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  • 7/30/2019 Piloto Floresta Urbana - SP.pdf

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    GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO

    Secretaria do Meio Ambiente

    PILOTO FLORESTA URBANA

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    PILOTO FLORESTA URBANA

    A necessidade de implantao de vegetao nos centros urbanos tem sido uma das aes maisdesafiantes dos governantes, tendo em vista, dentre outros, o acmulo de problemas ambientais nosltimos tempos.

    Em pases j desenvolvidos, muitos esforos esto sendo investidos nas pesquisas, onde tcnicase instrumentos esto sendo desenvolvidos para quantificar estruturas necessrias que possa servir comoauxlio ao planejamento e execuo de importantes reas urbanas florestadas.

    A Floresta Urbana representa um referencial urbanstico com importante carter social, poltico,econmico e arquitetnico. Alm de desempenhar condies e propriedades de uma estrutura arquitetnicavegetal, possui importantes atributos histricos, artsticos e paisagsticos. Mas, quando se encontra inseridana malha urbanizada, enfrenta difceis condies de sobrevivncia, embora haja reconhecimento que amassa vegetal serve diariamente s pessoas que buscam um contato com a natureza, ao realizarem suasatividades urbanas.

    Considerando a urbanizao como um processo organizado que obedece a modelos de interaoentre o homem e o seu meio, os problemas ocorrem no mbito da gesto integrada num conjunto de aes.

    O processo de estruturao e de expanso urbana de uma cidade est diretamente ligado produo e a evoluo do espao florestal. Combinando a dinmica da ocupao e o jogo dos limites intra-urbanos no qual o espao est caracterizado, se traduz a presente proposta de racionalidade estrutural paraa classificao de Floresta Urbana.

    As Florestas Urbanas apresentam duas categorias, a primeira pertencendo ao setor privado e aoutra ao setor pblico. Ambas so interligadas e agregadas aos elementos fsicos. So sujeitas a funo doespao, populao biolgica, valores scio-econmicos e condies geo-ambientais .

    Morar prximo s reas bem arborizadas na forma de uma floresta pode trazer benefcios sadeem vrios aspectos. Os estudos revelam que em regies vegetadas, a porcentagem de pessoas obesas

    menor, desta forma, acredita-se que as reas verdes contribuem com a reduo do sobrepeso napopulao, pois alm de proporcionar um ambiente refrigerado, ter contato com rvores e com a matatambm pode servir de alvo para estratgias ambientais de preveno da obesidade infantil. Ainda noaspecto da sade humana, a arborizao apontada como fator inibidor do risco dos danos pele, aosolhos e ao sistema imunolgico, prevenindo alguns tipos de tumor de pele derivado da exposio excessivaaos raios solares e radiao ultravioleta.

    Outro fator importante de contribuio so os fragmentos de florestas situados prximos ou dentrodas cidades que permitem manter a biodiversidade, cujas plantas, insetos e animais encontram abrigo ealimento proveniente dessas florestas. A implemetao de uma Floresta Urbana se agregada a essesfragmentos vegetais serve de potencial alternativa de lazer e muitos benefcios populao urbana. Permite toda populao da cidade se deparar numa caminhada mais atenta vrias espcies de pssaros, insetos,plantas com suas floradas e mamferos. Entretanto, o seu valor para a cidade vai alm da preservao das

    espcies e do lazer. Esses fragmentos vegetais agregados uma Floresta Urbana construda podemmitigar a poluio qumica e sonora, reduzir o efeito de ilha de calor, aumentar a disponibilidade e qualidadeda gua, reduzir a eroso nas encostas e, por consequncia, os assoreamentos dos rios.

    Esses e muitos outros benefcios se traduzem em economia de dinheiro para as cidades, visto queseriam necessrios menos investimentos em dragagem dos rios, tratamento da gua e consumo de energiaeltrica pelos aparelhos de ar condicionado, gerando preveno da sade da populao. Alm dessesfatores de importncia local, soma-se o fato de as rvores serem grandes reservatrios de carbono, assim,essa massa vegetal pode absorver uma grande quantidade de CO2 favorecer o bioclima da regio econtribuir na reduo dos efeitos das mudanas climticas.

    Outra razo de se incrementar a quantidade de rvores nas cidades a atenuao do calorexalado de concretos, asfaltos e reas edificadas. Nesse sentido, a arborizao doa a sua contribuio na

    conservao do asfalto devido reflexo e absoro de energia solar incidente. A notvel projeo dassombras oferecidas pelas rvores reduza temperaturae aamplitude trmica, a volatilizao de compostose desagregao do material asfltico devido dilatao e contrao do material, diminuindo assim amanuteno para sua recuperao.

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    H relativamente poucos dados sobre qualidade tipolgica relacionada funo inerente ao uso desolo e a morfologia urbana. Mas o Projeto Municpio VerdeAzul visa conectar a qualidade do espao com avegetao e apresenta uma forma esquemtica para organiza-las, sugerindo uma classificao tipolgicade uma Floresta Urbana por meio de espcies arbreas de grande porte.

    O mtodo proposto pelo Projeto Municpio VerdeAzul para a formao de um Piloto de FlorestaUrbana aborda um caminho que integra a morfologia urbana ao uso vegetal do espao, capaz decontemplar a dinmica da estruturao vegetal e os elementos que compem um quadriltero urbano domunicpio. A proposta faz indicaes que demonstra um resultado na qualidade de vida urbana por meio davariedade das tipologias das vegetaes e seus elementos urbanos capaz de compor e transformarqualitativamente a paisagem da cidade e sugere o uso de prticas inovadoras juntamente com as normasadequadas para uma prtica de explorao ambiental.

    Portanto, imprescindvel adotar estratgias ambientalmente seguras e qualitativas, assim comovem desenvolvendo ao longo desses quatro ltimos anos o Projeto Municpio VerdeAzul junto aosmunicpios paulistas, especialmente voltadas qualidade de vida do muncipe, e assim, favorecer oplanejamento e a gesto de cada municpio. Neste sentido, necessrio analisar o padro e a forma urbanae atender as premissas estabelecidas para um desenvolvimento mais sustentvel, no intuito de favorecer amanuteno da qualidade de vida da populao.

    ESTUDO PARA IMPLANTAO

    Ilustrao 1 - Piloto de Floresta Urbana

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    1. Situao das caladas quanto largura, acessibilidade aos portadores de deficincia de mobilidade,elementos construtivos, posteamento de forma geral, fiao eltrica, canteiros e outros (seguem os linkscartilha Passeio Livre e Caladas Verdes e Acessveis);

    2. Situao da tubulao hidrulica e de gs subterrneas;

    3. Respeitar entradas e sadas de autos das garagens;

    4. Executar o plantio arbreo no formato chamado popularmente de p-de-galinha (ilustrao 1);

    5. Implantar canteiros bem amplos com a funo de arejar as razes das rvores (fotos 2, 3, 4 e 5);

    Foto 2 - Espao revitalizado: calamento, canteiros, Foto 3 - Orla metlica protetora de rvorecaptao de gua pluvial e bancos

    Foto 4 - Calada verde Foto 5 - Calada com concreto e grama

    6. Estudar a insolao (vide ilustrao 6): implantar rvores de porte grande na calada da face Oeste das edificaes para proporcionar

    conforto trmico ofertada pela sombra projetada no perodo da tarde; implantar rvores de porte grande na calada da face Leste das edificaes para proporcionar

    conforto trmico ofertada pela sombra projetada no perodo da manh; implantar somente rvores de porte mdio abaixo da fiao eltrica (caso a implantao do projeto

    piloto no contemple fiao compacta ou cabeamento aterrado dos cabos eltricos (ilustrao 6);

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    Ilustrao 6

    7. Observar a situao da iluminao eltrica pblica, implantar Sistema de Fiao Compacta ou Sistemade Fiao Subterrnea (foto 7);

    Foto 7 - Fiao compacta

    8. Observar a variedade de espcies e origem das matrizes diferenciadas com objetivo de evitar ataque depragas, obter risco maior de doenas, diversidade, evitar monotonia esttica e eventos climticos extremos. ideal acima de 60 espcies com nfase para espcies nativas referentes ao bioma local, e tambm a

    escolha de espcies frutferas. aceitvel acima de 10 espcies, sendo que nenhuma dessas espcies esteja representada por mais de15% do total;

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    9. Observar a projeo da copa da rvore para no correr o riso de sacrific-la quando adulta (ilustrao 8);

    Ilustrao 8 - Distanciamento adequado da copa da rvore e a edificao

    10. Recuperar e ampliar os canteiros das rvores existentes

    Ilustrao 9 - Soluo para quebra das caladas

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    11. Para as caladas estreitas implantar as espcies de porte grande, criando canteiros no leito carrovel(ilustrao 10);

    Ilustrao 10 - Soluo inovadora para caladas estreitas

    12. E para implantao adequada das espcies em vias pblicas, observar os afastamentos necessrios emrelao ao seu porte arbreo, os recuos necessrios de construo e os mobilirios existentes (postes,sinalizao de rua, sinaleiras, aparelhos eletrnicos, telefnicos e outros.

    Sugesto de trs links para pesquisa no auxlio da implantao do Piloto de Floresta Urbana

    ww2.prefeitura.sp.gov.br/passeiolivre/pdf/cartilha_passeio_livre.pdf

    http://www.uniagua.org.br/public_html/website/livro_calcada.pdf

    http://www.abnt.org.br

    Governo do Estado de So PauloJos Serra

    Secretaria do Meio AmbienteXico Graziano

    Gerente do Projeto Municpio VerdeAzulUbirajara Guimares

    Secretaria de Meio Ambiente do Estado de So PauloAvenida Professor Frederico Hermann Junior, 345 Alto de Pinheiros

    O5459-900 So Paulo SPtel: (11)3133-4014 e (11)[email protected]/municipioverde

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    Projeto Municpio VerdeAzulJos Walter Figueiredo Silva - Coordenador

    Equipe TcnicaAna Cristina Freitas de ArajoCarlos Alberto M. RodriguesCludio Jos SilveiraDbora Marcondes Martins FontesDione Zangelmi Abraho PradellaJos Ricardo LopesKeila StaigerLiliana Ins WernerMaria Ribeiro Girardes AssumpoMaria Alice Simes BlancoMariana da Silva RodriguesMariana de Oliveira GianiakiMarta Teresa DcherMiguel PortoPatrcia Dias ChinaliaRodrigo Veloso Arcediacono

    Rosemeire CerettiSilvia Regina Ortiz Amaral CarpinelliThereza Camara Chini Nisi

    EstagiriasEdinei de Oliveira CardosoRegiane Wosniak BispoTeresa Almeida da Silva

    TextoDione Zangelmi Abraho PradellaThereza Camara Chini Nisi

    IlustraesThereza Camara Chini Nisi

    FotosAcervo do Projeto Municpio VerdeAzul

    LEI N 14.023/2005 de 08/07/2005 DISPE SOBRE A OBRIGATORIEDADE DE TORNARSUBTERRNEO TODO O CABEAMENTO ORA INSTALADO NO MUNICIPIO DE SO PAULO.

    DECRETO n 47.817, de 26/10/2006, REGULAMENTA A LEI N 14.023, de 8/07/2005, QUE DISPESOBRE A OBRIGATORIEDADE DE TORNAR SUBTERRNEO TODO CABEAMENTO INSTALADO NO

    MUNICPIO DE SO PAULO.LEI N 9.610/1998 de 19/02/1998 REGULA OS DIREITOS AUTORAIS, ENTENDENDO-SE SOB ESTADENOMINAO OS DIREITOS DOS AUTORES E OS QUE LHES SO CONEXOS.

    Se uma planta no consegue viver de acordo com sua natureza, ela morre, assim tambm o homem.Henry David Thoreau