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ALFÂNDEGA COLECCIONA PRÉMIOS ACTIVAÇÃO DE MARCA ENTREVISTA A LUC PETIT KRIAEVENTOS COMEMORA 15 ANOS EVENTOS | CONGRESSOS | FEIRAS | INCENTIVOS | DESTINOS ANO V | NÚMERO 15 | TRIMESTRAL | ABRIL, MAIO E JUNHO DE 2015 | 5,00 € COOL SPONSORS

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ALFÂNDEGA COLECCIONA

PRÉMIOSACTIVAÇÃO DE MARCA

ENTREVISTA A LUC PETIT

KRIAEVENTOS COMEMORA 15 ANOS

E V E N T O S | C O N GR E S S O S | F E IR A S | IN C E N T I V O S | D E S T IN O SA N O V | N Ú M E R O 15 | T R I M E S T R A L | A B R I L , M A I O E J U N H O D E 2 015 | 5 , 0 0 €

C O O L S P O N S O R S

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PROPRIETÁRIO

Estação Livre . ComunicaçãoTel: 223 395 624

[email protected]

SEDE DA REDACÇÃORua da Fábrica Social, s/n 4000‑201 Porto . Portugal

DIRECTORRui Ochôa

[[email protected]]

EDITORA / DIRECTORA DE INFORMAÇÃO

Cláudia Coutinho de Sousa[[email protected]]

REDACÇÃOCláudia Coutinho de Sousa

Maria João Leite[[email protected]]

Sara Marques[[email protected]]

DIRECTOR COMERCIALFilipe Silva

[[email protected]]

ASSISTENTE COMERCIALMarta Telles

[[email protected]]

ASSISTENTE DE DIRECÇÃOCátia PaivaRita Costa

TRADUÇÕESDiana Reis Marques

COLABORAM NESTA EDIÇÃOAna FernandesMárcia FerreiraMiguel AraújoPaula Almeida

Pedro RodriguesPedro Santos Costa

Vasco Noronha―

DESIGNNorma Design

[[email protected]]

FOTOGRAFIA DA CAPACentro de Congressos da Alfândega do Porto

FOTOGRAFIAMinifoto

IMPRESSÃONorprint ‑ a casa do livro

Zona Industrial Alto da CruzRua das Artes Gráficas, nº 209

4780‑739 Santo Tirso

Nº REGISTO ERC126066

DEPÓSITO LEGAL330066/11

TIRAGEM3.500 exemplares

PERIODICIDADETrimestral

É estritamente proibida a reprodução parcial ouintegral de textos ou ilustrações da Event Point.As informações contidas nos anúncios são daexclusiva responsabilidade dos anunciantes.

Consequentemente, não podemos serresponsabilizados por qualquer informação

incorrecta que se possa verificar.

FICHA TÉCNICA EDITORIAL

CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA RUI OCHÔA

COMO SE CONSTRÓI UMA MARCA?E, sobretudo, que papel podem ter os eventos nesse processo de construção? A relação com os consumidores alterou‑se, tornando‑se muitas vezes num diálogo, intermediado pelas novas tecnologias, e as redes sociais em particular. Na esfera daquilo a que se chama com frequência live communication os eventos acabam por estar na origem de conteúdos que são depois disseminados por outros media, incluindo os tradicionais. O que parece sair inabalada é esta necessidade, de certa forma primordial, dos encontros face a face que, em vez de saírem derrotados, como alguns anunciaram, se fortalecem com a panóplia de ferramentas hoje à disposição. E é sobre tudo isto que pode ler no nosso dossiê temático.Damos‑lhe conta da primeira reunião do conselho consultivo da Event Point, um espaço de debate e de reflexão informal, que junta algumas das personalidades mais relevantes do sector, e de onde surgirão ideias, e acções possíveis, não só em prol do desenvolvimento desta indústria em Portugal, mas também da evolução deste nosso projecto editorial. O primeiro encontro aconteceu na penthouse do MEO Arena, e outros se lhe seguirão.O seu evento precisa de uma figura pública? Recorremos à experiência da Notable, uma agência especializada na gestão da imagem de personalidades que muitos de nós reconhecem, para encontrar as respostas possíveis.A grande entrevista é dedicada a Luc Petit, um reconhecido criador de espectáculos, de sonhos, se quisermos utilizar uma expressão recorrente, que trabalhou com outra figura relevantíssima, Franco Dragone, antigo director do Cirque du Soleil, antes de criar a sua própria produtora.“Porque tem uma cara morena, porque marca estes golos assim…”. Se reconheceu esta letra é provavelmente um fã dos relatos de João Ricardo Pateiro, da TSF. Escutamos este homem do futebol que, por causa dessa experiência, tem tido a oportunidade de trabalhar com empresas, usando por exemplo o storytelling em eventos internos.Joachim Hartl, director do Conrad Algarve, acredita na promoção do destino, primeiro, e só depois a do Hotel. Desafia‑nos a descobrir uma região que mesmo os portugueses tendem a associar ao sol, à praia e ao golfe, mas que é muito do que isso. O Conrad posiciona‑se como um hotel de luxo contemporâneo, e resulta de um investimento de 200 milhões de euros.De vila de pescadores a cidade líder mundial, venha connosco numa visita ao Dubai, que é o nosso destino internacional. E, por fim, não perca os vários artigos de opinião que pode encontrar ao longo deste número estival da Event Point.

Boa leitura, e até Setembro.

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ÍNDICE

8 Espaço APECATE 10 Conselho consultivo da Event Point reúne‑se pela primeira vez 12 Alerta às empresas de produção de eventos!, por Ana Fernandes14 Espaço IPAM – The Marketing School 16 A importância dos audiovisuais nos eventos, por Márcia Ferreira18 Espaço APOREP

19 FOCO: ALFÂNDEGA CONTINUA A COLECCIONAR PRÉMIOS 20 Notícias 22 Mercado23 Empresas 27 QSP Summit28 International & European Associations Congress 30 MITM 32 Prolight+Sound e Musikmesse 2015 36 As empresas fazem‑se de pessoas, por Pedro Santos Costa38 Em destaque: Notable40 O Pirata das Caraíbas, por Miguel Araújo

42 EM DESTAQUE: KRIAEVENTOS 44 Dossiê Marcas

48 GRANDE ENTREVISTA: LUC PETIT52 Events, do Portuguese do it better?, por Pedro Rodrigues

54 DOSSIÊ TEMÁTICO: ACTIVAÇÃO DE MARCA57 Consultório de protocolo 58 A importância de escolher uma agência de marketing integrado, por Paula Almeida e Vasco Noronha60 João Ricardo Pateiro: O futebol e a rádio conquistam as empresas 62 Hotelaria: Conrad Algarve64 Destino internacional: Dubai68 Directório

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ANA FERNANDES

Co‑Fundadora da Bridge, Events and Entertainment e Vice‑Presidente da Secção de Eventos da APECATE. Chegou à indústria dos eventos em 1994. Trabalhou na Realizar especializando‑se na área dos grandes eventos. Durante estes 20 anos teve oportunidade de produzir centenas de eventos em Portugal e um pouco por todo o mundo. Tem uma licenciatura em Economia e é Pós‑Graduada em Comunicação e Marketing Político. Mestranda em Economia e Gestão das Cidades.

MÁRCIA FERREIRA

Licenciada em Marketing, Mestre em Design de Eventos, trabalhou durante vários anos em organização e produção de Eventos. Actualmente dá formação de Produção técnica de Eventos, Marketing e Comunicação, ao mesmo tempo que assume a Direcção de Comunicação da Mainvision.

MIGUEL ARAÚJO

Casado, pai de dois filhos, é, actualmente, director de Patrocínios e Activação na Unicer, cargo que ocupa desde Janeiro de 2014. A carreira na Unicer é longa, de 2001 a 2008 foi gestor da marca Super Bock e entre 2009 e 2014 manager de Patrocínios e Activação. É praticante de atletismo e, enquanto adepto, tem como desporto favorito o ciclismo.

PAULA ALMEIDA

Licenciada em Gestão. Pós‑Graduação em Marketing Management, sendo que neste momento frequenta o DBA (Doutoramento em Gestão Empresarial Aplicada) no ISCTE. Tem 20 anos de experiência em Marketing e Gestão na Indústria Farmacêutica, em diversos campos terapêuticos da área hospitalar. Está desde 2011 na FactorChave.

COLABORADORES

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COLABORADORES

PEDRO RODRIGUES

Coordenador de eventos da Desafio Global ativism ‑ corporate events.

PEDRO SANTOS COSTA

Iniciou a carreira em 1989 como Assessor do Director Geral do Instituto Fontes Pereira de Melo. Nesse mesmo ano inicia o Curso Superior de Gestão Agrícola (ISMAG). É, desde 2003, sócio‑gerente da Prestígio.

VASCO NORONHA

Licenciado em Ciências Farmacêuticas, com Pós‑Graduação em Marketing. Conta com 20 anos de experiência em Marketing e Gestão na Indústria Farmacêutica em diversas áreas terapêuticas. Em 2001 criou a FactorChave

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ESPAÇO APECATE

NOVAS TENDÊNCIAS NOS EVENTOS DE ACTIVAÇÃO DE MARCAUma marca é uma representação simbólica de uma entidade, que permite

identificá‑la de um modo imediato. É um nome, termo, signo, símbolo ou design,

explícito ou combinado, com a função de identificar a promessa de benefícios,

associada a bens ou serviços, que aumenta o valor de um produto além do seu

propósito funcional, tendo uma vantagem diferencial sustentável.

O valor maior de uma empresa é a sua marca. Os seus produtos, fabricados ou produzidos, são finitos num tempo e num espaço, com ciclos de vida mais ou menos curtos e implacavelmente perecíveis pelos consumidores ou pelos circunstancialismos do mercado.Já a marca estabelece uma relação de confiança nos consumidores que pode atravessar gerações, cultivando um relacionamento entre a empresa e os consumidores que se pode e deve transformar num fenómeno constante e transversal no quotidiano de todos.Por isso, focarmos a nossa atenção na activação de marca, consideramos ser um investimento a longo prazo coadjuvante, numa permanente ascensão da própria marca.Actualmente, os consumidores já não acarinham as marcas que comunicam essencialmente above‑the‑line, através de plataformas pagas como televisão, revistas e anúncios em jornais.O boca‑a‑boca e as recomendações através de relações de confiança viram crescer a sua influência no processo de escolha, com um aumento da importância das avaliações e opiniões na web.No mundo empresarial, em permanente mudança, surgem novidades em todos os campos e, na comunicação, os conteúdos têm um papel cada vez mais relevante. A comunicação one‑to‑many, sem canal de retorno, deu lugar ao diálogo, onde as exigências pessoais dos consumidores se tornaram cada vez mais importantes na concepção desses conteúdos.

Com os consumidores cada vez mais a consultar e a confiar na opinião de outros consumidores, as marcas já não podem contemplar a sua ascensão sem colocar os desejos dos consumidores no topo da lista de prioridades.A aplicação de medidas below‑the‑line, de proximidade e de comunicação em rede, colocam os consumidores como participantes activos no processo de desenvolvimento de conteúdos das marcas, acarinhando‑os e estabelecendo relações emocionais, tornando‑os um aliado activo do negócio.Apostar nesta dimensão emocional e experiencial efectiva, que actue directamente nos consumidores, impregna uma sensação positiva intencional, apelando ao conforto e satisfação. A combinação de experiências de endomarketing e live marketing, assumindo os colaboradores de uma empresa como parte do universo de consumidores, exponencia a relação de proximidade e o potencial emocional.O envolvimento do colaborador, como agente intrínseco e transformador da construção de conteúdos, recria e testa a relação da marca com os consumidores, no seu todo. Através de um diálogo de melhoria contínua, o colaborador transforma‑se num embaixador da marca, comprometido no seu sucesso e desempenho. Para esta relação de envolvimento e proximidade, as marcas precisam considerar os eventos internos de activação de marca como parte de uma estratégia, como se de uma

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campanha de marketing se tratasse, alimentada por um plano de acções elencadas e integradas, ao invés de meras acções de objectivos isolados e circunstanciais, desprovidas de princípios de investimento, pesando mais como custos, cujo ROI é impossível aferir.

Os eventos internos devem ter um foco

cada vez mais exigente na apreciação

objectiva da sua causa‑efeito, onde o

desafio é colocado na eficaz leitura das

realidades e necessidades internas,

promovendo soluções com um

planeamento adequado de recursos e

tempo, extremamente orientadas para

o output desejado e para a avaliação

sumativa e retorno do seu impacto.

Independentemente do universo de consumidores que abordemos, seja ele interno ou externo, os eventos de activação de marca que procuram impactar de forma relevante centram‑se hoje, essencialmente, em acções de live marketing que estimulam vivências e experiências num determinado tempo e espaço, com um envolvimento real e emocionalmente forte entre marcas e pessoas. Quando um cliente nos contrata para um evento de activação de marca, inicia‑se o processo com uma abordagem de estudo de impacto humano. Ou seja, o evento não deve existir, per sí, nascendo e terminando nele mesmo, mas deverá ser pensado para começar a surtir efeitos antes de começar efectivamente e permanecer na memória como experiência positiva e geradora de acções favoráveis à empresa e sua marca, muito além do seu fim. Um evento é, assim, um arranque de uma nova etapa que aproximará e motivará mais os colaboradores da empresa e todos os clientes, ou potenciais clientes, como um todo.A marca toma uma dimensão humana, existindo e replicando‑se nas pessoas, já que são exactamente as pessoas que, acima de tudo, sustentam o conceito de marca.

LUÍS DE OLIVEIRA PARRO | MANAGING PARTNER | INCENSYA ‑ HUMAN IMPACT SOLUTIONS, LDA. | EMPRESA ASSOCIADA DA APECATE

A aposta deve e tem de ser sempre

vocacionada para as pessoas,

todas, dentro e fora da empresa, nos

mercados já existentes e nos potenciais,

embebendo o público com as imagens,

sensações, conceitos e valores

associados a uma determinada marca.

Luís de Oliveira Parro

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CONSELHO CONSULTIVO EVENT POINT

CONSELHO CONSULTIVO DA EVENT POINT REÚNE‑SE PELA PRIMEIRA VEZPenthouse do MEO Arena, em Lisboa. 13 de Março. A primeira reunião do Conselho Consultivo da Event Point foi um encontro informal, num espaço invulgar, e serviu para ouvir as mais diversas opiniões sobre o sector e sobre o futuro da publicação. Neste primeiro encontro participaram Isabel Amaral, APOREP, Alexandra Torégão, Centro de Congressos de Lisboa, Pedro Rodrigues, Desafio Global Ativism, João Paulo Oliveira, Leading, Pedro Caldas, Sonae MC, Pedro Rocha dos Santos, Ovation/MCI, Jorge Vinha da Silva, MEO Arena, e Pedro Magalhães, Europalco. A intenção da Event Point, para próximas reuniões, é dirigir convites a outros conselheiros, alargando o leque de vozes do sector aqui representadas.

Sendo consensual que a meetings industry, englobando eventos corporativos, congressos, feiras e incentivos, tem um impacto considerável na economia local, regional e nacional, gerando “muitas receitas” e inúmeros postos de trabalho, continua a ter dificuldade em afirmar‑se, nomeadamente junto do poder político. Isto resultará, entre outros, dos factos de se valorizar mais a perspectiva do incoming, e menos o mercado interno, e de não haver uma avaliação regular e independente do sector, continuando a ser uma indústria que “navega de dedo no ar”. A necessidade da realização de estudos de impacto dos eventos na economia afigura‑se essencial para os conselheiros. Com a reconhecida dificuldade em mobilizar os portugueses para movimentos associativos, os conselheiros sugeriram a formação de uma aliança estratégica, representativa da cadeia de valor da indústria dos eventos, que possa actuar junto dos vários poderes, nomeadamente do político.Reconheceu‑se que os eventos corporate e os congressos têm mais afinidades entre eles do que diferenças, partilhando a necessidade de rigor na avaliação do trabalho feito. No caso das marcas, o retorno dos investimentos feitos em eventos ou não é medido ou é‑o de modo insuficiente. “Às vezes, quem decide percebe muito pouco do assunto”, afirmou‑se.Bastante clara ficou a necessidade de vender o destino Portugal de forma integrada. E o reconhecimento de que continuamos a perder eventos pela manifesta falta de união entre as empresas do sector, e até pelo medo de partilhar informação. Perante os meios, sempre limitados, dos convention bureaux, “que nunca conseguem dar todas as respostas”, equacionou‑se o interesse da criação de um convention nacional, responsável pela tal promoção “integrada” de Portugal.

Dada a circunstância de ser preciso envolver diversas entidades, quando se organizam determinados eventos, defendeu‑se a constituição de uma task force local que junte representantes da polícia, lojistas, transportes, etc., pronta para actuar sempre que isso se justifique. Esta task force seria importante logo na fase de candidatura, mas também durante a preparação e a realização dos eventos.Finalmente, os conselheiros manifestaram o interesse e a importância de ouvir o sector, todo ele, sobre se faz realmente falta um novo centro de congressos em Lisboa.

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ALERTA ÀS EMPRESAS DE PRODUÇÃO DE EVENTOS!Trabalho há mais de 20 anos no sector dos eventos e sempre lidei com os meus

pares numa simpatia confortável. O sector sempre foi visto como fortemente

concorrencial e, como tal, sempre foi difícil a união das várias empresas na

persecução de objectivos comuns.

O “orgulhosamente sós” tem sido uma realidade num sector que é entendido como de fácil entrada e saída, pois para o senso comum “qualquer um pode produzir um evento”, basta ter uma boa agenda de contactos e algumas ideias. O facto de ser uma actividade sem regulamentação específica, regendo‑se pela prestação genérica de serviços facilita esta percepção errada.

A realidade é completamente diferente. Este é efectivamente um sector com forte concorrência, porém com exigência de rigor muito elevado, onde a planificação e a antecipação de problemas são chave do sucesso, onde as empresas se diferenciam pela criatividade, experiência, engenharia logística,... e claro pelo controle rigoroso de custos, potenciando que os projectos sejam

ANA FERNANDES | PARTNER | BRIDGE EVENTS AND ENTERTAINMENT

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OPINIÃO

economicamente sustentáveis, especialmente em períodos de crise.Estudando as principais empresas do mercado percebe‑se que, apesar de concorrentes, as empresas conseguem diversificar e diferenciar os seus produtos e serviços, podendo por isso subsistir e trabalhar em paralelo. Assistimos também a uma diversificação do sector, com o surgimento sistemático de novas empresas, e, entre estas, poderemos mesmo falar de uma 3ª geração de empresas de eventos.

Empresas com uma acção mais

abrangente do que a sua própria

realidade e os seus clientes,

interessadas em ser económica,

social e ecologicamente relevantes,

que têm com os seus clientes

relações de transparência e

confiança, com preocupações

ambientais e de património como

prioridades, imensamente criativas e

tecnologicamente avançadas, permitindo

que os eventos coexistam em “espaços”

simultâneos, físicos e virtuais.

É neste novo contexto, e num enquadramento europeu que defende a desregulação da economia, reflectida na Directiva Europeia para os Serviços, que na minha opinião faz cada vez mais sentido a implementação de um sistema de registo das empresas de eventos.Pode parecer que estamos em contraciclo, mas não. Também não estamos a falar de uma medida proteccionista, bem pelo contrário. Falamos de um registo que visa caracterizar o sector, conhecê‑lo profundamente, para além do simples CAE de actividade. Quem são as empresas? Que serviços prestam? Qual o seu contributo para o emprego ou para a economia? Um Registo que seja uma primeira

fonte de informação para clientes nacionais e internacionais.Na minha opinião, deverão ter acesso pessoas individuais ou colectivas. E o valor do registo ou a burocracia associada não deverão ser impeditivos ou limitadores do acesso à actividade. Deverá ser abrangente, incluindo as várias tipologias de eventos, incluídas numa definição genérica tal como: conjunto de actividades que conferem um acontecimento, organizado, num determinado momento, sob um tema e que podem ser classificados, pelo seu objectivo e âmbito, público‑alvo e abrangência. Desta forma, o âmbito do evento pode ser público, institucional ou promocional e ter como objectivo a realização de apresentações, divulgação, activação e promoção de produtos e marcas, demonstrações, comemorações, formação e reforço do espírito de equipa, desenvolvimento pessoal, profissional e empresarial, entretenimento e confraternização.Já no que toca às tipologias, a variedade é grande: feiras, exposições, convenções, congressos, workshops, roadshows, lançamentos, activação e promoção de produtos e marcas, eventos de relações públicas, sociais, desportivos, turísticos e de lazer, entre muitos outros.Mas, acima de tudo, este registo deverá estabelecer um conjunto de obrigações e garantias que proteja o cliente e/ou o consumidor final e que estabeleça patamares mínimos para a prestação deste serviço específico. Informação precisa, seguros, contabilidade organizada, relações sérias e transparentes com fornecedores, parceiros e clientes, segurança, preocupações com o meio ambiente e com o património, são exigências mínimas para o sector, mas a discussão pode ser mais abrangente.O simples registo não oferece qualquer garantia de qualidade. Não é sequer a sua função! Nem permite diferenciar as empresas, apenas as poderá distinguir quanto ao serviço prestado ou à sua abrangência territorial. Mas é um importante instrumento para delimitar o âmbito do sector, permitindo o seu ordenamento.Esta proposta, do Registo Nacional de Empresas de Eventos está a ser lançada pela APECATE – Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos, mas deverá envolver outras entidades transversais ao sector antes da proposta de regulamentação a ser entregue ao Ministério da Economia. Mais, esta proposta deverá envolver as próprias empresas. Considero este o momento para as empresas de produção de eventos, finalmente, se juntarem e participarem activamente nesta importante alteração a operar no sector.

O debate está lançado!

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ESPAÇO IPAM

A ERA DO EVENT PLACEMENTA publicidade e a comunicação orientada para o grande consumo de uma forma

geral têm sofrido enormes mudanças. São fruto, entre outros factores, da introdução

de novas ferramentas no mix de comunicação, do crescente poder dos públicos das

marcas e do desenvolvimento do mundo digital. A área dos eventos ligados à esfera

do marketing não é excepção, sendo o event placement um fenómeno a analisar

enquadrado no contexto da comunicação integrada.

AS NOVAS FERRAMENTAS ‑ DA PUBLICIDADE À COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING

Até meados dos anos 90 do séc. XX, a publicidade era a técnica por excelência da comunicação de marketing, juntamente com as promoções, marketing directo, força de vendas e relações públicas. Hoje, o mix de comunicação introduz e autonomiza o marketing digital em todas as suas vertentes, o marketing de guerrilha, o buzz marketing, o content marketing, o event marketing, o branded entertainment e product placement… apenas para mencionar algumas das variáveis mais recentes.

O NOVO PODER DOS PÚBLICOS

O monólogo B2C (Business to Consumer), unidireccional, com o poder centrado no emissor, está com os dias contados. Crescem as acções C2C (Consumer to Consumer), numa comunicação multidireccional, em que o poder se centra no receptor, que dita os usos que faz das marcas, premeia e castiga as que se destacam e que influencia o seu próximo quanto às suas perspectivas.É também a era do B2I (Business to Individual), trazendo o diálogo entre marca e indivíduo, já não encarado como mera parte de um segmento. O mundo digital e a sua capacidade de individualização das acções de marketing são a via para esta nova filosofia baseada na relação.

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WWW.IPAM.PT

UM MUNDO DIGITAL, VERDADEIRAMENTE

Individualizado e, contudo, grupal, móvel, multiplataforma, convergente… este é o mundo tecnológico e digital de hoje. Todos separados, mas todos ligados, em constante comunicação. As televisões passam a ser interactivas, os computadores tornam‑se super‑máquinas de trabalho, os smartphones, tablets, phablets andam nas mãos de toda a gente, dos 3 aos 80 anos (senão mais). Tudo Sync (sincronizado)! A cloud potencia a participação das massas em recolha de fundos, em acções de criatividade, em estudos de mercado, em acções das marcas de mobilization, em eventos online, em eventos offline. O comando televisivo e o rato, a par da velocidade e do poder do dedo (do digital), comandam a nossa visão do mundo. Puxando atrás ou à frente, saltando de janela em janela.As consequências? Evita‑se a publicidade, buscando apenas o conteúdo que interessa; marcas que transferem investimento para a colocação de produto em programação, em filmes, telenovelas, videoclips… e até mesmo noticiários.

UM ADMIRÁVEL MUNDO NOVO TAMBÉM NA ÁREA DOS EVENTOS – O EVENT PLACEMENT

No digital, e em especial redes sociais, os eventos, espontâneos ou criados pelas marcas, têm‑se tornado uma alternativa. Já na televisão, à medida que assistimos à perda de protagonismo da publicidade, vemos eventos ‑ à semelhança dos produtos ‑ transferirem‑se para os conteúdos de entretenimento e informação.As séries americanas e a produção brasileira já nos habituaram a isso. Veja‑se o “event placement” do Carnaval carioca ou do Rock in Rio nas novelas, incentivando à adesão, divulgando‑os, fazendo‑os viver num episódio. Também em Portugal, com maior ou menor criatividade, qualidade ou bom gosto se tem vindo a recorrer a esta técnica.

BONS E MAUS EXEMPLOS DE EVENT PLACEMENT ‑ ADEQUAÇÃO AO CONTEÚDO “HOSPEDEIRO”

Vimos em 2014, aquando do lançamento de uma conhecida marca de telecomunicações, algo a que poderíamos chamar de blended placement. Incluiu um evento ao vivo em Lisboa (event marketing), acção nas redes sociais (social media marketing), separador publicitário “branded” com os “cabeça de cartaz” do evento (patrocínio). A partir de Lisboa, o evento chegou também às grandes audiências TV com recurso ao event placement,

integrando o evento real no conteúdo de duas novelas distintas, referindo‑o pré, durante e pós‑evento e numa espécie de “noticiário” intermédio onde as personagens das duas novelas se cruzam e interagem no local do evento real.Mais recentemente, numa telenovela quase integralmente patrocinada por uma marca de sumos, assistimos a um evento de lançamento de uma nova variedade do produto da marca, em tudo semelhante a um evento ao vivo. Tradicionalmente divulgado num circuito de públicos profissionais (retalho e media), o evento chega desta forma à audiência alargada de uma novela.Sem ajuizar quanto ao bom ou mau gosto de ambos os exemplos, podemos avançar que em Portugal ainda não se faz bem o placement: integração forçada, conteúdos pouco “naturalizados”, excesso de referência… mas, ao evoluir e melhorar, seguramente que o event placement, seja ele empresarial, da esfera do turismo ou de marcas de consumo, tudo tem a ganhar numa era em que a publicidade tradicional já não é o que era. Talvez um prémio anual de placement em conteúdo viesse ajudar. Fica a dica!

Paula Cruz | Docente | Ipam

PAULA CRUZ | DOCENTE | IPAM

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A IMPORTÂNCIA DOS AUDIOVISUAIS NOS EVENTOSO impressionante crescimento da área dos eventos explica‑se pelos benefícios que

estes geram para as marcas, revelando‑se como uma ferramenta de comunicação

cada vez mais utilizada pela sua eficácia.

MÁRCIA FERREIRA | DIRECTORA DE COMUNICAÇÃO | MAINVISION

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OPINIÃO

Paralelamente a isto, o sector tem‑se profissionalizado. Ainda longe de uma situação ideal, mas começam a sentir‑se esforços nesse sentido. E são necessários. Em primeiro lugar pela abrangência e complexidade da actividade. Em segundo lugar porque os participantes dos eventos, o público‑alvo, se tornaram cada vez mais exigentes e informados. Em terceiro lugar, e não menos importante, pela crescente opção por parte das marcas por esta ferramenta de comunicação. E torna‑se evidente que, ao optarem por esta forma de comunicar, as marcas querem e esperam garantir o ROI (Return on Investment).Desta forma, parece‑me absurdo uma marca fazer um evento que não crie impacto. É atirar dinheiro à rua. É queimar budget de comunicação indevidamente. É perder uma oportunidade, quando só há uma. É não cumprir objectivos.

Um evento, seja qual for a sua

tipologia, tem sempre como objectivo

último a transmissão de uma

determinada mensagem. Quer seja um

concerto, um evento corporativo, uma

conferência de imprensa, uma reunião

de objectivos, um evento para público

externo ou um evento interno.

Em qualquer um destes formatos há sempre uma ideia ou uma mensagem a transmitir. Quer‑se, portanto, que essa mensagem seja transmitida da forma mais eficiente e que crie impacto junto do público. Só assim o público ficará com o evento e a sua mensagem retidos na memória.

Para criar impacto num evento e

oferecer uma experiência memorável

concorrem vários factores, mas estou

segura de que os audiovisuais são o

elemento que mais peso tem para o

cumprimento deste objectivo.

Quer seja por meio da criação de ambientes, do cenário de palco, do design da iluminação, da acústica, ou de uma simples projecção de uma apresentação, os audiovisuais podem e devem promover e enfatizar a comunicação num evento.O conteúdo é importante, mas a cenografia audiovisual pode dar‑lhe ainda mais importância, por vezes só em pequenos detalhes.Porquê? Porque a componente audiovisual estimula os sentidos do público‑alvo, aumentando o interesse no assunto e a sua atenção, facilita a comunicação, promovendo a retenção na memória.

O sucesso de um evento depende

em grande escala do impacto e

da interiorização por parte do

seu público da mensagem a ser

transmitida, e o recurso à área

audiovisual para a concretização

deste objectivo é fundamental.

PORQUE UMA IMAGEM {COM IMPACTO} VALE MAIS DO QUE MIL PALAVRAS.

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ESPAÇO APOREP | WWW.APOREP.COM

JÁ TEVE DE ORGANIZAR ALGUMA REUNIÃO INTERNACIONAL E SENTIU DIFICULDADES?Os convidados para aquele almoço ficaram a olhar para si sem saberem onde se

devem sentar? Como se prepara uma cerimónia numa universidade, numa empresa

ou num organismo público sem conhecimentos de protocolo?

A comunicação interna e externa das organizações reflecte‑se no modo como estas se relacionam com os seus públicos num mundo cada vez mais global. Muitas empresas consideram essencial que a sua imagem (e a dos seus produtos) esteja ligada ao rigor, à eficácia e ao respeito pelos outros. Por isso recorrem a profissionais preparados para os ajudar a transmitir estas mensagens. Os organizadores de grandes eventos não prescindem de consultores de protocolo entre os especialistas das diversas áreas que fazem parte das suas equipas.O protocolo é mais útil do que se pode pensar numa primeira abordagem, estando presente nas relações empresariais, sociais, políticas e institucionais, sendo uma ferramenta fundamental para todos aqueles que necessitam de organizar reuniões e eventos formais. Não são só as famosas bandeiras – colocadas “de pernas para o ar”, com a ordem trocada, de contrafacção (como a bandeira que foi colocada numa cerimónia do Parlamento Europeu e que em vez dos castelos tinha uns pagodes chineses...) ou a arrastar pelo chão – que fazem parte das múltiplas tarefas do protocolo.Visando o bom desenrolar de um evento, quem tem formação nesta área deverá ser capaz de compreender as subtilezas do protocolo multicultural e executar diversas tarefas, diferenciando os tipos de eventos e os instrumentos de protocolo a utilizar em cada um. Da mesma forma que é necessário esquematizar a colocação das

bandeiras conforme sejam colocadas no exterior ou interior do edifício, é igualmente necessário ordenar a lista de intervenientes na assinatura de um documento e fazer um planeamento de lugares (plano de assentamento ou seating) para todos os convidados. Não se convidam pessoas para depois as deixar “abandonadas à sua própria sorte”…A nível individual, os conhecimentos de protocolo permitem desenvolver o relacionamento profissional e social. Sendo o protocolo uma ferramenta que facilita as relações entre as pessoas e entre estas e as organizações, o seu conhecimento e aplicação reveste‑se de importância para todos aqueles que necessitem de dominar soft skills no seu dia a dia. A APorEP – Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo tem por objectivo juntar pessoas que se interessem pelo assuntos relacionados com este tema, quer sejam particulares, profissionais ou estudiosos, para que possam melhorar os seus conhecimentos e beneficiar da troca de experiências.

Faça parte desta associação

inscrevendo‑se em www.aporep.com

Juntos seremos melhores!

Isabel Névoa, APorEP

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FOCO

ALFÂNDEGA CONTINUA A COLECCIONAR PRÉMIOSO mais recente é o de “Best Meetings and Conference Centre – Europe”, atribuído pela revista Business Destinations, uma publicação trimestral, editada em parceria pela American Express e pela Association of Corporate Travel Executives. Além deste galardão, ganho pela segunda vez consecutiva, o Centro de Congressos da Alfândega (CCA) venceu este ano um outro prémio internacional de mérito inquestionável, o de Best National Supplier da IAPCO ‑ International Association of Professional Congress Organisers. Eis o mote para uma conversa com Gouveia Santos, director executivo do CCA.

O que significa este prémio da Business Destinations para a Alfândega?Significa que o CCA tem o justo reconhecimento internacional, não só da qualidade dos serviços que presta aos seus clientes bem como da excelência das instalações de que usufrui numa cidade bonita, segura, acolhedora e com infra‑estruturas capazes de responder às necessidades.

Quais as vantagens de obter um reconhecimento destes?Prendem‑se com o aumento da notoriedade do CCA e com a forte e importante afirmação junto dos potenciais clientes de um centro de congressos português, no Porto, numa nota de modernidade, tradição e cultura no maior edifício da cidade. Um edifício que é propriedade do Estado, gerido por uma associação privada, que vive do seu trabalho, que não tem subsídios, que preserva e recupera o edifício sob a responsabilidade técnica do Arq. Souto Moura, e que acredita que poderá continuar a contribuir para a projecção internacional do Porto.

Os clientes valorizam o facto de trabalharem com uma entidade premiada?Os nossos clientes são essenciais e têm um contributo decisivo para a obtenção dos prémios. Por um lado são eles os responsáveis pela sustentabilidade financeira da associação, são eles o desafio diário da nossa preocupação de melhoria, de resposta às suas necessidades e observações justas. Tudo isto na órbita dos princípios e responsabilidades que decorrem da certificação de qualidade atribuída ao CCA. Temos da parte de todos uma nota de agrado, porque os nossos clientes reconhecem o empenho, a determinação de todos os colaboradores, sob orientação do presidente e do seu conselho de administração, na prossecução dos objetivos inerentes a cada evento.

Sentem uma responsabilidade acrescida, em virtude deste e de outros prémios?A nossa responsabilidade aumenta face às expectativas geradas com os mais diversos prémios, todos eles de grande relevância para nós. Constituem acima de tudo um reforço da nossa motivação e um orgulho enorme pelo reconhecimento do trabalho que é feito dia a dia com muito entusiasmo e determinação.

O que é podem apresentar de novo aos vossos clientes, para os continuar a surpreender?Os nossos clientes conhecem‑nos, e em muitos casos já há alguns anos. Sabem que antes de mais a nossa preocupação é respondermos de forma assertiva às suas necessidades. Sabemos que terá de ser com humildade, trabalho, dedicação e proactividade que continuaremos a garantir os nossos objectivos, que assentam na satisfação daqueles que nos escolhem.

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MIGUEL MONTES, DIRECTOR DO CDT, COM ASTRID ZAND, JULIANE GAEBLER, E DAVID RUETZ DA ITB BERLIN

EXPOSIÇÃO DE LIVROS E REVISTAS DE TURISMO NA ITB BERLINA Messe Berlin recebeu, de 4 a 8 de Março, mais uma edição da ITB Berlin, uma das mais importantes feira de turismo do mundo. O certame contou com cerca de dez mil expositores, de 186 países, 115 mil visitantes, 5180 jornalistas acreditados e um volume de negócios estimado de 6.700 milhões de euros. Foi com este enquadramento que se realizou a 14ª Exposição de Livros e Revistas de Viagens e Turismo, organizada pelo Centro de Documentação Turística (CDT). Ali foi possível tomar contacto com uma selecção de publicações destes sectores, espanholas, portuguesas (incluindo a Event Point) e americanas, bem como livros de turismo, gastronomia e património. Este evento foi patrocinado pela Messe Berlin e contou com a colaboração do Grupo Marva e o Hotel St. Michael‑Heim de Berlim. A próxima edição da ITB vai realizar‑se de 9 a 13 de Março de 2016.

Mais informação:Centro de Documentación TurísticaAvda. de los Toreros, 14. 28028 Madrid.+34 606 273 [email protected]

PALÁCIO DO BOLHÃONOVO VENUE NO PORTO

É um edifício recentemente recuperado, monumento nacional, e a actual sede de uma companhia profissional de teatro (Academia Contemporânea do Espectáculo/ Teatro do Bolhão) e de uma escola de teatro. Disponíveis para eventos, o espaço dispõe de um Salão Nobre, com capacidade para cerca de 120 pessoas sentadas, a Sala de Fumo, a Sala D. Maria II e um auditório com plateia de 140 lugares. Assume‑se assim como um espaço a ter em conta no centro do Porto.

Este palácio foi mandado construir em 1844 por António de Sousa Guimarães, o 1º Conde do Bolhão, tendo albergado por duas vezes a Família Real Portuguesa. As opulentas festas que organizava no palácio eram um momento alto na vida social da cidade. Arruinado, o Conde entregou o palácio ao

Visconde de Fragozelas. Mais tarde, torna‑se proprietário o editor Emílio Biel, que aí instala a Casa Biel. Em Setembro de 1915 morre o editor, e o palácio é entregue a Rui Oliveira, que cria a Litografia do Bolhão. Em Novembro de 2001 o edifício é comprado pela Câmara Municipal do Porto.

© JOSÉ ANTÓNIO SALCEDO

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PORTO SOBE NO RANKING DA ICCAO Porto foi o destino português estrela no ranking 2014 da ICCA, já que registou uma subida de três posições, da 46ª posição para a 43ª, tendo recebido um total de 57 reuniões em 2014. O Porto cresce no ranking desde 2010. Já Lisboa, o Estoril e Portugal desceram. Lisboa saiu do top 10 (9º lugar) para a 12ª posição (109 reuniões) e o Estoril desceu 73 posições, para o lugar 190. Em termos gerais, Portugal caiu de 13º destino mundial para 15º, com um total de 229 reuniões.

PALÁCIO DO CORREIO MOR COM A IMPPACTOA Imppacto – Catering e Eventos garante o exclusivo de um novo espaço, o Palácio do Correio Mor, em Loures. Este edifício do século XVIII, propriedade do Grupo Fibeira, está classificado como imóvel de interesse público, sendo um admirável exemplar da arquitectura e da arte portuguesas, destacando‑se os azulejos Viúva Lamego e da antiga fábrica do Rato, e a riqueza dos tectos ornamentados de escola italiana.

Em comunicado da Associação de Turismo do Porto (ATP) pode ler‑se, “Estes indicadores vêm demonstrar que a estratégia e o trabalho que têm vindo a ser desenvolvidos pela ATP em estreita parceria com as empresas privadas do sector estão a alcançar resultados muito positivos”, afirma Rui Moreira , presidente da ATP e da Câmara Municipal do Porto. O responsável traça já os objectivos para o futuro e que passam por “superar novamente, no próximo ano, esta subida do Porto no ranking mundial da ICCA”. “Para alcançar este resultado estamos a contar com o contributo,

a curto/médio prazo, da criação de novas infra‑estruturas na cidade, entre as quais o novo centro de congressos no Pavilhão Rosa Mota, além da captação de novas ligações aéreas directas para o Porto”, sublinha.Em termos do ranking das cidades, Paris continua a liderar, seguido de Viena e de Madrid. Do ponto de vista dos países, os Estados Unidos destacam‑se largamente. Alemanha e Espanha completam o top 3.Este ranking inclui reuniões realizadas numa base regular, com mais de 50 delegados e com uma rotação por, pelo menos, três países.

O Palácio vem enriquecer o leque de venues da Imppacto, juntando‑se ao Paço Real de Belas, no que a edifícios históricos diz respeito.Aqui é possível realizar eventos corporate e particulares, “num espaço cuidado e repleto de história, com imponentes jardins, o que tornará cada evento num único e enorme sucesso”, garante João Pinto, director comercial da empresa.A propriedade onde se integra o Palácio tem 150 ha, estacionamento

para 300 viaturas, segurança, bons acessos à radial de Odivelas, A8 e A9, e aos principais eixos de Lisboa, ficando a apenas 15 minutos do centro da capital e do aeroporto da Portela.É ainda possível fazer uma visita acompanhada por um historiador credenciado, durante os eventos, que contará aos participantes muitas das peripécias na longa vida deste Palácio.Para mais informações visite www.imppacto.com.

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MERCADO

PORTUGAL HÁ MUITO NA "MIRA" DA MCIA Ovation abriu há apenas alguns meses em Portugal, mas o país sempre esteve

no horizonte do Grupo MCI (onde se integra a Ovation). “Houve várias tentativas no

passado por parte da MCI de abrir escritórios em Portugal”, mas nunca se concretizara,

explica Pedro Rocha dos Santos, um dos rostos da Ovation no nosso país.

Estando o sector do turismo em desenvolvimento em Portugal, a MCI decidiu que esta era a altura de abrir a área de negócio de DMC. E como vai operar a empresa? Numa primeira fase, refere Rocha dos Santos, vão colaborar com os restantes escritórios da MCI e fazer o trabalho de acolhimento de grupos e de organização da oferta. “No fundo, não vai haver uma preocupação de desenvolvermos uma política a nível internacional activa, vai haver uma preocupação numa primeira fase de organizarmos a oferta em Portugal de acordo com aquilo que são as necessidades dos grupos que já existem em outros escritórios da MCI e que pretendem vir para Portugal. Basicamente temos o trabalho bastante facilitado na parte comercial”, diz o responsável. A

alteração de estratégia virá quando houver necessidade.Nestes primeiros meses de trabalho, e antecipando o resto de 2015, Pedro Rocha dos Santos detalha que estão a gerir uma “série de grupos” até ao final do ano e a trabalhar em projectos de congressos associativos para os próximos anos. E o que pode a Ovation introduzir no mercado português? Desde logo, diz, a enorme experiência, “é uma empresa habituada a trabalhar com grupos internacionais, com outro tipo de exigências”. O tipo de serviços existentes dentro do grupo pode ser uma mais‑valia para os clientes internacionais, conclui. A Ovation apresentou‑se ao trade com um evento na Champanharia do Cais, em Lisboa, no passado mês de Março.

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EMPRESAS

FUTURDATA“NÃO COMPRE, ALUGUE”Precisa de 10 iPads ou portáteis para o seu evento? E se forem necessários 100, 200 ou 300 de cada? Pode sempre contactar a Futurdata, especialista no aluguer de equipamentos tecnológicos com mais de uma década de experiência.

“Nos eventos, como em muitos momentos das nossas vidas, dependemos cada vez mais do acesso imediato, constante, à informação”, garante Eduardo Gonçalves, o responsável pela empresa. E é justamente isso que lhe permite fazer a Futurdata, alugando os equipamentos e prestando assistência técnica em todo o território nacional, continente e ilhas.Além destes equipamentos, a empresa pode fornecer algumas soluções de software para gerir, por exemplo, o check‑in dos participantes ou realizar inquéritos.

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EMPRESAS

TAPADA CREWSOB O OLHAR ATENTO DO MOCHOQuando começaram, em 1986, eram apenas um grupo de miúdos do bairro da Tapada do Mocho, em Oeiras. Encarregavam‑se da montagem e da desmontagem das estruturas de luz e de som, e mais tarde dos palcos, dos primeiros grandes concertos de bandas e de artistas estrangeiros em Portugal, com nomes como The Clash, Iron Maiden ou Motorhead. “O nosso principal cliente era a Tournée, de Ricardo Casimiro”, recorda Pedro Vasconcelos, actual CEO da empresa, e o mais velho do grupo inicial. “No bairro, 80 a 90% das pessoas tinham vindo de Angola ou de Moçambique, e talvez por isso havia um espírito de união muito forte. Éramos novos, e queríamos ser os melhores do mundo!”, garante Vasconcelos.

OS ESTÁDIOS DÃO MÚSICA

Em 1989, novo marco na história do país, The Cure em Alvalade inauguram por cá os grandes concertos em estádios. E a Tapada Crew estava lá, claro. “Tínhamos a vantagem de sermos todos estudantes, falarmos inglês, algo que era raro na época. E depois a enorme competitividade dentro da equipa, em que cada um procurava melhorar sempre, ser mais rápido, saber mais”.Basta um olhar para as fotos desse período para se perceber que

as preocupações com a segurança, por exemplo, não existiam. Quem montava todas aquelas estruturas, algumas delas com uma altura considerável, era um grupo de adolescentes vestidos com uns calções de banho, sapatilhas e uma t‑shirt, ou às vezes nem isso. Só muito mais tarde, a partir de 1997, com o concerto dos U2, as regras mudaram completamente em Portugal, e passaram a ser usados, entre outros, capacetes, arneses e cordas de segurança.

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EMPRESAS

O ANO DA EXPO

Mas voltemos um pouco atrás, a uma data que foi igualmente marcante para os eventos no nosso país e para a Tapada Crew: 1998, o ano da Expo. A organização da mostra mundial, em Lisboa, contratou, individualmente, muitas das pessoas que trabalhavam nesta área, da Tapada e não só, e com salários bem atractivos – um chefe de equipa, por exemplo, ganhava mais de 2.500 euros por mês. Se juntarmos a este facto a decisão que outros tomaram de ir acabar os cursos universitários, a verdade é que houve uma grande dispersão, sendo necessário começar quase do zero. E o primeiro passo foi justamente o de constituir a empresa com o nome Tapada Crew, formalizando a actividade.

EVOLUÇÃO CONTÍNUA

Com o passar dos anos, “o nosso mercado deixou de ser só o dos promotores, passamos a trabalhar também com empresas de luz e de som, porque nós estamos especializados, e é nisso que somos bons, na cedência de mão de obra qualificada”, explica Pedro Vasconcelos.O passar dos anos trouxe também novas áreas de actuação da Tapada Crew, do lançamento de carros aos eventos corporate, dos espectáculos do Cirque du Soleil a algumas exposições internacionais, como aquelas da Nasa e da saga Star Wars. “As exposições interessam‑nos particularmente, levando‑as pelo mundo fora, mas trazendo‑as também a Portugal”, revela o CEO da empresa. “A música”, garante Pedro Vasconcelos, “está cada vez menos interessante para nós, porque não queremos entrar numa guerra de preços. A música é sobretudo um gosto, não é um jackpot”.Fruto de uma parceria com a Stageco, da Bélgica, a Tapada tem regularmente pessoas da equipa a trabalhar, por exemplo, nas maiores digressões do planeta, seja dos Rolling Stones ou de Lady Gaga. E querem sempre mais.

CURIOSIDADES

Na maioria dos dias, a equipa da Tapada Crew faz‑se de umas 20 pessoas. Mas quando há um concerto, ou dois eventos em simultâneo, esse número pode subir facilmente para 70. E se estivermos a falar de um grande concerto num estádio, chegam a trabalhar em simultâneo 200 pessoas. Isto significa que, ao longo de quase 30 anos, já por lá passaram mais de 3.000 pessoas, de todas as condições sociais. Havia, noutros tempos, quem fosse trabalhar de Ferrari, ou quem tirasse férias para ir montar um grande concerto…

SAIBA MAIS EM

917 296 [email protected]@TAPADACREW.COMWWW.TAPADACREW.COM

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EMPRESAS

EVENTOS ESPECIAIS BY FADUSÉ uma das empresas portuguesas de espectáculos e eventos com mais experiência internacional, tendo trabalhado já em Istambul, Paris, Londres, Belfast, Avignon, Madrid, Bruxelas, Barcelona, Reims, Cappadocia, Amã, Valladolid, Doha, Antuérpia, Jerez de La Frontera e Newport. Estivemos à conversa com João Pestana Dias, mentor e responsável por estas quase duas décadas de labor intenso.

Se existe uma fórmula que justifique os resultados destes mais de 16 anos, qual é?Talvez o termos conseguido interpretar cada briefing que nos deram, após termos ganho os respectivos concursos, e sabido lidar com todas as adversidades resultantes da implementação de eventos realizados em países distintos, com leis diversas e regulamentações e culturas diferentes.

O que permite marcar a diferença, ano após ano?O ADN da Fadus está impregnado da incessante procura pelo "espectáculo único", pela sensação do “1º beijo”, que captará as emoções de quem o aprecia. A esmagadora maioria dos nossos clientes já esteve praticamente em todos os recantos do planeta e já viu tudo o que havia para ver. Nesse sentido, a qualidade é apenas mais uma variável na equação. O valor acrescentado terá de ser mesmo algo que torne o evento memorável e único e que justifique o investimento do cliente.

É mais importante pensar ou sentir, até na perspectiva dos clientes?O ROI (Return on Investment) é também para nós o ROE (Return on Emotions). É por isso que fazemos parte de um grupo internacional que procura “the ultimate show”, como via para chegar directamente ao coração e ao cérebro dos convidados. São as emoções, a experiência on site, que se recordam! Só essas. Nada mais! A criação de metáforas visuais, sublinhando a marca do cliente ou produto, permite‑nos estar nas "nuvens", mas manter os “pés bem assentes na terra”.

Como se consegue surpreender, ainda?Acompanhamos de perto as últimas descobertas da tecnologia, shows, efeitos especiais e cenografia dos eventos, como por exemplo o novo espectáculo de drones que está a ser ultimado pela equipa de investigadores do Cirque du Soleil e de outras duas empresas internacionais. E que estará disponível para eventos em Portugal, Espanha e Turquia através da Fadus Special Events.Hoje em dia, o espectáculo passa muito pela cenografia, efeitos especiais, vídeo e iluminação arquitectural, a utilização de art installations que possam comunicar a marca do cliente e, com isso, potenciar a empatia com o consumidor final. Tudo pesado, a criatividade continua, e continuará a ser, a essência dos nossos eventos, aquilo que liga todas as modalidades de espectáculo e que “Diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível!”

PARA MAIS INFORMAÇÕES

963 065 525 | 214 863 [email protected]

JOÃO PESTANA DIAS | CEO | FADUS

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EVENTOS

“FUTURE CITIES”O tema da conferência dada por John Heeley na QSP Summit deste ano, a 12 de Março no recinto da Exponor, prometia espreitar um futuro carregado de tecnologias, realidades virtuais e aumentadas, mas afinal deixou ao público um desafio de todos os tempos: serão capazes de, onde ontem viam patos, hoje ver coelhos?...

Confuso? É necessário voltarmos a 1962, ao livro de Thomas S. Kuhn, The Structure of Scientific Revolutions. Nele, o autor defende que os paradigmas, quer de académicos quer de profissionais que actuam nas diferentes áreas do conhecimento, marketing incluído, estão sujeitos a mudanças periódicas. John Heeley preconiza essa mudança de paradigma, agora, na forma como se entende e se faz marketing de destinos, defendendo que as DMOs – Destination Marketing Organisations se transformem em DCOs ‑ Destination Communication OrganisationsPorquê esta sugestão de um homem que trabalha em marketing de destinos há quatro décadas? Simplesmente porque a maior parte do trabalho, que deveria ser feito a partir de Unique Selling Points (USPs), se resume ao “marketing de tudo”, com todas as cidades a venderem exactamente as mesmas coisas em qualquer canto do mundo. E Heeley dá exemplos: hotéis, restaurantes, museus, lojas onde fazer compras, clima, simpatia...E haverá bons exemplos de marketings de cidades? Heeley aponta desde logo um, na Europa, que é a realidade que conhece e tem estudado: Viena. “Se olharmos para as campanhas de Viena vamos perceber que ali podemos fazer coisas, encontrar uma oferta que é realmente única no planeta, quer se trate de ouvir o Coro Infantil de Viena ou andar na primeira roda gigante instalada no continente, no início do século XX. Dito de outra forma, há

muitas rodas gigantes, mas como aquela, a primeira, não.John Heeley começou por ser um académico, mudou‑se depois para o lado de quem promove o turismo de uma região, e durante muito tempo viu patos... onde hoje vê coelhos. E é também por isso que duvida dos “resultados” apresentados pelas DMOs, quando reclamam que a subida de visitantes, ou do número de dormidas, ou de dinheiro gasto nos respectivos destinos pelos turistas, se deve à campanha x ou y. Justamente porque o ex‑director executivo da ECM ‑ European Cities Marketing duvida dos argumentos que essas campanhas transmitem, e com isso duvida de todo um modelo de promoção...Para conhecer mais sobre o pensamento e o trabalho de John Heeley, autor, entre outros, de Urban Destination Marketing in Contemporary Europe, visite o site do projecto em que tem estado empenhado, Best Destination Marketing: www.bestdestinationmarketing.com

SOBRE A QSP SUMMITÉ desde 2007 um ponto de encontro de gestores, marketeers e profissionais interessados em gestão, marketing, comunicação e branding. Apresenta habitualmente um amplo painel de oradores nacionais e estrangeiros.

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EVENTOS

INTERNATIONAL & EUROPEAN ASSOCIATIONS CONGRESS O MAIOR DESAFIO SÃO OS TEMAS

De 5 a 7 de Maio, associações internacionais e europeias reuniram‑se em Lausanne, Suíça, para partilhar experiências, aprender e estabelecer contactos. O International & European Associations Congress (ACIE) 2015 juntou ainda diversos destinos do mundo inteiro, venues, hotéis e alguns fornecedores, nomeadamente de tecnologias para eventos. Esta é uma organização do Associations Network, rede nascida no Reino Unido, que representa já mais de 17 mil funcionários de associações europeias e internacionais.

A Event Point, media partner do ACIE, acompanhou o evento e falou com o director‑executivo, Damian Hutt, sobre os momentos que mais o impressionaram. O responsável começou por destacar a recepção no Museu Olímpico, no dia 5, mesmo em frente ao lago Léman. “Foi realmente bonito e tivemos muita sorte com isso”.Na abertura dos trabalhos, o grego Panos Tzivanidis, Head of Events and Hospitality na sede do Comité Olímpico Internacional, “falou‑nos da juventude, de investir nas pessoas e no modo como as associações precisam de acordar para certas realidades”, destaca Damian Hutt.

EM PERMANENTE EVOLUÇÃOUma novidade este ano foram as Success Stories. “O que fizemos foi partilhar as histórias de sucesso, case studies apresentados por associações que estiveram na short list dos nossos prémios” – outra das novidades do ACIE 2015. “É uma altura para conversar descontraidamente, onde se partilha muita informação e se aprende com o que outros fizeram”.Como existem três streams e workshops ao mesmo tempo, todos estes conteúdos do ACIE estão disponíveis via web, para que as pessoas possam recuperar aquilo que não puderam ouvir na altura. “No futuro, planeamos retirar os workshops do programa geral, talvez para um dia antes ou um dia depois, sobretudo porque os participantes querem poder desenvolver certos temas e aprofundá‑los”, avança o responsável pelo congresso.O CEO Meeting deverá estender‑se no tempo, “ocupando mais do que o dia que lhe dedicamos actualmente. E daqui a dois ou três anos, muito provavelmente, vamos separar este encontro do ACIE, para que as pessoas possam participar em ambos”, explica Damian Hutt.

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EVENTOS

O DESAFIO DOS CONTEÚDOSO mais desafiante para o responsável do Associations Congress, ao fim de 10 anos, continua a ser a preparação dos temas que se discutem em cada edição, o programa. “Temos uma investigadora profissional que se dedica a contactar e a entrevistar cada ano até 100 pessoas de instituições de vários géneros, internacionais, europeias, CEO, responsáveis de eventos, de marketing, de tecnologias, etc. Perguntamos quais são os temas que mais os interessam, e o desafio é como encaixar tudo isso”.

ANTECIPANDO 2016No próximo ano o ACIE ruma a Berlim, antecipando as datas para 10,11 e 12 de Abril. “A capital alemã tem um importante convention bureau. Além disso, dois dos principais sponsors do evento vão levar 20 associações cada um deles”, revela o responsável do Associations Network, “o que é magnífico, sem termos lançado ainda um programa”. A expectativa é a de que muitos dos que estiveram em Lausanne os acompanhem em Berlim. “Até porque não há nada de semelhante aqui na Suíça, nem mesmo em Bruxelas [outra importante sede de associações], que atraia tantos responsáveis e funcionários de associações internacionais e europeias”, conclui Damian Hutt.

LAUSANNE PARA EVENTOSCapital olímpica, implantada mesmo junto ao lago Léman, é acessível por estrada, pela água e pelo ar, dado que fica a apenas 40 minutos do aeroporto internacional de Genebra.Os cerca de 136 mil habitantes dão ideia da escala humana de Lausanne, servida por uma eficaz rede de transportes públicos ‑ todos os visitantes, quer fiquem instalados num hostel ou no luxuoso Beau‑Rivage Palace, recebem um passe que lhes permite viajar de borla nos autocarros e nas duas linhas de metro da cidade.Além do Museu Olímpico, e de bons hotéis, Lausanne dispõe do novíssimo venue Swiss Tech Convention Center, construído junto a um dos principais pólos da universidade.

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MITM EM CALPE NA APRESENTAÇÃO INTERNACIONAL DO DESTINOCalpe foi o destino escolhido pela Gsar Marketing para a 19ª edição da MITM Euromed, Meetings and Incentive Travel Market, que se realizou de 6 a 8 de Maio. O evento reuniu um grupo seleccionado de compradores, provenientes de 24 países (incluindo Portugal), e que funcionou segundo um sistema de reuniões agendadas. Ao todo estiveram presentes 160 profissionais, entre agências corporate, agências de marketing, de incentivo, organizadores de eventos e congressos, e realizaram‑se 2795 reuniões. A organização estima que o negócio decorrente do evento pode alcançar os 63 milhões de euros.

Decorreram ainda três seminários, um com stakeholders do destino: Turismo de Calpe, Turismo da Costa Branca e o AR Diamante Beach Hotel, outro sobre o sistema EasyonPad, e um último sobre a Argentina. A somar a isto, houve ainda várias oportunidades de networking e algumas post‑tours de reconhecimento mais alargado daquela zona de Espanha.

Charo Trabado, directora do evento, fez um balanço muito positivo desta edição. “Os expositores que vieram, e que já tinham participado no evento em outras ocasiões, consideram que foi mais um êxito. Os que nunca tinham participado, ficaram super surpreendidos com a organização, a qualidade dos compradores, a eficiência e as apresentações”, referiu à Event Point.

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EVENTOS

Ana Paula Madeira, da RDMC Incoming & Outgoing, foi a compradora portuguesa que esteve presente na MITM. Quereria ter visto mais DMCs de cada um dos destinos neste evento. “Gostaria de ver no futuro mais operadores locais, ter mais contacto com o potencial parceiro no destino”, sublinha. Dos destinos participantes, o que mais lhe chamou a atenção foi Jaen. “Encaixa no que fazemos em termos de outgoing”. Na região que acolheu o evento, Calpe, Ana Paula Madeira, vê condições interessantes para eventos, e com budgets mais comedidos. “Reconheço que tem potencial, precisa de mais animação, de eventos paralelos, mas os arredores são também bonitos, há a hipótese de fazer excursões”, remata.

CALPE, ONDE FICA?Situada na região de Alicante, na Costa Blanca, Calpe é sobretudo um destino de lazer (e muito de turismo sénior), mas quer intervir mais no sector da meetings industry. Com um clima abençoado,

QUATRO PERGUNTAS A CHARO TRABADOFicou contente com a escolha deste destino? Que condições tem Calpe para receber eventos?Cumpriu com todas as expectativas. O destino é muito interessante, tem as infra‑estruturas. O que falta é dar a conhecer‑se neste sector. Estão a começar. Este evento é o lançamento a nível internacional de Calpe como destino de eventos.

E o destino do próximo ano já está escolhido?Ainda não. Há vários candidatos. Procuramos sempre lugares novos porque um dos propósitos da feira é também que os compradores tenham a oportunidade de experimentar um destino. Imagine, Calpe vai vender‑se a qualquer uma das grandes feiras internacionais de incentivos, mas as pessoas não sabem o que é Calpe, nem o que tem. Pode levar umas fotos muito bonitas, mas todos levam. Pode levar informação, mas as pessoas quando depositam a confiança num destino para levar os melhores clientes, têm que acreditar na capacidade de reacção, de know‑how, de profissionalismo. É muito arriscado trazer um evento, seja de 100, 500 ou cinco mil pessoas a um destino. Nesta feira têm a oportunidade de viver o destino. Já sabem que podem trazer um grupo com segurança, porque Calpe não vai falhar e vão ficar bem vistos junto dos clientes.

O evento já se realizou em Portugal, em Lisboa. Alguma hipótese de regressar?Depende dos portugueses. É um país maravilhoso, tem tudo, e sobretudo infra‑estruturas MICE. Quando fizemos a feira em Lisboa, o resultado foi genial. Os portugueses são grandes profissionais, e gente muito séria. Isso para mim é muito importante.

É difícil captar os buyers?Muito, muito difícil. É tão difícil que não deixamos a feira crescer. As grandes feiras anunciam dois mil buyers. É mentira! Nutrem‑se de gente que não tem poder de compra. Juntar duas mil pessoas num lugar do mundo, no mesmo dia, é impossível, e todos os que se dedicam a isto, sabem. Mark Twain dizia que havia três mentiras: as grandes mentiras, as mentiras verdadeiras, e as estatísticas. Se vivesse hoje diria que são quatro, com as feiras de turismo.

banhada pelo Mediterrâneo, com um aeroporto a uma hora de distância e ligações por comboio de alta velocidade a Madrid e Barcelona, Calpe vê os eventos como forma de combater a sazonalidade, própria de destinos de sol e mar. E os responsáveis de Calpe afirmam que estão preparados para os receber. Refira‑se que na semana anterior à MITM estiveram em Calpe oito mil portugueses em viagens de fim de curso. A imagem mais icónica de Calpe é o Penyal d'Ifac, um enorme rochedo que emerge do mar, com mais de 300 metros de altura. É um local privilegiado para desportos radicais e um viveiro de plantas e animais. Diz quem o subiu, que a vista é fabulosa.

Cláudia Coutinho de Sousa *

* Viajou a convite da MITM

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PROLIGHT+SOUND E MUSIKMESSE 2015NEGÓCIOS À VELOCIDADE DO SOM E DA LUZTudo, mas mesmo tudo o que se possa imaginar no que toca a serviços e produtos de tecnologia, música e audiovisuais para a produção de espectáculos e eventos esteve em exposição, entre os dias 15 e 18 de Abril, em Frankfurt. Luzes, sistemas de som, lasers, painéis acústicos, instrumentos musicais, mesas de mistura desfilaram pela Prolight+Sound e a Musikmesse 2015, que ao longo de quatro dias receberam mais de 108 mil visitantes.

Foram cerca de mais de 2.250 os expositores presentes, dos quais 11 portugueses, a apresentar as novidades e as tendências para os sectores, que passaram muito pelas mesas digitais, maior amplificação em produtos mais pequenos, pedais de guitarras com controlo remoto através de wireless ou iluminação LED. Entrar em cada um dos pavilhões era mergulhar num mundo de tecnologia, de luzes, de sons e imagens; era confirmar a potencialidade das grandes marcas e a criatividade de outras. E se por um lado se encontravam monitores e painéis LED de diferentes formatos e dimensões com uma definição excepcional, se testavam mesas de DJ portáteis, ou se ouviam os sons que saíam das colunas expostas no exterior do recinto, por outro também se descobriam casos curiosos como o de Viny’ Lourd Son

e o seu “Scratchocaster”, uma guitarra transformada em mesa de DJ, e músicos (e alguns aspirantes a artistas) a experimentar os instrumentos expostos: harpas, trompetes, baterias, guitarras, flautas, pianos, um mundo de instrumentos ali ao dispor.Houve concertos, conferências, reuniões e demonstrações. Afinal, esta é a montra necessária para as empresas que querem conquistar os mercados internacionais. “A Musikmesse e a Prolight+Sound confirmaram o seu papel de impulsionadores na produção musical, apresentação de eventos e novos contactos de negócios”, de acordo com Detlef Braun, membro do Conselho Executivo da Messe Frankfurt, que garantiu já a edição das duas feiras no próximo ano, com mais investimento e novas estratégias, a realizar‑se entre os dias 7 e 10 de Abril.

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EVENTOS

“IN THE EYE OF THE ROCK’N’ROLL HURRICANE”No decorrer das duas feiras internacionais, teve lugar a exposição “In The Eye Of The Rock’n’Roll Hurricane”, que percorreu 45 anos da história do rock mundial e da carreira do fotógrafo Neal Preston. Pela lente deste norte‑americano passaram artistas como David Bowie, Michael Jackson, Peter Frampton, Mick Jagger e Freddie Mercury.

SANTO SOM

Ao primeiro dia, já as expectativas da Santo Som estavam a ser superadas: muita afluência ao stand, muitos contactos de distribuidores de vários países. “Para um primeiro dia está a ser excelente”, disse Pedro Santos, um dos responsáveis da empresa direcionada para o áudio profissional, que apresentava como novidade uma linha para a área dos eventos, composta por sofás e balcões, com vários acabamentos e cores, mesas de mistura modelares, simples ou personalizadas. Uma aposta contínua na qualidade dos produtos, porque no fundo é isso que quem compra procura. “O sector esteve um bocadinho parado, mas agora noto que as pessoas estão a comprar mais, e já não com aquele conceito do ‘comprar barato’. As pessoas também já dão mais valor à qualidade dos materiais”, concluiu.

CVA/NEXT PROAUDIO

São trinta anos no sector, mas nos últimos a CVA/Next Proaudio – que fabrica equipamentos de som – tem feito uma maior aposta na exportação. E a empresa tem crescido muito, ao ponto de “internacionalmente” nem terem sentido a crise. Pelo contrário, como contou André Correia, gestor da empresa portuense, “estamos neste momento à procura de uma nova fábrica”, para dar vazão às encomendas, “estamos a contratar; estamos a crescer bastante e a entrar em mercados enormes como a China e o Dubai”. A Next Proaudio opera em 25 países e na Prolight+Sound esperava fechar contrato com mais cinco. O PA em demonstração num dos palcos exteriores levou muitos visitantes ao stand e a apresentação dos novos produtos (um line‑array amplificado, o LA122A; um monitor amplificado de 14 polegadas, uma novidade a nível mundial; e alguns novos modelos da série HFA) estava a ser “um sucesso”.

JOCAVI ACOUSTIC PANELS

Há dez anos que a Jocavi Acoustic Panels marca presença na Prolight+Sound e a expectativa é sempre grande. “Temos uma grande mancha de mercado internacional e continuamos sempre a procurar novos parceiros e mais países. E estes eventos ajudam‑nos a encontrar o parceiro que andamos à procura, a alargar a novos mercados e a reunir com os antigos”, referiu João Vieira, fundador e CEO da empresa, explicando que, graças a eventos como este é possível apostar na internacionalização e fintar a crise. “Aumentámos a percentagem de exportação

SOLUÇÕES PARA TODOS OS GOSTOSNa Prolight+Sound estiveram presentes quatro empresas portuguesas, todas elas com equipamentos e serviços na linha da frente da tecnologia. Fomos conhecê‑las!

MOOSE/PROFACTOR

Ao longo do último ano, a Moose, marca da Profactor, aproveitou para complementar com novos produtos a linha que tinha apresentado em Frankfurt na edição anterior, alargando a outras áreas para um catálogo mais completo. E ao primeiro dia de feira, os responsáveis da empresa estavam optimistas, esperando igualar os bons resultados do ano anterior. Esta empresa trabalha nas áreas do áudio e da iluminação, com equipamentos disponíveis essencialmente para pequenos e médios eventos, com sistemas portáteis e de simples utilização. Não é fácil sobreviver neste sector, mas José Aguiar garante que a empresa aceita o desafio. “A concorrência é muito grande. Há marcas conhecidas com preços muito competitivos e é muito difícil estar em Portugal e ter uma marca que tenta afirmar‑se nesta área. É preciso ter antes de mais um preço competitivo para que depois se possa confirmar com a qualidade, de outra forma é muito difícil competir com grandes marcas.”

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EVENTOS

nestes últimos quatro anos. E isto é fruto da internacionalização, de virmos a eventos como estes, de procurarmos parceiros.” Na feira, a Jocavi apresentou a nova marca IN – INdustrial INsulation, uma gama de produtos com soluções para fábricas, estádios de futebol, aeroportos, estações de metro, etc., e que acaba por complementar a oferta. “Onde a acústica ‘anda’ nós temos soluções para tudo”, garantiu.

MUSIKMESSEO QUE DE MELHOR SE FAZ EM PORTUGAL

Sete marcas representaram Portugal na Musikmesse, empresas dispostas a mostrar as melhores soluções de negócio e o que de melhor se faz no nosso país. Instrumentos feitos à mão, painéis acústicos, music gifts, cordas para guitarras são alguns dos exemplos dos produtos apresentados. E as expectativas destes expositores foram superadas, ou pelo menos correspondidas.Entre os presentes, uma grande curiosidade. Foi graças a um crowdfunding que a JP Custom Guitars marcou presença no evento. “Entre amigos e clientes, conseguimos quase oito mil euros para estar aqui, porque sozinhos não conseguíamos estar”, contou o dono da empresa, João Pessoa, entre as guitarras feitas de forma artesanal, adiantando ter ido a Frankfurt sem grandes pretensões, apenas para ver o feedback do seu trabalho. E até ao momento muitos contactos tinham sido feitos. O mesmo para a NOVAGI, que está a comemorar o primeiro centenário. Para assinalar a data, a empresa que fornece cordas para todo o tipo de instrumentos musicais, unhas e palhetas, decidiu estar presente para “dinamizar e divulgar a marca” de forma a aumentar o volume das exportações, segundo o gerente António Vieira, contando que a grande novidade deste ano são as cordas de aço inox em diversos jogos. “Estamos sempre a acompanhar a evolução das preferências dos músicos.”Na área B2B, encontrámos a Atelier Vision Europe, uma companhia vocacionada para os audiovisuais. De acordo com o CEO Paulo Caius, o evento estava a decorrer muito acima das expectativas: a empresa tinha marcadas cerca de 40 reuniões com grandes operadores europeus de instrumentos musicais, mas a agenda teve de ser mais flexível dada a procura. “A nossa grande novidade é trazer para toda a estrutura de networking e social media o vídeo streaming. Todas as pessoas são potenciais estações de televisão. Basicamente é esta a nossa mensagem.”Presente pelo segundo ano, a Artimúsica já tinha superado os

resultados do ano anterior logo no primeiro dia da Musikmesse. “Viemos tentar dar a conhecer o que de bom se faz em Portugal. A nossa empresa trabalha ainda na forma antiga, 100% artesanal”, contou o dono da empresa, Miguel Alves, mostrando a grande novidade desta edição: três novos modelos de baixo, que se duplicam, com e sem trastes. Na mesma linha, apresentou‑se a APC Instrumentos Musicais que junta os métodos tradicionais às novas tecnologias. “É proibido parar. Temos de andar sempre à frente da nossa concorrência, tentando acompanhar os melhores”, frisou António Carvalho, fundador da empresa, apontando um baixo acústico, de belas linhas, como uma das novidades.“Esta é uma feira importante para nós, é sempre um bom investimento”, afirmou César Carapinha, fundador e CEO da Vicoustic, que cobre três áreas da acústica: music & broadcast, hi‑fi & home cinema e building & construction. Esta foi a oitava vez que a empresa esteve presente na Musikmesse, para este ano apresentar como novidade o plano de negócios.A Music Gift, uma marca da Paleta dos Sons, dedica‑se à criação e desenvolvimento de produtos tradicionais portugueses ligados à música. Ou seja, sacos, estojos, chávenas de café com instrumentos ou pautas musicais; uma colecção de sacos ilustrados baseados na “Eine Kleine Nachtmusik”, de Mozart, e n’“A Canção da Terra”, de Mahler; uma linha de estojos, bolsas, carteiras e porta‑chaves em cortiça; entre outros. Tudo ligado à música. E a receptividade estava a ser bastante boa. “As pessoas gostam sobretudo do design e da qualidade. E todos os produtos são fabricados em Portugal”, sublinhou a responsável Amélia Santos.

Maria João Leite *

* Viajou a convite da Messe Frankfurt

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OPINIÃO

AS EMPRESAS FAZEM‑SE DE PESSOASAinda que o tempo corra célere e o paradigma dos eventos lhe imprima uma certa voracidade, a verdade é que não poderei deixar de assinalar no presente artigo o facto de terem passado 22 anos sobre a fundação da Prestígio.

Um artigo na primeira pessoa não deverá, parece‑me, deixar de reflectir o orgulho, a experiência e a responsabilidade com que olho o presente e o futuro da agência. Quem me conhece sabe que a história da Prestígio for Brands é parte integrante e muito importante da minha própria, sendo igualmente importantes para esta mesma história as pessoas que comigo colaboraram e colaboram.É trivial dizer‑se que empresas se fazem das pessoas. Este facto revela‑se mais crucial e rigoroso quando focamos uma micro‑empresa que exige das equipas tamanha dedicação, empenho e versatilidade.E se os recursos humanos são desafio... do recrutamento, à gestão de competências, que se desejam de espectro largo, e de equipas, passando pela gestão das expectativas de quem colabora. Muita coisa mudou nos últimos tempos, desde a oferta de formação e formados nesta área, ao contexto sócio‑económico adverso, à postura mais conservadora das marcas, à acessibilidade do digital, à relevância do conceito de activação cruzando dinâmicas de interacção off e online...No tempo destes 22 anos, os desafios são permanentes, tanto quanto dinâmicos, prevalecendo, acima da experiência acumulada, a capacidade de os reflectir para desde logo agir, aprendendo e reaprendendo novos modos de conceber e concretizar.

O trabalho que desenvolvemos respira das tendências, da arte, do comportamento. A criatividade e os conceitos são para nós fundamentais, tanto quanto a capacidade de dar forma a propostas em intervalos de tempo muito curtos; tanto quanto a necessidade de garantir uma orçamentação rigorosa assente em parcerias estratégicas com fornecedores‑chave, por forma a responder competitivamente ao cliente.O sucesso da Prestígio for Brands, considerando a sua longevidade, a presença consistente de alguns importantes clientes e a confiança destes nas nossas criatividade e organização, assenta numa ideia basilar que é fazer o que se gosta, com paixão e ambição. Objectivo? Que as marcas extravasem valores, mostrem paixão pelo consumidor e pelas suas equipas/colaboradores/parceiros.Existimos para as marcas, com orgulho assumido de que o que concretizamos tem consistência, criatividade e amor pelos detalhes que se relacionam para traduzir o todo experiencial do evento e/ou activação.Neste existir há fases mais turbulentas, claro, mas os desafios in momentum com cada vez mais exigências são o que nos torna mais fortes e confiantes.Estamos cá. Estaremos cá, espero, por mais 22 anos. Enquanto existirem marcas e vontade de as manifestar de forma memorável, coerente e diferenciada.

PEDRO SANTOS COSTA | CEO | PRESTÍGIO FOR BRANDS

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EM DESTAQUE

O SEU EVENTO PRECISA DE UMA FIGURA PÚBLICA?Bárbara Guimarães, Pedro Lima, Fátima Lopes, Cristina Ferreira ou Nicolau Breyner são alguns dos famosos representados pela Notable, uma consultora de comunicação e talentos, figuras públicas e empresários, que promove colaborações entre marcas e celebridades, oferecendo consultoria estratégica e identificando quem melhor se pode associar a determinada marca e às suas acções. E quais as vantagens de associar uma figura pública a um evento? A Event Point foi ouvir Inês Mendes da Silva, directora executiva da Notable.

“Uma figura pública funciona como um interlocutor da companhia ou marca em questão. No caso de uma apresentadora, a técnica de falar em público, em virtude dos programas de televisão que conduz, é uma excelente ajuda para veicular as mensagens de forma eficaz. Já nos casos de uma campanha de publicidade, em que a figura pública empresta a imagem, esse endorser é quase como que uma extensão do produto. Fala dele em nome próprio, aconselha‑o, desmistifica‑o. Existindo um bom fit entre ambos, é indiscutível o contributo que pode ser dado por esse rosto”, explicou a responsável.Apresentadores, empresários, actores acabam por ter uma “responsabilidade pública”, por chegar a milhares de fãs.

E se há empresas que vêem desde logo essa vantagem da associação de uma figura pública a um evento, outras há em que é a consultora que propõe projectos aos seus clientes. “A Notable considera‑se muito proactiva neste ponto; responde a pedidos de propostas, mas procura sempre ideias novas para os seus clientes, projectos que se revelem interessantes para a estratégia das marcas. Por outro lado, procura o contacto mais aproximado possível com o cliente, ouvindo‑o e discutindo os trâmites das acções, por forma a oferecer o melhor contributo possível com vista ao sucesso da acção”, afirmou Inês Mendes da Silva, sublinhando a confiança que é essencial existir nesta relação, quer pela confidencialidade com que o tema é

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EM DESTAQUE

trabalhado, quer na abordagem à figura pública.“É fundamental que os nossos ‘notáveis’ se identifiquem com a marca, o evento ou a comunicação de um determinado produto. A relação campanha ou evento/figura pública é submetida a uma avaliação prévia por forma a garantir que existe encontro de interesses. Dizemos que, na área comercial e de endorsement, o 'não' é difícil de dar mas, em termos estratégicos, muitas vezes pode tornar‑se fundamental”, adiantou, garantindo que o acompanhamento por parte da Notable é total, em todas as fases do processo, desde a chegada da proposta até à sua conclusão.E por alguns serem projectos com mensagens importantes

com que as celebridades se identificam e querem ajudar a levar mais longe, nem sempre esta relação tem custos. “Há projectos em que as figuras públicas, aproveitando a sua notoriedade e o seu alcance público, querem dar voz e contribuir para passar determinada mensagem de forma mais ampla. E aí sim, são muitas vezes peças fundamentais, quer em casos de solidariedade, de mobilização de consciências, de inspiração para as pessoas”, referiu a directora da Notable, que está atenta ao impacto que a presença ou a participação de uma figura pública tem num evento, através do clipping, do feedback do cliente, das reacções do público nas redes sociais e do grau de envolvimento da figura pública em questão.

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O PIRATA DAS CARAÍBASQuando fui desafiado a escrever um artigo para a Event Point, rapidamente me veio à ideia “chamar os eventos pelos nomes”.

MIGUEL ARAÚJO | DIRECTOR DE PATROCÍNIO E ACTIVAÇÃO | UNICER

OPINIÃO

Os últimos 20 anos trouxeram‑nos novos canais de comunicação. Os meios convencionais foram perdendo terreno para a vida e espaço que as marcas adquiriram no quotidiano dos consumidores. Os eventos das mais diversas índoles, qual Primavera florida, desabrocharam. E os tempos mais modernos quase instituíram uma prática em que um dos factores críticos de sucesso para que se obtivesse a máxima eficácia de marketing para o quem patrocina, fosse a inclusão da marca no nome do evento. É o normalmente designado “naming sponsor” e que os meus amigos organizadores de eventos gostam mais de chamar como “naming rights”.Dedicamos algumas horas à causa, desenhamos concertadas arquitecturas de marca mas, no final, o resultado costuma ter um visual que respeita a regra mais simples. Na maioria dos casos, o patrocinador surge em primeiro lugar, imediatamente seguido do nome do evento. Podendo ainda acrescer do local ou data em que o mesmo se realizará.O naming pode assumir diferentes ângulos, de acordo com o público, o tipo de evento/ambiente ou mesmo o perfil da marca que a ele se associa. Um evento mais relacionado com novas tecnologias ou redes sociais tende a utilizar nomes como “digital”, “share” ou “platform”. Recordando alguns “naming sponsor” da praça, existem exemplos mais simples e eficazes (MEO Arena) ou mais amplos e completos (Volvo Ocean Race). Mais fonéticos (Super Bock Super Rock) ou mais verbais (Vodafone Mexe Fest).

O lado B desta pauta tem um senão. A intensa proliferação de “naming sponsors” que existem na actualidade e que os promotores de eventos continuam a colocar à venda. Muitas vezes somos confrontados nas negociações sobre a “fantástica” possibilidade de podermos dar o nome da nossa marca ao evento. Mas é mesmo isso que a marca precisa? Antes disso, adequa‑se à proposta de valor da marca e aos territórios que pretende ocupar? Mesmo que essa afinidade seja máxima, pode ser facilmente abalada se o nome que vier a ser gerado tenha a presença intrusiva de uma marca. O mercado está cheio de exemplos destes, os quais não especifico para não ferir susceptibilidades mais sensíveis.Patrocinar através do nome tem vantagens. Tem influência sobre o retorno de associação ao evento ou ao respectivo universo. Estreita a ponte entre a marca, o certame e o público. Mas acima de tudo tem uma eficácia mais imediata quando olhamos para dentro. Não pode jamais ser encarada como solução milagrosa e generalizada, tal como a sinto hoje.Há duas semanas, numa reunião sobre um evento que se iria realizar em Portugal, lá me avançaram novamente com a proposta “até pode dar o naming”. Ao que respondi: “a cedência de espaço no nome não é o que procuramos”. Em vez disso, desafiem‑nos com eventos que sejam inspiradores, que quebrem a barreira do convencional, que consigam gerar paixão e interação do público com a marca tornando‑a mais relevante e criativa. Evocando Steve Jobs, “Para quê entrar na marinha se pode ser um pirata?”

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KRIAEVENTOSHÁ 15 ANOS A TOCAR NA VIDA DAS PESSOAS

São 15 anos de eventos, momentos especiais que esta empresa de Lisboa

proporcionou aos clientes e que agora são celebrados. São 15 anos de histórias, de

adaptação às mudanças do mercado, de relações próximas com clientes e parceiros,

da produção de mais de 1600 actividades. São estes os 15 anos da KriaEventos.

A data foi assinalada de forma especial, em equipa, com um dia diferente para fugir à rotina. Na memória permanecem os eventos criados, os sucessos e as fases menos boas; todos são afinal momentos marcantes. “Em 15 anos de história, é difícil destacar apenas alguns momentos. Todos os anos são marcantes, quer pelos desafios e dificuldades, quer pelas realizações e vitórias alcançadas. Ao longo deste percurso fizemos amizades, parcerias, criámos óptimas relações com clientes e parceiros, tocámos

na vida das pessoas e isso é o mais marcante na KriaEventos”, afirmou Bárbara Sobral, directora da empresa.Desde actividades de team building e de dinâmicas motivacionais, de gestão de espaços ou de catering, a eventos que necessitem de audiovisuais e multimédia, hospedeiras ou apresentadores e entertainers, a KriaEventos apresenta uma série de soluções e serviços, de forma a responder às necessidades do mercado. E em 15 anos muita coisa mudou, até na forma de trabalhar. “Temos

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tentado adaptarmo‑nos ao mercado, aos novos paradigmas das empresas, às necessidades de cada cliente, por vezes tão díspares. Essa adaptação leva‑nos a uma procura constante de melhoria interna, seja através de formação, seja através da melhoria de processos. Essa necessidade teve um marco importante quando em 2010 implementámos o Sistema de Qualidade ISO 9001:2008, algo que nos diferencia no mercado e que melhorou a nossa organização interna.”Para Bárbara Sobral, o mercado tem sofrido bastantes alterações e “o cliente hoje em dia exige mais, é mais atento às propostas, quer cada vez mais inovação e criatividade e os budgets são bastante mais apertados e controlados”. Basicamente, “passámos de organizadores de eventos a negociadores”, sublinhou.E nem tudo foram rosas neste percurso. Na vida de uma empresa existem sempre momentos difíceis, mas “com assertividade, responsabilidade, objectividade e muito bom senso conseguimos sempre tomar boas decisões”. A crise veio influenciar o crescimento que existia no sector há mais de uma década. Com a permanência de alguns “clientes‑chave” a empresa soube adaptar‑se e dar continuidade ao trabalho iniciado em 2000. “Não há arrependimentos, erros foram cometidos certamente, decisões difíceis”, mas foram essas contrariedades que “nos transformaram no que somos hoje e nos fizeram chegar aqui”.

TRÊS PERGUNTAS A BÁRBARA SOBRALComo assinalaram estes 15 anos?Foi um dia bem diferente do habitual. Por algumas horas esquecemos os deadlines, as propostas, os emails e telefones, e dedicámo‑nos à nossa equipa: uma ida ao spa, com direito a uma relaxante massagem, um passeio por Lisboa de tuk tuk, e um animado jantar, que nos alimentou, não só a barriga, como a alma e o espírito de grupo e união, que tão bem caracteriza a KriaEventos. Paralelamente, criámos um logótipo a assinalar os 15 anos.

Há algum evento que tenha sido mais especial?Todos os eventos são diferentes, com características, pessoas e objectivos diferentes. Não gostamos de catalogar, pois vivemo‑los sempre intensamente. Obviamente que alguns foram mais desafiantes, quer pela dimensão, pelo espaço, pela estrutura em si, e colocaram toda a nossa capacidade e profissionalismo em teste; e esses tiveram um gostinho especial, principalmente porque todos foram produzidos com o máximo sucesso. Recordo o evento de comemoração dos 100 Anos da Siemens em Portugal, realizado no Estádio do Restelo para cerca de 3000 pessoas, ou os 25 Anos da Trident, que decorreu no Pavilhão do Futuro e que demorou cerca de nove meses a organizar. Verdadeiros desafios! Mas acreditamos que o evento mais especial é sempre o próximo e é nele que nos concentramos e focamos a nossa energia.

Como encaram o futuro da empresa? O caminho traçado até aqui tem‑se pautado por passos firmes e seguros, pensando sempre nos dias menos bons que podemos vir a atravessar. Por isso estamos a construir uma estrutura cada vez mais consistente, equilibrada e profissionalizada. Também queremos promover mais a própria empresa no mercado, mas há ainda um longo caminho pela frente até que a marca KriaEventos seja sinónimo de qualidade, criatividade, segurança e fiabilidade. Por último, pretendemos cimentar as relações criadas com clientes, enquanto procuramos atingir novas marcas e empresas. Estamos certos de que o futuro da KriaEventos é risonho, como nós!

EM DESTAQUE

BÁRBARA SOBRAL | KRIAEVENTOS

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APOSTA EM MENOS EVENTOS, MAS COM UMA PRESENÇA MAIS QUALIFICADAÉ preciso recuar ao século XIV para encontrar as origens do Licor Beirão. Começou por ser criado numa farmácia da Lousã, mas com a entrada em vigor de uma lei que proibia a atribuição de efeitos medicinais a bebidas alcoólicas, e a venda de licores nas farmácias, foi montada uma fábrica para a sua produção. “O meu avô [José Redondo] começa a trabalhar nessa fábrica com 12 anos”, conta Daniel Redondo, director de marketing da Licor Beirão. Quando a fábrica entrou em dificuldades económicas, saiu para uma empresa de máquinas de escrever, a Remington, onde se destacou como vendedor e obteve bons resultados. Com o dealbar da II Guerra Mundial, a fábrica americana é obrigada a concentrar‑se na produção de armas para o conflito. “O meu avô ficou então no desemprego, e desafiou a minha avó: 'se casares comigo, compro aquela fábrica [de licores] e vamos para lá os dois trabalhar'. E assim foi, a minha avó aceitou, casaram, e compraram a fábrica”, relata Daniel Redondo. A avó começa então a produzir os licores, “e o meu avô tem o momento de génio da sua vida, 'para vender o licor, tenho de o promover'. Foi pedir dinheiro emprestado para fazer publicidade”. Todos o tentaram dissuadir disso, mas a verdade é que começou a fazer publicidade, e de forma criativa.

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A marca cresce e ganha notoriedade, mantendo‑se contudo de cariz bem familiar. “É um dos segredos do sucesso, o outro é a qualidade do produto. Um produto pode ser muito bom, mas se não for comunicado, ninguém sabe que ele existe. Se o produto não tiver qualidade, mas se for muito comunicado, pode enganar os clientes uma vez, mas depois acaba ali. Nós temos um bom produto e comunicamos bem”, sublinha o responsável de vendas e marketing. Esta lógica foi algo que passou de geração em geração. “O meu pai foi o criador do [slogan] Licor de Portugal, quando Portugal não estava na moda. Começámos a lançar esse slogan quando o que era importado é que era bom. O que era português era uma porcaria, e não valia a pena, mas nós dissemos 'não', temos de ter orgulho nas nossas

origens, nos nossos produtos. Não comunicamos nada em que não acreditamos ou que não seja verdadeiro. Essa é a nossa grande força”. A publicidade continua a ter a maior fatia em termos do orçamento de comunicação da empresa. Em termos de eventos têm sido mais criteriosos na escolha, por razões de contexto do mercado. “Alguns eventos tornaram‑se muito caros, e tivemos que seleccionar aqueles em que participamos”, refere Daniel Redondo. Participam em menos, mas participam melhor. “O investimento continua a ser um pouco em linha, estamos é com uma presença mais qualitativa”. O foco actual são os eventos business‑to‑business, mas o historial de eventos para o público é rico. “Estivemos nos maiores eventos, essencialmente musicais, começando pelo Rock in Rio, pelo Nos

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Alive, e pelos eventos estudantis, a Queima das Fitas. Tivemos outras experiências em eventos onde estivemos, mas que, por um motivo ou outro, não se adaptam à marca”. Organizar eventos próprios é uma experiência pela qual nunca passaram. Quando decidem participar em algum evento, optam pela agência com que trabalham normalmente, “não escolhemos fornecedor caso a caso. Não temos fornecedores específicos para esta área, porque é algo pequeno, de uma dimensão reduzida”. No entanto, o director de marketing cultiva uma opinião muito positiva dos players do sector. “Tenho visitado muitos eventos pelo mundo, e os eventos portugueses não ficam nada a dever à maioria dos que visitamos lá fora. E muitas vezes com budgets muito mais reduzidos”.

TRÊS PERGUNTAS A DANIEL REDONDOQue tipo de eventos se adaptam à marca? Eventos com um público não muito jovem, que não esteja ali nos 18 anos até aos 23 ou 24, porque pode ser dado a excessos e queremos fugir desse tipo de público. Eventos um pouco mais calmos, onde as pessoas bebem com calma, e apreciam o evento.

Quem bebe o Licor Beirão? Consegue identificar uma tipologia?Não. Essa é a força do Licor Beirão. Não há uma tipologia. Qualquer pessoa bebe. Acima de tudo é um momento de convívio. Um grupos de amigos sentado à mesa, com uma garrafa de Licor Beirão, é um momento bem passado. Ninguém vai dizer que não. Pode haver uma pessoa que não goste tanto, por ser mais doce, ou outra pessoa, que queria algo mais forte, mas ninguém diz que não a um Beirão. Essa é a força da marca, a transversalidade. Podemos ter um avô a beber com o neto e ambos acham que é um óptimo produto português.

Como vê este sector dos eventos em Portugal?Vejo como uma grande oportunidade para o país. É uma pena não termos um cartaz de eventos mais alargado durante o ano, mas essencialmente mais voltado para fora. É uma forma de promover o país e temos condições excelentes. Somos óptimos a receber os turistas, e é uma forma de exportação. Ou seja, em vez de estarmos a gastar todo o dinheiro a ir lá fora vender, também podemos trazer cá os turistas para dar a conhecer a nossa cultura, os nossos produtos, e é pena que não haja uma estratégia concertada e os grandes agentes não trabalhem mais em conjunto. E mais com o Turismo de Portugal, que poderia ser uma peça para unir todos estes eventos e para tornar isto viável. Portugal ser um país de eventos, tem todas as condições para isso.

DANIEL REDONDO | LICOR BEIRÃO

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MOTE “LIFE'S GOOD” TRADUZIDO NOS EVENTOSA LG é uma empresa multinacional de tecnologia, de origem sul‑coreana, que está em Portugal há 12 anos. Dado o mercado em que se insere, os eventos ocupam um lugar central na estratégia da marca. “A competição é extremamente agressiva, e tendo uma oferta tão alargada, os eventos surgem por uma necessidade óbvia de apresentar as soluções tecnológicas que temos”, explica Cláudia Rodrigues, do departamento de marketing da LG. Sobretudo porque permitem experimentar. “Só dando oportunidade aos clientes directos ou aos consumidores de experimentarem o produto, é que eles vão perceber efectivamente como é que a LG concretiza a sua filosofia de colocar a tecnologia ao serviço das pessoas. Isso é feito através da usabilidade dos próprios produtos”, sublinha a responsável.

Os eventos são então fundamentais como elemento de comunicação da marca e tem havido uma aposta forte e crescente nesta ferramenta, partilha Cláudia Rodrigues. A aproximação ao cliente e consumidor português é “extremamente importante” e os eventos permitem estabelecer essa relação. De modo que o peso deles é significativo, “Incluindo acções no ponto de venda, o peso atinge os 60% do investimento local”, informa a responsável. Por ter cinco áreas de negócio, umas voltadas para o business‑to‑consumer, e outras para áreas mais profissionais, a receita que aplicam nos eventos é variável. Mas tudo tem um denominador comum, o envolvimento grande da LG. “Não fazemos nada que seja chave‑na‑mão, isso não faz sentido. Se precisamos de catering, procuramos escolher a melhor empresa, o espaço vamos ver e escolhemos”, detalha

Cláudia Rodrigues. Todos os elementos e materiais do evento devem comunicar a mesma mensagem. “Todas as partes que depois somam o todo, o evento, são coordenadas por nós directamente”. Quando trabalham com agências de eventos, fazem concurso. “Temos a política de submeter à apreciação pelo menos três agências para receber a melhor proposta. É raro fazermos eventos sempre com os mesmos parceiros, até porque temos várias áreas de negócio, e os momentos de comunicação acabam por ser diferentes”.O contexto sócio‑económico alterou um pouco a forma como hoje em dia trabalham os eventos, explica Cláudia Rodrigues. “Há mais parcerias e portanto é cada vez mais comum associarmo‑nos a eventos em que não somos os principais emissores, ou se somos emissores termos convidados que nos ajudam a valorizar o evento e a tal componente da experiência”.

CLÁUDIA RODRIGUES | LG

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DUAS PERGUNTAS A CLÁUDIA RODRIGUESQue valores da marca são importantes comunicar no evento?Acima de tudo, a positividade, Life’s Good é um sentimento optimista perante a vida. Por norma as empresas tecnológicas ou de hardware são algo frias, distantes, e a LG não quer ser nada disso, pelo contrário. Somos a única marca de tecnologia que tem um elemento humano no logo, uma face a sorrir. Portanto, se prometemos que a tecnologia facilita a vida das pessoas, este sentimento optimista tem que estar, primeiro em cada um de nós, para depois passarmos essa filosofia de positividade, optimismo às pessoas, aos consumidores.

Como é que vê este sector dos eventos em Portugal?Descurado! Acho que há excelentes ideias, muito má execução. Costumo dizer que uma boa ideia vale 10%, 90% é a execução, e o problema com que me deparo muito é essa parte da execução, da implementação. Porque há coisas que funcionam muito bem em maqueta, quando estão num monitor ou numa apresentação visual e depois, na prática, há um menor cuidado dos profissionais da área das agências. Aí tenho que lhes apontar o dedo porque acho que não têm este sentido de co‑propriedade, estão muito do outro lado. Há coisas que às vezes não resultam bem porque se ficou à espera de uma aprovação, de uma indicação. Na LG, de vez em quando, tenho de arriscar e assumir que arrisquei numa decisão porque é impossível não o fazer. E assumir que não há mal nenhum em errar. Errar ajuda‑nos a aprender e sinto que na área dos eventos há erros comuns, típicos, daí que é difícil estarmos sempre a trabalhar com a mesma agência e posso dizer que ainda não encontrei uma que me responda a 100%, de A a Z, à organização do evento.

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GRANDE ENTREVISTA

LUC PETIT“A EXPERIÊNCIA ENSINA‑NOS A CRIAR COM OS OLHOS FECHADOS”

Vem da área do cinema, trabalhou com Franco Dragone, ex‑director do Cirque

du Soleil, fundou a Luc Petit Creations e hoje é um dos grandes produtores de

espectáculos do mundo. Venha conhecê‑lo connosco!

Qual foi o seu percurso até chegar à Luc Petit Creations?Na verdade, venho do sector do cinema e da publicidade. Sempre me senti atraído pelo teatro; é por isso que me pediram para criar espectáculos integrados, incluindo tiroteios de filmes, em vez de fazer espectáculos clássicos. Gosto de trabalhar com vários recursos visuais.Quando conheci Franco Dragone, organizámos muitos shows como o da Disney Parade, a cerimónia do Campeonato da Europa [Euro 2000] e "Décrocher la Lune", que decorre na cidade natal de Franco [La Louvière]. Depois, comecei a minha própria empresa e a organizar grandes espectáculos.

Quando nasceu a empresa e quais os principais marcos? Quando conheci a Anne [Roelandt], decidimos desenvolver uma estrutura que nos permitisse criar apresentações e espectáculos. Assim que recebemos o projecto de Peter Pan, tivemos que adaptar a nossa estrutura à importância do projecto. Então decidi trabalhar com a minha própria equipa. Os espectáculos são cada vez mais complicados; é por isso que prefiro ter a minha própria equipa. Às vezes posso trabalhar com uma empresa de produção, mas prefiro manter tudo no escritório.

© LESLIE ARTAMONOW ‑ SIMON PACO

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GRANDE ENTREVISTA

É considerado um guru na sua área. Qual é o segredo?Principalmente, muito trabalho; depois, muita experiência e uma boa rede de contactos. É difícil encontrar a equipa certa para nos apoiar nos projectos mais complicados. Precisamos de ter dimensões diferentes. Precisamos de estar, ao mesmo tempo, cientes das mais recentes tecnologias e entender como alguém pode andar sobre uma corda. Para além disto, o segredo para o meu sucesso permanecerá um segredo; caso contrário, já não seria um segredo (risos). Temos de nascer para isto. Não é apenas um método que se possa aprender. Nasci e fui criado no show‑business, o que me tornou na pessoa que sou hoje.

Como é o seu processo criativo?Passa por montar um átomo que explode. Temos de ser capazes de reunir todas as peças pequenas e fazer algo coerente com isso. As pequenas peças referem‑se a todas as pequenas ideias que, combinadas, farão uma grande ideia. Com tantas ideias, podemos seguir direcções diferentes, a parte difícil é mesmo escolher o caminho certo, uma direcção e manter a ideia. É como andar sobre uma corda, é muito frágil, e temos de ter cuidado a cada passo que se dá.

Quanto tempo demora a montar um espectáculo?Tudo depende da duração. É a minha mais‑valia e o meu trabalho saber como usar um palco, a cena. O que vamos fazer? Como vamos fazê‑lo? Por exemplo, na China, tinha sete dias para criar um espectáculo de 1h30. Temos de ser capazes de ter uma visão clara e deixar a imaginação fluir, mas, ao mesmo tempo, saber o que vamos fazer, quando vamos fazê‑lo e como o tornar possível. A experiência ensina‑nos a criar com os olhos fechados, não precisamos mesmo de ir para o local do evento para o imaginar, uma imagem será suficiente para saber o que precisa de ser feito. É por isso que sou capaz de realizar grandes espetáculos num curto período de tempo.

Que tipo de emoções procura quando cria um espectáculo?Quando crio um espectáculo, olho para todas as emoções existentes. Temos de conectar os espectadores com o show e a melhor maneira de fazer isso é através da ligação com as emoções. Podem ser de medo, felicidade, paixão, amor, ... Com os nossos shows proporcionamos uma viagem através de todas as emoções existentes.

Qual é o papel da tecnologia no seu trabalho nos dias de hoje?A tecnologia tem muita importância nos nossos espectáculos e estou sempre informado sobre as mais recentes tecnologias e inovações. Por outro lado, temos de tentar esquecê‑la e fingir que não existe. Não utilizo a tecnologia apenas para usá‑la, mas porque faz sentido nos nossos espectáculos. Temos de dar algo mais aos espectadores.

O orçamento é um desafio?Nunca há orçamento suficiente. As ideias serão sempre maiores do que o orçamento. Mas um grande orçamento não leva necessariamente a um melhor show, temos de ser capazes de colocar os elementos no lugar certo.

© LESLIE ARTAMONOW ‑ SIMON PACO

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GRANDE ENTREVISTA

Que conselho daria a um estudante que pretenda trabalhar em eventos?Para se tornar cenógrafo, é preciso ter um dom. Temos de o sentir dentro de nós, não é uma obrigação. Um cenógrafo terá de se interessar por espetáculos, terá de aprender sobre isso, mas também tem de nascer com isso. O que faço é diferente de alguém que organiza eventos.

Já produziu um evento em Portugal? Se sim, qual é a sua opinião sobre a oferta local?Sim, organizei um espectáculo para a Nespresso no Casino Estoril. É óptimo trabalhar com portugueses.

Pode partilhar connosco a história mais incrível que aconteceu num dos seus eventos?Cada evento tem uma história única e é uma experiência de encontro de diferentes nacionalidades. Mas posso partilhar uma história que nunca vou esquecer. Organizei um espectáculo para o Euro 2000. A dada altura, um grande balão deveria subir ao céu e deixar cair uma cortina com um grande logótipo, isto enquanto haveria fogo‑de‑artifício. Praticámos essa parte pelo menos dez vezes e todas funcionaram perfeitamente. No momento em que a cortina tinha que cair do balão grande, a cortina não desceu, o que foi realmente um momento terrível. Felizmente, estava preparado para isso e tinha pedido a um dos meus colegas para ir ao palco e cortar as cordas se a cortina não descesse. Mas este plano B não tinha sido praticado antes e tivemos que improvisar no momento, porque o show tinha de continuar. No final, percebemos que a solução de recurso foi ainda melhor do que o plano original.

NOVE PERGUNTAS A LUC PETITCidade perfeita para viver? Bruxelas.

Viagem de sonho? A minha imaginação leva‑me aos maiores destinos todos os dias.

Melhor espectáculo a que assistiu e que não organizou? Pinkarnaval, do Jean Paul Gaultier em Montreal.

Hobby? Estudar aves.

Destino/ local para organizar um evento? A lua.

Evento inesquecível?O Cirque du Soleil e a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres.

No final de um evento, o que realmente precisa é de...? Passar algum tempo com os artistas após o espectáculo para ver como está a energia, se eles estão positivos sobre o espectáculo.

Alguém que gostaria de conhecer? Infelizmente já não está entre nós, mas teria adorado conhecer Stanley Kubrick.

As primeiras coisas de que se lembra sobre Portugal? Pastéis de nata e Palácio da Regaleira.

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EVENTS, DO PORTUGUESE DO IT BETTER?É irónica a forma como os clientes estrangeiros (sejam agências ou clientes finais)

chegam a Portugal para fazer eventos, e, ao longo do processo, passam de uma

natural desconfiança inicial para um total deslumbramento com as agências,

fornecedores e profissionais de eventos em Portugal.

PEDRO RODRIGUES | COORDENADOR | DESAFIO GLOBAL ATIVISM

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Falamos de clientes que, por causa dos eventos que organizam, já correram o mundo e, nesse âmbito, lidaram com todo o espectro de “profissionais” de eventos. Da extrema incompetência ao rigor profissional extremo, passando pelo profissional que não os compreende mas que a tudo diz que sim.

Imaginem o profissional de eventos

alemão ou nórdico, o cúmulo da

eficiência, desde que seja das 09h00

às 17h00, com tudo planeado semanas

antes num rigor obsessivo. E não

lhe peçam nada fora da sua área de

intervenção e, se ousarem pedir alguma

coisa extra, que isso seja requerido

formalmente com um mínimo de 72

horas de antecedência.

Imaginem alguns países eminentemente turísticos, nas Caraíbas, Ásia e afins, onde o conceito de serviço implica que digam sempre que sim ao cliente, independentemente da complexidade dos seus pedidos, para que, mais tarde, o cliente descubra que não só o que pediu não acontece como, muitas vezes, o seu pedido nem sequer foi entendido.Ou, por fim, aquele jeitinho sul‑americano e mediterrânico “malandro” de ter uma relação com o “gringo” na qual, pela frente, transbordam sorrisos, abraços que não se fecham e facilidades para, por trás, o cliente ser confrontado como uma oportunidade única de maximizar o lucro, através de esquemas, comissões e afins num processo onde o profissionalismo e eficiência são valores inexistentes.São clientes que já lidaram com todos estes perfis que aterram num pequeno país à beira mar plantado.E, a pouco e pouco, descobrem um clima maioritariamente afável, de excelente qualidade e uma gastronomia que tem tanto de diversificada e insólita como de boa e surpreendente. E tudo isto a um preço surpreendentemente justo ou mesmo baixo quando comparado com outras cidades do mundo.

E, no meio destas constatações, começam a lidar com fornecedores, venues e profissionais portugueses. E é maravilhoso ver como, ao longo do processo, a desconfiança natural se transforma primeiro em simpatia, depois em confiança e, no fim, em entusiasmo.

SENÃO VEJAMOS:

‑ Ajudamos o cliente na nossa área de actividade e, de uma forma altruísta, ajudamos em outras áreas de serviços, mesmo que não tenham a ver connosco (um processo que em alguns países irmãos obedeceria a um esquema de comissões perfeitamente instruído).

‑ Estamos disponíveis 24 sobre 24 horas sempre com um sorriso. Já estamos no local do evento quando o cliente chega e, garantidamente, vamos ficar muito mais horas no local do evento, em especial com clientes que “recolhem” ao final da tarde.

‑ Somos tecnicamente excepcionais. Temos, de facto, dos melhores equipamentos técnicos e dos melhores profissionais do mercado em áreas tão estratégicas quanto a gestão de eventos, audiovisuais, catering e venues.

‑ Independentemente do grau de cansaço, desgaste e responsabilidade, criamos ligações emocionais com o evento que estamos a fazer, e com o cliente. Não é apenas “um trabalho”, é um desafio, uma missão e uma vocação.Por tudo isto, já tive o privilégio de assistir, algumas vezes, ao processo de metamorfose do tal “gringo” desconfiado para clientes‑fãs‑amigos‑e‑admiradores dos profissionais portugueses.Desde a fase inicial de apresentação de propostas para o evento (onde aliamos criatividade ao rigor técnico), passando pela fase de implementação do projecto (onde todos se envolvem e contribuem) até à realização do evento.No final, este cliente agradece o trabalho desenvolvido, a maior parte das vezes em projectos de uma responsabilidade avassaladora, e regressa ao seu país com uma convicção firme: “Events, Portuguese do It Better!!!”.

PS – E uns meses depois toca o telefone e o cliente (uma das maiores empresas de eventos do mundo) pergunta aos portugueses: “Já que o evento de 22.000 pessoas que fizemos convosco correu tão bem, aceitariam o desafio de o vir fazer, agora com 40.000 participantes, a São Paulo?”

OPINIÃO

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ACTIVAÇÃO DE MARCACONSUMIDORES CADA VEZ MAIS EXIGENTES

A construção de uma marca é um processo longo, de permanente contacto com os

consumidores, e envolve as mais variadas acções, above e below the line.

Publicidade, eventos, relações públicas, iniciativas no ponto de venda, patrocínios, etc. são formas de comunicar (cada qual com o seu foco) com o público‑alvo. Concentremo‑nos sobretudo nos eventos (não fosse esta uma revista especializada neles). Quais as principais tendências na activação das marcas? Estivemos à conversa com Manuel Roque, da Pitch, Vasco Pereira, da Evoke It, e Rui Batista, da UpPartner, três agências especializadas nesta ferramenta.

TODA A GENTE FALA EM ACTIVAÇÃO DE MARCA

Não há grande bibliografia sobre “activação de marca”, só que esta também não é uma abordagem académica, mas “hands on”, ouvindo pessoas que estão todos os dias no terreno. O termo é relativamente recente. E há mesmo quem não goste dele, perguntando‑se “activa‑se uma marca por oposição a esta estar desactivada”? A saturação dos canais tradicionais, a migração de certos consumidores da televisão para a Internet, a crise, a volatilidade de comportamento do consumidor, a necessidade das marcas de fornecerem experiências distintas, entre outros factores, leva a que cada vez mais haja esta conversa entre marcas e consumidores. “A activação de marca sempre se fez, com outros nomes: promoções, experiências, eventos. Hoje em dia, o rótulo da activação de marca ficou. Por um lado estas acções cresceram bastante em tempos de crise, com budgets mais reduzidos apostava‑se nelas, e depois os bons resultados com as activações fizeram com que elas hoje em dia sejam encaradas como obrigatórias, quando se faz um plano integrado de comunicação”, refere Manuel Roque, da Pitch. O conhecimento sobre esta área está a crescer em Portugal, garante Vasco Pereira, da Evoke It. E também o negócio. “Relativamente à área de negócio em si, tem‑se verificado um crescimento, existindo perspectivas positivas para o futuro”. Na UpPartner o termo não é muito querido.

“Preferimos 'Live Communication' à expressão 'activação de marca'. Para nós activar uma marca passa por envolver o target com a mesma, ao vivo e de uma forma emocional e marcante, gerando uma experiência de marca. Activamos a mesma sim, mas queremos que a nossa audiência se sinta envolvida, imersa nos eventos que criamos e produzimos”, sublinha Rui Batista. Esta opção deve‑se ao facto de a expressão se ter generalizado, passando “a servir para tudo”. “Podemos remeter para activação de marca ou produto uma dada acção publicitária, ou outra que seja desenvolvida no âmbito do plano de marketing, e é um termo muito genérico”, diz.

DOSSIÊ TEMÁTICO

MANUEL ROQUE | PITCH

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REDES SOCIAIS

Vieram transformar a comunicação, exponenciaram o alcance das mensagens, aumentaram a interactividade. Isso impõe desafios às marcas. As redes sociais são, hoje, uma das principais ferramentas de trabalho da Evoke It, partilha Vasco Pereira. “Uma acção de activação de marca também vive do seu instante e da consciencialização desse instante”, afirma o responsável da Evoke It. Manuel Roque sublinha que as plataformas digitais e as redes sociais “tornaram a activação mais musculada e amplificaram a sua mensagem”. Para Rui Batista, director de eventos da UpPartner, as redes sociais revolucionaram a disciplina dos eventos. “Hoje todos podemos opinar, participar e fazer parte de acontecimentos reais através do uso do digital. No meu entender, se é verdade que nunca foi tão fácil comunicar ou dar a conhecer um evento como nos dias de hoje, também não é menos verdade que encontrar as ferramentas certas para o fazer, e usar as mesmas da melhor forma, se apresenta como um dos desafios do advento das novas tecnologias”.

CONCEITOS

Criatividade e estratégia são fundamentais. É preciso corresponder às paixões, aos interesses, aos desejos dos consumidores. Criar conceitos para conteúdos é um desafio para as agências. O responsável da Pitch acredita que é mais difícil passar os conceitos do que criá‑los e apela: “Precisa‑se de mais atrevimento e ousadia da parte de quem decide, do marketeer”. Rui Batista é da opinião de que o mais difícil é criar conceitos que gerem conteúdos. Mas “se um conceito for forte o suficiente, seja para a área corporativa ou para o consumidor, a realidade é que os conteúdos acabam por surgir”, declara. Para Vasco Pereira o mais complicado é inovar nos conceitos. “Esse desafio constante de ser diferente e ao mesmo tempo manter relevância na informação que queremos partilhar com o público‑alvo, penso que esse é o grande desafio”. Difícil porque os públicos são mais exigentes?, quisemos saber. “A exigência tem aumentando, sendo as marcas responsáveis, em parte, por esta situação. Com a busca para tentar surpreender sempre os consumidores, estes têm vindo a aumentar as expectativas e as exigências”, refere o responsável da Evoke It, agência com sede em Aveiro, e de grande pendor tecnológico. A opinião, na globalidade, é partilhada pelos outros entrevistados. “Actualmente em qualquer evento que desenhamos, temos acrescidos cuidados com elementos como a segurança, o impacto nos media, e outros fatores. Se é verdade que, para uma marca, realizar um evento é um excelente meio de comunicação, o facto é que a mesma está a expor‑se directamente junto das

suas audiências e temos de acautelar qualquer eventualidade”, refere Rui Batista. “O público sabe muito bem o que quer. Por isso temos activações com grandes adesões, pela experiência de marca, ousadia, prémios/brindes, e outras nem por isso. Quando percorremos um festival de música percebemos muito bem o que o público quer, onde está presente, em que stand quer estar, o que quer fazer. Através das redes sociais notam‑se cada vez mais as opiniões de agrado ou de desagrado”, sublinha Manuel Roque. Desafiámos os nossos entrevistados a partilharem connosco como funciona o seu processo criativo. Manuel Roque explica que a inspiração vem do que os rodeia e das necessidades da marca. “Uma das nossas missões na criatividade é fazer o que ainda não foi feito e penso sinceramente que o temos conseguido algumas vezes”. Vasco Pereira não tem uma receita fixa. “Todas as acções são diferentes. Contudo, e tendo em conta a nossa componente tecnológica, existem sempre algumas preocupações que se tornam constantes. A melhor forma de caracterizar o nosso processo criativo é olhar para o conceito de gamification e de retorno imediato para o utilizador, ele deverá sempre sentir que terá um benefício a cada acção e cada partilha”. Rui Batista confessa: “Gosto de envolver o máximo possível de pessoas no processo criativo”, mas sem métodos específicos. “Por vezes damos connosco a ter ideias e pensar em conceitos nos ambientes mais inusitados. A área da criatividade no meu entender não se compatibiliza muito com regras. No entanto não descuramos em nenhuma fase deste

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RUI BATISTA | UPPARTNER

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processo todo o conhecimento e factos que o cliente nos possa transmitir ou que nós possamos investigar. No final de tudo não existem más ideias, só ideias geniais que por vezes são mal executadas, algo que evitamos a todo o custo”. Os brindes são muitas vezes peças do puzzle na estratégia de activação da marca. Mas têm perdido a importância, segundo Rui Batista. “O consumidor quer cada vez mais que lhe proporcionem experiências com a marca, ou descontos significativos. A vertente brinde perdeu parte da sua importância, a menos que seja muito diferenciador ou extremamente adequado ao que se pretende”. Já Vasco Pereira reconhece‑lhes bastante importância, seja eles físicos ou digitais. “Sem estes torna‑se mais difícil evocar a marca no consumidor/utilizador após a acção/evento”. Manuel Roque, da Pitch, vê os brindes integrados na activação e pensados de acordo com ela. “Os brindes são necessários. Penso que hoje em dia já estão mais ligados com o conceito da campanha, da activação, já não são uma peça fora do baralho, como acontecia anteriormente”. Envolvimento do cliente e avaliação do retornoAté onde pode ir o envolvimento do cliente (marca) na criação do conceito e da sua implementação? Rui Batista é muito pragmático. “Até onde quiser e achar por bem. Devido à dinâmica de trabalho actual, nem sempre é possível ter o cliente envolvido nos processos criativos. Pessoalmente tenho imensa pena que tal aconteça , pois acho que ter um cliente a participar activamente com a agência proporciona ganhos de tempo. E quem melhor conhece a marca?”, diz. “O envolvimento do cliente tem que ser total, na passagem de um briefing bem elaborado. Depois cabe à agência interpretar e criar a partir dele. Mas esta fase inicial é crucial para um bom trabalho em conjunto”, diz Manuel Roque. Na forma de trabalhar da Evoke It, o cliente está envolvido ao máximo, conforme conta Vasco Pereira. “A acção terá de espelhar os valores de cada marca. Para isso, gostamos de a envolver na nossa linha de criação e de produção”. E uma vez activada a marca é necessário medir a eficácia. “Medir o retorno de um investimento realizado é um dos pontos fulcrais em qualquer negócio, por isso esta questão é considerada de extrema importância pela Evoke It. Aliás, se não o fizermos corremos o risco de não conseguirmos justificar a potenciais e actuais clientes qual o benefício de utilizar tecnologia em determinada acção”, refere Vasco Pereira. E fazem‑no medindo indicadores como tempo por contacto, número de contactos, retorno de valor social e o retorno de valor para a marca, explica. Manuel Roque, CEO da Pitch, acredita que medir é fundamental. “O resultado das mesmas [medições] é decisivo para o futuro do nosso trabalho. Os estudos quantitativos e qualitativos permitem ter uma amostragem correcta de como o nosso consumidor viveu, percebeu e aderiu à activação”. Esta opinião converge com a de Rui Batista, que qualifica a avaliação como “absolutamente necessária” para que o gestor/cliente possa tomar as melhores decisões

possíveis. E fazem‑no desde o início do processo, no conhecimento do público‑alvo. “Temos diversas ferramentas que nos permitem ir medindo os resultados dos nossos eventos. No final são gerados relatórios e debatidos todos os aspectos mensuráveis do evento. Ao longo do tempo temos vindo a investir tempo na formação das nossas equipas. Através da nossa empresa europeia 27Names e com a ajuda de especialistas na área como o Dr. Eling Hamso (Event Roi Institute), temos vindo a apostar neste tipo de ferramentas e de serviços”.E haverá marcas mais difíceis de activar do que outras? Este é um desafio para as agências. “Quando comunicamos saúde num festival, à partida o tema é 'boring', porque as pessoas querem é divertir‑se e não estão preocupadas se beberam mais do que a conta, se estão com a cabeça ao sol. O desafio é tornar essa comunicação séria, responsável, mas fun ao mesmo tempo”, explica Manuel Roque. Vasco Pereira acredita que todas as marcas têm oportunidades de activação, “basta que existam criativos capazes de as encontrarem”. Não obstante, “existem alguns desafios mais exigentes do que outros”. “Penso que todas as marcas são possíveis de activar”, refere o director de eventos da UpPartner, que continua, “já vi eventos e campanhas altamente criativas baseadas em produtos ou marcas que não são de modo algum love brands”. Para Rui Batista o importante é “haver uma cumplicidade muito forte entre contacto e cliente, marca e audiências, factor que permite por vezes ir mais além e realizar experiências únicas. A título de exemplo, na UpPartner produzimos muitos eventos para o mercado corporate, à 'porta fechada', que se pudéssemos divulgar iam mostrar acontecimentos brilhantes e únicos”, remata.

Cláudia Coutinho de Sousa

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VASCO PEREIRA | EVOKE IT

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CONSULTÓRIO DE PROTOCOLO

CONSULTÓRIO DE PROTOCOLONo Consultório de Protocolo desta edição, as nossas especialistas, Susana de Salazar Casanova e Cristina Henriques, respondem a uma questão enviada por uma leitora.

Viajarei daqui a alguns meses até ao Qatar por motivos profissionais. Enquanto mulher, que comportamentos devo em absoluto respeitar? SS

A pergunta é da maior pertinência. O Qatar é considerado um local seguro, no qual os visitantes são veementemente aconselhados a respeitar as tradições e os hábitos locais e, sendo do género feminino, deverá ser especialmente cuidadosa. O árabe é a língua principal e oficial mas o inglês é falado por todos. É muito apreciado que um estrangeiro expresse algumas palavras básicas em árabe.Os estrangeiros são aconselhados a vestir de forma discreta, por respeito à cultura local. Uma mulher deve prestar especial cuidado à forma como se apresenta e a todos os aspectos influenciadores da imagem (cabelo, maquilhagem, acessórios). A presença visual nunca se deverá sobrepor à actuação profissional, pelo que a discrição é a atitude mais inteligente. Em locais públicos, os ombros devem estar sempre cobertos (aconselha‑se roupa com mangas) e as saias devem ser pelo joelho, mas as estrangeiras não são obrigadas a cobrir o cabelo. As transparências são totalmente desaconselhadas. Os homens devem usar vestuário formal (fato e gravata).As pessoas possuem vários nomes próprios e a ordem é similar à Ocidental (nome próprio precede o nome de família); alguns dos nomes próprios simbolizam a posição familiar (por exemplo, filiação) ou a ligação a alguma associação; contudo, o nome pelo qual se identificam é o primeiro e, portanto, é por este que devem ser tratadas. Os títulos honoríficos são utilizados antes do apelido e os títulos académicos devem ser respeitados.As apresentações devem ficar a cargo de terceiros, dado que a auto‑apresentação não é totalmente bem aceite. Num encontro, deve aguardar‑se pela indicação do lugar a ocupar. Os mais velhos ou de maior estatuto devem ser cumprimentados primeiro. O tipo de cumprimento deve ser o tradicional aperto de mão. É frequente que os homens se beijem entre si, mas esse procedimento não deve ser iniciado por um estrangeiro. O “salaam” engloba, além do aperto de mão, levar a mão direita ao coração após o cumprimento, em sinal de sinceridade e abertura, enquanto que a mão esquerda pode tocar o ombro do interlocutor. A troca de cartões de visita é frequente e desejável.Jamais devem ser tiradas fotografias sem prévia autorização dos fotografados. Não é de bom gosto falar de política ou de qualquer assunto controverso e as pessoas não devem ser inquiridas quanto

às respectivas actividades profissionais e rendimentos, bem como sobre a vida de família. Temas completamente “proibidos” são Israel, os Judeus, trabalhadores estrangeiros, o fundamentalismo Islâmico, os direitos das mulheres. Portanto, os assuntos a desenvolver são interesses pessoais e “hobbies”, aspectos culturais, viagens, desportos. As pessoas costumam falar devagar e em tom baixo, pois falar alto e gritar é considerado rude. O silêncio pode ser uma forma de comunicar proactivamente e, portanto, não deve ser ignorado mas sim interpretado à luz do contexto.As bebidas alcoólicas não são aceites. Ao visitar uma mesquita, deve descalçar‑se e cobrir a cabeça, não usando roupa decotada, calções, saias curtas e blusas sem mangas, pois a entrada seria barrada. Não se deve passar à frente de quem esteja em oração.A mulher deve exercer a sua autoridade de forma muito subtil e não ameaçadora, para não criar situações constrangedoras. As equipas locais vão encarar a mulher executiva como uma verdadeira “expert”, pois de outra forma não acreditariam que a mesma fosse enviada para negociar num país Muçulmano. Como nestes países os encontros/eventos sociais decorrentes das relações profissionais normalmente são frequentados por homens, as mulheres devem cultivar as suas relações profissionais apenas durante o tempo de trabalho, propriamente dito.Estabelecer relacionamentos de confiança é fundamental para o desenvolvimento de um processo negocial, pelo que nenhum detalhe deve ser deixado ao acaso. Pode ser necessário lidar com a eventualidade de ser atendida em último lugar, sempre após os homens. A aceitação de tal comportamento, enquadrando‑o como uma “nuance” cultural e não como uma desconsideração, poderá evitar aborrecimentos.O comportamento mais adequado é agir de acordo com o preceito de que, estando num país estrangeiro e numa cultura muito diferente, respeitar essa cultura e respectivas regras é uma atitude reveladora do maior bom senso.A mulher não deve perder nenhuma oportunidade de demonstrar o quanto os seus laços familiares são fortes e importantes pois, sendo a família fundamental para os Muçulmanos, estes vão apreciar essa atitude.

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A IMPORTÂNCIA DE ESCOLHER UMA AGÊNCIA DE MARKETING INTEGRADOO mundo mudou mais nos últimos cinco anos do que nos últimos cinquenta anos.

Nas agências também!

A tecnologia tem um papel fundamental nas mudanças do nosso negócio. Os conceitos continuam os mesmos de sempre e são absolutamente válidos. Com a tecnologia, pudemos aplicar estes conceitos de forma interactiva, facto que não existia há 10 anos, ou não tinha a representatividade que tem hoje, e isso acarreta um impacto directo no nosso negócio.

O cliente é cada vez mais exigente.

Diariamente é impactado por milhares de campanhas tradicionais, subliminares, relacionais, digitais, pelo smartphone, pela Internet, pelo que se nos mantivermos a actuar no mercado como o

fazíamos há cinco anos estaremos condenados ao fracasso e apenas a trabalhar num fragmento do mercado. Por isso, as empresas exclusivamente orientadas para a organização de eventos e congressos (PCO) tendem também a evoluir e a tornarem‑se muito semelhantes no futuro, quer do ponto de vista tecnológico, quer dos serviços que oferecem, pois o objectivo é a realização de uma tarefa para o cliente. Neste sentido, as agências que se tornarem interactivas, orientadas para o cliente e com uma perspectiva de consultoria em todos os serviços de A a Z na realização do evento, assumem uma vantagem competitiva.Em tudo o que fazemos, não fazemos nem publicidade, nem comunicação de forma tradicional. Tudo o que fazemos assenta

PAULA ALMEIDA E VASCO NORONHA | FACTOR CHAVE

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OPINIÃO

num conjunto de acções pensadas e estruturadas com o objectivo do resultado final, com muito planeamento e estratégia. O resultado de trabalharmos com esta filosofia de marketing nos eventos e congressos que criamos, não é vender, não é branding. É criar experiências, gerar leads e criar relacionamento.Quem ainda considera que o marketing corresponde apenas e simplesmente ao envio de um mailing, ou a comunicar um congresso numa revista da especialidade onde este se realiza, prepare‑se para bem mais do que isso. É por isso que para nós é uma filosofia de estar, de viver a organização, que pode e deve estar inserida em todos as ações que desenvolvemos. Para melhor compreendermos a vivência desta filosofia, há que ter noção e conhecimento da sua definição. A palavra marketing provém da junção de duas palavras inglesas: “market” e “ing”, mercado e acção/movimento; podemos então definir marketing enquanto o mercado em movimento. Existe no entanto quem entenda marketing apenas como comercialização; apresentamos algumas definições que em nosso entender transmitem exactamente o que sentimos:“Marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”, segundo Philip Kotler. “A venda foca as necessidades do vendedor, o marketing as necessidades do comprador”, segundo Theodore Levitt. “O objectivo do marketing é tornar a venda supérflua, é conhecer muito bem o cliente, que o produto ou serviço vende‑se por si próprio”, para Peter Drucker.É com base nesta inspiração que consideramos que trabalhar com uma agência de marketing integrado faz toda a diferença. É cada vez mais importante não limitar a actuação de uma agência apenas ao conceito da realização e/ou comunicação para realizar os eventos ou campanhas e outras acções.O marketing, ao assumir o epicentro da nossa organização, assenta igualmente nos mais avançados métodos e meios tecnológicos disponíveis; contudo, adicionamos o facto de conhecermos profundamente o mercado onde nos encontramos, mantemo‑nos continuamente a estudá‑lo e adaptamo‑nos às suas constantes alterações, tendo como objectivo preencher as necessidades insatisfeitas dos nossos parceiros, influenciar o cliente destes, assim como o seu público‑alvo, as suas atitudes e escolhas favoráveis aos objectivos da organização que representamos em cada momento e que sentimos como ‘nossa’. Em todos os mercados tudo acontece através de trocas, sobretudo transacções, em que ambas as partes ficam satisfeitas e nunca em situação pior do que o estado de carência/necessidade insatisfeita anterior à transacção; caso

contrário, ou o cliente/consumidor não fica satisfeito ou a organização/empresa não obtém retorno/lucro.Com esta filosofia, marcar positivamente o nosso cliente e mantê‑lo fiel a uma marca/serviço nos dias de hoje requer toda a nossa atenção e um conjunto enorme de acções. Todas as agências que se definirem somente de marketing, de organização profissional de congressos, de marketing relacional, de comunicação ou apenas de publicidade, estão condenadas a morrer, pois não consideram todas as variáveis do mercado.O que tem mudado na actividade da maioria das agências, boa parte delas desafiadas pelo uso de plataformas digitais e da internet, foca‑se ainda em grande parte na sua facturação e/ou exclusivamente nas acções de ‘secretariado’ de eventos, que inclui até a realização de alguma publicidade. Um dia, tecnologicamente todos seremos iguais. Nada mais haverá para satisfazer o que tecnologicamente não esteja disponível e que não possa ser respondido. O problema ao dia de hoje, é que isso ainda está à frente do tempo. Hoje, uma agência de comunicação que faça também marketing digital e cujo objetivo seja a construção de marca, está numa área completamente diferente da nossa.O nosso objectivo é integrado, constituído por marketing directo, relacional, promoção, tecnologia, comunicação, entre outros.Construímos marca também? Sim, mas esse não é o nosso objectivo principal, que é conectar as pessoas às marcas, criar relacionamento, experiência e criar interactividade. Este é na nossa opinião o modelo do futuro. A eficiência é cada vez importante no nosso negócio. Temos que ‘fazer acontecer’ e ainda assim os clientes gastarem menos e obterem mais resultados. É preciso utilizarmos a inteligência para eliminar custos marginais e gerarmos soluções mais personalizadas.

Vivemos num ambiente de constante

mutação e temos que estar preparados.

Durante o evento, uma imagem

vale mais do que mil palavras e o

momento perpetua‑se...

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JOÃO RICARDO PATEIRO

O FUTEBOL E A RÁDIO CONQUISTAM AS EMPRESASJornalista na TSF, João Ricardo Pateiro é sobretudo conhecido pelos relatos de futebol. O que muitos não sabem é que ele integra a Tertúlia dos 40 e ainda faz storytelling em empresas, aproveitando histórias do desporto‑rei e episódios reais que aconteceram na rádio. A conversa com o jornalista decorreu na Robalo&Macedo, em Matosinhos, uma oficina de carros antigos, outra das suas paixões.

A forma como narra os golos, cantando músicas para os marcadores, tornou‑se um fenómeno na Internet, cá e além‑fronteiras, valendo a João Ricardo Pateiro, em 2012, o prémio do canal de televisão ESPN Brasil pelo “golo mais bem relatado do mundo”. Mas a nossa conversa não foi só sobre futebol, quisemos saber mais sobre os outros projectos em que está envolvido. Nos espectáculos da Tertúlia dos 40 – que divide com Carlos Daniel, também jornalista, e Filipe Fonseca – o trio faz “um flashback aos anos 80”, cantando as memórias dessa época: músicas, desenhos animados ou séries. À música, João Ricardo Pateiro acrescenta gaffes e situações engraçadas que se passam no ambiente da rádio e do futebol. O registo divertido levou a que empresas

começassem a contactá‑lo para sessões in‑house. A receptividade tem sido muito boa e cada vez recebe mais destes contactos através da página no facebook ou do email [email protected].

“Jorge Perestrelo, num jogo internacional no Estádio da Luz, que tinha três árbitros ingleses. Na folha de jogo, à frente de cada árbitro aparecia entre parêntesis ENG, de England. E o Perestrelo diz: ‘A curiosidade esta noite na Luz é termos um trio de engenheiros para arbitrar a partida. E depois admiram‑se que a arbitragem internacional tenha outro nível’.”

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E o que é que o mundo das empresas pode aprender com o da rádio e do futebol? “A capacidade de resolver rápido, de pensar rápido. A rádio é muito imediata. Está a acontecer, estamos a noticiar. Esse imediatismo, rapidez e técnica podem ajudar”, contou à Event Point. Igualmente importante é o espírito de equipa. “Num relato de futebol, o relatador é o chefe de equipa, mas existe todo um jogo de equipa entre ele, o comentador, o repórter e o técnico. E às vezes, em alguns jogos, são dois ou três repórteres. É preciso percebermos os timings, quando vamos falar, para não nos atropelarmos uns aos outros. Quando a equipa é muito alargada, fazemos uma reunião, uma revisão rápida. Se somos muitos no ar, vamos começar com calma; vamos pôr o comboio a andar, devagarinho, e quando damos por ela está em grande velocidade. Isso também é a experiência que te dá.”Com um guião mais ou menos estabelecido, o jornalista adapta‑se ao público e por isso procura saber sempre que tipo de pessoas pode encontrar nestas apresentações. “Posso não usar algumas piadas com uma linguagem menos apropriada para determinado momento. Mas se achar que funciona bem, já as coloco. Quando me contratam tento saber o que é a empresa, quais as pessoas que vão estar, qual a idade dessas pessoas. É fundamental. E embora haja piadas que são transversais, que qualquer pessoa gosta, com a experiência vais percebendo o que utilizar ou não. E tento juntar sempre coisas novas, ir renovando”, explicou.

“Na véspera de um Boavista‑FC Porto, supostamente a claque do Porto foi ao Bessa pintar a pantera de azul. No dia seguinte, eu e uns colegas confrontámos Pinto da Costa com esta situação: ‘Sr. Pinto da Costa, alguns elementos foram ao Bessa de madrugada e pintaram a pantera de azul; o que é que o senhor tem a dizer sobre isso?’. E ele responde: ‘Olhe, quem começou foi a claque do Boavista, porque a pantera é cor‑de‑rosa’.”

A Tertúlia dos 40 é também um projecto que pode estar presente em eventos corporativos. Perto de completar três anos, este trio fez já a primeira música original. “Estamos a preparar uma outra dedicada à Baixa do Porto.” Uma evolução natural deste espectáculo: músicas novas, blocos novos, um cenário diferente em palco, teatralizar mais. “Vamos evoluir também com um novo conceito de espectáculo. Acho que vai ficar engraçado. Temos a expectativa de que isso nos faça dar um salto neste mundo em que, principalmente eu e o Carlos Daniel, nunca pensamos vir a entrar. Temos gostado e é uma coisa que nos preenche. As pessoas devem fazer o que gostam. Não temos ambição de fazer vida de cantores, mas se podemos ter esta second life, porque não? Se nos divertimos e divertirmos os outros não vejo problema nisso”, concluiu.

“Numa entrevista à RTP, Paulo Catarro pergunta a Pinto da Costa: ‘Sr. Pinto da Costa, Vítor Pereira será um nome interessante para dirigir a arbitragem?’. E Pinto da Costa responde: ‘Olhe, Vítor é um nome normal, Pereira é um nome normal, acho mais interessante por exemplo o seu, Catarro’.”

SUGESTÃO

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CONRAD ALGARVELUXO CONTEMPORÂNEO É um hotel atractivo para reuniões e incentivos, apesar de 85% do negócio ser de lazer. “Devido à sazonalidade do destino, esses grupos funcionam muito bem como complemento à época alta, estendendo‑a, e também na época baixa”, explica Joachim Hartl, o austríaco que dirige o Conrad Algarve, inaugurado em 2012. Uma parte da estratégia passa por serem interessantes para quem globalmente procura a chancela Hilton, e a Conrad é uma das 12 marcas do grupo em diferentes mercados, incluindo Portugal.

PROMOÇÃO “Quando perguntamos a muitos portugueses sobre esta região”, diz Joachim Hartl, “eles também nos falam do sol, da praia, do golfe, mas o Algarve é muito mais do que isso”. Assim, o Hotel procura trabalhar com DMCs, PCOs, desenvolvendo aquilo a que chama “experiências algarvias”.O destino tem feito um grande esforço de promoção, reconhece o director do Conrad. “mas é necessário aumentar o entendimento do que é o Algarve, mesmo em mercados tradicionais como o Reino Unido, a Alemanha e os EUA”. E o Algarve pode entender‑se recolhendo bivalves na Ria Formosa ou indo ao mercado de Loulé comprar os ingredientes para fazer uma cataplana. É possível nadar com atuns, com cães de água, “que os americanos adoram por causa de Obama”. “O Algarve é especial porque é autêntico, e é isso que os clientes querem. Tivemos um grupo de sheiks, e no

programa estava a apanha de bivalves. Eu pensei que devíamos ter cuidado porque talvez eles não estivessem muito disponíveis para esse tipo de experiência. Adoraram! Andaram com as mãos na lama… Nunca tinham feito nada do género! Essas experiências é que ligam as pessoas ao Algarve e nos permitem trazer grupos para cá. Porque senão estamos em competição com Barcelona ou Veneza”, diz Joachim Hartl.

VOOS As ligações aéreas para Faro são talvez o maior desafio da região. “O facto de a TAP não ter nenhum voo directo de nenhuma capital europeia para o Algarve é inexplicável”, no entender do responsável

HOTELARIA

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pelo hotel, mas reconhece os vários esforços feitos para que haja voos o ano inteiro, e não apenas na época alta. “Queremos um destino de 12 meses. E o Algarve tem o clima, tem todas as condições para estar nos radares do mundo”.

ESPAÇOS “INTRIGANTES” Sendo uma unidade ainda nova, posicionada para o “luxo contemporâneo”, todos os standards de conforto estão bem presentes no Conrad. A estes soma‑se a possibilidade de fazer eventos em espaços mais “intrigantes” como a suite principal, voltada para um terraço ajardinado, e eleita o ano passado a melhor suite da Europa. Pode optar ainda pela piscina coberta de mosaicos, churrascos no exterior, e até no parque de estacionamento acontecem coisas interessantes. “Uma das ligações que estabelecemos é a da marca ao universo da arte, da decoração. Tivemos 20 artistas de rua portugueses que criaram um cenário único no nosso parque de estacionamento. Podemos iluminar esses graffitis, ou parte deles, e criar um cenário único, em que conjugamos automóveis clássicos com apontamentos de arte contemporânea”, exemplifica Joachim Hartl. E acrescenta, “Os nossos clientes já estiveram nos quatro cantos do mundo, precisamos dar‑lhes algo único”.

OPERAÇÃO O Algarve não é um destino para grandes congressos, mas para eventos mais pequenos, acredita Joachim Hartl. “Nós por exemplo podemos reservar todo o hotel para um único grupo e torná‑lo privado. Os produtos de luxo, as áreas médica e de investigação científica, o lançamento de automóveis… A região tem que ir buscar estes nichos”.Sobre o compliance, o director do Conrad reconhece que “é uma preocupação, claro, e temos que lidar com isso. Um congresso médico não pode ser feito num espaço como o nosso, simplesmente porque somos um hotel de cinco estrelas… É algo com que temos que conviver, e tenderá a alastrar a outras áreas da economia, mas não o vejo como uma ameaça”.Na altura de contratar pessoas para trabalharem no Hotel, “a atitude é o mais importante”, garante Joachim Hartl, “porque o resto pode ensinar‑se”. De todos os colaboradores do Conrad, 80% são portugueses e destes metade são algarvios. “A avaliação dos nossos hóspedes tem sido excelente. Mesmo quando há falhas, a atenção, o serviço, o interesse genuíno é o que conta mais. E é isso que tentamos cumprir”, explica o director daquela unidade.Hartl já conhecia Portugal antes de se mudar, há quatro anos e meio. E continua a achar o Conrad “um desafio fascinante”. “Estamos a falar de um investimento de 200 milhões de euros, e não há muitos assim na Europa, ainda para mais num contexto de crise. Acredito no sucesso do projecto e do Algarve”.

HOTELARIA

JOACHIM HARTL | DIRECTOR | CONRAD ALGARVE

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DUBAIDE VILA DE PESCADORES A CIDADE LÍDER NO MUNDOA tempestade de areia com que fomos recebidos no Dubai fazia temer o pior. Mas,

como diz o ditado, e muito apropriadamente neste caso, depois da tempestade vem

a bonança, e o emirado soube tornar‑se verdadeiramente inesquecível.

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“Há duas tempestades de areia por ano, arranjamos uma só para vocês”, começou por dizer Steen Jakobsen, director do Convention Bureau, aos cerca de 72 clientes e 18 jornalistas europeus que participavam na European Study Mission (21 a 23 de Fevereiro) ao Dubai, e que o escutavam atentamente no mais alto restaurante do mundo, o Atmosfere, em pleno Burj Khalifha (o edifício mais alto do mundo). O tom de brincadeira com que dirigia estas palavras escondia a preocupação clara de, apesar das contrariedades climáticas, conseguir mostrar o que de melhor o emirado tem para oferecer para eventos de negócio e incentivos. E tem muito. Uma certa falta de alma, de história, é compensada por uma incrível hospitalidade, profissionalismo e organização, e por uma sensação de que o que quer que fosse pensado ou sonhado para um evento, o Dubai faria acontecer. Aliás, em poucas horas, e devido às contingências do clima, a organização transformou um jantar planeado para acontecer no deserto, numa noite árabe numa sala de hotel. E tudo decorreu suavemente, como se estivesse pensado dessa forma desde o início. A viagem não teve um único sobressalto, o que diz muito da capacidade deste destino para a meetings industry.

THE SHEIKH MOHAMMED CENTRE FOR CULTURAL UNDERSTANDING

Foi, sem dúvida, um dos destaques da nossa passagem pelo Dubai, talvez devido ao espectacular guia que conduziu a visita, com uma capacidade de contar histórias notável. Neste espaço de conhecimento e de compreensão, o anfitrião tentou explicar alguns dos aspectos da cultura árabe, procurando desmistificar alguns estereótipos. Não se esquivou a nenhuma pergunta, mesmo as mais difíceis, como as que tinham a ver com o papel da mulher na sociedade. É um local absolutamente imperdível e uma bela opção para incluir num programa de incentivo. Falando em incentivos, aqui vão mais algumas ideias: safari no deserto, jantar mil e uma noites, descoberta dos souks, nadar com golfinhos, conhecer o Dubai de aeronave, corrida de carros no autódromo, polo a camelo. Sim, leu bem, polo a camelo, um desporto muito apreciado no Dubai. Não é fácil de jogar, mas é muito divertido e competitivo. Outro dos destaques da fam‑trip.

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QUANDO SE SONHA, SONHA‑SE EM GRANDE

A visão do sheik Maktoum, líder do Dubai, é clara, em 2020 quer ter 20 milhões de visitantes (em 2012 o número atingiu os 11 milhões), dos quais 3.5 milhões turistas de negócios. O sector da hospitality já representa 20% do PIB do emirado. O Dubai quer ser um hub de negócio, conhecimento e lazer. Além disso o destino pretende estabelecer o equilíbrio perfeito entre a oferta de luxo e a mais económica. A ajudar no cumprimento deste objectivo está no horizonte a Expo 2020, estimando Steen Jakobsen que durante os seis meses da sua realização, o Dubai receba 25 milhões de visitantes.Mas voltemos ao turismo de negócios. O crescimento do Dubai

neste sector já o confirma como destino nº1 na região, com mais reuniões associativas e feiras. Os eventos corporate também estão a crescer, bem como os incentivos. No ano passado o emirado recebeu um evento de incentivo da China, um único, que contou com a presença de 15 mil pessoas. Estes resultados são fruto de um grande investimento também em infra‑estruturas para beneficiar a cidade no geral, e o sector em particular. A acção da Dubai Business Events assenta em três pilares: aumentar a fatia de mercado nos eventos corporate e associativos, aumentar o número de eventos regionais, aumentar o número de visitantes internacionais que se realizam no Dubai.

ALGUNS NÚMEROS10 BILIÕES DE DIRHAM DE CONTRIBUTO ANUAL (2,4 MIL MILHÕES DE EUROS)7,5 MILHÕES DE PASSAGEIROS PASSAM PELO AEROPORTO DO DUBAILIGAÇÃO A 260 DESTINOS93 MIL QUARTOS DE HOTÉIS10 UNIVERSIDADES22 FREE‑ZONES (DUBAI MEDIA CITY, DUBAI INTERNET CITY, ETC.)RANKING ICCA: 44

Cláudia Coutinho de Sousa *

* Viajou a convite do Dubai Business Events

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DESTINO INTERNACIONAL

QUATRO PERGUNTAS A STEEN JAKOBSENQual a importância de ter um voo directo para Lisboa?Ligar o Dubai ao ponto mais a ocidente da Europa, com o serviço diário da Emirates para Lisboa – lançado em meados de 2012 –, provou ser uma valiosa adição à já robusta rede aérea internacional do Dubai. Estes voos são importantes porque fortalecem a acessibilidade entre Portugal e o Dubai, e ligam os passageiros que viajam de Portugal a mais de 140 destinos, em seis continentes, através da rede Emirates, e vice‑versa. Além disso, a Emirates e a TAP Portugal têm um acordo de cooperação comercial que permite aos passageiros comprar bilhetes únicos com serviços Emirates e TAP, bem como acumular milhas a quem viaja numa ou noutra companhia.

Portugal é um mercado interessante para o Dubai?Portugal é um mercado extremamente interessante para o Dubai e por muitas razões. Uma prende‑se com uma forte base de associações internacionais que operam a partir de Portugal. Segundo a base de dados de associações internacionais da ICCA (International Congress and Convention Association), 75 associações internacionais estão sediadas em Portugal, logo todas elas representam eventos que podem ser recebidos pelo Dubai. Um terço da população mundial vive a quatro horas de voo do Dubai, e dois terços conseguem chegar cá em menos de oito horas. Por estas razões, somos o destino perfeito para um evento com delegados globais, e esperamos comunicar isto aos organizadores de eventos portugueses. Mas ainda há mais. As infra‑estruturas, em termos de transportes, reuniões e hospitalidade são ímpares no Dubai, e o nosso serviço de primeira classe assegura aos visitantes uma viagem memorável. Outra razão pela qual Portugal é um mercado interessante para nós reside no facto de os portugueses serem pessoas que viajam muito, e queremos atraí‑los mais e mais para que passem férias e venham a reuniões e a feiras no Dubai, no futuro.

E o mercado brasileiro?É um mercado cuja importância cresce no Dubai. Por enquanto ainda não vemos números grandes em termos de eventos de negócio vindos do Brasil, mas de facto acolhemos alguns grupos de incentivo anualmente e esperamos mais turistas de negócio com o amadurecimento do mercado nos próximos anos. Actualmente o Dubai tem quatro voos directos do Brasil por semana, dois para São Paulo, e outros tantos para o Rio de Janeiro, o que certifica o potencial crescente em termos de lazer e negócios entre os dois mercados.

O Dubai está a criar uma free‑zone para associações. Pode explicar‑nos como funciona e quais as vantagens?O DAC (Dubai Association Centre) é uma entidade legal que licencia a criação de associações não lucrativas, associações profissionais e câmaras de comércio no Dubai. Foi fundada pelo Turismo do Dubai, Câmara de Comércio e Indústria do Dubai, e pelo Dubai World Trade Centre, e ajuda a catapultar o emirado num processo de desenvolvimento como destino para a meetings industry. O DAC tem uma oferta muito interessante para associações internacionais que procuram oportunidades de crescimento. O facto de ganharem acesso a esta região representa uma grande oportunidade de atrair novos membros, contactar com instituições públicas e privadas que estão à procura de oportunidades de formação, ou criar capítulos locais ou regionais de organizações já existentes. Este organismo, o DAC, faz parte de um plano de longo prazo para atrair associações internacionais para a região, o que por consequência fortalece o papel do Dubai como hub de conhecimento em vários sectores económicos. Desde que foi constituído já registamos com sucesso 12 associações internacionais, e estamos ansiosos por receber muitas mais nos próximos tempos. As aspirações de crescimento do Dubai de player regional para internacional em termos de eventos, a que se junta uma forte economia do conhecimento, vai, naturalmente, trazer benefícios económicos ao emirado. A sua posição geográfica entre cidades como Nova Iorque ou Washington, nos Estados Unidos, Bruxelas, na Europa, e Singapura, na Ásia, significa que está numa localização única para oferecer às associações um hub para o mercado do Médio Oriente, mas também África, Sul da Ásia e a Comunidade de Estados Independentes [países da antiga União Soviética]. Tudo isto vai adicionar valor à meetings industry do emirado e mais associações internacionais com escritórios no Dubai vão estar dispostas a organizar os eventos aqui, assim que percebam o que temos para oferecer enquanto hub de eventos.

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DIRECTÓRIO

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PUBLIACÇÃO (ROAD‑SHOW)ALMARGEM DO BISPO | 210 106 295 | [email protected] | WWW.PUBLIACCAO.COM

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HOTEL MAR DE ARÉVORA | 266 740 700 | [email protected] | WWW.MARDEARHOTELS.COM

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SHERATON ALGARVE HOTEL & RESORTALBUFEIRA | 289 500 100 | [email protected] | WWW.SHERATONALGARVE.COM

TIVOLI MARINA DE VILAMOURAVILAMOURA | 289 303 303 | [email protected] | WWW.TIVOLIHOTELS.COM

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ALTIS GRAND HOTELLISBOA | 213 106 000 | [email protected] | WWW.ALTISHOTELS.COM

CORINTHIA LISBOA HOTELLISBOA | 217 236 363 | [email protected] | WWW.CORINTHIAHOTELS.COM

HOTEL CASCAIS MIRAGEMCASCAIS | 210 060 600 | [email protected] | WWW.CASCAISMIRAGE.COM

HOTEL REAL VILLA ITÁLIACASCAIS | 210 966 000 | [email protected] | WWW.REALHOTELSGROUP.COM

INTERCONTINENTAL LISBOALISBOA | 213 818 700 | [email protected] | WWW.IHG.COM

PALÁCIO ESTORILESTORIL | 214 648 000 | [email protected] | WWW.PALACIOESTORILHOTEL.COM

PESTANA PALACELISBOA | 21 361 56 00 | [email protected] | WWW.PESTANA.COM

REAL OEIRAS HOTELOEIRAS | 214 469 900 | [email protected] | WWW.REALHOTELSGROUP.COM

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WWW.EVENTPOINT.COM.PT

REAL PALÁCIO HOTELLISBOA | 213 199 500 | [email protected] | WWW.REALHOTELSGROUP.COM

REAL PARQUE HOTELLISBOA | 213 199 000 | [email protected] | WWW.REALHOTELSGROUP.COM

RITZ FOUR SEASONS HOTEL LISBOALISBOA | 213 811 400 | [email protected] | WWW.FOURSEASONS.COM/LISBON

VIP EXECUTIVE ART’SLISBOA | 210 020 400 | [email protected] | WWW.VIPHOTELS.COM

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PORTO PALÁCIO CONGRESS HOTEL & SPAPORTO | 226 086 600 | [email protected] | WWW.PORTOPALACIOHOTEL.PT

POUSADA DO PORTOPORTO | 225 311 000 | [email protected] | WWW.POUSADAS.PT

SHERATON PORTO HOTEL & SPAPORTO | 220 404 000 | [email protected] | WWW.SHERATONPORTO.COM

THE YEATMANVILA NOVA DE GAIA | 220 133 100 | [email protected] | WWW.THEYEATMAN.COM

VIANA DO C ASTELO

FLÔR DE SALVIANA DO CASTELO | 258 800 100 | [email protected] | WWW.HOTELFLORDESAL.COM

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HOTEL SAVOYFUNCHAL | 291 213 000 | [email protected] | WWW.SAVOYRESORT.COM

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TAVOLANOSTRA EVENTOS GLOBAISARGANIL | 235 203 029 | [email protected] | WWW.TAVOLANOSTRA.COM

THE DREAMERYLISBOA | [email protected] | WWW.THEDREAMERY.PT

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