jornal pedra de fogo - edição nº 36 / ano 2

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P EDRA DE F OGO WWW.FACEBOOK.COM/JORNALPEDRADEFOGO LENÇÓIS PAULISTA, MACATUBA E PEDERNEIRAS, SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2016 EDIÇÃO 36 / ANO 2 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA CLIMA HOJE SÁB, 27 MÁX 28º MÍN 21º PROBABILIDADE DE CHUVA: 80% SOL COM CHUVAS FORTES Lwart realiza Encontro para o Desenvolvimento Sustentável NO DIA MUNDIAL DA ÁGUA O evento realizado pelo Grupo Lwart reuniu os principais geradores de óleo lubrificante usado contaminado da região, o auditório, com mais de 100 lugares, estava completamente lotado; na foto, da esquerda, o diretor de Meio Ambiente de Lençóis Paulista, Benedito Luiz Martins; Manuel Browne, representando a Lwart; Sebastião Carlos Gonçalves de Lima (Leleco), representando a CIESP; Klaudio Cóffani Nunes, representante da área de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CIESP; Helen Milene Cursino dos Santos, CETESB; e Rodrigo Agostinho, prefeito de Bauru. Pág. 4 MICRORREGIÃO MACATUBA PEDERNEIRAS Cana bisada antecipa safra e gera expectativa Dramatização da Paixão de Cristo acontece hoje Mais de 180 lotes doados pela Prefeitura de Pederneiras estão na mira do MP As duas usinas de cana do Grupo Zilor na região voltaram a operar mais cedo neste ano; a usina Barra Grande, de Lençóis Paulista, começou a mo- agem no dia 10 e a usina São José, de Macatuba, dia 15. Leia mais na Pág. 3 Mais de 150 atores e figurantes vão encenar a Paixão de Cristo hoje, Sexta- feira Santa (25), em Macatuba. A Via Sacra começará às 16h, sairá da Praça da Matriz e percorrerá as ruas até o Centro Esportivo e Cultural (CEC). Pág. 7 Há permissão de uso de lotes para grandes empresários e para pequenos donos de negócio de fundo de quintal, bares e lanchonetes; mãe de assessor da prefeitura e vereador também foram beneficiados. Pág. 6

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Page 1: Jornal Pedra de Fogo - Edição nº 36 / Ano 2

PEDRA DE FOGOWWW.FACEBOOK.COM/JORNALPEDRADEFOGO

LENÇÓIS PAULISTA, MACATUBA E PEDERNEIRAS, SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2016 EDIÇÃO 36 / ANO 2DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

CLIMAHOJESÁB, 27

MÁX 28ºMÍN 21ºPROBABILIDADE DE CHUVA: 80%

SOL COM CHUVAS FORTES

Lwart realiza Encontro para o Desenvolvimento Sustentável

NO DIA MUNDIAL DA ÁGUA

O evento realizado pelo Grupo Lwart reuniu os principais geradores de óleo lubrificante usado contaminado da região, o auditório, com mais de 100 lugares, estava completamente lotado; na foto, da esquerda, o diretor de Meio Ambiente de Lençóis Paulista, Benedito Luiz Martins; Manuel Browne, representando a Lwart; Sebastião Carlos Gonçalves de Lima (Leleco), representando a CIESP; Klaudio Cóffani Nunes, representante da área de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CIESP; Helen Milene Cursino dos Santos, CETESB; e Rodrigo Agostinho, prefeito de Bauru. Pág. 4

MICRORREGIÃO MACATUBA

PEDERNEIRAS

Cana bisada antecipa safra e gera expectativa

Dramatização da Paixão de Cristo acontece hoje

Mais de 180 lotes doados pela Prefeitura dePederneiras estão na mira do MP

As duas usinas de cana do Grupo Zilor na região voltaram a operar mais cedo neste ano; a usina Barra Grande, de Lençóis Paulista, começou a mo-agem no dia 10 e a usina São José, de Macatuba, dia 15. Leia mais na Pág. 3

Mais de 150 atores e figurantes vão encenar a Paixão de Cristo hoje, Sexta-feira Santa (25), em Macatuba. A Via Sacra começará às 16h, sairá da Praça da Matriz e percorrerá as ruas até o Centro Esportivo e Cultural (CEC). Pág. 7

Há permissão de uso de lotes para grandes empresários e para pequenos donos de negócio de fundo de quintal, bares e lanchonetes; mãe de assessor da prefeitura e vereador também foram beneficiados. Pág. 6

Page 2: Jornal Pedra de Fogo - Edição nº 36 / Ano 2

Jornal Pedra de FogoCNPJ: 23.478.500/0001-39

O Pedra de Fogo é um jornal distribuído gratuitamente. O conteúdo dos textos publicados pelos colaboradores do jornal é de inteira responsabilidade de seus respectivos autores e não expressa necessariamente a opinião de seus editores.

Colunistas, diagramadores e articulistas não possuem qualquer tipo de vínculo empregatício com o jornal.

EditorChu Arroyo

De seg. à sex, das 9h30 às 16h30. Rua João Fernando de Almeida Prado, 637 - Macatuba - SP

DiagramaçãoPetter Paccola Jr.

ImpressãoFullGraphics / JC

ATENDIMENTO AO LEITOR E AO ANUNCIANTE

14 99618.1508 [email protected]

PEDRA DE FOGO02 SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2016

CHARGE

ARTIGO

OPINIÃO

PEDRA DE FOGO

Por uma geração futura mais consciente e focada no meio ambiente

Retroceder nunca, render-se jamais!

Desde pequena sempre fui muito ligada a tudo o que é relaciona-do ao contato com a natureza e com o meio ambiente. Nasci e passei boa parte da minha infância junto à fauna e a flora e considero este contato essen-cial para formação de qualquer pessoa. Em 2012, realizei um dos meus sonhos: a graduação em Ges-tão Ambiental me capacitou e me deu ainda mais bagagem para que pudes-se colocar em prática um projeto vo-luntário de conscientização e educa-ção ambiental junto com as crianças. Foi então que, atuando como agente escolar na EMEIF “Ézio Paccola”, no Jardim Primavera em Lençóis Pau-lista, tive a oportunidade e todo o apoio para que pudesse criar o Projeto Educar para Preservar. Um trabalho voluntário que leva às nossas crianças diversos conceitos e boas prá-ticas relacionados à sustentabilidade e a importância de preservamos o nos-so meio ambiente. Da EMEIF “Ézio Paccola”, levei esta experiência também para a EMEF “Esperança de Oliveira”, tradicional es-cola no Centro da cidade, e atualmente, na EMEIF “Irma Carrit”, na Vila Cru-zeiro. Sempre contando com o funda-mental apoio das comunidades, pais de alunos e também da Diretoria Muni-cipal de Educação de Lençóis Paulista. No Projeto Educar para Pre-servar, temos dois conceitos principais que norteiam todo o aprendizado e todas as experiências que realizamos nos intervalos das aulas: a sustenta-bilidade e a inclusão de crianças que possuam algum tipo de deficiência. Buscamos trabalhar o cha-mado Conceito dos 4 Rs: Reciclar, Re-duzir, Recuperar e Reutilizar. As crian-ças de 3 a 12 anos são convidadas a colocar a mão na massa conhecendo e plantando sementes, criando mini hortas com garrafas PET, participan-do de oficinas para a confecção de sabão com óleo de cozinha (que é um verdadeiro veneno para nossos rios e lagos), além de outras atividades. Fico muito entusiasmada e fe-liz quando posso levar as crianças até às

Com este título de filme do Van Dame inicio este não pretensio-so artigo. Sempre que Chu Arroyo me convida para colaborar com este periódico, me sinto no dever de di-zer algo positivo. Hoje não preten-do falar de política nem de mercado de trabalho. Quero levá-lo a uma inflexão e também a uma reflexão. Pretendo que você pense fora da caixa. Vamos fazer uma inflexão no sentido de sair da linha mesmo, de observar sua vida fora da trajetória normal, sair da zona de conforto. Nas nossas cidades, nas gran-des cidades, de nos-so pequeno dia a dia, o medo nos leva a tudo, sobretudo a criarmos algumas fantasias. Daí então erguemos muros, físicos, mentais, criamos barreiras, que nos dão a ga-rantia, a única ga-rantia de que mor-reremos cheios de uma vida tão vazia. Já pensou nisso? Nas nossas cidades, de um país tão violento, nos-sos muros e grades nos protegem de quase tudo. Mas você já se questionou se o teu quase tudo, que você vive qua-se sempre não é quase nada? Pois nada nos protege de uma vida sem sentido. Entre o dia, a noite ou uma vida superficial, entre sombras de nossa própria solidez, nos pegamos muitas vezes vivendo no automático, sem pensar, sem questionar, sem sair da zona, a zona de conforto. E nossa

Por Eliana Paccola, lençoense, gestora ambiental, agente escolar e coordenadora do Projeto Educar para Preservar

Por Cristiano Borin, jornalista e Consultor de Recursos Humanos

APP (Área de Preservação Permanente) de nossa cidade (localizadas nos entor-nos do Rio Lençóis e da Prata) para pos-samos transmitir o quanto é importan-te que essas áreas existam preservadas. Percebo em cada olhar o quanto estas atividades são recebidas com curiosidade e atenção pelos pe-quenos. É uma gratidão sem tamanho. Dezenas de outras ações com-plementam o Projeto Educar para Pre-servar, como, por exemplo: Fiscal Mirim do meio ambiente, a Gincana de Pilhas e Baterias, o reaproveitamento de botas e utensílios descartados pelos funcio-nários das escolas (que antes iriam para o lixo), além do Recreio Direcionado com a observação de pássaros e insetos. A educação para crianças

desta faixa etária é de fundamental importância por-que nesta idade os pequenos levam para a casa todo o conhecimento ad-quirido e compar-tilham com pais e irmãos uma men-

sagem de conscientização que resulta em benefícios para toda a comunidade. Hoje em dia, estimo que cer-ca de 500 crianças já participaram do Projeto Educar para Preservar. Projeto voluntário que inclusi-ve, em 2012, somou pontos e colaborou para que Lençóis Paulista conseguisse uma ótima posição no ranking das cida-des com o selo “Município Verde Azul”: premiação do Governo do Estado de São Paulo que reconhece as cidades que trabalham em prol do meio ambiente. O projeto continua e pretendo expandir as experiências com nossas crianças para que assim, possamos criar uma geração que se atente mais com a preservação de nossos bens naturais. Que nossos filhos e netos tor-nem-se uma geração mais consciente, uma geração mais ligada à natureza. Este é o meu trabalho atra-vés do Projeto Educar para Preservar! Mais um sonho que realizo aos poucos.

vida vira realmente uma zona, zona quase maternal, escorada num cordão umbilical da dependência de coisas ou mesmo pessoas que muitas vezes não agregam nada em nossas vidas. Então, criamos muros e gra-des que nos protegem de nosso pró-prio mal. O mal que alimentamos ou amargamos pela falta de iniciativa. Iniciativa – ta aí uma coisa temida por muitos.

Digo pra vocês que viver assim é um ab-surdo, como outro qualquer, como cometer suicídio, pois se fechar para o novo, vi-ver de passado e não ter iniciativa para melhorar o próprio presente é deveras covarde. A s s i m , pense, se cheguei onde cheguei te-nho força para não retroceder ? Sim - tenho! Se estou me sentindo derro-tado ou hoje não estou na condição que sonhei mas

ainda tenho sonhos, render-me jamais! Leitor, brincando aqui com trechos da belíssima música da ban-da Engenheiros do Hawai “Muros e Grades”, neste espaço só lhes de-sejo: Coragem, iniciativa, sucesso e amor em tudo que venha a fazer hoje. O amanhã será um fruto bom.

Que nossos filhos e netos tornem-se uma geração mais

consciente, uma geração mais ligada à natureza!

Nos pegamos muitas vezes vivendo no

automático, sem pensar, sem questionar, sem sair da zona, a zona de conforto. E nossa vida vira realmente

uma zona, zona quase maternal, escorada num

cordão umbilical da dependência de coisas

ou mesmo pessoas que muitas vezes não

agregam nada em nossas vidas

Page 3: Jornal Pedra de Fogo - Edição nº 36 / Ano 2

PEDRA DE FOGO 03SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2016

Cana bisada antecipa safra e gera expectativa

MICRORREGIÃO

As duas usinas de cana do Grupo Zilor na região voltaram a ope-rar mais cedo neste ano; a usina Barra Grande, de Lençóis Paulista, começou a moagem no dia 10 e a usina São José, de Macatuba, dia 15. A nova safra co-meçaria oficialmente em 1º de abril. Um dos motivos da antecipação da safra foi a cana bisada, isto é, a sobra de cana-de-açúcar em pé. Segundo Luiz Carlos Dalben, diretor da Agrícola Rio Claro, que fornece cana para o Grupo Zilor, em entrevista ao site da revista Ca-naonline, a safra do ano passado foi fi-nalizada em dezembro, mas ficaram em pé 800 mil toneladas devido às chuvas. Estimativa da Datagro Con-sultoria aponta que a quantidade de cana que deixou de ser colhida na safra 2015/16, na região Centro-Sul, está en-tre 35 milhões a 37 milhões de toneladas. Conforme a consultoria, sua pri-meira estimativa sobre a previsão total de produção para a safra 2016/17 apon-ta entre 610 milhões a 630 milhões de toneladas de cana na região Centro-Sul. Os produtores associados da Ascana (Associação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê) -plantadores de ca-na-de-açúcar de Pederneiras, Macatuba e Lençóis Paulista - esperam colher 9,3 mi-lhões de toneladas de cana de açúcar, safra recorde na região, que serão transforma-das em açúcar, etanol, leveduras e energia. De acordo com informações do Grupo Zilor, na safra passada, as três unidades da empresa (usinas São José, Barra Grande e Quatá) mo-eram 10.814.257 toneladas de cana e produziram 494.371 toneladas de açúcar, 502.544 mil litros de etanol e 547.105 MWh de energia exportada. Mas a grande quantidade de cana é prenúncio de safra longa, por isso, muitas usinas já se prepararam para iniciar a moagem no mês de mar-ço, é o caso do Grupo Zilor, com três unidades sucroenergéticas (além das duas usinas citadas, também faz par-te do Zilor a Usina Quatá). As usinas São José e Barra Grande são abaste-

Chu Arroyo/ Pedra de Fogo

Divulgação

As usinas do grupo Zilor em Lençóis Paulista e Macatuba começaram a operar mais cedo este ano. O motivo da antecipação é a chamada cana bisada

cidas 100% com cana de produtores de Pederneiras, Macatuba e Lençóis Paulista; 98% da colheita serão me-canizado e sem queimar a palha. Para Cláudio Centinari, da Agrocana de Macatuba, a colheita deve ser boa e deve recuperar os prejuízos das safras dos últimos quatro anos, que tiveram queda da produtividade dos ca-naviais por causa do clima e por causa do cotação baixa da tonelada de cana e do preço ruim do etanol. “O preço me-lhorou, mas no saldo dessas cinco safra, incluíndo esta de 2016, não vamos fe-char o caixa em azul, mas vamos recu-perar os prejuízos”, explica Centinari. Pedro Luís Lorenzetti, da PHD Cana, de Lençóis Paulista, foi procurado e até o fechamento desta edição não retornou o contato, mas a reportagem do Pedra de Fogo apu-rou que como diretor de Relações Ins-titucionais da Ascana, Lorenzetti se manifestou para a imprensa a mesma linha de pensamento de Centinari: “O preço melhorou este começo de ano e a produtividade da lavoura tam-bém. Permanecendo estes dois fato-res, haverá uma recuperação do setor”. O jornal Pedra de Fogo não conseguiu se comunicar com a fazenda Agrodoce, localizada em Pederneiras, que fornece 10,5 mil ha de cana para o Grupo Zilor. A antecipação da safra deve-rá movimentar o mercado de trabalho formal. De acordo com a Ascana (As-sociação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê), o setor emprega cerca de 4 mil empregos diretos em Maca-tuba, Lençóis Paulista e Pederneiras. O prefeito de Macatuba Tar-císio Abel afirmou que o setor sucro-energético é a mola propulsora de arrecadação e que todo início de sa-fra gera uma expectativa positiva. A economia, tanto de Macatuba, como de Pederneiras e Lençóis Paulista, que é a sede da Zilor, dependem bastante do setor e agricultura dos três muni-cipios é baseada na cana-de-açúcar.

Vidraça e estilingueLOTES DE CABRESTOBom dia, caro leitor. Não carece de perguntar: Por acaso você recebeu algum terreno ou lote doado pela Prefeitura de Pederneiras? Pois é, a ex-prefeita Ivana Camarinha e o atual prefeito Daniel Camargo dis-tribuíram ao Deus-dará mais de 180 terrenos, a maioria lotes de cabresto.

TACDepois que o este jornal Pedra de Fogo noticiou que a promotora está formalizando Termo de Ajus-tamento de Conduta (TAC), que o prefeito deve assinar até o final do próximo mês, para tratar da re-tomada de lotes doados que estão com desvio de finalidade, o assun-to chegou à Câmara Municipal.

NÓS SABEMOSO vereador Mauro Soldado (PSDB) foi à tribuna e puxou o assunto sobre doações de lotes, que ele achava e acha inconstitucionais, afirmando que há ilegalidades nesse negócio, “conforme decisão do Tribunal de Justiça do Es-tado de São Paulo e comprovado pelo abandono dos terrenos no distrito in-dustriais, que nós mesmo sabemos”.

MALHADOAo se abster ou votar contra, o líder da bancada do PSDB disse que foi cri-ticado e malhado por todos os verea-dores, sem exceção, ressaltou. E com-pletou: “Eu fico indignado com certas coisas que acontecem”, disse Mauro.

COMPARAÇÃO?E já em seguida, citou um exemplo de uma Câmara Municipal do Esta-do de Alagoas, não falou o nome da cidade, que sai no Fantástico, onde havia roubo e que durante uma sessão ordinária daquela casa, com 11 vereadores, oito foram presos, inclusive o presidente da Câmara.

MÉDIUM?Mauro afirmou que é “roubo compro-vado; o prefeito daquela cidade entre-gava dentro do carro o dinheiro e fil-mava para ter os vereadores seguros do lado dele (...) Os vereadores foram colocados dentro do camburão e le-vados para a cadeia. E ainda teve ve-reador dizendo que isso não é nada.”

NÃO ACEITOE voltou a falar de Pederneiras, dizendo que a legalidade é coisa bonita, é coisa séria, e “nós, como brasileiros, devemos nos envergonhar dessas pessoas... E aqui também, sobre os lotes, terrenos e doações, há desvios de finalidade e o que não se aceita é o que está acontecendo...

ESCLARECER Muitos coitadinhos que precisam de um terreninho de 200 m² para montar sua serralheria e não con-

seguem e certas pessoas têm aí [lo-tes] de 1.500, 1.200, mais de 1.000m² abandonados ou então com áreas de lazer; ou então alugado para ou-tras empresas que não geram em-pregos da forma como foi dito aqui. Precisamos que isso, o desvio de finalidade, venha a ser esclarecido.

OS RESPONSÁVEISAqui é a Casa que elabora a lei e a lei tem que começar a ser cumpri-da aqui e nós temos que respeitar porque nós é que somos responsá-veis por aquilo que falamos e por aquilo que apresentamos nesta Casa. Vamos fazer valer aquilo que nós fazemos dentro da legalida-de, dentro daquilo que é de Direito.

PREOCUPADOSO presidente da Câmara, na pe-núltima sessão ordinária, expli-cou que na semana passada es-teve com alguns empresários e afirmou que “eles estão bastante re-ceosos referente de como será feita a nova lei de doações de terrenos”.

FICA FRIOCom eloquência enviesada, o vere-ador Adriano do Postinho (PRP), da base aliada do prefeito que doou lo-tes, falou que há empresários que investiram em construções mais de 500, 800, um milhão de reais e que estão gerando empregos etc. Ora presidente, se o empresário está ge-rando emprego, ele não se enquadra em desvio de finalidade da doação, ele pode ficar tranquilo, a promotora apenas quer regularizar a vida deles.

REEMBOLSADOSAgora, se ele faz parte daqueles que receberam lotes de cabresto, que des-viaram a finalidade, como alugando terrenos etc., esses sim devem ficar preocupados. Mas a própria promo-tora já disse que quando da licitação da “nova lei de doações de terrenos”, aquele que ganhar com o melhor lan-ce, fica obrigado a “indenizar” o que foi construído em cima de terreno da prefeitura, com avaliação de três imobiliárias, uma vez que vocês, que fazem a lei, não fiscalizaram a des-tinação correta dos lotes e por isso ainda não outorgaram a escritura.

TRIPUDIOUO vereador Chapéu (PSDB) lembrou que fez um requerimento (e a Câma-ra aprovou) pedindo os nomes dos empresários que ganharam lotes e até hoje não teve resposta. Na verdade, o prefeito respondeu, dizendo que já está informando os nomes para o Ministé-rio Público. Não foi isso que Chapéu e a Câmara, já que aprovou o requerimen-to, queriam saber. A administração de Daniel Camargo tripudiou com o Poder Legislativo e a Câmara, omissa, aceitou.

Page 4: Jornal Pedra de Fogo - Edição nº 36 / Ano 2

PEDRA DE FOGO04 SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2016

LENÇÓIS PAULISTA

No Dia da Água, Lwart realiza Encontro para o Desenvolvimento Sustentável

Prefeitura conclui obras em ponte da João Dutra

O 1º Encontro Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável aconteceu no Obeid Plaza Hotel, em Bauru, e é uma realização da Lwart Lubrificantes com parceria entre a SEMMA (Secretaria de Meio Ambiente de Bauru) e apoio da CETESB e da CIESP

A ponte da LEP 111 está liberada para o tráfego de veículos após obras da Prefeitura Municipal de Lençóis Paulista

A Lwart Lubrificantes aproveitou o Dia Mundial da Água, comemorado na terça-feira (22), para realizar o 1º Encon-tro Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, com o objetivo de ampliar o diálogo entre o setor empresarial e o poder público sobre destinação adequada do óleo lubrificante usado contaminado (OLUC) e os benefícios para o meio ambiente. Um litro de óleo lubrificante usado pode conta-minar mais de um milhão de litros de água. O evento aconteceu no Obeid Plaza Hotel em Bauru, com parceria en-tre a SEMMA (Secretaria de Meio Am-biente de Bauru) e apoio da CETESB e da CIESP. Participaram do debate Sebastião Carlos Gonçalves de Lima (Leleco), repre-sentando a CIESP; Helen Milene Cursino dos Santos, CETESB; Manuel Browne, Lwart, e Rodrigo Agostinho, prefeito de Bauru. Também formaram a mesa o repre-sentante da área de Meio Ambiente e Sus-tentabilidade da CIESP, Klaudio Cóffani Nunes, e o diretor de Meio Ambiente de Lençóis Paulista, Benedito Luiz Martins. Com o tema “Boas práticas para o gerenciamento de resíduos”, o encontro reuniu os principais geradores de óleo lubri-ficante usado contaminado da região, como indústrias, oficinas e concessionárias, repre-sentantes de sindicatos e associações, alunos e professores da USC, o auditório estava com-pletamente lotado, com mais de 100 lugares. O prefeito de Bauru Rodrigo Agos-tinho, que é ambientalista e defende a quali-dade de vida e o desenvolvimento sustentá-vel abriu as palestras. Ele fez uma explanação sobre o resíduo chamado de lixo. Ao referir-se a coleta de lixo, principalmente a seletiva, Agostinho disse que o maior problema é a mudança de comportamento, que sempre tem alguém que não separa o lixo orgânico do reciclável. Bauru tem sérios problemas com esse tema, inclusive sendo multada pela CETESB por causa de seu aterro sanitário. Ao final das palestras, o prefeito de Bauru foi o mais questionado por professo-res e alunos, inclusive por Ricardo Carrijo, professor da ITE, USC e Unesp, colabora-dor de movimentos ambientais, como o Instituto Ambiental Vidágua e membro do Conselho Estadual de Recursos Hídrico, que perguntou porque não deu certo o projeto

A Prefeitura de Lençóis Paulista con-cluiu nesta semana, as obras para a recupera-ção da ponte localizada na LEP 111 (João Du-tra). O tráfego de veículos está liberado no local. Além da reconstrução das alas de sustentação laterais, foram executados ser-viços de compactação do solo e acabamen-to com a colocação de piçarra e instalação de guarda corpo (proteção lateral) na ponte. Nesta semana, a Diretoria de Obras e Infraes-trutura também liberou as passagens da Serri-nha e Júlio Berto (Farturinha) para o tráfego.

Chu Arroyo/Pedra de Fogo Chu Arroyo

Ascom/PMLP

Wagner Gonçalves/Ascom

de se criar um consórcio para tratar o lixo na região. Agostinho afirmou que consór-cio é piada e que não dá certo. Também falou que os aterros sanitários em valas, que existem na maioria dos municípios, principalmente os pequenos, não são os mais adequados, contrariando a CETESB. Criticou as usinas de lixo como são conhecidas hoje, mesmo sabendo que tinha pessoas de Lençóis Paulista, cidade que tem uma usina de reciclagem e compostagem que já ganhou o prêmio Caixa Melhores Práticas de Gestão Lo-cal. Além do diretor de Meio Ambiente, Dito Martins, também estavam presente o presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Lençóis Paulista (Adefilp), José Carlos Oliveira, que é um dos responsá-veis pela cooperativa que administra a re-ciclagem, e Altair José Toniolo, diretor de Desenvolvimento, Geração de Emprego e Renda de Lençóis Paulista, secretaria que

também apoiou a Usina de Reciclagem e Compostagem de Lixo, empregando mais de 58 pessoas na época de sua implantação. A representante da CE-TESB, Helen Milene Cursino dos San-tos, palestrou sobre o tema “Resídu-os, efluentes e emissões – Riscos de Impactos do gerenciamento incorreto”. A seguir, o gerente de Relações Institucionais e Regulatório da Lwart Lubri-ficantes, Manuel Browne, discorreu “Logís-tica Reversa: O que é? Como se faz?”. Como foi dito no começo desta matéria, um litro de óleo lubrificante contamina mais de um milhão de litros d’água, e com pegada do Dia Mundial da Água, Browne falou sobre o rerrefino, que é a melhor tecnologia para se tratar o oléo lubrificante usado e que o des-carte irregular deste produto pode ser carac-terizado como crime ambiental. Por meio do rerrefino, o óleo lubrificante usado é 100% reutilizável e volta para o mercado consumi-

dor. A Lwart Lubrificantes é líder no país no setor de coleta e rerrefino de óleo lubri-ficante usado. Em resumo, a Lwart Lubrifi-cantes preserva os recursos naturais e tem um trabalho essencial ao desenvolvimento sustentável. O gerente de Relações Institu-cionais e Regulatório da Lwart encerrou sua fala reforçando que ““todos os envolvi-dos, sejam produtores, geradores, coletores, rerrefinadores ou usuários, têm a respon-sabilidade compartilhada de agir sempre conforme a Lei, e quem ganha somos todos nós, o meio ambiente e as gerações futuras”. Finalmente falou o representante da CIESP, o empresário Sebastião Carlos Gonçalves de Lima como o sugestivo tema: “Sustentabilidade como oportunidade”(ler matéria ao lado). Após as palestras, as pesso-as presentes puderam dirigir perguntas aos palestrantes e o encerramento. Foi servido um coquetel ao final do 1º Encontro Empre-sarial para o Desenvolvimento Sustentável.

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PEDRA DE FOGO 05SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2016

ECONOMIA

Palestra de Leleco: sustentabilidade é sinônimo de oportunidades

O empresário Sebastião Carlos Gonçalves de Lima, o Leleco, represen-tante da CIESP, é proprietário do Grupo Incol, formado por cinco empresas e com sede em Pederneiras. A Incol Lub, pionei-ra do Grupo, é o exemplo de sustentabi-lidade: empresa do segmento de óleo lu-brificante que utiliza 100% de embalagens provinientes de plástico reciclado e 60% de óleo básico rerrefinado da Lwart Lu-brificantes em sua produção, além de pro-mover a logística reversa desses produtos. Na sua palestra, Leleco, como é mais conhecido, começou afirmando que o meio ambiente é uma oportunidade de negócios e deu uma aulinha básica de eco-nomia e disse que para falar de meio am-biente e de sustentabilidade, não podia deixar de falar no sistema o qual vivemos, o capitalismo, conceito de Karl Marx, que “muda dia a dia”, e tem influência muito grande na degradação do meio ambiente. Leleco afirmou que uma das vantagens do capitalismo foi o desenvol-vimento do homem de forma ilimitado em todos os níveis, intelectual, econômi-ca etc, e citou como exemplo Bill Gates. Mas por outro lado, continuou o empresário de Pederneiras, o capitalismo tirou o homem do campo e o trouxe para a cidade, formando um cinturão pobre nas periferias das grandes cidades. população essa que muitas vezes não tem saneamento básico e acesso à cultura. “Uma das coisas que mais degrada o meio ambiente é uma população que não teve possibilidade de estrutura, de formação, porque uma po-pulação que não teve possibilidade e acesso ao estudo não vai ter uma consciência am-biental, então, isso é um grande problema”. Para o representante da CIESP, a vantagem do capitalismo foi o desenvol-vimento da tecnologia, notadamente das ciências e tudo mais. “Mas, por outro lado, também tivemos a exploração irracional e indiscriminado dos bens naturais, prin-cipalmente nos países subdesenvolvidos, exemplo disso é o desastre que tivemos em Mariana. Se nós pesquisarmos, va-mos ver muita gente quietinha, não falan-do nada sobre o desastre de Mariana, mas nas próximas eleições vão ser candidatos, então é muito mais que uma responsa-bilidade ambiental”, questionou Leleco. “Bom, eu também gosto de fazer mi-nhas comprinhas nos shopping, então temos hoje o que chamamos de capitalismo finan-ceiro, que é a fusão do capitalismo industrial com o capitalismo financeiro dos gran-des conglomerados e centros financeiros”. Leleco entrou na seara econômica e começou a falar em debêntures e outros títulos capitalista. Ele falou que o capitalis-mo financeiro não produz, mas quer ganhar dinheiro, através de investimentos baseados em “commodities”, que na maioria são de bens naturais. portanto, esses grupos finan-ceiros passaram a explorar os bens naturais, com isso “nós tivemos uma exploração in-discriminadas desses bens, que acelerou as extrações, causando danos ambientais”. “Recentemente, por isso que foi

Chu Arroyo/Pedra de FogoChu Arroyo

Chu Arroyo

Wagner Gonçalves/Ascom

falado que capitalismo muda dia a dia, nos últimos 20 anos, esse capitalismo financei-ro, que tava sobrando, sobrando dinheiro, cometeu um grande erro, esse capital, ao invés de ser canalizado para empréstimos, financiamento de inovação, de tecnologia, para que se tivesse mais eficiência na hora de produção, para produzir mais com a mesma quantidade de insumos, não, o quê que este capitalismo fez? Investiu no con-sumidor, assim o Brasil e o mundo inteiro tiveram financiamento facilitado a juros baixos e nos últimos 20 anos o crescimen-to degradação ambiental foi exponencial, daí precisou de mais renda e se emprestou mais dinheiro fixo e aí virou um círculo vicioso, vendia mais, as ações das empre-sas iam mudando de preço e acabava ten-do um preço virtual, quando, em 2008, as empresas, realmente, não valiam aquilo que estava na Bolsa de Valores e aí tive-mos aquela grande crise”, explicou Leleco. O dono da Incol continuou expla-nando: “Bom, para o nosso objetivo, que buscamos? É claro que todo o mundo bus-ca uma melhor qualidade de vida e uma indepêndencia financeira. A gente sonha com estabilidade financeira e qualidade de vida boa. (...) Para ter essa qualidade de vida, necessitamos de bens. Aqui tem um

paradoxo, se por um lado queremos quali-dade de vida, sustentabilidade financeira e tal, a gente tem que trabalhar para termos nossos salários, se qualificar... e isso vai consumir mais insumos de fontes reno-váveis e não renováveis. E por outro lado, nosso desejo de preservar o meio ambien-te. E é justamente a racionalização desses insumos. E aí, o que fazer? Como resolver esse paradoxo? Com sustentabilidade”. Mas o que é sustentabilidade?, perguntou Leleco, para ele mesmo res-ponder: “Sustentabilidade é utilização dos recursos para atender as necessida-des atuais do presente sem comprome-ter a capacidade das gerações futuras e atender as suas próprias necessidades. E também uma consciência ambiental”. Aí o empresário esclareceu que existe a sustentabilidade social, “que já foi falada aqui, e a sustentabilidade econômi-ca. Por exemplo, as empresas, hoje, têm grande preocupação de sustentabilidade, principalmente no Brasil, que as empre-sas vivem pouco, ela tem que ter uma gestão de sustentabilidade. A sustentabi-lidade não é um acessório, mas sim fun-damental com estratégia de negócios das empresas. Se você tem uma gestão am-biental bem ampla, ela vai ser bem vista”.

“Sustentabilidade também não é políticas de procedimentos. Não adianta ler um manual para praticar sustentabi-lidade, sustentabilidade tem que estar na cabeça, tem que estar na mente, tem que ser uma atitude, que no decorrer do tem-po vira uma cultura” deu a dica Leleco. O empresário ainda clareou os presentes: “Por que sustentabilidade é uma oportunidade? Porque susten-tabilidade gera negócios, gera-se em-pregos, substituição de recursos não renováveis por recursos renováveis. Para isso precisa de inovação, precisa de desenvolvimento tecnológico, movi-menta a economia e dá retorno finan-ceiro que é o objetivo do capitalismo”. Leleco deu alguns exemplos de ações de sustentabilidade, como o uso ra-cional da água e energia elétrica, reciclagem do lixo sólido e reutilizações de matérias primas, de reciclagem e o uso de embala-gens recicláveis, como o plástico, papelão e alumínio. Leleco também deu exemplo de empresas sustentáveis, como Natura, Unilever, Coca- Cola etc. A própria em-presa do Leleco é sustentável, como se viu no abre da matéria. E por tudo isso, com causa própria, “sustentabilidade é sino-nimo de oportunidades”, ensinou Leleco.

O empresário Sebastião Carlos Gonçalves de Lima, o Leleco, representante da CIESP, é proprietário do Grupo Incol

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PEDRA DE FOGO06 SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2016

FARRA DAS DOAÇÕES DE LOTES PÚBLICOS

Mais de 180 lotes doados pela prefeitura de Pederneiras estão na mira do MP

Alunos de Pederneiras recebem ovos de Páscoa

Situação de emergência em Pederneiras é reconhecida pelo governo federal

FELIZ PÁSCOA!

Há permissão de uso de lotes para grandes empresários e para pequenos donos de negócio de fundo de quintal, bares e lanchonetes; mãe de assessor da prefeitura e vereador também foram beneficiados

A promotora de Justiça Roseny Zanetta Barbosa está finalizando inquérito civil com provas de mais de 180 terrenos ou lotes doados (termo de permissão de uso) a terceiros pela ex-prefeita Ivana Ca-marinha e o atual prefeito Daniel Camar-go. A promotora está examinando casos de termo de permissão de uso de áreas desde grandes empresários, como Sérgio Bruno Trivelato, da Pedertractor, a fabriquetas de fundo de quintal, como a de Emílio Rosa Brumatti, conforme verificado pela pro-motoria, não tinha começado a construção. O jornal Pedra de Fogo teve acesso ao inquérito civil e apurou que fo-ram doados lotes para a mãe do assessor de feiras e eventos da prefeitura, Fabiano Pelli Alexandre, e para o vereador José Carlos Pe-reira (Bugrinho), da base aliada de prefeito Daniel Camargo. A Promotoria de Justiça de Pederneiras investiga a Prefeitura e a Câ-mara Municipal por improbidade adminis-trativa (prejuízo ao erário); inquérito soma quatro volumes com mais de 800 páginas. O Ministério Público (MP) está examinando as supostas irregularidades na lei de doação de lotes em Pederneiras desde 2012, com averiguação desde 2006. O procurador-geral de Justiça do Esta-do de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa, ajuizou Ação Direta de Inconstitu-cionalidade (Adin) para revogar lei que normatiza doação de lotes nos Distritos Industriais, Comerciais e de Serviços do município de Pederneiras, sem processo li-citatório. O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) julgou proceden-te a Adin ajuizada pelo procurador-geral. De acordo com as provas do inquérito civil 14.0370.0000728/2012-1, há diversos lotes com desvio de finali-dades e lotes doados que ainda não fo-ram ocupados, isto é, construções para-das ou sem obra alguma nos terrenos. A Dra. Roseny Zanetta Barbosa,

Assim como todos os anos, o coelhinho da Páscoa fez uma visi-ta surpresa a todas as escolas e cre-ches municipais ontem, quinta-feira (23), véspera do feriado da Paixão de Cristo. Cada uma das 4600 crianças de 4 meses a 11 anos de idade que fre-qüentam as unidades educacionais da rede municipal de ensino de Peder-neiras receberam um ovo de Páscoa. Os ovos foram entregues ontem, dentro do horário de aula dos alunos. Os ovos foram comprados através de licita-ção e com recursos próprios do município.

Após quase três meses de espera, o Governo Federal reconheceu a situação de emergência pública do município de Pederneiras devido aos prejuízos causa-dos pela grande enchente que assolou a cidade no dia 12 de janeiro. O anúncio foi feito pela União através de portaria pu-blicada no último dia 18 de março pelo Ministério da Integração Nacional. O Go-verno do Estado já havia reconhecido tal si-tuação de emergência no final de fevereiro. Vale destacar que o simples re-conhecimento da situação de emergência público em um município pelo Governo

Empresas estão sendo investigadas se há desvio de finalidades nos termos de permissão de uso; o imóvel do centro era para ser um açougue, o proprietário beneficiado com o lote alugou o prédio para uma empresa de Bauru

Chu Arroyo/Pedra de Fogo

Ascom/PMP Da Redação/Ascom PMP

Chu Arroyo

Chu Arroyo

em março do ano passado, recomendou ao prefeito que “revogue todos os termos de permissão de uso estabelecidos em favor de empresas beneficiadas em situação irregular com as normas vigentes, e providencie a resti-tuição dos imóveis sem construção; dos imó-veis com prazo de construção vencido; dos imóveis com a construção parada e dos imó-veis construídos com desvio de finalidade”. Nas provas coletadas e juntadas ao inquérito civil há uma foto de um lote com mais de 1.024 m² que é uma residên-cia, identificada como de Ilson Medeiros, se enquadrando em desvio de finalidade (o objetivo das doações é para atrair empresas e novos empregos, e não construir casas). Em outra foto, há um lote destinado para uma Autoelétrica Menegueti Ltda., onde a prefeitura justificou que “estava construído e em funcionamento”, mas havia uma pla-ca de “aluga-se”, outro desvio de finalida-de (como o Pedra de Fogo já denunciou na edição passada o açougue de Sidiomar, que também alugou o prédio para outra firma, num flagrante caso de especulação

imobiliária). Muitas fotos de lotes toma-dos por matagal, como o lote destinado a Emerson Camargo, ou somente os alicerces de obras, como o terreno de Wagner Dias Escola, ou construções inacabadas, como a Mitri Indústria e Comércio Ltda. Somen-te nestas condições, a reportagem do Pe-dra de Fogo contou 58 lotes irregulares. De acordo com o artigo 5º da Lei Municipal 2949/2011, o requisito mínimo para obter o incentivo é um quadro inicial mínimo de 20 (vinte) empregados para em-presas industriais e oito (08) para atividades comerciais ou de prestação de serviços. Ain-da de acordo com as fotos juntadas ao inqué-rito, há diversos negócios de fundo de quin-tal e/ou microempresas que, provavelmente, não têm o número mínimo de empregados para ter direito ao termo de permissão de uso. Se o MP considerar a lei aí acima, o número de permissão de uso irregular passa de 130. Como o jornal Pedra de Fogo já noticiou na edição passada, o prefeito Daniel Camargo deve assinar um TAC-Termo de Ajustamento de Conduta- para

regularizar as doações de lotes, segundo informações extraoficiais da promotoria, até o próximo mês, ou seja, março de 2016.

OUTRO LADOA prefeitura tenta protelar as revo-

gações do termo de permissão de uso e a retomada dos lotes irregulares alegando que “essa retomada poderia gerar ações judiciais pleiteando o pagamento de even-tuais benfeitorias” e justifica, ainda, que “serão paralisadas inúmeras atividades, com consequências gravíssimas no cam-po do desemprego e, porque não dizer, na arrecadação dos tributos municipais”. O prefeito reluta em assinar e replica que a Adin foi julgada pro-cedente somente na 1ª instância, ou seja, não consta com trânsito em jul-gado, e que a prefeitura já entrou com recurso no Tribunais Superiores. Caso necessário, o Ministé-rio Público pode instaurar uma ação civil para a responsabilização por atos de improbidade administrativa.

Além das crianças, dezenas de

alunos do Ensino de Jovens e Adultos – EJA da Prefeitura de Pederneiras, todos ligados à Secretaria Municipal de Educa-ção, também receberam ovos de Páscoa.

Estadual e pela União não significa envio imediato e arbitrário de recursos. Todos os trâmites para assinaturas de convênios, apresentação de projetos, licitação e execu-ção de obras têm de ser respeitados. Apenas há um aceleramento deste processo diante da necessidade emergencial do município. O chefe do executivo muni-cipal esteve em Brasília e em São Pau-lo, com o Coronel José Roberto, da Casa Militar do Estado. Em ambos os encon-tros, a pauta foi a mesma: buscar recur-sos para obras de defesa civil e recons-trução dos estragos causados na cidade.

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PEDRA DE FOGO 07SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2016

MACATUBA

Tradicional dramatização da Paixão de Cristo é encenada em Macatuba

Macatuba investe mais R$ 560 mil em recape e pavimentação de ruas

Mais de 150 atores e figurantes vão encenar a Paixão de Cristo hoje, Sex-ta-feira Santa (25), em Macatuba. A Via Sacra começará às 16h e sairá da Praça da Matriz de Santo Antônio e percor-rerá as ruas do centro até o Centro Es-portivo e Cultural (CEC). São quase dois quilômetros de distância entre a igreja e o clube, nesse trajeto acontecem os en-contros mais importantes do relato bí-blico do apóstolo João e seu Evangelho, como a prisão de Cristo no Jardim das Oliveiras, a traição de Judas, o julgamen-to, a crucificação e a descida da cruz. A apresentaçao é do Grupo de Teatro Padre José Corsini, que em 1970 in-centivou a primeira encenação da Paixão de Cristo, portanto, há 46 anos. Nesta pri-meira apresentação, o único personagem que não era desempenhado era o próprio Cristo, isto é, não havia quem representas-se Jesus, era usado uma quadro do Cristo crucificado, pintado em mdf por um ar-tista da cidade conhecido por Virgílio, e como uma procissão, era acompanhado por outros figurantes. Somente no ano se-guinte, em 1971, é que a encenação teatral teve a atuação do personagem principal. Este ano, o papel de Jesus Cristo

A Prefeitura de Macatuba está exe-cutando mais uma etapa do plano munici-pal de conservação e recuperação de vias públicas, com o recapeamento e a pavi-mentação de diversas ruas do perímetro urbano. A ação é resultado de convênios assinados no início deste ano junto ao Go-verno do Estado, através da Casa Civil. O cronograma do Setor de En-genharia prevê a pavimentação de duas ruas: Pedro Soares de Almeida (no Jardim Planalto) e Calixto Felipe Hueb (Jardim Panorama). O cronograma de recapea-mento é mais amplo e cobre 13 vias. São elas as ruas Antonio Alves Nunes, Equa-dor, Coronel Benedito Domingos Maciel, Carlos Gomes, Professora Teóphila Pinto de Camargo, Jacob Daré, Dr. Pinheiro Ma-chado, Dr. Marco Moretto, Armando Car-panezzi, José Daré, Argentina e Paraguai, além do trevo de acesso ao Bairro Aguinha.

Chu Arroyo/Pedra de FogoDivulgação

Ascom/PMM

Ascom/PMM

A Via Sacra começará às 16h, sairá da Praça da Matriz de Santo Antônio e percorrerá as ruas do centro até o Centro Esportivo e Cultural (CEC)

Os recursos foram obtidos através de emendas parlamentares de deputados estaduais além de ações diretas da Prefeitura de Macatuba junto à Casa Civil

será vivido pelo supervisor agrícola Os-mar Aparecido Paludetto, de 43 anos. Ele participa da encenação há 31 anos e já re-presentou Judas, já foi ladrão e soldado romano. Emocionado, Paludetto afirmou à imprensa que está se preprando muito, “física e epiritualmente, pra tentar pas-

sar ao público toda emoção do momento”. O Grupo de Teatro Padre José Corsini não tem artistas profissionais e nem pessoas que fizeram curso de teatro, todos os integrantes são atores de Maca-tuba e é coordenado por Doralice Artioli, que ajuda a organização do evento desde

a primeira encenação da Paixão de Cristo. Sobre a Via Sacra da Paixão de Cristo, o prefeito Tarcísio Abel afirmou que é um orgulho para os macatubens, “porque pelo que se tem notícia, Macatuba é pionei-ra na região nessa encenação”. Para ele é muito mais que um teatro, “é um momen-to que as pessoas não vão lá somente para assistir, mas para professar a sua fé cristão em quem deu a sua vida para nos salvar”. Tarcísio revelou que tem um ca-rinho especial pela encenação teatral da Paixão de Cristo não só ele como seus três irmãos, praticamente a família toda, tra-balharam na representação. O prefeito já foi figurante no papel de judeu e seu pai, Manoel Abel, foi cavaleiro romano, na dé-cada de 70. “Então, é uma tradição aqui em Macatuba, assim como estou falando de minha família, muitas outras familías pas-sam esta tradição de pai para filho, confor-me poderemos ver nesta Sexta-feira Santa. Muitas pessoas que estão representando hoje é porque o seu pai já participou, o seu avô já trabalhou, então é uma tradição que os macatubens têm com muita fé”. O prefeito ressaltou que a ence-nação dramática da Paixão de Cristo faz parte do calendário de oficial do Macatuba.

Somados, os dois convênios to-talizam investimentos de quase R$ 560 mil. Os recursos foram obtidos através de emendas parlamentares dos deputados es-taduais Campos Machado, Ênio Tatto e Luiz Carlos Gondim, além de ações diretas da Prefeitura de Macatuba junto à Casa Civil. “Tem sido muito importante para Macatu-ba as parcerias que estabelecemos com os deputados e com a Casa Civil do Governo do Estado. Estas ações têm possibilitado a conquista de recursos fundamentais para o município investir em melhorias para a população macatubense. Nestes convênios de pavimentação, por exemplo, o resul-tado é visível: boa conservação da malha viária urbana, melhores condições de trân-sito e mais conforto e segurança para os usuários das nossas ruas e avenidas”, ob-servou o prefeito Tarcisio Abel, que agra-deceu os deputados autores das emendas.

O prefeito adiantou também que em breve deve anunciar melhorias na rua Antonio Romani, no final do Jar-dim Planalto. “Quem mora ou circula pela região da rua Antonio Romani ob-servou que estamos implantando rede

de galerias para captação de águas das chuvas. Esse passo é necessário para que, no futuro próximo, possamos anunciar também o asfaltamento daquela via pú-blica, atendendo à população moradora e usuários daquela via pública”, revelou.

Chu Arroyo

Page 8: Jornal Pedra de Fogo - Edição nº 36 / Ano 2

PEDRA DE FOGO08 SEXTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2016

CLICK! SOCIAL Fotos: Chu Arroyo

Nereide e Danny Romanino Camaleão Bar

Gi Ribeiro, Júnior Campose Kami GV no Catareté

No próximo dia 29/04 às 10h no Espaço Cultural Cidade do Livro em Lençóis Paulista, tem a peça

“Sabiás do Sertão”

Lúcia Helena, Betão Artiolie Dr. Carlos Miguel

A banda Calibrados se apresenta no próximo dia 26/03 no Camaleão Bar em Macatuba!

O repertório inclui nomes como Beatles, Creedence Clearwater Revival, The Doors,

Led Zeppelin, AC/DC, Jimi Hendrix, Lynyrd Skynyrd, Black Crowes, Pearl Jam, Foo

Fighters, Stone Temple Pilots, Nirvana, Jet, Kings of Leon, Sublime, Stevie Ray Vaughan, Eric Clapton, Blues Brothers, Robert Johnson, além do rock nacional marca dos anos 80 e 90 como Cazuza, Raul Seixas, Barão Vermelho,

Velhas Virgens e muito mais.