jornal pedra de fogo - edição nº 29 / ano 1

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SÁB, 5 DE SETEMBRO DE 2015 PEDERNEIRAS E REGIÃO HOJE MÁX 27º | MÍN 16º AMANHÃ MÁX 27º | MÍN 17º EDIÇÃO Nº 29 / ANO 01 GRATUITO TODO SÁBADO VIDRAÇA & ESTILINGUE Olha essa... MACATUBA Saúde em dia Pesagem do Bolsa Família em Macatuba atinge 70% da meta Chapéu faz BO de preservação de direitos (contra a PM) facebook.com/jornalpedradefogo Rolo compressor: Foi aprovado na segunda-feira (31) o polêmico projeto de Lei Complementar que dispõe sobre a cessão de servidores da prefeitura e autarquias de Pederneiras para a Fundação Estatal Regional de Saúde, localizada em Bauru. O que chamou atenção é que um projeto polêmico, envolvendo diversas pessoas, não foi discutido como se devia, principalmente com a classe trabalhadora. Na sessão, a banca- da do PSDB chamou uma audiência pública, pedindo adiamento. A bancada que defende a atual administração passou um rolo compressor e derrubou o pedido de adiamento, que queria uma audiência pública, e aprovou o projeto do prefeito. O que se sabe é que nenhuma associação de servidores ou sindicato da classe foram ouvidos. Alguns promotores já revelaram que por diversas razões jurídicas técnicas levaram ao entendimento da inconstitucionalidade da fundação. Para eles, a administração deveria apresentar eficiência administrativa. Pág. 5 Leia a coluna na Pág. 3 Pág. 4 A expectativa é atualizar o cadastro de 215 famílias. A ação de pesagem das famílias usuárias do programa seguem pelos próximos dias. Pág. 6 Parafraseando Chico Buarque, só mesmo embriagado ou muito louco para não contestar ou não botar defeito. O servidor não deve manifestar anuência expressa, ou seja, não deve concordar em ir para a fundação em Bauru. Vidraça e esngue

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Page 1: Jornal Pedra de Fogo - Edição nº 29 / Ano 1

SÁB, 5 DE SETEMBRO DE 2015 PEDERNEIRAS E REGIÃO HOJE MÁX 27º | MÍN 16º AMANHÃ MÁX 27º | MÍN 17º

EDIÇÃO Nº 29 / ANO 01

GRATUITOTODO SÁBADO

VIDRAÇA & ESTILINGUE Olha essa... MACATUBA Saúde em dia

Pesagem do Bolsa Família em Macatuba atinge 70% da meta

Chapéu faz BO de preservação de direitos (contra a PM)

facebook.com/jornalpedradefogo

Rolo compressor: Foi aprovado na segunda-feira (31) o polêmico projeto de Lei Complementar que dispõe sobre a cessão de servidores da prefeitura e autarquias de Pederneiras para a Fundação Estatal Regional de Saúde, localizada em Bauru. O que chamou atenção é que um projeto polêmico, envolvendo diversas pessoas, não foi discutido como se devia, principalmente com a classe trabalhadora. Na sessão, a banca-da do PSDB chamou uma audiência pública, pedindo adiamento. A bancada que defende a atual administração passou um rolo compressor e derrubou o pedido de adiamento, que queria uma audiência pública, e aprovou o projeto do prefeito. O que se sabe é que nenhuma associação de servidores ou sindicato da classe foram ouvidos. Alguns promotores já revelaram que por diversas razões jurídicas técnicas levaram ao entendimento da inconstitucionalidade da fundação. Para eles, a administração deveria apresentar eficiência administrativa. Pág. 5

Leia a coluna na Pág. 3

Pág. 4

A expectativa é atualizar o cadastro de 215 famílias. A ação de pesagem das famílias usuárias do programa seguem pelos próximos dias. Pág. 6

Parafraseando Chico Buarque, só mesmo embriagado ou muito louco para não contestar ou não botar defeito. O servidor não deve manifestar anuência expressa, ou seja, não deve concordar em ir para a fundação em Bauru.

Vidraça e estilingue

Page 2: Jornal Pedra de Fogo - Edição nº 29 / Ano 1

Pederneiras, 5 de setembro de 2015 • Hoje é Dia da Amazônia e Dia Oficial da Farmácia02

Jornal Pedra de FogoCNPJ: 22.546.981/0001-00

O Pedra de Fogo é um jornal distribuído gratuitamente. O conteúdo dos textos publicados pelos colaboradores do jornal é de inteira responsabilidade de seus respectivos autores e não expressa necessariamente a opinião de seus

editores. Colunistas, diagramadores e articulistas não possuem qualquer tipo de vínculo empregatício com o jornal.

EditorChu Arroyo

De segunda à sexta-feira, das 9h30 às 16h30. Rua Siqueira Campos, S-297 - Centro - Pederneiras

DiagramaçãoPetter Paccola

ImpressãoFullGraphics / JC

Supervisora de marketingAriadne Moreto

OPINIÃOCHARGE

Faltou transparência e diálogo

A derrocada das OSs na saúde em Pernambuco

ARTIGO

Não podemos e nem devemos agir como se fossemos cegos, surdos e mudos, diante de determinados episódios que envolvem o Poder Executivo (Prefei-tura), o Poder Legislativo (Câmara) e os interesses do município de Pederneiras e de seu povo. A impressão dá, é de que tratam a cidadania com total desprezo, uma vez que não querem escutar o que ninguém mais tem a dizer, além deles próprios. Então, devemos mesmo endu-recer o tom. Afinal, não somos idiotas. Em 2011, a então prefeita Iva-na Camarinha (PV) encaminhou à Câ-mara Municipal - que aprovou -, pedido de autorização para que o Município ins-tituísse juntamente com outros da região, a Fundação Estatal Regional de Saúde, de origem pública, porém, de direito pri-vado. Tal entidade possui, dentre outras, a responsabilidade de desenvolver ações e serviços de saúde. Um tema de am-plitude, que pela simploriedade como foi tratado passou despercebido, ficando apenas no âmbito da administração e da edilidade. Sequer uma audiência pública ou consulta à população foi levada a efeito. Tudo muito fácil, que sem qualquer objeção ou questionamento transformou-se em lei. No último dia 31, foi aprovado em sessão do legislativo local projeto da lavra do prefeito Daniel Camargo (PSB), que autoriza a administração a ceder ser-vidores municipais efetivos à entidade. Isso fechou o cerco em torno do que Ivana e Daniel pretendem. Uma reunião entre a secretária de saúde municipal e os verea-dores, “esclareceu” o intuito da coisa. Mas entre quatro paredes, a portas fechadas? Por que não pública? Estariam o execu-tivo e o legislativo - 10 pessoas apenas -, credenciados a decidir assim algo tão complexo, sem ao menos informar aos servidores – alguns dos quais poderão ser cedidos – sobre o que realmente se trata? O vereador Mauro Soldado resis-

Atraso de salários, demissões em massa, fechamentos de leitos, falta de insumos e medicamentos, profissional agredida em hospital devido à falta de segurança pública, falta de materiais de higiene, devolução da gestão via Organi-zações Sociais (OSs) à Secretaria Estadu-al de Saúde. Este é o cenário da saúde em Pernambuco nos últimos meses. Esses últimos acontecimentos refletem as consequências da opção de entrega dos serviços públicos de saúde às mãos das OSs, desde 2006, ano da elei-ção do governador Eduardo Campos. Esse processo se intensificou, principalmente, a partir de 2009, com a entrega da gestão do recém-construído Hospital Miguel Ar-raes ao Instituto de Medicina Integral Pro-fessor Fernando Figueira (IMIP) e notada-mente em 2011, ano em que o secretário de Saúde Antônio Carlos Figueira delega ao IMIP (coincidentemente, OS perten-cente à sua família) a gestão do Hospital Pelópidas da Silveira, Unidade de Pronto-a-tendimento (UPAs) e Unidades Pernambu-canas de Atenção Especializada (UPAEs). As Organizações Sociais são “pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam diri-gidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde” (Art. 1º) Lei n.º 9.637 de 15 de maio de 1998. Proposta por Bresser Pereira, ministro da Reforma do Estado de FHC, sob o pretexto de enxugar os gastos através da transferência de res-ponsabilidades constitucionalmente sob dever do Estado a entes privados, a Lei das OSs espelhava a política neolibe-ral, reduzindo direitos do povo brasileiro. Não se falava, entretanto, das questões subjacentes a este modelo, a exemplo da contratação através de sele-ção simplificada e via CLT, deslegitimação do controle social, contas de difícil acesso e fiscalização e descompromisso com as di-retrizes e princípios do SUS. Além do custo excessivo, visto que um ente privado não re-alizaria qualquer atividade sem visar lucros. A onda neoliberal abriu mar-gem para que as OSs se tornassem o modelo de gestão adotado pelo Brasil afora. Em Pernambuco não foi diferente e hoje sabemos o preço dessa escolha. Em pouco tempo, a OS intitulada IMIP,

tiu bravamente, mostrando a necessidade que havia de tornar transparente (público) todo o plano, inclusive por que a propos-ta mencionava um convênio futuro, sem que de suas bases a vereança tomasse conhecimento prévio. Mauro requereu o adiamento da discussão. No entanto, os vereadores governistas, com a ajuda de escorregão feio do lado da oposição, rom-peram a corda. O afogadilho aprovou o projeto que, pelo que dele consta, o servidor poderá ser cedido pelo prazo de até cinco anos e deverá abrir mão de todos os direi-tos e vantagens do emprego permanente na municipalidade, uma vez que a cessão transferirá à entidade a responsabilidade pelo pagamento do salário, direitos e vanta-gens relacionados ao cargo que ele ocupa-rá, incluindo as obrigações previdenciárias e trabalhistas, além de possibilitar à Prefeitura fugir das amarras da Lei de Responsabili-dade Fiscal, que limita gastos com pessoal. É bom lembrar que a vonta-de do povo é que confere legitimidade à norma, à lei, ao ato, à política pública. Legalidade formal é tão somente o pre-enchimento dos requisitos organizacio-nais na sua feitura. Não vamos então, confundir legalidade com legitimidade. Apenas no momento em que houver coincidência, identificação derivada da vontade popular é que haverá norma justa. Fora disso, será absoluta falta de transparência e de diálogo com quem realmente possui o poder (o povo). Tomara que o executivo e o legislativo local não estejam se afas-tando perigosamente do dever da precaução, da responsabilidade para com a população. De promessas, estamos repletos delas. Falácias en-tão são ilusões ou, no máximo, idéias.

Por Reginaldo Monteiroblogueiro do Pederneiras de Fato

ATENDIMENTO AO LEITOR E AO ANUNCIANTE

14 3284.4153 [email protected]

que ainda hoje se esconde sob um man-to de filantropia – e até pede que os ci-dadãos pernambucanos de bem façam doações, – passou a recolher cerca de R$ 20 milhões por mês através de con-tratos sem licitação e sem fiscalização. A falta de transparência, aliada ao crescimento exponencial do poder dessa OS em Pernambuco, se aprofun-dou em 19 de dezembro de 2013, quan-do o governo do estado de Pernambuco editou e publicou a Lei 15.210. Naquele momento, se sepultava o SUS e seus prin-cípios: a lei delegava a fiscalização das contas das organizações sociais da saú-de realizada pela Agência de Regulação do Estado de Pernambuco (Arpe) para a própria Secretaria Estadual de Saúde (SES), determinando que contratos que somavam R$ 482 milhões/ano fossem assinados e fiscalizados pelo então secre-tário Antônio Carlos Figueira (atualmente chefe da casa civil) a partir daquela data. Hoje, assistimos à derrocada da transferência de responsabilidade da es-fera pública para a privada: nos últimos meses, a redução do financiamento des-tinado à saúde em 2015 demonstrou a inviabilidade de manter os contratos milionários com as Organizações Sociais. Enquanto a gestão pública permanece fazendo “das tripas, coração” para man-ter os serviços funcionando, ainda que de forma insuficiente, as OSs simplesmente devolvem a gestão à secretaria de saúde tal como foi feito com o Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru pela OS Funda-ção Altino Ventura no dia 10 de agosto; ou mesmo demite pessoal em massa e atrasa salários como tem acontecido nas UPAs e hospitais geridos pelas OSs. Nos tempos de repasses vultosos, tudo parecia funcionar perfeitamente; em tempos de vacas magras, o modelo dá sinais de esgotamento. O SUS não se efetivará so-zinho, tampouco com os interesses obscuros do governo do estado. A janela histórica está para ser escancarada e só o faremos se de-fendermos o SUS público, estatal, universal (sem cobrança) e fizermos cair as máscaras das Organizações Sociais em Pernambuco.

Por Marcela Vieiraintegrante da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares; O artigo foi publicado no site Saúde Popular

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Pederneiras, 5 de setembro de 2015 03

PEDERNEIRASPEDERNEIRAS

Vidraça e estilingueAVISODia 15 de setembro, às 19h30, na Câmara Municipal, acon-tece a 1ª Convenção do PDT.

DESDIZENDOEle vai desmentir, como é costu-me dos políticos nessa época, mas corre nos bastidores políticos que o vereador Ricardo de Santelmo (PV), que outrora já havia afirmado que estaria encerrando sua carreira política para cuidar do seu super-mercado, agora está trabalhando para emplacar seu nome como vice-prefeito para as próximas elei-ções. Só não se sabe se será vice da ex-prefeita ou do atual prefeito.

PLANO BO grupo político da situação já es-tuda uma dobradinha da ex-prefei-ta com o atual prefeito, que seria o vice, já que o homem não decola, nem com seus gabinetes itineran-tes. O objetivo destes gabinetes itinerantes, antes, era de escutar as reivindicações, que até agora, pelo que se sabe, nenhuma foi atendida, e agora é levar prestação de serviços gratuitos, lazer e aumentar a pre-sença do poder público nos bairros.

QUANTO CUSTAMuitas pessoas já estão questionan-do o custo do gabinete itinerante, que contrata artistas, aluga palco, barracas, brinquedos, algodão doce, além de pagar horas extras para um punhado de funcionários públicos.

ESTRANHANDOO vereador Chapéu (PSDB) é um, ele entrou com um requerimento para saber quanto é a despesa gasta com brinquedos, como cama elás-ticas, piscina de bolinhas e outros. Chapéu disse que “está me estra-nhando solicitarem trabalho para

empresas de brinquedos de fora da cida-de. Então eu gostaria que respondessem de quanto é pago para cada brinquedo, gostaria que me trouxessem valores para gente comparar se aqui em Peder-neiras é mais caro que a cidades de fora”.

UMA PENAVereadores da base afirmaram que “hou-ve licitação para a contratação de em-presa de brinquedos” e disseram ainda “ser uma pena que a empresa ganhado-ra da licitação não fosse de Pederneiras”.

NADA CONSTANo site da prefeitura, no link licita-ções, não tem nada sobre contra-tação de empresa de brinquedos e nem sobre contratações de artis-tas da terra ou palhaços de Bauru.

ESCLARECIMENTOO prefeito respondeu requerimento do vereador Chapéu, que pediu os no-mes de quem foi beneficiado por lotes ou terrenos doados, que é chamado pomposamente de concessões de uso de terrenos, “estão sendo forneci-dos diretamente ao Ministério Público (MP)”. O prefeito ainda disse que está a disposição para novos esclarecimentos.

SEM TRANSPARÊNCIAOra, o prefeito só pode estar brin-cando, ele não esclareceu nada. O vereador não queria saber se o pre-feito estava mandando os nomes para o MP, o representante do povo quer os nomes para explicar para o povo porque lotes para atrair novas empre-sas viraram especulação imobiliária. Chapéu também quer esclarecer a patuleia que não tem nenhum fun-cionário público ou assessor usando das concessões de uso de terrenos.

ATÉ PAPAGAIOMauro Soldado pediu para o Executi-vo conduzir o município com bastante

clareza, com bastante determinação e com bastante vontade. Não só pala-vras, palavras só não resolvem, o que resolve é ação, é trabalhar, é fiscalizar, é fazer algo que venha realmente bene-ficiar o povo e não ficar com conver-sas; conversas, papagaio também fala.

RECADOChapéu disse na tribuna da Câmara que esteve conversando com o vice-presi-dente Carlão do Vagão, “que me trouxe uma notícia muito boa sobre a portei-ra” (cancela). “Sei lá se ele conversou com o Zé da Purina, com o Val Grana, com Berto Frascareli, com ex-prefeita, com quem ele conversou não sei, só sei que ele falou: Prefeito tá na mão do senhor, se o senhor não abrir neste mandato, o futuro prefeito vai abrir dia 2 de janeiro de 2017. Se o atual prefei-to não abrir, o outro prefeito vai abrir”.

ABRIR MÃOA administração de playboy empur-rou uma bucha para os trabalhadores da Saúde. O prefeito mandou para a Câmara projeto de Lei Complemen-tar, o qual pede que seja aprovado por unanimidade (sic), e foi, mas por maio-ria, cujo objetivo é a cessão de servi-dores da administração para uma Fun-dação Estatal Regional de Saúde, em Bauru. O servidor deverá manifestar anuência expressa quanto à cessão e abrir mão de todos os direitos e vantagens do emprego permanente.

SÓ ASSIMParafraseando Chico Buarque, só mesmo embriagado ou mui-to louco para não contestar ou não botar defeito. O servidor não deve manifestar anuência expres-sa, ou seja, não deve concordar em ir para a fundação em Bauru.

CONTRAFundações Públicas de Direito Pri-

vado Regional de Saúde já exis-tem em outras cidades. Quando o projeto foi aprovado em Bauru, os movimentos sociais como os Conselhos Gestores de Saúde, o Conselho Municipal de Saúde, a Frente Municipal contra a Ter-ceirização, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Sindi-cato dos Servidores Municipais e outros movimentos popula-res organizados foram contra.

CANTO DA SEREIAO motivo para ser contra, segundo os movimentos sociais, é que, em geral, essas organizações causam o esvaziamento do serviço público em Saúde. Num primeiro momen-to fazem contratações com salários acima do pago no serviço público, fazendo com que os servidores caiam no “canto da sereia”, aban-donem o serviço público e pas-sem a integrar as ditas Fundações.

QUARTEIRIZAÇÃOApós um período de tempo pas-sam a dispensar o antigo quadro de funcionários e passam a efetuar novas contratações de funcioná-rios com salários rebaixados ou até mesmo “quarteirizam” algu-mas atividades para outras empre-sas prestadoras de serviços, argu-mentam os movimentos sociais.

LEITURAVale à pena ler na página 2 o ar-tigo “A derrocada das OSs na saúde em Pernambuco”. OSs é mais ou menos uma Fundação, mas com outra nomenclatura.

OUTRA LEITURAJustamente por estes motivos aci-ma, há quem enxergue nesta nova lei do prefeito que cede funcionários à fundação, um cabidão de empregos.

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Pederneiras, 5 de setembro de 201504

PEDERNEIRAS

O vereador Marco Antônio Licerra, Chapéu, compareceu na tarde de quinta-feira (3) na Delega-cia de Polícia e fez um boletim de ocorrência (BO) de preservação de direitos. E condicionou “futura ação civel, se necessário”. Segun-do o BO, a Polícia Militar (PM) está denegrindo a imagem do vereador. O comandante da PM Vítor de Melo diz que o BO é de preser-vação de direitos e não contra a PM. De acordo com o BO, Chapéu informou que está acon-tecendo uma operação de guin-cho e multas efetivadas pela PM e que a batida policial seria fruto de pedido do vereador. A “Opera-ção Chapéu”, supostamente assim batizada, foi informada ao verea-dor “pela população da cidade”. Ainda de acordo com o BO, o vereador “não é contra tais ope-rações, nem tampouco das prisões concretizadas pela polícia, somente é contra denegrirem sua imagem perante o povo de Pederneiras”. Para o Capitão Vítor Melo, comandante da 6ª Companhia da Polícia Militar de Pederneiras, não existe “operação Chapéu”, é ope-

Muitas reclamações de con-dutores de veículos relacionadas a multas aplicadas por policias militares e serviço de guincho viraram pau-ta do vereador Marco Antônio Li-cerra, Chapéu, por diversas sessões. Segundo o vereador do PSDB, depois de tanto reclamar das multas aplicadas “por meia dú-zia de PMs que ficam cercando os trabalhadores”, o número de veícu-los guinchados caiu paulatinamente. De 2011 a 2014 foram mais de 2600 multas e carros recolhidos; em 2015, até agosto, o número caiu para 69, segundo informações do Coronel Comandante Airton Iosimo Martinez. De acordo com a resposta de Martinez para Chapéu, em 2011 foram 525 veículos recolhidos; em 2012, 840; em 2013, 895 e em 2014, 376, totalizan-

Chapéu faz BO de preservação de direitos (contra a Polícia Militar)

Reclamações do vereador fez diminuir carros guinchados, diz Chapéu

ração da Polícia Militar, até porque “vereador, Legislativo, ninguém dá ordem e manda na Polícia. Então, quando tem operação, é operação da Polícia Militar, é ordem minha, eu quem dou ordem para operação”. Vitor de Melo reforçou que “não existe operação de mais ninguém, de prefeito, de verea-dor, de ninguém, é operação da PM visando o bem da sociedade”. Nesta semana aconteceram bloqueios durante três dias. Na semana passada teve batida policial durante dois dias em Pederneiras. No mês passado também teve ope-rações de bloqueio; no mês anterior, idem; no retrasado também teve operações. “Esse tipo de operação, bloqueio, vem agendada de São Pau-lo, algumas a gente decide fazer den-tro do nosso cronograma. As ope-rações são feitas nas quatro cidades da Cia. de Polícia de Pederneiras, que são Arealva, Iacanga e Macatuba. Vítor de Melo explicou que a mesma forma que ele para um in-divíduo para fazer uma fiscalização, verifica se há suspeita, placa de fora, uma pessoa estranha, “vou abordar o veículo, verifico se a pessoa não

‘Operação Chapéu’: O vereador Marco Antônio Licerra procurou a delegacia de polícia e fez um boletim de ocorrência para se proteger da PM

tem passagem pela Polícia, não é procurado, faço abordagem no carro para ver se não tem droga, não tem arma. Ao mesmo tempo, peço para o COPOM, se a placa tal é corre-ta... O carro não é furtado, mas está com o licenciamento em atraso”. O comandante questiona a reportagem: “Se o vereador quer que a gente cometa crime, por não autuar o condutor com licencia-mento em atraso, infelizmente, eu

não vou cometer. As fiscalizações existem, são fiscalizações criminais, de ordem criminal, procura de ob-jetos ilícitos, drogas, armas, carro roubado/furtado. Tanto é que em diversas operações nós já conse-guimos apreender drogas, armas, pessoas procuradas pela Justiça. Só que eu não posso virar as costas para as irregularidades adminis-trativas, se o condutor estiver em dia... quem não deve não teme”.

do 2636 carros guinchados, sem con-tar os 69 carros até agosto deste ano. O vereador vem questionan-do o número de veículos guinchados deste o primeiro ano de seu manda-to. Chapéu afirmou na tribuna da Câ-mara que foi muito criticado por suas cobranças em relação ao número de carros multados por alguns policiais. “A Polícia Militar, não falo to-dos, porque a maioria dos policiais vai atrás de bandido, vai atrás de ladrão, mas tinha meia dúzia que não (...) fi-cava embaixo do pontilhão cercando os pais de famílias que trabalham na Pedertractor e cercando o pessoal da Volvo na hora do almoço”. O verea-dor também afirmou não ser con-tra as batidas policiais, mas também tem que correr atrás de bandidos. Chapéu ainda disse que

“hoje a população está feliz, porque essa meia dúzia que ficava dando lu-cro para o dono do guincho e para o governo começou a ajudar os ou-tros soldados que ficavam baten-do de frente com a bandidagem”. Para Chapéu, suas co-branças obtiveram resultados. “A população estava certa ao recla-mar de meia dúzia de PM que fi-cava multando e foi pegar ladrão”. Ainda de acordo com Airton Martinez, comandante da PM, não só os números de veículos recolhidos, mas também o de homicídio, roubo, furto, roubo/furto de veículos também caíram. O Capitão Vitor Melo, co-mandante da 6ª Companhia da Polícia Militar de Pederneiras, afirmou que o CPI 4 (Comando de Policiamento do Interior 4) de Bauru, nas 89 cidades,

está em queda em todos índices cri-minais, que está conseguindo diminuir muito a criminalidade em toda região. “Não é por causa do Cha-péu, é um serviço bem feito pelos policiais, isso causa resultado, muita falação, muita conversinha não dá re-sultado. Nós não trabalhamos para agradar o vereador Chapéu ou ou-tro vereador, nós fazemos porque é nosso serviço” atenuou Vitor Melo. O vereador e colega de par-tido Mauro Soldado, que é sargento reformado da PM, não gostou do tom das críticas de Chapéu e defendeu todos os policiais militares, que “não tinha nada de meia dúzia, porque os policiais cumprem ordens”. Outros vereadores também defenderam as blitz ou batidas policiais. Nas redes so-ciais, o vereador Chapéu foi elogiado.

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Pederneiras, 5 de setembro de 2015 05

PEDERNEIRAS

Foi aprovado na segunda-fei-ra (31) o polêmico projeto de Lei Complementar que dispõe sobre a cessão de servidores da prefei-tura e autarquias de Pederneiras para a Fundação Estatal Regional de Saúde, localizada em Bauru. A tal fundação da região foi aprovado em 2011. Segundo re-portagem da época, “o projeto de autoria do Prefeito Municipal so-freu ampla rejeição por parte dos movimentos sociais como os Con-selhos Gestores de Saúde, o Con-selho Municipal de Saúde, a Frente Municipal contra a Terceirização, a Central Única dos Trabalhado-res (CUT), o Sindicato dos Servi-dores Municipais e outros movi-mentos populares organizados”. Em Pederneiras, o projeto se tornou lei aprovada por maioria, ou seja, sem unanimidade. Votaram a favor os vereadores da base alia-da, Ricardo de Santelmo,Durvalina Simões, Bugrinho, Carlão do Va-gão e Willian; o vereador Chapéu usou do artifício de se abster do

Câmara aprova projeto polêmico que prejudica funcionários da Saúde

TCE acaba comCarnaval de Ivana

Rolo compressor: A Câmara de Vereadores aprovou projeto de lei polêmico no qual ainda pode ser responsabilizada

voto. Portanto, os vereadores Zezé Pegatin e Mauro Soldado, ambos dos PSDB, foram votos vencidos. O que chamou atenção é que um projeto polêmico, envol-vendo diversas pessoas, não foi discutido como se devia, principal-mente com a classe trabalhadora. Na sessão, a bancada do PSDB cha-mou uma audiência pública, pedindo adiamento. A bancada que defende a atual administração passou um rolo compressor e derrubou o pedido de adiamento, que queria uma au-diência pública, e aprovou o projeto do prefeito. O que se sabe é que ne-nhuma associação de servidores ou sindicato da classe foram ouvidos. Alguns promotores já revela-ram que por diversas razões jurídicas técnicas levaram ao entendimento da inconstitucionalidade da fundação. Para eles, a administração deveria apresentar eficiência administrativa. Segundo pessoas que par-ticiparam da tal reunião com a secretária de Saúde, a defesa se resumiu em fugir da Lei da Res-

ponsabilidade Fiscal, mas não soube esclarece em quanto fi-caria a fatura da tal “cessão de funcionários” para a fundação. A desculpa foi UPA.A Câmara

aprovou por maioria, cinco votos. Há pouco tempo, o Ministé-rio Público (MP) disse que os vere-adores estavam sendo investigados porque são eles que fazem a lei.

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Pederneiras, 5 de setembro de 201506

MACATUBA

As secretarias de Saúde e de Assistência Social da Prefeitura de Macatuba avaliaram como positiva a ação de pesagem das famílias usuárias do programa Bolsa Família realizadas sábado (29). De acordo com Ricardo Verpa, secretário municipal de Saúde, foram recebidas 161 famílias no Posto de Saúde do Jardim Bocaiúva. “Atingi-mos 70% da meta em um único dia de pesagem. É um resultado muito bom porque na primeira pesagem que fi-zemos, no início deste ano, havíamos atingido 30% da meta”, comentou. A expectativa é atualizar o cadastro de 215 famílias. A ação de pesagem das famílias usuárias do programa e a atualização dos cadas-tros seguem pelos próximos dias. A orientação para as famílias que não compareceram é que procurem o Posto de Saúde e a Secretaria de Assistência Social o quanto antes para atualizarem seu cadastro obri-

Com apresentação para os alunos da escola municipal Waldo-miro Fantini na manhã e na tarde de quarta-feira (2) teve início em Macatuba a edição 2015 do proje-to Du Pont na Escola. O projeto valoriza o trabalhador rural como

Pesagem do Bolsa Família em Macatuba atinge 70% da meta

Projeto Du Pont, que valoriza escola rural, teve início nesta semana

gatório. Vale lembrar que o cadastro único é utilizado não apenas para o programa Bolsa Família, mas também para os demais programas sociais executados pelo município em favor das famílias carentes de Macatuba. O prefeito Tarcisio Abel tam-bém acompanhou o sábado de pe-sagem das famílias usuárias dos pro-gramas sociais. As famílias que foram à ação de pesagem aproveitaram a presença do prefeito para apresen-tar reivindicações e conversar sobre assuntos relacionados à adminis-tração municipal. “É sempre impor-tante manter este contato direto e facilitado com a população. Nesses encontros, aproveitamos para aten-der à comunidade e sanar eventuais dúvidas a respeito dos programas e projetos da Prefeitura. Enfim, in-formar à população sobre tudo que acontece com a administração da nossa cidade”, comentou Tarcisio.

Saldo positivo: 161 famílias foram recebidas no Posto de Saúde do Jardim Bocaiúva. No sábado, o prefeito Tarcísio acompanhou de perto a ação de pesagem das famílias usuárias dos programas sociais

produtor de alimentos saudáveis para um mundo que não para de crescer, despertando nas pesso-as o respeito pelo seu trabalho. A realização do projeto Du Pont na Escola é resultado da parceria entre a Ascana (Asso-

ciação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê) e a empresa Du Pont, com apoio da Secretaria de Educação da Prefeitura de Maca-tuba. A ação institucional premia os melhores trabalhos de redação e desenho dos alunos dos quin-tos anos das escolas municipais. Este é o quarto ano con-secutivo que o projeto educacio-nal realizado pela Ascana, Du Pont e Secretaria de Educação acon-tece em Macatuba. A proposta é levar informações às crianças do ensino fundamental para que se-jam multiplicadores da importân-cia da preservação do meio am-

biente, da necessidade de uso de EPls (equipamentos de proteção individual) na aplicação de de-fensivos agrícolas e no descarte correto dos recipientes vazios. O tema sugerido para os tra-balhos é “Meu herói, o agricultor” e os alunos das escolas são estimula-dos a produzir redações e desenhos alusivos ao assunto. Os trabalhos mais bem classificados recebem os prêmios em cerimônia que deve acontecer no mês de outubro. Nos anos anteriores, os participantes fo-ram premiados com computador, notebook e tablet para a esco-la, professor e aluno vencedores.

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TPM

toques pra mulherada

ASTRALPrevisões para o período de 5 a 9 de setembro

• Áries: Você trabalha muito neste período até o dia 10/9

• Touro: Excelente momento para curtir a vida a dois

• Gêmeos: Sua carreira é beneficiada neste período

• Câncer: Ótimo momento para viagens rápidas e a vida social

• Leão: Sua vida financeira continua sendo beneficiada

• Virgem: Você começa um novo ano astral. Mudanças virão

• Libra: Este será um período mais leve e tranquilo pra você

• Escorpião: Momento excelente para sua carreira • Capricórnio: Sua saúde estará 100%. Saia com os amigos

• Sagitário: O esforço dos últimos anos será recompensado

• Aquário: Ótimos negócios poderão ser firmados em breve

• Peixes: O momento ainda envolve uma troca de emprego

Porque você tem o direito de usar cada pedacinho de seu batom favorito - até aquela parte que fica no fundo do tubo.

Recupere sua sombra quebrada com gotas de álcool

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Dicas geniais para aproveitar melhor a suamaquiagem

Dá pra comprar o tíner por cerca de R$ 10 ou óleo de banana (que você encontra em lojas de cosméticos). Estes produtos vão aumentar a vida útil de muitos, muitos frascos de esmalte.

Faça o delineador em gel que secou voltar a ser macio pingando gotas de colírio nele

Recupere seu esmalte endurecido com uma gotinha de tíner para esmaltes

Descole a tampa do esmalte mergulhando o frasco de cabeça para baixo na água quente

Emende um batom quebrado usando isqueiro

Mergulhe o rímel em um copo de água morna para soltar todo o produto

Page 8: Jornal Pedra de Fogo - Edição nº 29 / Ano 1

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CL!CKQUEM FAZ E ACONTECE

EM PEDERNEIRAS E REGIÃO

Nádia Daré e Márcia Costa num dia de domingo

O tattoo Eric Gibi e Talita Soler no aniversário de Angel Tifany

Mariana Moço confirmou presença no Rock Fest Pederneiras, que rola no próximo dia 20 de setembro