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. EVENTOS . CONGRESSOS . FEIRAS . INCENTIVOS . DESTINOS . . ANO III . NÚMERO 7 . TRIMESTRAL . ABRIL / MAIO / JUNHO . 2013 . 5,00 € GRANDE ENTREVISTA: SECRETÁRIO DE ESTADO DO TURISMO CRIATIVIDADE E DESIGN NOS EVENTOS MARATONAS: MAIS DO QUE UMA MODA

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A sua revista de eventos! Your portuguese meetings industry magazine

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. E V E N T O S . C O N G R E S S O S . F E I R A S . I N C E N T I V O S . D E S T I N O S .. A N O I I I . N Ú M E R O 7 . T R I M E S T R A L . A B R I L / M A I O / J U N H O . 2 0 1 3 . 5 , 0 0 €

G R A N D E E N T R E V I S TA :S E C R E TÁ R I O D E E S TA D O D O T U R I S M OC R I A T I V I D A D E E D E S I G N N O S E V E N T O SM A R A T O N A S : M A I S D O Q U E U M A M O D A

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PROPRIETÁRIOEstação Livre . ComunicaçãoTel: [email protected]

SEDE DA REDACÇÃORua do Sporting Clube Candalense, 14, 1° Dto. Frt.4400-688 Vila Nova de Gaia . Portugal

DIRECTORRui Ochôa([email protected])

EDITORA / DIRECTORA DE INFORMAÇÃOCláudia Coutinho de Sousa([email protected])

REDACÇÃOCláudia Coutinho de SousaMaria João Leite ([email protected])Sara Marques ([email protected])

DIRECTOR COMERCIALFilipe Silva

ASSISTENTE DE DIRECÇÃORita Coutinho Costa

COLABORAÇÃOAna Godinho ([email protected])Maria Pereira ([email protected])

COLUNISTASJosé Carlos CoutinhoJosé Pimentel FurtadoNorma FrancoPedro CardosoPedro Figueiredo

DESIGNNorma Design ([email protected])

FOTOGRAFIAMinifoto

IMAGEM DE CAPAMinifoto

IMPRESSÃONorprintZona Industrial Alto da Cruz - FontiscosApt.: 172 . 4780-583 Santo Tirso

Nº REGISTO ERC126066

DEPÓSITO LEGAL330066/11

TIRAGEM3.500 exemplares

PERIODICIDADETrimestral

É estritamente proibida a reprodução parcial ouintegral de textos ou ilustrações da Event Point.As informações contidas nos anúncios são daexclusiva responsabilidade dos anunciantes.Consequentemente, não podemos serresponsabilizados por qualquer informaçãoincorrecta que se possa verificar.

F I C H A T É C N I C A E D I T O R I A L

R U I O C H Ô AC L Á U D I A C O U T I N H O D E S O U S A

EVENT POINT PASSA A TER EDIÇÃO INTERNACIONALPodemos dizer que a grande novidade des-tes últimos meses foi, para nós, a primeira edição internacional da Event Point. Com uma linha editorial completamente dife-rente da desta revista que está a ler, surge vocacionada para a promoção externa do destino Portugal, no segmento da chamada meetings industry. Assim, as duas edições, uma em português e outra em inglês, arti-culam-se entre elas, e completam a nossa oferta para o sector dos eventos.Como já percebeu pela capa, o nosso gran-de entrevistado é Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo. Curiosidade para perceber o que alguém que vem de fora do turismo, mas tem agora responsabilidades políticas no sector, pensa sobre um conjunto de questões que nos parecem relevantes.Não perca o rescaldo do International & European Associations Congress, que se realizou no Estoril. Mais de 700 associações internacionais, com um potencial de 8500 congressos, de acordo com os dados da orga-nização, estiveram representadas no nosso país. Uma oportunidade rara, que talvez não tenha sido suficientemente bem aproveitada pelos portugueses. Nessa altura pudemos entrevistar Dame Helen Alexander, antiga directora do grupo The Economist.Dedicamos o dossiê temático ao design e aos eventos. Que papel, que ferramentas, qual o lugar da criatividade? Especialistas portugueses, e não só, debruçaram-se sobre estas questões, e procuram dar aqui algumas respostas.O Porto assistiu a uma festa verdadeira-mente hollywoodesca, apadrinhada por Sharon Stone e Andie MacDowell, na comemoração dos 20 anos da Douro Azul,

a empresa de Mário Ferreira que se dedica, entre outras actividades, à exploração de cruzeiros fluviais. Fazemos aqui a repor-tagem do evento, produzido pela agência Expanding Group.Apresentamos um novo espaço na região de Lisboa, que promete agitar o sec-tor. Trata-se do Centro de Congressos Freeport, mesmo em frente à capital. Contamos-lhe ainda as peripécias que envolveram a eleição da presidência por-tuguesa do Capítulo Ibérico da ICCA - International Congress and Convention Association, agora assumida por Alexandra Torégão, directora de marke-ting do Centro de Congressos de Lisboa.A tragédia da Boate Kiss, no Brasil, é mo-tivo de reflexão para o Coronel Pimentel Furtado, nosso habitual especialista em questões de segurança. E passando do concreto para o virtual, damos-lhe a co-nhecer a We Are Interactive, uma empresa onde as tecnologias, nomeadamente o video mapping estereoscópico, estão ao serviço dos eventos.Iniciámos um novo espaço na revista de-dicado à formação, coordenado por Pedro Figueiredo, um professor que há muito se debruça sobre estas questões. E não podíamos deixar de falar de um fenó-meno, que muitos consideram bem mais do que uma moda, que é o das corridas. Organizadores e marcas pronunciam-se sobre o assunto.Por fim, não perca um destino exótico, apostado em captar eventos e mais eventos: Porto Rico.

Boa leitura, e até Setembro.

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ColunistasEspaço APECATENotíciasEm destaque: Networking Camp MI PortugalAcreditas em Portugal?, por Pedro CardosoGRANDE ENTRE V I STA : SECRE TÁR IO DE E STADO DO TUR ISMOInternational & European Associations CongressDesign de eventos II - Do design ao design thinking, por Pedro FigueiredoDOSS IÊ T EMÁT ICO : DO I S OLHARES SOBRE DES IGN E CR I AT I V IDADECase-study: 20 anos da Douro AzulSe sustentabilidade é a resposta, qual é a pergunta?, por Norma FrancoEspaços: Centro de Congressos FreeportEm destaque: Alexandra Torégão assume presidência do Capítulo Ibérico da ICCA A tragédia da Boate Kiss - Algumas lições para o seu evento, por José Pimentel FurtadoTecnologia: We Are InteractiveFeiras: uma visão global com conclusões nacionais, por José Carlos CoutinhoFormaçãoConsultório de protocoloPORTUGAL , PORTUGAL : O F ENÓMENO DAS MARATONASDestino internacional: Porto RicoDirectório de empresas

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JOSÉ CARLOS COUT INHOLicenciado em Engenharia Mecânica pela FEUP, tendo posteriormente tirado o Curso Geral de Gestão da

Universidade Católica. Desempenhou funções de administração, direcção geral e de direcção técnica em empresas

do sector industrial, dos serviços e organizações sem fins lucrativos. Trabalhou 19 anos na AEP. Foi o responsável

pelo arranque e gestão operacional do Europarque e nos últimos cinco foi director geral da Exponor. Foi Presidente da

APFC - Associação Portuguesa de Feiras e Congressos. Actualmente desenvolve actividade de consultoria e formação.

NORMA FRANCOMestre em Engenharia do Ambiente pela Universidade Nova de Lisboa, investigadora, faz há vários anos trabalho de

consultoria nesta área. Enquanto gestora de produto do selo Carbono Zero®, da E.Value, foi responsável por projec-

tos de sustentabilidade aplicada a eventos, destacando-se o Rock in Rio, em Portugal, Espanha e Brasil, o Delta Tejo

ou a Moda Lisboa, para citar apenas alguns. É oradora habitual em conferências sobre sustentabilidade e eventos.

Actualmente vive em Edinburgo, na Escócia, mantendo uma regular actividade de consultora.

PEDRO F IGUE IREDOÉ docente da Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos e tem desenvolvido investigação e formação sobre

design, marketing, comunicação e processos de investigação aplicados aos eventos. Coordenou uma pós-gradua-

ção em Design de Eventos, o curso de técnico de organização de eventos. Colabora com a revista Event Point, como

colunista e assessor para a formação, e tem sido orador convidado em diversos seminários sobre eventos. É mestre em

Comunicação e Imagem e possui Formação de Executivos em Comunicação e Eventos.

JOSÉ P IMENTEL FURTADOCoronel de Cavalaria, Pimentel Furtado é licenciado em Ciências Militares. Desempenhou diversas funções na área de

Segurança, entre as quais Comandante de diversas Unidades da Polícia Militar das Forças Armadas Angolanas e a de

Staff Security Manager do Quartel-General da NATO, em Oeiras. Foi responsável pela organização da segurança de

dezenas de eventos oficiais. Actualmente dedica-se à consultoria, ensino superior e formação técnica.

PEDRO CARDOSOFormado em Gestão Hoteleira, foi director de Front-Office/Alojamento na abertura do ex-Sheraton Porto em 1986 e

director de Marketing e Vendas até 1995. Quadro co-fundador e director-executivo da Sugestões&Opções e do Grupo

QRM, de 2002 a 2008. Fundador, em 2002, administrador e principal accionista da The House of Events. Consultor de

Hotelaria e Turismo, e ex-docente na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto.

C O L U N I S T A S

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E S P A Ç O A P E C A T E . W W W . A P E C A T E . P T

O D E S I G N N O U N I V E R S O D O S E V E N T O S DESIGN ESTÁ NA MODA !

Todo s s abemo s o que é o de sign . S e no s per gun tar em o que é , melhor ou pior, ev en t ualmen te de modo di f er en te , todo s v amo s con s eguir r e sponder e todo s v amo s e s tar cor r ec to s de a lguma f or ma .Isto mostra o quão abrangente e gené-rico o conceito de design pode ser. Se olharmos para onde o design é utilizado, percebemos que tudo hoje em dia pode ser ou está associado ao design. Temos hotéis, carros, roupas, edifícios, vinhos, decoração, telemóveis… e podemos continuar. Qualquer um destes produtos basta ter no seguimento do seu nome a palavra “design” para se tornar mais apelativo. Sabemos com certeza que será algo moderno, charmoso, atractivo. O termo design apareceu ligado à in-dústria e ao que é o desenho industrial, como forma de projectar ou materializar um produto, desenhando-o em termos estéticos, mas também em termos fun-cionais. O design não é apenas tornar um objecto apelativo é dar-lhe um objectivo, uma função. O design é uma ferramen-ta de valorização de um produto, seja ele qual for. Esta valorização passa por tornar o produto especial aos olhos do seu público-alvo, ou seja, mais apelativo, seja pela parte estética, seja pela parte funcional. Isto levou a que se tornasse um factor chave na criação industrial e, por sua vez, em algo artístico. É aqui que o conceito se torna abrangente e onde todos os exemplos atrás referidos se integram, ligando o design à estéti-ca e à arte. No entanto o design é mais do que isso. É tornar algo único para o nosso público, combinando a imagem, que tem de ser agradável à percepção do utilizador, à funcionalidade, cumprindo o objectivo a que se propõe. Esta com-binação pode ter pesos e medidas dife-rentes consoante o objectivo do produto,

mas ambas devem estar presentes, e nos eventos isso não é diferente.O design associado aos eventos não pode ser apenas a decoração, a ima-gem, as cores. É algo que tem de estar embebido no conceito e aspectos téc-nicos do evento: o porquê da sinalética ter as especificações que tem, qual a iluminação e o objectivo em cada mo-mento, etc. É uma conjugação estética, funcional e artística.Os eventos têm objectivos cada vez mais concretos e o design tem de ser parte integrante da estratégia. Já não existem eventos apenas para posicio-namento, visibilidade, activação... É uma conjugação de vários objectivos. Esta componente de funcionalismo é o futuro, cada vez mais competitivo e exaustivo em termos da reason why de um evento acontecer.Com isto não quero dizer que se deve descurar a parte ilustrativa do design dentro dos eventos, pelo contrário a sua importância é da maior relevância, há que continuar a rasgar com o óbvio, mas com uma perspectiva cada vez mais estratégica.As acções de vídeo mapping têm essa força, conjugam a parte estética com o seu objectivo, seja ele captar a atenção do público ou criar interacção. A força da imagem é imprescindível nos even-tos. Já nos habituamos às mega-pro-duções em concertos e espectáculos, onde parte do bilhete que pagamos é só para ver a espectacularidade dos efeitos, de luz, pirotecnia, imagem, etc. Um óptimo exemplo disso é o espectáculo

“Michael Jackson the Imortal World Tour”, onde a força do cenário, dos ade-reços e das cores é meio espectáculo.O mesmo acontece com a comunicação. A atractividade de uma marca está inti-mamente relacionada com a sua ima-gem e consequentemente com o design. Isto implica uma renovação constante e sempre evolutiva em termos de impacto e efeito, de forma a manter a marca no top of mind do seu público.O design é, também por si, uma in-dústria. Temos cada vez mais eventos dedicados exclusivamente a esta área, como por exemplo o Experimenta Design, ou espaços, de que é exemplo o Museu da Moda e do Design.Isto implica que o design esteja de tal forma na percepção das pessoas que inovar se torna um desafio. Algo com uma repercussão enorme nos new media, uma forma cada vez mais dedicada de comunicação e interacção. Porém, aqui, a atenção do público está dispersa por muito mais informação e a captação é mais difícil, tornando o trabalho do designer cada vez mais desafiante, pela necessidade de inovar a um ritmo alucinante.Com isto podemos dizer que design é mais do que a imagem e ilustração gráfica de um evento, é uma conjugação de fac-tores, que cada pessoa utiliza enquanto ferramenta com diferentes objectivos…

. .e para si , o que é design?Nuno Ribeiro

Realizar Portugal, Vice-Presidente da Secção de Eventos

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N O T Í C I A S

E X P O E V E N T O S 2 0 1 3“PARA UMA ONDA DE MUDANÇA”Assente nos seminários Gest, na en-trega de prémios da Gala dos Eventos, e num show-room de empresas e ser-viços para o sector, a ExpoEventos vai decorrer no Fontana Park Hotel a 4 e 5 de Julho. No âmbito da programação, tal como no ano passado, vai reali-zar-se um workshop da Associação de Hotéis de Portugal sobre a relação entre os hotéis e os eventos. O primeiro dia, 4 de Julho, será preen-chido pelo seminário de Marketing Desportivo, que tem a coordenação científica de Pedro Dinis, do ISCTE, e Henrique Conceição, director de

Marketing do Sport Lisboa e Benfica. No dia seguinte o seminário de Gestão de Eventos e Turismo de Negócios terá a coordenação científica de Linda Pereira, directora da CPL Meetings & Events. O tema global será “Para uma onda de mudança” e o evento vai abordar os temas mais actuais do sector da meetings industry nacional e internacional. Entre os oradores já anunciados contam-se os nomes de: Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, Isabel Guerreiro, ex-vereadora da Câmara Municipal de Portimão e João

Sacchetti, consultor e professor de organização e comunicação de eventos. Como novidade, Linda Pereira conta na comissão científica com a colabo-ração de um Comité Jovem “Young Leaders”, integrado por Carmen Colim, event coordinator no Grupo Opal, Isabel Santos, event marketing & PR executive na CPL Events e European ambassador na Sands Cotai Macao, Andreia Mendes, event coordinator na CPL Events, Sandra Mateus, events manager na Weber Shandwick | D&E e Vasco Otero, da Federação Portuguesa de Ginástica.

G A L A D O S E V E N T O SEXPECTAT IVA DE MA IS CANDIDATURAS DO QUE NO ANO PASSADOA organização da ExpoEventos está satisfeita com a adesão à Gala, afir-mando que o número de candida-turas, 35, está “em linha” com as edições anteriores. “Tendo em conta a conjuntura, pensamos que cor-responde às expectativas. No fundo acompanha os tempos que correm”, revela António Silva e Sousa, director da ExpoEventos. A diversidade de candidatos “manteve-se grande, tal como no ano passado”, e houve um “crescimento em termos de conteú-do”, sublinha António Silva e Sousa, Os concorrentes enviaram as suas candidaturas até ao dia 15 de Maio e agora cabe ao júri decidir os vencedo-res de cada uma das categorias. O júri desta sexta edição da Gala dos Eventos

é constituído por Alberto Gouveia dos Santos (Centro de Congressos da Alfândega do Porto), António Manuel Brito (NewEvents), Carlos Coelho (Ivity Brand Corp), Cristina Siza Vieira (Associação da Hotelaria de Portugal), Fátima Madureira (Câmara Municipal de Lisboa), Gonçalo Coelho de Sousa (Fontana Park Hotel Lisboa), Henrique Conceição (Sport Lisboa e Benfica), Isabel Amaral (Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo), João Lagos (Lagos Sports), João Sacchetti (Consultor sénior), João Santos (Electroaudio), Linda Pereira (CPL Events), Luís Reis (Campo Aventura), Manuela Botelho (Associação Portuguesa de Anunciantes), Miguel Neves

(IMEX), Paula Oliveira (Associação de Turismo de Lisboa), Pedro Chenrin (Ambitur), Pedro Dionísio (INDEG / ISCTE), Sérgio Junqueira Arantes (Eventos Expo Editora), Sofia Barros (Associação Portuguesa das Agências de Publicidade, Comunicação e Marketing) e António Silva e Sousa (ExpoEventos).

A cerimónia terá o mesmo tom das anteriores, sendo que a organização vai manter a prática de dar voz aos par ticipantes, ganhem ou não.

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L ISBOA GANHA CONGRESSO DA IAPCOLisboa vai receber em 2015 a reu-nião anual e assembleia geral da IAPCO (International Association of Professional Congress Organisers). Esta é a primeira vez que Portugal acolhe um congresso desta associação. Os anfitriões do evento são a Leading

e a AIM Portugal. São esperados entre 100 e 120 delegados, dos principais PCO do mundo. Sarah Storie-Pugh, da IAPCO, revelou à Event Point o grande “entusiasmo” da associação pelo evento viajar até Lisboa, acredi-tando que o destino vai motivar muitos

participantes a assistirem ao congres-so. O evento ainda não tem data, mas deverá realizar-se na segunda quinze-na de Fevereiro de 2015.Lembre-se que a IPACO conta com 42 paí-ses-membros. Os congressos realizam-se todos os anos em cidades diferentes.

MIGUEL NEVES VENCE PRÉMIO R ISEA Meetings Professionals International atribuiu o prémio RISE (Recognizing Industry Success and Excelence) de 2013 ao português Miguel Neves, que gere a

comunidade online da IMEX, pelo seu trabalho em comunicação, marketing e redes sociais. O responsável, que é colu-nista da Event Point, está envolvido em

iniciativas educativas no Reino Unido.O prémio será entregue em Las Vegas, no World Education Congress, a 22 de Julho.

PAV ILHÃO ATLÂNT ICO PASSA A MEO ARENAA MEO assumiu o naming do Pavilhão Atlântico, que passou a chamar-se de Meo Arena. A cam-panha arrancou em Maio. A marca passa a estar presente no exterior do pavilhão, na sinalética de rua, nas

bilheteiras, postes e bandeiras, en-quanto que no interior ficará visível nas lonas laterais de palco, anéis circundantes, régie de topo, sinalé-tica das portas, balcões de welcome desk e biombos separadores, segundo

a Meios & Publicidade.Lembre-se que o Pavilhão Atlântico foi vendido ao consórcio Arena Atlântida, composto pela Ritmos & Blues, Luís Montez, Banco Espírito Santo e pela equipa de gestão do espaço.

GOVERNO REDUZ TAXAS DA ANIMAÇÃO TURÍST ICAO Governo decidiu reduzir em cerca de 80% as taxas de acesso a actividades de animação turística e eliminar o registo como condição à entrada e permanên-cia no sector, informou a Secretaria de Estado do Turismo. A medida foi tomada no Conselho de Ministros de 9 de Maio. A alteração do diploma,

lê-se no comunicado do Conselho de Ministros, conforma-se com a directi-va comunitária relativa aos serviços no mercado interno, nomeadamente no que se refere à simplificação de proce-dimentos da burocracia e dos obstá-culos no acesso à actividade. O registo é eliminado como condição de acesso

à actividade, sendo substituído pela comunicação prévia junto do Registo Nacional dos Agentes de Animação Turística (RNAAT). Está ainda prevista a redução das taxas, “cujo valor passa a reflectir a complexidade do serviço efectivamente prestado pelo Estado”.

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DOC DMC APRESENTA . . .… O C A S I N O D O V I N H OÉ um pr odu to da DOC DMC de s t inado a incen t i v o s e ev en to s cor por a te . Une o mundo do ca sino ao do s v inho s , numa ex per iência de conhecimen to e animação . Alguns minutos depois do início do evento, o ambiente na Sala Biblioteca das Caves Taylor’s, em Vila Nova de Gaia, era já de grande descontracção. É esse mesmo o objectivo do Casino do Vinho, ser um quebra-gelo, um espaço de animação, de fortalecimento de rela-ções e networking, além de uma expe-riência única, levada a cabo, conforme explica Susanna Tocca, “por pessoas que percebem do assunto”. E na verdade o papel dos animadores, encabeçados por Jorge Belizõn, da Vinelis, foi es-sencial na criação de uma atmosfera de grande à vontade e diversão.O Casino era constituído por três mesas, mas pode ter mais se o número

de pessoas o justificar. Na mesa das regiões, os jogadores tinham que adivinhar, através do paladar, a pro-veniência do vinho (Alentejo, Douro, Setúbal, etc.) e apostavam as “vini-fichas” consoante o seu nível de se-gurança na resposta. Já na mesa dos aromas, o sentido mais importante era o olfacto. A animadora passava um frasco pelo nariz do jogador e este tinha de adivinhar qual o aroma. A mesa dos copos negros era a mais con-corrida. O jogador tinha de determinar a cor da bebida, se branco, tinto ou rosé, pelo sabor do vinho. Parece fácil? Puro engano, a atestar pelas muitas exclamações de alegria e muitas mais

de desapontamento. No final houve um leilão de produtos, personalizáveis, onde se podiam trocar as fichas.O conceito do Casino do Vinho é da empresa espanhola Vinelis, representa-do em exclusivo para Portugal pela DOC DMC. O produto é destinado ao sector dos incentivos e corporate e por isso foi apresentado, em Lisboa e no Porto, para um público constituído por DMCs, PCOs, hoteleiros e outros profissionais do turismo. O evento Casino do Vinho pode ser feito para 30 ou para mil pes-soas, em qualquer zona do país. Mais informações em www.doc-dmc.com.

Cláudia Coutinho de Sousa [[email protected]]

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E M D E S T A Q U E

C O L O C A R O S E C T O R D O S E V E N T O S N A A G E N D A P O L Í T I C AEsta poderia bem ser a principal con-clusão do segundo Networking Camp MI Portugal, realizado por nós, Event Point, desta vez com o apoio do Porto Convention Bureau. O local escolhi-do foi, uma vez mais, a Pousada do Porto, Palácio do Freixo. E fica aqui um agradecimento muito especial à sua directora, Mariana Lacerda, e a toda a equipa, pelo extraordinário acolhi-mento que nos dispensaram.Desde logo tínhamos um conjun-to de questões que sugerimos para debate aos participantes, algumas delas inspiradas por uma entrevista do Secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, à Ambitur. Que acções precisamos desenvol-ver para relevar a importância do sector e incluir a meetings industry na agenda pública e política? Como

contribuir para focar a actuação do Convention Bureau no segmento MI, gerando candidaturas e oportuni-dades de negócio? Que modelo de cooperação e acções conjuntas para optimizar os programas de inter-nacionalização, comunicar e vender melhor? Como fidelizar os actuais e futuros turistas, e os participan-tes em congressos e eventos? Como nos vamos diferenciar dos nossos concorrentes? Que conteúdos preci-samos desenvolver, e que canais de marketing usar? Como estruturar o produto MI para diferentes merca-dos e grupos-alvo? Como lidar com o excesso de oferta, face à crescente globalização do sector?A possibilidade de ouvir, partilhar, discutir entre pessoas com expe-riências tão diferentes, ligadas ao

Convention Bureau, ao turismo, à imprensa, à hotelaria, aos espa-ços, aos PCOs, aos fornecedores, à Universidade, ao poder autárquico, tornou a experiência garantidamente enriquecedora. Mais uma vez, tra-tou-se de pôr as pessoas em contacto, frente-a-frente, e desejar que destes encontros, sucessivos, resultem ac-ções. As que cada um, ou que cada grupo, entenda adequadas.Regressando ao princípio, parece razoável admitir que o sector dos eventos, da meetings industry em Portugal tem que fazer algum traba-lho de casa, de modo a conquistar a atenção dos políticos, nos diferentes círculos de poder, da esfera local à nacional. E encontrar novas formas de trabalhar, simultaneamente com-petindo e colaborando.

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ACREDITAS EM PORTUGAL? A que s tão f oi f or mulada no Ne t w or k ing C amp MI Por t ugal , com a Ev en t Poin t . O objec t i v o de s te s encon t r o s é dia logar, par t i lhar, mo t i v ar. Par t imo s de uma s ér ie de que s tõe s r elev an te s , em pequeno s gr upo s , que dia logam s obr e o s tema s , con t r ibuem com a s ua ex per iência e di f er en te s per spec t i v a s . Um pr oce s s o ca tal í t ico , num ambien te in f or mal , que e s t imula a r elação in ter pe s s oal e a cr ia t i v idade , per mi te s in te t izar concei to s , colher ideia s e mo t i v ar par a a acção . Pen s ar e agir colec t i v amen te como f or ma de encon t r ar s oluçõe s .“Na nova economia, as conversas são a mais importante forma de trabalho... a conversa é a organização”*. E aqui, como “raça”, sabemos que temos um problema genético e psicossocial! A nossa ancestral vontade de independência e necessidade de afirmação, dificulta a criação de redes de colaboração competitiva. E é pena, porque, colectivamente, podemos ga-nhar escala e eficiência nas acções, gerar uma verdadeira cadeia de valor, criar uma actividade integrada. Vale a pena voltar a citar um dos novos conceitos de tecnologia social.“… Unidos à volta de temas e problemas comuns, responsáveis governamen-tais, empresários e membros da socie-dade civil, partilham sensibilidades, aprofundam o seu conhecimento dos actuais sistemas, para descobrir e criar protótipos de novas ideias e oportuni-dades de colaboração…”O desafio é cada vez mais global, cheio de incertezas e oportunidades. O cami-nho faz-se caminhando como diria o poeta, reunindo os nossos recursos que, ao contrário do que alguns afirmam,

são muitos e diversificados. Temos uma natureza generosa - que nos oferece um bom clima, mar a perder de vista com o melhor peixe do mundo, frutas e legu-mes de sabor autêntico, infra-estrutu-ras do melhor que há, pessoas educadas e qualificadas, património cultural com potencial de desenvolvimento. O que é que nos falta? Se calhar apenas organi-zarmo-nos em comunidades para tirar partido da nossa capacidade criativa e valorizar o que temos para oferecer, de forma sustentável. Em vez de ficar a carpir as nossas desgraças, ouvir o dis-curso da dívida, vamos organizar expe-dições para os mercados, com as nossas melhores gentes, carregados de ideias e estórias, para descobrir e despertar motivações e emoções. A probabilidade de sucesso está comprovada em muitas outras áreas de negócio, que consegui-ram seduzir os seus clientes e dar-lhes uma experiência única. No turismo, como em muitas outras actividades, pensar em termos de “segmentos de mercado e grupos-alvo” é uma espécie de miopia estratégica. O

que realmente importa é que, quer se tratem de turistas individuais, famílias, reuniões de empresas ou associações, sejamos capazes de surpreender, criar e manter relações com os nossos clientes para toda a vida. Recordo-me sempre do conselho de um vitivinicultor e epicuris-ta, que dizia, “a escolha de um vinho não tem apenas a ver com a ementa, mas sobretudo com quem se está!” Como co-rolário, diria que na meetings industry é fundamental ser inovador e sedutor nas propostas, mas respeitar e implementar princípios de sustentabilidade e respon-sabilidade social. Leio nos livros e no digital, sinto no ar um sinal dessa mudança de paradigma do Eu para Nós, que vai ajudar-nos a criar um mundo melhor. Fica a promes-sa de mudança para a qual estou dispo-nível, o desenvolvimento de alianças es-tratégicas com outros clusters com que podemos pensar e agir colectivamente.

Acredito em Por tugal! Desistir não é de todo opção.

O P I N I Ã O

* Alan Webber. “What’s so new About the New Economy”, Harvard Business Review

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“NÃO É O SECRETÁRIO DE ESTADO QUE VAI TRAZER CONGRESSOS PARA PORTUGAL”A dol f o Me s qui ta Nune s , S ecr e tár io de E s tado do Tur ismo , coloca o acen to tónico na inicia t i v a pr i v ada , quer na cap tação de ev en to s , quer na ev en t ual con s t r ução de um nov o cen t r o de congr e s s o s .

O sector da meetings industry debate-se com um problema de raiz que é não saber quanto é que vale. Parece-lhe importante fazer essa avaliação? Há a convicção de que este é um mer-cado que traz turistas, pela especifici-dade do segmento turístico em causa, ou seja, a realização dos eventos e dos congressos, e que pode ter um efeito multiplicador. É esse efeito multipli-cador que há alguma dificuldade em contabilizar. Não sei se precisamos de o contabilizar para termos este como um produto estratégico. É importante para Portugal continuar a estar no pe-lotão da frente dos países com melho-res rankings na organização de con-gressos e ter as cidades portuguesas a competir com capitais e outras cidades europeias. Claro que tudo aquilo que puder ser feito para conhecer melhor o

mercado e lhe poder responder melhor é positivo. Mas não sei se é uma priori-dade da Secretaria de Estado.

O último ranking da ICCA [International Congress and Convention Association] mostra que Portugal e Lisboa desceram, e pelo segundo ano consecutivo. O que está a falhar?O segmento dentro do segmento em que Lisboa e Portugal se inserem está muito competitivo e temos que saber responder a essa concorrência. Penso que a oferta que temos é a adequada. Provavelmente aquilo em que está a pensar é se podere-mos avançar para um segmento superior em termos de capacidade, para con-gressos de maior dimensão, e aquilo que tenho dito é que cabe à iniciativa privada lançar esse projecto, eventualmente com algum apoio público.

Está a referir-se a um novo centro de congressos?Sim, a um centro de congressos com maior dimensão. Do ponto de vista da oferta hoteleira, da oferta de centros de congressos e da diversidade con-centrada de uma cidade, Lisboa tem óptimas condições. Não podemos é esquecer a competição, a concorrên-cia com outros destinos, mas não me parece que Lisboa ou Portugal estejam a trabalhar para decair nos rankings.

Que imagem é que lhe parece que devemos passar do país? Isso poderá variar consoante a loca-lização mas, se estivermos a falar de Lisboa e do Porto, é a enorme diver-sidade concentrada, a facilidade de acesso aeroportuário às cidades, e a enorme oferta para acompanhantes

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que Lisboa e Porto oferecem a walking distance. Outros destinos, que se especializaram neste segmento, mas em zonas específicas da cidade, terão provavelmente tendência para perder competitividade porque hoje em dia este segmento do mercado aposta no walking distance e na diversidade con-centrada. Lisboa e Porto têm muito a ganhar, como o Funchal tem a ganhar, e parece-me que qualquer iniciativa de construção de um centro de congres-sos deverá, do meu ponto de vista, ter em conta esta nova tendência de que as cidades com recintos e feiras longe da cidade estão a perder competitividade.

Ouvimos os profissionais desta área a queixarem-se de alguma falta de apoio institucional quando é altura de apresentar candidaturas e concorrer com outros destinos no mundo. Qual é que acha que deve ser o papel reservado neste capítulo às entidades públicas?Temos o Fundo de Captação de Congressos, que eu reactivei, e que tem precisamente como objectivo contri-buir com essa ajuda suplementar que pode faltar. Por outro lado é importan-te, e penso que o Turismo de Portugal está a fazer esse trabalho, existir quem possa, nesses momentos, congregar todos os actores que são necessários para conseguir tornar a candidatura competitiva. Mas não é o Secretário de Estado que vai trazer congressos para Portugal, a não ser que seja um Congresso de Secretários de Estado. É papel da Secretaria de Estado e do Estado não prejudicar quem tem uma ideia, quer levá-la para a frente, e se mexe para o efeito, e nesse sentido se o Estado faltar está a falhar. Não é papel do Estado substituir-se a quem quer trazer congressos, porque se limitou a ter essa ideia e acha que depois é o Estado que tem que trazer o congresso. Provavelmente isto não é muito popu-lar, mas tenho de o dizer.

Fez referência às ligações aéreas, que são de facto uma questão condicionante quando se trata de trazer um evento para um destino, ou não. O que é que pode ser melhorado nesta matéria?As ligações aéreas já não são da minha tutela e, portanto, não queria inter-ferir. O que é importante, e penso que Portugal tem essa valência, é ter ligações aéreas adequadas com a Europa e ter a localização dos aero-portos perto das cidades. Claro que se houvesse mais ligações aéreas directas isso facilitaria, mas também não estou em querer que haja muita gente que decida não organizar um congresso em Portugal porque tem que fazer uma es-cala. Penso que nesse sentido, e dentro da nossa localização geográfica, somos um país competitivo.

Os profissionais dizem que a aposta nas low-cost para este segmento não é uma resposta suficiente... Não podemos ter uma espécie de guichet à porta do aeroporto a dizer: o senhor é turista de qualidade, pode entrar; o senhor é pé de chinelo, não entra. Isso não existe em parte nenhuma do mundo. Esta ideia de que temos de filtrar que estilo de turistas é que temos, tem-nos conduzido a opções estratégicas erradas. Penso que do ponto de vista das aces-sibilidades aéreas um grande destino turístico tem de ter espaço para os vários segmentos do turismo e para os vários tipos de ligações aéreas, cujos efeitos também variam de destino para destino. O efeito das low-cost numa cidade como o Porto foi um, no Algarve foi outro. Temos de facto que ver isto como um todo, e isso significa que não podemos ter a ideia de escolher centralmente que estilo de ligação aérea é que queremos ou que estilo de turista é que temos.

Relativamente ao papel da diplomacia económica, que intervenção pode haver neste sector específico?Sendo um segmento que está já muito estruturado do ponto de vista da sua or-ganização, os players já estão montados, os fóruns, quem conseguir interferir ou estar nesses fóruns a fazer lobbying para Portugal irá trazer com certeza um con-tributo acrescido. O papel da diplomacia económica será esse, fazer integrar os nossos representantes lá fora, nesses circuitos onde se discute de facto com muito tempo de antecedência a realiza-ção de um congresso.

Como é que olha para a possibilidade de várias áreas de actividade poderem partilhar algumas acções com o turismo?Tenho referido isso nas minhas in-tervenções. Estamos a trabalhar para que todas as áreas económicas com potencial exportador e com política de promoção exterior se possam articular. É um trabalho que estamos a fazer. Identifiquei o problema e estou empe-nhado em que pelo menos comece já a haver uma articulação para que depois no futuro possamos ter de facto uma estratégia mais integrada.

Há algum tempo a APECATE [Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos] lançou o desafio de poder ser criado um registo nacional de empresas organizadoras de congressos e eventos. Como é que olha para esta possibilidade? E faz sentido que os eventos integrem assumidamente este sector do turismo?Não integra o sector do turismo quem está registado, isso é hipervalorizar um papel. Este segmento turístico é um produto estratégico do nosso Plano Estratégico Nacional para o Turismo. E como Secretário de Estado eu vejo-o como estratégico para o turismo, por-tanto está integrado no turismo. Não sei se precisamos, sem prejuízo de outras vantagens, de um registo para que as empresas de congressos, por exemplo, sejam tratadas como fazendo parte de um produto estratégico, porque já o são.

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E relativamente aos eventos que têm intervenção directa do Turismo de Portugal, a apresentação em feiras, em workshops, como é que olha para esse papel e como vê essas ferramentas de comunicação e de promoção? Num momento de contenção orça-mental tivemos de fazer escolhas e as escolhas passaram por seleccionar muito bem o número de feiras em que Portugal devia estar presente. Seleccionamos as principais e substi-tuímos a presença nas restantes por workshops mais focalizados, sem a concorrência de outros países naquele mesmo momento, para podermos ser mais eficazes. Ressalvando as grandes feiras, que são de facto um local onde temos todos de estar, o momento da decisão, da compra, da venda está cada vez menos institucionalizado nesse género de eventos e nós temos de saber responder a essa evolução, estarmos presentes nas redes sociais, e utilizar as novas tecnologias de informação e comunicação que é onde muita da decisão se faz.

E em relação aos eventos que o Turismo de Portugal apoia?Também reduzimos drasticamente os eventos apoiados e escolhemos eventos que pudessem, por um lado, associar-se aos produtos estratégicos que temos, e à projecção do destino Portugal que queremos transmitir, e, por outro lado, olhando para a possibilidade de retorno desses eventos, não apenas na óptica da sua repercussão imediata, na hotelaria, no turismo, mas na possibi-lidade de poderem ser multiplicadores e de os seus efeitos perdurarem no tempo. E foi por isso que se selecciona-ram cinco.

Sobretudo desportivos...Sim. Associados ao golfe, porque que-remos projectar o país como um país de golfe, ao surf, e também no caso do Rally de Portugal porque é uma prova que está muito bem cotada no circuito interna-cional e porque permite uma projecção do destino que é de facto importante.

Outras provas desportivas, mercê da sua especificidade, que se passam dentro de um court, ou dentro de um campo, não permitem projecção do destino.

Na altura de decidir que eventos apoiar, por vezes faltam ferramentas, mecanismos de avaliação do retorno do investimento que é aplicado nos eventos. Sente enquanto político falta dessas ferramentas de análise?A partir do momento em que se selec-cionaram estes cinco, através de crité-rios muito apertados, não posso dizer que tenha sentido falta deles para esta escolha. Admito que no passado, quan-do o leque de eventos era tão alargado, faltasse essa avaliação. Mas as crises têm sempre este efeito de nos fazer pensar na forma como estamos a actuar e parece-me que a escolha de os eventos a apoiar pelo Turismo de Portugal, feita pela anterior Secretária de Estado, é acertada e com os critérios acertados.

Qual o alcance desta medida, anunciada há muito pouco tempo, de diminuição de taxas e de facilitar o acesso à profissão no sector da Animação Turística? Diminuímos drasticamente as taxas e facilitámos o acesso à profissão. O ob-jectivo é por um lado permitir a criação de emprego para as novas gerações, que têm aqui uma óptima oportunida-de, e contribuir para algo que é muito importante e que é diversificar a oferta turística em Portugal. Tenho dito vá-rias vezes que turismo não é alojamen-to, não é só alojamento, e precisamos de o complementar com a animação turística, que permita que os turistas se interessem pelo destino. O objectivo duplo é esse. Há muita criatividade aí à espera de uma oportunidade de se colocar ao serviço do turismo. E é isso em que estamos apostados.

Cláudia Coutinho de Sousa [[email protected]]

Rui Luís Romão [[email protected]]

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DEZ PERGUNTAS A ADOLFO MESQUITA NUNESConsegue dizer um evento que o tenha marcado?É pessoal.

E que evento gostaria de trazer para Portugal?Acho que o Secretário de Estado não tem que impor os seus gostos às polí-ticas públicas. Esse seria o caso e não é esse o meu papel.

Twitter ou Facebook?Os dois.

O que é que não dispensa numa mala de viagem?Livros.

Este ano vai passar férias em Portugal ou fora?Não sei quando é que vou de férias, mas será em Portugal.

Que livro tem na mesinha de cabeceira neste momento?O primeiro livro de Nuno Camarneiro, “No meu peito não cabem pássaros”.

A quem encomendaria um livro sobre Portugal?Infelizmente já não o posso encomen-dar, porque ela já não escreve, mas seria a Agustina Bessa-Luís.

Que figura histórica gostaria de ter conhecido?Margaret Tatcher.

Qual foi a sua primeira viagem?A primeira viagem que fiz totalmente com o meu dinheiro para poder realizar um objectivo foi à Lapónia, em pleno Inverno.

E onde não gostaria de deixar de ir?À Antártida.

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IN T ERNAT IONAL & EUROPE AN A S SOCIAT IONS CONGRE S S : RENDIDOS AO E S TORILPar is que s e pr epar e pois não v ai s er f áci l igualar a qual idade do In ter na t ional & E ur opean A s s ocia t ion s C ongr e s s 2 01 3 ( A C IE ) , que s e r eal izou no mê s de A br i l (2 1 a 2 3) no E s tor i l . Damian Hu t t , d ir ec tor do congr e s s o , er a no f inal um homem v is i v elmen te s a t is f ei to . “ Foi um gr ande s uce s s o , não poder ia ter s ido melhor. Fomo s mui to bem acolhido s no E s tor i l ”, s ubl inha o r e spon s á v el . Do f eedback t r an smi t ido pelo s delegado s , a componen te educacional f oi r ealçada , a s sim como a s opor t unidade s de ne t w or k ing .

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https://vimeo.com/64903017

Também Linda Pereira, anfitriã e presidente do congresso, estava satis-feita com o evento. “Estou super feliz”, dizia à Event Point a directora da CPL Meetings & Events. “Termos mais de 700 associações representadas, com um potencial de 8500 congressos. Não preciso de dizer qual é o impacto para este destino”, refere Linda Pereira. A responsável apenas lamenta a ausência “do país”. “O país não esteve presente e a maior crítica aqui vai para o Turismo de Portugal. Não estiveram presentes, não apoiaram, não se envolveram”.

https://vimeo.com/64903017

E foram vários os destinos que disse-ram “sim” ao evento, desde a Austrália, passando pela África do Sul ou pela Malásia, até aos países europeus, Eslovénia, Alemanha, França, Suíça, para citar apenas alguns.

A SURPRESA : MILTON SOUSAque a melhor caracterização de um grande líder é ser um servidor.O segundo dia contou com Dame Helen Alexander como keynote. Alexander é chairman da UBM, Port of London Authority e Incisive Media. É ainda directora não-executiva da Rolls-Royce. Foi até 2008 directora do grupo The Economist. “É extre-mamente importante ter os olhos e ouvidos bem abertos para perceber o que acontece no mundo. Os líderes têm de olhar para a frente, para os obstá-culos de amanhã, procurar os sinais e capitalizar”, alerta. Em 2013 vivemos o problema do crescimento económico, que é muito frágil. Este outlook económico é a “nova normalidade” Os membros das associações vão querer mais por menos. “E isso é razoável”, diz Dame

O organizador das Conferências do Estoril foi o keynote speaker do primei-ro dia de trabalho, e impressionou os delegados com uma comunicação sobre o papel das associações no mundo ac-tual. Podem as associações fazer a dife-rença? Há razões que indicam que sim: o mundo “networked” em que vivemos; o facto do trabalho ser cada vez mais orgânico; da conexão ser poder; a ne-cessidade de conhecimento; o fenómeno “glocality” (global + local), a liderança facilitadora, a abertura à inovação. Resta saber que mundo queremos... O sector corporate devia (vai) tornar-se mais parecido com o associativo, caracterizado pela visão e propriedade partilhada, pela liderança facilitadora e os capítulos como unidades semi-autó-nomas. O papel do líder foi amplamente tratado por Milton Sousa, que acredita

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C INCO PERGUNTAS A DAME HELEN ALEXANDERQue papel cabe às associações nestes tempos conturbados?Acho que a necessidade humana de aprender, de partilhar, do contacto presencial é muito importante. As associações têm tudo isto na sua essência e, no contexto da economia, o facto de serem um centro de conhecimento e excelência numa deter-minada indústria, área científica ou em qualquer outra actividade, dá às pessoas a possibilidade de saberem onde se dirigir, onde procurar a informação. E isto é particularmente importante quando os tempos são tão difíceis.

Além dos económicos, que outros desafios enfrentam neste momento as associações?A mudança estrutural para um mundo digital é algo com que toda a gente tem que lidar. Se é um editor, ou na verdade em qualquer tipo de empresa, há impacto da tecnologia digital. E isso não é menos verdade, pelo contrário, no caso das asso-ciações, porque são ao mesmo tempo fornecedores de informação e organizações constituídas por membros e isso tem exigências muito particulares, que implicam mudanças estruturais.

Falou na sua comunicação, em termos de conteúdos, sobre a decisão de os cobrar ou não, acha que há um aspecto cultural em jogo? Não acho que seja cultural, é uma questão polémica em todo o lado. É uma questão um pouco histórica, de formação. O bom conteúdo é aquele que é seleccionado, fil-trado, em oposição aos blogues, estes são gratuitos, mas não são de forma alguma uma mais-valia.

Como é que os destinos podem ajudar as associações?Acho que as cidades com presidentes de Câmara muito fortes reconhecem que receber pessoas no destino é altamente valioso para a economia. E estes são nor-malmente os destinos mais mexidos e que conseguem os investimentos.

Como é que vê, neste momento, a liderança na Europa?Bom... acho que é muito importante que a União Europeia reflicta naquilo que precisa de mudar nos próximos tempos. Teve um desenvolvimento muito bem sucedido, uma UE que é maior do que o que era quando foi inicialmente formada, e que agora tem desafios distintos. E como na maioria das nossas organizações, revemos o que fazemos bem, o que fazemos mal, e se estamos a servir os interes-ses dos nossos membros. Este trabalho tem que ser feito num clima de relações positivas, não com ameaças de que se não fizeres como quero, eu saio.

Helen Alexander. Vivemos uma “dupla ressaca”, temos de tratar das dívidas e começar a atacar o problema do crescimento. “A Ásia é parte do futuro e as empresas que já estão neste conti-nente vão ter mais sucesso”, sublinha Alexander, que salienta, “é preciso ir para esses mercados emergentes, sem esquecer a Europa”. Outro aspecto importante é a figura do líder, este tem de ser capaz de reter os membros e ser confiável.

“O líder tem de ter estratégia, comunicá‑la bem e ter conhecimento do mercado”. As associações são um repositório de informação muito valiosa para os seus membros. “Extrair este valor é muito importante”, admite a ex-directora do The Economist. É necessário perceber o que os clientes/membros querem a todo o momento, e os novos meios digitais vieram ajudar neste trabalho. Uma questão importante emerge: pagar ou não pagar pelos conteúdos? É uma questão difícil de responder, mas Alexander sugere que se teste, meça e monitorize para chegar a uma conclu-são. A oradora lembra ainda a impor-tância da presença nos telemóveis e da transferência para a web dos conteúdos. Em relação à formação, Dame Helen Alexander refere que hoje em dia o bem mais escasso é o tempo, pelo que esta questão deve ser bem equacionada. “Ao fazermos uma formação temos de perceber se o fazemos melhor do que os outros, se podemos fazê-lo com pro-fissionalismo e lucro”, alerta. Termina dizendo que quem apostou nos “live events” foi favorecido, e que estes conti-nuam a ser uma “muito boa ideia”.

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DESIGN DE EVENTOS II - DO DESIGN AODESIGN THINKING.R E W I N D , P L AY , F O R W A R D .Quando , em 2 008 , a con v i te da r ev is ta Fe s ta s & Ev en to s , r edigimo s um do s pr imeir o s tex to s em l íngua por t ugue s a s obr e de sign em ev en to s 1 , pr ocur ámo s con t r ibuir par a a c lar i f icação de a lguma s v is õe s “ambígua s e r edu tor a s” s obr e o a s s un to . O f ac to de o de sign s er “ f r equen temen te r edu z ido a uma f unção mer amen te decor a t i v a” ‑ um e s ta t u to que Maur o Por cini 2 h is tor icamen te iden t i f ica como en tendimen to l imi tado e s ocia lmen te per cep t í v el do s de signer s como “cake de signer s” e do de sign como “ beau t i f ica t ion”, qualquer cois a como “a lgo que tor na a s cois a s boni ta s” ou , como s e diz na gír ia , “a cer eja no topo do bolo” ‑ f oi o mo te que , ne s s e ar t igo , us ámo s par a c lar i f icar o con t r ibu to do de sign e do s de signer s no s ev en to s . Ne s te tex to v amo s ainda mais longe , e r ev is i tando o pen s amen to de um do s mais r econhecido s embai xador e s do de sign , ideal izamo s o de sign t hink ing , como mindset par a inov ação em ev en to s .

O P I N I Ã O

1. O artigo, elaborado em coautoria com Joana Santos, foi publicado no n.º 10, pp. 58-59.

2. Mauro Porcini, a que Alessandro Bruggia (3M) se refere como “o maior possível embaixador do design”, chefia atualmente o departamento de design da PepsiCo. Com uma carreira brilhante,

Porcini é um dos grandes apaixonados e promotores do design, sendo internacionalmente reconhecido pelo desenvolvimento de estratégias de design promotoras de sucesso empresarial.

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Dada a importância que os eventos têm vindo a assumir como ferra-mentas de comunicação ao serviço de pessoas, instituições e marcas, começamos por salientar que o design em eventos, fazendo uso das valências das suas áreas de especialização - comunicação, produto e interiores -, é disciplina promotora de conceitos e mensagens. Reduz o ruído na comu-nicação, polarizando e enfatizando o valor de promotores e de outros stakeholders nos eventos. Seja através da dinamização holística da identida-de e da comunicação do evento (design de comunicação), seja da criação de dispositivos/equipamentos específicos (design de produto), seja ainda do de-senvolvimento de ambientes estimu-lantes e sobretudo funcionais (design de interiores), o design é intrínseco ao desenvolvimento de experiências impactantes e memoráveis em eventos e porque é “função catalisadora de vivências ancoradas em inputs senso-riais e emocionais”, permite inclusive, como ideámos em 2008, a “concreti-zação perene de experiências inevita-velmente efémeras”. No mesmo número em que Pedro Cardoso (The House of Events), em texto sobre tendências do mercado de eventos, diagnosticava “uma nova geração de clientes cada vez mais exigentes, mas ao mesmo tempo mais receptivos à inovação” e advogava a necessidade de equipas de eventos com “múltiplas áreas de competências”, reivindicámos para o design o mesmo estatuto da gestão, do marketing, da comunicação ou de outra disciplina reconhecida no contexto dos eventos. Mais ainda, posicionámo-lo como disciplina transversal às diferentes fases do evento, particularmente ao planeamento deste, reconhecendo, deste modo, as suas inúmeras valên-cias estratégicas.

A função do design em eventos ‑ “como processo, variável de negócio e característica intrínseca da experiência projectada”3‑ pode ainda ser exponenciada se se assumir o design thinking, uma metodologia de pensamento criativo, como mindset para a inovação.Entenda-se, como sintetiza Mauro Porcini, que os design thinkers, que podem não ser necessariamente designers!, são indivíduos capazes de vislumbrar a big picture, equilibrar um número mínimo de elementos para que produtos ou serviços possam ser ofere-cidos ao mais alto nível de experiência esperada pelo público-alvo e são ainda capazes de falar diferentes “línguas”, movendo-se do marketing à ciência, do design à antropologia, para oferecer mensagens que sejam compreensíveis e relevantes para os públicos-alvo, pelo que, no contexto dos eventos, se afigu-ram como profissionais de pensamen-to criativo, leia-se estratégico, ideais à gestão de projectos de eventos.

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Em suma, três ideias. O design em eventos promove experiências diferenciadoras. Para inovar pelo design não basta, contudo, integrar o design em eventos e designers nas equipas. Sendo já um passo significativo, no contexto dos eventos, para que o design possa atingir todo o seu potencial , é necessário adoptar o design thinking como metodologia de pensamento.Eventualmente será até necessário, como idealiza Porcini em “Your new de-sign process is not enough - hire design thinkers!”, que os membros da equipa sejam todos eles design thinkers.

O design thinking é, para o responsável pelo design na PepsiCo, como “um despor to ‑ algumas pessoas têm talento natural , mas com o treino adequado qualquer um pode melhorar esta capacidade”.

3. Porcini, M. (2009). “Your new design process is not enough - hire design thinkers!”. Design Management Review, vol. 20, n.º 3, pp. 7-18.

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CRI(S)E !D O I S O L H A R E S S O B R E A C R I AT I V I D A D E E O D E S I G N N O S E V E N T O SO tema é ine s go tá v el , ma s , ne s ta edição pr i v i legiamo s o ângulo da cr ia t i v idade . Fomo s ou v ir uma da s maior e s e special is ta s em cr ia t i v idade no no s s o país , K a t ja Ts chimmel , uma alemã a v i v er no Por to há mais de 2 0 ano s , e um do s pr incipais or ganizador e s de ev en to s , Pedr o Rodr igue s , da De s a f io Global .

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A criatividade está em todos nós? “Sim, com toda a certeza”, responde Katja Tschimmel, professora de de-sign, considerada uma das maiores especialistas em criatividade no nosso país. “Nascemos com essa capacidade, que depois desenvolvemos perante os estímulos que recebemos. Por isso é que é tão importante dar o máximo de estímulos visuais, auditivos, artísticos, científicos às crianças.” A criatividade é algo que se treina, como se de um mús-culo se tratasse. “Quanto mais fizerem exercícios que trabalhem o pensamento criativo, mais capacidade de pensar criativamente as pessoas vão ter”, explica a professora da Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos. E que exercícios são esses? “Exercícios que treinem a percepção com todos os sentidos; pensamento por associações - todos nós pensamos por associações, mas por associações estereotipadas. Se lhe digo mesa, em que é que pensa? Em tampa e quatro pernas. Posso treinar associações diferentes: mesa, cozinhei-ro e vou saindo daquilo que é o este-reótipo. Pensar em analogias. Ou seja transferir o conhecimento de uma área para a outra. A lata de atum foi inven-tada através de uma analogia à banana. Qual é o mecanismo mais fácil, mais intuitivo de abrir?, e foi esse o colocado nas latas de atum. Isto chama-se ana-logia directa; pensamento metafórico, narrativo, pensar em histórias”.

UMA EQUIPA MOT IVADA , BEM PAGA , É MA IS CRIAT IVA?“Bem paga, não diria. Não fica bem dizer isso” (risos). Segundo Katja Tschimmel há estudos científicos que dizem que mais dinheiro não é uma razão para se ser mais criativo. “É aquilo a que chamamos motivação intrínseca. Quando uma pessoa está realmente motivada para um tema, ou para um projecto, não interessa se recebe muito, ou nada até, vai dar o máximo porque acredita naquele pro-jecto. A primeira coisa é a motivação intrínseca, mas depois há outros fac-tores. Não é preciso que todos sejam cobertos, mas quantos mais forem, mais probabilidade existe de que esse sistema produza”. Já uma pessoa feliz, inserida num bom ambiente de trabalho, tem mais propensão para ser criativa. “Se tenho um ambiente cativante, esteticamente agradável, apetece-me ficar mais tempo, se tra-balho num espaço sem luz, cinzento, quero é ir para casa”. A pressão, e este sector dos eventos é de alta pressão, pode ser um estímulo, mas varia de pessoa para pessoa. “Em Portugal essa capacidade de traba-lhar sob pressão é boa, aqui decide-se no último momento. Há pessoas que conseguem trabalhar sob esta pres-são, que funcionam bem, e outras que não conseguem, que bloqueiam. Não há regras. Aliás do ponto de vista de como incentivar a criatividade, não há receitas”, explica.

A CRIATIVIDADE E A CRISE“Por vezes dizem que em momentos de conflito as pessoas são mais criativas. Eu acho que nem uma coisa, nem a outra. O que acontece é que em mo-mentos de crise a necessidade é maior. E quando realmente precisamos de pensar diferente, para sair de algum impasse, temos mesmo de pensar cria-tivamente. Não é por acaso que neste momento o tema da criatividade está no topo”, sublinha Katja Tschimmel. Não há povos mais criativos do que outros, diz a especialista, e lembra a investigação já produzida sobre essas matérias. “Às vezes dizem que tem a ver com o clima. Imaginando que estão 40 graus, não é só pensar criativamen-te, quem é que consegue sequer pensar com esse calor? E quem é que consegue fazer algo quando está a morrer de frio. Há um contexto que talvez bloqueia. Quando tenho uma boa temperatura, um ambiente estimulante, agradável, quando tenho boa luz, boa ventilação, produzo melhor. Mas não só criati-vamente. É com tudo em geral”. Em relação ao mundo dos eventos, os profissionais portugueses são normal-mente considerados pela sua grande capacidade de improviso e de reso-lução de problemas, mas Tschimmel vê isto como um estereótipo. “Dizem que os alemães são mais racionais, os portugueses são mais intuitivos, mais desenrascados. Não gosto muito disso. Na Alemanha há pessoas extrema-mente desenrascadas, imaginativas, intuitivas, e depois há outras pessoas muito racionais. São estereótipos que não ajudam muito”.

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O DES IGN DEVE ESTAR PRESENTE . . . SEMPRE“O design é uma actividade, uma maneira de olhar para qualquer tipo de projecto, seja ele de um produto, de um serviço, de um processo, de um evento, e desenvolver novas propostas, novas possibilidades”, explica Katja Tschimmel. Dizer que o design resolve problemas é redutor. “Ao resolverem problemas os designers criam outros. Houve uma mudança de paradigma, e diria que neste momento o designer é mais visto como alguém que dá res-postas a desafios, identifica oportuni-dades e faz novas ofertas”.A funcionalidade é apenas um dos critérios quando se avalia um projecto de design. “O conceito do bom design está intimamente ligado à funcionali-dade. Mas não é o único. E não é o mais importante. Neste momento em que estamos numa era mais narrativa, as pessoas procuram histórias diferentes. Um dos critérios são as emoções que são tocadas. Um dos motivos para as pessoas gostarem ou não de um evento é a experiência emocional que vivem. Se são surpreendidos, se se riem, se são provocados por alguma razão, o evento fica muito mais na memória do que se acharem que funcionou tudo muito bem. Claro que se as coisas não funcionarem vai ficar de forma nega-tiva na memória. A funcionalidade tem que estar lá, mas não é o que domina”. Quantos mais sentidos forem envol-vidos mais impactante pode tornar-se essa experiência. “Mais de 90% do nosso cérebro vai para o sentido vi-sual. E não é por acaso que tanto os cozinheiros, como os músicos, quando se concentram, fecham os olhos. Para poupar a energia visual que gastamos e se concentrarem ou no sabor ou na música. O mais importante nos eventos é ainda o visual. Agora se damos ainda outro valor, uma mais-valia através do cheiro, do gosto, dos toques, do som, então ainda mais rica é a experiência”,

explica Tschimmel. Por exemplo os jovens esperam de um evento que este tenha muito movimento, que seja multimédia, é o visual aliado ao som. “É muito diferente desenhar um evento para a terceira idade ou para um público com mais de 50 anos, e para adolescen-tes. Uma equipa que projecta um evento para adolescentes tem que ter obri-gatoriamente adolescentes na equipa. Porque senão não vai conseguir entrar na cabeça do grupo”.

PENSAR OS EVENTOS COLABORAT IVAMENTENo entender da especialista em criativi-dade os eventos só tinham a ganhar se fossem pensados de forma colaborativa, por várias pessoas de áreas diferentes, com diferentes tipos de inteligência. “O que é isso de criar algo novo? No fundo são sempre combinações. É assim que surgem as ideias novas. É pegar numa coisa e juntá-la a outra. Se eu junto pessoas com vários conhecimentos, as probabilidades de que eles combinem uma coisa muito distante da outra e assim surja algo de novo, muito mais surpreendente, são muito maiores do que pessoas da mesma área que só têm conhecimento dessa mesma área. O resultado nunca vai ser tão inovador”.

“A CRIAT IV IDADE É A RECE ITA PARA A CRISE E PARA OS ORÇAMENTOS APERTADOS”Quem o diz é Pedro Rodrigues, da Desafio Global ativism. O responsável pela premiada agência partilhou com a Event Point os seus pontos de vista sobre o design e a criatividade.

Como é que funciona o processo criativo na Desafio Global? Em que altura entra o design?Depende do design, nomeadamente se falamos de “design do evento” ou de “design de evento”. Parece apenas uma letra de diferença mas falamos de dois conceitos perfeitamente distintos. Por “design do evento” entendemos, num sentido mais lato, o desenho de todo o evento, desde o programa, aos diversos momentos, local, dinâmicas e tudo o que seja o “esqueleto” do evento. Por “design de evento”, num sentido mais estrito, falamos dos aspectos relacionados com a imagem, que podem englobar a marca a criar ou utilizar no evento, as suas aplicações, peças e expressões e todos os aspectos gráficos ou decoração do espaço.

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O design sacrifica-se à funcionalidade, ou vice-versa?Poderíamos responder com o clichê “vivem de mão dadas”, mas a realidade é que é mais do que desejável que cada um se tente impor ao outro em cada evento. Se a equipa de design tem um rasgo de génio e uma ideia brilhante e irrecusável, então cabe à equipa de gestão de eventos viabilizar essa visão. Por outro lado, se do ponto de vista prático existem constrangimentos reais do espaço, do timing de monta-gens, ou outras variáveis, provavel-mente o design vai ter que se adaptar a essa realidade. É um casamento em que cada parte tem que conquistar a outra no dia-a-dia com uma surpresa, uma novidade ou um gesto arrojado. Nem o designer do evento se sente es-timulado a criar se não for provocado e

espicaçado pelo gestor do evento, nem a equipa do evento se sente realizada para produzir um evento cujo projecto estético não seja inovador.

O design de um evento pode sair prejudicado quando os prazos são muito apertados?Um pouco. Quem sai mais prejudicado em projectos de prazos irrealistas (aper-tados, hoje em dia são todos os projectos) é a área de produção que tem que mate-rializar a visão do projecto de design.

O ambiente humano que se vive na Desafio Global, a motivação, contribui para a criatividade, para eventos mais criativos?Acredito que sim. Não conheço ou-tras realidades, mas no nosso caso existe uma obsessão pela superação a

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todos os níveis. Superação do próximo evento, que tem que ser melhor do que o anterior, e superação individual de conseguir fazer sempre melhor. É um ADN que leva a um elevado grau de autocrítica e exigência. Muitas vezes o gestor do evento acaba por ser mais crítico e exigente, consigo e com os seus projectos, do que o próprio clien-te. No fundo, voltando à pergunta, é uma motivação para a excelência com o mérito de estarmos a falar de uma área de actividade - eventos - que não é uma ciência exacta. Antes pelo contrário, são projectos nunca antes tentados, que são imaginados e criados a uma escala e em timings capazes de fazer tremer qualquer mortal… É a tal superação e, no fim do evento realiza-do, uma descarga de adrenalina e uma sensação de missão cumprida.

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Os eventos saem a ganhar quando são pensados de forma colaborativa?Sim, quando isso é possível… Antigamente os projectos eram pedi-dos com vários meses de antecedên-cia e, na sequência disso, pensados, elaborados, alterados e, com várias fases do processo, até ao dia do evento. Hoje em dia o evento é normalmente pedido demasiado em cima da data. O cliente acha normal, a equipa de gestão de evento até gosta dessa pressão e as coisas vão correndo bem. Isso faz com que a “anormalidade” dos timings apertados se torne normal. Assim, não é desejável, mas é compreensível que, nestes prazos, muito do colaborativo possa ficar pelo caminho ou não acon-teça com a profundidade desejada.

Num contexto de crise, que importância dá o cliente à criatividade?Muita. E nós também. A criatividade é a receita para a crise e para os or-çamentos apertados. Fazer eventos estrondosos com grandes orçamentos é relativamente fácil. Difícil é fazer bons eventos com recursos limitados. Aí entra claramente a criativida-de no sentido de reciclar materiais, potenciar aspectos estéticos, etc… Comparativamente com outros países da Europa, como a Alemanha, os even-tos em Portugal têm orçamentos muito mais reduzidos. Assim, de cada vez que um evento português ganha um prémio num concurso internacional, contra orçamentos inimagináveis, esse prémio devia valor por três… ou mais. Agora é complicado o cliente entender que o projecto de criatividade de um evento é um bem precioso e que deve ser remunerado de uma forma justa. Muitos clientes, alguns que lidam com eventos há algum tempo, estão a agora a entender que, no mix de custos, a parte de projecto e de criatividade tem que ser convenientemente remunera-da. Apesar de não ser uma área palpá-vel como a cenografia ou o catering, a criatividade do evento são horas e dias de trabalho, realizadas por profissio-nais altamente qualificados, e que vão

fazer a diferença no resultado final do evento. Lembra-me sempre a piada da avaria no reactor nuclear. O reactor avaria com perigo de explosão. Nessa altura é chamado o maior especialista do mundo que descobre que era um parafuso desapertado. Quando chega a conta de €1.000.000 o cliente ques-tiona esse valor por um parafuso. E ele responde. Não, o parafuso foi €1, os outros €999.999 são relativos a saber qual o parafuso a apertar.

Com a conhecida pressão sobre os orçamentos, que novos caminhos pode o design seguir para compensar essa pressão?Acho que a corrente estética, em design de eventos, que tem prevalecido nos últimos anos já é uma ajuda sobre o tema da pressão dos orçamentos. Há alguns anos atrás, um evento teria tanto mais impacto quanto as cortinas, candelabros, flores e outros adereços tivesse. Enveredámos, felizmente, por um caminho estético mais minima-lista que, no fundo, ajuda a dosear a referida pressão orçamental.

Qual foi o impacto de novas tecnologias, nomeadamente as de projecção, no design de um evento?Essa foi a grande revolução estética dos eventos. Não é preciso recuar muito, uns seis anos, para encontrarmos fotos em que a “grandeza” de um evento era medida nos metros quadrados de telas impressas. Hoje em dia, do ponto de vista de um evento com um design aclamado, é raro ver-se sequer um metro quadrado de tela impressa. Vemos sim grandes projecções alicer-çadas em conteúdos dinâmicos.

Há uns anos atrás dizia que a cenografia era uma área ainda pouco desenvolvida em Portugal. Entretanto mudou de opinião?Mudei de opinião com grande satisfa-ção. Na altura em que emiti essa opinião realizava eventos em Portugal e no Brasil mercados onde, na época, o contraste era total do ponto de vista cenográfico.

O Brasil não tinha a pujança econó-mica actual, nem os actuais budgets e patrocinadores de eventos mas, em contraste, tinha na altura uma mão-de-obra muito barata. Nós, por outro lado, começávamos a criar marcas para os eventos e a ter acesso a pequenos e grandes formatos de impressão digital. E o contraste na cenografia era muito curioso porque, em Portugal usáva-mos nos eventos mobiliário existente e imprimíamos digitalmente o logo e a imagem do evento. Quando, nessa mesma época, chegava ao Brasil, tudo era literalmente construído. O mobi-liário era construído, o logo do evento ou do cliente mesmo que fosse num formato muito pequeno, era feito em madeira, serrado e pintado.

Como avalia o design de eventos em Portugal?

Temos para todos os gostos em Portugal, desde o design de eventos sofisticado que acrescenta valor ao projecto e ao cliente, até ao design de evento francamente piroso. E , neste tema, acho que a responsabilidade é da agência de eventos em apresentar um bom trabalho e educar o cliente.Muitas vezes, pela foto do evento, e pelo tipo de design, consigo claramente identificar um estilo e a agência que o organizou.

Cláudia Coutinho de Sousa [[email protected]]

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20 ANOS DA DOURO AZULCELEBR ADOS COM POMPA E CIRCUNS TÂNCIANão é todo s o s dia s que o Por to r ecebe e s t r ela s de cinema de Hol l y w ood como S har on Stone ou A ndie MacDo w el l . A con teceu no ev en to que a s sinalou o s 2 0 ano s da Dour o A z ul e a inaugur ação de dois na v io s‑ ho tel da empr e s a . A agência de ev en to s r e spon s á v el f oi a E x panding Gr oup .

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Tudo começou a ser preparado seis meses antes, - o evento realizou-se em Março -, com uma ideia muito clara por parte do cliente. O evento devia respon-der a três objectivos principais: “cele-brar os 20 anos de actividade do Grupo Douro Azul, baptizar e apresentar as nossas duas novas embarcações, o MS AmaVida e o MS Queen Isabel, divul-gar e promover internacionalmente a Douro Azul como operador de cruzeiros fluviais de luxo, e o Douro e Portugal como destinos turísticos de excelência”, explica Bruno ribeiro, marketing ma-nager da Douro Azul à Event Point. “O cliente tinha a noção da forma e a nós coube-nos fazer o agenciamen-to artístico, apoiar a configuração e implantação do evento, construir o alinhamento e geri-lo”, explica Manuel Vaz, director da Expanding Group. O trabalho começou “imediatamente”. “O grande desafio, mais do que a parte técnica, foi o de convencer as celebri-dades a virem a um evento corporate”, refere o responsável. No entanto, se-gundo Manuel Vaz, as celebridades que estiveram presentes, Sharon Stone, Andie McDowell (e Michael Bolton em concerto), foram “primeiras escolhas”. Com a vinda destas estrelas o objectivo foi chegar a públicos externos. O even-to recebeu 33 jornalistas estrangeiros, de publicações que iam desde o Daily Mail, ao El Mundo, passando pela Associated Press.A Douro Azul teve intervenção em todo o processo. Aliás a produção foi totalmente gerida pela empresa, desde o catering ao alojamento, num projecto exclusivamente nacional, dos móveis até à tecnologia. A relação entre cliente e a agência revelou-se muito “tranqui-la”, observa Manuel Vaz. A equipa da Expanding, de resto, “mudou-se, de armas e bagagens” para as instalações da Douro Azul, de modo a trabalharem como um conjunto.

HUB : PARISA articulação de todos os voos foi um dos desafios desta organização, uma vez que a TAP e a Ibéria tinham gre-ves marcadas para a altura do evento. “Esta foi uma parte dura”, lembra Manuel Vaz. A solução passou por alte-rar todos os voos e fazer de Paris o hub principal. Os transfer foram depois feitos por jacto.

100% NA ÁGUAGerir um evento que se realizou “100% na água” obrigou a equipa da Expanding a aprender muito sobre marés e a pensar em mais variáveis do que habitualmente. Manuel Vaz não tem dúvidas, “a experiência da Douro Azul em termos fluviais foi muito importante. Fez a diferença”. Um dos períodos críticos foi a da mudança de cenário entre a recepção e a inaugu-ração dos navios, e a festa. “A equipa

tinha de alterar em 36 minutos a fisio-nomia da tenda para construir a festa. Isto exigiu muita coordenação, sobre-tudo porque o espaço era limitativo e o acesso logisticamente complicado”, lembra o responsável da Expanding. A concepção do evento era ao jeito da passadeira vermelha de Hollywood, não fosse o acontecimento contar com duas grandes estrelas da meca do cinema. Todos os convidados tinham de vestir traje de cerimónia. A parte da hospitality coube também à Expanding, que preparou um progra-ma à medida para os convidados e para a imprensa internacional. “A acção de charme junto da imprensa foi muito forte”, sublinha Manuel Vaz. Foram utilizados, por exemplo, dez Porsches, três helicópteros, dois jactos e um iate. A segurança esteve no topo das preocupações. “O plano de segu-rança foi coordenado pela Douro Azul e pela PSP e funcionou muito bem”, explica o responsável da Expanding Group.

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ALGUNS NÚMEROSEquipa Expanding: 14 pessoas, entre coordenadores e assistentes de produçãoPessoas envolvidas na organização: 400 Convidados: 300

Hospitality: 10 Porsches3 helicópteros2 jactos1 iate

Cláudia Coutinho de Sousa [[email protected]]

TRÊS PERGUNTAS A BRUNO RIBE IRO , MARKET ING MANAGER DA DOURO A ZULQue balanço, enquanto cliente, fazem do evento?Um balanço bastante positivo. O evento decorreu de acordo com o planeado e conseguimos concretizar os objectivos que estiveram na sua base. Estiveram presentes mais de 150 jornalistas de todo o mundo e foram desenvolvidas várias peças de reportagem, em diversos formatos, incluindo directos nos telejornais de horário nobre de todas as televisões nacionais. Os presentes manifestaram o seu agrado com todo o evento, nomeadamente os nossos convidados internacionais que nos congratularam pela qualidade do mesmo e pela capacidade de organiza-ção demonstrada. Como exemplo, posso indicar que só no Reino Unido mais de 200 publicações - entre jornais nacionais e locais, revistas ou publicações dedi-cadas ao sector do turismo - abordaram a nossa gala. Temos sentido também um acréscimo assinalável nos contactos que temos recebido tanto de imprensa inter-nacional, interessada em realizar reportagens, como também de operadores que pretendem realizar parcerias de negócio com a Douro Azul.Para este sucesso também contribuíram os nossos convidados especiais, Sharon Stone e Andie MacDowell, enquanto madrinhas das embarcações, e Michael Bolton, cantor convidado, que ficaram deslumbrados com a beleza do Porto e do Douro, contribuindo para a divulgação internacional da região.

Qual foi a parte mais complicada ou os maiores desafios na sua organização? A coordenação logística de todo o evento foi sem dúvida o maior desafio na organi-zação do evento. Estamos a falar em coordenar um conjunto de equipas que, na sua totalidade, agrupavam mais de 400 pessoas e cujo desempenho e sucesso estava interligado. Juntando a isto tivemos ainda a realização de um programa VIP de visita à região para as celebridades presentes, com todas as condicionantes que isso acarreta.Além disso, estamos a falar de um evento que pelas suas características específi-cas envolveu um conjunto de meios não convencionais. Desde logo a colocação de um palco flutuante em pleno rio Douro, com as duas embarcações a ladearem essa estrutura. Toda esta organização envolveu meios aéreos, terrestres e navais bem como a participação de várias entidades oficiais ao nível da segurança.Felizmente conseguimos criar mecanismos de comunicação e procedimentos de acção que nos permitiram coordenar toda a organização do evento de uma forma funcional e dinâmica, capazes de solucionar os problemas e dificuldades que iam surgindo com relativa facilidade.

Como correu a relação com o organizador do evento?A relação entre a Douro Azul e a Expanding decorreu de forma fluída e integrada como se de uma única entidade se tratasse. Trabalhámos em conjunto desde a concepção do evento até ao pós-evento, com reuniões e contactos permanen-tes, e trabalhando como uma equipa, não apenas dentro de uma relação formal cliente-fornecedor.

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SE SUSTENTABIL IDADE É A RESPOSTA , QUAL É A PERGUNTA?Sempre que os mais pequenos me pedem apoio nos jogos didácticos de labirintos, por que não conseguem chegar do ponto A ao ponto B, tenho tendência a sugerir: porque não tentar o caminho inverso? Sim, é mais fácil , mas a percepção de que é exequível promove confiança! E sim, o verdadeiro desafio está efectivamente do ponto A para o ponto B, mas fazer o percurso inverso também lhes permite aprender, perceber barreiras, as armadilhas, os cuidados a ter ou evitar, permite conjecturar e experienciar um pouco de criatividade. . . No final , a verdade é que quando se olha para trás, para algo feito, tudo parece mais fácil , mais simples. E , perante um novo desafio, o sentido de aler ta aguça‑se, e a compreensão permite dominar. Não querendo descomplicar os desafios da vida (fazendo a transposição dos desafios da realidade de uma criança), nem tão pouco desvalorizar a impor tância da tentativa e erro, é cer to que para a maioria será mais fácil descer a montanha, depois de subi‑la . Porquê? Porque do caminho levamos conhecimento e compreensão.

O CAMINHO MA IS CURTO - PERTO DO ( IN )SUCESSO , LONGE DO VALORÉ comum extrapolar-se da amostra para o universo. No entanto, estatisti-camente, só poderá fazê-lo se a amostra for robusta e, previamente, deverão reunir-se as condições necessárias

para que a extrapolação seja verdadeira. Frequentemente, a par de algum cepti-cismo, assiste-se em tempo real à des-valorização do jargão sustentabilidade, à luz de extrapolações que não cumprem

as condições básicas. Tal acontece por-que se opta por utilizar o termo ao invés de compreender o conceito. O refúgio exclusivamente em “termos” eviden-cia corta-matos, que inevitavelmente

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conduzem a soluções de insucesso, distanciando-as do verdadeiro valor. Já dizia Albert Einstein, “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”. Inspire-se na sua sabedoria, e abra a mente a novos termos dando-se a oportunidade de compreender conceitos (percorra o caminho do conhecimento, indepen-dentemente do sentido), e com certeza o resultado final trará sempre mais valor.

A URGÊNC IA DA SUSTENTABIL IDADE , SEM CORTA-MATO E SEM CEPT IC ISMO

“Nós não herdámos a terra dos nossos antepassados, pedimo‑la emprestada aos nossos f ilhos”Fonte: provérbio índio

Tão importante como perceber a ne-cessidade de garantir que as gerações vindouras usufruirão da mesma qua-lidade e bom estado dos recursos que as gerações anteriores tiveram opor-tunidade de usufruir é substanciar e integrar uma resposta clara e efectiva ao desafio do futuro. Para isso é urgen-te um somatório de contribuições indi-viduais e colectivas, de todas as esferas da sociedade, para que se preconize um desenvolvimento sustentável.

SHHH! É SEGREDO : NÃO É O PL ANETA… SOMOS NÓS !Basta de olhar para o lado, e escu-dar-se nos argumentos da “impossi-bilidade”, do “constrangimento orça-mental”, do “não é tendência”. Estes argumentos revelam alienamento e total distanciamento do objecto da acção. Todos os dias usufruímos dos serviços aprovisionados gratuitamente pela Terra, sem carregar num botão on/off. Na verdade, este mecanismo é accionado pela relação entre a Terra e os que nela habitam, uma relação bidi-reccional - um fluxo de acções, com-portamentos, atitudes e de serviços nos dois sentidos. Quem mais beneficia desta relação, sou eu… Somos nós! E é tanto melhor esta relação, quanto maior for o somatório dos empenhos individuais. Do empenho espera-se compromisso e responsabilização, na multiplicidade de responsabilidades que acumulamos enquanto indivíduos (cidadão, profissional…).

DE REPENTE, O DESAFIO É “EVENTO” E “DESIGN”E em todos nós habita uma verdade escondida - um pequeno herói, dotado de valores, moral e consciente da bidi-reccionalidade dos ecossistemas. Esta torna inevitável a tentativa de integrar “evento” e “design” com a layer “sus-tentabilidade”, quando se pensa em criação de valor e benefício.

-E CODES IGN-E VENTO SUSTENTÁVEL-DES IGN DE E V ENTO-

Da sobreposição destas diferentes áreas de conhecimento - nas zonas de intercepção -, surgem novos conceitos, que são respostas a uma necessidade, a um problema, a um desafio…E a capacidade de resposta é tanto melhor quanto maior for o canal de comunicação, e quanto maior for o número de combinações possíveis entre o genoma das áreas de conheci-mento interceptadas. Deste desafio, e da interconectividade e realimentação positiva entre “evento” e “design” e “sustentabilidade”, espera-se no final (entre outros): eficiência, cadeia de valor, melhoria contínua, redução de impactes, integração, optimização de recursos, planeamento, estratégia, sucesso, reputação. Independentemente do desafio (na área design de evento/produto ou não), é de realçar a importância da responsabilidade e do compromisso atendendo sempre à sustentabilidade envolvente.

Se é inegável o facto de não haver teatro sem actores, personagens e público… como é possível conceber‑se a vida num planeta sem sustentabilidade?

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FREEPORT“VAMOS ABORDAR CADA EVENTO COM GRANDE F LEX IBIL IDADE”

Aproveitando a infra‑estrutura existente dos cinemas, e com um investimento sobretudo na componente tecnológica, o Freepor t ganhou um Centro de Congressos que, segundo o seu responsável , promete concorrer com os actuais venues do mercado. Quando no final de 2011 o Freeport se viu confrontado com a situação de que, para manter os cinemas - 21 salas -, tinha que fazer um investimento de meio milhão de euros (passando a projecção de 35 mm para digital)

havia uma decisão importante a tomar: avançar ou reconverter aquele espaço. “O investimento era simplesmente para conseguirmos continuar a assegurar a distribuição dos filmes, não se pers-pectivando, no entanto, um aumento

do número de visitantes que trariam uma rentabilidade adicional para fazer face ao investimento”, esclarece Nuno Oliveira, director do Freeport. A opção foi por reconverter o espaço. “Nos contactos que fomos fazendo,

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junto dos diferentes operadores que estão no turismo, tomámos consciên-cia da realidade dos congressos, de conferências, de reuniões e eventos”, refere, e aí foi percebida a oportuni-dade de mercado. “Os números que temos da ICCA dão aproximadamente 10 mil reuniões todos os anos. Portugal recebe 230 dessas. Essas 230 corres-pondem a mais de 140 mil pessoas. Lisboa consegue absorver 50%. Temos um potencial grande e em crescimento. Aqui estamos a falar numa perspec-tiva de que as pessoas vêm para estar presentes nesses eventos, mas depois a componente de gastos, shopping, lazer, é muito importante. Então fomos ava-liar o que é a oferta na zona de Lisboa para acolher este tipo de eventos, e ob-servamos que, sobretudo no segmento dos grandes eventos, Lisboa está limi-tada na oferta existente”, afirma Nuno Oliveira. A segunda oportunidade que identificaram foi à luz da forma como se posicionam os actuais operadores. “Na aprendizagem que temos do mer-cado de retalho somos muito flexíveis na abordagem com os nossos parceiros comerciais. É certo que temos regras, mas o mais importante no final é que o visitante tenha a melhor experiência possível. Transpondo para a realidade dos congressos, significa que um dos pontos que os diferentes operadores do mercado apontam é muitas vezes a falta de flexibilidade dos operadores [espaços] existentes para um período crucial, e que são as montagens dos eventos. Nós vamos garantir aos dife-rentes players uma grande flexibili-dade nesta área, e um posicionamento relativamente à parte logística distinto daquele que existe no mercado”.Esta reconversão não teve um in-vestimento “significativo”. “O prin-cipal investimento foi realizado em 2004 quando desenvolvemos a in-fra-estrutura, na altura para cinemas. Investimos sobretudo na parte tecnoló-gica, dotando as salas de todos os equi-pamentos audiovisuais necessários para proporcionar uma experiência muito positiva”, sublinha o responsável.

SISTEMA DE CONCESSÃO MISTOO modelo de concessão implementado no Centro de Congressos do Freeport é misto, com excepção dos audiovi-suais e da segurança, em que a opção recaiu por trabalhar com um único fornecedor. Já no catering foram escolhidos três operadores do mer-cado. “Se alguma empresa quiser ter no seu evento uma acção de catering, poderá contactar três fornecedores, acreditados por nós, que entram em concorrência entre eles na apre-sentação das propostas ao cliente”, esclarece Nuno Oliveira. Em outras áreas existem serviços recomendados, mas não obrigatórios. Agregada está a oferta de restauração já existente no Freeport e que pode ser utilizada. A hotelaria, ou a falta dela, não é uma preocupação para Nuno Oliveira. “Quando olhamos para um raio de 30 km do Freeport, temos a norte uma oferta extraordinária no Parque das Nações, com excelentes hotéis. A sul temos menos oferta, é verdade, mas uma oferta mais característica, seja em Alcochete, seja em Palmela, seja no Montijo. Não temos a menor dúvida de que localização não é um ponto fraco”.

REACÇÃO POSIT IVA“A principal vantagem é o produto que temos”, admite Nuno Oliveira. E para já a reacção do mercado tem sido “muito positiva”. Os esforços comer-ciais vão concentrar-se, este ano, no mercado nacional, mas o internacional não será descurado. “Estamos a de-senvolver já o trabalho a nível inter-nacional, no segmento das reuniões associativas, para no próximo ano começarmos já a ter alguns resultados. Sabemos no entanto que este tipo de reuniões implicam um planeamento com maior antecedência”. O segmento dos eventos culturais também está a ser trabalhado.

Cláudia Coutinho de Sousa [[email protected]]

CARACTERÍST ICAS DO ESPAÇOESPAÇOS : 20 salas e auditórios, com capacidade para 100 a 800 pessoas;

Sala multiusos: 2100 m2;

Foyer principal: 875 m2;

Centro de exposições: 500 m2;

Estacionamento: 2475 lugares

OUTROS SERV IÇOS :Tradução e interpretação simultânea

Inscrições online, credenciação e certificados

electrónicos

Secretariado (permanente ou no dia do evento)

Hospedeiras

Sinalética e decoração

Logística

Stands

Aluguer de mobiliário

Fotografia e vídeo

Assistência médica permanente

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A LE X ANDR A TORÉG ÃO A S SUME PRE SIDÊNCIA DO C APÍ T ULO IBÉRICO DA ICC AFoi pr ecis o e sper ar pela IME X , em Fr ank f ur t , par a conhecer o f ic ia lmen te a nov a pr e siden te do C apí t ulo Ibér ico da IC C A ‑ In ter na t ional C ongr e s s and C on v en t ion A s s ocia t ion : a ac t ual d ir ec tor a de mar ke t ing do C en t r o de C ongr e s s o s de L isboa . A lexandr a Tor égão s ucede a s sim a Fr ank Gar cia , do C en t r o de C on v ençõe s In ter nacional de B ar celona . O pr oce s s o , que dev er ia ter f icado concluído em A br i l , no s A çor e s , dur an te a r eunião anual do C apí t ulo , s o f r eu uma r ev ir a v ol ta ine sper ada quando , na s v é sper a s de s s e encon t r o , o candida to anunciado , Pedr o Rocha do s S an to s , d ir ec tor do C en t r o de C ongr e s s o s do E s tor i l (C C E) , s oube que e s ta v a impedido de a s s umir o car go .

E M D E S T A Q U E

Porquê? Por causa da Lei 50/2012, publicada a 31 de Agosto, que “Aprova o regime jurídico da actividade empresarial local e das participações locais”. Uma circunstância que só muito tardiamente foi transmitida a Rocha dos Santos, como este re-fere à Event Point, e que na prática impede o CCE de ser membro de

entidades como a ICCA, ou sequer do Convention Bureau do Estoril.No artigo 38º da referida Lei pode ler-se, no ponto 1, que “as empresas locais não podem constituir nem adquirir quaisquer participações em sociedades comerciais, nem criar ou participar em associações, fun-dações ou cooperativas”. E continua

no ponto 2, dizendo, “Os actos praticados e os contratos celebrados em violação do disposto no número anterior são nulos”.A Lei 50/2012, afirma ainda Pedro Rocha dos Santos, vem “comprometer a estratégia de negócio e de promoção do CCE, assente no networking”, e no envolvimento em associações como

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a ICCA, o GMIC - Green Meeting Industry Council, o BCSD Portugal - Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável ou a Sociedade Ponto Verde.Perante esta reviravolta, e a necessi-dade de cumprir a alternância entre Portugal e Espanha na presidência do Capítulo Ibérico da ICCA, a lista candidata foi reformulada, incluindo, para além de Alexandra Torégão, a vi-ce-presidente Maria del Mar Carnero, da FIBES Congress, e as vogais Maria José Alves, do Convention Bureau do Estoril, e Sonia Serracarbassa, do Convention Bureau da Catalunha.Depois de ouvidos todos os membros do Capítulo, a nova direcção, elei-ta para um período de dois anos, foi finalmente aprovada e tomou posse a 20 de Maio, durante a IMEX. Este é um mandato assumidamente de continui-dade, mas mais focado em objectivos de comunicação e marketing, e de visi-bilidade do Capítulo. A rentabilização da base de dados da ICCA é outro dos objectivos estratégicos.

REGRESSO AOS AÇORESSeria injusto não voltar agora um pouco atrás, e recuperar os prin-cipais aspectos da Reunião Anual do Capítulo Ibérico da ICCA, que se realizou em São Miguel, entre 17 e 19 de Abril. Ao todo estiveram 38 par-ticipantes, incluindo os portugueses Associação de Turismo do Algarve, Viagens Abreu, Estoril Convention Bureau, AIP, Porto Convention Bureau, Pacific World, Centro de Congressos do Estoril e Factor Chave. Do programa constaram as comu-nicações de Elling Hamso, do Event Roi Institute, sobre a nova Meetings Architecture, de Pedro Norton de Matos, organizador do Green Festival, abordando a temática da sustentabili-dade, e de Oscar Cerezales, responsá-vel pela Ásia/Pacífico no Grupo MCI, que destacou a importância das ques-tões culturais, quando se pensa em novas oportunidades nos mercados emergentes. Uma inovação neste en-contro açoreano foi a sessão “You are the speaker”, realizada no formato de Pecha Kucha, e em que qualquer um dos participantes pôde partilhar as suas experiências e preocupações face ao momento que o sector atravessa.Ao longo destes três dias bem preen-chidos de actividades, podemos dizer

que a preocupação geral, presente em quase todos os momentos de debate, foi a de ir para lá do discurso da crise, e encontrar formas de gerar mais negó-cio e abrir novos mercados. O segredo, defendem muitos, poderá estar na cooptition ou, se preferirem, numa competição colaborativa.A estadia nos Açores não poderia chegar ao fim sem uma actividade de responsabilidade social corporativa. Deste modo, em colaboração com os serviços florestais, o grupo plantou um logo da ICCA, só com espécies autóc-tones que importa preservar. Um logo suficientemente grande para poder ser visto através do Google Earth (!).

A próxima Assembleia‑Geral do Capítulo Ibérico da ICCA está marcada para Girona, em Espanha, na Primavera de 2014, e continua a ter a Event Point como media partner.

Rui Luís Romão [[email protected]]

E M D E S T A Q U E . A L E X A N D R A T O R É G Ã O A S S U M E P R E S I D Ê N C I A D O C A P Í T U L O I B É R I C O D A I C C A

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A TRAGÉDIA DA BOATE KISS - ALGUMAS LIÇÕES PARA O SEU EVENTOVolvidos alguns meses sobre o incêndio ocorr ido na discoteca K iss , no Brasil , que matou 241 pessoas e fer iu gravemente mais de 400, já poucas são as referências ao assunto na comunicação social , entretanto submergida por outros temas igualmente impor tantes , ou não, e que nos fazem esquecer a dimensão da tragédia .Porém, é pr incipalmente através dos erros que o conhecimento humano vai progredindo e , nesta perspectiva , a tragédia da Boate K iss encerra em si alguns ensinamentos que não devem ser ignorados por todos aqueles que organizam eventos dentro de determinados t ipos de edif ícios , como discotecas , bares , hotéis , caves diversas , garagens , escolas , etc .O incêndio teve origem quando o vocalista do conjunto que actuava no momento lançou um very-light no interior da discoteca, que de imediato incendiou o material de isolamento acústico, à base de espuma de poliure-tano. Este tipo de material isolante é o que se encontra instalado na maioria dos estabelecimentos do nosso país e, quando arde, desenvolve temperaturas da ordem dos 1000º C.As principais causas das mortes foram a intoxicação pelos gases altamen-te venenosos que se desenvolveram

- monóxido de carbono, fosgénio e ácido clorídrico gasoso - as queima-duras - os investigadores concluíram que a temperatura no interior da sala atingiu mais de 1500º C em poucos minutos - o esmagamento das pes-soas em fuga que ficaram entaladas na única porta de saída e, finalmente, a asfixia que se deu quando o incêndio consumiu todo o oxigénio que havia no interior da discoteca, matando todos os que ainda aí se encontravam, e extinguindo o incêndio - em menos de oito minutos após o seu início.

Quando os bombeiros chegaram, já o incêndio se tinha extinguido.

O P I N I Ã O

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OS PR INC IPA I S FAC TORES QUE CONTR IBU ÍR AM PARA A TRAGÉD I A F ORAM :

a. Utilização indevida de fogo-de-arti-fício no interior de um edifício;

b. Grandes quantidades de espuma de poliuretano, situação própria deste tipo de estabelecimentos;

c. Excesso de pessoas no interior da discoteca, relativamente ao máximo autorizado;

d. Existência de apenas uma saída, incapaz de dar escoamento em tempo útil para a fuga das pessoas;

e. Nos momentos iniciais do incêndio, os “seguranças” impediram a saída das pessoas, para as obrigar a pagar (uma constante nas diversas tragédias idênticas ocorridas em discotecas e bares);

f. Não funcionamento dos extintores utilizados inicialmente para tentar extinguir o incêndio.

QUE ENSINAMENTOS DEVEMOS RET IRAR DESTA TRAGÉDIA PARA APL ICAR NOS REC INTOS QUE UT IL IZ AMOS NOS NOSSOS EVENTOS :

a. Verifique o tipo de materiais que utiliza no isolamento acústico do recinto - existem isolamentos que não são combustíveis;

b. Verifique o tipo de todos os materiais que utiliza no interior do seu recinto pois uma cuidadosa selecção reduz substancialmente a carga de incêndio - existem tecidos, mobiliários, decora-ções, etc., resistentes ao fogo;

Não se esqueça de que a legislação de segurança no trabalho e de segurança contra incêndios exigem a aplicação destas medidas. E se é o proprietário do recinto, o promotor ou o director do evento, a legislação não lhe deixa muita margem para “escapar”: a responsabilidade é SUA!Por fim, não deve jamais esquecer este facto importantíssimo: um pequeno foco de incêndio atinge proporções incon-troláveis em pouco mais de um minuto e o fumo gerado espalha-se pelo recin-to, atingindo concentrações letais em poucos segundos; como consequência, a evacuação do recinto tem que ser feita de imediato sob a direcção do responsável de segurança - cada segundo conta!Frequentemente, como foi o caso na Boate Kiss, quando os bombeiros chegam, já é tarde demais, pois por mais rápidos que sejam, demorarão sempre alguns minutos a chegar ao local do incêndio.

c. Nunca utilize fogo-de-artifício no inte-rior de edifícios sem verificar que se tratam de artefactos especialmente destinados a esse efeito - existem artefactos especiais para utilização no interior de edifícios;

d. Tenha muita atenção na manutenção preventiva das suas instalações, com espe-cial atenção para os equipamentos eléctri-cos e a gás - equipamentos de cozinha, de frio, de som, de iluminação e de ventilação, aquecimento e ar condicionado;

e. Tenha muita atenção na manutenção preventiva dos seus equipamentos de segurança contra incêndio - extinto-res, sistema de detecção e de alarme, sistemas de extinção;

f. Verifique diariamente, antes da abertura ao público, que todas as saí-das de emergência se encontram bem assinaladas e desimpedidas, quer no interior quer no exterior do edifício;

g. Nunca deixe entrar pessoas a mais relativamente ao efectivo de público aprovado para o recinto;

h. Dê formação aos seus colaboradores, nas seguintes áreas:

> evacuação do recinto - é o seu staff quem tem que guiar o público pelas saídas de emergência, em caso de incêndio;

> utilização dos meios de primeira intervenção - os extintores e as bocas de incêndio armadas, se existirem e estiverem operacionais, podem ex-tinguir um incêndio em segundos, sem perigo para o público e para quem ataca o foco de incêndio;

> chamamento dos meios de socorro - bombeiros, emergência médica e polícia;

> primeiros socorros.

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WE ARE INTERACTIVEC R I AT I V I D A D E E T E C N O L O G I A

Pr ecur s or e s da tecnologia de Ster eo s copic V ideo Mapping no no s s o país , a We A r e In ter ac t i v e t r abalha o mer cado do s ev en to s cor por a te e da ac t i v ação de mar ca s , a l iando cr ia t i v idade à tecnologia , de f or ma a cr iar uma ex per iência impac tan te . A empresa nasceu em 2010, pela mão de Eduardo Pinto e, de lá para cá, o projec-to tem crescido, sobretudo na área dos eventos corporate, mas também na ac-tivação de marca. Os principais clientes são as agências que procuram a We Are em busca de soluções multimédia. Entre as marcas com que já trabalharam con-tam-se as três operadoras móveis, a Bial, a SIBS ou a Volkswagen. “Nós aqui temos o know-how tecnológico, os serviços de

criatividade de design gráfico, motion graphics, produção 3D, som, para pen-sar e desenvolver ideias e soluções para os eventos. Do ponto de vista tecnológi-co, temos os nossos parceiros, que são uma peça fundamental”, refere Eduardo Pinto. O processo criativo decorre em estreita colaboração com fornecedores e clientes. “O nosso processo passa por receber o briefing com o tipo de evento que vai acontecer, pensar em soluções,

enviar algumas soluções nossas ou produzidas por outras companhias, tanto nacionais como internacionais, desenvolver maquetas e orçamentos, e ajustar àquilo que é o desejo do clien-te”, indica o responsável. Para criar peças de grande impacto experiencial, a We Are trabalha com soluções de visão por computador, de-tecção 3D de corpo, ecrãs de toque, de sensibilidade a som, entre outras.

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“Jogamos com todas essas tecnologias. E normalmente tentamos remeter o que estamos a fazer do ponto de vista tecnológico e da solução para as redes sociais , através da captação de fotografias ou vídeos das pessoas a interagirem com o produto”, explica Eduardo Pinto.

Uma das tecnologias que tem estado em evidência é o video mapping. A We Are acrescenta-lhe a estereoscopia. “Estereoscopia é a imagem que vemos com os óculos 3D, no cinema, e que cria a sensação de profundidade”, ex-plica Eduardo Pinto, sublinhando que a esterescopia funciona “lindamente” com o video-mapping, mas também pode ser usada para outras apresen-tações. O avanço tecnológico permite neste momento “projectar estereos-copia em qualquer superfície graças à tecnologias que temos dos fornecedo-res”, diz o fundador da We Are.

PARA DIFERENTES BOLSOS “Desenvolvemos soluções económicas e soluções de high cost, tudo depende do evento que se está a tratar e do budget”, diz Eduardo Pinto, e nem a crise e o cuidado para não incutir uma percepção de extravagância por parte dos espec-tadores/consumidores tem afastado os clientes das soluções tecnológicas impactantes. “As empresas continuam a querer coisas com impacto. No fundo nós, mesmo que tenhamos soluções de grande impacto, os projectores de gran-des dimensões, o que as pessoas vêem é uma tela na qual criamos aquilo que as pessoas vão absorver. A tecnologia fica em backstage, escondida. Temos é de-pois uma facilidade plástica de desenvol-ver coisas que tenham impacto, mas que não estejam ali a denotar uma opulência de custos. De impacto, mas com a men-sagem mais cuidada do ponto de vista do investimento que estava a ser feito para o evento”, refere Eduardo Pinto. O responsável considera que a criati-vidade tem sido injustamente menos-prezada nos últimos tempos, “prova-velmente devido ao budget que muitos eventos têm neste momento”, conside-ra o director da We Are Interactive.

V IDEO MAPPING VA I CONT INUAR EM VOGAHoje em dia os custos associados ao video mapping são diferentes daqueles que eram praticados quando a tecnolo-gia surgiu. “Não vou dizer que é a so-lução mais económica, mas tem neste momento custos ajustados. Acredito que o video mapping vai continuar a ser das soluções visualmente mais apelativas”. Eduardo Pinto considera que a junção de soluções interactivas ao video mapping vai ser um upgrade. Para 2013, os objectivos da We Are são os de manter um crescimento susten-tável. “A equipa que tenho é flexível em dimensão, elástica, que cresce para eventos de maior dimensão. Somos seis neste momento, o que nos per-mite gerir os budgets de uma forma mais flexível”, refere Eduardo Pinto. A internacionalização está nos planos da We Are. “Não tivemos ainda nenhuma situação de ter de levar a equipa para o estrangeiro, mas estamos a exportar produtos multimédia que fazemos, videos, spots de tv”. Os principais mercados são Angola e Brasil.

Cláudia Coutinho de Sousa [[email protected]]

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O P I N I Ã O

FEIRAS: UMA VISÃO GLOBAL COM CONCLUSÕES NACIONAISO ambien te económico e a s f eir a s têm uma r elação de amor / ódio . Quando o ambien te e s tá bom a s f eir a s r egis tam indicador e s po si t i v o s , ma s quando e s tá mau é inev i tá v el a quebr a em todo s o s indicador e s . Ou s eja , a té ape tece dizer que quando o pr imeir o e spir r a o s egundo con s t ipa ‑s e .

Como contrariar esta suposta ine-vitabilidade é o que actualmente preocupa os organizadores de feiras em Portugal. Como em qualquer indústria, uma das ferramentas a que os gestores recorrem para os au-xiliar na tomada de decisões são os estudos que as associações sectoriais efectuam, quer sobre a evolução glo-bal do mercado, quer identificando as tendências em termos de produ-tos e mercados.A UFI - The Global Association of The Exhibition Industry, e desde 2009 com o início dos reflexos da crise no sector, tem vindo a efectuar à escala internacional um inquérito designado “Crises Barometer” com o qual informa os seus associados da evolução de diversos indicado-res: volume de negócio; evolução do lucro; percepção da crise eco-nómica e prioridades estratégicas. Em Janeiro de 2013 foi publicado o relatório do décimo inquérito,

realizado em Dezembro de 2012, que aborda os resultados de 2012 e previsões para 2013, e que de uma forma muito sucinta me proponho partilhar convosco.

VOLUME DE NEGÓCIO - AS EMPRESAS FORAM QUESTIONADAS SOBRE A FORMA COMO ANTECIPAM A EVOLUÇÃO DO SEU NEGÓCIO EM RELAÇÃO AO MESMO PERÍODO DO ANO PASSADO.

Na Europa 53% das empresas prevêem um crescimento em 2013. Em África e no Médio Oriente são 57%, na Ásia e Pacifico 60%, e nas Américas 76%. O resultado da Europa é muito influen-ciado pelas previsões da Rússia, 75%, e da Turquia, 81%. Por outro lado o resultado das Américas resulta de um crescimento significativo nos EUA, 77%, e na América do Sul.

LUCRO OPERACIONAL - AQUI PRETENDE-SE SABER A EVOLUÇÃO DOS LUCROS EM 2012 FACE A 2011.

Regista-se uma tendência generali-zada para uma estabilização do lucro operacional. O facto mais significativo é o facto de a Europa ser o único con-tinente onde as empresas antecipam quebras de lucro entre 11% e 50% (17%) e cerca de 5% prevêem resultados ope-racionais negativos. É nas Américas e na Ásia que se registam as previsões mais optimistas.

PERCEPÇÃO DA CRISE - QUAL O IMPACTO DA CRISE ECONÓMICA NO SEU NEGÓCIO É A QUESTÃO.

Apenas nas Américas se registam res-postas de que o impacto da crise tinha terminado. Em todas as outras regiões a maioria antecipa a continuação do impacto negativo da crise no negócio. Com o decorrer do tempo verifica-se que o número de empresas que prevê o fim do impacto da crise em 2013 foi

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diminuindo, passando de 44% em Junho de 2012, para 33% em Dezembro de 2012. Mas o mais relevante é que 36% prevê apenas em 2014 o fim do impacto, 23% prevê para 2015 e 8% só mais tarde! Também aqui a Europa regista as taxas mais pessimistas.

NEGÓC IO - QUA I S OS ASPEC TOS QUE MA I S VÃO INF LUENC I AR O SEU NEGÓC IO EM 2013?

O estado da economia nacional/re-gional, 25%, a incerteza da economia global, 21%, a concorrência interna, 17%, e as alterações internas na or-ganização, 17%, são os aspectos que globalmente foram referidos por 80% das empresas como os que mais vão influenciar o negócio.

ESTRATÉG I A - PRE TENDE- SE SABER QUA I S SERÃO AS PR IOR IDADES PARA 2013 .

Em todas as regiões as empresas reve-lam vontade em lançar novos produ-tos/feiras, seja no formato tradicional, seja em novos formatos. Nas Américas regista-se uma forte tendência para os eventos virtuais. Na Europa 26% das empresas vai manter o mesmo “por-tfolio” de feiras, 39% pretende lançar novas feiras e 23% pretende desen-volver novos conceitos de eventos, nomeadamente virtuais. Em termos de expansão geográfica, 54% pretende or-ganizar feiras em outros países. Só na Ásia é que não se regista esta tendên-cia. A Europa regista 58% de intenções.

CONCLUSÃOApós três anos de previsões de cres-cimento de volume de negócio (VN), a Ásia apresenta para 2013 previsões de redução, as quais ficam ao nível das da Europa e da África/Médio Oriente. As Américas, que registaram em 2012 uma quebra no VN, apresentam previsões de crescimento para 2013 e são a pri-meira região do globo que acredita que o impacto da crise termina este ano. A incerteza e o estado da economia local, a concorrência local e os temas organi-zacionais internos (recursos humanos, formação, financiamento) são os fac-tores que mais vão preocupar as orga-nizações em 2013. A maioria planeia o desenvolvimento de novos negócios no âmbito da sua actividade (75%) e a expansão para outros países (54%).Estas conclusões são extraídas de um trabalho realizado à escala mun-dial (213 empresas de 56 países). A extrapolação para Portugal deve ser feita com cautela. O facto de 50% das respostas serem da Europa, onde esta-mos integrados, faz com que devamos olhar para elas. E é com base nisto que arrisco a apresentar algumas linhas de orientação para o futuro.A primeira é a da adaptação do negócio à realidade existente. Redução de mar-gens, reformulação da estrutura de cus-tos (direccionar os recursos para onde mais fazem falta) e análise da concor-rência, principalmente espanhola, são aspectos a ter em conta permanente.A segunda reside na adaptação dos serviços a prestar à realidade actual. Numa fase em que as empresas têm como principal objectivo da par-ticipação na feira, a procura e/ou

concretização de negócio, é impor-tante prestar serviços vocacionados para o apoio à captação de visitantes, a promoção e realização de encontros de negócio, o apoio à promoção das empresas.O estabelecimento de parcerias estra-tégicas, visando o lançamento de novos produtos com formatos diferentes deve ser reforçado. Fóruns especializados, com feiras temáticas, é uma das vias. Por último, a “exportação” dos produ-tos para outros países. E preferencial-mente fazê-lo com um parceiro estra-tégico e acompanhando as tendências do mercado. A decisão deve ter em conta não só o mercado, mas também o produto.

As feiras podem e devem assumir um papel crucial na recuperação económica do nosso país . Só o conseguem ajustando‑se à realidade actual , modernizando‑se e internacionalizando‑se. Hoje, mais do que nunca, a união de esforços é vital e aqui surge o associativismo que neste sector tem sido tão descurado, mas isso deixa‑nos para futuras conversas.

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SUMÁR IO DO I S PONTOS

F ORMAÇÃO . UMA DUPLA APOSTA EVENT POINT.A formação em eventos é relativamente recente, cresceu nos últimos cinco anos, e resulta da resposta do mercado de educação e formação à indústria dos eventos no contexto nacional. Em Portugal já é possível fazer uma licenciatura em gestão de eventos ou um mestrado. Existem também pós-graduações e propostas de formação para executivos, e até MBAs, e algumas ofertas de formação financiada, as chamadas unidades de formação de curta duração. No que respeita à formação inicial de jovens, os alunos podem optar pela via profissional e concluir o 12º ano como técnicos de organização de eventos. Em termos gerais, estas são as ofer-tas existentes. Mas o que sabemos efectivamente sobre elas? Qual o seu contributo para o sector?Iniciamos neste número uma aposta Event Point na forma-ção. E uma aposta em duplo sentido: sobre a formação e com formação. Por um lado, ao longo dos próximos números, procuraremos contribuir, em contacto directo com os seus intervenientes, para a caracterização da educação e forma-ção existente em Portugal. Quais as suas experiências, que desafios enfrentam, que expectativas têm, é o que preten-deremos conhecer melhor. Por outro lado, daremos início, a partir de Setembro, a um ciclo de formações (seminários e workshops). Adiantamos ainda que, no próximo número, nos dedicaremos ao ensino profissional. O curso de técnico de organização de eventos e os seus actores (escolas, profes-sores e alunos) serão alvo do nosso olhar.

PRÁT IC AS & AC TORES

MESTRANDOS DE DES IGN DE INTERIORES DESENVOLVEM PROJECTOS PARA EVENTOSUm grupo de alunos de mestrado da ESAD - Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos encontra-se a desenvolver pro-jectos de ambientes para diferentes eventos no âmbito dos seus projectos finais. Estivemos à conversa com dois intervenientes.

E XPER IÊNC I AS DE LUZProjecto de ambientes para o evento de lançamento de São José de Ribamar.

Autoria: Benedita Álvares Ribeiro.

Projectado para a quinta de São João de Ribamar, onde nascerá um empreendimento

imobiliário de luxo, o projecto refere-se ao evento de lançamento desse empreendimento

num palacete e faz uso da exploração da luz para a criação de diferentes ambientes e

momentos no evento.

F O R M A Ç Ã O

P E D R O F I G U E I R E D OD O C E N T E D O E N S I N O S U P E R I O R E P R O F I S S I O N A L .A S S E S S O R E V E N T P O I N T P A R A A F O R M A Ç Ã O .

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O design de eventos não é tema novo na ESAD como faz lembrar a directora do mestrado em design. Joana Santos recorda que “a ESAD lançou em 2008 uma pós-graduação em design de eventos” e que, no que respeita ao mestrado, na especialização em Interiores, “neste momento, temos três projectos finalizados e dois em fase de conclusão e ainda uma dissertação sobre gestão do design em eventos”.

AUSÊNC I A /PRESENÇAProjecto de interiores Murmur para a edição 2013 da 100% Design.

Autoria: Catarina Sinde.

É um projecto que tem como dimensão referencial um clássico do cinema europeu, La

Grande Bouffe, e que explora a dicotomia ausência/presença na concepção de um espaço

expositivo, uma de sala de jantar, num stand destinado à participação de uma marca

numa feira internacional de design.

Os projectos desenvolvidos pelos alunos “são propostas de design de interiores para lançamento de produtos, partici-pação em feiras internacionais, eventos em espaço urbano, eventos de moda e eventos corporativos”.

DES IGN DE E V ENTOS EM E SPAÇO URBANOProjecto de ambientes para um festival de artes cénicas.

Autoria: Filipa Freitas.

Trata-se de um projecto que procura fazer uso de três coretos na cidade do Porto como

âncoras de um festival de artes cénicas, aproveitando a localização privilegiada quer física

quer no imaginário colectivo das pessoas destes espaços. O evento foi conceptualizado para

acontecer, em simultâneo, nos jardins da Cordoaria, do Marquês de Pombal e de São Lázaro.

F O R M A Ç Ã O

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Filipa Freitas, foi uma das alunas que optaram por investigar sobre eventos reconhecendo que estes “são uma disciplina em expansão”, mas confessa que “a curiosidade pela área” foi a motivação da sua opção. A investigação que desenvolveu originou a conceptualização de um festival de artes cénicas e o desenvolvimento de um projecto, que, do ponto de vista do design de interiores, procura promover “experiências, a circulação de fluxos, o conforto e a segurança no evento”, explica a designer.

[ IN ] F ORMAÇÃO - PARA L ER SOBRE…

DES IGN DE E VENTOS

Events Design and Experience é um texto pioneiro no tra-tamento do tema do design em eventos e assenta em três premissas: os ambientes em eventos têm de ser criados, as experiências em ambientes de eventos devem ser proposi-tadamente desenhadas e os stakeholders são os receptores directos dessas experiências.Em quatro capítulos, Graham Berridge discute eventos, experiências em eventos, o desenho da experiência e analisa, apresentando casos de estudo, experiências bem sucedidas.Uma referência para a compreensão da experiência dos participantes em eventos e da forma como esta pode ser desenhada e controlada pelo design.

E VENTS DES IGN AND E XPER IENCEAUTOR : GRAHAM BERR IDGEED I TORA : BUT TERWORTH -HE INEMANNANO : 2007 ( 1ª ED . )296 PÁG INAS

F O R M A Ç Ã O

O design thinking é uma competência nuclear dos processos criativos de qualquer designer e para quem possa pretender compreendê-los melhor, particularmente a forma como pensam e trabalham, Design Thinking, de Nigel Cross, é a sugestão.O autor, que reconhece que “qualquer um pode - e faz - de-sign”, apresenta-nos o resultado da sua investigação sobre as práticas de design, que incluiu entrevistas a designers, ob-servação e estudos de caso, estudos experimentais, simula-ção e reflexão, e teorização. O professor de Design Studies da Open University, oferece, ao longo de oito capítulos articu-lados com casos de estudo, contributos para o entendimento do design thinking e daquilo que aparentemente parece ser uma “misteriosa capacidade do design”.

DESIGN THINKING. UNDERSTANDING HOW DESIGNERS THINK AND WORK .AUTOR : N IGE L CROSSED I TORA : BERGANO : 201 1 ( 1ª ED . )163 PÁG INAS

Pedro Figueiredo [[email protected]]

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L E I T O R

CONSULTÓRIO DE PROTOCOLOOs leitores perguntaram e as nossas especialistas de protocolo respondem. Susana de Salazar Casanova e Cristina Fernandes foram desta vez desafiadas para reflectir sobre assuntos como a relação entre hospedeiras e o gestor de eventos e sobre o novo acordo ortográfico.

Que conselhos devemos dar às hospedeiras de um evento? Lidar com o público é tantas vezes complicado… FG, Matosinhos

A questão que apresenta é muitíssimo pertinente. E, se nos permite, consi-deramos o termo “conselho” redutor: as hospedeiras de um evento devem ser contratadas a uma empresa que asse-gure os devidos padrões de qualidade ou, se não for o caso, quem organiza o evento deverá dar às hospedeiras todas as directivas necessárias para que o seu comportamento possa estar totalmente em consonância com a imagem do evento e com os objectivos da organização anfitriã.O mais importante é a sua capa-cidade de comunicação, verbal e não verbal. Quanto à comunicação verbal, deve garantir-se que falem a língua oficial do evento (que poderá não ser o português) e uma língua estrangeira (normalmente o inglês), caso a nacionalidade dos partici-pantes assim o justifique. Devem falar com clareza, correcção e sem recurso a calão.Quanto à linguagem não verbal (a mais complexa e ampla) deve acautelar-se a questão da presença visual (em coe-rência com o tipo de evento e demais

características da entidade anfitriã) bem como postura, (fundamental para profissionais que muito prova-velmente vão passar muito tempo de pé), discrição dos gestos, tom de voz, manutenção de contacto visual duran-te o atendimento e, importantíssimo, o sorriso genuíno.Note-se que as hospedeiras de um evento são profissionais que devem ser fisica-mente resistentes, além de demonstra-rem grande flexibilidade e disponibilida-de mas, sobretudo, simpatia e habilidade para orientar/ajudar os participantes, não raramente sob pressão.

Apesar de não concordar com o novo acordo ortográfico, este já faz parte da minha vida e da da minha empresa, pelo que sempre que alguém ou alguma entidade não o utiliza questiono-me: - porque não o fazem? Qual a opinião dos experts em protocolo sobre este tema?RM, Lisboa

O acordo ortográfico foi ratificado a 4 de Agosto de 1991 pelo então Presidente da República, Dr. Mário Soares. Surgiu porque se considerou prejudicial para a unidade e prestígio da língua portugue-sa a existência de várias ortografias. O acordo ortográfico entrou em vigor a 13

de Maio de 2009, havendo um período de transição de seis anos. Este período de transição para implementação do acordo terminará em 2015, sendo, por isso, possível, na actualidade, encontra-rem-se textos escritos das duas formas. A escolha é, ainda, uma opção de cada um, de cada organização, justificando-se assim o facto de algumas agências optarem por não usar o acordo. O protocolo é utilizado por pessoas e essas pessoas trabalham em organiza-ções; as regras protocolares ajustam-se, também, às transformações da língua portuguesa. Assim, em primei-ro lugar devem cumprir-se as normas estipuladas nessa entidade. O acordo ortográfico é flexível e per-mite, por exemplo, ao utilizador escre-ver certas palavras com ou sem letra maiúscula. Num convite, a data deverá passar a ser escrita com o mês do ano correspondente em letra minúscula, bem como o dia da semana respectivo: Lisboa, 22 de abril de 2013, segunda-feira. Do mesmo modo, as fórmulas de tratamento podem ser escritas com letra minúscula ou maiúscula: senhor doutor / Senhor Doutor, sua excelên-cia / Sua Excelência. Já a na indicação da morada pode constar Rua da Paz ou rua da Paz. O pedido de resposta escreve-se R.S.F.F. ou R.S.V.P.

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FENÓMENO DAS MARATONAS E CAMINHADAS

MAIS DO QUE UMA MODAA pe s ar de s er mo s um do s país e s na E ur opa com menor pr á t ica de spor t i v a , a v er dade é que o f enómeno da s caminhada s , da s mar a tona s s e impô s em Por t ugal . S ão , na s ua gener al idade , ev en to s com gr ande capacidade de a t r acção de públ ico , com um ní v el de pr o f is s ional ismo al to por par te da s empr e s a s or ganizador a s , e uma apo s ta par a di f er en te s mar ca s . Fomo s conhecer dua s empr e s a s de or ganização de s te s ev en to s e f a lar com dois pa t r ocinador e s .

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OS EVENTOS TROUXERAM AS PESSOAS PARA A CORRIDAentender de Jorge Teixeira, é a “organi-zação”. “Como somos corredores sabe-mos naturalmente colocar em cima da mesa o prato que gostávamos de comer, e depois recebemos bem as pessoas, oferecemos um evento seguro, com animação”. Além disso os participantes contam com uma t’shirt e uma meda-lha. “Conseguimos vestir as pessoas todas de igual, e passar a mensagem de que o uso da t’shirt faz parte da subsis-tência do evento. Porque se um patro-cinador não se sentir retornado ele não vai continuar a apoiar”. A RunPorto não tem sentido grandes dificuldades em termos de angariação de patrocínios, pese embora o período de crise em que vivemos. “Os verdadeiros profissionais,

os projectos absolutamente credíveis e que têm um plano estratégico, com uma visão estratégica, ampla e para a frente, não têm problemas. É em crise que mais se precisa de fazer publicidade. Quando não se está em crise, tudo se vende”. O responsável não tem dúvidas, “nunca tivemos tantos patrocínios como agora. Estamos bem”. A RunPorto tem uma série de eventos da própria autoria, mas se uma marca solicitar a organização de uma corrida, a empresa está preparada para responder. “Já fizemos várias”, adianta Jorge Teixeira. O director da RunPorto diz que há sensibilidade das instituições da cidade para este género de eventos. “Financeiramente a Câmara apoia, mas cada vez menos, porque também não pode. Mas ainda bem que conse-guimos ser autónomos e hoje o apoio da Câmara não chega a 3% do nosso orçamento total”. O impacto econó-mico destes eventos é assinalável. “De todos os que organizo a maratona do Porto é aquele que gera maior volume de dinheiro para a cidade, qualquer coisa como 2 a 3 milhões de euros num fim-de-semana. Dinheiro que fica cá. Os hotéis, restaurantes adoram os nossos eventos. Se na hora prejudica, porque temos de fechar as ruas, con-seguimos chegar à população de outra maneira, convencendo-a a participar”, comenta Jorge Teixeira. E em termos de articulação entre as várias institui-ções tudo funciona. Num dia de corri-da há pelo menos 300 pessoas a traba-lhar e no caso da Maratona do Porto o número sobe para as mil. A evolução tecnológica neste sector tem sido muito grande. “Qualquer corredor hoje tem um relógio com GPS, e se a prova não tiver rigorosa-mente 10 km, ele discute. As novas tecnologias obrigam-nos a ser cada vez mais rigorosos”, refere o director. E se no passado as classificações eram feitas à mão, hoje em dia a realidade é muito diferente. “Agora temos três sistemas de cronometragem e ainda vamos mais longe, transmitimos os resultados para o telemóvel”.

Jorge Teixeira é um decano na orga-nização de corridas. A sua empresa, RunPorto, é responsável por alguns dos principais eventos nesta área, nomeada-mente a corrida de São Silvestre Porto, a corrida de São João ou a Maratona do Porto, para citar apenas alguns. “A população portuguesa finalmente per-cebeu que correr, independentemente de ser uma moda, porque o é, faz-nos bem”, começa por referir Jorge Teixeira du-rante a conversa com a Event Point nas instalações da RunPorto. Isso tem muito a ver com a multiplicação dos eventos, acredita o responsável. “Eles é que trou-xeram gente para a corrida”. Os eventos da RunPorto são muito concorridos e o segredo do sucesso, no

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A MA IS BELA CORRIDA DO MUNDO“Como levar o Douro ao mundo e o mundo ao Douro?” Esta era a pergunta que estava constantemente na cabeça de Paulo Costa, um apaixonado pela região. Depois de uma carreira consistente, em que se destaca a direcção do Estádio das Antas durante cinco anos, decidiu largar tudo e abraçar um projecto pró-prio. Montou uma empresa de eventos, marketing e comunicação na zona, a Global Sport Douro. Trabalhar estas áreas no interior “é muito difícil”, mas o projecto desportivo Meia Maratona do Douro, que já conta com oito edições, conseguiu unir as 19 autarquias da região num objectivo comum, “levar a marca para fora e trazer os turistas para dentro”. “O desafio é gigante”, subli-nha Paulo Costa e o contexto actual não ajuda. “É cada vez mais difícil montar eventos em Portugal, e sobretudo numa região que é a mais pobre, desertificada e envelhecida da Europa”. Numa zona que só dispõe de 2300 camas, e com uma participação na ordem das dez mil pessoas, a logística assume-se como uma tarefa hercúlea. O que acontece é que muitas pessoas viajam a partir do Porto, de comboio, no próprio dia, as outras espalham-se

o mais possível pela região. Na tarefa de organização a Global Sport Douro conta com a ajuda, em termos de voluntaria-do, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. A Escola de Hotelaria e Turismo do Douro, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, a Associação Comercial e Industrial do Peso da Régua e o Museu do Douro são outras entidades envolvidas, assim como as empresas de animação turís-ticas, de vinhos e de gastronomia. Em termos de fornecedores, quase tudo vem de fora da região, o que encarece o evento. “Um problema gigante são as baias. A única Câmara que nos conse-gue dar 150 baias - nós precisamos de mil -, é a Câmara de Vila Real”. Todo o centro logístico está localizado no Museu do Douro, desde o levantamento de dorsais ao jantar de protocolo. Esta é uma área que vem sofrendo grandes transformações em termos de tecnologia. “Começámos com contagem manual no primeiro ano, depois arran-jamos parceiros em termos de chips”. A Event Services disponibiliza o software para a meia-maratona. Segundo Paulo Costa, a meia-maratona do Douro foi também a primeira a colocar o “My VideoFinish”, a oportunidade do par-ticipante poder ver o momento em que corta a meta. “Isto é continuar a viver a corrida em casa”.

EXPERIÊNC IA , E XPERIÊNC IA , E XPERIÊNC IA “O fenómeno das maratonas é mais do que uma moda e casa muito bem com o turismo. As novas gerações querem conhecer mais coisas, ter novas experiências, singulares, e querem fazê-lo de forma activa”, sublinha o director da Global Sport. Paulo Costa lembra que este é um produto tradicional em que se ino-vou. O responsável acredita ainda que a linha de crescimento das corridas não vai retroceder. “Há espaço para fazer mais eventos nesta área em Portugal. Este aumento vai contagiar aqueles que não praticam. Estamos a falar de corrida e de caminhada. E como provoca a tal experiência as marcas envolvem-se”.No entanto a angariação de patro-cínios é “cada vez mais difícil”. “O país está inclinado há 35 anos para o litoral. Há cada vez menos pessoas, e menos pessoas significa menos negócio e as grandes organizações fazem cada vez menos coisas e mais megalómanas. E isto tira espaço a pessoas como nós que organizam eventos, porque há cada vez mais concentração de recursos nos mes-mos episódios. Podemos ir com óptimos cadernos de encargos, com planos de retorno para as marcas, que elas não vão acreditar”, lamenta Paulo Costa. “A forma de envolver os públicos mudou, e cada vez mais os eventos são diferenciadores, a expe-riência é cada vez mais marcante. Ir correr ao Douro é uma experiência diferente. E este trabalho é muitas vezes inglório porque o director de marketing está do lado de lá, vê apenas a estatística de retorno nos media - e isso já não é bem assim.

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Depois há o lobby lisboeta, claro. Quando se está no interior, longe dos centros políticos, é mais com-plicado”, desabafa.Com a assinatura “A mais bela corri-da do mundo”, a promoção do evento faz-se sobretudo em canais online, nomeadamente através do Facebook O segredo é a forma como conseguimos utilizar a imagem do Douro para a activação no Facebook”.

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RUNNING WONDERS:CORRER EM PATR IMÓNIOS MUND I A I S

É um projecto arrojado, que vai nas-cer em 2014, e que já foi apresentado à UNESCO e a alguns países. “É um projecto de paixão”, diz Paulo Costa, “de criar um circuito mundial de meias-maratonas em patrimónios mun-diais, como a Muralha da China, as Cataratas do Iguaçú, Cidade Velha de Cabo Verde, Patagónia, Chichen Itza”. O posicionamento é premium. Para alavancar o projecto era necessário um

parceiro forte inicial. “Fiz um desafio ao destino Cataratas de Iguáçu, que também organiza uma meia-maratona um ano mais nova do que a nossa, para virem conhecer o Douro”. A comitiva política, institucional brasileira ficou “abismada”. “Geminamos as provas, e eles convidaram a Rosa Mota para ser madrinha deles”. Foi este o início das Running Wonders.

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V ITAL IS : UMA L IGAÇÃO DE 14 ANOS ÀS MARATONASA Vitalis é uma das marcas que apos-tam consecutivamente nas maratonas. Miguel Araújo, Manager de Gestão de Patrocínios e Activação da Unicer, explica a aposta no segmento. “As maratonas enquadram-se natural-mente no posicionamento da marca, que tem incentivado os portugueses a praticar desporto, promovendo a saúde e o bem-estar. Daí a sua assinatura ser: “Beba Vitalis, olhe por si”. A aposta já vem de longe, “a Vitalis já está ligada às maratonas há 14 anos com presença nas principais provas que, anualmente, acontecem em Portugal. Um trabalho contínuo que já a torna na Água Oficial das Maratonas”, refere Miguel Araújo. Nestes eventos encontram valores próximos da marca, nomeadamente “vitalidade, energia e paixão pela vida. São três grandes valores da marca e das pessoas que participam nas maratonas, que têm um estilo de vida activo e saudável. Logo a pre-sença de Vitalis nestes eventos é fundamental para reforçar a proxi-midade aos consumidores”. Para activar a marca nestes even-tos têm sido implementadas várias acções, conforme nos conta Miguel Araújo. “A marca organiza todos

os anos a “Corrida da Amizade” na Meia-Maratona de Lisboa e, desde 1999, apoia o “Prémio Rosa Mota”, distinguindo personalidades que, de alguma forma, contribuíram para o desenvolvimento do atletismo; lançou o “Desafio Vitalis 2013” no Facebook para incentivar os fãs a inscreverem-se nas diversas provas de atletismo que patrocina. Os desafios a serem supe-rados em cada prova são: “Bater o meu record pessoal”; “Completar a prova”; “Ganhar aos meus amigos” e “Ficar no top 100 da minha categoria”. Além de poderem comprovar o desafio que fizeram online, através de fotografia, os atletas podem aproveitar os espaços Vitalis existentes nas várias provas para fazer exercícios de alongamento”.Miguel Araújo não acredita que este fenómeno seja só uma moda. “Acreditamos que irá prolongar-se no tempo. Mais do que um fenómeno de moda, é um estilo de vida que está a ser adoptado pelos portugueses e ano após anos verifica-se que existe uma maior adesão ao running e à prática do atletismo outdoor, com destaque para as maratonas e meias-maratonas. Vitalis irá continuar a apostar nesta modalidade”.

Com iniciativas de norte a sul do país, os critérios para apoiar uma ou outra prova têm que ver com a relevância, o número de atletas e a capacidade de organização. “A água Vitalis iniciou a associação às maratonas através de uma parceria com o Maratona Clube de Portugal. Depois desse primeiro acordo temos celebrado outras par-cerias com entidades de referência no mundo da organização das provas de atletismo como são a RunPorto, a HMS Sports e a Associação O Mundo da Corrida”, refere Miguel Araújo. O grau de profissionalismo em termos da organização das provas é muito bom. “Temos a oportunidade de ir a algumas a provas que se realizam fora de Portugal na companhia desses par-ceiros e constatamos que, embora haja sempre ideias e ferramentas novas a surgir além-fronteiras, a organização das nossas maiores provas, como a Meia Maratona de Lisboa, a Maratona do Porto ou a S. Silvestre de Lisboa, está ao nível do que de melhor se faz lá fora. Aliás, por vezes conseguimos mesmo superar essa fasquia”.

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E D PSUSTENTABIL IDADE E HUMANIZAÇÃO

A EDP é uma das marcas mais presentes nas corridas e esta aposta faz parte da política de responsabilidade social da empresa. Paulo Campos Costa, Director de Marca e de Comunicação do Grupo EDP, partilha com a Event Point a estratégia do grupo para este segmento. Porquê a aposta da marca neste segmento das maratonas/corridas?O Grupo EDP aposta neste segmento das maratonas/corridas porque faz parte da sua política de responsa-bilidade social apoiar eventos que permitam que todos os cidadãos mantenham hábitos de vida saudável, nomeadamente através da prática do desporto. A prática desta modalidade tem crescido significativamente nos últimos tempos em parte devido à consciencialização das pessoas para a importância da prática do exercício físico. Nesse sentido, a EDP tem apoia-do um grande número de modalidades desportivas, desde a bicicleta, ao surf e à vela, passando pelas corridas e pelas maratonas. Faz parte da estratégia do Grupo continuar a apoiar estas provas desportivas, não só a nível nacional mas também noutras geografias onde a empresa está presente.

Que valores encontram nestes eventos que se aproximam dos da marca?

São os valores da sustentabilidade e da humanização. Sustentável porque são provas ao ar livre e que dispensam qualquer aparelho motorizado; humana porque todas as provas envolvem um grande número de cidadãos, não só de nacionalidade portuguesa, o que pro-porciona um grande convívio e troca de experiências entre todos os presentes.

Qual é a estratégia da marca para esses eventos? Como a activam?Este ano, o Grupo apresentou uma nova imagem e um conceito emocional para todos os seus eventos na área do desporto e da música. Com a assinatura “EDP, a energia oficial da música e do desporto” a estratégia da marca passa por surpreen-der os participantes com explosão de cores e grandes emoções vividas no mo-mento. A EDP é a energia oficial de todos os portugueses em 2013 é uma aposta num novo conceito que alia as grandes emoções ao lado sustentável, inovador e humano da marca. A aproximação aos clientes e a possibilidade de lhes propor-cionar experiências únicas e contagiantes são o mote escolhido. Conquistar, cele-brar, participar, vibrar são algumas das palavras de ordem que a EDP vai parti-lhar ao longo de todo o ano, nos diversos eventos que apoia e patrocina, e onde não faltarão momentos de pura diversão e grande espectáculo. As grandes emoções serão vividas a todas as cores, um concei-to que irá contagiar todos os que marca-rem presença nos muitos eventos em que o Grupo continua a apostar. A activação da marca surge assim com um conceito envolvente e mais próximo do público.

Acreditam que este é um fenómeno de moda, ou que vai manter-se por muitos anos?Acreditamos que não se trata de um fe-nómeno de moda, mas sim de um des-porto que veio para ficar pois trata-se de uma modalidade que é praticada ao ar livre e, por norma, de forma gratuita e de fácil acesso. Hoje em dia há uma

grande consciencialização por parte dos cidadãos da importância da prática do desporto como forma de vida saudável, por isso acreditamos que esta modali-dade vai continuar a ser praticada por milhões de cidadãos em todo o mundo.

Com tantas iniciativas neste segmento, que critérios usam para apoiar este ou aquele evento?No Grupo EDP não apoiamos uma prova desportiva só por apoiar, privilegia-mos provas desportivas que tenham uma causa social associada. A título de exemplo, na Volta a Portugal em Bicicleta do ano passado, através de um jogo que envolveu as populações locais das cida-des por onde passou a prova nacional, a EDP ofereceu kits escolares (mochila, caderno, lápis de cor, borracha, etc.) aos alunos do 1º ciclo das escolas da Trofa, Castelo Branco e Leiria (total de 9 escolas). No contexto actual, e em início de época escolar, esta foi uma forma que a EDP encontrou para colaborar com os pais no regresso à escola dos seus filhos.

Como avaliam o grau de profissionalismo na organização destes eventos?É muito alto, corre sempre tudo bem e o envolvimento de todas as partes (organizações e empresas) é feito desde o primeiro momento.

Que balanço fazem da participação nestes eventos? Que targets estão a conseguir atingir? Que retorno estão a ter?

O balanço é muito positivo pois temos conseguido uma grande interacção com os nossos actuais e potenciais futuros clientes e um feedback muito positivo de todo o público envolvido. Cláudia Coutinho de Sousa [[email protected]]

Rui Luís Romão [[email protected]]

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PORTO RICOE V E N T O S T R O P I C A I SA con v er gência de tan ta s cul t ur a s na i lha , índio s , e spanhóis , a f r icano s e nor te ‑amer icano s , dur an te cinco s éculo s de his tór ia tor nou Por to Rico num mo s aico cul t ur al , ev iden te em toda s a s f ace ta s da v ida de s te ter r i tór io , na ga s t r onomia , na música , na ar qui tec t ur a ou no e s t i lo de v ida .

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É em 1493 que Cristóvão Colombo descobre esta ilha, dando-lhe o nome europeu de San Juan Bautista. A coloni-zação espanhola do território acontece mais tarde, em 1508, pela mão de Juan Ponce de Leon, que se tornou o primeiro governador. Este muda o nome da ilha para Porto Rico, ficando a capital como San Juan. A importância de Porto Rico era central para Espanha, dada a situa-ção geográfica. Era daqui que partiam as expedições de colonização das Américas. A ilha começa a definir-se cultural-mente depois do século XVIII. Em 1873 é abolida a escravatura e Espanha re-conhece Porto Rico como um estado au-tónomo. A guerra hispano-americana vai ser determinante para o futuro deste país. A Espanha, derrotada, cede Porto Rico aos Estados Unidos, em 1898. Em 1917, os porto-riquenhos passam a ter direito à cidadania americana e em 1951 a ilha pode estabelecer o próprio gover-no e uma constituição. Quase todos os habitantes de Porto Rico falam espa-nhol, e muitos deles inglês. A beleza natural desta ilha - com baías de prender a respiração, florestas tropicais únicas ou um espectacular e antigo sistema de grutas -, junta-mente com o facto de ser considerada a capital gastronómica das Caraíbas, ter uma vida nocturna animada, e um património histórico interessante, fazem deste um destino de excelência para umas férias, para um incentivo ou para um congresso.

MEET INGS INDUSTRY: UMA APOSTAdo Convention Bureau, dois terços da ocupação hoteleira pertence a turistas de negócios. O sector contribui, todos os anos, em mais de 900 milhões de dólares para a economia local e em-prega mais de 75 mil pessoas em Porto Rico. Um terço dos delegados de con-gressos e convenções prolonga a sua estadia na ilha. São dados interessan-tes de um país que cresce nos rankin-gs da ICCA (International Congress and Convention Association). Da posição 77 em 2010 passou à 56. E nos rankings regionais, da América do Norte e Latina, subiu do 18º para o 12º. “Isso significa que estamos no caminho certo”, destaca Mullanaphy. No entanto os rankings não são “um objectivo por si só”, confessa o CEO.

Mais de 1,3 milhões de metros quadrados de espaços de eventos e mais de 14 mil quartos, Porto Rico está em crescendo no sector dos eventos e congressos. Fomos saber mais junto do presidente e CEO do Convention Bureau de Porto Rico, Neil J. Mullanaphy. “Por trás da beleza e espectacularidade da ilha há um destino que lidera o mercado global nos produtos manufacturados, nos serviços financeiros, no desenvolvi-mento farmacêutico e na investigação biotecnológica”, sublinha o respon-sável. Este conjunto feliz, entre os recursos endógenos e uma sociedade moderna, faz com que Porto Rico continue a apostar no sector dos eventos. Hoje em dia, e segundo dados

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ESTADOS UNIDOS : MERCADO PRINC IPAL oferta de voos, infra-estruturas e a mistura entre diferentes culturas”, refere Neil J. Mullanaphy. Esta aposta noutros mercados passa pela partici-pação em feiras internacionais e por um representante de vendas nas duas regiões do globo referidas.

“Por to Rico oferece um leque extraordinário de atributos para uma experiência de reunião tropical inesquecível”, afirma o presidente do Convention Bureau.

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E é por isso, refere, que neste mo-mento é uma das regiões mais pro-curadas da América para grandes conferências e convenções. Os es-paços vão desde salas para grupos pequenos até ao maior salão da zona das Caraíbas. As grandes cadeias hoteleiras estão presentes no país e o centro de congressos mais recente - data de 2005-, “é o mais avançado tecnologicamente das Caraíbas e América Latina”. Além disso, dis-põe de um conjunto de actividades de animação que incluem desportos náuticas, golf, spas, vida nocturna, shoppings e uma herança cultural com mais de 500 anos.

A capital, San Juan, é o principal destino para congressos e eventos, logo seguida por Ponce, a segunda maior cidade. O mercado principal são os Estados Unidos. “Os Estados Unidos são o principal emissor e é de onde obtemos mais grupos e reuniões. No entanto, Porto Rico está determinado a desenvolver o negócio internacional e está a aumentar as acções de marke-ting na Europa e na América Latina. O Convention Bureau implementou uma estratégia de vendas para trazer mais grupos para Porto Rico porque acreditamos que é o destino ideal para delegados da Europa, e da América do Norte e do Sul, devido à localização,

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TRÊS PERGUNTAS A NE IL J . MULLANAPHYComo é que promovem o país no segmento da meetings industry?Porto Rico faz uma viagem de familiarização por ano com organizadores de even-tos pré-escolhidos e que tenham o potencial de trazer negócio. Realizamos visitas de inspecção individuais, temos uma campanha de marketing que inclui publici-dade, email marketing e redes sociais. Participamos na IMEX Frankfurt, AIBTM e co-patrocinamos algumas fam tours juntamente com companhias aéreas como a Condor Airlines.

O ano passado receberam o congresso da ICCA. Como correu essa experiência?Receber o congresso da ICCA foi uma grande oportunidade para Porto Rico para colocar no mapa global o nosso destino e o centro de congressos. Durante o evento, os delegados expressaram o apreço pela beleza, cultura e infra-estruturas sofisticadas de Porto Rico. Além disso, os delegados relevaram o design e a fun-cionalidade do Centro de Congressos Pedro Rosselló. Especialmente a luz natural em todo o edifício foi destacada como sendo um forte argumento comercial. Os organizadores da ICCA registaram a presença de 715 participantes, com cerca de três dezenas dos delegados a levarem acompanhantes. Os delegados eram de 64 países, incluindo China, África do Sul, Austrália, Colômbia, Brasil, entre outros. Em termos de venues e hotéis, considera que a oferta é suficiente? Porto Rico está a ser agressivo em termos de desenvolvimento hoteleiro e quer aumentar o número de quartos na ilha. As recentes unidades incluem o Condado Vanderbilt, Courtyard by Marriott San Juan Miramar, The St. Regis Bahia Beach Resort, W Retreat & Spa and Dorado Beach, e o Ritz-Carlton Reserve.

MEET ING UNIVERSIT YO Convention Bureau de Porto Rico lançou um programa de formação online para organizadores de eventos a que chamou Meeting University. O portal foi desenvolvido por uma pu-blicação de turismo do país, a Travel Agent. A iniciativa “oferece aos or-ganizadores um maior entendimento do país enquanto destino de eventos e um ponto de apoio com ferramentas de booking e de planeamento, diz Neil J. Mullanaphy. “Estamos confiantes de que os profissionais que comple-tem estes cursos online não só vão ficar com um conhecimento superior da oferta de Porto Rico, como vão ter claros os benefícios de trazerem os grupos para este destino de classe mundial”. Mais informações emwww.meetinguniversity.com.

Cláudia Coutinho de Sousa [[email protected]]

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DIRECTÓRIOAMBIENTE

E )M I S S IONL I S B O A | 2 1 0 1 5 7 1 6 1 | S E R G I O @ E- M I S S I O N N E U T R A L . C O M | W W W . E - M I S S I O N N E U T R A L . C O M / P T

SMART WAT TP O R T O | 2 2 0 1 1 4 3 6 6 | I N F O @S M A R T WAT T . P T | W W W . S M A R T WAT T . P T

AN IMAÇÃO

2 THE L OV E PRO JEC TL I S B O A | 9 6 2 3 4 1 9 5 5 | 2 T H E L O V E P R O J E C T@ G M A I L . C O M

ADEREÇO PRODUÇÕESP O R T O | 2 2 5 3 2 2 7 2 0 | G E R A L@A D E R E C O . C O M | W W W . A D E R E C O . C O M

A SE S NA MANG AB R A G A | 2 5 3 2 8 3 4 8 3 | A S E S@A S E S N A M A N G A . C O M | W W W . A S E S N A M A N G A . C O M

C ONCEP T 4 TA L ENT SL I S B O A | 2 1 3 9 4 0 2 4 2 | G E R A L@ C O N C E P T4 TA L E N T S . C O M | W W W . C O N C E P T4 TA L E N T S . C O M

FADUSE S T O R I L | 2 1 4 6 6 2 5 5 0 | G E R A L@ FA D U S P E C I A L E V E N T S . C O M | W W W . FA D U S P E C I A L E V E N T S . C O M

MOVE I TC O VA D A P I E D A D E | 2 1 2 5 8 1 9 8 0 | I N F O @ M O V E I T . P T | W W W . M O V E I T . P T

PMP PRODUÇÕE SL I S B O A | 2 1 8 6 1 9 3 7 5 | P M P @ P O R T U G A L M A I L . C O M | W W W . P M P E V E N T O S . C O M

R I TMOS URBANOSL I S B O A | 2 1 0 1 6 8 4 5 2 | G E R A L@ R I T M O S U R B A N O S . C O M | W W W . R I T M O S U R B A N O S . C O M

T OC Á RUFARA L D E I A D E PA I O P I R E S | 2 1 2 2 6 9 0 9 0 | T O C A R U FA R @T O C A R U FA R . C O M | W W W .T O C A R U FA R . C O M

W INE SOLU T IONSS I N T R A | 9 6 4 3 7 0 6 3 3 | I N F O @ W I N E S O L U T I O N S . C O M | W W W .W I N E S O L U T I O N S . C O M

AN IMAÇÃO TUR ÍST IC A

B IG T IMEFÁT I M A | 2 4 9 5 3 3 7 7 0 | J U L I O . S A N T O S@ B I G T I M E . P T | W W W . B I G T I M E . P T

C AMPO AV ENT UR AÓ B I D O S | 2 6 2 9 6 8 8 7 0 | G E R A L@ C A M P O AV E N T U R A . P T | W W W . C A M P O AV E N T U R A . P T

E QU INÓC IOL I S B O A | 2 1 0 1 5 5 1 3 9 | I N F O @ E Q U I N O C I O . C O M | W W W . E Q U I N O C I O . C O M

GR AU 5B A R R O C A | 9 3 4 74 3 5 1 9 | C O N TA C T O @ G R A U 5 . P T | W W W . G R A U 5 . P T

J AV SPORTS T O . T I R S O | 2 5 2 8 5 0 6 2 1 | AV E N T U R A@J AV S P O R T. P T | W W W . J AV S P O R T. P T

MARGENSB A R R O S I N H A S | 2 3 4 6 4 8 5 7 1 | M A R G E N S@ M A R G E N S . P T | W W W . M A R G E N S . P T

PROMÓB IDOSC A L D A S D A R A I N H A | 2 6 2 8 4 3 5 7 9 | P R O M O B I D O S@ P R O M O B I D O S . C O M | W W W . P R O M O B I D O S . C O M

ROTA DO F RE SCOV I L A N O VA D A B A R O N I A | 2 8 4 4 7 5 4 1 3 | I N F O @ R O TA D O F R E S C O . C O M | W W W . R O TA D O F R E S C O . C O M

RUST I T URÉ V O R A | 2 6 6 9 7 8 0 4 3 | I N F O @ R U S T I T U R . C O M | W W W . R U S T I T U R . C O M

S A LS E T Ú B A L | 2 6 5 2 2 7 6 8 5 | S A L@S A L . P T | W W W . S A L . P T

T UR AV ENT URÉ V O R A | 2 6 6 74 3 1 3 4 | T U R AV E N T U R @T U R AV E N T U R . C O M | W W W .T U R AV E N T U R . C O M

ART I STAS E E SPEC TÁCULOS

E V ERY TH ING I S NE WL I S B O A | 2 1 3 9 3 3 7 7 0 | G E R A L@ E V E R Y T H I N G I S N E W . P T | W W W . E V E R Y T H I N G I S N E W . P T

MÚS IC A NO COR AÇ ÃOL I S B O A | 2 1 0 1 0 5 7 0 0 | M U S I C A N O C O R A C A O @ M U S I C A N O C O R A C A O . P T | W W W . M U S I C A N O C O R A C A O . P T

R I TMOS & BLUE SPA Ç O D ’A R C O S | 2 1 4 6 9 4 0 5 0 | I N F O @ R I T M O S E B L U E S . P T | W W W . R I T M O S E B L U E S . P T

U AUL I S B O A | 2 1 3 3 0 3 5 0 0 | U A U @ U A U . P T | W W W . U A U . P T

AUD IOV I SUA I S

X V ENA - E V ENTOS E AUD IOV I SUA I SL I S B O A | 9 1 8 3 9 4 4 3 4 | G E R A L@X V E N A . P T | W W W . X V E N A . P T

A DL C AUD IOV I SUA I SC A R N A X I D E | 2 1 8 6 2 1 4 4 0 | C O M E R C I A L@A D L C - AV . C O M | W W W . A D L C - AV . C O M

AUD INOVAL E Ç A D A PA L M E I R A | 2 2 9 9 6 1 9 3 0 | G E R A L@A U D I N O VA . P T | W W W . A U D I N O VA . P T

AUD IOME IO SV E N D A D O P I N H E I R O | 2 1 9 6 6 3 8 4 3 | G E R A L@A U D I O M E I O S . P T | W W W . A U D I O M E I O S . P T

AVKL I S B O A | 2 1 9 4 1 3 5 3 0 | C O M E R C I A L@AV K . P T | W W W . AV K . P T

B ACK L IGHTS E T Ú B A L | 2 1 2 3 4 9 74 0 | B A C K L I G H T@V E R Y L I G H T . P T

D I G I TA L F R AMEV I L A N O VA D E G A I A | 2 2 7 8 7 0 1 7 5 | I N F O @ D I G I TA L F R A M E . P T | W W W . D I G I TA L F R A M E . P T

E L E C TROAUD IOS . D O M I N G O S D E R A N A | 2 1 4 5 3 1 2 2 3 | I N F O @ E L E C T R O A U D I O . N E T | W W W . E L E C T R O A U D I O . N E T

Page 73: Event Point 7

73

W W W . E V E N T P O I N T . C O M . P T

D I R E C T Ó R I O

EUROLOG I S T I XA L M A N C I L | 2 8 9 4 1 9 1 9 9 | I N F O @ E U R O L O G I S T I X . P T | W W W . E U R O L O G I S T I X . N E T

MA INV I S ION MED I A SOLU T IONSL I S B O A | 9 3 9 1 1 7 5 6 4 | M A R C I A . F E R R E I R A@ M A I N V I S I O N . P T | W W W . M A I N V I S I O N . P T

S ERV IC E PACKL E Ç A D A PA L M E I R A | 2 2 9 9 4 2 9 4 4 | G E R A L@S E R V I C E PA C K . P T | W W W . S E R V I C E PA C K . P T

C AT ER ING

B HOLD INGA B Ó B O D A | 2 1 4 6 5 8 4 2 0 | G E R A L@ B H O L D I N G . C O M . P T | W W W . B H O L D I N G . C O M . P T

C A SA DO MARQUÊ SL I S B O A | 2 1 4 1 1 8 1 5 2 | C A S A D O M A R Q U E S@ C A S A D O M A R Q U E S . P T | W W W . C A S A D O M A R Q U E S . P T

C AT ER IA L C A B I D E C H E | 2 1 4 6 0 8 8 3 0 | G E R A L@ C AT E R I . P T | W W W . C AT E R I . P T

C O I S AS DO V INHOC O L A R E S | 2 1 9 2 8 2 7 3 3 | C O I S A S D O V I N H O @ C O I S A S D O V I N H O . P T | W W W . C O I S A S D O V I N H O . P T

C OOK ING L ABL I S B O A | 9 1 1 5 5 9 6 6 6 | I N F O @ C O O K I N G L A B . N E T | W W W . C O O K I N G L A B . N E T

C O Z INHA D I V IN AL O U R I N H Ã | 9 1 7 8 9 8 5 5 5 | C O N TA C T O @ C O Z I N H A D I V I N A . C O M | W W W . C O Z I N H A D I V I N A . C O M

ENCONTRUSC A R R E G A L D O S A L | 2 3 2 9 6 0 2 0 0 | M A I L@ E N C O N T R U S . C O M | W W W . E N C O N T R U S . C O M

MO J I T O BAR C AT ER INGPA Ç O D E A R C O S | 9 1 9 1 8 6 0 2 9 | I N F O @ M O J I T O B A R C AT E R I N G . C O M | W W W . M O J I T O B A R C AT E R I N G . C O M

S I LVA C ARVA LHO C AT ER INGS I N T R A | 2 1 9 2 5 5 5 1 0 | C O M E R C I A L@S C C AT E R I N G . P T | W W W . S I LVA C A R VA L H O C AT E R I N G . C O M

SOL INC A E V ENTOS E C AT ER INGP O R T O | 7 0 7 5 0 2 2 2 0 | C O M E R C I A L@S O L I N C A C AT E R I N G . C O M | W W W . S O L I N C A E V E N T O S E C AT E R I N G . C O M

T RÊ S S ÉCULOSV I L A N O VA D E G A I A | 2 2 3 74 2 8 0 0 | G E N E R A L . O F F I C E@T R E S S E C U L O S . P T | W W W .T R E S S E C U L O S . P T

T ROP IC A L C AT ER INGF U N C H A L | 2 9 1 7 0 0 8 4 0 | R E S TA U R A N T E .T R O P I C A L@ C L I X . P T | W W W .T R O P I C A L C AT E R I N G . PA - N E T . P T

C ONVENT ION BURE AUX / TUR ISMOS

A LG ARVE CONVENT ION BURE AUFA R O | 2 8 9 8 0 0 4 0 3 | W W W . A L G A R V E C O N V E N T I O N . C O M

E S TOR I L & S IN TR A CONVENT ION BURE AUXE S T O R I L | 2 1 4 6 6 8 1 6 7 | G E R A L@ E S T O R I L M E E T I N G S . C O M | W W W . E S T O R I L M E E T I N G S . C O M

PORTO CONVENT ION BURE AUP O R T O | 2 2 3 3 2 6 7 5 1 | P O R T O C V B @ P O R T O C V B . C O M | W W W . P O R T O C V B . C O M

T UR I SMO L E IR I A FÁT IMAL E I R I A | 2 4 4 8 4 8 7 7 1 | I N F O @ R T- L E I R I A FAT I M A . P T | W W W . R T- L E I R I A FAT I M A . P T

T UR I SMO DA MADE IR AM A D E I R A | 2 9 1 2 1 1 9 0 0 | I N F O @ M A D E I R AT O U R I S M . C O M | W W W . M A D E I R A I S L A N D S .T R AV E L

T UR I SMO DA S ERR A DA E S TRE L AC O V I L H Ã | 2 7 5 3 1 9 5 6 0 | I N F O @T U R I S M O D A E S T R E L A . P T | W W W .T U R I S M O S E R R A D A E S T R E L A . P T

T UR I SMO DE L I SBOA V I S I T ORS & CONVENT ION BURE AUL I S B O A | 2 1 0 3 1 2 7 0 0 | AT L@V I S I T L I S B O A . C O M | W W W .V I S I T L I S B O A . C O M

T UR I SMO DO A L ENT E JOG R Â N D O L A | 2 6 9 4 9 8 6 8 0 | G E R A L@T U R I S M O D O A L E N T E J O . P T | W W W .V I S I TA L E N T E J O . P T

T UR I SMO DO C ENTRO DE PORT UG A LAV E I R O | 2 3 4 4 2 0 7 6 0 | G E R A L@T U R I S M O D O C E N T R O . P T | W W W .T U R I S M O D O C E N T R O . P T

T UR I SMO DO DOUROV I L A R E A L | 2 5 9 3 2 3 5 6 0 | I N F O @ D O U R O -T U R I S M O . P T | W W W . D O U R O -T U R I S M O . P T

T UR I SMO DO OE ST EÓ B I D O S | 2 6 2 9 5 5 0 6 0 | I N F O @T U R I S M O D O O E S T E . P T | W W W .T U R I S M O D O O E S T E . P T

DE ST INAT ION MANAGEMENT COMPANIE S

ABREUP O R T O | 2 2 2 0 4 3 5 2 0 | C O N G R E S S O S . E X P @A B R E U . P T | W W W . A B R E U . P T

A IMSL I S B O A | 2 1 3 2 4 5 0 4 0 | L I S B O N @A I M S - I N T E R N AT I O N A L . C O M | W W W . A I M S . P T

C I T UR TR AV E LL I N D A - A - V E L H A | 2 1 7 7 1 2 6 1 0 | L I S B O N @ C I T U R . P T | W W W . C I T U R . P T

DOC DMC SERV IC E SL I S B O A | 2 1 3 2 4 2 0 0 0 | E V E N T S@ D O C - D M C . C O M | W W W . D O C - D M C . C O M

E V ENT S BY T L CL I S B O A | 2 1 3 2 1 3 0 6 0 | E V E N T S@T L C . P T | W W W . E V E N T S B Y T L C . C O M

F ÓRUM D ’ I DE I A S - P CO & DMCV I L A N O G U E I R A D E A Z E I TÃ O | 2 1 2 1 8 9 3 9 3 | I N F O @ F O R U M D I D E I A S . C O M | W W W . F O R U M D I D E I A S . C O M

IMAG INE MOREL I S B O A | 2 1 3 6 2 8 3 9 3 | A N A .T E L O @ I M A G I N E M O R E . P T | W W W . I M A G I N E M O R E . P T

T HE HOUSE OF E V ENT SP O R T O | 2 2 8 3 4 8 9 4 0 | I N F O @T H E . P T | W W W .T H E . P T

T OP AT L ÂNT ICO DMCL I S B O A | 2 1 8 9 2 5 8 0 0 | T O PAT L A N T I C O @T O PAT L A N T I C O . C O M | W W W .T O PAT L A N T I C O . P T

T UR ANGR AA N G R A D O H E R O Í S M O | 2 9 5 4 0 1 5 1 5 | A N G R A@T U R A N G R A . C O M | W W W .T U R A N G R A . C O M

E SPAÇOS MULT IUSOS

AV E IRO

E UROPARQUES A N TA M A R I A D A F E I R A | 2 5 6 3 7 0 2 0 0 | E V E N T O S@ E U R O PA R Q U E . P T | W W W . E U R O PA R Q U E . P T

BR AG A

MULT IU SOS DE GU IMAR ÃE SG U I M A R Ã E S | 2 5 3 5 2 0 3 0 0 | G E R A L@T E M P O L I V R E . P T | W W W .T E M P O L I V R E . P T

PARQUE DE E XPOS IÇÕE S DE BR AG AB R A G A | 2 5 3 2 0 8 2 3 0 | P E B @ P E B . P T | W W W . P E B . P T

C O IMBR A

C ENTRO DE ART E S E E SPEC TÁCULOS DA F I GUE IR A DA F O ZF I G U E I R A D A F O Z | 2 3 3 4 0 7 2 0 0 | G E R A L@ F I G U E I R AT U R I S M O . C O M | W W W . C A E . P T

FARO

C ENTRO DE CONGRE SSOS DO AR ADEP O R T I M Ã O | 2 8 2 4 1 0 4 4 0 | G E R A L@ E X P O A R A D E . P T | W W W . E X P O A R A D E . P T

PORT IMÃO ARENAP O R T I M Ã O | 2 8 2 4 1 0 4 4 0 | G E R A L@ P O R T I M A O T U R I S . P T | W W W . P O R T I M A O A R E N A . C O M

Page 74: Event Point 7

74

L E IR I A

C ENTRO CULT UR A L E C ONGRE SSOS DAS C A LDAS DAS R A INHAC A L D A S D A R A I N H A | 2 6 2 8 8 9 6 5 0 | S E C R E TA R I A D O @ C C C . E U . C O M | W W W . C C C . E U . C O M

E XPOSA L ÃO BATA LHAB ATA L H A | 2 4 4 7 6 9 4 8 0 | I N F O @ E X P O S A L A O . P T | W W W . E X P O S A L A O . P T

L I SBOA

AUD I T ÓR IO DA FACULDADE DE MED IC INA DENTÁR I AL I S B O A | 2 1 7 9 2 2 6 2 5 | A U D I T O R I O @ F M D . U L . P T | W W W . F M D . U L . P T

A S SOC I AÇ ÃO COMERC I A L DE L I SBOAL I S B O A | 2 1 3 2 2 4 0 5 0 | S M @A C L . O R G . P T | W W W . A C L . O R G . P T

C AMPO PEQUENOL I S B O A | 2 1 7 9 9 8 4 5 0 | VA S C O C O R N E L I O @ C A M P O P E Q U E N O . C O M | W W W . C A M P O P E Q U E N O . C O M

C AS INO E S TOR I LE S T O R I L | 2 1 4 6 6 7 7 0 0 | I N F O . C E S T O R I L@ E S T O R I L . S O L . C O M | W W W . C A S I N O - E S T O R I L . P T

C ENTRO CULT UR A L DE BE L ÉML I S B O A | 2 1 3 6 1 2 6 9 7 | D A C@ C C B . P T | W W W . C C B . P T

C ENTRO DE CONGRE SSOS DE L I SBOAL I S B O A | 2 1 3 6 0 1 4 0 0 | L I S B O A C C@A I P. P T | W W W . L I S B O A C C . P T

C ENTRO DE CONGRE SSOS DO E S TOR I LE S T O R I L | 2 1 4 6 4 7 5 7 5 | I N F O @ E S T O R I L C O N G R E S S C E N T E R . C O M | W W W . E S T O R I L C O N G R E S S C E N T E R . C O M

C OL I S EU DE L I SBOAL I S B O A | 2 1 3 2 4 0 5 8 0 | M J O A O @ C O L I S E U L I S B O A . C O M | W W W . C O L I S E U L I S B O A . C O M

CONVENTO DO BE ATOL I S B O A | 2 1 0 1 0 9 9 2 3 | C O N V E N T O D O B E AT O @ C E R E A L I S . P T | W W W . C O N V E N T O D O B E AT O . C O M

E S TÁD IO A LVA L ADE X X IL I S B O A | 2 1 7 5 1 6 5 2 2 | E V E N T O S . C O R P O R AT E@S C P. P T | W W W . S P O R T I N G . P T

E S TÁD IO DA L U Z - BENF I C A E V ENTOSL I S B O A | 2 1 7 2 1 9 5 6 5 | B S A@S L B E N F I C A . P T | W W W . S L B E N F I C A . P T

F I L - F E IR A IN T ERNAC IONA L DE L I SBOAL I S B O A | 2 1 8 9 2 1 5 0 0 | F I L@A I P. P T | W W W . F I L . P T

MEO ARENAL I S B O A | 2 1 8 9 1 8 4 0 9 | I N F O @ M E O A R E N A . P T | W W W . M E O A R E N A . P T

MUSEU DA C ARR I SL I S B O A | 2 1 3 6 1 3 0 8 7 | M U S E U @ C A R R I S . P T | H T T P : // M U S E U . C A R R I S . P T

P L A Z A R IBE IRO T E L L E S - C ENTRO DE E V ENTOSV IL A F R ANC A DE X IR A | 2 6 3 288 5 59 | MR T E L L E S@PL A Z AR IBE IRO T E L L E S . C OM | W W W . P L A Z AR IBE IRO T E L L E S . C OM

PORTO

C ENTRO DE CONGRE SSOS E E XPOS IÇÕE S DA A L FÂNDEG AP O R T O | 2 2 3 4 0 3 0 2 4 | C C E@A M T C . P T | W W W . A M T C . P T | V E R PÁ G I N A : 3 3

C AV E S C A L ÉM - SOGE V INUS F INE W INE SV I L A N O VA D E G A I A | 2 2 3 74 6 6 6 0 | T U R I S M O @S O G E V I N U S . C O M | H T T P : // W W W . C A L E M . P T

C OL I S EU DO PORTOP O R T O | 2 2 3 3 9 4 9 4 0 | C O L I S E U @ C O L I S E U D O P O R T O . P T | W W W . C O L I S E U D O P O R T O . P T

E S TÁD IO DO DR AG ÃOP O R T O | 2 2 5 0 8 3 0 2 7 | P O R T O E S TA D I O @ F C P O R T O . P T | W W W . F C P O R T O . P T | V E R PÁ G I N A : 5 5

E XPONORM AT O S I N H O S | 2 2 9 9 8 1 4 0 0 | I N F O @ E X P O N O R . P T | W W W . E X P O N O R . P T

F UNDAÇ ÃO DE S ERR A LV E S CONGRE SS C ENT ERP O R T O | 2 2 6 1 5 6 5 0 0 | S E R R A LV E S@S E R R A LV E S . P T | W W W . S E R R A LV E S . C O M

MOST E IRO DE S ÃO BENTO DA V I T ÓR I AP O R T O | 2 2 3 4 0 1 9 0 0 | L A R C H E R @T N S J . P T | W W W .T N S J . P T

S ANTARÉM

CNEMAS A N TA R É M | 2 4 3 3 0 0 3 0 0 | C E N T R O D E C O N G R E S S O S@ C N E M A . P T | W W W . C N E M A . P T

V I S EU

E XPOV I SV I S E U | 2 3 2 4 2 2 0 1 8 | G E R A L@ E X P O V I S . P T | W W W . E X P O V I S . P T

A ÇORE S

AÇOR ARENAV I L A F R A N C A D O C A M P O | 2 9 6 5 3 9 3 9 0 | A C O R A R E N A@A C O R A R E N A . P T

C ENTRO CULT UR A L E DE C ONGRE SSOS DE ANGR A DO HERO Í SMOA N G R A D O H E R O Í S M O | 2 9 5 2 0 6 1 2 0 | C U LT U R A N G R A@ C U LT U R A N G R A . P T

MADE IR A

C ENTRO CULT UR A L E DE C ONGRE SSOS DE PORTO S ANTOP O R T O S A N T O | 2 9 1 9 8 0 6 0 0

MADE IR A T ECNOPOLOF U N C H A L | 2 9 1 7 2 0 0 0 0 | A D M I N @ M A D E I R AT E C N O P O L O . P T | W W W . M A D E I R AT E C N O P O L O . P T

E STRUTURAS E A LUGUER DE MATER I A L

A LUGOCL IMA ( A R - COND IC IONADO)A L D E I A D E PA I O P I R E S | 2 1 2 5 4 9 5 5 0 | I N F O @A L U G O C L I M A . C O M | W W W . A L U G O C L I M A . C O M

A L UGU ’AQU I (MOB I L I Á R IO , L OUÇ A )S I N T R A | 2 1 9 1 0 8 0 0 3 | I N F O @A A Q U I . C O M | W W W . A A Q U I . C O M

E URODOME ( DOME S E OU TR AS E S TRU T UR AS)F E R N Ã O F E R R O | 9 1 7 2 2 4 8 6 6 | E U R O D O M E S@ G M A I L . C O M | W W W . E U R O D O M E . P T

E UROPA LCO ( PA L COS E OU TR AS E S TRU T UR AS)M E M M A R T I N S | 2 1 9 6 0 5 5 2 0 | VA N E S S A . F O N S E C A@ E U R O PA L C O . P T | W W W . E U R O PA L C O . C O M

E V ENTPACK ( E S TRU T UR AS , MOB I L I Á R IO , DECOR AÇ ÃO)B R A G A | 2 5 3 2 8 3 4 8 3 | P E D R O @ E V E N T PA C K . N E T | W W W . E V E N T PA C K . N E T

E V IDÊNC I A D I SPL AY (S TANDS)L I S B O A | 2 1 4 6 0 3 6 2 0 | G E R A L@ E V I D E N C I A D I S P L AY . C O M | W W W . E V I D E N C I A D I S P L AY . C O M

D I R E C T Ó R I O

Page 75: Event Point 7

75

W W W . E V E N T P O I N T . C O M . P T

GL E V ENT S (MOB I L I Á R IO)A L C O C H E T E | 2 1 2 3 1 7 4 3 0 | I N F O @ G L E V E N T S - P O R T U G A L . C O M | W W W . G L E V E N T S - P O R T U G A L . C O M

MODE L STAND (S TANDS)B R A G A | 2 5 3 3 0 0 3 2 0 | C O M E R C I A L@ M O D E L S TA N D . P T | W W W . M O D E L S TA N D . P T

MULT I ARCO ( AR - COND IC IONADO)L I S B O A | 2 1 8 4 8 3 74 0 | I N F O @ M U LT I A R C O . P T | W W W . M U LT I A R C O . P T

P EBÊ DE S IGN (S TANDS)T E R R U G E M | 2 1 9 1 8 8 7 2 0 | G E R A L@ P E B E . P T | W W W . P E B E . P T

P OP COMMUN IC AT ION GROUP (S TANDS , S IN A L É T I C A )L I S B O A | 2 1 8 6 5 0 4 0 0 | P O P G R O U P @ P O P G R O U P. P T | W W W . P O P G R O U P. P T

PUBL I ACÇ ÃO ( ROAD - SHOW )A L M A R G E M D O B I S P O | 2 1 0 1 0 6 2 9 5 | G E R A L@ P U B L I A C C A O . C O M | W W W . P U B L I A C C A O . C O M

S IR AM ( PA L COS E OU TR AS E S TRU T UR AS)F U N C H A L | 2 9 1 2 3 0 3 5 0 | S I R A M @S I R A M . P T | W W W . S I R A M . C O M

SPORME X (S TANDS)B R A G A | 2 5 3 6 7 3 6 8 9 | G E R A L@S P O R M E X . P T | W W W . S P O R M E X . P T

F ORMAÇÃO

E SCOL A DE GE STÃO E NEGÓC IO SL I S B O A | 2 1 3 1 7 7 6 0 7 | E G N E G O C I O S@ U N I V E R S I D A D E - A U T O N O M A . P T | W W W . E G N E G O C I O S . U A L . P T

E S COL A SUPER IOR DE HOT E L AR I A E T UR I SMO DO E S TOR I LE S T O R I L | 2 1 0 0 4 0 7 0 0 | I S A B E L . S O U S A@ E S H T E . P T | W W W . E S H T E . P T

E T I CL I S B O A | 2 1 3 9 4 2 5 5 0 | I N F O @ E T I C . P T | W W W . E T I C . P T

I S L AL I S B O A | 8 0 8 2 0 3 5 4 4 | E L P M E@ L X . I S L A . P T | W W W . I S L A . P T

R E STARTL I S B O A | 2 1 3 6 0 9 4 5 0 | I N F O @ R E S TA R T . P T | W W W . R E S TA R T . P T

F O TOGRAF I A E V ÍDEO

M IN I F O TOL I S B O A | 2 1 7 5 6 7 3 3 0 | M I N I F O T O @ N E T C A B O . P T | W W W . M I N I F O T O - E S T U D I O . C O M

C I T Y L ABM A R C O D E C A N AV E S E S | 2 5 5 5 3 9 2 3 0 | C I T Y L A B @ C I T Y L A B . P T | W W W . C I T Y L A B . P T

FABR IC E Z I E GL ERL I S B O A | 2 1 8 8 7 7 7 1 9 | F A B R I C E Z I E G L E R @ N E T C A B O . P T | W W W . FA B R I C E Z I E G L E R . C O M

NV S T UD IOP O R T O | 2 2 6 1 8 0 74 1 | N V S T U D I O @ N V S T U D I O . C O . P T | W W W . N V S T U D I O . C O . P T

HOTÉ I S

AV E IRO

GR ANDE HOT E L DA CUR I AA N A D I A | 2 3 1 5 1 5 7 2 0 | G E R A L@ G R A N D E H O T E L D A C U R I A . C O M | W W W . G R A N D E H O T E L D A C U R I A . C O M

PA L ACE HOT E L BUSSACOL U S O | 2 3 1 9 3 7 9 7 0 | B U S S A C O @A L M E I D A H O T E L S . C O M | W W W . A L M E I D A H O T E L S . C O M

BE JA

BE JA PARQUE HOT E LB E J A | 2 8 4 3 1 0 5 0 0 | R E S E R VA S@ B E J A PA R Q U E H O T E L . C O M | W W W . B E J A PA R Q U E H O T E L . C O M

BR AG A

A X I S O F IRE S P O S E N D E | 2 5 3 9 8 9 8 0 0 | R E S E R VA S@A X I S O F I R . C O M | W W W . A X I S H O T E I S E G O L F E . C O M

ME L I Ã BR AG AB R A G A | 2 5 3 1 4 4 0 0 0 | M E L I A . B R A G A@ M E L I A P O R T U G A L . C O M | W W W . M E L I A B R A G A . C O M

BR AG ANÇ A

HOT E L S ÃO L Á Z AROB R A G A N Ç A | 2 7 3 3 0 2 7 0 0 | C O M E R C I A L . H S L@ H O T E I S - A R C O . C O M | W W W . H O T E I S - A R C O . C O M

C AST E LO BR ANCO

TRYP COL INA DO C AST E LOCASTELO BRANCO | 272 349 280 | TRYP.COL INA .CASTELO@SOLMEL IAPORTUGAL .COM | WWW.TRYPCOL INACASTELO .COM

TRYP CONF ORT D . MAR I AC O V I L H Ã | 2 7 5 3 1 0 0 0 0 | T R Y P. D O N A . M A R I A@S O L M E L I A . C O M

C O IMBR A

HOT E L QU IN TA DAS L ÁGR IMASC O I M B R A | 2 3 9 8 0 2 3 8 0 | C O M E R C I A L@ Q U I N TA D A S L A G R I M A S . P T | W W W . Q U I N TA D A S L A G R I M A S . P T

HO T E L V I L A G A L É C O IMBR AC O I M B R A | 2 3 9 2 4 0 0 0 0 | C O I M B R A@V I L A G A L E . P T | W W W .V I L A G A L E . P T

É VOR A

HOT E L MAR DE ARÉ V O R A | 2 6 6 74 0 7 0 0 | G E R A L@ M A R D E A R H O T E L S . C O M | W W W . M A R D E A R H O T E L S . C O M

FARO

CROWNE P L A Z A HOT E LV I L A M O U R A | 2 8 9 3 8 1 6 0 0 | G E R A L@ C P V I L A M O U R A . C O M | W W W . C R O W N E P L A Z AV I L A M O U R A . C O M

C S S A LG ADOS GR ANDE HOT E LA L B U F E I R A | 2 8 9 5 9 8 3 3 1 | G R O U P S . A L G A R V E@ C S H O T E L S A N D R E S O R T S . C O M | W W W . C S H O T E L S A N D R E S O R T S . C O M

HOT E L FAROFA R O | 2 8 9 8 3 0 8 3 0 | C O M E R C I A L@ H O T E L FA R O . P T | W W W . H O T E L FA R O . P T

L E MER ID I EN PEN INA GOL F E RE SORTP O R T I M Ã O | 2 8 2 4 2 0 2 0 0 | R E S E R VAT I O N S . P E N I N A@ L E M E R I D I E N . C O M | W W W . L E M E R I D I E N P E N I N A . C O M

MONTE DA QU IN TAA L M A N C I L | 2 8 9 0 0 0 3 0 0 | M Q R E S E R VA S@ M Q C L U B . C O M | W W W . M O N T E D A Q U I N TA R E S O R T . C O M

SHER ATON A LG ARVE HOT E L & RE SORTALBUF E IR A | 2 89 500 100 | P INE C L I F F S . R E S ERVAT I ONS@L U XURYC OL L E C T I ON . C OM | W W W . SHER AT ONA L G A RV E . C OM

T I VOL I MAR INA DE V I L AMOUR AV I L A M O U R A | 2 8 9 3 0 3 3 0 3 | H T M A R I N AV I L A M O U R A@T I V O L I H O T E L S . C O M | W W W .T I V O L I H O T E L S . C O M

GUARDA

HOT E L L U S I TÂN I A C ONGRE SS & SPAG U A R D A | 2 7 1 2 3 8 2 8 5 | L U S I TA N I A . D I R @ N AT U R A I M B H O T E L S . C O M | W W W . N AT U R A I M B H O T E L S . C O M

D I R E C T Ó R I O

Page 76: Event Point 7

76

L E IR I A

MARR IO T PR A I A D ’ E L RE Y & BE ACH RE SORTÓ B I D O S | 2 6 2 9 0 5 1 0 0 | I N F O . P D R @ M A R R I O T T- P D R . C O M . P T | W W W . P R A I A - D E L- R E Y . C O M

L I SBOA

A LT I S BE L ÉML I S B O A | 2 1 0 4 0 0 2 0 0 | I N F O @A LT I S B E L E M H O T E L . C O M | W W W . A LT I S H O T E L S . C O M

C OR INTH I A L I SBOA HOT E LL I S B O A | 2 1 7 2 3 6 3 6 3 | L I S B O A@ C O R I N T H I A . P T | W W W . C O R I N T H I A H O T E L S . C O M

F ONTANA PARK HOT E LL I S B O A | 2 1 0 4 1 0 6 0 0 | G E R A L@ F O N TA N A PA R K H O T E L . C O M | W W W . F O N TA N A PA R K H O T E L . C O M

HOT E L C ASC A I S M IR AGEMC A S C A I S | 2 1 0 0 6 0 6 0 0 | R E S E R VAT I O N S@ C A S C A I S M I R A G E . C O M | W W W . C A S C A I S M I R A G E . C O M

HOT E L DOM PEDRO L I SBOAL I S B O A | 2 1 3 8 9 6 6 0 0 | L I S B O A . R E S E R VAT I O N S@ D O M P E D R O . C O M | W W W . D O M P E D R O . C O M

HOT E L RE A L V I L L A I TÁ L I AC A S C A I S | 2 1 0 9 6 6 0 0 0 | R E A LV I L L A I TA L I A@ H O T E I S R E A L . C O M | W W W . R E A L H O T E L S G R O U P. C O M

HOT E L V I L L A R I C AL I S B O A | 2 1 0 0 4 3 0 0 0 | H O T E LV I L L A R I C A@V I P H O T E L S . C O M | W W W .V I L L A R I C A H O T E L S G R O U P. C O M

L I SBON MARR IO T T HOT E LL I S B O A | 2 1 7 2 3 5 4 0 0 | C L A U D I A .V E N T U R A@ M A R R I O T T H O T E L S . C O M | W W W . M A R R I O T T . C O M

PA L ÁC IO E S TOR I LE S T O R I L | 2 1 4 6 4 8 0 0 0 | F R O N T- D E S K@ PA L A C I O E S T O R I L H O T E L . C O M | W W W . PA L A C I O E S T O R I L H O T E L . C O M

P E STANA PA L ACEL I S B O A | 2 1 3 6 1 5 6 0 0 | S A L E S . P O R T U G A L@ P E S TA N A . C O M | W W W . P E S TA N A . C O M

R I T Z F OUR SE ASONS HOT E L L I SBOAL I S B O A | 2 1 3 8 1 1 4 0 0 | F S H . L I S B O N @ F O U R S E A S O N S . C O M | W W W . F O U R S E A S O N S . C O M / L I S B O N

SHER ATON L I SBOAL I S B O A | 2 1 3 1 2 0 0 0 0 | S H E R AT O N . L I S B O A@S H E R AT O N . C O M | W W W . S TA R W O O D H O T E L S . C O M

V IP E X ECU T I V E ART ’ SL I S B O A | 2 1 0 0 2 0 4 0 0 | H O T E L A R T S@V I P H O T E L S . C O M | W W W .V I P H O T E L S . C O M

PORTO

PORTO PA L ÁC IO C ONGRE SS HOT E L & SPAP O R T O | 2 2 6 0 8 6 6 0 0 | G E R A L@ P O R T O PA L A C I O H O T E L . P T | W W W . P O R T O PA L A C I O H O T E L . P T

P OUSADA DO PORTOP O R T O | 2 2 5 3 1 1 0 0 0 | G U E S T@ P O U S A D A S . P T | W W W . P O U S A D A S . P T

SHER ATON PORTO HOT E L & SPAP O R T O | 2 2 0 4 0 4 0 0 0 | S H E R AT O N . P O R T O @S H E R AT O N . C O M | W W W . S H E R AT O N P O R T O . C O M

THE Y E ATMANV I L A N O VA D E G A I A | 2 2 0 1 3 3 1 0 0 | R E S E R VAT I O N S@T H E Y E AT M A N . C O M | W W W .T H E Y E AT M A N . C O M

T I A R A PARK AT L ANT ICP O R T O | 2 2 6 0 7 2 5 0 0 | R E S E R VA S . P O R T O @T I A R A - H O T E L S . C O M | W W W .T I A R A - H O T E L S . C O M

S ANTARÉM

DOM GONÇ A LO HOT E L & SPAFÁT I M A | 2 4 9 5 3 9 3 3 0 | M A I L@ H O T E L D G . C O M | W W W . H O T E L D G . C O M

V I ANA DO C A S T E LO

A X I S GOL F PONTE DE L IMAP O N T E D E L I M A | 2 5 8 9 0 0 2 5 0 | R E S E R VA S@A X I S P O N T E D E L I M A . C O M | W W W . A X I S P O N T E D E L I M A . C O M

F L ÔR DE S A LV I A N A D O C A S T E L O | 2 5 8 8 0 0 1 0 0 | R E S E R VA S@ H O T E L F L O R D E S A L . C O M | W W W . H O T E L F L O R D E S A L . C O M

V I L A R E A L

V IDAGO PA L ACE HOT E LV I D A G O | 2 7 6 9 9 0 9 0 0 | V I D A G O PA L A C E@ U N I C E R . P T | W W W .V I D A G O PA L A C E H O T E L . C O M

V I S EU

AQUAPUR A DOURO VA L L E YL A M E G O | 2 5 4 6 6 0 6 0 0 | A Q U A P U R A D O U R O @A Q U A P U R A D O U R O . C O M | W W W . A Q U A P U R A H O T E L S . C O M

HOT E L MONTEBE LOV I S E U | 2 3 2 4 2 0 0 0 0 | M O N T E B E L O V I S E U @V I S A B E I R AT U R I S M O . C O M | W W W . M O N T E B E L O V I S E U . P T

ME L I A C ONF ORT GR ÃO VASCOV I S E U | 2 3 2 4 2 3 5 1 1 | G E R A L@ H O T E L G R A O VA S C O . P T | W W W . H O T E L G R A O VA S C O . P T

A ÇORE S

HOT E L AV EN IDAP O N TA D E L G A D A | 2 9 6 2 0 9 6 6 0 | AV E N I D A@ B E N S A U D E . P T | W W W . B E N S A U D E . P T

HO T E L AÇORE S AT L ÂNT ICOP O N TA D E L G A D A | 2 9 6 3 0 2 2 0 0 | AT L A N T I C O @ B E N S A U D E . P T | W W W . B E N S A U D E . P T

HO T E L PR ÍNC IPE DO MÓNACOP O N TA D E L G A D A | 2 9 6 3 0 2 4 6 0 | C O M E R C I A L@A S TAT L A N T I D A . C O M | W W W . P R I N C I P E D O M O N A C O . C O M

MADE IR A

HOT E L S AVOYF U N C H A L | 2 9 1 2 1 3 0 0 0 | R E S E R VAT I O N S@S AV O Y R E S O R T . C O M | W W W . S AV O Y R E S O R T . C O M

THE V INE HOT E LF U N C H A L | 2 9 1 0 0 9 0 0 0 | R E S E R VAT I O N S@ H O T E LT H E V I N E . C O M | W W W . H O T E LT H E V I N E . C O M

L IMPE Z A

VADEC AM AT O S I N H O S | 2 2 9 3 9 7 8 0 0 | VA D E C A . S E R V I C O S@VA D E C A . P T | W W W .VA D E C A . P T

C L IME XL I S B O A | 2 1 8 4 7 5 8 5 4 | C O M E R C I A L@ C L I M E X . P T | W W W . C L I M E X . P T

ORGAN I Z ADORES PROF I S S IONA I S DE CONGRESSOS

ACRÓPOL EP O R T O | 2 2 6 1 9 9 6 8 0 | G E R A L@A C R O P O L E - S E R V I C O S . P T | W W W . A C R O P O L E - S E R V I C O S . P T

B L OOM UPL I S B O A | 2 1 7 6 1 1 0 1 0 | B L O O M @ B L O O M . P T | W W W . B L O O M . P T

C I - C ONGRE SSOS E INC ENT I VOSS I N T R A | 2 1 9 2 4 6 3 4 2 | C I C O N G R E S S O S@S A P O . P T | W W W . C I - C O N G R E S S O S . C O M

CPL MEE T INGS & E V ENT SC A S C A I S | 2 1 4 0 0 3 5 4 0 | E V E N T S@ C P L E V E N T S . P T | W W W . C P L E V E N T S . P T

FAC TOR CHAV EL I N D A - A - V E L H A | 2 1 4 3 0 7 74 0 | C O N G R E S S O S@ FA C T O R C H AV E . P T | W W W . FA C T O R C H AV E . C O M

L E AD ING - C ONGRE SS & A S SOC I AT ION MANAGEMENTL I N D A - A - V E L H A | 2 1 7 7 1 2 6 3 4 | L E A D I N G @ L E A D I N G . P T | W W W . L E A D I N G . P T

D I R E C T Ó R I O

Page 77: Event Point 7

77

W W W . E V E N T P O I N T . C O M . P T

MUND ICONVEN IU SL I S B O A | 2 1 3 1 5 5 1 3 5 | I N F O @ M U N D I C O N V E N I U S . P T | W W W . M U N D I C O N V E N I U S . P T

SK YROSP O R T O | 2 2 6 1 6 5 4 5 0 | S K Y R O S@S K Y R O S - C O N G R E S S O S . C O M | W W W . S K Y R O S - C O N G R E S S O S . C O M

ORGAN I Z ADORES DE E V ENTOS

DE SA F IO GLOBA L AT I V I SMLINDA-A -VELHA | 2 14 149 550 | PEDRO .RODR IGUES@DESAF IOGLOBAL . AT I V I SM .PT | W W W.DESAF IOGLOBAL . AT I V I SM .PT

INF ORPRE SSL I S B O A | 2 1 3 2 4 0 2 2 7 | L I S B O A@ I N F O R P R E S S . C O M | W W W . I N F O R P R E S S . C O M

TAVOL ANOSTR A E V ENTOS GLOBA I SA R G A N I L | 2 3 5 2 0 3 0 2 9 | G E R A L@TAV O L A N O S T R A . C O M | W W W .TAV O L A N O S T R A . C O M

A A - COM .L I S B O A | 2 1 1 9 2 9 7 0 7 | G E R A L@A A - C O M . P T | W W W . A A - C O M . P T

A C T ING OU TL I S B O A | 2 1 4 5 4 4 3 5 5 | A C T I N G O U T@A C T I N G O U T . P T | W W W . A C T I N G O U T . P T

A DDSOLU T IONSL I S B O A | 2 1 8 4 4 4 4 6 0 | G E R A L@A D D S O L U T I O N S . P T | W W W . A D D S O L U T I O N S . P T

A DEREÇO PRODUÇÕE SP O R T O | 2 2 5 3 2 2 7 2 0 | G E R A L@A D E R E C O . C O M | W W W . A D E R E C O . C O M

B +E S T O R I L | 2 1 4 6 8 9 6 6 8 | G E R A L@ B P O S I T I V O . C O M | W W W . B P O S I T I V O . C O M

BA I X A 6 2C A C É M | 2 1 4 2 7 8 6 6 0 | J O A N A . B O T E L H O @ B A I X A 6 2 . P T | W W W . B A I X A 6 2 . C O M

BE ST E V ENT SB R A G A | 2 5 3 2 0 4 0 5 3 | I N F O @ B E S T E V E N T S . P T | W W W . B E S T E V E N T S . P T

G L E V ENT SA L C O C H E T E | 2 1 2 3 1 7 4 3 0 | I N F O @ G L E V E N T S - P O R T U G A L . C O M | W W W . G L E V E N T S - P O R T U G A L . C O M

KR I A E V ENTOSL I S B O A | 2 1 7 9 5 5 4 2 4 | K E@ K R I A E V E N T O S . P T | W W W . K R I A E V E N T O S . P T

L AGOS PREM IUM E V ENT SC A R N A X I D E | 2 1 3 0 3 4 9 0 0 | G E R A L@ L A G O S S P O R T S . C O M | W W W . L A G O S S P O R T S . C O M

L INEUPL I S B O A | 2 1 3 3 0 3 7 3 4 | I N F O @ L I N E U P. P T | W W W . L I N E U P. P T

MERC ADO DA CULT UR AO E I R A S | 2 1 4 4 1 0 4 4 8 | G E R A L@ M E R C A D O D A C U LT U R A . P T | W W W . M E R C A D O D A C U LT U R A . P T

NE W E V ENT SL I S B O A | 2 1 3 3 0 3 7 6 8 | G E R A L@ N E W E V E N T S . C O M . P T | W W W . N E W E V E N T S . C O M . P T

P L URE V ENTOC A C É M | 2 1 9 1 2 9 5 9 9 | M A I L@ P L U R E V E N T O . C O M | W W W . P L U R E V E N T O . C O M

PRE ST ÍG IOL I S B O A | 2 1 3 8 3 9 6 0 0 | G E R A L@ P R E S T I G I O . P T | W W W . P R E S T I G I O . P T

R E A L I Z ARP O R T O | 2 2 5 0 74 5 3 0 | I N F O @ R E A L I Z A R . C O M | W W W . R E A L I Z A R . C O M

S F OR IL I S B O A | 2 1 7 6 0 4 8 3 9 | G E R A L@S F O R I . C O M | W W W . S F O R I . C O M

S IR AMF U N C H A L | 2 9 1 2 3 0 3 5 0 | S I R A M @S I R A M . P T | W W W . S I R A M . P T

S TRE SS L E S SL I S B O A | 2 1 3 4 0 3 3 0 0 | G E R A L@S T R E S S L E S S . P T | W W W . S T R E S S L E S S . P T

T EMPOS E V ENTOSAV E I R O | 2 3 4 3 8 5 6 2 4 | C P E R E S T R E L O @T E M P O S E V E N T O S . C O M | W W W .T E M P O S E V E N T O S . C O M

T OX ’ INN - PROMOÇ ÃO E E V ENTOSL I S B O A | 2 1 7 9 2 3 3 5 | G E R A L@T O X I N N . C O M | W W W .T O X I N N . C O M

UPPARTNER - C OMUN IC AÇ ÃO DE MARKE T INGL I S B O A | 2 1 0 4 1 0 1 0 0 | H E L I O . S O A R E S@ U P PA R T N E R . P T | W W W . U P PA R T N E R . P T

YOU ARE ONES E S I M B R A | 2 8 9 4 1 0 2 7 0 | G E R A L@Y O U A R E O N E . C O M | W W W .Y O U A R E O N E . C O M

P IROTECN I A

L USO P IROT ECN I AA L M A D A | 2 1 2 74 1 0 5 6 | H E A D O F F I C E@ L U S O P I R O T E C N I A . C O M | W W W . L U S O P I R O T E C N I A . C O M

MACEDO ’ S P IROT ECN I AL I X A | 2 5 5 4 8 3 9 9 9 | P I R O T E C N I A@ M A C E D O S . C O M . P T | W W W . M A C E D O S . C O M . P T

S AÚDE

CRUZ V ERMELHA PORT UGUE SAL I S B O A | 2 1 3 9 1 3 9 3 2 | M C E C I L I O @ C R U Z V E R M E L H A . O R G . P T | W W W . C R U Z V E R M E L H A . P T

F EMÉD IC AB E L A S | 2 1 1 9 7 5 7 2 3 | G E R A L@ F E M E D I C A . P T | W W W . F E M E D I C A . P T

HE LPEDC O R R O I O S | 7 0 7 4 5 2 4 5 2 | I N F O @ H E L P E D . P T | W W W . H E L P E D . P T

MED F IR STPA Ç O D E A R C O S | 2 1 6 0 0 2 7 3 2 | G E R A L@ M E D F I R S T . P T | W W W . M E D F I R S T . P T

S EGURANÇA

20 45M A LV E I R A | 2 1 9 6 6 3 0 7 0 | G E R A L@2 0 4 5 S A . P T | W W W . 2 0 4 5 . P T

GRUPO 8L I S B O A | 2 1 8 4 3 2 8 0 0 | G R U P O 8 @ G R U P O 8 . P T | W W W . G R U P O 8 . P T

D I R E C T Ó R I O

Page 78: Event Point 7

78

JOSÉ P IMENTE L F URTADO9 17 7 2 6 2 6 9 | J O S E P F U R TA D O @S A P O . P T

PROSEGURL I S B O A | 2 1 8 3 6 2 2 0 0 | D R S F. L I S B O A@ P R O S E G U R . C O M | W W W . P R O S E G U E . P T

SOF T WARE DE GESTÃO DE E V ENTOS

E V ENT S ERV IC E SV I L A N O VA D E G A I A | 2 2 0 9 3 2 9 4 7 | I N F O @ E V E N T S E R V I C E S . P T | W W W . E V E N T S E R V I C E S . P T

T Z IR ANDAL I S B O A | 2 1 3 1 4 0 9 8 3 | R G F@T Z I R A N D A . C O M | W W W .T Z I R A N D A . C O M

TR ANSPORTES

A IRE V ENT SM O R E I R A D A M A I A | 2 2 9 4 1 5 5 2 5 | A I R E V E N T S@A I R E V E N T S . C O M . P T | W W W . A I R E V E N T S . C O M . P T

A IR N IMBUSS . D O M I N G O S D E R A N A | 2 1 4 4 4 6 1 1 7 | G E R A L@A I R N I M B U S . P T | W W W . A I R N I M B U S . P T

DOURO A ZULP O R T O | 2 2 3 4 0 2 5 0 0 | R E S E R VA S@ D O U R O A Z U L . C O M | W W W . D O U R O A Z U L . P T

F IDA LGU I AL I S B O A | 2 1 9 5 6 6 3 5 9 | G E R A L@ F I D A L G U I A . P T | W W W . F I D A L G U I A . P T

F ROTA A ZULO L I VA L B A S T O | 2 1 9 3 8 0 4 0 0 | G E R A L@ F R O TA - A Z U L . P T | W W W . F R O TA - A Z U L . P T

GRUPO BARR AQUE IROL I S B O A | 2 1 7 5 1 1 9 0 0 | B A R R A Q U E I R O @ B A R R A Q U E I R O . C O M | W W W . B A R R A Q U E I R O . C O M

SPEC I A LBUSL I S B O A | 9 1 9 3 0 2 3 1 0 | G E R A L@S P E C I A L B U S . P T | W W W . S P E C I A L B U S . P T

T R ANSOLP O R T I M Ã O | 2 8 2 4 5 0 4 6 0 | R E S E R VA S@T R A N S O L . P T | W W W .T R A N S O L . P T

OU TROS SERV IÇOS

BUL L INSUR ANCEL I S B O A | 2 1 8 5 2 2 1 8 3 | A S A LV O @ B U L L- I N S U R A N C E . C O M | W W W . B U L L- I N S U R A N C E . C O M

ED IGMAA D A Ú F E | 7 0 7 3 0 9 1 3 1 | E D I G M A@ E D I G M A . C O M | W W W . E D I G M A . C O M

E S TAÇ ÃO L I V RE COMUN IC AÇ ÃOP O R T O | 2 2 6 0 5 3 9 3 6 | I N F O @ E L C . P T

F C O .S Ã O J O Ã O D A M A D E I R A | 2 5 6 2 0 0 9 2 9 | F C O @ F C O . P T | W W W . F C O . P T

HE L LO MOVEMENTL I N D A - A - V E L H A | 9 6 9 9 7 8 9 8 4 | H E L L O M O V E M E N T@ G M A I L . C O M | W W W . H E L L O M O V E M E N T. C O M

HOSPEDE IR AS DE PORT UG A LP O R T O | 2 2 5 3 2 0 2 8 0 | P O R T O @ H O S P E D E I R A S - P O R T U G A L . P T | W W W . H O S P E D E I R A S - P O R T U G A L . P T

I D - IN T ÉRPRE T E S D IREC TOSL I S B O A | 9 6 1 3 7 2 2 6 9 | I D @ I N T E R P R E T E S D I R E C T O S . C O M | W W W . I N T E R P R E T E S D I R E C T O S . C O M

ME SSE F R ANKF URTL I S B O A | 2 1 7 9 3 9 1 4 0 | I N F O @ P O R T U G A L . M E S S E F R A N K F U R T . C O M | W W W . M E S S E F R A N K F U R T . C O M

NORMA DE S IGNP O R T O | 9 1 9 6 1 1 3 5 0 | G E R A L@ N O R M A D E S I G N . C O M | W W W . N O R M A D E S I G N . C O M

D I R E C T Ó R I O

Page 79: Event Point 7

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* Q U A T R O E D I Ç Õ E S , I N C L U I I V A E P O R T E S D E E N V I O

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