professor alfabetizador v 1

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   V   o    l   u   m   e    I    G   u    i   a    d   e    P    l   a   n   e    j   a   m   e   n    t   o   e    O   r    i   e   n    t   a   ç    õ   e   s    D    i    d    á    t    i   c   a   s      P   r   o    f   e   s   s   o   r    A    l    f   a    b   e    t    i   z   a    d   o   r      1      s    é   r    i   e Guia de Planejamento e Orientações Didáticas Professor Alfabetizador – 1ª série Volume I

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   V  o   l  u  m  e   I

   G  u   i  a   d  e   P   l  a  n  e   j  a  m  e  n   t  o  e   O  r   i  e  n   t  a  ç   õ  e  s   D   i   d   á   t   i  c  a  s  –   P  r  o   f  e  s  s  o  r   A   l   f  a   b  e   t   i  z  a   d  o  r  –   1   ª  s   é  r   i  e

Guia de PlanejamentOrientações Didáti

Professor Alfabetizador – 1ª s

Volum

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DA EDUCAÇÃOFUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

São Paulo, 2008

Guia de Planejamento eOrientações Didáticas

Professor Alfabetizador – 1a série

PROFESSOR(A): ____________________________________________________________

 TURMA: ____________________________________________________________________

Volume I

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Agradecemos à Preeitura da Cidade de São Paulo por ter cedido esta obra à Secretaria da Educação do Estado

de São Paulo, permitindo sua adaptação para atender aos objetivos do Programa Ler e Escrever.

Governo do Estado de São Paulo

Governador

José Serra

Vice-Governador

Alberto Goldman

Secretária da EducaçãoMaria Helena Guimarães de Castro

Secretária-Adjunta

Iara Gloria Areias Prado

Chee de Gabinete

Fernando Padula

Coordenador de Estudos e Normas Pedagógicas

José Carlos Neves Lopes

Coordenador de Ensino da Região Metropolitana

da Grande São Paulo

Luiz Candido Rodrigues Maria

Coordenadora de Ensino do Interior

Aparecida Edna de Matos

Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação

Fábio Bonini Simões de Lima

Diretora de Projetos Especiais da FDE

 Claudia Rosenberg Aratangy

Prefeitura da Cidade de São Paulo

Preeito

Gilberto Kassab

Secretário Municipal de Educação

Alexandre Alves Schneider

Secretária-Adjunta

Iara Glória Areias Prado

Concepção e Elaboração deste Volume

Aloma Fernandes

Claudia Rosenberg Aratangy

Eliane Mingues

Maria de Lourdes Mello Martins

Marta Durante

Regina Célia dos Santos Câmara

Roberta Leite Pânico

Rosanea Maria Mazzini Correa

Tânia Nardi de Pádua

Assessoria

MGA – Projetos Educacionais

Agradecimentos ao Santander Banespa, que

viabilizou o projeto editorial desta publicação.

Coordenação Editorial e Gráfca 

Trilha Produções Educacionais

Ilustração

Ana Rita da Costa

Os créditos acima são da

publicação original do ano de 2006.

Catalogação na Fonte: Centro de Reerência em Educação Mario Covas

S239LSão Paulo (Estado) Secretaria da Educação.

Ler e escrever: guia de planejamento e orientações didáticas; proessor

alabetizador – 1a série / Secretaria da Educação, Fundação para o

Desenvolvimento da Educação; adaptação do material original, Claudia

Rosenberg Aratangy, Rosalinda Soares Ribeiro de Vasconcelos. - São Paulo :

FDE, 2008.

v. 1, 184 p. : il.

Inclui bibliografa.

Obra cedida pela Preeitura da Cidade de São Paulo à Secretaria da

Educação do Estado de São Paulo para o Programa Ler e Escrever.

1. Ensino Fundamental 2. Ciclo I 3. Alabetização 4. Atividade

Pedagógica 5. Programa Ler e Escrever 6. São Paulo I. Título. II. Fundação

para o Desenvolvimento da Educação. III. Aratangy, Claudia Rosenberg. IV.

Vasconcelos, Rosalinda Soares Ribeiro de.

CDU: 372.4(815.6)

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Ler e Escrever em primeiro lugar 

Prezada professora, prezado professor 

Estamos, com este material, iniciando a implantação do Programa

Ler e Escrever nas salas de aula. Não é um programa que se pretenda

original – pelo contrário, ele visa retomar a mais básica unção da escola:

propiciar a aprendizagem da leitura e da escrita. Também não traz gran-

des invenções ou novidades: por um lado, é uma decorrência natural do

Programa Letra e Vida – já bastante conhecido dos educadores da Rede

Estadual –; por outro, já vem acontecendo na Rede Municipal de Educa-

ção desde 2006.

Os resultados do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do

Estado de São Paulo (SARESP 2005) apontaram claramente a necessi-

dade de se atuar com mais oco na alabetização dos alunos das séries

iniciais. Quando um estudante não se alabetiza plenamente no come-

ço de sua escolaridade, fca sem condições de seguir aprendendo os

conteúdos das diversas áreas de conhecimento e isso compromete seu

avanço ao longo das séries. O resultado, que podemos ver nos dados do

Indicador Nacional de Alabetismo Funcional (INAF)*, é que o jovem sai

da escola sem as competências essenciais para se inserir no mundo do

trabalho, usuruir plenamente da cultura, participar ativamente da socie-

dade e, assim, exercer integralmente a cidadania.

O momento não é de procurar culpados por não termos resolvido

essa questão até agora. A hora é de dividir responsabilidades e, com o

*Esse indicador mede os níveis de alabetismo uncional da população brasi leira adulta. O objetivo do INAF é oerecer à sociedade inormações sobre as habilidades e práticas de leitura, escrita e matemática dosbrasileiros entre 15 e 64 anos.

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empenho de todos, reverter esse quadro. Então, ao decidir colocar como

meta prioritária a alfabetização plena dos alunos de oito anos até 2010,

esta gestão assume um compromisso com seus educadores, com os alu-

nos e com a sociedade.

Vocês, professores, são peças-chave neste processo, pois são vo-

cês que, dia após dia, estão com os alunos. Entretanto, cabe a nós, ges-

tores de políticas públicas, apoiá-los, subsidiá-los e compartilharmos a

responsabilidade por essa tarefa. Por isso, iremos concentrar esforços e

investir na formação continuada de educadores e gestores das escolas

e Diretorias de Ensino, adquirir acervos de livros, melhorar as condições

físicas e institucionais da Rede e disponibilizar recursos e materiais de

apoio para tornar viável o alcance desse objetivo.

Não será um caminho suave. Mas, quando nos depararmos com

meninos e meninas de oito anos lendo poemas, receitas, histórias, notí-

cias e outros gêneros e escrevendo cartas, histórias, receitas, notícias e

outros, certamente vamos ter a grata sensação de quem, de fato, cum-

priu uma nobre e importante missão.

Maria Helena Guimarães de Castro

Secretária da Educação do Estado de São Paulo

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Cara professora, caro professor 

Desde o início de 2007, ormou-se na Secretaria de Estado da Edu-

cação de São Paulo a equipe do Programa Ler e Escrever, com integran-

tes do Programa Letra e Vida, da Coordenadoria de Ensino da Grande

São Paulo (COGSP), da Cordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas

(CENP) e da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), com

a colaboração da Diretoria de Orientação Técnica (DOT) da Secretaria Mu-

nicipal de Educação, para iniciar o Ler e Escrever na Rede Estadual. Esse

grupo promoveu, durante todo o ano de 2007, encontros de ormação

com os gestores: proessores coordenadores, diretores de escola, super-visores de ensino e assistentes técnico-pedagógicos das escolas de 1a 

a 4a série do Ensino Fundamental da capital, visando apoiá-los na diícil

tarea de transormar a escola, cada vez mais, num espaço de aprendiza-

gem e de produção de conhecimento.

Como o Estado de São Paulo venceu o desafo da inclusão, com

98,6% das crianças de 7 a 14 anos na escola e 90% dos jovens de 15 a

17 anos estudando, o objetivo agora é a melhoria da aprendizagem que,

para isso, requer o aprimoramento cada vez maior da qualidade do ensi-no oerecido. Em agosto de 2007, o governador José Serra e a secretária

de Estado da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, lançaram

um amplo plano para a educação paulista, com 10 ações para atingir 10

metas até 2010. Dentre as ações propostas para alcançar as metas re-

lativas à alabetização dos alunos e à recuperação da aprendizagem das

séries iniciais, está o Ler e Escrever – que passa a ser uma das priorida-

des da atual gestão.

Agora, em 2008, o Ler e Escrever começa uma nova etapa: além de

ser ampliado para toda a região metropolitana, oerecerá aos proessores

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uma série de materiais de apoio, dentre os quais está este Guia. Este

material é uma adaptação do Guia de Planejamento para o Professor Al-

fabetizador  do projeto  Toda Força ao Primeiro Ano, publicado em 2006

pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, no âmbito do Pro-

grama Ler e Escrever – Prioridade na Escola Municipal, que começou sua

implantação em 2005 e continua em andamento.

Como os pressupostos, os objetivos e a orientação metodológica

deste Guia são totalmente convergentes com os da Secretaria de Estado

da Educação de São Paulo, optamos por utilizá-lo, azendo as adaptações e

as revisões necessárias, mas mantendo sua essência pouco modifcada.

Além deste Guia, o Caderno de Planejamento e Avaliação, o Livro

de Textos do Aluno, a Coletânea de Atividades e o Guia de Estudo para

o Horário de Tra balho Pedagógico Coletivo compõem um conjunto de

materiais impressos que servirão para articular a ormação continuada

dos proessores de 1a série nas Horas de Trabalho Pedagógico Coletivo

(HTPCs) com seu planejamento e sua atuação em sala de aula. Teoria e

prática se complementam, ação-reexão-ação se sucedem; planejamen-

to, intervenções didáticas e avaliação dialogam permanentemente.

Nenhum material, por melhor que seja, dá conta de resolver todasas mazelas da educação. Entretanto, um planejamento consistente, com

acompanhamento e recursos didáticos disponíveis, pode permitir que

o(a) proessor(a) se concentre naquilo que é mais relevante: a aprendiza-

gem de seus alunos.

Equipe do Programa Ler e Escrever

Janeiro de 2008

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 JANEIRO

D S T Q Q S S

  1 2 3 4 5

  6 7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18 19

20 21 22 23 24 25 26

27 28 29 30 31

FEVEREIRO

D S T Q Q S S

1  2 3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16

17 18 19 20  21  22 23

24 25 26 27 28  29

 MARÇO

D S T Q Q S S

1

2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15

16 17 18 19 20 21 22

23 24 25 26 27 28 2930 31

 ABRIL

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5

6 7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18 19

20  21 22 23 24 25 26

27 28 29 30

 MAIO

D S T Q Q S S

  1 2 3

 4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 14 15 16 17

18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 29 30 31

 JUNHO

D S T Q Q S S

  1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

29 30

 JULHO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5

6 7 8  9  10  11  12 13  14  15  16  17  18  19 20  21  22  23 24 25 26

27 28 29 30 31

 AGOSTO

D S T Q Q S S

1 2

3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16

17 18 19 20 21 22 23

24 25 26 27 28 29 30

31

SETEMBRO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12 13

14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27

28 29 30

OUTUBRO

D S T Q Q S S

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

NOVEMBRO

D S T Q Q S S

1

2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15 

16 17 18 19 20 21 22

23 24 25 26 27 28 29

30

DEZEMBRO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12 13

14 15 16 17 18 19 20

21 22  23  24  25  26  27 28  29  30  31

CALENDÁRIO ESCOLAR 2008

 JANEIRO

D S T Q Q S S

  1 2 3

 4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 14 15 16 17

18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 29 30 31

FEVEREIRO

D S T Q Q S S

  1  2  3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20  21 22 23 24 25 26 27 28

 MARÇO

D S T Q Q S S

  1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

29 30 31

 ABRIL

D S T Q Q S S

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30

 MAIOD S T Q Q S S

  1 2

3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16

17 18 19 20 21 22 23

24 25 26 27 28 29 30

31

 JUNHOD S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12 13

14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27

28 29 30

 JULHOD S T Q Q S S

1 2 3 4

5 6 7 8  9  10  11 12  13  14  15  16  17  18 19  20  21  22  23 24 25

26 27 28 29 30 31

 AGOSTOD S T Q Q S S

1

2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15

16 17 18 19 20 21 22

23 24 25 26 27 28 29

30 31

SETEMBRO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5

6  7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18 19

20 21 22 23 24 25 26

27 28 29 30

OUTUBRO

D S T Q Q S S

1 2 3

 4 5 6 7 8 9 10

11  12 13 14 15 16 17

18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 29 30 31

NOVEMBRO

D S T Q Q S S

  1  2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

29 30

DEZEMBRO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5

6 7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18 19

20 21 22  23  24  25  26 27  28  29  30  31

CALENDÁRIO ESCOLAR 2009

Dia Mundial da Paz __________________________________ 1o janeiro Aniversário de São Paulo ____________________________ 25 janeiroCarnaval _______________________________ 5 fevereiro | 24 fevereiroPaixão _____________________________________21 março | 10 abrilPáscoa _____________________________________23 março | 12 abrilTiradentes __________________________________________ 21 abrilDia do Trabalho ______________________________________ 1o maioCorpus Christi _______________________________22 maio | 11 junho

Revolução Constitucionalista _____________________________ 9 julhoIndependência do Brasil ____________________________ 7 setembroNossa Senhora Aparecida____________________________12 outubroFinados _________________________________________2 novembroProclamação da República _________________________15 novembroDia da Consciência Negra __________________________20 novembroNatal _________________________________________ 25 dezembro

Feriados 2008 | 2009

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Sumário

Calendário Escolar de 2008 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

 O que este Guia oerece . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Como utilizar este Guia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

Parte 1

Concepção de alabetização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

As expectativas de aprendizagem para a 1a série do Ciclo I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19Expectativas relacionadas à comunicação oral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

Expectativas relacionadas às práticas de leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

Expectativas relacionadas à análise e refexão sobre a língua

e às práticas de produção de texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

Trocando em miúdos... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

As expectativas de aprendizagem para o 1o bimestre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Com relação às práticas de leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

Com relação às práticas de produção de texto e à análise e refexão sobre a língua . . . . 32

Com relação à comunicação oral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

Alabetizar e avaliar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

A sondagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33

A organização de uma rotina de leitura e escrita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

Situações didáticas que a rotina deve contemplar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

Dicas práticas para o planejamento do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

FEVEREIRO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

Orientações para a sondagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

MARÇO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

ABRIL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

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O que azer com aqueles alunos que parecem não avançar? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47

Orientações e situações didáticas e sugestões de atividades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

Escrita do proessor – a rotina na lousa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

Os momentos de leitura do(a) proessor(a) – textos literários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54Os momentos de leitura do(a) proessor(a) – textos de divulgação cientíca . . . . . . . . . . . . . 59

Atividade 1 – Leitura de um texto de divulgação cientíca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

Os momentos de leitura do aluno – textos memorizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

Atividade 2 – Leitura de parlenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63

Análise e refexão sobre a língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

O alabeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

Atividade 3 – Uma parlenda para recitar o alabeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

Análise e refexão sobre a língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

O trabalho com listas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

Atividade 4 – Escrita da lista dos nomes da classe em ordem alabética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .72

Análise e refexão sobre a língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

Escrita e leitura de nomes próprios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

Atividade 5 – Nomes e sobrenomes: conversa de apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .76

Atividade 6 – Produção de crachás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78

Atividade 7 – Auto-retrato e escrita do próprio nome . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80

Atividade 8 – Agenda de aniversários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81

Produção oral com destino escrito – cartas e bilhetes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83

Atividade 9 – Produção de bilhete para os pais: horário da aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

Projeto didático: cantigas populares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86

Atividade 1 do projeto didático – Leitura de uma cantiga de ninar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92

Atividade 2 do projeto didático – Escrita da lista das cantigas conhecidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95

Atividade 3 do projeto didático – Produção de uma nova versão para uma cantiga . . . . . . . . . . . .97

Parte 2

As práticas sociais de leitura e de escrita na escola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107

As expectativas de aprendizagem para o 2o bimestre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109

Com relação à leitura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110

Com relação à produção de texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111

Com relação à comunicação oral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112

Ensinar e avaliar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113

Avaliação do ensino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115Avaliação das aprendizagens dos alunos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117

A organização de uma rotina de leitura e escrita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118

Situações didáticas que a rotina deve contemplar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .119

Dicas práticas para o planejamento do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121

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MAIOIntrodução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124

JUNHO/JULHOIntrodução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126

O que azer com aqueles alunos que parecem não avançar? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127

Orientações didáticas e sugestões de atividades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128

Ler e escrever para acompanhar acontecimentos marcantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129

Atividade 1 – Notícias sobre o grande evento esportivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .132

Atividade 2 – Lista com os nomes dos países . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134

Atividade 3 – Legendas de otos trocadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138

Atividade 4 – Legendas de otos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .139

Atividade 5 – Ficha técnica dos países . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .141

Atividade permanente – comunicação oral – Roda de conversa,

curiosidades e outros assuntos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .143

Seqüência didática – produção oral com destino escrito –Era uma vez um conto de adas... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144

Atividade 6 – Leitura de contos tradicionais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147

Atividade 7 – Ouvir uma história gravada em CD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .149

Atividade 8 – Produção oral da história escolhida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150

Seqüência didática: “Hoje é domingo, pé de cachimbo” ou “Hoje é domingo, pedecachimbo”? – parlendas e trava-línguas – o que podem estas brincadeiras? . . . . . . . . . . . .152

Atividade 9 – Parlendas conhecidas – ditado cantado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .154

Atividade 10 – Produção de versões para uma parlenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .156

Atividade 11 – Quebra-cabeça de parlenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160

Atividade 12 – Palavras que rimam e complicam . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166

Projeto didático: pé-de-moleque, canjica e outras receitas juninas:um jeito gostoso de aprender a ler e escrever . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170

Atividade 13 – Localizar uma receita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .175

Atividade 14 – Escrita de lista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176

Atividade 15 – Ler para azer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .178

Reerências bibliográcas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 182

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Este Guia oferece...

Logo no início, um espaço para você anotar

seus dados.

E, é claro, o Calendário Escolar 

de 2008/2009. Assim, você

 já inicia o ano com condições

de começar a planejar os duzentos dias letivos que

tem pela rente, considerando os eriados, os dias

de reunião, os eventos da escola, os compromissos

voltados para a sua ormação etc.

Lembra-se das expectativas de aprendizagem? 

Elas também estão aqui. Só que mais detalhadas e

relacionadas com algumas orientações didáticas

que ajudarão você a alcançá-las.

GOVERNODOESTADODE SÃOPAULO

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

FUNDAÇÃOPARA ODESENVOLVIMENTODA EDUCAÇÃO

SãoPaulo,2008

Guia de Planejamento e

Orientações Didáticas

Professor Alfabetizador – 1a série

PROFESSOR(A):____________________________________________________________

 TURMA:____________________________________________________________________

19GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 As expectativas de aprendizagempara a 1a série do Ciclo I

Asatividadespropostasneste GuiadePlanejamento oramelaboradascomointuitode ornecersubsídios paraque seus alunos nãoapenas atinjama

metadeestaremplenamentealabetizados aofnalda 2a série,mas também

alcancemtodas as expectativas deaprendizagemprevistas paraessaetapa deescolaridade. Sãoelas:

Expectativas relacionadas à comunicação oral

j  Participarde situações deintercâmbiooral, ouvindocom atençãoe ormu-

landoperguntas sobreo tematratado.j  Planejarsua ala,adequando-a a dierentes interlocutores em situações

comunicativas docotidiano.

Expectativas relacionadas às práticas de leitura

j Apreciartextos literários.

j  Recontarhistórias conhecidas,recuperandoalgumas características dalin-guagemdo textolido pelo(a) proessor(a).

j  Ler,com aajuda do(a) proessor(a),dierentes gêneros (textos narrativos

literários,textos instrucionais,textos de divulgaçãocientífca enotícias),

apoiando-seem conhecimentos sobreo temado textoe sobreas caracte-r ísticas deseuportador,sobreogêneroesobreosistemadeescri ta.

j  Ler,por simesmo, textos conhecidos,tais comoparlendas, adivinhas,po-

emas,canções,trava-línguas, alémde placas deidentifcação, listas,man-chetes dejornal,legendas,quadrinhos erótulos.

 Expectativas relacionadas à análise e reflexão sobre a línguae às práticas de produção de texto

j  Compreendero uncionamentoalabéticodo sistemade escrita,aindaque

escrevacomerros ortográfcos (ausênciade marcas denasalização,hipo ehipersegmentação,entreoutros).

j  Escreveralabeticamente* textos queconhecede memória(otextoalado

enão asua ormaescrita), tais como: parlendas,adivinhas,poemas, can-ções,trava-línguas,entre outros.

j  Reescrever– ditandopara vocêou paraos colegas e,quando possível,de

própriopunho– histórias conhecidas,considerandoas idéias principais do

texto-ontee algumas características dalinguagem escrita.

* Aindaquecom erros deortografa.

  J ANE I RO

D S T Q Q S S

  1 2 3 4 5

  6 7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18 19

20 21 22 23 24 25 26

27 28 29 30 31

FE VE RE I RO

D S T Q Q S S

1  2 3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16

17 18 19 20  21  22 23

24 25 26 27 28  29

 MARÇO

D S T Q Q S S

1

2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15

16 17 18 19 20 21 22

23 24 25 26 27 28 29

30 31

 ABRIL

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5

6 7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18 19

20  21 22 23 24 25 26

27 28 29 30

 MAIO

D S T Q Q S S

  1 2 3

 4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 14 15 16 17

18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 29 30 31

  J UNHO

D S T Q Q S S

  1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

29 30

 JULHO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5

6 7 8  9  10  11  12 13  14  15  16  17  18  19 20  21  22  23 24 25 26

27 28 29 30 31

  AGOST O

D S T Q Q S S

1 2

3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16

17 18 19 20 21 22 23

24 25 26 27 28 29 30

31

SE T E MBRO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12 13

14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27

28 29 30

OUT UBRO

D S T Q Q S S

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30 31

NOVE MBRO

D S T Q Q S S

1

2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15 

16 17 18 19 20 21 22

23 24 25 26 27 28 29

30

DE Z E MBRO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12 13

14 15 16 17 18 19 20

21 22  23  24  25  26  27 28  29  30  31

CALENDÁRIO ESCOLAR 2008

  J ANE I RO

D S T Q Q S S

  1 2 3

 4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 14 15 16 17

18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 29 30 31

FE VE RE I RO

D S T Q Q S S

  1  2  3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20  21 22 23 24 25 26 27 28

 MARÇO

D S T Q Q S S

  1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

29 30 31

 ABRIL

D S T Q Q S S

1 2 3 4

5 6 7 8 9 10 11

12 13 14 15 16 17 18

19 20 21 22 23 24 25

26 27 28 29 30

 MAIOD S T Q Q S S

  1 2

3 4 5 6 7 8 9

10 11 12 13 14 15 16

17 18 19 20 21 22 23

24 25 26 27 28 29 30

31

  J UNHOD S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6

7 8 9 10 11 12 13

14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27

28 29 30

 JULHOD S T Q Q S S

1 2 3 4

5 6 7 8  9  10  11 12  13  14  15  16  17  18 19  20  21  22  23 24 25

26 27 28 29 30 31

  AGOST OD S T Q Q S S

1

2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15

16 17 18 19 20 21 22

23 24 25 26 27 28 29

30 31

SE T E MBRO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5

6  7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18 19

20 21 22 23 24 25 26

27 28 29 30

OUT UBRO

D S T Q Q S S

1 2 3

 4 5 6 7 8 9 10

11  12 13 14 15 16 17

18 19 20 21 22 23 24

25 26 27 28 29 30 31

NOVE MBRO

D S T Q Q S S

  1  2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28

29 30

DE Z E MBRO

D S T Q Q S S

1 2 3 4 5

6 7 8 9 10 11 12

13 14 15 16 17 18 19

20 21 22  23  24  25  26 27  28  29  30  31

CALENDÁRIO ESCOLAR 2009

DiaMundi al daPaz __________________________ ________1 o janeiro  Anivers ário de São Paulo _____________________ _______ 25 janeiroCarnaval _____________________ __________5 fevereiro | 24 fevereiroPaixão _____________ ________________________21 março | 10 abrilPáscoa ___________________________ __________23 março | 12 abrilTiradentes ____________________________ ______________ 21 abrilDiado Trabalho ________________________ ______________ 1o maioCorpus Christi _______________________________22 maio | 11 junho

Revolução Constitucionalista_____________________________ 9 julhoIndependência do Brasil ____________________________7 setembroNossa SenhoraA parecida____________ ________________12 outubroDiado Professo r__________ _________________________ 15 outubroFinados ________________________________________ _2 novembroProclamação daRepública_________________________15novembroDiadaConsciênciaNegra__________________________20 novembroNatal _________________________________________ 25 dezembro

Feriados 2008 | 2009

12 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

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As expectativas de aprendizagem para o 1o bimestre.

Um desdobramento das

expectativas de aprendizagem.

Assim, fca mais ácil azer o planejamento do

trabalho de leitura, escrita e comunicação oral...

Afnal, quando sabemos aonde queremos chegar,

fca mais ácil decidir por onde ir, não é mesmo?

Oferece também...

A descrição detalhada de algumas

das atividades, sugeridas no

item “Orientações e situações

didáticas e sugestões de

atividades” – aquelas a partir das

quais você poderá planejar outras

semelhantes.

Indicações de leitura, obras de referência e livros

para você trabalhar com seus alunos.

32 GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Quandoateoriaajudaaprát ica. ..As expectativas deaprendizagemparao1 o bimestresão,narealidade,umdesdobramentodasmetas defnidasparaa1a série.É interessanteretomaressasmetas paraquevocêanalisecomoseutrabalhopodecontribuirparaqueelas seconcretizematéofnaldesteanoletivo.

Com relação às práticas de leituraj Apreciaromomento dashistórias,acompanhando comatençãocrescenteas

leiturasfeitasporvocê.

j Comentartrechosdas históriaslidase seuspersonagens,comsua ajuda.

j Apreciar as ilustrações dos livros lidos, relacionando-as com algumasp as sagens datramaecomotítulodahis tória,coms uaaj uda.

j Reconheceraescrita dopróprionome, dosnomesde algunscolegase doseu,utilizandoinformaçõescomoasletrasinicialefinaldosnomes,ofatodeonomesersimplesoucomposto, entreoutras.

j Começarareconheceraes critadeoutras p alavras quetenhamadquiridorelevâncianocontextodotrabalhodes envolvidoatéomomento,tais comoasque fazempartedas listasproduzidascoletivamente (dasatividadesdarotinadiária,detítulos das his tórias lidas edas cantigas trabalhadas ,dospersonagenspreferidosetc.).

j Demonstrar disponibilidade para ler, com e/ou sem sua ajuda, de formaconvencionalounão,textoscujoconteúdosaibampreviamentedememória,taiscomoasletrasdascantigastrabalhadasetambém outrostextos,comolistas,títulosdehistórias, legendas,colocandoem açãocomportamentosde leitor.

j Reconhecerqueaescritaservepara,entreoutrasfunções,registrareorganizarodia-a-dianaescolaepodeserumafontedeinformação,entretenimentoeprazer.

 Com relação às práticas de produção de texto e à análisee reflexão sobre a língua

j Escreversilabicamente,ainda quenão utilizandoo valorsonoro convencionaldasletras.

j Produzirtextosoralmente(dosg ênerostrabalhadosnobimestre), atentosaalgumascaracterísticasdogênero edaling uagemquese escreve.

j Escreverobservandoaorientação eoalinha mentoquecaracterizama escritadalíngua portuguesa.

Com relação à comunicação oralj Ouvircoma tençãocrescenteoscomentários feitosporvocê epeloscolegas.

j Comentardeforma cadavezmais pertinenteostemaspropostospor você.

j Dominaralgunsprocedimentosparaparticipardeuma conversa,comoesperaravezpara falar,comsua ajuda.

31GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 As expectativas deaprendizagem para o1o bimestre

Umdos objetivos centrais parao 1o bimestreda1 a sérieéqueos alunossesintamintegrados ànova turma,começandoa teralgumaautonomia perante

as atividades propostas ea organizaçãodo espaçoda saladeaulaeda esco-

la. Outroobjetivoimportante éque eles tambémse sintamcapazes deampliar,

desdeoinício, suacapacidadede lereescrever. Porisso,é possívelesperarqueeles avancemcomrelaçãoaodomíniodosistemadeescritaeà construçãode

alguns procedimentos relacionados aoato deler.

Mas,antes dedefniras expectativas deaprendizagem eavaliar seus alu-

nos,lembre-se semprede dois aspectos undamentais darelação entreaquiloquevocê ensinae aquiloque os alunos aprendem:

1.Os alunos sóconseguematingir as expectativas de aprendizagemque o(a)

professor(a)define previamente se as condições necessárias paraque eles apren- 

damforemgarantidas noseu planejamento.De nadaadianta,por exemplo,ava- 

liar que aturmaaindanão sabe ouvir histórias,pois nãoparamno lugar e falam

otempo todo,se nãolhes foidadaa oportunidade de participar comfreqüência

de momentos de leiturado(a)professor(a),se esses momentos nãoforamplane- 

 jados de modoa explicitar os comportamentos e as atitudes que os alunos devem

ter nessas ocasiões etc.Umaboa questãoque o(a)professor(a) pode se colocar 

aoavaliar aaprendizagemde seus alunos é sobre o que ele(ela)fez ou deixou de

fazer paraque seus alunos alcançassemaquiloque esperava.

2.Algumas expectativas sempre permanecemaolongodoano.Ou seja,é pos- 

 sívelesperar que os alunos amplieme aprofundemcadavez mais aquiloque já

aprenderam,sobretudoaquelasaprendizagensrelacionadasaprocedimentos,atitu- 

des e valores.Vejamos umexemplo: ouvir comatençãoaleiturado(a) professor(a).

Essaé umaaprendizagemque envolve atitudes e valores.Ao longodo ano,com

base nela,é bemprovávelque os alunos aprendamaouvir o(a)professor(a) de

formacadavez mais autônoma,mais interessada,valorizandoaleituracomofonte

de prazer e entretenimento.

Atéofnaldo mês de abri l,sugerimos queseutrabalhose desenvolvade

modoque seus alunos possam:

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 ATIVIDADE 3:LEITURA COM O PROFESSOR

Uma parlenda para recitar o alfabeto

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Ampliaroconhecimento,num contextolúdicoe divertido,sobrea seqüên-

cia do alabeto e,progressivamente,memorizar a ordem alabética.

Ouviralei turaeapreciarum textoqueaçapartedorepertóriopopular

denossa cultura.

PLANEJAMENTO

Comoorganizarogrupo?Paraouviremaleiturado textoerecitá-locomvocê,os alunos poderãoestarreunidos emcírculo.

Quaismateriaisserãonecessários?Aletrada parlendaecordaparabrincar.

Duração: de20 a30 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Aoplanejara atividade,utilizeascópiasdo texto“Sucogelado”da Coletâ-

neade Atividadesparaosalunos colaremnocaderno. Escrevatambémotextonalousa, comosuportepara aleituracoletiva.O idealéque ascrian-

çaspossam,apósa leitura,pularcordae recitaracantigaem umcontexto

lúdico.Paratanto,providenciecordase planejeumlocalno pátioadequado

àbrincadeira.

Aoiniciaraatividade,comentecomos alunos quevocêiráensinarumaparlendaquegeralmente acompanhaas brincadeiras depular corda. Per-

gunte-lhes seconhecem algumacantiga de“pular corda” (ououtra par-

lendaqualquer). Procuretambéminormar-se sobrequemsabe/gosta depularcorda. Aproveiteparaexpl icarqueestaé umaparlendaespecial,

pois traz umtemaque eles estãotrabalhando: as letras doalabeto.

Durantea atividade,primeirorecitea parlendatendocomo apoioa lousa

–deixeparaentregara cópiadotextoparaos alunos aofnaldaativida-

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r

b c d

r

J

!UMA PARLENDA PARA RECITAR O ALFABETO

 SUCO GELADO

CABELO ARREPIADO

QUAL É A LETRA

DO SEU NAMORADO?

  A B C D E F G H

I J K L M N O P Q

R S T U V W X Y Z

67GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 ATIVIDADE 3:LEITURA COM O PROFESSOR

Uma parlenda para recitar o alfabeto

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Ampliaroconhecimento,num contextolúdicoe divertido,sobrea seqüên-

cia do alabeto e,progressivamente,memorizar a ordem alabética.

Ouviralei turae apreciarumtextoqueaçapartedo repertóriopopular

denossa cultura.

PLANEJAMENTO

Comoorganizarogrupo?Paraouvirema leituradotextoe recitá-locom

você,os alunos poderãoestarreunidos emcírculo.

Quaismateriaisserãonecessários?Aletrada parlendaecordaparabrincar.

Duração: de20 a30 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Aoplanejara atividade,utilizeascópiasdo texto“Sucogelado” da Coletâ-

neade Atividadesparaos alunoscolaremno caderno.Escrevatambém otextonalousa, comosuporteparaa leituracoletiva.Oidealé queascrian-

çaspossam,apósa leitura,pularcordae recitaracantigaem umcontexto

lúdico.Paratanto,providenciecordaseplaneje umlocalno pátioadequadoàbrincadeira.

Aoiniciara atividade,comentecomos alunos quevocêiráensinarumaparlendaquegeralmente acompanhaas brincadeiras depularcorda. Per-

gunte-lhes seconhecem algumacantiga de“pular corda” (ououtra par-

lendaqualquer). Procuretambéminormar-se sobrequemsabe/gosta depularcorda. Aproveiteparaexpl icarqueestaé umaparlendaespecial ,

pois traz umtemaque eles estãotrabalhando: as letras doalabeto.

Duranteaatividade, primeirorecitea parlendatendocomo apoioa lousa

– deixeparaentregaracópiadotextoparaos alunos aofnaldaativida-

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1VAMOS COMEÇAR ESCLARECENDO.Este é um guia  para seu planejamento.E não “o seu planejamento”, todo ele jádescrito, passo a passo. Pelo contrário,como guia, este material orienta,indica caminhos possíveis, propõealternativas...

O USO DESTE GUIA ESTÁ VINCULADOÀ SUA FORMAÇÃO. Este materialdeverá ser tratado como subsídiopara discussões nas Horas deTrabalho Pedagógico Coletivo

– HTPCs. Do mesmo modo, eleserá tratado na ormação que osproessores coordenadores estãoazendo junto à equipe do ProgramaLer e Escrever. Ou seja, ele não estápronto e acabado – é, sim, ponto departida para refexões das equipesdas escolas.

O PLANEJAMENTO DOTRABALHO EM SALA DE AULAÉ FRUTO DE UM PROCESSOCOLETIVO que se enriquecee amplia à medida que cadaproessor, individualmente,avança em seu percursoprossional. Converse,compartilhe e debata comos demais proessores,

principalmente os da 1a série.

POR ISSO, PARA USAR ESTE GUIA, será preciso estudar erefetir sobre vários assuntos relacionados à aprendizagemda escrita, da leitura e da comunicação oral. Ao lado dassugestões de atividades, você sempre vai encontrar a dica deum ou mais textos para estudar. E como a nossa intenção éacilitar seu trabalho, esses textos já oram selecionados ese encontram reunidos no Guia de Estudo para o Horário de

Trabalho Pedagógico Coletivo, disponível on-line no  site doPrograma Ler e Escrever.Eles também deverão ser estudados nas HTPCs, semprearticulando a teoria com a prática.

Como utilizar este Guia

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Parte 1

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16 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Concepção dealfabetização

O objetivo maior – possibilitar que todos os nossos alunos se tornem

leitores e escritores competentes – compromete-nos com a construção de

uma escola inclusiva, que promova a aprendizagem dos alunos das ca-

madas mais pobres da população. A condição socioeconômica não pode

mais ser encarada pela escola pública como um obstáculo instransponí-

vel que, assim, perversamente reproduz a desigualdade.

É ato que, atualmente, as amílias que compõem a comunidade

escolar da rede pública, em sua maioria, não tiveram acesso à cultura es-

crita. Isso não apenas torna mais complexa a tarea da escola de ensinar

seus flhos a ler e escrever, como também az dela um dos poucos espa-

ços sociais em que se pode intervir na busca da eqüidade para promover

a igualdade de direitos de cidadania. E saber ler e escrever é um direito

undamental do cidadão.

A escola precisa criar o ambiente e propor situações de práticas

sociais de uso da escrita às quais os alunos não têm acesso para que

possam interagir intensamente com textos dos mais variados gêneros,

identifcar e reetir sobre seus dierentes usos sociais, produzir textos e,

assim, construir as capacidades que lhes permitam participar das situa-

ções sociais pautadas pela cultura escrita.

Ler e escrever não se resume a juntar letras, nem a decirar códi-

gos: a língua não é um código – é um complexo sistema que representauma identidade cultural. É preciso saber ler e escrever para interagir com

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17GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

essa cultura com autonomia, inclusive para modifcá-la, do lugar de quem

enuncia e não apenas consome.

Ao eleger o que e como ensinar, é undamental levar em consideração

esses atos, não mais para justifcar racassos, mas para criar as condições

necessárias para garantir a conquista e a consolidação da aprendizagem

da leitura e da escrita de todos os nossos alunos.

Assim, este documento parte do pressuposto de que a alabetização

é a aprendizagem do sistema de escrita e da linguagem escrita em seus

diversos usos sociais, porque consideramos imprescindível a aprendiza-

gem simultânea dessas duas dimensões.

A língua é um sistema discursivo que se organiza no uso e para o

uso, escrito e alado, sempre de maneira contextualizada. No entanto,

uma condição básica para ler e escrever com autonomia é a apropriação

do sistema de escrita, que envolve, da parte dos alunos, aprendizagens

muito específcas. Entre elas o conhecimento do alabeto, a orma gráfca

das letras, seus nomes e seu valor sonoro.

Tanto os saberes sobre o sistema de escrita como aqueles sobre a lin- 

 guagem escrita devem ser ensinados e sistematizados. Não basta colo-car os alunos diante dos textos para que conheçam o sistema de escrita

alabético e seu uncionamento ou para que aprendam a linguagem es-

crita. É preciso planejar uma diversidade de situações em que possam,

em dierentes momentos, centrar seus esorços ora na aprendizagem do

sistema, ora na aprendizagem da linguagem que se usa para escrever.

O desenvolvimento da competência de ler e escrever não é um pro-

cesso que se encerra quando o aluno domina o sistema de escrita. Ele

se prolonga por toda a vida, com a crescente possibilidade de participa-

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ção nas práticas que envolvem a língua escrita, o que se traduz na sua

competência de ler e produzir textos dos mais variados gêneros. Quanto

mais acesso à cultura escrita, mais possibilidades de construção de co-

nhecimentos sobre a língua. Isso explica o ato de as crianças com me-

nos acesso a essa cultura serem aquelas que mais racassam no início

da escolaridade e, como já dissemos, as que mais necessitam de uma

escola que oereça práticas sociais de leitura e escrita.

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19GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 As expectativas de aprendizagempara a 1a série do Ciclo I

As atividades propostas neste Guia de Planejamento oram elaboradas como intuito de ornecer subsídios para que seus alunos não apenas atinjam a

meta de estarem plenamente alabetizados ao fnal da 2a série, mas tambémalcancem todas as expectativas de aprendizagem previstas para essa etapa de

escolaridade. São elas:

Expectativas relacionadas à comunicação oral

j Participar de situações de intercâmbio oral, ouvindo com atenção e ormu-

lando perguntas sobre o tema tratado.j Planejar sua ala, adequando-a a dierentes interlocutores em situações

comunicativas do cotidiano.

Expectativas relacionadas às práticas de leitura

j Apreciar textos literários.

j Recontar histórias conhecidas, recuperando algumas características da lin-

guagem do texto lido pelo(a) proessor(a).j Ler, com a ajuda do(a) proessor(a), dierentes gêneros (textos narrativos

literários, textos instrucionais, textos de divulgação científca e notícias),apoiando-se em conhecimentos sobre o tema do texto e sobre as caracte-

rísticas de seu portador, sobre o gênero e sobre o sistema de escrita.j Ler, por si mesmo, textos conhecidos, tais como parlendas, adivinhas, po-

emas, canções, trava-línguas, além de placas de identifcação, listas, man-chetes de jornal, legendas, quadrinhos e rótulos.

 Expectativas relacionadas à análise e reflexão sobre a línguae às práticas de produção de texto

j Compreender o uncionamento alabético do sistema de escrita, ainda queescreva com erros or tográfcos (ausência de marcas de nasalização, hipo e

hipersegmentação, entre outros).j Escrever alabeticamente* textos que conhece de memória (o texto alado

e não a sua orma escrita), tais como: parlendas, adivinhas, poemas, can-ções, trava-línguas, entre outros.

j Reescrever – ditando para você ou para os colegas e, quando possível, de

próprio punho – histórias conhecidas, considerando as idéias principais dotexto-onte e algumas características da linguagem escrita.

* Ainda que com erros de ortografa.

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j Produzir textos de autoria (bilhetes, cartas, instrucionais), ditando para vocêou para os colegas e, quando possível, de próprio punho.

j Revisar textos coletivamente com sua ajuda.

Trocando em miúdos...Na prática, o que essas expectativas de aprendizagem signifcam? Se essa

é a sua dúvida, vale a pena dar uma paradinha para reetir sobre o assunto. Otexto que segue abaixo e as indicações de leitura na margem podem ajudar. Noplanejamento do trabalho de alabetização mês a mês, essas metas serão reto-

madas e, mais uma vez, detalhadas.

Sobre as expectativas relacionadas à comunicação oral

As expectativas de aprendizagem relacionadas às competências dos alunosda 1a série para se comunicarem oralmente estão basicamente vinculadas a:

Situações informais de conversação que geralmente ocorrem na escola.O que se espera é que, ao participarem de situações de intercâmbio oral

– as conversas –, eles aprendam a valorizar a opinião dos colegas, a ex-pressar suas idéias relacionando-as ao tema, a azer perguntas sobre osassuntos abordados etc.

 Situações mais formais de comunicação oral, nas quais existe uma onteescrita, ou seja, um texto-onte. O que se espera aqui é que eles apren-

dam a recitar um poema, recontar um conto e comunicar as idéias de umtexto inormativo, por exemplo.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais – Documento de Língua Por-

tuguesa, o trabalho sistemático com a linguagem oral visa à ampliação das pos-

sibilidades de inserção e participação social do aluno por meio do desenvolvi-mento de capacidades relacionadas ao uso e à adequação da ala a dierentes

situações comunicativas, tais como:

j trocar idéias e opiniões;

j azer uma pergunta relacionada ao tema da conversa;

j relatar um episódio do cotidiano;

j pedir uma inormação;

j transmitir um recado;

j narrar uma história conhecida;

j alar de um assunto estudado;

j cantar uma canção ou recitar um poema.

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A oportunidade de usar a ala em situações signifcativas e próximas às práticassociais reais permite ao aluno, ao longo da escolaridade, desenvolver as competên-

cias necessárias para decidir o que alar, como alar e a maneira mais adequadade se expressar, bem como adequar a ala às circunstâncias em que ocorre a co-

municação, à intenção comunicativa e ao interlocutor. Assim, os recitais de poemase de parlendas, a cantoria de canções conhecidas e as situações de seminários epalestras são ótimas oportunidades para o trabalho com a língua oral.

E o que esperar que os alunos aprendam nas situaçõesde comunicação oral que envolvem textos escritos?

A participação nas situações de expressão oral que têm como base textos

escritos conhecidos permite aos alunos a aproximação das características dogênero ao qual o texto-onte pertence, entre as quais: palavras, expressões e ele-

mentos gráfcos como negrito, itálico. Permite também a apropriação das ormas

de se expressar (postura, impostação da voz etc.) características das situaçõescomunicativas nas quais os dierentes gêneros costumam ser empregados. Osalunos, assim, aprendem as dierenças entre narrar uma história, recitar uma

parlenda ou expor um texto inormativo.

Cada um tem seu próprio jeito de falarCada um tem seu próprio jeito de falarNas situações de conversação, os alunos podem ter contato com uma diversidadelingüística, ou seja, com modos de falar distintos, que poderão variar de criançapara criança. E o que fazer nessas ocasiões? É sempre interessante ressaltarpara a turma a importância de respeitar essa diversidade, de maneira queeles venham a construir uma atitude de respeito com relação a modos de falardistintos do seu próprio. E as convenções, como ficam? Nesse contexto, é possíveltambém compartilhar as convenções, mas sempre valorizando a diversidade – quenão deixa de fazer parte do patrimônio cultural de nosso país.

 Algumas orientações didáticas relacionadas ao trabalhocom a comunicação oral

É possível detalhar as metas relacionadas à aprendizagem da comunicação

oral com base nos dierentes contextos comunicativos nos quais os alunos da 1a 

série podem participar e, inclusive, nas várias relações que, no contexto escolar,

podem ser estabelecidas entre a ala e a língua escrita, ou seja, a ala e os tex-tos trabalhados. Em unção desse detalhamento, é possível também descreveralgumas orientações didáticas gerais para o desenvolvimento do trabalho em

sala de aula. Propor situações:

Para saber mais....Uma sala de aulaàs vezes temalunos de váriaspartes do Brasil.E cada um ala deum jeito. Comoproceder? Saiba

mais lendo o livro Alíngua de Eulália, deMarcos (São Paulo:Contexto, 1997).Leia também oTexto 14 do Bloco 5,“Língua oral: usose ormas”, no Guiade Estudo para oHorário de TrabalhoPedagógicoColetivo.

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de conversação, para que os alunos possam aprender a ouvir com atençãocrescente, intervir sem sair do assunto tratado, ormular e responder a

perguntas, explicar, maniestar opiniões próprias e respeitar a dos outros– isso considerando o contexto dos estudos realizados nas dierentes

áreas do currículo (Ciências, Matemática, Artes etc.);

nas quais os alunos possam narrar uma história conhecida para aprendera selecionar os aspectos relevantes da história, necessários à compreen-

são da sua narrativa, e para que possam conhecer, utilizar e se apropriarde algumas das características discursivas do texto-onte;

nas quais os alunos necessitem recuperar inormações obtidas em tex-tos inormativos e instrucionais, utilizando algumas das características

discursivas do texto-onte;

nas quais os alunos possam maniestar interesse crescente por ouvir eexpressar sentimentos, experiências, idéias e opiniões;

de conversação, para que os alunos aprendam a respeitar modos de alardierentes do seu;

nas quais os alunos tenham de alar de maneira mais ormal e, assim, apren-der a se preparar para se comunicar em determinadas situações, tais como:

entrevistas, saraus literários, recitais de poemas, parlendas, trava-línguas,cantorias de cantigas populares, apresentações no estilo de seminários em

que eles possam utilizar apoios escritos (cartazes, roteiros etc.);

de apreciação da produção oral alheia e própria, para que aprendam a ob-

servar e avaliar os elementos necessários para a compreensão de quemouve e a adequação da linguagem utilizada à situação comunicativa.

Sobre as expectativas relacionadas às práticas de leitura

As competências dos alunos da 1a série para participar de situações de lei-tura estão relacionadas a atividades de leitura desenvolvidas por você e pelo

próprio aluno (eitas de orma individual, em duplas, coletivamente ou em pe-quenos grupos) de textos de gêneros variados e com dierentes propósitos. Is-

so permite que os alunos possam aprender comportamentos de leitor, o quesignifca:

j atribuir signifcado a textos de gêneros variados;j azer uso de estratégias de leitura (seleção, antecipação, decodifcação, in-

erência, verifcação);

j colocar em ação dierentes modalidades de leitura em unção do texto e dos

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23GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

propósitos da leitura (ler para buscar uma inormação, ler para se entreter,ler para compreender etc.);

j conrontar idéias, opiniões e interpretações, comentando e recomendandoleituras, entre outras possibilidades;

j apropriar-se das características discursivas e das convenções e estruturaslingüísticas de cada gênero textual.

Essas situações envolvem tanto momentos nos quais os alunos lêem comsua ajuda, como também momentos em que eles são desafados a ler sozinhos,

colocando em jogo aquilo que construíram sobre o sistema alabético.

Ler e falar sobre aquilo que leu e compreendeu

No trabalho com a leitura, é importante planejar momentos para a construçãode sentido, após a realização da leitura pelo aluno ou por você, que envolvam aexplicitação e o conronto de opiniões, interpretações ou sentimentos.

Assim, as atividades de construção de sentido realizadas após a leitura

(às vezes imediatamente, às vezes em momentos posteriores – algumas horasdepois, no dia seguinte etc.) poderão contemplar a troca de opiniões com os

colegas sobre a leitura de textos variados. Por exemplo, no caso dos textos lite-rários, os alunos podem comentar sobre a descrição de alguns personagens, a

relação entre eles, suas motivações ou intenções, a relação entre o comporta-mento dos personagens e o desenvolvimento da trama (ou seja, o tema central

da história), indo além da exposição das impressões e sentimentos que o textolhes proporcionou num primeiro momento.

Quando a teoriaajuda a prática...Na aprendizagemda leitura, aspráticas sociais

de leitura são umdos conteúdos aserem trabalhadosao longo da 1a série. Saiba maissobre o assuntolendo o Texto 7 doBloco 3, “Práticade leitura”, no Guiade Estudo para oHorário de TrabalhoPedagógicoColetivo.

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24 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Construir estratégias de leitura, mesmo quando aindanão sabem ler 

Ao longo da 1a série, quando muitos dos alunos ainda não sabem ler con-vencionalmente ou então lêem com pouca uência, é importante que as ativida-

des de leitura também avoreçam o desenvolvimento de estratégias de leituraque sirvam de apoio à compreensão e à construção de sentido do texto. Isso,

sempre considerando que o processo de leitura de um texto se dá por meio demuitas ações além da decodifcação.

Assim, é importante que você ajude seus alunos a identifcar e analisar to-dos os indicadores possíveis que possam auxiliá-los na tarea de ler, levando

em conta tanto suas situações de leitura (lembre-se de que o(a) proessor(a) ésempre um modelo), como aquelas nas quais os alunos são desafados a ler por

conta própria. Para isso, sugerimos:

j Mostrar aos alunos que é possível antecipar ou inerir o conteúdo de um

texto antes de azer a leitura, a partir:1. do seu título;

2. das suas imagens;

3. da sua diagramação;

4. das inormações contidas na capa, contracapa e no índice (no caso de

livros e revistas).

j Ensinar os alunos a coordenar a inormação presente no texto com as inor-mações oriundas das imagens que o ilustram (por exemplo, nos contos, nas

histórias em quadrinhos, em cartazes, em textos expositivos e nas notíciasde jornal).

Por que ler uma diversidade de textos na 1a série?

Um dos elementos undamentais para a construção das competências leito-

ras é o contato com dierentes gêneros de texto (cartas, contos, divulgação cien-tífca, poemas, reportagens, entre outros). Assim, desde a 1a série, é importante

que, além dos poemas, cantigas e parlendas, que se constituem textos privilegia-dos para o trabalho com a consolidação da base alabética, seja proporcionado

também o contato do aluno com textos literários e inormativos.

Esse contato permitirá que os alunos construam conhecimentos sobre os gê-neros tratados e também sobre procedimentos, atitudes e valores relacionados ao

comportamento leitor: defnir os dierentes propósitos pelos quais lemos um texto;estabelecer relações entre textos do mesmo gênero e entre o conteúdo do texto

lido com outros conhecimentos; utilizar estratégias para prosseguir na leitura.

Para saber mais...

Se você quisersaber mais sobre osdierentes gênerostextuais e sobreo trabalho comessa diversidadena sala de aula,leia o livro O ensino

da linguagem

escrita, de MyriamNemirovsky (PortoAlegre: Artmed,2002).

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25GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Por que é fundamental que o(a) professor(a) leia textosliterários todos os dias?

Porque, lendo todos os dias, você garante que a leitura se torne parte in-

tegrante da rotina da escola. É esse contato reqüente, diário e constante quepermite que os alunos construam uma crescente autonomia para ler, amiliari-zem-se com a linguagem escrita, sintam prazer com a leitura, conheçam uma

diversidade de histórias e autores, entre outros ganhos.

Por que é fundamental que o(a) professor(a) seja ummodelo de leitor?

Muitas vezes, esses alunos não convivem com pessoas que lêem; portanto,você é uma reerência muito importante quando se trata de explicitar os usos

e unções da leitura e da escrita. Ao compartilhar com os alunos os dierentes

propósitos com os quais aborda os textos, ao convidar os alunos a participare testemunhar dierentes práticas de leitura, você está ensinando a eles com-portamentos de leitor. Assim, você pode compartilhar suas ações quando lê na

sala de aula. Por exemplo: ao consultar uma lista para encontrar um número deteleone, ao buscar uma inormação no Diário Oficial, ao ler seu planejamento

para o dia, entre outras possibilidades. Isso tudo contribui para que os alunospassem a ter conhecimentos sobre a unção social da escrita.

 Algumas orientações didáticas relacionadas àaprendizagem da leitura

É possível detalhar as expectativas relacionadas à aprendizagem da leitu-ra e, assim, apresentar, em linhas gerais, o que pode ser eito em sala de aula.Vejamos:

Proporcionar momentos diários para que os alunos tenham contato com

dierentes portadores de texto (tais como jornais, revistas, livros inorma-tivos, olhetos, cartazes) e aprendam a conviver em um ambiente letrado

e de valorização da leitura.

Planejar momentos de leitura envol-

vendo textos de dierentes gêneros,para que os alunos ouçam e come-

cem a perceber algumas caracterís-ticas desses gêneros.

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26 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Propor situações de leitura por você e pelos alunos com dierentes pro-pósitos para que eles possam ampliar suas competências leitoras, tais

como: ler rapidamente títulos e subtítulos até encontrar uma inormação,selecionar uma inormação precisa, ler minuciosamente para executar uma

tarea, reler um trecho para retomar uma inormação ou apreciar aquiloque está escrito. Isso, sempre com sua ajuda e, inicialmente, de ormacoletiva ou em grupo.

Planejar atividades nas quais os alunos possam, com sua ajuda, azeruso de indicadores (como o autor, o gênero, o assunto, o tipo de ilustração,

o portador – se é um livro, uma revista ou um jornal, por exemplo) paraaprender a antecipar o conteúdo do texto, inerir aquilo que está escri-

to e ampliar suas possibilidades de interpretá-lo.

Planejar momentos nos quais os alunos possam trocar idéias e opiniões,expor seus sentimentos. Recomendar um texto para que aprendam a comu-

nicar aquilo que compreenderam do texto e suas interpretações – semprecom sua ajuda e, inicialmente, de orma coletiva ou em grupo.

Propor situações em que os alunos sejam convidados a ler um texto pa-ra aprimorar suas estratégias de busca e localização de inormações em

dierentes ontes escritas (jornais, revistas, enciclopédias, livros).

Planejar situações nas quais os alunos tenham de ler em voz alta, para

que consigam adquirir maior uência na leitura, respeitando pontuação,entonação e ritmo.

Participar de situações de leitura silenciosa para

aprender a utilizar de orma cada vez mais autônoma

estratégias de leitura como a deciração, a seleção,a antecipação, a inerência e a verifcação.

Propor atividades de leitura por você e pelos alunos

(individual ou coletivamente) para que eles apren-dam a inerir o signifcado de uma palavra pelo con-

texto ou a procurar o signifcado dela no dicionário– somente quando este or undamental para a compreensão do texto.

Planejar momentos nos quais os alunos possam ler e/ou ouvir a leitura

de textos por você e, assim, aprender a reconhecer o valor da leitura co-mo onte de ruição estética e entretenimento.

Propor atividades nas quais os alunos adquiram autonomia para elegeraquilo que irão ler e, assim, passem a construir critérios próprios de es-

colha e preerência literária.

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27GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Planejar situações de empréstimo de livros do acervo da classe ou da es-cola para que os alunos aprendam a ter cuidado com os livros e demais

materiais escritos, levando-os, sempre que possível, para casa.

Sobre as expectativas relacionadas às práticas deprodução de texto

As expectativas de aprendizagem da 1a série em relação à produção detexto demandam que você desenvolva um conjunto de atividades nas quais os

alunos possam escrever textos que já saibam de cor, produzir textos oralmentetendo você por escriba, participar de situações coletivas de produção de textos,entre outras.

 Alunos alfabéticos, outros nem tanto

Ao longo da 1a série, é importante considerar o maior ou menor domínio dosalunos com relação à escrita alabética e planejar seu trabalho com base nessa

diversidade. Afnal, é certo que, desde o início do ano letivo, você se depare comalunos em dierentes graus de conhecimento do sistema de escrita. Do ponto

de vista do encaminhamento do trabalho, é undamental planejar atividades queatendam às diversas necessidades da turma e contemplem objetivos de apren-

dizagem distintos. Porém, também é undamental incentivar o intercâmbio entreos alunos não-alabéticos e os alabéticos, já que, dessa orma, o processo deaprendizagem de ambos poderá benefciar-se com essa troca de experiências.

Você pode prever situações de planejamento, produção e revisão de textos nasquais esses alunos alternem, por exemplo, os papéis de organizador das idéias,

escriba e revisor.

Por que propor atividades nas quais os alunos ditam otexto e o(a) professor(a) escreve?

Nas situações de produção oral com destino escrito de textos, você atua como

modelo de escritor para os alunos, explicitando-lhes comportamentos inerentes aoato de escrever, tais como:

j as intencionalidades da escrita conorme os propósitos do autor e o des-tinatário;

ja seleção do gênero e do portador de acordo com a situação comunicativa;

j as opções e adequações lingüísticas em unção do gênero em oco;

j a necessidade de rever aquilo que já oi escrito durante o processo de ela-boração do texto etc.

Quando a teoriaajuda a prática...

Na hora de ensinara escrever, épreciso levar paraa sala de aula aspráticas sociaisde produção detexto. Você sabe oque isso signifca?Saiba mais sobreo assunto lendoo Texto 11 doBloco 4, “Práticade produção detextos”, no Guia

de Estudo para oHorário de TrabalhoPedagógicoColetivo.

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28 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Nessas situações, os alunos, não tendo de se ocupar com as questõesdo sistema de escrita (quais letras), podem ocar a atenção na organização do

conteúdo e na produção da linguagem do que estão escrevendo. O processo decriação é omentado pelas tomadas de decisão coletivas, e as discussões em

torno dessas decisões são excelentes oportunidades para que os alunos ana-lisem e reitam sobre a língua que se escreve. Nesse sentido, é interessanteconsiderar alguns gêneros mais adequados para o trabalho com a 1a série. Bi-

lhetes, legendas e convites são alguns exemplos.

Planejar, escrever e revisar – as etapas do processo deprodução de um texto

Seu planejamento para a 1a série também pode prever que os alunos ela-borem o conteúdo do texto antes de escrevê-lo e revisem-no durante o processo

de produção e também após o término da sua primeira versão. Dessa orma,

eles experimentam as etapas de elaboração de um texto: concepção (defniçãodo que escrever, para quem, como etc.), escrita e revisão. É claro que, nessasatividades, é undamental que você participe ativamente. Deve-se levar em conta,

contudo, que nem sempre é possível (e nem desejável) realizar todas elas emum mesmo dia. Por isso, é interessante que, no seu planejamento, você preveja

situações variadas, que possam ocorrer ao longo de um período maior (váriosdias), nas quais os alunos tenham a oportunidade de conceber, escrever e revisar

um texto. São exemplos dessas situações: escrever um bilhete de aviso aos pais– de orma coletiva, com os alunos ditando o texto para você –, ou reescrever um

conto conhecido (em duplas, grupos ou de orma coletiva) etc.

 Algumas orientações didáticas relacionadas àaprendizagem da escrita

Vamos detalhar as expectativas relacionadas à aprendizagem da escrita e,assim, apresentar, em linhas gerais, o que deve ser eito em sala de aula. E de

orma conjunta ao planejamento do trabalho com a escrita, é possível consideraro trabalho com a análise e a reexão sobre a língua. Vejamos as orientações:

Desenvolver atividades de leitura e de escrita que permitam aos alunosaprender os nomes das letras do alabeto, a ordem alabética, a dierença

entre a escrita e outras ormas gráfcas e convenções da escrita (orienta-

ção do alinhamento, por exemplo).

Apresentar o alabeto completo, desde o início do ano, e organizar ativi-dades de escrita em que os alunos açam uso de letras móveis.

Quando a teoriaajuda a prática...E como fca oaspecto ormalda aprendizagemda escrita, comoescrever as

letras, conheceras sílabas? Parasaber mais sobre oassunto, consulteo Texto 13 doBloco 4, “Análisee reexão sobrea língua”, no Guiade Estudo para oHorário de TrabalhoPedagógicoColetivo.

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29GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Planejar situações em que os alunos tenham necessidade de azer usoda ordem alabética, considerando algumas de suas aplicações sociais.

Propor atividades de reexão sobre o sistema alabético a partir da escritade nomes próprios, rótulos de produtos conhecidos e de outros materiais af-xados nas paredes (ou murais) da sala, tais como listas, calendários, can-

tigas, títulos de histórias, de orma que os alunos consigam, guiados pelocontexto, antecipar aquilo que está escrito e reetir sobre as partes do

escrito (quais letras, quantas e em que ordem elas aparecem).

Planejar situações em que os alunos sejam solicitados a escrever textoscuja orma não saibam de memória, pois isso permite que você descubra

as idéias que orientam suas escritas e, assim, planeje boas intervençõese agrupamentos produtivos.

É inerente ao processo de alabetização que, simultaneamente à aprendiza-gem da escrita, os alunos aprendam a linguagem que se escreve. É no momento

em que você atua como escritor e revisor de textos, na presença dos alunos, quelhes comunica os comportamentos escritores tão determinantes para a apren-

dizagem da linguagem que se usa para escrever. Embora separados aqui dida-ticamente, esses dois conteúdos devem estar contemplados no planejamento,

de orma complementar e simultânea, como nas situações abaixo:

Propor atividades de leitura para os alunos que não sabem ler convencio-nalmente, oerecendo-lhes textos conhecidos de memória, como parlen-das, adivinhas, quadrinhas, canções, de maneira que a tarea deles seja

descobrir o que está escrito em dierentes trechos do texto, solicitandoo ajuste do alado ao que está escrito e o uso do conhecimento que pos-

suem sobre o sistema de escrita.

Participar de situações de escrita nas quais os alunos possam, numprimeiro momento, utilizar a letra bastão e, assim, construir um modelo

regular de representação gráfca do alabeto. Proporcionar-lhes tambémcontato, por meio da leitura, com textos escritos em letras de estilos va-

riados, inclusive com letras minúsculas.

Propor situações nas quais os alunos tenham de elaborar oralmente textoscujo registro escrito será realizado por você com o objetivo de auxiliá-los

a entender atos e construir conceitos, procedimentos, valores e atitudesrelacionados ao ato de escrever.

Planejar situações de produção de texto individuais, coletivas ou em gru-

pos para que os alunos aprendam a planejar, escrever e rever conormeas intenções do texto e do destinatário.

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Propor momentos em que os alunos se sintam capazes de elaborar vá-rias versões de um mesmo texto para melhorá-lo e, assim, compreender

a revisão como parte do processo de produção.

Participar de situações de análise de textos impressos (utilizados como

reerência ou modelo) para conhecer e apreciar a linguagem usada paraescrever.

Participar de situações de escrita e revisão de textos para que possamaprender a se preocupar com a qualidade de suas produções escritas, no

que se reere tanto aos aspectos textuais como à apresentação gráfca.

Planejar propostas de produção de textos (coletivas, em duplas ou grupos)

defnindo previamente quem serão os leitores, o propósito e o gênero, deacordo com a situação comunicativa.

Planejar situações que levem os alunos a aprender alguns procedimentos

de escrita, tais como: prever o conteúdo de um texto antes de escrevê-lo,redigir rascunhos, revisar e cuidar da apresentação do texto, sempre com

sua ajuda.

Desenvolver projetos didáticos ou seqüências didáticas nas quais os alu-nos produzam textos com dierentes propósitos e, assim, revisem distintasversões até considerarem o texto bem escrito, cuidando da apresentação

fnal, sempre com sua ajuda.

Desenvolver atividades de revisão de textos (coletivas, individuais, em du-

plas ou grupos) em que os alunos se coloquem na perspectiva do leitordo texto para melhorá-lo (modifcar, substituir partes do texto), sempre

com sua ajuda.

Programar atividades de análise de textos bem elaborados de autores

reconhecidos para que os alunos consigam, com sua ajuda, observar eapreciar como autores mais experientes escrevem (como descrevem umpersonagem, como resolvem os diálogos, evitam repetições, azem uso

da letra maiúscula, da pontuação...).

Propor atividades de escrita (coletivas, em duplas ou grupos) nas quais os

alunos tenham de discutir entre si sobre a escrita de algumas palavras (osnomes da turma, os títulos de histórias conhecidas etc.) e, assim, com-

partilhar suas dúvidas e decidir sobre a escrita dessas palavras, semprecom sua ajuda.

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31GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 As expectativas deaprendizagem para o

1o bimestre

Um dos objetivos centrais para o 1o bimestre da 1a série é que os alunos

se sintam integrados à nova turma, começando a ter alguma autonomia peranteas atividades propostas e a organização do espaço da sala de aula e da esco-

la. Outro objetivo importante é que eles também se sintam capazes de ampliar,desde o início, sua capacidade de ler e escrever. Por isso, é possível esperar queeles avancem com relação ao domínio do sistema de escrita e à construção de

alguns procedimentos relacionados ao ato de ler.

Mas, antes de defnir as expectativas de aprendizagem e avaliar seus alu-

nos, lembre-se sempre de dois aspectos undamentais da relação entre aquiloque você ensina e aquilo que os alunos aprendem:

1. Os alunos só conseguem atingir as expectativas de aprendizagem que o(a)

professor(a) define previamente se as condições necessárias para que eles apren- 

dam forem garantidas no seu planejamento. De nada adianta, por exemplo, ava- 

liar que a turma ainda não sabe ouvir histórias, pois não param no lugar e falam

o tempo todo, se não lhes foi dada a oportunidade de participar com freqüência

de momentos de leitura do(a) professor(a), se esses momentos não foram plane- 

 jados de modo a explicitar os comportamentos e as atitudes que os alunos devem

ter nessas ocasiões etc. Uma boa questão que o(a) professor(a) pode se colocar 

ao avaliar a aprendizagem de seus alunos é sobre o que ele(ela) fez ou deixou de

fazer para que seus alunos alcançassem aquilo que esperava.

2. Algumas expectativas sempre permanecem ao longo do ano. Ou seja, é pos- 

 sível esperar que os alunos ampliem e aprofundem cada vez mais aquilo que já

aprenderam, sobretudo aquelas aprendizagens relacionadas a procedimentos, atitu- 

des e valores. Vejamos um exemplo: ouvir com atenção a leitura do(a) professor(a).

Essa é uma aprendizagem que envolve atitudes e valores. Ao longo do ano, com

base nela, é bem provável que os alunos aprendam a ouvir o(a) professor(a) de

forma cada vez mais autônoma, mais interessada, valorizando a leitura como fonte

de prazer e entretenimento.

Até o fnal do mês de abril, sugerimos que seu trabalho se desenvolva de

modo que seus alunos possam:

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32 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Quando a teoriaajuda a prática...As expectativas deaprendizagem parao 1o bimestre são,

na realidade, umdesdobramento dasmetas defnidaspara a 1a série.É interessanteretomar essasmetas para quevocê analise comoseu trabalho podecontribuir para queelas se concretizematé o fnal desteano letivo.

Com relação às práticas de leituraj Apreciar o momento das histórias, acompanhando com atenção crescente as

leituras feitas por você.

j Comentar trechos das histórias lidas e seus personagens, com sua ajuda.

j Apreciar as ilustrações dos livros lidos, relacionando-as com algumaspassagens da trama e com o título da história, com sua ajuda.

j Reconhecer a escrita do próprio nome, dos nomes de alguns colegas e do seu,utilizando informações como as letras inicial e final dos nomes, o fato de o nomeser simples ou composto, entre outras.

j Começar a reconhecer a escrita de outras palavras que tenham adquiridorelevância no contexto do trabalho desenvolvido até o momento, tais comoas que fazem parte das listas produzidas coletivamente (das atividades darotina diária, de títulos das histórias lidas e das cantigas trabalhadas, dospersonagens preferidos etc.).

j Demonstrar disponibilidade para ler, com e/ou sem sua ajuda, de formaconvencional ou não, textos cujo conteúdo saibam previamente de memória, taiscomo as letras das cantigas trabalhadas e também outros textos, como listas,títulos de histórias, legendas, colocando em ação comportamentos de leitor.

j Reconhecer que a escrita serve para, entre outras funções, registrar e organizar odia-a-dia na escola e pode ser uma fonte de informação, entretenimento e prazer.

 Com relação às práticas de produção de texto e à análisee reflexão sobre a língua

j Escrever silabicamente, ainda que não utilizando o valor sonoro convencionaldas letras.

j Produzir textos oralmente (dos gêneros trabalhados no bimestre), atentos aalgumas características do gênero e da linguagem que se escreve.

j Escrever observando a orientação e o alinhamento que caracterizam a escritada língua portuguesa.

Com relação à comunicação oralj Ouvir com atenção crescente os comentários feitos por você e pelos colegas.

j Comentar de forma cada vez mais pertinente os temas propostos por você.

j Dominar alguns procedimentos para participar de uma conversa, como esperar

a vez para falar, com sua ajuda.

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33GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 Alfabetizar e avaliar 

 A sondagem

A sondagem é um dos recursos de que você dispõe para conhecer as hipó-teses que os alunos ainda não alabetizados possuem sobre a escrita alabética

e o sistema de escrita de uma orma geral. Ela também representa um momen-to no qual os alunos têm a oportunidade de reetir sobre aquilo que escrevem,

com sua ajuda.

A realização periódica de sondagens é também um instrumento para seuplanejamento, pois permite que você avalie e acompanhe os avanços da turma

com relação à aquisição da base alabética, além de lhe ornecer inormaçõespreciosas para o planejamento das atividades de leitura e de escrita, assim co-

mo para a defnição das parcerias de trabalho entre os alunos (agrupamentos)e para que você aça boas intervenções no grupo.

Mas o que é uma sondagem? É uma atividade de escrita que envolve, numprimeiro momento, a produção espontânea pelos alunos de uma lista de palavras

sem apoio de outras ontes escritas. Ela pode ou não envolver a escrita de ra-ses simples. É uma situação de escrita que deve, necessariamente, ser seguida

da leitura pelo aluno daquilo que ele escreveu. Por meio da leitura, você poderáobservar se o aluno estabelece ou não relações entre aquilo que ele escreveu e

aquilo que ele lê em voz alta, ou seja, entre a ala e a escrita.

Nesta proposta, sugerimos que sejam realizadas sondagens avaliativas logo

no início do ano, em evereiro, em abril e no fnal de junho. Assim, ao longo doprimeiro semestre letivo, será possível analisar o processo de alabetização dosalunos em três momentos dierentes. Entretanto, para azer uma avaliação mais

global das aprendizagens da turma, é interessante recorrer a outros instrumen-tos – inclusive a observação diária dos alunos –, pois a atividade de sondagem

representa uma espécie de retrato do processo do aluno naquele momento. Ecomo esse processo é dinâmico e na maioria das vezes evolui muito rapidamen-

te, pode acontecer de, apenas alguns dias depois da sondagem, os alunos teremavançado ainda mais.

Feitas essas observações iniciais, compartilhamos os critérios de defni-ção das palavras que arão parte das atividades de sondagem deste semes-

tre. São eles:

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34 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

As palavras devem azer parte do vocabulário cotidiano dos alunos, mes-mo que eles ainda não tenham tido a oportunidade de reetir sobre a re-

presentação escrita dessas palavras. Mas não devem ser palavras cujaescrita tenham memorizado.

A lista deve contemplar palavras que variam na quantidade de letras,

abrangendo palavras monossílabas, dissílabas etc.

O ditado deve ser iniciado pela palavra polissílaba, depois pela trissílaba,

pela dissílaba e, por último, pela monossílaba. Esse cuidado deve ser to-mado porque, no caso de as crianças escreverem segundo a hipótese do

número mínimo de letras, poderão recusar-se a escrever se tiverem de co-meçar pelo monossílabo.

Evite palavras que repitam as vogais, pois isso também pode azer comque as crianças entrem em conito – por causa da hipótese da variedade– e também se recusem a escrever.

Após o ditado da lista, dite uma rase que envolva pelo menos uma das pa-lavras da lista, para poder observar se os alunos voltam a escrever essa pa-

lavra de orma semelhante, ou seja, se a escrita dessa palavra permaneceestável mesmo no contexto de uma rase.

Por isso, sugerimos que seja organizada uma lista de alimentos que se com-pram na padaria:

MORTADELAPRESUNTO

QUEIJO

PÃO

O MENINO COMEU QUEIJO

Dicas para o encaminhamento da sondagemDicas para o encaminhamento da sondagemj As sondagens deverão ser feitas no início das aulas (em fevereiro), início de

abril, final de junho, ao final de setembro e ao final de novembro.

j Ofereça papel sem pauta para as crianças, pois assim será possível observaro alinhamento e a direção da escrita dos alunos.

j Se possível, faça a sondagem com poucos alunos por vez, deixando o restanteda turma envolvido com outras atividades que não solicitem tanto sua presença(a cópia de uma cantiga, a produção de um desenho etc.). Se necessário, peçaajuda ao diretor ou a outra pessoa que possa lhe dar esse suporte.

Quando a teoriaajuda a prática...Antes de avaliara sondagem daturma, leia o Texto 5do Bloco 2, “Comose aprende a ler eescrever”, no Guiade Estudo para oHorário de TrabalhoPedagógicoColetivo. Nelesão abordadasas etapas de

construção daescrita, e éundamental quevocê conheçaessas etapas paraanalisar aquiloque seus alunosproduziram.

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35GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

j Dite normalmente as palavras e a frase, sem silabar.

j Observe as reações dos alunos enquanto escrevem. Anote aquilo que elesfalarem em voz alta, sobretudo o que eles pronunciarem de forma espontânea

(não obrigue ninguém a falar nada).j Quando terminarem, peça para lerem aquilo que escreveram. Anote em uma

folha à parte como eles fazem essa leitura, se apontam com o dedo cada umadas letras ou não, se associam aquilo que falam à escrita etc.

j Faça um registro da relação entre a leitura e a escrita. Por exemplo, o alunoescreveu k B O e associou cada uma das sílabas dessa palavra a uma das letrasque escreveu. Registre:

k B O

(PRE) (SUN) (TO)j Pode acontecer que, para PRESUNTO, outro aluno registre BNTAGYTIOAMU (ou

seja, utilize muitas e variadas letras, sem que seu critério de escolha dessasletras tenha alguma relação com a palavra falada). Nesse caso, se ele ler semse deter em cada uma das letras, anote o sentido que ele usou nessa leitura.Por exemplo:

BNTAGYTIOAMU

Se algum aluno se recusar a escrever, ofereça-lhe letras móveis e proceda damesma maneira.

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36 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 A organização de uma rotinade leitura e escrita

Organizar uma rotina semanal de leitura e escrita é undamental para orien-tar o planejamento e o cotidiano da sala de aula. Ela se expressa na orma como

você organiza o tempo, o espaço, os materiais, as propostas e intervenções erevela suas intenções educativas.

Nesta proposta de alabetização, a rotina deve contemplar situações didáti-cas de reexão sobre o sistema de escrita alabético e de apropriação da lingua-

gem que se escreve. Deve haver uma diversidade de atividades com dierentespropósitos e, ao mesmo tempo, uma repetição delas para que o desempenho

dos alunos seja cada vez melhor. Não é preciso inventar novas atividades a ca-da dia, mas é importante variar o gênero que vai ser trabalhado (contos, parlen-

das, listas, poemas, textos instrucionais etc.) e o tipo de ação que o aluno vai

desenvolver com cada texto.

Em unção disso, organizamos um quadro orientador em que é apresentadoo que uma rotina semanal de leitura e de escrita deve contemplar. Por exemplo:leitura diária em voz alta pelo(a) proessor,(a) leitura realizada pelos alunos mes-

mo quando ainda não lêem convencionalmente, situações de produção escritapelo(a) proessor(a) e/ou pelos próprios alunos, além, é claro, de situações de

trabalho com a oralidade.

Neste material, você vai encontrar orientações para as diversas situações

didáticas que aparecem no quadro de rotina, como trabalho com nomes próprios,leitura de textos que os alunos conhecem de memória, reescrita de contos etc.,

bem como o que os alunos aprendem em cada uma dessas situações.

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37GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Situações didáticas que a rotina deve contemplar 

SITUAÇÃODIDÁTICA

Objetivos(o que os alunos

aprendem e como)

Exemplos de algumasatividades

Freqüência O que é importantecuidar e observar

Leitura realizadapelo(a)professor(a)

· Compreender a unçãosocial da escrita.

· Ampliar o repertóriolingüístico.

· Conhecer dierentestextos e autores.

· Aprendercomportamentos leitores.

· Entender a escrita comoorma de representação.

Leitura em voz altade textos literários,

 jornalísticos e sobrecuriosidades (científcose históricos) pelo(a)proessor(a).

Diária – textoliterário.

Semanal – jornale curiosidades(cientíticos ehistóricos).

Oerecer textos dequalidade literáriaem seus suportesreais.

Ler com dierentespropósitos.

Análise ereflexão sobreo sistema deescrita

· Reetir sobre o sistemade escrita alabético,buscando azer acorrespondência entre ossegmentos da ala e osda escrita.

· Conhecer as letras doalabeto e sua ordem.

· Observar e analisar ovalor e a posição dasletras nas palavrasvisando à compreensãoda natureza do sistemaalabético.

· Compreender as regrasde uncionamento do

sistema de escrita.

Leitura e escrita dos

nomes dos alunos da sala.

Leitura do abecedárioexposto na sala.

Leitura e escrita de textosconhecidos de memória.

Leitura e escrita de títulosde livros, de listas diversas(nomes dos ajudantesda semana, brincadeiraspreeridas, proessores euncionários), ingredientesde uma receita, leitura de

rótulos etc.

Diária (quando há

na classe criançasnão-alabéticas).

Organizar

agrupamentosprodutivos.

Garantir momentosde intervençõespontuais comalguns grupos dealunos.

Solicitar a leitura(ajuste) do que élido e/ou escritopelo aluno.

Comunicaçãooral

· Participar de dierentessituações comunicativas,considerando erespeitando as opiniõesalheias e as dierentesormas de expressão.

· Utilizar a linguagemoral, sabendo adequá-la às situações emque queiram expressarsentimentos e opiniões,deender pontos de vista,relatar acontecimentos,

expor sobre temas etc.· Desenvolver atitudes deescuta e planejamentodas alas.

Reconto de históriasconhecidas ou pessoais,de flmes etc.

Exposição de objetos,materiais de pesquisa etc.

Situações que permitamemitir opiniões sobreacontecimentos,curiosidades etc.

Duas vezes porsemana.

Observar comatenção comoas crianças secomportam numasituação em quetêm de ouvir e alaruma de cada vez.Identifcar quaiscrianças precisamser convidadas arelatar, expor etc.

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38 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Produção detexto escrito

· Produzir textos buscandoaproximação comas característicasdiscursivas do gênero.

· Produzir textosconsiderando o leitor eo sentido do que querdizer.

· Aprendercomportamentosescritores.

Produção coletiva, emdupla e individual – deum bilhete, de um textoinstrucional etc.

Reescrita de textosconhecidos – coletiva, emdupla, individual.

Uma vez porsemana.

Envolver os alunoscom escritaspré-silábicasna atividade– produzindooralmente,ditando para o(a)proessor(a) oupara o colega.

Leitura realizadapeloaluno

· Desenvolver atitudes edisposições avoráveis àleitura.

· Desenvolverprocedimentos deseleção de textos embusca de inormações.

· Explorar as fnalidades eunções da leitura.· Ler com autonomia

crescente.· Aprender

comportamentos leitores.

Roda de biblioteca comdiversas fnalidades:apreciar a qualidadeliterária dos textos,conhecer dierentessuportes de texto.

Ampliar a compreensãoleitora: leitura de textosque os alunos ainda nãolêem com autonomia masque pode ser mediadapelo(a) proessor(a) (leiturade textos inormativos,instrucionais, entre outros).

Ler sem saber lerconvencionalmenteutilizando índicesornecidos pelos textos.

Uma vez porsemana.

Ler várias vezesum mesmo textocom dierentespropósitos.

Garantir queconheçam o

conteúdo a serexplorado.

Antecipar asinormações queos alunos vãoencontrar nostextos.

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39GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

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Dicas práticas para oplanejamento do trabalho

Para que seus alunos possam ampliar o conhecimento lingüístico sobre

uma variedade de gêneros textuais, aprender a ler com dierentes propósitos e,assim, construir procedimentos de leitura variados, bem como adquirir um reper-

tório de textos e autores, sugerimos que ao longo do 1o bimestre você considereas dicas a seguir:

LEIA EM VOZ ALTA TODOS OS DIAS...

Textos literários: contos tradicionais,histórias contemporâneas, lendas.

LEIA EM VOZ ALTA PELO MENOS UMA VEZ

POR SEMANA...

Um texto inormativo: artigos e notíciasde jornal, textos inormativos sobre temascientícos (sobre animais, plantas, corpohumano, planetas etc.).

E TAMBÉM(pelo menos duas vezes no mês)Um texto instrucional: regras de jogos,receitas culinárias...

LEIA COM ELES, EM VOZ ALTA, TODOS OS DIAS...

Parlendas, quadrinhas, trava-línguas, cantigas,poemas, adivinhas e outros textos memorizáveis.Os textos podem estar num cartaz no mural, emum papel, com cópia para cada aluno, ou mesmoescritos na lousa.

PROPONHA TAMBÉM MOMENTOS DELEITURA NOS QUAIS...

j Possam explorar livros, revistas e jornais livremente, como nos cantosde leitura.

j Possam ler, ajudados por você, comdierentes propósitos.

j Possam ler, com sua ajuda,inormações presentes no ambienteescolar, ampliando o conhecimento

que já possuem sobre a unçãoda escrita.

CONVIDE OS ALUNOS A LER

TODOS OS DIAS...

Os nomes dos colegas, as atividadesdo dia, o nome da escola, títulos dashistórias conhecidas, títulos das cantigase outros textos disponíveis na escola.

 MAS ATENÇÃO...

Sempre que possível, leve o suporteno qual o texto que você selecionou oiimpresso. Se or uma notícia, procurelevar todo o jornal para que os alunostenham contato com esse portador. Seor um verbete de enciclopédia, leveo volume do qual ele oi extraído. Umconto? O livro. A regra de um jogo? Oolheto de instruções ou até mesmo atampa da caixa do jogo.

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40 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

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7

 

FINALMENTE, COMECE A APROVEITAR

os seus momentos de leitura em voz alta para avorecer a integração dotrabalho de leitura e de escrita com as demais áreas do currículo.Por exemplo, ao selecionar uma notícia de jornal, você pode escolher uma

notícia que trate da auna, da fora e do meio ambiente. Ou então ler umtexto inormativo que tenha relação com a história do lugar, com o modode vida de dierentes grupos sociais (como os povos indígenas) ou querelate a vida em outros tempos e em outras partes do Brasil e do mundo...E mais ainda: ao escolher um texto para ser lido  para e com seus alunos,você pode aproveitar para tratar de temas relacionados à nossa sociedadeatual, ao nosso dia-a-dia. Saúde, alimentação, lixo, preconceito, preservaçãoambiental, a importância do idoso, respeito aos portadores de necessidadesespeciais, trânsito, desarmamento... são temas importantes, cuja refexãocontribui para a ormação de cidadãos mais críticos. Esses temas expressamo conceito de tema transversal proposto pelos PCNs. Você ainda pode sevaler dos acontecimentos mais recentes para, por exemplo, selecionarnotícias de jornal e discutir o conteúdo desses textos com os alunos.

E REDOBRE AINDA MAIS A SUA ATENÇÃO

no momento de selecionar os textos. Escolhasempre textos com qualidade. Evite as versõesadaptadas, que simplicam o conteúdo ea linguagem do texto. Esses textos poucocontribuem para a ormação de seus alunosenquanto leitores.

ESCREVA PELOS ALUNOS PELO MENOS UMA VEZ POR SEMANA

j Uma lista de palavras cujo tema tenha signicado no contexto do trabalhorealizado até o momento. Pode ser uma lista com os nomes da turmaorganizados em ordem alabética, dos nomes e da data de nascimentopara a elaboração da “Agenda de Aniversários”, dos dias da semana, dostítulos das histórias lidas, dos nomes dos personagens preeridos, dostítulos das cantigas trabalhadas...

j Cartas ou bilhetes, produzidos de orma conjunta com a turma. O assuntopode variar: bilhete para pesquisar os nomes dos amiliares maispróximos, para pesquisar a letra de uma cantiga, para obter inormaçõessobre a data de nascimento dos alunos e outros dados que possam vir a

azer parte da “Agenda de Aniversários”.j A letra de uma cantiga, uma quadrinha, uma parlenda – eles podem ditar o

texto para que você o escreva na lousa.

E COM RELAÇÃO À PRODUÇÃO DE TEXTO...

1

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41GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

3E NÃO SE ESQUEÇA!

j De planejar duplas/grupos de trabalho para que os alunos se ajudemmutuamente, trocando inormações entre si.

j De car mais próximo(a) daqueles alunos que têm hipóteses muitoiniciais sobre o sistema de escrita, atuando como “escriba” deles.

j De, vez ou outra, pedir para que os alunos leiam aquilo que escreveram.

j De que o objetivo dessas atividades não é azer com que os alunosescrevam convencionalmente, mas sim que possam colocar em açãoaquilo que já sabem sobre o sistema de escrita, sentindo-se cadavez mais dispostos e conantes a escrever e a aprender a escreverconvencionalmente.

j De, durante essas produções, incentivá-los a consultar outros materiaisescritos para buscar inormações sobre qual letra utilizar e como graaras letras.

ESCREVA NA FRENTE DELES TODOS OS DIAS...

j A lista das atividades da rotina do dia, os nomes dosajudantes do dia, os nomes das duplas/grupos de trabalho,o título do texto que será lido no momento da leitura...

Assim eles podem observar um “escritor” mais experiente

escrevendo e ampliar as noções que já possuem sobre osprocedimentos que envolvem o ato de escrever.

 ASSIM SEU PLANEJAMENTO SEMPRECONTEMPLARÁ UMA VARIEDADE DE TEXTOS

2

PROPONHA QUE OS ALUNOS ESCREVAM TODOS OS

DIAS...

j O próprio nome em pelo menos um dos seustrabalhos do dia, consultando ou não o cartaz com osnomes da turma.

j A data em pelo menos umdos seus trabalhos do dia, copiando-a da lousa.

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42 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

FEVEREIRO

Introdução

Fevereiro. Tempo de conhecer os colegas, o(a) proessor(a) e a escola. Tempo

de explorar a nova sala de aula e de aprender a conviver com uma nova rotinade trabalho...

Essas três primeiras semanas de aula são mesmo muito especiais para osalunos e também para você, proessor(a), que iniciará um novo ano letivo com

um novo grupo de alunos. É, sem dúvida, um período de apresentações e deadaptações.

A maior expectativa de quem entra na 1a série, como sabemos, é aprender aler e aprender a escrever, mas nem só de leitura e escrita vivem esses meninos.Assim, pensar na organização dos espaços, nos agrupamentos e nos desafos de

uma nova convivência que irá se estabelecer constitui a prioridade para o bomandamento deste trabalho e para as parcerias que irão se confgurar.

Muitas crianças que ingressam no Ensino Fundamental vêm de uma experi-ência na Educação Inantil que possivelmente lhes imprimiu uma orte reerência

do que seja a escola. O que esperam esses alunos? Essa nova escola consegui-rá recebê-los de acordo com suas expectativas?

É certo que o status em relação à escolaridade mudou, mas será possívelpensarmos em situações que os açam se sentir seguros e menos ansiosos em

relação ao que vem pela rente?

Alguns combinados e regras básicas, como aprender os nomes de todos,ouvir um pouquinho de suas histórias pessoais, deixar que se conheçam, preo-cupar-se com a arrumação dos espaços e possibilitar que explorem os materiais,

podem se confgurar em boas situações de convivência e de aprendizagem. Outroaspecto essencial nesse início de relacionamento diz respeito ao uso do tempo.Será importante dosá-lo para que os alunos enrentem de maneira frme os no-

vos desafos que ora se lhes apresentam. Dessa orma, fcar sentado e imóvelo tempo todo nesses primeiros dias poderá resultar pouco produtivo.

Também se deve considerar que é um período no qual a aprendizagem daleitura e da escrita pode ser iniciada de orma signifcativa e gratifcante. Afnal, é

possível aproveitar os eventos que marcam o começo das aulas para desenvolver

boas atividades de escrita e de leitura. Até mesmo as atividades de comunica-ção oral podem ser enriquecidas com conversas em torno desses eventos. Vejaalguns exemplos do que você pode planejar e realizar neste mês:

Quando a teoriaajuda a prática...

A intenção éazer os alunosparticiparem desituações de escritae de leitura desde aprimeira semana deaula. Mas como, sealguns nem sequerconhecem as letrasdo alabeto? Seessa é sua dúvida,leia o Texto 12 doBloco 4, “Escreverquando não se

sabe”, no Guiade Estudo para oHorário de TrabalhoPedagógicoColetivo.

Veja as Atividades 5e 6 nas OrientaçõesDidáticas desteGuia (páginas 76 a79).

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43GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Iniciar o trabalho com nomes próprios, aproveitando este mês para proporatividades de escrita do próprio nome em um contexto real e signifcativo

para os alunos, como a produção de crachás e de etiquetas de identifca-ção para o material escolar.

Dar início a uma seqüência de atividades de leitura dos nomes dos cole-

gas e do próprio nome (por exemplo: ler os nomes dos alunos que alta-ram, dos parceiros de trabalho e dos ajudantes do dia).

Desenvolver atividades de conversação em torno do tema “O meu nome”,estimulando conversas sobre os nomes e sobrenomes dos alunos.

Começar o trabalho de apropriação da rotina escolar, desenvolvendo ati-vidades de leitura de inormações relacionadas ao dia-a-dia dos alunos

na escola.

Criar atividades voltadas para a aprendizagem do alabeto, ou seja, dos

nomes das letras e da orma gráfca de cada uma delas.Instituir na rotina dierentes momentos de leitura e de escrita (sua e dosalunos).

Realizar a primeira sondagem do ano para analisar o domínio dos alunossobre o sistema de escrita e começar a acompanhar o processo de ala-

betização inicial de cada um deles.

No Guia de Planejamento, você encontrará uma planilha que deverá ser

preenchida com os dados da sondagem, as orientações gerais e o espaço paraorganizar e registrar o planejamento de sua rotina, além de um quadro onde você

poderá azer a avaliação semanal de seu trabalho. É importante destacar que a

planilha da sondagem ornece inormações sobreaquilo que seus alunos sabem e o que precisamaprender. Portanto, ela deverá ser considerada por

você na execução de seu planejamento.

A intenção é que você tenha um registro dasatividades que desenvolverá com a turma e possa

utilizá-lo para adquirir maior consciência de sua açãoprofssional. Essas inormações poderão ser úteis

no planejamento das atividades dos meses seguin-tes, nas reuniões com a coordenação pedagógica

e até mesmo no próximo ano letivo, quando você

poderá realizar novamente as atividades que se de-senvolveram com sucesso e reormular o encami-nhamento daquelas que não deram cer to.

Quando a teoriaajuda a prática...Caso necessário,consulte o Texto2 do Bloco 1,“Planejar épreciso”, no Guiade Estudo para oHorário de TrabalhoPedagógicoColetivo.

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44 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Orientações para a sondagem

Conorme previsto, no mês de evereiro deverá ocorrer a primeira sonda-

gem do ano. Siga as orientações ornecidas até o momento e consulte tambémos Textos 16, “Por que e como saber o que sabem os alunos”, 17, “Existe vida

inteligente no período pré-silábico”, e 18, “Se a maioria da classe vai bem e al-guns alunos não, estes devem receber ajuda pedagógica”, do Bloco 6, no Guiade Estudo para o Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo.

Você deverá registrar os resultados das sondagens no Guia de Planejamen-to e, assim, acompanhar as aprendizagens dos alunos ao longo de todo o ano.Depois de realizado o ditado, da tomada da leitura e da análise dos resultados,

marque, no campo reerente ao nível de conhecimento de cada aluno, a cor cor-respondente.

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45GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 MARÇO

IntroduçãoAs atividades sugeridas para o mês de março são, na realidade, um aproun-

damento e uma ampliação daquelas atividades propostas para o mês de evereiro.Mesmo porque, espera-se que nesse segundo mês de aula os alunos prossigam

ampliando o conhecimento sobre o sistema de escrita e construindo comporta-mentos leitores e escritores ao participarem de situações de leitura e de escrita

relevantes, que promovam uma intensa reexão sobre a língua escrita. Nesse con-texto, é importante considerar:

O trabalho com nomes próprios continua a ser desenvolvido, de modo queos alunos possam utilizar a escrita do próprio nome e a dos nomes dos

colegas como reerência sobre o sistema de escrita.

O trabalho com as palavras de reerência não deve restringir-se aos nomespróprios. A produção de outras listas sobre temas que tenham relevância

no contexto gráfca do trabalho desenvolvido até o momento pode e deveocorrer de orma sistemática.

A produção de uma “Agenda de Aniversários”, atividade em que os alunos

colocarão em jogo aquilo que aprenderam sobre a escrita dos nomes da tur-ma, a ordem alabética e outros assuntos relacionados ao som e à represen-tação gráfca das letras, é um dos ocos centrais do trabalho deste mês.

O início de um projeto de cantigas populares, que deverá estender-se atéabril, encantará a rotina com muita cantoria e muitas situações de leitura.

É claro que os alunos têm de continuar a escrever, e muito. Escrever do pró-prio jeito, escrever utilizando apoio, escrever com o colega, copiar... Quandoainda não se domina a escrita, é preciso se sentir à vontade para escrevere, principalmente, para pensar sobre como é que se escreve.

Com o objetivo de acilitar a utilização das tabelas apresentadas no Guia de

Planejamento para o registro e a avaliação do planejamento semanal, sugerimos

que você preencha os campos em aberto com inormações relacionadas ao trabalhocom as demais áreas de conhecimento. Observe que a ênase do planejamento é

o registro do trabalho com a leitura, a escrita e a comunicação oral. E para apoiaressa empreitada, ornecemos várias indicações, com sugestões de atividades nas

quais você poderá ler e escrever para a turma e outras nas quais os alunos serão

desafados a ler e escrever também. Essas indicações encontram-se descritas naparte de Orientações Didáticas deste Guia. Não se esqueça de considerar suasanotações e os quadros de avaliação para azer seu planejamento.

Quando a teoriaajuda a prática...Certamente você já pensou sobreo conceito dealabetização como qual estamossugerindo quevocê organizeo seu trabalho.Nesse momento,é interessante ler,reetir e discutircom a sua equipe

de trabalho o Texto4 do Bloco 2,“ Aprender e ensinarlíngua portuguesana escola”, no Guiade Estudo para oHorário de TrabalhoPedagógicoColetivo.

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46 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 ABRIL

Introdução

Abril, assim como março, é um mês em que as atividades voltadas para a

aprendizagem da leitura, da escrita e da comunicação oral ganham em proundi-dade e autonomia. Ou seja, cada vez mais os alunos terão condições de realizar

reexões mais abrangentes sobre o sistema de escrita e, assim, adquirir maiorautonomia para participar das atividades propostas. Outro avanço dos alunos,

sem dúvida, é a experiência que acumularam em relação ao uso da linguagemescrita.

Não se esqueça de analisar as sondagens mais recentes de seus alunos.

Com base nessa análise das produções dos alunos, você terá condições de com-

parar dois momentos distintos do processo de aprendizagem de cada aluno e,

assim, avaliar quanto eles avançaram e também de que orma seu trabalho con-tribuiu para esse avanço.

Observe que a ênase do planejamento, mais uma vez, é o registro do traba-lho com a leitura, a escrita e a comunicação oral. Fornecemos várias indicações,

com sugestões de atividades nas quais você poderá ler e escrever para a turma eoutras nas quais os alunos serão desafados a ler e escrever também. Essas in-

dicações encontram-se descritas na parte de Orientações Didáticas deste Guia.

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47GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

O que fazer com aqueles alunosque parecem não avançar?

Como você avalia agora aqueles alunos cujo processo de aprendizagemnão atingiu os objetivos do seu planejamento? Será que o que oi planejado co-

laborou para que eles pudessem avançar em seus conhecimentos sobre a lei-tura, a escrita e a comunicação oral? Transcorridos quase dois meses de aula,é necessário continuar dando uma atenção especial a esses alunos. Retome

suas observações sobre os resultados de aprendizagem e avalie quanto essesalunos avançaram.

Em qualquer experiência educativa, os alunos demonstram ormas e ritmosdistintos de se desenvolver. A unção principal da avaliação é justamente iden-

tifcar as ajudas específcas de que cada um necessita. Há aqueles que, depen-dendo da difculdade que apresentam e/ou da natureza do conteúdo ensinado,

precisam apenas de uma explicação dada de outra orma, e há outros que re-querem uma intervenção pedagógica complementar.

Existem diversas possibilidades de atendê-los: por meio de atividades die-renciadas durante a aula, de trabalho conjunto desses alunos com colegas que

possam ajudá-los a avançar, de intervenções pontuais que você ou o aluno pes-quisador pode propor.

Para que avance com relação à aquisição da língua escrita, é indispensávelque a criança mostre-se ativa perante esse objeto de conhecimento que a rodeia,

que ormule perguntas, elabore hipóteses, conronte-as etc.

Nesse sentido, as situações didáticas que lhe avorecem a reexão sobreo uncionamento do sistema – como escrever e interpretar seus escritos, justi-

fcando quantas e quais letras utilizou – permitem que ela avance em seu pro-cesso de alabetização.

O uso das letras móveis, por exemplo, tem se mostrado um excelente re-curso didático, pois possibilita que você organize intervenções que contribuam

para que o aluno compreenda a relação entre os segmentos da ala e da es-crita, ou seja, que a cada segmento incompleto da ala deve corresponder um

segmento gráfco.

Portanto, estimule seus alunos a participar de situações de leitura e escritaque avoreçam o estabelecimento da relação entre o todo e suas partes.

A expectativa para o bimestre é de que os alunos escrevam silabicamente,

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48 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

ou seja, caso você observe – na sondagem e em outras situações de escrita– que há alunos que não corresponderam a essa expectativa, é preciso planejar

como ajudá-los para que não aumentem ainda mais a deasagem em relação aorestante do grupo.

Como você sabe, os alunos com escritas pré-silábicas têm saberes dieren-

ciados em relação ao sistema de escrita e à linguagem escrita. Para organizarboas situações didáticas, é importante observar, por exemplo, se os alunos estão

atentos aos critérios de variedade e quantidade ou se produzem escritas indie-renciadas; se, ao lerem e escreverem, estabelecem a relação entre o todo e as

partes; ou se, ao escreverem, compreendem que a cada letra acrescentada cor-responde um acréscimo na pauta sonora etc. Para acompanhar esse processo,

seria interessante você organizar uma planilha de observação com o objetivo deplanejar as atividades mais adequadas e as intervenções mais efcientes para

esse grupo de alunos.

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49GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Orientações e situações didáticase sugestões de atividades

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Introdução

Neste bloco, ornecemos as orientações didáticas para o trabalho com lei-tura, escrita e comunicação oral, entrando em detalhes relativos ao desenvol-

vimento de atividades em sala de aula e sugerindo atividades com vários des-dobramentos que você poderá colocar em prática ao longo do 1o bimestre de

trabalho. Tais atividades são acompanhadas da descrição de um planejamentoque detalha os objetivos de aprendizagem e seu encaminhamento em sala de

aula, bem como sua ação e a dos alunos durante sua realização. Também apre-sentamos um projeto didático de cantigas populares que você poderá começar a

desenvolver ainda neste bimestre. Sempre que necessário, indicamos materiaiscomplementares para serem reproduzidos e, assim, acilitar o seu dia-a-dia: as

letras das cantigas, a cartela do jogo de bingo, as páginas da “Agenda de Ani-versários”, por exemplo.

Essas atividades oram numeradas apenas para que você as localize com

maior agilidade e também as comente com os colegas e com a coordenaçãopedagógica. Essa numeração, portanto, não tem relação com a ordem de de-senvolvimento das atividades. Essa decisão deverá ser tomada por você e seuscolegas de trabalho durante a defnição do planejamento deste bimestre.

É certo que várias outras atividades podem ser desenvolvidas e que, provavel-mente, algumas que você considera essenciais não oram aqui contempladas.

Lembre-se de que este Guia é um ponto de partida para seu trabalho e podelhe ser útil como fo condutor. Outras atividades e propostas de trabalho podem

e devem ser incorporadas ao seu trabalho de alabetização.

Lembre-se também de que o seu planejamento é e sempre será ruto da sua

experiência e das decisões profssionais que você assume em seu dia-a-dia.

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52 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Escrita do professor – a rotina na lousa

A organização da rotina diária e a comunicação das atividades do dia podemse transormar em boas situações de aprendizagem, voltadas para o processo

de aquisição da leitura e da escrita, pois envolvem a produção de textos por vo-cê (a rotina, ou seja, a lista das atividades do dia, a lista dos ajudantes do dia

e outros textos relacionados às atividades diárias) e também a leitura dessesmesmos textos pelos alunos.

É importante destacar que seu registro diário da rotina na lousa também seconfgura numa situação signifcativa para a aquisição do sistema de escrita, o

que acontece quando essa lista contempla as mesmas palavras para designaras atividades, variando apenas em unção do dia da semana. História, Escrita,Recreio, Matemática, Artes, Educação Física e outras palavras relacionadasà rotina passarão a azer parte do vocabulário dos alunos, e o contato com a

escrita dessas palavras acabará se tornando uma reerência para a escrita de

outras palavras. Pouco a pouco, os alunos começarão a reconhecer partes daescrita dessas palavras – as letras com as quais começam ou terminam, a pre-sença de um acento etc.

Muitos educadores, porém, acreditam, equivocadamente, que os alunos

devem copiar a rotina no caderno. O simples ato de ver o(a) proessor(a) escre-ver a rotina, acompanhar a leitura e, de vez em quando, ser desafado a saber o

que vai acontecer no dia ajuda o aluno a construir importantes procedimentosrelacionados às tareas escolares e, gradualmente, a consolidar a autonomia

necessária para realizar essas tareas sem que o(a) proessor(a) precise lem-brá-lo ou orientá-lo o tempo todo. Além disso, quando o adulto inorma à criança

sobre sua programação diária, está também ajudando-a a ampliar suas noções

de tempo, construindo importantes noções de anterioridade e posterioridade.Tal atitude é avorável também ao emocional dos alunos, que se sentem menosansiosos perante uma rotina que conhecem previamente.

 Mas, e na prática, como fica?

A princípio, escreva a rotina na lousa na presença dos alunos, ou me-lhor, para os alunos. Enquanto escreve, leia em voz alta as atividades do

dia, mencionando qual delas iniciará o dia, qual virá na seqüência, o queocorrerá antes do recreio e depois dele, que atividades desse dia serão

dierentes das do dia anterior (a aula de Artes, por exemplo). Registre

também o dia da semana e do mês.

Não é necessário pedir aos alunos que copiem a rotina no caderno, já

que essa cópia não tem unção relevante e dá muito trabalho para eles.

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Se quiser, leve um caderno para a classe e aça dele o diário da turma.Nele, você copia a rotina para que ninguém esqueça o que aconteceu

durante as aulas. Caso considere proveitoso, convide alguns alunospara ilustrar uma passagem do dia, cole (ou copie) textos que alguém

levou (a letra de uma cantiga, uma notícia etc.), guarde no caderno aque-las “lembrancinhas” que os alunos da 1a série adoram levar para o(a)proessor(a) (uma or, por exemplo). Com o passar do tempo, aí sim,

você solicita aos ajudantes do dia colaboração na tarea de copiar a ro-tina da lousa. Sempre que você ou alguém da turma quiser se lembrar

de algo, basta consultar o “diário da turma”. Abaixo, um exemplo deregistro da rotina.

20/3/2008

 SEGUNDA-FEIRAHISTÓRIA

ESCRITA

RECREIO

MATEMÁTICA

LIÇÃO DE CASA

Ainda com relação à data, mostre aos alunos que o dia é sempre re-gistrado com números e não com letras, embora também seja possível

escrever por extenso (explicite as dierenças). Para o mês de março,sugerimos um trabalho mais sistemático com os dias da semana e com

os meses do ano.

Neste primeiro mês de aula, incentive a leitura do nome da escola pe-

los alunos, mas não se preocupe em azê-los copiar o nome. Para tanto,

afxe na sala de aula um cartaz sobre o assunto. Utilize o registro escritodo nome da escola também como onte de inormação sobre a escritade uma orma geral, analisando as palavras que azem parte dele, com

quais letras elas começam etc.

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54 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Os momentos de leitura do(a)professor(a) – textos literários

Desde o início das aulas é importante que você institua na rotina uma ativi-dade permanente: a leitura de textos literários para os alunos. Nessa atividade,você lerá para os alunos mesmo quando eles já souberem ler.

A escola é, por excelência, um lugar de livros. Quando olhamos de perto

suas estantes, armários e outros recantos, nós nos deparamos com uma infni-dade deles... Livros fnos, grossos, com gravuras e sem gravuras, livros com as

mais dierentes histórias.

Para ormar leitores – um dos principais desafos da escola –, é importante

pensarmos em critérios de escolha para compor o acervo da classe. Para apren-der a ler e para aprender a gostar de ler, é undamental que as experiências dos

alunos com os livros e com a leitura sejam bem planejadas desde o início.

Durante esses dois meses, que para muitos alunos signifcam um marco

em relação à escolaridade, convidá-los a empreender viagens por meio das lei-turas pode ser um bom início na construção da sua relação com o mundo das

letras. Assim, selecionar livros interessantes, clássicos e ler para eles bonstextos talvez sejam determinantes nessa empreitada.

Os textos que os alunos não conseguem ler sozinhos podem ser um crité-rio proveitoso na seleção de leitura que você ará. É como pensar: “Quais livros

que, se eu não ler para esses meninos, eles dificilmente terão conhecimento de

  sua existência? Qual autor de minha preferência eu gostaria de compartilhar 

com eles?”.

Ler histórias com textos bem elaborados e belas ilustrações, autores na-cionais e estrangeiros, obras de um mesmo autor e/ou que azem parte de uma

mesma coleção pode ser outro excelente critério de escolha tanto para vocêler para eles, como para indicar-lhes livros. A intenção é que eles comecem a

conhecer os livros também por seus autores e pelas coleções de que azemparte, para, assim, ampliarem suas reerências literárias.

Além desses, outro critério se az undamental: histórias que, depois daapresentação e da leitura eita por você, eles possam ler autonomamente, ain-

da que não seja de orma convencional. Os livros indicados aqui são aqueles deenredo interessante, que brincam com as palavras, que repetem trechos e por

isso possibilitam aos alunos retomar seu conteúdo, antecipar partes importantese ler para si ou recontar para os colegas o enredo da história. Essa estratégia

permite que os alunos ganhem confança para se aventurarem sozinhos e daí avançarem em seus conhecimentos sobre a linguagem escrita.

Quando a teoriaajuda a prática...A leitura do(a)proessor(a) éundamentalno processo dealabetização dosalunos. Você podesaber mais sobreo assunto lendo o

Texto 21 do Bloco7, “Leitura peloproessor”, no Guiade Estudo para oHorário de TrabalhoPedagógicoColetivo.

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Ler enquanto aguarda, ler para distrair-se, ler para conhecer, ler para o co-lega, ler para explorar o acervo podem ser ótimas situações didáticas de leitura

autônoma pelo aluno.

Na organização do planejamento dos momentos de leitura que envolvem

textos literários, é importante considerar:

 Antes de iniciar a história

j Inorme os alunos sobre o texto que será lido, antecipando parte da tra-

ma da história, seus personagens, o local onde ela se passa – como seosse um anúncio da próxima novela. Isso ajuda os alunos a se interes-

sar pela leitura e ornece elementos para que eles possam antecipar oconteúdo do texto e se situar durante a leitura. Para tanto, é preciso ler o

livro antes, inormar-se sobre seu autor/ilustrador, selecionar aquilo quepretende destacar etc.

Durante a história

j Organize a turma de ormas variadas: sentados na própria carteira; sen-

tados no chão, em roda; no chão ou na carteira, com os olhos echados,para melhor imaginarem a história; com as luzes da classe apagadas;

ora da sala de aula, em uma parte agradável do pátio etc.

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j Faça comentários sobre a trama e seus personagens e convide os alunosa alar também. Caso a conversa se estenda e a leitura fque dispersa,

leia novamente o texto (no mesmo dia ou em outra ocasião). Ao planejar omomento de leitura, selecione para comentar as passagens que lembram

outras histórias/personagens, aquelas que despertam sentimentos ortes(medo, alegria, tristeza) ou então aquelas que lembram acontecimentosrecentes, da sua vida ou do dia-a-dia dos alunos, e também passagens

que encantam pela beleza de sua construção discursiva.

j Mostre também algumas ilustrações, ressaltando a relação entre elas e

o texto.

 Ao final

j Compartilhe com o grupo por que você gostou da história, pergunte doque eles mais gostaram, compare com outras histórias lidas ou já conhe-

cidas do grupo, releia alguns trechos, retome ilustrações, convide-os pa-ra olhear o livro mais de perto, com as próprias mãos, ou simplesmente

não aça nada. Lembre-se: um dos objetivos da leitura diária de textosliterários é que os alunos aprendam que a leitura é, sim, uma onte de

entretenimento e prazer. Para tanto, procure variar o espaço de leitura ea orma de encaminhá-la, tornando-a sempre um momento agradável.

Que história escolher?

Essa é a dúvida de muitos proessores quando se deparam com o desafode ler uma história para sua turma. “Desafo” porque, para muitos, essa ativida-

de de ler para os alunos nem sempre sai como o esperado: eles não prestamatenção, conversam durante a leitura, brincam, parecem desinteressados. Re-sultado: a cada parágrao lido, é necessário interromper a leitura para chamar

a atenção de um aluno, pedir para que outro sente de volta em seu lugar etc.

Em primeiro lugar, é orçoso considerar que “ouvir alguém lendo em voz alta”

é algo que se aprende, e a escola é um espaço privilegiado para essa aprendi-zagem. Nem sempre as amílias têm condições ou mesmo tempo para ler para

as crianças. Assim, é preciso considerar que essa atividade pode ser novidadepara muitas delas, o que requer um certo tempo para que elas construam os

comportamentos de ouvinte e também de leitor.

A avaliação do encaminhamento de cada momento de leitura é undamen-tal. Se os alunos ao fnal do período estão sem disposição para ouvir uma histó-ria, leia-a no início da aula ou antes do recreio. Caso sejam sempre os mesmos

alunos que se dispersam com maior acilidade, aça um planejamento especial

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para eles: eles podem sentar do seu lado, ajudar você a virar as páginas do livro,fcar encarregados de descobrir uma passagem especial da trama... São várias

as possibilidades.

Por outro lado, para que esses momentos de leitura ocorram com sucesso,a escolha das histórias é undamental. Que história escolher? Se você pensou

naquelas histórias mais curtas e artamente ilustradas, cuidado! Elas até podemser mais áceis de ler em voz alta, mas geralmente não são as melhores para

iniciar os alunos na linguagem literária. Acredite: uma boa história não é defni-da pelo seu tamanho, mas sim pela sua trama. O texto pode nem ter ilustração,

mas, se ele divertir e emocionar a meninada, o sucesso é garantido.

Ao selecionar uma história contemporânea ou um conto tradicional, verif-

que se a trama é divertida, emocionante. Ou então se há suspense, de modo aenvolver os alunos. Avalie as ilustrações e observe a relação delas com o texto,

se elas surpreendem e causam impacto.

Para os primeiros meses de aula, sugerimos a leitura de contos tradicionaispara que sua turma possa começar a construir um repertório comum de histó-rias e personagens. Pergunte aos alunos quais contos eles já conhecem. Você

pode ler essas histórias, garantindo o contato de todos os alunos com elas. Ouentão você pode ler contos como “Chapeuzinho Vermelho”, “Os Três Porquinhos”

e “Branca de Neve”. São histórias amplamente diundidas pelos meios de co-municação que podem e devem ser conhecidas pelos alunos. Na hora de esco-lher a onte, ou seja, o livro que traz essas histórias, evite versões adaptadas,

curtinhas, que não ornecem sequer a descrição dos personagens e do cenárioonde se passa a trama. Como sugestão, indicamos como boas versões desses

contos aquelas presentes nas seguintes obras:

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O livro Contos de adas clássicos, de Helen Cresswell, e os livros da cole-ção Contos Clássicos, todos publicados pela Editora Martins Fontes – e

com belíssimas ilustrações.

Os livros da série Clássicos da Literatura Inantil, selecionados e traduzi-

dos por Ana Maria Machado e publicados pela Editora Nova Fronteira.

 Contos tradicionais do Brasil, de Luís da Câmara Cascudo, Editora Global.

 Contos de Andersen, de Hans Christian Andersen, Editora Paz e Terra.

 Contos de Grimm, dos irmãos Grimm, Companhia das Letrinhas.

Indicamos também a leitura de histórias contemporâneas, com ou sem ilus-trações. Algumas delas podem até ser mais curtas, mas utilize como critério acapacidade dos alunos de se divertirem com elas. São histórias que, depois da

apresentação e da leitura eita por você, os alunos podem ler autonomamente,ainda que não saibam ler de orma convencional.

A lista a seguir é apenas uma reerência, pois você pode optar por outrasobras que açam parte do acervo da sala de aula ou da escola:

 O rei Bigodeira e sua banheira, de Don e Audrey Wood, Editora Ática.

 Bruxa, bruxa, venha a minha esta, de Arden Druce, Editora Brinque-Book.

Os livros da coleção Quem Tem Medo de..., de Fanny Joly, Editora Scipione.

 Da pequena toupeira que queria saber quem tinha eito cocô na cabeça

dela, de Werner Holzwarth, Companhia das Letrinhas.

 Gente, bicho, planta: o mundo me encanta, de Ana Maria Machado, Editora

Nova Fronteira.

 O joelho Juvenal, Rolim e todos os livros da Série Corpim, de Ziraldo, Edi-tora Melhoramentos.

 O menino maluquinho, de Ziraldo, Editora Melhoramentos.

 A esta no céu, de Ângela Lago, Editora Melhoramentos.

 O grande rabanete, de Tatiana Belinky, Editora Moderna.

 Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias, de Ruth Rocha, Editora

Salamandra.

 Na foresta, O ogo e os demais livros da coleção O Homenzinho da Ca-verna e os Sons que ele Descobriu..., de Silvio Costta, Companhia EditoraNacional.

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Como você ará a leitura de textos literários todos os dias, preparamos umaplanilha para você registrar os livros lidos no Guia de Planejamento. Assim, além

de não se esquecer dos textos que já leu, você poderá passar essa lista parao(a) proessor(a) que assumir essa turma no ano seguinte.

Você e os demais proessores de 1a série de sua escola deverão ter rece-bido (ou receberão em breve) um acervo de 40 livros de literatura inantil para

fcar na sua sala de aula. Os títulos são todos de excelente qualidade, adequa-

dos aos alunos de 1a

série. Alguns são para você ler para eles; outros, elespoderão tentar ler sozinhos. Foram montados cinco grupos de livros dierentes;assim, os acervos poderão ser trocados de uma classe para outra a cada dois

ou três meses.

Os momentos de leitura do(da)professor(a) – textos de divulgação científica

Os textos de divulgação científca são essenciais não apenas para que os

alunos se insiram na cultura escrita, mas também para que aprendam os maisvariados conteúdos das dierentes áreas de conhecimento, tão undamentais na

vida escolar. A leitura desses textos pode começar antes mesmo de os alunoslerem convencionalmente – você pode escolher textos que só tragam inormações

curiosas, sem necessariamente estarem atrelados a um conteúdo escolar, e/ouselecionar aqueles que açam parte de um projeto de estudo, como “animais em

extinção”, “povos da Amazônia”, “a cidade de São Paulo” etc. Dessa orma, osalunos passam a ler os textos com os propósitos de inormar-se, aprender sobre

um tema, encontrar respostas para determinadas perguntas – propósitos pelosquais tais textos costumam ser escritos.

Além disso, ao ouvirem a leitura desses textos, os alunos também se ami-liarizam com sua linguagem, organização e podem aprender:

j sua unção;

j onde são encontrados (seus portadores);

j características da linguagem;

Data Título Autor Editora Gênero Observações

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j tipo de conteúdo que abordam;

j expressões e vocabulário mais reqüentes;

j relações com a iconografa (ilustrações, otos, gráfcos e tabelas).

Tudo isso eles aprendem ao ouvir, discutir, estudar e consultar esses textos

 junto com você. Tais conhecimentos são úteis para ormar os alunos como lei-tores, mas, em outras situações, tornam-se undamentais para que eles consi-

gam produzir esses textos, seja oralmente, seja de próprio punho, conquistando,assim, um importante recurso para reapresentar os conteúdos aprendidos nasdierentes áreas de conhecimento e seguir aprendendo.

A lista abaixo é apenas uma reerência, pois você pode optar por outras pu-blicações (suas ou disponíveis na escola):

j Ciência Hoje das Crianças;

j Suplementos inantis e cadernos de ciência de jornais semanais;j Superinteressante;

j Mundo Estranho;

j Recreio.

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 ATIVIDADE 1: LEITURA DO PROFESSOR

Leitura de um texto de divulgação científicaOBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Ouvir um texto de divulgação científca.

Conhecer algumas características deste gênero.

Valorizá-lo como onte de inormações.

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? A atividade é coletiva e os alunos podem fcar

em suas carteiras.

Quais materiais serão necessários? Texto de divulgação para você e, se

possível, para os alunos também.

Duração: cerca de 40 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Antes de iniciar a leitura do texto, mostre de onde ele oi retirado, leia o

título (e subtítulos, se houver), mostre as imagens e peça-lhes que tentemantecipar qual será o assunto. Caso eles antecipem o conteúdo, soliciteque alem acerca do que sabem sobre o tema.

Anote o que or dito pelos alunos para que possam comparar suas idéias

com as inormações disponíveis no texto.

Realize a leitura, comente o texto e peça que as crianças comentem, re-

tomando o que oi dito antes de lerem.

Se houver apenas uma cópia do texto, você pode fnalizar o assunto co-

locando o texto em um mural para que as crianças o “releiam”; se elastiverem cópia, podem colar no caderno ou colocar numa pasta para con-

sultá-lo em outras ocasiões.

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62 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?Algumas vezes, depois de ler um texto desse tipo, os alunos ficam curiosos,surgem novas perguntas, e, se você achar que é o caso, procure outros textos

sobre o mesmo tema para ler para a turma. Comparar informações de diferentestextos ou trazer textos com informações divergentes também costuma sermuito interessante para que os alunos adquiram comportamentos leitores– principalmente aqueles relacionados à autonomia e à crítica ante os textos.

Os momentos de leitura do aluno – textosmemorizados

É importante que os alunos tenham a oportunidade de participar de práti-

cas de leitura com textos que conhecem de memória (parlendas, adivinhas, can-ções, cantigas populares, quadrinhas, trava-línguas, poemas etc.), diariamente,

no início do ano, ou enquanto a maior parte da turma ainda não estiver lendoconvencionalmente.

As atividades de leitura e escrita com esses textos que pertencem à tra-dição oral (e que eles conhecem de memória) podem possibilitar avanços em

suas hipóteses a respeito da língua escrita. Com o texto na mão, sabendo decor, o aluno tem o desafo de ajustar aquilo que ala àquilo que está escrito e,

nessa tentativa, acaba por analisar o texto e buscar relações entre as letras e ossons. Cada um irá solucionar esse problema na medida de suas possibilidades.Alguns azem uma análise mais global da extensão do que alam com a exten-

são do que está escrito: por exemplo, se chegam ao fm do texto muito antes determinarem de recitar, na próxima vez tentam apontar com o dedo mais devagar.

Outros, que já estão silábicos, ao chegarem ao fnal dos versos, procuram ana-lisar as pistas qualitativas, ou seja, checar se o som que estão recitando cor-

responde à letra do fm do verso. Ou seja, é uma atividade que cria problemaspara dierentes níveis de conhecimento, o que acaba promovendo aprendizagem

para todos os alunos.

Esses textos, além de propiciarem ótimas situações de reexão sobre o sis-

tema, são adequados para esta aixa etária, pois são próprios das brincadeirasde inância, são divertidos e têm um orte componente lúdico.

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63GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 ATIVIDADE 2: LEITURA DO ALUNO

Leitura de parlenda

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Reetir sobre o sistema de escrita.

Estabelecer relação entre ala e escrita.

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? A atividade é coletiva e os alunos podem fcar

em suas carteiras.Quais materiais serão necessários? Cartolina ou papel kraft, caneta hidro-cor preta (com a parlenda escrita por você) e cópia da parlenda (podem

ser várias: “Corre cutia”, “Hoje é domingo”, “Rei, capitão”, “Lá em cimado piano” etc.).

Duração: cerca de 30 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Antes de iniciar a atividade, recite a parlenda com eles várias vezes, de

modo a garantir que todos a saibam de cor.Em seguida, aça uma leitura da parlenda utilizando um cartaz onde ela

deverá estar escrita, apontando onde você está lendo.

Distribua as cópias dos textos e solicite que acompanhem a sua leitura,cada um olhando para o próprio texto.

Leia uma vez e certifque-se de que todos estão acompanhando a leitura,recitando a parlenda junto com você.

Leia uma segunda vez, mas peça-lhes agora que tentem acompanhar a

leitura, passando o dedo por cima do texto e tentando ajustar aquilo quelêem àquilo que alam, ou seja, devem terminar de alar quando chegarem

à última palavra. Leia verso por verso, mostrando para eles que cada versoé uma linha, pois assim fca mais ácil de eles acompanharem.

Repita a leitura mais uma vez, para que tenham mais uma chance de

ajustar aquilo que alam ao texto impresso.

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64 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Deixe-os levar o texto para casa (e, depois, trazer de volta para pôr nocaderno ou pasta) para lerem para seus amiliares.

O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?

Em outras circunstâncias, depois de ter lido algumas vezes junto com os alunosparlendas ou cantigas, solicite que procurem uma determinada palavra, ou, nocaso de uma cantiga, coloque o CD e pare num determinado momento, para queencontrem a última palavra cantada. Aqueles que a encontrarem primeiro nãopodem dizer onde está, mas sim dar pistas (a primeira letra da palavra, comoela termina, em que verso está...) para que os colegas a encontrem.

 Análise e reflexão sobre a língua

O ALFABETO

Conhecer os nomes das letras é undamental para os alunos que estão sealabetizando, pois em alguns casos eles ornecem pistas sobre um dos sons

que elas podem representar na escrita. Além disso, os alunos têm de conhecera orma gráfca das letras e a ordem alabética. Essa aprendizagem, porém, pode

ocorrer de orma lúdica e divertida por meio de jogos, parlendas e adivinhas.

Você pode:

Afxar as letras do alabetário junto com os alunos, transormando essemomento de organização do espaço da sala de aula também em um mo-

mento de aprendizagem.

Fazer uma fcha com o alabeto completo em letra bastão para que osalunos a colem em seu caderno. Veja um modelo na página 66.

Fazer um marcador de livro ou fcha avulsa com o alabeto completo para

que possam consultá-lo sempre que precisarem.

Organizar atividades de completar as letras do alabeto, utilizando supor-tes variados: o abecedário afxado na sala de aula, cobrindo algumas das

letras com um pedaço de papel, e/ou uma tabela com a seqüência doalabeto incompleta (produzida no computador ou mimeograada).

Propor que os alunos analisem quais letras compõem seu nome, os nomesdos colegas e o seu. A atividade poderá, inicialmente, ser eita de orma co-letiva, e, depois, com os alunos reunidos em duplas ou em grupos. Comece

escrevendo seu nome na lousa e, junto com a turma, analise as letras que

Quando a teoriaajuda a prática...Consulte o Texto 6do Bloco 2, “Saberletras”, no Guiade Estudo para oHorário de TrabalhoPedagógicoColetivo.

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65GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

o compõem. Mostre quais são essas letras, destacando aquelas que apare-cem mais de uma vez. Depois, em duplas, os alunos deverão analisar quais

letras azem parte do próprio nome, utilizando como suporte o crachá.

Ensinar os alunos a “cantarolar” o alabeto, de modo que memorizem aseqüência das letras, ainda que não conheçam sua orma gráfca. Esseprocedimento vai ajudá-los a reconhecer os nomes das letras, acilitan-

do a aprendizagem. Recitar parlendas que envolvem o alabeto tambémé uma ótima estratégia. As atividades com o alfabeto devem acontecerapenas enquanto houver alunos que não sabem os nomes das letras.

Depois disso, elas perdem a função.

O QUE CONSULTAR?O QUE CONSULTAR?Você pode utilizar como apoio para o trabalho com o alfabeto algumas publicações

que trazem informações históricas sobre a origem e as transformações donosso alfabeto e o sistema de escrita de outros povos e culturas, ampliandoo trabalho com esse tema com informações e curiosidades históricas elingüísticas. Outra opção é apresentar aos alunos textos literários que brincamcom a ordem alfabética, tais como os livros aqui indicados.

Livros informativos:

O livro das letrasO livro das letras, de Ruth Rocha e Otávio Roth, Editora Melhoramentos.

Aprendendo portuguêsAprendendo português, de César Coll e Ana Teberosky, Editora Ática.

Livros literários:

De letra em letraDe letra em letra, de Bartolomeu Campos de Queirós, Editora Moderna.

Coral dos bichosCoral dos bichos, de Tatiana Belinky, Editora FTD.ZoonárioZoonário, de Antônio Barreto, Editora Mercuryo Jovem.

Uma letra puxa outraUma letra puxa outra, de José Paulo Paes e Kiko Farkas, Companhia dasLetrinhas.

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 TABELA DE LETRAS

A B C DE F G H

I J K LM N O PQ R S TU V W XY Z ✁

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67GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 ATIVIDADE 3:LEITURA COM O PROFESSOR

Uma parlenda para recitar o alfabeto

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Ampliar o conhecimento, num contexto lúdico e divertido, sobre a seqüên-cia do alabeto e, progressivamente, memorizar a ordem alabética.

Ouvir a leitura e apreciar um texto que aça parte do repertório popular

de nossa cultura.

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? Para ouvirem a leitura do texto e recitá-lo comvocê, os alunos poderão estar reunidos em círculo.

Quais materiais serão necessários? A letra da parlenda e corda para brincar.

Duração: de 20 a 30 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Ao planejar a atividade, utilize as cópias do texto “Suco gelado” da Coletâ-

nea de Atividades para os alunos colarem no caderno. Escreva também o

texto na lousa, como suporte para a leitura coletiva. O ideal é que as crian-ças possam, após a leitura, pular corda e recitar a cantiga em um contexto

lúdico. Para tanto, providencie cordas e planeje um local no pátio adequadoà brincadeira.

Ao iniciar a atividade, comente com os alunos que você irá ensinar umaparlenda que geralmente acompanha as brincadeiras de pular corda. Per-gunte-lhes se conhecem alguma cantiga de “pular corda” (ou outra par-

lenda qualquer). Procure também inormar-se sobre quem sabe/gosta depular corda. Aproveite para explicar que esta é uma parlenda especial,

pois traz um tema que eles estão trabalhando: as letras do alabeto.Durante a atividade, primeiro recite a parlenda tendo como apoio a lousa

– deixe para entregar a cópia do texto para os alunos ao fnal da ativida-

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68 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

de (eles poderão levar a parlenda para ler com os amiliares, ilustrar otexto etc.). Simule a brincadeira: e se uma pessoa “erra o pulo” e pára

na letra “D”, qual poderia ser o nome do(a) namorado/namorada? E seor a a letra “P”? E a letra “T”? Assim por diante. Escreva os nomes que

eles disserem na lousa. Comente também que as letras do alabeto, naparlenda, aparecem em ordem alabética.

Ao fnal da atividade de leitura, convide os alunos para pular corda e re-

citar a cantiga.

O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?

 Recitar o alfabeto para que os alunos consigam memorizar a ordemalfabética.

Utilizar a ordem alfabética para, por exemplo, sortear os ajudantes do dia, os

alunos que irão iniciar uma brincadeira etc. Peça-lhes que recitem em voz baixao alfabeto e, quando você falar “pára”, eles dizem a letra na qual estavam narecitação.

 Produzir uma “Agenda de Aniversários” com os nomes dos colegas organi-zados em ordem alfabética, conforme descrito na Atividade 8 do bloco deorientações didáticas para o trabalho com nome próprio (página 81).

 Recitar outras parlendas que também apresentem o alfabeto, como: “COMQUEM VOCÊ / DESEJA SE CASAR: / LOIRO, MORENO / SOLDADO, CAPITÃO?/QUAL É A LETRA DO SEU CORAÇÃO / A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S TU V W X Y Z?”.

 Caso surja a necessidade, apresente uma versão adaptada mais adequadapara os meninos: “SUCO GELADO, PERUCA ARREPIADA, QUAL É A LETRADA SUA NAMORADA? A, B, C, D...”.

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r

b c d

r

J

!UMA PARLENDA PARA RECITAR O ALFABETO

 SUCO GELADO

CABELO ARREPIADO

QUAL É A LETRA

DO SEU NAMORADO?

  A B C D E F G H

I J K L M N O P Q

R S T U V W X Y Z

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70 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 Análise e reflexão sobre a língua

O TRABALHO COM LISTAS

As listas compõem um tipo de texto muito presente no dia-a-dia das pes-

soas. Listar signifca relacionar nomes de pessoas ou coisas para a organizaçãode uma ação. Por exemplo: lista de convidados para uma esta, lista dos produ-

tos para comprar, lista dos compromissos do dia, lista das atividades que serãorealizadas na sala de aula etc. Por ter uma estrutura simples, a lista é um textoprivilegiado para o trabalho com alunos que não sabem ler e escrever convencio-

nalmente, mas é importante que você proponha a escrita de listas que tenhamalguma unção de uso na comunidade ou na sala de aula. A escrita de listas de

palavras que começam com a mesma letra ou outras similares é inadequada,

pois descaracteriza a unção social desse texto.

Por isso, ao planejar atividades com esse tipo de texto, é importanteconsiderar:

Atividades de leitura de listas: é undamental propor atividades de leitura em

que os alunos sejam os leitores. Por exemplo: atividades em que recebamuma lista com os títulos dos contos lidos ou dos personagens conhecidos

e tenham de localizar determinados personagens ou títulos (é possível, porexemplo, entregar uma cédula para que os alunos elejam, entre os títulos

de duas ou mais histórias já conhecidas, qual será relida por você); e aindaa leitura da lista de ajudantes do dia, da lista de atividades que serão reali-

zadas no dia, da lista dos aniversariantes do mês etc.

Atividades de escrita de listas: por ser um gênero de estrutura sim-ples, as atividades de escrita de listas possibilitam que os alunos pen-

sem muito mais na escrita das palavras (que letras usar, quantas usar,comparar outras escritas etc.). Você deve propor atividades de escrita

de listas das quais os alunos possam de alguma orma azer uso. Porexemplo: escrever a lista dos contos lidos, a lista dos animais que já

oram estudados e a dos que ainda pretendem estudar, a lista dos per-sonagens preeridos etc. Vale ressaltar que, quando propomos a escri-

ta de um texto visando à reexão sobre o sistema de escrita e em quenão há um destinatário específco, é undamental aceitar as idéias das

crianças sobre a escrita e colocar questões para que conrontem suashipóteses. Nesses casos também não é aconselhável corrigir, escrever

embaixo, enfm, azer uso de recursos similares, pois o objetivo não é a

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escrita convencional nem a legibilidade do texto. Ao planejar atividadesde produção de listas, considere que é possível propor que os alunos

ditem o texto para você escrever, que escrevam reunidos em grupos ouduplas ou ainda que escrevam utilizando outros suportes, além do lápis

e papel, como as letras móveis.

Atividades de reexão sobre a escrita: sempre que or possível avorecer areexão dos alunos sobre a escrita, proponha comparações entre palavras

que começam ou terminam da mesma orma (letras, partes da palavra).As listas são ótimos textos para a realização dessas atividades.

Como é um texto que avorece a reexão sobre o sistema de escrita, suautilização deve ser mais intensa enquanto houver alunos que não lêem e escre-

vem convencionalmente.

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72 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 ATIVIDADE 4:ESCRITA COM O PROFESSOR

Escrita da lista dos nomes da classeem ordem alfabética

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Ampliar o conhecimento sobre as letras do alabeto.

Começar a reconhecer situações nas quais a ordem alabética é impor-

tante e a identifcar os portadores de texto que são organizados dessaorma (dicionário, lista teleônica, agenda de teleones, índices, os nomes

dos alunos no diário de classe etc.).

Começar a memorizar a ordem alabética.

Utilizar a ordem alabética para, com sua ajuda, organizar um texto (o car-taz com os nomes dos alunos).

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? De orma coletiva, cada aluno sentado em suacarteira.

Quais materiais serão necessários? Lousa, giz, cartolina, caneta hidro-cor, o cartaz com os nomes dos alunos, portadores de texto com inor-

mações organizadas em ordem alabética (lista teleônica, dicionário, odiário de classe, uma agenda de teleones etc.).

Duração: cerca de 1 hora.

ENCAMINHAMENTO

Ao planejar essa atividade, considere dois momentos: no primeiro, a pro-

posta é conversar com os alunos sobre a ordem alabética, quem saberecitar o alabeto, quem já viu algum texto organizado nesta ordem. Aquivocê irá apresentar aos alunos os portadores de texto que são organizados

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em ordem alabética. No segundo, a proposta é organizar o cartaz comos nomes dos alunos em ordem alabética, azendo um novo cartaz.

Ao iniciar essa atividade, pergunte aos alunos qual seria o primeiro nomeda lista organizada em ordem alabética, qual seria o segundo nome eassim por diante. Copie os nomes que os alunos ditarem na lousa e, de-

pois da discussão, passe para a cartolina, com caneta hidrocor. Escrevaem letra de ôrma, maiúscula.

Durante a atividade, mostre aos alunos que é possível utilizar o alabetá-rio para buscar inormações sobre a ordem das letras. E se mais de um

nome começar pela mesma letra? Discuta sobre o assunto com os alu-nos, azendo reerência à segunda, terceira ou quarta letra dos nomes. E

se dois nomes orem iguais? Analise a escrita dos sobrenomes.

Ao fnal da atividade, destaque para a turma que o novo cartaz, organizadoem ordem alabética, vai acilitar a consulta. Não será preciso percorrer

toda a lista para achar um nome.

O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?Ensine a turma a utilizar os nomes do cartaz como fonte de informação sobrea escrita de uma forma geral. Para tanto, sempre que puder, compare a escritade outras palavras com a escrita dos nomes nele listados. Quando surgiremdúvidas sobre a escrita de palavras entre os alunos, sugira que eles busquem asolução em determinados nomes do cartaz.

Compare os nomes analisando não apenas as letras iniciais, mas também asletras finais, as letras do meio das palavras etc. Proponha outras análises

seguindo um encaminhamento semelhante ao aqui proposto, tendo como apoioa lista com os nomes da turma que os alunos receberam:

Quais nomes terminam com “a” e quais terminam com “o”? São nomes demeninas ou de meninos?

Com quais outras letras terminam os nomes das meninas? E os nomes dosmeninos?

Quais nomes têm mais letras? Quais têm menos letras? Qual a letra que maisaparece ao final dos nomes da sua turma?

Em outra ocasião, peça que os alunos comparem o próprio nome com os nomes

da lista, utilizando também os crachás.Com que letra começa seu nome? Qual outro nome da lista começa com amesma letra?

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Com que letra termina seu nome? Qual outro nome da lista termina com amesma letra?

Qual letra mais aparece no início dos nomes da sua turma?

 Análise e reflexão sobre a língua

ESCRITA E LEITURA DE NOMES PRÓPRIOS

O desenvolvimento de um trabalho sistemático e reqüente com o nome

próprio representa importante estratégia didática voltada para a alabetização

inicial dos alunos, além de estar relacionado à questão da cidadania. Esse traba-lho pode avorecer a reexão dos alunos sobre o sistema de escrita alabético e

ajudá-los a avançar na aquisição da base alabética. No primeiro mês de aula, oato de nem todos os alunos se conhecerem proporciona contextos interessan-

tes para a exploração da escrita do próprio nome e para leitura dos nomes doscolegas. Por isso, é possível iniciar o trabalho por meio de uma seqüência de

atividades nas quais o principal desafo para os alunos seja escrever o próprionome em contextos reais de comunicação, com o objetivo de identifcar-se, iden-

tifcar seus pertences e os dos colegas, ou seja, em contextos de organizaçãodo material e da rotina escolar.

Veja só o que se pode azer com o nome próprio neste primeiro mês de aula:

j Os alunos podem refletir sobre a escrita do próprio nome e a dos nomes

dos colegas...

j Os alunos podem tentar ler o próprio nome e os nomes dos colegas...

j Os alunos podem acompanhar alguém escrevendo seus nomes e/ou osdos colegas de maneira convencional...

j Os alunos podem tentar escrever o próprio nome...

Ao organizar o trabalho com os nomes de seus alunos, é importante consi-derar uma diversidade de situações de leitura e escrita, tais como:

Escrever na lousa os nomes dos ajudantes do dia (aqueles alunos queirão ajudar você em algumas tareas, como entregar os materiais paraa turma). O desafo dos alunos será descobrir quem são os ajudantes,

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lendo os nomes que você registrou. Caso ninguém descubra, conte paraa turma quem são os ajudantes, destacando algumas inormações so-

bre a escrita dos nomes deles (nomes que começam ou terminam com amesma letra, nomes compostos, nomes de meninas que terminam com

a letra “a” e de meninos que terminam com a letra “o”, por exemplo).

Fazer a chamada dos alunos utilizando material escrito como apoio (nocaso, os crachás dos alunos). O encaminhamento pode e deve variar: 1.

Você lê e mostra os crachás, procurando destacar alguma inormação so-bre a escrita dos nomes. 2. Você mostra o crachá e desafa a turma (ou

um aluno) a ler o nome nele registrado (dê dicas que destaquem elemen-tos da escrita dos nomes – como já mencionado no item anterior – e/ou

orneça inormações sobre a aparência, as preerências etc.).

Pedir que eles escrevam o nome em pelo menos um dos trabalhos pro-postos no dia. O encaminhamento pode variar: sem consulta (ou seja,

conorme as suas hipóteses, resultando em um registro não convencionaldo nome), com consulta ao colega (avorecendo a troca de idéias), com

consulta a algum material escrito (exemplo: o cartão de nome, descritona atividade sobre o crachá, colado no caderno, ou o cartaz com os no-

mes afxado na sala de aula, atividade também descrita na seqüência).

O QUE CONSULTARO QUE CONSULTAR?

Há diversas obras publicadas que tratam da questão do nome próprio e exploramas relações sonoras entre os nomes, permitindo uma abordagem mais poética.

O conto ContinhoContinho, de Paulo Mendes Campos, da coleçãocoleção Para Gostar de LerPara Gostar de Ler– Crônicas / Volume 1, publicada pela Editora Ática.

O poema “Nome da gente”, do livro Cavalgando o arco-írisCavalgando o arco-íris, de Pedro Bandeira,Editora Moderna.

Os livros da Coleção Nomes e NomesColeção Nomes e Nomes, de Sônia Junqueira, Editora Formato.

  De letra em letraDe letra em letra, de Bartolomeu Campos Queirós, Editora Moderna.

Na seqüência, apresentamos um pla-

nejamento mais detalhado de algumas ati-vidades que você poderá azer, adaptar ou

criar variações.

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 ATIVIDADE 5:COMUNICAÇÃO ORAL

Nomes e sobrenomes: conversa de apresentação

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Reconhecer dierenças entre nome e sobrenome.

Conhecer o nome do(a) proessor(a) e os nomes dos colegas.

Participar de uma conversa ouvindo os colegas, aguardando sua vez de

alar.

PLANEJAMENTO

Quando realizar? No primeiro dia de aula.

Como organizar o grupo? Alunos dispostos em um círculo (acomodados

nas próprias cadeiras ou no chão), de modo que possam ver uns aos ou-tros. Caso não seja possível, eles poderão permanecer nas suas car tei-

ras e se levantar na hora da apresentação para que o restante do grupopossa ver quem está alando. Caso avalie que a atividade se estenderá

por muito tempo, realize-a em dois dias.

Duração: cerca de 45 minutos ou mais – conorme o número de alunos.

ENCAMINHAMENTO

Antes de iniciar a atividade, explique para o grupo o que irá acontecer.Inicie você a apresentação, alando seu nome completo e seu apelido

(caso tenha um, é claro). A conversa se tornará ainda mais interessantese você compartilhar com a turma as diversas ormas pelas quais você

é chamado(a) no seu dia-a-dia, considerando contextos variados como aamília, os amigos e/ou os colegas de trabalho. Aproveite a ocasião paracomunicar como você gostaria que os alunos o(a) chamassem (de manei-

ra ormal ou mais carinhosa, pelo apelido etc.).Durante a apresentação, alguns alunos podem não se recordar do próprio

sobrenome. Não há problema. A alta dessa inormação poderá gerar uma

Quando a teoriaajuda a prática...O Texto 15do Bloco 5,“Comunicaçãooral”, no Guia deEstudo para o

Horário de TrabalhoPedagógicoColetivo, orneceinormações sobrea importância dotrabalho com acomunicação oral.

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lição de casa simples e signifcativa para eles: a de pesquisar o própriosobrenome junto aos amiliares.

Ao fnal da conversa, escreva seu nome na lousa para que eles conheçama escrita dele.

O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?Planeje outros momentos de conversação nos quais os alunos também possamfalar mais de si e conhecer melhor uns aos outros. Além de representarem umaboa situação de convívio, esses momentos favorecerão o desenvolvimento deimportantes procedimentos e atitudes relacionados ao ato de expor idéiasa um grupo, bem como possibilitarão focar temas como os brinquedos e asbrincadeiras preferidos, as cantigas prediletas, as comidas (salgadas ou doces)mais apreciadas, os programas de TV e/ou livros mais assistidos/lidos, a família(irmãos, parentes etc.), a origem dos nomes deles. Assim, em fevereiro você

deverá desenvolver no mínimo seis situações de comunicação oral planejadaspreviamente, duas por semana. Com base nelas será possível planejar váriasatividades de escrita (produção de um cartaz com os nomes das comidasprediletas, uma brincadeira no recreio, momentos de cantoria...).

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 ATIVIDADE 6:ESCRITA DO ALUNO

Produção de crachás

OBJETIVO - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Escrever o próprio nome em um contexto de comunicação real (o crachá).

PLANEJAMENTO

Quando realizar? Início das aulas.

Como organizar o grupo? Sentados em duplas.

Quais materiais serão necessários? Lápis, borracha, apontador, tesoura,

barbante (ou fta crepe), papel de rascunho e modelo de crachá (ver Co-

letânea de Atividades, página 13).

Duração: cerca de 45 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Ao planejar a atividade, lembre-se de que a produção do crachá é, narealidade, uma atividade de cópia em um contexto real e signifcativo.Afnal, é importante que o nome de cada aluno seja registrado de orma

convencional para que possa ser lido por todos. A intenção é que a turmacopie o nome em um crachá utilizando como onte o cartaz da classe ou

um cartão eito por você com o nome de cada um deles. Este cartão (oupedacinho de papel) poderá ser manuscrito ou eito no computador, sem-

pre em letra de ôrma maiúscula. Deverá conter apenas o nome do aluno,mas, caso existam dois alunos com o mesmo nome, é preciso colocar

também o segundo nome que os dierencia (por exemplo: BRUNO FÉLIXe BRUNO MENDES). Garanta que os alunos saibam o que está escrito

no cartão, lendo para eles no momento de entregá-lo. Leve os crachás járecortados e com o barbante atado.

Antes de iniciar a atividade, diga aos alunos em que ocasiões eles terão de

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79GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

usar o crachá: nos primeiros dias de aula, para realizar passeios ora da es-cola, visitas às salas de outras turmas etc. Se possível, leve alguns crachás

para mostrar aos alunos e explicar a eles as situações nas quais os adultosos utilizam para se identifcar (ao participarem de um congresso ou até mes-

mo no dia-a-dia de trabalho, como é o caso de profssionais como médicos,recepcionistas, carteiros etc.). Caso você já tenha utilizado um crachá, com-partilhe sua experiência com os alunos (quando e por que o utilizou).

Durante a atividade, proponha-lhes a realização de um rascunho paraque possam antecipar o tamanho das letras e o uso do espaço. Oriente

a turma a escrever no crachá apenas o nome, utilizando letra de ôrmamaiúscula. Se or o caso, chame a atenção para a legibilidade do crachá.

Assim você ajudará alguns alunos a azer um rascunho para testar o ta-manho da letra.

Ao fnal da atividade, organize uma brincadeira com os crachás em que

os alunos tenham de adivinhar a escrita dos nomes dos colegas.

O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?Depois de certo tempo, quando todos já souberem os nomes uns dos outros,guarde os crachás em uma caixinha e, vez ou outra, utilize-os para fazer achamada, organizar uma partida de bingo de nomes, colocá-los em cima dacarteira dos alunos para sinalizar onde eles irão sentar, pedir que os alunosencontrem o próprio crachá ou o crachá dos colegas. O cartão com o nome,utilizado como apoio para a cópia, poderá ser colado no caderno para continuarservindo como fonte de consulta.

Além do crachá, os alunos podem também produzir etiquetas com o nome

para a identificação de alguns materiais escolares (o caderno e a pasta, porexemplo). O encaminhamento dessa produção é semelhante ao do crachá:utilize como suporte para a escrita dos alunos etiquetas auto-adesivas ou, deforma alternativa, produza as etiquetas com os alunos. Também é interessanteelaborar plaquinhas com folha sulfite para colocar sobre a mesa, como as queencontramos nas agências bancárias.

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80 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 ATIVIDADE 7: ESCRITA DO ALUNO

 Auto-retrato e escrita do próprio nome

OBJETIVO - O que os alunos podem aprender nesta atividade?

Reetir sobre a escrita do próprio nome.

PLANEJAMENTO

Quando realizar? Após a produção do crachá.

Como organizar a turma? Em duplas ou grupos.

Quais materiais serão necessários? Folha de papel (sulfte, por exem-

plo), lápis coloridos e/ou giz de cera, caneta hidrocor, lápis, borracha.

Duração: cerca de 45 minutos para a produção do desenho e para a es-

crita do nome. As atividades de apreciação dos trabalhos e de revisão daescrita do nome poderão ocorrer no dia seguinte.

ENCAMINHAMENTO

Antes de iniciar a atividade, deixe disponíveis aos alunos os materiais

que eles usarão para azer o desenho (conorme relação acima). Se pos-sível, apresente auto-retratos produzidos por artistas consagrados – o

acervo da escola ou da sala deve ter alguns livros –, para que tomemconhecimento desse estilo de pintura.

Durante a atividade, é interessante que os alunos açam um registro dosseus nomes de acordo com os conhecimentos que já possuem sobre a

escrita do nome próprio. Pode ocorrer de eles terem dúvidas – caso issoaconteça, socialize essas dúvidas com o restante do grupo, de modo queeles consigam chegar a uma resposta.

Após o término da atividade, organize um momento de apreciação dasescritas e dos desenhos elaborados para que os alunos apreciem os

trabalhos uns dos outros. Discutam a importância de assinar os pró-prios desenhos. Além disso, você pode propor que eles comparem o

nome recém-escrito com sua escrita convencional, utilizando o crachá

como apoio. Os alunos poderão utilizar o crachá como onte de inorma-ção sobre a escrita do próprio nome em outras ocasiões. Os desenhosproduzidos deverão ser afxados no mural da sala de aula.

Quando a teoriaajuda a prática...

O critério dereunião dos alunosem grupos detrabalho podevariar conormeos objetivos do(a)proessor(a). Saibamais lendo o Texto27 do Bloco 9,“Contribuições àprática pedagógica”,no Guia de Estudopara o Horáriode Trabalho

PedagógicoColetivo.

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81GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 ATIVIDADE 8: ESCRITA DO ALUNO

 Agenda de aniversários

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Ampliar o conhecimento sobre a escrita do próprio nome e dos nomes

dos colegas.

Participar da produção coletiva de um texto de relevância social: uma

agenda com os dados dos colegas.

Retomar a questão da ordem alabética para organizar inormações (nocaso, os nomes dos colegas na agenda).

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? Em duplas.

Quais materiais serão necessários? Lista dos nomes da turma, lápis,borracha, cola, tesoura e modelo da página da agenda (ver modelo na

seqüência ou na Coletânea de Atividades, página 15).

Duração: cerca de 45 minutos ao longo de vários dias. Trata-se de uma

produção em etapas.

ENCAMINHAMENTO

Antes de iniciar a produção da agenda, os alunos deverão coletar inor-

mações sobre a data de seu aniversário. É preciso também providenciaro suporte da produção, ou seja, as páginas da agenda. Você pode repro-

duzir as páginas do modelo apresentado na seqüência, ou então criar ou-tra diagramação utilizando o computador. Faça cópias rente e verso para

que o número de páginas da agenda não seja excessivo. A agenda deveter uma capa, que poderá ser ilustrada pelos alunos.

Ainda antes de começar a atividade, tenha em mãos exemplos de agen-da para apreciar com os alunos, observando as inormações que geral-

mente se podem registrar nelas (nome, endereço, endereço eletrônico –e-mail –, aniversário etc.). Muitas agendas trazem ícones para sinalizar olocal onde cada inormação deve ser anotada. Analise esses ícones com

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82 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Nome:

Aniversário:

Nome:

Aniversário:

Nome:

Aniversário:

Nome:

Aniversário:

Nome:

Aniversário:

Nome:

Aniversário:

os alunos. Assim eles terão maior reerência sobre o que é uma agendae como organizá-la.

A produção será em etapas. A cada dia, um grupo de alunos deverá ditarseus dados para que você anote-os na lousa e a turma copie na agenda.

Siga a ordem alabética nessa produção e, durante a cópia, dê atençãoespecial aos alunos menos experientes com a escrita.

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83GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Produção oral com destino escrito –cartas e bilhetes

As cartas e bilhetes são gêneros textuais de uso reqüente que geralmente

servem para comunicar inormações, dar instruções, relembrar atribuições, solici-tar algo, relatar atos pessoais etc. Por cumprirem uma variedade de propósitos,

podem, sem dúvida, azer parte do cotidiano da sala de aula.

No caso da 1a série, é possível, desde os primeiros dias de aula, pensar em

situações comunicativas em que as cartas e bilhetes (para os pais, para a di-reção da escola, para outra turma) sejam produzidos coletivamente, oralmente,

com você como escriba.

A elaboração de um texto vai muito além do seu registro por escrito – es-se é um dos princípios que norteiam essa situação didática. Tal ato deve ser

levado em conta principalmente no início do processo de alabetização, quando

ainda é muito complicado enrentar, simultaneamente, todos os desafos que aprodução de um texto coloca: a defnição do conteúdo, a organização da lingua-

gem, a escolha de quais letras e em que seqüência, além, é claro, do próprioato de graar, que, para o escritor iniciante, também é complexo e cansativo. Por

isso, a situação de produção oral com destino escrito – na qual os alunos ditamo texto para o(a) proessor(a) – oerece muitas vantagens quando se trata de

enocar com os alunos as questões relativas à linguagem que se escreve e àsoutras aprendizagens concernentes à produção de um texto.

No caso da escrita de cartas ou bilhetes, para que ocorra aprendizagem, énecessário garantir que os alunos:

j tenham um destinatário real e uma fnalidade defnida para a escrita da

carta/bilhete;

j conheçam bem o conteúdo que deverá ser escrito.

É interessante que os alunos, antes de ditarem a carta ou o bilhete para

você, tenham tido a oportunidade de ouvir e discutir textos desse gênero. Assimterão um modelo, uma reerência que os ajudará na construção do texto.

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84 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 ATIVIDADE 9: PRODUÇÃO ORAL COMDESTINO ESCRITO

Produção de bilhete para os pais:horário da aula

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Dierenciar a linguagem escrita da linguagem alada.

Organizar, oralmente, um texto em linguagem escrita.

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? A atividade é coletiva e os alunos podem fcar

em suas carteiras.

Quais materiais serão necessários? Lousa e giz.

Duração: cerca de 30 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Antes de os alunos começarem o ditado para você, explique-lhes a ne-

cessidade de escreverem o bilhete – os pais precisam ser inormadoscorretamente do horário; caso contrário, os alunos poderão se atrasar,

ou os pais podem fcar preocupados, entre outras possibilidades.

Pergunte-lhes quais inormações precisam constar desse bilhete e anote-

as num canto da lousa.

Solicite-lhes que pensem qual seria o melhor jeito de começar, e escreva

tudo que eles alarem. Por exemplo, alguns podem começar diretamen-te: “O nosso horário é...” ou algo parecido. Você deve discutir com eles e

sugerir adequações, lembrando para quem e para que é o bilhete e per-guntando se não haveria uma orma mais completa de iniciá-lo.

Ao longo da produção, é importante que você releia o que já oi escrito,aponte incoerências e repetições e sempre dê a eles a oportunidade deopinar e sugerir.

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85GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

É undamental que você, ao modifcar o texto, mostre e explique exata-mente o que está azendo – isso lhes possibilita perceber como a escri-

ta se relaciona com a ala e, por outro lado, como a linguagem escrita édierente da linguagem alada etc.

Depois de terminado, copie num papel e providencie cópias para que le-

vem o bilhete para casa.

O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?

É importante que você aproveite todas as situações possíveis para ler ascomunicações que chegam à classe. Assim, ao escreverem bilhetes e cartas,eles terão referências importantes de como fazer. Assunto não falta: comocuidar dos livros que são levados para casa, o que não deve faltar na mochila,informações sobre eventos e reuniões da escola, dicas de programas de TV,passeios, entre outros. Quanto mais os alunos puderem participar dessas

situações de comunicação, melhor!Com o tempo, eles mesmos poderão copiar os bilhetes da lousa, ler sozinhos ouler para os pais de forma cada vez mais autônoma.

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86 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Projeto didático:cantigas populares

 Justificativa: Houve um tempo em que as cantigas populares eram apren-didas com amigos e amiliares, transmitidas oralmente dos mais velhos para os

mais novos. Elas embalavam as brincadeiras das crianças, o trabalho dos adul-tos, as estas da comunidade.

Hoje, principalmente nos grandes centros urbanos, a escola tem papel un-damental na preservação dessas canções. Elas azem parte do nosso patrimô-

nio cultural, e é na escola que os alunos, principalmente aqueles que vivem nos

grandes centros urbanos como a cidade de São Paulo, têm a oportunidade deaprendê-las. Por isso é tão importante cantar na escola. Por isso também ascantigas azem parte do conteúdo aqui sugerido para o trabalho de leitura, de

escrita e de comunicação oral desenvolvido com os alunos da 1a série.

Além disso, as canções tradicionais têm ritmo e muitas apresentam tam-bém rimas e repetições, recursos que acilitam a memorização do texto pelos

alunos. E por serem acilmente memorizáveis, as cantigas são textos bastanteadequados para trabalhar o sistema de escrita.

Produto final: Um livro com as cantigas avoritas da turma, para ser levado paracasa e para ser entregue a uma turma de uma escola de Educação Inantil próxima.

Objetivos:

Escrever textos que eles saibam de memória e, assim, reetir sobre o sis-

tema de escrita, colocar em jogo suas hipóteses, conrontá-las com as doscolegas.

Participar de uma situação de escrita coletiva, colocando em ação proce-

dimentos relacionados ao ato de escrever.

Elaborar um livro sobre um assunto trabalhado em sala de aula.

Apreciar e valorizar um dos elementos da cultura popular.

O que se espera que os alunos aprendam:

Uma variedade de cantigas, de cor, para que possam ler mesmo antes deler convencionalmente.

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A utilizar inormações disponíveis nos textos relacionadas à diagramaçãoe a outros recursos das cantigas para azer antecipações e verifcá-las.

A escrever letras de algumas cantigas memorizadas e listas de títulos

das músicas preeridas, de acordo com suas hipóteses, utilizando os co-

nhecimentos disponíveis sobre o sistema de escrita.

A ditar as cantigas para o(a) proessor(a) ou para o colega, controlando oque deve e o que não deve ser registrado pelo escriba.

A interagir nas situações de produção de textos em duplas ou em grupos.

A preocupar-se com seus leitores em relação tanto à escolha das canti-gas para o livro, como à orma de apresentação, ilustrações etc.

Etapas previstas:

Considere que serão necessários vários dias para sua execução. O ideal

é que essa produção se estenda por mais de um mês e que o encami-nhamento da elaboração dos textos que arão parte do livro varie de umaprodução para outra (ditado para o(a) proessor(a) seguido de cópia pelosalunos; escrita do aluno, em duplas ou grupos; textos reproduzidos com

espaços para os alunos completarem o título; texto com o título para queos alunos escrevam a cantiga etc.). A intenção é que cada aluno tenha o

próprio registro escrito das cantigas do livro para que depois elas possamser reunidas e compor o livro.

É interessante que os alunos escolham quais cantigas arão parte do livro

(em torno de seis a dez cantigas) e decidam o ormato (pequeno ou gran-de, quadrado ou retangular etc.), o título do livro e outros aspectos como

o índice, as ilustrações, o local onde irão os nomes deles etc. Você devetambém defnir com a turma o acabamento do livro: com as olhas gram-peadas ou amarradas com um pedacinho de barbante; a capa com papel

mais fno (sulfte) ou mais grosso (cartolina, papel-cartão); como será ailustração da capa... Tudo isso pode ser decidido em unção de uma en-

trevista, planejada e organizada, com as crianças que receberão o livro.

O produto fnal – livro de cantigas – deve ser legível. Ou seja, durante todoo projeto, as crianças deverão ter diversas situações em que escreverão

de acordo com suas hipóteses, pois saberão os textos de memória. En-tretanto, como será um material lido, o livro precisa ser escrito de orma

convencional.

Para a produção das ilustrações, é interessante observar as de outroslivros. Esse encaminhamento permitirá que os alunos tenham outros re-erenciais – além do desenho próprio – para criar as ilustrações do livro.

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Para tanto, disponibilize materiais variados: lápis de cor, caneta hidrocor,giz de cera e materiais para colagem (tecidos, papéis coloridos, palito de

sorvete, pedacinhos de lã etc.).

Quando a produção do livro terminar, organize o momento do lançamen-

to do livro com a presença das crianças da escola de Educação Inantilmais próxima. Nessa ocasião, elas poderão escolher algumas cantigaspara cantar durante o evento. Além disso, os alunos poderão levar o livro

de cantigas para casa e compartilhá-lo com os amiliares. Se achar con-veniente, organize um momento especial também para o lançamento do

livro com a presença dos amiliares, aproveitando a ocasião para os alu-nos realizarem uma apresentação das cantigas que dele azem parte.

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89GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 Ao planejar atividades que envolvam cantigaspopulares, é importante considerar...

As cantigas populares emocionam os alunos. Por isso, você deve cantar

sempre e muitas vezes. Incorpore-as à sua rotina de trabalho e cante, mui-to e sempre. Cante nas atividades previamente programadas para essafnalidade. E também de orma espontânea, na sala de aula, no reeitório,

durante o recreio. Ouvir outras pessoas cantando, ouvir as canções grava-das em um CD, ouvir a mesma música com dierentes arranjos, tudo isso

contribui para o aprendizado das crianças. Se possível, deixe-os escutarversões de cantigas populares na orma instrumental, sem a parte cantada.

Isso ajuda os alunos a ampliar seu repertório de cantigas e, principalmente,proporciona uma intensa experiência com textos que azem parte da nossa

tradição. Além disso, elas avorecem a construção de conhecimentos sobrea língua escrita e o sistema de escrita.

Você provavelmente vai trabalhar com muitas cantigas. Entretanto, é im-portante eleger um repertório de pelo menos dez cantigas com as quaisos alunos trabalharão de orma mais intensa. A intenção é que eles me-

morizem essas cantigas e, em atividades pontuais de leitura e escrita,possam utilizar o conhecimento que já possuem sobre o conteúdo do

texto para analisar a sua orma escrita. Lembre-se de que é preciso ga-rantir certo tempo para essa memorização acontecer (na Atividade 2, de

leitura de parlenda, apresentamos algumas orientações sobre o assunto).É possível, já em evereiro, compartilhar com a turma quais serão essas

cantigas e, eventualmente, até escolhê-las com os alunos, tendo comoreerência as cantigas que eles já conhecem e de que mais gostam.

As cantigas populares são, atualmente, amplamente diundidas no meioeditorial. Existem inúmeras publicações voltadas para esse assunto, emuitas delas são acompanhadas de CDs com o registro sonoro dessas

cantigas. Leve para a sala de aula e deixe disponíveis para os alunos li-vros que explorem a letra de cantigas populares. Organize momentos de

leitura desses livros, utilizando-os como suporte para cantar. Aprecie coma turma as ilustrações. Caso encontre variações na letra, comente comos alunos. Nesse tipo de material é comum encontrarmos inormações

sobre a origem da cantiga, a parte do Brasil (estado ou região) em que elaé mais comum, as transormações que a letra de uma cantiga soreu ao

longo do tempo ou então as variações que ocorrem de uma região para

outra, o modo de dançar, brincar ou cantar essa ou aquela cantiga. Seráuma boa oportunidade também para conversar sobre o que é um textode tradição popular, que não tem autoria e é passado de uma geração a

outra por meio da comunicação oral.

Quando a teoriaajuda a prática...Para aproundarseusconhecimentossobre o trabalhocom cantigas,consulte no Guiade Estudo para oHorário de TrabalhoPedagógico

Coletivo:Texto 15,Bloco 5,“Comunicaçãooral”; Texto 19,Bloco 7, “Condiçõesa serem garantidasnas situações emque o proessor lêpara os alunos”;Texto 24, Bloco 8,“Produção oral comdestino escrito”.

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90 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Caso você desenvolva um trabalho de pesquisa mais amplo sobre as can-tigas, outros tipos de texto poderão ser trabalhados com os alunos: lista

de nomes de estados, textos inormativos sobre a origem das cantigas,texto instrucional sobre os passos que ormam a dança de uma cantiga,

entrevista com amiliares, biografa de autores/estudiosos que se dedi-cam ao tema, a legenda do mapa político do Brasil etc. Podem-se tam-bém envolver conteúdos de outras áreas do currículo, como a História e

a Geografa.

Organize espaços na sala de aula que possibilitem aos alunos encontrar

as letras das cantigas e lê-las de orma espontânea. Além do car taz comos títulos das cantigas, você pode montar um painel ou um varal com

as letras dessas cantigas (amarrando um fo de uma parede a outra ependurando as letras das cantigas com um pregador). Outra opção éelaborar um “álbum de cantigas”, ou seja, um caderno coletivo no qual

as letras das cantigas são registradas (você pode digitar no computa-

dor as letras das cantigas e colá-las no álbum, escrever as cantigas àmão e/ou pedir que algum aluno as escreva. O ideal é diversifcar e tervários tipos de registro). Aos alunos cabe a tarea fnal de ilustrar o ál-

bum e, sempre que tiverem vontade, olhear, ler e se divertir com esseregistro coletivo.

Separe um caderno para que os alunos registrem as letras das cantigas e

levem-nas para casa para cantar junto com os amiliares, estudá-las etc.É um registro individual do trabalho. As cantigas poderão ser digitadas, mi-

meograadas ou então copiadas pelos alunos. Valorize esse registro, incen-tivando-os a ilustrar os textos e a consultá-los sempre que necessário.

Aproveite o contexto desse trabalho para estreitar o vínculo com os ami-liares, envolvendo-os na pesquisa sobre as cantigas, além de convidá-los

para a apresentação dos alunos – o “coral” indicado para o fnal do mêsde maio. Caso um amiliar saiba dançar uma cantiga, convide-o para “dar

uma aula” para os alunos. No princípio do projeto, envie um bilhete aospais avisando-os sobre esse trabalho e também sobre como eles podemparticipar e contribuir para a aprendizagem de seus flhos.

Lembre-se: ao longo desse trabalho, além das situações pontuais de lei-tura e escrita voltadas para a análise e a reexão do sistema de escrita,

seus alunos também vão ter a oportunidade de colocar em ação com-portamentos leitores e escritores e de ampliar o conhecimento sobre a

linguagem literária. O ponto máximo desse processo será a elaboração eprodução de um pequeno livro de cantigas.

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O QUE CONSULTAR?O QUE CONSULTAR?Livros

  Quem canta seus males espantaQuem canta seus males espanta, volumes 1 e 2, de Theodora M. M. de

Almeida, publicado pela Editora Caramelo (acompanha CD).  O tesouro das cantigas para criançasO tesouro das cantigas para crianças, volumes 1 e 2, de Ana Maria Machado,pela Editora Nova Fronteira (acompanha CD).

  Coleção Ciranda de CantigasColeção Ciranda de Cantigas, organizada por Salatiel Silva, da Editora CirandaCultural (o CD que acompanha esta coleção de pequenos livros traz diversascantigas de roda com arranjos diferentes: “Se essa rua fosse minha” em ritmode tango, “Sapo Cururu” em forma de rock etc.).

  A arte de brincarA arte de brincar, de Adriana Friedmannn, publicado pela Editora Vozes.

CDsCantigas de rodaCantigas de roda, de Sandra Peres e Paulo Tatit, lançado pelo selo Palavra

Cantada.  Pandalelê - Brinquedos cantadosPandalelê - Brinquedos cantados, de Eugênio Tadeu, lançado pelo selo PalavraCantada.

Aproveite para pesquisar na internet outrossites com informações sobre cantigasde roda. Você pode acessar um site de busca, como www.google.com.br, e digitar“cantigas de roda”, selecionar o item “páginas do Brasil” para agilizar a pesquisa edar o comando “pesquisar”. Aparecerá uma longa lista desites , atualizada, que vocêpoderá consultar para buscar a letra completa de cantigas, informações históricassobre elas, informações sobre a melodia, dicas de obras publicadas sobre o assuntoe até projetos desenvolvidos em escolas com este tema.

Finalmente: do ponto de vista da comunicação oral, os alunos terão a

oportunidade de aprimorar suas competências para se expressar oralmen-te em uma situação mais ormal, ou seja, em uma situação de “coral”,

na qual é undamental aprender a se expressar com ritmo, seguindo amelodia do texto, adequando a altura da voz. Se na sua escola tiver um

proessor, um uncionário ou até mesmo um aluno que saiba tocar vio-lão ou auta, e puder tocar para os alunos ou mesmo acompanhá-los na

apresentação do coral, o trabalho com as cantigas contribuirá ainda maispara a ormação musical de seus alunos.

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92 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 ATIVIDADE 1 DO PROJETO DIDÁTICO –LEITURA COM O PROFESSOR

Leitura de uma cantiga de ninar 

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Conhecer e apreciar um texto que az parte do repertório popular de nos-

sa cultura, uma cantiga de ninar.

Ler antes de saber ler convencionalmente.

Acionar estratégias de leitura que permitam descobrir o que está escrito.

Ler um texto procurando relacionar aquilo que está sendo lido em voz alta

com as palavras escritas.

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93GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? Alunos sentados nas carteiras, em duplas, vol-

tados para a lousa e para você.

Quais materiais serão necessários? A escrita da letra da cantiga na lou-

sa, utilizando letra de imprensa maiúscula, cópia da letra da cantiga pa-ra cada um dos alunos – mimeograada, otocopiada ou reproduzida no

computador –, cola, lápis de cor e/ou caneta hidrocor.

Duração: cerca de 30 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Ao planejar a atividade, selecione a cantiga com a qual irá trabalhar.Sugerimos que seja uma cantiga curta, que possa ser mais acilmente

reconhecida pelos alunos: “Boi da cara preta”. A indicação desta canti-ga se justifca também pela rima das palavras preta/careta, que, como

descrito na Atividade 2 deste bloco, proporcionará uma atividade de lo-calização de palavras no texto. Por outro lado, trata-se de uma cantiga

de ninar, e esse aspecto poderá proporcionar uma conversa interessantecom os alunos sobre as cantigas, os momentos nos quais se costuma

cantar etc.

Antes de iniciar a atividade de leitura com os alunos, escreva o texto nalousa. Mostre-lhes que o texto tem um título e que ele se encontra em

destaque em relação ao restante do texto. Antecipe uma inormação im-

portante: trata-se da letra de uma canção entoada para azer as criançasdormir. Em seguida, cante o texto em voz alta, sugerindo aos alunos queeles acompanhem você cantando.

Ao fnal da atividade, distribua uma cópia do texto para que eles a colemno caderno e, em seguida, açam uma ilustração.

No desdobramento do trabalho, se essa or uma das cantigas a seremmemorizadas pelos alunos, volte a cantá-la em outras ocasiões, propondo-lhes uma consulta ao texto do caderno para ler a cantiga para os colegas,

bem como ouvi-la em versões registradas em CDs ou fta cassete.

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94 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?Pesquisar junto aos familiares outras cantigas que também são entoadaspara fazer as crianças dormir. Nesse contexto, é possível introduzir canções

contemporâneas feitas com essa finalidade. Para tanto, será necessárioelaborar um bilhete, o que poderá ser realizado de forma coletiva.

Além das cantigas de ninar, que outras cantigas existem: cantigas para dançar,cantigas para brincar. Desenvolver uma pesquisa sobre esse assunto tambémcontribui para o enriquecimento da atividade.

Propor atividades semelhantes com outras cantigas, tais como “O sapo não lavao pé”, “A canoa virou”, “Caranguejo”, “Pirulito que bate, bate”, “Fui ao mercado”,entre outras tantas que estão no Livro de Textos do AlunoLivro de Textos do Aluno. Procure trabalharcom um repertório de cantigas mais comuns e, se achar pertinente, algumascantigas menos conhecidas.

Pode-se alternar o encaminhamento de receber o texto já reproduzido comcopiar o texto da lousa. Nesse caso, é importante selecionar, inicialmente,textos mais curtos para que a cópia não se torne uma tarefa cansativa para osalunos. Em tal contexto, a cópia adquire sentido especial, pois os alunos estarãocopiando um texto para depois usufruir sua leitura com os familiares.

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95GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 ATIVIDADE 2 DO PROJETODIDÁTICO – ESCRITA DO PROFESSOR

Escrita da lista das cantigas conhecidas

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Participar de uma situação de escrita coletiva, começando a conhecer al-guns procedimentos relacionados ao ato de escrever.

Compartilhar com os colegas os seus conhecimentos sobre as cantigas

tradicionais e também sobre a escrita das palavras que compõem os tí-tulos de cada uma delas.

Reetir sobre o sistema de escrita, colocando em jogo suas hipóteses econrontando-as com as de seus colegas.

Ampliar o conhecimento sobre os nomes das letras e sua orma gráfca.

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? Alunos sentados nas carteiras, em duplas, vol-

tados para a lousa e para você.

Quais materiais serão necessários? Lousa, giz, cartolina, caneta hidrocor.

Duração: de 30 minutos a 1 hora (conorme o conhecimento dos alunossobre as cantigas).

ENCAMINHAMENTO

Ao planejar a atividade, decida se irá escrever os títulos das cantigas que

os alunos ditarem na lousa ou na cartolina. Na lousa é mais interessante,pois pode-se apagar o texto quantas vezes orem necessárias e, ao fnal,

passá-lo a limpo em outro suporte – o cartaz, por exemplo. Lembre-se deque nem todas as cantigas populares têm título. Quando isso acontece,geralmente é o primeiro verso da canção que cumpre esse papel.

Antes de iniciar a atividade de leitura, retome com a turma as cantigas já conhecidas. Cante com eles essas cantigas e aça dessa conversa ini-

cial um momento agradável de socialização dos conhecimentos que os

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96 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

alunos já possuem sobre esse tipo de texto. Combine que vocês arãoum registro dos títulos dessas canções.

Durante a atividade, peça que os alunos ditem os “nomes” (títulos) dascantigas que conhecem. Escreva um título logo abaixo do outro, utilizandoletra de imprensa maiúscula. Reita em voz alta sobre a escrita desses

títulos: a quantidade de palavras com as quais são compostos, qual éa letra inicial dessas palavras, se há palavras que se escrevem com as

mesmas letras etc. Faça perguntas para o grupo, transormando a escritaem um momento de análise e reexão sobre a língua.

Ao fnal da atividade, passe a limpo a lista dos títulos em um cartaz (casoos tenha escrito na lousa). Decida onde afxá-lo e volte a retomá-lo sem-

pre que necessário.

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97GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 ATIVIDADE 3 DO PROJETO DIDÁTICO –ESCRITA DO ALUNO

Produção de uma nova versão para uma cantiga

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Conhecer e apreciar um texto que az parte do repertório popular de nos-sa cultura.

Reetir sobre o sistema de escrita, conrontando suas hipóteses com as

dos colegas.

Ler um texto procurando relacionar aquilo que está sendo lido em voz alta

com as palavras escritas.

Criar uma nova versão para um texto memorizado.

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? Alunos sentados nas carteiras, voltados para alousa e para você no momento da leitura da cantiga, e em grupos na hora

de escrever.

Quais materiais serão necessários? Lousa, giz, lápis, borracha, olha avul-

sa e/ou caderno e cópias da cantiga (modelo na página 100).Duração: cerca de 1 hora.

ENCAMINHAMENTO

Ao planejar a atividade, considere que o trabalho com textos memoriza-dos não se restringe às atividades de escrita do(a) proessor(a). Existem

inúmeras possibilidades. Na atividade anterior, destacamos o trabalhode análise sonora do texto, associado à reexão sobre a relação entre o

alado e o escrito. Nesta atividade, a proposta é criar outra versão paraum texto conhecido. A primeira proposta de criação é bastante simples:

a incorporação de nomes de pessoas à cantiga “A canoa virou”. No des-dobramento dessa atividade, os alunos terão a oportunidade de criar ver-

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98 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

sões mais elaboradas, inventando trechos maiores e também reunindopalavras que rimam, binômios (duplas de palavras) divertidos etc.

Antes de propor a atividade, é undamental que os alunos conheçam acantiga de cor. Escreva o texto na lousa, com o nome de um aluno. Su-gira a leitura cantada do texto, de orma coletiva (utilize uma régua para

apontar os trechos do texto escrito para que os alunos possam localizá-los durante a leitura). Depois, apague o nome e insira o nome de outro

aluno. Pergunte ao grupo: o que muda na cantiga?

Durante a atividade, chame a atenção da turma para os artigos “o” e “a”

que antecedem o nome da pessoa, na primeira estroe da cantiga. Porque essa palavra muda conorme o nome da pessoa? Discuta com a tur-

ma essa questão. Insira outros nomes e pergunte aos alunos o que mudano texto quando se troca o nome da pessoa: há partes que continuam

iguais? Será que na hora de escrever muda muita coisa ou não? Lembre-

se de que essa reexão permite que os alunos observem que, sempreque se repete um mesmo trecho da canção, as palavras são escritas do

mesmo modo.

Ao término da atividade de leitura coletiva, distribua a cópia da cantiga

para os alunos e peça-lhes que criem outra versão, introduzindo os nomesde outras pessoas.

Quando os alunos terminarem, convide alguns para ler o texto em voz altae compartilhar a sua versão com as dos colegas.

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99GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?

Os alunos podem colar a versão criada no caderno e levar o texto para ser

ilustrado em casa. Com os familiares, eles certamente criarão outras versõespara esse mesmo texto.

Propor a produção de novas versões para cantigas conhecidas, que os alunos  já sabem de cor, aumentando o desafio de criação e também de escrita.Sugerimos:

“Eu era assim” (veja letra na seqüência). Essa é uma cantiga para brincar. Aocantá-la, a graça é imitar por meio de gestos aquilo que está sendo mencionadoem cada estrofe. São inúmeras as possibilidades de exploração do texto.Afinal, a partir da matriz dessa canção, os alunos podem: 1. escrever o textoda perspectiva de um menino (mudando apenas o gênero de algumas palavras:

menina / menino, mocinha / mocinho, casada / casado etc.) e também refletirsobre as palavras que deverão ser trocadas em função dessa mudança: mamãe/ papai etc.; 2. sublinhar no texto o que não vai mudar na hora de escrever umanova versão; 3. copiar o texto escrevendo somente os trechos que não vãoser alterados (montando, assim, a máscara da nova versão; outra opção éentregar a cópia pronta, mas perde-se a oportunidade de trabalhar a escrita);4. criar versões relacionadas a outros campos semânticos, como as profissões(motorista, soldado, professor, médico etc.). Nesse contexto, os alunospoderão também, em grupos, discutir quais gestos deverão ser feitos na horade brincar.

“A barata diz que tem” (veja letra na seqüência). A graça dessa cantiga é

contradizer aquilo que a personagem (a barata) diz que tem, mas não tem:“sete saias de filó / uma só, anel de formatura / casca dura” etc. O desafiodos alunos será criar novas situações divertidas. Pode acontecer de elesvalorizarem mais o aspecto divertido, o humor, deixando de lado a rima. Não háproblema. Em outra ocasião, essa produção poderá ser retomada e a questãoda rima ser colocada como desafio.

Organize um mural ou varal com as versões criadas e convide alunos dasoutras salas para se divertirem com essa produção.

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100 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

UMA NOVA VERSÃO PARA TEXTO CONHECIDO

TÍTULO: A CANOA VIROU

A CANOA VIROUPOR DEIXÁ-LA VIRAR

FOI POR CAUSA DA(O)

__________________________________

QUE NÃO SOUBE REMAR

SE EU FOSSE UM PEIXINHOE SOUBESSE NADAR

TIRAVA A(O)

__________________________________

DO FUNDO DO MAR

u

w

                             v

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101GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

OUTRAS CANTIGAS

TÍTULO: EU ERA ASSIM

QUANDO EU ERA NENÊ,

NENÊ, NENÊ,

EU ERA ASSIM

EU ERA ASSIM

QUANDO EU ERA MENINA,

MENINA, MENINA,EU ERA ASSIM

EU ERA ASSIM

QUANDO EU ERA MOCINHA,

MOCINHA, MOCINHA,

EU ERA ASSIM

EU ERA ASSIM

QUANDO EU ERA CASADA,CASADA, CASADA,

EU ERA ASSIM

EU ERA ASSIM

QUANDO EU ERA MAMÃE,

MAMÃE, MAMÃE,

EU ERA ASSIM

EU ERA ASSIM

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102 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

TÍTULO: A BARATA DIZ QUE TEM

A BARATA DIZ QUE TEM

SETE SAIAS DE FILÓ

É MENTIRA DA BARATA

ELA TEM É UMA SÓ

AH AHA AHA

OH OH OH

ELA TEM É UMA SÓ

A BARATA DIZ QUE TEM

UM ANEL DE FORMATURA

É MENTIRA DA BARATA

ELA TEM É CASCA DURA

AH AHA AHA

OH OH OH

ELA TEM É CASCA DURAA BARATA DIZ QUE TEM

UMA CAMA DE MARFIM

É MENTIRA DA BARATA

ELA TEM É DE CAPIM

AH AHA AHA

OH OH OH

ELA TEM É DE CAPIM

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103GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

TÍTULO: A BARATINHA*

A BARATA DIZ QUE TEMSETE SAIAS DE FILÓ

É MENTIRA DA BARATA

ELA TEM É UMA SÓ

AH AHA AHA

OH OH OH

ELA TEM É UMA SÓ

A BARATA DIZ QUE TEMCARRO, MOTO E AVIÃO

É MENTIRA DA BARATA

ELA TEM É CAMINHÃO

AH AHA AHA

OH OH OH

ELA TEM É CAMINHÃO

A BARATA DIZ QUE COME

FRANGO, ARROZ E FEIJÃO

É MENTIRA DA BARATA

ELA COME É MACARRÃO

AH AHA AHA

OH OH OH

ELA COME É MACARRÃO

* Versão extraída do livro Quem canta seus males espanta, volume 1, de Theodora M. M. de Almeida, publicado

pela Editora Caramelo.

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Parte 2

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107GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

“Há crianças que ingressam no mundo da linguagem escrita através da magia daleitura e outras que ingressam através do treino das tais habilidades básicas. Em

 geral, os primeiros se convertem em leitores, enquanto os outros costumam ter umdestino incerto.”

Emilia Ferreiro, Passado e presente dos verbos ler e escrever (São Paulo: Cortez, 2002)

 As práticas sociais de leiturae de escrita na escola

Durante muito tempo a tradição escolar defniu como conteúdo de leitura o

aprendizado da deciração. Ler, emitindo sons para cada uma das letras, era asituação que ilustrava a aprendizagem da leitura. Hoje, sabemos que não basta

ler um texto em voz alta para que seu conteúdo seja compreendido, e a decira-ção é apenas uma, dentre muitas, das competências envolvidas nesse ato. Leré, acima de tudo, atribuir signifcado. Além disso, se queremos ormar leitores

plenos, usuários competentes da leitura e da escrita em dierentes eseras, par-ticipantes da cultura escrita, não podemos considerar alabetizados aqueles que

sabem apenas o sufciente para assinar o nome e tomar o ônibus.

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108 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Isso não é tarea simples: implica redefnir os conteúdos de leitura e de es-crita. Trata-se não mais de ensinar a língua, suas regras e suas partes isolada-

mente, mas de incorporar as ações que se azem com textos no cotidiano.

No nosso dia-a-dia lemos com os mais dierentes propósitos: para nos in-

ormar sobre as atualidades, para localizar endereços e teleones, para azeruma receita, para saber como vão pessoas que estimamos, para nos divertir ouemocionar, para tomar decisões, para pagar contas, para comprar algo, entre ou-

tros. E escrevemos para distintos interlocutores, com dierentes intenções, nasmais variadas situações: para relatar como estamos para pessoas distantes,

para solicitar algo, para reclamar de alguma coisa, para nos lembrarmos daquiloque temos de comprar, para prestar contas do nosso trabalho, para anotar um

recado para alguém, entre muitas outras ações. São ações que podem e devemser aprendidas, traduzidas em comportamentos – de leitor e de escritor – que

precisam ser ensinados. Claro que é necessário aprender o sistema de escritae seu uncionamento, mas, como já oi dito na primeira parte deste Guia, essa

aprendizagem pode ocorrer em situações mais próximas das situações reais ecom textos de verdade – que comunicam e que oram eitos para leitores.

Trata-se então de trazer para dentro da escola a escrita e a leitura que acon-tecem ora dela. Trata-se de incorporar, na rotina, a leitura eita com dierentes

propósitos e a escrita produzida com dierentes fns comunicativos para leitoresreais. Enfm, trata-se de propor que a versão de leitura e de escrita presente naescola seja a mais próxima possível da versão social e que, assim, nossos alu-

nos sejam verdadeiros leitores e escritores*.

*O termo escritor aqui utilizado reere-se a pessoas que escrevem e não a escritores de literatura, jornalistasou outros profssionais da escrita.

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109GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 As expectativas deaprendizagem para

o 2o bimestre

Passamos os primeiros meses de aula. Provavelmente, seus alunos já estão

totalmente adaptados à rotina escolar, você já estreitou seus laços com eles e já pôde constatar que houve avanços – em dierentes ritmos –, mas, certamente,

todos já sabem mais sobre leitura e escrita do que sabiam ao iniciarem o ano.

Começamos, então, este 2o bimestre avaliando o que oi eito no 1o e pro-pondo novas metas. É hora de dar continuidade ao que já está sendo eito e co-

locar novas situações que, agregadas às já existentes, promovam mais avançosem relação à conquista do sistema de escrita, à construção de procedimentos

relacionados ao ato de ler e à apropriação da linguagem que se escreve.

Os alunos aprendem num processo que é social e coletivo, mas ao mesmo

tempo individual e pessoal – o resultado disso é que avançam em dierentes rit-mos. Isso se torna mais explícito nesta altura do ano, já que algumas crianças

 já devem ter hipóteses mais avançadas em relação ao sistema, enquanto outrasainda têm hipóteses mais iniciais. Tal diversidade representa um desafo ainda

maior para você. Como dar conta, numa mesma atividade, daqueles alunos queainda não sabem que existe uma correspondência entre o que se ala e o que se

escreve e outros que já estabelecem essa relação ou até mesmo escrevem con-

vencionalmente? Para atender a essa heterogeneidade, inerente ao processo deaprendizagem, vamos dar algumas orientações e sugestões específcas para aju-

dá-lo(a) em seu planejamento semanal e mesmo na variação das atividades.

Além disso, estabelecemos novas expectativas para este bimestre sem

abandonar algumas já colocadas anteriormente. Trata-se de organizar um plane- jamento que não seja ragmentado nem tampouco linear, que contemple as mes-

mas situações didáticas, mas com graus de complexidade diversos, avorecendoassim que esses alunos, com dierentes ritmos de aprendizagem, consolidem,

ampliem e aproundem seus conhecimentos.

As expectativas de aprendizagem para este bimestre consideram, por um lado,

aquilo que oi colocado como expectativa para o 1o bimestre e, por outro, aquiloque se espera para o fnal da 1a série. É uma gradação para que você possa seorientar e dosar o seu planejamento. Algumas das expectativas aqui colocadassão novas e envolvem competências que ainda não haviam sido demandadas; ou-

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110 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

tras são um desdobramento do 1o bimestre. Entreaquelas que azem parte do segundo caso existem

dierenças sutis que são decorrentes principalmenteda maior autonomia que os alunos têm para ler e

escrever. Essa autonomia, por sua vez, é conse-qüência do maior domínio que, neste 2o bimestre,têm do sistema de escrita e está também relacio-

nada à maior intimidade que possuem agora com alinguagem escrita e ao maior domínio dos compor-

tamentos leitores e escritores. Tudo isso avoreceráos avanços e as conquistas deste bimestre, tanto

para os alunos que estão alabéticos, como para aqueles que estão quase lá etambém para aqueles que ainda têm um longo percurso pela rente.

Com relação à leitura

Expectativas que são um desdobramento das expectativas doExpectativas que são um desdobramento das expectativas do1o bimestrebimestre

j Apreciar o momento das histórias, acompanhando com atenção a leiturado(a) professor(a).

j Comentar trechos das histórias lidas, sua trama, seus personagens ecenários.

j Apreciar as ilustrações dos livros lidos, relacionando-as com algumas pas-sagens da trama e com o título da história.

j Utilizar a escrita do próprio nome e de outras palavras que tenham adquiridorelevância no contexto do trabalho desenvolvido até o momento, como fonte

de informação para ler outras palavras.j Demonstrar disponibilidade para ler, convencionalmente ou não, textos de

conteúdo previamente memorizado, tais como as parlendas, ou textos deuniverso semântico conhecido, como as listas de personagens, títulos e tre-chos recorrentes dos contos de fadas.

j Tentar, nas situações de leitura de textos memorizados, ajustar o falado aoescrito, apoiando-se nos conhecimentos que tem sobre as letras.

Expectativas que ampliam aquilo que se espera que os alunosExpectativas que ampliam aquilo que se espera que os alunosaprendam neste 2aprendam neste 2o bimestrebimestre

j Apreciar expressões próprias da linguagem que se escreve.

j Localizar e utilizar, de forma cada vez mais independente do(a) professor(a),as informações escritas na sala de aula para resolver dúvidas em relação aoque deseja escrever.

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111GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

j Utilizar, de forma cada vez mais independente do(a) professor(a), os indica-dores (quantitativos e qualitativosquantitativos e qualitativos) que os textos apresentam para fazer an-tecipações e verificações que lhe possibilite ler o texto mesmo sem saber ler.

Indicadores quantitativos e qualitativos – quantas e quais letras

À medida que as crianças descobrem que as combinações de letras re-presentam os nomes dos objetos, começam a analisar como elas são orga-

nizadas para representá-los. Logo, começam a procurar as condições sob asquais um escrito será “interpretável” e legível. A partir daí, enrentam dois

problemas básicos:

QuantitativoQuanti tat ivo – deve haver uma quantidade mínima para que um escrito seja

legível.

QualitativoQualitativo – as letras devem ser dierentes, pois, se um escrito tiver letras

repetidas, as crianças não o considerarão.

Com relação à produção de texto

Expectativas que são um desdobramento das expectativas doExpectativas que são um desdobramento das expectativas do1o bimestrebimestre

j Produzir textos oralmente (dos gêneros trabalhados no bimestre), prestandoatenção a algumas características do gênero e da linguagem que se escreve.

j Conhecer o nome e a representação gráfica de todas as letras do alfabeto,utilizando esse conhecimento para escrever, mesmo que ainda não seja demaneira convencional.

j Utilizar a escrita do próprio nome e de outras palavras que tenham adquirido

relevância no contexto do trabalho desenvolvido até o momento como fontede informação para escrever.

Expectativas que ampliam aquilo que se espera que os alunosExpectativas que ampliam aquilo que se espera que os alunosaprendam neste 2aprendam neste 2o bimestrebimestre

j Escrever silabicamente, utilizando valor sonoro convencional das letras, aindaque não seja em todas as situações de escrita.

j Colocar-se no papel de escritor, dispondo-se a escrever textos como listas,parlendas, cantigas, poemas, entre outros – mesmo que ainda não sejaconvencionalmente.

j Produzir oralmente contos de fadas, textos informativos e receitas,tendo o(a) professor(a) como escriba, considerando progressivamenteas características discursivas desses gêneroscaracterísticas discursivas desses gêneros e utilizando recursos dalinguagem que se escreve.

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112 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Os gêneros são os textos que se originam das práticas sociais de leitura

e escrita, sejam elas orais ou escritas. Portanto, são considerados gêneros ascartas, os bilhetes, os contos, as lendas, as receitas, as regras, entre outros. O

que caracteriza cada um dos gêneros é seu contexto de produção, sua fnalida-

de, os recursos lingüísticos de que são constituídos. “Era uma vez”, “Viveramelizes para sempre”, dentre outras expressões, são portanto marcas de umconto de adas, e de tanto lerem, e ser convidados a ler e a ouvir a leitura do(a)

proessor(a), os alunos se apropriam de suas características. O ato de estaremem um ambiente onde o uso da linguagem é recorrente já contribui e muito para

que os alunos possam aprender sobre os usos e as unções dos dierentes gêne-ros. Dierentemente da aprendizagem da ala, que costuma ocorrer em contextos

mais espontâneos, a aprendizagem da linguagem escrita precisa de uma açãomais intencional e do espaço da escola para acontecer.

Com relação à comunicação oral

Expectativas que são um desdobramento das expectativas doExpectativas que são um desdobramento das expectativas do1o bimestrebimestre

j Ouvir com atenção os comentários do(a) professor(a) e dos colegas.

j Comentar de forma cada vez mais pertinente os temas propostos pelo(a)professor(a).

j Conhecer os procedimentos para participar de uma conversa (como esperara vez para falar).

Expectativas que ampliam aquilo que se espera que os alunosExpectativas que ampliam aquilo que se espera que os alunosaprendam neste 2aprendam neste 2o bimestrebimestre

j Recontar histórias conhecidas respeitando as características discursivasdo texto-fonte e mantendo a seqüência cronológica dos acontecimentos.

j Realizar, com ajuda, uma comunicação oral sobre um assunto estudado.

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113GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Ensinar e avaliar 

A avaliação deve ser um processo ormativo, contínuo, que não necessita de

situações distintas das cotidianas. Portanto, o que oereceremos nesta parte doGuia são alguns critérios para que você melhor analise e avalie o que se passa

na sala de aula, o avanço das crianças em relação às expectativas de aprendi-zagem e, além disso, o seu planejamento e suas intervenções didáticas – que

deverão ser utilizados nas situações de sua rotina.

No 1o bimestre ocamos a avaliação das aprendizagens dos alunos com re-lação ao sistema de escrita. Por meio de uma atividade pontual – a sondagem –,

a intenção deste Guia oi de que você construísse mecanismos para acompanharo processo de cada aluno para assim estabelecer reerenciais mais objetivos e

precisos para tomar decisões sobre o seu planejamento, sobre os agrupamentose melhor atender às questões individuais.

Agora, nesta parte, incluímos dois modelos de avaliação que você pode utili-zar: um voltado para a aprendizagem dos alunos e o outro, para a análise do pla-

nejamento e do ensino. Vale destacar que, embora ensino e aprendizagem sejamprocessos articulados, são dois processos dierentes e, portanto, é preciso olhá-

los separadamente.

Claro que você deve reunir as análises – da aprendizagem dos alunos e do

seu ensino – e relacionar as inormações. A pergunta-chave é: em que medidao meu planejamento e as minhas intervenções criaram condições para que os

alunos aprendessem?Vamos começar pela análise do ensino. O sucesso de uma atividade depen-

de de diversas variáveis, desde a organização dos alunos até aquilo que vocêala, passando pelos materiais utilizados e até mesmo pela maneira como vocêexplicou o que era para ser eito ou distribuiu o material que seria utilizado...

Nesta proposta de avaliação de ensino, a intenção é que você:

avalie se a organização dos alunos avoreceu o desenvolvimento da ativi-dade;

analise se a organização do espaço no qual a atividade oi desenvolvida

(a sala de aula ou outro espaço no interior da escola) avoreceu o desen-rolar da atividade;

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114 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

observe se conseguiu organizar todo o material antes de iniciar a ativida-de e se isso avoreceu seu desenvolvimento;

analise se a explicação inicial oi sufciente, ou seja, se aquilo que vocêalou oi o bastante para que os alunos compreendessem o que ariam du-rante a atividade;

observe as questões colocadas pelos alunos durante a atividade e asrespostas que você lhes dá, analisando se essas intervenções avorecem

o processo de aprendizagem;

observe se o tempo reservado para a atividade oi sufciente;

reita sobre esses e outros itens para ver o que precisa mudar e, no pla-nejamento seguinte, azer alterações.

Na próxima página você encontra um instrumento que pode utilizar para ana-lisar suas atividades. Para que ele realmente seja efciente, é importante que você

aça um planejamento antes, nos moldes dos que apresentamos aqui, nas su-gestões de atividades, para que possa ter todos os dados necessários para uma

análise completa.

Em relação aos alunos, elaboramos uma planilha com três colunas. Na pri-meira, colocamos todas as expectativas de aprendizagem estipuladas para este

bimestre; na segunda, listamos as situações didáticas e atividades que podemser utilizadas para que você observe seu aluno. A última coluna, por sua vez,

contém perguntas que podem ajudá-lo(a), durante as atividades da segunda co-luna, a ocar nos aspectos que deverão ser observados.

Você também pode, a partir dessa planilha, azer relatórios individuais de

cada aluno. É trabalhoso, mas permitirá que você tenha um retrato bem precisoe detalhado das aprendizagens de cada um.

É importante que esses instrumentos sejam utilizados para que você aça

ajustes, adequando as atividades às necessidades do grupo como um todo, e,ao mesmo tempo, pensando em maneiras de dar atenção àqueles alunos que

têm mais difculdades. Do mesmo modo, você poderá identifcar os pontos queprecisam ser melhorados em seu planejamento.

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115GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 Avaliação do ensinoObjetivos de aprendizagem

1. A atividade favoreceu as aprendizagens previstas no planejamento?sim sim, mas nem todas elas não

Justifque__________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

Planejamento da atividade

2. O tempo previsto foi:

sufciente insufciente

Justifque__________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

3. Os materiais utilizados foram:

adequados inadequados

Justifque__________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

4. Organização do espaço

satisatória insatisatória

Justifque__________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

5. Agrupamentos dos alunos

adequados inadequados

Justifque__________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

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116 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

6. Conhecimentos utilizados

a) Os alunos utilizaram aquilo que sabiam sobre o tema tratado?

sim não

b) Os conhecimentos que possuíam os ajudaram a participar da atividade?

sim não

Justifque__________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

Encaminhamento da atividade

7. O que foi dito para os alunos foi suficientemente claro?

sim não

Justifque__________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

8. Quais foram suas intervenções?

Descreva __________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________

9. As intervenções foram adequadas inadequadas

10. Como foi a produção dos alunos ou a participação deles na atividade?Faça uma breve análise.

______________________________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________________________________

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117GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 Avaliação das aprendizagens dos alunosExpectativa Atividade Observar se o aluno:

Leitura

• Apreciar o momento das histórias,acompanhando com atenção a leitura do(a)proessor(a).

Leitura de textos

literários pelo(a)

professor(a)

• Escuta atentamente?

• Faz comentários pertinentessobre a trama, os personagens ecenários?

• Relembra trechos?

• Consegue relacionar asilustrações com os trechos dahistória?

• Comentar trechos das histórias lidas, suatrama, seus personagens e cenários.

• Apreciar as ilustrações dos livros lidos,relacionando-as com algumas passagensda trama e com o título da história.

• Apreciar expressões próprias da linguagemque se escreve.

• Faz comentários a respeito dosrecursos de linguagem utilizadospelo autor?

Demonstrar disponibilidade para ler,convencionalmente ou não, textos deconteúdo previamente memorizado, taiscomo as parlendas, ou textos de universosemântico conhecido, tais como aslistas de personagens, títulos e trechosrecorrentes dos contos de adas.

Leitura de legendas,

manchetes títulos e

listas pelo aluno

• Tenta ler buscando pistas no

próprio texto, nas ilustrações eem inormações que tem sobreo tema ou sobre aquele tipo detexto?

• Arrisca-se a ler e dá palpitespertinentes (em relação ao tema,ao portador ou à ilustração)?

• Tentar, nas situações de leitura de textosmemorizados, ajustar o alado ao escrito,apoiando-se nos conhecimentos que temsobre as letras e o texto.

Leitura de parlendas,

listas, cantigas e

títulos pelo aluno

• Lê, azendo relação entre o queestá alando e o que está escritono texto?

Escrita

• Escrever silabicamente utilizando valorsonoro convencional das letras, ainda quenão seja em todas as situações de escrita.

Escrita de listas,

parlendas, trava-

línguas e outros

textos memorizados

pelo aluno

• Utiliza uma letra para cada sílaba,considerando o valor sonoro dealgumas delas?

• Conhecer o nome e a representaçãográfca de todas as letras do alabeto,utilizando esse conhecimento paraescrever, mesmo que ainda não seja demaneira convencional.

• Sabe dizer que letra querescrever?

• Sabe dizer o que dierencia nomesparecidos usando letras comoreerência?

• Utilizar a escrita do próprio nome e deoutras palavras que tenham adquiridorelevância no contexto do trabalhodesenvolvido até o momento como ontede inormação para escrever.

• Utiliza reerências do próprionome, de outras palavras queconhece de memória e/ouconsulta materiais disponíveis naclasse para escrever?

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118 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

• Produzir oralmente contos de adase textos inormativos, tendo o(a)proessor(a) como escriba, considerandoprogressivamente as característicasdiscursivas desses gêneros e utilizando

recursos da linguagem que se escreve.

Produção oral com

destino escrito

• Sugere expressões ou palavrasdierentes das que usacotidianamente para compor otexto?

• Dierencia o que é para ser escrito

do que não é?

Comunicação oral

• Ouvir com atenção os comentários do(a)proessor(a) e dos colegas.

Leitura do(a)

professor(a)

Roda de curiosidades

Roda de biblioteca

• Consegue esperar a vez de alar?

• Permanece dentro do tema daconversa?

• Elabora perguntas reerentes aosassuntos tratados?

• Traz à conversa novos tópicospertinentes aos temasdiscutidos?

• Comentar de orma cada vez maispertinente os temas propostos pelo(a)proessor(a).

• Conhecer os procedimentos para participarde uma conversa, como esperar a vez paraalar.

• Recontar histórias conhecidasrespeitando as características discursivas

do texto-onte e mantendo a seqüênciacronológica dos acontecimentos. Roda de biblioteca

Produção oral com

destino escrito

• Consegue recontar uma históriaque ouviu mantendo a seqüência,

sem esquecer trechos quecomprometam o entendimento dahistória?

• Recupera trechos da históriaouvida usando expressões outermos do texto escrito?

• Realizar, com ajuda, uma comunicação oralsobre um assunto estudado.

Comunicação oral

Roda de curiosidades

• Consegue manter-se no temaproposto?

• Preocupa-se em utilizar termos dalinguagem escrita?

• Preocupa-se com a compreensãode seus interlocutores?

• Conhece o assunto sobre o qualestá alando? Utiliza vocabulário

próprio do tema?

 A organização de uma rotina de leitura e escrita

Lembra o quadro de rotina do 1o bimestre? Pois é hora de olhar para ele e

rever a reqüência de algumas atividades – as situações didáticas e as ativida-des são as mesmas, mas deixamos em branco a reqüência, para que você a

preencha segundo a sua avaliação.

Destacamos que as atividades de análise sobre o sistema devem ser diá-

rias para aqueles alunos que ainda não perceberam que existe uma relação en-tre escrita e ala (os alunos com hipóteses pré-silábicas) e para aqueles que jáperceberam essa relação, mas ainda não compreenderam exatamente como ela

se dá (os alunos com hipóteses silábicas).

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119GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Outro ponto muito importante a ser observado na organização das atividadesda sua rotina é a variação dos agrupamentos, de acordo com os objetivos da

atividade e com os conhecimentos dos alunos:

Planeje duplas de trabalho nas quais os alunos possam se ajudar mutua-

mente, trocando inormações entre si.

Nas atividades de escrita, determine quem vai ser o escriba da dupla – emalguns casos é melhor que seja o aluno que tem menos conhecimentos so-bre o sistema, enquanto o outro – aquele que dita – sabe mais; em outros

casos, é melhor inverter.

Nas atividades de análise e reexão sobre o sistema, fque mais próximo(a)dos alunos que ainda têm hipóteses muito iniciais sobre o sistema de es-

crita, pense num parceiro que garanta a participação deles – nem semprealunos que são grandes amigos são boas duplas de trabalho.

Pode ser que alguns alunos necessitem de acompanhamento mais próximoe de rotina dierenciada – planeje algumas atividades específcas para eles.

Situações didáticas que a rotina deve contemplar SITUAÇÃODIDÁTICA

Objetivos(o que os alunosaprendem e como)

Exemplos de algumasatividades

Freqüência O que é importantecuidar e observar

Leitura realizadapelo(a)professor(a)

· Compreender a unçãosocial da escrita.

· Ampliar o repertóriolingüístico.

· Conhecer dierentestextos e autores.

· Aprender

comportamentos leitores.· Entender a escrita comoorma de representação.

Leitura em voz alta detextos literários, jornalísticos e sobrecuriosidades (científcose históricos) pelo(a)proessor(a).

Oerecer textos dequalidade literáriaem seus suportesreais.

Ler com dierentespropósitos.

Análise ereflexão sobreo sistema deescrita

· Reetir sobre o sistemade escrita alabético,buscando azer acorrespondência entre ossegmentos da ala e osda escrita.

· Conhecer as letras doalabeto e sua ordem.

· Observar e analisar ovalor e a posição dasletras nas palavrasvisando à compreensão

da natureza do sistemaalabético.

· Compreender as regrasde uncionamento dosistema de escrita.

Leitura e escrita dosnomes dos alunos da sala.

Leitura do abecedárioexposto na sala.

Leitura e escrita de textosconhecidos de memória.

Leitura e escrita de títulosde livros, de listas diversas(nomes dos ajudantes

da semana, brincadeiraspreeridas, proessores euncionários), ingredientesde uma receita, leitura derótulos etc.

Organizaragrupamentosprodutivos.

Garantir momentosde intervençõespontuais comalguns grupos dealunos.

Solicitar a leitura(ajuste) do que é

lido e/ou escritopelo aluno.

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120 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Comunicaçãooral

· Participar de dierentessituações comunicativas,considerando erespeitando as opiniõesalheias e as dierentes

ormas de expressão.· Utilizar a linguagem

oral, sabendo adequá-la às situações emque queiram expressarsentimentos e opiniões,deender pontos de vista,relatar acontecimentos,expor sobre temas etc.

· Desenvolver atitudes deescuta e planejamentodas alas.

Reconto de históriasconhecidas ou pessoais,de flmes etc.

Exposição de objetos,

materiais de pesquisa etc.

Situações que permitamemitir opiniões sobreacontecimentos,curiosidades etc.

Observar comatenção comoas crianças secomportam numasituação em que

têm de ouvir e alaruma de cada vez.Identifcar quaiscrianças precisamser convidadas arelatar, expor etc.

Produção detexto escrito

· Produzir textos buscandoaproximação com

as característicasdiscursivas do gênero.· Produzir textos

considerando o leitor eo sentido do que querdizer.

· Aprendercomportamentosescritores.

Produção coletiva, emdupla e individual, deum bilhete, de um textoinstrucional etc.

Reescrita de textosconhecidos – coletiva,em dupla, individual.

Envolver os alunoscom escritaspré-silábicasna atividade– produzindooralmente,ditando para o(a)proessor(a) oupara o colega.

Leitura realizadapeloaluno

· Desenvolver atitudes edisposições avoráveis àleitura.

· Desenvolverprocedimentos deseleção de textos em

busca de inormações.· Explorar as fnalidades eunções da leitura.

· Ler com autonomiacrescente.

· Aprendercomportamentos leitores.

Roda de biblioteca comdiversas fnalidades:apreciar a qualidadeliterária dos textos,conhecer dierentessuportes de texto.

Ampliar a compreensãoleitora: leitura de textosque os alunos ainda nãolêem com autonomia masque pode ser mediadapelo(a) proessor(a) (leiturade textos inormativos,instrucionais, entreoutros).

Ler sem saber lerconvencionalmenteutilizando índicesornecidos pelos textos.

Ler várias vezesum mesmo textocom dierentespropósitos.

Garantir que

conheçam oconteúdo a serexplorado.

Antecipar asinormações queos alunos vãoencontrar nostextos.

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121GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Dicas práticas para oplanejamento do trabalho

Antes de qualquer coisa e acima de tudo, lembre-se da importância da conti-nuidade. Para aprender comportamentos de leitor e de escritor e para conhecer a

língua que se escreve é undamental manter a reqüência de algumas atividadesque já estavam presentes na sua rotina do 1o bimestre. Por outro lado, a diver-

sidade também deve ser contemplada: de gêneros, situações didáticas, açõesdos alunos em relação aos textos, de agrupamentos etc.

Além disso, considere também...

Nos momentos de LEITURA DO(A)PROFESSOR(A), é importante compartilharcom os alunos alguns comportamentos deleitor:

j Apresentar, brevemente, o gênero textual quelerá (lenda, conto de assombração, conto deadas, poema): “Hoje vou ler um poema”, “Esteé um livro com contos de assombração” etc.

j Fazer comentários em relação ao estilo doautor: humorístico, poético, romântico etc.

j Recomendar ou relembrar outros textos domesmo gênero ou autor.

jExplicitar os recursos que o autor utilizou paraprovocar no leitor medo, suspense, humor oupaixão etc.

E a qualidade literária?

Se pretendemos ajudar nossos alunos a tecercomentários sobre os textos em relação àlinguagem que se escreve e aos recursosdiscursivos, não dá para ler qualquer história,mas somente as melhores! Na primeiraparte deste Guia, da página 54 a 60, háindicações bibliográfcas de boas versõesde contos de adas. Aproveite para retomaressas inormações.

Não deixe de continuar anotando no quadroas histórias lidas. Vai dar muito orgulhover como a lista cresce e como todos vãofcando mais sabidos em relação ao mundodas letras e dos livros!

Em relação à leitura

Com relação à LEITURA DO ALUNO...

O trabalho com listas tem um papel importante neste bimestre.A lista é um gênero que nos ajuda a organizar e a guardarinormações importantes, que queremos lembrar de ormarápida e precisa. No contexto de eventos como a Copa do Mundoou as Olimpíadas, listas com os nomes das seleções/equipesparticipantes, com os vencedores de cada rodada/modalidade,com os nomes dos jogadores/atletas brasileiros etc. poderão ser

trabalhadas de orma intensa, tanto pelos alunos já alabéticoscomo por aqueles que estão quase lá.. . Outros temas, relacionadosaos demais estudos que estão sendo realizados, também poderãoser abordados na hora de escrever ou de ler uma lista. Retome asindicações para o trabalho com este gênero na página 70.3

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122 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

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Neste bimestre, você poderá aproveitaralgum contexto esportivo para intensificaro trabalho com os textos presentes nos

 jornais e ler em voz alta para os alunos...

j Reportagens, crônicas e notícias sobre os jogose os jogadores.

j Textos inormativos sobre a história do(s)esporte(s) em questão.

j Textos inormativos históricos e atuaissobre os países participantes.

E SEUS ALUNOS PODERÃO:

j buscar inormações;

j ler as manchetes;

j ler as legendas;

j localizar o nome de algum atleta/jogador ouequipe/seleção.

As propostas podem ter variações que atendamàs dierenças entre os alunos, garantindo desafospara todos (diíceis, mas possíveis).

TABELAS E GRÁFICOStambém são leituras!

Na proposta de leitura do jornal, os alunosencontrarão tabelas e gráfcos. Não eviteesse tipo de texto. Afnal, hoje em dia nãodá para ser um leitor competente sem aleitura de toda a variedade textual. Se elessão desconhecidos para você, aventure-sea compreendê-los com seus alunos. Elesentendem! Nos jornais vocês também vãoencontrar inormações de equipes/seleções,países e atletas/jogadores na orma defchas técnicas. Explore bastante essassituações como reerência para as propostasde produção escrita que poderão ser eitas.

Contos, contos e mais contosnos momentos de ESCRITA DO ALUNO

O trabalho com contos prossegue. Nãodeixe de ler aqueles mais conhecidos, masaproveite para acrescentar ao repertório dosalunos contos novos e, de orma geral, poucodivulgados. Há muitas publicações de Grimm,Andersen e Charles Perrault. Aproveitetambém para apresentar-lhes dierentesversões. Você já reparou como a ChapeuzinhoVermelho de Perrault é dierente daChapeuzinho de Grimm?

Escrevendo contos...

Neste bimestre, as atividades de produçãooral com destino escrito poderão serintensifcadas. Você será o(a) escriba e, juntocom os alunos, poderá escolher as históriasàs quais querem dar orma escrita –reescreva-as e, junto com os alunos, dê umdestino para essa escrita: o mural da classeou de outra classe, por exemplo.

Em relação à produção de texto

Lembrete

Apresentar os textos no seu portador original é muitoimportante para a construção do universo da culturaescrita. No nosso caso, neste bimestre, vamos lermuitas notícias; por isso, traga, sempre que possível, o jornal inteiro para a sala de aula. Não se esqueça dosoutros portadores de texto também.

Lembrete... você é o(a) escriba!Não é preciso que todos os alunos copiem os textosproduzidos na lousa coletivamente. O objetivo éelaborar a linguagem que se escreve e não graar!

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123GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Para escreverem boas histórias, osalunos precisam RECONTAR...

Junto com a história vem a orma (escrita), eé isso o que interessa. Além de recuperar ahistória coletivamente, estabeleça momentosde reconto para que os alunos possam“entrar dentro da história”. Essas at ividadesestão relacionadas ao desenvolvimento decompetências de COMUNICAÇÃO ORAL.Reconte você, seja um bom modelo.Convide outras pessoas para recontar – osCDs de histórias também podem ser úteis.

A ANÁLISE E REFLEXÃO sobre o sistema deescrita continua a ser um desafio. Por isso:

j As atividades com nomes e com parlendas,listas, poemas, cantigas etc. devem continuarintensamente para aqueles alunos que aindanão escrevem convencionalmente.

j As listas de equipes/seleções, de atletas/ jogadores e países podem ser uma onte de

inormações muito útil para esses alunos– afnal, algumas palavras como “Brasil”,“medalhas”/“taça”, “gol”, “pontos” etc., queeles acabarão memorizando a orma escritade tanto vê-las, servirão como reerência paraque escrevam outras palavras e também paraconrontarem com suas hipóteses.

j As alas repetidas de uma personagem, comoa da madrasta de Branca de Neve, “Espelho,espelho meu, existe no mundo mulher maisbela do que eu?”, podem ser escritas emduplas ou individualmente. Esta é mais umaorma de colocar a criança para relacionaraquilo que ala com o que está escrito eassim possibilitar que avance em suas idéiassobre a escrita.

Em relação à comunicação oral

Em relação à análise e reflexão sobre o sistema

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124 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 MAIO

Introdução

Nas atividades sugeridas para o mês de maio, vamos iniciar algumas propos-

tas que terminarão em junho/julho e vamos propor variações das atividades que já estavam sendo realizadas nos meses anteriores. Apesar de não haver suges-

tões de atividades com a lista de nomes da classe e com o alabeto, elas aindadevem azer parte da rotina, para os alunos de escrita pré-silábica e silábica.

Você pode usar as atividades e orientações com o alabeto páginas 64 a68, e com nomes próprios páginas 70 a 75, da primeira parte, como reerência

para planejar novas atividades para este momento do trabalho.

Outras atividades com listas, parlendas e cantigas, com leitura de dierentes

gêneros textuais por você continuarão nas sugestões para este mês. A expectati-va para maio continua sendo de que os alunos possam ampliar o conhecimento

sobre o sistema de escrita e construir comportamentos de leitor e de escritorao participarem de situações de leitura e de escrita que sejam relevantes e quepromovam uma intensa reexão sobre a língua escrita. Nesse contexto, é impor-

tante considerar que:

A produção de escrita e de leitura de listas, neste momento do semestre,pode ser proposta de orma individual ou em duplas. Para decidir quais as

duplas mais produtivas, é importante que você considere o que seus alunossabem e o que precisam aprender para que realmente possam interagir e

ter avanços. A escolha das duplas é uma decisão didática: não pode seraleatória ou levar em conta apenas a afnidade entre os alunos. Consulte

suas anotações sobre a sondagem de abril e também não deixe de consi-derar suas atuais observações sobre seu grupo de crianças.

Lembra-se do livro de cantigas populares? Vamos dar continuidade a essetrabalho. É importante continuar oerecendo situações de leitura de textos

que os alunos conhecem de memória, pois para alguns ainda é um desafoajustar o alado ao escrito. Também é importante que escrevam esses textos

que sabem de cor. Por isso, neste bimestre, além de ler, os alunos vão se ar-riscar a escrever novas versões para parlendas, trava-línguas e poemas que

conhecem de memória. Continue a azer propostas orais e escritas de ormacoletiva. Confgure, em sala de aula, um clima em que seus alunos se sintam

seguros para assumir o papel de “autores’’, possam soltar a imaginação e,

acima de tudo, pensar sobre o sistema alabético de escrita.Vamos intensifcar a leitura de jornais. Os alunos terão contato com esseportador e principalmente com o caderno de esportes. Explore-o antes. Com

Quando a teoriaajuda a prática...Leia o Texto27 do Bloco 9,

“Contribuições àprática pedagógica”no Guia de Estudopara o Horáriode TrabalhoPedagógicoColetivo.

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125GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

os alunos, localize onde estão as notícias e artigos assinados, quais jorna-listas eles conhecem da televisão. Quem não conhece muito o assunto pode

dar uma olhada nos programas de esportes, ou assistir aos jornais aladosda TV para conhecer melhor o conteúdo das matérias do jornal impresso.

Adultos podem ser companheiros dos alunos nessa tarea.A presença mais intensa do jornal na sala de aula avorecerá muitas ati-

vidades de leitura pelo aluno. Explore as manchetes, subtítulos, as ima-gens e legendas, o tamanho das letras e o uso de negrito, entre outros

índices que julgar importantes. Organize um mural e mantenha-o sempreatualizado com as principais notícias; depois, não se esqueça de arquivar

esses materiais numa pasta para que sejam usados posteriormente.

Vamos, também, intensifcar a leitura de contos de adas com o propósito

de conhecer melhor a estrutura narrativa e a linguagem literária.

Este será, em linhas gerais, o percurso de trabalho neste 2o bimestre. No

Guia de Planejamento você encontrará as tabelas para o registro e a avaliaçãodo planejamento semanal. Os campos em aberto, como você já sabe, são pa-ra as demais áreas do conhecimento. Na parte de Orientações Didáticas deste

Guia, você vai encontrar várias indicações e sugestões de atividades.

Para o trabalho comcontos de adas,você pode revisitaras orientações,indicações literáriase sugestões deatividades eitasnas páginas 54 a60 deste Guia.

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126 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 JUNHO / JULHO

Introdução

Os meses de junho e julho marcam o fm de uma etapa de trabalho: o 1o 

semestre. Com certeza os alunos estão muito dierentes do início do ano emrelação às competências de leitura, de escrita e de comunicação oral. Isso não

quer dizer que todos saibam as mesmas coisas. Mas deverão saber muito maisdo que sabiam em evereiro. Todos, embora em graus dierentes, já devem ter

mais autonomia em relação às atividades propostas e maior possibilidade depensar sobre o sistema de escrita, sobre a linguagem que se escreve e de ocu-

par o papel de leitor e escritor, ainda que de orma não convencional.

Como é fnal de semestre, é importante que você aça mais uma sondagem.

Utilize as orientações das páginas 33 a 35 deste Guia e registre as inormações

na planilha do Guia de Planejamento. A partir da análise das produções dos alu-nos, você terá condições de comparar esses momentos e visualizar o processode aprendizagem de cada aluno, avaliando, assim, o percurso construído por ca-da um, considerando o ponto de partida e também de que orma o seu trabalho

contribuiu para esse avanço. Essa análise, junto com a avaliação relacionada àsexpectativas de aprendizagem, deverá lhe ornecer indicadores importantes para

o planejamento do 2o semestre.

Para o planejamento das atividades de junho e julho, sugerimos, em linhasgerais, que considere:

Durante os meses de junho/julho, vocês selecionarão os contos de adas

preeridos para realização da produção oral com destino escrito, tendovocê como escriba. Você pode reescrever um conto inteiro ou trechosmarcantes da história que não comprometam sua compreensão, como:

o diálogo entre o lobo e a Chapeuzinho, a ala das adinhas da Bela Ador-mecida, presenteando a princesa com dons, o momento em que Branca

de Neve chega à casa dos anões e a descreve... Tudo vai depender doôlego e dos conhecimentos do seu grupo. Se optar pelo texto todo, lem-

bre-se de que não deverá azê-lo num só dia. Os textos produzidos pode-rão ser colocados no mural da escola como indicação do grupo de umaboa história ou trocados com outra classe.

Junho é mês de quermesse. Organizamos para você um projeto didáti-

co de receitas típicas de esta junina. Vamos aproveitar a ocasião paraaprender mais sobre esse gênero instrucional.

Quando a teoriaajuda a prática...Leia sobre estetema no Texto24 do Bloco 8,“Produção oralcom destinoescrito”, no Guiade Estudo para oHorário de TrabalhoPedagógico

Coletivo.

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127GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

O planejamento continua sendo o registro do trabalho com a leitura, a escritae a comunicação oral. Para apoiá-lo(a), ornecemos várias indicações, sugerindo

atividades nas quais você poderá ler e escrever para a turma e outras nas quaisos alunos serão desafados a ler e escrever também. Essas indicações encon-

tram-se descritas na parte de Orientações Didáticas deste Guia.

O que fazer com aqueles alunosque parecem não avançar?

Estamos na terceira sondagem do semestre. É um momento de parada para

reexão sobre as decisões didáticas tomadas, principalmente em relação àquelesalunos que você acompanhou mais de perto depois da sondagem de abril.

Seria importante você retomar as decisões tomadas em abril e as produ-ções atuais para avaliar o que você decidiu azer naquela ocasião, o que devecontinuar sendo eito e o que deve ser alterado, quais alunos avançaram e não

azem mais parte dessa lista, quais ainda continuam necessitando de ajuda.

Analisar esse percurso e avaliar as decisões ajudam na objetividade da ação

pedagógica. Ou seja, se você compreende como e por que suas decisões oramacertadas (ou não), sistematizando seus conhecimentos, terá condições de usá-

los em outras situações.

Ao fnal de julho, espera-se que seus alunos escrevam silabicamente, utilizan-

do o valor sonoro convencional das letras. Portanto, é importante pensar em situa-ções dierenciadas para aqueles que ainda não corresponderam a essa expectativa.

Para tanto, é importante retomar o trabalho com os nomes próprios, comas listas de palavras e até com o alabeto, se necessário. Também é importan-

te acompanhar de perto esses alunos para azer intervenções que os ajudem areetir, tomar decisões e justifcar suas escolhas em relação à escrita. Para pla-

nejar essas atividades para esse grupo, volte à primeira parte, a partir da página51, principalmente nas atividades sugeridas no item O QUE MAIS FAZER?, quepropõem variações para o desdobramento do trabalho.

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128 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Orientações didáticas esugestões de atividades

Introdução

Como na primeira parte, neste item do Guia de Planejamento você vai encontrarorientações didáticas para o trabalho com leitura, escrita e comunicação oral.

As orientações estarão assim divididas:

Ler e escrever para acompanhar algum evento relevante do ano (Olimpí-

adas, Copa do Mundo etc.).

Atividade permanente – comunicação oral: roda de conversa, curiosidades

e outros assuntos.

Seqüência didática: produção de texto oral com destino escrito: Era uma

vez um conto de adas.

Seqüência didática: “Hoje é domingo, pé de cachimbo” ou “Hoje é domin-go, pede cachimbo”? – Parlendas e trava-línguas – o que podem estas

brincadeiras?

Projeto didático: pé-de-moleque, canjica e outras receitas juninas: um jeito

gostoso de aprender a ler e escrever.

Algumas atividades continuam sendo acompanhadas da descrição de um

planejamento que detalha os objetivos de aprendizagem, o encaminhamento emsala de aula, sua ação e dos alunos durante a sua realização. Sempre que neces-

sário, indicamos também materiais complementares para serem reproduzidos.

As atividades oram numeradas apenas para que seja possível você locali-

zá-las com maior agilidade e também para você comentá-las com os colegas ecom a coordenação pedagógica. Essa numeração, portanto, não tem relação

com a ordem de desenvolvimento. Essa decisão deverá ser tomada por você e

seus colegas de trabalho, durante a defnição do planejamento deste bimestre.

É certo que muitas outras atividades podem ser desenvolvidas e que, prova-

velmente, algumas que você considera essenciais não oram aqui contempladas.

Lembre-se de que o seu planejamento é, e sempre será, ruto da sua expe-

riência e das decisões profssionais que você assume em seu dia-a-dia.

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129GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Ler e escrever para acompanhar acontecimentos marcantes

Estas orientações, embora se refram à Copa do Mundo, podem ser total-

mente adaptadas para as Olimpíadas, para os Jogos Pan-Americanos ou outroseventos do mesmo tipo que, em maior ou menor grau, invadem os noticiáriose nos brindam com muitas inormações e discussões signifcativas, delinean-

do assim uma prática contextualizada de leitura.

A Copa do Mundo é um acontecimento que, quer os proessores gostem de

utebol, quer não, vai atrair muito a atenção dos alunos. É a primeira Copa paraeles, pois, na última delas, ainda eram muito novos e pouco puderam acompa-

nhar. Não se pode negar a relevância desse evento para a vida nacional – o as-sunto toma os noticiários de TV, as manchetes de jornal, as conversas nas ruas.

Adultos e crianças, homens e mulheres, palmeirenses e corintianos... Não há

quem não tenha uma opinião sobre a seleção! E, para os alunos, não se tratasó de torcer, mas de poder acompanhar (e compreender) o andamento do cam-peonato mundial por meio dos jornais alados e impressos.

Como estão ocupados em aprender a ler e escrever, esta será uma opor tuni-dade ímpar de construírem uma série de conhecimentos sobre o jornal impresso,

principalmente os textos que traz, sua linguagem e conteúdos. Esse é um dosportadores que mais trazem notícias sobre a Copa, abarcando muitos gêneros

textuais que podem ser levados para a sala de aula e utilizados com fns didáti-cos: listas (de países, de seleções, de jogos, de estádios e cidades, dos melho-res jogadores etc.), manchetes, crônicas, artigos de opinião, reportagens (sobre

os lugares onde vão ocorrer os jogos, sobre os dierentes países de onde vêm

as seleções etc.), notícias, tabelas, legendas, gráfcos, entre outros. Ao decidirdesenvolver um trabalho com jornais tendo como porta de entrada a Copa, é pos-sível escolher textos para desenvolver atividades voltadas tanto para a reexão

sobre o sistema, quanto para a aprendizagem da linguagem que se escreve.

Um trabalho com jornal permite a organização de seqüências de atividades

que envolvem dierentes situações didáticas. Ter um jornal em sala possibilitaatividades de leitura pelo(a) proessor(a) ou pelos alunos, bem como a escrita

pelo(a) proessor(a) ou pelos alunos de textos que pertencem a um portador in-serido na realidade social.

O que os alunos podem aprender:Utilizar os conhecimentos que têm sobre o tema e apoiar-se em outros

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indícios (como otos e ilustrações) para azer antecipações e inerênciasna leitura das listas, legendas e manchetes.

Escrever dierentes listas relativas à Copa, de acordo com suas hipóte-ses, utilizando os conhecimentos disponíveis sobre o sistema de escrita.

Escrever legendas para otos e manchetes para as notícias.

Comportamentos de leitor vinculados ao jornal: ler para acompanhar osacontecimentos, procurar os textos dos jornalistas de que mais gostam,

consultar rapidamente a tabela para saber os resultados dos jogos etc.

 Ao planejar as atividades, é importante considerar que...

A proposta é que a classe acompanhe o desenrolar da Copa: quando come-ça e termina, onde vai acontecer, quem vai jogar contra quem, quantos jogos vão

ocorrer, como os times vão se classifcando, quais jogadores vão despontandocomo os melhores, coisas pitorescas que acontecem, alguns atos emocionan-tes e curiosidades.

Nosso objetivo não é transormar nossos alunos em especialistas, mas usarum assunto muito orte na nossa cultura e que estará em destaque nos meses

de junho e julho para trazer para dentro da sala de aula esse importante porta-dor de textos, bem como promover situações de leitura, escrita e comunicação

oral de orma que os alunos continuem pensando no sistema de escrita, desen-volvam mais suas capacidades de leitura e conheçam a linguagem jornalística:

características discursivas, vocabulário, expressões, assuntos, objetividade eimpessoalidade em alguns casos, opiniões e discussões em outros, recursos

gráfcos (imagens, tipo e tamanho da letra, gráfcos e tabelas). Conhecer, tercontato, amiliaridade, ser usuário de determinada linguagem avorece tanto a

competência leitora quanto a escritora, seja na construção de sentido daquiloque se lê, seja na possibilidade de produção de textos.

A seguir você terá uma seqüência de atividades que servem de sugestão– talvez até de inspiração – para você trabalhar com seus alunos.

Para começar, você contará a eles que irão acompanhar o andamento da

Copa do Mundo por meio dos jornais. Assim, já vai ter uma idéia de quanto suaescolha realmente interessa a eles, o que sabem sobre esse campeonato e o

que conhecem da seleção brasileira, seus jogadores e técnico. Esta primeira ati-

vidade lhe dará subsídios para encaminhar melhor as sugestões a seguir, poisvocê terá de adaptá-las à sua realidade de modo a envolver todos os alunos.

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131GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Compartilhada a idéia e conhecendo o que eles sabem e quanto se interes-sam pelo assunto, proponha que tudo que vocês orem colecionando de inorma-

ções importantes e interessantes no transcorrer do bimestre seja organizado,ao longo do mês, num MURAL DA COPA .

Dicas sobre mural:Dicas sobre mural:1. Há vários tipos de mural feitos com diferentes materiais: mural varal,

de cortiça, de isopor, de ripa, feltro. O melhor material é aquele que estádisponível e viabiliza ter um mural na classe.

2. Deve ficar disposto na parede de forma a permitir o acesso e a leiturapelas crianças. O mural deve servir como fonte de informação, portanto éimprescindível adequar sua altura à altura dos alunos.

3. A elaboração do mural deve envolver todos os alunos.

4. É preciso cuidar da sua manutenção em relação tanto ao aspecto físico

quanto a sua organização.5. O tempo da informação no mural varia. Algumas podem ficar mais tempo, como

a tabela dos jogos, os nomes dos países participantes; outras são de curtaduração, como os resultados dos jogos.

Você pode colocar no mural: a lista com os nomes dos jogadores da seleçãobrasileira – e o número de suas respectivas camisas –, a tabela do campeonatopara ser preenchida, os oito grupos, com suas quatro seleções e as bandeiras

ao lado dos nomes dos países, um mapa-múndi com pequenas bandeiras sinali-zando os lugares onde fcam. Tudo isso, além de ajudar os alunos a acompanhar

o andamento dos jogos, também será um vasto material de reerência que eles

poderão consultar sempre que orem escrever.Durante o mês da Copa, traga notícias para comentar com os alunos. Leia o

título, peça que tentem descobrir do que tratará o texto, mostre as otos, leia as

legendas e, depois de ler a notícia, comente-a, converse não apenas sobre o conte-údo da notícia, mas destaque também alguns termos usados, a atualidade da no-

tícia, a parcialidade ou não dela. Convide-os a assistir a algo relativo à Copa na TV.

Deixe a notícia no mural por alguns dias para que possam revê-la em outros

momentos. Use também o mural como portador de escritas dos alunos – manche-tes e legendas de otos, fcha técnica dos países e suas seleções, por exemplo.

O clima em relação ao evento esportivo começa a esquentar muitas semanas

antes da abertura. Reúna material interessante para poder acompanhar os jogos com muitas informações.

A seguir, detalhamos algumas atividades.

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132 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

  ATIVIDADE 1: LEITURA DO PROFESSOR

Notícias sobre o grande evento esportivo

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Ouvir você e comentar, atendo-se ao tema lido.

Conhecer algumas características desse gênero.

Comportamentos de leitor vinculados ao uso do jornal.

PLANEJAMENTO

Quando azer? Durante o mês do evento esportivo, pode ser eita duas ou

três vezes por semana.

Como organizar o grupo? A atividade é coletiva e os alunos podem fcar

em suas carteiras.

Quais materiais serão necessários? O jornal inteiro.

Duração: cerca de 40 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Selecione antes o que vai ler e escolha notícias que possam interessar-

lhes. Você também pode escolher duas notícias e, depois de ler e discutiras manchetes, pedir que o grupo indique qual das duas quer ouvir.

Prepare a leitura em voz alta, pois na sua escolha pode haver o nome de um jogador ou país diícil de pronunciar por ser de outra língua. Treine e com-

partilhe com os alunos essa difculdade e o que você ez para resolvê-la.

Leve o jornal inteiro. Os alunos precisam conhecer o portador e saber queo caderno de esportes é uma parte dele.

Use o mapa-múndi para localizar os países.

Leia o nome do jornal e mostre onde estão as inormações sobre tiragem

e data.

Leia a notícia escolhida inteira e as legendas das otos.

Promova discussões sobre a notícia.

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O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?Você pode montar uma hemeroteca para organizar os artigos lidos .

Grave algum programa de rádio que trate do mesmo tema tratado na notícia

escrita e compare a forma de abordagem, a diferença pelo fato de o rádio nãoveicular imagens etc.

Compare a mesma notícia em dois jornais diferentes. Compare fotos. Antes deler a legenda das fotos, convide-os a dizer o que acham que deve estar escritoe peça que justifiquem.

Solicite-lhes que assistam a um telejornal e tragam notícias sobre o assuntopara, em sala, comentar e comparar.

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134 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 ATIVIDADE 2: LEITURA DO ALUNO

Lista com os nomes dos países

OBJETIVO - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Ler antes de ler convencionalmente, colocando em jogo o que sabem sobreo sistema de escrita e apoiando-se em conhecimentos sobre o conteúdo

e outros indícios.

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? Em duplas.

Quais materiais serão necessários? Folha mimeograada com a lista dospaíses participantes do evento esportivo escolhido.

Duração: cerca de 40 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Organize antecipadamente o grupo em duplas pensando nas possibilida-des de interação.

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135GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Entregue uma lista com os nomes de onze países, dentre os quais cincoparticipantes do evento escolhido. É importante garantir que eles conhe-

çam os nomes dos países participantes que oram incluídos nessa lista.Você pode usar o modelo da página 136.

Se você optou por organizar um mural com a lista dos países que azem

parte do evento, retire-a para que os alunos não recorram a ela durantea atividade.

Entregue para cada dupla uma olha com a lista de países.

Dite, um por vez, o nome de um dos países que participarão do evento.

Circule pelas duplas ajudando-as de acordo com a necessidade: às vezesperguntando, outras oerecendo inormação, confrmando ou conrontando

duas inormações.

Se perceber que alguma dupla está com difculdade, peça que outras

dêem dicas para ajudá-la. O importante é que as inormações circulem!

Depois que todos (ou a grande maioria) tiverem terminado, compartilheas escolhas eitas. Se houver dierenças, conronte e peça que algumas

duplas expliquem como escolheram.

O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?Prepare listas variando a quantidade de nomes para criar diferentes graus dedesafio.

Esta mesma atividade pode ter variações com outras listas (dos jogos dasemana, lista dos resultados dos jogos da semana, lista dos países classificados

para a fase seguinte etc.), de modo que o desafio seja semelhante: localizarpalavras conhecidas, que estão misturadas com palavras desconhecidas, ou seja,encontrar pistas para descobrir as palavras solicitadas, utilizando estratégiasde leitura e o valor sonoro convencional das letras. Eles podem também escreverlistas: das seleções que nunca participaram de nenhuma Copa, das seleções que

 já foram campeãs, dos times de onde vieram os jogadores do Brasil etc.

Confeccione, com os alunos, jogos da memória e/ou jogo de dominó relacionandobandeira – país.

Para os alunos alfabéticos, você pode variar a atividade utilizando uma tabelaPara os alunos alfabéticos, você pode variar a atividade utilizando uma tabelacom os países que fazem parte de um grupo e sua pontuação listada fora decom os países que fazem parte de um grupo e sua pontuação listada fora deordem, como no modelo da página 137.ordem, como no modelo da página 137.

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136 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

NOME _________________________________________ DATA _____ /_____ /_____

Temos acompanhado as notícias sobre a Copa do Mundo. Já lemos

e conversamos sobre países, jogos e jogadores. Abaixo você encontrará

uma lista com os nomes de onze países. Descubra e circule os nomes

dos países ditados pelo(a) proessor(a), um de cada vez. Ao fnal, você

deve ter localizado nesta lista os nomes de cinco países que estão

participando da Copa de 2006.

MARROCOS

BRASIL

 TOGO

ISLÂNDIA

URUGUAI

CORÉIA DO SUL

 ALEMANHA

CUBA

CANADÁ

ESPANHA

JAPÃO

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137GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

NOME _________________________________________ DATA _____ /_____ /_____

NA TABELA ABAIXO VOCÊ ENCONTRA OS RESULTADOS DOS JOGOS

DOS GRUPOS B E F DA COPA – O PROBLEMA É QUE ELES ESTÃO MISTU-

RADOS E FORA DE ORDEM! OBSERVE OS RESULTADOS E COLOQUE AS

SELEÇÕES POR ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO.

PaísNúmerode jogos Vitórias Empates Derrotas

Pontosganhos

JAPÃO 3 2 0 1 5

INGLATERRA 3 1 1 1 4

BRASIL 3 2 0 0 9

PARAGUAI 3 2 0 1 6

SUÉCIA 3 2 1 0 7

CROÁCIA 3 1 0 2 3

AUSTRÁLIA 3 0 0 3 0

TRINIDAD E TOBAGO 3 0 0 3 0

GRUPO B

Classificação País Pontos

1o

2o

3o

4o

GRUPO F

Classificação País Pontos

1o

2o

3o

4o

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138 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 ATIVIDADE 3: LEITURA DO ALUNO

Legendas de fotos trocadas

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Interpretar um texto buscando pistas tanto nas legendas como nas otos.

Ler uma legenda antes de saber ler convencionalmente.

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? Em duplas.

Quais materiais serão necessários? Cópia para todas as duplas de duasotos de jornal bem dierentes e cópia das legendas também separadas.

Duração: cerca de 40 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Organize antecipadamente o grupo em duplas, pensando nas possibilida-des de interação.

Escolha duas otos e duas legendas bem dierentes. Por exemplo, umaoto com algum jogador bem conhecido da seleção brasileira numa situa-

ção de ataque e uma oto de outro time, com camisas de cores distintasdas brasileiras, em uma situação de alta, deesa de goleiro etc.

Mostre as otos, sem as legendas, e peça que digam de que seleções

eles pensam se tratar, que jogadores conhecem e qual situação cada otoestá retratando.

Depois, diga a eles que o jornalista que ez a reportagem já não lembra

mais qual legenda é de cada oto e que eles terão de tentar ler o que es-tá escrito.

Aos alunos que têm mais difculdades, dê pistas do tipo “veja se tem es-

crito na legenda algum nome de país ou de jogador que você conhece eque está na oto”.

Circule pelas mesas ajudando as duplas – questionando, dando pistas e

perguntando o que conseguiram descobrir e como.

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139GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Quando todos tiverem terminado, pergunte a que conclusão chegaram edeixe que expliquem como fzeram para descobrir. Se não tiverem con-

seguido ler integralmente as legendas (apenas o nome do jogador, porexemplo), leia para eles.

O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?Esta é uma boa atividade para os alunos que ainda não lêem convencionalmente.Para os que lêem, você pode escolher uma notícia curta, sobre um jogo, e pedir queescolham qual é – entre três ou quatro possibilidades – o título mais adequadoa ela.

Utilize também a atividade 15 da página 30 da Coletânea de Atividades.

 ATIVIDADE 4: ESCRITA DO ALUNO

Legendas de fotos

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Escrever uma legenda preocupando-se em manter as características des-se gênero.

Escrever utilizando os conhecimentos disponíveis sobre o sistema de es-crita e as ontes de inormação existentes na classe.

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? Em duplas.

Quais materiais serão necessários? Uma olha com uma oto de jornal,

espaço para escrever a legenda (cópia para todas as duplas) e a notícia

que acompanha essa oto.

Duração: cerca de 40 minutos.

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ENCAMINHAMENTO

As duplas devem ser pensadas de modo que um aluno mais avançado emrelação às hipóteses de escrita fque com outro com hipóteses iniciais.

Explique a proposta contando a eles que lerá uma notícia, depois mos-trará uma oto relacionada a essa notícia e então eles deverão criar, emduplas, a legenda para a oto.

Leia para eles a notícia. Comente-a e deixe que a comentem.

Distribua então as olhas com a oto e o espaço para a legenda, uma por

dupla. Inorme-os, se or o caso, dos nomes dos jogadores que aparecemna oto, ou a qual seleção pertencem.

Pergunte quem gostaria de dizer o que acha que poderia escrever na le-

genda. Deixe que algumas crianças dêem exemplos. ATENÇÃO: é impor-tante que, para que tenham sucesso nesta atividade, já tenham lido e

discutido muito com você a respeito desse gênero textual.Combine com eles que cada dupla deverá entrar em acordo a respeito doque vai ser escrito na legenda da oto. O aluno que tem hipóteses iniciais

deve ditar e o outro ser o escriba.

Circule pelas duplas ajudando de acordo com a necessidade: às vezesperguntando, outras oerecendo inormação, confrmando ou conrontan-do duas inormações. Ajude os alunos a utilizar as ontes de inormação

existentes na classe.

Peça que cada dupla leia para o grupo a legenda que ez e depois as co-loquem no mural da sala.

Não é o momento de azer correções ortográfcas. Afnal, embora seja umtexto curto, é um texto de autoria, e a maior preocupação deve ser coma produção da linguagem adequada a esse gênero.

O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?Esta atividade pode ser feita várias vezes, pois os alunos costumam gostarmuito dela. Você pode depois organizar uma coletânea com todas as fotos e suaslegendas. O cuidado com as duplas, para garantir que todos tenham sucessona produção do texto, é fundamental.

A escrita de títulos para notícias de jornal também pode ser uma ótimaatividade de produção de texto, a qual deve seguir orientações semelhantes

às da escrita de legendas.Tanto as legendas quanto os títulos são textos curtos, porém exigem dosalunos entendimento da notícia lida e poder de síntese para escrevê-los.

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 ATIVIDADE 5: LEITURA DO ALUNO

Ficha técnica dos países

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Buscar e selecionar inormações.

Ler antes de saber ler convencionalmente, apoiando-se em pistas do texto.

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? Em duplas.

Quais materiais serão necessários? Fichas técnicas dos países.

Duração: cerca de 50 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Prepare as fchas de acordo com o modelo da página 142 (da Copa de 2006)ou aça-as com outras inormações que considere relevantes. Os dados para

preencher as fchas você pode encontrar em sites da internet, nos jornais e re-vistas sobre o evento esportivo ou em enciclopédias virtuais ou impressas.

Escolha previamente as duplas de modo que possa haver uma boa inte-

ração – um aluno que tenha hipóteses avançadas com outro que tenhaidéias muito iniciais pode não ser um bom critério. Nesse caso, alunos

com hipóteses mais próximas podem ser bons parceiros.

Dê para cada dupla uma fcha dierente para ser lida.

No primeiro momento, deixe que tentem descobrir que tipo de inorma-ções aquelas fchas contêm.

Depois solicite que encontrem, cada dupla na sua fcha, as inormaçõespedidas por você.

Comece pelo nome do país, pois certamente é a inormação que encon-

trarão com mais acilidade.

Depois, peça-lhes dierentes dados sem seguir a ordem da fcha.

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142 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Fomente o debate. Por exemplo, se você pedir a população (explique quese reere ao número de pessoas que lá vivem), é muito provável que f-

quem em dúvida entre os itens “área” e “população”, já que ambos têmuma resposta numérica – peça-lhes que justifquem suas escolhas.

Explore cada item, solicitando sempre que alguns alunos explicitem as

estratégias que utilizaram para descobrir.

Você pode comparar inormações e tentar descobrir, por exemplo, qual o

país mais populoso ou quais os idiomas mais alados.

Coloque as fchas no mural da classe para que possam sempre consultá-las.

O Q UO QUE MAISE MAIS FAZER?FAZER?Você pode fazer, nesta rodada inicial, as fichas técnicas de 20 países. As demaisvocê pode, por exemplo, preencher coletivamente, a partir de um texto que

contenha essas informações, colocado em um retroprojetor.Para os alunos que estiverem lendo com fluência, é possível fazer o que foi propostoacima: dar um texto e pedir-lhes que preencham a ficha com as informações.

Outras atividades para os alunos que ainda não lêem, e que podem ser feitasa partir dos dados dessas fichas, são: ligar o nome do país à sua bandeira ou àsua capital ou desenhar a bandeira e escrever o nome do país.

FICHA TÉCNICA 

PAÍS: TOGO

CAPITAL: LOMÉ

POPULAÇÃO: 5.018.502 HABITANTES

 ÁREA: 56.785 KM2

CONTINENTE: ÁFRICA

LÍNGUA: FRANCÊS

 MOEDA: FRANCO CFA

 JOGADOR DESTAQUE: SHEYI EMMANUEL ADEBAYOR

CURIOSIDADES: É A PRIMEIRA VEZ QUE TOGO SE

CLASSIFICA PARA UMA COPA DO MUNDO

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Roda de conversa, curiosidades e outros assuntos

 Atividade permanente: comunicação oral

Conversar. Eis algo de que os alunos gostam. Entretanto, na sala de aula,a conversa deixa de ser um passatempo e passa a ser um conteúdo de ensino

e de aprendizagem. Mas o que podem aprender os alunos numa conversa nasala de aula?

Manter-se dentro do assunto, azendo colocações pertinentes.

Ouvir os outros – aprendendo algo que ainda não sabem.

Ouvir os outros – prestando atenção para azer colocações que se rela-cionem com o que estão ouvindo.

Elaborar perguntas sobre o tema em questão.

Fazer relações entre o que sabem e as dierentes inormações que estão

ouvindo ou vendo.

Para que tais aprendizagens possam de ato ocorrer, é preciso que essas ro-

das de conversa sejam bem planejadas. Seguem, portanto, algumas orientações:

Quando fzer seu planejamento semanal, escolha um tema por dia. Porexemplo: 2a eira, jornal – leve alguma notícia sobre o fm de semana;

3a eira, discuta algo relativo a algum tema que esteja desenvolvendo em clas-se; na 4a leve uma notícia sobre esportes; na 5a discuta outro tema desenvol-

vido em sala de aula; e na 6a selecione uma notícia do jornal, ou um pequeno

texto de alguma revista como Galileu ou Superinteressante, por exemplo.

Pense e planeje como o tema que você escolheu pode ser discutido:

j Como você irá apresentá-lo?

j De que tipo de inormações os alunos já devem dispor sobre o assunto?

j Que tipo de dúvidas eles terão?

j Que perguntas ou problemas você pode colocar para que eles penseme discutam sobre o assunto?

Se or necessário, leve materiais de apoio – cópias das notícias, papel e lápis.

A atenção não precisa estar concentrada em você o tempo todo. Deixe-os, porexemplo, discutir em pequenos grupos, com os colegas sentados ao lado, paradepois emitirem suas opiniões ou azerem perguntas sobre o tema da conversa.

Para saber maissobre atividadepermanente,seqüência deatividade e projetodidático, leia nolivro de DeliaLerner – Ler eescrever na escola:o real, o possível eo necessário (PortoAlegre: Artmed,2002) – o capítulo4, que trata doconteúdo “gestãodo tempo”.

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Use lápis e papel ou a lousa. Anote os nomes de quem quer alar, escre-va as dúvidas para depois pesquisar em outras ontes, aça sínteses das

discussões e coloque-as num caderno ou mural.

Afnal, conversa é coisa séria!

Era uma vez um conto de fadas...

Seqüência didática – Produção oral com destino escrito

Esta seqüência didática tem por objetivo amiliarizar os alunos com a pro-dução de contos de adas. Assim, no próximo semestre eles poderão escrever

autonomamente esses textos ou parte deles. Para que isso osse possível, háuma atividade muito importante que você vem azendo desde o começo do ano:

a leitura de contos tradicionais. O contato reqüente com esse gênero – que oilido diariamente por você – e as conversas sobre essas leituras servirão de ma-

téria-prima para que eles, mesmo sem escreverem convencionalmente, possamser autores de versões* desses contos. Isso será possível com propostas de

atividade nas quais os alunos elaboram textos oralmente e os ditam para quevocê aça o registro escrito na lousa ou em um cartaz.

Ao ditarem, os alunos precisarão sentir-se autores da história, mesmo nãoestando alabetizados. Portanto, é preciso que você tenha clareza do seu papel deescriba. É importante destacar aqui que mesmo os alunos que já lêem e escrevem

convencionalmente podem aprender muito com essa atividade, pois tal estratégiapossibilita importantes discussões sobre a linguagem que se usa para escrever,

e, em unção disso, podem ampliar sua atuação como escritores autônomos.

Como escriba, você poderá utilizar, na rente dos alunos, estratégias de

planejamento e revisão da produção coletiva. Isso signifca colocar em ação osconteúdos relacionados ao que consiste escrever para escritores mais experien-

tes, realizando atividades de revisão de textos na presença e com a participa-ção dos alunos, priorizando a análise e a reexão sobre a língua e não apenas

a correção do texto.

Essas ações com o texto permitem que os alunos:

j compreendam para que se planeja um escrito;

j pensem em dierentes opções para o início de um texto;

* Versão entendida neste contexto como reescrita da trama original, sem alteração no conteúdo principal.

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145GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

j busquem distintas possibilidades de expressar cada idéia, debatendo

sobre a qualidade, a beleza, a precisão de cada uma das ormas paraescolher aquela que melhor concretiza o que querem dizer;

j atenham-se às dierenças entre o oral e o escrito, entre o coloquial e oormal, entre o que cabe apenas na ala e o que só az parte do universo

da escrita;

j leiam e releiam (ou ouçam e ouçam novamente) o que já oi escrito para

assegurar a coerência com o que está por escrever ou para revisá-lo daperspectiva dos leitores.

Tudo isso é imprescindível para que construam conhecimentos importantessobre os comportamentos de escritor.

A escolha dos textos que serão e oram apresentados como modelos deveser, como oi enatizado na primeira parte deste Guia, muito cuidadosa. Os con-

tos selecionados para esta seqüência deverão primar pela qualidade literária,pois, como sabemos, existem versões muito empobrecidas dos contos, no quediz respeito tanto à trama narrativa quanto ao cuidado com a linguagem. Por is-

so, quando encontrar um conto com muitas ilustrações e textos de apenas umalinha para cada página, descarte-o. Para esta situação, certamente esse é um

conto pouco adequado.

A produção fcará a cargo do grupo, mas isso não signifca que você não pode-rá intererir – muito pelo contrário. Seu papel será de problematizar as elaboraçõeseitas, conrontar as soluções dadas para um mesmo trecho e explicitar os compor-

tamentos escritores: ler, reler e revisar, eliminar, trocar ou colocar novas palavras

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146 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

ou trechos, reler para ver como continua, para verifcar se o texto está compreensí-vel a um leitor ausente, se não tem repetições que o tornam cansativo. Como vê,

você terá muito trabalho a azer.

Mas lembre-se: você é o(a) escriba. Não será preciso que os alunos copiem

o texto produzido coletivamente. O objetivo maior desta seqüência é a realizaçãode uma atividade de elaboração de texto com o oco na qualidade da linguagemque se escreve.

Seqüência:

Escolha boas versões dos contos: Branca de Neve, Chapeuzinho Verme-

lho, Cinderela e João e Maria.

Leia trechos que descrevem os personagens ou cenários (“tinha os lábiosvermelhos como sangue, os cabelos pretos como o ébano e era branca

como a neve”, por exemplo) para que os alunos descubram de que histó-ria oram retirados.

Promova uma discussão a respeito da linguagem utilizada e do papel dasdescrições nas histórias:

j Como o uso das palavras e expressões pode servir para causar os eei-

tos desejados (por exemplo, pergunte como sabemos que a Chapeuzi-nho está amedrontada com a “avó”)?

j Como a descrição de ambientes pode criar suspense, dierentes climasnuma história?

j Como a descrição de um personagem – seu jeito, sua personalidade

– nos provoca, nos az imaginá-lo?

j A caracterização de um personagem nos ajuda a saber qual é a históriacontada?

Escolha, com os alunos, um conto entre aqueles mais conhecidos, para

ser produzido oralmente. Leia-o em dierentes versões.

Se houver possibilidade, deixe-os ouvir um conto em CD.

Promova o reconto oral desse conto com a colaboração de todos os alunos.

Planeje coletivamente o processo de produção oral do conto a ser escrito

por você.

Escreva a produção oral dos alunos.

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 ATIVIDADE 6: LEITURA DO PROFESSOR

Leitura de contos tradicionais

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Conhecer algumas características desse gênero.

Apropriar-se dos recursos discursivos da linguagem que se escreve.

Comportamento de leitor: como escolher um bom texto, como desenvol-

ver preerências por autores, temas ou estilos etc., como comentar.

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? A atividade é coletiva e os alunos podem fcar

em suas carteiras.

Quais materiais serão necessários? Livro com o conto escolhido.

Duração: cerca de 40 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Selecione uma boa versão com boas metáoras e linguagem literária.

Prepare-se para a leitura em voz alta planejando pausas e intervenções.

Apresente o conto que vai ser lido: autor, ilustrador, livro, título.

Peça aos alunos que relembrem o que sabem sobre a trama deste conto.

Mostre a ilustração de um dos personagens (uma princesa, por exemplo)

e peça que contem como ele é.

Leia a história como oi planejado – destaque as descrições de lugares,

ambientes e os recursos literários usados pelo autor.

Converse sobre os personagens e os ambientes, pedindo que os alunos

alem sobre suas impressões.

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O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?A continuidade desta atividade é, a partir da escolha do conto de fadas queserá produzido oralmente, listar com eles os cenários e personagens que fazem

parte do conto escolhido e pedir que, em pequenos grupos, façam, oralmente,descrições destes. Você deve anotar as descrições para retomá-las quandofor produzir o texto.

Criar ilustrações para os personagens, neste contexto, faz todo o sentido.Colecione desenhos dos alunos, exponha e compare as diversas soluçõesencontradas por eles para bruxas, fadas etc.

Embora esta seqüência didática esteja voltada para a linguagem que seescreve, é possível elaborar várias atividades de análise e reflexão sobre osistema, voltadas, particularmente, para os alunos que ainda não escrevemconvencionalmente. Você pode propor que:

j

 escrevam listas de seus personagens favoritos;j com os títulos de várias histórias conhecidas escritos em tiras de cartolina,

descubram, em duplas ou trios, qual título está escrito em cada tira.

j associem, em duas listas, o vilão e o protagonista de uma mesma história.

j a partir de uma descrição (lida por você), procurem, numa lista com váriospersonagens, aquele que você acabou de descrever.

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 ATIVIDADE 7: COMUNICAÇÃO ORAL

Ouvir uma história gravada em CD

OBJETIVO - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Conhecer algumas características do gênero conto de adas, dierencian-do a orma oral da escrita.

PLANEJAMENTO

Quando realizar? Duas vezes ao mês a partir de junho, quando as condi-ções para esta proposta já oram garantidas pela amiliaridade com este

texto.

Como organizar o grupo? A atividade é coletiva e os alunos podem fcar

em suas carteiras.

Quais materiais serão necessários? Aparelho de som pequeno e CD de

histórias.

Duração: cerca de 50 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Escolha e ouça antecipadamente uma boa história num CD de históriascontadas.

Apresente o CD e diga para os alunos por que escolheu aquela história.

Peça que prestem atenção à linguagem e aos recursos usados pelo con-

tador ao narrar a história, para depois comentarem – como ele lê comdierentes entonações, altera a voz, az pausas ou acelera em determi-

nadas passagens.

Coloque a história para ser ouvida. Garanta que todos consigam escutar bem.

Convide-os a comentar a história ouvida.

Comente o que chamou a atenção na orma como o contador conduziua história: retome os aspectos que havia combinado previamente que

observassem.

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Discuta a respeito da linguagem utilizada e do papel das descrições nashistórias ouvidas:

j Como o uso das palavras e expressões pode servir para causar os eei-tos desejados?

j Como a descrição de ambientes pode criar suspense, dierentes climasnuma história?

j Como a descrição de um personagem – seu jeito, sua personalidade– nos provoca, nos az imaginá-lo?

Destaque a dierença entre os recursos utilizados para contar uma história,que são dierentes daqueles que estão no texto escrito – a sonoplastia

e a entonação, por exemplo.

Reconte a história ouvida com a colaboração de todos.

Peça que comparem a história ouvida com a mesma história em sua ver-

são escrita.

 ATIVIDADE 8: PRODUÇÃO ORALCOM DESTINO ESCRITO

Produção oral da história escolhida

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Perceber a dierença entre a linguagem oral e a linguagem escrita.

Comportamentos de escritor: planejar o que irá escrever, rever enquantoescreve, escolher uma entre várias possibilidades, rever após escrever etc.

PLANEJAMENTO

Quando realizar? Deve ser realizada em três ou quatro etapas, para quenão canse demais os alunos.

Como organizar o grupo? Voltados para o quadro-negro.

Duração: cerca de 40 minutos.

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ENCAMINHAMENTO

A história já deve ser bem conhecida do grupo.

Comunique a eles que o trabalho que se iniciará neste momento vai pros-seguir por alguns dias, pois um bom texto leva tempo para ser escrito.

Avise que você será o(a) escriba, mas que eles é que irão contar a histó-ria. Diga também que, depois que a história estiver pronta, você vai dar

cópias para que todos as levem para casa e mostrem para seus amiliares.

Pergunte, então, como acham que a história deve começar. Discuta com

o grupo as várias possibilidades e escreva a que fcar melhor (em letrabastão). Coloque questões que os açam reetir sobre a linguagem escri-

ta. Você pode azer perguntas como:

j Esta é a melhor orma de escrevermos isso?

j Será que o leitor vai entender o que queremos dizer?j Falta alguma inormação neste trecho?

j Como podemos azer para esta parte fcar mais emocionante (bonita,

com suspense etc.)?

Na hora em que perceber que estão cansados, interrompa, copie o trechoque tiver sido escrito em papel kraft da lousa e avise que continuarão

posteriormente.

No dia em que continuar, coloque o papel com o trecho escrito na lousa,

leia o que oi eito e dê prosseguimento à produção procedendo da mes-ma orma.

Quando o texto estiver pronto, o ideal é que todos tenham cópias mimeo-graadas para levar para casa.

O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?Este procedimento de produzir textos oralmente pode ser amplamenteutilizado, principalmente neste momento em que os alunos ainda têm muitadificuldade em grafar um texto, mas são perfeitamente capazes de compreendere produzir a linguagem escrita. Você pode propor a escrita de alguns trechos oude outros tipos de texto, como os informativos, por exemplo.

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152 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

“Hoje é domingo, pé de cachimbo” ou“Hoje é domingo, pede cachimbo?”

Parlendas e trava-línguas –

o que podem estas brincadeiras?

Seqüência didática: texto memorizado

Parlenda [De parlanda, com dissimilação] S.. 1. Palavreado, palavrório, bacharelada. 2. Discussãoimportuna: desavença, rixa, 3. Rimas infantis, com verso de cinco ou seis sílabas, para divertir,ajudar a memorizar, ou escolher quem fará tal ou qual brinquedo. Ex.: “Amanhã é domingo/Péde cachimbo”, “Um dois,/eijão com arroz’’.[Var.: parlenga e (pop.) perlenda, perlenga].*

Segundo o Dicionário Aurélio, parlendas são rimas inantis que azem parte

das brincadeiras de crianças no quintal e na rua. Mas o que esse repertório pos-sui de tão especial para ter invadido as escolas já há alguns anos? Como azem

parte do mundo dos jogos, são rimados, divertem e são áceis de memorizar,esses textos, junto com os trava-línguas, tornaram-se objeto de brincadeira e detrabalho de muitos proessores, além de contribuir para manter vivo um reper-

tório que az parte da cultura popular da inância, pois em todos os cantos doBrasil as crianças, em dierentes épocas, usam as parlendas e os trava-línguas

em suas brincadeiras. Muitos proessores então, sabiamente, passaram a usá-los na escola para propostas interessantes, envolventes e divertidas de leitura,

escrita e comunicação oral.

Existe também uma justifcativa didática bastante pertinente para seu uso

nas propostas de alabetização: são textos que permitem que os alunos leiamantes de saber ler. A partir desse repertório – que deverá ser construído ou ape-

nas resgatado –, os alunos que ainda não compreenderam a relação entre a alae a escrita terão nesses textos inúmeras possibilidades de tentar ajustar o oral

ao escrito e assim avançar em suas hipóteses sobre o uncionamento do nossosistema de escrita. (Na página 62, você encontra outras justifcativas sobre a im-portância dos textos que se sabe de memória na alabetização.)

Para poderem avançar em relação aos conhecimentos sobre o sistema eem relação aos comportamentos de leitor, os alunos devem ser convidados a ler

– mesmo que ainda não o açam do ponto de vista convencional – em contextosque avoreçam ao máximo sua atuação como leitores. Para isso, certas condi-

ções precisam estar garantidas: o texto que a criança interpretará deverá conterdicas que permitam, além de atribuir signifcado ao escrito, azer antecipações

e utilizar conhecimentos além da deciração.

* Fonte: Novo Dicionário da Língua Portuguesa – Aurélio. São Paulo: Nova Fronteira, 1985. p. 1.038.

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153GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

Esses textos também possibilitam um importante trabalho com a oralidade,

 já que nasceram para ser alados. Assim, é interessante criar situações em que

os alunos leiam, recitem ou declamem em público, aprendendo então qual a me-lhor entonação e o ritmo que devem ser dados ao texto que será apresentado.

Além de tudo isso, o repertório de textos memorizados pode enriquecer – e

muito – o universo cultural dos alunos.

 Algumas dicas

Quanto mais precisos orem a proposta e o contexto de leitura, maiores

as chances de azer os ajustes necessários entre o que é recitado e oque se encontra por escrito e de localizar a inormação pedida.

Quanto mais o conteúdo do texto or previsível e conhecido, mais os alu-nos poderão utilizar os indicadores qualitativos e quantitativos que os

textos oerecem.

A presença de ilustrações e imagens permite ao aluno azer relações com

o conteúdo tratado nas parlendas e nos trava-línguas.

No planejamento das atividades que você vai encontrar a seguir, vamos usaras parlendas com intencionalidade didática. São propostas de leitura, escrita e

comunicação oral em que os alunos são convidados a ler, escrever e declamarparlendas conhecidas, inéditas, e ainda dierentes versões de uma mesma par-

lenda. Vale lembrar que no 1o bimestre este universo inantil da cultura popular

 já esteve presente por meio das cantigas de roda. Organizar e planejar novasatividades com as parlendas e os trava-línguas, partindo dos mesmos pressu-postos, será bastante produtivo para o seu trabalho.

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 ATIVIDADE 9: LEITURA DO ALUNO

Parlendas conhecidas – ditado cantado

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Ler antes de saber ler convencionalmente, tentando estabelecer relaçõesentre o oral e o escrito.

Colocar em prática estratégias de leitura: azer uso do conhecimento quetem acerca do texto, do valor sonoro das letras, dos aspectos gráfcos,

entre outros.

PLANEJAMENTO

Quando realizar? Duas vezes na semana.

Como organizar o grupo? Em duplas ou individualmente.

Quais materiais serão necessários? As parlendas do Livro de Textos do

Aluno.

Duração: cerca de 40 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Explore oralmente o repertório de parlendas do grupo.

Liste em um cartaz as parlendas conhecidas.

Escolha, dentre o repertório de parlendas que os alunos conhecem dememória, as que serão utilizadas para a atividade do ditado cantado.

Entregue para cada dupla, ou para cada aluno, uma olha com a parlendaselecionada ou peça que encontrem no Livro de Textos do Aluno.

Peça-lhes que acompanhem uma primeira leitura integral da parlenda rea-lizada por você.

Solicite-lhes que acompanhem a leitura com o dedo, ajustando o que lêemao que está escrito.

Peça-lhes que, durante uma nova leitura eita por você, parem em deter-

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minadas palavras propositadamente: por exemplo, ao ler o primeiro versoda parlenda Cadê o toucinho que estava aqui? , acompanhar com o dedo

e parar na palavra toucinho.

Discuta com os alunos:

1. Encontraram a palavra toucinho?

2. Como descobriram?

3. Se encontraram, pergunte com que letra começa e com que letratermina.

4. Se não encontraram, proponha novas alternativas, como por exemplo:

retomar a leitura desde o início, utilizando o conhecimento que têm dememória, e acompanhar com o dedo; retomar a leitura a partir de umapalavra conhecida; dizer que se trata de uma palavra que está na pri-

meira estroe ou verso; questioná-los quanto ao tamanho da palavra– se é uma palavra pequena ou grande etc.

5. Continue a leitura propondo outras paradas e outras reexões sobre osistema.

Intervenções na formação das duplas

Em relação à ormação das duplas, é undamental que você conheça as hi-póteses de escrita de seus alunos para que possam produzir e juntos avançar.

Aqui, o uso da sondagem é determinante para o sucesso da atividade:

Os alunos com escrita silábica, por exemplo, podem azer parceria comalunos também com escrita silábica.

Outra possibilidade é agrupar os alunos que já azem uso do conhecimen-to sobre o valor sonoro das letras para ormarem parcerias com alunos

com hipótese de escrita pré-silábica.

Os alunos com hipóteses pré-silábicas não devem ser agrupados entre si,

pois para eles é importante a interação com alunos que escrevam azen-do corresponder partes do escrito com partes do alado, ou seja, aqueles

com hipóteses silábicas.

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O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?Para os alunos com hipóteses alfabéticas, você poderá propor variações naatividade.

Organizados em duplas e fazendo uso do mesmo texto, você pode propor quepensem sobre as questões ortográficas. Uma possibilidade é pedir que montema parlenda “Cadê o toucinho que estava aqui?” usando letras móveis – você asseleciona e entrega somente as letras que compõem a parlenda, tendo os alunosde se concentrar na escrita exata das palavras.

Organizar uma lição de casa em que os alunos tenham de pesquisar outrasversões com parentes e vizinhos e escrevê-las para socializar com a turma.

Entregar cartões com diferentes versões de diversas parlendas para seremlidas em duplas.

 ATIVIDADE 10: ESCRITA DO ALUNO

Produção de versões para uma parlenda

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Reetir sobre a escrita e sobre suas hipóteses.

Ampliar sua capacidade de tomar decisões sobre a escrita.

PLANEJAMENTO

Quando realizar? Ao longo do bimestre, toda semana, enquanto houver

alunos com hipóteses pré-silábicas e silábicas na turma.

Como organizar o grupo? Em duplas ou individualmente.

Quais materiais serão necessários? Folha avulsa ou caderno.

Duração: cerca de 40 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Recupere o repertório de parlendas da classe.

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Selecione uma parlenda adequada para azer a proposta.

Entregue uma olha mimeograada com uma parlenda para ser lida pelo

grupo em coro, por alunos individualmente e por você.

Explore a parlenda quanto ao seu tema, suas rimas, orma e sentido.

Proponha que criem oralmente outra parlenda inspirada na parlenda lida.

Peça que alguns alunos declamem o que inventaram.

Avalie, com os alunos, quais parlendas mantiveram as características da

original quanto ao ritmo, rimas e sentido.

Organize as duplas de trabalho previamente pensadas por você.

Peça que escrevam a nova versão para a parlenda.

Circule pelas duplas para ajudar, problematizar, perguntar, inormar, de

orma que suas intervenções considerem as necessidades de avanço decada dupla e contribuam para que pensem sobre as escolhas e decisões

que tomaram, mesmo quando acertadas, e, assim, avancem em relaçãoà construção do sistema de escrita.

Compartilhe as parlendas produzidas.

Intervenções quanto ao acompanhamento das duplas

Algumas dicas importantes para você:

j Verifque se todos compreenderam o que oi proposto.

j Organize as duplas de acordo com seus instrumentos de sondagem.j Circule pela sala durante a realização da atividade para verifcar quais

questões os alunos estão se colocando.

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158 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

j E quando os alunos com escrita alabética tiverem dúvidas em relação àortografa, você pode indicar o uso do dicionário, a consulta a uma lista de

palavras que não podem mais errar, organizada por eles mesmos com asua ajuda, ou a observação de como estão escritas em determinado texto.

Como nem sempre é possível acompanhar de perto todas as duplas ougrupos com intervenções mais intencionais, é undamental que você organize

um registro em que anote quais alunos pôde acompanhar no dia, mantendo umcontrole que lhe permita progressivamente contemplar todos.

O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?Para atender os alunos não-alfabéticos, você pode propor algumas variações quepermitam que a atividade seja difícil, mas possível, de modo que eles avancemporque têm decisões a tomar. Uma possibilidade é entregar alguns títulos deparlendas que são do repertório das crianças e pedir que localizem a parlenda

X. O importante é perceber que é preciso criar as condições para que todospossam realizar a atividade. A dupla de trabalho e as suas intervenções sãomuito importantes para garantir a ajuda necessária para a realização da tarefae provocar reflexões sobre a escrita alfabética.

j Faça um varal com as diferentes versões escritas pelos alunos.

j Produza um livreto com o texto original e as versões para serem lidas emcasa.

j Promova uma apresentação das versões mais divertidas escolhidas pelogrupo.

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LEIA AS PARLENDAS E DEPOIS ESCREVA UMA PARECIDA 

NOME: __________________________________________________________________________

DATA: _____ /_______________ TURMA: ___________________________________________

FUI NO CEMI TÉRIOTÉRIOTÉRIOTÉRIO

ERA MEIA- NOITENOITE

NOITENOITE

VI UM ESQUE LETOLETOLETOLETO

ERA VAGA BUNDOBUNDOBUNDOBUNDO

FUI NO CI NEMANEMANEMANEMA

VI UM FILME CHATOCHATOCHATOCHATO

ERA DE CACH ORROORROORROORRO

TINHA CARRA PATOPATOPATOPATO

 AGORA É A VEZ DE VOCÊS.DIVIRTAM-SE!

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160 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 ATIVIDADE 11: LEITURA DO ALUNO

Quebra-cabeça de parlenda

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Reetir sobre o sistema de escrita.

Ler um texto considerando o que sabe sobre o conteúdo, as letras, os

sons e os aspectos gráfcos do texto.

PLANEJAMENTO

Quando realizar? Ao longo do bimestre, uma vez na semana.

Como organizar o grupo? Em duplas.

Quais materiais serão necessários? Parlendas da Coletânea de Ativida-

des e envelopes.

Duração: cerca de 50 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Prepare o material para cada dupla: uma parlenda recortada (em versos,palavras ou letras) colocada num envelope.

Planeje as duplas previamente para antecipar os desafos a serempropostos.

Faça a proposta para as duplas, inormando que se trata de uma parlendaconhecida. Recupere oralmente a parlenda cujas letras, versos ou pala-vras encontrarão no envelope.

Explique que cada dupla receberá um envelope com a parlenda escolhidae deverá montá-la.

Discuta com os alunos o que vai acontecer, procurando que antecipem:não pode sobrar nem altar partes, o texto montado tem de azer sentido.

Distribua os envelopes.

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Circule pelas duplas para ajudar, problematizar, perguntar, inormar, deorma que suas intervenções considerem as necessidades de avanço de

cada dupla e contribuam para que pensem sobre as escolhas e decisõesque tomaram, mesmo quando acertadas, e, assim, avancem em relação

à construção do sistema de escrita.

Solicite que algumas duplas leiam a parlenda que montaram. Você tam-bém pode pedir que as duplas mudem de lugar e leiam parlendas mon-

tadas por outra dupla.

O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?Para garantir o desafio para alfabéticos e não-alfabéticos, você poderá variar aatividade quanto ao recorte das parlendas. Elas podem estar recortadas emversos, palavras ou ainda letras.

Outra possibilidade para os mais avançados é dar um envelope com duas

parlendas recortadas, em vez de apenas uma. A idéia é manter o desafio paratodos. Lembre-se de que a proposta deve ser difícil, porém possível.

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162 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

O DOCE PERGUNTOU PRO DOCE

QUAL É O DOCE MAIS DOCE

QUE O DOCE DE BATATA-DOCE.

O DOCE RESPONDEU PRO DOCE

QUE O DOCE MAIS DOCE

QUE O DOCE DE BATATA-DOCE

É O DOCE DE DOCE DE BATATA-DOCE.

O TEMPO PERGUNTOU PRO TEMPO

QUANTO TEMPO O TEMPO TEM.

O TEMPO RESPONDEU PRO TEMPO

QUE NÃO TEM TEMPO

DE VER QUANTO TEMPO O TEMPO TEM.

UM, DOIS, FEIJÃO COM ARROZ

TRÊS, QUATRO, PIRÃO NO PRATO

CINCO, SEIS, GALO INGLÊS

SETE, OITO, CAFÉ COM BISCOITO

NOVE, DEZ, BURRO TU ÉS!

FUI ANDANDO PELO CAMINHO.

ÉRAMOS TRÊS,

COMIGO QUATRO.

SUBIMOS OS TRÊS NO MORRO,

COMIGO QUATRO.

ENCONTRAMOS TRÊS BURROS,

COMIGO QUATRO.

MEIO-DIA,

PANELA NO FOGO,

BARRIGA VAZIA.

MACACO TORRADO,

QUE VEM DA BAHIA,

FAZENDO CARETA,

PRA DONA SOFIA.

O TEMPO PERGUNTOU PRO TEMPO

QUANTO TEMPO O TEMPO TEM.

O TEMPO RESPONDEU PRO TEMPO

QUE O TEMPO TEM TANTO TEMPO

QUANTO TEMPO O TEMPO TEM.

UM, DOIS, FEIJÃO COM ARROZ

TRÊS, QUATRO, FEIJÃO NO PRATOCINCO, SEIS, ARROZ INGLÊS

SETE, OITO, COMER BISCOITO

NOVE, DEZ, COMER PASTÉIS!

O DOCE PERGUNTOU PRO DOCE

QUAL É O DOCE MAIS DOCE.O DOCE RESPONDEU PRO DOCE

QUE É O DOCE DE BATATA-DOCE.

 MAIS PARLENDAS PARA LER E COMPARAR 

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163GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

PARLENDAS PARA NOVAS VERSÕES(PARA CRIAR OU COMPLETAR)

CHUVA E SOL,

CASAMENTO DE ESPANHOL.

SOL E CHUVA,

CASAMENTO DE VIÚVA.

CADÊ O TOUCINHO QUE ESTAVA

AQUI?

O GATO COMEU.

CADÊ O GATO?

FOI PRO MATO.

CADÊ O MATO?

O FOGO QUEIMOU.

CADÊ O FOGO?

A ÁGUA APAGOU.

CADÊ A ÁGUA?

O BOI BEBEU.

CADÊ O BOI?

FOI AMASSAR TRIGO.

CADÊ O TRIGO?A GALINHA ESPALHOU.

CADÊ A GALINHA?

FOI BOTAR OVO.

CADÊ O OVO?

O PADRE BEBEU

CADÊ O PADRE?

FOI REZAR A MISSA.

CADÊ A MISSA?

ACABOU!TÁ COM FRIO?

TOMA BANHO NO RIO.

TÁ COM CALOR?

TOMA BANHO DE REGADOR!

LÁ EM CIMA DO PIANOTEM UM COPO DE VENENO.

QUEM BEBEU

MORREU.

AINDA BEM QUE NÃO FUI EU!

VACA AMARELA

SUJOU A PANELA.

QUEM FALAR PRIMEIRO

COME TUDO DELA!

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164 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

O MACACO FOI À FEIRA,

NÃO SABIA O QUE COMPRAR.

COMPROU UMA CADEIRA

PRA OLÍVIA SE SENTAR.

A OLÍVIA SE SENTOU,

A CADEIRA SE QUEBROU.

COITADA DA OLÍVIA!

FOI PARAR NO CORREDOR.

ERA UMA BRUXA

À MEIA-NOITE,

EM UM CASTELO MAL-ASSOMBRADO,

COM UMA FACA NA MÃO...

PASSANDO MANTEIGA NO PÃO!

BÃO, BABALÃO,

SENHOR CAPITÃO,

ESPADA NA CINTA,

GINETE NA MÃO.

EM TERRA DE MOURO

MORREU SEU IRMÃO,

COZIDO E ASSADO

NO SEU CALDEIRÃO.

LÁ NA RUA 24,

A MULHER MATOU UM GATO

COM A SOLA DO SAPATO.

O SAPATO ESTREMECEU,

A MULHER MORREU.

O CULPADO NÃO FUI EU,

FOI AQUELE QUE SE MEXEU.

QUEM COCHICHA O RABO ESPICHA,

COME PÃO COM LAGARTIXA.

QUEM ESCUTA O RABO ENCURTA.

QUEM RECLAMA O RABO INFLAMA,

COME PÃO COM TATURANA.

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165GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

UNA, DUNA, TENA, CATENA,

RABO DE PENA.

SANTA CLARA CLAREOU.

SÃO DOMINGO ALUMIOU.

VAI CHUVA, VEM SOL,

VAI CHUVA, VEM SOL,

PRA ENXUGAR O MEU LENÇOL.

CHICOTINHO QUEIMADO

VALE DOIS CRUZADOS.

QUEM OLHAR PRA TRÁS

LEVA CHICOTADA.CABRA CEGA, DE ONDE VEIO?

VIM DO PANDÓ.

QUE TROUXESTE PRA MIM?

PÃO-DE-LÓ.

ME DÊ UM PEDACINHO?

NÃO DÁ PRA MIM,

QUANTO MAIS PRA TUA AVÓ.

UM, DOIS, TRÊS,

QUATRO, CINCO, SEIS,

SETE, OITO, NOVE,

PARA DOZE FALTAM TRÊS.

TUCA PINDUCA, “LADRONA” DE

AÇÚCAR, PULOU NA JANELA, CAIU

NA ARAPUCA. PIPOCA, AMENDOIM

TORRADO, CARREGUEI SEU PAI NO

CARRINHO QUEBRADO.

FUI AO BOTEQUIM

TOMAR CAFÉ.

ENCONTREI UM CACHORRINHO

DE RABINHO EM PÉ.

SAI PRA FORA, CACHORRINHO,

QUE EU TE DOU UM PONTAPÉ!

FUI À FEIRA COMPRAR UVA.

ENCONTREI UMA CORUJA,

PISEI NO RABO DELA.ELA ME CHAMOU DE CARA SUJA.

UMA PULGA NA BALANÇA DEU

UM PULO E FOI À FRANÇA.

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166 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

 ATIVIDADE 12: LEITURA DO ALUNO

Palavras que rimam e complicam

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Ler antes de saber ler convencionalmente, tentando estabelecer relaçõesentre o oral e o escrito.

Ler o texto colocando em uso estratégias de leitura, o que pressupõe:azer uso do conhecimento que tem sobre o texto, sobre o valor sonoro

das letras, sobre os aspectos gráfcos do texto, entre outros.

PLANEJAMENTO

Quando realizar? Ao longo do bimestre, uma vez na semana.

Como organizar o grupo? Em duplas.

Quais materiais serão necessários? Trava-línguas.

Duração: cerca de 50 minutos.

ENCAMINHAMENTO

Escolha dentre o repertório dos trava-línguas que os alunos conhecem de

memória um que gostariam de realizar a leitura e a análise das rimas.

Entregue para cada dupla uma olha com o texto selecionado.

Peça que acompanhem uma primeira leitura integral do trava-língua eitapor você.

A ARANHA ARRANHA A JARRA

A JARRA ARRANHA A ARANHA

Discuta com os alunos o que está em jogo nessas brincadeiras com as

palavras:

j Quais palavras se parecem, rimam?

j Em que parte elas são parecidas?

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j Por que, ao alarem rápido, correm o risco de errar o texto?

j Como você explicaria o ato de ser tão diícil repetir esse texto em voz

alta e rapidamente?

Estimule-os a recitar outros trava-línguas do Livro de Textos do Aluno.Proponha que escrevam versões para esse trava-língua.

O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?Para garantir o desafio para os alunos não-alfabéticos, você poderá variara atividade, propondo reflexões sobre o sistema de escrita. Você pode, porexemplo, pedir que localizem a palavra JARRA, retomando o texto que conhecemde memória, cobri-la com uma felipeta de cartolina e pedir que digam o que jáestá escrito – JARRA. (Mostre a primeira letra e pergunte: “O que já estáescrito aqui? E se eu colocar mais uma letra? O que pode ser lido?”, e assimsucessivamente.) A variação permite aos alunos refletir sobre a relação entrecada uma das partes e o todo.

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168 GUIA DE PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 

TRÊS PRATOS DE TRIGO

PARA TRÊS TIGRES TRISTES.

 MAIS TRAVA-LÍNGUAS(PARA BRINCAR E APRENDER COM AS PALAVRAS...)

ROLA BOLA, BOLA ROLA,

ROLA PEDRA, PEDRA ROLA.

FALA LOGO E NÃO ENROLA

QUE TEU PAI É DE ANGOLA.

PAULO PEREIRA PINTO PEIXOTO,

POBRE PINTOR PORTUGUÊS,

PINTA PERFEITAMENTE

PORTAS, PAREDES E PIAS

POR PARCO PREÇO PATRÃO.

NUM NINHO DE MAFAGAFOS,

CINCO MAFAGAFINHOS HÁ.

QUEM OS DESMAFAGAFIZAR,

BOM DESMAFAGAFIZADOR SERÁ.

ZÉ CAPILÉ,

TIRA BICHO DO PÉ PRA TOMAR COM CAFÉ.

ALEMÃO BATATA,

COME QUEIJO COM BARATA.

A IARA AGARRA E AMARRA

A RARA ARARA DE ARARAQUARA.

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169GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

UM LIMÃO, MIL LIMÕES,

UM MILHÃO DE LIMÕES.

TECELÃO TECE O TECIDO

EM SETE SEDAS DE SIÃO

TEM SIDO A SEDA TECIDA

NA SORTE DO TECELÃO.

SABENDO O QUE SEI E SABENDO O QUE

SABES E O QUE NÃO SABES E O QUE NÃO

SABEMOS, AMBOS SABEREMOS SE SOMOS

SÁBIOS, SABIDOS OU SIMPLESMENTE

SABEREMOS SE SOMOS SABEDORES.

ALÔ, O TATU TAÍ? –

NÃO, O TATU NUM TÁ,

MAS O TIO DO TATU TÁ.

E QUANDO O TIO DO TATU TÁ

E O TATU NÃO TÁ, É O MESMO

QUE O TATU TÁ. TÁ?

NO MORRO CHATO, TEM UMA MOÇA CHATA,

COM UM TACHO CHATO,

NO CHATO DA CABEÇA. MOÇA CHATA,

ESSE TACHO CHATO É SEU?

UMA TRINCA DE TRANCAS

TRANCOU TANCREDO.

ATRÁS DA PIA TEM UM PRATO,

UM PINTO E UM GATO.

PINGA A PIA, APARA O PRATO,

PIA O PINTO E MIA O GATO.

O RATO ROEU A ROUPA

DO REI DE ROMA E A

RATA ROEU A ROLHA DA

GARRAFA DA RAINHA.

QUANDO TOCA A RETRETA

NA PRAÇA REPLETA,

SE CALA O TROMBONE,

SE TOCA A TROMBETA.

LÚCIA LUSTRAVA O

LUSTRE LISTRADO E O

LUSTRE LISTRADO COM

LUZ LUZIA.

NAS JAULAS O JAGUAR GIRANDO, JAVALISSELVAGENS, JARARACAS E JIBÓIAS GIGANTES.

GIRAFAS GIGANTES GINGANDO COM

JEITO DE GENTE.

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Pé-de-moleque, canjica e outrasreceitas juninas: um jeito gostoso deaprender a ler e escrever 

Projeto didático

 Justificativa

Todos os anos, invariavelmente, as escolas se ocupam da esta junina: or-ganizar a quermesse com suas barraquinhas, ensaiar a quadrilha, providenciar

os comes e bebes, cortar e colar bandeirinhas e lanternas. Por que então nãoaproveitar esse momento que invade com orça total o cotidiano da escola e co-

locá-lo a avor da aprendizagem da leitura e da escrita?

Dentre as muitas possibilidades de abordagem desse tema, optamos por

enveredar pelas receitas, pois permitem a aprendizagem de práticas de leiturae escrita relacionadas aos textos instrucionais, sobre os quais ainda não nos

detivemos.

As receitas são um gênero textual muito adequado para incluir na rotina

das turmas que estão na ase inicial do processo de alabetização. É um gênerode circulação social bastante corrente, presente em todas as classes sociais

(mesmo nas cozinhas mais precárias se podem encontrar receitas que estãoimpressas nas embalagens de produtos básicos como o óleo ou o arroz). Suaestrutura – uma pequena fcha (tempo de preparo, rendimento e grau de difcul-

dade, em alguns casos), uma lista e depois um parágrao, geralmente com osverbos nos modos imperativo ou infnitivo – acilita as antecipações e permite

que se coloque em prática uma série de comportamentos de leitor relacionadosa ler para fazer alguma coisa, um dos importantes propósitos sociais de leitura

que nossos alunos precisam aprender.

Produto final

Um livro de receitas de comidas típicas de esta junina para entregar para

alguma instituição próxima à escola, com a qual haja algum tipo de parceria – larde idosos, associações comunitárias ou instituições que atendam portadores

de defciências.

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Objetivos

Escrever receitas – de próprio punho ou oralmente, partes ou todo –, avan-çando em suas hipóteses com relação ao sistema de escrita.

Participar de situações que envolvam comportamentos de escritor relacio-nados à produção de textos e à produção de uma pequena publicação.

Apreciar e valorizar receitas típicas.

O que se espera que os alunos aprendam

Uma diversidade de receitas, para se amiliarizarem com esse gênero tex-

tual e conhecerem os comportamentos de leitor relacionados a ele.

Utilizar inormações disponíveis nos textos relacionadas à diagramação

e a outros recursos das receitas para azer antecipações e verifcá-las.

Seguir uma receita.

Ditar receitas para você ou para o colega, controlando o que deve e o que

não deve ser registrado pelo escriba.

Interagir nas situações de produção de textos coletiva, em duplas ou em

grupos.

Preocupar-se com seus leitores tanto na escolha das receitas para o livro,

como na orma de apresentação, ilustrações etc.

Conhecer um pouco a origem das receitas e suas relações históricas e

culturais com a esta junina.

Etapas previstas

Um projeto como este pode levar todo o mês de junho e culminar na época

da esta junina. A preparação, entretanto, pode começar antes. Pesquiseas origens de dierentes receitas e já tenha, antecipadamente, algumas

inormações.

No início do mês de junho, converse com seus alunos sobre o projeto.

Compartilhar com eles o que será eito, por que e como é undamental

para envolvê-los e comprometê-los desde o início. O tema esta junina e,ainda mais, os deliciosos doces e salgados que encontramos nela certa-mente são um assunto que os alunos vão apreciar. Aproveite para explo-

rá-lo bastante.

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Os alunos devem pensar em como escolher as receitas mais adequadas,considerando o seu público leitor – ou seja, as pessoas da instituição

para quem doarão o livro. Coloque este problema para eles: como azerpara saber quais receitas eles gostariam de ter? As respostas devem

variar – mandar uma carta, perguntar a eles pessoalmente, teleonar. Dequalquer modo, a idéia é de que essa conversa ressalte a necessidadede vocês organizarem algum tipo de pesquisa entre seus leitores.

As perguntas da pesquisa devem ser elaboradas coletivamente e podem serbastante simples: Que comidas de esta junina vocês conhecem? Quais as

de que mais gostam?

Nesse ínterim, mostre alguns livros de receita a eles para que saibam co-

mo são organizados. Se possível, prepare algo simples – como gelatinaou pipoca, seguindo a receita com eles.

Quando eles já tiverem alguma amiliaridade com as receitas, proponha

uma atividade em que tenham de colocar esses conhecimentos em jogopara encontrar determinada receita (veja a atividade 14 na página 176).

Depois que obtiverem as respostas da pesquisa, você pode azer na lou-sa uma lista de todas e sugerir que açam uma organização: por ordem

alabética, separando em doces e salgados ou em rios e quentes, porexemplo. Depois de decidir os critérios, proponha uma atividade em que

eles tenham de reorganizar a lista, copiando.

Agora é hora de coletar as receitas. Muitas são as possibilidades. Pedir-lhes que comecem por suas casas é um jeito interessante de envolver a

amília. Escreva coletivamente um bilhete (veja na sugestão da atividade

9 da página 84) solicitando aos pais (ou outros amiliares) que puderem esouberem que enviem uma receita de doce ou salgado de esta junina.

Quando os alunos trouxerem as receitas, a primeira coisa que podem

azer é tentar localizar na lista (que deverá estar no mural) aquele prato.Caso não aça parte da lista, você pode guardá-la e dizer que essa receita

poderá, uturamente, ser incluída na coletânea.

Na medida do possível, pesquise a origem das receitas e curiosidades li-

gadas a elas e compartilhe-as com eles. Por exemplo, você sabia que “pé-de-moleque” não tem esse nome apenas porque lembra um pé descalço(e sujo)? O nome também remete às situações em que as cozinheiras,

mexendo o tacho, tinham uma platéia de meninos que fcavam assistin-do com aquele olhar “pidão” e elas lhes diziam: “pede, moleque!”. Essas

inormações podem ser colocadas no mural da classe.

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Antes de escolher quais receitas comporão o livro, é possível compará-las,ver quais as dierenças entre duas receitas de um mesmo prato, segui-las

para escolher qual a melhor.

Depois de selecionar as receitas que deverão compor o livro, discuta comos alunos a respeito de como deve ser estruturado:

j Sumário

j Ilustrações

j Apresentação

j Capa

j Contracapa

j Créditos

j Agradecimentos

Combine com eles uma estrutura igual para todas as receitas. Discuta

com eles qual a mais comum e, coletivamente, aça as adaptações dasreceitas que estiverem ora do padrão estipulado.

O ideal é que o número de receitas seja aproximadamente a metade donúmero de alunos, de tal modo que cada dupla de crianças fque respon-

sável por copiar uma das receitas.

Prepare junto com eles um papel especial, no qual deverão copiar as

receitas.

As cópias deverão ser eitas em duplas. Escolha duplas que interajambem e ajude-os a azer o trabalho em equipe: enquanto um escreve, o

outro vai ditando e acompanhando – depois, inverte-se. É interessantetambém que cada um possa azer uma ilustração.

Os demais textos (apresentação, sumário, agradecimentos etc.) podemser eitos coletivamente e com você como escriba.

Quando o livro fcar pronto, é interessante azer algumas cópias: para f-car na classe, para doar para o acervo de outra sala ou da escola e para

entregar para a APM, por exemplo.

O livro pode ser entregue nos estejos juninos ou ter um evento espe-

cialmente organizado para isso. O importante é que haja algum tipo decerimônia, com a presença de algum representante da instituição para a

qual o livro oi eito.

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 Ao planejar atividades que envolvam receitas, éimportante considerar...

As receitas contêm listas e fchas. Use e abuse de situações de análise

e reexão sobre o sistema utilizando esses textos. Sempre que possível,entregue cópias de receitas (de pratos típicos de esta junina) para eles e

peça que tentem adivinhar quais ingredientes são utilizados, o número deporções e o tempo de rendimento. Isso os coloca no papel de leitores antes

de saberem ler, além de ser um procedimento bastante comum de quemsegue receitas, que procura primeiro essas inormações para depois decidir

se irá utilizar a receita ou não.

A internet tem uma infnidade de receitas e muitas curiosidades. Entre-tanto, nem todas as inormações são corretas. Se possível, conronte e

compare inormações retiradas de livros, enciclopédias, revistas e da in-ternet. Assim, você estará ormando um leitor que não apenas percebe

que pode buscar inormações em dierentes meios, mas também quesabe que precisa estar atento, analisar e comparar.

Receitas culinárias são textos eitos para transormar ingredientes em

quitutes – é um tipo de texto que se lê com propósitos bem práticos eobjetivos. Muitas receitas de esta junina são relativamente simples.

Converse com seu coordenador pedagógico, com seu diretor e com aspessoas responsáveis pela cozinha para tentar viabilizar momentos de

culinária com a sua turma.

Você pode aproveitar para ler para eles textos inormativos sobre os pratos

e colocar no mural. Pode também produzir, coletivamente, alguns textos

do tipo “Você sabia que...” para colocar no mural para as turmas com asquais vocês dividem a sala nos demais turnos.

O ato de o livro ter destinatários reais é undamental e deve balizar todasas decisões relativas à sua produção. Por exemplo, se os destinatários

orem idosos, é preciso que a letra seja grande – caso contrário, eles nãoconseguirão ler.

Seguem algumas sugestões de atividades detalhadas para este projeto.

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 ATIVIDADE 13: LEITURA DO ALUNO

Localizar uma receita

OBJETIVO - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Comportamentos de leitor – buscar no portador correto, localizar no índice,avaliar se a inormação está de acordo com o que deseja etc., apoiando-se

em inormações sobre o sistema, ilustrações, diagramação, entre outras.

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? Coletivamente, em roda.

Quais materiais serão necessários? Vários portadores de texto – livros erevistas de receitas, guias de endereço, livros de contos de adas, jornais

etc.

Duração: 45 minutos aproximadamente.

ENCAMINHAMENTO

Coloque todos os portadores expostos sobre um pano.

Conte aos alunos que eles deverão encontrar uma receita de bolo de mi-

lho (ou alguma outra) entre aquelas publicações que ali estão.

Solicite que, primeiro, eles descartem aqueles por tadores que acham que

não devem conter a receita e explicitem o porquê.

Depois que tiverem sido eliminados os guias, livros de história e outros

portadores, peça que alguém escolha, entre os materiais que ali estão,um que possa conter a receita. Ele deve justifcar sua escolha.

Quando alguém escolher um livro ou revista de receitas, pergunte a todos

como podem tentar descobrir se ele tem a receita que procuram sem pre-cisar olhear todas as páginas.

Se ninguém se reerir ao sumário, você pode mostrar como utilizá-lo.

Depois de encontrar a receita, peça que algum aluno já alabético leia

com você a lista de ingredientes e, na seqüência, o modo de azer.

Converse com eles a respeito da pertinência ou não da receita e, se possí-vel, prepare-a com eles. Se a receita não or adequada, procure outras.

Para saber mais,leia o texto“Contribuições àprática pedagógica2” do Módulo 1,Unidade 4, Texto 9do PROFA.

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O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?Toda vez que for consultar algum material escrito ou procurar uma informação,compartilhe com os alunos os seus procedimentos: em que portadores você

busca que tipo de informação (lista telefônica para telefones, guias e mapaspara endereços, livros de receitas, embalagens e revistas para receitas,livros para histórias, enciclopédias e outras publicações para informaçõescientíficas e curiosidades etc.); como você acha o que quer em cada um deles(pelo sumário, folheando, utilizando informações que podem estar nas margensdas páginas, como no caso das listas telefônicas etc.); como você faz a leitura,dependendo do tipo daquilo que você está buscando (leitura rápida, para acharum telefone, leitura por extenso de histórias etc.) – isso tudo comunica aosalunos comportamentos de leitor. Na medida do possível, coloque-os para ajudarvocê nessas situações.

 ATIVIDADE 14: ESCRITA DO ALUNO*

Escrita de lista

OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Interpretar a própria escrita (ler o que escreveu), justifcando para si mes-

mo e para os outros as escolhas eitas ao escrever.

Estabelecer relação entre o todo e as partes escritas.

Observar que existe uma progressão – cada vez que acrescentamos uma

letra a um escrito, há algo mais a ser lido.

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? Em duplas ou trios ou em grupos maiores com

sua mediação.

Quais materiais serão necessários? Letras móveis.

Duração: 30 minutos aproximadamente.

* Esta atividade é indicada aos alunos com hipóteses pré-silábicas e silábicas, pois eles podem avançar muitocom ela. Para os demais, não tem unção.

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177GUIA DE PLANEJAMENTO E OR IENTAÇÕES DIDÁTICAS 

ENCAMINHAMENTO

Diga aos alunos que eles irão escrever com as letras móveis uma lista

dos ingredientes de uma receita de paçoca (amendoim, arinha de rosca

e açúcar) ditados por você.

Oriente-os para que coloquem uma letra e digam a você o que já estáescrito. Por exemplo, ao escrever “amendoim”, uma criança pode utilizar

um “T”. Pergunte a ela: “Colocando esta letra, o que já está escrito?”.

Peça então que a criança coloque outra letra da mesma palavra e repita

a pergunta: “Com estas duas letras juntas, o que está escrito aqui?”.

Faça assim sucessivamente até que a criança considere a escrita completa.

No caso de duplas, cada criança coloca uma letra na palavra e lê o que jáescreveu. E no caso de você estar com um grupo de três ou quatro crianças,

peça-lhes que, uma por vez, coloquem uma letra e digam o que está escri-to. É undamental que os alunos saibam qual palavra estão escrevendo.

O intuito dessas questões é azer com que as crianças interpretem

cada parte da escrita e assim reitam sobre a relação entre as partese o todo. Trata-se de uma atividade de reexão sobre o sistema com

propósitos didáticos.

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 ATIVIDADE 15: LEITURA DO ALUNO

Ler para fazer OBJETIVOS - O que os alunos podem aprender nestaatividade?

Encontrar inormações em uma lista apoiando-se em conhecimentos so-bre o sistema e sobre o contexto.

Ler antes de ler convencionalmente.

Comportamento de leitor: comparar duas receitas para decidir qual a melhor.

PLANEJAMENTO

Como organizar o grupo? Coletivamente.

Quais materiais serão necessários? Cópias das duas receitas para duplas

de crianças.

Duração: 45 minutos aproximadamente.

ENCAMINHAMENTO

Conte aos alunos que você encontrou duas receitas de arroz-doce e que

não sabe qual delas é a melhor. Todos irão então ajudá-lo(a) a escolhera que deverá ser preparada e/ou incluída no livro.

Distribua as cópias das receitas e então vá azendo perguntas:

j Alguma das duas tem leite?

j E leite de coco?

j E leite condensado?

j Como aço para encontrar a escrita de “leite condensado”?

j Qual delas usa mais arroz?

j As duas usam canela?

j Canela em pó ou canela em pau?j Qual delas usa canela em pau?

j E casca de limão? As duas usam ou apenas uma?

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j Qual das duas usa manteiga?

j Qual das duas receitas rende mais?

j Qual das duas vocês acham que é mais gostosa? Por quê?

A cada pergunta eita, deixe que dierentes alunos respondam e peça-lhessempre que digam como localizaram aquela inormação, em que indícios

se apoiaram.

j Leia o modo de azer das duas receitas e então discuta com eles qualacham que é a melhor para ser experimentada e/ou incorporada ao livro.

O QUE MAIS FAZER?O QUE MAIS FAZER?Para os alunos que já lêem, esta atividade pode ser muito fácil. Você podeentregar a eles apenas o “modo de fazer” de uma outra receita e pedir que listem,a partir dali, quais são os ingredientes.

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RECEITAS DE DAR ÁGUA NA BOCA!!!

ARROZ-DOCE I*Tempo de preparo: 1 hora

Rendimento: 10 porções

Ingredientes:

1 LITRO DE ÁGUA

1 COLHER DE CHÁ DE SAL

CASCA RALADA DE 1/2 LIMÃO

1 COLHER DE SOPA DE MANTEIGA

1 E 1/2 XÍCARA DE CHÁ DE ARROZ LAVADO E ESCORRIDO

1 LITRO DE LEITE6 GEMAS

1 E 1/2 XÍCARA DE CHÁ DE AÇÚCAR

CANELA EM PÓ PARA POLVILHAR

Modo de preparo:

Numa panela média, ponha a água, o sal, a casca ralada de limão e a man-teiga. Leve ao ogo alto até erver. Junte o arroz e deixe cozinhar até secar a água.

Enquanto isso, erva o leite numa outra panela. Quando toda a água do arroz ti-ver evaporado, vá juntando o leite quente, mexendo de vez em quando com uma

colher de pau. Deixe cozinhar até secar o leite. Enquanto isso, numa tigela, bata

as gemas até fcarem claras e oas. Junte o açúcar e continue a bater até obteruma gemada bem oa. Quando o arroz tiver absorvido o leite, tire a panela doogo e vá juntando a gemada, em fo, batendo sempre com uma colher de pau.

Leve ao ogo novamente e cozinhe, mexendo mais um pouco, até engrossar. Pas-se para uma travessa ou potinhos e polvilhe com canela em pó.

Curiosidade:

O arroz-doce, tradicional de Portugal, é uma sobremesa preparada com ar-

roz, leite e açúcar, perumada com casca de limão e canela. Entre as amílias ri-cas de Portugal, ele era presença obrigatória em dias de esta. Daí a expressão

“arroz-de-esta” para aquela pessoa que não alta a nenhum evento.

*Extraída do site www.pratoeito.com.br

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ARROZ-DOCE II*

Rendimento: 6 porções

Ingredientes:

1 XÍCARA (CHÁ) DE ARROZ LAVADO E ESCORRIDO

1 LATA DE LEITE CONDENSADO

5 XÍCARAS (CHÁ) DE ÁGUA

1 UNIDADE DE CANELA EM PAU GRANDE

1 UNIDADE DE CASCA DE LIMÃO

6 UNIDADES DE CRAVO-DA-ÍNDIA

QUANTO BASTE DE AÇÚCAR

QUANTO BASTE DE CANELA-DA-CHINA EM PÓ PARA POLVILHAR

1/2 VIDRO DE LEITE DE COCO

Modo de preparo:

Numa panela de pressão, leve o arroz ao ogo com a água, a casquinha delimão, os cravos e a canela em pau. Deixe cozinhar por 10 minutos (só conte otempo depois que a panela começar a apitar). Abra a panela, acrescente o leite

de coco e o leite condensado. Deixe erver por mais 5 minutos. Prove o açúcar.Se necessário, coloque mais. Despeje num reratário e polvilhe a canela em pó

por cima.

*Extraída do site cybercook4.uol.com.br/busca.php

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