perfil do praticante de hidroginástica das academias de porto velho

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10 1. INTRODUÇÃO As atividades na água têm demonstrado ser uma excelente opção de exercício aeróbio, pois os benefícios fisiológicos e psicológicos sobre o organismo humano são amplamente conhecidos e divulgados através de pesquisas científicas (CAMPION, 2000). Perante esta abordagem a Hidroginástica vem ganhando um número cada vez mais acentuado de adeptos, pela eficiência e como resposta às diversas situações e diferença das pessoas que a procuram. Esta atividade pode ser vista como uma alternativa para preservar a saúde e auxiliar no tratamento de enfermidades, tendo resultados expressivos independentes do grupo de destino (idosos, obesos, hipertensos, gestantes, etc.); (ROCHA, 1999). A Hidroginástica propõe movimentos, que em meio líquido, são adequados às necessidades de cada indivíduo, contribuindo para uma melhor qualidade de vida. Segundo Bueno (1998), durante muito tempo sua atividade era voltada para grupos da terceira idade. Hoje abrange as mais diversas idades, sendo desenvolvida em hotéis, spas, academias e clubes. Vasiljev (1997), afirma que as aulas de Hidroginástica permitem a participação de pessoas nas mais diferentes faixas etárias, podendo na mesma aula participar idosos e jovens. Por essas razões, a característica dos programas de Hidroginástica é permitir às pessoas com diferentes graus de aptidão física, exercitarem-se juntas. A Hidroginástica é uma atividade realizada em um meio que possui propriedades físicas que, em conjunto facilitam a execução dos exercícios, dentre elas destacam-se a flutuação, resistência e pressão hidrostática (MAZI, 2003). Segundo Mazo (2006), o aproveitamento dessas propriedades se traduz em vantagens para seus

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Page 1: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

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1. INTRODUÇÃO

As atividades na água têm demonstrado ser uma excelente opção de exercício

aeróbio, pois os benefícios fisiológicos e psicológicos sobre o organismo humano são

amplamente conhecidos e divulgados através de pesquisas científicas (CAMPION, 2000).

Perante esta abordagem a Hidroginástica vem ganhando um número cada vez mais

acentuado de adeptos, pela eficiência e como resposta às diversas situações e diferença

das pessoas que a procuram. Esta atividade pode ser vista como uma alternativa para

preservar a saúde e auxiliar no tratamento de enfermidades, tendo resultados expressivos

independentes do grupo de destino (idosos, obesos, hipertensos, gestantes, etc.); (ROCHA,

1999).

A Hidroginástica propõe movimentos, que em meio líquido, são adequados às

necessidades de cada indivíduo, contribuindo para uma melhor qualidade de vida. Segundo

Bueno (1998), durante muito tempo sua atividade era voltada para grupos da terceira idade.

Hoje abrange as mais diversas idades, sendo desenvolvida em hotéis, spas, academias e

clubes.

Vasiljev (1997), afirma que as aulas de Hidroginástica permitem a participação de

pessoas nas mais diferentes faixas etárias, podendo na mesma aula participar idosos e

jovens. Por essas razões, a característica dos programas de Hidroginástica é permitir às

pessoas com diferentes graus de aptidão física, exercitarem-se juntas.

A Hidroginástica é uma atividade realizada em um meio que possui propriedades

físicas que, em conjunto facilitam a execução dos exercícios, dentre elas destacam-se a

flutuação, resistência e pressão hidrostática (MAZI, 2003). Segundo Mazo (2006), o

aproveitamento dessas propriedades se traduz em vantagens para seus praticantes,

permitindo melhor rendimento com menores riscos além da melhora da autoestima,

autoimagem e do relacionamento social.

Os exercícios de Hidroginástica desencadeiam uma serie de reações fisiológicas no

corpo. O corpo humano reage diferentemente a cada situação de esforço ou contato com o

meio líquido (ROCHA, 1999). Baum (2000), diz que em termos fisiológicos, o exercício

realizado no meio líquido é distinto daquele realizado em ambiente terrestre, principalmente,

porque a ação da água altera a relação corporal e a sensação do peso e o impacto dos

movimentos quando estão imersas a este meio.

Aborrage (2008), diz que um corpo com água na altura do ombro tem em media 90%

de seu peso reduzido. Assim essa redução é interessante principalmente para alunos

obesos e idosos, que em algumas atividades em terra podem expor seu sistema

osteomioarticular a impactos prejudiciais.

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Segundo Sova (1994), a prática regular desta modalidade, melhora os cinco

componentes do condicionamento físico: condicionamento/resistência cardiorrespiratória,

força muscular, resistência muscular, flexibilidade, e composição corporal; destacam-se

também os componentes secundários: a velocidade, potência, reflexo, coordenação e

equilíbrio.

Para Galdi et al (2004), a Hidroginástica é uma atividade física praticada no meio

líquido que proporciona a melhora da aptidão física e mental, tendo como objetivos o

desenvolvimento da força, o alívio do estresse e a socialização entre seus praticantes.

Baseando-se nisso pode-se afirmar que os alunos de Hidroginástica podem ter como

objetivo apenas práticar uma atividade física ou melhorar os sistemas respiratórios,

circulatório, cardíaco, perder peso, fortalecer a musculatura, aliviar a tensão e o stress,

manutenção da forma física, a recuperação de lesões ou até mesmo o treinamento.

Porém essa prática deve ser estruturada através de um profissional de educação

física que a partir de uma avaliação e adequação do estímulo as suas características

individuas podem atingir seu objetivo. Como se trata de uma atividade coletiva, como propõe

algumas academias, deve-se respeitar a individualidade do praticante, para que se

proporcione uma atividade física segura.

Conforme Bonachela (1994) princípio da individualização: A individualização se

caracteriza pela condição biológica do aluno, que determina o grau de esforço que será

capaz de suportar.

Entendendo os benefícios da prática da Hidroginástica e que diferentes tipos de

pessoas procuram esta atividade é que se define o interesse desse estudo. A fim de

conhecer qual é o perfil dos praticantes de Hidroginástica das academias de Porto Velho.

1.1. JUSTIFICATIVA

Está comprovado que a Hidroginástica é uma atividade física que proporciona

melhoras da condição física em jovens, adultos e idosos além de ser considerada eficiente

na proteção cardiovascular de pessoas normotensas despertando cada vez mais o interesse

de estudiosos.

Atualmente, pode-se perceber maior adesão do público masculino e feminino de

diferentes faixas etárias durante essas aulas surgindo à necessidade de estudos na

Hidroginástica também com esse publico. Portanto, se torna importante para o profissional

conhecer o perfil da pessoa que procura atividade de Hidroginástica, pois é fundamental

para o planejamento e obtenção dos objetivos desta atividade.

Page 3: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

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Justifica-se, a realização desta pesquisa visando relacionar o conhecimento dos

profissionais da área, as características individuais de cada um e os tipos de atividades

executadas na aula. Conhecendo o perfil dos alunos podemos favorecer a programação das

aulas de acordo com tais objetivos.

Desta forma, acredita-se que este trabalho é uma contribuição na ampliação dos

estudos locais voltados ao tema. Com esta pesquisa, a partir das informações levantadas,

será possível fornecer banco de dados aos profissionais que devem ter a preocupação com

a saúde dos praticantes e tentar identificar os problemas dos alunos e os benefícios

esperados da prática de Hidroginástica por esses alunos.

Além disso, pode-se contribuir para melhor qualificação do trabalho das academias

contribuindo com informações para melhor organização das mesmas. Em termos de

qualidade de vida, representando a preocupação com o interesse dos clientes, oferecendo

melhor trabalho, preocupando-se de forma individualizada com cada um deles.

1.2. OBJETIVOS DO ESTUDO

Objetivo Geral;

Identificar o perfil dos praticantes de Hidroginástica da cidade de Porto Velho.

Objetivos Específicos; Identificar os principais motivos que levam os indivíduos a praticarem Hidroginástica;

Identificar as principais patologias encontradas em praticantes de Hidroginástica;

Verificar quais as indicações para a prática sistemática da Hidroginástica;

Verificar se a prática desta atividade trouxe melhorias na saúde do praticante;

Identificar os benefícios que está pratica proporciona na visão dos praticantes;

Identificar a formação e o conhecimento do professor para atuar com a

Hidroginástica para diferentes grupos de alunos;

Verificar como as academias tratam a questão avaliação da saúde dos alunos antes

de iniciar em um programa de Hidroginástica;

Identificar os problemas de saúde dos praticantes de Hidroginástica na percepção

dos professores;

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Descrever as estratégias utilizadas pelo professor no planejamento das aulas para

lidar com as possíveis patologias;

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. CICLO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

As diversas transformações que o corpo sofre com o correr dos tempos, (biológicas e

psicomotoras) devem ser levadas em conta pelo professor para que exista uma adequação

da atividade com o corpo que se transforma e com o aprimoramento técnico de cada

atividade específica (ROCHA, 1999).

2.1.2. VIDA ADULTA

Ao pesquisarmos uma definição sobre o início da vida adulta percebe-se que não

existe algo fechado neste sentido. Pois as mudanças físicas e cognitivas são bastante

variáveis de um indivíduo para o outro, assim as definições para esta etapa do

desenvolvimento podem mudar ao longo do tempo.

Entretanto de acordo com a definição de Bee (1997), o desenvolvimento adulto

divide-se em três partes: início da vida adulta (dos 20 aos 40 anos), vida adulta intermediária

(dos 40 aos 65 anos), e final da vida adulta (dos 65 anos até a morte).

2.1.3. INÍCIO DA VIDA ADULTA

Essa é uma fase em que as exigências da vida adulta forçam a modificação dos

papeis desenvolvidos pelo indivíduo dentro da sociedade, pois ele passa a ter outras

obrigações e responsabilidades. Bee e Mitchell (1986) dizem que esse também é um

período onde quase não há mudanças nas quatro áreas básicas: percepção, linguagem,

cognição e maturação física.

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O corpo encontra-se em seu auge dos 20 aos 40 anos. Os processos que se

baseiam na velocidade do funcionamento mental, assim como os aspectos que dependem

da eficiência fisiológica do organismo, encontram nesta etapa do desenvolvimento humano

a melhor performance (BEE 1997). Este desempenho é mantido até por volta dos 40 anos

onde se iniciam mudanças mensuráveis na maioria dos aspectos do desempenho.

Em relação à saúde desse grupo, pessoas na faixa etária dos 20 aos 30 anos de

idade acreditam que sua plena capacidade física e boa saúde são normais muitas vezes

não valorizando que é nesta fase que se embasa o restante da vida, no que diz respeito ao

funcionamento físico (SCARTON apud QUIRINO, 2009).

Assim, próximo aos 40 anos, dependendo do histórico de vida de cada um, do nível

de atividade física, alimentação e estresse o indivíduo passa a ter diversos problemas de

saúde. Alguns desses surgem inclusive por movimentos repetidos na atividade de trabalho o

que, muitas vezes, dificultam a realização de atividades físicas, como por exemplo: dores

nas articulações, problemas de coluna, hérnia de disco, entre outras; que vão se tornando

comuns no dia-dia dessa população (BEE, 1997).

2.1.4. VIDA ADULTA INTERMEDIÁRIA

Nessa fase os indivíduos já têm: uma vida estável; uma carreira profissional

adequada ao seu cotidiano com algumas exceções; já criou os filhos, o que os torna mais

tranquilos tendo mais tempo para se dedicarem a outras atividades visando seu bem estar e

lazer (BEE e MITCHELL 1986). Nos últimos anos vem aumentando a procura por atividade

física por essa faixa etária (FERREIRA et al., 2005).

Com relação à parte biológica, segundo Santos (2005), a maioria dos decréscimos

biológicos inicia-se na faixa etária dos 40/45 anos, abrangendo a maior parte dos indivíduos.

Após os 60/65 anos, os decréscimos acentuam-se rapidamente. É evidente que uma boa

qualidade de vida resulta em uma menor velocidade com relação a esses decréscimos.

A fase adulta média é cercada por conflitos, decisões acerca das alterações que

ocorre fisiológica, biológica e psicologicamente. No entender de Scarton apud Quirino

(2009), com o corpo em um processo de envelhecimento, o pensamento de prestígio e

aceitação social passa a ser desprezados visto que podemos incluir neste processo de

envelhecimento a mudança na aparência e com isso a mudança também na função

psicológica.

A saúde nesse período da vida passa a ser mais debilitada, sendo mais suscetíveis a

doenças crônicas ou limitações físicas. Quando em seu habito de vida estão presentes os

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fatores de risco como: tabagismo, alcoolismo, obesidade e perturbações emocionais;

aumenta a possibilidade de desenvolver anomalias na saúde principalmente das doenças

coronarianas, cardiovasculares e a hipertensão arterial (MEINEL, 1984).

2.1.5. FINAL DA VIDA ADULTA (VELHICE)

O processo de envelhecimento, segundo Brissos (1992), é complexo e difere de

indivíduo para indivíduo, sendo aquele condicionado por fatores intrínsecos (de ordem

genética) e extrínsecos, no qual o meio físico e social envolvente tem primordial importância.

Os seis principais fatores que influenciam no processo de envelhecimento do corpo são:

tempo; hereditariedade; meio ambiente; dieta; estilo de vida e nível de atividade física

(OLIVEIRA, 2012).

Nessa fase da vida há mudanças (declínios) continuas em todos os aspectos como:

físico, cognitivo e social (BEE e MITCHEL, 1986). Os problemas de saúde e as

incapacidades passam a ser vistas no cotidiano das pessoas que se encontram nessa fase

da vida, aparecendo ai, além dos fatores de risco para doenças coronárias e

cardiovasculares, outras doenças, como: doença de Alzheimer ou Parkinson (BEE, 1997).

Os acidentes também passam a ser mais preocupantes a partir da terceira idade,

pois ficam mais frequentes. A principal causa são as quedas, com destaque para a fratura

do fêmur com graves consequências.

A regressão nas características físicas dessa fase da vida ocorre por mudanças em

todos os sistemas do idoso (circulatório, respiratório, nervoso, endócrino, além de alterações

ósseas e musculares) que o torna um indivíduo com restrições que impedem ou dificultam a

realização de atividades de seu cotidiano bem como a realização de atividades físicas

(MEINEL, 1984).

2.2. HIDROGINÁSTICA

2.2.1. BREVE HISTÓRICO

Diversos autores relatam que a utilização da água como agente terapêutico é

conhecida desde a antiguidade por diversas civilizações. Nos países europeus, nos séculos

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XVIII e XIX, segundo Figueiredo (1999), os banhos mornos foram amplamente utilizados

como hidroterapia, por exemplo, para recuperação e alívio de espasmos musculares.

Posteriormente, é que vão ser exploradas as várias temperaturas da água, visando o

aprofundamento dos estudos sobre suas propriedades físicas, bem como as reações e

efeitos sobre os tecidos e órgãos do corpo humano.

Rocha (1999) relata que os gregos já utilizavam a água com fins de profilaxia, os

japoneses sempre valorizaram a água, os espanhóis e alemães têm maior domínio cientifico

nas atividades físicas desenvolvidas na água, já os americanos vêm se aprofundando cada

vez mais nesse estudo com objetivos de treinamento desportivo.

A história nos mostra que a água vem sendo utilizada há vários séculos e de

diversas formas, visando a melhorar a qualidade de vida através de atividades físicas ou

terapêuticas, que vai desde uma simples caminhada até a execução de exercícios mais

elaborados para as diversas partes do corpo, com objetivos e finalidades diferentes

(BONACHELA, 2004).

Podemos afirmar com base em Masi (2003), que o surgimento de atividades

aquáticas terapêuticas, juntamente com as caminhadas na água, deu origem à

Hidroginástica. Com o passar dos tempos, os exercícios físicos na água obtiveram grande

importância, sendo praticados de diversas formas até chegar a mais recente atividade

aquática, a Hidroginástica.

A palavra Hidroginástica vem do grego e significa “GINÁSTICA NA ÁGUA”. De

acordo com Bonachela (2004), a Hidroginástica traz na sua origem e desenvolvimento na

Alemanha, propondo-se atender a um grupo de pessoas com idade avançada que

necessitavam exercitar uma atividade física segura, sem risco de ocasionar lesões e que

proporcionasse bem-estar físico. Essa prática de exercícios físicos foi evoluindo para outros

centros, passando a existir nos Estados Unidos, com propósitos terapêuticos, conhecida

hidroterapia, foi desenvolvida e aperfeiçoada por cientistas, médicos e professores.

No Brasil, esta modalidade surgiu nos anos 70 apenas como reabilitação de

lesionados, nos anos 80 como atividade física, e hoje é largamente conhecida e procurada

por diversos públicos (DELGADO, 2001,). Esta atividade teve um crescimento extraordinário

e atualmente é bem diferente daquela praticada por seus pioneiros ficando mais dinâmica,

ganhando espaço na mídia e abrindo um público heterogêneo, sendo hoje uma das

atividades mais procuradas nas academias, clubes, condomínios, etc.

2.2.2. DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA HIDROGINÁSTICA

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Na literatura específica encontramos várias definições de Hidroginástica por diversos

autores. Esta atividade física aquática pode também ser identificada com diferentes

terminologias como Ginástica Aquática, Aquaeróbica, hidro localizada entre outros. Mas o

termo que a define, conforme Gonçalves (1994), apud Bueno, (1998), é Hidroginástica.

A Hidroginástica segundo Scarton (2003) é uma atividade física aquática realizada

na posição vertical, constituída de exercícios específicos, baseados no aproveitamento da

resistência da água, e que, através das características e benefícios dessa, melhora os

aspectos bio-psíco-sociais.

Pode ser entendida como prática corporal que utiliza o meio líquido para melhora da

aptidão física e mental, como afirma Mazetti (1993) na classificação da modalidade como

ginástica de força, por aproveitar a resistência da água como sobrecarga, ressaltando a

versatilidade da prática, por possibilitar o trabalho com iniciantes e alunos já condicionados.

Mazarini (1995) também situa a Hidroginástica como método de condicionamento

físico e modelagem estética, bem como enfatiza que os exercícios adotados têm elementos

próprios para fins de aprimoramento e da percepção corporal, além de melhorar a

resistência cardiorrespiratória e localizada, favorecendo o desenvolvimento da coordenação

motora e dos níveis de flexibilidade.

Bonachella (2004) a define como hidro localizada, sendo o conjunto de exercícios

físicos executados na água, cujo objetivo é aumentar a força e a resistência muscular,

melhorar a capacidade cardiorrespiratória e a amplitude articular, utilizando a resistência da

água como sobrecarga. E com isso permite contribuir para melhor qualidade de vida e bem-

estar físico dos praticantes.

Baum (2000) conceitua a Hidroginástica como Aquaeróbica, que vem a ser o sistema

de exercícios utilizado na água, com música, sendo promotor de saúde, natural, agradável e

holístico. Sua realização é feita na posição vertical, água na altura do tórax, devendo

trabalhar toda a musculatura do corpo. Estrutura-se com aquecimento, condicionamento

aeróbico e relaxamento. Destina-se a promover aspectos relacionados com a capacidade

física: força, resistência muscular, condicionamento cardiovascular, flexibilidade e bem-estar

físico e mental.

A Hidroginástica é uma forma alternativa de condicionamento físico constituída de

exercícios aquáticos específicos, estes exercícios facilitam o movimento, condicionamento

físico e o treinamento de força sem tanto impacto articular (BONACHELA, 2004). Conforme

Boutcherapud Oliveira (2008) pode-se esperar que o exercício físico aquático produza

reações fisiológicas diferentes daquelas ao ar livre, devido tanto ao efeito hidrostático da

água nos sistemas cardiorrespiratórios como sua capacidade de intensificar a perda de calor

comparada ao ar.

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Oliveira (2008), ressalta que as atividades aquáticas de caminhada e corrida em

piscina rasa ou profunda e as ginásticas aquáticas apresentam uma menor tendência em

provocar lesões e traumatismos em relação às atividades desenvolvidas fora da água, como

consequência do efeito da flutuação do corpo, facilitando dessa forma, até a participação de

indivíduos menos capacitados no caso. Sua principal vantagem é justamente a segurança

que proporciona ao praticante. Dentro da água, os movimentos ficam mais seguros, e essas

regiões se tornam menos vulneráveis, inclusive durante saltito. É essa segurança que

permite ao praticante até superar seus limites naturais, sem riscos.

A resistência natural da água multiplica o esforço exigido em um movimento, por

mais simples que seja. Por outro lado, segundo as leis da física, a água responde na mesma

intensidade a uma força aplicada sobre ela, ou seja, a resistência oferecida pela água vai

ser proporcional à força do movimento, seja ela grande ou pequena (BACHAR, 2007). Isso

permite que qualquer pessoa possa se exercitar, independente do seu nível de

condicionamento físico: jovens, idosos, obesos, magros, gestantes.

2.2.3. PROPRIEDADES FÍSICAS DA ÁGUA E A SUA IMPORTÂNCIA NA PRÁTICA DE HIDROGINÁSTICA

Masi (2003), afirma que, para realizar um trabalho sério com atividades aquáticas, o

professor deverá estar familiarizado com as propriedades físicas da água, conhecendo-as e

sabendo aplicá-las na sua rotina de trabalho. Bonachella (1994) classifica as propriedades

físicas da água em densidade, flutuação, pressão hidrostática e viscosidade e temperatura.

Densidade:De acordo com Günter Schneider apud Canto (1999), esta propriedade é utilizada na

Hidroginástica para melhorar o posicionamento do corpo na execução dos exercícios,

facilitando a determinação de carga a ser trabalhada.

Segundo a literatura pesquisada a densidade de uma substancia é a relação entre

massa e volume (D= m/v). A água, como toda substância composta por matéria, apresenta

uma determinada densidade, ou seja, pode ser caracterizada pela relação entre a sua

massa e seu volume. A gravidade específica, por sua vez, remete à relação entre a

densidade de uma substância ou objeto com a densidade da água.

Deste modo, sabendo-se que a gravidade específica da água é 1, todo objeto ou

corpo que for colocado no ambiente aquático, e apresentar uma densidade menor do que a

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da água flutuará. Caso a sua densidade seja maior do que a da água, o corpo afundará. A

densidade relativa do corpo humano é de aproximadamente 0,97, fato este que determina a

característica de flutuação do corpo.

Utilização básica:

- melhor posicionamento para execução dos exercícios

- auxílio no efeito massageado.

Flutuação - (princípio de Arquimedes), "quando um corpo está completo ou parcialmente

imerso em um líquido, ele sofre um empuxo para cima igual ao peso do líquido deslocado".

Este empuxo atua em sentido oposto à força da gravidade; Pessoas com excesso de peso

ou com problemas específicos que dificultam o movimento em terra, descobrem que a

flutuação permite que estas pessoas possam se exercitar com facilidade, pois um corpo

imerso num fluído é sustentado por uma força igual ao peso do fluído deslocado pelo corpo.

Utilização básica:

- facilita a execução dos movimentos

- diminui os atritos articulares

- diminui os riscos de lesões

- diminuição dos stress biomecânico

- suporte de parte da massa corporal

- auxilio e resistência ao movimento.

Pressão hidrostática - (Lei de Pascal), afirma que a pressão do líquido é exercida

igualmente sobre todas as áreas da superfície de um corpo imerso em repouso, a uma

determinada profundidade. A pressão hidrostática age nos tecidos e exerce uma

compressão de vasos sanguíneos, podendo auxiliar no retorno venoso e na redução de

edemas.

Utilização básica:

- resistência ao movimento

- sobrecarga natural

- estímulo a circulação periférica

- fortalecimento da musculatura envolvida na respiração

- facilitação do retorno venoso

- participação do efeito massageado na água.

Viscosidade– É uma propriedade dos líquidos, que representa uma medida importante no

que refere à resistência ao movimento. Em outras palavras, a viscosidade demonstra o atrito

que o líquido exerce em um corpo, quando o mesmo se movimenta. O coeficiente de

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viscosidade mostra que, quanto mais viscoso um líquido, maior a força requerida para se

criar um movimento, quando imerso neste líquido.

Utilização básica:

- resistência ao movimento

- influencia na pressão arterial

- coadjuvante no efeito massageado.

Temperatura- é uma característica que normalmente chama a atenção. Ao entrar na

piscina, imediatamente avaliam sua temperatura de acordo com seus costumes e

sensibilidades Em Hidroginástica o ideal é que se realizem aulas em temperaturas entre 27

a 29 graus C, podendo-se treinar em temperaturas abaixo, desde que se faça um

aquecimento antes de entrar na água.

Relatam (ROCHA, 1999; BONACHELA, 1994), que as propriedades físicas da água

irão auxiliar, ainda mais os idosos, na movimentação das articulações, na flexibilidade, na

diminuição da tensão articular (baixo impacto), na força, na resistência, no sistema

cardiovascular e respiratório, no relaxamento, na eliminação das tensões mentais, entre

outros.

Estas são as propriedades físicas da água mais importantes e, por consequência,

responsáveis por um grande número de benefícios na vida do ser humano desde antes do

nascimento – na fase da gravidez – até ao envelhecimento.

2.2.4. HIDROGINÁSTICA E AS REAÇÕES FISIOLÓGICAS DO CORPO

Para o maior controle das práticas aquáticas é de fundamental importância saber

como o corpo do ser humano responde em meio líquido. Quando o corpo é imerso para

realização da Hidroginástica é desencadeada uma série de reações fisiológicas no

organismo, o qual reage diferentemente a cada situação de esforço ou imersão. Segundo

Rocha (1994), estas reações podem ocorrer devido a inúmeros fatores, entre os quais:

temperatura da água; contato do corpo com o meio Líquido; imersão e duração da imersão;

tempo de duração da atividade; saída do corpo da piscina e repouso; e intensidade e

duração do exercício.

A resposta fisiológica do corpo, ao se exercitar na agua, é muito diferente da prática

da mesma atividade no meio terrestre. As principais modificações ocorrem a partir das

mudanças: cardiovasculares, musculoesqueléticas e excretoras. Além disso, a prática nesse

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meio é motivante para o indivíduo, pois o risco de ocorrer lesões é pequeno e as chances de

se sentir fisicamente melhor, após a realização da atividade é quase certa (BAUM, 2000).

Os dois principais motivos que diferenciam as respostas fisiológicas do meio aéreo e

aquático são os efeitos hidrostáticos no sistema cardiovascular e a intensificação da perda

de calor na água (cerca de 25x maior do que o ar) Avelliniet al., apud Canto (1999).

2.2.4.1. Fluxo Sanguíneo

O objetivo final da função cardiovascular no exercício é o de fornecer oxigênio e

outros nutrientes para o músculo. Para esse fim, o fluxo muscular aumenta drasticamente

durante o exercício (GUYTON, 1997).

Para Figueiredo apud Canto (1999), durante o exercício no meio líquido o suprimento

sanguíneo dos músculos em funcionamento é aumentado, ocorre uma contração dos vasos

cutâneos logo ao entrar na água e uma dilatação logo em seguida.

Segundo Bonachela (1994), ao entrar no meio líquido os vasos cutâneos

constringem-se momentaneamente causando a elevação da pressão arterial, após alguns

minutos, os vasos dilatam-se, provocando a redução da pressão arterial, voltando ao

normal. No entanto há uma melhora da circulação, uma vez que a água promove o

massageamento do corpo e a pressão hidrostática possibilita uma melhor regulação das

vias periféricas e, consequentemente, um retorno venoso mais fácil, aumentando a

capacidade do coração exercer sua função.

2.2.4.2. Intensificação da perda de calor na água

O corpo humano quando imerso ao meio líquido apresenta uma intensificação da

perda de calor, cerva de 25 vezes maior que no ar (BATES e HANSON, apud DIAS et al

2009). Isso faz com que o ser humano quando imerso procure o equilíbrio em sua

temperatura corporal. Em 1966 foi definido a temo neutra, temperatura da água onde não

ocorre alteração na FC (CRAIG e DVORAK, apud DIAS et al 2009). Está bem definida na

literatura cientifica que a água abaixo da temperatura termo neutra apresenta bradicardia na

FC, temperaturas acima provocam taquicardíaca. Sendo que quando maior a diferença da

termo neutra maior será a variação da FC para mais ou para menos (ALBERTON et al. apud

DIAS et al 2009).

Page 13: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

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2.2.4.3. Frequência Cardíaca

A frequência cardíaca (FC) é um parâmetro indicador da intensidade de esforço ao

qual o aluno está sendo submetido, fazendo com que ele, dessa forma, possa se exercitar

com segurança, sem colocar em risco a saúde, obtendo-se o efeito desejável, de acordo

com o objetivo almejado. Paulo apud Miranda e Lobato (2000), afirma que ocorrem, ainda,

reações relativas à frequência cardíaca e pressão arterial quando o corpo é colocado no

meio líquido.

Segundo Wilmore e Costil apud Dias et al (2009), em uma mesma intensidade do

exercício com o mesmo consumo de oxigênio (VO2) a frequência cardíaca tende a

apresentar uma bradicardia em média de 8 a 13 batimentos por minuto, isso ocorre por

causa da pressão hidrostática. Segundo a literatura a pressão hidrostática faz com que haja

um aumento no retorno venoso do sangue ao coração, resultando assim em um maior

volume de ejeção, consequentemente a FC diminui.

Para Denison apud Canto (1999), a imersão no meio líquido, expõe o corpo a uma

nova pressão hidrostática, a outra viscosidade do meio e a novas condições térmicas, e

algumas vezes, a estímulos reflexos circulatórios, que poderiam alterar as respostas

cardiocirculatórias. Miranda e Lobato (2000), citam que os efeitos destas trocas poderão

variar com a postura, com a intensidade do trabalho, com o tipo de movimento de braços,

com a temperatura da água, e deveriam ser mais evidentes com indivíduos realizando

exercícios em água fria.

Vários estudos têm demonstrado que a FC na imersão e nos exercícios aquáticos é

alterada. Aborrage apud Masi (2003), em extensa revisão sobre o assunto revela que existe

uma contradição sobre este tema, pois alguns estudos relatam um aumento, outros

manutenção e ainda há os que defendem uma diminuição da FC na água.

2.2.5. BENEFÍCIOS DA HIDROGINÁSTICA

A Hidroginástica vem tornando-se uma alternativa cada vez mais popular para a

promoção da boa forma e saúde. Assim, o principal objetivo da aula de Hidroginástica, deve

estar relacionado, com a melhora do estado da saúde do indivíduo.

Page 14: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

23

Dentre as vantagens da Hidroginástica, destaca-se a quase ausência de impacto, o

que a torna adequada para uma quantidade maior de pessoas. O exercício no meio

aquático, quando bem explorado, pode trazer grandes benefícios (GAINES, 1993 apud

LOURENÇO, 2008). Para tal, é necessário aliar os conhecimentos do meio com os

conhecimentos específicos dos exercícios aplicáveis na Hidroginástica.

Conforme Bonachela (2004), os exercícios de Hidroginástica têm como principais

objetivos aumentar a capacidade de autossuficiência e bem-estar geral, melhorar o sistema

cardiovascular e a resistência geral, aumentar a força e a resistência muscular, melhorar a

coordenação motora, flexibilidade e equilíbrio, aliviar as dores musculares e articulares,

aliviar a ansiedade, depressão e stress e promover a sociabilização.

Na perspectiva de Case, (2001) a Hidroginástica é um excelente meio de

exercitação, dado que a força de impacto articular, entre outras vantagens, está atenuada e

contrariada pela força de impulsão, permitindo o acolhimento das populações especiais

como é o caso dos idosos.

A Hidroginástica desenvolve qualidades físicas como coordenação, flexibilidade,

força e resistência, e ainda é capaz de corrigir a postura, desvios de coluna, além de ser

divertida e atrativa (MOTA, 2009).

Para, além disso, a Hidroginástica possibilita a prática segura de exercícios dado que

a redução da velocidade de movimentos pela maior densidade da agua impede a realização

de movimentos bruscos que podem provocar lesões.

A adaptação do corpo à força de impulsão, para manter a posição, para avançar ou

mesmo para emergir, aumenta a capacidade de equilíbrio, tão importante nas idades mais

avançadas, pela grande incidência de quedas e fraturas (VILLA e CALVO, 1998).

Outra vantagem importante da Hidroginástica é que ela é uma das poucas atividades

que podem ser realizadas por indivíduos com pouco ou nenhum condicionamento físico.

Com isso, esta atividade se mostra de grande valia independentes do grupo de destino

(ROCHA, 1999).

De acordo com Sova, (1998), praticar Hidroginástica regularmente melhora todos os

cinco componentes do condicionamento físico como: condicionamento aeróbio, força

muscular, resistência muscular, flexibilidade e composição corporal. Cada um destes

componentes desempenha um papel vital na saúde do organismo

2.2.5.1. Condicionamento Aeróbico

Page 15: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

24

Paulo (1994), porque é através dele que alcançamos os benefícios para o sistema

cardiovascular. E é através de um sistema cardiovascular que alcançaremos a boa forma

física.

Sova (1998), a melhor maneira de alcançar o condicionamento físico é através do

exercício aeróbico. Ele consiste de, no mínimo, 20 minutos de atividade continua, que

aumenta o ritmo cardíaco em até 65 a 85%..., no mínimo, três vezes por semana.

Além destas vantagens, os exercícios aeróbicos protegem você contra a doença

cardíaca coronariana. Praticados com regularidade, podem reduzir quase todos os fatores

de risco da doença coronariana passiveis de serem alterados. Estes fatores de risco podem

ser reduzidos através da atividade aeróbica regular como a Hidroginástica (SOVA, 1998):

Hipertensão

Níveis de lipídios e colesterol sanguíneo elevado

Fumo Obesidade

Arteriosclerose

Diabetes

Vida sedentária

Estresse.

2.2.5.2. Força Muscular

A água oferece uma resistência que atua como se fosse um peso. Andar na água é

muito mais difícil que no solo, assim só o fato do deslocamento fará com que a força

muscular seja desenvolvida.

De acordo com Sova (1998), na água podemos fortalecer nossos músculos com ou

sem equipamentos. A resistência da água, principalmente quando combinada com

equipamentos, pode tornar desafiantes mesmo movimentos pequenos, além de funcionar

como uma carga suficiente para aumentar a força muscular.

Segundo Vasiljev apud Canto (1999), os exercícios na água apresentam um caráter

estático-dinâmico que contribui um dos meios ativos da ação favorável no aumento da

massa muscular, ativação da troca gordurosa e ativação dos processos anabólicos e

catabólicos.

Page 16: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

25

2.2.5.3. Resistência Muscular

É a capacidade de repetir diversas vezes atividades que demandam resistência. A

resistência muscular também é chamada de tônus. O tônus pode ser conseguido mais

depressa em treinamentos que utilizam a resistência da água, do que em treinamentos de

solo (SOVA, 1998).

Segundo Vasiljev apud Canto (1999), a maior densidade da água, em relação ao ar,

obriga os praticantes a realizarem movimentos mais lentos e flutuáveis que em terra. Ao

superar a resistência da água, o organismo obtém a carga necessária que conduz á

adaptação desejada ao tônus muscular. Aqui ocorre o principio de dupla ação, ou seja, o

praticante enfrenta a resistência contra o músculo tanto no momento do vencimento

propriamente dito da água, como no retorno á posição inicial.

2.2.5.4. Flexibilidade

As pessoas que decidem fazer exercícios, geralmente, ignoram a flexibilidade.

Muitos se preocupam apenas com a boa aparência e não imaginam que a flexibilidade

contribui para ela.

Segundo Sova (1998), flexibilidade é a capacidade que as articulações têm de se

movimentarem dentro de uma faixa normal de movimento.

É a qualidade física que condiciona a capacidade funcional das articulações a

movimentarem-se dentro dos limites ideais de determinadas ações (TUBINO, apud MASI,

2003).

Para Fox et al. Apud Masi (2003), flexibilidade é a amplitude de movimento ao redor

de uma articulação.

A flexibilidade é importante, seja na vida diária, seja em circunstâncias especiais.

Devido ao menor efeito da gravidade na água, as articulações podem fazer uma variedade

maior de movimentos e esticarem-se mais efetivamente sem aumento da pressão sobre

elas. A água permite que se estique de modos que não seriam possíveis no solo.

No entender de Sova (1998), devido ao menor efeito da gravidade na água, as

articulações podem fazer uma variedade maior de movimento e esticarem-se mais

efetivamente sem aumento da pressão sobre elas.

Page 17: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

26

2.2.5.5. Composição Corporal

A composição corporal é a porção da gordura corporal em relação á massa magra.

As pessoas queimam em media de 450 a700 calorias durante uma hora de exercício.

Na água, 77% das calorias queimadas vêm das gorduras armazenadas, ajudando a reduzir

a gordura corporal (SOVA, 1998).

O exercício na água produz uma necessária sobrecarga, o que faz com que o gasto

de energia seja ainda maior.

De acordo com Paulo (1994), aliado a isto devemos lembrar que o trabalho na água

estimula a produção de calor, daí mais consumo de energia e então transformação do peso

gordura em peso muscular real (trabalho mais termo-regulação-75% a mais do consumo de

energia que a atividade em seco).

É importante destacar que, a atividade de Hidroginástica além dos benefícios físicos,

traz inúmeros benefícios e melhoras psicossociais, pois pode ser tratada também como uma

forma de interação social, convivência e relacionamento interpessoal. Ela é extraordinária e

funciona, é gostoso fazer exercício na água e não é monótono! Em comparação com os

exercícios no solo, a Hidroginástica é: mais divertida e agradável, mais eficaz e estimulante,

mais cômoda e segura (SOVA, 1998).

Conforme os diversos autores citados a cima, fica claro os inúmeros benefícios

ocasionados com os exercícios de Hidroginástica que desencadeiam uma série de reações

fisiológicas no corpo.

2.2.6. PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS DA HIDROGINÁSTICA

De acordo com Bonachela (2004), para que o objetivo seja alcançado, é

imprescindível que o professor siga alguns princípios pedagógicos:

1° - PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO: o professor deve incentivar e estimular seus alunos a

manter um ritmo de execução dos exercícios para que não haja perda do interesse pela

atividade. Quanto mais o indivíduo é estimulado positivamente, mais ficara motivado, pois a

motivação está relacionada diretamente à personalidade do professor.

2° - PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO: a individualização se caracteriza pela condição

biológica do aluno, que determina o grau de esforço que será capaz de suportar.

Page 18: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

27

3° - PRINCIPIO DA CONTINUIDADE: Está baseado no processo de adaptação ao

organismo humano, que é o resultado da alternância entre o esforço e a recuperação, e

ocorre através dos estímulos que poderão ser:

-Fracos: não causam nenhum benefício ao organismo;

-Moderados: provocam leves excitações;

-Fortes: produzem adaptações satisfatórias;

-Muito Fortes: podem causar dados irreparáveis.

4°- PRINCIPIO DA SOBRECARGA: Aumentar gradativamente número de repetições,

duração, intensidade dos exercícios.

Além dos princípios acima citados, nas aulas de Hidroginástica a sobrecarga é

natural, uma vez que a própria resistência da água já oferece uma resistência satisfatória,

podendo essa resistência ser aumentada utilizando-se diversos materiais como: halteres,

luvas, pranchas, tubos, aquafins, colete, flutuadores, tornozeleiras, e outros materiais.

2.2.7. CARACTERÍSTICAS DE PESSOAS QUE PRÁTICAM HIDROGINÁSTICA

A Hidroginástica é uma atividade indicada para pessoas de todas as idades e níveis

de condicionamento físico.

De acordo com Rocha (1999), por ser uma atividade que atende uma infinidade de

pessoas e problemas, vem sendo cada vez mais procurada por indicação médica, indicação

de amigos e até mesmo por curiosidade pessoal, pois é uma atividade que além de curar,

dá prazer e estimula as pessoas a progredir na vida como um todo.

A Hidroginástica pode ser praticada por homens, mulheres, jovens e idosos que

buscam se exercitar; pessoas ocupadas e que tem pouco tempo para fazer exercícios,

atletas em treinamento, gestantes, pessoas que estão se recuperando de alguma lesão,

obesos, pessoas com algum tipo de deficiência e aqueles que querem outra opção para os

seus programas normais de exercícios.

Segundo Rocha (1999), Jovens e Adultos procuram a Hidroginástica por ser uma

atividade que visa à performance orgânica eminente e mantém ou melhora a forma física.

Com relação a pessoas obesas Becker (2000), diz que os exercícios aquáticos

podem ser benéficos para o controle do peso, principalmente, por não trazer malefícios a

suas articulações, ossos e músculos, o que acontece muito em atividades terrestres.

Segundo Baum (2000), nos idosos o número de dores articulares, quedas ou

colisões, aumentam muito, levando a várias sequelas. Na água, a baixa probabilidade de

Page 19: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

28

queda diminuindo o risco de lesão articular, devido à ausência de sustentação do peso, por

parte do indivíduo.

Atletas lesionados praticam Hidroginástica porque ela fortalece a musculatura,

protegendo as articulações (ROCHA, 1999).

Baum (2000), afirma ainda que a Hidroginástica é Indicada também para quem tem

problemas de coluna e para gestantes, já que previne dores lombares e cervicais, aumenta

a circulação nas pernas, facilitando o parto e sua posterior recuperação.

Pessoas com diversas patologias procuram essa atividade por orientação médica

visando à melhora ou inibição de problemas como asma, bronquite, rinite, artrose, artrite,

reumatismo, stress, fadiga, ansiedade, contusões, torções, colesterol, diabetes, hipertensão,

entre outros (ROCHA, 1999).

Baseando-se nisso pode-se dizer que qualquer pessoa pode realizar essa atividade,

desde que procure um médico para fazer uma avaliação do seu estado de saúde e uma

academia com profissionais especializados. Uma vez que determinados problemas exigem

uma modificação no programa.

3. METODOLOGIA

3.1. TIPO DE PESQUISA

Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa descritiva de caráter quantitativo, que

de acordo com Cervo e Bervian (2002) consiste na observação, registro, análise,

classificação e interpretação dos fatos ou fenômenos sem que haja interferência do

pesquisador sobre eles.

Segundo Richardson (1989), o método de pesquisa quantitativa caracteriza-se pelo

emprego da quantificação, tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no

tratamento dessas através de técnicas estatísticas, desde as mais simples até as mais

complexas.

Conforme o autor mencionado, esse método possui como diferencial a intenção de

garantir a precisão dos trabalhos realizados, conduzindo a um resultando com poucas

chances de distorções.

Page 20: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

29

3.2. POPULAÇÃO E AMOSTRA

A população deste trabalho é definida com praticantes e professores de

Hidroginástica de 4 (quatro) academias de Porto Velho, todos maiores de idade do sexo

feminino e masculino.

A amostra foi constituída por 30 (trinta) praticantes de Hidroginástica (quadro 1) e 4

(quatro) professores (quadro 2), entre homens e mulheres, com idade entre 27(vinte e sete)

e 75(setenta e cinco) anos, que foram selecionados por aceitabilidade. As academias foram

escolhidas de acordo com as facilidades e possibilidades oferecidas para a realização da

pesquisa.

Quadro 1 – Número de sujeitos divididos por sexo e academia que participaram do estudo

Academia Homens Mulheres Total

Academia A 1 4 5

Academia B 4 6 10

Academia C 10 10

Academia D 5 5

Total 5 25 30

Quadro 2 – Número de professores divididos por academia que participaram do estudo

Academia Total de professores

Academia A 1

Academia B 1

Academia C 1

Academia D 1

Total 4

Page 21: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

30

3.3. INSTRUMENTO

A pesquisa utilizou como ferramenta para coleta de dados dois questionários abertos

semiestruturados, através do qual foram obtidas informações do assunto pesquisado.

Os participantes do estudo foram esclarecidos de todos os procedimentos que teriam que

passar, e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (ANEXO I) mostrando

que os dados ficariam em sigilo e que poderiam deixar a pesquisa assim que desejassem,

se propondo a participar do estudo. Concordando que os resultados obtidos durante a

pesquisa sejam utilizados para fins científicos.

Os questionários utilizados na pesquisa foram um para os alunos que participaram do

estudo (ANEXO II) e um para os professores das academias (ANEXO III).

O questionário dos alunos possuí 7 (sete) questões para definirmos o perfil do praticante

de Hidroginástica das academias de Porto Velho. Já o questionário para os professores das

academias, tem 5 (cinco) questões para definirmos se o professor tem conhecimento do

perfil do seu aluno e dos benefícios que a Hidroginástica pode trazer a ele.

Os questionários utilizados são de Andrade (2007), sendo que o questionário dos alunos

continha 9 questões abertas e o dos professores continha 6 questões abertas. No entanto,

para realização dessa pesquisa foram realizadas algumas modificações. Tais como a

retirada de duas questões do questionário dos alunos e uma do questionário dos

professores pelo fato de serem repetidas.

3.4. PROCEDIMENTOS

3.4.1 Contato com as instituições

O contato com as academias foi através de uma conversa com o responsável pela

mesma, mostrando o meu interesse em estar realizando a minha pesquisa de campo

naquele local.

Os responsáveis, a partir deste contato inicial, indicaram para que a pesquisadora

falasse diretamente com o (a) professor (a) responsável pelas aulas de Hidroginástica na

Page 22: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

31

academia. Assim, o período da semana e os horários para a coleta de dados foram

definidos em conjunto com os professores, tentando evitar não atrapalhar as aulas.

A pesquisa de campo se iniciou na academia A, indo para B, C e por fim a D.

3.4.2 contato com os alunos

O contato com alunos era iniciado, através da apresentação da pesquisadora que

explicava a todos os participantes a necessidade de contarmos com sua colaboração para a

realização da pesquisa onde esclarecíamos a relevância do estudo e os procedimentos do

trabalho. Assim, aqueles que se propunham a participar da pesquisa respondiam o

questionário logo após suas aulas e nos devolviam em seguida.

3.4.3 Aplicação dos questionários

Em todas as academias a aplicação dos questionários foram realizados na própria

área da piscina, onde sempre havia algumas cadeiras e mesas disponíveis.

Antes de iniciar as respostas era passado aos sujeitos que se propunham a participar do

trabalho, o termo de consentimento livre e esclarecido, que foi assinado por todos. Em

seguida os sujeitos se sentavam, recebiam os questionários e respondiam as questões

formuladas. A pesquisadora anotava as respostas daqueles que tinham dificuldade de

escrever.

Da mesma forma, foi realizada a entrevista semiestruturada com os (as) professores

(as) responsáveis pelas turmas em que os alunos aceitaram a participação.

3.5. ANÁLISE ESTATÍSTICA

Foi utilizada estatística descritiva no Programa Excel 2011.

3.5.1. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Page 23: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

32

A partir da aplicação dos questionários foi possível verificar o perfil dos praticantes

de Hidroginástica das academias, da cidade de Porto Velho.

Com a finalidade de melhor visualização da quantidade de participantes, podemos

observar no quadro 3, a distribuição dos participantes da pesquisa distribuídos por faixa

etária.

Quadro 3 - Caracterização da amostra

Idade Numero de alunos (%)

26 a 30 anos 3 10%

31 a 40 anos 6 20%

41 a 50 anos 7 23%

51 a 60 anos 8 27%

Acima de 60 anos 6 20%

Total 30 100%

O grupo se apresenta num percentual de (10%) na faixa etária entre 26 e 30 anos;

(20%) entre 31 e 40 anos; (23%) entre 41 a 50 anos; (27%) entre 51 a 60 anos e (20%)

acima de 60 anos de idade.

Bee (1986) divide a fase adulta até os 40 anos, período de plena capacidade física, e

acima de 40 anos com início dos decréscimos biológicos que levam ao envelhecimento,

dividindo nosso grupo de estudo de acordo com essa proposta verifica-se que a maior

concentração de sujeitos está acima de 40 anos (21 participantes, 70%). Assim entende-se

que a maioria encontra-se num período da vida onde o processo de envelhecimento começa

a surgir, o que pode ocasionar mudanças fisiológicas, biológicas e psicossociais nestes

indivíduos.

Segundo Ferreira et al (2005), neste período é fundamental a prática regular de

atividade física visando diminuir ou retardar o processo de mudanças. Desta forma,

melhorando a qualidade de vida das pessoas.

O quadro 4 apresenta os resultados comparando por sexo o percentual de

participantes na pesquisa. Apresentamos os resultados divididos por homens e mulheres e

pelas academias investigadas. Assim, pudemos avaliar qual o gênero com maior

prevalência na busca pela prática de Hidroginástica.

Page 24: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

33

Através da análise dos resultados pode-se verificar que no grupo pesquisado a

maioria dos entrevistados 83% é do sexo feminino e apenas 17% masculino.

Paulo (1994) relata que a Hidroginástica é praticada principalmente por mulheres. A

predominância do sexo feminino em relação ao sexo masculino é citada por Kruel (1994)

quando relata que, a Hidroginástica é hoje muito praticada em nosso país e principalmente

pelo público feminino. Não encontramos, na literatura consultada, explicação para este fato.

Segundo Rabelo (2001), em seu trabalho de mestrado, as mulheres são mais

vulneráveis a mudanças em seu corpo do que os homens, e buscam exercícios que

envolvem ginásticas visando minimizar as mudanças que ocorrem com a idade, como a

Hidroginástica, por exemplo, podendo ser este um dos fatores que explicam maior

quantidade das mulheres do que os homens nessas atividades, em busca da manutenção

de um “corpo perfeito”.

Andreotti e Okuma (2003) afirmam que os homens são mais interessados em práticar

atividades de alta intensidade, que exigem exaustivos esforços físicos para “homens de

verdade”, como por exemplo, a musculação, e não se interessam por ginásticas. Este

aspecto pode ser outra questão que faz com que o número deles seja menor do que o das

mulheres na procura por atividades de Hidroginástica.

Por tanto, há indícios de que a maioria das pessoas que procuram esta atividade são as

mulheres, o que foi reafirmado com os dados que encontramos.

No gráfico 1, está representada a relação da idade dos alunos das academias e

do tempo em que praticam Hidroginástica.

Quadro 4 - Sujeitos divididos por sexo e academia que participaram do estudo

Academia Homens Mulheres Total

Academia A 1 4 5

Academia B 4 6 10

Academia C 10 10

Academia D 5 5

Total 5 25 30

Page 25: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

34

Gráfico 1 - Relação da idade com o tempo de prática da Hidroginástica

26 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos 51 a 60 anos Acima de 60 anos

0

1

2

3

4

5

6

5 meses ou menosEntre 5 meses e 1 anoAcima de 1 ano

Isso pode ser mais bem representado, no quadro 5, onde a maioria dos entrevistados

12 sujeitos (40%) tem entre 5 meses e 1 ano de prática de Hidroginástica, mas, por

outro lado, muitos tem apenas 5 meses de prática ou menos, 9 sujeitos (30%).

Quadro 5 - Relação da idade com o tempo de prática da Hidroginástica

Faixa etária 5 meses ou menos Entre 5 meses e 1 ano Acima de 1 ano

26 a 30 anos 2

31 a 40 anos 3 2 1

41 a 50 anos 6 2

51 a 60 anos 3 1 3

Acima de 60 anos 1 3 3

Total 9 12 9

Page 26: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

35

Interessante notar que os indivíduos que estão acima de 40 anos, na fase de vida

adulta intermediária, são os mais disciplinados e parecem realmente aderir e incorporar o

programa de exercício físico na sua vida cotidiana, tendo na pesquisa indivíduos que tem

mais de 2 anos de prática de atividade aquática. Fator importante já que só é possível obter

benefícios com a prática regular de atividade física.

Segundo Mcardle, Katch e Katch (2003), o princípio que deve ser seguido em um

treinamento ou em um programa de condicionamento físico é o da continuidade visando

obter os resultados esperados. O indivíduo que aderir a um programa de exercícios físicos

deve manter a frequência e não deixar em pouco tempo a prática. Isto porque, segundo os

autores quando uma pessoa encerra a sua participação em um programa de exercícios

físicos, há uma perda rápida nas suas adaptações fisiológicas e no seu desempenho

conquistado. Assim, é importante dar continuidade ao programa.

Na amostra coletada verificamos que a população que segue esse princípio, da

continuidade da prática, são os indivíduos acima de 40 anos. Portanto é importante que os

professores criem estratégias para conseguir manter os mais jovens em suas aulas.

No gráfico 2, está representado os objetivos mais frequentes que fazem os

indivíduos procurarem a prática de Hidroginástica segundo as respostas dos alunos.

Gráfico 2 - Objetivos mais frequentes com a prática de Hidroginástica

13%

27% 17%

10%

20%7%7%

Sair do sedentarismoDiminuir dores em geralPerder peso Qualidade de vida SaúdeCondicionamento físicoControle do stress

Page 27: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

36

Quanto aos principais objetivos citados pelos alunos ao ingressar no programa de

Hidroginástica ficaram assim destacados: diminuir dores em geral (27%), melhorar a saúde

(20%) e perder peso (17%).

Em relação à utilização da atividade de Hidroginástica para diminuição de dores em

geral, percebe-se que os alunos que responderam esse objetivo são aqueles que possuem

dores, principalmente, na coluna e nos joelhos.

Segundo Silva e Silva (1995), o exercício vem sendo cada vez mais utilizado como

forma de prevenção, avaliação e tratamento de diversas doenças, de modo especial, as

doenças crônico-degenerativas.

Alguns praticantes relataram que o objetivo da prática é perder peso. Melo e Steffens

(1997) constataram em seus estudos que ocorreram efeitos significativos sobre a

composição corporal, principalmente no percentual de gordura de participantes de

programas de Hidroginástica.

Pasetti, Gonçalves e Padovani (2007), também obtiveram resultados eficientes de

melhora na qualidade de vida, condicionamento físico e saúde de indivíduos que realizaram

atividade de Hidroginástica.

Os outros motivos relatados conferem com a literatura existente que constata

conforme Leyser (1994), por ter um índice de lesões baixíssimo a Hidroginástica tornou-se

uma das atividades mais procuradas por pessoas especiais que necessitam manter seu

equilíbrio orgânico, e até mesmo aqueles que necessitam de uma recuperação ativa para os

seus problemas.

De forma geral, através das citações dos autores conclui-se que a busca pela saúde

é o principal objetivo dos sujeitos que ingressam num programa de Hidroginástica. Segundo

Tobar (2010), a saúde é um fator motivacional muito relevante para a participação de um

exercício físico, pois ela está relacionada aos valores interpessoais de uma população.

No gráfico 3, observa-se que o maior número de praticantes relata que ingressaram

no programa de Hidroginástica por recomendação médica perfazendo um total de 20

indivíduos, 67%.

Page 28: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

37

Gráfico 3 - Indicações para a prática de Hidroginástica

67%

33%

Indicação MédicaOutros

Neste caso, observamos que os médicos não prescrevem nenhuma atividade

especial adaptada ao problema do paciente. Alves (1994) enfatiza que, a

Hidroginástica é recomendada pelos médicos por ser um meio de se exercitar

sem sofrer o impacto do corpo com o solo e por relaxar a musculatura, o que

torna os movimentos mais fácies de executar, mesmo para as pessoas mais

pesadas e/ou com dificuldades de locomoção em terra.

De acordo com Lacerda (1995) a prática ou não da atividade física pelo

idoso está diretamente ligada à prescrição médica. A demora em começar

alguma atividade física, pode acarretar em um retardamento dos efeitos

colaterais das patologias e não um método preventivo.

Nota-se que os encaminhamentos médicos favoreceram a procura pela

atividade de Hidroginástica da maior parte dos praticantes. A indicação

médica tem favorecida a procura dos indivíduos à prática da atividade

podendo ser o motivo principal para que essas pessoas tenham como maior

objetivo a prática de atividade, mas por encaminhamento médico.

Outros 10 indivíduos 33%, afirmaram terem ingressado no programa de

Hidroginástica por indicação de amigos ou por iniciativa própria.

No gráfico 4, estão representadas as principais patologias encontradas

em praticantes de Hidroginástica. Em todas as academias encontramos

pessoas com problemas de saúde.

Page 29: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

38

Gráfico 4 - Patologias encontradas em praticantes de Hidroginástica

30%

3%

3%

20%

7%

7%7%3%

13%7%

Hipertensão arterialProblemas no coraçãoProblemas respiratórios (asma)ObesidadeOsteoporoseDiabetesProblema de colunaProblemas circulatóriosProblema no joelhoDepressão

A partir da análise do gráfico percebe-se que a maioria das pessoas que buscam a

atividade de Hidroginástica se encaixa no quadro de hipertensão arterial (30%), obesidade

(20%) e problemas no joelho (13%), sendo que foram encontrados outros problemas de

saúde, porém, em menor proporção.

A atividade de Hidroginástica é indicada como uma forma de tratamento de todas

essas patologias, porém com algumas controvérsias. No caso de problemas respiratórios, a

natação é uma das atividades mais indicadas pelos médicos (AQUA, 2007). Com relação à

osteoporose, que se caracteriza pela insuficiência na produção de osteoblastos, seu

tratamento é mais eficiente se for realizada atividades no meio terrestre já que a produção

de osteoclastos ocorre pelo impacto causado pelo exercício. Porém, se a doença estiver em

um grau muito elevado de comprometimento com o indivíduo sentindo muitas dores, a água

pode ser um recurso pra iniciar a prática e, assim que possível, iniciar a prática no meio

terrestre (MAZARINE, SALVE& MARQUES, 2006).

Page 30: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

39

Alguns indivíduos declaram ter mais de uma patologia, reforçando a importância de o

professor antes de iniciar o seu programa de atividade física conhecer seus alunos e

adequar sua atividade, a fim de contribuir no tratamento dessas patologias.

No gráfico 5 podemos verificar se a prática de Hidroginástica trouxe melhorias na

saúde dos praticantes, de acordo com suas próprias percepções.

Gráfico 5 - Percepção de melhoria com a prática de Hidroginástica

97%

3%

SimNão

Baseando no quadro acima, verificamos que a maioria dos indivíduos (97%)

percebeu uma influência significativa no que diz respeito à melhoria de suas capacidades

funcionais. As principais melhorias citadas pelos sujeitos estão relacionadas: ao melhor

desempenho nas atividades da vida diária, diminuição do peso corporal, disposição e

vitalidade, flexibilidade, coordenação motora e condicionamento físico.

Benedetti e Petroski (1999) encontraram, após um programa de exercícios de

Hidroginástica de cinco meses, realizado em Santa Catarina, melhora significativa da

flexibilidade, do equilíbrio e da velocidade de andar. Em outro estudo realizado por Alves et,

al. (2004) utilizando a Hidroginástica como principal atividade física por três meses, em

idosas de Niterói-RJ, observaram uma melhora significativa em peso corporal, na disposição

e vitalidade e na coordenação motora.

Nota-se que é possível que os praticantes de Hidroginástica percebam e identifiquem

os níveis de melhoria em suas capacidades funcionais proporcionados pela prática regular

da Hidroginástica.

Em nossa pesquisa buscamos identificar se os praticantes de Hidroginástica tem

conhecimento dos benefícios desta atividade. Logo abaixo no gráfico 6 podemos observar

com maior clareza os benefícios citados pelos indivíduos.

Page 31: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

40

Gráfico 6 - Benefícios da Hidroginástica na visão dos praticantes

23%

17%13%

10%

7%7%3%7%

3%

3%

7%

Disposição geral SaúdeQualidade de vida Melhora dores musculares Melhora o sonoCondicionamento físicoCirculaçãoAjuda no emagrecimento Controle da hipertensão arterialAumenta a autoestimaControle do stress

A partir da análise do gráfico observa-se que os benefícios mais citados pelos

praticantes foram: disposição geral (23%), saúde (17%) e qualidade de vida (13%).

Os benefícios da prática regular de atividade física são inúmeros para o nosso corpo,

possibilitando melhoras nos sistemas cardíaco e respiratório, além do benefício mental e

social, auxiliando no combate ao stress e tristeza e outros incômodos da vida

contemporânea (LEITE, 2000). Moreira (2005) destaca que a grande maioria dos idosos sente-se melhor e mais

dispostos depois da prática de alguma atividade física, e esta melhora, tanto física quanto

psíquica, contribui para que se sintam motivados a continuar nestas práticas.Para Krasevec e Grimes (2002), os efeitos das atividades realizadas no meio líquido

relacionadas aos aspectos psicológicos são: tendência à elevação da autoestima, alívio dos

níveis de estresse, maior disposição para enfrentar as atividades cotidianas, entre outros.

Matsudo (2002), ainda registra que práticar exercícios físicos regulares como a

Hidroginástica pode auxiliar nas boas alterações endócrinas e metabólicas, como a

Page 32: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

41

diminuição da gordura corporal, diminuição dos níveis de insulina, e melhora da tolerância à

glicose. Alterações na composição corporal, aumento da força muscular, além de

proporcionar alterações de comportamento como diminuição do stress e da ansiedade.

Baseando-se nisso conclui-se que a prática da Hidroginástica melhora o

condicionamento físico além de, proporciona resultados positivos nos aspectos mentais e

sócio afetivos, o que é extremamente importante, uma vez que as pessoas idosas tendem a

se sentir solitárias e excluídas da sociedade.

Resultados das Entrevistas com os Professores

Em relação à formação dos professores constatou-se que dos 4 (quatro)

entrevistados 2 (dois)professores são formados em Educação Física e, 2 (dois) estão

cursando o curso de Educação Física entre 6º e 8º semestre.

Quadro 6 - Formação do professor para atuar com a Hidroginástica

Professor Formação

Academia A Licenciatura plena em Educação Física

Academia B Acadêmico do 6º semestre do curso de Educação Física

Academia C Acadêmico do 8º semestre do curso de Educação Física

Academia D Licenciatura em Educação Física

Os dados encontrados nos mostra uma grande conquista dos profissionais de

Educação Física no mercado de trabalho, pois não foi encontrado nenhum profissional de

outra área ou sem a devida formação atuando como professor de Hidroginástica.

Para Matos apud Pinho e Andrade (2009), o aumento do nível dos conhecimentos

científicos não basta por si só para elevar a qualidade da competência pedagógica. Mas a

competência pedagógica não pode ser construída na ausência da competência científica e

de outras que perfazem em conjunto a competência do professor.

No quadro 7 estão representados os métodos utilizados pelos professores das

academias para avaliação da saúde dos alunos antes iniciar em um programa de

Hidroginástica.

Page 33: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

42

Quadro 7 - Avaliação da saúde dos alunos antes de iniciar em um programa de Hidroginástica

Academia Avaliação da saúde dos alunos

A Faz conforme alunos e turma. A cada três meses, dependendo do

problema e do aluno.

B Faz uma anamnese.

C Há uma anamnese e o programa é adaptado ao grupo e alguns

alunos específicos.

D Temos uma ficha de avaliação que é preenchida no ato da matricula.

No resultado das entrevistas com os professores observou-se que, estes fazem uma

anamnese a fim de conhecer seus alunos. Sabemos que essa avaliação é essencial para o

planejamento da aula, uma vez que deve atender as necessidades e objetivos dos alunos.

Através das respostas dos professores nota-se que todos demonstram preocupação

com a saúde dos alunos, entretanto apenas uma professora afirmou que faz uma avalição

periódica dependendo do problema do praticante. Por meio dessa avalição periódica torna-

se possível identificar as melhorias atingidas e se necessário planejar novas estratégias que

atinjam os objetivos dos alunos.

Nem tudo que é planejado e relatado como ideal pelo profissional se concretiza na

realidade da prática profissional (EZPELETA & ROCKEL, 1999). Quando interrogados sobre

os objetivos das atividades propostas em aula, observa-se que os professores das

academias A e C planejam suas atividades de acordo com os objetivos dos alunos. Já os

professores das academias B e D sinalizam que o planejamento é prévio definido pela

academia.

Page 34: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

43

Quadro 8 - Objetivo das atividades propostas em aula

Professores Objetivo das atividades

Academia A Depende do aluno e das turmas, pois as turmas são muito

homogêneas. O objetivo geral é a satisfação do aluno.

Academia B

Melhorar o condicionamento físico e tratar de lesões

Academia C Cada aluno tem seu objetivo, desde perda de peso a

fortalecimento muscular devido lesões.

Academia D Melhorar resistência física, tonificação muscular e melhorar

a sociabilidade.

Prado (2001) relata que muitas vezes os profissionais de Educação Física planejam

suas atividades antes de conhecer seus alunos, principalmente, quando a relação professor

X aluno é elevada, ou seja, existe um número de alunos elevado em relação ao número de

professores na aula.

Nader (1995) destaca que, em muitas aulas o planejamento do professor não

respeita os objetivos dos alunos. Isto ocorre segundo a autora, pois o professor se preocupa

com a organização da atividade, o que fazer, não colocando a atenção necessária em quem

vai fazer e porque vai fazer.

Um aspecto a ser destacado é o fato das pessoas serem diferentes entre si, por tanto

o professor deve respeitar a individualidade de cada um, ou seja, antes de palmejar sua

atividade deve conhecer os objetivos e necessidades de cada aluno.

De acordo com Dantas (1986), a individualidade se caracteriza por aquilo que uma

pessoa é capaz de fazer, pela sua condição biológica, fisiológica e psicológica.

No quadro 9, estão representados os principais problemas de saúde encontrados em

praticantes de Hidroginástica segundo a percepção do professor.

Page 35: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

44

Quadro 9 - Problemas de saúde dos praticantes de Hidroginástica na percepção dos professores

Professores Problema de saúde dos alunos

Academia A São vários problemas que aparecem traumas pós-acidentes,

problema de coluna, joelho e articulações.

Academia B Fratura de fêmur.

Academia C Lombalgia, artrite, artrose e depressão.

Academia D Problemas de saúde em geral.

Quando interrogados se possuem alunos com algum tipo de problema de saúde,

constatou-se que todos possuem alunos com patologias diversificadas. Com relação ao

método utilizado para descobrir o problema do praticante, a resposta foi em consenso, pois

para todos os professores a maneira de obter tais informações é através de uma anamnese

inicial ou por indicação médica.

De acordo com Silva (1999), é necessário exigir um exame médico de candidatos em

determinadas condições, por exemplo, acima de 35 anos portador de um fator de risco,

acima de 45 anos para todos.

Por tanto, é importante uma boa relação do educador físico com o médico do aluno,

pois assim o professor poderá conhecer o problema do aluno partir da opinião do médico

buscando a melhor forma de colaborar para o tratamento.

Em relação às estratégias utilizadas no planejamento das aulas para lidar com

diferentes patologias verificamos as seguintes respostas, os professores das academias A e

C: relatam que fazem uma diferenciação dos exercícios dependendo do problema do aluno

de forma que venham beneficiar o aluno e não agravar ainda mais o seu problema.

Já os professores das academias B e C afirmam que, utilizam o diálogo e

observação para orientar os alunos dentro de suas necessidades.

Page 36: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

45

Quadro 10 - Estratégias utilizadas pelo professor no planejamento das aulas para lidar com as possíveis patologias.

Academia A Diferenciação do ritmo dos exercícios e da intensidade, dependendo do problema que o aluno tem.

Academia B Conversar sobre o que ele tem dentro de sua especificidade.

Academia C Vario o exercício de acordo com sua necessidade.

Academia D Observação e diálogo.

Mariane (1997) relata que os professores orientam os alunos para que não executem

determinados exercícios durante a aula. Porém, não existe um controle do volume,

intensidade, a partir dos diferentes sujeitos.

Sabe-se que em uma aula com uma grande quantidade de alunos, é difícil fazer um

planejamento que atenda diferentes necessidades e objetivos, porém seria interessante

buscar estratégias como incluir mais professores durante a aula, pois dessa forma torna-se

possível a prescrição de exercícios de forma individualizada, ou dividir e orientar as pessoas

por níveis de performance.

Segundo Rocha (1999), para saber o nível certo e conduzir o aluno, deve-se fazer

previamente os testes de avaliação física para saber melhor suas capacidades e qualidades.

Quando não se tem condições de dividir os grupos, devido à falta de horário ou poucos

alunos, deve-se orientar o aluno a fazer só o que é capaz respeitando seu ritmo próprio,

sem deixar de lhe dar estímulos.

Page 37: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

46

4. CONCLUSÃO

Concluímos que a busca pela atividade de Hidroginástica é crescente conforme a

progressão da idade, visto que a maior concentração de praticantes encontra-se na faixa

etária de 41 a 60 anos. Outro aspecto importante relacionado à idade é que os indivíduos

mais velhos tendem a continuar a prática por mais de um ano, já os mais jovens são mais

vulneráveis a desistir da atividade. Portanto, caberá ao professor buscar estratégias para

que a aderência à atividade deste grupo seja efetivada, visando evitar problemas futuros de

saúde.

O número de mulheres praticantes de Hidroginástica é muito maior que a dos

homens, característica que coincide com outras pesquisas que mostram que as mulheres se

interessam mais por este tipo de atividade.

Um fator importante a destacar neste trabalho é que a maioria dos indivíduos

entrevistados tem motivos iniciais de adesão por ordens médicas, sendo que lazer,

qualidade vida e estética vem em segundo plano sendo que a soma das necessidades torna

a atividade física mais significativa.

Fica claro que a amostra desta pesquisa tem uma grande diversidade de objetivos,

porém, os objetivos principais são a saúde e como uma atividade coadjuvante no tratamento

de enfermidades.

Em se tratando da avaliação da saúde antes de iniciar em um programa de

Hidroginástica a maior parte dos professores avaliam através de anamnese, entretanto

apenas uma professora afirmou que faz uma avalição periódica dependendo do problema

do praticante. Um fator importante, uma vez que por meio dessa avalição periódica torna-se

possível identificar as melhorias atingidas e se necessário planejar novas estratégias que

atinjam os objetivos dos alunos.

Assim verificamos que existem sujeitos com diferentes idades, patologias e objetivos

buscando atividade de Hidroginástica nas academias de Porto Velho- RO. Sugerimos,

portanto, a necessidade de maior preparo do profissional para atuar com essa clientela.

Através de uma educação continuada com ênfase em cursos direcionados as características

dessa população. Assim poderão oferecer segurança aos alunos, contribuindo na sua

reabilitação e possibilitando uma melhor qualidade de vida.

Page 38: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

47

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Page 42: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

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ANEXOS

Page 43: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

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Anexo I -Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu,...........................................................................,RG........................,Sexo....................;nascido(a) em...... /........ /......, e aluno (a) ou professor (a) da academia..........................................., de Porto Velho, tendo sido CONVIDADO(A) pela Graduanda VÂNIA ALVES GONÇALVES, a participar do Trabalho de Conclusão de Curso com o tema: “Perfil dos praticantes de Hidroginástica das academias de Porto Velho”, sob a orientação da Prof.ª. Ms. Sílvia Teixeira de Pinho, compreendo que posso contribuir neste estudo e que não me oferece risco de qualquer natureza.Estou ciente que a pesquisadora me entrevistará, com o objetivo de descrever o perfil dos praticantes de Hidroginástica da cidade de Porto Velho.Depois de completamente esclarecida pela referida pesquisadora, ACEITO PARTICIPAR DESTE ESTUDO, PODENDO INTERROMPER MINHA PARTICIPAÇÃO A QUALQUER MOMENTO.

Porto Velho, RO, .......... /............ / 2012.

_____________________________________________Assinatura da PARTICIPANTE

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Anexo II – Questionário dos alunos

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIANÚCLEO DE SAÚDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Você irá participar do estudo: PERFIL DOS PRATICANTES DE HIDROGINASTICA DAS ACADEMIAS DE PORTO VELHO, organizado pela acadêmica Vânia Alves Gonçalves do Curso de Licenciatura Plena em Educação Física da Universidade Federal de Rondônia. Por favor, responda as questões abaixo.

1 - DADOS PESSOAISNome:__________________________________________________________Sexo: M ( ) F ( )Data de Nascimento: __/__/____Data da Avaliação: __/__/____Estado Civil: Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) Divorciado(a) ( ) Viúvo(a) ( )Ocupação:_______________________________________________________

2 - QUESTIONÁRIO

a) Há quanto tempo você prática Hidroginástica?_______________________________________________________________

b) Qual o objetivo da procura da atividade? Por qual motivo você faz Hidroginástica nesta academia ou clube______________________________________________________________________________________________

c) Foi indicação médica? Caso a resposta seja “não”, quem lhe indicou este tipo de atividade?_________________________________________________

d) Você tem algum tipo de problema físico ou alguma enfermidade, tais como: Hipertensão Arterial, Problemas no Coração, Problemas Respiratórios (asma), Obesidade e Osteoporose, entre outros? _____________________________________________________________________________________________

e) Essa prática teve início devido a alguns desses problemas citados acima?_______________________________________________________________

f) Você já percebeu alguma melhora desde que iniciou a prática dessa atividade? _______________________________________________________

g) Você conhece os benefícios que esse tipo de atividade pode trazer a você?

Anexo III – Questionário dos professores

Page 45: perfil do praticante de Hidroginástica das academias de Porto Velho

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIANÚCLEO DE SAÚDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Você irá participar do estudo: PERFIL DOS PRATICANTES DE HIDROGINASTICA DAS ACADEMIAS DE PORTO VELHO, organizado pela acadêmica Vânia Alves Gonçalves do Curso de Licenciatura Plena em Educação Física da Universidade Federal de Rondônia. Por favor, responda as questões abaixo.

1 - DADOS PESSOAISNome: ____________________________________________________________Sexo: M ( ) F ( )Data de Nascimento: __/__/____Data da Avaliação: __/__/____Estado Civil: Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) Divorciado(a) ( ) Viúvo(a) ( )Ocupação:______________________________________________________Formação Acadêmica:_____________________________________________

2 - QUESTIONÁIO

a) Para cada turma que prática Hidroginástica há uma avaliação inicial dos alunos, e durante a execução do programa? Como ela à realizada? ______________________________________________________________________________________________________________________________

b) Qual o objetivo da atividade que é proposta em aula? __________________________________________________________________________________________________________________________

c) Você possui algum aluno que busca a Atividade Aquática por algum problema físico ou de saúde específico? Se sim, qual o problema?______________________________________________________________________________________________________________________________

d) O que é feito, para ministrar a aula, quando você possui alunos com diferentes problemas? ___________________________________________________________________________________________________________e) Como você adequa a atividade a este (s) aluno(s)?