
ramento científico da Medicina, a ANA
MT reafirma que o debate sobre o ami-
anto deve ser técnico – e não guiado pe-
lo viés ideológico ou econômico. Todos
os tipos de amianto são cancerígenos e
podem causar inúmeras doenças gra-
ves, como asbestose, câncer de pulmão
e mesotelioma – além de câncer de la-
ringe, do trato digestivo e de ovário, es-
pessamento na pleura e diafragma, der-
rames pleurais, placas pleurais e seve-
ros distúrbios respiratórios. Apenas no
Brasil, o Sistema de Informação sobre
Mortalidade (SIM) registrou 2,4 mil
óbitos entre 2000 e 2010 decorrentes da
exposição ao material.
A Organização Mundial de Saúde (O
MS) também já se posicionou favorável
ao banimento do mineral. A organização
classificou o uso da fibra como uma ca-
tástrofe de saúde pública, responsável
por mais de 100 mil mortes por ano em
todo mundo. Estudos conduzidos pela
OMS também reforçam que, ao contrá-
rio do que argumenta a indústria, não e-
xistem limites seguros para o uso do a-
mianto.
A ANAMT, liderança importante nes-
te assunto ao lado de outras associa-
ções, avalia como perigosa a tentativa
de senadores e entidades ligadas à in-
dústria da mineração de retomar seu
uso. A partir da decisão do STF, o Brasil
deu um passo à frente e colocou-se ao
lado do conhecimento técnico e científi-
co ao corroborar com o posicionamento
da OMS. Nenhum suposto ganho eco-
nômico justifica a exposição de traba-
lhadores a uma substância de malefí-
cios graves e incontestes à sua saúde.
Ao lado da Associação Médica do
Brasil (AMB) e mais 50 entidades mé-
dicas, dizemos não ao amianto. E nos
orgulhamos de ver a comunidade médi-
ca brasileira abraçar essa causa, que
defendemos há tantos anos. N
Anamt
Brasil registra 17 mil mortes e 4 milhões de acidentes de
trabalho
Especialistas discutem esses dados de
2012 a 2018 informando os impactos
dos acidentes e doenças de trabalho e
a importância da cultura de prevenção
Norminha Por Fundacentro/ACS - Débora Maria Santos
Para compor as discussões
relacionadas à saúde e segurança no
trabalho, a Fundacentro convidou a pro-
curadora da Advocacia Geral da União
(AGU), Marta Vilela Gonçaves; a chefe
da Seção de Segurança e Saúde no Tra-
balho, Renata Matsmoto, e o auditor fis-
cal Antônio Pereira, ambos da Supe-
rintendência Regional do Trabalho do
Estado de São Paulo (SRT); o perito mé-
dico Previdenciário do Instituto Nacio-
nal do Seguro Social (INSS), Eduardo
Costa Sá; e da instituição, o tecno-
logista e chefe da Coordenação de Se-
gurança no Processo de Trabalho (CP
T), José Damásio de Aquino.
Desde que a data de 28 de abril em
Memória das Vítimas de Acidentes e
Doenças Relacionadas ao Trabalho foi
instituída, diversas entidades realizam
ações para fomentar a cultura de segu-
rança e saúde no trabalho.
De acordo com dados do Observató-
rio Digital de Saúde e Segurança do
Trabalho, de 2012 a 2018, o Brasil re-
gistrou 17.225 mortes e 4.7 milhões a-
cidentes. No mesmo período, gastos da
Previdência com Benefícios Acidentá-
rios corresponderam a R$82 milhões, e
foram perdidos 367 milhões dias de tra-
balho com afastamentos previdenciá-
rios e acidentários. N
Leia reportagem completa. N
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Norminha
1. Stress ocupacional
Em diversas situações trabalhistas,
o empregado pode ser acometido por
alguma doença como, por exemplo, a
depressão, stress ou burnout e, vere-
mos que é possível, requerer o benefí-
cio por incapacidade acidentário (auxí-
lio-doença e aposentadoria por invali-
dez) e indenização pelos danos sofri-
dos.
2. Saúde do trabalhador
Ninguém quer ser acometido com
um problema de saúde, porém se a em-
presa não garantiu um ambiente saudá-
vel e a saúde foi prejudicada a empresa
deve ser responsabilizada.
Isto porque, a empresa deve propi-
ciar um meio ambiente laboral em que
sejam preservadas as normas de segu-
rança e medicina de segurança.
É um direito social do trabalhador
previsto no artigo 7º, XXII e artigo 225
da Constituição Federal e, também, no
artigo 157, inciso II da CLT.
Como vamos falar de acidente labo-
ral, tal situação pode ser concretizada,
por meio de acidente típico, doença o-
cupacional ou concausa:
Acidente típico: uma torção no pé do
trabalhador
Doença ocupacional: onde o traba-
lhador desenvolve uma patologia em
razão do exercício de uma atividade ou
em razão das condições laborais
Concausa: quando a causa da pato-
logia não tenha sido a causa única, mas
que tenha contribuído diretamente.
Em síntese, o surgimento da depres-
são pode surgir por:
- fatores externos: que não estão li-
gados com a empresa.
- fatores ambientais: que estão liga-
dos com a função exercida na empresa,
e, por fim;
- fatores externos e ambientais: seria
o caso do empregador que está com
problemas familiares e a função exer-
cida na empresa também é degastante.
A prevenção é a melhor forma de
proteger a saúde do trabalhador, pois,
deve-se levar em consideração que a-
quele indivíduo acometido pelo aciden-
te laboral ou doença profissional ou o-
cupacional é um ser humano, e não a-
penas um mero componente do ambi-
ente laboral.
A atuação do Poder Público, por
meio do Ministério do trabalho e do Mi-
nistério Público Federal, como poder
fiscalizatório tem os meios para preve-
nir situações que podem ser evitadas e
punir situações que não foram evitadas.
A falta de fiscalização e o dano à
saúde do trabalhador prejudica a todos
da sociedade, por exemplo:
Empresa: ficará sem o empregado e
terá custos adicionais e pode sofrer
uma ação regressiva do INSS e uma a-
ção indenizatória do trabalhador.
Trabalhador: terá um problema de
saúde, de forma temporária ou perma-
nente.
INSS: Terá que arcar com os “cus-
tos” do benefício previdenciário e servi-
ço concedido ao trabalhador afastado.
SUS ou plano de saúde: fornecerá os
serviços médicos.
Sociedade: Também arca com todos
os custos (SUS, INSS, falha na presta-
ção do serviço).
Poder Judiciário: No caso de uma
demanda judicial, os servidores públi-
cos atuaram no processo.
Apesar de ser um direito do traba-
lhador solicitar um benefício previden-
ciário ou acidentário ao INSS e solicitar
uma prestação médica ao SUS ou plano
de saúde, buscar seu direito na justiça.
Devemos pensar que será melhor e-
vitar uma doença ou uma incapacidade
laborativa do que o trabalhador sofrer.
Portanto, apesar de parecer em um
primeiro momento de que a falta de
saúde do trabalhador afeta só ele, quan-
do na verdade afeta toda sociedade. En-
tão, é um dever do trabalhador, Poder
Público e Sociedade buscar um meio
ambiente saudável.
3. Afastamento ocupacional
Se as medidas preventivas e proteti-
vas não foram suficientes e o traba-
lhador teve um afastamento ocupacio-
nal por uma síndrome de burnout ou
stress ocupacional, poderá pleitear o
benefício por incapacidade e a indeni-
zação por danos morais e materiais.
Devendo juntar toda documentação
médica que comprove que seu afasta-
mento na empresa decorre de um pro-
blema trabalhista para que possa in-
gressar com um pedido de indenização.
Já no caso do benefício previdenciá-
rio, se não comprovar que tem relação
com o trabalho, será concedido o au-
xílio-doença ou aposentadoria por in-
validez de natureza previdenciária - e
não acidentária.
3.1 O que é burnout?
Dallegrave Neto define o burnout
como "um esgotamento profissional
provocado por constante tensão emo-
cional no ambiente de trabalho", oca-
sionado por um sistema de gestão
competitivo, com sujeição do emprega-
do às agressivas políticas mercanti-
listas da empresa.
3.2 É uma doença ocupacional?
A síndrome de burnout está inserida
no Anexo II do Regulamento da Previ-
dência Social, entre os transtornos
mentais e de comportamento relaciona-
dos ao trabalho (Grupo V da CID-10)
consta, no item XII, a síndrome de bur-
nout - "Sensação de Estar Acabado
(Síndrome de Burnout, Síndrome do
Esgotamento profissional)", que na
CID-10 é identificado pelo número
Z.73.0.
Portanto, é o caso em que o empre-
gado possui exerce uma função que e-
xige uma intensidade dos prazos ou da
complexidade do trabalho e desenca-
dear uma a síndrome de burnout ou
uma depressão, por exemplo.
3.3 Entendimento do TST
O Tribunal Superior do Trabalho
condenou em R$ 60 mil a empresa a
reparar pelos danos morais o empre-
gado que adquiriu a síndrome de bur-
nout por entender que a doença era
ocupacional. Veja uma parte do Voto do
Relator sobre os fatos do caso:
(...) longo período de afastamento
do trabalho, com a concessão de be-
nefício acidentário pelo INSS e o con-
sumo de medicamentos antidepressi-
vos, além de dois laudos periciais reco-
nhecendo que a incapacidade laboral
da autora é total, a doença é crônica e
não há certeza sobre a possibilidade de
cura. Por oportuno, este Relator já teve
a oportunidade de se manifestar em
matéria semelhante, em que se reco-
nhece como passível de reparação por
dano moral a exigência excessiva de
metas de produtividade, isso porque o
sentimento de inutilidade e fracasso
causado pela pressão psicológica ex-
trema do empregador não gera apenas
desconforto, é potencial desencadeador
de psicopatologias, como a síndrome
de burnout e a depressão, o que repre-
senta prejuízo moral de difícil reversão
ou até mesmo irreversível, mesmo com
tratamento psiquiátrico adequado. (...)
4. Conclusão
Sempre que a empresa falhar ao as-
segurar um meio ambiente saudável e o
empregado desencadear uma psicopa-
tologia ou outra doença ocupacional
deve ocorrer a responsabilização civil
da empresa.
Cabe, portanto, o requerimento de
indenização por danos morais, mate-
riais e estético (a depender do caso) e
requerimento de benefício por incapa-
cidade ao INSS ou no Poder Judiciário.
Isto porque, além da observância ao
meio ambiente de trabalho seguro e
saldável, conforme assegura a Consti-
tuição Federal de 1988, imprescindível
considerar, ainda, que cada indivíduo
deve ser respeitado em sua singula-
ridade, daí a necessidade de se ajustar
o contexto ocupacional à capacidade,
necessidade e expectativas razoáveis de
cada trabalhador. N
Ian Ganciar Varella
Advogado Previdenciário
Em Paris, um gol contra a febre aftosa Direito de recusa, o que é isto?
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Crônica do Luiz Carlos Ramos
Norminha
O futebol brasileiro vai muito mal,
obrigado. Saudade de outras décadas...
Mas o Brasil vai bem no campeonato de
combate à febre aftosa, em defesa da
pecuária e da sua economia. Nosso ti-
me está pronto para fazer mais um gol,
em Paris, em 26 de maio. Não no Stade
de France, aquele da Copa do Mundo
de 1998, de tristes lembranças dos 3 a
0 da seleção de Zidane na final, e sim
no prédio nº 12 da Rue de Prony, a três
quadras do famoso Arco do Triunfo. É
lá a sede do Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE), verdadeira ONU de
defesa da saúde de animais e da qua-
lidade de vida dos consumidores de
carne.
Na sede da OIE e no auditório da
Maison de La Chimie, centro interna-
cional de convenções situado junto a
Invalides (local do túmulo do impera-
dor Napoleão Bonaparte), haverá, de 26
a 31 de maio, a 87ª Sessão Geral da As-
sembleia Mundial dos delegados dos
182 países membros da OIE, entre os
quais o Brasil.
Qual a importância desse congresso
anual. Nele, em seis dias consecutivos,
são divulgados relatórios oficiais da
Organização Mundial de Saúde Animal
a respeito dos avanços do combate a
doenças que afetam, por exemplo, bo-
vinos, caprinos, ovinos, suínos e aves
de consumo pelos seres humanos.
Também surgem alertas a respeito no-
vas doenças e de epidemias que atin-
gem determinados países.
Para o Brasil, as reuniões da OIE
vêm tendo grande importância, pois re-
velam até que ponto nossos governan-
tes, veterinários e empresários estão
conseguindo vencer algumas doenças
que afetam a credibilidade de produtos
de origem animal. Nesse ponto, os bra-
sileiros têm algo a comemorar, pois as
vitórias sobre a febre aftosa têm sido
sucessivas desde a segunda metade da
década de 1990, quando os estados do
Rio Grande do Sul e de Santa Catarina
foram os primeiros a ser declarados li-
vres de aftosa com vacinação na OIE.
Progressivamente, outras regiões do
país foram conquistando esse status,
mas os avanços também sofreram re-
trocessos quando da repentina desco-
berta de focos da doença em rebanhos
do Rio Grande do Sul e de Mato Grosso
do Sul. Felizmente, prevaleceram as
notícias positivas, tanto no governo
Fernando Henrique Cardoso quanto
nas gestões de Luiz Inácio Lula da Sil-
va, Dilma Rousseff e Michel Temer. A-
gora, ocorre a estreia do governo Jair
Bolsonaro em Paris, onde o Brasil es-
tará representado pela ministra da Agri-
cultura, Tereza Cristina.
Foi graças a um trabalho de campo
e de bastidores do paulista Ênio Mar-
ques nos anos 1990, época em que o-
cupou o cargo de secretário de Defesa
Animal no ministério, que a Organiza-
ção Mundial de Saúde Animal aceitou
analisar os rebanhos dos países gran-
des estado por estado ou província por
província. Assim, gaúchos e catarinen-
ses saíram na frente. Outras conquistas
surgiram em seguida.
Tive oportunidade de cobrir jornalis-
ticamente, em maio de 2000, em Paris,
um congresso da OIE de valor histórico
para a carne bovina brasileira: aquele
em que a entidade declarou livres de af-
tosa com vacinação os estados de São
Paulo, Paraná, Goiás e Mato Grosso,
além do leste de Minas e do Distrito Fe-
deral. Coube ao ministro Marcus Vini-
cius Pratini de Moraes fazer pronuncia-
mento na inauguração do evento, no
Palais des Congrès. Entusiasmado, ele
anunciou aos delegados dos demais
países que nas duas décadas seguintes
o Brasil deveria superar de vez a aftosa,
mal por tanto tempo prejudicando nos-
sas exportações de carne.
No dia seguinte, Pratini convocou a
imprensa para uma entrevista coletiva
na Embaixada do Brasil e foi além no
seu otimismo, prevendo que, em cinco
anos, chegaríamos à liderança do ran-
king mundial dos exportadores de carne
bovina, deixando para trás os Estados
Unidos, a Austrália e a Argentina. Ele
acertou!
Apesar de alguns acidentes de per-
curso nos últimos anos, entre os quais
escândalos no âmbito de fiscalização da
saúde animal do ministério, os empre-
sários do Brasil torcem para que tudo
ocorra bem no campo e nas indústrias,
evitando que o setor seja afetado pelas
trapalhadas iniciais do novo governo.
Menos Olavo, mais Alívio, são os dese-
jos gerais.
A vacinação contra a febre aftosa co-
meçou em 15 de abril nos estados da
Região Norte e vai até 15 de maio. A
expectativa é de que esta seja a penúl-
tima campanha de vacinação dos reba-
nhos antes de o Brasil ser reconhecido
como totalmente livre da doença, sem
vacinação, em 2020. O encontro da OIE
de 2019, no entanto, já contribuirá para
o marketing da carne brasileira. Tudo
indica que Rondônia e Acre serão os
primeiros estados do Norte a conquistar
o status. Amazonas e Pará têm avança-
do. Roraima assusta, por causa da sua
Norminha
O Direito de Recusa é um recurso legal
que deve ser usado pelo trabalhador
quando estiver executando ou for exe-
cutar atividades que tenham evidências
de riscos graves e iminentes para a sua
segurança e saúde ou de outras pes-
soas.
Muitos trabalhadores desconhecem
este direito ou não sabem bem como e
quando aplicá-lo. Este direito é garan-
tido pela Constituição Federal, pela OIT,
pela CLT e pelas Normas Regulamenta-
doras do MTE - Ministério do Trabalho
e Emprego;
Na Constituição Federal;
A Constituição Federal prevê no ar-
tigo 7º, inciso XXII que: “São direitos
dos trabalhadores urbanos e rurais, a-
lém de outros que visem à melhoria de
sua condição social: redução dos riscos
inerentes ao trabalho, por meio de nor-
mas de saúde, higiene e segurança”.
Na CLT
O Artigo 483 - O empregado poderá
considerar rescindido o contrato e plei-
tear a devida indenização – “c) quando
correr perigo manifesto de mal conside-
rável”.
Na Organização Internacional do
Trabalho – OIT (Convenção 155)
PARTE IV - AÇÃO E NÍVEL DE EM-
PRESA
Art. 16 - 1. Deverá ser exigido dos
empregadores que, na medida que for
razoável e possível, garantam que os lo-
cais de trabalho, o maquinário, os equi-
pamentos e as operações e processos
que estiverem sob seu controle são se-
guros e não envolvem risco algum para
a segurança e a saúde dos trabalha-
dores.
f) o trabalhador informará imediata-
mente o seu superior hierárquico direto
sobre qualquer situação de trabalho
que, a seu ver e por motivos razoáveis,
envolva um perigo iminente e grave
para sua vida ou sua saúde; enquanto o
empregador não tiver tomado medidas
corretivas, se forem necessárias, não
poderá exigir dos trabalhadores a sua
volta a uma situação de trabalho onde
exista, em caráter contínuo, um perigo
grave ou iminente para sua vida ou sua
saúde.
Nas Normas Regulamentadoras do
MTE.
NR 3 – EMBARGO OU INTERDIÇÃO
3.1 Embargo e interdição são me-
didas de urgência, adotadas a partir da
constatação de situação de trabalho que
caracterize risco grave e iminente ao
trabalhador.
3.1.1. Considera-se grave e imi-
nente risco toda condição ou situação
de trabalho que possa causar acidente
ou doença relacionada ao trabalho com
lesão grave à integridade física do tra-
balhador.
NR 10 – SEGURANÇA EM INSTA-
LAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICI-
DADE
10.14 - DISPOSIÇÕES FINAIS
10.14.1. Os trabalhadores devem in-
terromper suas tarefas exercendo o di-
reito de recusa, sempre que consta-
tarem evidências de riscos graves e imi-
nentes para sua segurança e saúde ou a
de outras pessoas, comunicando ime-
diatamente o fato a seu superior hierár-
quico, que diligenciará as medidas ca-
bíveis.
10.14.2. As empresas devem pro-
mover ações de controle de riscos ori-
ginados por outrem em suas instala-
ções elétricas e oferecer, de imediato,
quando cabível, denúncia aos órgãos
competentes.
10.14.3. Na ocorrência do não cum-
primento das normas constantes nesta
NR, o MTE adotará as providências es-
tabelecidas na NR-03.
O trabalhador deve comunicar o fato
imediatamente ao seu superior hierár-
quico (líder de equipe, supervisor,
mestre, gerente ou diretor), agindo de
modo tranquilo e sem discussões. Se
necessário, faça a comunicação da re-
cusa também por escrito, fazendo em 2
vias, um breve relatório e peça ao supe-
rior para protocolar ou evidencie junto
aos seus colegas que presenciaram a
situação e informe que a recusa é moti-
vada pelo risco à sua saúde, integridade
física ou à sua própria vida.
Quando esse o direito de recusa é
desrespeitado pelo empregador é asse-
gurado ao Trabalhador o direito de se
desligar da empresa como se fosse uma
dispensa natural, SEM JUSTA CAUSA.
Mas, se o direito de recusa for usado
pelo trabalhador indevidamente para ti-
rar vantagem indevidamente poderá ser
demitido por justa causa. Segundo o
artigo 482 da CLT, " alínea e - desídia
no desempenho das respectivas fun-
ções", que é a negligência no desem-
penho das atividades.
Então, nada de realizar as tarefas
com negligência ou desleixo e achar
que está amparado pela lei! N
Carlos A Soares
proximidade em relação à Venezuela,
país em prolongada crise política e eco-
nômica, que atinge até mesmo a venda
de remédios para as pessoas e que tor-
na precária a criação de gado, assim
como a distribuição de produtos veteri-
nários no campo.
O fato é que, paralelamente a tantos
problemas enfrentados pelo Brasil em
vários setores, a qualidade do gado
brasileiro continua respeitada. No go-
verno Michel Temer, o então ministro
da Agricultura, Blairo Maggi, fez via-
gens aos países árabes, à China e à
Coreia do Sul para ampliar, com su-
cesso, a venda de carnes de gado bovi-
no, suíno e aves. Às vezes, agiu como
bombeiro após escândalos.
O estilo Bolsonaro de política inter-
nacional andou ameaçando a consoli-
dação dessa campanha, mas o presi-
dente já dialogou com os embaixadores
dos países árabes após sua visita a Is-
rael e deverá dar um pulo à China.
Grandes potências de exportação po-
dem ter amigos mais íntimos, mas não
devem abrir mão de vender também
para os menos amigos. A China man-
tém a condição de país comunista – um
dos poucos remanescentes no mundo
atual –, porém negociando com as na-
ções capitalistas ou governadas por
presidentes de direita.
Afinal, para alimentar uma popula-
ção de quase 1 bilhão e meio de habi-
tantes, a China precisa recorrer a verda-
deiros celeiros, como o Brasil, que, por
sua vez, compra os mais variados pro-
dutos industriais chineses.
Saiba mais sobre a OIE: www.oie.int
Sobre o autor: Luiz Carlos Ramos, de São
Paulo, desenvolve uma carreira jornalística
que completou 55 anos em março, com mul-
tiplicidade de tipos de mídia e com ampla va-
riedade de temas, além de acumular 27 anos
como professor de Jornalismo na PUC-SP.
Carnetec - N
ONG vai indenizar separadora de material reciclável por agravamento de doença degenerativa
MP quer que acidente de trajeto não seja
assumido por empresa
Norminha
O governo utilizou da medida provisó-
ria do pente-fino do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) para propor
que não sejam mais consideradas aci-
dente de trabalho aquelas eventualida-
des que ocorrerem no percurso de casa
para a empresa ou no trajeto de volta
para casa.
O relator da medida provisória, de-
putado Paulo Martins (PSC-PR), foi o
responsável pela apresentação do texto.
Ele apresentou o parecer, mas com alte-
rações à versão original. O relatório foi
produzido em reuniões com técnicos
do ministério da economia.
De acordo com o parlamentar, já que
a reforma trabalhista não considera co-
mo jornada de trabalho o tempo de des-
locamento do empregado, a legislação
previdenciária tem que se adaptar às
novas regras. A reforma foi aprovada
em 2017.
Por esse motivo, o parecer exclui a
possibilidade de que acidentes ocorri-
dos no caminho para a empresa ou para
residência sejam equiparados a aciden-
tes de trabalho, que poderiam garantir
benefícios e auxílios a trabalhadores.
De acordo com o secretário especial
de Previdência e Trabalho, Rogério Ma-
rinho, o relatório do deputado foi cons-
truído junto com a equipe econômica.
“O que o governo apresentou evidente-
mente foi assinado pelo governo. O que
está lá [no documento] é porque o go-
verno apresentou o projeto”, disse Ma-
rinho. N Notícias Concursos
Difundir informação não
gera concorrente, gera mercado
Norminha Por Mário Sobral Jr*
Já faz algum tempo que tenho como um
dos objetivos de vida difundir informa-
ções sobre Segurança do Trabalho. Fa-
ço isto com o Jornal Segurito, com os
vídeos do SST É O CANAL, com os
podcasts do Segurito em Cast, com a
fanpage do Jornal Segurito, com o site
www.jornalsegurito.com, além das pa-
lestras gratuitas e aulas no IFAM.
Mas algo que me deixa triste é ver
pessoas com muito mais conhecimen-
to, retendo informações por medo de
gerar concorrência.
O que estes profissionais inseguros
não percebem é que transmitir infor-
mações faz com que você receba mais
informações. Não apenas pela troca de
material dos contatos agradecidos, mas
principalmente porque quando você re-
solve produzir um material para divul-
gar, precisará estudar, planejar e final-
mente gerar a informação e neste pro-
cesso é natural o próprio desenvol-
vimento.
Mas tem outro motivo que vejo co-
mo mais importante.
Qual, professor?
É o seguinte, meu filho, quando te-
mos uma categoria com baixo conhe-
cimento, mesmo que você individual-
mente se destaque, o setor é visto como
algo menor. Porém quando toda a cate-
goria é mais qualificada a informação
viaja pelo ar alcançando a toda a popu-
lação e faz com que o setor fique cada
dia mais forte e consequentemente au-
menta o mercado de trabalho.
Por isso, espero que todos possa-
mos divulgar mais e mais informações,
pois hoje, para boa parte da população,
o profissional de Segurança de Traba-
lho é visto como alguém que vigia os
trabalhadores no uso de EPIs e escreve
uns papéis na sala que tem ar condi-
cionado.
Espero chegar ao dia que ao per-
guntar para qualquer cidadão sobre a
importância do profissional de Segu-
rança do Trabalho vou ouvir com sin-
ceridade que é um profissional que
cuida do trabalhador e tem importância
estratégica para a empresa.
N
Autor:
Mário Sobral Jr
Engenheiro de
Segurança do Trabalho
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Página 12/12 - Norminha - Nº 518 - 09/05/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha
Organização não governamental de
Chapecó (SC), deverá pagar reparação
por danos materiais e morais a uma
ajudante de produção que teve agravada
doença degenerativa no ombro devido
ao trabalho de separação de materiais
recicláveis. Ao decidir, a Segunda Tur-
ma do Tribunal Superior do Trabalho
seguiu o entendimento consolidado de
que, nos casos que envolvam doenças
de origem degenerativa, o fato de as
condições de trabalho agravarem o
quadro é suficiente para configurar o
dever de indenizar.
A ajudante prestou serviços de 2007
a 2010 para a reclamada, que se dedica
ao recolhimento e à separação de mate-
riais recicláveis. De acordo com seu
histórico ocupacional relatado ao médi-
co perito, ela trabalhou dos dez aos 27
anos na plantação de feijão e milho e,
além de carpir, roçar e limpar estreba-
ria, foi catadora de papel e diarista por
seis anos e faxineira por mais de um
ano.
Ela ainda relatou ao médico que já
apresentava dor no ombro direito cerca
de seis anos antes de ingressar na ONG.
Com essas informações, o perito con-
cluiu que a lesão decorria de doença
degenerativa, e não ocupacional.
No julgamento do recurso ordinário
da empregada, o Tribunal Regional do
Trabalho da 12ª Região (SC) confirmou
a sentença que havia indeferido o paga-
mento de indenização decorrente de do-
ença ocupacional. Reconheceu, no en-
tanto, que as atividades desempenha-
das, que exigem elevação, abdução e
rotação de membros superiores, agra-
varam os sintomas.
Com base no laudo pericial, o TRT
registrou que a ajudante apresentava
incapacidade parcial e temporária para
o trabalho, mas concluiu que a empre-
gadora não podia ser responsabilizada
pelos danos decorrentes da doença.
Assinalou ainda que era ônus da em-
pregada comprovar que as atividades
na ONG teriam atuado como fator de-
sencadeante da enfermidade.
A relatora, ministra Maria Helena
Mallmann, assinalou ter a jurispru-
dência do TST consolidado o entendi-
mento de que, nos casos que envolvem
pretensões compensatórias e reparató-
rias decorrentes de doença ocupacional
e doenças de origem degenerativa agra-
vadas em razão do desempenho da ati-
vidade, o nexo concausal justifica o de-
ver de indenizar.
Segundo os precedentes, para a
configuração da chamada concausa, fa-
tor que contribui de alguma forma para
a produção ou o agravamento de um
quadro de patologia, não importa se a
doença tem caráter congênito ou dege-
nerativo: basta que o trabalho em con-
dições inadequadas tenha concorrido
para a ocorrência do infortúnio.
Por unanimidade, a Turma deu pro-
vimento ao recurso e condenou a ONG
ao pagamento de indenização de R$ 20
mil a título de danos morais e de R$ 40
mil a título de danos materiais. Na fixa-
ção do valor, foram considerados a ca-
pacidade econômica das partes, a gra-
vidade do dano sofrido pela vítima, o
caráter punitivo e pedagógico da pena e
o fato da incapacidade para o trabalho
ser parcial e temporária.
N
Fonte: Tribunal Superior do Trabalho
Colaborou: Enrique Diez Parapar
www.edpconsultoria.com.br
Norminha
O jaleco branco tradicional é um
símbolo de grande importância para a
comunidade médica. No entanto, ele
pode representar perigo ao paciente. Is-
so porque a peça pode estar contami-
nada com diversos tipos de bactérias
nocivas associadas a infecções hospi-
talares, como septicemia (infecção ge-
neralizada), apontou estudo publicado
no periódico Infection Control and Hos-
pital Epidemiology. A pesquisa ainda
alertou que até 16% desses micróbios
podem ser resistentes à medicação, co-
mo a Staphylococcus aureus resistente
à meticilina (SARM). Os dados são pre-
ocupantes já que trabalho anterior mos-
trou que a maioria dos médicos passa
mais de uma semana sem lavar o jale-
co, enquanto outros podem fazer inter-
valos de lavagem que duram um mês.
Mas não são apenas os jalecos que
trazem riscos de saúde para o paciente.
Ternos e gravatas usados no ambiente
hospitalar podem estar contaminados
com bactérias. O uniforme das enfermei
ras não fica atrás. Outros itens que ofe-
recem risco de contaminação são ta-
blets e smartphones utilizados no aten-
dimento. Por causa disso, a orientação
é lavar jalecos e uniformes diariamente,
assim como facilitar o acesso ao álcool
em gel para que os profissionais de
saúde desinfetem as mãos antes de a-
tender o paciente.
O jaleco
O estudo descobriu que 42% dos já-
lecos analisados continham bactérias
gram-negativas das quais fazem parte
Escherichia coli, responsável por infec-
ções intestinais e urinárias; a Pseudo-
monas aeruginosa, que podem causa
otite e infecções oculares; e Haemo-
philus influenzae, microrganismo que
causa infecções, principalmente em cri-
anças. Também foram encontrados em
16% dos jalecos micróbios da cepa
SARM. Ambos os tipos podem causar
problemas sérios, incluindo infecções
de pele e da corrente sanguínea, pneu-
monia e septicemia. Outra pesquisa a-
pontou que 45% das bactérias encon-
tradas em ferimentos de pacientes fo-
ram encontradas no jaleco e nas roupas
dos médicos que realizaram o atendi-
mento.
Já estudo do ano passado descobriu
que jalecos de mangas longas aumen-
tam a probabilidade de transmissão de
Mas não são apenas os jalecos que trazem
riscos de saúde para o paciente. Ternos e
gravatas usados no ambiente hospitalar
podem estar contaminados com bactérias.
(Thinkstock/VEJA/VEJA)
patógenos. A justificativa para a dife-
rença no risco de contaminação está re-
lacionada ao fato de que a manga longa
está mais propensa a entrar em contato
com as bactérias; além disso, mesmo
que o médico mantenha as mãos e pul-
sos limpos, a manga contaminada pode
retransmitir os microrganismos noci-
vos. Por causa disso, A Sociedade A-
mericana de Cuidado Epidemiológico
sugeriu aderir ao jaleco de manga curta
ou média e manter os braços nus a-
baixo do cotovelo para diminuir os ris-
cos de contaminação e facilitar a higie-
nização do local.
Álcool em gel
A maioria dos hospitais espalha ál-
cool em gel ao redor. No entanto, se-
gundo especialistas, a localização não
é tão conveniente como deveria, o que
acaba reduzindo o uso frequente. Mas o
motivo para isso, pelo menos nos Esta-
dos Unidos, não é negligência. De acor-
do com o The New York Times, no início
dos anos 2000, os bombeiros passaram
a exigir que os recipientes de álcool em
gel fossem removidos ou realocados
para ficarem longe de equipamentos
que aumentassem o risco de incêndio –
o higienizador contém pelo menos 60%
de álcool, o que os torna inflamáveis. A-
pesar disso, a Organização Mundial da
Saúde (OMS) destaca que o risco de in-
cêndio por esta causa é muito baixa.
Diante das recomendações dos bom-
beiros, os recipientes de mais fácil a-
cesso estão localizados nos corredores,
mas especialistas acreditam que se dis-
ponibilizados em locais mais próximos
do paciente o uso seria facilitado. Aliás,
um estudo mostrou que se os dispen-
sadores de parede fossem colocados
próximos à cama do paciente a utiliza-
ção pode aumentar em 50%.
A solução
Como muitos médicos não conse-
guem abandonar o jaleco, os especia-
listas orientam que os profissionais a-
dotem algumas medidas para diminuir
os riscos de contaminação, incluindo:
Jalecos de manga curta;
Lavá-los frequentemente; e
Facilitar o acesso ao álcool em gel –
além de manter um no jaleco. N
Veja Abril
Jaleco médico pode colocar a saúde do paciente em risco, alerta estudo Pesquisadores apontam que a peça pode estar contaminada com bactérias nocivas, incluindo a SARM, que é resistente à medicação