jornal pedra de fogo - edição nº 30 / ano 2

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SÁB, 7 DE NOVEMBRO DE 2015 PEDERNEIRAS E REGIÃO HOJE MÁX 28º | MÍN 18º AMANHÃ MÁX 32º | MÍN 20º EDIÇÃO Nº 30 / ANO 02 GRATUITO TODO SÁBADO MACATUBA Verba para Santa Casa MACATUBA Premiação Hospital de Macatuba recebe R$ 500 mil de repasse federal Ascana e Du Pont premiam três alunos de Macatuba Pederneiras tem a pior geração de empregos em 13 anos facebook.com/jornalpedradefogo A verba será destinada para a compra de materiais de informática, diversos equipamentos hospitalares e mobiliário. Pág. 5 Um carro foi praticamente engolido por uma cratera na Avenida Brasil. O prefeito e a empresa que fez a obra co- locaram a culpa na chuva. Nas redes sociais, moradores da cidade reclamaram da demora para entregar a obra e da qualidade. Há divergência de valores e metragem. Daniel Camargo afirma que foram 600 metros por R$ 500 mil; documentos obtidos pelo Pedra de Fogo mostram que eram 783 metros a um custo de R$ 427 mil. Pág. 4 Três estudantes macatubenses e nove alunos pederneirenses foram pre- miados pelo projeto Du Pont na Escola, patrocinado pela Ascana. Pág. 6 Pederneiras registrou o pior resultado de geração de empregos na série histórica do Caged (Cadastro Geral de Em- pregados e Desempregados), pelo menos a registrada pelo Mi- nistério do Trabalho desde 2003. A cidade administrada pelo pre- feito Daniel Camargo, que afir - mava que existia uma fila de 150 empresários querendo se ins- talar em Pederneiras, registrou nos últimos 12 meses um saldo negativo de 1.620 de postos de trabalho (diferença entre os tra- balhadores, com carteira assina- da, admitidos e demitidos). De janeiro a setembro, são 1.145 de - sempregados. Leia na pág. 3

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Page 1: Jornal Pedra de Fogo - Edição nº 30 / Ano 2

SÁB, 7 DE NOVEMBRO DE 2015 PEDERNEIRAS E REGIÃO HOJE MÁX 28º | MÍN 18º AMANHÃ MÁX 32º | MÍN 20º

EDIÇÃO Nº 30 / ANO 02

GRATUITOTODO SÁBADO

MACATUBA Verba para Santa Casa MACATUBA Premiação

Hospital de Macatuba recebe R$ 500 mil de repasse federal

Ascana e Du Pont premiam três alunos de Macatuba

Pederneiras tem a pior geração de empregos em 13 anos

facebook.com/jornalpedradefogo

A verba será destinada para a compra de materiais de informática, diversos equipamentos hospitalares e mobiliário. Pág. 5

Um carro foi praticamente engolido por uma cratera na Avenida Brasil. O prefeito e a empresa que fez a obra co-locaram a culpa na chuva. Nas redes sociais, moradores da cidade reclamaram da demora para entregar a obra e da qualidade. Há divergência de valores e metragem. Daniel Camargo afirma que foram 600 metros por R$ 500 mil; documentos obtidos pelo Pedra de Fogo mostram que eram 783 metros a um custo de R$ 427 mil. Pág. 4

Três estudantes macatubenses e nove alunos pederneirenses foram pre-miados pelo projeto Du Pont na Escola, patrocinado pela Ascana. Pág. 6

Pederneiras registrou o pior resultado de geração de empregos na série histórica do Caged (Cadastro Geral de Em-pregados e Desempregados), pelo menos a registrada pelo Mi-nistério do Trabalho desde 2003. A cidade administrada pelo pre-feito Daniel Camargo, que afir-mava que existia uma fila de 150 empresários querendo se ins-talar em Pederneiras, registrou nos últimos 12 meses um saldo negativo de 1.620 de postos de trabalho (diferença entre os tra-balhadores, com carteira assina-da, admitidos e demitidos). De janeiro a setembro, são 1.145 de-sempregados. Leia na pág. 3

Page 2: Jornal Pedra de Fogo - Edição nº 30 / Ano 2

Pederneiras, 7 de novembro de 2015 • Hoje é Dia do Radialista02

Jornal Pedra de FogoCNPJ: 23.478.500/0001-39

O Pedra de Fogo é um jornal distribuído gratuitamente. O conteúdo dos textos publicados pelos colaboradores do jornal é de inteira responsabilidade de seus respectivos autores e não expressa necessariamente a opinião de seus

editores. Colunistas, diagramadores e articulistas não possuem qualquer tipo de vínculo empregatício com o jornal.

EditorChu Arroyo

De seg. à sex, das 9h30 às 16h30. Rua João Fernando de Almeida Prado, 637 - Macatuba - SP

DiagramaçãoPetter Paccola Jr.

ImpressãoFullGraphics / JC

OPINIÃOCHARGE

Taxa de Iluminação Pública, gato por lebre?

O custo das Câmaras Municipais

ARTIGO

Hoje eu gostaria de escrever sobre a atitude dos vereadores de situ-ação e mais um de oposição que vota-ram contra o projeto das lâmpadas de LED, e os que votaram a favor do au-mento da taxa de iluminação pública. Penso que o voto deles deve ser respeitado, já que tem toda a legiti-midade jurídica e democrática, mas em meu pensamento, os argumentos colo-cados na mesa me deixaram triste, pois me fez lembra da parábola dos Talentos. “Porque é assim como um ho-mem que, ausentando-se do país, cha-mou os seus servos e lhes entregou os seus bens: a um deu cinco talentos, a ou-tro dois, e a outro um, a cada um segun-do a sua capacidade. E seguiu viagem. O que recebera cinco talentos foi imediatamente negociar com eles e ganhou outros cinco. Da mesma sorte, o que recebera dois ganhou outros dois. Mas o que recebera um foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Ora, depois de muito tempo veio o senhor daqueles servos e fez contas com eles. Então chegando o que recebera cinco talentos, apresentou-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor entregaste-me cinco talentos. Eis aqui outros cinco que ganhei. Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei. Entra no gozo do teu senhor. Chegando também o que rece-bera dois talentos, disse: Senhor entregaste-me dois talentos. Eis aqui outros dois que ganhei. Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, so-bre muito te colocarei. Entra no gozo do teu

A rebelião contra o reajuste exagerado no salário (o termo correto é subsídio) de vereador começou na cidade de Santo Antônio da Platina (PR). Morado-res se revoltaram quando souberam que os parlamentares pretendiam dobrar os vencimentos, de R$ 3,7 mil para R$ 7,5 mil. A revolta popular obrigou o legislativo daquela cidade a rever e baixar o valor para R$ 970 para o próximo mandato. A repercussão rendeu matéria no Jor-nal Nacional. O símbolo dessa luta foi a comerciante Adriana de Oliveira. Ela discutiu na sessão com um parlamen-tar que insistia em defender o aumen-to neste período de crise econômica no país. Uma imagem vale mais do que mil palavras: a gravação feita por celular da comerciante indignada questionando o vereador vazou na rede social. Pratica-mente selou o fim do “golpe” do aumento. Daí em diante acordou o país. Os moradores de Jacarezinho (PR), vi-zinha a Santo Antônio da Platina, tam-bém iniciaram uma campanha para baixar os vencimentos de seus parla-mentares. Teve um efeito dominó que ultrapassou as fronteiras paranaenses: já há movimentos em Ourinhos, Botu-catu, Bauru, Macatuba e várias cidades. A despesa com as Câmaras é uma questão não resolvida na política brasileira. A rigor, sempre houve gastos exagerados. Soma-se a isso a descrença do eleitor com o político e dos critérios duvidosos de custeio sempre mais gene-rosos ao parlamento do que com a des-pesa de custeio da Saúde e Educação. A vereança virou profissão em muitas cidades, cabo eleitoral de luxo de deputados federal e estadual. O tra-balho do parlamentar municipal tem se resumido em nomear ruas, criar festas, homenagear pessoas, deixando a um segundo plano o ato de legislar e fisca-lizar o Executivo. Como ele não pode apresentar projeto que represente des-pesa à administração municipal, prati-camente é um despachante do prefeito. Até 1965, os vereadores não recebiam nenhum tipo de remunera-ção. A partir do Ato Institucional 7, de 1969, na ditadura militar foi instituída a remuneração somente aos vereado-res das capitais e municípios com po-pulação superior a 300 mil habitantes,

senhor. Chegando por fim o que recebera um talento, disse: Senhor, eu te conhecia, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não joeiraste. E, atemorizado, fui esconder na terra o teu talento. Eis aqui tens o que é teu. Ao que lhe respondeu o seu senhor: Servo mau e ne-gligente sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não joeirei? Devias então entregar o meu dinheiro aos banqueiros e, vindo eu, tê-lo-ia recebido com juros. Tirai-lhe, pois, o talento e dai ao que tem os dez talentos. Porque a todo o que tem, dar-se-lhe-á e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem ser-lhe-á tirado. E lançai o servo inútil nas trevas exte-riores. Ali haverá choro e ranger de dentes”. Ao votar sem levar em conside-ração os benefícios para a população, sem mesmo pensar em talvez adiar a votação para se estudar, se bate o martelo da lei para beneficiar o prefeito e deixar o povo de fora, ora nobres vereadores, nessa noite vocês enterraram o único talento. Estamos em crise sim, mas devemos lembrar que não estamos mortos e que a vida continua e se os recursos dos municípios estão dando apenas para pagar as despesas é sinal que a administração que está sendo defendida falhou como administrador ou é assinatura através do legislativo de que não tem ca-pacidade para administrar o que é nosso e sendo assim talvez esteja na hora de mu-dar tanto a Câmara quanto o Executivo.

Por Rodrigo Fernando Paivaprofessor de História e Geografia

ATENDIMENTO AO LEITOR E AO ANUNCIANTE

14 99618.1508 [email protected]

dentro do limite e critérios fixados em lei complementar. Mas não durou muito. A partir de julho de 1975, no governo do presidente Ernesto Geisel, adotou-se critério de faixa populacional permitindo remunerar todos os vereado-res atrelando aos subsídios fixados aos deputados da Assembleia Estadual. De lá para cá, a legislação teve mais mu-danças, o dilema continua: de quanto é justo na remuneração dos vereadores. O que se percebe é que a “gas-tança” continua nos municípios. Na maior parte das cidades, são duas sessões por mês, além de o vereador ter direito a gastos com combustível, hospedagem e alimentação em viagens muitas vezes duvidosas. Afinal, o subsídio foi criado justa-mente para cobrir essas despesas. As tais viagens têm mais fins políticos do que exer-cício da função. É comum vereador visitar gabinetes de deputados com justificativa de buscar verba para o município, custe-ado com dinheiro público. A rigor, vereador tem atuação na circunscrição do município e não fora. Essas despesas deveriam ser custeadas com seus subsídios, no entanto, “legalizou-se” essas despesas indevidas. Há vistas grossas por parte de deputados em elaborar uma legislação mais rígida. Afinal, o parlamentar municipal é um cabo eleitoral de luxo muito útil ao deputado. Os movimentos contra a re-muneração do subsídio de vereador têm certa lógica. Não estão isentos de radicali-zação por defender pagamento de ganho irrisório, o que não é a melhor solução. A Constituição de 1988 outorgou aos municípios autonomia completa para dispor sobre a remuneração dos vereado-res. Mas logo teve que ser corrigido, por causa dos excessos cometidos na fixação. Já houve também manobras para recebi-mentos de “jetons” de sessões extraordi-nárias, construção de prédios caríssimos, aposentadorias especiais e até recolhi-mento de INSS para aposentadoria futura. É uma questão não fechada que a popu-lação precisa discutir, não dá mais para que essa “gastança” continue, enquanto a carreira de professor na rede pública de ensino é desqualificada em detrimento de uma baixa representatividade política.

Por Aurélio Alonsoeditor do Jornal da Cidade de Bauru

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Pederneiras, 7 de novembro de 2015 03

PEDERNEIRASPEDERNEIRASVidraça e estilingue

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PEDERNEIRAS

Geração de empregos é a pior em 13 anos

Pedra de Fogo/Chu Arroyo

Pederneiras registrou o

pior resultado de geração de em-pregos na série histórica do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), feita pelo Mi-nistério do Trabalho desde 2003. Segundo o levantamento de dados, nos últimos 12 meses, a cidade administrada pelo prefeito Daniel Ca-margo tem um saldo negativo de 1.620 postos de trabalho (diferença entre os trabalhadores, com carteira assinada, admitidos e demitidos). Só neste ano, ou seja, de janeiro a setembro, o saldo foi de 1.145 pessoas que perderam o emprego. Os resultados até setembro deste ano e em 12 meses foram os piores e são históricos em desempre-go na cidade. A base de dados do Ca-ged contém informações desde maio de 2003, atualizada mensalmente. É claro que as 666 demis-sões da Pedertractor em junho e as 255 da Volvo em julho mexeram com a economia local. Mas essas duas medidas das empresas citadas já eram esperadas desde o come-ço do ano, inclusive a da Volvo foi divulgada em fevereiro pela mídia. O jornal Pedra de Fogo consultou um economista para ana-lisar a situação de Pederneiras e co-mentou que o prefeito Daniel Ca-margo disse que existe uma fila de empresários querendo vir para cidade. Em entrevista a este Pe-dra de Fogo, o atual prefeito afir-mou na edição número 4 de 22 de novembro de 2014 o seguinte: “A gente tem uma lista de mais de 150 empresas querendo se instalar em Pederneiras”, e que “toda semana há dois ou três empresários querendo abrir sua indústria em Pederneiras” e que “se a gente tivesse mais terra para oferecer para a indústria, mais em-

presas estariam se instalando aqui”. Para o economista, que não quis que citasse o seu nome por ra-zões óbvias, houve uma omissão administrativa que poderia ter ame-nizado este saldo histórico de de-semprego. Para ele, o prefeito não poderia ter feito nada nas decisões das empresas Pedertractor e Volvo, mas poderia ter pedido para aqueles “dois, três ou mais empresários abri-rem sua indústria, como o próprio prefeito disse que havia, por semana”. “O prefeito e sua equipe deveriam ter acompanhado a evo-lução de empregos e desempregos na cidade, ele deveria saber que o último trimestre de 2014 já tinha registrado mais de 500 demissões e apertado os empresários para dar andamento em suas promes-sas de investimentos na cidade”. O economista ainda disse que, apesar da crise nacional e consi-derando que a criação da maioria dos empregos é decisão empresarial, to-davia, não exclui a possibilidade da ad-ministração municipal deflagrar ações que possam contribuir para amenizar o grave problema do desemprego. “No caso de Pederneiras, o prefeito deveria ter cobrado dos em-presários que tiveram lotes concedi-dos ou doados pela administração para que montassem seus negócios, sob pena de conceder para outro interes-sado, uma fez que há uma lista com 150 investidores esperando por um lote. Assim, o prefeito induziria os empre-sários a criarem postos de trabalho”. Em agosto deste ano, a opo-sição apoiou requerimento do verea-dor Chapéu solicitando os nomes dos “proprietários” dos lotes concedidos pelas administrações do grupo político que comanda a cidade há 11 anos, mas a base aliada do prefeito, que é maioria na Câmara, rejeitou o requerimento.

Omissão: Para o economista, o prefeito e sua equipe deveriam ter acompanhado a evolução de empregos e desempregos na cidade

Chu Arroyo

MENINO DA PORTEIRANesse tempo que o Pedra de Fogo negou fogo, ou seja, deixou de circular, uma fala lá na Câma-ra marcou. Zezé Pegatin (PSDB), para acabar com a discussão da paternidade da suposta abertura da cancela, isto é, liberação da Ave-nida Tiradentes com o outro lado da linha, Vila Paulista, tascou: Preci-sam fazer uma estátua do Menino da Porteira (como eles chamam a cancela), coloca lá o Carlão do Vagão, vereador do PSB, quem co-meçou a lutar e ainda luta para desafogar o tráfego do pontilhão...

CADÊ ELESUm bar que retrata bem os traba-lhadores, principalmente da noite e madrugada, é o do Valmir, conhecido como Bar da Linha. E foi o próprio proprietário quem reclamou: esses vereadores precisam parar de falar abobrinhas, discutindo se abre cance-la, porteira e o baralho; eles precisam é debater o desemprego e como amenizar a crise. Olha aí, cadê os tra-balhadores, que quando saíam dos turnos noturnos, vinham bebericar?

RECORDANDOEm entrevista ao Pedra de Fogo, o atual prefeito afirmou, na edição número 4 de 22 de novembro de 2014, “a gente tem uma lista de mais de 150 empresas querendo se instalar em Pederneiras”, que “toda semana há dois ou três em-presários querendo abrir sua in-dústria em Pederneiras” e que “se a gente tivesse mais terra para oferecer para a indústria, mais em-presas estariam se instalando aqui”.

ATÉ AGORA... O Pedra de Fogo entrou no seu ano II e nesses 12 meses, o jornal no-tou que apenas uma empresa, que é da cidade, se instalou aqui nesses lo-tes oferecidos pela prefeitura. E não é nenhuma indústria, gerou apenas 3 empregos. Outra firma, de cobran-ças, também veio para Pederneiras, mas alugou um imóvel. Imóvel este que foi construído em cima de um lote doado pela administração, ou seja, serviu de especulação imobili-

ária. O Confiança veio por iniciativa empresarial do proprietário, a prefei-tura não teve nada a ver com isso.

NADANa edição anterior (número 3) deste jornal, datada de 8 de no-vembro, o prefeito deu a notícia espalhafatosa que a cidade foi es-colhida para testar um shopping de franquias e que a prefeitura já ti-nha até cedido o terreno. Em 9 de maio deste ano, na edição número 15, o chefe do executivo também afirmou que um grupo de empre-sários estrangeiros estava estudan-do construir um outlet, um tipo de shopping à beira da estrada. “A área já foi acertada”, disse o prefeito.

FISCALIZAÇÃOZezé Pegatin comentou sobre o asfalto mal feito na Avenida Brasil, que acabou rachando e engolindo um carro numa cratera. Ele disse que engenheiros acompanharam, o secretário de obras da prefeitu-ra acompanhou, o engenheiro da prefeitura... E realmente, foi mal fei-to, né? A prefeitura culpou a chuva.

COMPARAÇÃOZezé cobrou a fiscalização das obras do secretário de obras, do engenheiro, do prefeito e do vice e comparou essa administração com as dos ex-prefeitos Giácomo Bertolini e Rubens Cury, que fisca-lizavam as obras minuciosamente.

DE FATOCarlão do Vagão cobrou serviço interrompido na Rua Carlos Co-pede, rua principal do bairro Antô-nio de Conti. Na prefeitura, nada. A Sabesp afirmou que não tem nada a ver. Ligou para Fato Urba-nismo que resolveu o problema.

FIM DE PAPOCâmara aprova alterações na Taxa de Iluminação Pública, mas nega investir em lâmpadas de LED. O povo paga e a patuléia não tem direitos às benfei-torias. Volte na página 2 e leia artigo do professor de História (e tam-bém de Geografia) Rodrigo Paiva.

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Pederneiras, 7 de novembro de 201504

PEDERNEIRAS

Pedra de Fogo/Chu Arroyo

Um carro foi praticamen-te engolido por uma cratera, depois de percorrer vários metros “abrin-do” rachaduras no asfalto de uma obra recente para instalação de ga-leria pluvial avaliada em meio milhão de reais realizada na Avenida Brasil. Um automóvel modelo Celta, cor preta, placas ERT 2515 de Peder-neiras, acabou ficando entalado num buraco que se abriu na avenida con-siderada mais importante da cidade. O acidente aconteceu na manhã do feriado de Finados, segunda-feira (2). O motorista do carro, um apo-sentado de 53 anos, trafegava sentido centro-bairro, quando o asfalto cedeu no cruzamento da Rua Gregório Gi-menez Alvares com a Brasil, próximo de um posto de combustível, e os dois pneus do lado direito do veículo afun-daram no asfalto. A Defesa Civil foi acionada para retirar o carro do local. De acordo com o coordena-dor da Defesa Civil, segundo o Jornal da Cidade (JC) de Bauru, a chuva, que caiu durante a noite toda sobre a cidade teria sido o motivo do acaso. “Com a chuva, a galeria vazou, a terra foi levada embora, o asfalto ficou oco e cedeu bem na hora que o motorista estava passando”, afirma. O prefeito Daniel Camargo afirmou para o JC, na mesma maté-ria, que “não sabe se cedeu por cau-sa do excesso de chuva, mas a gente vai apurar, através da engenharia e, se for detectado que foi alguma falha da empresa, a gente vai entrar com ação contra a empresa”. O prefeito reve-lou que, conforme o edital da licitação, a obra tem cinco anos de garantia. Nas redes sociais, moradores de Pederneiras criticaram a qualida-de da obra realizada na administração Daniel Camargo. A TV TEM classifi-cou de “queijo Suíço” os asfaltos de nossas cidades. A empresa que reali-zou esta parte da obra onde aconte-ceu o acidente foi a H. Aidar. O jornal

Há divergências entre os dados informados pela assessoria de imprensa do prefeito e os que estão no documento do convênio (leia acima)

600 metrosR$ 500.000,00

de galerias pluviais foram instalados

é o quanto foi gasto, sendo que R$ 350 mil foramrepasses do Governo Estadual e a prefeitura com R$ 150 mil

foi o quanto previao convênio

seria o custo da obra, sendo que a Prefeitura arcaria com um total de apenas R$ 77.567,46

783 metrosR$ 427.567,46

Obra de meio milhão mal feitaengole carro na Avenida Brasil

Essa conta não fecha...O que diz o prefeito: O que está no documento:

Pedra de Fogo não conseguiu entrar em contato com a empresa. O prefeito, na quinta-feira (5), dis-se que de acordo com laudos, tan-to da prefeitura como da empresa, a culpada foi a chuva e a caixa de dissipação.,que antes desta obra de R$ 500 mil, não causava problemas.

DADOS NÃO BATEM De acordo com o prefeito

Daniel Camargo, foram instalados 600 metros de galerias de águas pluviais no trecho entre um posto de combustível e unidade de saúde com o objetivo de evitar os alagamentos na avenida nos dias de chuva forte. Ainda de acordo com dados divulgados pela assessoria de im-prensa do prefeito, a obra ficou em R$ 500 mil, sendo R$ 350 mil do governo estadual e R$ 150 mil de contrapartida. O convênio entre o Governo de São Paulo e a Prefeitura de Pedernei-ras foi publicado no Diário Oficial do Es-tado (DOE) em 4 de dezembro de 2013. O Pedra de Fogo teve acesso a documento do convênio nº 865/2013 que diz ter como objeto transferência de recursos financeiros para execução de 783 metros, mais de 1500 m² de reposição de pavi-mento asfáltico e mais de 4.400 m² de recapeamento asfáltico em CBU-Q-3CM, Av. Brasil, no trecho compre-endido entre a Rua Antonio Simões e Rua Antonio Foltran. Entre os ser-viços a serem executados, consta-va reaterro compactado: 1.250m².

ANOTAÇÃO À MÃO O que chama a atenção neste

documento é que tem uma anotação, fei-ta à mão, no pé da página, no lado direito: 427.567,46 sendo 350.000,00 Repasse Gov. Estadual (SPDR) e 77.567,46 recur-sos próprios da PM Pederneiras. Altura Boca Rica Móveis até UBS Júlio Bertolini. Ah! O motorista estava so-zinho no momento do acidente e sofreu ferimentos leves; ele foi re-tirado do veículo por populares.

Rombo: O motorista do carro, um aposentado de 53 anos, trafegava sentido centro-bairro, quando o asfalto cedeu no cruzamento da Rua Gregório Gimenez Alvares com a Brasil, próximo de um posto de combustível. Por sorte, ele não se feriu.

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Page 5: Jornal Pedra de Fogo - Edição nº 30 / Ano 2

Pederneiras, 7 de novembro de 2015 05

MACATUBA

Assessoria de imprensa/Pref. Macatuba

O prefeito de Macatuba, Tar-cisio Abel, anunciou na manhã desta quinta-feira, dia 5 de novembro, o depósito de R$ 500 mil na conta do Hospital local, através de repasse de recursos do Governo Federal. A di-retoria da Irmandade Santa Casa de Macatuba confirmou a informação. A verba vem do Ministério da Saú-de e é resultado de duas emendas parlamentares destinadas ao muni-cípio para compra de diversos equi-pamentos hospitalares e mobiliário. Segundo a entidade, foram depositados R$ 200 mil em aten-dimento à emenda do deputado fe-deral Paulo Maluf e mais R$ 300 mil devido à emenda do deputado fede-ral licenciado Arnaldo Jardim (que hoje é titular da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento). O prefeito Tarcisio lembrou que as duas emendas tiveram ori-gem no trabalho das forças políti-cas da cidade, que pleitearam junto aos deputados federais a indicação

Assessoria de imprensa/Câmara Municipal

Em 2013 foi apresentado re-querimento interno de nº14 ao senhor presidente do Conselho Municipal de Trânsito em que o vereador Norber-to Gabana (PT) pediu a implantação da faixa amarela para estacionamento de motocicletas em frente a agências bancárias e órgãos públicos. “Sabemos que várias cidades já fazem uso das faixas amarelas até como forma de segurança aos motociclistas, evitando assim que a moto estacione entre dois carros”, comentou o vereador. Gaba-nicomentou que não recebeu nenhu-ma resposta a respeito da solicitação. O vereador cobrou também recape na Rua Ceará, localizado pró-ximo a borracharia do Canário. “É um pedaço do quarteirão, já tem bocas de lobo e só falta terraplanagem e guia para colocar o asfalto. Sabemos das dificul-dades financeiras do país mas o local necessita de asfalto”, afirmou Gabani. Norberto adiantou que irá apresentar requerimento ao Prefeito sobre o cardápio às escolas municipais. “É fácil criticar sem saber realmente o que está acontecendo. Tenho em mãos

Chu Arroyo

Hospital de Macatuba recebeR$ 500 mil de repasse federal

Gabana pede melhorias no trânsito e esclarece cardápio escolar

Verba: R$ 200 mil vieram do deputado federal Paulo Maluf e mais R$ 300 mil do deputado federal licenciado Arnaldo Jardim

Proteção: Gabana defendeu o prefeito das críticas ao cardápio

do Hospital de Macatuba para re-ceber os recursos. “Agradecemos aos deputados que propuseram as emendas ao Orçamento da União em 2014, cuja iniciativa resultou nos dois repasses ao nosso Hospital, um de R$ 200 mil e outro de R$ 300 mil. Esse recurso será muito bem investido em equipamentos que logo mais estarão à disposição da nossa população”, disse o prefeito. De acordo com o diretor administrativo da Irmandade Santa Casa de Macatuba, Anderson Ma-teus, ao estabelecer o convênio com o Ministério da Saúde, foram previstos investimentos em vários setores do Hospital. Entre os ma-teriais que serão comprados por meio destes convênios estão equi-pamentos de informática (com-putadores e impressoras), mobili-ário para a área administrativa da entidade, para sala de espera de pacientes e para os consultórios médicos, equipamentos profissio-nais para modernizar a Lavanderia, uma processadora de filme para o

setor de Raio-X, camas hospitala-res, nova centrífuga para o Labo-ratório de Análises, detector fetal para uso no Berçário da entidade, incubadora de transporte (equipa-mento utilizado para transporte de bebês recém-nascidos em transfe-rência de hospital), entre outros.

“A lista de materiais for-necida pelo Ministério da Saúde é extensa. Os recursos que serão adquiridos são investimentos ne-cessários para melhorar a qualida-de do serviço que nosso Hospital presta à população macatubense”, complementou Anderson Mateus.

Facebook

o cardápio dos meses de setembro e outubro. Existe muito comentário mal-doso em relação ao chefe do Poder Executivo que critica. Ele também é pai e acredito que está fazendo tudo para manter o município e a cidade mes-mo diante da perca de receita”, disse. Já com relação ao pedi-do feito pelo vereador na semana passada, o prefeito atendeu o pe-dido e enviou requerimento inter-no solicitando que seja divulgado os horários dos pontos de ônibus.

Page 6: Jornal Pedra de Fogo - Edição nº 30 / Ano 2

Pederneiras, 7 de novembro de 201506

MACATUBA

Ascana e Du Pont premiam alunos de Macatuba e Pederneiras

Meio Ambiente orienta manejo correto de caramujos nos quintais

Redação/com assessorias de imprensa

Três estudantes macatuben-ses e nove alunos pederneirenses dos quintos anos do ensino funda-mental e suas respectivas escolas foram premiados pela 8ª edição do projeto Du Pont na Escola, patroci-nado pela Ascana (Associação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê). Com o objetivo de promo-ver os conceitos de crescimento sustentável da atividade agrícola, cidadania, conscientização preser-vacionista e segurança na aplicação de defensivos agrícolas para os alu-nos que moram nas regiões de alta cultura agrícola, o Projeto “Dupont na escola” é realizado desde 2013. Mais de 300 estudantes de Macatuba e Pederneiras concor-reram aos prêmios - notebook, tablet e rádio digital – através da produção de redação e desenho alusivos ao tema Meu Herói, o Agricultor. Os vencedores recebe-ram um rádio portátil FM e MP3; para os primeiros colocados, no-tebook, e para os segundos, tablet. Os vencedores de Macatu-ba deste ano foram os estudantes Mariana Aparecida Valério Moreira (primeiro lugar, escola CAIC Cristo

Assessoria de imprensa/Pref. Macatuba

A Divisão de Meio Am-biente da Prefeitura de Macatuba está orientando a população local a manusear corretamente, quan-do detectar a presença de cara-mujo africanos em seus quintais, terrenos ou imediações. O molus-co se aproveita do período chu-voso para ficar mais ativo e, ao se locomover, é avistado com mais frequência neste período do ano. A recomendação é reco-lher o animal e dar a ele destina-ção correta. Porém a coleta dos caramujos deve ser feita com pre-caução. A pessoa deve se proteger usando luvas impermeáveis ou ou-tro material que impeça o contato direto entre as mãos e o molusco. Após a coleta do caramujo, o mesmo deve receber destinação correta. O certo é acondicionar os

Objetivo: O projeto Du Pont na Escola é uma parceria entre a empresa multinacional Du Pont Agricultura e Nutrição e a Ascana, com o objetivo de promover os conceitos de crescimento sustentável da atividade agrícola

Rei) e Andrew Rocha da Silva (se-gundo lugar, escola Odila Galli Lista). Em Pederneiras, o primei-ro lugar ficou com a aluna Lauane Pereira da Silva da EMEF Anna Ruiz

F. Furlani e o segundo lugar ficou com o aluno Erik Matheus da Silva Soares da EMEF Monsenhor Celso. O projeto Du Pont na Escola é uma parceria entre a empresa mul-

tinacional Du Pont Agricultura e Nu-trição e a Ascana, que realizaram o concurso em Macatuba e Pederneiras. A premiação ocorreu no dia 29 de outubro.

caramujos em um saco plástico fe-chado e depositá-los nos pontos de coleta disponibilizados pela Prefeitu-ra. Os locais de coleta são Almoxa-rifado Municipal (rua Arlindo Batista Artioli, 540), Posto de Saúde do Jar-dim Planalto (rua Pedro Soares de Almeida, 2-85) e Posto de Saúde do Jardim Bocaiúva (rua Boaventura de Azevedo, 2-35). Em nenhuma hipó-tese o animal deve ser descartado em latas de lixo ou outros locais. O biólogo Antonio Carlos Perucci Junior, responsável pela Di-visão de Meio Ambiente da Prefei-tura, lembra que não se deve apli-car produtos químicos ou sal nos quintais para combater o caramujo africano. “A maior parte dos molus-cicidas e o sal contaminam o solo e isso não é saudável. Além disso, a concha que serve de proteção para o animal, quando o caramujo mor-re, pode acumular água das chuvas

e servir de criadouro para outros vetores de doenças. Portanto, o ide-al é coletar o animal corretamente

e depois descartar os caramujos nos pontos de coleta disponibiliza-dos pela Prefeitura”, recomendou.

Recomendação: Não se deve aplicar produtos químicos ou sal nos quintais para combater o caramujo africano

Assessoria de imprensa/Pref. Macatuba

Aquarela FM

Page 7: Jornal Pedra de Fogo - Edição nº 30 / Ano 2

Pederneiras, 7 de novembro de 2015 07

INFORME PUBLICITÁRIO

Confiança Supermercados lança promoção “700 mil em prêmios”

Dora Press Comunicação

Embalado pelas festas de fim de ano, a rede Confiança Su-permercados apresentou para o público sua tradicional campanha, a maior já registrada pela empresa. Como o nome já diz, serão distri-buídos 700 mil reais em prêmios, para 30 ganhadores. Entre eles es-tão uma BMW X1, 9 Novo Ford KA +, 9 motos Honda GC Titan 150, 9 prêmios de 10 mil reais em certificados de barras de ouro, além de dois caminhões de prêmios no valor de 20 mil reais cada. Uma ação que promete agitar as nove lojas da rede até janeiro de 2015. Para Jad Zogheib, diretor presidente do Confiança Super-mercados, a campanha deste ano é mais uma prova que a rede confia em resultados positivos de vendas e retribui a lealdade de seus clien-tes. “Depois de analisar o mercado este ano, resolvemos apostar em uma campanha grandiosa, que iria gerar um impacto positivo em nos-sos consumidores. São 700 mil reais

Premiação: Serão 30 ganhadores entre os consumidores das lojas de Pederneiras, Bauru, Jaú e Marília

Fotos: Dora Press Comunicação

em prêmios, com 30 ganhadores. Um incentivo e tanto para começar 2016 com tudo”, afirma Zogheib. Para participar é simples, a cada R$ 50,00 (cinquenta reais) em compras, o cliente tem direito a um cupom. Basta ele informar ao opera-dor de caixa o número de seu CPF sempre que fizer as compras. Logo após é preciso efetuar seu cadastro nos totens instalados em todas as lo-jas da rede ou ainda pelo site www.confianca.com.br. E por fim é só im-primir os cupons nos totens e depo-sitar na urna. A novidade deste ano é que não será mais necessário marcar a resposta com um “x”, este proces-so será realizado automaticamente. Eder Vieira, gerente de marketing da rede destaca que a promoção “700 mil em prêmios” do Confiança Supermercados terá dois sorteios. “No dia 27 de dezembro iremos sortear os 9 Novo Ford KA +, as 9 motos e os 9 prêmios de 10 mil reais em certificados de barra de ouro. Já no dia 17 de janeiro de 2016, será realizado o grande sorteio da BMW X1 e dos dois caminhões

de prêmios no valor de 20 mil re-ais cada. Isso faz com que o cliente não desanime se não for sorteado no dia 27 de dezembro”, afirma Vieira, que ainda completa dizendo que os clientes que realizarem suas compras até 17 de janeiro ainda têm chance de ganhar. “Todos os cupons que não foram sorteados voltam para as urnas e se juntam aos demais para o segundo sorteio”, finaliza.

Atualmente, a rede Confian-ça Supermercados possui cerca de 2.700 colaboradores distribuídos em 9 lojas, sendo seis em Bauru, uma em Pederneiras, Jaú e Marília, além de um moderno centro de distribuição e centro administrativo. E já foi anunciada a construção de uma nova loja na cidade de Botuca-tu, a maior da rede e com previsão de abertura para outubro de 2016.

Em Confiança: Eduardo do Amaral (gerente de compras), Jad Zogheib (diretor presidente) e Eder Vieira (gerente de marketing)

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Pederneiras, 7 de novembro de 201508

CL!CKLenha na fogueira: a dica é curtir a domingueira com samba no Mirassol Clube Náutico (www.clubemirassolpederneiras.com.br)

Gustavo curtindo umacaipirinha no Camaleão

A banda Hermínia fez a festa ontem à noite

no bar “underground” Exílio

Amaury Montanheiro, The Beatles e Raul Seixasno palco do Camaleão

Camaleão Bar: rapte-me camaleoas (...) De um quasar pulsando lôa

A fênix circulando pelas ruas de Pederneiras