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ESCOLA SECUNDÁRIA DE SAMPAIO Documento de Apresentação da Escola à Inspeção-Geral da Educação Sampaio, janeiro de 2012

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ESCOLA SECUNDÁRIA DE SAMPAIO

Documento de Apresentação

da Escola à

Inspeção-Geral da Educação

Sampaio, janeiro de 2012

Índice

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Escola Secundária de Sampaio

1. RESULTADOS........................................................................................................................3

1.1. Resultados Académicos................................................................................................3

1.2. Resultados Sociais........................................................................................................7

1.3 Reconhecimento da comunidade...............................................................................12

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO................................................................................14

2.1. Planeamento e articulação.........................................................................................14

2.2. Práticas de ensino.......................................................................................................16

2.3. Monitorização e avaliação das aprendizagens...........................................................21

3. LIDERANÇA E GESTÃO........................................................................................................23

3.1. Liderança....................................................................................................................23

3.2. Gestão........................................................................................................................26

3.3. Autoavaliação e melhoria...........................................................................................30

2 Documento de Apresentação à Inspeção-Geral da Educação

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1. RESULTADOS

1.1. Resultados Académicos

Uma vez que na avaliação externa realizada em 2007 foi no domínio dos resultados que a Escola obteve um nível de classificação menos favorável, tem esta área constituído particular preocupação dos órgãos de gestão e das estruturas intermédias.

Neste sentido foram várias as medidas implementadas, de entre as quais destacamos: a promoção do trabalho de equipa entre professores; a promoção do reforço das aprendizagens dos alunos; a uniformização dos critérios e dos instrumentos de avaliação; a monitorização dos resultados; a adesão ao projeto EPIS.

Estas medidas foram eficazes já que os resultados académicos têm evoluído positivamente como podemos observar pelos gráficos que se seguem:

1.1.1. Evolução dos resultados internos contextualizados

Evolução das taxas de transição no ensino básico (dados da MISI)

7º Ano 8º Ano 9º Ano0

20

40

60

80

100

120

2007

2008

2009

2010

2011

Evolução das taxas de transição no ensino secundário (dados da MISI)

10º Ano 11º Ano 12º Ano0

102030405060708090

100

2007

2008

2009

2010

2011

No 3º ciclo as taxas de transição têm evoluído favoravelmente. No ensino secundário verificam-se ligeiras oscilações, sendo no 10º e 11º anos os valores elevados. No 12º ano os

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valores são mais baixos porque se incluem aqui, apenas os alunos que concluíram o ensino secundário.

1.1.2. Evolução dos resultados externos contextualizados

Evolução dos resultados obtidos nos exames do ensino básico relativamente à média nacional

Língua Portuguesa Matemática

-0.2

-0.1

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

2008

2009

2010

2011

Evolução dos resultados obtidos nos exames do ensino secundário relativamente à média nacional nas disciplinas trienais.

PORT. MAT. A HIST. A DES. A

-3

-2

-1

0

1

2

3

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Evolução dos resultados obtidos nos exames do ensino secundário relativamente à média nacional nas disciplinas bienais.

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FQ A BG GDS A MAT B GGF MACS

-4

-2

0

2

4

6

8

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Apesar das oscilações em algumas disciplinas, como por exemplo FQ ou BG, foi ao nível dos resultados nos exames nacionais que a Escola mais progrediu nestes últimos anos relativamente à média nacional. Repare-se por exemplo na progressão verificada na disciplina de Matemática ou de GDS. No ano letivo 2010/2011 a Escola apenas ficou (ligeiramente) abaixo da média nacional em duas disciplinas. Em todas as outras, incluindo os exames do 9º ano, a Escola obteve médias superiores às nacionais (Quadro-Anexo 3).

No ranking das escolas, elaborado a partir dos resultados nos exames do ensino básico pela SIC/Expresso, verificou-se uma progressão significativa nos últimos anos, tendo em 2010/2011 a Escola ficado na 245ª posição em 1291 escolas e em 2º lugar entre as escolas públicas no distrito de Setúbal.

No ranking das escolas, elaborado a partir dos resultados nos exames do ensino secundário, também se verificou uma grande progressão, tendo em 2010/2011 a Escola ficado na 124ª posição em 584 escolas (Quadro-Anexo 2) e na 5ª posição entre as escolas públicas do distrito de Setúbal

Salientamos que as classificações obtidas pela Escola nos exames nacionais, na maioria das disciplinas, melhoraram consideravelmente, o que se deveu inevitavelmente a um maior grau de exigência e de rigor nas aprendizagens; porém, esta estratégia não provocou a descida das taxas de transição por ano de escolaridade, já que estas não apenas têm mantido alguma regularidade como até têm melhorado em alguns casos.

1.1.3. Qualidade do sucesso

A qualidade do sucesso foi sempre uma preocupação fundamental da Escola e objeto de estudo por parte da equipa de autoavaliação. Por exemplo no ensino básico (7º e 8º anos) as condições de transição foram objeto de regulamentação pelo conselho pedagógico (projeto curricular de escola).

Mais do que as taxas de transição/retenção têm sido objeto de atenção os níveis e classificações negativas por disciplina tal como a média obtida em cada uma (note-se que os alunos podem transitar de ano com duas disciplinas negativas e progridem nas disciplinas com

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classificação igual ou superior a 8 valores) Estes são, aliás, critérios orientadores na definição das metas para ano letivo (PAA).

A partir das médias finais obtidas em cada disciplina, por ano de escolaridade, podemos obter a média das classificações dos alunos no ensino secundário durante os últimos 4 anos. Desde 2007 a 2011 a média do décimo ano situa-se entre os 12,2 valores e os 12,5; a do 11º ano entre os 13 e os 13,2 valores; a do 12º ano entre os 14 e os 14,6 valores (Quadro-anexo 4)

Outro critério que nos permite adquirir informação relevante para aferir a qualidade do sucesso é o confronto entre as classificações internas da Escola nas disciplinas sujeitas a exame nacional com as classificações obtidas pelos alunos nesses mesmos exames. Como podemos observar pela tabela seguinte, tem havido um esforço de aproximação entre as classificações internas atribuídas pela Escola e as classificações obtidas pelos alunos nos exames nacionais do ensino secundário, estando essa diferença situada abaixo dos dois valores (Quadro-anexo 5)

Em síntese, afirmamos que na Escola existe uma permanente preocupação com a obtenção de bons resultados, uma vez que sem eles não há eficiência, porém não a qualquer custo. Pretende-se que às taxas de transição correspondam efetivamente aprendizagens de qualidade que possibilitem aos alunos a continuação dos seus percursos (quer académicos, quer no mundo do trabalho). Para tal, cultiva-se o rigor e a exigência, uma vez que são eles que conduzem ao êxito e à eficácia da Escola.

1.1.4. Abandono e desistência

Tem sido preocupação fundamental da Escola as taxas de abandono e de desistência procurando-se continuamente estratégias para os prevenir e combater.

Queremos salientar que nos tem sido muito difícil comparar as taxas de abandono e de desistência na nossa Escola com as taxas nacionais, já que nos parece não estarem todas a escolas a considerar os mesmos critérios uma vez que eles não foram previamente definidos pela tutela. Assim, temos procurado fundamentalmente fazer uma abordagem qualitativa, caso a caso, e encontrar explicações que dados estatísticos não autorizam. Através das informações prestadas pelos diretores de turma, sabemos que, frequentemente os alunos anulam a matrícula sem nunca terem comparecido na Escola (porque optaram por frequentar uma escola profissional, motivo apontado por 33% dos alunos em 2010/2011) ou, porque tendo frequentado a Escola durante mais de um período letivo, decidiram mudar de área e voltar no ano seguinte (motivo apontado por 20% desses alunos). De qualquer modo, segundo dados da MISI, as taxas de AM/EF são muito baixas sobretudo no ensino básico (Quadro-anexo 6).

1.2. Resultados Sociais

1.2.1. Participação na vida da Escola e assunção de responsabilidades

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A participação ativa da comunidade educativa na vida da Escola, especialmente dos EE e dos alunos, tem sido uma prioridade fundamental, por existir desde sempre algum deficit por motivos históricos e sociológicos. Ao longo dos últimos anos, muitas vezes partindo da iniciativa dos órgãos de gestão da Escola, garantiu-se de forma estável a existência dos representantes nos vários órgãos de gestão e nas estruturas de orientação educativa: conselho geral (CG), CP, Conselhos de Turma (CT), nas equipas de autoavaliação, assim como a existência de uma associação de estudantes e de uma associação de pais. De uma forma geral, também têm aumentado os índices de participação dos EE nas reuniões com os diretores de turma (DTs). Este progresso resulta de um conjunto de ações planeadas de uma forma contínua e intencional, designadamente através das ações de melhoria (AM), por forma a incentivar o envolvimento dos pais na vida escolar dos seus educandos e também na vida da Escola em geral (Ação de Melhoria 3).

Apresentam-se de seguida as principais medidas adotadas: Reuniões formais com os DTs, no início do ano letivo, onde são prestadas um conjunto

de informações sobre o funcionamento da Escola e os apoios educativos, e em que se procura salientar a importância do seu envolvimento para o sucesso dos seus filhos, designadamente no sentido de um maior acompanhamento nas tarefas escolares, de um controlo da assiduidade e do aproveitamento ao longo do ano. Essas reuniões continuam a ser realizadas no início do 2º e do 3º períodos para informar sobre os resultados e discutir os assuntos relacionados com o funcionamento da turma. São sempre marcadas em horário pós-laboral para facilitar a adesão dos pais.

Para além das reuniões, os diretores de turma estão alertados para a importância de convocarem os EE individualmente sempre que haja informações importantes a transmitir ou a averiguar e devem ter total conhecimento da situação de cada aluno de modo a poderem fornecer essas informações aos EE. Considera-se fundamental que os estes conheçam bem a situação dos seus educandos de modo a que possam fazer o seu acompanhamento. Caso seja necessário, os diretores de turma disponibilizam-se para receber os EE em período diferente da hora de atendimento marcada, e, com bastante frequência, usam o e-mail ou o telefone como meio de comunicação.

Sempre que se revele necessário ou que seja solicitado, os outros docentes da turma disponibilizam-se para encontros formais com os EE

Apesar das dificuldades de espaços existente na Escola tem-se procurado criar condições para um bom acolhimento dos EE, especialmente garantindo a privacidade sempre que é necessário abordar assuntos particulares.

Relativamente à participação dos pais em atividades organizadas pela Escola, ela também tem vindo a aumentar de forma significativa. O PAA contempla inúmeras atividades de âmbito cultural e desportivo, em que os professores têm procurado envolver os pais no desenvolvimento dos projetos dos seus educandos assim como na apresentação de trabalhos, exposições, etc. desenvolvidas em artes, áreas de projeto, e outras disciplinas/áreas curriculares. A título de exemplo referimos o dia da poesia, em que os EE vêm à Escola ler à turma dos seus educandos poemas ou contos por si selecionados, ou o dia dos avós, em que estes vêm à Escola participar em atividades organizadas pelos seus netos, ou as atividades do Clube de Basquetebol que não seriam possíveis sem o envolvimento e a colaboração dos pais.

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No que respeita à participação dos pais ao nível dos órgãos e das estruturas para que são eleitos ela tem vindo a aumentar progressivamente, designadamente ao nível da participação nas reuniões dos conselhos de turma.

Tal como em relação aos EE também os alunos têm aumentado a sua participação nos órgãos de gestão e estruturas de orientação educativa da Escola (CG,CP,T). Para o efeito tem-se procurado explicar a importância dessa participação, não só no sentido da assunção das suas responsabilidades como também enquanto educação para o exercício da cidadania e participação na vida democrática. Esta incidência no desenvolvimento da qualidade da participação foi planeada através da ação concertada de todos os agentes educativos, especialmente os DTs, e nas aulas de Formação Cívica (Ação de Melhoria 3).

1.2.2. Cumprimento das regras e disciplina

De uma forma geral, assiste-se hoje em dia, a um agravamento da desmotivação e do desinteresse por parte dos alunos relativamente ao processo ensino-aprendizagem e à desvalorização do papel da escola enquanto elemento estruturante do conhecimento e do desenvolvimento intelectual e social. São cada vez mais frequentes as situações envolvendo a utilização de linguagem imprópria a par de desobediência, insolência e desrespeito pelas normas estabelecidas na sala de aula e no meio escolar, que preocupam professores, pais e EE, alunos e a sociedade. Os professores porque não conseguem ensinar, os pais porque não sentem segurança quando colocam os filhos na escola, os alunos porque não conseguem aprender, a sociedade porque considera que a escola pública não está a conseguir exercer o seu papel.

Não consideramos que na nossa Escola este problema seja particularmente grave, todavia ele tem sido motivo de preocupação e de discussão aos mais diversos níveis designadamente no CP. Estamos convictos de que só conseguimos alterar comportamentos se tivermos uma atitude e uma prática contínua, alicerçadas em relações interpessoais positivas com todos os intervenientes no processo educativo e relativamente aos alunos, temos privilegiado a autoridade baseada no respeito mútuo, privilegiando a assertividade em detrimento da prepotência.

Na sequência deste debate temos vindo a colocar em prática algumas estratégias concertadas de combate a este fenómeno, designadamente:

Afixar em todas as salas de aula um conjunto de normas de conduta, aprovadas no CP, de forma a que estejam sempre acessíveis a professores e alunos.

Fazer num dos dias anteriores ao início do ano letivo, uma recepção pelos diretores de turma aos alunos, onde entre outras informações e atividades é apresentada a parte do RI que diz respeito ao cumprimento das normas de conduta.

Promover a formação de professores sobre a gestão da sala de aula, o relacionamento assertivo com os jovens, a introdução de pedagogias ativas, o que permitirá outros resultados na atitude e motivação dos alunos, dado o maior envolvimento em tarefas com sentido e objectividade.

Promover de forma articulada uma cultura de rigor, de exigência, de cumprimento das normas democraticamente negociadas com os alunos, com os funcionários, com os professores, fazendo apelo aos valores da solidariedade e da responsabilidade cívica.

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Implementar medidas de maior vigilância do espaço escolar quer através da colaboração das assistentes operacionais quer através da circulação de elementos da gestão pelo espaço escolar durante os intervalos, para conversar com os alunos, fazendo apelo ao cumprimento das regras de convivência democrática e ao civismo.

Atuar no mais curto espaço de tempo sempre que se verifica qualquer infração tipificada ao nível do RI/EA, propondo as equivalentes medidas preventivas e/ou sancionatórias publicitando-as no placard existente para o efeito e através de ordem de serviço lida nas várias turmas.

Criar um Gabinete de Acompanhamento Disciplinar (GAD). Trata-se de um espaço onde os alunos, sujeitos à medida corretiva de “ordem de saída da sala de aula ou de outro local onde se desenvolva o trabalho escolar”, realizam um conjunto de tarefas, acompanhados por docentes que os ajudam a refletir sobre o seu comportamento, orientando-os na tomada de uma nova atitude e na assunção do compromisso em agir de modo diferente. Integram o GAD um conjunto de docentes, de diversos grupos disciplinares, nomeados pela direção. O horário do gabinete é definido no início de cada ano letivo e faz parte integrante da componente não letiva dos docentes. Estes permanecem no gabinete no horário previsto, estando dispensados dessa tarefa quando estão a instruir processos disciplinares. São objetivos deste projeto: O1 - Ajudar os alunos a refletir sobre o seu comportamento e orientá-los na tomada de uma nova atitude e na assunção do compromisso em relação ao modo de estar e de agir daí em diante. O2 - Apoiar os diretores de turma na despistagem de situações que, eventualmente, poderão estar na origem de casos de indisciplina. O3 - Monitorizar o fenómeno da indisciplina. O4 - Instruir processos disciplinares.

Consideramos que alguns resultados ao nível da indisciplina têm vindo a melhorar. Nos dois últimos anos diminuíram os processos disciplinares passando de 52 em 2008/09 para 42 em 2010/11. O mesmo se verificando com o número de sanções disciplinares aplicadas: 49 em 2008/09 e 38 em 2010/11. Pensamos que a estratégia tem resultado e os alunos “indisciplinados” têm sido progressivamente integrados. Se considerarmos a realidade regional ou nacional julgamos tratar-se de uma Escola sem casos de violência extrema e sem fenómenos de bullying, onde a Escola Segura da GNR só teve necessidade de intervir esporadicamente (Quadro-anexo 8).

No ano letivo 2010-2011 foram instaurados 42 processos disciplinares e aplicadas 38 sanções a 33 alunos. Constata-se que 50% dos processos incidiram sobre alunos do 10º ano de escolaridade e que 84% destes alunos são do género masculino. O número de alunos alvo de suspensão, em 2010-2011, representa cerca de 3,5% dos alunos matriculados na Escola, no regime diurno (Quadro-anexo 8).

Os alunos suspensos cumpriram esses dias em atividades de integração, de caráter social, em locais como o Centro Paroquial da Corredoura, a acompanhar os elementos daquele Centro na tarefa de distribuição de alimentos provenientes do “Banco Alimentar”, na Loja Ond@jovem da Câmara Municipal de Sesimbra ou, em alternativa, os alunos realizaram atividades escolares, cujo plano lhes era previamente entregue e que tinham que apresentar ao diretor de turma no primeiro dia de aulas após o cumprimento da sanção.

Todos os processos disciplinares instaurados foram resolvidos em tempo útil, com os procedimentos adequados e previstos na lei, com o sucesso desejado e sem qualquer recurso hierárquico interposto.

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1.2.3. Formas de solidariedade

Um dos valores assumidos pelo PEE da Escola é o Humanismo – respeito pela dignidade individual de todos os membros da comunidade educativa, associado a comportamentos de partilha e de entreajuda – outro valor é o da Responsabilidade – assunção dos deveres e direitos inerentes ao serviço comunitário público prestado e na realização de tarefas individuais e coletivas.

Como assunção destes valores o diretor participa em representação da Escola no Conselho Local de Ação Social, contribuindo para a realização de várias atividades de apoio social no concelho. Para envolver os alunos e a comunidade a Escola tem participado regularmente em campanhas de solidariedade do Banco Alimentar que têm como principais objetivos sensibilizar a comunidade escolar para a participação e envolvimento da Escola em projetos de solidariedade, promover a experiência de momentos de solidariedade e voluntariado e promover o voluntariado jovem.

Em 2010-2011, efetuou-se uma Campanha de proteção dos animais, com a recolha de alimentos para a associação “Bianca”. Realizou-se um evento denominado “SOS Madeira” e que constou de um espetáculo organizado pela Escola realizado na Sociedade Musical Sesimbrense no dia 30 de Abril de 2010 para angariação de fundos destinados às vítimas das cheias na Madeira. Efetuou-se uma recolha de brinquedos para a instituição Janela Aberta e Casa do Gaiato de 28 de Novembro a 16 de Dezembro de 2011.

Destacamos ainda a homenagem prestada, no dia 18 de Dezembro de 2009, em memória de um aluno da Escola falecido com leucemia, concretizada através da realização de um espetáculo no cineteatro João Mota e que envolveu toda a comunidade.

Desde a criação da Área de Projeto no 12º ano, muitos foram os trabalhos desenvolvidos em instituições de solidariedade social e um elevado número de alunos realizou os seus projetos tendo como leitmotiv ações de voluntariado.

O número de alunos que beneficiam da ASE diminuiu bastante devido à alteração das regras para atribuição do mesmo, sendo em 2011/2012, de 310 alunos, 125 no escalão A e 185 no escalão B. Porém, dada a situação económica difícil que se vive, a direção da Escola decidiu apoiar alguns alunos que, embora não tendo direito a apoio pelo ASE, demonstravam ter carências alimentares. De igual modo é organizada uma recolha anual de manuais escolares usados para serem distribuídos aos alunos mais carenciados no ano letivo seguinte.

1.2.4. Impacto da escolaridade no percurso dos alunos

Faz parte da cultura da Escola dar prioridade ao grau de exigência e de qualidade das aprendizagens quer nos chamados cursos regulares quer nos cursos profissionalizantes. Se para os primeiros a preparação para a universidade é determinante para os segundos a aquisição de competências de caráter profissional é também fundamental pois sem ela os alunos dificilmente terão acesso ao mercado de trabalho.

Todavia, quer num caso quer noutro, nem para todos os alunos o impacto das aprendizagens é valorizado de igual modo, coexistindo na Escola duas formas de encarar a realidade escolar. Se a maioria dos alunos valoriza muito a Escola, as atividades em que participa e as aprendizagens efetuadas, possuindo expectativas elevadas relativamente ao seu futuro académico, existem contudo alguns que adotam uma postura desinteressada e sem

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grandes preocupações com o seu percurso escolar, repercutindo-se, por vezes, este comportamento em insucesso escolar ou mesmo em abandono.

Esta atitude é quase sempre consentânea com o posicionamento dos EE e com as baixas expectativas que estes têm relativamente ao contributo da Escola para o futuro dos seus educandos, considerando-a ou não, como um instrumento fundamental para o desenvolvimento de competências essenciais a uma melhor inserção na vida ativa.

Informalmente a Escola tem um conhecimento do percurso escolar e/ou profissional dos seus alunos após a saída da escola. Este feedback é inevitável por ser Sesimbra um meio pequeno e a grande maioria dos professores e funcionários aqui viverem. Nos últimos anos, tem-se tentado acompanhar de forma mais consistente o percurso escolar dos alunos, designadamente os seus percursos académicos e no mercado de trabalho. Tem-se procurado recuperar alguns contatos, designadamente através das redes sociais. No ano passado, foram organizados pela Escola debates na rádio Sesimbra FM em que antigos alunos forneciam informações, falavam dos seus percursos, e da importância que tinha tido a Escola nesses percursos. Também tem sido convidados antigos alunos (embora de forma não sistemática) para virem às aulas de 12º ano para fornecerem aos alunos informações e participando em alguns projetos.

Através da divulgação às escolas dos dados relativos à entrada dos seus alunos no Ensino Superior é possível percepcionar o impacto das aprendizagens no seu percurso. Por exemplo no caso dos cursos de prosseguimento de estudos através das entradas nas universidades a Escola tem a consciência de que está a realizar um bom trabalho já que mais de 60% dos alunos que se candidatam ao ensino superior conseguem ficar colocados na primeira opção.

Colocação dos alunos no Ensino Superior por opção

1ª Opção 2ª Opção 3ªOpção 4ª opção 5ª Opção 6ª Opção0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

2009/2010

2010/2011

No que respeita aos Cursos Profissionais, também se procede à recolha de informação sobre os percursos dos alunos após terminarem o curso.

Concluíram Cursos Profis.

Total de alunos

Prosseguiram estudos

Obtiveram emprego

Não obtiveram emprego

Estão noutras situações

2009/2010 48 14 15 7 12

2010/2011 28 12 5 9 2

Apesar do momento económico difícil que se vive tem havido empregabilidade para os alunos que concluem os cursos profissionais na Escola.

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1.3 Reconhecimento da comunidade

1.3.1. Grau de satisfação da comunidade educativa

Tendo em conta os resultados dos dois ciclos de avaliação interna (seguindo o modelo da CAF), desenvolvida pela Escola nos últimos cinco anos, podemos verificar que os níveis de satisfação da comunidade educativa são elevados, designadamente a dos alunos e dos EE relativamente ao funcionamento da Escola é uma forma geral muito elevado (Gráficos 1 e 14, p. 22, Relatório de Autoavaliação 2010-2011) e coerente o que se revela na consistência das pontuações atribuídas nos diversos anos de escolaridade. O que é reforçado pelos resultados obtidos através dos inquéritos aos alunos nos diversos indicadores sobre o funcionamento da Escola (Anexos ao Relatório de Autoavaliação, pp.43 e 44) em que o indicador “recomendaria a Escola aos meus amigos” obtém uma média de 8,9 em 10. O mesmo é revelado pelas médias obtidas nos indicadores dos resultados dos inquéritos aos pais e EE (anexos ao RAA, pp. 60 e 61). Para além destes dados, o feedback permanente que nos é transmitido quer dos órgãos autárquicos, quer dos vários parceiros da comunidade, assim como a crescente procura por parte dos alunos, do concelho e de fora do concelho (Azeitão) confirmam também a satisfação da comunidade com o serviço educativo prestado.

1.3.2. Formas de valorização dos sucessos dos alunos

Na Escola é dada particular importância à valorização do sucesso escolar dos alunos e como forma de reconhecer o mérito foi criado um regulamento para distinguir os alunos com melhores desempenhos escolares, designado Regulamento dos Quadros de Valor, de Mérito e de Excelência (enviado como documento orientador).

O Quadro de Mérito é organizado em todos os períodos escolares, sendo o mesmo afixado na vitrina da entrada e colocado no site da Escola. Os quadros de Valor e de Excelência são organizados unicamente no final de cada ano letivo depois de ratificados pelo CP e também são afixados na entrada e colocados no site da escola. Em todos os anos letivos, no dia estabelecido no calendário escolar como dia do diploma, é organizada uma cerimónia no cineteatro João Mota em Sesimbra, onde são entregues aos alunos os diplomas de conclusão do Ensino Secundário e onde são também entregues os diplomas de Valor, de Mérito e de Excelência aos alunos distinguidos.

Tem sido prática nos últimos anos a atribuição de um prémio de 500€ aos dois alunos que concluíram com melhor classificação o Ensino Secundário, respetivamente nos Cursos Científico-Humanísticos e nos Cursos Profissionais. No presente ano letivo o Ministério da Educação eliminou esse prémio. Apesar disso, a Escola conseguiu que uma empresa local financiasse a sua atribuição para não gorar as expectativas criadas.

Também no que respeita a concursos dinamizados pela Escola, na ciência, nas artes, na escrita, nas atividades desportivas, têm-se sempre procurado formas de distinguir os alunos que se destacam com os seus trabalhos ou com a sua ação e atribui-lhes prémios ainda que alguns deles tenham apenas o valor simbólico. Para esta atribuição prepara-se sempre um momento solene em que o diretor, ou outro elemento da direção, está presente.

1.3.3. Contributo da Escola para o desenvolvimento da comunidade envolvente

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Tem-se procurado criar e desenvolver condições para uma efetiva participação da comunidade educativa alargada no processo educativo, promovendo formas de colaboração e de intervenção na vida da Escola por parte da Câmara Municipal, das Juntas de Freguesia, do Centro de Saúde, da Cercizimbra, das outras Escolas, de representantes do tecido empresarial, de Associações Recreativas e Culturais ou de outras instituições representativas da vida social e cultural tendo-se constituído para esse efeito diversas parcerias.

O diretor, como convidado, participa de forma ativa nas reuniões do Conselho Municipal de Educação, ajudando a definir as linhas orientadoras e as prioridades da política educativa concelhia, promovendo contatos e iniciativas de colaboração com outras entidades, com outras escolas, para troca de informações e de experiências, optimização de recursos, atividades de formação e de participação em projetos de parceria.

A Escola tem procurado estar atenta ao desenvolvimento da comunidade envolvente desde logo pelas ofertas formativas que proporciona. Além dos chamados Cursos Regulares quer no 3º ciclo quer no ensino secundário tem oferecido ao longo dos anos outras modalidades alternativas como os chamados CEF, Cursos Profissionais em cinco áreas diferentes e quatro Cursos de Educação e Formação de Adultos também em áreas diferentes.A título de exemplo, a Escola aceitou no presente ano letivo integrar uma turma PIEF para dar resposta a um projeto concelhio de combate ao abandono escolar e nem sequer tinha alunos seus para integrar essa turma (Quadro-anexo 9)

Além destas ofertas formativas a Escola procura trabalhar em articulação com o CNO de Sesimbra e oferece também unidades de formação de curta duração (50h) para dar resposta aos formandos que frequentam este centro.

Em 2011/2012 frequentam a Escola 31 alunos estrangeiros, de 20 diferentes nacionalidades, aos quais se procura facilitar a integração designadamente através do funcionamento de duas turmas de PLNM.

Por outro lado a Escola tem posto à disposição de outras entidades, como por exemplo a CMS, as suas instalações em regime pós-laboral, para permitir a realização de várias formações aos funcionários, aos desempregados designados pelo IEFP, etc.. Também disponibiliza gratuitamente a uma Associação Recreativa local, as suas instalações desportivas para a prática do desporto.

No sentido de rentabilizar os seus recursos, a própria Escola tem realizado ações de formação gratuitas na área das TIC abertas não apenas a EE como a outros interessados.

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2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

2.1. Planeamento e articulação

O trabalho de planificação das atividades letivas e não letivas parte sempre da firme convicção de que há aprendizagens a realizar e competências a desenvolver imprescindíveis a todos os alunos e que há saberes que são essenciais enquanto pré-requisitos para outras aprendizagens e para uma igualdade de oportunidades de acesso e de sucesso noutras formações. Porém, há um espaço de liberdade que a Escola e os professores, em trabalho de equipa, devem organizar a partir do conhecimento do contexto e que diz respeito sobretudo às estratégias de concretização e desenvolvimento do currículo.

2.1.1. Gestão articulada do currículo

A articulação curricular vertical realiza-se sobretudo ao nível dos grupos disciplinares. A existência de equipas pedagógicas que acompanham os alunos (a continuidade pedagógica é norma na distribuição de serviço) facilita esta mesma articulação. Há situações excepcionais que se procuram resolver, através de apoios educativos e da atribuição de tempos letivos extra, quando por exemplo, não se conclui a leccionação de um programa ou não se cumpre uma planificação por falta de assiduidade do docente.

A articulação curricular horizontal e transversal realiza-se nos conselhos de turma através da análise e organização do contributo da cada disciplina/área disciplinar para uma formação global, orientada para um perfil de competências que é aceite pela equipa, o estabelecimento de modos de ação conjuntos, a definição de procedimentos e momentos de articulação de conteúdos. O PT, enquanto instrumento de gestão pedagógica, que define e contempla a planificação das áreas curriculares não disciplinares (AP, 3º ciclo e 12º ano, FC, EA), atividades de complemento ou enriquecimento curricular, a participação da turma no Projeto de Educação Sexual, PIS, etc., materializa estas formas de articulação curricular.

2.1.2. Contextualização do currículo e abertura ao meio

Se por um lado se pretende na gestão curricular adquirir aprendizagens de um modo integrado através da articulação vertical e entre as várias áreas do saber, por outro lado, temos procurado desenvolver o currículo nacional incorporando as realidades e os contributos do meio, de modo a aproximar o processo de ensino-aprendizagem da realidade concreta dos alunos e assim proporcionar aprendizagens funcionais. Tal acontece na abordagem dos conteúdos e na organização das atividades na sala de aula, mas também nas atividades de complemento curricular (PAA).

A oferta educativa é discutida em CP onde são ponderados vários aspetos decisivos, designadamente os recursos humanos e físicos existentes na Escola e na comunidade, tal como por exemplo a possibilidade de serem realizados estágios profissionais.

Existência de atividades de complemento curricular. Como se pode comprovar pelo PAA, todos os grupos disciplinares e estruturas intermédias da ESS apresentam propostas de atividades diversificadas (visitas de estudo, saídas de campo, concursos, projetos, oficinas, palestras, exposições…) em todas as áreas de intervenção do Projeto Educativo da Escola (PEE).

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2.1.3. Utilização da informação sobre o percurso escolar dos alunos

Quando os alunos frequentam a nossa Escola desde o início de um ciclo de estudos, o acompanhamento do percurso é natural, não só pela existência de documentos, mas porque os contatos dentro do mesmo espaço o facilitam. Contudo, no 7º ano, quando chegam não é fácil obter essa informação, apesar da insistência junto das outras escolas devido ao fato de muitas vezes ser urgente organizar as turmas e os apoios. Tenta colmatar-se esta lacuna através das informações da família e das psicólogas afetas ao Projeto CRI que conhecem as realidades das várias escolas. Também o inquérito diagnóstico realizado pelo Dt no inicio do ano letivo tem , entre outras, a função de obter informações sobre este percurso, uma vez que o seu conhecimento é considerado imprescindível para se realizar um acompanhamento adequado ao aluno.

Temos estudado os fluxos escolares da nossa Escola e verificamos que os alunos provenientes do 9º ano das duas Escolas Básicas 2,3 optam maioritariamente por frequentar Cursos Profissionais enquanto que os que são provenientes do 9º ano da nossa Escola optam maioritariamente pelos Cursos Científico-Humanísticos. Salienta-se também o fato dos alunos que frequentam CEF no 3º ciclo e que se matriculam no Ensino Secundário raramente conseguirem obter sucesso

Apesar disso, na sequência dos esforços realizados pela Escola designadamente através da diversificação da oferta formativa, da procura de metodologias ativas mais centradas nos alunos, do papel mais ativo desenvolvido pelos diretores de turma junto dos EE, tem-se conseguido inverter esta tendência. No Ensino Básico a taxa de abandono é praticamente nula e no Ensino Secundário tem vindo a diminuir.

2.1.4 Coerência entre o ensino e a avaliação

É a avaliação, nas suas várias modalidades, que permite a regulação das atividades de ensino e a sua reorientação no sentido de o melhorar, assim como determina, em grande parte, os caminhos que os alunos poderão trilhar no futuro. Daí que tenha sido sempre objeto de debate e preocupação, nos vários órgãos de gestão e nas estruturas de orientação curricular, de trabalho conjunto e mesmo de aperfeiçoamento, na ESS.

A preparação do ano letivo seguinte inicia-se em Julho, após a realização do balanço do ano que acaba, com a elaboração das planificações a longo prazo e a médio prazo. Procura-se que estas sejam uniformizadas através de grelhas comuns a todos os grupos disciplinares. Essas planificações estabelecem (de acordo com as finalidades e as aprendizagens previstas no currículo e rentabilização dos meios e recursos) conteúdos, objetivos, percursos de aprendizagem e um sistema de avaliação (instrumentos, modalidades, ….) coerente com as restantes componentes curriculares, ou seja, sugerem e recomendam um conjunto de práticas avaliativas que deverão corresponder aos objetivos, conteúdos e abordagens metodológicas estabelecidos para as disciplinas. Porém, grande parte das opções é feita pelos professores uma vez que as orientações produzidas centralmente deixam em aberto inúmeras possibilidades que são trabalhadas e operacionalizadas pelos grupos disciplinares e pelas equipas pedagógicas. Assim, até onde for exequível e desejável, e no sentido de procurar o rigor, a justiça e equidade, procura-se uniformizar procedimentos: os professores que leccionam o mesmo ano e/ou ciclo deverão apresentar a mesma matriz, aplicar testes iguais e discutir a aplicação dos critérios de avaliação (o mesmo acontece em relação aos trabalhos,

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relatórios e outros instrumentos). Porém, em cada circunstância os professores em equipa devem avaliar o impacto dessa uniformização, não esquecendo que a concepção e planificação de estratégias de ensino e avaliação devem ser adequadas aos diferentes alunos e contextos.

Não obstante a importância dada à avaliação externa, especialmente nas disciplinas a ela sujeitas, é visível, nas planificações e em toda a documentação produzida, que a avaliação praticada internamente é mais abrangente, incidindo também em aprendizagens de caráter transversal e de natureza instrumental. Consideramos que, sendo a consistência entre os processos de avaliação e as aprendizagens e competências pretendidas fundamental, a articulação entre o ensino e a avaliação deve traduzir-se na concordância da avaliação com o ensino e não o contrário, de forma a evitar que a avaliação externa determine, quase exclusivamente, o que se ensina e como se ensina.

2.1.5. Trabalho cooperativo entre docentes

O trabalho cooperativo entre docentes tem sido uma das principais apostas da gestão da Escola tendo em vista a qualidade das aprendizagens e a melhoria dos resultados.

Para permitir o desenvolvimento desta prática foi criado um espaço semanal de 90 minutos comum aos professores de cada departamento curricular de forma a permitir a realização de reuniões formais ou de encontros destinados à realização de trabalho de equipa. Para compensar de alguma forma os docentes foi atribuída uma hora da componente de estabelecimento para o desenvolvimento deste trabalho com regularidade semanal. Na distribuição de serviço docente procura-se, sempre que possível, que cada nível seja atribuído no mínimo a dois ou três professores, de modo a criar equipas de ano, que permitam em conjunto a elaboração da planificação e a construção de materiais pedagógicos.

Vários grupos disciplinares organizam anualmente um conjunto de atividades extracurriculares que podem ser consultadas no plano de atividades da Escola em que são envolvidos todos os docentes do grupo de forma cooperativa e que ajudam a cultivar o sentido de pertença e o espírito de equipa. Destacam-se destas atividades, o dia das línguas, os dias dos laboratórios abertos, as atividades internas no âmbito do desporto escolar.

Esta mesma cooperação também se verifica ao nível da formação entre professores do mesmo grupo disciplinar e entre professores de diferentes grupos.

2.2. Práticas de ensino

2.2.1. Adequação do ensino às capacidades e aos ritmos de aprendizagem dos alunos

Tem sido um dos vetores do PEE a adequação do ensino às capacidades e aos ritmos de aprendizagens dos alunos. Desde sempre a Escola procurou apoiar os alunos com maiores dificuldades em sala de estudo e ultimamente criou uma figura designada como Apoio Móvel em que são atribuídas aos professores, horas da sua componente de estabelecimento, para apoiarem os seus próprios alunos que revelem maiores dificuldades, em horários que sejam compatíveis. Designamos este apoio como móvel porque ele pode sofrer várias alterações de uma semana para outra ou de um mês para outro conforme as necessidades dos diferentes alunos. Destes apoios é feita uma monitorização pela direção da Escola através de uma ficha de registo criada para o efeito. Acontece, porém, que alguns alunos que mais necessitam deste tipo de apoio nem sempre respondem de forma positiva à sua frequência.

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Concomitantemente os horários dos alunos são acrescidos de um tempo semanal de 45/90m para reforço das aprendizagens nas disciplinas com exame nacional sendo o mesmo utilizado para aumentar o treino de itens de exame e para o esclarecimento de dúvidas. Embora dentro da autonomia da escola consideremos que esse reforço deveria ser obrigatório, na verdade por razões de legalidade, estes tempos não são de frequência obrigatória para os alunos. Relativamente aos docentes, estas horas são, com a sua concordância, retiradas da componente de estabelecimento do seu horário.

Relativamente aos cursos profissionais em que as disciplinas estão organizadas em módulos, os professores além do apoio móvel, procuram encontrar espaços alternativos para a realização das avaliações dos mesmos, em mais do que uma oportunidade, para além de uma época especial de avaliação dos módulos em atraso realizada durante o mês de julho.

Para o caso dos alunos com necessidades educativas especiais são elaborados planos educativos individuais que podem prever, entre outras medidas, adequações curriculares ou formas de avaliação diferenciadas e apoio dentro ou fora da aula.

Sempre que qualquer deste tipo de medidas é implementado procura-se envolver os pais/ee para que possam exercer um maior acompanhamento e supervisão dos seus educandos, estabelecendo compromissos.

2.2.2 Adequação dos apoios aos alunos com NEE

De acordo com o documento “Avaliação e Intervenção na área das NEE”, da DGIDC, a avaliação das NEE é um processo de grande complexidade que envolve diferentes dimensões, não se devendo centrar exclusivamente nos problemas dos alunos, como também em todos os fatores que lhes são extrínsecos e que podem constituir a causa primeira das suas dificuldades. Daí a necessidade de envolver todos os que, direta ou indiretamente, lidam com estes alunos no dia-a-dia, para que o trabalho de intervenção tenha sucesso. Esta tarefa não é só do responsável pela educação especial. A tomada de decisão, para efeitos da planificação da intervenção educativa, deverá ser feita tendo por base o perfil de funcionalidade do aluno efetuado a partir da CIF – Sistema Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, da Organização Mundial de Saúde (2001). A maioria dos alunos da Escola com NEE já vem sinalizada dos anos letivos anteriores. A avaliação dos novos casos e o acompanhamento de todos os alunos com NEE é feito pelo docente de Educação Especial em colaboração estreita com os conselhos de turma, EE e direção da Escola. Estamos em condições de afirmar que os nossos alunos com NEE são devidamente acompanhados e estimulados para o sucesso. No ano letivo 2011-2012, não foi colocado qualquer docente de Educação Especial, apesar de ter havido um aumento considerável de alunos abrangidos pelo decreto-lei nº3/2008 (Quadro-anexo 10).

Estes alunos beneficiam de adequações no seu processo de aprendizagem, ao nível curricular, no processo de avaliação ou dos apoios pedagógicos personalizados, de acordo com o PEI de cada um.

A Escola, para além do apoio que recebe no âmbito do projeto CRI com a Cercizimbra, foi contemplada com a contratação de um psicólogo, partilhado com o agrupamento AVEC, nestes dois últimos anos letivos. A contratação de um psicólogo teve por base a existência de um elevado número de alunos com dificuldades de aprendizagem e de adaptação escolar,

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decorrentes de problemáticas diversas, em que as respostas educativas e pedagógicas regulares (apoio pedagógico; tutoria, plano de recuperação, etc.) se revelam por si só insuficientes, requerendo, por isso, uma intervenção especializada e concertada entre os recursos existentes e os diversos intervenientes no processo educativo destes alunos.

2.2.3. Exigência e incentivo à melhoria dos desempenhos

Como já foi referido, a Escola tem a preocupação de desenvolver um ensino de qualidade e pratica uma monitorização elevada dos resultados que vão sendo obtidos. Para exercer essa monitorização foi criada uma estrutura intermédia de coordenação pedagógica designada por NAI (Núcleo de Avaliação Interna) que tem, entre outras, a tarefa de proceder em todos os períodos letivos ao tratamento estatístico dos resultados verificados na Escola (ver documento, Análise estatística por período).

A partir das estatísticas apresentadas existe a obrigatoriedade dos grupos disciplinares fazerem a análise dos resultados, detetarem eventuais discrepâncias ou elevadas taxas de insucesso e sempre que necessário definirem estratégias alternativas. Estas análises e reflexões são enviadas à direção da Escola, e posteriormente é feita a sua apreciação pelo CP.

Também são definidas anualmente metas de resultados (ver PAA) tendo por base os resultados obtidos nos últimos três anos, que além de constituírem um objetivo a alcançar, são uma referência para os professores, pois permite-lhes avaliar os seus próprios resultados e, se for caso disso, adequar as suas estratégias de ensino-aprendizagem.

2.2.4. Metodologias ativas e experimentais no ensino e nas aprendizagens

Desde há vários anos que identificámos como prioridade para a Escola promover a formação de professores sobre a gestão da sala de aula, a introdução de pedagogias ativas, o relacionamento assertivo com os jovens, o que permitirá outros resultados na atitude e motivação dos alunos, dado o maior envolvimento em tarefas com sentido e objetividade.

Devido à falta de financiamento não tem sido possível ao centro de formação dar resposta na totalidade a este objetivo da Escola. Ainda assim decorreram algumas ações de formação sobre utilização dos QIM, alguns workshops dinamizados pela própria Escola sobre a utilização das TIC em contexto de sala de aula, sobre o uso da plataforma MOODLE etc. A nossa Escola foi, desde sempre, pioneira no uso das TIC no contexto da aula e fora dele, pelo que as TIC são agora instrumento praticamente indispensável para qualquer docente. O fato de a Escola não ter sido incluída no Plano Tecnológico da Educação causa-nos neste momento alguns constrangimentos ao nível da escassez de equipamentos face às solicitações que são feitas pelos professores e alunos.

O ensino experimental das ciências é também bastante valorizado pela Escola tendo nos últimos anos sido feitos investimentos significativos em equipamento laboratorial através de projetos financiados a que a Escola tem concorrido.

2.2.5. Valorização da dimensão artística

Tratando-se de uma Escola secundária estamos limitados por exemplo na área musical, uma vez que não nos é autorizada a contratação de professores de música. Nesta medida temos procurado valorizar outras expressões artísticas no campo das artes visuais, do teatro, da poesia. A Escola tem na sua oferta formativa o Curso de Artes Visuais e o Curso Profissional de Comunicação, Marketing e Publicidade, mas também tem um projeto no âmbito do teatro,

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que representa anualmente a Escola na mostra de teatro concelhia, e um projeto designado por Arte de Bem-dizer em que os alunos aprendem a declamar poesia e apresentam o seu trabalho em momentos formais como no Natal, para assinalar o 25 de abril ou o dia da poesia. Também tem tido núcleos do desporto escolar na área da dança.

A par disso são organizados durante o ano diversos concursos para os alunos no âmbito das artes visuais, da literatura e da poesia, como por exemplo os concursos para a criação de diversos logótipos (jornaESS, clube de basquete, comemoração dos 25 anos da Escola), para a concepção de marcadores de livros relacionados com as obras, o concurso a Força das palavras. Alguns projetos vencedores, lançados há alguns anos atrás, como o da concepção de um banco de jardim ou de um quiosque para a venda de jornais, foram posteriormente materializados podendo ser apreciados na Escola.

Por outro lado, no sentido de sensibilizar os alunos para o mundo das artes e de lhes proporcionar vivências nestas áreas, a Escola procura acompanhar e divulgar o que vai acontecendo de mais significativo, e, sempre que possível, organiza diversas visitas a exposições temporárias e/ou permanentes, ao teatro, ao cinema, etc. (PAA).

2.2.6. Rendibilização dos recursos educativos e do tempo dedicado às aprendizagens

A Escola procura fazer uma adequada rendibilização dos recursos educativos existentes designadamente ao nível da BE/CRE. A professora bibliotecária tem, insistentemente, estimulado os docentes a usarem os recursos existentes, incluindo-os na planificação e realização das suas atividades letivas e não letivas, e disponibilizando-se para os apoiar e colaborar com alunos e professores sempre que lhe é solicitado.

Embora consideremos que as aprendizagens devem ser vistas de uma forma holística e não exclusivamente no âmbito das matérias respeitantes a cada disciplina, temos tido particular preocupação em realizar as atividades de enriquecimento curricular sem prejuízo das aulas. Assim estas atividades são objeto de regulamentação no RI designadamente em termos dos dias de aulas a sacrificar ao longo do ano para a sua realização. Por exemplo, cada turma não pode realizar por ano letivo mais de três visitas de estudo que impliquem perda de aulas. Com igual propósito outras atividades foram objeto de regulamentação no RI.

Sobre o tempo útil de cada aula também foram tomadas algumas medidas como a reintrodução do 2º toque e a exigência de maior rigor no cumprimento dos horários aos professores e alunos.

2.2.7. Acompanhamento e supervisão da prática letiva

O acompanhamento e a supervisão da prática letiva são realizados sobretudo ao nível dos grupos disciplinares pelo coordenador/subcoordenador de departamento. A partir do momento em que se estimula o trabalho colaborativo entre docentes esse acompanhamento torna-se mais natural. Simultaneamente, está-se a rentabilizar a plataforma MOODLE como base de dados de toda a documentação produzida (planificações, testes, fichas de trabalho,…), o que facilita a supervisão da qualidade dos mesmos. O diretor e o subdiretor também têm acesso, na plataforma MOODLE, aos documentos que aí são colocados pelos docentes de cada grupo disciplinar em circuito fechado.

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No que respeita à supervisão da prática letiva a partir da observação de aulas, ela apenas aconteceu no contexto da avaliação de desempenho docente ou a pedido do diretor na sequência de reclamações de alunos e/ou EE. A observação de aulas ainda gera na classe docente algum desconforto e desconfiança muito embora a situação tenha evoluído bastante, recentemente.

Por último, consideramos que a monitorização dos resultados que é feita a seguir a cada momento de avaliação dos alunos e a análise e reflexão que é desencadeada seguidamente nos grupos disciplinares constitui em si mesma também uma forma de supervisão.

2.3. Monitorização e avaliação das aprendizagens

2.3.1. Diversificação das formas de avaliação

Tal como se percebe pelo que foi dito anteriormente, a avaliação das aprendizagens (em todas as suas dimensões) é central na organização da vida escolar e, a diferentes níveis, nela estão envolvidos todos: órgãos de gestão, estruturas de coordenação pedagógica, professores, alunos e EE). Assim, nestas várias instâncias são desenvolvidas e aferidas práticas de avaliação para efeitos de diagnóstico, regulação do processo e certificação dos resultados, através da concepção e aplicação de técnicas e instrumentos diversificados (testes, relatórios, ensaios, portefólios, apresentações orais) assim como têm sido desenvolvidos em grupo formas adequadas de registo da informação, as quais contemplam dados relativos à observação dos alunos em sala de aula. Esta diversificação parte do princípio de que a validade de um instrumento ou de uma técnica depende sempre daquilo que se pretende avaliar.

2.3.2. Aferição dos critérios e dos instrumentos de avaliação

Os critérios de avaliação são construídos nos grupos disciplinares, analisados e aprovados pelo CP no início do ano letivo, e, seguidamente, dados a conhecer aos alunos pelos professores e, aos EE, pelos DTs e divulgados na plataforma MOODLE.

Para além deste trabalho inicial, a aferição dos critérios e dos instrumentos de avaliação vai sendo realizada ao longo do ano letivo, nas reuniões semanais dos grupos disciplinares, aquando da elaboração conjunto de matrizes, testes, guiões de trabalhos, etc. assim como na elaboração dos critérios de classificação. Tem-se procurado construir os testes de uma disciplina para um mesmo ano de escolaridade a partir de uma matriz comum e, sempre que possível (e desejável), realizar testes comuns ao mesmo ano de escolaridade, de forma a garantir uma maior equidade e justiça na avaliação. Do mesmo modo, a escola aderiu ao projeto dos testes intermédios do GAVE em todas as disciplinas do ensino secundário e na maioria das disciplinas do ensino básico, numa tentativa de aproximar a avaliação interna da externa e familiarizar os alunos com as provas nacionais. Estes testes têm uma função sumativa e, na ponderação, têm o peso (na medida em que o substituem) de um teste.

Para além da avaliação continua que é realizada quotidianamente, tem-se procurado uniformizar o número de testes, trabalhos, fichas, que as várias turmas devem realizar ao longo de cada período assim como marcar os momentos formais de avaliação de um modo equilibrado por forma a que os alunos não sejam sobrecarregados. Todos estes aspetos foram

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objeto de regulamentação. De entre as regras a ter em conta, destacam-se as seguintes: não se deve realizar mais de um teste por dia, nem mais de três por semana; não devem ser realizados testes na última semana de aulas do período de modo a que se procede à avaliação final. Estas tarefas de coordenação são da responsabilidade do conselho de turma sob supervisão do DT, tal como a distribuição ao longo do tempo da realização de outros trabalhos, por forma a evitar a acumulação da realização simultânea de vários trabalhos nas diferentes disciplinas.

Com o objetivo de promover processos de autorregulação e autoavaliação nos alunos, de modo a poderem melhorar os seus desempenhos, é obrigatório colocar nos testes as cotações atribuídas em cada resposta. As recomendações dadas aos professores vão também no sentido de não deixarem decorrer muito tempo entre os momentos de avaliação e a entrega e correção dos trabalhos realizados.

No final de cada período letivo, existe a obrigatoriedade de cada professor criar um momento formal, na presença dos alunos, para discussão da avaliação sumativa, devendo estes apresentar a sua própria autoavaliação.

2.3.3. Monitorização interna do desenvolvimento do currículo

A monitorização do desenvolvimento do currículo, na sua componente letiva e não letiva, é feita pelo professor (através da aplicação de instrumentos adequados), pelas equipas que integra (grupo de recrutamento e conselho de turma), pelos subcoordenadores/ coordenadores de departamento e pelo CP. Tal é feito durante as reuniões, pela análise dos vários documentos produzidos, ou pelos balanços realizados sobre o cumprimento das planificações e do PAA.

2.3.4. Eficácia das medidas de apoio educativo

Os apoios educativos ganharam uma nova dinâmica com a implementação do “apoio móvel” e das “aula de reforço”, retirando algum espaço ao tradicional “apoio pedagógico acrescido” e à “sala de estudo”. O “apoio móvel”, embora constando do horário dos professores, não tem dia e hora fixa possibilitando o apoio a alunos de diferentes turmas, em função das necessidades e da disponibilidade de cada um. Por sua vez, as “aulas de reforço” são de horário fixo nas turmas a que se destinam e a “sala de estudo” dirige-se a todos os alunos da Escola e têm horário próprio, devidamente divulgado. Estes apoios visam melhorar as taxas de sucesso e reduzir as taxas de retenção, sem abdicarmos, no entanto, de manter os critérios de rigor e de exigência adequados.

A análise da implementação do “apoio móvel” permite-nos concluir que chega aos alunos que dele mais necessitam, especialmente porque a gestão é feita pelos próprios professores das turmas, os quais, numa relação de proximidade, privilegiam os alunos que apresentam maiores dificuldades. É o caso dos alunos do ensino básico sujeitos a planos de recuperação ou plano educativos individuais. Aos alunos que necessitam de um ensino individualizado, especialmente os alunos com PEI, é-lhes atribuído “apoio pedagógico acrescido” com horário fixo.

Relativamente ao Ensino Básico onde é mais fácil medir a eficácia dos apoios educativos na sequência da implementação dos planos de recuperação ou dos planos educativos

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individuais, no ano letivo 2010/2011, o balanço foi o muito positivo, uma vez que 90,5% dos alunos que frequentaram o apoio transitaram de ano (Quadro-anexo 11).

Relativamente ao Ensino Secundário onde sobretudo tem maior peso as aulas de reforço ou a sala de estudo, podemos medir a eficácia pela melhoria nos resultados que tem vindo a ser obtida nos exames nacionais.

2.3.5. Prevenção da desistência e do abandono

Como referido anteriormente, o NAI tem-se preocupado em analisar as causas da desistência e do abandono escolares de forma a fornecer informações que permitam atuar preventivamente. De entre essas medidas destacamos:

Disponibilização de apoios educativos Contatos dos DTs com EE e diálogo com os alunos sempre que surgem os

primeiros sinais de desistência. Intervenção de técnicos especializados (Psicólogos, assistentes sociais, SCPCJ) Oferta escolar diversificada (Cursos Profissionais, CEF, PIEF) A Escola organiza os horários em turnos alternados (10º - turno da manhã; 11º -

turno da tarde; 12º turno da manhã) por forma a facilitar aos alunos a matricula em diferentes anos de escolaridade quando têm disciplinas em atraso. Também mostra abertura e apoia os alunos que desejam alterar o seu percurso, quer substituindo disciplinas quer mudando de curso.

3. LIDERANÇA E GESTÃO

3.1. Liderança

3.1.1. Visão estratégica e fomento do sentido de pertença e de identificação com a Escola

Acredita-se na gestão da Escola no poder mobilizador das ideias e crê-se que o essencial para o progresso da educação e do ensino é uma ambição coletiva, devidamente cimentada no amplo estudo e debate de ideias, na concertação de opiniões, na negociação de soluções. Só assim é possível definir uma missão para a Escola, estabelecer um compromisso acerca das linhas orientadoras da ação educativa, compromisso entre a política educativa nacional e os interesses locais, compromisso entre a realidade humana, material e financeira e a utopia algures existente no nosso imaginário.

Herzberg (1966) observando as organizações verificou que os trabalhadores se sentem muito mais motivados quando: 1) O próprio trabalho é intrinsecamente satisfatório e estimulante; 2) Os trabalhadores desempenham um papel na tomada de decisões e estão envolvidos na co-gestão da organização; 3) O trabalho bem-sucedido conduz ao reconhecimento e à possibilidade de progressão na carreira. Nesse sentido, impõe-se a necessidade de praticar uma gestão aberta, atenta aos problemas pessoais dos diferentes protagonistas, desenvolvendo condições para uma efetiva participação da comunidade escolar ao nível das decisões, capaz de reconhecer o mérito de uns e encontrar mecanismos para ajudar outros a ultrapassar as dificuldades.

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A Escola preocupa-se em cultivar em todos os seus colaboradores um espírito de equipa, um sentido de pertença, um sentimento de orgulho coletivo em pertencer à Escola. O diretor usa frequentemente a frase “vestir a camisola” para designar aqueles que mais se empenham no seu trabalho. Para isso, a direção e as estruturas intermédias valorizam bastante o trabalho colaborativo, organizando atividades e projetos com a participação de todos. Também há lugar ao longo do ano à organização de momentos de convívio como no Magusto, no Natal, na Páscoa e no final do ano letivo. Por vezes, em determinados fins de semana são organizadas visitas culturais e de convívio abertas a todos os professores e funcionários.

No que respeita aos alunos, a Escola empenha-se em desenvolver neles o sentimento de pertença, o espírito de solidariedade e respeito pelos outros, procurando envolvê-los em atividades culturais, artísticas e desportivas, realizadas na Escola e no concelho, cultivando um espírito competitivo saudável com as outras escolas. São exemplo disso a Assembleia Municipal de Jovens, os Jogos Desportivos Escolares, a Mostra de Teatro Concelhio, o concurso a Força das Palavras, entre outros que podem ser consultados no PAA. Em todos estes projetos, equipas de jovens participam em representação da Escola tendo sido muitas delas premiadas. A direção procura estar sempre presente na atribuição destes prémios aos alunos.

3.1.2. Valorização das lideranças intermédias

As estruturas de coordenação educativa e de supervisão pedagógica existentes na Escola são: quatro departamentos curriculares, cada um com um coordenador auxiliado por subcoordenadores nos grupos disciplinares com mais de três docentes; o conselho de diretores de turma do 3º ciclo, o conselho dos diretores de turma dos cursos científico-humanísticos, o dos cursos profissionais e o conselho dos cursos de educação e formação de adultos. Existem ainda outras estruturas com assento no CP como a equipa da BE/CRE, o núcleo da formação contínua, o núcleo de avaliação interna, a equipa PTE e o projeto integrado de saúde.

Convicto de que ao atribuir competências e responsabilidades aos colaboradores mais diretos se aumenta a sua motivação e empenho, o diretor tem procurado, ao longo do tempo, delegar formalmente competências ao nível da tomada de decisão no subdiretor e nos adjuntos, nos coordenadores das estruturas pedagógicas intermédias, na chefe dos serviços administrativos, na coordenadora do pessoal auxiliar da ação educativa. As estruturas intermédias e as chefias têm sido capazes de encontrar a sua própria autodeterminação pelo que têm plenos poderes de decisão em algumas matérias e articulam com a direção apenas quando consideram oportuno.

Esta delegação de competências não corresponde todavia a um alheamento da direção sobre as matérias em causa. O diretor procura fazer uma articulação com os responsáveis, realizando mensalmente uma reunião com os subcoordenadores de departamento, participando com alguma regularidade nas reuniões dos departamentos curriculares e dos conselhos de diretores de turma, procurando dialogar em proximidade com os professores, esclarecendo ideias e objetivos, negociando e aceitando propostas, estabelecendo compromissos. Realiza, com o pessoal auxiliar da ação educativa para discutir ideias ouvir reclamações ou diferentes opiniões e procurar resolver problemas, pelo menos uma reunião por período.

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3.1.3. Desenvolvimento de projetos, parcerias e soluções inovadoras

A Câmara Municipal de Sesimbra tem, ao longo dos anos, assumido relativamente à educação mais responsabilidades do que aquelas que lhe são legalmente exigidas. É exemplo disso a Associação do CREF (Centro de Recursos Educativos e de Formação) que inclui, além da representante da autarquia, os representantes de outras instituições concelhias ligadas à educação designadamente os diretores das seis Escolas/Agrupamentos públicas.

A partir do CREF as escolas do concelho têm, por exemplo, técnicos suportados financeiramente pela autarquia a fazer, ao longo do ano, orientação vocacional aos alunos, com particular incidência no 9ºano. Foi também a partir do CREF e da dinâmica criada, que a CMS assumiu os custos da adesão das escolas do concelho ao projeto EPIS (Empresários para a inclusão social) que visa diminuir o insucesso e o abandono escolares ao nível do 3º ciclo. Do mesmo modo, e porque nenhuma escola tinha instalações para acolher o Centro Novas Oportunidades, foi o CREF que ficou como entidade responsável pela gestão do mesmo, funcionando em instalações cedidas pela autarquia, mas em articulação com as escolas. Na altura esta solução foi considerada pela DRELVT como muito inovadora e como exemplo de boas práticas.

No sentido de assegurar um apoio mais diversificado aos alunos com NEE, a Escola mantém, desde há alguns anos, uma parceria com a CERCIZIMBRA no âmbito do Projeto CRI que permite a disponibilização de outros técnicos especializados como terapeutas da fala, intérpretes de língua gestual, etc. Esta parceria permite também que alguns jovens com deficiência realizem na Escola, estágios de trabalho acompanhado, tendo em vista o desenvolvimento das suas competências e a sua integração social.

Para o desenvolvimento de estilos de vida saudáveis nos alunos, a Escola também estabeleceu com o Centro de Saúde de Sesimbra uma parceria que se traduz na realização de sessões de esclarecimento aos alunos, sessões de formação para professores no âmbito da educação sexual e da alimentação racional. Ainda neste domínio, a Escola participa anualmente no congresso do GISC (Grupo de Intervenção em Saúde Comunitária) em que, equipas de alunos em representação de cada escola, apresentam um trabalho de pesquisa realizado ao longo do ano sobre um tema selecionado.

No âmbito das ciências, a Escola tem desenvolvido vários projetos, desde 2007, quer através do programa Ciência Viva (Projeto Jardins de Vidro e as Rochas de Sesimbra), quer através da Fundação Ilídio Pinho. Estes obtiveram financiamentos consideráveis, superiores a 17.000€, mas estão em curso outros projetos não financiados, no âmbito da espeleologia, paleontologia e do ambiente (Pegada ecológica, Escola eletrão, e Gincana Rock in Rio).

Relativamente ao desenvolvimento do gosto pela escrita e pela leitura são também vários os projetos a que a Escola se candidatou desde 2007 e que foram financiados pela Fundação Gulbenkian (três projetos no valor de 11.600 €) pelo Plano Nacional de Leitura (três projetos no valor de 3000 €) e ainda para reposição de fundo documental a Escola recebeu 3500€ da Rede das Bibliotecas Escolares e 3250€ da Câmara Municipal de Sesimbra.

São diversas as outras entidades empresariais ou de solidariedade social que colaboram com a Escola quer em apoios ocasionais de ordem financeira no âmbito de projetos da Escola, quer na aceitação dos nossos alunos para a realização de estágios relativos aos cursos profissionais, quer na atribuição de prémios e de bolsas de estudo ou de mérito.

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3.1.4. Motivação das pessoas e gestão de conflitos

A gestão de conflitos em qualquer organização é uma tarefa de quem lidera. Os conflitos estão sempre presente nas relações de trabalho, porque as pessoas têm diferentes personalidades, origens, valores e pontos de vista. Não há pois como evitá-los, mas procura-se geri-los adequadamente de forma a minimizá-los e a usá-los positivamente. Sabemos hoje que, quando bem trabalhados e bem resolvidos, podem gerar inovação e mudança através de soluções que provocam modificações positivas na vida escolar. Para tal, os caminhos a seguir são o envolvimento das pessoas na resolução dos problemas, definindo com clareza as funções de cada um e desconcentrando responsabilidades na decisão, e a promoção do diálogo. Nessa medida, adotámos uma “gestão de proximidade” através de uma prática diária de acompanhamento do trabalho no terreno, no atendimento permanente e na marcação de reuniões com todos os elementos da comunidade educativa.

Por fim, devemos referir que um outro aspeto que tem caraterizado a gestão tem sido o desenvolvimento do trabalho em equipa privilegiando a negociação e a concertação de diferentes perspetivas para que a Escola evolua como organização.

O clima de Escola, embora abalado pelo processo da avaliação de professores, caracteriza-se pela existência de relações interpessoais positivas.

3.1.5. Mobilização dos recursos da comunidade educativa

Pelo elevado números de parcerias que a Escola possui com as instituições locais, sejam autárquicas, de serviço comunitários, de solidariedade social ou com o tecido empresarial já é elucidativo de que se faz uma boa mobilização dos recursos da comunidade educativa.

São várias as ocasiões em que solicitamos a colaboração dos serviços da Câmara Municipal de Sesimbra, dos Bombeiros Voluntários, da Proteção Civil, do Centro de Saúde, da Escola Segura, das empresas da região, sempre que está em causa a necessidade de apoio na manutenção das redes de água e esgotos, no abate de árvores que constituem risco para pessoas e bens, no transporte de alunos, na segurança dos alunos, na utilização de instalações como o Pavilhão Gimnodesportivo ou o Cineteatro Municipal, na realização de estágios pelos alunos dos cursos profissionais etc. A título de exemplo, em 2009/2010 realizaram estágio 135 alunos em 55 empresas/entidades diferentes e em 2010/2011 realizaram estágio 98 alunos em 56 empresas/entidades diferentes.

Foram muitos os projetos e atividades que a Escola desenvolveu contando com a ajuda financeira destas instituições locais, tais como, a pavimentação do parque de estacionamento da Escola, a construção do Skate Park e do Campo de Vólei de Praia, a implementação do sistema de cartões electrónicos, a realização de visitas de estudo e a atribuição de prémios de mérito.

Salientamos também a parceria com a Biblioteca Municipal de Sesimbra que trabalha numa associação em rede com as bibliotecas escolares (programa SABE) em que, além do apoio organizativo colabora com a reposição de obras do espólio existente, e também da parceria com os media locais Jornal de Sesimbra e Rádio Sesimbra FM nos quais é publicada uma página da responsabilidade da Escola (através da qual se divulgam atividades e informações) e um programa de rádio mensal (2º Toque) da responsabilidade de professores e alunos.

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3.2. Gestão

3.2.1. Critérios e práticas de organização e afetação dos recursos

Os recursos humanos mobilizados diretamente pela Escola somam já um número considerável (121 professores, 10 assistentes administrativos e 35 assistentes operacionais), em que cerca de 80% dos mesmos têm vínculo contratual estável.

No que respeita à afetação de docentes para os cargos de coordenação das estruturas intermédias ela é feita por convite do diretor dos coordenadores e subcoordenadores de departamento. Os coordenadores são designados pelo diretor sob proposta dos professores do departamento, que os elegeram de entre aqueles que têm condições de elegibilidade. Os subcoordenadores são designados pelos coordenadores.

A distribuição de serviço letivo faz-se, após a definição de critérios pelo CP, depois de já ter havido conhecimento das turmas a constituir para o ano letivo seguinte. Em geral é dada prioridade à continuidade pedagógica, excepto em situações devidamente ponderadas. Procura-se também que haja algum equilíbrio no número de níveis a atribuir a cada docente e evita-se, sempre que possível, que um determinado nível seja dado a um único docente para facilitar a constituição de equipas. Definidos os critérios pelo CP são os grupos disciplinares que apresentam ao diretor, a quem cabe a última palavra, a sua proposta de distribuição do serviço.

Na distribuição do serviço não letivo, as direções de turma são atribuídas sempre que possível respeitando a continuidade e tem-se em conta as competências evidenciadas pelos docentes no desempenho do cargo. Quanto aos apoios individualizados e tutorias procura-se que sejam, sempre que possível, os próprios professores a fazê-lo pois conhecem melhor quais os aspetos a trabalhar com os alunos. Todos os projetos e clubes são apresentados e aprovados previamente pelo CP tendo em conta, quando é o caso, a avaliação que foi feita do ano anterior.

Após a distribuição das horas da componente de estabelecimento para reforço das aprendizagens, apoios individualizados, apoio móvel e sala de estudo, é elaborado um mapa para o GAD e para o acompanhamento dos alunos na ausência imprevista do professor normalmente designado por Substituições.

No que respeita à afetação do pessoal não docente, tem-se em conta as funções a desempenhar e as competências evidenciadas, considerando-se também as propostas que são feitas pelas respetivas chefias e as opiniões dos diferentes protagonistas. Promove-se sempre que possível alguma rotatividade pelos vários serviços a desempenhar.

3.2.2. Critérios de constituição dos grupos e das turmas, de elaboração de horários e de distribuição de serviço

Na constituição das turmas dos alunos que vêm pela primeira vez frequentar a Escola procura-se, sempre que possível, que estes fiquem juntos com alguns colegas do ano anterior para que se sintam integrados. Contudo se se tratar de uma turma completa, opta-se por dividir o grupo pelo menos em dois. Esta estratégia tem sido experimentada nos últimos anos como forma de combater a indisciplina. Normalmente procura-se constituir turmas heterogéneas por entendermos que esta forma de organização ajuda à própria socialização e é a melhor forma de elevar o nível médio do conjunto dos alunos, em benefício dos mais fracos

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e sem penalizar significativamente os outros. Além disso, uma organização de grupos homogéneos (as turmas dos bons e dos maus alunos) configura uma forma de discriminação.

As turmas já constituídas mantêm-se de um ano para o outro a não ser que os conselhos de turma deixem instruções precisas em sentido contrário excetuando o caso do 12º Ano, pelo fato de terem escolhido disciplinas de opção diferentes.

Quanto às normas para a elaboração dos horários, elas são definidas anualmente pelo CP, apenas no que respeita ao que pode ser definido pela Escola, já que, a maioria das normas são definidas pela tutela. Além disso a elaboração dos horários encontra-se bastante condicionada pelo fato de a Escola se encontrar sobrelotada o que obriga ao funcionamento em regime de desdobramento. No ensino secundário procura-se que o 10º e 12º anos funcionem preferencialmente no turno da manhã enquanto o 11 ano funcione preferencialmente no turno da tarde. Esta opção permite que os alunos que têm disciplinas em atraso tenham horário compatível para as poderem frequentar.

As cargas horárias são distribuídas de forma equilibrada para alunos e professores deixando espaços livres de 90m comuns aos docentes de cada departamento curricular, aos diretores de turma e aos docentes dos cursos EFA, apenas possível em dias diferentes.

3.2.3. Avaliação do desempenho e gestão das competências dos trabalhadores

Consideramos que um bom modelo avaliação de desempenho docente pode constituir um instrumento indispensável de gestão mas, para isso, precisa de estar bem alicerçado, não pode estar sucessivamente a sofrer alterações, tem que ser aceite maioritariamente pelos diferentes atores educativos.

A operacionalização do primeiro modelo de avaliação do desempenho docente foi um processo que causou algum mal-estar nas escolas e que contribuiu para alguma degradação do clima e das relações interpessoais que só agora parece estar a atenuar-se. As constantes alterações do modelo de avaliação que se seguiram para além de constituírem uma sobrecarga de trabalho para as escolas, geraram mais instabilidade, desconfiança e descontentamento.

Ainda assim queremos referir que relativamente ao processo de avaliação que agora terminou, apesar dos constrangimentos que são conhecidos, o mesmo decorreu sem incidentes de maior, tendo havido apenas uma reclamação.

No que respeita à operacionalização da avaliação do pessoal não docente após alguns constrangimentos iniciais, entretanto ultrapassados, consideramos que o mesmo atingiu a estabilidade, muito embora os funcionários, de uma maneira geral, se sobreavaliem em relação ao seu desempenho. Todavia é de salientar que nunca ocorreu qualquer reclamação ou recurso sobre este processo.

3.2.4. Promoção do desenvolvimento profissional

A educação e formação permanentes já foram um direito, depois uma necessidade e hoje tornaram-se numa obrigação praticamente para qualquer profissão. É desta forma que entendemos o desenvolvimento profissional, numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida. No caso particular da profissão docente consideramos que a formação dos professores deve passar muito mais para o interior das escolas ao contrário do que tem sucedido ultimamente. Tal como noutras profissões é necessário que os professores tenham uma forte presença na formação dos seus pares, na integração dos recentemente chegados à profissão. É sobretudo através da investigação conjunta, da reflexão e da partilha de experiências que se

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promove o desenvolvimento profissional. Foi partindo desta convicção que na Escola se tomaram várias medidas organizativas não apenas para permitir mas sobretudo para estimular o trabalho colaborativo entre docentes.

Para a identificação das áreas de formação em que é necessário dar prioridade quer ao nível dos vários grupos disciplinares quer ao nível da Escola, para aquelas áreas que são de âmbito mais transversal, foi criada uma estrutura de coordenação pedagógica exclusivamente para a organização da formação contínua do pessoal docente e não docente. Anualmente é organizado um plano de formação da Escola que posteriormente é articulado com o plano de formação do Centro Ordem de Santiago.

Nos últimos anos, por dificuldade de financiamento, o centro de formação não tem dado resposta a grande parte das formações pretendidas e para atenuar o problema, a Escola tem organizado pelos, seus próprios meios, várias ações de formação e workshops sobretudo na área das TIC, mas também sobre Educação Sexual, Indisciplina etc.

3.2.5. Eficácia dos circuitos de informação e comunicação interna e externa

Na sequência da operacionalização da Ação de Melhoria 1, para a comunicação interna dos órgãos de gestão e das estruturas intermédias com os professores privilegia-se as mensagens eletrónicas utilizando para o efeito o e-mail institucional entretanto criado. Alguma informação e documentação importante é exclusivamente enviada por esta via de forma a criar nos professores o hábito regular de consultarem o e-mail institucional. Para além disso o diretor reúne mensalmente com os subcoordenadores de departamento para lhes apresentar as conclusões dos assuntos tratados em CP bem como das decisões tomadas procurando informar e esclarecer.

A comunicação dos diretores de turma com os pais/EE também é feita através de e-mail sempre que possível, pois muitos dos pais afirmam que ainda não usam este meio de comunicação, mas também são utilizados o telefone e o envio de SMS.

A comunicação com os alunos também começou a ser feita por-e-mail no entanto por não ser um meio de comunicação muito utilizado pelos alunos, a Escola também criou uma página institucional no Facebook destinada a divulgar informações de interesse geral e tem tido um sucesso assinalável pelo elevado número de adeptos.

Outro meio de comunicação utilizado pela Escola é a plataforma MOODLE. Em primeiro lugar todos os órgãos de gestão e estruturas intermédias têm uma disciplina criada para acesso dos seus membros onde são colocados todos os materiais e documentos importantes produzidos funcionando como uma base de dados. Em segundo lugar os professores usam a plataforma para disponibilizar materiais pedagógicos aos alunos, instrumentos de avaliação, esclarecimentos de dúvidas etc.

Consideramos a página electrónica da Escola também um excelente meio de comunicação quer com o interior quer com o exterior. Na página, estão disponíveis todos os documentos estruturantes da Escola (PEE, RI, PCE) é publicado o Jornal escolar online com reportagens sobre as diferentes atividades e projetos realizados, são disponibilizados serviços administrativos on-line como a aquisição de refeições e o pedido de documentos aos serviços administrativos, tem uma caixa de correio para a colocação de questões à direção, tem os links para diversos blogs existentes, são disponibilizadas diversas informações para os alunos como turmas, horários, avaliações de final de período, classificações de exame, etc.

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Por último salientamos mais uma vez a comunicação da Escola com o exterior quer através da publicação mensal da página no Jornal de Sesimbra quer através da dinamização quinzenal do programa (2º Toque) na rádio Sesimbra FM.

3.3. Autoavaliação e melhoria

Há cerca de 10 anos, no CP, formou-se um grupo com o intuito de desenvolver de forma sistemática mecanismos de autoavaliação, o que foi posto em prática com alguma qualidade, fato reconhecido na avaliação externa realizada em 2007, uma vez que foi considerado um ponto forte da Escola. Este grupo, inicialmente denominado observatório de qualidade e atualmente Núcleo de Avaliação Interna (NAI), evoluiu e desenvolveu-se tornando-se uma estrutura de orientação educativa com assento no CP. Compete-lhe desenvolver mecanismos e ações de autoavaliação, analisar e divulgar os resultados sempre tendo como objetivo a melhoria.

3.3.1. Coerência entre a autoavaliação e a ação para melhoria

Quando começaram a aparecer as primeiras publicações de rankings das escolas e nos confrontámos com os dados nacionais, verificámos que os nossos resultados eram bastante fracos, situando-se abaixo das médias nacionais em todas as disciplinas, e que o insucesso dos alunos (quer na avaliação interna, quer na externa) era o principal problema da ESS. Com o intuito de encontrar causas e definir medidas de melhoria, constituiu-se um grupo de trabalho em CP, o qual foi incumbido de recolher, tratar e interpretar dados que ajudassem a refletir sobre as causas desta situação e orientassem o debate que urgia fazer. Foi a partir deste diagnóstico que se construíram explicações, apresentaram razões, se delinearam estratégias de melhoria e se implementaram medidas (por exemplo as aulas de reforço em anos de exame, os apoios, as reuniões semanais para a realização do trabalho colaborativo entre professores). O âmbito de análise e de intervenção foi-se ampliando e a autoavaliação foi posta em prática com alguma qualidade, fato reconhecido na avaliação externa realizada em 2007, uma vez que foi considerada um ponto forte da Escola. Este grupo, inicialmente denominado observatório de qualidade e atualmente Núcleo de Avaliação Interna (NAI), evoluiu e desenvolveu-se tornando-se uma estrutura de orientação educativa com assento no CP. Compete-lhe desenvolver mecanismos e ações de autoavaliação, analisar e divulgar os resultados sempre tendo como objetivo a implementação de ações que promovam a melhoria.

Para além destas ações que permanentemente foram sendo discutidas e implementadas a partir das pesquisas que se foram fazendo e dos debates que se foram realizando, em dois momentos precisos foram planeadas formalmente ações melhoria em consequência de processos, também mais formais, de autoavaliação: primeiro, após a avaliação externa e a implementação do modelo CAF (2007/8) e, há menos tempo, no ano 2011, também depois do diagnóstico feito na autoavaliação realizada por uma equipa representativa da comunidade educativa e de uma forma mais exaustiva através da aplicação de um elevado número de inquéritos ao pessoal docente e não docente, aos alunos e EE. Após a análise dos resultados e principais conclusões, foi feita a avaliação do impacto, capacidade e satisfação de forma a priorizar estas ações. Decidiu-se então implementar quatro: (a) Melhorar a comunicação entre os vários grupos da comunidade educativa; (b) Adoptar processos de gestão da sala de aula

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que conduzam à alteração da postura/atitude dos alunos; (c) Aumentar a participação na vida da Escola e o exercício da Cidadania; (d) Elevar os níveis de responsabilização da comunidade escolar pelo ambiente físico da Escola (Relatório de Autoavaliação e Plano de Ações de Melhoria). De seguida, foram planeadas e implementadas por grupos constituídos para o efeito e coordenados por professores eleitos pela equipa. Alunos e EE integram algumas equipas.

3.3.2. Utilização dos resultados da avaliação externa na elaboração dos planos de melhoria

Na avaliação externa realizada em 2007, foram identificadas algumas debilidades e oportunidades de desenvolvimento as quais foram sempre consideradas nos planos de melhoria que se foram delineando. Algumas medidas foram logo postas em prática (criação de quadro de valor e excelência que sirva de referência para maiores níveis de qualidade e exigência no desempenho da própria Escola, maior participação do CG, criação de um Plano de Formação de Escola centrado efetivamente nas necessidades da Escola), outras foram objeto de reflexão e de um planeamento mais cuidado (alargamento/diversificação da oferta educativa de Escola; fomentar a participação dos EE na vida escolar; desenvolver a orientação vocacional e profissional dos alunos em articulação com as famílias; aderir/construir projetos e estabelecer protocolos e parcerias como forma de responder a problemas reais da educação local e de aumentar o envolvimento dos alunos na vida da Escola). Mais difícil foi libertar-nos de constrangimentos como a sobrelotação da escola e insuficiência de espaços para os apoios e para o trabalho laboratorial.

3.3.3. Envolvimento e participação da comunidade educativa na autoavaliação

Tem-se procurado ao longo do tempo aumentar a participação da comunidade educativa, pois só assim ela pode ocorrer uma melhoria efetiva. Para além do Núcleo de avaliação Interna, que trabalha a autoavaliação de forma regular e permanente, foram constituídas equipas de autoavaliação e de implementação das medidas de melhoria (formadas por professores, alunos, EE e pessoal não docente), durante o processo de implementação da autoavaliação CAF (Common Assessment Framework), as quais contaram com o apoio da consultoria externa que teve funções de formação e validação da aplicação do modelo. Foram realizadas sessões de sensibilização e elaborado o relatório de diagnóstico organizacional, com base nos resultados, o qual foi apresentado em reuniões alargadas a todo o pessoal docente e não docente e divulgado aos alunos e EE, através do site da Escola.

Todos os órgãos de gestão e estruturas de orientação educativa e supervisão pedagógica se envolvem e participam autoavaliação. Usualmente, os resultados são apresentados pela coordenadora do NAI ao CP (e, frequentemente, pelo diretor ao conselho geral), que os analisa e discute. Posteriormente são divulgados a todos os professores e debatidos ao nível dos grupos disciplinares, onde é feita uma reflexão aprofundada e produzida uma síntese escrita entregue na direção.

Do mesmo modo, estes órgãos, estruturas de orientação educativa e professores participam no balanço final sobre a execução do PAA o que, naturalmente, obriga a esse exercício de autoavaliação. Também nos conselhos de turma é feita uma análise da estatística e definidas estratégias de melhoria dos resultados.

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Com alguma regularidade têm sido aplicados questionários à comunidade, o que nos permite conhecer a sua opinião relativamente a determinadas questões relacionadas com o modo de funcionamento e desempenho da Escola e aferir o seu grau de satisfação e de motivação para as atividades que desenvolvem. Esta metodologia completa as restantes e é aquela que consegue envolver reunir os contributos de um maior número de pessoas para o processo de autoavaliação.

3.3.4. Continuidade e abrangência da autoavaliação

Como já foi referido anteriormente, o processo de autoavaliação desenvolveu-se de forma continuada e sistemática não só ampliando-se metodologias de recolha de informação, objetivos e campos de análise, mas também estruturando, a partir dos resultados obtidos, planos de intervenção através da concepção e implementação de ações de melhoria. Para além disso, procuramos aperfeiçoar os mecanismos de autoavaliação através do recurso a uma empresa especializada, a Another Step, com a qual se estabeleceu um protocolo de colaboração.

Em síntese, tem-se procurado de forma contínua e sistemática: Recolher, tratar, analisar e comparar ao longo do tempo, os dados relativos ao

abandono escolar, às taxas de transição e AM por disciplina e ano de escolaridade, à frequência dos apoios pedagógicos, aulas de reforço, aulas de substituição e sala de estudo, à participação dos EEs e dos alunos nas reuniões, nas estruturas de OE e órgãos de gestão da Escola, às entradas no ensino superior dos alunos da Escola.

Recolher, tratar e analisar as classificações dos alunos em todos os períodos letivos, por ano, turma e disciplina e comparar a sua evolução ao longo dos anos letivos.

Recolher, tratar e analisar as classificações obtidas nos exames nacionais por disciplina/ turma e compará-las com a avaliação realizada internamente assim como a sua evolução ao longo do tempo.

Analisar o lugar da ESS no Ranking das escolas (3º ciclo e secundário), assim como das várias disciplinas, comparar com as outras escolas do concelho e examinar da sua evolução ao longo dos anos.

Apresentar em CP e divulgar a toda a comunidade educativa os dados recolhidos e do respetivo tratamento (disponibilizando-os no MOODLE).

Criar uma base de dados com informações sobre o percurso de alunos após a conclusão do secundário.

Definir planos de melhoria em conformidade com o diagnóstico realizado.

3.3.5. Impacto da autoavaliação no planeamento, na organização e nas práticas profissionais

O processo de autoavaliação é assumido como necessário para a melhoria dos processos e dos resultados, as práticas de autoavaliação estão integradas no quotidiano da Escola e os seus resultados fundamentam a tomada de decisões dos órgãos de gestão e das estruturas de orientação educativa e de supervisão pedagógica (influenciam as planificações, provocam ajustes e reorientações, a (re) definição de estratégias). Não se trata apenas de diagnosticar e explicar, mas também de refletir para melhorar as práticas profissionais de todos e, consequentemente, a Escola em todas as suas dimensões e prestar, dentro das suas competências, o melhor serviço possível (PAM). A maioria das iniciativas, inovadoras quando

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foram iniciadas, como as reuniões de equipa semanais, a elaboração e aplicação conjunta de instrumentos de avaliação ou a implementação das aulas de reforço, foram tomadas na sequência de reflexões realizadas a partir do diagnóstico dos principais problemas.

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