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. EVENTOS . CONGRESSOS . FEIRAS . INCENTIVOS . DESTINOS . . ANO III . NÚMERO 6 . TRIMESTRAL . JANEIRO / FEVEREIRO / MARÇO . 2013 . 5,00 € EVENTOS ASSOCIATIVOS MANTÊM RESILIÊNCIA MAS TÊM NOVOS DESAFIOS GRANDE ENTREVISTA: LUÍS RASQUILHA INTERNATIONAL & EUROPEAN ASSOCIATIONS CONGRESS NO ESTORIL E AGORA LONDRES?

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Revista dedicada aos eventos profissionais/meetings industry.

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. E V E N T O S . C O N G R E S S O S . F E I R A S . I N C E N T I V O S . D E S T I N O S .. A N O I I I . N Ú M E R O 6 . T R I M E S T R A L . J A N E I R O / F E V E R E I R O / M A R Ç O . 2 0 1 3 . 5 , 0 0 €

E V E N T O S A S S O C I AT I V O S M A N T Ê MR E S I L I Ê N C I A M A S T Ê M N O V O S D E S A F I O SG R A N D E E N T R E V I S T A : L U Í S R A S Q U I L H AI N T E R N A T I O N A L & E U R O P E A N A S S O C I A T I O N S C O N G R E S S N O E S T O R I LE A G O R A L O N D R E S ?

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PROPRIETÁRIOEstação Livre . ComunicaçãoTel: [email protected]

SEDE DA REDACÇÃORua do Sporting Clube Candalense, 14, 1° Dto. Frt.4400-688 Vila Nova de Gaia . Portugal

DIRECTORRui Ochôa([email protected])

EDITORA / DIRECTORA DE INFORMAÇÃOCláudia Coutinho de Sousa([email protected])

REDACÇÃOCláudia Coutinho de SousaMaria João Leite ([email protected])Sara Marques ([email protected])

DIRECTOR COMERCIALFilipe Silva

DEPARTAMENTO COMERCIALHelena Pereira

ASSISTENTE DE DIRECÇÃORita Coutinho Costa

COLABORAÇÃOAna Godinho ([email protected])Maria Pereira ([email protected])

COLUNISTASBárbara SobralCarlos CoelhoCristina MottaElling HamsoFernando CompletoJoana PaisNuno GustavoPedro CardosoRob Hard

DESIGNNorma Design ([email protected])

FOTOGRAFIAMinifoto

IMAGEM DE CAPADamien Ayers

IMPRESSÃONorprintZona Industrial Alto da Cruz - FontiscosApt.: 172 . 4780-583 Santo Tirso

Nº REGISTO ERC126066

DEPÓSITO LEGAL330066/11

TIRAGEM3.500 exemplares

PERIODICIDADETrimestral

É estritamente proibida a reprodução parcial ouintegral de textos ou ilustrações da Event Point.As informações contidas nos anúncios são daexclusiva responsabilidade dos anunciantes.Consequentemente, não podemos serresponsabilizados por qualquer informaçãoincorrecta que se possa verificar.

F I C H A T É C N I C A E D I T O R I A L

R U I O C H Ô A C L Á U D I A C O U T I N H O D E S O U S A

MA IS PERTO DOS NOSSOS L E I TORESO primeiro número de 2013 da Event Point é também o primeiro que não estará à venda nas bancas. Não alterámos a tiragem, que se mantém nos 3.500 exemplares por edição, e vamos reforçar as campanhas de assinatura e o envio de exemplares gratuitos para con-tactos seleccionados. Desta forma, queremos estar mais perto dos nossos leitores, garantir que a revista circula e chega às pessoas certas.Este é também mais um passo na nossa es-tratégia de crescimento, algo que estava a ser planeado há já algum tempo, e que nos alinha com as melhores práticas do sector editorial. Foco nas acções, corte nos desperdícios, aten-ção às novas necessidades de comunicação, quer na perspectiva dos leitores, quer na dos anunciantes. Eis alguns dos desafios de 2013 para nós, editores da Event Point.Realizámos em Dezembro passado, na Pousada do Freixo, em parceria com a The House of Events, uma edição experimental do Networking Camp dirigido à meetings industry. Quisemos testar um formato de reunião mais dinâmico e envolvente, muito voltado para a obtenção de resultados práti-cos. Essas primeiras conclusões são par-tilhadas aqui, servindo de inspiração para que outros Networking Camps se realizem, envolvendo o país inteiro.Os eventos associativos têm mantido, apesar de todas as pressões negativas, uma assinalável capacidade de resistência. Somando a isto o facto de pela primeira vez o International & European Associations Congress se realizar fora do Reino Unido - Estoril, 21 a 23 de Abril -, dedicamos o dossiê temático a um sector tão relevante, identificando oportunidades, vantagens e fragilidades de Portugal na capacidade de

acolher este tipo de eventos.Não é novidade que as tendências de con-sumo determinam mudanças e ajustes em muitas áreas da economia. Entrevistamos nesta edição Luís Rasquilha, CEO da AYR Consulting, e perguntámos-lhe o que pensa dos eventos portugueses.Depois de ter acolhido aqueles que foram considerados os mais bem organizados Jogos Olímpicos de sempre, Londres prepara-se para capitalizar esse sucesso. No que aos eventos diz respeito, a metrópole teve que dar um passo atrás, em 2012, com menos realizações, para dar agora dois ou três em frente. Uma estratégia conferida com Tracy Halliwell, directora da London & Partners.Trazemos-lhe ainda duas viagens fascinan-tes, uma ao universo dos parques aventura em Portugal, e de como estes são uma opção para acolher eventos carregados de adrenalina, e outra ao sudeste europeu, à Eslovénia. Uma pequena nação, com pouco mais de dois milhões de habitantes, que, sem grandes meios financeiros, consegue ainda assim implementar uma estratégia clara e coerente na promoção para o seg-mento da meetings industry.Inauguramos ainda uma secção dedicada às tecnologias aplicadas aos eventos, numa colaboração com a Restart - Instituto de Criatividade, Arte e Novas Tecnologias. Desta vez, a atenção dirige-se ao streaming de vídeo. Não perca ainda os detalhes sobre os novos espaços do Myriad Sana Lisboa, artigos de opinião, perspectivas para o ano económico de 2013 e o nosso habitual con-sultório de protocolo.

Boa leitura, e até Maio.

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ColunistasEspaço APECATENotíciasParticipar em feiras internacionais, por Cristina Motta1º Networking Camp MI PortugalO formato dos encontros (meetings) do futuro, por Pedro CardosoGRANDE ENTRE V I STA : L U Í S R ASQU ILHATendências 2013 no calendário gregoriano, por Joana PaisDOSS IÊ T EMÁT ICO : E V ENTOS ASSOC I AT I VOSANTE V I SÃO : IN T ERNAT IONAL & EUROPE AN ASSOC I AT IONS CONGRESSO regresso ao mito de Peter Pan, por Fernando Completo e Nuno GustavoDez previsões para as viagens de negócio e os eventos em 2013, por Rob HardAntevisão: IMEX 2013EM DESTAQUE : E AGORA LONDRES?Um onda de 34 metros... por Carlos CoelhoPor que devemos cancelar eventos?, por Elling HamsoSustentabilidade: O sentido de comunidade no evento associativoCase study: Participação do Grupo Socem na IZB com realidade aumentadaEspaços: Myriad Sana LisboaOs eventos em cenário de crise, por Bárbara SobralMesse Frankfurt: Criatividade e inovação à portuguesaTecnologia: Streaming de vídeo para produtores de eventosTecnologia: Eventos vistos do arConsultório de protocoloParques aventura apostam nos eventosDestino internacional: EslovéniaEmpresasDirectório

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BÁRBARA SOBRALÉ licenciada em Gestão de Empresas pela Universidade Lusíada, e pós-graduada em Organização de Eventos pelo

ISLA. Trabalha na área da organização de eventos desde 1996 e fundou a Kriaeventos - Consultoria, Marketing e

Relações Públicas, em 2000, onde é gestora desta e de outras empresas do grupo.

CRIST INA MOTTAÉ sócia gerente da empresa Kamotta - Representações, que representa em Portugal e em Cabo Verde as feiras inter-

nacionais da Messe Frankfurt GmbH. A Messe Frankfurt organiza algumas das mais importantes feiras interna-

cionais, tendo contado em 2012 com 200 empresas portuguesas em 28 feiras internacionais. Licenciada em Línguas

e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, frequentou em 2003 o Curso Geral de

Gestão na Universidade Nova de Lisboa (Novaforum).

FERNANDO COMPLETODoutorando em Turismo (Instituto de Geografia e Ordenamento do Território - Universidade de Lisboa), com forma-

ção superior em Serviço Social (ISSSL) e em Sociologia (ISCTE). Professor da Escola Superior de Hotelaria e Turismo

do Estoril desde 1994, onde foi responsável pela criação (2000) e coordenação da Licenciatura em Gestão do Lazer e

Animação Turística (2000 - 2009). É consultor do Banco Mundial para o Desenvolvimento e membro do conselho de

administração da AMFORHT - Associação Mundial de Formação em Hotelaria e Turismo.

CARLOS COELHOÉ uma das grandes referências portuguesas no domínio da construção e gestão de marcas. Ao longo de 25 anos,

conduziu projectos de algumas das marcas mais relevantes em Portugal, como o Multibanco, Telecel/Vodafone, Yorn,

Galp Energia, RTP, CTT Correios, TAP Portugal, Sata , Leya, Sonae, Delta. É autor de diversos estudos sobre ten-

dências e modelos teóricos de marcas. É activista sobre as causas e as marcas de Portugal e autor do livro ”Portugal

Genial’’. É desde Janeiro de 2007 fundador e presidente da Ivity Brand Corp.

ELL ING HAMSOÉ um dos partners do European Event ROI Institute. Passou parte da carreira como executivo na indústria de petróleo

e gás da Noruega, tendo mais tarde desempenhado funções como consultor e director de uma agência de eventos.

É membro do European Council of Meeting Professionals International (MPI) e foi considerado a 5ª pessoa mais

influente da indústria de eventos do Reino Unido, pela revista Conference & Incentive Travel. É licenciado em gestão e

pós-graduado em Estratégias de Relacionamento Fornecedor/Consumidor.

C O L U N I S T A S

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JOANA PA IS Natural do Porto, Joana Pais viveu dez anos em Setúbal. Após um Bacharelato de Turismo em Paris, licenciou-se

em Gestão de Turismo pela ESCAET no sul de França. Em 2004, e já em Portugal, trabalhou em hotelaria nas áreas

de e-commerce e marketing online. Após uma passagem pela SIC em 2008, voltou ao Porto para a abertura do The

Yeatman como directora de Business Development. Em 2011 “ousou” entrar num DMC. Hoje é business development

manager na events by tlc, em Lisboa, e participou no lançamento da exclusive by tlc.

NUNO GUSTAVOÉ professor-adjunto da ESHTE, membro da Comissão Coordenadora do Mestrado em Turismo - Coordenador Operacional

do Mestrado em Gestão de Eventos, docente de várias disciplinas no domínio da gestão turística e de eventos. Do curricu-

lum académico destaque para o Mestrado em Lazer e Desenvolvimento Local pela Universidade de Coimbra.

PEDRO CARDOSOFormado em Gestão Hoteleira, foi director de Front-Office/Alojamento na abertura do ex-Sheraton Porto em 1986 e

director de Marketing e Vendas até 1995. Quadro co-fundador e director-executivo da Sugestões&Opções e do Grupo

QRM, de 2002 a 2008. Fundador, em 2002, administrador e principal accionista da The House of Events. Consultor de

Hotelaria e Turismo, e ex-docente na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto.

ROB HARDRob Hard é um especialista em turismo de negócios e editor do BusinessTravelDestinations.com. O site explora tudo o

que tem a ver com destinos internacionais, hotéis, venues e serviços para viagens de negócios, congressos e eventos.

C O L U N I S T A S

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A APECATE E OS EVENTOS ASSOCIATIVOSA A PEC AT E , enquan to a s s ociação s ec tor ia l que r epr e s en ta empr e s a s de congr e s s o s , animação t ur ís t ica e ev en to s , tem s obr e e s ta temá t ica uma dupla per spec t i v a : por um lado , pr omov e o s s eus pr ópr io s ev en to s , s ejam exclusi v amen te in ter no s ou v ol tado s par a o conjun to s ec tor ia l que r epr e s en ta ; por ou t r o , a s s ume a v ocação de r epr e s en tar e de f ender a s empr e s a s que têm como objec to de t r abalho a pr odução de ev en to s , en t r e o s quais o s a s s ocia t i v o s .

E S P A Ç O A P E C A T E

A primeira vertente deste duplo olhar coloca-nos no terreno das expectati-vas dos empresários relativamente às suas associações enquanto lugares de encontro, de estreitamento de relações interpessoais, de criação de sinergias, de apoio à formação e à projecção in-ternacional, de incentivo às boas práti-cas empresariais e ética profissional.É aqui que se enquadram, no que respeita à APECATE, os seus eventos associativos: as reuniões sectoriais, os jantares-debate temáticos, os mo-mentos reservados ao convívio e ne-tworking ou o congresso do sector que, em 2013, será coroado pela primeira edição dos Prémios APECATE.

A segunda ver tente inspira‑nos, neste quadro temático, uma reflexão sobre o trabalho das empresas de eventos e congressos, na relação com o mercado constituído por um outro tipo de associações.Sejam elas comerciais, sócio-pro-fissionais, culturais ou outras, para cumprirem a função de servirem os seus públicos-alvo, recorrem a profis-sionais especializados para a organi-zação dos seus eventos, criando uma dinâmica de grande valia no sector.Convenções, congressos, conferências, seminários, exposições, concursos, eventos culturais, desportivos ou de cariz social, todos estes eventos afirmam-se como incubadores de inovação e lugares de afirmação de

competências, garantindo aos promo-tores o cumprimento integral dos seus objectivos e aos organizadores uma projecção nacional e internacional.

Por outro lado ‑ o que neste momento ganha uma importância acrescida ‑, os eventos associativos, sobretudo os de média e grande dimensão, parecem ser menos afectados pelas flutuações do mercado do que outro tipo de eventos, como os corporativos.

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V I C E ‑ P R E S I D E N T E D A D I R E C Ç Ã OP R E S I D E N T E D A S E C Ç Ã O D E E V E N T O S

J O E L V I C E N T E

Alguns indicadores provenientes de estudos realizados noutros países eu-ropeus mostram a intenção, por parte de uma percentagem significativa de promotores de eventos associativos, em particular associações profissio-nais, sociedades medico-científicas e académicas, de manterem os seus calendários de eventos e, inclusive, de promoverem novos, privilegiando áreas de natureza educacional.

Perante estes dados, objectivamente animadores, será fundamental que as empresas portuguesas tenham um olhar atento sobre as fusões e outras estratégias aglutinadoras de gigantes mundiais de eventos e congressos, que, pela sua dimensão, capacidade de promoção e lobby na captação de eventos internacionais, tendem a dominar o mercado global, deixando cada vez menos espaço para as empresas nacionais, mesmo as maiores e com grande experiência.

Esta estratégia não tem afectado o destino Portugal enquanto país recep-tor, pelo contrário, mas tem afectado, seguramente, as suas empresas.Para contrariar esta tendência, é fun-damental que os organizadores profis-sionais de eventos e congressos con-tinuem proactivamente a “ir a jogo”, a promoverem-se e a captarem projectos onde eles existem, mantendo bem firme a convicção de que, apostando no profissionalismo e na inovação, podem jogar com as mesmas armas dos seus concorrentes internacionais.

Esta é uma das funções que também consideramos nossa: em parceria com os empresários, o Turismo de Portugal e a AICEP, e tirando todo o partido desejável das relações que temos com organizações congéneres internacionais, estamos a delinear estratégias de apoio à internacionalização deste sector que, mesmo em tempo de dificuldades e falta de meios, continua a dar múltiplas provas da sua capacidade de ombrear com os melhores.Joel Vicente

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REUNIÃO DO CAPÍTULO IBÉRICO DA ICCA JÁ TEM DATA E PROGRAMA

N O T Í C I A S

A Reunião do Capítulo Ibérico da ICCA já tem o programa preliminar definido. Os grandes temas em discussão serão a meetings architecture, a sustentabili-dade e as oportunidades de negócio nos mercados emergentes. Uma inovação

neste congresso é a sessão “you are the speaker”, onde será adoptado o formato PechaKucha. Além deste programa educacional decorrerá a Assembleia Geral do Capítulo Ibérico. Haverá ainda uma actividade de

Corporate Social Responsability. O en-contro está marcado para 17, 18 e 19 de Abril, em São Miguel. Os Açores foram escolhidos na reunião do ano passado do Capítulo, em Las Palmas. A Event Point é media partner deste evento.

IMEX AMERICA 2012 COM UM VOLUME DE NEGÓCIOS DE 2,5 MIL MILHÕES DE EUROSA segunda edição da IMEX America, que se realizou no passado Outubro em Las Vegas, resultou num volume de negócios de 2,5 mil milhões de euros. Isto repre-senta uma subida de 17,5% em relação ao ano passado (2,1 mil milhões).Mais de mil hosted buyers contribuí-ram para o inquérito que permitiu

apurar este valor. Ray Bloom, director da feira, lembra que estes inquéritos são muito importantes para “gerar ideias e sugestões para melhorar o certame de ano para ano e o facto da taxa de resposta ser alta reflecte o en-tusiasmo por parte dos buyers”. Para o responsável a expectativa de volume de

negócios mostra “a alta qualidade dos compradores que atraímos este ano e prova, se é que precisávamos de prova, de que a feira é um espaço de negócio que produz resultados positivos nos meses subsequentes.A próxima edição americana da IMEX está marcada de 15 a 17 de Outubro.

CLUBE DE EMBA IX ADORES DA COSTA DO ESTORIL PROMOVE A REGIÃOpersonalidades que serão os fundadores do Clube dos Embaixadores. O trabalho é a título voluntário, focado nos eventos associativos. Está a ser criada uma Comissão Instaladora. Há três objectivos claros: o networking, o conhecimento e o reconhecimento. Vão ser agendados três eventos durante o ano para dar corpo aos objectivos que orientam o Clube. Um de networking, para que todos se conheçam, troquem conhecimentos e percebam melhor o sector da meetings industry, com a hipótese de serem convidados outros clubes de embaixadores; outro educacional, com a presença de profissionais de renome, de várias áreas; e um evento de reconhecimento aos embaixadores que mais contribuíram para o destino. Para arranque de projecto, e “no sentido de ter um efeito de motivação e incentivo”,

adianta Linda Pereira, foram entregues três prémios: Prémio Sustentabilidade, para Pedro Rocha dos Santos, do Centro de Congressos do Estoril, votado por 124 jornalistas internacionais do sector, presentes na EIBTM e IMEX ; Prémio Personalidade da Meetings Industry a Joaquim Cardoso Mendes, do Hotel Estoril Eden, escolhido pelo sector por estar sempre disponível para ajudar; e Prémio Embaixador do Ano à pro-fessora Helena Pereira (representada por Margarida Tomé), que através do Instituto Superior de Agronomia trou-xe para o Estoril o evento com o maior impacto no destino em 2012, o Congresso da IUFRO - International Union of Forest Research Organizations, cujo OPC (Organizador Profissional de Congressos) foi a The House of Events, do Porto.

Cláudia Coutinho de Sousa [[email protected]]

Com o objectivo de atrair mais eventos, congressos e reuniões para a região, foi criado o Clube de Embaixadores da Costa do Estoril, que junta vários profissionais das mais diversas áreas. Linda Pereira, da CPL Events, mentora deste projecto, explica à Event Point o conceito. “Trata-se de reunir um grupo de pessoas de relevo, que são reconhecidas no âmbito da sua área de especialidade, quer seja economia, direito, medicina, etc., que tenham vontade de fazer coisas e sejam associativas por natureza, e que usem a sua notoriedade e reputação para levantar a mão em fóruns internacionais e dizer que os congressos, os eventos, os conhecimentos devem vir para o nosso destino”. Este é um projecto que estava a ser pensado há três anos e que agora toma forma. Foram reunidas 56

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N O T Í C I A S

EFAPCO L ANÇA OBSERVATÓRIO EUROPEUOs associados da EFAPCO (European Federation of The Associations of Professional Congress Organisers) reuniram-se em Praga, a 19 de Janeiro, e aprovaram a criação de um Observatório Europeu com três pilares essenciais: economia, organizações nacionais e educação. A presidente da EFAPCO, Luísa Ahrens Teixeira, espe-ra que as actividades e o programa in-teractivo que decorrem deste projecto envolvam todos os 14 países-membros.Sam van de Kerckhof, da associação

belga BAPCO, e dinamizador deste Observatório, estava entusiasmado perante a reacção positiva à iniciati-va. “Temos de estar numa posição de reagir rapidamente como a ‘voz da meetings industry europeia’ nos vários desafios e desenvolvimentos que temos que enfrentar, prevendo os riscos e as oportunidades. Emprego, inovação, criatividade e competitividade devem estar no centro dos nossos pensamen-tos”, refere o responsável, dando conta ainda de que uma das actividades do

Observatório será a de informar sobre todas as iniciativas em termos de for-mação no sector. Além de ter uma posição forte na União Europeia, Luísa Teixeira realça a importância de aumentar o alcance da voz da EFAPCO junto de organizações e associações semelhantes em outras zonas do globo. O Congresso da EFAPCO está marca-do para Janeiro do próximo ano, e vai decorrer em Málaga.

TALKFEST ’ 13O F UTURO DOS F E ST I VA I S DE MÚS IC A EM DEBATE

Reflectir sobre o futuro dos festi-vais de música em Portugal, trocar ideias, promover a interacção entre os players do sector. É isto que propõe o Talkfest’13 - Fórum Sobre o Futuro dos Festivais de Música em Portugal, que decorre entre os dias 6 e 8 de Março, em Lisboa.Nesta segunda edição, o Talkfest vai debater temas como a associação das marcas aos festivais ou como se prepara um concerto em festival, por exemplo, e tentar perceber se os festivais de música funcionam como factor turístico e económico. Os key speakers, presentes em diferentes conferências, vão ser Álvaro Covões, director da Everything Is New e do Optimus Alive, Hunter Halder, di-rector da Re-Food, Steve Jenner e Chris McCormick, fundadores dos European Music Festivals, e Saul

Davies, músico dos James.“Este é um evento com um carácter diferenciador, onde é potenciada a interacção entre orador e público pre-sente nas conferências ou entre público e artista nos concertos. Tudo isto de uma forma isenta, colocando todos em discussão”, refere à Event Point Ricardo Bramão, da organização do Talkfest. “Até porque nós acreditamos que nenhuma área, seja ela profissio-nal ou lúdica, pode evoluir sem que haja partilha e debate de ideias, mesmo sendo uma partilha informal. É uma forma de expôr e discutir ideias que inevitavelmente vão acabar por in-fluenciar a prática na indústria festi-valeira”, acrescentou Pedro Quinteiro, também membro da organização.Neste encontro de players do sector “é impossível não nascerem ideias que com o tempo e as devidas condições se

vão materializar”. Assim, esta partilha acaba por influenciar a produção dos festivais, sendo este evento “um ópti-mo ‘palco’ para os parceiros poderem mostrar novos produtos e conceitos úteis aos festivais de música”, acres-centam os responsáveis, que se mos-tram bastante optimistas quanto ao futuro dos festivais de música.Além das conferências, o Talkfest’13 vai contar ainda com o concerto de várias bandas e artistas, entre os quais Capitão Fausto, Os Pontos Negros, Paus ou Tom Enzy. A iniciativa vai decorrer no ISEG - Instituto Superior de Economia e Gestão e na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa.

Mais informações em www.talkfest.eu.

Maria João Leite [[email protected]]

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N O T Í C I A S

PORTUGAL TRAZ C INCO PRIME IROS PRÉMIOS DOS EUROPEAN BEST E VENT AWARDS 2012A estes, juntam-se um segundo e um terceiro lugares, para completar uma presença sólida das agências por-tuguesas nos prémios europeus dos eventos, como de resto já vem sendo hábito. Referimo-nos ao desempenho de Action4 Ativism, com dois pri-meiros prémios, Realizar Worldwide Events, igualmente com dois primeiros prémios, e Desafio Global Ativism, com um primeiro, um segundo e um terceiro. A cerimónia de 2012 de-correu a 15 de Novembro no Spazio Eventiquattro, em Milão.Destaque para a presença avassaladora das agências e marcas alemãs, que este ano conseguiram conquistar o Prémio de Melhor Empresa, direitinho para a Volkswagen, e o Prémio de Melhor Agência, ex aequo para a Vok Dams e

a BBDOlive. Ironicamente, uma joint venture de agências alemãs conquistou o Prémio de Melhor Evento com eleva-do orçamento (mais de cinco milhões de euros), enquanto que o de Melhor Evento com baixo orçamento (menos de 50 mil euros) foi para uma agência... portuguesa. MIindact, AMT (Agentur für Marken(t)räume), S&T Wirth e Vok Dams produziram o lançamento do Porsche 911 Carrera, na África do Sul, e a Realizar concebeu, no Terreiro do Paço, em Lisboa, para a associação Terra dos Sonhos, “Realizar um Sonho - A Maior e Mais Brilhante Estrela do Mundo”.Para Jorge Trindade, director criativo da Action4 Ativism, os EuBEA são a demonstração de que em Portugal se fazem eventos de qualidade, sendo sempre interessante este confronto

com trabalhos de outros países eu-ropeus. Filipa Oliveira, da Realizar Worldwide Events, responsável pelo desenvolvimento de novos negócios internacionais, reparte este prémio por todos os que tornaram possível “Realizar um Sonho”, e em especial pelos muitos voluntários que se empe-nharam em defesa de uma relevante causa social. “Trabalho de equipa” foi uma expressão ouvida muitas vezes ao longo desta cerimónia de entrega dos European Best Event Awards. E Luísa Benedy, team leader da Desafio Global Ativism, destaca isso mesmo, como sendo uma das chaves do sucesso do evento que produziram para o cente-nário da BA Vidro.

Rui Luís Romão [[email protected]]

SECÇÕES ESPECIALIZADAS DA APECATE ELEGEM NOVAS DIRECÇÕES A APECATE - Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos iniciou o processo eleitoral para os Corpos Sociais do triénio 2013-2015. O primeiro acto deste pro-cesso realizou-se no passado dia 24 de Janeiro com a eleição das direcções das Secções Especializadas de Congressos, Animação Turística e Eventos.Foram eleitos os seguintes presiden-tes e vice-presidentes, que serão, por inerência, os candidatos à presidência e vice-presidência da Direcção da Associação, cuja eleição se realizará no próximo mês de Março.

SECÇÃO - CONGRESSOS :Presidente: Luísa Ahrens TeixeiraMundiConvenius

Vice-presidente: Vasco NoronhaFactor Chave

SECÇÃO - AN IMAÇÃO TÚR IST IC APresidente: Ana BarbosaTuraventur

Vice-presidente: Nuno Avelar de SousaSniper Paintball

SECÇÃO - E V ENTOSPresidente: Joel VicenteLineUP Events Factory

Vice-presidente: Sérgio VieiraRealizar

Na Assembleia Geral que se seguiu às reuniões eleitorais foi aprovado por unanimidade o Plano de Actividades e Orçamento para 2013. A actual Direcção apresentou como principal desígnio da APECATE para este ano a criação de um Registo Nacional de Empresas Organizadoras de Congressos e Eventos, a realização do II Congresso e a primeira edição dos Prémio APECATE.

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PARTICIPAR EM FEIRAS INTERNACIONAISNão há dú v ida de que hoje em dia a s in ter acçõe s en t r e a s pe s s oa s acon tecem cada v e z mais na s pla ta f or ma s v ir t uais , quer s eja pela s imple s t r oca de emai ls , quer s e t r a te do con v í v io na s r ede s s ociais , de con v er s a s em cha t s ou no sk y pe , de compr a s onl ine ou de do w nloads de con teúdo s . E cada v e z meno s a s pe s s oa s s e s en tem s ó s quando de f ac to v i v em s o z inha s ou a f a s tada s da f amí l ia . A pala v r a e a imagem ev ocam memór ia s , de s ejo s e s en t imen to s que per manecem par a a lém do momen to em que s ão l ida s ou v is ta s pela pr imeir a v e z . O f áci l ace s s o ao ou t r o , onde quer que ele e s teja , d i lui o pe s o da dis tância .

Podemos obter o que precisamos sem termos de nos deslocar, podemos comprar, pagar, reclamar sem ter de sair de casa . Temos acesso instantâneo a bens e ser viços , podemos cruzar in formações , auscultar opiniões e tomar decisões informadas sem termos de dar um aper to de mão, impr imir um documento ou pegar num telefone.

É verdade que esta intensa actividade a que diariamente dedicamos muitas horas pode ser questionada. Podemos tentar perceber o que se perde e ganha num mundo em que a comunicação entre as pessoas se transformou e, mais do que novos contornos, ganhou uma nova substância e alterou a nossa maneira de estar e de agir. No entan-to, ninguém põe em causa o facto de que se instalou uma nova e diferente maneira de nos relacionarmos com as pessoas e de acedermos a objectos e informação que, naquilo que tem de bom e de mau, nos obriga a repensar tanto as relações interpessoais, como as relações comerciais, as relações entre consumidor e empresa, as rela-ções entre consumidores e as relações entre empresas entre si.

É pois legítimo que se coloque a questão: E as feiras? Ainda fazem sentido? Não estaremos também a assistir à desmaterialização do marketplace, da praça onde se fazem os negócios?

O P I N I Ã O

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Os dados recolhidos pela AUMA, Associação da Indústria Alemã de Feiras, mostram que não. A actividade feiral existe há milhares de anos e intuitiva-mente compreendemos que negócios que envolvem uma considerável soma de di-nheiro dificilmente podem ter lugar sem que os parceiros se conheçam pessoal-mente, sem que tenham a oportunidade de se apreciarem mutuamente, sem que se estabeleça uma base de confiança. E os dados revelam que nunca os organizadores de feiras internacionais cresceram tanto e tiveram tanto su-cesso como nos últimos anos. Sendo a Alemanha o terceiro maior exportador a nível mundial, não é pois de admirar que seja o maior organizador de feiras a nível internacional. Dois terços das feiras líder em todo o mundo reali-zam-se na própria Alemanha, consti-tuindo estas verdadeiras plataformas internacionais de negócios - mais de metade dos expositores são oriundos de fora do país, com as empresas chi-nesas a ocuparem já o segundo lugar no ranking de países com maior nú-mero de expositores em feiras alemãs, imediatamente atrás da Itália e a uma considerável distância da França.De acordo com os dados apresentados em 2012 pela AUMA, em que se ques-tionaram as empresas alemãs acerca da importância atribuída a diferentes actividades no mix de comunicação, a presença em feiras só foi suplantada pela necessidade de ter uma boa página

na internet. Participar hoje numa feira representa um grande investimento para uma empresa. Na Alemanha, os custos com a participação em feiras profis-sionais representam cerca de 40% do orçamento para comunicação B-to-B. No entanto, e de acordo com informação fornecida pelas empresas, efectuar ven-das e receber encomendas deixou de ser a principal razão para participar numa feira. O que mudou então para que, ape-sar disso, marcar presença numa feira tenha não só passado a desempenhar um papel central no marketing das empre-sas como se tenha tornado praticamente incontornável para qualquer empresa que actue no mercado global?

A decisão de par ticipar numa feira é quase sempre tomada ao nível da administração ou da gerência. Trata‑se de uma decisão com enorme impor tância estratégica, pois envolve elevados custos com aluguer de espaço, design e construção de stand, transpor te, comunicação, deslocamento de pessoal , entre outros.

Os principais objectivos para partici-par numa feira são, por ordem decres-cente e ainda de acordo com dados apresentados pela AUMA, a procura de novos clientes, afirmar a presença no mercado, consolidar a relação com o cliente existente, apresentar produtos e serviços, consolidar a imagem e a marca e desenvolver novos mercados. Só depois destes objectivos é que as empresas referem que vão a uma feira para receber encomendas. Para a gran-de maioria das empresas hoje, essa é, na realidade, uma actividade pós feira. Participar numa feira constitui uma operação de charme, de sedução do cliente. As empresas investem 39% do orçamento disponível para a par-ticipação em feiras na concepção e construção do stand. Visitar um stand passou a ser uma experiência senso-rial. As feiras tornaram-se no local por excelência onde se faz o lançamento de novas marcas e de novos produtos. O pessoal tem de ter boa apresentação, ser simpático e diligente. A comunica-ção tem de ser aberta e franca.

É que no mundo das empresas as relações entre as pessoas não dispensam olhar nos olhos, e os negócios ainda se encetam com um aper to de mão.Fonte: www.auma.de

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E M D E S T A Q U E

1º NETWORKING CAMP MI PORTUGAL: ACREDITAS NA MARCA PORTUGAL?A pr imeira edição do Net work ing Camp MI Por tugal , promovida no passado mês de Dezembro pela Event Point , em parceira com a The House of Events , juntou no Palácio do Freixo 20 prof issionais da cadeia de valor da meetings industr y, mas também representantes da área das tecnologias , da gastronomia , da cultura e da ciência .

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E M D E S T A Q U E . 1 º N E T W O R K I N G C A M P M I P O R T U G A L : A C R E D I T A S N A M A R C A P O R T U G A L ?

A nossa intenção, enquanto revista especializada, é muito simples, proporcionar um espaço onde as pessoas ligadas a esta indústria , com experiências e responsabilidades diferentes, do Turismo de Por tugal às associações, dos convention bureaux às agências, dos espaços aos fornecedores, desde os audiovisuais ao catering, possam encontrar‑se, discutir os problemas, e encontrar soluções, algumas delas par tilhadas.Para o fazer, optámos por um modelo de discussão assente no conceito World Café*, o que foi por si só uma novidade e um desafio. O empenho dos partici-pantes, a informalidade dos trabalhos e a produtividade demonstraram am-plamente a validade desta abordagem. Mas que ideias saíram deste primeiro encontro, que valha a pena partilhar desde já neste espaço? Que importa relevar a importância do sector, por exemplo. Isto impli-ca avaliar, caracterizar, conhecer a indústria dos eventos. Saber cada vez mais, e melhor, quantos somos e o que fazemos. Só com estudos, dados, se poderá mais facilmente reivindicar que a voz da meetings industry seja ouvida, reconhecida, valorizada. Estes estudos podem ser desenvolvidos por

universidades, por NUTS e/ou sectores que detenham afinidades de mercados - o factor proximidade é aqui decisi-vo, para a celeridade dos processos. A circunstância de ser um sector muito atomizado dificulta este estudo, mas é necessário começar a dar passos nesse sentido. Impõe-se ainda criar ferra-mentas de avaliação do impacto dos eventos, para que decisões como apoiar um em detrimento de outro deixem de ser baseadas apenas em palpites, na simpatia pelos promotores ou pelas respectivas causas.

PART ILHAR ACÇÕESE como optimizar os programas de internacionalização? Desde logo, agre-gando clusters que complementem a cadeia de valor da meetings industry em Portugal. Turismo, Gastronomia, Vinhos, Investimento, I&D (Investigação e Desenvolvimento), podem associar-se em redes integradas para assim coorde-narem as acções de promoção e vendas agendadas em cada sector, e avaliar a viabilidade de implementar programas plurianuais coerentes e consistentes. Há casos de sucesso noutros sectores que validam esta aposta. De resto, não há nada que impeça o desenvolvimento de parcerias público-privadas eficien-tes, que envolvam Turismo de Portugal, convention bureaux, APECATE, CCDRs, áreas metropolitanas, AICEP, IVDP, companhias aéreas, grupos hoteleiros, centros de congressos, OPCs, empresas de eventos, etc.Tempos difíceis exigem formatos inova-dores. É possível aproveitar sinergias e competências, partilhar custos, ganhar escala, optimizar orçamentos, fazer me-lhor com os mesmos recursos. Apresenta-se como fundamental dedicar mais tempo ao planeamento, pesquisa de mercados e selecção de grupos-alvo em cada sector, medindo e garantindo o retorno do inves-timento de fundos públicos e privados. A médio e longo prazo, é condição sine qua non assegurar a sustentabilidade de todos estes programas de internacionalização.

ASSUMIR RESPONSABIL IDADESÉ importante criar condições para es-timular a presença, participação activa e protagonismo dos portugueses nas associações internacionais do sector, como a ICCA ou o MPI. Existem alguns bons exemplos neste capítulo, no-meadamente o facto de Luísa Ahrens Teixeira ser presidente da EFAPCO, mas são apenas as excepções que confirmam a regra. Este será mais um passo na construção da imagem positi-va do destino, e no acesso a informação relevante, estratégica. Por outro lado, o impacto que esta presença, dispo-nibilidade para intervir, mesmo para liderar o sector, poderá ter na captação de novos negócios não é despicienda.

A F IGURA DE EMBA IX ADORO conceito de Embaixadores, di-fundido com sucesso em vários países, envolve figuras públicas em áreas de excelência - e temos várias -, na Medicina, Ciência, Desporto, Economia, Cinema, Música, Cultura, Sociedade Civil, que podem ser convi-dadas a contribuir - em alguns casos ainda mais -, para a promoção da marca Portugal. É vital que estas figu-ras vivenciem a visão do sector, conhe-çam as competências e stakeholders, e os instrumentos de apoio disponíveis. Trata-se de estimular a apresentação de candidaturas, competindo por mais eventos. E como esquecer o territó-rio da lusofonia, com cerca de 200 milhões de falantes? Quer ocupem lugares-chave ou tenham “apenas” um elo de ligação cultural com Portugal, dispersos pelo Mundo, estes homens e mulheres podem muito bem corpori-zar essa figura de Embaixador.

* Mais informações em www.theworldcafe.com

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E M D E S T A Q U E . 1 º N E T W O R K I N G C A M P M I P O R T U G A L : A C R E D I T A S N A M A R C A P O R T U G A L ?

COMUNICAR E BEMPara vender, deveremos ser capazes de comunicar melhor. Produzir e difundir conteúdos relevantes, adequados aos mercados-alvo e suportes de comuni-cação, publicar testemunhos, estarmos presentes e activos online, em sítios, redes sociais, blogues, disponíveis em todos os suportes, smartphones, tablets, apps, no papel, na rádio e na TV. Estar presente sobretudo através do contacto pessoal, de missões e apresentações conjuntas com outros clusters, como re-ferimos antes, permitindo atrair maior número de presenças, marketing de relacionamento e cross-selling.

“ORGANIZAR EVENTOS EM PORTUGAL É FÁC IL”Precisamos de (re)construir uma imagem mais positiva, dinâmica e integrada do país no exterior, e relevar a notoriedade e a boa percepção que conquistámos por mérito próprio, seja pela qualidade de infra-estruturas, diversidade de espaços para eventos, competência das empresas e institui-ções do sector, capacidade criativa, ou pelos apoios e recursos disponíveis à captação de eventos internacionais. Factores como a disponibilidade para ajudar a resolver problemas, flexibi-lidade, capacidade de nos ajustarmos às necessidades de cada projecto são o que mais facilmente nos pode dis-tinguir - e é algo em que não podemos falhar nunca. Organizar eventos em Portugal tem que ser “fácil”, como já dizem muitos clientes. Por último, promover experiências continua a ser a melhor forma de vender o destino, se conseguirmos tornar essa experiência em algo de memorável.

ATENÇÃO AOS DETALHESFidelizar o participante num con-gresso, fazendo com que ele volte mais tarde, sozinho, em família, com os amigos, pode depender de meros detalhes, que ainda assim exigem ar-ticulação entre instituições, diferentes entidades e estruturas. Mantê-las em contacto permitirá obter mais-valias para os promotores e participantes nos eventos. Coisas às vezes tão simples como possibilitar que um congressista viaje com o seu badge nos transpor-tes públicos, durante os dias em que aquele decorre.

CONCLUSÃO E DESAF IOEis, muito resumidamente, algumas das ideias recolhidas do primeiro Networking Camp MI. O futuro desta iniciativa passará por alargar este mesmo método de trabalho a outros grupos, a outras regiões, mantendo este formato que privilegia o diálogo, estimula a partilha de conhecimento e a recolha da experiência dos interve-nientes, sintetiza contributos e ajuda a construir uma visão coletiva, simulta-neamente local e global.

Só que tudo isto, convenhamos, servirá de pouco se não conseguirmos dar o passo seguinte, ou seja, se não formos capazes de transformar conversas em acção.

Rui Luís Romão [[email protected]]

GLOSSÁR IO :

NUTS - Nomenclatura de Unidades Territoriais para Fins EstatísticosI&D - Investigação e DesenvolvimentoAPECATE - Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e EventosCCDR - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento RegionalAICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de PortugalIVDP - Instituto dos Vinhos do Douro e do PortoOPC - Organizador Profissional de CongressosICCA - International Congress and Convention AssociationMPI - Meeting Professionals InternationalEFAPCO - European Federation of the Associations of Professional Congress Organisers

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D I R E C T O R ‑ E X E C U T I V O D A T H E H O U S E O F E V E N T S

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O P I N I Ã O

O FORMATO DOS ENCONTROS (MEETINGS) DO FUTUROPer an te a incon s tância económica , s ocia l e pol í t ica em que v i v emo s e s te s úl t imo s ano s , r e f lec t ir s obr e tendência s de ev olução da mee t ings indus t r y a médio e longo pr a zo é uma tar e f a de s a f ian te , e como ta l p lena de a t r ac t i v o s .

No segmento de reuniões associativas constatamos que muitos meeting ow-ners continuam amarrados ao conceito “same procedure as last year”, i.e., ao formato tradicional, com palestras intermináveis, oradores enfadonhos e salas vazias, com o argumento de que é credível, seguro, fiável, prático e, como tal, para manter. Segundo vários líderes de opinião nesta matéria, os encontros do futuro encerram uma mudança radical. De facto, à semelhança do que já acontece em múltiplos sectores de actividade, também na meetings industry vamos assistir a uma progressiva transferên-cia de poder para os consumidores.Falamos, entre outros, do poder de de-finir questões essenciais. Que contex-to? Que processos e conteúdos vão ser aportados no encontro? Os objectivos dos participantes incluem um rol de expectativas (exigências) que os velhos critérios não satisfazem.

Os novos consumidores querem ter um papel activo, ser parte do conteúdo, e são, em última instância, os verdadeiros meeting owners!

Conforme referi em anterior artigo, uma das tendências mais marcan-tes é a da mudança de paradigmas demográficos, sociais e culturais. É complexo imaginar a convivência entre representantes de três ou mesmo quatro gerações - desde Baby Boomers à Generation Y - tanto online como face-a-face. A tipologia de compor-tamento, o modelo de aprendizagem, a capacidade de interagir, o recurso a novas tecnologias, e o factor de moti-vação são dificilmente compatíveis! A mudança é urgente e inadiável, a grande questão é saber se, enquan-to organizadores, vamos ser meros espectadores ou assumimos o papel de actores da mudança.Obviamente, há valores que permane-cem imutáveis. O nosso desafio como meeting architects é contribuir para o planeamento e organização de reu-niões e eventos que acrescentam valor, atingem os objectivos estabelecidos e cumprem a promessa da entrega. O que fazer para alavancar esta mudança? Desde a disposição das salas, design, iluminação, definição do programa e conteúdos, recurso a novas tecnolo-gias, o nosso objectivo é criar todas as condições para desenvolver uma cultu-ra de aprendizagem participativa.

Este desígnio pode ser alcançado com a implementação de formatos como Open Space Technology, World Café, Dialogue Circles, Mind Mapping e outros que, embora adaptáveis em larga escala, dão enfoque a pequenos grupos de discussão.Fazendo ainda recurso a ferramentas e técnicas que introduzem ritmo, con-ceitos temáticos e elementos de sur-presa nos encontros, com facilitadores, artes de palco, alimentos saudáveis e estimulantes, música, exercício, e ou-tras formas de estímulo visual e táctil.Estas foram, entre outras, algumas das boas práticas implementadas no pri-meiro Networking Camp - Meetings Industry Portugal, coorganizado com a Event Point na Pousada do Freixo, no final de 2012. Um modelo de colabo-ração competitiva, ao nível nacional, a reeditar ao longo de 2013, que privi-legia o diálogo entre pares, estimula a partilha de conhecimento e a recolha da experiência dos intervenientes, sin-tetiza contributos e ajuda a construir uma visão colectiva, local e global.

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C E O D A A Y R C O N S U L T I N G

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“OS EVENTOS EM PORTUGAL SÃO DOS MELHORES DO MUNDO”É um nómada ur bano , que cor r e o mundo com um por tá t i l na mochi la . A s ua v ida é de tec tar tendência s que depois podem s er apr ov ei tada s par a modelo s de negócio . De s a f iámo s L uís Ra s qui lha , C EO da Ay r C on s ul t ing , Tr ends and Innov a t ion a iden t i f icar tendência s que po s s am s er v ir o s ec tor do s ev en to s .

Como é que explica em meia dúzia de frases quem é e o que faz?Eu sou um Consultor de Trends Innovation. Alguém que utiliza o conhecimento das tendências compor-tamentais do consumidor para gerar inovação nas empresas. Os mercados, as empresas e os profissionais estão habituados a olhar para o passado e definir a sua estratégia com base nos resultados que no passado consegui-ram. O correcto é antecipar o futuro e aproveitar essas oportunidades. A consultoria de TrendsInnovation é isso: olhar para o futuro pela lente das tendências e definir propostas e mode-los de negócio que permitam diferen-ciação no mercado.

O que é que os eventos podem aprender com esse trabalho de identificação de tendências no marketing, no consumo?Ao nos apercebermos do que motiva os consumidores e de que forma eles se comportam podemos encontrar novos conceitos, aplicações e formas de cons-truir eventos. Cada vez mais o evento é algo experiencial, emotivo, envolvente e menos de mera confraternização ou comercial. Sabendo que duas ten-dências muito claras são o Identity Narrated (algo que sai da evolução do storytelling) e o Experience já podemos construir outras abordagens e outros conceitos de eventos.

A experiência de viver e trabalhar no Brasil mudou a sua perspectiva sobre os mercados? De que forma?Sim. A escala deste mercado é algo completamente diferente. Não só pela dimensão, mas pela fase em que a economia está - em crescimento, “aque-cida” e focada nos grandes momentos que aí vêm (Campeonato Mundo 2014 e Jogos Olímpicos 2016. Fala-se também numa Exposição Universal em 2020) - eventos que deixam o país em estado de total euforia que se reflecte também nos negócios. Eu vivo no Brasil, mas traba-lho um pouco por todo o mundo e isso é muito interessante pois permite ver até como o Brasil está posicionado face a ou-tros mercados interessantes como Ásia, Médio Oriente e no futuro África.

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E como é olhar hoje em dia para Portugal, para o país, a partir do Brasil?Por um lado com a preocupação de ver que mais uma vez adiámos o nosso potencial enquanto país no mundo. As sucessivas crises pelas quais passámos nos últimos 30 anos deviam ser um factor de aprendizagem para todos nós, mas continuamos a cair nos mesmos erros e, pior, a deixar a culpa morrer solteira, o que faz com que a nossa cre-dibilidade venha por aí abaixo. Agora, também vejo com grande optimismo. Somos dos melhores profissionais do mundo, dos povos mais inteligentes e trabalhadores. O capital de conheci-mento (aliado a algum desenrascar) faz dos portugueses profissionais reconhecidos um pouco por todo o lado. Este é o momento de viragem. Esta é a oportunidade. Do Brasil vemos Portugal como a porta de entrada das empresas brasileiras na Europa e no sentido inverso a entrada das portu-guesas na América do Sul. Como vou quase todos os meses a Portugal sem-pre dá para ir sentindo a evolução das mudanças. Não estamos a viver tempos fáceis. Mas como sempre digo - se fosse fácil não era com os Portugueses.

Que opinião tem dos eventos que se fazem em Portugal?

Dos melhores do mundo. Muitas vezes sem os recursos que os grandes mercados podem fornecer, mas em linha com o que já referi (a questão de sermos detentores de grandes índices e capital de conhecimento) conseguimos fazer coisas que ninguém até hoje fez . E isso depois reflecte‑se nos prémios, reconhecimentos e demais menções que as empresas por tuguesas têm recebido.

Quais são as grandes tendências das sociedades modernas que podem marcar o modo como vamos fazer eventos?O futuro é dominado pela tecnologia e pela conectividade. O smartphone e o estar conectado passou a fazer parte da nossa vida. Depois a crescente procu-ra de coisas autênticas, com história/significado e que nos permitam viver experiências novas, envolventes e emo-cionantes/inesquecíveis. Precisamos de incorporar isso na forma de pensar eventos para construir conceitos e mo-mentos únicos e alinhados com as ex-pectativas destes consumidores, atentos, actualizados, proactivos, conectados.

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P U B

Em que é que as gerações mais novas são diferentes das anteriores, e de que modo isso vai determinar mudanças, também ao nível dos eventos? O que é que elas esperam dos eventos?Claramente na forma como se relacio-nam com a tecnologia e com seu ine-xistente índice de fidelidade às marcas. Hoje o ciclo de vida das marcas é muito mais curto e eu mudo da marca A para a B só porque a B me deu algo novo. O sen-timento de posse/pertença passou para o lado do consumidor e deixou o das mar-cas- São elas que são escolhidas e não são elas que escolhem. A geração mais nova sendo muito mais multitasking, brand oriented e tech driven espera velo-cidade, eficácia e acima de tudo ser sur-preendida - mas como estão altamente up to date com o mundo acha que já nada as surpreende. Aqui está a grande opor-tunidade do TrendsInnovation.

E os eventos para os mais velhos? Como serão no futuro?Desengane-se quem pensa que os mais velhos não estão conectados ou actua-lizados. Estão tanto quanto os mais novos - existe uma grande aproxima-ção entre a geração mais nova (até aos 18/20 anos) e a mais velha (acima dos 50). Com o fenómeno de que agora são os mais novos a ensinar os mais velhos. E isso é de uma beleza e com um cariz desafiador enorme.

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As redes sociais, e as novas tecnologias, são as grandes responsáveis por virmos a ter uma experiência completamente diferente de participação num evento?Sem dúvida. O evento é algo muito mais interactivo que acontece antes, durante e depois do momento do evento. E as tecnologias são as grandes impulsionadoras dessa perenidade que os eventos podem usufruir para se tornarem mais eficazes.

Responsabilidade social, ambiente, sustentabilidade, vão continuar a ser tendências?Sem dúvida. Estão na ordem do dia e influenciarão cada vez mais o negócio das empresas e os mercados. São hoje indissociáveis da realidade dos merca-dos. Até há pouco tempo eram chavões que ficavam bem no discurso empre-sarial, hoje são factor de sobrevivência das empresas.

Como imagina o mundo daqui a 5 anos?

Mais rápido, mais imprevisível e mais desafiador. Mas acredito que com mais oportunidades e globalizado. O mercado é o mundo e não apenas o território onde estou hoje.Cláudia Coutinho de Sousa [[email protected]]

Rui Luís Romão [[email protected]]

DEZ PERGUNTAS A LUÍS RASQUILHASmartphone que não dispensa?Iphone. Tenho dois. Um com numero brasileiro e um com numero português.

Aplicação favorita?São três. Instagram para partilha do que vou comendo, Facebook para acompanhar e estar actualizado sobre o que se passa (às vezes complemen-tado com o Twitter) e Skype para estar sempre em contacto com a família, equipa e clientes.

Melhor comida para partilhar no Instagram?Quem vê o meu Instagram acha que eu devia abrir um restaurante, tantas são as diferentes fotos de comida. Mas sushi está no topo, pela comida em si e pela beleza dos pratos.

Quem escolheria para um hangout (também pode ser uma figura histórica, do passado)? Porquê?Gostaria de conversar com várias pessoas, mas divido-me entre Martin Luther King, Steve Jobs, Margareth Thatcher e Bruce Lee. Por razões diferentes, mas que se complemen-tam: pelas visões que apresentaram do mundo e pelo que poderia aprender com eles. Não sendo possível gostaria de conversar com o Professor Medina Carreira, porque cada vez que fala na TV dá uma verdadeira aula e como nunca tem muito tempo nos seus programas (para tanto que partilha) gostaria de saber a sua opinião sobre alguns temas da nossa realidade.

Música que mais toca no seu Spotify?Chillout, Sade, Seu Jorge, Linkin Park, R&B, Antonio Jackson, Nina Simone, Adele, Tiesto, Simply Red e Alicia Keys.

Quantas milhas tem no cartão de passageiro frequente?230.000 (actualizado ontem). Quando esta entrevista sair deverão ser mais umas 10 ou 20 mil.

Onde as gostaria de gastar?A levar as pessoas de quem gosto a via-jar comigo para não ir (quase) sempre sozinho.

Sapatilhas com meias brancas?Nunca. Antes sem meias do que com meias brancas. Amarelas, vermelhas, azuis, mas nunca brancas.

É adepto do fio dental?Uso três vezes por semana à noite antes de ir dormir, depois de lavar os dentes. A minha dentista diz que lhe dá menos trabalho na higiene oral depois quando a visito. Ou estavam a falar do outro?

Quantas vezes já desistiu do ginásio?Já perdi a conta. Mas nos últimos dois ou três meses umas cinco.

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TENDÊNCIAS 2013 NO CALENDÁRIO GREGORIANONo dia em que escrevo este ar t igo , 2 1 de Dezembro de 201 2 , o mundo vai acabar, de acordo com o calendário Maia , e não se fala de outra coisa nas redes sociais . Pergunto‑me sobre se serei a única pessoa a guiar‑se pelo calendário gregoriano. . . Tr an spor tando e s ta ideia par a o no s s o mundo do s ev en to s , e numa época em que o tema “s egur ança” é cada v e z mais uma pr eocupação e f ac tor de decis ão par a mui to s c l ien te s , f ico com um s or r is o ao pen s ar qual s er ia a pol í t ica per f eccionis ta de ge s tão de r is co que f o s s e capa z de gar an t ir a s egur ança par a ev en to s que acon teçam hoje , no dia do s upo s to f im do mundo . . .

Ironias à parte, o tema da segurança é evidentemente um desafio constante nos eventos e nenhuma entidade a pode relativizar. Nos tempos que cor-rem as características “imprevisível” e “incontrolável” podem ser atenua-das se todos os parceiros envolvidos tiverem a segurança como requisito e dedicarem recursos a antecipar riscos e delinear planos de contenção. Os clientes e os media já deram o aler-ta: segundo o comunicado de imprensa da Hogg Robinson Group (HRG), a segurança vai ser em 2013 uma das prioridades para as empresas na política de gestão de viagens, sendo já regularmente privilegiada em relação

ao controle de custos.Há uma tendência no nosso país para pensar que o que se passa lá fora e no nosso cantinho à beira-mar plantado não se mede pela mesma medida. Ora, tendo em consideração alguns destes exemplos abaixo, considero prudente estarmos atentos:

. Os processos de compra são por vezes decididos em multinacionais com standards internacionais impostos nessa matéria.

. A imagem de segurança do nosso próprio país (reflectida por exemplo numa simples greve em uma empresa)

interfere na captação de eventos in-ternacionais, no potencial de negó-cio desenvolvido e nas exportações portuguesas.

. Os prejuízos humanos, físicos e a imagem negativa inerente à falta de segurança podem ser catastróficos para o negócio, porque são sempre mal aceites na sociedade (poucos esqueceram os infelizes episódios do voo AF477 Rio de Janeiro-Paris ou do cruzeiro no Costa Concordia).

No comunicado de imprensa que foi publicado esta semana pela HRG, outros tópicos foram destacados como

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sendo “imperdíveis” em 2013. Mesmo sabendo que o comunicado ressalva as políticas de gestão de viagens das empresas, parece-me apropriado e realista fazer o paralelo com os pro-cessos de compra de eventos e viagens de incentivo.Controle e compatibilidade de requi-sitos em matéria de viagens corpo-rativas e eventos. Dada a conjuntura difícil, as empresas terão cada vez mais apetência para tomar decisões primordialmente racionais, sendo os processos de compra focados na efi-ciência e bem controlados. Os custos serão um aspecto sensível, mas as próprias políticas e regras associadas também serão relevantes.

As tecnologias móveis . Seja nos telemóveis , smar tphones ou tablets , as empresas irão continuar a apostar e a necessitar de funcionalidades e aplicações novas e mais completas. A área de eventos não é excepção. As empresas que conseguirem melhor servir usando as tecnologias móveis , e Internet de maneira geral , terão naturalmente valor acrescentado no mercado.

A nível geográfico, os negócios irão crescer em dois lados do plane-ta: América Latina e Ásia-Pacífico. Mesmo não fazendo parte de nenhum dos dois continentes, Portugal poderá ir a jogo? Eu acredito que sim, sendo cada vez maiores as sinergias com o Brasil e com a China. Os BRIC têm dado alguns sinais recentes de de-sacelaração, mas em paralelo a HRG sublinhou a novidade de alguns países Africanos virem a ter um lugar na lista de países emergentes na próxima dé-cada, a que todos poderemos brindar.Posto isto, estão assim lançadas as questões de reflexão para 2013: Como podemos transmitir a sensação de segurança aos nossos clientes, par-ceiros, fornecedores, e ganhar conse-quentemente mais negócio ?Como a minha empresa vai facilitar a comunicação, vendas e gestão de processos via os inevitáveis disposi-tivos móveis? Como fazer negócio respeitando tanto o controle de custos como os requisitos dos processos de compra em vigor?Como aproveitar em benefício da minha actividade os fluxos cres-centes de turismo de negócios (e dos próprios negócios) na América Latina e Ásia-Pacífico, liderados pelo Brasil e China, respectivamente?Foi igualmente revelado que uma opor-tunidade para a próxima década está em fase embrionária, e deve ficar “sob observação”, no continente Africano ... Em todos estes itens Portugal (este nosso país aberto para o mundo desde o tempo dos Descobrimentos) dispõe de pontos de ligação, de ac-tuação e de influência internacional. Caberá a nós, actores principais do nosso negócio, perceber onde actuar e obter resultados quantitativos e qualitativos ao acompanhar estas tendências internacionais.

Hoje , enquanto escrevo , assisto ao pr imeiro dia de Inverno . Uma bela paisagem acompanha‑me na redacção deste pr imeiro ar t igo para a Event Point , e nada do que vejo se parece a um f im do mundo! Desejo um Bom Ano ( gregor iano) a todos!

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EVENTOS ASSOCIATIVOS MANTÊM RESILIÊNCIA MAS TÊM NOVOS DESAFIOSNa s cem 3 00 a s s ociaçõe s por ano em média na E ur opa , o que s igni f ica que todo s o s ano s há mais 3 00 po tenciais congr e s s o s . O s ec tor a s s ocia t i v o mo s t r a ‑s e mais r e s i l ien te do que o cor por a te , ma s s ur gem nov o s de s a f io s a en f r en tar: a s nov a s ger açõe s , a d i f iculdade de ob ter pa t r ocínio s e a s nov a s nece s sidade s de f inanciamen to . Fomo s ou v ir v ár io s e specia l is ta s s obr e e s te s ec tor, e a inda c l ien te s , que no s con tam o bom e o mau de or ganizar um ev en to em Por t ugal .

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A situação em que vive o sector as-sociativo revela-se mais favorável do que o corporate, mas também mostra alguns sinais de dificulda-de, segundo o inquérito da Global Association Conference Market, citado por Rob Davidson no seu Relatório de Tendências. O nível de participação nas conferências deve manter-se e as receitas de patrocínio vão manter-se ou diminuir. Os patrocínios, que são centrais nos congressos, são cada vez mais equacionados, examinados, avaliados. “É irrealista um congresso científico sem patrocínios”, diz Linda Pereira, especialista deste sector e di-rectora da CPL Events. A verdade é que a crise económica se não tem impacto na decisão de realizar estes eventos - eles têm mesmo de se realizar, porque fazem parte dos estatutos das associa-ções - , tem impacto (e muito) nesta questão dos patrocínios em eventos. As duas principais tendências emer-gentes no sector associativo, con-tinuando a citar o Relatório de Rob Davidson, têm a ver com a orçamenta-ção e a captação e distribuição de con-teúdos. Os orçamentos vão continuar a ser muito escrutinados e altamente negociados. E aqui joga a favor de Portugal o facto de ter uma boa relação qualidade-preço, amplamente eviden-ciada pelos nossos entrevistadosEm relação à tecnologia, esta vai per-mitir o aumento do ciclo de vida dos eventos, podendo o conteúdo científico chegar a mais pessoas. Esta pode ser também uma fonte de receitas susten-tável para as associações. O webcasting é agora algo de normal num congresso e os eventos híbridos “estão na moda”. “A vantagem é captar esses conteúdos, e tê-los disponíveis a um preço baixo, mas que vai pingando constantemente ao longo do tempo. Os próprios estu-dantes podem aceder a isso”, refere Linda Pereira. “As associações vivem dos seus eventos e dos seus fees. Estamos agora numa fase de ‘terra de ninguém’, de transição, em que elas têm que alterar a maneira de angariar fundos”, refere Linda Pereira.

As redes sociais criaram alguma turbulência neste sector, uma vez que se assistiu à criação de comunidades, algo que pode concorrer com o papel das associações, que são elas próprias comunidades de conhecimento. “As associações têm vindo a aprender que dentro delas têm que permitir esses sub-grupos. Mas há algumas que estão com um bocadinho de receio”, admite a responsável da CPL. Outro desafio para as associações são as novas gera-ções, que não têm a mesma tendência de se associar. “As novas gerações vão a congressos porque ainda acreditam nos mentores, mas já não têm a ten-dência de serem associativas”, pelo que o segredo passa por lhes dar soluções à medida, no conteúdo e na forma como é apresentado. Mas não se pense que a dificuldade passa só por atrair este público-alvo. O facto é que atrair dele-gados é cada vez mais um desafio. “Aí entram os destinos, estes têm de parar de se vender como destinos, e passar

a vender-se como parceiros. É aqui que nós falhamos. Começar a vender o nosso destino em risk-sharing e parceiro de marketing”, comenta a responsável da CPL Events. “Se conse-guirmos contribuir no marketing para atrair novos delegados, isso já é uma grande mais-valia para as associa-ções”, conclui. Os programas sociais passaram de “need to have” para “nice to have”. As primeiras 14 razões para ir a um congresso não têm nada a ver com o destino, segundo um inquérito do Convention Bureau de Viena, lem-brado por Linda Pereira. E por isso os programas sociais (não os eventos de networking) são cada vez mais um extra. “Um aspecto ainda mais preo-cupante: a tendência para que o evento só englobe um welcome reception e que o jantar seja à opção de cada um. O que não permite a organização prévia”. Isso traz problemas acrescidos e preo-cupações logísticas.

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PORTUGAL: 14º DESTINO PARA EVENTOS ASSOCIATIVOSO ranking é da ICCA (International Congress and Convention Association) e colocou, em 2011 - ano das últimas estatísticas disponíveis -, Portugal no 14º lugar, entre mais de 100 paí-ses. Os Estados Unidos, a Alemanha e a Espanha lideram a tabela. No mesmo ranking, Lisboa surge no 12º lugar entre mais de 350 cidades. O Porto aparece na 54ª posição de uma lista encabeçada por Viena, Paris e Barcelona. “Muitos dos eventos que vêm para cá, não são eventos aos quais nos candidatamos, são eventos mais pequenos, vêm com apoios dos con-vention bureau e pela proactividade dos académicos, médicos e enge-nheiros”, explica Linda Pereira. “Há eventos associativos que requerem candidaturas extremamente exigentes e muitas vezes não estamos presentes nesses. O facto de já termos bastantes dos mais pequenos e dos médios leva-me a crer que estamos a fazer alguma coisa mal na captação dos maiores”, sobretudo à luz do “destino que somos e tendo os profissionais que temos”. A especialista interroga-se porque é que o Porto não recebe mais eventos, “é fantástico, não lhe falta nada para competir nos médios e nos pequenos”, ou o Algarve. “Porque é que o Algarve não é um hub de eventos também”? Como se trata de uma estatística, Portugal sai logo a perder, segundo a responsável, “nós não gostamos nada de dar estatísticas, partilhar informa-ção e eu acho que nós fazemos mais eventos do que o que está na estatís-tica”. Outro problema tem a ver com a promoção, “O país é fantástico, tem hospitalidade, toda a gente fala inglês, tem 900 anos de história, mas somos incompetentes a promover”, alerta.

IMPORTÂNCIA DE MOTIVAR OS EMBAIXADORESComo se viu, muitos dos eventos que vêm para o país decorrem da proacti-vidade de professores, médicos, enge-nheiros, que pertencendo a associa-ções internacionais, lutam para que as iniciativas venham para Portugal. No fundo são embaixadores do destino. “Quando os embaixadores estão numa sala e lhes é explicado o valor intrín-seco para o país, e também para eles, para a ciência, para a profissão que re-presentam, ficam motivados”, comenta Linda Pereira, lembrando que quase 68% dos bids internacionais requerem um embaixador, um membro nacional, ou local, da área do conhecimento, que se responsabilize pelos conteúdos científicos. “Nós temos obrigação de o informar”. E, acima de tudo, no enten-der da responsável, “temos de educar os nossos políticos”, remata.

CONGRESSISTA FICA 3,8 DIAS EM LISBOA E GASTA MAIS DE 1500 EUROSSão dados de 2011, mas mostram a importância do segmento associativo para a capital. “Os eventos associa-tivos, especialmente os de ciências médicas, são de extrema importân-cia para o nosso destino”, sublinha Alexandra Baltazar, coordenadora do Lisboa Convention Bureau. A cidade, que nos últimos anos aparecia no top 10 da ICCA, passou a 12º lugar em 2011. A responsável admite que apesar da descida, o número de eventos registado em Lisboa continua a subir. A concor-rer para a descida no ranking estão, no entender de Alexandra Baltazar, o investimento em novas infra-estrutu-ras por parte dos destinos concorren-tes, a crise económica internacional, que tem afectado os congressos, tanto ao nível do número de participantes como por exemplo nos apoios directos

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da indústria farmacêutica, o que leva a que os critérios de análise do destino de realização do congresso pelas asso-ciações seja extremamente criterioso e fundamentado”. A responsável acredi-ta que Lisboa “chegaria mais longe”, se possuísse um novo espaço multifun-cional, servido por hotéis a “walking distance”. “Continuaremos a potenciar a nossa oferta MI no destino, sendo o crescimento, qualificação e noto-riedade as metas”, destaca Alexandra Baltazar. E aqui as vantagens compe-titivas de Lisboa assentam no “clima ameno, diversidade de experiências, luminosidade, enquadramento cénico e gastronomia, na relação preço/quali-dade da oferta hoteleira, proximidade da maior parte das cidades europeias, o facto de ser o destino europeu mais próximo dos EUA, e o saber receber dos portugueses”, detalha. Uma grande vantagem competitiva para a capital portuguesa é a ligação natural com o mercado da lusofonia, algo que pode ser interessante para as associa-ções. “O facto de as associações procu-rarem novos mercados, e entre eles os PALOP , com os quais Lisboa tem uma relação histórica e cultural privilegia-da, pode justificar a escolha, atraindo delegados destes países e contribuindo para potenciar relações de negócio entre ambos, associações e PALOP”.No calendário de 2013 estão confir-mados eventos associativos, com uma participação estimada acima das três mil pessoas, de que Heart Failure, ECTS, Cystic Fibrosis e Endodontology são exemplo, revela Alexandra Baltazar, destacando ainda a Convenção do Rotary International, em Junho.

O CL IENTE NAC IONAL A professora Susana Marques, do ISCTE, foi uma das responsáveis pela realização em Portugal da conferência anual da EMAC - European Marketing Academy. “Já estávamos a tentar há algum tempo trazer a conferência para Lisboa”, explica a professora, e em 2012 o objectivo concretizou-se. “Um ano e meio antes do evento fizemos um caderno de encargos, contactámos várias empresas e depois seleccioná-mos as que iriam trabalhar connosco”, refere Susana Marques. A opção recaiu sobre várias empresas, a Leading, a P Team e a Três em Linha, uma para tra-tar dos eventos na universidade, outra mais especializada em viagens, para tratar dessa logística, e uma outra para os eventos fora da escola. A impressão com que ficou do sector dos eventos foi “a melhor possível”. “Tivemos todo o apoio e disponibilidade naque-le ano e meio de trabalho”, realça a responsável. A parte mais difícil de organizar o congresso teve que ver com a anga-riação de patrocínios. “2012 foi um ano difícil, mas esperávamos ter um valor superior em patrocínios do que o que tivemos”, confessa a responsá-vel. Ainda assim os resultados foram positivos, uma vez que conseguiram atrair ao congresso mais participantes do que o esperado. E o feedback destes foi muito bom. “Alguns diziam que nós éramos um país do sul da Europa, com uma organização do Norte da Europa”, conta com orgulho Susana Marques. Para a organização foi “compensador” trazer o evento para Portugal.

“Levámos mais longe o nome da escola, f icaram a conhecer o nosso trabalho, o que é impor tante dado o desafio de captar alunos estrangeiros”. E por tudo isto voltariam a fazê‑lo. “Estamos a dar um ano ou dois de descanso, mas já estamos a pensar em candidatarmo‑nos a outra conferência”, adianta Susana Marques.

A OPINIÃO DE UM CL IENTE INTERNAC IONALSaranpää Pekka, chairman da IUFRO 2012, Worldwide Conference of Forest Products, que se realizou no Estoril, destaca a qualidade dos espaços e o preço razoável de Portugal. “Para uma conferência internacional, Lisboa e o Estoril foram de fácil acesso para a maioria dos participantes”, sublinha o responsável, que realça ainda o facto de terem trabalhado com um organizador de congressos “muito profissional”, neste caso a The House of Events. Em termos menos positivos, “as tradições

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CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA: EVENTOS ASSOCIATIVOS REPRESENTAM 56% DA FACTURAÇÃOÉ um dos venues mais requisitados para eventos associativos. E confirma-se que a crise não afasta este tipo de eventos, conforme explica Alexandra Torégão, coordenadora de marke-ting. “Este segmento ainda não está a sofrer muito com a crise. Os eventos continuam a realizar-se, embora os custos sejam ponderados e analisa-dos com maior rigor”, explica. Além disso, como são pensados com grande antecedência, permitem “um melhor planeamento, sendo mais fáceis de tra-balhar: sabem o que querem, são or-ganizados, objectivos, determinados, o que para um gestor de eventos é muito importante”, sublinha Alexandra Torégão. Estes clientes esperam que os venues estejam “bem equipados, sejam versáteis, confortáveis, modernos e sofisticados e servidos com as mais

V IENA , L ÍDER NOS EVENTOS ASSOC IAT IVOSjunto das sedes internacionais, não só para trazer os eventos para Viena, mas também ajudando-os no que precisa-rem e fazendo consultoria. A receita do segmento associativo para Viena ascende aos 80% e por isso este é um mercado-chave para a cidade. Um dos grandes desafios para este segmento é a mobilização dos delegados, membros e não membros da associação, considera Christian Mutschlechner e isso passa por torna-rem os seus eventos os mais importan-tes, em termos de conteúdo, e na forma como são apresentados. Quisemos saber que opinião tem Christian Mutschlechner do sector da meetings industry em Portugal. O responsável considera que o país tem um excelente produto, ele que teve oportu-nidade de o experimentar durante o con-gresso da ICCA em Lisboa, em 1999. “Há excelentes venues e profissionais top, por isso Portugal de um modo geral tem um excelente produto, a questão é conseguir dar estabilidade e continuidade para que as pessoas trabalhem. Se estiverem sempre a mudar de pessoas não vão criar confiança junto dos clientes”, conclui.

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Aparece invariavelmente nos pri-meiros lugares do ranking da ICCA e é citada como uma cidade exemplar para o sector da meetings industry. Christian Mutschlechner, director do Convention Bureau de Viena, acredita que o segredo do sucesso é o trabalho diário com os clientes. O responsável nega que estar no primeiro lugar do ranking da ICCA seja um objectivo por si só, “se estivéssemos focados nisso, perdíamos muitas oportunidades de negócio”. “Acho que a reputação de Viena não é baseada nas estatísticas da ICCA, é no trabalho diário com os clientes, eles é que constroem a nossa reputação”, destaca Mutschlechner. Claro que é agradável estar em primei-ro, confessa o director, mas diz que a avaliação do desempenho da cidade é feita através de estatísticas próprias. E essa é uma mais-valia de Viena. “Um factor-chave para a reputação interna-cional é termos construído estatísticas muito profissionais e uma avaliação económica para a meetings industry em Viena”, sublinha o responsável. Outro elemento a destacar é o trabalho efectuado pelo Convention Bureau

e culturas diferentes” podem ser um problema. O responsável indica a “falta de respostas” como uma dificuldade. Em termos de fornecedores, Saranpää Pekka avalia-os como “excelentes” e com grande possibilidade de escolha. O grande desafio neste congresso, que teve um grande impacto económico no destino, foi “planear o orçamento e arranjar patrocinadores, bem como a dificuldade de prever o número de participantes”. E por isso foi necessária muita flexibilidade no orçamento, e da parte do venue e hotéis. Esta conferên-cia ficou ainda marcada por ter sido um evento sustentável. Assim, o balanço da iniciativa foi francamente positivo.

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modernas tecnologias de audiovisuais e IT. Outros requisitos, também im-portantes, são o enquadramento na ci-dade, uma boa rede de transportes e de hotéis”. Igualmente importante é que disponham de uma equipa experiente.O segmento associativo representou 56% de toda a facturação do Centro de Congressos de Lisboa em 2012. E este ano a cidade vai acolher o “maior evento jamais realizado em Portugal”, a Convenção do Rotary International. Espera-se que a cidade receba milha-res de rotários de todo o mundo. “Será um grande desafio para a cidade e para o Centro de Congressos de Lisboa”, conclui a responsável de marketing.

Muito f icou por dizer sobre este mundo cada vez mais complexo que é o dos eventos associativos. No horizonte de Por tugal apresenta‑se muito nitidamente o desafio da promoção e da captação de eventos, de negócio, porque a capacidade de organização existe, e vai

sendo reconhecida por quem já experimentou o destino.A dúvida, para muitos dos profissionais que ouvimos, é sobre se estaremos a fazer esse trabalho suficientemente bem. E , mais impor tante, se o poderemos continuar a fazer isoladamente, cada um para seu lado.Cláudia Coutinho de Sousa [[email protected]]

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I N T E R N AT I O N A L & E U R O P E A N A S S O C I AT I O N S C O N G R E S S 2 0 1 3ESTORIL RECEBE DEC ISORES DE E VENTOS ASSOC IAT IVOS

O Estor il vai ser palco de um dos mais impor tantes encontros entre executivos de associações europeias e internacionais , além de membros individuais , federações regionais e internacionais , insti tutos , association management companies e organizadores prof issionais de congressos , entre outros . Mais de 50 oradores e um alinhamento de temas essenciais para o sector são os pratos for tes deste congresso que, de 2 1 a 23 de Abr il , promete atrair mais de 400 delegados , de 22 países .

O programa conta com cinco streams paralelos e concorrentes; cinco workshops pós-congresso, uma sessão dedicada a associações mais pequenas; ainda uma sessão dedicada só ao sector da medicina; e reuniões entre delega-dos. Conheça aqui o programa:www.associationcongress.com.Entre os oradores refira-se a presença de Mats Ahnlund, da International Aids Society, Pierce Riemer, World Petroleum Council, Ian Bitran, International Society for Professional Innovation Management, ou Dianne Whitem, European Society of Clinical Microbiology & Infectious Diseases. A representar Portugal estará Linda Pereira, da CPL Events, e Isabel Amaral, presidente da Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo. Os trabalhos vão decorrer no Centro de Congressos do Estoril. Para além de toda a componente científica do con-gresso, esta é uma oportunidade para os executivos das associações estarem em contacto com o destino e com a forma como se organizam eventos em Portugal. A Event Point é media partner exclusiva para Portugal deste congresso.

“O ESTORIL É UM EXCELENTE DEST INO PARA CONGRESSOS”

Entrevista a Damian Hutt , director do Congresso e director executivo do Association ResourceQuais são os principais objectivos para o International & European Associations Congress 2013?Os objectivos passam por dar o melhor conhecimento prático aos colaborado-res das associações; ajudá-los a gerir e desenvolver as suas associações e a melhorar o valor das receitas para os seus membros e para a organização. Estamos focados em dar um benefício financeiro a cada delegado decorrente da presença no congresso.

Porquê o Estoril?É um excelente destino para congres-sos e de grande valor para os delegados das associações, que ficarão interes-sados em trazer para o Estoril os seus próprios eventos.

Quais serão os principais temas em discussão no congresso?Desenvolvimento de congressos; como melhorar as propostas para receber congressos associativos internacionais e europeus; as questões da multicultu-ralidade; como acrescentar às associa-ções um cariz mais comercial e au-mentar o valor para os seus membros.

Terão algumas sessões destinadas às associações nacionais. O que está na base desta opção?Haverá um stream nos dois primei-ros dias e um workshop no terceiro dia para as associações nacionais. Pretendemos olhar para todo o pro-cesso das associações (internacionais e europeias) de requisitar propostas para receber congressos, perceber como ajudar as associações nacionais a melhorar as candidaturas submetidas

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para acolher esses eventos, avaliar as mudanças nos apoios dos convention bureau. No workshop vamos procurar ajudar com a criação de propostas.

O que representam as associações e os seus eventos para um destino?Há o dinheiro que as próprias as-sociações gastam no destino com a realização dos seus eventos e depois há o dinheiro gasto por cada um dos delegados. Trazer um evento para um determinado destino pode ainda permitir potenciar o aumento do co-nhecimento no campo de especialidade desse congresso.

Quais são os maiores desafios hoje em dia para as associações e como é que um destino pode apoiá-las?O risco financeiro e o apoio em ter-mos de marketing são desafios-chave. Partilhar o risco com a associação e ajudá-la no marketing do congresso junto dos delegados é muito útil. O apoio logístico é também importante para reuniões de trabalho e visitas de inspecção.

De que forma as tecnologias e as redes sociais estão a influenciar este sector?As tecnologias ajudam a melhorar o serviço aos membros e delegados e reduziram as horas necessárias para a gestão. Está a tornar-se norma ter ofertas só online para atrair novos membros e delegados. As redes sociais são uma tecnologia disruptiva e muitas associações ainda estão a tentar lidar com elas. As redes públicas (Facebook,

LinkedIn, Twitter, etc.) são quase só comunicação crua e um meio de obter feedback. Redes privadas são muito mais produtivas e um valor acrescen-tado para os membros, porque são feitas à sua medida.

O tema da sustentabilidade é um assunto sério para as associações?As associações não estão tão sujeitas a pressões de CSR (Corporate Social Responsibility) dos shareholders e dos clientes, como está o sector corporate (e por extensão os seus agentes), portanto não é crítica para elas. No entanto as associações, pela sua natureza, estão mais receptivas aos benefícios altruís-tas da sustentabilidade. Acredito que, à medida que uma certa aura de mistério se vai esbatendo, em torno dos siste-mas de sustentabilidade em eventos e das normas ISO, haverá um ponto de viragem em que para as associações será usual dispor de um sistema de sustentabilidade implementado, e mais abrangente, mais extenso, do que no caso dos eventos corporativos.

De que forma a corrente crise económica está a afectar as associações, e a forma como fazem eventos?Os congressos anuais estão sob pressão em termos de custos, mas a participa-ção está a aguentar-se bem com redu-ções de um dígito só em percentagem. Conferências com webcasting são agora mais comuns para as associações, mas isto expandiu a sua abrangência e não reduziu a participação física. Menos comum, mas em crescimento, é a cria-ção de eventos virtuais sem a presença física dos delegados e sem um venue. Isto vai permitir reduzir o número de eventos mais pequenos, mas não signi-ficativamente. O patrocínio a jantares luxuosos e festas também diminuiu.

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O REGRESSO AO MITO DE PETER PANEVENTOS ASSOC IAT IVOS & ENTERTRA INING : UMA NOVA ESTRATÉGIA PARA DESPERTAR ADNS CRIAT IVOS

Mobi l i zar men te s , f or ta lecer o e spír i to , encon t r ar nov o s s en t ido s s ão de sígnio s pr ópr io s do s tempo s de cr is e e uma condição nece s s ár ia par a i r a lém da inér cia que o s car ac ter iza . A ac t i v ação de nov a s pon te s , a con s t r ução de nov o s momen to s de par t i lha s ão pr oce s s o s f undamen tais par a um per íodo onde imper a o indi v idual ismo r egr e s si v o , o qual l imi ta a cr ia t i v idade e capacidade de empr eendimen to . Ne s te con tex to , impor ta pr omov er ideais de l ider ança que objec t i v amen te pr ov oquem dinâmica s emocionais de par t i lha , de cr iação e decis ão , numa lógica mo t i v acional , que implemen te pr oce s s o s de cooper ação e s ol idar iedade , em pr ol de nov a s s oluçõe s par a o de s en v ol v imen to a t í t ulo indi v idual e or ganizacional . C i tando Pe ter Dr ucker: “ l ider ança é lev an tar a v is ão da s pe s s oa s par a hor izon te s mais a l to s , é lev an tar a per f or mance de a lguém par a ou t r o pa tamar, é a con s t r ução de uma per s onal idade a lém da s s ua s l imi taçõe s .”

Os eventos associativos podem, neste contexto, assumir um papel determi-nante dada a sua natureza de interac-ção e de partilha através da aplicação de modelos de formação, onde a matriz lúdica pode desenhar trajectórias al-ternativas ao paradigma dominante. Se para os primeiros pensadores sobre o fenómeno do lazer as práticas lúdicas assumiram elementos de reprodução

cultural de mecanismos de trabalho, e posteriormente elas próprias uma di-mensão profissional, hoje, para revita-lizar os processos de produção, gestão e desenvolvimento organizacional subvertem-se estas lógicas implemen-tando o princípio de que o lazer pode ser um acto refundador e motivacional para o trabalho.

Este novo paradigma designado por enter training é centrado numa abordagem formativa onde imperam as estratégias e as práticas do lazer.

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A aplicação deste conceito aos eventos associativos cria um novo modelo ins-piracional focado na experimentação de actividades lúdicas adaptando prin-cípios como a cooperação, solidarieda-de intergrupal e estratégias colectivas num modelo relacional de muitos-pa-ra-muitos, aberto, participado, com objectivos que são simultaneamente agregadores e diferenciadores.O êxito desta nova matriz decorre da hibridação dos ideais clássicos de um evento associativo, capitalizados com dimensões lúdicas, criativas e projecti-vamente inovadoras. Contrariamente aos eventos asso-ciativos formais, onde o modelo es-tratégico de ignição é gerado de uma forma impulsiva e sobre um arquétipo conhecido e reconhecido pelo seu uni-verso, no paradigma de entertraining em contexto de eventos associativos existe uma despolaridade orgânica com decisão colectiva, de impulso e de espectro informal, onde imperam as lógicas disruptivas e onde os agentes são confrontados com a proposta de práticas alternativas e desconhecidas.

É a afirmação do Mito de Peter Pan. Na prática, mantendo os valores e os objectivos do modelo tradicional de concepção e operacionalização dos eventos associativos, este paradigma, desfocando e introduzindo valores criativos e irreverentes, promove um novo caleidoscópio motivacional para quem par ticipa e quem observa o evento.

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Mobilizando e inspirando colectivos apáticos, este novo paradigma de evento associativo desper ta, através de experiências e imagens singulares, mentes e espíritos lançando a necessária esperança para encontrar novas soluções em contexto de adversidade, ou como desafia Peter Pan: “ vem comigo, para a terra onde nascem os sonhos, e o tempo nunca é planeado. Basta pensar em coisas alegres, e o teu coração vai voar para sempre nas asas da Terra do Nunca”.

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Nova Iorque, Barcelona e Roma viram emergir este conceito de evento asso-ciativo que procura mobilizar largas centenas de pessoas para em espaço público produzirem coreografias in-formais tendo por registo a existência de um protocolo visual pré-definido, um gadget MP3 e um kit composto por uma mochila, uma máquina fotográfi-ca com flash, uma lanterna, glow stick e uma máscara. A partir de um simples download par-tilhado nas redes sociais, mobiliza-se o colectivo para o(s) meeting point(s). In loco, em registo horário combi-nado os intervenientes ligam os seus MP3 e vão reproduzindo as instruções que lhes são fornecidas pelo ficheiro previamente gravado, produzindo uma coreografia colectiva, numa mimética individual, mas única, dado que só cada um dos participantes é conhece-dor das instruções a realizar. Respondendo às indicações dadas, verificam-se momentos cromáticos e cénicos únicos, de uma enorme expres-sividade estética, podendo em muitas circunstâncias funcionar como propos-ta de marketing empresarial, no quadro da promoção de marcas e de produtos.

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DEZ PREVISÕES PARA AS VIAGENS DE NEGÓCIO E OS EVENTOS EM 2013Parece que a indústria das viagens de negócios, dos congressos e dos eventos continua a evoluir a cada ano, e 2013 provavelmente vai reflectir algumas mudanças significativas que vão influenciar onde, quando e como nos reunimos no futuro. “Enquanto que a economia tem sido um desafio em anos recentes, parece que em 2013 vai começar a mudar esta tendência”, diz Jorge Rubio Navarrio, director da delegação de turismo de Espanha em Chicago. “Em Espanha assistimos a um crescimento de 3% em 2012 , apesar da crise económica. O mesmo crescimento é projectado para 2013, com boas expectativa para o sector das viagens de negócio, dadas as excelentes infra‑estruturas e profissionais . Esta indústria está a posicionar‑se de modo a receber um maior número de turistas de negócios internacionais .”As observações de Rubio sobre as viagens de negócios em Espanha podem ser um excelente ponto de par tida para ajudar a prever os desafios e as opor tunidades que nos esperam. E parece que temos razões para estarmos optimistas em 2013 para o sector das viagens de negócio, dos congressos e dos eventos.

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1 . VAMOS V IAJAR MA IS E REUNIR GLOBALMENTEApesar de haver uma tendência para acolher mais eventos locais, cerca de mil milhões de turistas viajaram in-ternacionalmente em 2012, de acordo com dados da Organização Mundial do Turismo - UNWTO, a agência especializada das Nações Unidas para o turismo sustentável. O dia simbó-lico em que se atingiu este número foi 13 de Dezembro de 2013. Quem foi? Infelizmente, nenhum turista de negócios, mas uma britânica de visita a Madrid - fizeram-lhe uma pequena homenagem nesse dia, no Museu do Prado. E se não tem a certeza sobre a importância deste marco, compare-o com 1990, quando 450 milhões de turistas viajavam internacionalmente.

2 . ONDE É QUE O MUNDO SE VA I ENCONTRAR EM 2013?Orlando, Londres, Xangai e Riviera Maya (México) são prováveis destinos de topo para eventos nas suas regiões, de acordo com o Global Meetings Forecast 2013, da American Express Meetings & Events. Londres deve ganhar uma visibilidade a longo prazo, potenciando a herança dos Jogos Olímpicos para atrair grandes even-tos e programas, sobretudo quando o Parque Olímpico ficar disponível para eventos privados. Outros destinos que podem ser incluídos nesta lista são Las Vegas, Singapura e San Juan (Porto Rico). O Inverno moderado de Barcelona e a dedicação à hospitali-dade vão atrair turistas de negócios. Singapura aparece de forma consis-tente como uma das cidades top para congressos internacionais, tendo a

reputação de uma grande concentra-ção de oportunidades e actividades de lazer e negócio. Outros destinos da Business Travel Destinations incluem Berlim, Madrid, Cidade do México, Nova Iorque e Tailândia.

3. VAMOS REUNIR -NOS COM UM PROPÓSITO MAIORNuma conversa com Mike Dominguez, vice presidente de vendas dos Resorts MGM, durante a última IMEX America, em Las Vegas, ele explicou que a forma como nos reunimos hoje é completamente diferente da de há cinco anos. “O conteúdo e a forma precisam de uma mudança, e isso já está a acontecer”, disse Dominguez, acrescentando que há uma viragem no sentido de ter reuniões com decisores e obter propostas adequadas. E ele está certo. Nas convenções há um foco maior em incorporar reuniões one-to--one e reuniões com grupos pequenos directamente no espaço da feira. E para as reuniões mais pequenas haverá a grande tendência de criar experiên-cias mais íntimas.

4 . CONT INUAREMOS A DEF INIR O PAPEL DA TECNOLOGIAPara aqueles que continuam preocupa-dos com a possibilidade das reuniões online substituírem os eventos pre-senciais, essa não devia ser a preocu-pação. Pelo contrário, a questão é como incorporar a tecnologia nos eventos. Dominguez encara a tecnologia como uma ferramenta social que potencia o face-a-face. A grande maioria das reuniões destinam-se a grupos pe-quenos que se juntam por motivos de negócio. E os objectivos de negócio vão ditar quando e como nos reunimos. Com isto no pensamento, é razoável

projectar que a tecnologia vai ajudar a criar comunidades através do uso das redes sociais, reuniões virtuais e video streaming. E isso vai continuar a evoluir nos próximos cinco anos.

5. VAMOS INCORPORAR BEM-ESTAR NA V IAGEMComo se costuma dizer, “só trabalho e nenhum prazer”... Brincadeiras à parte, o bem-estar é uma parte vital das reuniões de negócio que é maltra-tada devido a indulgências do passado, mas que realmente nos ajuda a sermos mais produtivos, explica Jenniger Lyn, directora de spa no Mandarin Oriental, em Las Vegas. Isto pode ser atingido através de uma série de ser-viços de spa e tempo no ginásio, mas o bem-estar vai continuar a ter um papel importante nos programas. Ideias óbvias passam por incluir mini-trata-mentos entre as sessões, caminhadas em grupo de manhã e outros tópicos de bem-estar disponíveis na agenda. Menos óbvios, mas igualmente impor-tantes, são os horários das sessões que vão ser tendencialmente mais curtas e com actividades mais interactivas para manter os delegados em movimento. O catering também vai reflectir opções mais saudáveis, com ênfase nos menus sustentáveis.

6. VAMOS DEFINIR UM PAPEL MAIS IMPORTANTE PARA AS DMCAs Destination Management Companies (DMC) passaram de res-ponsáveis pelo transporte a experts no destino, em termos de eventos, conhe-cidas pela capacidade de criar expe-riências únicas em venues originais. Com o volume de informação disponí-vel sobre um destino, muitos organiza-dores de eventos esperam justamente

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isto, mas também estão a requerer um maior envolvimento da DMC que contratam. Shaun Casey, director regional EMEA da Pacific World, uma DMC global, diz que acredita que estas necessitam de se diferenciar através do conhecimento total do valor da marca do seu cliente. “É nossa responsabili-dade compreender as necessidades do consumidor”, refere Casey, acrescen-tando que isso significa ser dinâmico e pensar fora da caixa. E se algumas organizações estão a evoluir na forma como encaram os eventos, as DMC precisam de se reinventar.

7. AS TARIFAS AÉREAS VÃO MANTER-SE RAZOÁVEISSe a sua preocupação é o custo do transporte aéreo, saiba que este é um bom ano para reservar voos. O preço das viagens de longo curso deve man-ter-se estável ou com um pequeno aumento, segundo os dados do Global Business Travel 2013 Forecast, da American Express. Isto é o que vai acontecer em termos globais. Claro que os turistas de negócios, e os outros, devem estar atentos a todos os custos escondidos que fazem aumentar a tari-fa, como fees opcionais da companhia aérea e outras taxas.

8. OS PREÇOS DOS HOTÉ IS VÃO SUBIR EM 2013 , MAS DEPENDE DA REGIÃOOnde vão aumentar mais é na América do Norte. Devido à recessão dos últi-mos anos, houve restrições à expansão dos hotéis nos Estados Unidos. Vai haver um número limitado de quartos, pelo que o Global Business Travel 2013 Forecast prevê um aumento entre 2 e 7% dos hotéis médios e de 4 a 9% nos

de cinco estrelas. Fora dos Estados Unidos, por comparação, os preços vão ser mais atractivos. Na Europa, Médio Oriente e Ásia, as tarifas negociadas vão crescer entre 0,5 e 5%, em média. Os preços na Ásia-Pacífico vão flutuar, dependendo do destino, mas man-tendo-se razoáveis. O que é que isto significa para as viagens e os eventos? É uma boa notícia, se houver progra-mas planeados para a Europa e Ásia em 2013, e espera-se que se mantenha favorável nestes destinos nos anos mais próximos.

9. V IAGENS DE NEGÓC IO , CONGRESSOS E E VENTOS VÃO PRODUZ IR RESULTADOSOs eventos estão em alta, segundo o Grupo IMEX. Demonstrar o retorno do investimento é uma prioridade para as reuniões, feiras, eventos, segun-do o estudo Power of 10, de Outubro passado. Também o Global Business Travel 2013 Forecast reconhece que “as empresas consideram as reuniões e os eventos uma estratégia para obter aumentos de receitas e melhorias na gestão”. Se esta não é certamente uma ideia nova, o facto de ela estar no cen-tro das preocupações dos directores séniores pode ser visto como positivo.

10. REUNIÕES E EVENTOS VÃO CONTRIBUIR PARA O AUMENTO DO EMPREGO NO TURISMOO turismo é uma das maiores in-dústrias do mundo, gerando 9% do Produto Mundial, e empregando 255 milhões de pessoas, segundo o World Travel & Tourism Council (WTTC).

É brutal: um em cada nove empregos no planeta. Mas as notícias são boas. Se quiser fazer carreira no turismo, provavelmente há oportunidades. Para 2013 a U.S. Travel Association (USTA) espera a criação de cem mil novos empregos no turismo para fazer face à procura doméstica e internacional dos Estados Unidos.

De resto, o turismo vai continuar a expandir‑se até 2021. “Esperamos que o contributo dado pelo turismo para o Produto Interno Global vá crescer a uma média de 4% ao ano, entre 2011 e 2021, com o Nordeste Asiático a ter uma quota cada vez maior”, diz David Scowsill, presidente e CEO do WTTC.

E os turistas de negócios e os profissionais de eventos terão um papel fundamental neste crescimento. As tendências aqui apresentadas são um ponto de viragem nas viagens de negócio e nos eventos, e o papel de liderança que esta indústria assume na obtenção de objectivos organizacionais vai ganhar uma crescente proeminência este ano. Através das vozes colectivas de organizações como o WTTC, UNWTO e USTA, entre outras, percebe-se que o sector vai ganhar maior reconhecimen-to pelo impacto económico que tem nas comunidades locais e nos países, um pouco por todo o mundo.

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I M E X 2 0 1 3 C O M N O V O S E V E N T O S E D U C A C I O N A I S E D E N E T W O R K I N GUm novo evento pré-certame e uma sessão especial de networking para os corporate buyers são algumas da novidades da edição de 2013 da IMEX Frankfurt. Além disto, a organização informa que está confirmada a presença de 11 novos grupos de hosted buyers da Índia, América do Norte, Coreia, África do Sul e Rússia, sendo esperadas novas confirmações nos próximos meses. O nível de interesse dos compradores leva a organização a acreditar que vai manter ou ultrapassar o número do ano passado, cerca de quatro mil, de 71 mercados.

NOVOS EXPOSITORESAbu Dhabi, Amiando, Bahrein, Convention Bureau da Estónia, Moevenpick Hotels, Convention Bureau de Porto Rico, Visit England, Qatar e os Warwick Hotels aumen-taram o espaço na feira, enquanto que o Orient Express, Memphis, Titanic Resorts & Hotels e Kerzner International vão estrear-se este ano na feira. Para todos eles haverá dispo-nível um sistema de comunicação e de

agendamento de reuniões, que este ano está muito mais simplificado. Segundo Ray Bloom, director da IMEX, o objectivo do evento mantém-se o mesmo todos os anos: “gerar novas oportunidades de negócio, formar e inspirar os milhares de profissionais desta indústria presentes na feira, e dis-ponibilizar uma variadade de eventos de networking de grande qualidade que su-portem o desenvolvimento profissional”.

L ANÇAMENTO DO EXCLUSIVELY @IMEXÀ semelhança do que já existe para o segmento associativo, com o Associations Day, a IMEX vai lançar um novo evento dedicado só ao sector corporate. O Exclusively Corporate @ IMEX, baseado justamente no modelo do Associations Day, começa no do-mingo anterior à feira. Realiza-se na Villa Kennedy e conta com um jantar de networking e de várias sessões educacionais. Lembre-se que histo-ricamente dos hosted buyers que se deslocam a Frankfurt 20% represen-tam clientes corporate.Este ano, a feira conta ainda com um “Networking Hub”, da responsabilida-de da Meetings Mindset. O espaço vai ter sessões de facilitação de networking.

A IMEX Frankfur t decorre na Messe daquela cidade, de 21 a 23 de Maio, e a Event Point é media par tner deste cer tame.

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E AGORA LONDRES?Depois de ter organizado, no Verão passado, aqueles que foram considerados por muitos como os melhores Jogos Olímpicos de sempre, Londres tem agora a tarefa árdua de manter o destino como uma opção credível no que diz respeito a receber congressos e eventos. Estivemos à conversa com Tracy Halliwell , directora de Business Tourism & Major Events da London & Par tners, entidade responsável pela promoção de Londres. Em 2012, quando muitos podiam esperar que o turismo em Londres fosse benefi-ciado pelo facto da cidade receber o maior e mais importante evento do mundo, a Tourism Review dava conta de que o ano tinha sido muito negativo em termos de visitantes nas atracções turísticas da ca-pital inglesa. O ano especialmente chuvo-so ajudou a este registo menos bom, assim como o ambiente económico global. O que não é propriamente surpreendente, uma

vez que o fenómeno de deslocamento de turistas é relativamente normal quando acontecem mega-eventos. Os turistas - e os eventos - tendem a evitar as cidades anfitriãs devido à expectativa de preços mais altos. Em 2005, quando foi anuncia-do que Londres receberia as Olimpíadas de 2012, a London & Partners estabele-ceu um plano a sete anos que previa os potenciais riscos de acolher o evento e campanhas para os evitar.

Tracy Halliwell acredita que o sector dos eventos em Londres beneficiou, e continua a beneficiar, dos Jogos Olímpicos. “Há interesse dos orga-nizadores em aproveitar o que ainda existe em termos da atmosfera eléc-trica que envolveu a capital durante os Jogos. Esperamos que esta tendência continue uma vez que os organizadores estão ávidos em capitalizar este buzz que consumiu Londres para os seus

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próprios eventos”, sublinha a respon-sável, dando conta de que o efeito deste mega-evento “mudou radicalmente” a oferta de Londres enquanto destino de turismo de negócios. “Com o volume de investimentos a chegar à cidade, Londres está a reinventar-se, mesmo os turistas de negócios que conhecem a cidade podem ficar surpreendidos com os desenvolvimentos que ocorreram nos últimos quatro anos”, garante a responsável. No final de 2012, mais de 11 mil milhões de libras foram inves-tidas em toda a cidade, “e com esse investimento económico vem uma confiança a longo prazo numa cidade, da qual os visitantes de negócios e os organizadores de eventos vão benefi-ciar muito depois dos Jogos”. No Parque Olímpico existem novas áreas para eventos. A responsável destaca o ArcelorMittal Orbit, a maior escultura do Reino Unido, que pode receber 200 convidados; o Centro Aquático, o Velodrome, a Arena Multiusos (a maior de Londres), entre outros. Ou seja, os Jogos Olímpicos “deixaram um legado do qual os organizadores se podem orgulhar e assegura que Londres continua a ser o mais atractivo destino para eventos do mundo”, acredita Tracy Halliwell.

RETORNO DO EVENTO“A London & Partners sempre conside-rou que é nos efeitos a longo prazo que se vão sentir os benefícios de acolher os Jogos. Os estudos prevêem que numa fase de cinco anos (2012-2017) Londres deve atrair 1,1 milhões de turistas adicio-nais, que representam mais 650 milhões de libras, à boleia do perfil global de Londres no período dos Jogos. Estamos a direccionar recursos para atrair visitan-tes dos nossos mercados tradicionais e de novos mercados, incluindo os países BRIC”, explica Tracy Halliwell.Ao contrário de outras cidades que anteciparam negócio e visitantes na sequência dos Jogos, “Londres nunca fez essa assumpção”, explica a responsável

da London & Partners, “e criou oportu-nidades para capitalizar os Jogos através de vendas e de programas de marketing”. Programas onde se incluíram presen-ças na EIBTM e IMEX e a realização de famtrips. No conjunto de iniciativas realizadas destaca-se o apoio ao Business Hosting Programme, do Presidente da Câmara de Londres, que teve como objectivo mostrar a diversidade da capital para potenciar relações comerciais entre líderes de todo o mundo. Desde esse programa, informa Tracy Halliwell, já foram confirmadas as conferências da EASL (Associação Europeia do Estudo do Fígado), em 2014, e da ESC (Sociedade Europeia de Cardiologia), em 2015.

EXEMPLO DE SUSTENTABIL IDADEUma audiência de televisão de 4,7 mil milhões de pessoas presenciou a competência de Londres para organi-zar eventos, lembra a responsável, mas também de como organizá-los tendo grandes preocupações de sustentabili-dade. Os edifícios do Parque Olímpico usam as mais recentes tecnologias “verdes” e são low-carbon, de forma a minimizar os impactos ambientais.

“A energia que é necessária para o Parque vai ser fornecida pelo novo Energy Centre, usando a recente tecnologia energética sustentável . O Parque tem outras inovações ambientais , como é exemplo a reciclagem de águas cinzentas e negras, em que a água usada em banhos, nas bancas, nas máquinas de lavar é reutilizada no local . O Parque foi concebido como um caso de estudo ambiental e vai continuar a pugnar pela excelência a esse nível”, refere Tracy Halliwell .

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UMA ONDA DE 34 METROS, AO FIM DA RUA, PODE IMPULSIONAR A ECONOMIA DE UMA REGIÃO INTEIRAO canhão da Na zar é dispar ou uma onda s ur f á v el de 3 4 me t r o s que lev ou a mar ca Por t ugal par a a s pr incipais página s do mundo . O mar, que nunca no s abandonou , v ol tou a dar‑ no s uma opor t unidade par a a f ir mar mo s uma his tór ia que começou com um pr íncipe na v egador, cuja ous adia e cor agem cr iou a mar ca de um país pioneir o na ex plor ação do s mar e s . Por t ugal e s cr ev eu a his tór ia do s mar e s , e quem acha que o e spaço f oi a conquis ta gigan te do Homem tal v e z nunca tenha pen s ado que o mar r epr e s en ta um ambien te tão ou mais ho s t i l , d i f íc i l e cor r o si v o par a o s equipamen to s . E , ne s ta ma tér ia , Por t ugal e s tev e s empr e na v anguar da .

Há 500 anos, na Escola de Sagres, foram construídas as naus e as cara-velas, os primeiros veículos capazes de afrontar, com segurança, as longas e acidentadas travessias atlânticas. Os oceanos cobrem 71% da superfície da Terra. Portugal possui quase mil quilómetros de costa atlântica e uma zona de jurisdição 18 vezes superior à sua superfície terrestre. Isto faz com que mais de metade do mar da UE seja

português, e que Portugal seja o maior país da UE, e o 5.º maior do mundo em termos de zona económica exclusiva.O nosso mar é um contribuidor con-creto da economia - 12% a 13% do PIB decorre de actividades ligadas ao mar. É também o tridente oceânico dos con-tinentes americano, europeu e africa-no, colocando Portugal numa posição geo-estratégica de grande destaque, não apenas nas rotas comerciais e

turísticas, mas também nos movimen-tos de defesa internacionais.Potenciar, de forma integrada, des-portos e recursos náuticos, turismo, transportes, pescas, aquicultura, portos, energias renováveis, hidro-metano, extração de nódulos de metais no fundo do mar e produtos de bio-tecnologia em outras industrias pode aumentar ainda a importância do mar no tecido económico português.

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Demo‑nos ao mar e navegamos de volta ao mundo. Deixámos ondas de Por tugalidade um pouco por todo o planeta. As ondas que chegam todos os dias à nossa costa serão talvez os juros do investimento que fizemos. Nascem quase todas no Atlântico Norte, viajam milhares de km em sets que, face à orientação da nossa costa, fazem com que seja raro o dia em que não exista um break com surf quase perfeito e abrigado do vento.Temos por toda a costa as melho-res ondas de temperaturas amenas da Europa. O Guincho, os coxos na Ericeira e os supertubos em Peniche estão entre os melhores spots do mundo. A onda do Jardim do Mar, na Madeira, foi considerada “The world’s best big wave pointbreak under the gun”, os Açores, em São Miguel e em São Jorge, são spots emergentes e a gigante da Nazaré é uma natureza à parte, só comparável com o Havai, e apenas para os grandes craques. Temos ainda Afife, a poderosa da Arrifana, a magistral da Carrapateira, a poderosa da Praia Grande, a cheia do Monte Estoril, a intensa e curta de São João e as famosas urbanas de Carcavelos e da Caparica.

As ondas de Por tugal são os eventos da natureza que com a sua incansável repetição nos lembram a opor tunidade que temos para o desenvolvimento de um turismo desmassificado, constituído por um mercado emergente de amantes do mar.Temos condições únicas: uma exten-sa faixa costeira, diferentes tipos de ondas e condições de praticabilidade disponíveis quase todo o ano.Se acrescentarmos a isto a nossa cen-tralidade geográfica, a nossa hospita-lidade e gastronomia a preços muito acessíveis, facilmente concluímos que dispomos de todas as condições para aproveitar economicamente esta invulgar dádiva da Natureza. Portugal é um país de mar e de ondas, isso todos sabemos; aquilo que talvez nunca tenhamos pensado é que uma só onda ao fim da rua pode ser o sufi-ciente para impulsionar a economia de uma região inteira. Não requerendo investimentos, as nossas ondas, em particular a da Nazaré, são “equipamentos” gigantes e perfeitos que permitem posicionar Portugal na “fórmula 1” da indústria mundial do Surf.Esta é a onda que precisávamos para fixar populações, criar empregos de bens e serviços; criar pólos de atracção de gente nova, bonita e com hábitos de vida saudável.O “tsunami” da Nazaré está a acordar a consciência nacional para a im-portância que os factores intangíveis - National Equityes - podem ter no desenvolvimento da economia.

O nosso mar, as nossas ondas são uma das mais valiosas energias de Por tugal , qualquer que seja a util ização que formos capazes de lhes dar. Mas para que o swell chegue à praia com a força máxima é fundamen-tal que não haja nenhum grande obstáculo.

Por isso, deixemo‑nos de outras ondas, pois as que temos ao f im da rua são quanto baste para a economia inteira, assim sejemos nós capazes de as sur far e de as vender bem caro aos endinheirados apetites do mundo.

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POR QUE DEVEMOS CANCELAR EVENTOS? N a s e m a n a p a s s a d a r e c e b i u m e m a i l d e a l g u é m q u e t r a b a l h a n o d e p a r t a m e n t o d e e v e n t o s d e u m a m u i t o c o n h e c i d a e m p r e s a h o l a n d e s a e q u e p a s s o a r e p r o d u z i r . “ S i n t o q u e o s e v e n t o s q u e o r g a n i z a m o s n ã o t ê m u m a v i s ã o c l a r a e n í t i d a d e q u e m s ã o o s p ú b l i c o s ‑ a l v o , e o q u e d e v e s e r g e r a d o d o e v e n t o q u e j u s t i f i q u e a s u a o r g a n i z a ç ã o”. I n f e l i z m e n t e e s t a n ã o é a e x c e p ç ã o . P e l o c o n t r á r i o , a m i n h a e x p e r i ê n c i a d i z ‑ m e q u e é q u a s e a r e g r a . N ã o s a b e m o s d e f a c t o s e o s e v e n t o s c r i a m v a l o r , e c o m o c o n t r i b u e m p a r a o s g a n h o s d a e m p r e s a . E s o f r e m o s p o r i s s o a s c o n s e q u ê n c i a s . Q u a n d o a e c o n o m i a e s t á p i o r , o u s e p o r u m a r a z ã o o u o u t r a a e m p r e s a e s t á c o m p r o b l e m a s d e d i n h e i r o , q u a i s s ã o o s o r ç a m e n t o s e m q u e s e c o r t a p r i m e i r o? V i a g e n s e e v e n t o s . O r a , i s s o é u m p o u c o e s t r a n h o , n ã o é ? Q u a n d o o s t e m p o s s ã o p i o r e s , q u a n d o p r e c i s a m o s a i n d a m a i s d o s n o s s o s c l i e n t e s ‑ e a l e a l d a d e d o s c l i e n t e s e s t á a e n f r a q u e c e r ‑ , e q u a n d o é c o m p l i c a d o a r r a n j a r n o v o s c l i e n t e s , c o r t a m o s n o s e v e n t o s p a r a c l i e n t e s . E q u a n d o q u e r e m o s q u e t o d o s o s c o l a b o r a d o r e s t r a b a l h e m m a i s d o q u e n u n c a , q u e s e m a n t e n h a m f o c a d o s n a s e s t r a t é g i a s ‑ q u e m u d a m a t o d a a h o r a d e v i d o a e s t e s t e m p o s c o n t u r b a d o s ‑ , c o r t a m o s o s e v e n t o s p a r a o s t a f f . N ã o f a z s e n t i d o , p o i s n ã o? D e v í a m o s f a z e r o o p o s t o !

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Mas eu acho que faz muito sentido! Faria exactamente o mesmo. Aliás, acho que diria ao CEO ou CFO ou responsável de compras de cada uma destas empresas para cancelar todos os eventos, já que há uma boa hipótese de estes resultarem em perdas, não contribuindo para a estratégia global. E mesmo que contribuam, tenho a cer-teza de que poderiam obter muito mais valor do que o que obtêm. Cancele! E depois peça orçamentos aos respon-sáveis pelos eventos, e exija que lhe expliquem de uma maneira credível de que forma o evento vai permitir ganhos. Ou se não se tratar de uma empresa ou de uma organização com fins lucrati-vos, peça que lhe digam como é que este evento contribui para a vossa missão, para aquilo que quer atingir. E depois de ter estes dados, pergunte: o que é que os participantes fazem depois do evento para criar ganhos e valor? Porque esta é a única maneira de qualquer tipo de evento gerar valor, é através da influên-cia no comportamento dos participan-tes. É por isso que os temos na sala. Pode pensar nisto o tempo que quiser, mas vai concordar comigo no fim, e não

interessa se é uma festa de Natal, um lançamento de produto, uma feira, ou qualquer outro evento. A única forma de criar valor é influenciando o compor-tamento dos participantes. Por causa do evento, eles vão agir de determinada maneira, algo que não fariam se não tivessem estado lá. É necessária esta explicação. E já agora pergunte-lhes também: se sabem o que é preciso fazer, por que é que não o fazem sempre? Porque é preciso saber isto para desenhar um evento que atin-ja um determinado comportamento. E certifique-se de que são específicos na parte da experiência de aprendizagem, como a desenharam e exactamente o que pretendem atingir. Alterar a atitu-de face à marca? Desenvolver relações com a equipa de vendas? Comparar o produto que compram com o que lhe apresentamos? O que quer que seja. Exija que quem faz estes orçamentos seja muito claro quanto ao modo como vai montar o evento e de quem está na audiência. Que as pessoas que estão no lançamento do seu produto tenham o dinheiro, a autoridade e a necessidade de comprar o produto, por exemplo.

Depois disto, acho que o seu dinheiro vai ser bem gasto. Por tanto, cancele os seus eventos, estude os orçamentos e só permita a sua realização quando quem os organiza sabe exactamente o que está a fazer, e para quê. Vamos parar com este disparate que conduziu a este email que me dirigiram a semana passada. Somos profissionais . Queremos fazer eventos profissionais . Queremos ter a cer teza de que gastamos o dinheiro de uma forma adequada e com resultados eficazes. E aí sim, mereceremos o respeito da nossa direcção. Dessa forma teremos os eventos, seja em tempos conturbados ou positivos. Melhor, provavelmente até teremos mais eventos nos tempos conturbados.

€€€€O P I N I Ã O . P O R Q U E D E V E M O S C A N C E L A R E V E N T O S ? , P O R E L L I N G H A M S O

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O S E N T IDO DE C OMUNID A DE NO E V E N T O A S S OC I AT I V OINEV ITAVELMENTE SUSTENTÁVEL

O contexto económico que se vive na actual sociedade (cada vez mais escópica) não permite deslizes, não permite passos em falso, e exige a necessidade de se trabalhar na ver tente visibilidade, independentemente do mercado em que nos encontramos. O mercado dos eventos não é excepção, e o clima de contenção orçamental ‑ transversal a todas as tipologias de eventos ‑ exige que estes se reinventem e se recauchutem constantemente, mantendo o seu genoma original .

O evento associativo, pelas suas cara-terísticas intrínsecas, está mais focado na geração de receita comparativa-mente a outros tipos de eventos, sendo notória a preocupação dos organi-zadores e promotores na criação de valor e diferenciação do “produto” que oferecem ao mercado. A pertinência do tema do evento (bem como o progra-ma); a redução de margens (lucros dos organizadores) vs preços competitivos; e a transferência de conhecimentos; poderão potenciar “pacotes” cada vez mais apelativos para quem os con-some (entenda-se participantes e/ou associados). Existem outros aspectos que, a par dos referidos, poderão levar às tendências que prometem marcar a indústria dos eventos associativos durante o ano de 2013. Mas há um em particular que pode significar um ponto de viragem para os eventos

associativos (mantendo e atingindo os seus objectivos primordiais), trata-se da internalização do sentido de co-munidade, que conduzirá inevitavel-mente, a mais sustentabilidade. A este sentido estamos todos mais atentos, mais alerta, mais disponíveis, mais sensíveis, e sim, este poderá ser o meio para se atingir o fim: criação de valor - com o consequente impacto na visibili-dade, e respectivo retorno efectivo. E a efectividade deste retorno passará não só pela perspectiva económica, mas também pela ambiental, e sobretudo pela social - afinal do sentido de co-munidade, e da criação de um “micro-cosmos” espera-se:. a integração dos que fazem (ou que-rem fazer) parte; . a promoção de interacção;. o desenvolvimento de networking; . a partilha de conhecimentos e saber;

. e o reconhecimento - interno e exter-no- (consequente da acção).Até hoje, sempre que se falava em sustentabilidade em eventos, tenden-cialmente, o foco recaía exclusiva-mente no objecto ambiental. Contudo, abordar sustentabilidade num evento passa pela integração dos seus três pilares - o social, o económico e o ambiental -, como forma de atingir o equilíbrio do sistema. Desta forma, e considerando as variá-veis que hoje poderão influenciar todas as decisões de marketing de um evento associativo, será expectável, que as tendências avançadas em 2010 no rela-tório da IMEX, “Association Meetings: Forecasts and Trends 2011 - Survey Responses”, sejam alvo de mudança, e que nalguns casos específicos se invertam (positivamente) aquelas até aí verificadas. Sustentabilidade é a palavra de ordem, veio para ficar, e se queremos ser competitivos (em qualquer merca-do), por mais cépticos que sejemos relativamente a determinados temas, invariavelmente, voluntariamente e racionalmente iremos encontrar o porto de abrigo num dos seus três pila-res, que terá repercussões directas ou indirectas nos outros dois. Hoje em dia respira-se Responsabilidade Social em qualquer estrutura organizativa sob as mais variadas formas, se o sentido de comunidade for o meio para atingir o fim, que este seja inevitavelmente sustentável. Norma Franco

ENGENHEIRA DO AMBIENTE - CONSULTORA EM SUSTENTABILIDADE

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C A S E ‑ S T U D Y

PARTICIPAÇÃO DO GRUPO SOCEM NA IZB COM REALIDADE AUMENTADA“ Inov ar não ex ige nem dinheir o , nem gr ande s ta len to s , ma s s im a pr edispo sição par a a mudança e uma v on tade con s tan te de f a zer melhor”. Foi com e s te e spír i to que o Gr upo S OC E M incumbiu a Ni x f us te de elabor ar um plano de comunicação que di f er encia s s e a mar ca na f eir a I Z B ‑T he In ter na t ional S uppl ier s Fair, dedicada à indús t r ia au tomóv el . O r e s ul tado f oi um pr ojec to em r eal idade aumen tada . que per mi te a v is ual ização e manipulação de modelo s 3D de componen te s au tomóv eis a par t ir de um ca tálogo impr e s s o , e que dei xou o s v is i tan te s impr e s sionado s .

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W W W . E V E N T P O I N T . C O M . P T

C A S E ‑ S T U D Y . P A R T I C I P A Ç Ã O D O G R U P O S O C E M N A I Z B C O M R E A L I D A D E A U M E N T A D A

O BRIEF INGO Grupo SOCEM tem mais de 25 anos de actividade ao nível de soluções de engenharia de moldes para várias indústrias, nomeadamente a automó-vel. A presença na IZB, na Alemanha, organizada pelo grupo Volkswagen, foi mais uma oportunidade de afirma-ção da empresa. Para a criação de um plano de comunicação para a feira, o Grupo SOCEM contratou a Nixfuste - Recursos Criativos. “Sendo este evento promovido pelo segundo maior cons-trutor automóvel do mundo e sendo o mesmo levado a cabo na própria sede da empresa, com o objectivo de colocar em contacto os seus compradores com fornecedores, o objectivo era apos-tar numa comunicação diferenciada que pudesse reter a atenção de quem passasse no nosso stand e pudesse, de forma inovadora, experienciar o uni-verso de projectos que a nossa empresa desenvolveu para o grupo nos últimos anos”, explica Luís Febra, director da SOCEM. A solução, “de preferência assente numa base tecnológica”, refere Frederico Ferreira, responsável da Nixfuste, “deveria transmitir os valo-res do Grupo SOCEM: inovação tec-nológica, criatividade, design, moder-nidade e visão de futuro, sintetizados pela expressão “one step ahead”.

O orçamento inicial era de 15 mil euros para comunicação, e 12 mil euros para aluguer de espaço e logística, mas no f inal f icou nos 35 mil euros, com todos os custos incluídos, informa o Grupo SOCEM.

PROCESSO CRIAT IVO Este processo contou sempre com o apoio do cliente, sublinha Frederico Ferreira. “Após algumas reuniões per-cebemos que seria interessante conju-garmos o know-how da SOCEM com o da Nixfuste, e construirmos em con-junto peças de design original e apelati-vo em prototipagem rápida, através das quais se desenvolveu toda a lógica da solução de comunicação final”. Depois disso foram construídos os elementos. “Volantes plásticos, através dos quais era possível visualizar hologramas digitais tridimensionais em Realidade Aumentada dos componentes automó-veis produzidos pelo nosso cliente, den-tro dos próprios veículos, no stand da feira”, refere o responsável da Nixfuste. Além desses elementos, “construiu-se uma escultura ergonómica, utilizada por uma promotora portuguesa que convidava os visitantes da feira a faze-rem uma viagem virtual às instalações da SOCEM em Portugal através de uma aplicação, também em Realidade Aumentada, instalada no interior de um volante. Paralelamente concebeu-se um catálogo impresso interactivo que permitia a visualização de modelos 3D em Realidade Aumentada de alguns produtos executados pelo cliente através de uma aplicação descarregada no site

do Gupo SOCEM”. Tudo isto demorou 60 dias a executar. Em termos tecno-lógicos foi utilizada Modelação 3D, Digitalização 3D, Prototipagem SLS e Realidade Aumentada.

O facto de ter envolvido o cliente no processo cr iat ivo foi “ fundamental” para a solução cr iada . Esta foi , conforme explica Freder ico Ferreira , concebida para ser facilmente transpor tável e ágil . “ Todo o sistema cabe numa f l ightcase personalizada , permit indo uma fácil montagem em qualquer si tuação e o transpor te per fei tamente acondicionado do mesmo”.

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NA FE IRAO catálogo, em Realidade Aumentada, estava disponível no stand, e era tam-bém distribuído pela promotora, que convidava os visitantes a fazerem uma visita às instalações da SOCEM, em Portugal, através de uns binóculos futuristas. A promotora circulava permanentemente pela feira, de modo a atrair mais pessoas ao stand. Uma vez lá, podiam ter a experiência, em rea-lidade aumentada, de visualização das peças desenvolvidas. Para cada modelo de carro existia um volante. Quando se apontava para a câmara dos plasmas que estavam no stand, o visitante podia, inicialmente, visualizar o modelo 3D do carro em questão, que ia depois desaparecendo para dar lugar às peças desenvolvidas pela SOCEM. Pode ver o vídeo do evento seguindo o código QR desta página.A marca conseguiu chegar a per-fis de visitantes muito diferentes, conforme explica Luís Febra, da SOCEM.“Tivemos imensas visitas, desde jovens em formação, a directores de empresas, passando por engenhei-ros, pessoal das linhas de montagem da fábrica da Volkswagen e até pessoas comuns da região que visitaram a feira” As reacções foram muito positi-vas, houve “pessoas que se espantavam com a dinâmica da realidade virtual, que achavam curioso o conteúdo e exprimiam que queriam ter também o carro que aparecia na tela, ficavam estupefactas com o desaparecimento dos elementos e pelo facto de se senti-rem dentro da cena”, conta o director. “Vimos desde sorrisos rasgados, a olhar para a tela, a pessoas de boca aberta de espanto ao verem a evolução gráfica dos elementos de comunica-ção”. E houve mesmo quem propusesse comprar o software.

BALANÇOPerante as reacções, quer a SOCEM, quer a Nixfuste acreditam que os ob-jectivos foram cumpridos. Luís Febra diz que foram “plenamente conse-guidos. Apenas alguma limitação no espaço que nos foi disponibilizado não permitiu fazer a melhor comunicação de todo o evento”. E houve um retorno do investimento feito? “O retorno de um investimento em comunicação não se faz de um dia para o outro. É um processo dinâmico que não se esgota no momento de uma feira ou de outro qualquer programa de comunicação. A identidade é uma construção e natu-ralmente este evento faz parte dela”, conclui Luís Febra.

O desafio passa por inovar constantemente, mesmo à luz da crise em que vivemos. Aliás pode ser uma solução para ultrapassar a crise. “A inovação encontra‑se muitas vezes numa ligeira mudança de perspectiva, na forma como nos vemos e como vemos o

que nos rodeia, e isso não custa nada”, lembra Frederico Ferreira. Uma opinião corroborada por Luís Febra, “ inovar não exige nem dinheiro nem grandes talentos, mas sim a predisposição para a mudança e uma vontade constante de fazer melhor”.

V IDEO DO E VENTO :

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MYRIAD SANA L ISBOAE V E N T O S A V E R O T E J OÉ um do s mais r ecen te s ho téis da capi ta l , s i t uado bem per to da F IL e do Pa v i lhão At lân t ico e dispõe ele pr ópr io de v ár io s e spaço s par a ev en to s . No edi f íc io do ho tel ex is tem t r ê s s ala s de r eunião , com lu z na t ur al , e ár ea s en t r e o s 6 5 m 2 e o s 3 5 0 m 2 , com v is ta dir ec ta s obr e o r io Tejo . Acessível por uma ponte, a partir do hotel, está o Centro de Reuniões e Eventos Myriad Crystal Center. Esta estrutura contempla 1500 m2 de salas. O sistema de paredes amovíveis permite até sete disposições de sala diferentes, com layouts específicos para vários tipos de eventos. As salas de reunião ao nível térreo são com-plementadas por três boardrooms no

primeiro piso. O Myriad dispõe de uma equipa dedicada aos eventos. De referir ainda que o wireless é gratuito.

Tudo isto é complementado por um bar, restaurante e spa , e por 186 quar tos .

Cais das Naus, Lote 2.21.01 - Parque das Nações1990-173 LisboaTel:211 107 [email protected]

E S P A Ç O S

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D I R E C T O R A C O M E R C I A L D A K R I A E V E N T O S

B Á R B A R A S O B R A L

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OS EVENTOS EM CENÁRIO DE CRISEA cr is e , que começou por s er f inanceir a e agor a também já é económica , per dur ando de s de 2 007, a f ec tou t r an s v er s almen te toda a economia por t ugue s a .

O P I N I Ã O

Obviamente que o mercado dos eventos, sociais, corporate e particulares, tinha também que sentir o flagelo dessa crise.

E aqui a erosão da crise manifestou-se em três aspectos:

1. ENCERRAMENTO DE MUITAS EMPRESAS ORGANIZADORAS DE EVENTOS, QUE SUCUMBIRAM ÀS DIFICULDADES ECONÓMICO-FINANCEIRAS;

2 . P RODUÇ ÃO D E E V E N T O S M A I S “ L I GH T ” C OM R E C UR S O A S O L UÇ ÕE S M A I S B A R ATA S , ME NO S ONE RO S A S E C OM ME NOR NÚME RO DE PA R T I C I PA N T E S ;

3 . AUMENTO DA CR I AT I V IDADE E DA INOVAÇÃO , BASE ADO MA IS EM “ SOF T WARE ” DO QUE EM “HARDWARE ”, DE F ORMA A QUE SE CONS IGA FA ZER MA IS E MELHOR , COM MENOS RECURSOS MATER I A I S E HUMANOS .

Sobre a primeira consequência não vale a pena falar muito, pois todos sentimos no nosso quotidiano a quan-tidade de empresas de serviços que encerraram (restaurantes, balcões bancários, lojas de moda, etc.).Relativamente à exigência de se or-ganizarem eventos corporate mais baratos, isso resulta da contracção de budgets de comunicação e marketing das empresas a promover.Por outro lado, passou a privilegiar-se

mais o impacto da mensagem que se transmite e o retorno do investimento do que a presença ostensiva e deslum-brante. Concentramos todos os esfor-ços na criação de novas soluções, de novas formas de tornarmos a “mensa-gem” mais apelativa.Introduziram-se pequenas e subtis al-terações que embarateceram a produ-ção, sem que o cliente- consumidor se aperceba, assegurando que mantemos a qualidade e a segurança. São exemplo disso a substituição do champanhe por espumante nos welcome drinks, a redução dos efeitos audiovisuais de última tecnologia, etc.

O povo diz que a “necessidade aguça o engenho” e o que as empresas organizadoras de eventos fizeram foi exactamente isso: inventar formas de fazer o seu trabalho com nobreza e qualidade, envolvendo menores custos, mas relevando a “presença” e as qualidades do produto, do serviço e/ou da empresa que se está a promover.

A chave deste negócio reside na criati-vidade das soluções, na capacidade de coordenar “meios” e equipas e no rigor e “expertise” que se coloca nos serviços que se prestam, na aposta em formação contínua da equipa e na própria equipa!Exactamente por isso, cada vez mais os clientes (nacionais e internacionais) estão a recorrer a empresas organi-zadoras de eventos certificadas pela norma ISO 9001, que lhes conferem garantias de qualidade e sucesso no retorno do investimento feito.

O futuro é risonho, se pensarmos que após um “down” do ciclo económico vem um “up”, e que neste mercado não se concebem e planeiam os investimentos a cur to prazo. O planeamento é feito a muitos meses de distância!

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C R I AT I V ID A DE E INO VA Ç Ã O À P OR T UGUE S ATrês feiras em simultâneo e todas com expositores por tugueses. A Christmasworld, a Creativeworld e a Paperworld decorreram na messe de Frankfur t , de 26 a 29 de Janeiro.

O holograma no stand da Portucel Soporcel suscitava a curiosidade dos vi-sitantes, que paravam para olhar e foto-grafar. Através de um jogo de espelhos, que conferia um efeito de suspensão aos conteúdos, a empresa passava informa-ção sobre os seus produtos e a reacção foi evidente. Outra inovação no espaço da Portucel era o desenho digital. Uma artista, munida com um tablet, dese-nhava o rosto dos clientes que estavam no stand. O trabalho ia sendo visua-lizado através de um ecrã, algo que ia suscitando vários sorrisos. O resultado final era depois impresso em A3 e ofe-recido ao “modelo”. O stand, concebido pela Vimar, com o parceiro tecnológico One Way Group, era seguramente um

dos maiores da Paperworld. Luís Pinto Coelho, director comercial da Vimar, explica que o stand é flexível, com um sistema modular, de montagem fácil. O grosso da facturação da Vimar, que tra-balha na área dos stands, design inte-rior, equipamentos e cenografia, já vem das feiras internacionais, “as nacionais não representam nem 15%”, refere Luís Pinto Coelho. João Felgueiras, da Portucel Soporcel, dizia à reportagem da Event Point, que nesta feira o trabalho era muito facili-tado. “É uma feira de luxo”, sublinha. Mas para que um certame produza resultados há todo um trabalho prévio de preparação. O stand dispunha de várias salas de reuniões, todas com

agendas preenchidas.Na mesma feira, a Moinho desperta-va também a curiosidade geral. Isto porque estavam a fazer manualmente papel, mas com desperdícios de calças de ganga e outros tecidos de algodão. Rui Silva, director da empresa, estava satisfeito com a feira. “Tivemos cerca de 200 contactos para pedidos de orçamento”, conta, - e íamos apenas no segundo dia do certame. O segredo, garante o responsável, é um misto entre a apresentação, o conceito artesanal, e a sustentabilidade, uma vez que o papel é produzido a partir de desperdícios. O expositor, que trabalha com alguns clientes do sector dos eventos, admite “voltar para o próximo ano”.

E V E N T O S

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A Paperworld contou este ano com o maior contingente nacional . Ao todo foram 18 as empresas por tuguesas presentes, um recorde em termos de representação. Em 2012 tinham estado 15 e em 2011 apenas 11 .

PREPARAÇÃO DO PRÓX IMO NATALO Natal já terminou, mas as empresas que trabalham o sector da iluminação, fogo-de-artíficio e decoração estão a pensar já no próximo. Mário Jorge Lopes expunha na Christmas World produtos de decoração. A Alemanha é uma espécie de “hub” para vários mer-cados, Espanha, França, Itália. Na Creativeworld, a terceira das feiras

que decorriam em simultâneo, esta-va a Viarco, empresa centenária de fabrico de lápis e que participava pela primeira vez. José Vieira, director-geral, comentava que o certame estava a correr bem. “Tivemos contactos de todo o mundo. Esta é uma boa plata-forma para chegar a vários mercados”, referia. A postura da Viarco na feira é a de trazer produtos diferenciados, com um bom design e que contem uma história. “Somos pequenos, o que joga a favor, porque num mundo globalizado, as pessoas têm simpatia por aqueles que são pequeninos, di-ferentes, e assumem que os produtos transportam consigo a essência das pessoas que os produziram”.

E por falar em inovação, os lápis com o código para daltónicos da Coloradd tiveram um bom acolhimento na Alemanha.

Como nota de provocação, a Viarco orgu-lha-se de produzir também “o pior lápis do mundo”, o Dummy, um lápis que lite-ralmente não escreve, como a jornalista teve a hipótese de comprovar. “Não pode-mos competir com as mesmas armas dos outros, optamos sempre por abordagens que surpreendam”, explica José Viera. E depois desta abordagem bem-disposta, quem não vai querer ver o resto?

FEIRAS “MADE BY MESSE FRANKFURT” EM MAIS DE 30 LOCAIS Com vendas de mais de 535 milhões de euros, a Messe Frankfurt mantém-se como uma das maiores organizadoras de feiras de todo o mundo. Dispondo de representações em mais de 150 países, o número de feiras com o carimbo da empresa foi de 109 em 2012, 68 das quais fora da Alemanha, em mais de 30 locais espalhados pelo mundo. Frankfurt man-tém-se a base da empresa, detida em 60% pela Cidade e 40% pelo Estado de Hesse.

Cláudia Coutinho de Sousa [[email protected]]

E V E N T O S . C R I A T I V I D A D E E I N O V A Ç Ã O À P O R T U G U E S A

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S T R E A M I N G D E V Í D E O P A R A P R O D U T O R E S D E E V E N T O SA comunicação que a té há pouco tempo er a f ei ta de f or ma unidir eccional (de um par a mui to s) é hoje em dia f ei ta de uma f or ma mul t id ir eccional , par t ic ipa t i v a e in ter ac t i v a . E a t r an smis s ão do s ev en to s também não f oge a e s ta r egr a .

O streaming de vídeo em directo de eventos é uma área que se tem destaca-do ultimamente, e que pode ter um im-pacto bastante positivo na comunidade a que se destina, quando feito de uma forma correcta, integrado em páginas de internet ou nas diversas platafor-mas de media social (facebook, twitter, etc). Mas há questões importantes que têm de ser definidas, antes de começar a transmitir o seu evento.A primeira questão a definir é a da qualidade de transmissão, HD ou SD? É cada vez mais comum as

transmissões serem feitas em HD, pois os custos cada vez são mais baixos quer ao nível dos equipamentos de captação de imagem, quer ao nível da largura de banda necessária, quer também ao nível da capacidade dos servidores O streaming tanto pode ser feito através de um smartphone, que tem uma apli-cação que faz a codificação e a ligação ao servidor, como também pode ser feito a partir de uma régie com várias câmaras em alta definição. Tudo de-pende da exigência do evento.A segunda questão a definir é a da

ligação ao servidor. Sempre que pos-sível deve ser utilizada uma ligação internet dedicada, que não seja par-tilhada com outros utilizadores, para garantir que não haja quebras de liga-ção. Um cuidado especial para as pen 3G e 4G, que podem funcionar bem num evento de 50 pessoas, mas que deixam de funcionar se estamos num festival com 50.000 pessoas (quem não passou já pela experiência de não ter rede num festival?). Se necessitarmos de fazer uma transmissão a partir de um sítio remoto, onde não há acesso

T E C N O L O G I A

V Í T O R H U G O

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à internet, pode recorrer-se a uma ligação por satélite, mas esta é bastante dispendiosa. É aconselhável fazer sem-pre uma visita técnica e medir a lar-gura de banda disponível. No mínimo são necessários 1MB de upload em SD e 4MB em HD. O site, e aplicação, mais utilizado para a medir é o http://www.speedtest.net.A terceira questão tem a ver com a escolha do servidor. Os dois maiores concorrentes são o livestream.com e o ustream.tv. Ambas as plataformas oferecem uma integração com redes

sociais e com smartphones. Para além disso suportam, sem quebras, milha-res de utilizadores simultâneos, o que nos leva a outra questão, a do custo deste serviço, que é calculado por hora de visualização (view hour). Assim, um evento de duas horas que tenha 50 pessoas a ver custa 100 horas de visualização. O mesmo evento, se tiver 2000 pessoas a ver, custa 4000 horas de visualização. Ambos os sites têm aplicações para fazer este cálculo.

É muito importante garantir que o servidor suporta o número de utilizadores previstos para assistir ao evento. E para eventos onde há um budget limitado para o streaming, podemos sempre limitar o número de pessoas a um determinado valor. No final da transmissão pode ainda ser feita uma análise dos dados, permitindo conhecer a audiência ao pormenor, tempo despendido, localização, dispositivo utilizado, etc.Apesar destas questões, o mundo do streaming continua a crescer de forma exponencial, tornando-se mais barato e acessível, e com maior qualidade.

Vítor Hugo

RESTART

T E C N O L O G I A . S T R E A M I N G D E V Í D E O P A R A P R O D U T O R E S D E E V E N T O S

L I V E STRE AM USTRE AM

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EVENTOS VISTOS DO ARIn ic ia lmen te pen s ado par a f in s mi l i tar e s , o U AV (do inglê s Unmanned A er ia l Vehic le) ou VA N T (Veículo A ér eo Não Tr ipulado) , também conhecido como “ dr one”, é uma aer ona v e con t r olada a t r a v é s de compu tador e s ou de um pi lo to por con t r olo r emo to . E s te equipamen to , que r ecolhe imagen s aér ea s (v ídeo e f o togr a f ia) , tem cada v e z mais u t i l i zaçõe s “ci v is”, s endo ú t i l em v ár io s s egmen to s de negócio s , como o s ec tor do s ev en to s .

T E C N O L O G I A

© S K Y P H O T O © S K Y P H O T O

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Existem vários modelos, mas o drone utilizado pela Sky Photo é composto pela aeronave, com oito hélices de pequenas dimensões, e por um com-putador interno. O equipamento conta ainda com uma “câmara de alta reso-lução, acoplada a um suporte estabili-zador, o qual elimina vibrações, man-tendo o horizonte estável, que envia as imagens para a estação-base”, onde se encontra o piloto e todas as infor-mações necessárias para o voo: altura, distância, qualidade do sinal de trans-missão, orientação, entre outras, como explica à Event Point Miguel Ângelo Ribeiro, um dos responsáveis da Sky Photo, uma empresa portuguesa que utiliza esta plataforma.E as vantagens da utilização deste aparelho são várias. “O nosso equi-pamento permite a possibilidade de fotografar e filmar sem os incómodos e limitações de um helicóptero em tamanho real e os inconvenientes que as autorizações para o voo dos mesmos trazem. Economicamente, os valores dos nossos serviços são uma fracção dos valores que um helicóptero ver-dadeiro teria. Substitui ainda com vantagem as usuais gruas para capta-ção de imagem, devido à mobilidade que o equipamento possibilita”, refere Miguel Ângelo Ribeiro, sublinhando que o drone permite captar imagens entre os dois e os 200 metros com ângulos inovadores, “mais abertos ou com ‘close ups’”, tornando as imagens “mais próximas e dinâmicas”.O UAV pode levantar voo cinco minutos depois de chegar ao local e, após a cap-tação das imagens, estas ficam dispo-níveis para o cliente quase no imediato. Além disso, as imagens que a câmara está a captar podem ser vistas em tempo real na estação-base, pelo que o cliente pode indicar pontos de interesse que queira ver destacados. O drone é pequeno e leve (menos de dois quilos), a “caixa negra” regista todas as infor-mações do voo e, em caso de anomalia, são accionadas autonomamente várias funções de segurança. A segurança é “fundamental” para a Sky Photo,

que, sendo membro da mais antiga associação de veículos não tripulados, a Association for Unmanned Vehicle Systems Internacional, adoptou um código de conduta que foi criado recen-temente para este tipo aparelhos.

UMA MA IS -VAL IA NO SECTOR DOS EVENTOSTendo em conta as características, o UAV é uma plataforma que pode ser útil em vários segmentos. Segundo Miguel Ângelo Ribeiro, numa vertente mais técnica, pode ser utilizado para inspe-ções visuais de aerogeradores, postes de energia ou chaminés industriais, para ajudar na avaliação de edifícios histó-ricos, pesquisas arqueológicas, movi-mentação de pessoas ou máquinas, para planear uma obra ou fazer um mapea-mento aéreo actualizado, podendo até “ser uma mais-valia para os bombeiros ou para a Proteção Civil”.Numa vertente mais lúdica, a fotografia área pode ser uma grande vantagem em vários sectores: na promoção turística, no cinema, na televisão e nos eventos. “Devido às caraterísticas do equipa-mento e à polivalência que permite, há poucas áreas onde os drones não pos-sam ser utilizados. Das produtoras de filmes às empresas de publicidade, das autarquias aos gabinetes de arquitectu-ra, das empresas de eventos aos resorts de turismo, de momento é apenas uma questão de capacidade criativa para adaptar estas tecnologias aos vários tipos de negócios”, frisa o responsável.No sector dos eventos, e tendo em conta “a necessidade de documentar e divul-gar” diferentes iniciativas, este equipa-mento pode trazer diversas vantagens. “Muitas das perspectivas que podemos oferecer não são possíveis de obter de outra forma, e as imagens aéreas de baixa altitude transmitem uma dimensão ao evento completamente diferente, produzindo resultados muito

interessantes. Os nossos clientes têm utilizado as fotos, vídeos ou imagens interactivas de 360º para a promoção do evento junto da população, mas também para angariar patrocinadores que vêem nestas imagens o resultado do seu investimento no evento”, acrescenta Miguel Ângelo Ribeiro.

A Sky Photo prestou já serviço em várias iniciativas de grande dimensão, como as Comemorações do Dia de Por tugal ou o Mega Pic‑Nic do Continente em 2011 . O sector dos eventos tornou‑se um dos sectores com mais peso para a empresa. “Ao longo de quase dois anos de actividade, um dos sectores que inicialmente estava previsto como sendo apenas residual tornou‑se rapidamente num dos mais impor tantes no negócio”, conclui o responsável .Maria João Leite [[email protected]]

T E C N O L O G I A . E V E N T O S V I S T O S D O A R

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L E I T O R

CONSULTÓRIO DE PROTOCOLONe s ta edição do C on s ul tór io de Pr o tocolo , como s empr e da au tor ia da s e specia l is ta s C r is t ina Fer nande s e S us ana C a s anov a , o s lei tor e s quis er am ob ter mais in f or mação s obr e pr ecedência s , s obr e o s di f er en te s dr e s s code s , e s obr e a e speci f ic idade de or ganizar um ev en to com mi l i tar e s . A s per gun ta s f or am colocada s pelo s lei tor e s por emai l .

Quais as precedências num jantar de beneficência, sendo que é realizado por alunos da Universidade, na própria Universidade, e na mesa principal estão, o Chef, o Reitor, o Presidente da Câmara, a Docente da cadeira, o Director da escola superior e o Maestro da orquestra xpto?GB, Altura

De acordo com os dados que apresenta, quem deve presidir a esta refeição, na qualidade de anfitrião, é o Reitor da Universidade, que concederá a co-pre-sidência (portanto, à sua frente) ao Presidente da Câmara Municipal em questão. À direita do Reitor poderá estar ou o Chef que refere ou o Maestro da orquestra, estando o outro à es-querda, consoante a deferência que se pretenda demonstrar a estas duas personalidades (considere que, nesta situação, a direita é um lugar de maior honra do que a esquerda). Por sua vez, à direita do Presidente da Câmara es-taria o Director da Escola e à esquerda a Docente da cadeira.Considerando que não refere de que tipo de mesa se trata (redonda ou

rectangular, por exemplo) terá que, em função desse aspecto, proceder à organização devida.

Em relação ao dress code, para colocar em convites, será que podiam explicar quais são os diferentes tipos de dress code?BP, Matosinhos

Os dress code que habitualmente se escrevem nos convites estão associados ao tipo de evento, à sua formalidade e à hora do dia em que este se realiza. Além disso, é frequente que se indique apenas o traje masculino, sendo ne-cessário obter informação sobre o traje feminino correspondente. Assim, para acontecimentos que se realizem durante o dia (por exem-plo: conferências, seminários, feiras, reuniões empresariais) são quatro os principais dress code: casual, smart casual, business casual e fato escuro. O casual é talvez o tipo de traje que mais dificuldades apresenta a um convi-dado. O conceito banalizou-se e em muitas organizações até se aceita o uso de jeans. Contudo, quando o convite

tiver escrito esta nomenclatura devem usar-se calças de sarja e preferencial-mente uma camisa. O smart casual parte do traje anterior e pede uso de casaco, mas não de gravata. O business casual ganhou muitos adeptos nos últimos anos e o que o diferencia do fato escuro é, apenas, a não inclusão de uma gravata. O fato escuro é, como o nome indica, um fato em tom escuro que pode ser azul ou cinzento, por exemplo, conjugado com uma camisa clara e uma gravata. Refira-se ainda que, em situa-ções de formalidade, um cavalheiro não usará um fato de cor clara. Um convite que tenha a indicação de “fato escuro” corresponde, para uma senhora, ao uso de um vestido curto ou de um fato de saia ou de calça com casaco.Para eventos nocturnos usam-se, dependendo do tipo de acontecimento, dois trajes: o fato escuro e o smoking. O primeiro é o tipo de traje adequado para recepções, cocktails ou jantares. Ao passo que o smoking se usa em eventos de maior cerimónia, como sejam as entregas de prémios ou uma gala. Neste caso, as senhoras usam um vestido curto ou um vestido comprido.

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Essa indicação deve constar no convite.Existe também um outro traje mas-culino para eventos nocturnos e que é a casaca. Em Portugal usa-se em cerimónias de Estado (por exemplo, num banquete em honra de um Chefe de Estado estrangeiro, presidido pelo Presidente da República). É o traje com que se usam condecorações. O uso deste traje masculino permite às senhoras usarem vestidos longos e de grande cerimónia, acompanhados de jóias, caso as possuam. Adicionalmente, refira-se o fraque que é o traje masculino usado em certos casamentos e quando estes decorrem de manhã ou ao início da tarde. As senhoras usam um vestido curto com chapéu e luvas.

Quando se organiza um evento com a presença de vários militares, o que é que é mais importante observar, para além das precedências?AF, Lisboa

Em eventos com presença de militares deve obter-se previamente informação sobre o posto militar de cada um dos convidados. O tema apresenta algu-mas dificuldades para os civis pelo que a melhor estratégia será uma prévia preparação. E, tal como noutras activi-dades, no âmbito da consultoria proto-colar, esta tarefa exige algum tempo e muita pesquisa. Em particular, se nesse evento estiverem presentes militares dos três ramos das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea).Os militares, tal como outros pro-fissionais, são bastante sensíveis aos tratamentos escritos e verbais. Quer isto dizer que se deve evitar trocar ou con-fundir o posto. A este propósito, note-se um exemplo claro de confusão sobre o tema. Ao chamar-se a um Tenente-Coronel apenas Tenente está-se a baixar o posto do convidado, sendo por isso, uma incorrecção. Além deste exemplo, é necessário obter informação sobre as equivalências de postos, entre os três ramos das Forças Armadas.Outra das sugestões passa por

procurar conhecer os diferentes uni-formes associados aos postos. Além disso deve tentar reconhecer-se os distintivos, por hierarquia, e pelos três ramos das Forças Armadas. Os unifor-mes são, também, usados pelos milita-res em função do tipo de cerimónia.

O protocolo pode ajudar a cortar em despesas, sem comprometer a dignidade de um evento? Onde está o limite?MF, Porto

A essência do Protocolo é facilitar as relações humanas e, portanto, ja-mais poderá concorrer para, directa ou indirectamente, comprometer a dignidade de um evento, muito pelo contrário: o Protocolo atribui dignida-de a um evento.Julgamos que, num evento, o que pode em grande parte ajudar a minimi-zar custos - além, naturalmente, dos aspectos logísticos e de produção - é o planeamento adequado e, nesse senti-do, o protocolo poderá ajudar indirec-tamente. Isto porque, tendencialmen-te, a aplicação de regras e preceitos de protocolo exige planeamento prévio

o que, por si só, vai gerar diminuição de custos. De facto, um dos grandes desperdícios ocorridos frequente-mente em eventos sucede quando, ao trabalhar de forma apressada e amadora, se despendem recursos desnecessariamente.Este processo de mudança na forma de pensar e trabalhar os eventos pode ser longo e, como todos, sofrer avanços e recuos. Existem muito poucas cer-tezas definitivas e nunca acontecem dois eventos iguais… O pragmatismo não pode ser sufocante e, em tempos de crise (ou de oportunidade, dizem alguns) as palavras de ordem são criatividade e flexibilidade. Contudo - atenção -, flexibilidade não é sinónimo de desorganização!O Protocolo não altera os factos nem o rumo dos acontecimentos. Pode alterar, isso sim, as percepções que os públicos têm sobre os factos. E isso, só por si, pode acarretar uma inestimável mais-valia na imagem organizacional.Quanto ao limite, como em tudo na vida, está no bom senso aplicado a cada circunstância.

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P O R T U G A L , P O R T U G A L

PARQUES AVENTURA APOSTAM NOS EVENTOSE s tão e spalhado s por Por t ugal , e podem s er uma al ter na t i v a par a a r eal ização de ev en to s empr e s ar iais que queir am incluir uma v er ten te de adr enal ina e emoção . Fomo s em bus ca de Par que s Av en t ur a .

DIVERLANHOSO , UM DOS MA IORES PARQUES DA EUROPAA Diver detém dois parques aventura, o DiverLanhoso e o DiverAlmourol. O primeiro, na zona da Póvoa de Lanhoso, é um dos maiores da Europa, pode ler-se no site da empresa, com 170 hecta-res de espaço verde, e a possibilidade

de realizar mais de 50 actividades de desporto aventura e de natureza. Além disso, dispõe de alojamento em casas de troncos de madeira, restaurante com gastronomia típica, piscina, salas multiusos e auditório. E é por todas

estas valências que, segundo nos conta Nelson Silva, o parque é procurado por empresas de formação, consultoria e eventos para eventos de teambuilding, challenges, lançamentos de produtos, campanhas de charme e activação de

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marca, entre outros. A componente eventos já representa cerca de 20% da facturação geral dos parques, no en-tanto o responsável admite que este é um sector em que pretendem apostar mais. “Existe ainda muita margem de progressão”, acrescenta. Os fornece-dores da Diver são exclusivos, ou seja o organizador de eventos não pode levar os seus fornecedores habituais, de cate-ring, por exemplo. E quais as vantagens de usufruir destes espaços? “A diversificação de serviços, a diferenciação, o pleno contacto com a natureza, a fuga à rotina diária”, refere Nelson Silva. E isto aliando a segurança à diversão. Segurança, aliás, é uma das maiores preocupações da empresa, su-blinha o responsável. Do panorama de parques aventura em Portugal, Nelson Silva considera que não estamos bem servidos. “Isto porque não existem enti-dades reguladoras no Turismo Activo(nomeadamente do desporto aventura e natureza) que possibilitem dinamizar e divulgar os nossos produtos/serviços nos mercados internacionais”, conclui.

“SOMOS CONSIDERADOS MANÍACOS DA SEGURANÇA”esclarece o responsável. Este é um sector em que pretendem, de resto, apostar mais. Em termos de fornecedores, a po-lítica é a de estudar caso a caso, “estamos abertos a negociações, tudo é possível mediante o acordo entre as partes”, refere Nuno Sousa. As vantagens de usar um parque aven-tura são várias, no entender do res-ponsável do PA Sniper, começando pelo rol das infra-estruturas já existentes e optimizadas. Além disso há a questão do custo. “Uma vez que grande parte das actividades já estão montadas, os custos finais serão mais reduzidos, fruto de uma diminuição de custos de preparação e montagem e de concen-tração de meios”. A segurança é uma grande preocupação, “é o nosso activo mais importante e a primeira verten-te a ser considerada quando algum programa ou actividade é imaginado. Somos considerados ‘maníacos da segurança’, como já nos têm chamado, o que consideramos um elogio”, explica

O Parque Aventura (PA) Sniper situa-se na zona de Loures. Para além do parque propriamente dito, dispõe de um restau-rante, bar e camaratas. Nuno Sousa faz-nos a apresentação do espaço. “O nosso Parque Aventura está dividido em várias áreas temáticas; zonas de jogos de estra-tégia (paintball e confronto laser), áreas de actividades com cordas e similares, zona de lazer com piscina, alojamento, cozinha própria para confecção de todo o tipo de catering, salas de reunião (de 15 até 150 pessoas) e um enorme espaço exterior campestre de muitos hectares para outras actividades e programas”, detalha. Dentro do universo corporate, o parque tem recebidos pedidos variados. “Temos cerca de vinte actividades de desporto aventura diferentes disponíveis no Parque, e mais de cinquenta jogos de teambuilding distintos, que permitem uma infinidade de possibilidades. Em paralelo podemos trabalhar qualquer área ou temática específica e desenvol-vê-la em torno do briefing apresentado”,

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P O R T U G A L , P O R T U G A L . P A R Q U E S A V E N T U R A A P O S T A M N O S E V E N T O S

Nuno Sousa. A sustentabilidade é tam-bém muito importante para a empresa. “Quase todo o nosso Parque Aventura é construído com materiais reciclá-veis, tendo como base predominante a construção em madeira, como é o caso de 90% das instalações. São utiliza-das técnicas apuradas na construção para optimizar as variáveis térmicas e reduzir a utilização de climatização artificial”, diz o responsável, acrescen-tando que é feita a recolha selectiva dos resíduos e que os excessos orgânicos seguem para centros de compostagem. “Na área do paintball há muito que não utilizamos CO2 nos marcadores, substituído por ar comprimido, sem qualquer impacto ambiental”, conclui.Nuno Sousa acredita que o país já tem bons parques aventura. “Muito foi feito, mas também há muito por onde crescer. Alguns estão mais reduzidos na pos-sibilidade de temáticas mas outros há que contêm uma grande diversidade de oferta de actividades e programas”.

Cláudia Coutinho de Sousa [[email protected]]

CONTACTOS ÚTE IS

Azurara Parque AventuraVila do Conde Tel: 252641395azuraraparqueaventura@gmail.comwww.azurara-parque-aventura.com

DiverPóvoa LanhosoTel: 253 635 [email protected]

Campo Aber toNegraisTel: [email protected]

Naturwater ParkVila RealTel: [email protected]

Parque da Mina MonchiqueTel: [email protected]

SniperBucelas, PortugalTel: [email protected]

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O ÚNICO PAÍS QUE TEM AMOR NO NOMEJá adi v inhou qual é? Ten te pen s ar em inglê s . Não? Nó s a judamo s : sL O V E nia , E s lov énia . E s te é um do s ar gumen to s em ter mo s de mar ke t ing t ur ís t ico do país que ta l v e z s eja r ela t i v amen te de s conhecido par a o s por t ugue s e s , ma s que s e tem f ei to no tar no que diz r e spei to à mee t ings indus t r y. O d ir ec tor do C on v en t ion B ur eau da E s lov énia , Miha K ov ačič, e s tev e em Por t ugal e e s t i v emo s à con v er s a com ele .

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O gosto dos eslovenos pela arte e cultura é ancestral. O mais velho instrumento do mundo foi encontrado neste país: uma flauta feita de ossos com 35 mil anos. E, de resto, música é coisa que não falta, sobretudo na capital Ljubliana, onde a vida cultural é intensa, muito ligada às artes. A principal cidade da Eslovénia prima por uma arquitectura de simbiose entre o barroco e a arte nova. Os mercados ao ar livre, onde se pode comprar tudo fresco, fazem-na especial, assim como os cafés e bares que, sobretudo no Verão, se espraiam pelas margens do rio Ljiubljanica e animam quem por lá passeia. A cozinha eslovena incorporou muitos itens dos países vizinhos. Talvez o melhor presente gastronómico para levar de volta para casa seja o pršut, um presunto fumado da região de Karst. A Eslovénia produz vinho há muitas gerações, mas em quantidades relativamente pequenas, por isso não é tão conhecido como o vinho de outros países. Os eslovenos são muito estudiosos, a taxa de literacia é de 99,6%. Estudar confere estatuto. E têm uma paixão por

línguas estrangeiras. Tirando os mais velhos, toda a gente fala inglês e ale-mão, uma mais-valia preciosa quando falamos de meetings industry. São também conhecidos pelo gosto pelo outdoor, pela natureza e pelo desporto. O Campeonato do Mundo de Ski Jump acontece todos os anos em Planica. De facto, os eslovenos foram brindados com um país com montanha (os Alpes) e mar (Mediterrâneo). Oito por cento da Eslovénia é área protegida, sendo a jóia da coroa o Parque Nacional Triglav. Aliás, enquanto destino turístico, este país goza do benefício de estar ainda num estado muito natural, sem a massificação que outros destinos já exibem. Alguns dos incentivos mais comuns envolvem programas de golfe, rafting, kayaking, canoagem, passeios de balão, parapente, ski ou regatas à vela. Há vários parques aventura, a maior parte deles ligados à montanha. O clima é de feição continental (na maior parte da Eslovénia), com Verões quentes e Invernos frios, mas com as quatro estações bem definidas. Um dos principais eventos na Eslovénia é o Pust ou Kurentovanje, em Ptuj, um festival anual para mandar embora o

Inverno e receber a Primavera. Outra cidade importante é Bled, cuja imagem do castelo no topo da colina, rodeado por um belíssimo lago, abrem o apetite para esta que é muitas vezes a porta de entrada para a região dos Alpes. Na zona do Adriático, Portorož é o principal destino, com bons ho-téis e espaços para eventos. Perto fica Piran, uma cidade portuária, de estilo medieval, com ruas estreitas e sinuo-sas. Maribor é a segunda cidade da Eslovénia e oferece muitas actividades de animação e culturais. Nas zonas urbanas vive metade da população, que no seu conjunto atinge os dois milhões. O euro é a moeda oficial da Eslovénia desde 2007, e entrou em vigor três anos depois da adesão do país à União Europeia. A economia é baseada nos serviços e na pequena indústria. As principais exportações são os auto-móveis, aplicativos eléctricos e pro-dutos farmacêuticos. Os parceiros comerciais mais importantes são a Alemanha e a Itália.

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APRENDER COM A E XPERIÊNC IA DE PORTUGALO director do Convention Bureau da Eslovénia, Miha Kovačič, esteve em Portugal, na zona do Estoril e Lisboa, para um conjunto de reuniões com fornecedores da indústria dos even-tos no nosso país. “Portugal tem tido sucesso como destino para eventos e incentivos, reconhece a importância deste sector, e quis vir aprender com a vossa experiência e levar esse conhe-cimento de volta para a Eslovénia”, refere Kovačič. E o balanço é positivo, segundo ele. “Depois de dois dias de reuniões posso confirmar que a viagem compensou”. Mas Portugal também tem algo a aprender com a Eslovénia. “Somos bastante inovado-res, temos projectos estratégicos, e talvez haja algumas ideias que possam aproveitar de nós”, sublinha o direc-tor do Convention Bureau. Um dos projectos estratégicos de que fala o responsável é a Conventa, uma feira dirigida ao Sudeste Europeu e dedica-da à meetings industry.

“ESTAMOS MUITO ORGULHOSOS COM A CONVENTA”É tida como uma das feiras melhor organizadas no sector, e só tem cinco anos de vida. Miha Kovačič explica-nos como nasceu o projecto. “O nosso or-çamento enquanto Convention Bureau é pequeno, e não podemos fazer tantas coisas como gostaríamos, então pro-curámos reflectir na forma de poder fazer mais com menos”, explica o res-ponsável. “Pensámos por que não unir o Sudeste Europeu, e sermos visíveis não só enquanto Eslovénia, mas tam-bém no seio de uma região?” E assim nasceu o certame, que decorre em Ljubliana todos os anos. A abordagem é um pouco diferente da das restantes feiras do sector. “A nossa prioridade é dar tempo às pessoas para falarem. Todos os stands são idênticos, e o foco vai para a qualidade das reuniões, para o one-to-one. Dedicamos muito tempo ao networking. Os almoços, por exem-plo, decorrem num espaço com mesas altas para se poder rodar e conversar com diferentes pessoas. No final do

dia as salas não são escuras, nem a música está alta para não perturbar a comunicação”, detalha o director do Convention Bureau. E como o destino quer ser reconhecido por ser “verde”, as práticas adoptadas na Conventa são sustentáveis. Miha Kovačič lem-bra que o certame é 90% financiado pela indústria. “Não é um evento que pretenda ser lucrativo, é um evento de marketing financiado pela indústria, e talvez isto seja diferente das feiras organizadas por entidades privadas”.

“F IZEMOS COISAS MUITO IMPORTANTES SEM DINHE IRO”“Toda a gente fala do orçamento, mas o dinheiro não tem de ser o mais impor-tante” reconhece o responsável quan-do pensa nos desafios em termos de

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D E S T I N O I N T E R N A C I O N A L . E S L O V É N I A

marketing do destino. “Uma boa ideia, as pessoas certas e persistência são a chave. Fizemos coisas muito impor-tantes sem dinheiro”. O objectivo do Convention Bureau é dar a conhecer o destino na Europa. “Muitos não conhe-cem a Eslovénia e a sua oferta. Para nós é importante que eles experimentem o país e o produto”. Para atingir esse fim, a Conventa é a melhor ferramenta de que dispõe. Mas o Convention Bureau organiza também algumas fam-trips por ano, vai a feiras, faz visitas aos clientes e coopera intensamente com a revista local dirigida ao sector, a Kongress. “Não temos orçamento para promoção, só para participar nas duas grandes feiras, tudo o resto tem que ser feito com zero de fundos, e isso signi-fica que temos de arranjar maneiras para criar mais notoriedade”, explica o director. Em termos organizacionais, o desejo de Miha Kovačič é o de que a indústria ganhe mais influência e reco-nhecimento político.

UM OLHAR SOBRE A OFERTAPara congressos, Ljubliana e Maribor são as cidades mais requisitadas. Na capital existem dois centros de congressos para mais de duas mil pessoas e o alojamento tem qualidade. É ainda uma cidade em que é possível deslocar-se a pé. “Também vendemos eventos nos Alpes, que é muito interessante enquanto destino de inver-no, mas igualmente nas outras estações, e cada uma tem as suas particularidades e experiências interessantes, quer pelas infra-estruturas de reuniões, quer pelo que a natureza oferece”, comenta Miha Kovačič. Junto ao Mediterrâneo a oferta em termos de espaço para convenções existe, e neste caso o mercado principal é a Itália. “Os italianos gostam de vir fazer aqui as suas reuniões e incentivos devido à qualidade do serviço e do value for money”. Nos outros destinos os mercados com mais sucesso são o da Bélgica, do Reino Unido e da França. “Gostávamos de ter mais mercado alemão, mas demora mais tempo a trabalhar”, explica o responsá-vel. Em termos do mercado russo, este tem-se tornado importante e atraente. Para já, as fichas todas são apostadas na Europa. E quais são os destinos que competem com a Eslovénia, perguntamos. “O mundo inteiro compete connosco. Temos é de nos concentrar no nosso produto., na forma como o apresentamos, no nosso profissionalismo”, sublinha o responsável. “Temos a sorte de ser o único país que tem amor no nome. E amor só pode trazer coisas positivas”.

Cláudia Coutinho de Sousa [[email protected]]

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V I P E X E C U T I V E A R T ’ SO s eu ev en to em L isboa ‑ Or ien te

Tem 300 quartos, oito espaços para reuniões e um auditório com capacidade para 180 pessoas. Mas metade dos quartos são duplos, a maioria dos quais com vista para o Tejo, a pensar no viajante “de negócios”, que muitas vezes os prefere para uso individual. Esta é de resto a marca evidente de um quatro estrelas pensado de raiz para responder aos requisitos deste segmento de mercado, e de cliente.

A localização do VIP Executive Art’s, junto à FIL e ao Pavilhão Atlântico, não basta para garantir o sucesso, mas a verdade é que constitui uma

característica importante, quando se trata de escolher um espaço para ficar alojado e/ou realizar um evento. O Hotel está ainda próximo do aeropor-to, dos terminais de comboios e auto-carros, e de uma estação do Metro. Em termos de lazer, e à distância de um curto passeio a pé, estão o Casino de Lisboa, o Teatro Camões, o Pavilhão do Conhecimento, o Oceanário de Lisboa e o Centro Comercial Vasco da Gama.Um dos pilares da estratégia comercial do VIP Executive Art’s consiste em oferecer uma boa relação qualidade-preço, integrando alojamento, salas e equipamento, assim como uma vasta oferta na área de comidas e bebidas,

podendo acolher eventos tão diversos como reuniões, congressos ou acções de formação. Os mercados-alvo prin-cipais são o nacional e o espanhol, sendo o hotel procurado também para a realização de reuniões e de congres-sos internacionais.

Para mais informações:VIP Executive Art’s“your home... away from home!”Av. D. João II, Lote 1.181998-028 Lisboa210 020 [email protected]

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SOBRE A EMPRESAA FCo. disponibiliza um amplo leque de soluções para museus, exposições, instituições turísticas e de gestão do pa-trimónio, empresas, agências de publici-dade, muitas vezes com o foco nas áreas educativas. Incorpora tecnologia, design e conteúdos numa dimensão humana, produzindo o que se poderia chamar “humanware”. “Criamos ligações emo-cionais”, explicam os seus responsáveis.No mercado desde 1998, em 2003 assumiu-se como “fullservice com-pany in multimedia”, capitalizando o facto de ser pioneira na introdução no mercado cultural das visitas áudio e multimédia, mantendo-se ainda hoje líder neste segmento em Portugal. Gradualmente, a FCo. tem vindo a afirmar-se na indústria de conteúdos, desenvolvendo plataformas interac-tivas multimédia e softwares para a disponibilização e gestão de conteúdos.A estratégia de crescimento da em-presa passa por uma contínua iden-tificação de novos parceiros, novos produtos e novos mercados, investindo em conhecimento técnico e competên-cias nas diferentes áreas de actuação. Desde 2004 que trabalha em parceria com diversas empresas europeias e está presente em variadas redes de investigação, com o intuito de promo-ver trocas com dimensão internacio-nal. Fazendo parte do Grupo Cavex, reconhecido pela forte presença nos países da CPLP, a FCo. iniciou em 2007 o processo de internacionalização nos mercados africanos, detectan-do boas oportunidades em Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné-Bissau. “A área cultural é sempre o parente pobre de qualquer governo, especialmente em tempos de crise, mas há boas hipóteses de negócios

em África”, garante António Canhão Veloso, presidente do Grupo Cavex e sócio-gerente da FCo.A carteira de clientes da empresa inclui as fundações Calouste Gulbenkian e de Serralves, a Direcção Geral do Património Cultural, o Banco de Portugal, o Museu do Fado, o Museu Nacional Machado de Castro, o Oceanário de Lisboa, o Palácio da Pena, a Fundação Batalha de Aljubarrota, a L’Oréal Portugal e o Governo Provincial da Lunda-Norte, em Angola, entre muitos outros.

Para mais informações:FCo.Rua da Madeira - Zona Industrial das Travessas, Apt. 60053701-907 S. João da Madeira929 147 695Luís Salomé[email protected]

“A P R E N D E R B R I N C A N D O ”O objectivo é claro. Dotar a hotelaria de soluções interactivas para crianças, durante a estadia destas com os pais. Uma forma de comunicação directa, relevante, capaz de fidelizar os pais enquanto clientes. E se houvesse uma fórmula para descrever esta área de actuação da FCo., empresa especializada em soluções interactivas multimédia e em design de comunicação, ela poderia ser:

cr iança s ocupada s e con ten te s

+tempo de qual idade par a

us u f r uir do e spaço=

pais de s can s ado s+

aumen to do ní v el de s a t is f ação da e s tadia

Estas soluções podem começar no ambiente físico e terminar na vir tualidade de uma app/website, ou vice‑versa.

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F O N TA N A P A R K H O T E LReuniõe s no cor ação de L isboaO primeiro Design HotelTM da capital começou por ser, no início do século XX, a metalúrgica Lisbonense. A recuperação arquitectónica, da autoria de Francisco Aires Mateus, e o design de interiores, assinado por Nini Andrade Silva, trouxeram-no até aos nossos dias como uma estrutura moderna, minimalista, depurada de formas e cores. Um refúgio zen, claramente marcado pelo gosto oriental, beneficiando de uma localização extraordinária, na zona do Saldanha, a pouco mais de dez minutos do aeroporto, e a uns passos da Avenida da Liberdade.

O Fontana Park Hotel dispõe de nove salas para reuniões, ou outro tipo de eventos, com três metros de pé direito, áreas que vão dos 14 aos 420 m2, po-dendo acolher até 400 pessoas. As salas estão localizadas no piso 00, com aces-so directo à garagem, por onde podem ser movimentados todos os materiais e equipamentos. Existe uma moder-na rede de comunicações que suporta vídeo-conferências, serviço de tradução simultânea, uso de equipamento audio-visual (datashow e ecrã incorporados) e acesso a Internet sem fios e por cabo. Paredes amovíveis e insonorizadas permitem que oito das nove salas sejam ajustáveis e combináveis.

O trabalho não é tudo, e o Fontana Park oferece dois espaços gastronómi-cos com identidades bem vincadas.O Restaurante Saldanha Mar, com o melhor da cozinha nacional e mediter-rânica, destacando-se ao almoço a rica oferta de peixe bem fresco e ao jantar uma cozinha mais elaborada, de autor.O Restaurante Bonsai, como o nome deixa adivinhar, é um convite a que se descubra a gastronomia japonesa.Quem optar por ficar alojado no Fontana Park pode esperar quartos sóbrios, espaçosos, elegantes, em tons de branco, preto e cinzento, mobiliário contemporâneo, e muita luz, os argumentos que em 2008 lhes

valeram uma distinção nos European Hotel Design Awards.Apesar do ambiente minimalista, o Fontana Park Hotel não esquece a importância dos afectos, e oferece a quem o visita diversos momentos de descontracção. Experimente o Bar Lounge, ao som de boa música, mesmo para uma bebida com os colegas ou os amigos ao final da tarde, ou um diges-tivo no jardim interior, depois de uma boa refeição.

Para mais informações visite:www.fontanaparkhotel.com

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A M B I E N T E

E)MISSIONLisboa210 157 [email protected]/pt

SMART WATTPorto220 114 [email protected]

A N I M A Ç Ã O

2THE LOVE PROJECTLisboa962 341 [email protected]

ADEREÇO PRODUÇÕESPorto225 322 [email protected]

ASES NA MANGABraga253 283 [email protected]

CONCEPT 4 TALENTSLisboa213 940 [email protected]

FADUSEstoril214 662 [email protected]

MOVE ITCova da Piedade212 581 [email protected]

PMP PRODUÇÕESLisboa218 619 [email protected]

RITMOS URBANOSLisboa210 168 [email protected]

TOCÁ RUFARAldeia de Paio Pires212 269 [email protected]

WINE SOLUTIONSSintra964 370 [email protected]

D I R E C T Ó R I O

A N I M A Ç Ã O T U R Í S T I C A

BIG TIMEFátima249 533 [email protected]

CAMPO AVENTURAÓbidos262 968 [email protected]

EQUINÓCIOLisboa210 155 [email protected]

GRAU 5Barroca934 743 [email protected]

JAVSPORTSto. Tirso252 850 [email protected]

MARGENSBarrosinhas234 648 [email protected]

PROMÓBIDOSCaldas da Rainha262 843 [email protected]

ROTA DO FRESCOVila Nova da Baronia284 475 [email protected]

RUSTITURÉvora266 978 [email protected]

SALSetúbal265 227 [email protected]

TURAVENTURÉvora266 743 [email protected]

A R T I S TA S E E S P E C TÁ C U L O S

EVERYTHING IS NEWLisboa213 933 [email protected]

MÚSICA NO CORAÇÃOLisboa210 105 [email protected]

RITMOS & BLUESPaço D’Arcos214 694 [email protected]

UAULisboa213 303 [email protected]

A U D I O V I S U A I S

ADLC AUDIOVISUAISCarnaxide218 621 [email protected]

AUDINOVALeça da Palmeira229 961 [email protected]

AUDIOMEIOSVenda do Pinheiro219 663 [email protected]

BACKLIGHTSetúbal212 349 [email protected]

DIGITAL FRAMEVila Nova de Gaia227 870 [email protected]

ELECTROAUDIOS.Domingos de Rana214 531 [email protected]

EUROLOGISTIXAlmancil289 419 [email protected]

MAINVISION MEDIA SOLUTIONSLisboa939 117 [email protected]

RXFSintra210 189 [email protected]

SERVICE PACKLeça da Palmeira229 942 [email protected]

C AT E R I N G

B HOLDINGAbóboda214 658 [email protected]

CASA DO MARQUÊSLisboa214 118 [email protected]

CATERIAlcabideche214 608 [email protected]

COISAS DO VINHOColares219 282 [email protected]

COOKING LABLisboa911 559 [email protected]

COZINHA DIVINALourinhã917 898 [email protected]

ENCONTRUSCarregal do Sal232 960 [email protected]

MOJITO BAR CATERINGPaço de Arcos210 992 980 . 919 186 [email protected]

SILVA CARVALHO CATERINGSintra219 255 [email protected]

SOLINCA EVENTOS E CATERINGPorto707 502 [email protected]

TRÊS SÉCULOSVila Nova de Gaia223 742 [email protected]

DIRECTÓRIO

Page 87: Event Point 6

87

W W W . E V E N T P O I N T . C O M . P T

D I R E C T Ó R I O

TROPICAL CATERINGFunchal291 700 [email protected]

C O N V E N T I O N B U R E A U X / T U R I S M O S

ALGARVE CONVENTION BUREAUFaro289 800 403www.algarveconvention.com

ESTORIL & SINTRA CONVENTION BUREAUXEstoril214 668 [email protected]

PORTO CONVENTION BUREAUPorto223 326 [email protected]

TURISMO LEIRIA FÁTIMALeiria244 848 [email protected]

TURISMO DA MADEIRAMadeira291 211 [email protected]

TURISMO DA SERRA DA ESTRELACovilhã275 319 [email protected]

TURISMO DE LISBOA VISITORS & CONVENTION BUREAULisboa210 312 [email protected]

TURISMO DO ALENTEJOGrândola269 498 [email protected]

TURISMO DO CENTRO DE PORTUGALAveiro234 420 [email protected]

TURISMO DO DOUROVila Real259 323 [email protected]

TURISMO DO OESTEÓbidos262 955 [email protected]

D E S T I N AT I O N M A N A G E M E N T C O M PA N I E S

ABREUPorto222 043 [email protected]

AIMSLisboa213 245 [email protected]

CITUR TRAVELLinda-a-Velha217 712 [email protected]

DOC DMC SERVICESLisboa213 242 [email protected]

EVENTS BY TLCLisboa213 213 [email protected]

IMAGINE MORELisboa213 628 [email protected]

THE HOUSE OF EVENTSPorto228 348 [email protected]

TOP ATLÂNTICO DMCLisboa218 925 [email protected]

TURANGRAAngra do Heroísmo295 401 [email protected]

E S PA Ç O S M U LT I U S O S

AV E I R O

EUROPARQUESanta Maria da Feira256 370 [email protected]

B E J A

EXPOBEJABeja284 315 [email protected]

B R A G A

MULTIUSOS DE GUIMARÃESGuimarães253 520 [email protected]

PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE BRAGABraga253 208 [email protected]

C O I M B R A

CENTRO DE ARTES E ESPECTÁCULOS DA FIGUEIRA DA FOZFigueira da Foz233 407 [email protected]

FA R O

CENTRO DE CONGRESSOS DO ARADEPortimão282 410 [email protected]

PORTIMÃO ARENAPortimão282 410 [email protected]

L E I R I A

CENTRO CULTURAL E CONGRESSOS DAS CALDAS DAS RAINHACaldas da [email protected]

EXPOSALÃO BATALHABatalha244 769 [email protected]

L I S B O A

AUDITÓRIO DA FACULDADE DE MEDICINA DENTÁRIALisboa217 922 [email protected]

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE LISBOALisboa213 224 [email protected]

CAMPO PEQUENOLisboa217 998 [email protected]

CASINO ESTORILEstoril214 667 [email protected]

CENTRO CULTURAL DE BELÉMLisboa213 612 [email protected]

CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOALisboa213 601 [email protected]

CENTRO DE CONGRESSOS DO ESTORILEstoril214 647 [email protected]

COLISEU DE LISBOALisboa213 240 [email protected]

CONVENTO DO BEATOLisboa210 109 [email protected]

ESTÁDIO ALVALADE XXILisboa217 516 [email protected]

ESTÁDIO DA LUZ - BENFICA EVENTOSLisboa217 219 [email protected]

FIL - FEIRA INTERNACIONAL DE LISBOALisboa218 921 [email protected]

MUSEU DA CARRISLisboa213 613 [email protected]://museu.carris.pt

PAVILHÃO ATLÂNTICOLisboa218 918 [email protected]

PLAZA RIBEIRO TELLES - CENTRO DE EVENTOSVila Franca de Xira263 288 [email protected]

P O R T O

CAVES CALÉM - SOGEVINUS FINE WINESVila Nova de Gaia223 746 [email protected]://www.calem.pt

CENTRO DE CONGRESSOS E EXPOSIÇÕES DA ALFÂNDEGAPorto223 403 [email protected] página: 33

COLISEU DO PORTOPorto223 394 [email protected]

ESTÁDIO DO DRAGÃOPorto225 083 [email protected] página: 55

EXPONORMatosinhos229 981 [email protected]

Page 88: Event Point 6

88

FUNDAÇÃO DE SERRALVES CONGRESS CENTERPorto226 156 [email protected]

MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA VITÓRIAPorto223 401 [email protected]

S A N TA R É M

CNEMASantarém243 300 [email protected]

VALE D’ALGARESVila Chã de Ourique243 709 [email protected]

V I S E U

EXPOVISViseu232 422 [email protected]

A Ç O R E S

AÇOR ARENAVila Franca do Campo296 539 [email protected]

CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE ANGRA DO HEROÍSMOAngra do Heroísmo295 206 [email protected]

M A D E I R A

CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE PORTO SANTOPorto Santo291 980 600

MADEIRA TECNOPOLOFunchal291 720 [email protected]

E S T R U T U R A S E A L U G U E R D E M AT E R I A L

ALUGOCLIMAAldeia de Paio Pires212 549 [email protected](Ar-condicionado)Ver página: 13

ALUGU’AQUISintra219 108 [email protected](Mobiliário, louça)

EURODOMEFernão Ferro917 224 [email protected](Domes e outras estruturas)

EUROPALCOMem Martins219 605 [email protected](Palcos e outras estruturas)

EVENTPACKBraga253 283 [email protected](Estruturas, mobiliário, decoração)

EVIDÊNCIA DISPLAYLisboa214 603 [email protected](Stands)

GL EVENTSAlcochete212 317 [email protected](Mobiliário)

MODELSTANDBraga253 300 [email protected](Stands)

MULTIARCOLisboa218 483 [email protected](Ar-condicionado)

PEBÊ DESIGNTerrugem219 188 [email protected](Stands)

POP COMMUNICATION GROUPLisboa218 650 [email protected](Stands, sinalética)

PUBLIACÇÃOAlmargem do Bispo210 106 [email protected](Road-show)

SIRAMFunchal291 230 [email protected](Palcos e outras estruturas)

SPORMEXBraga253 673 [email protected](Stands)

F O R M A Ç Ã O

ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOSLisboa213 177 [email protected]

ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO DO ESTORILEstoril210 040 [email protected]

ETICLisboa213 942 [email protected]

ISLALisboa808 203 [email protected]

RESTARTLisboa213 609 [email protected]

F O T O G R A F I A E V Í D E O

CITY LABMarco de Canaveses255 539 [email protected]

FABRICE ZIEGLERLisboa218 877 [email protected]

MINIFOTOLisboa217 567 [email protected] página: 82

NV STUDIOPorto226 180 [email protected]

H O T É I S

AV E I R O

GRANDE HOTEL DA CURIAAnadia231 515 [email protected]

PALACE HOTEL BUSSACOLuso231 937 [email protected]

B E J A

BEJA PARQUE HOTELBeja284 310 [email protected]

B R A G A

AXIS OFIREsposende253 989 [email protected]

MELIÃ BRAGABraga253 144 [email protected]

B R A G A N Ç A

HOTEL SÃO LÁZAROBragança273 302 [email protected]

C A S T E L O B R A N C O

TRYP COLINA DO CASTELOCastelo Branco272 349 280tryp.colina.castelo@solmeliaportugal.comwww.trypcolinacastelo.com

TRYP CONFORT D. MARIACovilhã275 310 [email protected]

C O I M B R A

HOTEL QUINTA DAS LÁGRIMASCoimbra239 802 [email protected]

HOTEL VILA GALÉ COIMBRACoimbra239 240 [email protected]

É V O R A

HOTEL MAR DE ARÉvora266 740 [email protected]

FA R O

CROWNE PLAZA HOTELVilamoura289 381 [email protected]

CS SALGADOS GRANDE HOTELAlbufeira289 598 331groups.algarve@cshotelsandresorts.comwww.cshotelsandresorts.com

HOTEL FAROFaro289 830 [email protected]

LE MERIDIEN PENINA GOLF E RESORTPortimão282 420 [email protected]

MONTE DA QUINTAAlmancil289 000 [email protected]

SHERATON ALGARVE HOTEL & RESORTAlbufeira289 500 100pinecliffs.reservations@luxurycollection.comwww.sheratonalgarve.com

D I R E C T Ó R I O

Page 89: Event Point 6

89

W W W . E V E N T P O I N T . C O M . P T

TIVOLI MARINA DE VILAMOURAVilamoura289 303 [email protected]

G U A R D A

HOTEL LUSITÂNIA CONGRESS & SPAGuarda271 238 [email protected]

L E I R I A

MARRIOT PRAIA D’EL REY & BEACH RESORTÓbidos262 905 [email protected]

L I S B O A

ALTIS BELÉMLisboa210 400 [email protected]

CORINTHIA LISBOA HOTELLisboa217 236 [email protected]

FONTANA PARK HOTELLisboa210 410 [email protected]. fontanaparkhotel.comVer página: 85

HOTEL CASCAIS MIRAGEMCascais210 060 [email protected]

HOTEL DOM PEDRO LISBOALisboa213 896 [email protected]

HOTEL REAL VILLA ITÁLIACascais210 966 [email protected]

HOTEL VILLA RICALisboa210 043 [email protected]

LISBON MARRIOTT HOTELLisboa217 235 [email protected]/hotels/travel/lispt-lisbon-marriott-hotel/

PALÁCIO ESTORILEstoril214 648 [email protected]

PESTANA PALACELisboa21 361 56 [email protected]

RITZ FOUR SEASONS HOTEL LISBOALisboa213 811 [email protected]/lisbon

SHERATON LISBOALisboa213 120 [email protected]

VIP EXECUTIVE ART’SLisboa210 020 [email protected] página: 83

P O R T O

PORTO PALÁCIO CONGRESS HOTEL & SPAPorto226 086 [email protected]

POUSADA DO PORTOPorto225 311 [email protected]

SHERATON PORTO HOTEL & SPAPorto220 404 [email protected]

THE YEATMANVila Nova de Gaia220 133 [email protected]

TIARA PARK ATLANTICPorto226 072 [email protected]

S A N TA R É M

DOM GONÇALO HOTEL & SPAFátima249 539 [email protected]

V I A N A D O C A S T E L O

AXIS GOLF PONTE DE LIMAPonte de Lima258 900 [email protected]

FLÔR DE SALViana do Castelo258 800 [email protected]

V I L A R E A L

VIDAGO PALACE HOTELVidago276 990 [email protected]

V I S E U

AQUAPURA DOURO VALLEYLamego254 660 [email protected]

HOTEL MONTEBELOViseu232 420 [email protected]

MELIA CONFORT GRÃO VASCOViseu232 423 [email protected]

A Ç O R E S

HOTEL AVENIDAPonta Delgada296 209 [email protected]

HOTEL AÇORES ATLÂNTICOPonta Delgada296 302 [email protected]

HOTEL PRÍNCIPE DO MÓNACOPonta Delgada296 302 [email protected]

M A D E I R A

HOTEL SAVOYFunchal291 213 [email protected]

THE VINE HOTELFunchal291 009 [email protected]

L I M P E Z A

VADECAMatosinhos229 397 [email protected]

CLIMEXLisboa21 847 58 [email protected]

O R G A N I Z A D O R E S P R O F I S S I O N A I S D E C O N G R E S S O S

ACRÓPOLEPorto226 199 [email protected]

BLOOM UPLisboa217 611 [email protected]

CI - CONGRESSOS E INCENTIVOSSintra219 246 [email protected]

CPL EVENTSCascais214 003 [email protected]

FACTOR CHAVELinda-a-Velha214 307 [email protected]

LEADING - CONGRESS & ASSOCIATION MANAGEMENTLinda-a-Velha217 712 [email protected]

MTP - ORGANIZAÇÃO DE EVENTOSLisboa217 583 [email protected]

MUNDICONVENIUSLisboa213 155 [email protected]

SKYROSPorto226 165 [email protected]

O R G A N I Z A D O R E S D E E V E N T O S

3 EM LINHALisboa21 814 39 [email protected]

AA-COM.Lisboa211 929 [email protected]

ACTING OUTLisboa214 544 [email protected]

ADDSOLUTIONSLisboa218 444 [email protected]

ADEREÇO PRODUÇÕESPorto225 322 [email protected]

B +Estoril214 689 [email protected]

D I R E C T Ó R I O

Page 90: Event Point 6

90

BAIXA 62Cacém214 278 [email protected]

BEST EVENTSBraga253 204 [email protected]

CANTO MONIZLisboa213 430 [email protected]

DESAFIO GLOBAL ATIVISMLinda-a-Velha214 149 550pedro.rodrigues@desafioglobal.ativism.ptwww.desafioglobal.ativism.ptVer páginas: 2 e 3

GL EVENTSAlcochete212 317 [email protected]

INFORPRESSLisboa213 240 [email protected] página: 29

KRIAEVENTOSLisboa217 955 [email protected]

LAGOS PREMIUM EVENTSCarnaxide213 034 [email protected]

LINEUPLisboa213 303 [email protected]

MERCADO DA CULTURAOeiras214 410 [email protected]

NEW EVENTSLisboa213 303 [email protected]

PLUREVENTOCacém219 129 [email protected]

PRESTÍGIOLisboa213 839 [email protected]

REALIZARPorto225 074 [email protected]

SFORILisboa217 604 [email protected]

SIRAMFunchal291 230 [email protected]

STRESS LESSLisboa213 403 [email protected]

TAVOLANOSTRA EVENTOS GLOBAISArganil235 203 [email protected]

TEMPOS E VENTOSAveiro234 385 [email protected]

TOX’INN - PROMOÇÃO E EVENTOSLisboa217 923 [email protected]

UPPARTNER - COMUNICAÇÃO DE MARKETINGLisboa210 410 [email protected]

YOU ARE ONESesimbra289 410 [email protected]

P I R O T E C N I A

LUSO PIROTECNIAAlmada212 741 [email protected]

MACEDO’S PIROTECNIALixa255 483 [email protected]

S A Ú D E

CRUZ VERMELHA PORTUGUESALisboa213 913 [email protected]

FEMÉDICABelas211 975 [email protected]

HELPEDCorroios707 452 [email protected]

MED FIRSTPaço de Arcos216 002 [email protected]

S E G U R A N Ç A

2045Malveira219 663 [email protected]

GRUPO 8Lisboa218 432 [email protected]

JOSÉ PIMENTEL FURTADO917 726 [email protected]

PROSEGURLisboa218 362 [email protected]

S O F T WA R E D E G E S TÃ O D E E V E N T O S

EVENT SERVICESVila Nova de Gaia220 932 [email protected] página: 39

TZIRANDALisboa213 140 [email protected]

T R A N S P O R T E S

AIREVENTSMoreira da Maia229 415 [email protected]

AIR NIMBUSS. Domingos de Rana214 446 [email protected]

DOURO AZULPorto223 402 [email protected]

FIDALGUIALisboa219 566 [email protected]

FROTA AZULOlival Basto219 380 [email protected]

GRUPO BARRAQUEIROLisboa217 511 [email protected]

SPECIALBUSLisboa91 930 23 [email protected]

TRANSOLPortimão282 450 [email protected]

O U T R O S S E R V I Ç O S

BULL INSURANCELisboa218 522 [email protected] página: 27

EDIGMAAdaúfe707 309 [email protected]

ESTAÇÃO LIVRE COMUNICAÇÃOPorto226 053 [email protected]

FCO.São João da Madeira256 200 [email protected] página: 84

HELLO MOVEMENTLinda-A-Velha969 978 [email protected]

HOSPEDEIRAS DE PORTUGALPorto225 320 [email protected]

ID - INTÉRPRETES DIRECTOSLisboa961 372 [email protected]

MESSE FRANKFURTLisboa217 939 [email protected]

NORMA DESIGNPorto919 611 [email protected] contracapa

D I R E C T Ó R I O

Page 91: Event Point 6

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Page 92: Event Point 6

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