manual de biblioteca -sebe - rs

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO COORDENAÇÃO DE GESTÃO DA APRENDIZAGEM EQUIPE DE APOIO À LEITURA, LIVRO E LITERATURA SISTEMA ESTADUAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DINAMIZANDO A BIBLIOTECA ESCOLAR PORTO ALEGRE 2014

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Manual de Biblioteca -SEBE - RS

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  • SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAODEPARTAMENTO PEDAGGICO

    COORDENAO DE GESTO DA APRENDIZAGEMEQUIPE DE APOIO LEITURA, LIVRO E LITERATURASISTEMA ESTADUAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES

    DINAMIZANDOA BIBLIOTECA

    ESCOLAR

    PORTO ALEGRE2014

  • 1SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAODEPARTAMENTO PEDAGGICO

    COORDENAO DE GESTO DA APRENDIZAGEMEQUIPE DE APOIO LEITURA, LIVRO E LITERATURASISTEMA ESTADUAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES

    A BIBLIOTECA ESCOLAR: Manual de Procedimentos voltado

    dinamizao das Bibliotecas EscolaresEstaduais do Rio Grande do Sul

    PORTO ALEGRE2014

  • 2GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SULGOVERNADOR

    Tarso Genro

    SECRETRIO DA EDUCAOJose Clovis de Azevedo

    SECRETRIA ADJUNTA DA EDUCAOMaria Eulalia Nascimento

    DEPARTAMENTO PEDAGGICODIRETORA PEDAGGICA

    Vera Regina Igncio Amaro

    DIRETORA PEDAGGICA ADJUNTARosa Maria Pinheiro Mosna

    COORDENAO DE GESTO DA APRENDIZAGEMCOORDENADORAEster Guareschi Soares

    EQUIPE DE APOIO LEITURA, LIVRO E LITERATURASISTEMA ESTADUAL DE BIBLOTECAS ESCOLARES

    Maria do Carmo Mizetti - CRB-10/991 - Bibliotecria / CoordenadoraAlexandra Naymayer Corso - CRB-10/1099 - Bibliotecria / AssessoraJos Lus Rodrigues Soares - AssessorLus Claudio E. Flores - AssessorDionathan Porto Rocha - EstagirioAndresa Marques da Silva - Estagiria

    Edio revista e atualizada do Manual da Biblioteca Escolar, 2009.

    CIP Brasil Dados Internacionais de Catalogao-na-Publicao

    R585d Rio Grande do Sul. Secretaria da Educao. Departamento Pedaggico. Coordenao de Gesto daAprendizagem. Equipe de Apoio Leitura, Livro e Literatura.

    Dinamizando a biblioteca escolar / Equipe de Apoio Leitura, Livro e Literatura. -- Porto Alegre, 2014. -- Manual de procedimentos voltado dinamizao das bibliotecas escolares estaduais do Rio Grande doSul. -- Ed. Revisada e atualizada do Manual da Biblioteca Escolar, 2009. -- ISBN

    1. Biblioteca escolar - Dinamizao 2. Biblioteca escolar Organizao 3. Leitura Biblioteca escolar4. Ao cultural Biblioteca escolar I. Ttulo.

    CDU 027.8 (816.5) (035)

  • 3AGRADECIMENTOS

    Bibliotecria Iara Conceio BitencourtNeves (CRB10/351),

    acadmica de Biblioteconomia CndidaMara Johann,

    Pela colaborao dada reelaborao dotexto e a normalizao deste Manual.

  • 4APRESENTAO

  • 5A Secretaria de Estado da Educao (SEDUC) do Rio Grande do Sul, emconsonncia com outros organismos, como a UNESCO, considera que o espao dabiblioteca escolar transcende organizao de livros e peridicos e oferta de local para aleitura e para realizao de trabalhos escolares, por exemplo. Nossa poltica v a bibliotecae tudo que se relaciona com ela os profissionais que nela atuam seu acervo e espaofsico como um sistema que contribui para a formao do cidado, alm do perodoescolar: nossa inteno que as bibliotecas escolares da rede estadual gacha sejamreconhecidas pelas comunidades onde esto inseridas como espaos de estmulo criao, curiosidade, busca e consolidao do conhecimento, alm de local de convivnciasocial.

    Esta publicao mais uma ferramenta que a SEDUC coloca disposio dosprofissionais bibliotecrios, professores, auxiliares, estagirios, monitores quetrabalham dia a dia nas centenas de bibliotecas de escolas estaduais para contribuir comseu trabalho e dinamizar as atividades nelas desenvolvidas.

    Trata-se de um material produzido por profissionais da Equipe de Apoio Leitura,Livro e Literatura/Sistema Estadual de Bibliotecas Escolares da Seduc. A inteno aliaras polticas e os programas educacionais estabelecidos pela Secretaria s propostas doProjeto Poltico-Pedaggico da Escola e s finalidades e polticas biblioteconmicas,sintetizadas no Manifesto IFLA/UNESCO, documento publicado em 2000 e que, desdeento, vem sendo difundido no mundo inteiro buscando a elevar o perfil das bibliotecasescolares nas escolas, regies e pases.

    Temos a convico de que a formao de uma criana, ou a continuidade doprocesso de formao de um jovem ou de constituio de uma comunidade passa pelocontato com os livros e o estmulo ao hbito da escrita e da leitura. Esperamos que esteManual contribua com este trabalho.

    Jose Clovis de Azevedo

    Secretrio Estadual da Educao

  • 6SUMRIO

  • 7SUMRIO

    1 INTRODUO 92 SISTEMA ESTADUAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES SEBE 122.1 Estrutura e Finalidade 132.2 Atribuies 132.3 Cronologia 142.4 Amparo Legal 14

    2.5 Aes Desenvolvidas 163 A BIBLIOTECA ESCOLAR NO ENSINO E APRENDIZAGEM 194 DINAMIZAO DA BIBLIOTECA ESCOLAR 234.1 Comunidade Escolar 244.2 Agentes do Processo Biblioteconmico na Biblioteca Escolar 254.3 Gesto dos Recursos e dos Servios da BE 28

    4.4 Recursos Materiais 335 FORMAO E DESENVOLVIMENTO DOS RECURSOS INFORMACIONAIS 355.1 Seleo 365.2 Aquisio 375.3 Descarte 386 TRATAMENTO DOS RECURSOS INFORMACIONAIS 426.1 Livros 436.2 Peridicos 556.3 Materiais No-Livro 596.4 Folhas Soltas 616.5 Informatizao das Rotinas dos Servios Oferecidos pela Biblioteca Escolar 647 SINALIZAO 668 SERVIOS COMUNIDADE ESCOLAR 708.1 Servio de Referncia 728.2 Emprstimo 768.3 Ao Cultural 79 REFERNCIAS 85

    GLOSSRIO 88

  • 8Verso da folha

    APNDICES 97A - MODELO DE RELATRIO ANUAL DA BIBLIOTECA ESCOLAR 98B SUGESTO PARA A SINALIZAO CROMTICA DOS ASSUNTOS 101C ORIENTAES PARA ORDENAO ALFABTICA 104D - NBR 6023: INFORMAO E DOCUMENTAO 2002 SNTESE 107ANEXOS 110A - LEI ESTADUAL N. 4.237, DE 25 DE NOVEMBRO DE 1961 111B - LEI FEDERAL N. 6.454, DE 24 DE OUTUBRO DE 1977 112C - INDICAO N. 33/80 DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAO (RS) 113D - LEI ESTADUAL N. 8.744, DE 09 DE NOVEMBRO DE 1988 124E - LEI FEDERAL N. 9.608, DE 18 DE FEVEREIRO DE 1998 126F - TERMO DE ADESO DE VOLUNTARIADO 127G - INDICAO N.35/98 DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUAO (RS) 128H - LEI ESTADUAL N. 11.670 DE 19 DE SETEMBRO DE 2001 132I - LEI FEDERAL N. 10.753 DE 31 DE OUTUBRO DE 2003 137J DECRETO ESTADUAL N. 43.036 DE 20 ABRIL DE 2004 DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAO (RS) 142K - LEI FEDERAL N. 12.244 DE 24 DE MAIO DE 2010 144L - ORDEM DE SERVIO N 04/2012/ SEDUC, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2012 145

  • 91 INTRODUO

  • 10

    A Biblioteca Escolar (BE) no pode se limitar apenas a um espao que realiza aorganizao do acervo e o emprstimo de livros. A sua misso muito mais ampla,conforme estabelecido no Manifesto da IFLA/UNESCO para Biblioteca Escolar (1999),mas pode ser sintetizada em duas grandes aes: a formao de leitores e de pesquisadorese, consequentemente, a construo da cidadania.

    A Biblioteca Escolar tambm tem, alm do compromisso com a comunidadeescolar, o compromisso com os cidados (adultos, crianas e jovens) que residem nosarredores da escola na qual ela est inserida, particularmente, quando esta comunidade selocaliza longe de uma biblioteca pblica.

    Para melhor conduzir as atividades do responsvel pela Biblioteca Escolar e da suaequipe, a Coordenao do Sistema Estadual de Bibliotecas Escolares (SEBE) vematualizando, periodicamente, o Manual dos procedimentos bsicos recomendados para asua dinamizao. Assim, ao publicar esta nova edio do Manual da Biblioteca Escolar(RIO GRANDE DO SUL, 2009), o propsito aliar as polticas e os programaseducacionais, estabelecidos pela Secretaria de Estado da Educao do Rio Grande do Sul(SEDUC), s propostas do Projeto Poltico-Pedaggico da Escola e s finalidades epolticas biblioteconmicas, sintetizadas no Manifesto IFLA/UNESCO (1999). Taispolticas e programas, no mbito da BE, sero transformadas em atividades, a seremrealizadas, integradamente, com toda a Escola, contando com:

    a) As pessoas: diretores, supervisores, coordenadores, professores regentes declasse, servidores, alunos, pais, comunidade em geral;

    b) Os setores: diretoria, secretaria, salas de aula, laboratrios, espaosespecializados (cozinha, ptio, pavilho de educao fsica e outros).

    As informaes contidas nas sees deste Manual, referentes dinamizao dosservios e dos recursos da biblioteca escolar, esto estruturadas, na forma como segue:

    a) Uma breve explicao sobre conceitos e finalidades do tema tratado;b) A descrio sucinta das atribuies do Bibliotecrio, do Tcnico em

    Biblioteconomia, do Professor Regente da Biblioteca e/ou do Auxiliar deBiblioteca);

    c) A descrio das atividades, das operaes e/ou rotinas que devero serexecutadas para que os referidos recursos e servios sejam oferecidos acomunidade escolar.

    Ao final do Manual, encontram-se as referncias das principais obras consultadaspara enriquecer o texto; os textos que detalham algumas das aes propostas nas sees

  • 11

    deste documento (apndices); os textos dos documentos legais que embasam a aopedaggica, biblioteconmica e/ou cultural da biblioteca escolar (anexos).

    Uma vez que este Manual de procedimentos rene as diretrizes principais para adinamizao da Biblioteca Escolar, adequadas ao momento atual do SEBE e, considerandoo natural crescimento e evoluo dos servios bibliotecrios, as decorrentes melhoriasdeste documento sero apresentadas em futura edio.

  • 12

    2 SISTEMAESTADUAL DEBIBLIOTECASESCOLARES (SEBE)

  • 13

    2.1 Estrutura e Finalidade

    O Sistema Estadual de Bibliotecas Escolares (SEBE) constitui-se das bibliotecasescolares, instaladas nas escolas estaduais do ensino fundamental, mdio e tcnico do RioGrande do Sul. Tem como atribuio coordenar, fiscalizar, integrar e fomentar odesenvolvimento dos servios bibliotecrios escolares. Tal finalidade atende a uma polticade desenvolvimento da biblioteca e do livro, comprometida com as diretrizes da SecretariaEstadual da Educao.

    Ao atuar em conjunto, articulando e implementando aes, a partir de uma polticade um plano comum, estas bibliotecas visam tambm o alcance dos seus objetivosespecficos, luz do perfil de sua comunidade escolar.

    A coordenao do SEBE est sob a responsabilidade da Equipe de Apoio Leitura,Livro e Literatura. Esta Equipe faz parte da Coordenao da Gesto da Aprendizagem(CGA), integrante do Departamento Pedaggico (DP) da Secretaria de Estado da Educao(SEDUC), atuando tambm na assessoria s Coordenadorias Regionais de Educao(CREs) e s Escolas, tendo em vista sempre a qualificao e aprimoramento das bibliotecasescolares.

    2.2 Atribuies da Equipe de Apoio Leitura, Livro e Literaturaresponsvel pelo SEBE

    Atualmente, a dinamizao do SEBE, bem como o cumprimento das demaisatribuies da Equipe, so coordenados por uma Bacharel em Biblioteconomia e tem comoassessores uma Bacharel em Biblioteconomia, dois professores, um assistenteadministrativo, secundados por dois estagirios, cursando o Ensino Mdio e Superiorrespectivamente.

    Cabe a Equipe dentre outras, as seguintes atribuies:

    a) Implementar e coordenar o SEBE;b) Acompanhar e articular as aes organizacionais desenvolvidas pelas

    bibliotecas das escolas estaduais;c) Prover as necessidades de acervo geral s escolas pblicas estaduais;

  • 14

    d) Desenvolver programas e/ou projetos de leitura e/ou de literatura infantil,juvenil e de adultos;

    e) Orientar as CREs sobre programas, projetos e o funcionamento dasbibliotecas das escolas estaduais;

    f) Promover a formao continuada das pessoas que atuam nas bibliotecasescolares e da Equipe do SEBE;

    g) Propor e/ou elaborar previses oramentrias;h) Controlar aplicao dos recursos financeiros destinados ao SEBE;i) Coordenar e/ou executar programas e projetos nacionais e/ou

    interinstitucionais de promoo da leitura e outros relacionados com amisso da biblioteca escolar.

    2.3 Cronologia

    Desde sua criao at o presente, o SEBE tem sofrido mudanas estruturais ealteraes nominais sem perder contudo o foco de sua misso, conforme pode serentendido pela cronologia abaixo, correspondente aos eventos marcantes de sua trajetria:

    1950-1970 criado e implantado o Setor de Bibliotecas Escolares do Centro dePesquisas e Orientao Educacionais (CPOE) da Secretaria da Educao;1970-1980 O Setor de Bibliotecas Escolares passa para o mbito do Centro deDocumentao (CD) da Secretaria da Educao, em razo da extino do CPOE;1989-2006 - criado o Centro do Livro e Bibliotecas Escolares (CLBE), que passa a fazerparte da estrutura organizacional do Departamento Pedaggico (DP) da Secretaria daEducao;2007-2010 - Revitalizao do CLBE, em ocorrncia da criao do Sistema Estadual deBibliotecas Escolares (SEBE);2011 - O SEBE passa a ser dinamizado pela Equipe de Apoio Leitura, Livro e Literatura,subordinada CGA/DP/SEDUC.

    2.4 Amparo Legal

    As aes do SEBE, bem como da Equipe de Apoio Leitura, Livro e Literatura,encontram respaldo legal, dentre outros, nos diplomas abaixo destacados, em ordemcronolgica:

  • 15

    a) Indicao n. 33/80 do Conselho Estadual de Educao do Estado do RioGrande do Sul. Indica medidas para a organizao e o funcionamento deBibliotecas nas escolas de 1 e 2 graus do Sistema Estadual de Ensino. (ANEXOC);

    b) Lei Estadual n. 8.744, de 9 de novembro de 1988. Cria o Plano de Expanso daRede de Bibliotecas de Escolas Pblicas, estabelece o horrio semanal de leituranas escolas do Sistema Estadual de ensino e d outras providncias. (ANEXO D);

    c) Constituio do Estado do Rio Grande do Sul, de 3 de outubro de 1989.Segundo estabelecido pelo Artigo 218: O Estado manter um sistema de

    bibliotecas escolares na rede pblica estadual e exigir a existncia de bibliotecasna rede escolar privada, cabendo-lhe fiscaliz-las.;

    d) Lei n. 9.608, de 18 de fevereiro de 1998. Dispe sobre o servio voluntrio e doutras providncias. Inclui modelo de Termo de Adeso de Voluntariado.

    (ANEXOS E e F);

    e) Indicao n. 35/98 do Conselho Estadual de Educao do estado do RioGrande do Sul. Acrescenta os subitens 4.1.3, 4.1.4 e 4.1.5 ao item 4 da IndicaoCCE n. 33, de 04 de junho de 1980. (ANEXO G);

    f) Lei Estadual n. 11.670, de 19 de setembro de 2001. Estabelece a PolticaEstadual do Livro e d outras providncias. (ANEXO H);

    g) Lei Federal n. 10.753, de 31 de outubro de 2003. Institui a Poltica Nacional doLivro. (ANEXO I);

    h) Decreto n. 43.036, de 20 de abril de 2004. Dispe sobre a aplicao da Lei n.11.670, de 19 de setembro de 2001, que estabelece a Poltica Estadual do Livro e doutras providncias. (ANEXO J);

    i) Lei Federal n. 12.244, de 24 de maio de 2010. Dispe sobre a universalizao dasbibliotecas nas instituies de ensino do Pas. (ANEXO K);

  • 16

    j) Ordem de Servio n. 04/2012/SEDUC, de 23 de novembro de 2012.[Determinaes para o procedimento de descarte dos livros didticos oriundos doPrograma Nacional do Livro Didtico (PNLD)]. (ANEXO L).

    2.5 Aes DesenvolvidasDentre as inmeras aes desenvolvidas pela Equipe de Apoio a Leitura, Livro e

    Literatura/ SEBE, merecem destaque os programas e projetos abaixo:

    Formao Continuada junto s Coordenadorias Regionais de Educao Realizada com o objetivo de instrumentalizar os recursos humanos que atuam no

    Setor de Bibliotecas e do Livro Didtico, nas CREs e nas escolas. Atravs de cursos, seminrios, visitas tcnicas, oficinas e palestras busca otimizar o

    acesso aos recursos materiais existentes, atravs da organizao do acervo e dadinamizao das bibliotecas, objetivando, dessa forma, a melhoria da qualidade doatendimento da rede estadual de ensino.

    Crianas e Jovens do Rio Grande Escrevendo Histrias Programa que, anualmente, rene, em livro, textos selecionados, escritos por

    alunos do ensino fundamental e mdio da rede estadual e os apresenta na Feira do Livro dePorto Alegre com direito a uma sesso de autgrafos dos jovens escritores e distribuiogratuita das obras para a comunidade.

    Lendo pra Valer Projeto desenvolvido em conjunto com a Cmara Rio-Grandense do Livro, leva

    escritores s escolas pertencentes 1, 2, 12, 27 e 28 Coordenadorias Regionais deEducao com o objetivo de discutir sua obra e oferecer um contato direto entre acomunidade escolar e os autores. Ver www.camaradolivro.com.br.

    Autor Presente Projeto em parceria com o Instituto Estadual do Livro (IEL), rgo da Secretaria

    de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul (SEDAC), que, caracteriza-se por aproximarescritores e seus leitores, atravs de encontros realizados nas instituies escolares.

    A partir de uma lista elaborada pelo IEL, as escolas escolhem os escritores quepretendem levar para este encontro, que tem como condio a leitura prvia das suas obras,

  • 17

    alm de um trabalho que estimule a fruio, a criatividade e o aumento do repertrio deleituras. Visa a formao de novos leitores, a difuso da literatura sul rio-grandense, bemcomo a promoo da cidadania, atravs do acesso aos bens culturais. Verwww.ielrs.blogspot.com.br

    Crdito de Leitura O Projeto Crdito de Leitura tem por objetivo incentivar a leitura por meio da

    qualificao e atualizao do acervo literrio das bibliotecas das escolas da rede pblicaestadual, atravs do repasse de recurso financeiro para uso exclusivo na aquisio dessesttulos.

    Seminrio Estadual Direito Leitura realizado, anualmente, desde 2011. Tem como objetivo congregar os

    professores, no s para discutir, como tambm estabelecer estratgias de desenvolvimentoe de promoo da leitura, na escola como um todo (sala de aula e biblioteca escolar).

    Feira do Livro de Porto Alegre A SEDUC participa anualmente da Feira do Livro de Porto Alegre, promovida pela

    Cmara Rio-Grandense do Livro. O objetivo apresentar o Projeto Crianas do RioGrande Escrevendo Histrias e os programas e projetos pedaggicos da Secretaria.

    Olimpada da Lngua Portuguesa A Olmpiada da Lngua Portuguesa Escrevendo o Futuro constitui-se em um

    Programa de formao de professores, fundamentado na experincia da Fundao ItaSocial e do Centro de Estudos e Pesquisas em Educao, Cultura e Ao Comunitria(CENPEC), que desenvolveram o Programa Escrevendo o Futuro. O Programa foi criadoem 2002 com o objetivo de contribuir para a melhoria da escrita de estudantes de escolaspblicas brasileiras. Ocorre em salas de aula de todo o Brasil desde os grandes centrosurbanos at as reas rurais mais recnditas do pas e tem por objetivo melhorar a qualidadeda educao pblica.

  • 18

    Trilhas da LeituraLanado em 2009, o Projeto Trilhas da Leitura voltado para a Educao Infantil e

    tem como objetivo principal desenvolver em crianas de 4 a 6 anos as competncias ehabilidades da leitura e da escrita.

    O projeto uma parceria com o Instituto Natura, com a coordenao pedaggica daComunidade Educativa (CEDAC).

    O projeto atende escolas pblicas municipais e estaduais para as quais so enviadosmateriais elaborados para apoiar o trabalho dos professores, no campo da leitura, escrita eoralidade.

    O material do projeto est servindo de base para os professores que trabalham noPacto Nacional de Alfabetizao na Idade Certa (PNAIC), Programa do Governo Federal,lanado em 2012.

    Livro DidticoA Equipe responsvel pela distribuio da Reserva Tcnica do Livro Didtico do

    Ministrio da Educao (MEC), atravs dos programas do Fundo Nacional doDesenvolvimento da Educao (FNDE), que leva obras didticas aos alunos das redespblicas federais, estaduais e municipais.

  • 19

    3 A BIBLIOTECAESCOLAR NO ENSINOE APRENDIZAGEM

  • 20

    A BIBLIOTECA ESCOLAR NO ENSINO E APRENDIZAGEM PARA TODOS

    A BE, segundo Manifesto IFLA/UNESCO para Biblioteca Escolar (1999), propiciainformao e ideias fundamentais para seu funcionamento bem sucedido na atualsociedade, baseada na informao e no conhecimento. A BE habilita os estudantes para aaprendizagem ao longo da vida e desenvolve a imaginao, preparando-os para viver comocidados responsveis.

    APLICAO DO MANIFESTO

    Buscando elevar o perfil das bibliotecas, nas escolas, a Federao Internacional deAssociaes de Bibliotecrios e Instituies (IFLA) juntamente com a Organizao dasNaes Unidas para a Educao a Cincia e a Cultura (UNESCO) publicou, em 1999, oManifesto IFLA/UNESCO: a biblioteca escolar no ensino-aprendizagem para todos*,transcrito abaixo. Neste, convida os governos, por intermdio dos Ministros da Educao, adesenvolver estratgias, polticas e planos que implementem os seus princpios, que seconstituem em apoio e guia s aes das bibliotecas escolares. Devem incluir tambm adivulgao do Manifesto, tanto em programas de formao bsica como de educaocontinuada a bibliotecrios e professores.

    MANIFESTO IFLA/UNESCO PARA BIBLIOTECA ESCOLAREdio em lngua portuguesa Brasil, So Paulo*

    A MISSO DA BIBLIOTECA ESCOLAR

    A biblioteca escolar promove servios de apoio aprendizagem e livrosaos membros da comunidade escolar, oferecendo-lhes a possibilidade de setornarem pensadores crticos e efetivos usurios da informao, em todos osformatos e meios. As bibliotecas escolares ligam-se s mais extensas redes debibliotecas e de informao, em observncia aos princpios do ManifestoUNESCO para Biblioteca Pblica.O quadro de pessoal da biblioteca constitui-se em suporte ao uso de livros eoutras fontes de informao, desde obras de fico at outros tipos dedocumentos, tanto impressos como eletrnicos, destinados consulta presencialou remota. Este acervo se complementa e se enriquece com manuais, obrasdidticas e metodolgicas.

    _______________________

    *A traduo feita para o Brasil, de autoria da Profa. Dra. Neusa Dias de Macedo [[email protected]], que MSLS pela CatholicUniversity of America, Washington, DC; bacharel, licenciada e doutora em Letras pela Faculdade de Filosofia, Cincias e Letras daUniversidade de So Paulo; docente aposentada do Departamento de Biblioteconomia e Documentao, Escola de Comunicao e Artesda USP e assessora especial ao Projeto Biblioteca Escolar/FEBAB. Ver tambm UNESCO/IFLA Diretrizes para Bibliotecas Escolares,2002. O Manifesto foi preparado pela IFLA e aprovado pela UNESCO em sua Conferncia Geral de novembro de 1999. Existe traduopara o portugus de Portugal. Original ingls obtido em http://www.ifla.org (rev. de 16 de fevereiro de 2000).

  • 21

    Est comprovado que bibliotecrios e professores, ao trabalharem emconjunto, influenciam o desempenho dos estudantes para o alcance de maiornvel de literacia na leitura e escrita, aprendizagem, resoluo de problemas, usoda informao e das tecnologias de comunicao e informao.

    Os servios das bibliotecas escolares devem ser oferecidos igualmente atodos os membros da comunidade escolar, a despeito de idade, raa, sexo,religio, nacionalidade, lngua e status profissional e social. Servios e materiaisespecficos devem ser disponibilizados a pessoas no aptas ao uso dos materiaiscomuns da biblioteca.

    O acesso s colees e aos servios deve orientar-se nos preceitos daDeclarao Universal de Direitos e Liberdade do Homem, das Naes Unidas, eno deve estar sujeito a qualquer forma de censura ideolgica, poltica, religiosa,ou a presses comerciais.

    FINANCIAMENTO, LEGISLAO E REDES

    A biblioteca escolar essencial a qualquer tipo de estratgia de longoprazo no que respeita a competncias leitura e escrita, educao e informaoe ao desenvolvimento econmico, social e cultural. A responsabilidade sobre abiblioteca escolar cabe s autoridades locais, regionais e nacionais, portanto deveessa agncia ser apoiada por poltica e legislao especficas.

    Deve tambm contar com fundos apropriados e substanciais parapessoal treinado, materiais, tecnologias e instalaes. A BE deve ser gratuita.

    A biblioteca escolar parceiro imprescindvel para atuao em redes debiblioteca e informao tanto em nvel local, regional como nacional.

    Os objetivos prprios da biblioteca escolar devem ser devidamentereconhecidos e mantidos sempre que ela estiver compartilhando instalaes erecursos com outros tipos de biblioteca, em particular com a biblioteca pblica.

    OBJETIVOS DA BIBLIOTECA ESCOLAR

    A biblioteca escolar parte integral do processo educativo. Para o desenvolvimento da literacia e/ou competncia na leitura e

    escrita e no uso da informao, no ensino e aprendizagem, na cultura e nosservios bsicos da biblioteca escolar, essencial o cumprimento dos seguintesobjetivos:_ apoiar e intensificar a consecuo dos objetivos educacionais definidos namisso e no currculo da escola;_ desenvolver e manter nas crianas o hbito e o prazer da leitura e daaprendizagem, bem como o uso dos recursos da biblioteca ao longo da vida;_ oferecer oportunidades de vivncias destinadas produo e uso da informaovoltada ao conhecimento, compreenso, imaginao e ao entretenimento;_ apoiar todos os estudantes na aprendizagem e prtica de habilidades paraavaliar e usar a informao, em suas variadas formas, suportes ou meios,incluindo a sensibilidade para utilizar adequadamente as formas de comunicaocom a comunidade onde esto inseridos;_ prover acesso em nvel local, regional, nacional e global aos recursos existentese s oportunidades que expem os aprendizes a diversas ideias, experincias eopinies;_ organizar atividades que incentivem a tomada de conscincia cultural e social,bem como de sensibilidade;_ trabalhar em conjunto com estudantes, professores, administradores e pais,para o alcance final da misso e objetivos da escola;_ proclamar o conceito de que a liberdade intelectual e o acesso informao sopontos fundamentais formao de cidadania responsvel e ao exerccio dademocracia;_ promover leitura, recursos e servios da biblioteca escolar junto comunidadeescolar e ao seu derredor.

    biblioteca escolar cumpre exercer todas essas funes, por meio depolticas e servios; seleo e aquisio de recursos; provimento do acesso fsico

  • 22

    e intelectual a fontes adequadas de informao; fornecimento de instalaesvoltadas instruo; contratao de pessoal treinado.

    PESSOAL

    O bibliotecrio escolar o membro profissionalmente qualificado,responsvel pelo planejamento e gesto da biblioteca escolar. Deve ser apoiadotanto quanto possvel por equipe adequada, trabalha em conjunto com todos osmembros da comunidade escolar e deve estar em sintonia com bibliotecaspblicas e outros.

    O papel do bibliotecrio escolar varia de acordo com oramentos,currculos e metodologias de ensino das escolas, dentro do quadro legal efinanceiro do pas. Em contextos especficos, h reas gerais de conhecimentoque so vitais se os bibliotecrios escolares assumirem o desenvolvimento e aoperacionalizao de servios efetivos: gesto da biblioteca, dos recursos, dainformao e ensino.

    Em vista do crescimento dos ambientes de rede, os bibliotecriosescolares devem tornar-se competentes no planejamento e na instruo dasdiferentes habilidades para o manuseio de novas ferramentas de informao,tanto a professores como a estudantes. Portanto, devem [...] estar em contnuoprocesso de formao.

    SERVIOS E GESTO

    Para assegurar servios efetivos e responsveis:_ formular poltica prpria para os servios de biblioteca, definindo objetivos,prioridades e servios de acordo com o currculo da escola;_ aplicar padres profissionais na organizao e manuteno da bibliotecaescolar;_ prover acesso a servios e informao a todos os membros da comunidadeescolar, e funcionar dentro do contexto da comunidade local._ incentivar a cooperao entre professores, gestores [...] na rea escolar, [...]pais, outros Bibliotecrios e profissionais da informao e grupos interessados dacomunidade.

  • 23

    4 DINAMIZAODA BIBLIOTECAESCOLAR

  • 24

    O conhecimento sobre a misso da Biblioteca Escolar (BE), assim como a suaforma de atuao, plenamente integrada sala de aula; as condies de seu espao fsico; asua organizao interna; seu mobilirio e equipamentos; seu acervo, alm da dinamizaode suas atividades e da prestao de servios aos seus leitores e comunidade soconhecimentos imprescindveis para os responsveis por esta Biblioteca. A sua cooperaocom os professores, voltada para o desenvolvimento de tcnicas, de estratgias de ensinoque conduzam utilizao plena dos recursos de informao disponveis, no deve ficarapenas limitada ao ato de lhes fornecer material documental. Ao contrrio, dever haveruma completa interao entre a biblioteca escolar e a sala de aula, na conduo do processoeducacional desde a educao infantil at os demais nveis de escolaridade da educaobsica. Nesse sentido, a BE torna-se parte integrante da ao educativa, seja como recursopedaggico, seja como servio de informao, sumamente necessrio, bsico eimprescindvel ao sucesso escolar, no podendo mais ser vista ou administrada como umacessrio, s vezes, incmodo para os dirigentes da escola devido ao espao e ao volumede recursos que sua instalao e manuteno demandam.

    Sabedores do importante papel que as Bibliotecas Escolares desempenham naescola e empenhados em torn-la um centro ativo de aprendizagem, pretende-se, atravsdeste Manual, oferecer aos professores e dirigentes educacionais, responsveis por essasbibliotecas, as informaes necessrias que podero resultar na dinamizao e nofortalecimento deste espao, fundamental para a pesquisa, para a formao literria e para ademocratizao da informao e do conhecimento junto comunidade escolar.

    4.1 Comunidade Escolar

    Toda a Biblioteca Escolar possui duas categorias de usurios:a) A primeira, formada por aqueles que fazem parte diretamente da vida da escola:

    alunos, professores e funcionrios (usurios principais);b) A segunda, constituda de pais, ex-alunos e membros da comunidade em geral.

    Todo o cidado tem o direito de utilizar o espao, os recursos e os servios da BEpara estudo, entretenimento e cultura, isto , a BE existe para atender as necessidadesinformacionais da comunidade escolar e em geral. Porm, determinados servios sooferecidos exclusivamente aos usurios principais.

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    4.2 Agentes do Processo Biblioteconmico na Biblioteca Escolar

    O compromisso dos profissionais ou agentes, que atuam na BE, vai alm daorganizao do acervo. Eles exercem a funo de mediadores da informao e da leitura epassam a atuar como educadores e incentivadores da busca independente do conhecimento,atravs da leitura informativa e recreativa.

    A BE, sendo um espao dentro da Escola, que pode ser considerado sob vriosaspectos, em termos dos recursos e/ou servios que tem a oferecer sua comunidade, podetambm acolher e oferecer oportunidades de atuao a vrias categorias profissionais e/oufuncionais.

    Como categorias profissionais, no mbito da Biblioteconomia destacam-se: oBibliotecrio (escolaridade superior) e o Tcnico em Biblioteconomia (escolaridade ps-mdia). Como categoria funcional, Auxiliar de Biblioteca, incluem-se todos os demaisprofissionais, independentemente de escolaridade, egressos de reas do conhecimentodiferentes das citadas acima.

    4.2.1 Perfil e Atribuies do Bibliotecrio Escolar

    O Bibliotecrio o profissional que, em razo de sua formao acadmica e doamparo legal vigente, est apto a assumir a responsabilidade de administrar bibliotecas ouservios de informao e, por extenso, a biblioteca escolar.Formao: Bacharel em Biblioteconomia, titulao obtida em curso de nvel superior com4 (quatro) anos de durao, incluindo 300 (trezentas) horas de estgio curricularobrigatrio supervisionado;Habilitao Legal para Exercer a Profisso Liberal de Bibliotecrio: inscrio noConselho Regional de Biblioteconomia de sua regio profissional (CRB/10, no Rio Grandedo Sul);Atribuies Bsicas: tarefas profissionais voltadas administrao, ao tratamento dainformao registrada sob qualquer suporte, disseminao da informao, ao atendimentoaos usurios reais e potenciais da biblioteca escolar.Legislao Profissional: dispositivos de mbito federal que asseguram a este profissionalum espao profissional de fato e de direito, no mercado de trabalho:

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    a) Lei n. 4.084, de 30 de junho de 1962, que dispe sobre a Profisso de Bibliotecrioe regula seu exerccio;

    b) Decreto n. 56.725, de 16 de agosto de 1965, que regula a Lei n. 4.084/62.c) Lei n. 9.674, de 25 de junho de 1998, dispe sobre o exerccio da profisso de

    Bibliotecrio e determina outras providncias.

    Entidades de ClasseConselho de Biblioteconomia (Federal e Regionais);Associaes de Bibliotecrios;Sindicatos de Bibliotecrios.

    rgos de Formao ProfissionalUniversidades;Centros Universitrios;Faculdades Isoladas;Institutos Federais.

    4.2.2 Perfil e Funes do Professor Regente de Biblioteca

    Ao longo da existncia das BEs, no Brasil, a presena do professor como o seunico agente dinamizador tem sido uma constante. Dentre as razes para tal, podem serdestacadas:

    a) O nmero reduzido de Bacharis em Biblioteconomia no territrio brasileiro epor extenso, no Rio Grande do Sul;

    b) O nmero crescente de escolas, tanto nas redes municipais, quanto nas estaduais,federais e privadas.c) A natural dinmica da atuao do professor, na escola, caracterizada pelapluralidade das funes a desempenhar.

    Formao: Licenciado em Pedagogia ou em rea especficas, tal como: Letras, Qumica,Histria, Geografia e outras, titulao obtida em curso de nvel superior com 4 (quatro)anos de durao, incluindo 400 (quatrocentas) horas de estgio curricular obrigatriosupervisionado.

  • 27

    Habilitao Legal para Exercer a Profisso de Professor: Diploma de Licenciado emrea especfica.Atribuies Bsicas na Biblioteca Escolar: Tarefas auxiliares voltadas gesto; aotratamento da informao registrada; disseminao da informao; a promoo da leiturae da escrita; ao atendimento aos usurios reais e potenciais da biblioteca escolar.

    rgos de Formao Continuada na rea de BiblioteconomiaInstituies de Ensino Superior (IES);Escolas Tcnicas;

    Sistemas de Bibliotecas Escolares em Secretarias de Educao estaduais e municipais;Entidades do Movimento Associativo Biblioteconmico.

    4.2.3 Perfil e Funes do Tcnico em Biblioteconomia

    O Tcnico em Biblioteconomia o profissional de nvel ps-mdio que, ao concluiro Curso Tcnico em Biblioteconomia, est apto a atuar em bibliotecas, exercendo funestcnicas, relacionadas aos servios bsicos de gesto, de processamento tcnico da coleo,de promoo da leitura e da escrita e de atendimento ao usurio.Formao: Tcnico em Biblioteconomia, titulao obtida em cursos de nvel profissional(ps-mdio) com dois anos de durao, incluindo 100 (cem) horas de estgio curricularobrigatrio.Habilitao Legal para Exercer a Profisso de Tcnico em Biblioteconomia: Emtratativa junto ao Conselho Federal de Biblioteconomia.Atribuies Bsicas: Tarefas tcnicas no-profissionais, no mbito da Biblioteconomia,voltadas ao assessoramento das atividades especficas do Bibliotecrio, relacionadas aosservios-meio (gesto e processamento tcnico da informao) e aos servios-fim(atendimento ao usurio) da biblioteca.rgos de Formao ProfissionalInstitutos Federais;Escolas Tcnicas.

    4.2.4 Perfil e Funes do Auxiliar/Atendente de Biblioteca

    Auxiliar/Atendente de Biblioteca: Designao para os agentes cuja escolaridade mdiaou superior em reas especficas.

  • 28

    Formao: Cursos de capacitao para atuar em biblioteca escolar.Habilitao Legal para Exercer a Funo de Auxiliar/Atendente de Biblioteca: No hiniciativa oficial (governos, entidades do movimento associativo) at o momento para aregulamentao desta funo de auxiliar, a fim de transform-la em atividade profissional.Atribuies Bsicas na Biblioteca Escolar: Tarefas auxiliares, voltadas para auxiliar ostcnicos e os bibliotecrios, no mbito dos servios-meio e dos servios-fim da BE.

    rgos de Formao Continuada na rea de BiblioteconomiaInstituies de Ensino Superior (IES);Escolas Tcnicas;

    Sistemas de Bibliotecas Escolares em Secretarias de Educao estaduais e municipais;Entidades do Movimento Associativo Biblioteconmico.

    Desta forma, para garantir o sucesso do desempenho da BE, tanto o Professorquanto o Bibliotecrio e o Tcnico em Biblioteconomia deveriam integrar a sua equipe deforma efetiva e regular.

    4.3 Gesto dos Recursos e dos Servios da BE

    Toda e qualquer organizao formal, tal como a biblioteca escolar, necessitadesenvolver os princpios e as prticas da gesto ou da administrao de seus recursos e/ouservios.

    Entende-se, como gesto, o conjunto de informaes terico-prticas, voltadas execuo do planejamento, da organizao, da coordenao, do controle e da avaliao daspessoas, dos recursos e dos servios, em determinado ambiente organizacional.

    Desta forma, a gesto se caracteriza como uma ao que permeia todos ossegmentos organizacionais. Em se tratando da BE, a gesto deve ser aplicada, visando implantao e ao desenvolvimento da biblioteca, como um todo, e ao desenvolvimento decada um dos servios por ela oferecidos comunidade escolar, caracterizados comoformao e desenvolvimento dos recursos informacionais e de atendimento ao usurio.

  • 29

    4.3.1 Funes da Gesto

    As funes da gesto seguem destacadas, a seguir:

    4.3.1.1 Planejamento

    Funo que d incio a todo este processo em qualquer espao organizacional.Assim, no poderia ser diferente, no caso da BE.

    Em decorrncia, o planejamento se caracteriza como processo ininterrupto, ou ummodo de comportamento da equipe da BE, que ir permitir a tomada de conscincia detodos da importncia da necessidade, para qualquer ao a ser realizada, de:

    a) Estabelecer objetivos geral (is) e especfico (s);b) Elaborar o plano de ao e/ou o projeto de ao;c) Executar o plano e/ou o projeto de ao;d) Avaliar o que foi realizado;e) Replanejar a ao cujos objetivos no foram alcanados.

    A fim de que o processo de planejamento contribua, efetivamente, para o sucessodo desempenho da BE, recomendvel, no mnimo, que o seu responsvel mantenha oregistro do que foi planejado, na forma de:

    a) Plano de Ao: que pode ser o plano de trabalho anual ou bi-anual;b) Projeto de Ao: que deve ser elaborado para cada ao especfica que a BE

    desejar realizar, individualmente, ou em parceria. Ex: Hora da Leitura;Jornal Mural; Gincana Literria entre outros.

    4.3.1.2 Organizao

    Funo voltada reunio e disponibilizao dos recursos materiais einformacionais, na biblioteca, bem como definio da equipe e distribuio do pessoal,segundo suas respectivas formao profissional, funes, atribuies e tarefas. Alm disso,o exerccio da funo de organizao contempla a elaborao e a utilizao documentosque representem e que descrevam os espaos e os ambientes da biblioteca, bem comoregistrem decises que regulem a relao biblioteca-equipe-usurio. Tais documentos,considerados como instrumentos ou ferramentas de gesto, conforme a sua finalidade,

  • 30

    possuem caractersticas prprias, em termos de estrutura e de contedo, a fim de garantir acoerncia e a uniformidade das aes pretendidas. So eles, dentre outros:

    a) Estatuto;b) Regimento interno;c) Organograma;d) Quadro de distribuio de tarefas ( QDT);e) Funcionograma;f) Fluxograma;g) Guia de decises;h) Manual de procedimentos;i) Regulamento;j) Plano anual de trabalho;k) Projeto;l) Relatrio.

    Dentre os instrumentos acima, a BE no poder deixar de elaborar, de aplicar e demanter atualizados:

    a) Guia de decises;b) Regulamento;c) Organograma;d) Manual de procedimentos;e) Plano anual de trabalho;f) Projeto de ao;g) Relatrios parciais e anual.

    Destacam-se deste conjunto:

    a) Guia de Decises: Para que a BE atinja seus objetivos importante que mantenhaservios contnuos, organizados e padronizados para que, na ocorrncia dealterao em seu quadro de pessoal, no haja comprometimento da qualidade dotrabalho desenvolvido. A sequncia das decises relacionadas s atividades dabiblioteca descrita no Guia de Decises. Por meio dele, padronizam-se osprocessos e as tcnicas de organizao do material e dos servios oferecidos.

  • 31

    b) Regulamento da Biblioteca: Tambm til elaborar um regulamento quecontenha as normas de seu funcionamento, relacionadas ao acesso e ao uso doespao fsico, dos recursos e dos servios, tais como o emprstimo, as consultasbibliogrficas, o horrio e outras informaes necessrias ao bom andamento dostrabalhos da biblioteca.

    4.3.1.3 Coordenao

    Funo que exercida, por designao e delegao de competncia da autoridadesuperior, por um dos membros de uma equipe, cabendo-lhe motivar as pessoas, prepar-laspara as funes atribuies e tarefas que lhes forem determinadas e, sobretudo, conduzir ogrupo para que os resultados alcanados traduzam os objetivos estabelecidos. Deve serressaltado que o exerccio funo da coordenao dever embasada pelos instrumentos degesto citados acima.

    4.3.1.4 Controle

    Funo que se caracteriza como o conjunto de aes, voltadas ao acompanhamentodas atividades da biblioteca, luz dos objetivos estabelecidos. Para melhor efetuar ocontrole, o responsvel pela BE e/ou a sua equipe podero se utilizar dos instrumentos degesto, tais como:

    a) Formulrios de coleta de dados do desempenho da equipe, do movimento dosusurios e do uso dos recursos e servios da BE;

    b) Tabelas;c) Grficos;d) Quadros;e) Figuras;f) Relatrios.

    Como exemplo de formulrio de coleta de dados, sugere-se, a seguir, o formulriopara registro dos emprstimos domiciliares:

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    ESCOLA .............................................................................BIBLIOTECA

    REGISTRO DOS EMPRSTIMOS DOMICILIARESPERODO:________________MS:______________________ ANO:______________

    CLASSE GERAIS* ASSUNTO QUANTIDADE DE VOLUMES(UNIDADES)

    000OBRAS GERAIS

    Biblioteconomia, Enciclopdias, Dicionrios,Museologia, Jornalismo, Publicidade, Leitura,Manuscrito, livros raros.

    100FILOSOFIA/

    PSICOLOGIA

    Filosofia, Ocultismo, Espiritismo, Psicologia, Lgica,tica, Moral.

    200RELIGIO

    Religio, Bblia, Teologia crist e cristianismo, Prticacrist, Igreja crist, Outras religies, Seitas.

    300CINCIASSOCIAIS

    Cincias Sociais, Sociologia, Estatstica, Poltica,Economia, Trabalho, Direito, Educao, EnsinoFundamental (Cincias, Lngua Portuguesa, Matemtica,Geografia, Histria), Comrcio, Comunicaes,Transporte, Folclore, Costumes.

    400LINGUSTICA/

    FILOLOGIA

    Lingustica, Filologia, Ingls, Alemo, Francs, Italiano,Espanhol, Lngua Portuguesa, Lngua Portuguesa(Gramtica, Redao), Outraslnguas.

    500CINCIAS

    NATURAIS/CINCIAS PURAS

    Cincias Naturais, Cincias Puras, Matemtica,Astronomia, Fsica, Qumica, Geologia, Paleontologia,Biologia, Ecologia, Botnica, Zoologia.

    600CINCIAS

    APLICADAS/TECNOLOGIA

    Cincias Aplicadas, Tecnologia, Medicina, CorpoHumano, Higiene, Sade Pblica, Doenas, Engenharia,Agricultura, Agropecuria, Tcnicas Domsticas,Cincias Domsticas, Administrao, Contabilidade,Indstria.

    700ARTES/ BELAS

    ARTES

    Arquitetura, Escultura, Desenho, Artes decorativas,Pintura, Artes Grficas, Fotografia, Msica, Recreao,Jogos, Esporte, Divertimentos, Artes Cnicas, Cinema,Educao Fsica.

    800LITERATURA

    Gneros Literrios, Teoria, Histria da Literatura,Literatura Estrangeira, Literatura Brasileira, LiteraturaGacha, Histria da Literatura Brasileira, OutrasLiteraturas.

    900GEOGRAFIA/HIST

    RIA/BIOGRAFIAS

    Geografia, Histria, Biografia, Histria em Geral,Geografia em Geral, Atlas e mapas, Geografia do Brasil,Geografia do Rio Grande do Sul, Biografias, Histriaantiga e medieval, Histria do Brasil, Histria do RioGrande do Sul, Histria do Rio Grande do Sul PortoAlegre.

    I LITERATURA INFANTIL

    J LITERATURA JUVENIL

    REVISTAS

    OUTROS MATERIAIS (CD, DVD, VHS...)

    USURIOS(LEITORES)

    Modelo de Formulrio para Registro de Emprstimos Domiciliares*Fonte: DEWEY, M. Classificao Decimal. 21 ed. 1996.

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    4.3.1.5 Avaliao

    Funo, no contexto da gesto da BE, que conduz analise do desempenho dosseus recursos e dos servios oferecidos sempre luz dos objetivos estabelecidosanteriormente, em consonncia com os objetivos da escolas, seja no plano de trabalho, sejaem projetos de ao especficos ou em projetos de pesquisas. Tendo como subsdios osdados registrados, na forma dos diferentes instrumentos de controle acima citados, a equipeda BE poder obter importantes informaes que iro embasar o planejamento de futurosempreendimentos.

    4.3.1.6 Comunicao

    A gesto da biblioteca escolar contempla tambm as aes decorrentes do processode comunicao ascendente e descendente que sua equipe deve manter, no sentido depromover a interao entre os diferentes segmentos da comunidade escolar e em geral.

    Assim, a comunicao ascendente o meio pelo qual a biblioteca ir se comunicarcom as autoridades, principalmente, com a Direo da Escola. Poder ocorrer de maneiraescrita, impressa ou em meio digital.

    Quanto comunicao descendente, est ser efetuada entre a biblioteca e seupblico usurio e a comunidade em geral, podendo ser efetuada por meio de ofcio,memorando, cartazes, folders, mensagens em meio magntico e outros.

    Estes mecanismos, produzidos pela BE, se caracterizam, de modo geral, comocorrespondncia expedida, enquanto aqueles que lhe so enviados e que demandamresposta de sua parte so denominados correspondncia recebida.

    Toda a correspondncia a ser expedida dever submetida Direo da escola.Dever ser arquivada em pasta especfica, na Biblioteca e junto Secretaria da Escola, deacordo com as orientaes da sua Direo.

    A correspondncia recebida dever ser arquivada, na Biblioteca, apenas.

    4.4 Recursos Materiais

    De acordo com a Indicao n.33/80 do Conselho Estadual de Educao do RioGrande do Sul (CONSELHO, 1980) (ANEXO C), uma biblioteca escolar deve dispor de

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    espaos para leitura e consulta, para as estantes de livros e para o setor de processamentotcnico.

    Alm desses, sempre que possvel, deve prever/destinar um espao para reunies etrabalhos em grupo. A biblioteca pode, ainda, disponibilizar aos usurios o acesso acomputadores, projeo de audiovisuais, um recanto para a narrao de histrias ou para arealizao de cursos ou oficinas.

    A BE deve estar em local de fcil acesso a todos com a possibilidade de ampliaesfuturas. O ambiente deve ser claro e arejado com boa luz natural durante a maior parte dodia, porm, no exposto excessivamente aos raios solares. necessrio tambm, umacorreta e suficiente iluminao artificial, mesmo que a biblioteca no funcione noite.

    As paredes devem ter tonalidades ou cores diferentes, o que torna o ambientebonito e agradvel desde que sejam evitadas as muito escuras ou muito vivas, cansativas vista. O mobilirio, adequado s diferentes faixas etrias dos leitores, deve assegurarconforto fsico, indispensvel atividade intelectual. Fazem parte do mobilirio e dosequipamentos: mesas, cadeiras, capachos, estantes, balco de atendimento, escaninhos,fichrios, expositores de livros, estantes para revistas, mapoteca, relgio de parede, cestospara lixo, arquivos de ao, armrios com chave, computadores e impressoras, calculadora,aparelho de som, extintores de incndios, quadro de avisos, ramal telefnico, mvel parajornais, bibliocantos, grampeador, perfurador, tesouras e suporte para fita adesiva dentreoutros. ( CONSELHO, 1980)

  • 35

    5 FORMAO EDESENVOLVIMETODOS RECURSOSINFORMACIONAIS

  • 36

    Recursos informacionais constituem-se no conjunto de livros, publicaesperidicas (revistas, jornais), documentos avulsos, folhetos, recortes, mapas, fotografias,gravuras, discos compactos (CDs), vdeos discos digitais (DVDs), quadros e outros, quefazem parte do acervo da biblioteca e que so reunidos, a partir dos interesses,necessidades e demandas da comunidade escolar.

    Em geral, os recursos informacionais podem ser agrupados em seus locais dearmazenamento, na biblioteca, na forma como segue:

    a) Obras de referncia: dicionrios, enciclopdias, almanaques, atlas, mapas,guias, entre outros. So de consulta local e normalmente, iniciam umapesquisa bibliogrfica. No devem ser emprestados para uso fora dasinstalaes da escola;

    b) Coleo geral: livros com contedo informativo, didtico, pedaggico eliterrio, em geral;

    c) Hemeroteca: peridicos (revistas e jornais) e publicaes seriadas(anurios, anais de eventos, relatrios e outros);

    d) Multimeios: apresentam-se sob diferentes formatos e tipos de suporte, taiscomo vdeos, CDs, DVDs, fotografias, reproduo de arte, gravuras,esculturas, maquetes e outros;

    e) Folhetos: publicaes impressas em papel, contendo capa e miolo com at95 pginas, segundo definio da Unesco;

    f) Folhas soltas: recortes de notcias ou de informaes diversas, extradas,geralmente, dos peridicos e afixadas sobre folha de papel A4.

    O processo de formao e de desenvolvimento do acervo dos recursosinformacionais da biblioteca contempla as seguintes etapas:

    5.1 Seleo o processo pelo qual se realiza a escolha dos recursos informacionais que, na

    biblioteca, sero incorporados aos que j existem. A seleo destes recursos obedecer aosseguintes critrios:

    a) Importncia do(s) assunto(s) da obra;b) Atualidade do contedo da obra;c) Qualidade deste contedo;

  • 37

    d) Valor do contedo (efmero ou permanente);e) Qualidade visual e/ou auditiva dos materiais no-livro;f) Acessibilidade da lngua da publicao;g) Autoridade do autor, editor e /ou ilustrador;h) Integridade do suporte fsico do documento(estado de conservao);i) Demanda existente (solicitao do usurio);j) Custo unitrio;k) Quantidade de exemplares necessrios;

    A seleo poder ser feita, atravs de:a) Sugestes de publicaes em sees literrias de jornais, revistas, ou nos meios de

    comunicao em geral;

    b) Catlogos atualizados de editoras (at dois anos);c) Contato com representantes de editoras;d) Visitas a livrarias, distribuidoras, feiras de livros e/ou sites da internet;e) Sugestes dos professores e demais usurios da biblioteca e/ou rgos

    governamentais;

    f) Relatrios de consultas e/ou de emprstimos domiciliares.

    5.2 Aquisio

    o processo de formalizao da entrada de uma obra na biblioteca. Podeconcretizar-se, atravs da compra, da doao ou da permuta.

    5.2.1 Compra

    Os recursos financeiros para a compra de livros e de outros recursos de informaopodero ser obtidos, atravs de repasses do governo s escolas, de verbas do Crculo dePais e Mestres, de contribuies voluntrias da comunidade escolar, em geral, ou outraspromoes, ou ainda, de acordo com a realidade de cada instituio.

    Antes de efetuar a compra segundos critrios de seleo acima, a BE dever efetuarlevantamento de preos, das condies de pagamento e de possveis descontos junto aocomrcio livreiro. Feita a compra, a nota fiscal ou o recibo discriminado dever serguardada (o) para posterior prestao de contas.

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    5.2.2 Doao

    a aquisio de uma obra sem nus financeiro para a biblioteca.A biblioteca deve estabelecer os seguintes critrios para aceitar uma doao:

    a) Todo material doado deve estar de acordo com a poltica de seleo daBiblioteca da escola, do SEBE e da SEDUC, para atender as necessidadesdos usurios e do currculo escolar;

    b) O material doado no poder ter outra identificao que no seja do prpriodoador;

    c) O doador, ao entregar o material doado, dever assinar um Termo deDoao no qual conste que o respectivo material poder ser transferido paraoutra instituio, caso no corresponda aos critrios de seleo estabelecidospela biblioteca receptora.

    A biblioteca poder aceitar material doado, quando houver necessidade de:a) Completar ou ampliar o acervo da biblioteca, para atender demanda dos

    usurios, podendo ser material de contedo novo ou existente no acervo;b) Preencher falhas na coleo de peridicos;c) Completar volumes de enciclopdias e/ou de outros materiais;d) Substituir material danificado ou extraviado.

    5.2.3 Permuta a troca de um documento por outro, realizada entre a BE e instituies ou pessoas

    da comunidade. fundamental que ambas as partes estejam de acordo com o que foipermutado. As permutas podem ocorrer em feiras de troca-troca ou com livrarias quevendem livros usados, com outras bibliotecas ou por intermdio do SEBE. O material nodeve estar carimbado e, se estiver, este carimbo dever ser anulado, recebendo, porm ocarimbo de Baixa.

    5.3 Descarte

    a retirada do material de informao do acervo da biblioteca, em razo de sua noutilizao, por no atender s necessidades dos usurios, ou pelo seu desaparecimento dacoleo.

    Critrios a serem observados para efetuar o descarte:

  • 39

    a) Livros didticos do Programa do PNLD/PNLEM cujo prazo de uso estultrapassado, considerando a validade de 3 anos anteriores ao ano vigente,conforme orientaes contidas na Ordem de Servio n. 04/2012/SEDUC, de23 de novembro de 2012 (ANEXO L). Ex.: livros de 2008 s podero serdescartados em 2011;

    b) Obras em mau estado de conservao (rasgados, sujos, riscados, faltandopginas, descolados e outros);

    c) Livros contaminados por fungos;d) Obras com contedo desatualizado, em relao ao currculo vigente;e) Bibliografias e enciclopdias com mais de 10 anos de publicao;f) Almanaques e anurios que no sejam do ano corrente;g) Atlas do corpo humano e livros de cincias da dcada de 70 e 80;h) Obras antigas de teologia;i) Livros e cdigos de Direito desatualizados;j) Livros com ortografia desatualizada;k) Livros sobre tcnicas domsticas, e culinria;l) Livros de Contabilidade, Matemtica Comercial e Financeira e

    Administrao anteriores dcada de 80;m) Materiais sobre tecnologia e informtica com sistemas no mais utilizados,

    tais como: MS-DOS, D BASE, BASIC, COBOL;

    n) Livros de geografia e mapas anteriores a 2000;o) Biografias individuais de pessoas no relacionadas escola, comunidade

    escolar e dos arredores;p) Fico medocre e de interesse passageiro;q) Obras escritas em linguagem pouco acessvel;r) Duplicatas: acima de 5 (cinco): excesso de cpias de um mesmo ttulo em

    relao demanda.O material descartado poder ser:

    a) Encaminhado para reciclagem, quando no interessar aos usurios e/ou aoutras instituies;

    b) Vendido a peso, gerando recursos, devendo a verba arrecadada reverter embenefcio da biblioteca desde que a venda seja realizada, de acordo com aOrdem de Servio SEDUC n 04/2012, (ANEXO L);

    c) Doado aos usurios.

  • 40

    As obras que forem consideradas de valor para outras instituies podero servircomo material de doao ou de permuta. Pode-se tambm coloc-las disposio dosleitores, em caixa identificada, tais como os exemplos abaixo.

    ou

    Quando houver dvidas quanto utilidade ou no de um determinado documentopara a biblioteca, prefervel mant-lo. Existem livros antigos que, mesmo no sendoobras raras ou valiosas, so importantes e insubstituveis pelo seu contedo e/ou valorartstico-literrio.

    Em princpio, no devero ser descartadas do acervo:a) Obras raras: assim consideradas pelo seu contedo, apresentao e/ou poca

    de publicao;b) Obras de escritores brasileiros e estrangeiros: editadas h mais de meio

    sculo; primeiras edies; edies de luxo;c) Edies de tiragem limitada;d) Obras autografadas por autores conhecidos;e) Obras de personalidades de projeo poltica, cientfica, religiosa, literria,

    ou outra;

    f) Obras de interesse cientfico;g) Obras importantes para a comunidade, que tratem da histria do municpio,

    da escola ou da cidade.

    Quando for realizado o descarte, alm da anotao de baixa no Livro de Registro,deve-se:

    a) Dar baixa em cada volume ou exemplar mediante a utilizao do Carimbo deBaixa:

  • 41

    BIBLIOTECA ............

    Baixa em: __/__/__

    Rubrica do responsvel:____

    Exemplo de Carimbo de Baixa

    b) Relacionar as obras e o motivo do descarte;c) Enviar, por ofcio, a Direo da Escola, ao responsvel pelo patrimnio e/ou ao

    Conselho Escolar a respectiva relao, arquivando uma via deste documento, nabiblioteca.

  • 42

    6 TRATAMENTO DOSRECURSOSINFORMACIONAIS

  • 43

    Todas as unidades do acervo existente na biblioteca, para entrarem em circulao eserem disponibilizados para consulta e/ou emprstimo, passam por um preparodenominado processamento tcnico.

    Feita a seleo dos materiais, que faro parte do acervo, estes devem sercarimbados, registrados e identificados por assunto, por autor e por ttulo, para integrar oacervo e serem colocados disposio da comunidade escolar para estudo e/ou lazer.

    De acordo com o tipo de recurso informacional identificados, a seguir, sorecomendadas as etapas abaixo:

    6.1 Livros

    6.1.1 Carimbagem

    A Biblioteca deve dispor de dois carimbos:a) Carimbo de Identificao da Biblioteca: contm o nome da escola e o da

    biblioteca e no deve ter altura superior a 1 cm, a fim de caber facilmente norodap da pgina de um livro sem cobrir textos ou ilustraes. Neste tipo depublicao impressa, o carimbo deve ser fixado: na margem inferior (p dolivro) da pgina ou folha de rosto; primeira e ltima pgina impressa; pginacentral (se for livro ou revista grampeado no meio) e em outras pginas, comintervalos determinados (de 10 em 10, de 20 em 20, de 50 em 50 pginas) acritrio da biblioteca. Em livros com maior paginao, sugere-se carimbartambm no incio de cada centena.

    Escola ..........

    Biblioteca .................. Exemplo de Carimbo de Identificao da Biblioteca

    b) Carimbo de Registro das Unidades Informacionais: contm os dadosreferentes ao nmero de registro da obra e a data em que foi registrada. Deve serfixado, preferencialmente, esquerda e no alto do verso da folha de rosto ou, noespao deste que no venha a cobrir o texto impresso. O nmero de registro e adata sero preenchidos, no carimbo, no momento do registro da obra na

  • 44

    biblioteca. O modelo, a seguir, poder ser confeccionado para ser utilizado noprocesso de registro:

    Escola...........

    BIBLIOTECA..........

    N de registro:

    Data:__ /____/____

    Exemplo de Carimbo de Registro das Unidades Informacionais

    6.1.2 Registro

    O registro constitui-se no ato de incorporao de uma unidade informacional (obra)no acervo. Sua funo assegurar o levantamento contbil do acervo. Dentre os suportesadotados para o registro, podem ser destacados: folhas soltas, fichas ou livro, sendo esteltimo o mais prtico e seguro. O Livro de Registro, preferencialmente, deve ser o tipoutilizado para Atas, porque contm capa dura e folhas numeradas. Na falta deste tipo dematerial, poder ser utilizado o caderno escolar sem espiral. Mesmo que a biblioteca venhaa ser informatizada, este livro poder ser mantido.

    Todas as folhas do Livro de Registro devem ser numeradas e rubricadas com arubrica do responsvel pela biblioteca. A numerao da folha e a rubrica aparecem direita, no canto superior da folha.

    O Livro de Registro deve conter em sua primeira pgina o Termo de Abertura quepoder ser lavrado, conforme o exemplo, a seguir:

    Exemplo de Termo de Abertura Lavrado no Livro de Registro dos livros da biblioteca

    TERMO DE ABERTURAEste Livro contendo ...... folhas numeradas e rubricadas por mim com a rubrica

    ...... , destina-se ao registro dos livros da Biblioteca ............................................ da Escola

    ..............................................................

    Local......................., ...de...........de..................................................................................................................................

    Assinatura do Responsvel pela Biblioteca

  • 45

    Da mesma forma, ao ser ocupada a ltima linha do Livro com o registro de umaobra, no verso da sua ltima folha, dever ser lavrado o Termo de Encerramento cujo textopode ser como segue:

    Exemplo de Termo de Encerramento do Livro de Registro

    O novo Livro de Registro (v. 2) contendo tambm o Termo de Abertura, iniciar-se- com o nmero seguinte ao ltimo utilizado no primeiro volume do Livro de Registro.

    Os dados que devem constar no Livro de Registro so, preferencialmente:a) Nmero de registro: em ordem crescente e sequencial, atribudo a cada unidade

    fsica da obra;b) Data: correspondente forma abreviada do dia, ms e ano do registro da obra;

    Tanto o nmero de registro, quanto a data do mesmo devem ser transcritos domesmo modo para o carimbo de registro, na obra, e para o bolso, que ser coladona ltima pgina sem texto do livro (folha de guarda).Alm das informaes referentes entrada da obra, na coleo da biblioteca, o

    Livro de Registro dever conter ainda os seguintes dados:c) Responsabilidade: autor(es), organizador(es), coordenador(es). Seguir a Norma

    Brasileira 6023 Referncias, para registrar o nome dos responsveis.(APNDICE D);

    d) Titulo principal;e) Edio;f) Editora, ano de publicao;g) Assunto principal (ver seo 6.1.3);h) Nmero do volume (se a obra for publicada em mais de um volume fsico);i) Nmero do exemplar (se houver mais de um na coleo);j) Origem: compra (C), ou doao (D) ou permuta (P);

    TERMO DE ENCERRAMENTOEste Livro contem o registro dos livros da Biblioteca ............................................

    na sequncia de 01 a .........., encerrando-se nesta data.

    Local......................., ...de...........de...............................................................................................

    Assinatura do Responsvel pela Biblioteca

  • 46

    k) Observaes (OBS): destina-se a anotaes sobre a retirada de uma obra do acervo(Baixa) e/ou outras circunstncias.

    Em cada uma das suas linhas, deve ser registrada a identidade de um volume fsicode uma unidade informacional, pois, no se registra conjunto, mas sim cada unidadematerial de uma obra. Cada volume ou cada exemplar (duplicata de uma obra) recebe umnmero de registro diferente. Assim, o registro de uma obra, publicada em quatro volumesfsicos, por exemplo, ser feito em quatro linhas, recebendo cada volume um nmerosequencial de ordem de entrada, no acervo da biblioteca.

    As informaes acima devem ocupar as duas folhas (lado a lado) que correspondemao Livro de Registro aberto:

    NRegistro Data Autor(es) Ttulo Ed. Local: Editora, ano

    1 23/08/2013 Cegalla, Domingos P. Dicionrio escolar 2 So Paulo: Nacional, 2005.2 3 4 5 6 7 8 ...

    1 Folha (lado esquerdo do livro de registro)

    OrigemAssunto Vol. Ex.

    C D PObs

    Portugus -Dicionrios 10,00

    2 Folha (lado direito do livro de registro)

    Exemplo de Livro de Registro

  • 47

    6.1.3 Identificao do Assunto Principal

    A informao sobre o assunto principal da obra, que deve constar no Livro deRegistro, objetiva orientar os procedimentos do preparo para a circulao, bem como dearmazenamento da obra que est em processo de registro.

    Para identificar e representar os assuntos contidos em uma obra e, tendo em vista apadronizao dos processos e das rotinas do tratamento informacional, o SEBE recomendaa utilizao do segundo sumrio da Classificao Decimal (CDD) de autoria de MelvilDewey, em sua 21. edio, publicada em 1996, da qual foram destacados os assuntosconstantes do quadro, a seguir. Este relaciona as notaes de assunto, cdigo alfanumricorepresentativo do assunto e os termos usados para sua definio.

  • 48

    CLASSIFICAO DE ASSUNTOSDe acordo com a 21.ed. da CDD

    000 OBRAS GERAIS004 Cincia da computao. Informtica020 Biblioteconomia030 Enciclopdias. Dicionrios060 Museologia070 Jornalismo. Publicidade080 Leitura. Orientao aos leitores090 Manuscritos e livros raros

    100 FILOSOFIA. PSICOLOGIA133 Ocultismo. Exoterismo. Espiritismo150 Psicologia160 Lgica170 tica. Moral200 RELIGIO220 Bblia230 Teologia crist e cristianismo240 Prtica crist290 Outras religies

    300 CINCIAS SOCIAIS301 Sociologia310 Estatstica320 Poltica330 Economia331 Trabalho340 Direito350 Administrao Pblica370 Educao372.3 Ensino Fundamental Cincias372.4 Ensino Fundamental Lngua Portuguesa372.7 Ensino Fundamental Matemtica372.89 Ensino Fundamental Geografia372.891 Ensino Fundamental Histria380 Comrcio. Comunicaes. Transporte390 Folclore. Costumes.

    400 LINGUSTICA. FILOLOGIA420 Ingls430 Alemo440 Francs450 Italiano460 Espanhol469 Lngua portuguesa469.5 Lngua Portuguesa Gramtica469.8 Lngua Portuguesa Redao490 Outras lnguas

    500 CINCIAS NATURAIS. CINCIAS PURAS510 Matemtica520 Astronomia530 Fsica540 Qumica550 Geologia560 Paleontologia570 Biologia577 Ecologia580 Botnica

  • 49

    Fonte: DEWEY, M. Classificao Decimal. 21 ed. 1996.

    Cabe destacar, na rea da literatura, os principais e mais utilizados gnerosliterrios para classificar o acervo:

    _ Poesia;

    _ Drama;

    _ Prosa: Conto; Novela; Romance; Ensaio; Crnica;_ Humor;

    _ Histria e Crtica Literrias;_ Quadrinhos;_ Autobiografias; Memrias.

    Para o acervo infantil e juvenil, recomenda-se utilizar a letra I para identificar oslivros infantis e a letra J para os livros de literatura juvenil.

    Aps ser identificado, no quadro acima, o termo representativo do assunto principalda obra, este dever ser escrito na coluna correspondente, no Livro de Registro, e a lpis,na pgina de rosto da obra.

    A notao de assunto dever ser registrada na etiqueta de lombada e na ficha dolivro.

    6.1.4 Sinalizao Cromtica

    Algumas bibliotecas adotam a sinalizao cromtica, no preparo para a circulaodas unidades do acervo. Para tal atribui uma ou mais cores (at trs, preferentemente), acada classe geral, subclasse, gnero literrio ou outro aspecto do (s) assunto (s) de umaobra, tendo como base o sistema de classificao decimal de assunto.

    O SEBE sugere a atribuio de cores aos assuntos, tendo como base a CDD,conforme o quadro constante no APNDICE B.

    6.1.5 Preparo para CirculaoOs livros devero ser preparados para serem utilizados no recinto da biblioteca, na

    sala de aula e/ou na residncia do leitor. Este preparo consiste em:

  • 50

    a) Transcrio do assunto principal: transcrever, a lpis, no anverso da folha derosto o termo que representa o assunto principal da obra e que consta tambmno Livro de Registro;

    b) Elaborao do nmero de chamada: o nmero de chamada constitui-se numconjunto de dados alfanumricos que identificam uma obra, tendo em vista arecuperao de sua(s) unidade(s) fsica(s) no acervo da biblioteca.

    Para elaborar o nmero de chamada, deve-se escrever ou digitar, nesta ordem:- primeira linha: a letra identificadora da coleo, tal como:

    R = Referncia

    P = PeridicoCD = Compact DiscD = Didtico (livro texto do ensino fundamental)DVD = Digital Video DiscF = Folhetos

    - segunda linha: a notao do assunto principal da obra;- terceira linha: as trs primeiras letras em maisculas do ltimo sobrenome doprimeiro autor;

    - quarta linha: as trs primeiras letras em minsculas da primeira palavrasignificativa do ttulo principal, desconsiderando o artigo;- quinta linha: o nmero do volume fsico da obra, precedido da abreviatura v., seela for editada em mais de um volume e esta informao estiver impressa em cadaunidade fsica da obra;- sexta linha: o nmero do exemplar (cpia) da obra precedido da abreviatura ex., sehouver exemplares anteriores registrados na biblioteca.

    O exemplo abaixo ilustra as etapas acima descritas:

    R030HOUdicv.1ex. 2

    Exemplo de nmero de chamada

  • 51

    a) Preparo e colagem da etiqueta de lombada: as etiquetas de lombadaconstituem-se em dois grupos de informao codificadas, que tem a finalidadede orientar a busca e a localizao de uma unidade informacional em seu localde armazenamento, na biblioteca, o qual em geral, so as estantes. O primeirogrupo consiste no nmero de chamada; o segundo corresponde sinalizaocromtica do assunto principal da obra.

    A etiqueta que recebe o nmero de chamada deve ser autoadesiva e, sempre quepossvel, ter o tamanho padronizado.

    1cm

    R030HOUdicv.1ex. 2

    1cm

    Exemplo de etiqueta de lombada

    O nmero de chamada deve ser escrito no centro, deixando-se 1 cm de cada lado,aproximadamente.

    Ao colar a etiqueta, est dever ser fixada a 1 (um) centmetro do p do livro edobrando as laterais da mesma, de modo que elas se fixem na capa e na contracapa daobra.

    A segunda etiqueta consiste em um segmento de papel Contact colorido, cuja corcorresponde ao assunto principal da obra em preparo para circulao. Este segmentoassume a configurao de uma fita cuja dimenso pode ter 1 (um) centmetro de altura etrs de comprimento ou mais, conforme a extenso da lombada. recomendvel que estafita colorida deva ser afixada acima e junto etiqueta do nmero de chamada e tambm seestenda por 1 cm, na capa e na contra capa da obra para sua melhor fixao.

    Exemplo de fita colorida representativa do assunto principal da obra

    Os exemplos abaixo ilustram a forma pela qual as etiquetas de lombada coloridasdevem ser elaboradas e fixadas na obra:

    dobra da etiqueta

  • 52

    Fonte: SIMO, M.A.R.; SCHERCHER, E.K.; NEVES, I.C.B.. Ativando a Biblioteca Escolar. 1993, p. 33.

    Fonte: SIMO, M.A.R.; SCHERCHER, E.K.; NEVES, I.C.B.. Ativando a Biblioteca Escola. 1993, p. 35.

    b) Preparo e colagem das fichas de emprstimo e do bolso: as fichas deemprstimo so usadas para propiciar a circulao das obras fora do recinto dabiblioteca. Constituem-se em: ficha do leitor e papeleta de data. Estas fichas temcomo finalidade manter o controle do uso da coleo da Biblioteca, em termosde quem est com a obra e quando dever ser devolvida.

    A parte superior da ficha do leitor deve ser preenchida pelo agente da biblioteca,conforme exemplo, a seguir:

    Escola ................................

    BIBLIOTECANotao: N. de Registro:

    Autor:

  • 53

    Ttulo:

    Devolver

    atAssinatura do

    Leitor

    N

    Inscrio

    Exemplo de Ficha do Leitor

    As colunas indicativas do nome do leitor e sua respectiva inscrio so preenchidaspor este.

    A papeleta de data uma ficha que contem quadrculas onde escrito a data dedevoluo da obra. O bolso o repositrio da ficha do leitor, que nele permanece enquanto a obra estarmazenada na biblioteca. No bolso, deve constar o carimbo de identificao da biblioteca,o nome do primeiro autor da obra, o ttulo principal e o nmero de registro da mesma,conforme o Livro de Registro.

    O bolso do livro e a papeleta de data devem ser colados, de preferncia, na ltimafolha em branco da obra (folha de guarda), de modo que a papeleta fique no alto da folha eo bolso logo abaixo, conforme exemplo, a seguir:

    Este livro dever ser entregue naltima data carimbada

    Exemplo de papeleta de data (devoluo do livro)

    BIBLIOTECA ...................................

    AUTOR ............................................TITULO .....................................N DE REGISTRO............................

  • 54

    Exemplo de bolso de livro

    6.1.6 ArmazenamentoAs obras de referncia (dicionrios, atlas, almanaques, enciclopdias, anurios e

    outros) devem ficar, preferencialmente, em estantes prximas ao balco de atendimento ou entrada da biblioteca.

    Devem ser ordenadas, de acordo com a sequncia crescente do nmero de chamada,considerando-se, em primeiro lugar, a notao de assunto; a seguir as iniciais do autor, dottulo, o nmero do volume e/ou do exemplar.

    Do mesmo modo, os demais livros do acervo so ordenados nas estantes, segundoseu nmero de chamada, em ordem crescente, da esquerda para a direita, de cima parabaixo, deixando-se espao na prateleira para incluso de novas obras, conforme a figura, aseguir:

    Exemplo de organizao dos livros em seu local de armazenamento.Fonte: http://www.esucri-univer.com.br/siteesucri/localizarlivro.htm

    dobr

    adobra

    dobr

    a

  • 55

    A literatura infantil e juvenil deve ser colocada em estantes com altura adequada scrianas e aos jovens ou em outros suportes de fcil acesso.

    Os livros do mestre, por no integrarem o acervo, devem ser colocados em localreservado, separado da coleo ou, ainda, entregue aos professores.

    6.2 PeridicosOs peridicos so publicaes editadas ou publicadas em partes sucessivas tambm

    chamadas fascculos e que se caracterizam por terem um incio, mas no uma data previstapara o seu encerramento.

    Incluem-se neste conceito os peridicos, propriamente ditos, que podem apresentaruma periodicidade regular (diria, semanal, quinzenal, mensal e outras), ou irregular etambm as publicaes seriadas que so editadas com um espao de tempo mais amplo(anual, bi-anual e outros).

    So exemplos de peridicos: jornais e revistas; e de publicaes seriadas: anais deeventos numerados e relatrios anuais entre outros.

    6.2.1 CarimbagemOs peridicos da biblioteca sero carimbados com o carimbo de identificao da

    biblioteca: no p da capa; da primeira folha ou pgina de texto (que poder conter osumrio ou um artigo); da folha ou pgina do meio; da ltima pgina.

    6.2.2 RegistroO registro dos peridicos deve ser feito em fichas, preparadas para essa finalidade,

    ao ser recebido o primeiro fascculo da publicao, na biblioteca.O nmero de registro deve ser atribudo ao ttulo da publicao e no a cada

    fascculo, individualmente.Desta forma, cada ficha de registro de um peridico aps devidamente preenchida

    em seus dados de identificao, ser ordenada pela ordem alfabtica do ttulo dapublicao, em fichrio prprio (horizontal) ou em pastas, que podero ser armazenadasem arquivo vertical ou em outro repositrio.

    O registro da coleo do peridico ser efetuado, medida que os nmeros ou osfascculos forem sendo recebidos pela biblioteca. No espao devido, correspondente ao ano

  • 56

    civil (linha) e ao ms (coluna), os fascculos devero ter volume e ano registrado, conformeexemplo, a seguir:

    Exemplo de Ficha de Registro de Peridico

    6.2.3 Preparo para a CirculaoOs peridicos devero ser preparados para serem utilizados no recinto da biblioteca,

    na sala de aula e/ou na residncia do leitor. Este preparo consiste em:

    a) Elaborao do nmero de chamada: o nmero de chamada para aspublicaes peridicas, pode-se constituir de: uma letra indicativa da

    REGISTRO DE PUBLICAES PERIDICAS BIBLIOTECA ...............................Ttulo: Carta Fundamental Periodicidade: Mensal

    Editor: Confiana Nacionalidade: Brasileira

    Endereo: Al. Santos, 1800. Jardim Paulista, So

    Paulo - SP CEP: 01418-102

    N de chamada: P A/Z

    Assunto: Educao Origem: Doao

    Ms Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

    2013 v.1.n.1 v.1 n.2 v.1 n.3 v.1 n.4 v.1n.5

    v.1n.

    6v.1.n

    7

    v.1n.

    8v.1n.

    9

    2014

    2015

    2016

    2017

    2018

    Ano

    2019

    TTULO: Carta Fundamental N DE CHAMADA:PCAR

  • 57

    coleo (P) como primeira informao; a seguir, a indicao A/Z, querepresenta a sequncia alfabtica correspondente ao ttulo do peridico.

    P

    A/Z Nmero de Chamada de Peridico

    Embora deva ser registrado o assunto da publicao, na ficha do registro doperidico, a notao do assunto no integra seu nmero de chamada.

    b) Preparo das etiquetas de lombada: o preparo das etiquetas de lombada,nas publicaes peridicas fica a critrio da biblioteca. Em geral, cadafascculo recebe apenas a notao, a tinta do nmero de chamada, conformeexemplo acima, na capa, ao alto e esquerda, e na folha de rosto;

    c) Sinalizao cromtica: de modo geral, os peridicos no recebem em seusfascculos a fita colorida que corresponde ao assunto principal da obra.Entretanto, o uso da sinalizao cromtica na coleo de peridicos fica acritrio da biblioteca;

    d) Preparo e colagem das fichas de emprstimo e bolso: As rotinasreferentes ao preparo e colagem das fichas de emprstimo (ficha da obra epapeleta de data) e do bolso para as publicaes peridicas so as mesmasadotadas para os livros. Apenas, variam as informaes que identificam operidico o nmero, o fascculo e o ano, na ficha do leitor e no bolso,conforme exemplo, a seguir:

    Este livro dever ser entregue naltima data carimbada

    Exemplo de papeleta de data (devoluo do livro)

  • 58

    Exemplo de bolso de livro

    6.2.4 Armazenamento Os peridicos podem ser ordenados na sequncia alfabtica de seu ttulo, ano,

    volume e nmero. Podem ser armazenados em estantes especiais para peridicos, emcaixas de ao especiais ou, ainda, em estantes de livro, na posio vertical presos porbibliocantos.

    6.3 Materiais No-LivroOs materiais no-livro, tais como: folhetos, recortes ou folhas soltas, mapas, atlas,

    globos, jogos, CDs, DVDs, gravuras, fotografias e outros, apresentam-se sob diferentessuportes fsicos, constituindo-se, cada um, em uma coleo especfica integrada ao acervoda biblioteca, juntamente com a coleo de livros e a coleo de peridicos.

    6.3.1 CarimbagemProcede-se a carimbagem das unidades dos materiais no-livro, no local mais

    visvel do seu invlucro ou do material, propriamente dito, desde que no prejudique a sualeitura.

    Utiliza-se apenas o carimbo de identificao da biblioteca.

    6.3.2 RegistroCada tipo de material no-livro deve ter um livro de registro prprio, tal como os

    livros.

    BIBLIOTECA ...................................

    TITULO .....................................V........................................................N................................ANO...............d

    obr

    adobra

    dobr

    a

  • 59

    Alguns dados podero ser acrescentados ou substitudos, de acordo com ascaractersticas de cada material.

    Os exemplos, a seguir, destacam as semelhanas e as diferenas entre os dados deregistro de livros e de materiais audiovisuais, conforme CRTE; BANDEIRA (2011, p.79).

    a) Diapositivos (slides); fotografias; postais e outros:

    OrigemN. Data Autor Ttulo Ex. Tipo Quant. AnoC D P

    PreoR$

    Assunto OBS.

    1 28.08.23 SILVA,Joana

    Visita a Parati 1 foto 2,5 2010 X Geografia

    Modelo de Livro de Registro para diapositivos, fotografias, postais e outros

    b) Disco compacto (CD); vdeo disco digital (DVD); livro eletrnico (e-book),audiolivro e outros:

    OrigemN. Data Assunto Autor/Compositor

    Ttulo Interprete Ex Durao Gravadora

    AnoC D P

    PreoR$

    OBS.

    128.04.13 Msica

    PopularBrasileira

    CARLOS,Roberto

    RobertoCarlos aovivo

    CARLOS,Roberto

    1 45 min. 2010 x 10,00

    Modelo de Livro de Registro para CDs, DVDs e outros

    6.3.3 Preparo para Circulao

    a) elaborao do nmero de chamada: para os materiais no-livro, torna-serecomendvel elaborar o nmero de chamada com dois elementos: na primeiralinha, a(s) letra(s) indicadora(s) do tipo de material; na segunda linha, o nmero deregistro; na terceira e na quarta, a indicao de volume e de exemplar,respectivamente, se houver, conforme o exemplo, a seguir:

    Nmero de Chamada de no-livro

    DVD02v. 1ex. 2

  • 60

    A etiqueta autoadesiva, contendo o nmero de chamada dever ser afixada em localvisvel da obra: capa, envelope, ou qualquer outro invlucro.

    b) Preparo e colagem das fichas de emprstimo e bolso: pelas caractersticas fsicasdos materiais no-livro, o preparo e a colagem de fichas de emprstimo e do bolsono se torna aconselhvel. No momento do seu emprstimo, deve ser elaboradauma ficha de emprstimo, denominada papeleta provisria, que deve conter osseguintes dados:

    Modelo de papeleta provisria

    Este emprstimo por papeleta provisria deve ser includo na ficha de controle/diados emprstimos e aps a devoluo do material, deve ser descartada.

    6.3.4 Armazenamento Para os materiais no-livros, aconselhvel o armazenamento de suas unidades:a) pela letra indicadora da coleo;b) pelo nmero de registro (ordem numrica sequencial crescente);c) pelo nmero de volume;d) pelo nmero do exemplar.Estas colees podero ser armazenadas em arquivos de ao, em estantes de livros

    ou de peridicos, em escaninhos ou caixas apropriadas para esta finalidade.

    BIBLIOTECA..................

    N. Chamada...................

    Ttulo.............................

    Data de dev...................

    Data de emp..................

    .......................................

    Assinatura do Leitor

  • 61

    6.4 Folhas SoltasFolhas soltas ou recortes ou so partes de jornal, de revista ou de outra publicao

    que contem artigos, notcias, ilustraes ou outros textos ou informaes que interessam

    aos usurios da biblioteca. Podem permanecer soltos ou serem colados sobre folhastamanho A4, preferencialmente.

    6.4.1 Preparo da Folha SoltaO recorte, quando se constitui em uma nica folha, deve ser colada sobre uma folha

    tamanho A4 (oficio) de forma centralizada, obedecendo as margens:- superior: 3 cm;- esquerda: 3 cm;- direita: 2 cm;- inferior: 2 cm.

    Para identificao do recorte, dever ser elaborada acima da margem inferior areferncia completa do texto, incluindo a obra de onde foi retirada.

    6.4.2 Carimbagem A semelhana dos livros, o carimbo de identificao da Biblioteca dever ser

    fixado, no rodap do texto ou da folha da montagem do recorte.

    6.4.3 RegistroO registro da folha solta pelo seu carter efmero de seu contedo ou devido sua

    fragilidade fsica, pode ser realizado em ficha ou em folha de papel A4 , na qual seroassinaladas, no nmero de ordem correspondente a sua sequencia de sua confeco, cadafolha solta que for incorporada na coleo da biblioteca.

    O exemplo abaixo ilustra o modelo sugerido:

    ESCOLA.....................................

    BIBLIOTECA......................................

    Registro de Folhas Soltas

    Ano: 2013

    1x

    2x

    3x

    4 5 6 7 8 9

    10 11 12 13 14 15

  • 62

    Exemplo de Folha de Registro de Folha Solta

    6.4.3 Preparo para circulao

    a) Elaborao do nmero de chamada: o nmero de chamada da folha soltaconsiste nas letras identificadoras deste tipo de material (FS), na primeira linha;abaixo o nmero de registro, seguido do ano em que foi registrado, conforme foiassinalado na Folha de Registro de Folhas Soltas, descrita acima. Este conjuntoalfanumrico deve ser escrito na margem superior da folha solta, esquerda. Namesma margem, direita da referida folha solta, deve ser escrito o termo quedescreve o assunto principal do texto recortado e transformado em folha solta.Abaixo do recorte, registra-se a referncia da fonte documental da qual foi extradoo recorte. A disposio do recorte e das informaes registradas, na folha solta,pode ser verificada, por meio do exemplo, a seguir:

    FS ECOLOGIA

    01/2013

    Referncia BibliogrficaCarimbo da Biblioteca

    Exemplo de preparo de Folha Solta

  • 63

    b) Preparo e colagem das etiquetas de lombada e do bolso: as folhas soltas norecebem etiquetas de lombada nem bolso para fins de emprstimo. Da mesma formaque os materiais no-livro, o emprstimo das folhas pode ser efetuado por meio depapeleta provisria, que est descrita na seo 6.3.3. Para a folha solta, a papeletaprovisria deve conter o nmero de chamada, o ttulo do recorte, e o nmero deinscrio do leitor e sua assinatura, alm da data a ser devolvida. Este emprstimo porpapeleta provisria, assim como para os demais materiais no-livro, deve ser includona ficha de controle/dia dos emprstimos e aps a devoluo do material, deve serdescartada.

    6.4.4 ArmazenamentoAs folhas soltas podero ser acondicionadas, em razo de sua fragilidade: em

    caixas-arquivo (de papelo ou de plstico); em caixas de camisa (aproveitamento ououtras); em bolsos especiais; em envelopes pardos (tamanho oficio); em sacos plsticos(tamanho A4); reunidos em pastas de cartolina A/Z; em lbuns ou sob outra forma, acritrio da biblioteca.

    A ordenao dentro desses repositrios dever ser por assunto, isto , cada caixa ouenvelope dever conter um assunto apenas e ser etiquetado por fora com o assunto dasfolhas neles armazenados. Dentro de cada um, a ordem das folhas ser crescente donmero e do ano de registro (de baixo para cima ou da esquerda para direita).

    A guarda destas caixas, envelopes ou lbuns poder ser em arquivos de ao compastas suspensas, estantes, armrios ou outro mobilirio, que tambm dever ser sinalizadocom o(s) assunto(s) das folhas soltas.

    6.5 Informatizao das Rotinas dos Servios Oferecidos pela BibliotecaEscolar

    As atividades da BE, no que se referem aos procedimentos bsicos da gesto dabiblioteca como um todo, do tratamento tcnico das unidades do acervo, bem como suacirculao interna e externa, esto encontrando nas tecnologias de informao e decomunicao (TICs) uma ferramenta importante para agilizar tais procedimentos.

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    Alm das aplicaes das TICs, na gesto da BE, devem ser consideradas, nomomento de sua implantao, as vantagens que sero advindas para a comunidade escolar.

    Neste sentido, mesmo que a biblioteca evidencie dificuldades financeiras para aimplantao de um programa de informatizao ampla, a equipe da biblioteca, a direo daescola e os pais e professores devero avaliar:

    a) rotinas e subrotinas a serem informatizadas;b) programas disponveis sem nus financeiro e/ou com nus;c) empresas responsveis pela produo e comercializao dos programas;d) capacitao da equipe da biblioteca para a implantao do sistema de

    informao;

    e) anlise do auto-benefcio da implantao do sistema de informao;f) levantamento do custo total do projeto da informatizao da biblioteca.Muitas BEs de escolas pblicas esto investindo no uso de programas livres, que

    podem ser utilizados de maneira gratuita pela biblioteca. Para essa informatizao recomendvel a orientao do SEBE, tendo em vista os servios e os produtos a seremimplantados, tais como:

    a) O controle do processo de aquisio de itens para o acervo;

    b) A busca e a recuperao da informao;

    c) A circu